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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15258:2005 Argamassa para revestimento de paredes e tetos — Determinagao da resisténcia potencial de aderéncia a tragéo 4 Objetivo Esta Norma estabelece 0 método para determinacao da resistencia potencial de aderéncla a traga0 de argamassas para revestimento de paredes e tetos. Os resultados obtidos no caracterizam o desempenho do produto no sistema construtivo, 2. Referéncias normativas ‘As nommas relacionadas a sequir contém disposig6es que, ao serem citadas neste texto, constiluem prescrigbes para esta Norma. As edigdes indicadas estavam em vigor no momento desta publicagac, Como toda norma esta sujeita a revisao, recomenda-se aqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniéncia de se usarem as edicdes mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informagde das normas om vigor em um dado momento. NBR 13276:2005 — Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos — Determinago do teor de ‘Agua pare a obtengao do indice de consisténcia NBR 14082:2004 - Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerémicas - Execusao do substrato-padrao o aplicagao de argamassa para ensaios, 3. Definigoes Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definigbes: 3.4 aderéncia: Propriedade da argamassa de resistir as tenses aluantes na interface com o substrate. 3.2 resistencia de aderéncia a tra¢ao: Tensao maxima aplicada por uma carga perpendicular a super‘icie da argamassa aplicada no substrato. 3.3 _corpo-de-prova: Parle da argamassa, de segao circular, com digmetro de 50 mm, que é delimitada para ensaio & tregao, 3.4 substrato: Superficie sobre ¢ qual é aplicada a argamassa em ensaio. 4 Condigées ambientais e climatizagao 4.4 Olaboratério deve apresentar temperatura do ar de (23 + 2)8C © umidade relativa do ar de (60 + 5)%. 42 Os materiais e a aparelhagem devem permanecer na sala de ensaio por pelo menos 12 h antes do inicio dos ensaios 4.3 © substrato-padréio deve permanecer na sala de ensaios pelo periodo minimo de 48 h antes do inicio dos, ensalos. PABNT 2005 - Todos os cteitosreservadcs 4 ABNT NBR 15258:2005 5 Aparelhagem e substrato-padrao A aparelhagem necesséria execugao do ensaio é a descrita em 5.1 a 5.9 e o substrato-padréo ¢ o descrito em 5.10. 5.1. Equipamento de tragéo Deve permitir a aplicagao continua da carga, possuindo articulagao para assegurar a aplicacao do esforgo de tragao simples e dispositivo para leitura da carga. © mecanismo para a medida da carga aplicada deve ser tal que apresente um erro de exatidao maximo de 2%. 5.2 Pastilha Pega metélica circular no deformavel, com aproximadamente 50 mm de diémetro, espessura minima de 5 mm, no centro para conectar © equipamento para arrancamento a tragao. 5.3 Cola Deve ser a base de resina epéxi e destina-se a colagem da pastilha no revestimento. 5.4 Gabarito para moldagem Deve ser de material nao absorvente. O gabarito serve como delimitagdo da espessura e da area a ser revestida. 5.5 Equipamento de corte Deve ser de altura superior a espessura do revestimento, com borda diamantada para o corte do revestimento. Devem ser utilizados dispositivos que garantam a perpendicularidade a base, a fim de se manter a integridade do corpo-de-prova 5.6 Paquimetro 5.7 Régua bisotada com comprimento minimo de 350 mm 5.8 Colher de pedreiro 5.9 Utensilios de uso geral em laboratério 5.10 Substrato-padrao © substrato a ser utilizado deve ser 0 substrato-padréo conforme NBR 14082. Recomenda-se a utiizago de substrato pigmentado. 6 Preparacdo das amostras 6.1 Colocar o substrato na posicao horizontal sobre uma base plana e firme. 6.2 _Limpar a superficie com pincel ou escova de cerdas de nailon. 6.3. Fixar o gabarito deixando uma profundidade uniforme para aplicagao da argamassa (18 + 2) mm, que deve ser verificada com uso de régua ou paquimetro. 2 @ABNT 2005 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 15258:2005 6.4 O ensaio é realizado com o substrato seco. 6.5 Preparar duas porgdes de argamassa, conforme a NBR 13276. 6.6 _Aposo preparo, a argamassa deve ser utilizada em um prazo maximo de 15 min 7 Execugao do ensaio 7.1 Imprimagao da argamassa no substrato-padrao 7.1.1 Verter as duas porgdes de argamassa em um recipiente e aplicar uma camada de aproximadamente 5 mm com a colher de pedreiro, pressionando a argamassa sobre o substrato, de forma a eliminar os vazios garantir que toda a superficie esteja coberta com a argamassa. 7.1.2 Imediatamente apés a primeira camada, aplicar a segunda camada e pressionar novamente, deixando um ligeiro excesso de material 7.1.3 Imediatamente, rasar a superficie com a régua metélica, deixando um acabamento uniforme, porém evitando alisar a superficie, o que pode gerar um acabamento queimado ou espelhado. 7.1.4 Remover cuidadosamente o gabarito para nao afetar a argamassa aplicada. NOTA Caso necessario, executar 0 acabamento através de um corte de 45°, aproximadamente, em toda a borda da argamassa com a colher de pedreiro. 7.2 Condigées de cura 7.24 Os substratos revestidos devem permanecer durante as primeiras 24 h na posigao horizontal e nas condigdes ambientais do laboratério. 7.2.2 — Apés as primeiras 24 h, a posigo de estocagem pode ser alterada, mantendo os substratos revestidos nas condiges ambientais do laboratério até a data de ruptura. 7.3 Corte do revestimento 7.3.1 — Executar 0 corte na argamassa, delimitando os corpos-de-prova. A profundidade do corte deve ser em cerca de 1 mm para dentro do substrato. 7.3.2 O corte deve ser executado a seco a partir de 3 dias antes da data de ruptura. Em nenhum caso 0 corte deve prejudicar a integridade da argamassa 7.4 Colagem da pastilha 7.4.1 Escovar a superficie do corpo-de-prova sobre a qual vai ser colada a pastilha, para a remogao de particulas destacaveis. A superficie deve estar isenta de qualquer residuo. 7.4.2 Para acolagem da pastilha, aplicar a cola na pastilha ou na argamassa 7.4.3 Pressionar a pastilha de maneira que garanta total espalhamento da cola e remover 0 excesso de cola. 7.5 Procedimento de ruptura 7.5.1 Aruptura deve ser realizada nos corpos-de-prova na idade de 28 dias. Outras idades de ensaio podem ser solicitadas pelo interessado, devendo constar no relatério do ensaio. @ABNT 2005 - Todos 0s direitos reservados 3 ABNT NBR 15258:2005 7.5.2 Ensaiar dez corpos-de-prova, distribuidos no substrato, espagados em no minimo 40-mm das bordas e no minimo em 20 mm entre si. 7.5.3 Acoplar o equipamento de trago a pastilha. 7.5.4 — Aplicar o esforgo de tragdo perpendicular ao corpo-de-prova com a taxa de carregamento constante de (250 + 50) N/s, até a ruptura do corpo-de-prova. 7.5.5 Anotar a carga de ruptura do corpo-de-prova, em newton (F)) 7.5.6 Medir 0 corpo-de-prova com o paquimetro, em milimetros, calcular a rea superficial e anotar (A)). 7.5.7 Examinar e registrar a forma de ruptura do corpo-de-prova conforme 8.1. 8 Resultados 8.1 Forma de ruptura dos corpos-de-prova A forma de ruptura dos corpos-de-prova deve ser expressa em porcentagem e apresentada junto com o valor da resisténcia de aderéncia. A tabela 1 apresenta as formas de ruptura, com suas denominagées. Tabela 1 — Apresentacao dos resultados do ensaio da argamassa aplicada diretamente no substrato comet | came | ont | tate ese ‘ N mm? MPa n s SIA A e Média Onde: ‘S €a ruptura no substrato; an sop eet eee A@a ruptura na argamassa; ieee tengo especial deve ser dada a interpretagao da forma de ruptura conforme as seguintes indicagdes: a) quando mais da metade dos resultados apresentarem ruptura no substrato, 0 resultado nao é considerado como aderéncia da argamassa; deve ser indicado que os resultados correspondem a resisténcia do substrato; b) no caso de rupturas préximas as interfaces, verificar cuidadosamente a presenga de argamassa na interface adjacente, pois em geral, a ruptura ocorre na camada superficial da argamassa, o que caracteriza ruptura do tipo A; c) no caso de ruptura dentro da camada de argamassa, deve ser indicada a presenga de vazios ou outras falhas de aplicagao. 4 @ABNT 2005 - Todos os direitos reservados: ABNT NBR 15258:2005 8.2 Resisténcia potencial de aderéncia a tragdo 8.2.1 Calcular a resisténcia potencial de aderéncia a tragao de cada corpo-de-prova pela seguinte equagao: =a Rag onde: R,6 a resistencia potencial de aderéncia a trado, em megapascals; P, & a carga de ruptura, em newton; Aiéa area do corpo-de-prova, em milimetros quadrados. 82.2 Acarga (P) ¢ a area (A) devem ser introduzidas na expresso de caloulo em néimero inteiro, enquanto que os valores de resisténcia potencial de aderéncia a trag3o devem ser expressos com duas casas decimais. 8.2.3 O célculo da resisténcia potencial média de aderéncia a tragdo (R), expresso com duas casas decimais, deve ser realizado descartando-se os valores que se afastarem + 30% da média. O ensaio deve ser refeito caso nao haja o minimo de cinco valores validos. 9 Relatério do ensaio Deve indicar expressamente, no minimo, os seguintes dados ¢ informago« a) caracteristica do material submetido a ensaio (tipo, cor, lote e data de fabricagéo); b) caracteristica do substrato utilizado (lote e data de fabricagao); ©) marca comercial do produto e fabricante; 4) proporgao dgualargamassa anidra, em massa; ) valores de resisténcia potencial de aderéncia a tragdo individuais, média dos resultados, sua forma de ruptura @ idade do ensaio. @ABNT 2005 - Todos os direitos reservados: 5

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