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saros2019 eta6e9 Presidéncia da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos Juridicos DECRETO-LEI N° 3.68: E 3 DE OUTUBRO DE 1941 Cédigo de Processo Penal. © PRESIDENTE DA REPUBLICA, usando da atrib seguinte Lei: 10 que Ihe confere o art. 180 da Constituigao, decreta a LIVRO | DO PROCESSO EM GERAL TITULO | DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 12 O processo penal reger-se-a, em todo o territério brasileiro, por este Cédigo, ressalvados: - 08 tratados, as convengées e regras de direito intemacional; Il- as prerrogativas constitucionais do Presidente da Repdblica, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da Republica, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituigdo, arts. 86, 89, § 2°, e 100); Ill 0s processos da competéncia da Justiga Militar; IV - 0s processos da competéncia do tribunal especial (Constituicao, art. 122,.n° 17), \V-08 processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF n° 130) Paragrafo Unico. Aplicar-se-4, entretanto, este Cédigo aos processos referidos nos n®s. IV e V, quando as leis, especiais que os regulam nao dispuserem de modo diverso. Art. 22. A lei processual penal aplicar-se-4 desde logo, sem prejuizo da validade dos atos realizados sob a vigéncia da lei anterior. Art.32_A lei processual penal admitira interpretagao extensiva ¢ aplicagao analégica, bem como o suplemento dos principios gerais de direito TITULO IL DO INQUERITO POLICIAL terd. por fim 2 apuragde-das-infragbes-penais-ede-sua-auioria: Art, 4° A policia judicidria sera exercida pelas autoridades policiais no territorio de suas respectivas circunscrigbes e tera por fim a apuracao das infragées penais e da sua autoria, (Redacdo dada pela Lei n° 9.043, de 9.5.1995) Paragrafo unico. A competéncia definida neste artigo nao excluird a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma funcdo. Art. 52 Nos crimes de agao pliblica o inquérito policial sera iniciado: | -de oficio; II - mediante requisi¢a0 da autoridade judiciaria ou do Ministério Publico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-lo. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm ato saros2019 eta6e9 § 12 O requerimento a que se refere 0 n2 Il conteré sempre que possivel: a) a narragao do fato, com todas as circunstancias; b) a individualizagao do indiciado ou seus sinais caracteristicos ¢ as razdes de convicgdo ou de presungao de ser ele 0 autor da infragao, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; c) a nomeagao das testemunhas, com indicacdo de sua profissdo e residéncia. § 22 Do despacho que indeferir 0 requerimento de abertura de inquérito cabera recurso para o chefe de Policia. § 32 Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existéncia de infragéo penal em que caiba ago Piiblica podera, verbalmente ou por escrito, comunicé-la a autoridade policial, e esta, verificada a procedéncia das, informagées, mandara instaurar inquérito. § 42 0 inquérito, nos crimes em que a agdo publica depender de representacdo, ndo podera sem ela ser iniciado. § 52 Nos crimes de ago privada, a autoridade policial somente poder proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentéta. Art. 62 Logo que tiver conhecimento da pratica da infragdo penal, a autoridade policial devera: | - dirigi-se ao local, providenciando para que nao se alterem o estado conservagao das coisas, até a chegada dos peritos criminais; _ (Redaco dada pela Lei n® 8.862, de 28.3.1994) Il - aprender os objetos que tiverem relacdo com 0 fato, apés liberados pelos peritos criminais; dada pela Lei n° 8.862, de 28.3.1994) lll- colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstancias; IV- ouvir 0 ofendido; \V = ouvir 0 indiciado, com observancia, no que for aplicavel, do disposto no Capitulo Ill do Titulo Vil, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvide a leitura; VI - proceder a reconhecimento de pessoas ¢ coisas © a acareagées; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras pericias; VIII - ordenar a identificagao do indiciado pelo processo datiloscépico, se possivel, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob 0 ponto de vista individual, familiar e social, sua condig&o econémica, sua atitude e estado de animo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuirem para a apreciacao do seu temperamento e carder. X.- colherinformagdes sobre a existéncia de fos, respectivas idades ¢ se possuem alguma deficiéncia e o nome © 0 contato de eventual responsavel pelos culdados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (lncluido pela Lei n? 13.257. de 2016), Art. 72 Para veriicar a possibilidade de haver a infrago sido praticada de determinado modo, a autoridade policial podera proceder a reprodugao simulada dos fatos, desde que esta nao contrarie a moralidade ou a ordem publica ‘Art, 82 Havendo prisao em flagrante, sera observado o disposto no Capitulo Il do Titulo IX deste Livro Art. 92 Todas as pegas do inquérito policial serao, num s6 processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2int0 ‘aioer2019 Det6e9 Art. 10. 0 inquérito deverd terminar no prazo de 10 dias, se 0 indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso préventivamente, contado o prazo, nesta hipétese, a partir do dia em que se executar a ordem de priso, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fianga ou sem ela, § 12 A autoridade fara minucioso relatério do que tiver sido apurado e enviara autos ao julz competente. § 22 No relatério poderé a autoridade indicar testemunhas que nao tiverem sido inquiridas, mencionando 0 lugar onde possam ser encontradas. § 32 Quando 0 fato for de dificil elucidagao, e 0 indiciado estiver solto, a autoridade poder requerer ao juiz a devolugdo dos autos, para ulteriores diligéncias, que serdo realizadas no prazo marcado pelo juiz. Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem a prova, acompanharao os autos do inquérito. Art. 12. O inquérito policial acompanhard a dentincia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra Art. 13. Incumbird ainda a autoridade policial: | - fomecer as autoridades judicidrias as informagées necessérias & instrucdo e julgamento dos processos; II realizar as diligéncias requisitadas pelo julz ou pelo Ministério Publico; Ill - cumprir os mandados de prisdo expedidos pelas autoridades judiciarias; IV - representar acerca da prisdo preventiva. Grianga © do Adolescente), 0 membro do Ministério Publico ou o delegado de policia poderd requisitar, de quaisquer ‘6rga0s do poder piblico ou de empresas da iniciativa privada, dados e informagoes cadastrais da’ vitima ou de suspeitos (lncluido pela Lei n? 13.344, de 2016)" (Vigancia) Paragrafo Unico. A requisi¢ao, que sera atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contera: {(Incluido pela Lein® 13.344, de 2016) (Vigncia) nome da autoridade requisitante; (Incluido peta Lein® 13.344,de 2016) _(Vigncia) UI ondimero do inquérito potical; & (Incluido pela Lein® 13.344, de 2018) _(Vigncia) Ill - a identificagao da unidade de policia judlcdria responsavel pela investigacao. (Incluido pela Lei n® cla) 13,344, de 2016) (Vi Art. 13-B. Se necessario a prevencéo e a repressio dos crimes relacionados ao tréfico de pessoas, o membro do Ministério Publico ou o delegado de policia poderao requisitar, mediante autorizagao judicial, as empresas prestadoras de servigo de telecomunicagées e/ou telematica que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados - como sinais, informagGes e outros - que permitam a localizagao da vitima ou dos suspeitos do delito em curso. (Uncluido pela Lein® 13.344, de 2016) ——_(Vigncia) § 12 Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estacdo de cobertura, setorizago © intensidade de radiofrequéncia (Incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) ——_(Vigncla) § 22 Na hipdtese de que trata o caput, o sina (Incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) ——_(Vigncia) |= nao permitiré acesso ao contetido da comunicago de qualquer natureza, que dependera de autorizagao judicial, conforme disposto em lel; (Incluido pela Lein? 13.344, de 2016) (Vignola) Il - devera ser fornecido pela prestadora de telefonia mével celular por periodo nao superior a 30 (trinta) dias, renovavel por uma tnica vez, por igual periodo; (lncluido pela Lein? 13.344, de 2016) (Vigncia) III = para periodos superiores aquele de que trata o inciso Il, ser necesséria a apresentagdo de ordem judicial. (inoludo pela Lein® 13,344,de 2016) —(Vigéncia) § 32 Na hipétese prevista neste artigo, o inquérito policial deverd ser instaurado no prazo maximo de 72 (setenta ‘duas) horas, contado do registro da respectiva ocorréncia policial {Incluido pela Lei n° 13,344, de 2016) (Vigncia) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm sinto saros2019 eta6e9 § 42 Nao havendo manifestagao judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitara as empresas prestadoras de servico de telecomunicagées e/ou telemdtica que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados — como sinais, informagées e outros — que permitam a localizago da vitima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicagao ao juiz. (Incluido pela Lei n® 13.344, de 2016) ——_(Vigncia) Art. 14, © ofendido, ou seu representante legal, © 0 indiciado poderao requerer qualquer diligéncia, que sera realizada, ou ndo, a julzo da autoridade Art, 15. Se 0 indiciado for menor, ser-lhe-4 nomeado curador pela autoridade policial. Art. 16. © Ministério Publico ndo poderé requerer a devolugao do inquérito @ autoridade policial, sendo para novas diligéncias, imprescindiveis ao oferecimento da dentincia. Art. 17. A autoridade policial nao podera mandar arquivar autos de inquérito. Art. 18. Depois de ordenado 0 arquivamento do inquérito pela autoridade judiciéria, por falta de base para a dentincia, a autoridade policial poderd proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver noticia, ‘Art. 19. Nos crimes em que nao couber ago publica, os autos do inquérito seréo remetidos ao juizo competente, onde aguardarao a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serao entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. Art. 20, A auloridade assegurard no inquérito o sigilo necessério a elucidagao do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Paragrafo Unico. Nos atestados de antecedentes que Ihe forem solicitados, a autoridade policial nao podera mencionar quaisquer anotagées referentes a instauracao de inquérito contra os requerentes, (Redacso dada pela Loin? 12.681, de 2012) Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerd sempre de despacho nos autos e somente sera permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniéncia da investigacao o exigir. Paragrafo Unico. A incomunicabilidade, que nao excederé de trés dias, seré decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade polical, ou do érgao do Ministério Piblico, respeitado, em qualquer hipétese, o disposto no artigo 89, inciso Il do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n, 4.215, de 27 de abril de 1963) -_(Redago dada pela Lei n® 5,010, de 30,5,1966) Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrig4o policial, a autoridade com exercicio em uma delas poder, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligéncias em circunscrigdo de outra, independentemente de precatérias ou requisigoes, e bem assim providenciara, até que comparega a autoridade competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presenga, noutra circunscrigao. Att. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérto a0 juiz competente, a autoridade policial oficiara ao Instituto do Identifcagao e Estatistica, ou repartigéo congénere, mencionando o julzo a que tiverem sido distribuidos, © os dados relativos a infragao penal e a pessoa do indiciado. TITULO IIL DA AGAO PENAL Art. 24. Nos crimes de ago pilblca, esta seré promovida por denincia do Ministério Publico, mas dependera, quando a lei o exigir, de requisicao do Ministro da Justiga, ou de representagdo do ofendido ou de quem tiver qualidade para representé-to. § 12 No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisao judicial, o direito de representagao passaré ao cénjuge, ascendente, descendente ou imo, (Pardgrafo nico renumerado pela Lei n° 8.699, de 27,8,1993) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm amo saros2019 eta6e9 § 22 Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimdnio ou interesse da Unido, Estado e Municipio, a agdo penal sera publica (Inoluido pela Lei n® 8.699, de 27.8.1993) Art. 25. A representagao sera irretratavel, depois de oferecida a dentincia, Art. 26. A aco penal, nas contravengées, serd iniciada com 0 auto de prisdo em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autoridade judiciaria ou policial. Art. 27. Qualquer pessoa do povo podera provocar a iniciativa do Ministério Piblico, nos casos em que caiba a ago piblica, fornecendo-lhe, por escrito, informagdes sobre o fato e a auloria e indicando o tempo, o lugar € os elementos de convicgao. Art. 28, Se 0 6rgao do Ministério Publico, ao invés de apresentar a denuncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer pecas de informagao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razées invocadas, fara remessa do inquérito ou pegas de informagao ao procurador-geral, e este oferecera a dentincia, designara outro érgao do Ministério PUblico para oferecé-la, ou insistira no pedido de arquivamento, ao qual sé entéo estara o juiz obrigado a atender. Art, 28. Sera admitida ago privada nos crimes de agao piiblica, se esta nao for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Publico aditar a queixa, repudid-la e oferecer dentincia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligéncia do querelante, retomar a acao como parte principal. ‘Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representé-lo caberd intentar a agao privada Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisdo judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ago passard ao conjuge, ascendente, descendente ou irmao, Art. 32. Nos crimes de ago privada, o juiz, a requerimento da parte que comprovar a sua pobreza, nomeara advogado para promover a agao penal. § 12. Considerar-se-4 pobre a pessoa que nao puder prover as despesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensdveis ao préprio sustento ou da familia § 22 Serd prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade policial em cuja circunscrigao residir 0 ofendido, Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, endo tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os daquele, 0 direito de queixa podera ser exercido por curador especial, nomeado, de oficio ou a requerimento do Ministério Pablico, pelo juiz competente para o proceso penal. Art. 34. Se 0 ofendido for menor de 21 ¢ maior de 18 anos, o direito de queixa podera ser exercido por ele ou Por seu representante legal jado pela Lei n® 9.520, de 27.11.1997) Pa deré-suprHto (Revogado pela Lei n® 9.520, de.27.11.1997) Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, tera preferéncia o cOnjuge, e, em seguida, © parente mais préximo na ordem de enumeracao constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer delas prosseguir na agao, caso o querelante desista da instancia ou a abandone, Art. 37. As fundagées, associagées ou sociedades legalmente constituidas poderao exercer a agao penal, devendo ser representadas por quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no siléncio destes, pelos seus diretores ou sécios-gerentes, Art. 38. Salvo disposigao em contrério, 0 ofendido, ou seu representante legal, decaird no direito de queixa ou de representagao, se nao o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem ¢ 0 autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da dentincia Paragrafo Unico. Verificar-se-4 a decadéncia do dirsito de queixa ou representacao, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, pardgrafo Unico, e 31. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 51110 saros2019 eta6e9 Art. 39. © direito de representacao poder ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes especiais, mediante deciaracao, escrita ou oral, feita ao juiz, ao érgo do Ministério Publico, ou autoridade policial § 12 A representagao feita oralmente ou por escrito, sem assinatura devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou procurador, serd reduzida a termo, perante o julz ou autoridade policial, presente o 6rgao do Ministério Publico, quando a este houver sido dirigida § 22 A representagdo conterd todas as informagées que possam servir & apuragao do fato e da autoria § 3° Oferecida ou reduzida a termo a representagao, a autoridade policial procedera a inquérito, ou, nao sendo competente, remeté-lo-d a autoridade que o for. § 42 A representagao, quando feita ao juiz ou perante este reduzida a termo, serd remetida a autoridade policial para que esta proceda a inquérito, § 52 0 érgo do Ministério Publico dispensaré o inquérito, se com a representagao forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ago penal, e, neste caso, oferecerd a dentincia no prazo de quinze dias. Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juizes ou tribunais verificarem a existéncia de crime de agao publica, remeterdo ao Ministério Publico as cépias e 05 documentos necessarios ao oferecimento da dentincia. Art. 41. A dentincia ou queixa contera a exposi¢ao do fato criminoso, com todas as suas circunstancias, a qualificagao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificé-lo, a classificagao do crime e, quando necessario, 0 rol das testemunhas. Art. 42. O Ministério Publico nao poderd desistir da ago penal. (Revogado pela Lei n® 11.719, de 2008) @ (Bevogado pela Lein® 11,719. de queixa na * op (Revogado pela Lei n° 11,719, de 2008), Art. 44. A queixa podera ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato © nome do querelante © a men¢ao do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligéncias que devem ser previamente requeridas no julzo criminal Art. 45, A queixa, ainda quando a agao penal for privativa do ofendido, podera ser aditada pelo Ministério Pablico, a quem caberd intervir em todos os termos subseqiientes do proceso. ‘Art. 46. O prazo para oferecimento da dentincia, estando o réu preso, sera de 5 dias, contado da data em que o érgo do Ministério Pablico receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou afiangado. No Ultimo caso, se houver devolucao do inguérito a autoridade policial (art. 16), contar-se-A 0 prazo da data em que 0 6rgo do Ministério Pablico receber novamente os autos. § 12 Quando 0 Ministério Publico dispensar o inquérito policial, 0 prazo para o oferecimento da deniincia contar-se-d da data em que liver recebido as pegas de informagGes ou a representaco § 22 0 prazo para o aditamento da queixa serd de 3 dias, contado da data em que 0 6rgao do Ministério Publico receber os autos, ¢, se este no se pronunciar dentro do triduo, entender-se-4 que no tem o que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo. Art, 47, Se o Ministério Publico julgar necessérios maiores esclarecimentos ¢ documentos complementares ou novos elementos de convicgdo, deverd requisité-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funcionarios que devam ou possam fornecé-los. Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigara ao proceso de todos, e o Ministério Publico velard pela sua indivisibilidade. Art. 49, A rentincia ao exercicio do direito de queixa, em relagéo a um dos autores do crime, a todos se estendera, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm amo saros2019 eta6e9 Art. 50. A reniincia expressa constard de declaragao assinada pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especials. Paragrato Unico. A rentincia do representante legal do menor que houver completado 18 (dezoito) anos nao privaré este do direito de queixa, nem a rendincia do ultimo excluird o direito do primeiro, Art. 51. © perdéo concedido a um dos querelados aproveitara a todos, sem que produza, todavia, efeito em relagao ao que o recusar. Art. 82. Se o querelante for menor de 21 maior de 18 anos, o direito de perdao poder ser exercido por ele ou por seu representante legal, mas o perdao concedido por um, havendo oposicao do outro, nao produzira efeito, Art. 53. Se 0 querelado for mentalmente enfermo ou retardado mental e ndo tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste com os do querelado, a aceitagao do perdao caberd ao curador que o juiz Ihe nomear. Art. 54. Se 0 querelado for menor de 21 anos, observar-se-a, quanto a aceitagao do perdao, o disposto no art. 52. Art, 55. O perdao podera ser aceito por procurador com poderes especiais. Art. 56. Aplicar-se-4 ao perdéo extraprocessual expresso o disposto no art. 50, Art. §7. A rendincia tdcita e 0 perdao tacito admitiréo todos os meios de prova, Art, 58, Concedido o perdéo, mediante deciaracao expressa nos autos, o querelado sera intimado a dizer, dentro de trés dias, se 0 aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu siléncio importara aceitacao, Pardgrafo Unico. Acelto 0 perdao, o juiz julgard extinta a punibilidade. Art. 69. A aceitacao do perdao fora do proceso constara de declaracdo assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador com poderes especiais, Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-a perempta a ago penal: - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover 0 andamento do proceso durante 30 dias seguidos; II- quando, falecendo querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, no comparecer em julzo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazé-lo, ressalvado 0 disposto no art. 36; lll - quando © querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenagdo nas alegagées finais; IV quando, sendo o querelante pessoa juridica, esta se extinguir sem deixar sucessor. AArt.61. Em qualquer fase do processo, 0 juiz, se reconhecer extinta a punibilidade, devera declaré-to de ofici. Pardgrafo unico. No caso de requerimento do Ministério Publico, do querelante ou do réu, 0 juiz mandard autué-lo em apartado, ouvira a parte contraria e, se o julgar conveniente, concederd 0 prazo de cinco dias para a prova, proferindo a decisdo dentro de cinco dias ou reservando-se para apreciar a matéria na sentenca final. ‘Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente a vista da certidéo de ébito, e depois de ouvido 0 Ministério Publico, declararé extinta a punibilidade. TiTuLo IV DAAGAO CIVIL Art. 63. Transitada em julgado a sentenga condenatéria, poderdo promover-Ihe a execugao, no juizo civel, para 0 efelto da reparagao do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. Pardgrafo Gnico. Transitada em julgado a sentenga condenatéria, a execugdo poderd ser efeluada pelo valor fixado nos termos do inciso iv do caput do art. 387 deste Cédigo sem prejuizo da liquidagao para a apuragao do dano efetivamente sofrido, (Inoluldo pela Lein’® 11.719, de 2008), ‘Art. 64, Sem prejuizo do disposto no artigo anterior, a ago para ressarcimento do dano podera ser proposta no julzo efvel, contra 0 autor do crime e, se for caso, contra o responsavel civil (Vide Lei n® 5.970, de 1973) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 710 saros2019 eta6e9 Paragrafo tinico. Intentada a agao penal, o juiz da agao civil poderd suspender o curso desta, até o julgamento definitive daquela, Art. 65. Faz coisa julgada no civel a sentenga penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legitima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercicio regular de direito. Art. 66. Nao obstante a sentenca absolutéria no juizo criminal, a agao civil podera ser proposta quando nao tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexisténcia material do fato Art. 67. Nao impedirao igualmente a propositura da ago chil 0 despacho de arquivamento do inquérito ou das pegas de informagao; Il a deciséo que julgar extinta a punibilidade; lll -a sentenga absolutéria que decidir que o fato imputado nao constit i crime. ‘Art. 68. Quando o titular do direito & reparacao do dano for pobre (art, 32, §§ 12 ¢ 2°), a execugao da sentenga condenatéria (art, 63) ou a ago civil (art, 64) seré promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Pubiico. TITULOV DA COMPETENCIA Art. 69, Determinara a competéncia jurisdicional: = 0 lugar da infragéo: II © domicilio ou residéncia do réu; Ill -a natureza da infragao; IV - a distribuigao; \V-a conexo ou continéncia; VI-a prevengao; VII -a prerrogativa de fungao. CAPITULO | DA COMPETENCIA PELO LUGAR DA INFRACAO Art. 70. A competéncia sera, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infrago, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado 0 ultimo ato de execugao. § 12 Se, iniciada a execugo no terrtério nacional, a infragéo se consumar fora dele, a competéncia seré determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasi, 0 iltimo ato de execugao. § 22 Quando 0 tltimo ato de execugio for praticado fora do territério nacional, seré competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resultado § 3° Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdigées, ou quando incerta a jurisdigdo por ter sido a infragao consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdig6es, a competéncia firmar-se-A pela prevencao, Art, 71, Tratando-se de infragao continuada ou permanente, praticada em territério de duas ou mais jurisdicées, a competéncia firmar-se-d pela prevencao. CAPITULO II DA COMPETENCIA PELO DOMICILIO OU RESIDENCIA DO REU Art. 72. Nao sendo conhecido o lugar da infrag4o, a competéncia regular-se-4 pelo domictlio ou residéncia do réu, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm aitto saros2019 eta6e9 § 12 Se 0 réu tiver mais de uma residéncia, a competéncia fimar-se-a pela prevengao, § 22 Se o réu nao tiver residéncia certa ou for ignorado 0 seu paradeiro, sera competente 0 juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. Art. 73. Nos casos de exclusiva ago privada, o querelante poder preferir 0 foro de domicilio ou da residéncia do réu, ainda quando conhecido 0 lugar da infracao. CAPITULO Ill DA COMPETENCIA PELA NATUREZA DA INFRAGAO Art. 74. A competéncia pela natureza da infragdo sera regulada pelas leis de organizagao judiciaria, salvo a competéncia privativa do Tribunal do Jar. § 1° Compete ao Tribunal do Jiri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§.1° e 2°, 122, paragrafo 123, 124, 125, 126 e 127 do Cédigo Penal, consumados ou tentados. (Redacdo dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) § 22 Se, iniciado 0 processo perante um juiz, houver desclassificagao para infragao da competéncia de outro, a este sera remetido 0 processo, salvo se mais graduada for a jurisdigo do primeiro, que, em tal caso, ter sua ‘competéncia prorrogada. § 32 Se o juiz da proniincia desclassificar a infragéo para outra atribulda a competéncia de juiz singular, observar-se-4 0 disposto no att, 410; mas, se a desclassificagao for feita pelo préprio Tribunal do Juri, a seu presidente cabera proferir a sentenga (art, 492, § 2°). CAPITULO IV DA COMPETENCIA POR DISTRIBUIGAO. Art. 75. A precedéncia da distribuigo fixard a competéncia quando, na mesma circunscrigao judiciéria, houver mais de um juiz igualmente competente. Pardgrafo Gnico. A distribuigéo realizada para o efeito da concessao de fianga ou da decretagao de prisdo preventiva ou de qualquer diligéncia anterior & deniincia ou queixa prevenira a da acao penal. CAPITULO V DA COMPETENCIA POR CONEXAO OU CONTINENCIA, Art. 76. A competéncia serd determinada pela conexao: | - se, ocorrendo duas ou mais infragdes, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por varias pessoas reunidas, ou por varias pessoas em concurs, embora diverso 0 tempo € o lugar, ou por varias pessoas, umas contra as outras; II_- se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as oulras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relagao a qualquer delas; I~ quando a prova de uma infragao ou de qualquer de suas circunstancias elementares influir na prova de outra infragao, ‘Art. 77. A competéncia sera determinada pela continéncia quando: = duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infragao; I= no caso de infrago cometida nas condig6es previstas nos arts. 5: Penal Segunda parte, e 54 do Codigo Penal: www planalto.govbriccvl_0a/decretoteide13689.ntm aitto saros2019 eta6e9 Art. 78, Na determinagao da competéncia por conexao ou continéncia, serao observadas as seguintes regras: (Redagso dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) = no concurso entre a competéncia do juri e a de outro érgao da jurisdigéo comum, prevaleceré a competéncia do juris (Redacdo dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) II- no concurso de jurisdigées da mesma categoria: (Redacdo dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) a) preponderaré a do lugar da infracao, a qual for cominada a pena mais grave; (Redacdo dada pela Lei n® 263, de 23.2 1948) b) prevalecera a do lugar em que houver ocorrido o maior ntimero de infragdes, se as respectivas penas forem de igual gravidade; (Redagdo dada pela Lei n° 263, de 23.2.1948) ) firmar-se-4 a competéncia pela prevenco, nos outros casos; (Redaco dada pela Lei n° 263, de 23,2.1948) Ill -no concurso de jurisdig&es de diversas categorias, predominaré a de maior graduago; (Red: dada pela Lein® 263, de 23.2.1948) IV - no concurso entre a jurisdigo comum e a especial, prevalecera esta, (Redacao dada pela Lei n? 263, de 23.2.1948) Art.78, A conexao e a continéncia importardo unidade de processo e julgamento, salvo: = no concurso entre a jurisdi¢ao comum e a militar; II- no concurso entre a jurisdig&o comum e a do juizo de menores. § 12 Cessaré, em qualquer caso, a unidade do proceso, se, em relagdo a algum co-réu, sobrevier 0 caso previsto no art. 152 § 22 A unidade do processo nao importara a do julgamento, se houver co-réu foragido que ndo possa ser julgado a revelia, ou ocorrer a hipdtese do art. 461 Art. 80. Serd facultativa a separago dos processos quando as infragdes tiverem sido praticadas em circunstancias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessive niimero de acusados e para nao Ihes prolongar a priso proviséria, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separagao. Art, 81. Verificada a reuniéio dos processos por conexéio ou continéncia, ainda que no processo da sua competéncia prépria venha o juiz ou tribunal a proferir sentenca absolutéria ou que desclassifique a infragdo para outra que nao se inclua na sua competéncia, continuard competente em relagao aos demais processos. Paragrafo Unico. Reconhecida inicialmente ao jiri a competéncia por conexao ou continéncia, o juiz, se vier a desclassificar a infragao ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua a competéncia do jun, remetera 0 processo ao julzo competente. Art. 82. Se, ndo obstante a conexéo ou continéncia, forem instaurados processos diferentes, a autoridade de jurisdigdo prevalente deverd avocar os processos que corram perante os outros julzes, salvo se ja estiverem com sentenga defintiva. Neste caso, a unidade dos processos s6 se dard, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificagdo das penas. CAPITULO VI DA COMPETENCIA POR PREVENGAO ‘Art. 83. Verificar-se-A a competéncia por prevengdo toda vez que, concorrendo dois ou mais juizes igualmente competentes ou com jurisdi¢éo cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na pratica de algum ato do processo www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm torn10 saros2019 eta6e9 ‘ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da dentincia ou da queixa (aris, 70,.§ 32, 71, 72, §22, ¢ 78, I.) CAPITULO VII DA COMPETENCIA PELA PRERROGATIVA DE FUNGAO 8 petenete-pele-p Art. 84. A competéncia pela prerrogativa de fungao 6 do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiga, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiga dos Estados © do Distrito Federal, relativamente as pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade. (Redaco dada pela Lein® 10.628, de 24.12.2002) t judicial sejanr sagae-do-exerel ae-piblice: _(Incluido pela Lei n? de 24.12.2002) (Vide ADIN n° 2797) 2 ° 2 (noluido pela Lei n? 10.628, de 24.12.2002) (Vide ADIN n° 2797) Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes as pessoas que a Constituigao sujeita & jurisdigao do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelacdo, aquele ou a estes caberd o julgamento, quando oposta e admitida a excecao da verdade ‘Art, 86, Ao Supremo Tribunal Federal compatir4, privativamente, processar e julgar: ~ 08 seus ministros, nos crimes comuns; II- 0s ministros de Estado, salvo nos crimes conexos com os do Presidente da Reptiblica; lll - © procurador-geral da Reptiblica, os desembargadores dos Tribunais de Apelagao, os ministros do Tribunal de Contas e os embaixadores e ministros diplomaticos, nos crimes comuns e de responsabilidade. Art. 87. Competira, originariamente, aos Tribunais de Apelagao 0 julgamento dos govemadores ou interventores nos Estados ou Territérios, e prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretarios e chefes de Policia, juizes de instancia inferior e érgaios do Ministério Publico. CAPITULO VIII DISPOSIGOES ESPECIAIS Art. 88. No processo por crimes praticados fora do territério brasileiro, ser competente o juizo da Capital do Estado onde houver por tiltimo residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil, sera competent 0 juizo da Capital da Republica. Art. 89. Os crimes cometidos em qualquer embarcagao nas aguas territoriais da Reptiblica, ou nos rios e lagos {ronteirigos, bem como a bordo de embarcagdes nacionais, em alto-mar, serao processados e julgados pela justia do primeiro porto brasileiro em que tocar a embarcacao, apés o crime, ou, quando se afastar do Pals, pela do timo em que houver tocado. Art. 90. Os crimes praticados a bordo de aeronave nacional, dentro do espago aéreo correspondente ao territério brasileiro, ou ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaco aéreo correspondente ao territério nacional, serao processados e julgados pela justica da comarca em cujo territério se verificar o pouso apés o crime, ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave. competente-e julze- de Capital de Republica Art, 81. Quando incerta e nao se determinar de acordo com as normas estabelecidas nos aris. 89 e 90, a competéncia se firmard pela prevengao. (Redacao dada pela Lei n° 4,893, de 912.1965) TITULO VI DAS QUESTOES E PROCESSOS INCIDENTES www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm aninto saros2019 eta6e9 CAPITULO | DAS QUESTOES PREJUDICIAIS Art. 92. Se a decisdo sobre a existéncia da infrago depender da solugdo de controvérsia, que o julz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o curso da agao penal ficara suspenso até que no juizo civel seja a controvérsia dirimida por sentenca passada em julgado, sem prejuizo, entretanto, da inquirigéo das testemunhas e de outras provas de natureza urgente. Pardgrafo Unico. Se for o crime de ago publica, o Ministério PUblico, quando necesséri civil ou prosseguird na que tiver sido iniciada, com a citagao dos interessados. , promoverd a ago Art. 93. Se o reconhecimento da existéncia da infragdo penal depender de deciséo sobre questo diversa da prevista no artigo anterior, da competéncia do juizo civel, e se neste houver sido proposta agao para resolvé-la, o juiz criminal podera, desde que essa questo seja de dificil solugo e nao verse sobre direito cuja prova a lei civil limite, suspender 0 curso do proceso, apés a inquiricao das testemunhas e realizagdo das outras provas de natureza urgent. § 12_ 0 juiz marcara 0 prazo da suspensao, que poderd ser razoavelmente prorrogado, se a demora nao for imputavel a parte. Expirado o prazo, sem que o juiz civel tenha proferido decisao, o juiz criminal fara prosseguir 0 proceso, retomando sua competéncia para resolver, de fato e de direito, toda a matéria da acusago ou da defesa § 22 Do despacho que denegar a suspensao nao caberd recurso. § 32 Suspenso 0 processo, @ tratando-se de crime de a¢éo publica, incumbiré ao Ministério Publico intervir imediatamente na causa civel, para o fim de promover-Ihe o rapido andamento. Art, 94. A suspensao do curso da agao penal, nos casos dos artigos anteriores, serd decretada pelo juiz, de oficio ou a requerimento das partes. CAPITULO II DAS EXCEGOES Art, 95, Poderdo ser opostas as excegdes de’ ~ suspeigao; II incompeténcia de juizo; II itispendéncia; IV - ilegitimidade de parte; V- coisa julgada. Art. 96. A argiligao de suspeicao precederd a qualquer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente, Art. 97. O juiz que espontaneamente afirmar suspeigao deverd fazé: remeterd imediatamente o proceso ao seu substituto, intimadas as partes. 40 por escrito, declarando 0 motivo legal, € Art. 98, Quando qualquer das partes pretender recusar o juiz, deverd fazé-lo em petigao assinada por ela prépria ou por procurador com poderes especiais, aduzindo as suas raz6es acompanhadas de prova documental ou do rol de testemunhas. Art. 99. Se reconhecer a suspeigao, 0 juiz sustaré a marcha do processo, mandara juntar aos autos a petigao do recusante com os documentos que a instruam, e por despacho se declarara suspeito, ordenando a remessa dos autos ao substituto, Art. 100. Nao aceitando a suspeigao, o juiz mandara autuar em apartado a petigao, dard sua resposta dentro em trés dias, podendo instrui-la e oferecer testemunhas, e, em seguida, determinara sejam os autos da excegdo remetidos, dentro em 24 vinte e quatro horas, ao juiz ou tribunal a quem competir o julgamento. § 12. Reconhecida, preliminarmente, a relevancia da argligao, o juiz ou tribunal, com citagdo das partes, marcara dia e hora para a inguirigao das testemunhas, seguindo-se 0 julgamento, independentemente de mais alegagées. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2int0 saros2019 eta6e9 § 22 Sea suspeigdo for de manifesta improcedéncia, o juiz ou relator a rejeitara liminarmente, Art. 101. Julgada procedente a suspeigo, ficaro nulos os atos do proceso principal, pagando o juiz as custas, no caso de erro inescusavel; rejeitada, evidenciando-se a malicia do excipiente, a este serd imposta a multa de duzentos mil-réis a dois contos de réis. Art. 102. Quando a parte contraria reconhecer a procedéncia da arglligéo, poderé ser sustado, a seu requerimento, o proceso principal, até que se julgue o incidente da suspeicao. Art. 103, No Supremo Tribunal Federal e nos Tribunals de Apelagdo, o julz que se julgar suspelto deverd declaré-lo nos autos e, se for revisor, passar o feito ao seu substituto na ordem da precedéncia, ou, se for relator, apresentar os autos em mesa para nova distribuicao. § 12. Se nao for relator nem revisor, 0 juiz que houver de dar-se por suspeito, deverd fazé-lo verbalmente, na sesso de julgamento, registrando-se na ata a declaracao, § 22 Se o presidente do tribunal se der por suspeito, competira ao seu substituto designar dia para o julgamento © presidito § 32 Observar-se-d, quanto a argilicéo de suspeicao pela parte, o disposto nos aris. 98 a 101, no que Ihe for aplicavel, atendido, se o juiz a reconhecer, o que estabelece este artigo. § 42 A suspeicao, no sendo reconhecida, serd julgada pelo tribunal pleno, funcionando como relator o presidente. '§ 52 Se 0 recusado for o presidente do tribunal, 0 relator seré o vice-presidente, Art. 104. Se for argilida a suspeigdo do érgao do Ministério Publico, 0 juiz, depois de ouvi-lo, decidira, sem recurso, podendo antes admitir a produgao de provas no prazo de trés dias. Art. 105. As partes poderdo também argiiir de suspeitos os peritos, os intérpretes @ os serventudrios ou funcionarios de justica, decidindo o juiz de plano e sem recurso, a vista da matéria alegada e prova imediata Art. 106. A suspeigao dos jurados deverd ser argiiida oralmente, decidindo de plano do presidente do Tribunal do Jari, que a rejeitard se, negada pelo recusado, nao for imediatamente comprovada, o que tudo constara da ala. Art. 107. Nao se poder opor suspeigdo as autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverao elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal. Art. 108. A excegao de incompeténcia do juizo poderd ser oposta, verbalmente ou por escrito, no prazo de defesa § 12 Se, ouvido o Ministério Publico, for aceita a declinatéria, o feito serd remetido ao juizo competente, onde, ratificados os atos anteriores, 0 processo prosseguira § 22 Recusada a incompeténcia, 0 juiz continuaré no feito, fazendo tomar por termo a declinatéria, se formulada verbalmente. Art. 109. Se em qualquer fase do processo o Juiz reconhecer motivo que o tome incompetente, declaré-lo-8 nos autos, haja ou nao alegagao da parte, prosseguindo-se na forma do artigo anterior. Art. 110. Nas excegées de litispendéncia, ilegitimidade de parte e coisa julgada, sera observado, no que Ihes for aplicavel, 0 disposto sobre a excegao de incompeténcia do juizo. § 12 Se a parte houver de opor mais de uma dessas exceg6es, deverd fazé-lo numa s6 peti¢ao ou articulado § 22 A excegdo de coisa julgada somente poder ser oposta em relagdo 20 fato principal, que tiver sido objeto da sentenga Art. 111. As excegSes serdo processadas em autos apartados e ndo suspenderdo, em regra, o andamento da ago penal CAPITULO IIl DAS INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm s3t0 ‘082019 bewseo Art. 112. © juiz, 0 érgéo do Ministério Publico, os serventuarios ou funciondrios de justiga e os peritos ou intérpretes abster-se-do de servir no proceso, quando houver incompatiblidade ou impedimento legal, que declararao nos autos, Se nao se der a abstengéo, a incompatibildade ou impedimento podera ser arguido pelas partes, seguindo-se o processo estabelecido para a excegao de suspeigao. CAPITULO IV DO CONFLITO DE JURISDIGAO Art. 113. As questdes atinentes 4 competéncia resolver-se-do ndo s6 pela excego propria, como também pelo conflito positive ou negativo de jurisdigao. Art. 114, Havera conflito de jurisdigao: | - quando duas ou mais autoridades judiciarias se considerarem competentes, ou incompetentes, para conhecer do mesmo fato criminaso; II quando entre elas surgir controvérsia sobre unidade de julzo, jungo ou separagdo de processos. Art. 115. O conflito podera ser suscitado: - pela parte interessada; Il pelos érgaos do Ministério Publico junto a qualquer dos juizos em dissidio; Ill - por qualquer dos julzes ou tribunals em causa. Art. 116. Os juizes e tribunais, sob a forma de representacdo, e a parte interessada, sob a de requerimento, dardo parte escrita e circunstanciada do conflito, perante o tribunal competente, expondo os fundamentas e juntando ‘08 documentos comprobatorios. § 12 Quando negativo 0 conflito, os juizes e tribunais podero suscité-lo nos préprios autos do processo. § 22 Distribuido 0 feito, se o conflto for positivo, o relator poder determinar imediatamente que se suspenda o andamento do processo. § 32 Expedida ou nao a ordem de suspensio, o relator requisitard informagées as autoridades em conflto, remetendo-thes cépia do requerimento ou representacéo, § 42 As informagées serdo prestadas no prazo marcado pelo relator. § 52. Recebidas as informagées, e depois de ouvido 0 procurador-geral, conflto sera decidido na primeira sesso, salvo se a instrugao do feito depender de diligéncia § 62 Proferida a decisao, as cépias necessarias serdo remetidas, para a sua execugao, as autoridades contra as quals tiver sido levantado 0 conflito ou que o houverem suscitado, Art. 117. © Supremo Tribunal Federal, mediante avocatéria, restabelecera a sua jurisdig&o, sempre que exercida por qualquer dos julzes ou tribunals inferiores. CAPITULO V DA RESTITUIGAO DAS COISAS APREENDIDAS Art. 118, Antes de transitar em julgado a sentenga final, as coisas apreendidas nao poderao ser restituidas enquanto interessarem ao processo. Art. 119. As coisas a que se referem os aris. 74 @ 100 do Cédigo Penal no poderdo ser restituldas, mesmo depois de transitar em julgado a sentenga final, salvo se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-té. Art. 120. A restituigao, quando cabivel, podera ser ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante termo nos autos, desde que nao exista duivida quanto ao direito do reclamante. § 12 Se duvidoso esse direito, 0 pedido de restituigo autuar-se-4 em apartado, assinando-se ao requerente 0 prazo de 5 (cinco) dias para a prova. Em tal caso, $6 o juiz criminal poder decidir o incidente. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm santo saros2019 eta6e9 § 22 0 incidente autuar-se-4 também om apartado @ sé a autoridade judicial o resolverd, se as coisas forem apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que serd intimado para alegar @ provar o seu difelto, em prazo igual e sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias para arrazoar. § 32 Sobre o pedido de resttuigdo sera sempre ouvido 0 Ministério Publico § 42 Em caso de diivida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz remeterd as partes para o juizo civel, ‘ordenando o depésito das coisas em maos de depositério ou do préprio terceiro que as detinha, se for pessoa idonea. § 52 Tratando-se de coisas facilmente deterioraveis, serdo avaliadas e levadas a leildo publico, depositando-se © dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha, se este for pessoa idénea e assinar termo de responsabilidade. Art. 121. No caso de apreensdo de coisa adquirida com os proventos da infrago, aplica-se 0 disposto no art, 133 © seu pardgrafo. Art. 122. Sem prejuizo do disposto nos aris. 120 e 133, decorrido o prazo de 90 dias, apés transitar em julgado a sentenga condenat6ria, 0 juiz decretard, se for caso, a perda, em favor da Unido, das coisas apreendidas (art. 74, lI, eb do Cédigo Penal) e ordenard que sejam vendidas em leiléo publico. Pardgrafo tinico. Do dinheiro apurado seré recolhido ao Tesouro Nacional 0 que nao couber ao lesado ou a terceiro de boa-té. Art. 123. Fora dos casos previstos nos artigos anteriores, se dentro no prazo de 90 dias, a contar da data em que transitar em julgado a sentenga final, condenatéria ou absolutéria, os objetos apreendidos nao forem reclamados ‘0U ndo pertencerem ao réu, serao vendidos em leildo, depositando-se o saldo a disposigao do juizo de ausentes. Art. 124, Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da Unido for decretada, @ as coisas confiscadas, de acorde com o disposto no art, 100 do Cédigo Penal, seréo inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver interesse na sua conservacao. CAPITULO VI DAS MEDIDAS ASSECURATORIAS Art. 125. Caberd 0 seqiiestro dos bens iméveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infragao, ainda que jé tenham sido transferidos a terceiro. Art. 126. Para a decretacao do seqilestro, bastara a existéncia de indicios veementes da proveniéncia ilicita dos bens. Art. 127. 0 juiz, de oficio, a requerimento do Ministério Publico ou do ofendido, ou mediante representagao da autoridade policial, poderé ordenar o seqiestro, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a dentincia ou queixa. Art, 128, Realizado o seqilestro, o juiz ordenard a sua inscrigao no Registro de Iméveis. Art. 129. © seqiiestro autuar-se-4 em apartado e admitira embargos de terceiro. Art. 130. O seqlestro podera ainda ser embargado: | - pelo acusado, sob o fundamento de nao terem os bens sido adquiridos com os proventos da infragao; Il = pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a titulo oneroso, sob o fundamento de té-1os, adquirido de boa-té Pardgrafo Unico, Nao poderé ser pronunciada decisdo nesses embargos antes de passar em julgado a sentenga condenatéria. Art. 131. O seqiiestro serd levantado: |= se a ago penal nao for intentada no prazo de sessenta dias, contado da data em que ficar concluida a diligéncia; Il - se 0 terceiro, a quem tiverem sido transferidos os bens, prestar caugdo que assegure a aplicacao do disposto no art. 74, II, b, segunda parte, do Cédigo Penal; www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 15/110 saros2019 eta6e9 Ill - se for julgada extinta a punibilidade ou absolvido o réu, por sentenga transitada em julgado, Art, 132, Proceder-se-4 ao seqilestro dos bens méveis se, verificadas as condigées previstas no art, 126, nao for cabivel a medida regulada no Capitulo X| do Titulo Vil deste Livro. Art, 133, Transitada em julgado a sentenga condenatéria, 0 juiz, de oficio ou a requerimento do interessado, determinaré a avaliagao e a venda dos bens em leilao pubblico. Paragrafo Unico. Do dinheiro apurado, sera recolhido ao Tesouro Nacional 0 que nao couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé. Art. 134. A hipoteca legal sobre os iméveis do indiciado podera ser requerida pelo ofendido em qualquer fase do proceso, desde que haja certeza da infracao e indicios suficientes da autoria Art. 135. Pedida a especializagdo mediante requerimento, em que a parte estimara o valor da responsabilidade civil, e designara e estimard o imével ou iméveis que terao de ficar especialmente hipotecados, o juiz mandard logo proceder ao arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliagao do imovel ou imoveis. § 12_ A peligdo sera instruida com as provas ou indicagao das provas em que se fundar a estimagao da responsabilidade, com a relagao dos iméveis que 0 responsavel possuir, se outros tiver, além dos indicados no requerimento, e com os documentos comprobatérios do dominio, § 22 © arbitramento do valor da responsabilidade e a avaliagao dos iméveis designados far-se-do por perito nomeado pelo juiz, onde néo houver avaliador judicial, sendo-the facultada a consulta dos autos do processo respectivo, § 32 0 juz, ouvidas as partes no prazo de dois dias, que correré em cartério, poderd corrgir 0 arbitramento do valor da responsabilidade, se Ihe parecer excessivo ou deficient. § 42 0 juiz autorizaré somente a inscrigéo da hipoteca do imével ou iméveis necessérios a garantia da responsabilidade, § 52. O valor da responsabilidade serd liquidado definitivamente apés a condenagao, podendo ser requerido novo arbitramento se qualquer das partes nao se conformar com o arbitramento anterior 4 sentenca condenatéria, § 62 So o réu oferecer caugao suficiente, em dinhoiro ou em titulos de divida publica, pelo valor de sua cotagao em Bolsa, o juiz podera deixar de mandar proceder a inscrigo da hipoteca legal. Art. 136. © arresto do imével podera ser decretado de inicio, revogando-se, porém, se no prazo de 15 (quinze) dias nao for promovido o proceso de inscrigao da hipoteca legal, (Redacao dada pela Lei n® 11,435, de 2006) Art, 137, Se 0 responsével nao possuir bens iméveis ou os possuir de valor insuficiente, poderao ser arrestados bens méveis suscetiveis de penhora, nos termos em que é facultada a hipoteca legal dos iméveis. (Redacao dada pela Lei n® 11.435, de 2006), § 12 Se esses bens forem coisas fungiveis e facilmente deterioraveis, proceder-se-A na forma do § 5° do art. 120. § 22 Das rendas dos bens méveis poderdo ser fornecidos recursos arbitrados pelo juiz, para a manutengao do indiciado e de sua familia. 30H . . “4 o Art. 138. O proceso de especializacao da hipoteca e do arresto correrao em auto apartado. dada pela Lein® 11.435, de 2006), 36 a a iit. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 16/110 saros2019 eta6e9 Art, 139. © depésito e a administragao dos bens arrestados ficarao sujeitos ao regime do processo civil. Art, 140, As garantias do ressarcimento do dano alcangaréo também as despesas processuais e as penas, pecuniérias, tendo preferéncia sobre estas a reparagao do dano ao ofendido. ou julgada extinte-e-punibilidade Art. 141. 0 arresto seré levantado ou cancelada a hipoteca, se, por sentenga iecorrivel, o réu for absolvido ou julgada extinta a punibilidade. (Redagao dada pola Lei n® 11.435, de 2006). Art. 142, Cabera ao Ministério Pablico promover as medidas estabelecidas nos arts. 134 e 137, se houver interesse da Fazenda Publica, ou se o ofendido for pobre @ 0 requerer, juizdo-cbvelar-63)- , Art. 143, Passando em julgado a sentenga condenatéria, serao os autos de hipoteca ou arresto remetidos ao juiz do civel art 63). (Redagdo dada pela Lein® 11,435, de 2006), Art. 144, Os interessados ou, nos casos do att, 142, 0 Ministério PUblico poderao requerer no juizo civel, contra © responsavel civil, as medidas previstas nos arts. 134, 136 ¢ 137, Art, 144-A. 0 juiz determinara a alienagao antecipada para preservagao do valor dos bens sempre que estiverem ‘sujeitos a qualquer grau de deterioragao ou depreciago, ou quando houver dificuldade para sua manutengAo. (Unncluido pela Lei n® 12,694, de 2012) § 12 0 leiléo far-se-A preferencialmente por meio eletrénico. (Incluido pela Lei n® 12.694, de 2012) § 22 Os bens deverdo ser vendides pelo valor fixado na avaliagao judicial ou por valor maior. Nao alcangado 0 valor estipulado pela administragao judicial, seré realizado novo leiléo, em até 10 (dez) dias contados da realizacao do primeiro, podendo os bens ser allenados por valor nao inferior a 80% (oltenta por cento) do estipulado na avaliago judicial (lncluido pola Lei n® 12.694, de 2012) § 32. 0 produto da alienagao ficara depositado em conta vinculada ao juizo até a deciséo final do processo, procedendo-se a sua conversao em renda para a Unido, Estado ou Distrito Federal, no caso de condenacao, ou, no caso de absolvigdo, a sua devolugao ao acusado, (Incluido peta Lei n® 12.684, de 2012) § 42 Quando a indisponibilidade recair sobre dinheiro, inclusive moeda estrangeira, titulos, valores mobiliérios ou cheques emitidos como ordem de pagamento, o julzo determinara a converséo do numerério apreendido em moeda nacional corrente ¢ o depésito das correspondentes quantias em conta judicial {lncluido pela Lei n® 12,694, de 2012) § 52 No caso da alienacao de veiculos, embarcagdes ou aeronaves, 0 juiz ordenara a autoridade de transito ou ao equivalente érgao de registro e controle a expedi¢ao de cerlificado de registro e licenclamento em favor do arrematante, ficando este livre do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores, sem prejulzo de execugdo fiscal em relagao 0 antigo proprietario. (lncluido pela Lein® 12.694, de 2012) § 62 0 valor dos titulos da divida publica, das agdes das sociedades e dos titulos de crédito negociveis om bolsa sera 0 da cotagao oficial do dia, provada por certido ou publicagdo no érgao oficial (Uncluido pela Lei n? 12.694, de 2012) §72 (VETADO). (Incluido peta Lei n® 12,694, de 2012) CAPITULO Vil DO INCIDENTE DE FALSIDADE Art, 145, Argiiida, por escrito, a falsidade de documento constante dos autos, o juiz observaré 0 seguinte processo: || mandar autuar em apartado a impugnago, e em seguida ouviré a parte contraria, que, no prazo de 48 horas, oferecerd resposta; Il -assinard o prazo de trés dias, sucessivamente, a cada uma das partes, para prova de suas alegacées; lil - conclusos os autos, poderd ordenar as diligéncias que entender necessérias; www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm s7it0 saros2019 eta6e9 IV - se reconhecida a falsidade por decisao irrecorrivel, mandara desentranhar 0 documento e remeté-lo, com os autos do processo incidente, ao Ministério Publico. Art. 146. A arglligdo de falsidade, feita por procurador, exige poderes especials. Art. 147. 0 juiz podera, de oficio, proceder a verificagao da falsidade, Art, 148, Qualquer que seja a deciséo, nao fara coisa julgada em prejuizo de ulterior proceso penal ou civil CAPITULO Vill DA INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO Art. 149. Quando houver divida sobre a integridade mental do acusado, 0 juiz ordenard, de oficio ou a requerimento do Ministério Publico, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmao ou cénjuge do acusado, seja este submelido a exame médico-legal. § 12 O exame podera ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representagao da autoridade policial ao juiz competente. § 22 0 juiz nomeard curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se jéiniciada a agdo penal, salvo quanto ass dligéncias que possam ser prejudicadas pelo adiamento. Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, sera intemado em manicémio judiciario, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar. § 12 0 exame nao durard mais de quarenta @ cinco dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo. § 22 Se nao houver prejuizo para a marcha do proceso, o juiz podera autorizar sejam os autos entregues aos peritos, para facilitar o exame. Art, 181. Se os peritos concluirem que o acusado era, ao tempo da infracdo, irresponsavel nos termos do arl. 22 do Cédigo Penal, o processo prosseguira, com a presenga do curador. Art. 152. Se se verificar que a doenga mental sobreveio a infragdo 0 processo continuaré suspenso até que 0 acusado se restabelega, observado 0 § 2° 14 § 12 0 Juiz poder, nesse caso, ordenar a internagao do acusado em manicémio judiciério ou em outro estabelecimento adequado. § 22 0 processo retomaré o seu curso, desde que se restabeleca 0 acusado, ficandovthe assegurada a faculdade de reinquitr as testemunhas que houverem prestado depoimento sem a sua presenga, Art, 183. O incidente da insanidade mental processar-se-4 em auto apartado, que s6 depois da apresentacao do laudo, sera apenso ao processo principal Art. 154, Se a insanidade mental sobrevier no curso da execugao da pena, observar-se-4 o disposto no art. 682, TiTULO vi DA PROVA CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS N estebelecides-neteteivit Art. 155. © juiz formaré sua convicgdo pela livre apreciagao da prova produzida em contraditério judicial, nao podendo fundamentar sua decistio exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigagao, ressalvadas as, provas cautelares, nao repetiveis e antecipadas. (Redagdo dada pela Lei n® 11,690, de 2008) Paragrafo nico. Somente quanto ao estado das pessoas serdo observadas as restrigdes estabelecidas na lei civil ((ncluido pela Lei n® 11.690, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 18/110 saros2019 eta6e9 Art, 186. A prova da alegagao incumbiré a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de oficio: (Redaco dada pela Lei n® 11,690, de 2008) | — ordenar, mesmo antes de iniciada a agao penal, a produgdo antecipada de provas consideradas urgentes € relevantes, observando a necessidade, adequagao e proporcionalidade da medida; (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) I determinar, no curso da instrugao, ou antes de proferir sentenga, a realizacao de diligéncias para dirimir divida sobre ponto relevante. (Incluido pela Lei n? 11,690, de 2008) Art. 157. Sao inadmissiveis, devendo ser desentranhadas do proceso, as provas ilicitas, assim entendidas as ‘obtidas em violagao a normas constitucionais ou legals. (Redacao dada pala Lei n® 11,690, de 2008) § 12 Sao também inadmissiveis as provas derivadas das ilcitas, salvo quando nao evidenciado 0 nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser oblidas por uma fonte independente das primeiras. (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008), § 22 Considera-se fonte independente aquela que por si s6, seguindo os tramites tipicos e de praxe, préprios da investigagao ou instrugao criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. (Incluido pela Lei n® 11.690, de 2008) § 32 Preclusa a decisao de desentranhamento da prova declarada inadmissivel, esta serd inutilzada por decisdo judicial, facultado as partes acompanhar o incidente. (Incluido pela Lei 690, de 2008) § 4 (VETADO) (ncluido pela Lei n® 11,690, de 2008) CAPITULO II DO EXAME DO CORPO DE DELITO, £ DAS PERICIAS EM GERAL Art. 158. Quando a infragao deixar vest Podendo supri-o a confissdo do acusado. 3s, sera indispensavel 0 exame de corpo de delito, direto ou indireto, néo Pardgrafo nico, Dar-se-4 prioridade a realizagao do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: (Incluido dada pela Lei n® 13.721, de 2018) violéncia doméstica e familiar contra mulher; (Inoluido dada pela Lei n® 13.721, de 2018) Il- violéncia contra crianga, adolescente, idoso ou pessoa com deficiéncia, (Incluido dada pela Lei n® 13,721, de 2018) ‘Art. 159. O exame de corpo de delito © outras pericias serao realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior. (Redagao dada pela Lei n? 11.690, de 2008) § 12 Na falta de perito oficial, o exame sera realizado por 2 (duas) pessoas idéneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na 4rea especifica, dentre as que tiverem habllitagdo técnica relacionada com a natureza do exame. (Redagao dada pola Lei n® 11,690, de 2008) § 22 Os peritos nao ofciais prestario 0 compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo. (Redacdo dada pela Lei n® 11,690. de 2008) § 32 Serdo facultadas ao Ministério Piblico, ao assistente de acusagio, a0 ofendido, ao querelante e ao acusado a formulagaio de quesitos e indicacao de assistente técnico, ((ncluido peta Lei n® 11,690, de 2008) § 42.0 assistento técnico atuaré a partir de sua admissdo polo juiz @ apés a conclusdo dos exames e elaboragao do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas desta decisdo. (Inoluido pela Lei n® 11,690, de 2008) www planalto.gov-briccvl_08/decretoteide13689.ntm 9/10 saros2019 eta6e9 § 52 Durante o curso do processo judicial, 6 permitido as partes, quanto a pericia’ (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) | —requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de intimago e as quesitos ou questées a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedéncia minima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; (Incluido pela Lei n® 11,690, de. 2008) II indicar assistentes técnicos que poderao apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiéncia. (lncluido pela Lei n® 11,690, de 2008) § 62 Havendo requerimento das partes, 0 material probatério que serviu de base a pericia sera disponibiizado no ambiente do érgao ofcial, que mantera sempre sua guarda, © na prosenga de perito oficial, para exame pelos assistentes, salvo se for impossivel a sua conservagao. (Incluido pela Lein® 11,690, de 2008) § 72 Tratando-se de pericia complexa que abranja mais de uma area de conhecimento especializado, poder-se-8 designar a atuagdo de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. (Incluido pela Lei no 11,690, de 2008) 60-Os-p ponderio-nes-¢ Ar. 160. Os peritos elaboraréo 0 laudo pericial, onde descreverio minuciosamente © que examinarem, e responderao aos quesitos formulados. (Redacdo dada pela Lein® 8.862, de 28,3,1994) Pardgrafo Unico, O laudo pericial sera elaborado no prazo maximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionals, a requerimento dos peritos. (Redagdo dada pela Lei n® 8.862, de 28.3.1994) Art. 161. O exame de corpo de delito podera ser feito em qualquer dia e a qualquer hora Art, 162. A autopsia serd feita pelo menos seis horas depois do ébito, salvo se os peritos, pela evidéncia dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declarardo no auto, Pardgrafo tinico. Nos casos de morte violenta, bastard o simples exame extemo do cadaver, quando nao houver infragéo penal que apurar, ou quando as lesdes externas permitirem precisar a causa da morte © nao houver necessidade de exame interno para a verificagao de alguma circunstancia relevante, Art, 163. Em caso de exumagao para exame cadavérico, a autoridade providenciara para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligéncia, da qual se lavrard auto circunstanciado. Pardgrafo tinico. O administrador de cemitério piblico ou particular indicara o lugar da sepultura, sob pena de desobediéncia, No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadaver em lugar nao destinado a inumagées, a autoridade procedera as pesquisas necessérias, o que tudo constara do auto. Art, 164, Os cadaveres sero sempre fotografados na posigao em que forem encontrados, bem como, na medida do possivel, todas as lesdes externas e vestigios deixados no local do crime. (Redagdo dada pela Lei n® 8,862, de 28.3.1994) Art. 165. Para representar as lesdes encontradas no cadaver, os peritos, quando possivel, juntarao ao laudo do exame provas fotograficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados. Art. 166. Havendo diivida sobre a identidade do cadaver exumado, proceder-se- ao reconhecimento pelo Instituto de Identificagdo e Estatistica ou repartigao congénere ou pela inquirigéo de testemunhas, lavrando-se auto de reconhecimento e de identidade, no qual se descrevera o cadaver, com todos os sinais e indicacées. Pardgrafo Unico. Em qualquer caso, serdo arrecadados e autenticados todos os abjetos encontrados, que possam ser Uteis para a identificagao do cadaver, Art, 167. Nao sendo possivel o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestigios, a prova testemunhal podera supririhe a falta. Art, 168, Em caso de lesdes corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-a a exame complementar por determinagao da autoridade policial ou judicidria, de oficio, ou a requerimento do Ministério Pablico, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor. § 12 No exame complementar, os peritos terdo presente 0 auto de corpo de delito, a fim de supri-the a deficiéncia ou retificd-t, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2oii10 saros2019 eta6e9 § 22 Se 0 exame tiver por fim precisar a classificagao do delito no art, 129,.§ 1" feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime |.do Cédigo Penal, devera ser '§ 32 A falta de exame complementar podera ser suprida pela prova testemunhal. Art 168, Para 0 efeito de exame do local onde houver sido praticada a infragdo, a autoridade providenciaré imediatamente para que ndo se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderdo instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos. (Vide Lei n° 5.970, de 1973) Pardgrafo Unico. Os peritos registrarao, no laudo, as alteragées do estado das coisas e discutirdo, no relatério, as conseqiiéncias dessas alteracdes na dinamica dos fatos. {{ncluido pela Lei n® 8,862, de 28,3,1994) Art, 170. Nas pericias de laboratério, os peritos quardardo material suficionte para a eventualidade de nova pericia. Sempre que conveniente, os laudos serdo ilustrados com provas fotograficas, ou microfotograficas, desenhos ou ‘esquemas. Art. 171. Nos crimes cometides com destrui¢ao ou rompimento de obstaculo a subtracao da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestigios, indicardo com que instrumentos, por que meios © em que época presumem ter sido o fato praticado. Art. 172. Proceder-se-a, quando necessario, a avaliagao de coisas destruidas, deterioradas ou que constituam produto do crime. Pardgrafo Unico, Se impossivel a avaliacdo direta, os perilos procederdo a avaliagéo por meio dos elementos existentes nos autos © dos que resultarem de diligéncias, Art, 173, No caso de incéndio, os peritos verificardo a causa e o lugar em que houver comecado, o perigo que dele tiver resultado para a vida ou para o patriménio alheio, a extensao do dano e o seu valor e as demais circunstancias que interessarem a elucidagao do fato. Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por comparagao de letra, observar-se-4 0 seguinte: fa pessoa a quem se alribua ou se possa atribuir o escrito serd intimada para 0 alo, se for encontrada; Il - para a comparagao, poderdo servir qualsquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou ja tiverem sido judicialmente reconhecidos como de seu punho, ou sobre cuja autenticidade nao houver divida; lil - a autoridade, quando necessério, requisitara, para o exame, os documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos piiblicos, ou nestes realizaré a diligéncia, se dai ndo puderem ser retirados; IV - quando nao houver escritos para a comparagao ou forem insuficiontes os exibidos, a autoridade mandaré que a pessoa escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta ultima diligéncia podera ser feita por precatoria, em que se consignardo as palavras que a pessoa serd intimada a escrever. Art. 175. Serdo sujeitos a exame os instrumentos empregados para a pratica da infrago, a fim de se Ihes verificar anatureza e a eficiéncia, Art. 176. A autoridade e as partes poderdo formular quesitos até o ato da diligéncia. Art. 177. No exame por precatéria, a nomeago dos peritos far-se-d no julzo deprecado. Havendo, porém, no caso de agao privada, acordo das partes, essa nomeagao podera ser feita pelo juiz deprecante. Paragrafo Unico, Os quesitos do juiz @ das partes serdo transcritos na precatoria, Art. 178. No caso do art 159, 0 exame sera requisitado pela autoridade ao diretor da repartigdo, juntando-se ao processo 0 laudo assinado pelos peritos, Art. 179. No caso do § 1° do art. 159, 0 escrivao lavrara 0 auto respective, que serd assinado pelos peritos 0, se presente ao exame, também pela autoridade. Paragrafo tinico, No caso do art. 160, paragrafo tnico, 0 laudo, que poderd ser datilografado, sera subscrito & rubricado em suas folhas por todos os peritos. Art. 180. Se houver divergéncia entre os peritos, sero consignadas no auto do exame as deciaragées e respostas de um e de outro, ou cada um redigiré separadamente o seu laudo, ¢ a autoridade nomearé um terceiro; se este divergir de ambos, a autoridade poder mandar proceder a novo exame por outros peritos. 84 Bes, see, Art, 181. No caso de inobservancia de formalidades, ou no caso de omissées, obscuridades ou contradigées, a autoridade judicidria mandara suprir a formalidade, complementar ou esclarecer 0 laudo. (Redagao dada pala www planalto.govbriccivl_ 08/decretoteide13689.ntm 2uiio saros2019 eta6e9 Lei n? 8,862, de 28,3,1994) Paragrafo Unico, A autoridade podera também ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente. Art, 182. 0 juiz nao ficara adstrito ao laudo, podendo aceité-lo ou rejeité-to, no todo ou em parte. ‘Art. 183. Nos crimes em que nao couber agao piblica, observar-se-4 0 disposto no art, 19. Art, 184, Salvo 0 caso de exame de corpo de delito, 0 juiz ou a autoridade policial negara a pericia requerida pelas, partes, quando nao for necessaria ao esclarecimento da verdade. CAPITULO III DO INTERROGATORIO DO ACUSADO Art, 185. © acusado que comparecer perante a autoridade judiciéria, no curso do processo penal, sera qualificado @ interrogado na presenga de seu defensor, constituido ou nomeado. (Redacao dada pela Lei n® 10.792, de 4°.12,2003) 240,702-de-4842.2003) § 12 0 interrogatério do réu preso sera realizado, em sala propria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a seguranca do juiz, do membro do Ministério Publico © dos auxiliares bem como a presenga do defensor e a publicidade do ato (Redacao dada pela Lein® 11,900, de 2009) & ne a § 22 Excepcionalmente, o juiz, por decisdo fundamentada, de oficio ou a requerimento das partes, poderd realizar © interrogatério do réu preso por sistema de videoconferéncia ou outro recurso tecnolégico de transmissdo de sons imagens em tempo real, desde que a medida seja necesséria para atender a uma das seguintes finalidades: (Redagao dada pela Lei n? 11.900, de 2009) | ~ prevenir risco 4 seguranga publica, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organizagao criminosa ou de que, por outra razdo, possa fugir durante o desiocamento; (Incluido pela Lei n? 11.900, de 2009) Il = viabilizar a participagao do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juizo, por enfermidade ou outra circunstancia pessoal; (Uncluido pela Lei n® 11,900, de. 2009) lil - impedir a influ€ncia do réu no Animo de testemunha ou da vitima, desde que ndo seja possivel colher 0 depoimento destas por videoconferéncia, nos termos do art. 217 deste Cédigo; (Incluido pela Lei n? 11.900, de 2009) IV responder a gravissima questo de ordem publica. (Incluido pela Lei n? 11.900, de 2009) § 32. Da decisdo que determinar a realizagao de interrogatério por videoconferéncia, as partes serdo com 10 (dez) dias de antecedanci (lncluido pela Lein® 11.900, de 2009) § 42 Antes do interrogatério por videoconferéncia, 0 preso poderd acompanhar, pelo mesmo sistema tecnolégico, a realizagao de todos os atos da audiéncia dnica de instrugdo ¢ julgamento de que tratam os arts. 400, 411 ¢ 531 deste Cidigo. \Uncluido pela Lei n® 11,900, de 2009) § 52 Em qualquer modalidade de interrogatério, o juz garantiré ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com 0 seu defensor; se realizado por videoconferéncia, fica também garantido 0 acesso a canais telefénicos reservados para comunicagao entre o defensor que esteja no presidio e 0 advogado presente na sala de audiéncia do Forum, ¢ entre este @ o preso. \(Uncluido pela Lei n® 11,900, de 2009) § 62 A sala reservada no estabelecimento prisional para a realizagéo de alos processuais por sistema de videoconteréncia serd fiscalizada pelos corregedores e pelo juiz de cada causa, como também pelo Ministério Publico & Pela Ordem dos Advogados do Brasil (Incluido pela Lei n® 11,900, de 2009) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2aiiio saros2019 eta6e9 §72 Serd requisitada a apresentagao do réu preso em juizo nas hipéteses em que o interrogatério nao se realizar na forma prevista nos §§ 12. 2° deste artigo. (Incluido pela Lei n® 11,900, de 2009) § 82 Aplica-se o disposto nos §§ 22, 32, 42 © 52 deste artigo, no que couber, a realizagdo de outros atos. processuais que dependam da participagao de pessoa que esteja presa, como acareagao, reconhecimento de pessoas e coisas, ¢ inquirigdo de testemunha ou tomada de declaragées do ofendido. (Incluido pela Lei n° 11.900, de 2009) § 92 Na hipétese do § 82 deste artigo, fica garantido 0 acompanhamento do ato processual pelo acusado e seu defensor. (Incluido pela Lein® 11,900, de 2009) § 10. Do interrogatério devera constar a informagao sobre a existéncia de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiéncia e 0 nome e 0 contato de eventual responsavel pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa {(Ineluido pela Lei n® 13,257, de 2016) 26. _ seers quer a Art. 186. Depois de devidamente quaificado e cientificado do inteiro teor da acusagao, 0 acusado sera informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatério, do seu direito de permanecer calado e de nao responder perguntas que Ihe forem formuladas. (Redacdo dada pola Lei n° 10,792, de 1°,12,2003) Pardgrafo Gnico. O siléncio, que néo importaré em confisso, nao podera ser interpretado em prejuizo da defesa. (Incluido pela Lein’® 10.792, de 1°.12,2003) Art, 187. 0 interrogatério sera constituido de duas partes: sobre a pessoa do acusado e sobre os fatos, (Redagao dada pela Lei n® 10.792, de 1°.12.2003) § 12.Na primeira parte 0 interrogando seré perguntado sobre a residéncia, meios de vida ou profissao, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, noladamente se foi preso ou processado alguma vez ©, em caso afirmativo, qual 0 juizo do processo, se houve suspensdo condicional ou condenagao, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais. (Incluido pela Lei n® 10.792, de 1°.42,2003) § 22 Na segunda parte sera perguntado sobre: ((ncluido pela Lei n® 10,792, de 12.12.2003) | - ser verdadeira a acusagao que Ihe é feita; {Incluido pela Lei n® 10.792, de 12.12.2003) Il - ndo sendo verdadeira a acusacao, se tem algum motivo particular a que atribulla, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a pratica do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da pratica da infragao ‘ou depois dela; \(Incluido pela Lei n° 10,792, de 1°,12,2003) lll - onde estava ao tempo em que foi cometida a infragao e se teve noticia desta; (lncluido pela Lei nn 10.792, de 1°.12,2003) Vas provas ja apuradas; (Incluido pela Lei n® 10.792, de 12.12.2003) V - se conhece as vitimas e testemunhas ja inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem 0 que alegar contra elas; (lncluido pela Lein? 10.792, de 19.12.2003) VI- se conhece o instrumento com que foi praticada a infrago, ou qualquer objeto que com esta se relacione & tenha sido apreendido; (Incluido pela Lei n® 10.792, de 1°.12.2003) VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam a elucidagéio dos antecedentes ¢ circunstancias da infragao; {Incluido pela Lei n? 10,792, de 1°,12,2003) VIIl- se tem algo mais a alegar em sua defesa (Incluido pela Lei n? 10.792, de 1°.12.2003) 28. ae -trosidéneie www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2aiit0 saros2019 eta6e9 depeis-dela; 5, infrogier Art. 188. Apés proceder ao interrogatéro, o juiz indagaré das partes se restou algum fato para ser esclarecido, formulando as perguntas correspondentes se o entender pertinente e relevante. (Rodacdo dada pela Lein® 10.792. de 18.12.2003) Art. 189. Se o interrogando negar a acusagao, no todo ou em parte, poderé prestar esclarecimentos e indicar provas, (Redagdo dada pela Lei n® 10.792, de 1°.12,2003) e-se-stitras pessoas-coneorreram para infragde-<-quais-sejarmr- Art, 190. Se confessar a autoria, sera perguntado sobre os motivos ¢ circunstancias do fato e se outras pessoas concorreram para a infrago, e quais sejam. _ (Redaco dada pela Lein® 10.792, de 1°.12.2003) Art. 191. Havendo mais de um acusado, serdo interrogados separadamente, (Redagso dada pela Lei nn? 10.792, de 1°.12.2003) Art, 192. O interrogatério do mudo, do surdo ou do surdo-mudo seré feito pela forma seguinte: (Redacdo dada pela Lein* 10,792,de 1°.12,2003) | - ao surdo serdo apresentadas por escrito as perguntas, que ole responderd oralmente; (Redacao dada pela Lei n* 10.792, de 1°.12,2003) Il - ao mudo as perguntas serdo feitas oralmente, respondendo-as por escrito; (Redagao dada pela Lei n® 10,792, de 1°.12,2003) IIL - a0 surdo-mudo as perguntas seréo formuladas por escrito e do mesmo modo dard as respostas. (Redagdo dada pela Lei n® 10.792, de 1°.12.2003) Pardgrafo Unico. Caso 0 interrogando nao salba ler ou escrever, intervird no ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendé-lo, (Bedacdo dada pala Lei n® 10,792, de 1°,12,2003) a ao-falar ad n te ‘Art. 193. Quando o interrogando nao falar a lingua nacional, o interrogatério sera feito por meio de interprete. (Redagao dada pela Lei n® 10,792, de 1°,12,2003) (Revogado pela Lei n® 10.792, de 1°.12.2003) Art. 195. Se o interrogado no souber escrever, ndo puder ou ndo quiser assinar, tal fato ser consignado no termo. (Redacdo dada pela Lei n® 10.792, de 12.12.2003) Art. 196. A todo tempo o juiz poderd proceder a novo interrogatério de oficio ou a pedido fundamentado de qualquer das partes. (Redacdo dada pala Lei n® 10,792, de 12,12,2003) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2aiiio saros2019 eta6e9 CAPITULO IV DA CONFISSAO Art. 197. O valor da confissao se aferiré pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, e para a sua apreciagao 0 juiz devera confronté-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e estas existe compatiblidade ou concordancia Art. 198. 0 siléncio do acusado no importaré confisso, mas poderd conslituir elemento para a formagéo do convencimento do juiz. Art. 199. A confisso, quando feita fora do interrogatério, serd tomada por termo nos autos, observado o disposto no art, 195, Art, 200. A confissao sera divisivel e retratavel, sem prejuizo do livre convencimento do juiz, fundado no exame das provas em conjunto, CAPITULO V DO OFENDIDO (Redagao dada pela Lei n® 11,690, de 2008) Art. 201. Sempre que possivel, o ofendido sera qualificado e perguntado sobre as circunstancias da infracdo, quem seja ou presuma ser 0 seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as suas deciaragoes. (Redacao dada pela Lei n® 11,690, de 2008) § 12 Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, 0 ofendido podera ser conduzido a presenga da autoridade. ({ncluido pela Lei n® 11,690, de 2008) § 22 0 ofendido sera comunicado dos alos processuais relativos ao ingresso © a saida do acusado da priséo, & designagao de data para audiéncia e sentenga e respectivos acérddos que a mantenham ou modifiquem, {Incluido pela Lein? 11,690, de 2008) § 32 As comunicacées ao ofendido deverdo ser feitas no enderego por ele indicado, admitindo-se, por opgao do ofendido, o uso de meio eletrénico, {lncluido pela Lei n® 11,690, de 2008) § 42. Antes do inicio da audiéncia e durante a sua realizagao, serd reservado espago separado para o ofendido. (Incluido pela Lei n® 11.690, de 2008) § 52 Se o juiz entender necessério, podera encaminhar o ofendido para atendimento muttidisciplinar, especialmente nas areas psicossocial, de assisténcia juridica e de satide, a expensas do ofensor ou do Estado. (Incluido pela Lei n? 11.690, de 2008), § 62 0 julz tomar as providéncias necessérias a preservacao da intimidade, vida privada, honra e imagem do ‘ofendido, podendo, inclusive, determinar 0 segredo de justica em relagéo aos dados, depoimentos © outras informagdos constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposi¢ao aos meios de comunicagao. (Uncluide pela Lein® 11.690, de 2008) CAPITULO VI DAS TESTEMUNHAS Art. 202. Toda pessoa poderd ser testemunha, Art. 203. A testemunha fara, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residéncia, sua profissdo, lugar onde exerce sua atividade, se parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relagdes com qualquer delas, e relatar 0 ‘que souber, explicando sempre as razGes de sua cléncia ou as circunstancias pelas quals possa avaliar-se de sua credibilidade. Art, 204. O depoimento serd prestado oralmente, nao sendo permitido a testemunha trazé-lo por escrito. Pardgrafo Unico. Nao serd vedada & testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 25/110 saros2019 eta6e9 Art, 205. Se ocorrer divida sobre a identidade da testemunha, o juiz procedera a verificago pelos meios ao seu alcance, padendo, entretanto, tomar-Ihe o depoimento desde logo. Art. 206. A testemunha néo poderé eximir-se da obrigagao de depor. Poderdo, entretanto, recusar-se a fazé-lo 0 ascendente ou descendente, o afim em linha reta, 0 cénjuge, ainda que desquitado, 0 irmao e o pai, a mae, ou 0 filho adotivo do acusado, salvo quando nao for possivel, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas, circunstancias. Art. 207. Sao proibidas de depor as pessoas que, em razéo de fungdo, ministério, oficio ou profisséo, devam ‘guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho. Art. 208. Nao se deferiré o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem as pessoas a que se refere o art. 206, Art. 209, 0 juiz, quando julgar necessario, poderd ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes. § 12 Se ao juiz parecer conveniente, serdo ouvidas as pessoas a que as testemunhas se referirem. §§ 22 Nao sera computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse & decisdo da causa. Art. 210. As testemunhas serao inquiridas cada uma de per si, de modo que umas néo saibam nem ougam os depoimentos das outras, devendo o juiz advert-las das penas cominadas ao falso testemunho. (Bedacao dada pela Lein® 11.690, de 2008) Pardgrafo Unico. Antes do inicio da audiéncia e durante a sua realizado, serdo reservados espacos separados para a garantia da incomunicabllidade das testemunhas. (Incluido pela Lei n° 11.690, de 2008) Art. 211. Se 0 juiz, ao pronunciar sentenga final, reconhecer que alguma testemunha fez afirmacao falsa, calou ou negou a verdade, remetera cépia do depoimento a autoridade policial para a instauragao de inquérito Pardgrafo Unico. Tendo o depoimento sido prestado em plenério de julgamento, 0 juiz, no caso de proferir decisao na audiéncia (art. 538, § 2°), o tribunal (art, 561), ou 0 conselho de sentenga, apés a votagao dos quesitos, poderao fazer apresentar imediatamente a testemunha & autoridade polical a 8 resperdida: Art. 212, As perguntas serdo formuladas pelas partes diretamente a testemunha, nao admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, ndo tiverem relagao com a causa ou importarem na repetigdo de outra j4 respondida. (Redacao dada pela Lei n® 11,690, de 2008) Pardgrafo Unico. Sobre os pontos néo esclarecidos, o juiz podera complementar a inquirig&o. (Incluido pela Lei n® 11,690, de 2008) Art, 213, 0 juiz nao permitira que a testemunha manifeste suas apreciagdes pessoais, salvo quando inseparaveis, da narrativa do fato. Art, 214, Antes de iniciado 0 depoimento, as partes poderao contraditar a testemunha ou argiiircircunsténcias ou defeitos, que a tomem suspeita de parcialidade, ou indigna de f8. O juiz faré consignar a contradita ou argiigdo © a resposta da testemunha, mas s6 excluira a testemunha ou nao Ihe deferira compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e208, Art. 215. Na redaco do depoimento, o juiz deverd cingir-se, tanto quanto possivel, as expressdes usadas pelas testernunhas, reproduzindo fielmente as suas frases. Art. 216. © depoimento da testemunha ser reduzido a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a testemunha nao souber assinar, ou nao puder fazé-lo, pedira a alguém que 0 faca por ela, depois de lido na presenga de ambos. Art. 217. Se 0 juiz verificar que a presenga do réu podera causar humilhacao, temor, ou sério constrangimento & testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fara a inquirigao por videoconferéncia e, somente na impossibilidade dessa forma, determinara a retirada do réu, prosseguindo na inquiri¢ao, com a presenga do seu defensor, (Redagao dada pela Lei n° 11,690, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2ei110 saros2019 eta6e9 Paragrafo nico. A adogao de qualquer das medidas previstas no caput deste artigo deverd constar do termo, assim como os motives que a determinaram (Incluido pela Lei n® 11.690, de 2008) Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poder requisitar & autoridade policial a sua apresentagdo ou determinar seja conduzida por oficial de justica, que podera solicitar 0 auxilio da forga publica, Art. 219. O juiz podera aplicar a testemunha faltosa a multa prevista no art. 453, sem prejuizo do proceso penal por crime de desobediéncia, e condené-la ao pagamento das custas da diligéncia. (Redagso dada pela Lei n® 6, de 24,5.1977) Art, 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer para depor, serdo inquiridas onde estiverem, Art. 221. O Presidente © 0 Vice-Presidente da Repiblica, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os govemadores de Estados @ Territérios, os secretarios de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municipios, os deputados as Assembiéias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciério, os ministros e juizes dos Tribunais de Contas da Unido, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Maritimo sero inquiridos ‘em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e 0 juiz. (Redagao dada pela Lei n® 3.653, de 4,11,1959) § 1° 0 Presidente ¢ 0 Vice-Presidente da Repiblica, os presidentes do Senado Federal, da Camara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderdo optar pela prestagao de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serdo transmitidas por oficio. (Redapdo dada pela Lei n? 6.416, de 24,5.1977) § 2° Os militares deverdo ser requisitados autoridade superior. (Reda 245.1977) dada pela Lei n® 6.416, de § 3° Aos funcionarios puiblicos aplicar-se-4 0 disposto no art. 218, devendo, porém, a expedi¢ao do mandado ser imediatamente comunicada ao chefe da reparticao em que servirem, com indicagao do dia e da hora marcados. (Incluido pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) Art, 222. A testemunha que morar fora da jurisdigdio do juiz sera inquirida pelo juiz do lugar de sua residéncia, expedindo-se, para esse fim, carta precatéria, com prazo razoavel, intimadas as partes, § 12 A expedigao da precatéria ndo suspendord a instrugéo criminal § 22 Findo o prazo marcado, poderé realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo, a precaléria, uma vez devolvida, sera junta a0s autos, § 32 Na hipétese prevista no caput deste artigo, a oitiva de testemunha poderé ser realizada por melo de Videoconferéncia ou outro recurso tecnol6gico de transmissao de sons e imagens em tempo real, permitida a presenca do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante a realizagéo da audiéncia de instrugao e julgamento, (Ineluido pela Lei n° 11.900. de 2009) Art. 222A. As cartas rogatérias sé serdo expedidas se demonstrada previamente a sua imprescin: arcando a parte requerente com os custos de envio. _(ncluido pola Lein® 11,900, de 2009) lidade, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 270 saros2019 eta6e9 Paragrafo Unico, Aplica-se as cartas rogatérias 0 disposto nos §§ 12 e 2° do art, 222 deste Codigo, (Incluido pela Lein? 11.900, de 2009) Art. 223. Quando a testemunha no conhecer a lingua nacional, seré nomeado intérprete para traduzir as perguntas e respostas. Pardgrafo Unico. Tratando-se de mudo, surdo ou surdo-mudo, proceder-se-é na conformidade do art. 192. Art, 224. As testemunhas comunicardo ao juiz, dentro de um ano, qualquer mudanga de residéncia, sujeitando-se, pela simples omisséo, as penas do ndo-comparecimento. Art, 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrugao criminal ja nao exista, o juiz poderd, de oficio ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-Ihe antecipadamente o depoimento. CAPITULO Vil DO RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS Art, 226, Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-A pela seguinte forma fa pessoa que tiver de fazer o reconhecimento sera convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; Il pessoa, cujo reconhecimento se pretender, sera colocada, se possivel, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhanga, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontéla; lll - se houver razdo para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidago ou outra influéncia, nao diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciard para que esta ndo veja aquela; IV - do ato de reconhecimento lavrar-se-a auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para praceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais. Pardgrafo Unico. O disposto no n? III deste artigo nao teré aplicagdo na fase da instrugao criminal ou em plendrio de julgamento, Art, 227. No reconhecimento de objeto, proceder-se-4 com as cautelas estabelecidas no artigo anterior, no que for aplicavel. Art, 228, Se varias forem as pessoas chamadas a efetuar o reconhecimento de pessoa ou de objeto, cada uma fard a prova em separado, evitando-se qualquer comunicacao entre elas. CAPITULO VIII DA ACAREAGAO Art, 228, A acareagao sera admitida entre acusados, entre acusado @ testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em suas declaragées, sobre fatos ou circunstancias relevantes. Pardgrafo Unico. Os acareados sero reperguntados, para que expliquem os pontos de divergéncias, reduzindo-se a termo 0 ato de acareagao, ‘Art. 230. Se ausente alguma testemunha, cujas declaragdes divirjam das de outra, que esteja presente, a esta se daréo a conhecer os pontos da divergéncia, consignando-se no auto o que explicar ou observar. Se subsistir a discordancia, expedir-se- precatéria @ autoridade do lugar onde resida a testemunha ausente, transcrevendo-se as deciaracdes desta e as da testemunha presente, nos pontos em que divergirem, bem come o texto do referido auto, a fim de que se complete a dilgéncia, ouvindo-se a testemunha ausente, pela mesma forma estabelecida para a testemunha presente. Esta diligéncia s6 se realizaré quando nao importe demora prejudicial ao proceso ¢ o juiz a entenda conveniente. CAPITULO IX DOS DOCUMENTOS ‘Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderao apresentar documentos em qualquer fase do processo. Art, 232. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, ptiblicos ou particulares. Paragrafo unico, A fotografia do documento, devidamente autenticada, se dara o mesmo valor do original. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2aii10 saros2019 eta6e9 Art, 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, nao serdo admitidas em juizo. Paragrafo Unico. As cartas poderao ser exibidas em juizo pelo respectivo destinatario, para a defesa de seu direito, ainda que nao haja consentimento do signatério. Art, 234, Se o juiz tiver noticia da existéncia de documento relativo a ponto relevante da acusagao ou da defesa, providenciard, independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada aos autos, se possivel Art, 235. A letra e firma dos documentos parliculares serdo submetidas a exame pericial, quando contestada a sua autenticidade. Art. 236. Os documentos em lingua estrangeira, sem prejuizo de sua juntada imediata, serdio, se necessério, traduzidos por tradutor publico, ou, na falta, por pessoa idénea nomeada pela autoridade, Art, 237. As puiblicas-formas sé terao valor quando conferidas com o original, em presenga da autoridade. Art, 238, Os documentos originals, juntos a processo findo, quando nao exista motivo relevante que justifique a sua conservagao nos autos, poderdo, mediante requerimento, e ouvido o Ministério Pablico, ser entregues & parte que os produziu, ficando trastado nos autos. CAPITULO x Dos INDICIOS Art. 239. Considera-se indicio a circunstancia conhecida e provada, que, tendo relagao com o fato, autorize, por indugao, concluir-se a existéncia de outra ou outras circunstancias. CAPITULO XI DA BUSCA E DA APREENSAO Art, 240. A busca sera domiciiar ou pessoal § 12 Proceder-se-4 a busca domiciiar, quando fundadas razées a autorizarem, para: a) prender criminosos; b) aprender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; ©) aprender instrumentos de falsificago ou de contrafagao e objetos falsificados ou contrafeitos; 4d) apreender armas e munigées, instrumentos utiizados na pratica de crime ou destinados a fim delituoso; €) descobrir objetos necessérios & prova de infragao ou a defesa do réu; {) aprender cartas, abertas ou no, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspelta de que o conhecimento do seu contetido possa ser itl a elucidacao do fato; 9) apreender pessoas vitimas de crimes; h) colher qualquer elemento de convicgao. § 22 Proceder-se-A a busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma probida ou objetos mencionados nas letras b a fe letra h do pardgrafo anterior. Art. 241. Quando a prépria autoridade policial ou judiciéria néo a realizar pessoalmente, a busca dor ser precedida da expedicao de mandado. liar deverd ‘Art. 242. A busca podera ser determinada de oficio ou a requerimento de qualquer das partes. Art, 243. © mandado de busca devera: | - indicar, o mais precisamente possivel, a casa em que seré realizada a diligéncia e o nome do respectivo Proprietério ou morador; ou, no caso de busca pessoal, 0 nome da pessoa que tera de sofré-la ou os sinais que a identifiquem; I-mencionar o motivo e os fins da diligéncia; lIL- ser subscrito pelo escrivao e assinado pela autoridade que o fizer expedir, § 12 Se houver ordem de prisao, constard do préprio texto do mandado de busca. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2oii10 saros2019 eta6e9 § 22 Nao sera permitida a apreensao de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito. ‘Art. 244. A busca pessoal independera de mandado, no caso de pristo ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de dello, ou quando a medida for determinada no curso de busca domicilar. Art. 245. As buscas domicilares serdo executadas de dia, salvo se 0 morador consentir que se realizem a noite, 6, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarao e lero o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. § 12 Sea prépria autoridade der a busca, declarara previamente sua qualidade e o objeto da dligéncia, § 22 Em caso de desobediéncia, sera arrombada a porta e forcada a entrada. § 32 Recalcitrando 0 morador, serd permitido © emprego de forga contra coisas existentes no interior da casa, para ‘© descobrimento do que se procura. § 42 Observar-se-a 0 disposto nos §§ 22 e 32, quando ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser intimado a assistir a diligéncia qualquer vizinho, se houver e estiver presente '§ 52 Se 6 determinada a pessoa ou coisa que se val procurar, o morador serd intimado a mostré-a. § 62 Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, sera imediatamente apreendida © posta sob custédia da auloridade ou de seus agentes. § 72 Finda a diligéncia, os executores lavraréo auto circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas presenciais, sem prejuizo do disposto no § 42. Art, 246. Aplicar-se-4 também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder a busca em compartimento habitado ou em aposento ocupado de habitagdo coletiva ou em compartimento néo aberto ao publico, ‘onde alguém exercer profissao ou atividade. Art, 247. Nao sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da diligéncia sero comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o requerer. Art. 248, Em casa habitada, a busca serd felta de modo que ndo moleste os moradores mais do que o indispensavel para o éxito da diligéncia. Art, 249. A busca em mulher seré felta por outra mulher, se no importar retardamento ou prejulzo da diligéncia. Art, 250. A autoridade ou seus agentes poderao penetrar no tertitério de jurisdigao alhela, ainda que de outro Estado, quando, para o fim de apreensao, forem no seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se & competente autoridade local, antes da diligéncia ou apés, conforme a urgéncia desta, § 12 Entender-se-4 que a autoridade ou seus agentes vao em seguimento da pessoa ou coisa, quando: a) tendo conhecimento direto de sua remogao ou transporte, a seguirem sem interrupcao, embora depois a percam de vista; b) ainda que nao a tenham avistado, mas sabendo, por informagées fidedignas ou circunsténcias indiciérias, que esté sendo removida ou transportada em determinada direc, forem ao seu encalgo. § 22 Se as autoridades locais tiverem fundadas razées para duvidar da legitimidade das pessoas que, nas referidas diligéncias, entrarem pelos seus distritos, ou da legalidade dos mandados que apresentarem, poderdo exigir as provas dessa legitimidade, mas de modo que nao se frustre a diligéncia. TITULO Vill DO JUIZ, DO MINISTERIO PUBLICO, D0 ACUSADO E DEFENSOR, DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTICA CAPITULO | Do wuz Art. 251. Ao juiz incumbira prover a regularidade do proceso e manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a forga piblica. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 30/110 saros2019 eta6e9 Art, 252. O juiz nao podera exercer jurisdigdio no processo em que: | - tiver funcionado seu cénjuge ou parente, consangilineo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, érgao do Ministério Publico, autoridade policial, auxiliar da justiga ou perito; II ele proprio houver desempenhado qualquer dessas fungdes ou servido como testemunha; lil tiver funcionado como juiz de outra instancia, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questo; IV - ele préprio ou seu cénjuge ou parente, consangilineo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. Art. 253. Nos julzos coletivos, nao poderdo servir no mesmo processo os julzes que forem entre si parentes, consangiiineos ou afins, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. Art, 254, 0 julz dar-se-A por suspeito, e, se nao o fizer, podera ser recusado por qualquer das partes: sse for amigo Intimo ou inimigo capital de qualquer deles; Il se ele, seu cénjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato analogo, sobre cujo cardter criminoso haja contravérsia; lil - se ele, seu cénjuge, ou parente, consangiiineo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; V-5se tiver aconselhado qualquer das partes; \V se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; V1- se for sécio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. Art. 255. © impedimento ou suspeigéo decorrente de parentesco por afinidade cessara pela dissolugdo do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, nao funcionara como juiz © sogro, 0 padrasto, 0 cunhado, 0 genro ou enteado de quem for parte no processo. Art. 256. A suspeigtio ndo podera ser declarada nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propésito der motivo para crié-la, CAPITULO I DO MINISTERIO PUBLICO Ar-257_O Minictérie Rublice promoverd-< fsealizert-e-execugde- delet no 11,719, de 2008), Art. 257. Ao Ministério Pablico cabe: | - promover, privativamente, a ago penal publica, na forma estabelecida neste Cédigo; & (lnctuido pela Loin? 11.719, de 2008), Il -fiscalizar a execugao da lel (Incluido pela Ls ° 11.719, de 2008), Art, 258. Os érgdos do Ministério Publico nao funcionarao nos processos em que o julz ou qualquer das partes for seu cénjuge, ou parente, consangiiineo ou afm, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, ¢ a oles se estendem, no que Ihes for aplicavel, as prescrigdes relativas a suspeigo e aos impedimentos dos julzes, CAPITULO III DO ACUSADO E SEU DEFENSOR Art. 259. A impossibilidade de identificago do acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos nao retardaré a aco penal, quando certa a identidade fisica. A qualquer tempo, no curso do proceso, do julgamento ou da execugdo da sentenca, se for descoberta a sua qualificacdo, far-se-A a retificagdo, por termo, nos autos, sem prejuizo da validade dos atos precedentes. Art, 260, Se 0 acusado no atender a intimagao para o interrogatério, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, no possa ser realizado, a autoridade podera mandar conduzi-lo a sua presenga. (Vide ADPF 395)(Vide ADPF 444) Pardgrafo Unico. © mandado conterd, além da ordem de condugo, os requisitos mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicavel. Art, 261, Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, serd processado ou julgado sem defensor. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm auto saros2019 eta6e9 Paragrafo Unico. A defesa técnica, quando realizada por defensor puiblico ou dativo, seré sempre exercida através de manifestagao fundamentada (ncluido pela Lei n? 10,792, de 1°.12.2003) Art, 262. Ao acusado menor dar-se~a curador. Art, 263. Se 0 acusado nao 0 tiver, ser-Ihe-a nomeado defensor pelo juiz, ressalvado 0 seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confianga, ou a si mesmo defender-se, caso tenha hablltagao. Pardgrafo Unico. O acusado, que néo for pobre, sera obrigado a pagar os honordrios do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serao obrigados, sob pena de multa de cem a quinhentos mil-éis, a prestar seu patrocinio aos acusados, quando nomeados pelo Juiz frulte-de-com-a-quinhentes miLtéis- Art, 265. O defensor nao poder abandonar 0 processo senao por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salérios minimos, sem prejuizo das demais sangdes cabiveis. (Redagao dada pela Lei n® 11.719, de 2008), § 12 A audiéncia poderd ser adiada se, por motivo justifcado, 0 defensar ndo puder comparecer. (tne pola Lei? 11.719, de 2008), § 22 Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiéncia, Nao 0 fazendo, o juiz nao determinard o adiamento de ato algum do processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou s6paraoefeitedoato. —_(Incluido pela Lein® 11.719, de 2008), Art. 266. A constituigao de defensor independerd de instrumento de mandato, se 0 acusado o indicar por ocasiao do interrogatério, Art. 267. Nos termos do art. 252, ndo funcionardo como defensores os parentes do juiz. CAPITULO IV DOS ASSISTENTES Art. 268. Em todos os termos da aco publica, podera intervir, como assistente do Ministério Publico, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31 Art. 269. © assistente ser admitido enquanto no passar em julgado a sentenga e receberd a causa no estado fem que se achar. Art, 270, O co-réu no mesmo processo nao podera intervir como assistente do Ministério Publico. Art. 271. Ao assistente sera permitido propor meios de prova, requerer perguntas as testemunhas, aditar o libelo e 08 articulados, participar do debate oral e arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Publica, ou por ele préprio, nos casos dos arts, 584, § 1°, © 598 § 12. O juiz, ouvido 0 Ministério Publico, decidird acerca da realizag&o das provas propostas pelo assistente. § 22 O processo prosseguiré independentemente de nova intimagao do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrugo ou do julgamento, sem motivo de fora maior devidamente comprovado. Att. 272. O Ministério Publico serd ouvido previamente sobre a admissao do assistente, Art. 273, Do despacho que admitir, ou ndo, o assistente, néo caberé recurso, devendo, entretanto, constar dos autos 0 pedido e a decisao. CAPITULO V DOS FUNCIONARIOS DA JUSTIA, Art. 274. As prescrigdes sobre suspeigéo dos juizes estendem-se aos serventuérios e funcionarios da justiga, no que Ihes for aplicavel, CAPITULO VI DOS PERITOS E INTERPRETES. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm s2iit0 saros2019 eta6e9 Art, 275. O perito, ainda quando nao oficial, estara sujeito a disciplina judiciaria, Art, 276, As partes nao intervirao na nomeagao do perio. Art. 277. O perito nomeado pela autoridade sera obrigado a aceitar 0 encargo, sob pena de multa de com a quinhentos mil-éis, salvo escusa atendivel Paragrafo Unico. Incorrera na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada imediatamente: a) deixar de acudir a intimagao ou ao chamado da autoridade; b) nao comparecer no dia ¢ local designados para o exame; c) nao der o laudo, ou concorrer para que a pericia nao seja feita, nos prazos estabelecidos. Art. 278. No caso de ndo-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade poderd determinar a sua condugao. Art. 279. Nao poderao ser peritos: 08 que estiverem sujeites & interdigéo de direito mencionada nos ns. Le |V do art. 69 do Cédigo Penal; Il-0s que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre 0 objeto da pericia; IIl-08 analfabetos e os menores de 21 anos Art 280. E extensivo aos peritos, no que thes fr aplicével, 0 disposto sobre suspeigéo dos juizes. Art, 281, Os intérpretes so, para todos os efeitos, equiparados aos peri. Fro DAPRISAC-E DALIBERDADE PROVISORIA, TITULO Ix DA PRISAO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE PROVISORIA (Redacdo dada pola Lei n® 12.403, de 2011 CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS Art, 282, As medidas cautelares previstas neste Titulo deverdo ser aplicadas observando-se a: (Redagao dada pela Lei n® 12.403, de 2011), I~ necessidade para aplicagéo da lei penal, para a investigagao ou a instrugao criminal e, nos casos expressamente previstos, para evitar a pratica de infragées penais; _Incluido pola Lei n® 12.403, de 2011), Il - adequagao da medida a gravidade do crime, circunsténcias do fato e condigées pessoais do indiciado ou acusado. _(Incluido pola Lein® 12.403, de 2011), § 12 As medidas cautelares poderdo ser aplicadas isolada ou cumulativamente. _(Incluido pela Lei n® 12.403, do.2011), § 22 As medidas cautelares seréo decretadas polo juiz, de oficio ou a requerimento das partes ou, quando no curso da investigagao criminal, por representacao da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Piblico. _(Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011). § 32 Ressalvados os casos de urgéncia ou de perigo de ineficdcia da medida, 0 juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinaré a intimagéo da parte contraria, acompanhada de cépia do requerimento e das pecas necessarias, permanecendo os autos em juizo. _(Incluido pela Lein® 12,403, de 2011), § 42 No caso de descumprimento de qualquer das obrigagées impostas, 0 juiz, de oficio ou mediante requerimento do Ministério PUblico, de seu assistente ou do querelante, podera substituir a medida, impor outra em cumulagao, ou, em Ultimo caso, decretar a priséo preventiva (art. 312, paragrafo tnico). (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011), § 52 0 juiz poderd revogar a medida cautelar ou substitui-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decreté-la, se sobrevierem razées que a justifiquem. (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011), www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 35/110 saros2019 eta6e9 § 62 A prisdo preventiva sera determinada quando nao for cabivel a sua substituigao por outra medida cautelar (art, 319), {lncluido pela Lei n? 12.403, de 2011), .: 5 5 inviolabiidade-de-demicilia. Att. 283. Ninguém poderd ser preso sendo em flagrante delito ou por ordem escrita ¢ fundamentada da autoridade judiciéria competente, em decorréncia de sentenga condenatéria transitada em julgado ou, no curso da investigacao ou do processo, em virude de prisdo temporéria ou priso preventiva, _(Redagdo dada pela Lei? 12.403, de 2011). § 12 As medidas cautelares previstas neste Titulo nao se aplicam a infragao a que nao for isolada, cumulativa ou altermativamente cominada pena privaliva de liberdade. (lncluido pela Lein® 12.403, de 2011), § 22 A prisdo poderd ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrigdes relativas & Inviolabllidade do domictlio. (lncluido pela Lei n® 12.403, de 2011), Art, 284, Nao serd permitido 0 emprego de forga, salvo a indispensavel no caso de resisténcia ou de tentativa de fuga do preso. ‘Art. 285. A autoridade que ordenar a prisao fard expedir 0 respective mandado. Pardgrafo Unico. © mandado de prisao: 1) serd lavrado pelo escrivéo e assinado pela autoridade; »b) designaré a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais caracteristicos; c) mencionaré a infrago penal que motivar a prisao; 4) dectarara o valor da flanga arbitrada, quando afiancavel a infracao; @) sera dirigido a quem tiver qualidade para dar-Ihe execugao. Art, 286, O mandado serd passado em duplicata, © 0 executor entregard ao preso, logo depois da prisdo, um dos exemplares com declarago do dia, hora e lugar da dligéncia. Da entrega deverd o preso passar recibo no outro exemplar; se recusar, no souber ou no puder escrever, o fato seré mencionado em declarago, assinada por duas testemunhas, Art, 287. Se a infragao for inafiangavel, a falta de exibigo do mandado nao obstara a prisdo, © o preso, em tal caso, sera imediatamente apresentado ao juiz que tiver expedido o mandado. Art. 288. Ninguém sera recolhido a prisdo, sem que seja exibido o mandado ao respectivo diretor ou carcereiro, a quem serd entregue cépia assinada pelo executor ou apresentada a guia expedida pela autoridade competente, devendo ser passado recibo da entrega do preso, com declaragao de dia e hora Paragrafo tinico, O recibo podera ser passado no préprio exemplar do mandado, se este for 0 documento exibido, Art. 289. Quando o acusado estiver no territério nacional, fora da jurisdigao do juiz processante, sera deprecada a ‘sua pristio, devendo constar da precatéria o inteiro teor do mandado. (Redaco dada pela Lei n®’12.403, de 2011 § 12 Havendo urgéncia, 0 juiz podera requisitar a priséo por qualquer meio de comunicagao, do qual deverd constar o motivo da prisdo, bem como o valor da fianga se arbitrada {(Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011), § 22 A autoridade a quem se fizer a requisi¢ao tomard as precaugdes necessérias para averiguar a autenticidade da comunicagao, —_({ncluido pela Lein® 12.403, de 2011), § 32 0 juiz processante deverd providenciar a remogéo do preso no prazo méximo de 30 (rinta) dias, contados da efetivagao da medida, —_(Incluido pela Lei n? 12.403, de 2041). Art, 289-A. 0 juiz competente providenciara o imediato registro do mandado de priséo em banco de dados mantido pelo Conselho Nacional de Justiga para essa finalidade. (Incluido pela Lei n? 12.403, de 201 § 12 Qualquer agente policial podera efetuar a prisao determinada no mandado de prisao registrado no Conselho Nacional de Justiga, ainda que fora da competéncia territorial do juiz que o expediu (Incluido pela Lei n® 12.403, do2011), www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 3410 saros2019 eta6e9 § 22 Qualquer agente policial podera efetuar a prisdo decretada, ainda que sem registro no Conselho Nacional de Justica, adotando as precaugdes necessérias para averiguar a autenticidade do mandado e comunicando ao juiz que a decretou, devendo este providenciar, em seguida, 0 registro do mandado na forma do caput deste artigo. (lncluido pela Lein® 12.403, de 2011), § 32 A prisdo serd imediatamente comunicada ao juiz do local de cumprimento da medida o qual providenciara a certiddo extraida do registro do Conselho Nacional de Justica e informara ao julzo que a decretou. (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011), § 42 0 preso seré informado de seus direitos, nos termos do inciso LXIll do art_ 52. da Consttuirao Federal ¢, caso © autuado nao informe o nome de seu advogado, sera comunicado a Defensoria Publica (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011 § 52 Havendo diividas das autoridades locais sobre a legitimidade da pessoa do executor ou sobre a identidade do preso, aplica-se o disposto no § 2° do art. 290 deste Cédigo. _Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011), '§ 62 0 Conselho Nacional de Justiga regulamentara o registro do mandado de prisdo a que se refere o caput deste artigo. (Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011), Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao territério de outro municipio ou comarca, 0 executor podera efetuar-Ihe a priso no lugar onde o aleangar, apresentando-o imediatamente autoridade local, que, depois de lavrado, se for 0 caso, 0 auto de flagrante, providenciara para a remogao do preso. § 12. Entender-se-d que 0 executor vai em perseguigao do réu, quando: a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupcao, embora depois o tenha perdido de vista; b) sabendo, por indfcios ou informagées fidedignas, que o réu tenha passado, hd pouco tempo, em tal ou qual diregao, pelo lugar em que o procure, for no seu encalgo, § 22 Quando as autoridades locais tiverem fundadas raz6es para duvidar da legitimidade da pessoa do executor 0u da legalidade do mandado que apresentar, poderdo por em custédia o réu, até que fique esclarecida a duvida, Art, 291. A prisdo em virtude de mandado entender-se-4 feita desde que 0 executor, fazendo-se conhecer do réu, Ihe apresente o mandado e o intime a acompanhé-lo. Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resisténcia a priséo em flagrante ou a determinada por autoridade competente, o executor @ as pessoas que o auxiliarem poderdo usar dos meios necessarios para defender-se ‘ou para vencer a resisténcia, do que tudo se lavrard auto subscrito também por duas testemunhas. Pardgrafo unico. & vedado o uso de algemas em mulheres gravidas durante os atos médico-hospitalares preparatérios para a realizagao do parto e durante o trabalho de parto, bem como em mulheres durante o periodo de puerpério imediato, — (Redaco dada pela Lei n? 13,434, de 2017) Art, 293. Se 0 executor do mandado verificar, com seguranga, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, 0 morador serd intimado a entregé-lo, a vista da ordem de prisao. Se nao for obedecido imediatamente, 0 executor convocaré duas testemunhas e, sendo dia, entrara a forca na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimagdo ao morador, se nao for atendido, fara guardar todas as saidas, tomando a casa incomunicavel, e, logo que amanhega, arrombara as portas e efetuara a prisao, Paragrafo unico, © morador que se recusar a entregar 0 réu oculto em sua casa sera levado a presenga da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito, Att. 294. No caso de prisdo em flagrante, observar-se-é 0 disposto no artigo anterior, no que for aplicavel. Art. 295. Serdo recolhidos a quartéis ou a priséo especial, a disposigéo da autoridade competente, quando sujeitos a prisdo antes de condenagdo definitiva: os ministros de Estado; °F fr pectives seoretdrios-¢ chefes-de Policia; Il - 0s governadores ou interventores de Estados ou Terrtérios, 0 prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretarios, 08 prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Policia; (Redagao dada pela Lei n’ 3.181, de 11,6.1957) Ill -os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembiéias Legislativas dos Estados; www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 35/110 saros2019 eta6e9 v (Reda 08 oficiais das Forgas Armadas © os militares dos Estados, do Distrito Federal © dos Territérios; dada pela Lei n? 10.258, de 11,7.2001) VI- os magistrados; VII- 08 diplomados por qualquer das faculdades superiores da Repiblica; VIIL- 0s ministros de confissao religiosa; IX 0s ministros do Tribunal de Contas; X + 08 cidaddos que ja tiverem exercido efelivamente a fungao de jurado, salvo quando excluldos da lista por motivo de incapacidade para o exercicio daquela funcao; : iden 4268 XI - 08 delegados de policia © os guardas-civis dos Estados e Territérios, ativos @ inativos. (Redagio dada pela Lei n® 5.126, de 20.9.1966) § 12, prisdo especial, prevista neste Cédigo ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da priséo comum. (Incluido pela Lei n® 10.258, de 11.7,2001) § 22 Nao havendo estabelecimento especifico para 0 preso especial, este ser recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento, (Uncluido pela Lei n® 10.258, de 11,7.2001) § 32 A cela especial podera consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorréncia dos fatores de aerago, insolagdo e condicionamento térmico adequados & existéncia humana, {lncluido pela Lei n® 10,258,,de 11,7,2001) § 42 0 preso especial nao seré transportado juntamente com 0 preso comum. (lncluido pela Lei n? 10.258, do 11,7.2001) § 52 Os demais direitos © deveres do preso especial serdio os mesmos do preso comum, {Incluido pela Lei 10,258, de 11,7.2001) Art, 296, Os inferiores e pragas de pré, onde for possivel, sero recolhidos @ priséo, em estabelecimentos militares, de acordo com os respectivos regulamentos. Art. 297. Para o cumprimento de mandado expedido pela autoridade judiciéria, a autoridade policial podera expedir tantos outros quantos necessdrios as diligéncias, devendo neles ser fielmente reproduzido 0 teor do mandado original velordefianga: Art. 299. A captura poderé ser requisitada, a vista de mandado judicial, por qualquer melo de comunicagao, tomadas pela autoridade, a quem se fizer a requisigao, as precaugdes necessarias para averiguar a autenticidade desta. (Redago dada pela Lein® 12.403, de 2011 dofiniivamente- eondenadas. Art. 300. As pessoas presas provisoriamente ficarao separadas das que ja estiverem definitivamente condenadas, nos termos da lei de execucao penal Pardgrafo Unico. O militar preso em flagrante delito, apés a lavratura dos procedimentos legais, sera recolhido a quartel da instituigo a que pertencer, onde ficara preso a disposigao das autoridades competentes. —_(Incluido pela Lei n? 12.403, de 201 CAPITULO II www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 36/110 saros2019 eta6e9 DA PRISAO EM FLAGRANTE Art. 301. Quaiquer do povo podera ¢ as autoridades policiais e seus agentes deverdo prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito, Art, 302, Considera-se em flagrante delito quem: est cometendo a infragao penal; Il acaba de cometé-la; lil - @ porseguido, logo apés, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situago que faca presumir ser autor da infrago; IV - 6 encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que fagam presumir ser ele autor da infragao, Art. 303. Nas infragées permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto néo cessar a permanén assinade: Art, 304. Apresentado 0 preso @ autoridade competente, ouvird esta o condutor e colherd, desde logo, sua assinatura, entregando a este cépia do termo © recibo do entroga do preso. Em soguida, procedera a oitiva das testemunhas que 0 acompanharem e ao interrogatsrio do acusado sobre a imputagao que lhe é feita, colhendo, apés cada oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto (Redagao dada pela Lei n? 11.113, 40.2008) § 12 Resultando das respostas fundada a suspeita contra 0 conduzido, a autoridade mandara recolhé-lo & prisdo, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fianca, e prosseguird nos alos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se néo 0 for, enviard os autos autoridade que o se. § 22 A falta de testemunhas da infracdo nao impedira o auto de priséo em flagrante; mas, nesse caso, com 0 condutor, deverdo assiné-lo pelo menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentacao do preso a autoridade. 7 oe te —26 testemunhas: § 32 Quando 0 acusado se recusar a assinar, ndo souber ou nao puder faz6-lo, 0 auto de prisdo om flagrante sera assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leltura na presenga deste. (Redagdo dada pela Lei n° 11.113, de 2005) § 42 Da lavratura do auto de prisdo em flagrante devera constar a informago sobre a existéncia de filhos, respectivas idades © se possuem alguma deficiéncia @ 0 nome @ 0 contato de eventual responsavel pelos culdados dos fihos, indicado pela pessoa presa. _licluido pela Lei n® 13.257, de 2016) Art, 305. Na falta ou no impedimento do escrivao, qualquer pessoa designada pela autoridade lavrara 0 auto, depois de prestado 0 compromisso legal. aovetiado capi e a £ = r S - Art, 306, A prisdo de qualquer pessoa e o local onde se encontre serdo comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Piblico e a familia do preso ou & pessoa por ele indicada. (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 2011). § 12 Em até 24 (vinte e quatro) horas apés a realizacao da prisdo, serd encaminhado ao juiz competente o auto de prisdo em flagrante e, caso 0 autuado nao informe o nome de seu advogado, cépia integral para a Defensoria www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 37110 saros2019 eta6e9 Publica, § 22 No mesmo prazo, sera entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com 0 motivo da priso, o nome do condutor e os das testemunhas. (Redagao dada pela Lein® 12,403, de 2011 Art, 307. Quando 0 fato for praticado em presenga da autoridade, ou contra esta, no exercicio de suas fungdes, constarao do auto a narragdo deste fato, a voz de prisdo, as declaragées que fizer 0 preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a ‘quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se nao o for a autoridade que houver presidido o auto. Art, 308, Nao havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisao, o preso sera logo apresentado a do lugar mais préximo, Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverd ser posto em liberdade, depois de lavrado o auto de priséo em flagrante, Art, 310. Ao receber 0 auto de prisao em flagrante, o juiz devera fundamentadament Lei n? 12,403, de 201 relaxar a prisdio llegal; ou —_Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011), Il - converter a priséo em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Cédigo, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da pris4o; ou (nelulde pela Lei n® 12,403, de 2011 lil - conceder liberdade proviséria, com ou sem fianga. (Incluido pela Lei n® 12,408 de 2011), Paragrafo tinico, Se 0 juiz verificar, pelo auto de prisdio em flagrante, que 0 agente praticou o fato nas condigées constantes dos incisos 1a Ill do caput do art. 23 do Decreto-Lei n° 2,848, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal, Poderd, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade proviséria, mediante termo de comparecimento a todos os, atos processuais, sob pena de revogagao. (Redagdo dada pela Lei n° 12,403,,de 2011), CAPITULO II DA PRISAO PREVENTIVA Art. 311. Em qualquer fase da investigagao policial ou do processo penal, cabera a priséo preventiva decretada pelo juiz, de offcio, se no curso da ago penal, ou a requerimento do Ministério Publica, do querelante ou do assistente, ‘0u por representagao da autoridade policial. (Redacdo dada pola Lei n® 12.403,.de 2011), Art. 312, A prisdo preventiva poderd ser decretada como garantia da ordem publica, da ordem econémica, por conveniéncia da instru¢do criminal, ou para assegurar a aplicagao da lel penal, quando houver prova da existéncia do crime @ indicio suficiente de autoria Pardgrafo Unico. A priséo preventiva também poderd ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das ‘obrigagdes impostas por forga de outras medidas cautelares (art, 282, § 4° (lncluido pela Lei n? 12,403, de 2014 www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 38/110 saros2019 eta6e9 execugé °F 6 idee Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Codigo, sera admitida a decretagao da prisao preventiva: (Redagao dada pela Lei n® 12.403, de 2011), | = nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade maxima superior a 4 (quatro) anos; Ilse tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentenga transitada em julgado, ressalvado 0 disposto no inciso 1 do caput do art. 64 do Decret 48, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal; (Redagao dada pela Lein® 12.403, de 2011), IIL - se 0 crime envolver violencia doméstica e familiar contra a mulher, crianga, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiéncia, para garantir a execucao das medidas protetivas de urgénci. (Redagao dada pela Lei n® 12.403, de 2011 1V_{revegade}- _—__(Redaede dada pela Lein’ 42-403 de 2044), (Revogado pela Lei n® 12,403, de 201 Pardgrafo Unico, Também seré admitida a prisdo preventiva quando houver duvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta nao fornecer elementos suficientes para esciarecé-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade apés a identificagao, salvo se outra hipétese recomendar a manutengao da medida. (Unclufdo pela Lein® 12.403, de 2011), ‘Art. 314. A prisdo preventiva em nenhum caso seré decretada se o juiz verificar pelas provas constantes dos autos ter 0 agente praticado o fato nas condi¢des previstas nos incisos |, Le Ill do caput do art, 23 do Decreto-Lein® 2,848, de. Zde dezembro de 1940 - Cédigo Penal Art. 316. O juiz poderd revogar a prisfio preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decreté-la, se sobrevierem razées que a justifiquem, (Redacao dada pela Lei n® 5,349, de 3.11,1967) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 30/110 saros2019 eta6e9 CARLOS DA-ABRESENTAGAG-ESRONFANEADO-AGUSADO, CAPITULO IV DA PRISAO DOMICILIAR (Redagao dada pela Lei n° 12.403, de 2011), nos-cases-em-queatete-autoriza: Art, 317. A prisao domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residéncia, s6 podendo dela ausentar-se com autorizagao judicial 3 5 . Art, 318, Poderd o juiz substituir a priso preventiva pela domiciliar quando 0 agente for. (Reda dada pela Lei n® 12,403, de 201 maior de 80 (oitenta) anos; _({ncluldo pela Lei n® 12.403, de 2011), Il extremamente debilitado por motivo de doenga grave; —_—_(Incluido pela Lé 12,403, de 2011), lil - imprescindivel aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiéncia; (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011), ~ ’ : IV-gestante; _(Redaco dada pela Lei? 13.257, de 2016) \V- mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; _(Incluido pela Lein® 13.257, de 2016) VI - homem, caso seja o tinico responsavel pelos cuidados do fiho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. (Incluido pela Lei n® 13.267, de 2016) Paragrafo Unico. Para a substitulgdo, o julz exigira prova idénea dos requisites estabelecidos neste artigo. (Uncluldo pela Lei n? 12,403, de 2011), Art, 318-A. A prisdo preventiva imposta @ mulher gestante ou que for mae ou responsavel por criangas ou pessoas com deficiéncia sera substituida por prisdo domiciliar, desde que: (Incluido pela Lei n? 13.769, de 2018). | -ndo tenha cometido crime com violéncia ou grave ameaca a pessoa; (Incluido pela Lei n® 13,769, de 2018), II - no tenha cometido o crime contra seu filho ou dependent. (Incluido pela Lei n® 13.769, de 2018), Art, 318-B. A substituicdo de que tratam os arts. 318 e 318-A podera ser efetuada sem prejulzo da aplicagao concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste Cédigo. (lncluido pela Lei n? 13.769, de 2018), CARULOM DAPRISAG-ADMINISTRATIVA, CAPITULO V DAS OUTRAS MEDIDAS CAUTELARES (Redaco dada pela Lei n® 12.403, de 2011 www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm aoii10 saros2019 eta6e9 Art, 319, Sao medidas cautelares diversas da prisdo: (Redago dada pela Lei n® 12,403, de 2011), | = comparacimento periédico em julzo, no prazo e nas condigées fixadas pelo julz, para informar e justificar atividades; Il - proibigao de acesso ou frequéncia a determinados lugares quando, por circunstancias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locals para evitar o risco de novas infracées; (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 2011), IIL- prolbigéio de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstancias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante; _(Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 2011 IV ~ proibigao de ausentar-se da Comarca quando a permanéncia seja conveniente ou necessaria para a Investigagao ou instrugao; _{nclu(do pela Lei n® 12.403, de 2011), V - recolhimento domicitiar no periodo notumo e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residéncia e trabalho fixos; —_(Incluido pela Lei n® 12.403, de 2011). VI- suspenséio do exercicio de fungdo publica ou de atividade de natureza econémica ou financeira quando houver justo receio de sua utilizagao para a pratica de infragées penais; _(ncluido pela Lei n® 12,403, de 2011), VII - internago proviséria do acusado nas hipéteses de crimes praticados com violéncia ou grave ameaga, quando 08 peritos concluirem ser inimputavel ou semi-imputavel (art. 26 do Cédigo Penal) e houver risco de reiteragao; (Incluido pela Lei n? 12.403, de 2011), Vill - fianga, nas infragées que a admitem, para assegurar 0 comparecimento a atos do processo, evilar a ‘obstrucao do seu andamento ou em caso de resisténcia injustificada ordem judicial; (lncluide pala Lei n® 12,403, de 2011), IX- monitoracao eletronica, {(Incluido pela Lei n® 12,403, de 2011), (Revogado pola Lai n? 12.403, de (Revogado pela Lei n? 12.403, de (Revogado pela Lei n? 12.403, de § 42 A fianca sera aplicada de acordo com as disposigdes do Capitulo VI deste Titulo, podendo ser cumulada com outras medidas cautelares. (Uncluido pela Lei n® 12.403, de 2011), respectives mandades: Art, 320, A proibigdo de ausentar-se do Pais sera comunicada pelo juiz as autoridades encarregadas de fiscalizar as saidas do terrtério nacional, intimando-se 0 indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. (Redacio dada pela Lei n® 12.403, de 2011), CAPITULO VI DA LIBERDADE PROVISORIA, COM OU SEM FIANGA Art, 321, Ausentes os requisitos que autorizam a decretagao da pristio preventiva, o juiz deveré conceder liberdade proviséria, impondo, se for 0 caso, as medidas cautelares previstas no art, 319 deste Cédigo e observados os critérios constantes do art, 282 deste Cédigo. (Redago dada pela Lei n° 12.403, de 2011 www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm anno saros2019 eta6e9 liberdade maxima ndo seja superior a 4 (quatro) anos. Pardgrafo tnico. Nos demais casos, a flanga sera requerida ao julz, que decidiré em 48 (quarenta ¢ oito) horas. (Redagao dada pola Loi n® 12.403, de 2011). Art, 323. Nao sera concedida fianca: (Redagao dada pela Lei n® 12.403, de 2011), nos crimes de racismo; (Redagao dada pela Lei n? 12.40: Il_- nos crimes de tortura, trafico ilicito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo @ nos definidos como crimes hediondos; Art, 324, Nao serd, igualmente, concedida flanga: | - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fianga anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, ‘qualquer das obrigages a que se referem os aris. 327 © 328 deste Cédigo; (Redagao dada pela Lei n? 12.403, de 201 I~ em caso de prisao civil ou militar; (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 2011), (Revogado pala Lei n? 12,403. de 2011). IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretagao da prisdo preventiva (art_ 312). (Redacdo dada pela Lei n® 12.403, de 2011), www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm azo saros2019 eta6e9 Art. 325. O valor da flanca serd fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites: (Redacao dada pola Lein® 12.403, de 2011). a) (revogada); b) (revogada); ) {revogada), | - de 4 (um) a 100 (cem) salérios minimos, quando se tratar de infragao cuja pena privativa de liberdade, no grau maximo, no for superior a 4 (quatro) anos; _—_(ncluido pela Lei n® 12,403, de 2011), Il - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salérios minimos, quando o maximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos. ((ncluido peta Lei n® 12,403, de 2011 § 12 Se assim recomendar a situagao econdmica do preso, a fianga poderd ser: (Redagao dada pela Lei n® 12,403, de 2011), | -dispensada, na forma do art. 350 deste Cédigo; Il reduzida até o maximo de 2/3 (dois tergos); ou (Revogado pela Lei n? 12.403, de (Revogado pela Lei n® 12.403, de 2011), (Revogado pela Lein® 12.403, de 2011 Art, 326, Para determinar o valor da fianga, a autoridade teré em consideragao a natureza da infracao, as condigdes pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstancias indicativas de sua periculosidade, bem como a importancia provavel das custas do proceso, até final julgamento. Art. 327. A fianga tomada por termo obrigara o afiangado a comparecer perante a autoridade, todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrugao criminal e para o julgamento. Quando o réu nao comparecer, a fianca sera havida como quebrada, Art. 328. O réu afiangado nao poderd, sob pena de quebramento da fianga, mudar de residéncia, sem prévia permissao da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de sua residéncia, sem comunicar aquela autoridade o lugar onde sera encontrado. Art, 329. Nos juizos criminais e delegacias de policia, haverd um livro especial, com termos de abertura e de encerramento, numerado e rubricado em todas as suas folhas pela autoridade, destinado especialmente aos termos de fianga, O termo serd lavrado pelo escrivao e assinado pela autoridade © por quem prestar a fianga, ¢ dole extrairsse-a certidéo para juntar-se aos autos, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm aii10 saros2019 eta6e9 Pardgrafo Unico. © réu e quem prestar a fianga serdo pelo escrivao notificados das obrigagdes © da sangao previstas nos arts. 327 @ 328, o que constard dos autos. Art. 330. A fianga, que sera sempre definitiva, consistira em depésito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, titulos da divida pablica, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar. § 12. A avaliagdo de imével, ou de pedras, objetos ou metais preciosos seré fella imediatamente por perito nomeado pela autoridade. § 22 Quando a flanga consistir em caugdo de titulos da divida piiblica, o valor seré determinado pela sua cotagao em Bolsa, 6, sendo nominativos, exigi-se-4 prova de que se acham livres de Gnus. Art, 331, © valor em que consistir a fianga sera recolhido a reparticao arrecadadora federal ou estadual, ou entregue ao depositério publico, juntando-se aos autos os respectivos conhecimentos, Paragrafo Unico, Nos lugares em que 0 depésito nao se puder fazer de pronto, o valor sera entreque ao escrivao ‘u pessoa abonada, a critério da autoridade, e dentro de trés dias dar-se-é ao valor o destino que Ihe assina este artigo, ‘0 que tudo constara do termo de fianga. ‘Art. 332. Em caso de prisdo om flagrante, sera competente para conceder a fianga a autoridade que presidir a0 respectivo auto, e, em caso de priséo por mandado, o juiz que o houver expedido, ou a autoridade judiciaria ou policial a quem tiver sido requisitada a prisdio. Art. 333. Depois de prestada a fianga, que seré concedida independentemente de audiéncia do Ministério Pablico, este teré vista do proceso a fim de requerer 0 que julgar conveniente, sentenga-condenatéria: Art. 334. A fianga poder ser prestada enquanto no transitar em julgado a sentenga condenatéria. (Redacdo dada pala Lei n® 12.403, de 2011), Ar. 395. Recusando ou retardando @ auloridade policial a concesséo da fianca, 0 preso, ou alguém por ele, podera presta-la, mediante simples petigao, perante 0 juiz competente, que decidira em 48 (quarenta e oito) horas. (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 201%), prestagao pecuniaria e da multa, se o réu for condenado. Paragrafo Unico. Este dispositivo tera aplicagdo ainda no caso da prescrigao depois da sentenga condenatéria (ast: HOde- Gédigo-Penal), (Redagao dada pela Lei n® 12.403, de 2011). are ameenor Art. 337. Se a flanga for dectarada sem efeito ou passar em julgado sentenga que houver absolvido 0 acusado ou dectarada extinta a agao penal, o valor que a constitu, atualizado, sera restituido sem desconto, salvo o disposto no pardgrafo ‘nico do ari. 336 deste Cédigo. (Redacao dada pela Lei n® 12.403, de 2011 Art. 338. A fianga que se reconhega ndo ser cabivel na espécie sera cassada em qualquer fase do processo. Art. 339. Sera também cassada a flanga quando reconhecida a existéncia de delito inaflangavel, no caso de inovagao na classificagao do delit. Art. 340. Serd exigido o reforgo da fianga | - quando a autoridade tomar, por engano, fianga insuficiente; www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm aani0 saros2019 eta6e9 Il - quando houver depreciagao material ou perecimento dos bens hipotecados ou caucionados, ou depreciagaio dos metals ou pedras preciosas; lil - quando for inovada a classificagao do delito. Paragrafo unico. A fianca ficara sem efeito e o réu sera recolhido a prisdo, quando, na conformidade deste artigo, do for reforcada. Art. 341. Julgar-se-4 quebrada a fianga quando o acusado: (Redagio dada pela Lei n° 12.403, de 2011), | - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motive justo; _(Incluido pela Lei n® 12,403,.de 2011), Il - deliberadamente praticar ato de obstrugao ao andamento do processo; (Uncluido pela Lein® 12.403, de. 204 lil - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fianca; (Uncluido pela Lei n® 12,403, de IV- resistirinjustificadamente a ordem judicial; _—_(Incluido pela Lei n® 12.403, de 2041), \V- praticar nova infragao penal dolosa. (Uncluldo pela Lei n® 12.403, de 2011), Art. 342. Se vier a ser reformado 0 julgamento em que se declarou quebrada a fianga, esta subsistira em todos os ‘seus efeitos 343. der : Art, 343, © quebramento injustificado da fianga importard na perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a imposigéio de outras medidas cautelares ou, se for 0 caso, a decretacaio da prisdo preventiva. (Redacdo dada pala Lei n’ 12,403,,de 2011), Art, 344. Entender-se-A perdido, na totalidade, o valor da fianga, se, condenado, 0 acusado nao se apresentar para o inicio do cumprimento da pena definitivamente imposta. 3 - S = : Art, 345, No caso de perda da fianga, o seu valor, deduzidas as custas e mais encargos a que o acusado estiver ‘obrigado, serd recolhido ao fundo penitenciario, na forma da lei (Redagao dada pela Lei n® 12.403, de 2011), Art. 346. No caso de quebramento de fianga, feitas as dedugdes previstas no art_345 deste Cédigo, o valor restante sera recolhido ao fundo penitenciario, na forma da lei. (Redacao dada pala Lei n? 12,403, de 2011), Art. 347. Nao ocorrendo a hipétese do art. 345, 0 saldo sera entregue a quem houver prestado a fianca, depois de deduzidos os encargos a que o réu estiver obrigado. Art, 348, Nos casos em que a fianga tiver sido prestada por meio de hipoteca, a execugao sera promovida no julzo civel pelo 6rgao do Ministério Publico. Att. 349. Se a flanga consistir em pedras, objetos ou metais preciosos, o juiz determinaré a venda por lelloeiro ou corretor. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 45/110 saros2019 eta6e9 Art, 350. Nos casos em que couber fianga, o juiz, verificando a situagao econémica do preso, podera conceder-Ihe liberdade proviséria, sujeltando-o as obrigacdes constantes dos arts. 327 © 328 deste Cédigo e a outras medidas cautelares, se for ocaso, _(Radaco dada pala Lei n? 12.403, de 2011), Pardgrafo nico. Se o beneficiado descumprr, sem motivo justo, qualquer das obrigagées ou medidas impostas, aplicar-se-a 0 disposto no § 4° do art. 282 deste Codigo. (Redagao dada pela Lei n® 12.403, de 2011), TITULO x DAS CITAQOES E INTIMAGOES capiTuLo! DAS CITAGOES Art. 351. A citagao inicial far-se-4 por mandado, quando o réu estiver no terrtério sujelto a jurisdigo do juiz que a houver ordenado. Art, 352. O mandado de citagéo indicara: nome do juiz; II -0 nome do querelante nas agdes iniciadas por queixa; lil -o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais caracteristicos; IV-a residéncia do réu, se for conhecida; V- 0 fim para que é feita a citagao; VI- 0 juizo @ o lugar, 0 dia © a hora em que o réu devera comparecer; VII @ subscrigao do escrivio e a rubrica do juiz. Art. 353. Quando o réu estiver fora do terrtério da jurisdigo do juiz processante, sera citado mediante precatéria. Art. 354. A precatéria indicara: o julz deprecado ¢ o julz deprecante; Ila sede da jurisdigao de um e de outro; Ill-0 fim para que ¢ feita a citagao, com todas as especificagses; IV -0 juizo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverd comparecer. Art, 355. A precatoria sera devolvida ao juiz deprecante, independentemente de traslado, depois de langado 0 umpra-se" e de felta a citacdo por mandado do Juiz deprecado. § 12 Verificado que 0 réu se encontra em territério sujeito a jurisdig&o de outro juiz, a este remetera o juiz deprecado os autos para efetivacao da diligéncia, desde que haja tempo para fazer-se a citacdo. § 22 Certificado pelo oficial de justiga que o réu se oculta para néo ser citado, a precatéria sera imediatamente devolvida, para o fim previsto no art. 362. Art. 356. Se houver urgéncia, a precatéria, que contera em resumo os requisitos enumerados no art. 354, poder ser expedida por via telegréfica, depois de reconhecida a firma do juiz, o que a estagao expedidora mencionara, Art. 387. S40 requisitos da citagao por mandado: leltura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionardo dia e hora da citagéo; Il - declaragdo do oficial, na certiddo, da entrega da contrafé, e sua aceitagdo ou recusa Art. 358. A citagao do militar far-se-A por intermédio do chefe do respectivo servico. Art, 359. O dia designado para funcionério pablico comparecer em juizo, como acusado, serd nolificado assim a ele como ao chefe de sua reparticao. At. 360. Se 0 réu estiver preso, sera pessoalmente citado, (Redago dada pela Lei n® 10.792, de 42.42,2003) www planalto.govbriccivl_ 08idecretoteide13689.ntm asi110 saros2019 eta6e9 Art, 361. Se 0 réu nao for encontrado, sera citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias. (eineo}- dias: Art. 362. Verificando que o réu se oculta para nao ser citado, o oficial de justiga certificara a ocorréncia © procedera a citago com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei n® 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Cédigo de Processo Civil (Redagao dada pela Lei n? 11.719, de 2008 Paragrafo Unico. Completada a citagao com hora certa, se o acusado néo comparecer, serthe-a nomeado defensor dativo, (lncluido pela Lein® 11.719, de 2008), Art-263A citaghe ainda seré-feite-poredital: " os Art. 363. O proceso ter completada a sua formagéio quando realizada a citagéo do acusado. dada pela Lei n° 11,719, de 2008), (revogado); _(Radago dada pala Lein’ 11.719, de 2008). U1 (revogado), § 12 No sendo encontrado o acusado, sera procedida a citag&o por edital. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008). §22 (VETADO) —_(Incluldo pela Lei n® 11.719, de 2008), § 32 (VETADO) (Incluido pela Lein® 11,719, de 2008), § 42 Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, 0 processo observara o disposto nos arts. 304. Seguintes deste Cédigo. __(Incluido pela Lein® 11,719, de 2008), Att. 364. No caso do artigo anterior, n° |, 0 prazo serd fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (noventa) dias, de acordo com as circunstancias, ¢, no caso de nll, © prazo sera de trinta dias. Art. 365. O edital de citagao indicard: ‘nome do juiz que a determinar; I= 0 nome do réu, ou, se no for conhecido, os seus sinais caracteristicos, bem como sua residéncia e profissao, se constarem do proceso; IIl-o fim para que é feita a citago; IV- 0 juizo e o dia, a hora e o lugar em que o réu deveré comparecer; \V-0 prazo, que sera contado do dia da publicagao do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixagao. Paragrafo Unico. O edital sera afixado @ porta do editficio onde funcionar o juizo e sera publicado pela imprensa, onde houver, devendo a afixagdo ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicagdo provada por exemplar do jornal ou certidao do escrivao, da qual conste a pagina do jornal com a data da publicagao, prosesse,deixarde-comparecer sem mative justiteade: Art, 366. Se 0 acusado, citado por edital, nao comparecer, nem constituir advogado, ficardo suspensos 0 processo © 0 curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produgao antecipada das provas consideradas urgentes e, se for 0 caso, decretar prisao preventiva, nos termos do disposto no art. 312 (Redacao dada pela Lein® 3.271, de 17.4196) 2 a Mi Apeluide pele Lein® 9.074 -de-47-4-4996) = (Revogado pela Lein® 11.71 (Revogado pola Lein® 11,719. de 2008), www planalto.govbriccivl_0a/decretoteide13689.ntm aro saros2019 eta6e9 Art. 367. O proceso seguird sem a presenca do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justicado, ou, no caso de mudanga de residéncia, néio comunicar o novo enderego a0 julzo, _(Redago dada pela Loin? 9.274, de 17,4,1996) 268, o o S 28 mrinistre-de-dustigan- Art, 368. Estando 0 acusado no estrangeiro, em lugar sabido, seré citado mediante carta rogatéria, suspendendo- se 0 curso do prazo de prescricao até o seu cumprimento. (Redagdo dada pela Lei n® 9.271, de 174.1996) 26 . i i Art, 369. As citagdes que houverem de ser feitas em legagdes estrangeiras serao efetuadas mediante carta rogatéria, (Redagao dada pela Lei n® 9.274, de 17.4.1996) CAPITULO II DAS INTIMAGOES Art, 370. Nas intimagées dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, sera observado, no que for aplicavel, o disposto no Capitulo anterior, (Bedacdo dada pola Lei n® 9.271, de 17.4.1996) § 12 A intimago do defensor constituido, do advagado do querelante e do assistente far-se-A por publicagao no érgo incumbido da publicidade dos atos judiciais da comarca, incluindo, sob pena de nulidade, o nome do acusado. —_({ncluido Lein® 9,271. .de 17.4,1996) § 22 Caso no haja érgao de publicagéo dos atos judiciais na comarca, a intimagao far-se-4 diretamente pelo escrivao, por mandado, ou via postal com comprovante de recebimento, ou por qualquer outro meio idéneo. (Redagao dada pela Lei n® 9.271, de 17.4.1996) § 32 A intimagao pessoal, feita pelo escrivao, dispensara a aplicagao a que alude o § 12, {lncluido pela Lei n° 9.271, de 17.4,1996) § 42 A intimagao do Ministério Publico e do defensor nomeado sera pessoal. (Incluido pela Lei n® 9.271, de 17.4196) Art. 371. Sera admissivel a intimagao por despacho na peticdo em que for requerida, observado o disposto no art. 357. Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instrugdo criminal, o juiz marcaré desde logo, na presenga das partes ¢ testemunhas, dia e hora para seu prosseguimento, do que se lavrara temo nos autos. TITULO XI DA APLICAGAO PROVISORIA DE INTERDICOES DE DIREITOS E MEDIDAS DE SEGURANGA Art. 373. A aplicagao proviséria de interdigées de direitos podera ser determinada pelo juiz, de oficio, ou a requerimento do Ministério Publico, do querelante, do assistente, do ofendido, ou de seu representante legal, ainda que este nao se tenha constituido como assistente: durante a instrugdo criminal apés a apresentagao da defesa ou do prazo concedido para esse fim; Ina sentenga de prontincia; lil -na decisdo confirmatéria da pronuncia ou na que, em grau de recurso, pronunciar o réu; IV-na sentenga condenatéria recorrivel. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm asi110 saros2019 eta6e9 § 12 No caso do n® |, havendo requerimento de aplicagdo da medida, o réu ou seu defensor serd ouvido no prazo de 2 (dois) dias, § 22 Decretada a medida, serdo feitas as comunicagdes necessarias para a sua execugar lo Ill do Titulo Hl do Livro IV, nna forma do disposto no Cat Art. 374. Nao cabera recurso do despacho ou da parte da sentenga que decretar ou denegar a aplicagao proviséria de interdiges de direitos, mas estas poderao ser substitudas ou revogadas: | - se aplicadas no curso da instrugao criminal, durante esta ou pelas sentengas a que se referem os ns, Il, Ill e IV do artigo anterior; Il = se aplicadas na sentenga de prontincia, pela deciséo que, em grau de recurso, a confirmar, total ou parcialmente, ou pela sentenga condenatéria recorrivel; lil- se aplicadas na deciséo a que se refere o n2 Ill do artigo anterior, pela sentenga condenatéria recorrivel. Art, 375, O despacho que aplicar, provisoriamente, substituir ou revogar interdi¢ao de direito, sera fundamentado, Art, 376, A decisdo que impronunciar ou absolver o réu fara cessar a aplicagao proviséria da interdigo anteriormente determinada, Art, 377, Transitando em julgado a sentenga condenatéria, serao executadas somente as interdigdes nela aplicadas ou que derivarem da imposi¢o da pena principal. Art. 378. A aplicago proviséria de medida de seguranga obedecerd ao disposto nos artigos anteriores, com as modificagées seguintes: | = 0 juiz poderd aplicar, provisoriamente, a medida de seguranga, de oficio, ou a requerimento do Ministério Publico; Il - a aplicagao podera ser determinada ainda no curso do inquérito, mediante representagao da autoridade policial; lil - a aplicagao proviséria de medida de seguranga, a substituigao ou a revogagéo da anteriormente aplicada Poderdo ser determinadas, também, na sentenga absolutéria; IV-decretada a medida, atender-se-4 ao disposto no Titulo V do Livro IV, no que for aplicavel. Art, 379, Transitando em julgado a sentenca, observar-se-4, quanto 4 execugdo das medidas de seguranga definitivamente aplicadas, 0 disposto no Titulo V do Livro IV. Art, 380. A aplicagao proviséria de medida de seguranga obstard a concessao de fianga, e tornard sem efeito a anteriormente concedida TITULO XII DA SENTENGA, Art, 381. A sentenga contera: 8 nomes das partes ou, quando nao possivel, as indicagdes necessarias para identificd-las; Il -a exposigdo sucinta da acusagao e da defesa; lil -a indicago dos motivos de fato e de direito em que se fundar a deciso; IV -a indicagao dos artigos de lei aplicados; V- 0 dispositive; Vi-a data e a assinatura do juiz Art. 382, Qualquer das partes podera, no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz que declare a sentenga, sempre que rela houver obscuridade, ambigiidade, contradigao ou omissa0 emrconsequenela-tenhe-deapleaspenemaic- grave: Art, 383. 0 juiz, sem modificar a descrigo do falo contida na dentincia ou queixa, podera atribuir-Ihe definigao juridica diversa, ainda que, em conseqiiéncia, tenha de aplicar pena mais grave. (Redagao dada pola Lei n® 11,719, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 49/110 saros2019 eta6e9 § 12 Se, em conseqiiéncia de defini¢ao juridica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensdo condicional do processo, 0 julz procedera de acordo com o disposto na lei ((ncluido pela Lei n® 11.719, de 2008), § 22 Tratando-se de infracao da competéncia de outro juizo, a este serao encaminhados os autos, (Uncluido pela Lein® 11.719, de 2008), Art, 384, Encerrada a instrugao probatéria, se entender cabivel nova definicao juridica do fato, em conseqiiéncia de prova existente nos autos de elemento ou circunstancia da infragao penal ndo contida na acusago, o Ministério Publico deverd aditar a deniincia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de agao publica, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente. (Redacao dada pela Lein® 11.719, de 2008), § 12 Nao procedendo 0 érgao do Ministério Publico ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Cédigo. (lncluido pela Lei n? 11,719, de 2008 § 22 Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) dias admitide o aditamento, o julz, a requerimento de qualquer das partes, dosignard dia e hora para continuagao da audiéncia, com inquirigéo de testemunhas, novo interrogatério do acusado, realizagdo de debates ¢ julgamento. _(Incluldo pela Lei n® 11,719, de 2008), § 3° Aplicam-se as disposigces dos §§ 1° e 2° do art. 383 ao caput deste artigo. (Incluido pela Lei 11,719, de 2008), §.42 Havendo aditamento, cada parte podera arrolar até 3 (trés) testemunhas, no prazo de 5 (cinco) dias, ficando 0 Juiz, na sentenga, adstrito aos termos do aditamento. (Incluido pela Lei n? 11.719, de 2008 § 52 Nao recebido o aditamento, 0 proceso prosseguiré. _({ncluldo pela Lein® 11.719, de 2008), Art. 385. Nos crimes de agao piblica, o juiz podera proferir sentenga condenatéria, ainda que o Ministério Publico tenha opinado pela absolvi¢ao, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido alegada Art, 386, O julz absolverd o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheca: estar provada a inexisténcia do fato; II -ndo haver prova da existéncia do fato; IIL -ndo constituir o fato infragao penal; IV ~ estar provado que 0 réu nao concorreu para a infragao penal; (Redacéo dada pola Loin’ 11,690, de 2008) A848, 22-248 4°, 2 Penal \V = no exist prova de ter 0 réu concorrido para a infragao penal; -—-(Redago dada pela Lein® 11,690, de 2008) « ‘ * VI-~ existirem circunstancias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (aris. 20, 24, 22, 23, 26 @ § 1° do art 28, todos do Cédiqo Penal), ou mesmo se houver fundada divida sobre sua existéncia; (Bedacdo dada pola Lei 1 11,690, de 2008) VII ~ nao existir prova suficiente para a condenagao. _(|ncluido pela Lei n® 11.690, de 2008) Paragrafo Unico, Na sentenca absolutoria, o juiz: mandara, se for 0 caso, pér o réu em liberdade; www planato.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm so/110 saros2019 eta6e9 Il - ordenard a cessagao das medidas cautelares e provisoriamente aplicadas; (Redagao dada pela Lei n?® 11,690, de 2008) lll aplicard medida de seguranca, se cabivel. Art. 387. O juiz, ao proferir sentenga condenatéria: (Vide Lei n® 14,71 de 2008) | - mencionaré as circunstancias agravantes ou atenuantes definidas no Codigo Penal, e cuja existéncia reconhecer; pena-de-acorde-com-e-dispeste-nos-aris. 42 e 43 do Cédigo Pen: Il_- mencionara as outras circunstancias apuradas e tudo 0 mais que deva ser levado em conta na aplicacao da pena, de acordo com 0 disposto nos arts. 59 ¢ 60 do Decret 2 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Cédigo Penal IV - fixaré valor minimo para reparagéo dos danos causados pela infragdo, considerando os prejulzos sofridos pelo ofendido; (Redaco dada pela Lein’ 11.719, de 2008). \V - atenderd, quanto @ aplicagao proviséria de interdigSes de direitos e medidas de seguranga, ao disposto no Titulo X1 deste Livro; VI- determinara se a sentenga deveré ser publicada na integra ou em resumo e designaré 0 jomal em que sera feita a publicagao (art. 73,.§ 1°, do Cédigo Penal) § 12 0 juiz decidira, fundamentadamente, sobre a manutengao ou, se for 0 caso, a imposigao de priso preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuizo do conhecimento de apelacao que vier a ser interposta, (Incluido pela Lei n® 12,736, de 2012) § 22 O tempo de prisdo proviséria, de prisdo administrativa ou de internagdo, no Brasil ou no estrangeiro, sera computado para fins de determinagao do regime inicial de pena privativa de liberdade. (Incluido pela Lei n° 12.736, de 2012), Art, 388, A sentenca poderd ser datilografada e neste caso o juiz a rubricard em todas as folhas. Art. 389. A sentenga serd publicada em mao do escrivéo, que lavraré nos autos o respective termo, registrando-a em livro especialmente destinado a esse fim, Art, 390. © escrivao, dentro de trés dias apés a publicagao, e sob pena de suspensao de cinco dias, dara conhecimento da sentenga ao érgao do Ministério Publico. Art. 391. © querelante ou o assistente sera intimado da sentenga, pessoalmente ou na pessoa de seu advogado. Se nenhum deles for encontrado no lugar da sede do julzo, a intimagao sera felta mediante edital com 0 prazo de 10 dias, afixado no lugar de costume, Art, 392, A intimagao da sentenga sera feita: a0 réu, pessoalmente, se estiver preso: Il = a0 réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituido, quando se livrar solto, ou, sendo afiangavel a infragdo, tiver prestado fianga; www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm sunto saros2019 eta6e9 lil - a0 defensor constituido pelo réu, se este, afiangavel, ou nao, a infrago, expedido o mandado de prisdo, nao tiver sido encontrado, e assim o certificar o oficial de justica; IV - mediante edital, nos casos do n® II, se 0 réu e 0 defensor que houver constituido néo forem encontrados, assim 0 certificar 0 oficial de justiga; \V-- mediante edital, nos casos do n° Ill, se o defensor que o réu houver constituide também néo for encontrado, e o cettificar o oficial de justiga; VI- mediante edital, se 0 réu, nao tendo constituido defensor, ndo for encontrado, @ assim o certificar o oficial de justiga. § 12 0 prazo do edital seré de 90 dias, se tiver sido imposta pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, e de 60 dias, nos outros casos. § 22 0 prazo para apelagio correra apés 0 término do fixado no edital, salvo se, no curso deste, for feita a intimagao por qualquer das outras formas estabelecidas neste artigo, LIVRO II DOS PROCESSOS EM ESPECIE TITULOI DO PROCESSO COMUM CAPITULO | DA INSTRUGAO CRIMINAL Art, 394, © procedimento sera comum ou especial. _(Redagdo dada pela Lein® 11,719, de 2008), § 12 0 procedimento comum sera ordinario, sumario ou sumarissimo: (Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008), | - ordinario, quando tiver por objeto crime cuja sangao maxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; _(Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008), II - sumario, quando tiver por objeto crime cuja sangao maxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; —_(Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008), Ill - sumarissimo, para as infragdes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lel (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008), § 22 Aplica.se a todos os processos 0 procedimento comum, salvo disposigées em contrario deste Cédigo ou de lei especial, (Incluido pela Lein® 11,719, de 2008), § 32 Nos processos de competéncia do Tribunal do Jiri, 0 procedimento observard as disposicées estabelecidas nos arts, 406.2 497 deste Codigo. _(Incluldo pela Lein’ 11.719, de 2008), § 42 As disposigées dos arts, 395 a 398 deste Cédigo aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro rau, ainda que nao regulados neste Cédigo, (Uncluldo pela Lein® 11,719, de 2008), § 52 Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumario e sumarissimo as disposigdes do procedimento ordinatio. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008), Art, 994-A, Os processos que apurem a pratica de crime hediondo terao prioridade de tramitagao em todas as instancias. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 52/110 saros2019 eta6e9 ‘Art, 395, A deniincia ou queixa sera rejeitada quando: for manifestamente inepta; _(Inoluido pela Lei n® 11.719, de 2008), Il -faltar pressuposto processual ou condigao para 0 exercicio da agao penal; ou (Incluido pela Lei n? 11.719,,de 2008), lil faltar usta causa para o exercicio da ago penal, (Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008), Paragrafo unico, (Revogado). _—_(Incluido pela Lein® 11,719, de 2008), ouvidas-em-primeire lugar: Art, 396, Nos procedimentos ordinario © sumério, oferecida a deniincia ou queixa, 0 juiz, se ndo a rejeitar liminarmente, recebé-la-a e ordenaré a citagéio do acusado para responder a acusagao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Pardgrafo Unico. No caso de citagéo por edital, o prazo para a defesa comegaré a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituido, (Redagao dada pala Lei n® 11,719, de 2008), Art. 396-A. Na resposta, 0 acusado poderé argiir preliminares e alegar tudo 0 que interesse sua defesa, oferecer documentos e justificagdes, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua inimagéo, quando necessario, _Incluido pela Lei n? 11,719, de 2008), § 12 A excegdo serd processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Cé Loin’ 11.719, de 2008), (Ineluido pela § 22 Néo apresentada a respasta no prazo legal, ou se 0 acusado, citado, ndo constituir defensor, 0 juiz nomearé defensor para oferecé-la, concedendo-Ihe vista dos autos por 10 (dez) dias, (Incluldo pela Lein® 11,718, de 2008), Art. 397. Apés 0 cumprimento do disposto no ari, 396-A, e paragrafos, deste Cédigo, o juiz devera absolver sumariamente 0 acusado quando verificar: _(Redaco dada pela Lein* 11,719, de 2008), a existéncia manifesta de causa excludente da lcitude do fato; _—_(Incluido pela Lein? 11,719, de 2008), Ila existéncia manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; {Ineluido pola Lein’ 11,719, de 2008), IIl- que 0 fato narrado evidentemente néo constitui crime; ou _(Incluido pela Lei n? 11.719, de 2008), IV-extinta a puniblidade do agente, _(Incluido pela Lei n? 11.719, de 2008) oN defeca— _(Revogado pola Lein® 11.719, de 2008). Art. 399. Recebida a dentincia ou queixa, o juiz designaré dia e hora para a audiéncia, ordenando a intimagao do acusado, de seu defensor, do Ministério Piblico @, se for o caso, do querelante e do assistente. (Redagio dada pela Lein® 11,719,,de 2008), '§ 12 0 acusado preso serd requisitado para comparecer ao interragatorio, devendo o poder piiblico providenciar sua apresentagao. (noluido pela Lein® 11,719, de 2008 § 22 0 juiz que presidiu a instrugaio deverd proferir a sentenga (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008), www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm sa110 saros2019 eta6e9 Art, 400. Na audiéncia de instrugéo e julgamento, a ser realizada no prazo maximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-4 & tomada de declaragdes do ofendido, a inquitigao das testemunhas arroladas pela acusagdo e pela defesa, nesta ordem, ressalvado 0 disposto no att_222 deste Cédigo, bem como aos esclarecimentos dos peritos, a5 acareagées e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, 0 acusado. (Redacao dada pela Lein® 11,719, de 2008), § 12 As provas serdo produzidas numa s6 audiéncia, podendo 0 juiz indeferit as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatérias. _(Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008} § 22 Os esclarecimentos dos peritos dependerdo de prévio requerimento das partes. (Uncluido pela Lei n? 1.719, de 2008), Art. 401. Na instrugao poderao ser inquiridas até 8 (cito) testemunhas arroladas pela acusagao e 8 (oito) pola defesa. (Redagao dada pela Lei n? 11.719, de 2008), § 12 Nesse ntimero nao se compreendem as que nao prestem compromisso ¢ as referidas. (lnctuido Lei n® 11,719, de 2008), § 22 A parte poderé desistir da inquirigao de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008), ‘Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiéncia, 0 Ministério Piiblico, 0 querelante © o assistente °, a seguir, © acusado poderdo requerer diligéncias cuja necessidade se origine de circunsténcias ou fatos apurados na instrugdo. (Redagdo dada pela Lei n® 11,719, de 2008), Art, 403, Nao havendo requerimento de diigéncias, ou sendo indeferido, sero oferecidas alegagées finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusagao e pela defesa, prorrogavels por mais 10 (dez), proferindo o juz, a seguir, sentenca § 12 Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um seré individual. dnctuido pola Lein’ 11.719, de 2008), § 22 Ao assistente do Ministério Publico, apés a manifestagao desse, serdo concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual perfodo o tempo de manifestagao da defesa. _(noluldo pela Lein® 11,719, de 2008 § 32 O juiz podera, considerada a complexidade do caso ou o ntimero de acusados, conceder as partes 0 prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentagdo de memorials, Nesse caso, tera 0 prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentenga, {(Incluido pela Lei n® 11,719, de 2008), e208. Art. 404, Ordenado diligéncia considerada imprescindivel, de oficio ou a requerimento da parte, a audiéncia sera concluida sem as alegagdes finais. _(Redacao dada pala Lei n® 11,719, de 2008), Paragrafo tnico. Realizada, em seguida, a dligéncia determinada, as partes apresentardo, no prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegagées finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juiz proferira a sentenca. (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008), utras-em-substituigtie, presseguirse-d-nes-demelc-termes-de process: rt. 405. Do ovorrido em audiéncia sera lavrado termo em livro proprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela acorridos. _(Redaco dada pela Lei n® 11,719, de 2008} www planalto.govbriccivl_ 08idecretoteide13689.ntm 54110 saros2019 eta6e9 § 12 Sempre que possivel, 0 registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas sera feito pelos meios ou recursos de gravagdo magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informacées (Incluido pela Lei n® 11.719, de 2008), § 22 No caso de registro por meio audiovisual, sera encaminhado as partes c6pia do registro original, sem necessidade de transcrigao, (lncluido pola Lein’ 11,719, de 2008), www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 55/110 saros2019 eta6e9 es oo: www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 56/110 saros2019 eta6e9 www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm s7ii10 saros2019 eta6e9 www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm se/110 saros2019 eta6e9 desimeedde: * ete pe °F exertagtio: assinade-o-torme pela iestamunha, pele julz-e pelas partes: acordo-com-o-disposio-no-ari-229,paragrafe-inice, www planalto.govbriccivl_0a/decretoteide13689.ntm 50/110 saros2019 eta6e9 www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm eo110 saros2019 eta6e9 www planato.govbriccvl_ 0aidecreto teide13689.ntm eutto saros2019 eta6e9 CAPITULO I (Redacdo dada pela Lei n® 11.689, de DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOS PROCESSOS DA COMPETENCIA DO TRIBUNAL DO JURI Segao | Da Acusacao e da instrugao Preliminar Art. 406. 0 juiz, ao receber a dentincia ou a queixa, ordenard a citagao do acusado para responder a acusacao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Redaco dada pela Lein® 11,689, de 2008) § 12 0 prazo previsto no caput deste artigo serd contado a partir do efetivo cumprimento do mandado ou do comparecimento, em juizo, do acusado ou de defensor constituido, no caso de citagao invalida ou por edital._(Redagdo dada pela Lein® 11,689,.de 2008) § 22 A acusagio deverd arrolar testemunhas, até o maximo de 8 (cite), na deniincia ou na queixa § 32. Na resposta, 0 acusado poderé argilr preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa, oferecer documentos @ justiicagdes, especificar as provas pretendidas @ arrolar testemunhas, até o maximo de 8 (cit), qualificando-as e requerendo sua intimago, quando necessario, (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Art, 407. As excegdes serdo processadas em apartado, nos termos dos aris. 95 a 112 deste Cédigo. (Redagdo dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Att. 408. Nao apresentada a resposta no prazo legal, 0 julz nomeara defensor para oferecé-la em até 10 (dez) dias, concedendo-ihe vista dos autos. (Redacdo dada pola Lein® 11.689, de 2008) Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvird 0 Ministério Publico ou o querelante sobre preliminares © documentos, em 5 (cinco) dias. (Redacao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art, 410, O juiz determinard a inquirigao das testemunhas e a realizagao das diligéncias requeridas pelas partes, no prazo maximo de 10 (dez) dias. (Redagdo dada pela Lei n° 11,689, de 2008) Art. 411, Na audiéneia de instrugdo, proceder-se-é a tomada de declaragdes do ofendido, se possivel, & inquirigao das testemunhas arroladas pela acusagao e pela defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos paritos, as acareacdes e a0 reconhecimento de pessoas © coisas, interrogando-se, em seguida, 0 acusado e procedendo-se 0 debate. (Reda dada pela Lein® 11,689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 62/110 saros2019 eta6e9 § 12 Os esclarecimentos dos peritos dependerdo de prévio requerimento © de deferimento pelo juiz. (Uncluldo pela Lein® 11,689, de 2008) § 22 As provas seréo produzidas em uma sé audiéncia, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatérias. (ncluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 32 Encerrada a instrugdo probatéria, observar-se-4, se for 0 caso, o disposto no art. 384 deste Cédigo, (lncluido pela Lei n® 11.689, de 2008) §42 As alegacdes serdo orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, a acusago e a defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogaveis por mais 10 (dez)._(Incluido pola Lein® 11.689, de 2008) § 52 Havendo mais de 1 (um) acusado, 0 tempo previsto para a acusagao e a defesa de cada um deles seré individual. _—_(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 62 Ao assistente do Ministério Publico, apés a manifestagéo deste, sero concedidos 10 (dez) minutos, prorrogande-se por igual perfodo o tempo de manifestacao da defesa. _{nluido pala Lein® 11,689, de 2008) § 72 Nenhum ato sera adiado, salvo quando imprescindivel & prova faltante, determinando o juiz a condugao coercitiva de quem deva comparecer. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 82 A testemunha que comparecer sera inquirida, independentemente da suspensao da audiéncia, observada em ‘qualquer caso a ordem estabelecida no caput deste artigo. _Incluldo pela Lei’ 11,689, de 2008) § 92 Encerrados os debates, o juiz proferira a sua decisdo, ou o fara em 10 (dez) dias, ordenando que os autos para isso Ihe sejam conclusos. {Incluido pela Lein® 11.689, de 2008) Ar. 412. © procedimento seré concluide no prazo maximo de 90 (noventa) dias. (Redaco dada pela Lel 41.689, de 2008) Sega I Da Prontincia, da Improniincia e da Absolvigao Suméria (Redagdo dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 413, © Juiz, fundamentadamente, pronunciaré 0 acusado, se convencido da materialidade do fato e da existéncia de indicios suficientes de autoria ou de participagao, (Redagéo dada pela Lei n° 11,689, de 2008} § 12 A fundamentagao da proniincia limitar-se-4 a indicagao da materialidade do fato © da existéncia de indicios suficientes de autoria ou de participagao, devendo o juiz declarar 0 dispositive legal em que jugar incurso 0 acusado e especiicar as circunsténcias qualifcadoras ¢ as causas de aumento de pena. (Ineluldo pela Lei n? 11,689, de 2008) § 22 Se o crime for afiangdvel, 0 juiz arbitraré o valor da flanga para a concessdo ou manutengéo da liberdade Provisoria. _—_({ncluido pela Lein* 11,689,,de 2008) § 32. 0 juiz decidiré, motivadamente, no caso de manuteng&o, revogagao ou substituigao da prisdo ou medida restrtiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretagao da prisdo ou imposigao de quaisquer das medidas previstas no Titulo IX do Livro I deste Cédigo. __({ncluido pela Lein® 11.889, de 2008) Art. 414. Nao se convencendo da materialidade do fato ou da existéncia de indicios suficientes de autoria ou de Participagao, o juiz, fundamentadamente, impronunciara o acusado, (Redacao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Pardgrafo tnico, Enquanto nao ocorrer a extingao da punibilidade, podera ser formulada nova dentincia ou queixa se houver prova nova. __|ncluido pela Lei n? 11.689, de 2008) Art. 415, O juiz, fundamentadamente, absolverd desde logo 0 acusado, quando: (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) | - provada a inexisténcia do fate; (Redaco dada pela Lei n® 11,689, de 2008) II provado nao ser ele autor ou participe do fato; _—_(Redaco dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Ill 0 fato nao constituir infragao penal (Redago dada pela Lei n® 11,689, de 2008) IV — demonstrada causa de isengao de pena ou de exclusdo do crime. (Redago dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Pardgrafo Unico. Nao se aplica 0 disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei n® 2.848, de 7 de dezembro de 1940 ~ Cédigo Penal, salvo quando esta for a tinica www planalto.govbriccvl_08/decretoleide13689.ntm e110 saros2019 eta6e9 tese defensiva (incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art, 416, Contra a sentenga de improntincia ou de absolvigao sumaria caberé apelagao, (Redagao dada pela Lein® 11,689, de 2008) Art. 417. Se houver indicios de autoria ou de participagao de outras pessoas nao incluidas na acusagao, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar o acusado, determinaré o retomo dos autos ao Ministério Publico, por 15 (quinze) dias, aplicavel, no que couber, 0 art, 80 deste Cédigo, (Redacdo dada nela Lei n° 11,689,de 2008) Art. 418. 0 juiz poderé dar ao fato definigao juridica diversa da constante da acusagao, embora 0 acusado fique sujeito a pena mais grave. (Redagdo dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 419, Quando 0 juiz se convencer, em discordancia com a acusagao, da existéncia de crime diverso dos referidos no § 12do art. 74 deste Codigo ¢ nao for competente para o julgamento, remeterd os autos ao juiz que o seja. (Redagao dada pala Lei n® 11,689, de 2008) Paragrafo Unico. Remetidos os autos do proceso a outro juiz, disposigo deste ficard o acusado preso. {lncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art, 420, A intimagao da decisao de proniincia serd feita: (Redacdo dada pela Lei n? 11,689, de 2008) —pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Publico; (lncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) | — ao defensor constituido, ao querelante @ ao assistente do Ministério Publico, na forma do disposto no §_ 1° do. art. 370 deste Gédigo. —(Incluld pela Lei n® 11.689, de 2008) Pardgrafo nico. Serd intimado por edital 0 acusado solto que nao for encontrado. (incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 421. Preclusa a decisdo de prontincia, os autos sero encaminhados ao juiz presidente do Tribunal do Jar, (Redacdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 Ainda que preclusa a decistio de prontincia, havendo circunstancia superveniente que altere a classificagao do crime, o juiz ordenara a remessa dos autos ao Ministério Piblico, _(ncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 22 Em seguida, os autos seréo conclusos ao juiz para decisao, _—_(|ncluido pola Lei n® 11,689, de 2008) Sogo Il Da Preparagao do Processo para Julgamento em Plenario (Redago dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 422. Ao receber os autos, 0 presidente do Tribunal do Jiri determinara a intimagao do érgao do Ministério Publico ou do querelante, no caso de queixa, ¢ do defensor, para, no prazo de § (cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que iréo depor em plenario, até o maximo de 5 (cinco), oportunidade em que poderdo juntar documentos & requerer diligéncia. _(Redaco dada pola Lei n° 11,689, de 2008) Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no plenario do jari, adotadas as providéncias devidas, o juiz presidente: (Redacao dada pola Lei n® 11,689, de 2008) | = ordenard as diligéncias necessarias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interesse a0 julgamento da causa; _—_(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Il - fara relatério sucinto do proceso, determinando sua inclusao em pauta da reuniao do Tribunal do Juri. (Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) Art. 424, Quando a lei local de organizagao judiciéria ndo atribuir ao presidente do Tribunal do Jiri o preparo para julgamento, o juiz competente remeter-Ihe-4 os autos do processo preparado até 5 (cinco) dias antes do sorteio a que se refere o art, 433 deste Cédigo, (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Paragrafo Unico. Deverdo ser remetidos, também, os processos preparados até o encerramento da reuniao, para a realizagao de julgamento. (Redagdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Segao IV Do Alistamento dos Jurados (Redacdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art, 425, Anualmente, serdo alistados pelo presidente do Tribunal do Juri de 800 (oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um millhdo) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400 (quatracentos) nas comarcas ‘de menor populagao. (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm eatt0 saros2019 eta6e9 § 12 Nas comarcas onde for necessario, poder ser aumentado o niimero de jurados e, ainda, organizada lista de suplentes, depositadas as cédulas em uma especial, com as cautelas mencionadas na parte final do § 3% do art. 426 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 22 0 juiz presidente requisitaré as autoridades locals, associagdes de classe e de balo, entidades associativas e culturais, instituigdes de ensino em geral, universidades, sindicatos, repartig6es pilblicas outros nuicleos comunitarios a indicacao de pessoas que retnam as condicbes para exercer a fun¢ao de jurado. _(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicagao das respectivas profissdes, serd publicada pela imprensa até o dia 10 de outubro de cada ano e divulgada em editais afixados a porta do Tribunal do Jiri, (Redagao dada pela Lei nf 11,689, de 2008) § 12 A lista podera ser alterada, de oficio ou mediante reclamagao de qualquer do povo ao juiz presidente até o dia 10 de novembro, data de sua publicagao definitiva, (ncluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 22 Juntamente com a lista, serdo transcritos os arts. 436 a 446 deste Codigo, (Inoluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 92 Os nomes ¢ enderegos dos alistados, em cartdes iguais, apés serem verificados na presenga do Ministério Publica, de advogado indicado pela Segao local da Ordem dos Advogados do Brasil e de defensor indicado pelas, Defensorias Publicas competentes, permanecerao guardados em uma fechada a chave, sob a responsabilidade do juiz presidente. _(Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 42 O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentenga nos 12 (doze) meses que antecederem a publicagao da lista geralfica dela excluido. _(Incluido pela Lein® 11.689, de 2008) § 52 Anualmente, a lista geral de jurados serd, obrigatoriamente, completada, n° 11.689, de 2008) Segtio V Do Desaforamento (Redago dada pela Lei n° 11,689, de 2008) Art. 427. Se o interesse da ordem publica o reclamar ou houver duivida sobre a imparcialidade do jiri ou a seguranca pessoal do acusado, o Tribunal, a requerimento do Ministério Piblico, do assistente, do querelante ou do acusado ou mediante representagao do juiz competente, podera determinar o desaforamento do julgamento para outra comarca da mesma regio, onde nao existam aqueles motivos, preferindo-se as mais proximas. (Redapdo dada pela Lein® 11,689,.de 2008) § 12 0 pedido de desaforamento sera distribuldo imediatamente e tera preferéncia de julgamento na Gémara ou Turma competente. _—_({ncluldo.pela Lein® 11,689,.de 2008) § 22 Sendo relevantes os motivos alegados, o relator podera determinar, fundamentadamente, a suspensio do julgamento pelo jar, ——_(Incluldo pela Lei n® 11,689, de 2008) § 32 Sera ouvido o juiz presidente, quando a medida nao tiver sido por ele solicitada, (Uncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 42 Na pendéncia de recurso contra a decisao de prontincia ou quando efetivado o julgamento, nao se admitira o pedido de desaforamento, salvo, nesta iltima hipétese, quanto a fato ocorrido durante ou apés a realizago de julgamento anulado. ——_(Inclu/do-pela Lei n® 11,689, de 2008), Art. 428. © desaforamento também poderé ser determinado, em razdo do comprovado excesso de servico, ‘ouvidos o juiz presidente e a parte contraria, se o julgamento nao puder ser realizado no prazo de 6 (seis) meses, contado do transito em julgado da decisdo de pronincia. (Redacao dada pela Lei n° 11,689, de 2008) § 12 Para a contagem do prazo referido neste artigo, ndo se computaré o tempo de adiamentos, dligncias ou incidentes de interesse da defesa, _(Incluido pela Lein® 11,689, de 2008) § 22 Nao havendo excesso de servico ou existéncia de processos aguardando julgamento em quantidade que ultrapasse a possibiidade de apreciagao pelo Tribunal do Jiri, nas reunides periédicas previstas para o exercicio, 0 acusado poderé requerer ao Tribunal que determine a imediata realizago do julgamento (Incluido pela Lei 11,689, de 2008) Segao VI Da Organizacao da Pauta (Incluido pela Lei n? 11,689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 65110 saros2019 eta6e9 Art. 429, Salvo motivo relevante que autorize alteragao na ordem dos julgamentos, terao preferéncia: (Redagdo dada pela Lei n? 11,689, de 2008) os acusados presos; _|ncluido pela Lei n? 11.689, de 2008) II - dentre os acusados presos, aqueles que estiverem ha mais tempo na prisao; (incluido pela Lei 89, de 2008) Ill em igualdade de condigées, os precedentemente pronunciados. ((ncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 Antes do dia designado para o primeiro julgamento da reunido periédica, seré afixada na porta do edificio do Tribunal do Jiri a lista dos processos a serem julgados, obedecida a ordem prevista no caput deste artigo. (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 22 0 juiz presidente reservaré datas na mesma reuniso periédica para a incluso de proceso que tiver 0 julgamento adiado. _(Redapao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art, 430, 0 assistente somente sera admitido se tiver requerido sua habilitagao até 5 (cinco) dias antes da data da sessdo na qual pretenda aluar. —_(Redacdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 431. Estando o processo em ordem, o juiz presidente mandard intimar as partes, o ofendido, se for possivel, as testemunhas e os peritos, quando houver requerimento, para a sesso de instrugdo e julgamento, observando, no que couber, 0 disposto no art. 420 deste Cédigo. (Redacao dada pela Lei n* 11,689, de 2008) Segao Vil Do Sortelo e da Convocagao dos Jurados (Incluido pela Lei n° 11,689, de 2008) Art. 432. Em seguida a organizagéo da pauta, o julz presidente determinard a intimagao do Ministério Publico, da Ordem dos Advogados do Brasil e da Defensoria Publica para acompanharem, em dia e hora designados, o sorteio dos jurados que aluardo na reunigo periédica (Redagdo dada pela Lei n° 11.689, de 2008) Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-A a portas abertas, cabendo-he retirar as cédulas até completar 0 nlimero de 25 (vinte e cinco) jurados, para a reunido periédica ou extraordinaria (Redacao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 sorteio sera realizado entre 0 152 (décimo quinto) ¢ 0 102 (décimo) dia itl antecedente a instalagaio da reunido. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 22 A audiéncia de sorteio ndo sera adiada pelo nao comparecimento das partes, (Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 32 O jurado nao sorteado podera ter o seu nome novamente incluido para as reunides futuras. ((noluido pela Lein® 11.689, de 2008) Art, 434. Os jurados sorteados serdo convocados pelo correio ou por qualquer outro meio habil para comparecer no dia e hora designados para a reunido, sob as penas da Ie (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Pardgrafo Unico. No mesmo expediente de convocagio serdo transcritos os arts. 436 a 446 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) Art, 435, Serao afixados na porta do edificio do Tribunal do Jiri a relagao dos jurados convocados, os nomes do acusado e dos procuradores das partes, além do dia, hora e local das sessdes de instrugao e julgamento. (Redacao dada pola Loin® 11.689, de 2008) Sego Vill Da Fungao do Jurado ((ncluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 436. O servigo do juri é obrigatério. O alistamento compreenderd os cidadaos maiores de 18 (dezoito) anos de notéria idoneidade, (Redagdo dada pela Lein® 11,689, de 2008) § 12 Nenhum cidadéo poderd ser excluldo dos trabalhos do jiri ou deixar de ser alistado em razo de cor ou etna, raga, credo, sexo, profissao, classe social ou econémica, origem ou grau de instrugao, —_Incluido pela Let n° 11,689, de 2008) § 22 A recusa injustficada ao servigo do jri acarretaré multa no valor de 1 (um) a 10 (dez) salérios minimos, a critério do juiz, de acordo com a condicéo econémica do jurado. —_(Incluido pela Lein® 11.689, de 2008) At. 437. Estdo isentos do servigo do jiri: -(Redago dada pela Lein® 11,689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 66/110 saros2019 eta6e9 —0 Presidente da Repiiblica e os Ministros de Estado; _(ncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) los Governadores e sous respectivos Secretarios; _(ncluido peta Lei n® 11,689, de 2008) lil 05 membros do Congreso Nacional, das Assembléias Legislativas ¢ das Cmaras Distrital e Municipais; (Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) 1V~08 Prefeitos Municipais; _—_(Incluido pela Let n® 11,689, de 2008) V — os Magistrados e membros do Ministério Publico e da Defensoria Publica; (Incluido pela Lei n° 11.689, de 2008) VI- 0s servidores do Poder Judiciario, do Ministério Publica e da Defensoria Publica; (incluldo pela Lei n® 11,689, de 2008) Vil~as autoridades e os servidores da policia e da seguranga publica; _—_(Inclufdo pela Lein® 11.689, de 2008) VIII — os militares em servigo ativo; {Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) 20a)” ~ 05 cidaddos maiores de 70 (setenta) anos que requeiram sua dispensa; (Incluido pela Lei n® 11,689, de X-~aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento, _(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 438. A recusa ao servigo do jiri fundada em conviceao religiosa, filoséfica ou politica importara no dever de prestar servigo alternativo, sob pena de suspensao dos direitos politicos, enquanto nao prestar o servigo imposto. (Redacao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 Entende-se por servigo altemativo 0 exercicio de atividades de cardter administrativo, assistencial,flantrépico ‘ou mesmo produtivo, no Poder Judiciério, na Defensoria Publica, no Ministério Publico ou em entidade conveniada para esses fins. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 22 O juiz fixard o servigo alternativo atendendo aos principios da proporcionalidade e da razoabilidade. (Incluid pela Lai n® 11.689, de 2008) 2 . ‘ staies “ 4 - dade pele-Letnt +4.680-de-2008) _ Art. 439. O exercicio efetivo da fungo de jurado constituird servico piblico relevante e estabelecera presungao de idoneidade moral (Redagao dada pola Lei n® 12,403, de 2011), ‘Art. 440. Constitui também direito do jurado, na condigéio do art. 439 deste Cédigo, preferéncia, em igualdade de condigdes, nas licitagdes piblicas e no provimento, mediante concurso, de cargo ou fungao publica, bem como nos casos de promogao funcional ou remogao voluntaria, (Redago dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Ait 441, Nenhum desconto serd feito nos vencimentos ou salario do jurado sorteado que comparecer & sesstio do jr. (Redagao dada pola Lei n® 11.689, do 2008) ‘Art. 442. Ao jurado que, sem causa legitima, deixar de comparecer no dia marcado para a sesso ou ratirar-se antes de ser dispensado pelo presidente sera aplicada multa de 1 (um) a 10 (dez) salarios minimos, a crtério do julz, de acordo com a sua condigéo econdmica. _(Redago dada pela Lei n’ 11,689, de 2008) Art, 443. Somente ser aceita escusa fundada em motivo relevante devidamente comprovado apresentada, ressalvadas as hipéteses de forga maior, até o momento da chamada dos jurados. (Redacao dada pela Lei n° 11.689, de 2008) Art. 444, O jurado somente serd dispensado por decisdo motivada do juiz presidente, consignada na ata dos trabalhos, (Redapao dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 445, jurado, no exercicio da fungao ou a pretexto de exercé-la, seré responsavel criminalmente nos mesmos termos em que o sao os juizes togados, (Redagso dada pela Lei n® 11.689, de 2008} Art. 446. Aos suplentes, quando convocados, serdo aplicaveis os dispositivos referentes as dispensas, faltas © escusas © a equiparagao de responsabilidade penal prevista no art, 445 deste Codigo. (Redagao dada pela Lein® 11,689, de 2008) Segao IX Da Composigo do Tribunal do Jari e da Formagéio do Conselho de Sentenga {Uncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm erii10 saros2019 eta6e9 Art. 447. O Tribunal do Juri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que serdo sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quals consiituiréo © Conselho de Sentenga em cada sesso de julgamento, _(Redacao dada pola Lei n® 11,689, de 2008) Art. 448. Sao impedidos de servir no mesmo Conselho: (Redagso dada pela Lei n® 11,689, de 2008) —maridoe mulher; _(Incluido pela Lei n’ 11.689, de 2008) l-ascendente e descendente; _(ncludo pela Lein’ 11,689, de 2008) Ill—sogroe genro ounora; —_(Inclufdo pele Lei n® 11,689, de 2008) IV-- irmaos e cunhados, durante 0 cunhadio; _—_(|ncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) \V—tio e sobrinho; _(|ncluido pela Lein® 11,689, de 2008) Vi-padrasto, madrasta ou enteado. (Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 mesmo impedimento ocorreré em relagéo as pessoas que mantenham uniéo estavel reconhecida como entidade familiar. _(Incluldo pela Lei n® 11,689, de 2008) § 22 Aplicar-se-a aos jurados o disposto sobre os impedimentos, a suspeigdo e as incompatibilidades dos juizes togados. _(lncluido pela Lei n? 11.689, de 2008) Art. 449. Nao podera servir 0 jurado que’ (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) | = tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo proceso, independentemente da causa determinante do julgamento posterior; _(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) II -no caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de Sentenga que julgou 0 outro acusado; (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Ill —tiver manifestado prévia disposi¢ao para condenar ou absolver 0 acusado de 2008) Art. 450. Dos impedidos entre si por parentesco ou relagao de convivéncia, servira o que houver sido sorteado em primeirolugar. _ (Redaco dada pela Lei n° 11,689, de 2008) jn? 11.689, Art, 451, Os jurados excluidos por impedimento, suspei¢ao ou incompatibilidade serao considerados para a constituigéo do ntimero legal exigivel para a realizagéo da sesso. (Redacao dada pela Lei n° 11,689, de 2008) Art, 452. O mesmo Conselho de Sentenca poderd conhecer de mais de um processo, no mesmo dia, se as partes © aceitarem, hipétese em que seus integrantes deverdo prestar novo compromisso. (Redagdo dada pla Lei n® 11,689, de 2008) Segdo X Da reunido € das sessées do Tribunal do Jiri (incluido pela Lein® 11,689, de 2008) Art. 453. O Tribunal do Jiri reunir-se-4 para as sessées de instrug&o e julgamento nos periodos e na forma estabelecida pela lei local de organizacao judiciaria, (Redacao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art, 454, Até 0 momento de abertura dos trabalhos da sesso, o juiz presidente decidird os casos de isengao dispensa de jurados ¢ 0 pedido de adiamento de julgamento, mandando consignar em ata as deliberagdes. (Redacao dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 455. Se 0 Ministério Piblico néo comparecer, o juiz presidente adiara o julgamento para o primeiro dia desimpedido da mesma reuniao, cientificadas as partes e as testemunhas. (Reda¢ao dada pela Lei n° 11,689, de 2008) Pardgrafo Unico. Se a auséncia ndo for justificada, o fato serd imediatamente comunicado ao Procurador-Geral de Justiga com a data designada para a nova sesso. (Incluido pela Lei n? 11,689, de 2008) Art. 456. Sea falta, sem escusa legitima, for do advogado do acusado, @ se outro nao for por este constituldo, 0 fato sera imediatamente comunicado ao presidente da seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, com a data designada para a nova sesso. (Redacso dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12. Nao havendo escusa legitima, o julgamento sera adiado somente uma vez, devendo o acusado ser julgado quando chamado novamente, —__(Incluido pela Lei n? 11,689, de 2008) § 22 Na hipétese do § 12 deste artigo, o juz intimard a Defensoria Publica para o novo julgamento, que sera adiado para o primeiro dia desimpedido, observado 0 prazo minimo de 10 (dez) dias. (Incluido pela Lei n? 11.689, www planalto.govbriccvl_08/decretoteide13689.ntm 6a110 saros2019 eta6e9 de 2008) Art, 457, © julgamento n@o sera adiado pelo no comparecimento do acusado solto, do assistente ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado, (Redagdo dada pela Lei n° 11,689, de 2008} § 12 Os pedidos de adiamento e as justificagdes de nado comparecimento deverdo ser, salvo comprovado motivo de forga maior, previamente submetidos & apreciagdo do juiz presidente do Tribunal do Jur. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 22 Seo acusado preso nao for conduzido, o julgamento seré adiado para o primeiro dia desimpedido da mesma reuniao, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito por ele e seu defensor. (incluido peta Lein® 11.689, de 2008) Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa, deixar de comparecer, o juiz presidente, sem prejuizo da agao penal pela desobediéneta, aplicar-the-a a mula prevista no § 2° do art, 436 deste Cédigo. (Redacao dada pola Lei n® 11.689, sdo.2008) Art. 459. Aplicar-se-A as testemunhas a servigo do Tribunal do J (Redagdo dada pela Lei n? 11.689, de 2008) 0 disposto no art. 444 deste Cédigo. Art, 460. Antes de constituido o Conselho de Sentenga, as testemunhas serao recolhidas a lugar onde umas nao possam ouvir os depoimentos das outras. (Redagdo dada pela Lei n? 11.689, de 2008) Art. 461. 0 julgamento no sera adiado se a testemunha deixar de comparecer, salvo se uma das partes tiver requerido a sua intimagao por mandado, na oportunidade de que trata o art. 422 deste Cédigo, dectarando nao prescindir do depoimento ¢ indicando a sua localizacak (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 Se, intimada, a testemunha no comparecer, o juiz presidente suspenderd os trabalhos e mandara conduzi-la ou adiaré o julgamento para o primeiro dia desimpedido, ordenando a sua condugao. (Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) § 22 0 julgamento sera realizado mesmo na hipétese de a testemunha no ser encontrada no local indicado, se assim for cerificado por oficial de justiga._—_(Incluido pela Lein® 11.689, de 2008) Art. 462. Realizadas as diligéncias roferidas nos arts. 454 a 461 deste Cédigo, o juiz presidente verificara se a uma contém as cédulas dos 25 (vinte e cinco) jurados sorteados, mandando que o escrivao proceda a chamada deles. Redacso dada pela Lei n° 11,689, de 2008) Art, 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o julz presidente declarara instalados os trabalhos, anunciando 0 proceso que serd submetide ajulgamento, _(Redagao dada pola Lei n’ 11,689. de 2008) § 12 0 oficial de justica fara 0 prego, certiicando a dligéncia nos autos. (incluido pela Lei n° 11,689, de 2008) § 22 Os jurados excluidos por impedimento ou suspeigdo sero computados para a constituigéo do nimero legal. {(Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) Art, 464, Nao havendo o niimero referido no art, 463 deste Godino, proceder-se-a ao sortelo de tantos suplentes ‘quantos necessérios, e designar-se-4 nova data para a sessao do jar. (Redacao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 465. Os nomes dos suplentes sero consignados em ata, remetendo-se o expediente de convocagao, com ‘observancia do disposto nos aris. 434 e 435 deste Cédigo. (Redacao dada pela Lei n° 11.689, de 2008) Art. 466. Antes do sorteio dos membros do Conselho de Sentenga, o juiz presidente esclarecera sobre os impedimentos, a suspsigao e as incompatibilidades constantes dos aris, 448 e 449 deste Codigo, (Redacdo dada pela Lein® 11,689, de 2008) § 12 0 juiz presidente também advertira os jurados de que, uma vez sorteados, nao poderao comunicar-se entre si com outrem, nem manifestar sua opinido sobre 0 processo, sob pena de exclusao do Conselho e multa, na forma do § 22.do art. 436 deste Codigo. —(Radago dada pola Lei n® 11.689, de 2008) § 22 A incomunicabilidade sera certificada nos autos pelo oficial de justia. 11,689,.de 2008) ‘Art. 467. Veriicando que se encontram na uma as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz presidente sorteara 7 (sete) dentre eles para a formagao do Conselho de Sentenga (Redagao dada pela Lei n? 11.689, de 2008) At. 468, A medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, 0 juiz presidente as lerd, © a defesa e, depois dela, 0 Ministério Publico poderao recusar os jurados sorteados, até 3 (trés) cada parte, sem motivar a recusa.(Redacdo www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm ea110 saros2019 eta6e9 dada pela Lein* 11,689, de 2008) Pardgrafo unico, jurado recusado imotivadamente por qualquer das partes serd excluido daquela sessao de instrugdo e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para a composigao do Conselho de Sentenga com os jurados remanescentes. (lncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 468. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados, as recusas poderdo ser feitas por um s6 defensor. (Redacdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 A separagio dos julgamentos somente ocorrera se, em razo das recusas, no for obtido © numero minimo do 7 (Sete) jurados para compor 0 Conselho de Sentenca, _(Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 22 Determinada a separagao dos julgamentos, sera julgado em primeiro lugar 0 acusado a quem foi atribuida a autoria do fato ou, em caso de co-autoria, aplicar-se-A o critério de preferéncia disposto no art. 429 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 470. Desacolhida a argligéio de impedimento, de suspei¢ao ou de incompatibilidade contra o juiz presidente do Tribunal do Juri, érg’o do Ministério Publico, jurado ou qualquer funcionérro, 0 julgamento nao sera suspenso, devendo, entretanto, constar da ala o seu fundamento e a decisao. (Redacdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 471. Se, em conseqiiéncia do impedimento, suspeigao, incompatibilidade, dispensa ou recusa, nao houver nlimero para a formagao do Conselho, o julgamento sera adiado para o primeira dia desimpedido, apés sorteados os suplentes, com observancia do disposto no art, 464 deste Codigo. —-_(Redaeso dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Art, 472, Formado 0 Consetho de Sentenga, o presidente, levantando-se, @, com ele, todos os presentes, fard aos jurados a seguinte exortagéo: —-_(Redapo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa deciséo de acordo com a vossa consciéncia e os ditames da justiga. s jurados, nominalmente chamados pelo presidente, responderdo: Assim o prometo. Paragrafo Unico. O jurado, em seguida, recebera cépias da prontincia ou, se for 0 caso, das decisdes posteriores que julgaram admissivel a acusago e do relatério do processo. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008), Segao XI Da Instrugao em Plenario (Inoluido pela Lei n? 11,689, de 2008) Art. 473, Prestado 0 compromisso pelos jurados, sera iniciada a instrugao plenéria quando o juiz presidente, 0 Ministério Publico, 0 assistente, o querelante e o defensor do acusado tomardo, sucessiva e diretamente, as declaragses, do ofendido, se possivel, ¢ inquirirdo as testemunhas arroladas pela acusacao. (Redacdo dada pela Lein® 11,689, de 2008) § 12 Para a inquiricao das testemunhas arroladas pela defesa, 0 defensor do acusado formulard as perguntas antes do Ministério Puiblico e do assistente, mantidos no mais a ordem ¢ os crtérios estabelecidos neste arligo.(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 22 Os jurados poderéo formular perguntas ao ofendido © as testemunhas, por intermédio do juz presidente. (Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) § 32 As partes ¢ 0s jurados poderdo requerer acareagées, reconhecimento de pessoas e coisas ¢ esclarecimento dos peritos, bem como a leitura de pegas que se refiram, exclusivamente, as provas colhidas por carta precatéria e as provas cautelares, antecipadas ou nao repetiveis. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 474. A seguir serd 0 acusado interrogado, se estiver presente, na forma estabelecida no Capitulo Ill do Titulo \Vil-do Livro | deste Cédigo, com as alteragdes introduzidas nesta Segao, (Redacao dada pela Lei n? 11,689, de 2008) § 12 0 Ministério Publico, o assistente, o querelante e o defensor, nessa ordem, poderao formular, diretamente, perguntas ao acusado. (Redagdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 22 Os jurados formulardo perguntas por intermédio do juiz presidente. (Redaodo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 92 Nao se permitira 0 uso de algemas no acusado durante o periodo em que permanecer no plenério do ji, salvo se absolutamente necessério & ordem dos trabalhos, a seguranga das testemunhas ou a garantia da integridade fisica dos presentes. _ncluido pela Lei n° 11.689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm Ton110 saros2019 eta6e9 Art, 475. © registro dos depoimentos © do interrogatorio sera feito pelos meios ou recursos de gravagao magnética, eletrénica, estenotipia ou técnica similar, destinada a obter maior fidelidade e celeridade na colheita da prova. (Redagdo dada pola Lei n® 11,689, de 2008) Paragrafo Unico. A transcrigéo do registro, apés feita a degravagio, constaré dos autos. (Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Segao Xil Dos Debates (Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) Ait. 476, Encerrada a instrugdo, serd concedida a palavra ao Ministério Piblco, que faré a acusagao, nos limites dda prontincia ou das decisées posteriores que julgaram admissivel a acusagao, sustentando, se for 0 caso, a existéncia de circunstancia agravante. _(Redapo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 O assistente falara depois do Ministério Publico. ((ncluido pela Lei 11,689, de 2008), § 22 Tratando-se de agao penal de iniciativa privada, falara em primeiro lugar 0 querelante e, em seguida, 0 Ministério Pablico, salvo se este houver retomado a titularidade da ago, na forma do art_29 deste Cédigo. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) §32 Finda a acusagéo, teré a palavra adefesa. _(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 42 A acusacdo poderd replicar e a defesa treplicar, sendo admitida a reinquirigao de testemunha ja ouvida em plenario, (Uncluido pela Lein® 11.689, de 2008) Art. 477. tempo destinado @ acusago e a defesa sera de uma hora e meia para cada, e de uma hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) § 12 Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinardo entre si a distribui¢do do tempo, que, na falta de acordo, serd dividido pelo juiz presidente, de forma a nao exceder o determinado neste artigo. (Incluido pela Lei n° 11.689, de 2008) § 22 Havendo mais de 1 (um) acusado, 0 tempo para a acusagdo e a defesa sera acrescido de 1 (uma) hora € elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no § 12deste artigo. _—_(Incluido pela Lei n® 11.689, de-2008) Att. 478, Durante os debates as partes nao poderao, sob pena de nulidade, fazer referéncias (Bedagio dada pela Lei n® 11,689, de 2008) —a decisao de proniincia, as decisdes posteriores que julgaram admissivel a acusacao ou a determinagao do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou prejudiquem 0 acusado; (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Il — a0 siléncio do acusado ou a auséncia de interrogatério por falta de requerimento, em sou projuizo. (Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) At. 479, Durante o julgamento nao ser permitida a leitura de documento ou a exibi¢ao de objeto que nao tiver sido juntado aos autos com a antecedéncia minima de 3 (rés) dias Gtels, dando-se ciéncia a outra parte, (Reda¢o dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Pardgrafo Unico. Compreende-se na proibigao deste artigo a leitura de jormais ou qualquer outro escrito, bem como a exibigao de videos, gravagées, fotografias, laudos, quadros, croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo contetido versar sobre a matéria de fato submetida & apreciago e julgamento dos jurados. (Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 480. A acusagao, a defesa e os jurados poderdo, a qualquer momento e por intermédio do juiz presidente, Pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se encontra a pega por ele lida ou citada, facultando-se, ainda, aos, jurados solicitar-Ihe, pelo mesmo meio, o esclarecimento de fato por ele alegado, (Redacao dada pela Lei n® 11.689,.de 2008) § 12 Concluidos os debates, 0 presidente indagard dos jurados se esto habilitados a julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos. _(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 22 Se houver divida sobre questo de fato, 0 presidente prestard esclarecimentos a vista dos autos. (Inoluido pela Lei n? 11.689, de 2008) § 32 Os jurados, nesta fase do procedimento, terdo acesso aos autos e aos instrumentos do crime se solicitarem a0 juiz presidente. (Incluido pela Lei n? 11.689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm muno saros2019 eta6e9 Art, 481, Se a verificagao de qualquer fato, reconhecida como essencial para o julgamento da causa, nao puder ser realizada imediatamente, o juiz presidente dissolvera 0 Conselho, ordenando a realizagao das diligéncias entendidas necessérias. (Redagao dada pola Lei n° 11,689, de 2008) Pardgrafo inico. Se a diligéncia consistir na produgdo de prova pericial, o juiz presidente, desde logo, nomearé perito e formulara quesitos, facultando as partes também formulé-los e indicar assistentes técnicos, no prazo de 5 (cinco) dias. (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) ‘Segdo Xill Do Questionério e sua Votagao (Inoluido pela Lei n? 11,689, de 2008) Art, 482. © Conselho de Sentenga serd questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve ser absolvido. (Redago dada pela Lei n° 11,689, de 2008) Pardgrafo Unico. Os quesitos serao redigidos em proposigées afirmativas, simples e distintas, de modo que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necesséria precisao. Na sua elaboracdo, o presidente levara em conta os termos da prontincia ou das decisdes posteriores que julgaram admissivel a acusagao, do interrogatério e das alegacées das partes. (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 483. Os quesitos serdo formulados na seguinte ordem, indagando sobre: (Redapdo dada pela Lei 11,689, de 2008) —amaterialidade do fato; _—_(Incluldo pela Lein’ 11.689, de 2008) de 2008) lll se 0 acusado deve ser absolvido; _(ncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) la autoria ou participagao; ——_Incluido pela Lei n® 11.689, IV~ se existe causa de diminuigéo de pena alegada pela defesa; —_—_(Incluldo pela Lei n® 11,689, de 2008) \V—se existe circunstancia qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na proniincia ou em decises posteriores que julgaram admissivel a acusagao. {(Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008} 8 deste artigo encerra a votagao '2 A resposta negativa, de mais de 3 (trés) jurados, a qualquer dos quesites referidos nos incisos | e Il do caput implica a absolvi¢ao do acusado. —_(ncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 22 Respondidos afirmativamente por mais de 3 (\rés) jurados os quesilos relativos aos incisos | e Il do caput deste artigo sera formulado quesito com a seguinte redacao: —_({acluido pola Lei n® 11,689, de 2008) (O jurado absolve o acusado? § 92 Decidindo os juradas pela condenagio, o julgamento prossegue, devendo ser formulados quesitos sobre: {Uncluido pela Lei n® 11,689,.de 2008) = causa de diminuigdo de pena alegada pela defesa; _{[naluldo pela Lei’ 11,689, de 2008) Il = circunstancia qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na proniincia ou em decisées Posteriores que julgaram admissivel a acusagao. _|ncluido pela Lei n® 11.689, de 2008) § 42 Sustentada a desclassificagao da infragao para outra de competéncia do juiz singular, serd formulado quesito a respeito, para ser respondido apés 0 22 (segundo) ou 3° (terceiro) quesito, conforme 0 caso. (incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) § 52 Sustentada a tese de ocorréncia do crime na sua forma tentada ou havendo divergéncia sobre a tipificagao do delito, sendo este da competéncia do Tribunal do Juri, o juiz formulara quesito acerca destas questées, para ser respondido apés 0 segundo quesito. ((ncluido peta Lei n® 11,689, de 2008) § 62 Havendo mais de um crime ou mais de um acusado, os quesitos serdo formulados em séries (inoluldo pela Lein® 11.689, de 2008) intas. Art, 484. A seguir, o presidente lerd os quesitos e indagara das partes se tém requerimento ou reclamagao a fazer, devendo qualquer deles, bem como a decisdo, constar da ata. (Redagdo dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Pardgrafo tinico. Ainda em plenério, o juiz presidente explicara aos jurados o significado de cada quesito, (Redagdo dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 485. Nao havendo divida a ser esclarecida, o juiz presidente, os jurados, 0 Ministério Piblico, o assistente, 0 querelante, defensor do acusado, o escrivao e o oficial de justiga dirigir-se-do a sala especial a fim de ser procedida a votacdo. (Redagao dada pela Lei n° 11,689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm rai0 saros2019 eta6e9 § 12 Na falta de sala especial, o juiz presidente determinara que o piiblico se retire, permanecendo somente as pessoas mencionadas no caput deste artigo. ((ncluido pela Lein? 11.689, de 2008) § 22 0 juiz presidente advertira as partes de que nao sera permitida qualquer intervengao que possa perturbar a livre manifestagao do Conselho e faré retirar da sala quem se portar inconvenientemente. (Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 486. Antes de proceder-se a votagao de cada quesito, o juiz presidente mandaré distribuir aos jurados Pequenas cédulas, feitas de papel opaco e faciimente dobravets, contendo 7 (sete) delas a palavra sim, 7 (sete) a palavra no. -_(Redao dada pela Lein® 11,689, de 2008) Art. 487. Para assegurar o sigilo do voto, o oficial de justiga recolhera em umas separadas as cédulas, correspondentes aos votos @ as nao utilizadas. (Redagao dada pola Lei n® 11.689, de 2008) Art. 488. Apés a resposta, verificados os votos e as cédulas néo utlizadas, 0 presidente determinaré que o escrivao registre no termo a votagao de cada quesito, bem como o resultado do julgamento. (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Pardgrafo Unico. Do termo também constara a conferéncia das cédulas nao utllizadas. (Uncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Art. 489. As decisées do Tribunal do Jiri sero tomadas por malaria de votos. (Redagao dada pela Lei n° 11.889,.de 2008) Art, 490, Se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradigao com outra ou outras ja dadas, 0 presidente, explicando aos jurados em que consiste a contradi¢ao, submeterd novamente a votagao os quesitos a que se referirem tais respostas. (Redagao dada pela Lei n® 11.689, de 2008) Pardgrafo Unico. Se, pela resposta dada a um dos quesitos, o presidente verificar que ficam prejudicados os seguintes, assim o declarara, dando por finda a votacao. —_(|ncluido pela Lei n* 11.689, de 2008) Art. 491. Encerrada a votagao, sera o termo a que se refere 0 art. 488 deste Cédigo assinado pelo presidente, pelos jurados e pelas partes. (Redaco dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Segao XIV Da sentenca (incluido pela Lei n® 11/689, de 2008) ‘Art, 492, Em seguida, presidente proferira sentenca que: (Redaco dada pola Lei n® 11,689, de 2008) no caso de condenagéo: _(Redago dada pela Lei n° 11.689, de 2008) a)fixaré.apena-base; _(ncluido pela Lei n® 11,689, de 2008) b) considerard as circunstancias agravantes ou alenuantes alegadas nos debates; (Incluido pela Lei n° 11.889, de 2008) ¢) imporé os aumentos ou diminuigées da pena, em atengdo s causas admitidas pelo jr; _(Incluldo pela Lei 11,689, de 2008) 4d) observara as demais disposigdes do art, 387 deste Codigo; —_(|ncluldo pela Lein® 11,689,.de 2008) ¢) mandaré 0 acusado recolher-se ou recomendé-lo-é a prisdo em que se encontra, se presentes os requisitos da prisdo preventiva; __(Incluido pela Lei n° 11,689, de 2008) 1) estabelecerd os efeitos genéricos e especificos da condenagao; _(Incluido pela Lei n® 11,689, de 2008) Ino caso de absolvicdo: | —(Redaco dada pela Lei n* 11,689, de 2008) a) mandaré colocar em liberdade o acusado se por outro motivo nao estiver preso; (Redacao dada pela Lei no 11,689, de 2008) ») revogara as medidas restrtivas provisoriamente decretadas; (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008), ©) impora, se for 0 caso, a medida de seguranga cabivel. (Redagao dada pela Lei n? 11.689, de 2008) § 12 Se houver desclassificagao da infrago para outra, de competéncia do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Jiri cabera proferir sentenga em seguida, aplicando-se, quando o delto resultante da nova tipiicagao for considerado pela lei como infragdo penal de menor potencial ofensivo, o disposto nos aris, 69 ¢ seguintes da Lei n® 9.099, de 26 de Setembro de 1995. _(Redaeo dada pala Lein* 11,689,,de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm Tai110 saros2019 eta6e9 § 22 Em caso de desclassificagao, 0 crime conexo que ndo seja doloso contra a vida sera julgado pelo juiz presidente do Tribunal do Jari, aplicando-se, no que couber, 0 disposto no § 12 deste artigo. (Redagao dada pela Lei n° 41,689, de 2008) Art. 493. A sentenga serd lida em plenario pelo presidente antes de encerrada a sesso de instrugo e julgamento. (Redacao dada pola Lei n® 11,689, de 2008) Segio XV Da Ata dos Trabalhos ((ncluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Ait 494, De cada sessio de julgamento o escrivéo lavrara ala, assinada pelo presidente e pelas partes (Redagio dada pela Lei n® 11,689, do 2008) Art. 495. A ata descreverd fielmente todas as ocorréncias, mencionando obrigatoriamente: (Redagéo dada pela Lein® 11.689, de 2008) —a data e a hora da instalagao dos trabalhos; —_(RRedapo dada pela Lei n® 11.689, de 2008) lo magistrado que presidiu a sesso @ os jurados presentes; _—_(Redago dada pela Lein’ 11.689, de 2008) lil - 0s jurados que deixaram de comparecer, com escusa ou sem ela, e as sangées aplicadas; (Reda dada pela Lein® 11.689, de 2008) IV - 0 oficio ou requerimento de isengao ou dispensa _; (Redaco dada pola Loi n° 11,689, de 2008) \V—0 sorteio dos jurados suplentes; _(Redaco dada pola Lein® 11,689,.de 2008) VI- 0 adiamento da sesso, se houver acorrido, com a indicagao do motivo; (Redagio dada pela Lei n? 11,689, de 2008) Vil ~ a abertura da sessao e a presenga do Ministério Publico, do querelante e do assistente, se houver, e a do defensor do acusado; (Reda dada pela Lein® 11.689, de 2008) Vill 0 pregao e a sangao imposta, no caso de no comparecimento; __(Redapao dada pela Lein® 11.689, de 2008) 1X~as testemunhas dispensadas de depor, -_(Redaco dada pela Lei n® 11.689, de 2008) X~ 0 recolhimento das testemunhas a lugar de onde umas nao pudessem ouvir o depoimento das outras; (Redagao dada pola Lei n® 11,689. de 2008) XI —a verificagéo das cédulas pelo juiz presidente; (Redaco dada pela Lein® 11,689, de 2008) XII — a formag&o do Conselho de Sentenga, com o registro dos nomes dos jurados sorteados e recusas; (Redacdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) XIll — 0 compromisso ¢ 0 interrogatério, com simples referéncia ao termo; (Redagao dada pela Lei n? 11,689, de 2008) XIV ~ 0s debates ¢ as alegagdes das partes com os respectivos fundamentos; (Redagao dada pela Lei n? 11,689, de 2008) XV 08 incidentes; __(Redacdo dada pela Lei n® 11.689, de 2008) XVI- 0 julgamento da causa; —_(Redaco dada pela Lei n® 11,689, de 2008) XVII a publicidade dos atos da instrugao plenaria, das dilig&ncias e da sentenga. (Redacao dada pela Lei ° 11,689, de 2008) Art. 496. A falta da ata sujeitard o responsavel a sangdes administrativa e penal (Redacdo dada pela Lein® 11.889, de 2008) Segao XVI Das AtribuigSes do Presidente do Tribunal do Juri (Incluido pela Lei n® 11.689, de 2008) Art. 497. So atribuigdes do juiz presidente do Tribunal do Jari, além de outras expressamente referidas neste Cécigo:(Redavéo dada pola Lel n’ 11.689, de 2008) | regular a policia das sessées e prender os desobedientes; —_(Redaco dada pela Lei n® 11,689, de 2008) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm raniio saros2019 eta6e9 II requisitar 0 auxitio da forga puiblica, que ficara sob sua exclusiva autoridade; (Redagao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Ill —dirigir os debates, intervindo em caso de abuso, excesso de linguagem ou mediante requerimento de uma das partes; (Redaco dada pela Lei n® 11.689, de 2008) IV ~ resolver as questées incidentes que ndo dependam de pronunciamento do ju (Redagio dada pela Lei 211,689, de 2008), V — nomear defensor ao acusado, quando consideré-lo indefeso, podendo, neste caso, dissolver 0 Conselho & designar novo dia para o julgamento, com a nomeacao ou a constituigao de novo defensor. (Redagao dada pela Lei n° 11,689, de 2008) VI - mandar retirar da sala 0 acusado que dificultar a realizagdo do julgamento, 0 qual prosseguiré sem a sua presenga; —_(Radago dada pela Lein’ 11,689. de 2008) VII — suspender a sesso pelo tempo indispensavel a realizagao das diligéncias requeridas ou entendidas necessarias, mantida a incomunicabilidade dos jurados; (Redaao dada pela Lei n® 11,689, de 2008) Vill - interromper a sesso por tempo razoavel, para proferir sentenca e para repouso ou refeigao dos jurados; (Redacdo dada pela Lei n® 11.689, de 2008) IX — decidir, de oficio, ouvidos o Ministério Publico ¢ a defesa, ou a requerimento de qualquer destes, a argiligdo de extingao de punibilidade; (Redaco dada pela Lei n? 11,689, de 2008) X-—resolver as questées de direito suscitadas no curso do julgamento; (Reda 2008) dada pela Lein® 11.689, de XI — determinar, de offcio ou a requerimento das partes ou de qualquer jurado, as diligéncias destinadas a sanar nnulidade ou a suprir falta que prejudique o esclarecimento da verdade; (Redagdo dada pela Lei n® 11,689, de 2008) XIl ~ regulamentar, durante os debates, a intervencao de uma das partes, quando a outra estiver com a palavra, podendo conceder até 3 (trés) minutos para cada aparte requerido, que serdo acrescidos ao tempo desta titima,(Inclut pela Lein? 11,689. de 2008) CAPITULO Ill DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DA COMPETENCIA DO JUIZ SINGULAR Hop ‘Capitule deste Fitule- (Revogado pela Lei n* 11,719, de 2008), (Revogado pela Lei n? 11.719, de (Revogado pela Lei (Revogado pela Lei n® (Revogado pela Lein® 11,719, de 2008), das-paries_salve- em-relagde-ae-Ministérie Publics (Revogado pela Lei n® 11.719, de 2008), aoa “ = verdade-_(Revogado pela Lei n® 11.719, de 2008), (Revogado pela Lei n? 11,719, TITULO I DOS PROCESSOS ESPECIAIS www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 7/110 saros2019 eta6e9 CAPITULO | DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DE FALENCIA (Revogado pela Lei n? 11,101, de 2005) exereer_ne procesee-de falénele-e-curaderia de masse-falida. (Revogado pela Lein® 11.10. de-crederes-quande-esia-setiverrealizade- (Revogado pela Lei n° 11.101, de 2005) porqueixe-oudentineia- _(Revogado nela Lei n° 11,101, de 2005) sentengaque-siiverdecretade- (Revogado pela Lei? 11.101, de 2005) 8. dentnela- _(Revogado pela Lei n? 11,101, de 2005) - ‘ (Bevogado pela Lein*® 11,101. .de 2005) (Revogado pela Lei n® 11,101, de 2005) NR « 4 4 faléneie: _(Revogado pela Lei n® 11,101, de 2005) Hett-Fitilet-desteLive: (Revogado pela Lei n® 11.101, de 2005) CAPITULO I DO PROCESO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONARIOS PUBLICOS Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos funcionarios piblicos, cujo proceso ¢ julgamento competiréo aos juizes de direito, a queixa ou a denincia sera instruida com documentos ou justiicagdo que facam presumir a existéncia do delito ou com dectaracao fundamentada da impossibilidade de apresentacao de qualquer dessas provas. Art, 514, Nos crimes afiangavels, estando a dentincia ou queixa em devida forma, o juiz mandaré autué-la © ordenard a notificagao do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias. Pardgrafo tinico, Se ndo for conhecida a residéncia do acusado, ou este se achar fora da jurisdi¢ao do juz, ser- Ihe-é nomeado defensor, a quem cabera apresentar a resposta preliminar. Art. 518. No caso previsto no artigo anterior, durante o prazo concedido para a resposta, os autos permaneceréo em cartério, onde poderao ser examinados pelo acusado ou por seu defensor. Pardgrafo nico. A resposta podera ser instruida com documentos e justificagdes. Art. 516. © juiz rejeitaré a queixa ou dentincia, em despacho fundamentado, se convencido, pela resposta do acusado ou do seu defensor, da inexisténcia do crime ou da improcedéncia da agao. Art, 517, Recebida a deniincia ou a queixa, seré 0 acusado citado, na forma estabelecida no Capitulo | do Titulo X do Livro | Art, 518, Na instrugao criminal ¢ nos demais termos do proceso, observar-se-A o disposto nos Capitulos | ¢ Ill, Titulo |, deste Livro. CAPITULO III DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES DE CALUNIA E INJURIA, DE COMPETENCIA DO JUIZ SINGULAR At, 619, No processo por crime de callinia ou injdria, para 0 qual nao haja outra forma estabelecida em lei itulos | ¢ Ul, Titulo |, deste Livro, com as modificagdes constantes dos artigos seguintes. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm Tei110 saros2019 eta6e9 Art, 520, Antes de receber a queixa, o juiz oferecera as partes oportunidade para se reconciliarem, fazendo-as comparecer em juizo e ouvindo-as, separadamente, sem a presenga dos seus advogados, nao se lavrando termo. Art. 521. Se depois de ouvir o querelante e o querelado, o juiz achar provavel a reconciliagao, promoverd entendimento entre eles, na sua presenga. Art. §22. No caso de reconciliagao, depois de assinado pelo querelante o termo da desisténcia, a queixa sera arquivada, Art. 523. Quando for oferecida a excegao da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o querelante poder contestar a excegdo no prazo de dois dias, podendo ser inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituigo as primeiras, ou para completar o maximo legal. CAPITULO IV DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL Art. 524. No processo e julgamento dos crimes contra a propriedade imaterial, observar-se-4 0 disposto nos lulos 1¢ Ill do Titulo | deste Livro, com as modificagdes constantes dos artigos seguintes. Art. 525. No caso de haver o crime deixado vestigio, a queixa ou a dentncia no serd recebida se ndo for instruida com 0 exame pericial dos objetos que constituam 0 corpo de delito, Art. 526. Sem a prova de direito & agdo, ndo serd recebida a queixa, nem ordenada qualquer diligéncia Preliminarmente requerida pelo ofendido. Art, 527, A diligéncia de busca ou de apreensao sera realizada por dois peritos nomeados pelo juiz, que verificarao a existéncia de fundamento para a apreensdo, e quer esta se realize, quer ndo, o laudo pericial sera apresentado dentro de 3 (trés) dias apés 0 encerramento da diligéncia. Pardgrafo Unico. O requerente da diligéncia poder impugnar o laudo contrério & apreensao, e o juiz ordenaré que esta se efetue, se reconhecer a improcedéncia das razdes aduzidas pelos peritos. Art. 528. Encerradas as diligéncias, 0s autos seréo conclusos ao juiz para homologagao do laudo. Art. 529. Nos crimes de a¢ao privativa do ofendido, ndo sera admitida queixa com fundamento em apreensdo & em pericia, se decorrido 0 prazo de 30 dias, apés a homologagao do laudo. Paragrafo Unico. Seré dada vista ao Ministério Piblico dos autos de busca e apreensao requeridas pelo ofendido, se 0 crime for de ago publica e ndo tiver sido oferecida queixa no prazo fixado neste artigo. Art. 530. Se ocorrer priséo em flagrante e 0 réu no for posto em liberdade, 0 prazo a que se refere o artigo anterior serd de 8 (oito) dias, Art. §30-A. O disposto nos arts. 524 a 530 sera aplicavel aos crimes em que se proceda mediante queixa (noluido pela Lei n® 10.695, de 1°,7.2003) Art, §30-B. Nos casos das infragées previstas nos §§ 1°. 2° 0 3° do art. 184 do Cédigo Penal, a autoridade policial procederd a apreensao dos bens ilicitamente produzidos ou reproduzidos, em sua totalidade, juntamente com os equipamentos, suportes e materiais que possibilitaram a sua existéncia, desde que estes se destinem precipuamente & pratica do ilicito ——_—« (Incluido pela Lei n® 10.695, de 1°,7,2003) Art, 530-C, Na ocasiao da apreensao seré lavrado termo, assinado por 2 (duas) ou mais testemunhas, com a descrigéo de todos os bens apreendidos e informagdes sobre suas origens, 0 qual deverd integrar o inquérito policial ou © proceso. (Incluido pela Lei n® 10.695, de 1°,7.2003) Art. §30-D. Subseqiente @ apreensto, seré realizada, por perito oficial, ou, na falta deste, por pessoa tecnicamente habilitada, pericia sobre todos os bens apreendidos e elaborado o laudo que deverd integrar o inquérito policial ou o proceso. _(Incluido pela Lein® 10.695, de 1°,7.2003) At §30-E. Os fitulares de direito de autor e os que Ihe so conexos serdo os fiéis depositarios de todos os bens apreendidos, devendo colocé-los & disposigo do juiz quando do ajuizamento da agdo. (ncluido pela Lei n? 10,695..de 1°.7,2003) Art, §30-F, Ressalvada a possibilidade de se preservar 0 corpo de delito, 0 juiz podera determinar, a requerimento da vitima, a destruigao da produgao ou reprodugdo apreendida quando nao houver impugnagao quanto a sua ilcitude ou ‘quando a ago penal no puder ser iniciada por falta de determinagao de quem seja o autor do Ilicito. (Incluido pela Lei n® 10.695, de 1°.7.2003) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm m0 saros2019 eta6e9 Art, §30-G, O juiz, ao prolatar a sentenca condenatéria, podera determinar a destruicdo dos bens ilicitamente produzidos ou reproduzidos e 0 perdimento dos equipamentos apreendidos, desde que precipuamente destinados & produgdo e reprodugao dos bens, em favor da Fazenda Nacional, que deverd destrul-los ou dodlos aos Estados, Municipios e Distrito Federal, a instituigoes publicas de ensino e pesquisa ou de assisténcia social, bem como incorpora- los, por economia ou interesse publico, ao patriménio da Unido, que ndo poderéo retornélos aos canais de comércio. (Incluido pela Lei n? 10,695, de 127.2003) Art, 530-H, As associagSes de titulares de direitos de autor © os que Ihes sao conexos poderdo, em seu préprio nome, funcionar como assistente da acusagao nos orimes previstos no art. 184 do Cédigo Penal, quando praticado em detrimento de qualquer de seus associados. (ncluido pela Lei n® 10,695, de 12,7.2003) Art. 530-1. Nos crimes em que caiba ago penal publica incondicionada ou condicionada, observarse-4o as normas constantes dos aris, 530-f , 530-D, 530-6, 530-F, 530-G © 530-H. (Incluido pela Lei n* 10,695, 4°.7.2003) CAPITULO V DO PROCESSO SUMARIO Art, 31. Na audiéncia de instrugao e julgamento, a ser realizada no prazo maximo de 30 (trinta) dias, proceder- sea a tomada de declaragdes do ofendido, se possivel, & inquirigao das testemunhas arroladas pela acusagao e pela defesa, nesta ordem, ressalvado 0 disposto no art, 222 deste Cédigo, bem como aos esclarecimentos dos peritos, as acareagdes @ a0 reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, 0 acusado e procedendo-se, finalmente, ao debate. (Redacdo dada pela Lei n® 11.719, de 2008), tsbe-testemunhas: ‘Art. 532. Na instrugiio, poderdo ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela acusagao e 5 (cinco) pela defesa. de 2008), dees Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumério o disposto nos paragrafos do art_ 400 deste Cédigo. (Redagao dada pela Lein’ 11.719, de 2008), edital-come-praze-de-cineedias- ——_(Revogado pela Lein® 11.719, de 2008) dosignades-para-ainsteugde— (Bevogado pela Leln® 11.719, o 2008), (Revogado pela Lein® 11,719,.de 2008), (Bevogado Art. 634. As alegagées finais serdo orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, a acusagao e a defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogaveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentenca, (Redacao dada pela Lein® 11.719, de 2008), § 12 Havendo mais de um acusado, 0 tempo previsto para a defesa de cada um sera individual. dnctuldo pola Lein® 11.719, de 2008), § 22 Ao assistente do Ministério Pablico, apés a manifestacdo deste, sero concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual periodo o tempo de manifestagao da defesa._(Incluldo pela Lein® 11,719, de 2008). www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm raii10 saros2019 eta6e9 dias. Art, 635. Nenhum ato seré adiado, salvo quando imprescindivel a prova faltante, determinando o juiz a condugao coercitiva de quem deva comparecer. (Redago dada pela Lei n° 11.719, de 2008) - : - "™ (Revogada pela Lein® 11.719, d0 2008). interrogation do ree. ‘ At 536. A testemunha que comparecer seré inquirda, independentemente da suspenséo da audléncia, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no art, 531 deste Codigo. (Redacdo dada pela Lei n® 11.719, sde-2008), toclomunhac-aié-oménmedeteeroquersrdiigéncias— —__(Revogado pela Lei n® 11./19, de 2008) defensor Art, 538. Nas infragées penais de menor potencial ofensivo, quando 0 juizado especial criminal encaminhar a0 juizo comum as pegas existentes para a ado¢ao de outro procedimento, observar-se-4 0 procedimento sumario previsto neste Capitulo. Ne Ps 7 : de-dispostonos-aris-638-e-segs- _(Revogado pola Lei? 11.719, de 2008), $2 A delesa poderd-arrolar até cinco testemunhas: (Revogado pela Lei n° 11,719, de 2008), (Revogado pela Lei n® 11,719, de 2008), gee ft 60-Hh ‘eg6e-publice-{ert-20). _(Revogado pela Lein® 11.719, de 2008). Live: (Revogado pela Lei n® 11.719, de 2008} CAPITULO VI DO PROCESSO DE RESTAURACAO DE AUTOS EXTRAVIADOS OU DESTRUIDOS Art, 541, Os autos originals de processo penal extraviados ou destruldos, em primeira ou segunda instancia, serao restaurados. § 12 Se existir e for exibida cépia auténtica cu certido do proceso, seré uma ou outra considerada como original § 22 Na falta de cépia auténtica ou certido do proceso, o juiz mandard, de oficio, ou a requerimento de qualquer das partes, que: www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm Toni10 saros2019 eta6e9 a) 0 escrivao cerffique 0 estado do proceso, segundo a sua lembranga, e reproduza o que houver a respeito em seus protocoles e registros; b) sejam requisitadas cépias do que constar a respeito no Instituto Médico-Legal, no Instituto de Identificagao e Estatistica ou em estabelecimentos congéneres, repartigSes pibblicas, penitenciarias ou cadeias; ) as partes sejam citadas pessoalmente, ou, se nao forem encontradas, por edital, com o prazo de dez dias, para © proceso de restauracao dos autos. § 32 Proceder-se-d a restauragéo na primeira instdncia, ainda que os autos se tenham extraviado na segunda. ‘Att. 542. No dia designado, as partes seréo ouvidas, mencionando-se em termo circunstanciado os pontos em que estiverem acordes © a exibigdo © a conferdncia das certiddes © mais reprodugées do processo apresentadas © conferidas. Art 543. 0 julz determinara as dligéncias necessérias para a restauragao, observando-se o seguinte: | - caso ainda nao tenha sido proferida a sentenga, reinquirir-se-do as testemunhas podendo ser substituidas as que tiverem falecido ou se encontrarem em lugar no sabido; Il- 08 exames periciais, quando possivel, serdo repetidos, e de preferéncia pelos mesmos peritos; lll - a prova documental sera reproduzida por meio de cépia auténtica ou, quando Impossivel, por meio de testemunhas; IV - poderdo também ser inquiridas sobre os atos do proceso, que deverd ser restaurado, as autoridades, os serventuarios, os peritos e mais pessoas que tenham nele funcionado; V - 0 Ministério Publico @ as partes poderao oferecer testemunhas e produzir documentos, para provar o teor do processo extraviado ou destruido, Art, 544. Realizadas as diligéncias que, salvo motivo de forga maior, deverao concluir-se dentro de vinte dias, sero 0s autos conclusos para julgamento, Pardgrafo nico. No curso do proceso, @ depois de subirem os autos conclusos para sentenga, o juiz poderd, dentro em cinco dias, requisitar de autoridades ou de reparticoes todos os esclarecimentos para a restauracao, Art. 545. Os selos e as taxas judiciérias, ja pagos nos autos originais, nao serao novamente cobrados. Art. 546. Os causadores de extravio de autos responderdo pelas custas, em dobro, sem prejulzo da responsabilidade criminal, Art. 547. Julgada a restauragao, os autos respectivos valerdo pelos originais. Paragrafo Gnico. Se no curso da restauragao aparecerem os autos originais, nestes continuaré 0 processo, apensos a eles os autos da restauracao. Art. 548, Até a decisdo que julgue restaurados os autos, a sentenca condenatéria em execugao continuard a produzir efeito, desde que conste da respectiva guia arquivada na cadela ou na penitenciétia, onde o réu estiver cumprindo a pena, ou de registro que tone a sua existéncia inequivoca. CAPITULO VI DO PROCESSO DE APLICAGAO DE MEDIDA DE SEGURANCA POR FATO NAO CRIMINOSO Art, 549. Se a autoridade policial tiver conhecimento de fato que, embora nao constituindo infragao penal, possa determinar a aplicagao de medida de seguranga (Cédigo Penal, aris. 14 @ 27), devera proceder a inquérto, a fim de apuré-lo ¢ averiguar todos os elementos que possam interessar a veriicagao da periculosidade do agente. Art. 550. © processo seré promovido pelo Ministério Publico, mediante requerimento que contera a exposigao sucinta do fato, as suas circunstancias e todos os elementos em que se fundar o pedido. Art. 551. 0 juiz, ao deferir o requerimento, ordenara a intimago do interessado para comparecer em juizo, a fim de ser interrogado. Art, 552. Apés o interrogatério ou dentro do prazo de dois dias, o interessado ou seu defensor podera oferecer alegagoes. Pardgrafo inico, © juiz nomeara defensor ao interessado que nao 0 tiver, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm so/110 saros2019 eta6e9 Art, 553, © Ministério Publico, ao fazer o requerimento inicial, e a defesa, no prazo estabelecido no artigo anterior, poderao requerer exames, diligéncias e arrolar até trés testemunhas, Art. 554. Apés 0 prazo de defesa ou a realizagao dos exames ¢ dlligéncias ordenados pelo juiz, de officio ou a requerimento das partes, serd marcada audiéncia, em que, inquiridas as testemunhas e produzidas alegagSes orais pelo ‘6rg20 do Ministério Publico @ pelo defensor, dentro de dez minutos para cada um, o julz proferira sentenca, Paragrafo unico, Se o juiz nao se julgar habilitado a proferir a decisao, designara, desde logo, outra audiéncia, que se realizara dentro de cinco dias, para publicar a sentenga. Art, 555. Quando, instaurado processo por infrago penal, o juiz, absolvendo ou impronunciando o réu, reconhecer a existéncia de qualquer dos fatos previstos no ari. 14 ou no ari. 27 do Cédigo Penal, aplicar-Ihe-d, se for caso, medida de seguranca ‘CAPELLO DAINSTRUGAG (Revogado pela Lein® 8,658, de 26.5,1993) ede “ > designagde-de-elater- _(Revogado pela Lei n° 8.658, de 26.5.1993) singuleres: _(Revogado pala Lei n’ 6.658, de 26.5,1893) dedespachederelaterque: — (Revogado pela Lei ° 8.658, de 26.5.1993) cob (Revogado pela Lei n? 8.658, de 26,5.1993) Bpeonsedercu-denegarfiangero-a-arbitrar —_ (Revogado pola Lei n* 8,658, de 26.5.1993) (Revogado pela Lei? 8,658, de 26.5.1993) @ a 4 (Revogado pela Lei n? 8.658, (Bevosado pela Loin 8.658,de 26 5.1999) (Revogado pela Lei n? 8.658, de 26.5.1993) -seredeliteinafiangavel —_(Revogado pela Lei n® 8.658, de 26.5.1993) eneontre: _(Revogado pela Lein® 8.658, de 26.5.1993) aotribunate-arquivemente-de-processe- _(Revogado pela Lein® 8,658,de 26,5,1993), 60-N inlere-detebunat —_(Revogado pela Lei n° 8.658, de 26.5.1993), " 7 ela Lei n® 8,658, de 26,5,1993) (Revogado pela Lei n? 8.658. (Revogado pela Lei n° 8.658, polotounal; —_ (Revogado rela Lei n° 8.658, de 26,5,1993) anunciado-om-sessae-pibliea; (Revogado pela Lein® 8,658, de 26,5,1993) www planato.govbriccvl_ 08/decretoteide13689.ntm auto saros2019 eta6e9 diopeste-neHiule-Mitde-Live- _(Revogado pela Lein® 6.658, de 26.5.1993) quemdeve-onercere-dieitederecuse; _(Revogado pela Lei n° 8.658, de 26.5.1993) LVRO Il DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL TiTULo! DAS NULIDADES Art. 563, Nenhum ato sera declarado nulo, se da nulidade nao resultar prejuizo para a acusagao ou para a defesa, Art, 564, A nulidade ocorrerd nos seguintes casos: |= por incompeténcia, suspeigdo ou subomo do juz; Il por llegitimidade de parte; I~ por fata das férmulas ou dos termos seguintes: a) a dentincia ou a queixa e a representagdo e, nos processos de contravengées penais, a portaria ou o auto de prisao em flagrante; b) 0 exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestigios, ressalvado o disposto no Ari, 167: c) a nomeagao de defensor ao réu presente, que o néo tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos; d) a intervengo do Ministério Publico em todos os termos da ago por ele intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de agao publica; €) a citagao do réu para ver-se processar, 0 seu inlerrogatério, quando presente, e os prazos concedidos @ acusagao e a defesa; f) a sentenga de proniincia, 0 libelo @ a entrega da respectiva cépia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Jari; 4) a intimagao do réu para a sessao de julgamento, pelo Tribunal do Jiri, quando a lei nao permitir 0 julgamento revelia; h) a intimagao das testemunhas arroladas no libelo na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei; i) a presenga pelo menos de 15 jurados para a constituigéo do jar }) © sorteio dos jurados do conselho de sentenca em ntimero legal e sua incomunicabllidade; k) 0s quesitos e as respectivas respostas; 1) a acusagao e a defesa, na sessao de julgamento; m)a sentenga; 1) © recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido: 0) intimago, nas condigdes estabelecidas pela lei, para ciéncia de sentengas e despachos de que calba recurso; ) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelag4o, o quorum legal para o julgamento; IV- por omissao de formalidade que constitua elemento essencial do ato. Pardgrafo nico. Ocorrerd ainda a nulidade, por deficiéncia dos quesitos ou das suas respostas, e contradicao entre estas. _(Incluido pela Lei n® 263, de 23.2. 1948) Art. 565. Nenhuma das partes poderd argllr nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observancia so a parte contraria interesse. Art. 566. Nao serd declarada a nulidade de ato processual que no houver influido na apuragao da verdade substancial ou na decisao da causa. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 2/110 saros2019 eta6e9 ‘Art. 567. A incompeténcia do juizo anula somente os atos decisérios, devendo 0 processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente, Art. 568. A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderd ser a todo tempo sanada, mediante ratificagao dos atos processuais. Art. 569. As omissées da deniincia ou da queixa, da representago, ou, nos processes das contravengées penais, da portaria ou do auto de priso em flagrante, poderao ser supridas a todo o tempo, antes da sentenga final. Art. 570. A falta ou a nulidade da citagao, da intimagao ou notificagao estara sanada, desde que o interessado comparega, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o Unico fim de argiivla. O juiz ordenara, todavia, a suspensao ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irregularidade podera prejudicar direito da parte Art. 571. As nulidades deverdo ser argiidas: as da instrugdo criminal dos processos da competéncia do jr, nos prazos a que se refere 0 art 406; II -as da instrugao criminal dos processos de competéncia do juiz singular dos processos especiais, salvo os dos Capitulos V @ Vildo Titulo II do Livro Il, nos prazos a que se refere o art. 500; lll - as do processo sumério, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse prazo, logo depois de aberta a audiéncia e apregoadas as partes; IV-as do proceso regulado no Capitulo Vil do Titulo Il do Livro Il, logo depois de aberta a audiéncia; V = as ocorridas posteriormente @ prontincia, logo depois de anunciado o julgamento © apregoadas as partes, (art 447); VI - as de instrugao criminal dos processos de competéncia do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais de Apelacdo, nos prazos a que se refere o art. 500; VII - se verificadas apés a deciséo da primeira instancia, nas raz6es de recurso ou logo depois de anunciado 0 julgamento do recurso e apregoadas as partes; VIII - as do julgamento em plenario, em audiéncia ou em sesso do tribunal, logo depois de ocorrerem. Art. 572. As nulidades previstas no art. 564, de e, segunda parte, ge h,e IV, considerar-se-8o sanadas: | se ndo forem argiiidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior, Il Se, praticado por outra forma, o alo iver atingido 0 seu fim; Ill- se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos. Art, §73, Os atos, cuja nulidade nao tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, serao renovados ou retificados. § 12 A nulidade de um ato, uma vez declarada, causara a dos atos que dele diretamente dependam ou sejam consequiéncia, § 22 0 juiz que pronunciar a nulidade declarard os atos a que ela se estende. TITULO I DOS RECURSOS EM GERAL CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS Art. 574. Os recursos serao voluntérios, excetuando-se os seguintes casos, em que deverdo ser interpostos, de oficio, pelo juiz: da sentenga que conceder habeas corpus; Il - da que absolver desde logo 0 réu com fundamento na existéncia de circunstncia que exclua o crime ou isente ‘© réu de pena, nos termos do art. 411 Art, 575. Nao serdo prejudicados os recursos que, por erro, falta ou omisso dos funcionarios, nao tiverem seguimento ou ndo forem apresentados dentro do prazo. Art. 576. O Ministério PUblico nao podera desistir de recurso que haja interposto. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm astt0 saros2019 eta6e9 Art, 877. © recurso podera ser interposto pelo Ministério Publico, ou pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ‘ou seu defensor. Pardgrafo Unico. Nao se admitiré, entretanto, recurso da parte que ndo tiver interesse na reforma ou modificago da decisio, Art, 578. © recurso sera interposto por petigio ou por termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante. § 12 Nao sabendo ou no podendo o réu assinar o nome, 0 termo sera assinado por alguém, a seu rogo, na presenga de duas testemunhas. § 22 A petigao de interposigao de recurso, com 0 despacho do juiz, sera, até 0 dia seguinte ao ultimo do prazo, entregue ao escrivao, que certificara no termo da juntada a data da entrega '§ 32 Interposto por termo 0 recurso, o escrivéo, sob pena de suspensao por dez a trinta dias, fard conclusos os autos a0 julz, até o dia seguinte ao Ultimo do prazo. Art. 579. Salvo a hipétese de m4-fé, a parte ndo sera prejudicada pela interposigao de um recurso por outro. Paragrafo tinico, Se 0 juiz, desde logo, reconhecer a impropriedade do recurso interposto pela parte, mandaré processé-lo de acordo com o rito do recurso cabivel. Art, 580. No caso de concurso de agentes (Cédigo Penal, art. 25), a decisdo do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que nao sejam de carater exclusivamente pessoal, aproveitaré aos outros. CAPITULO I DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO Art. 581. Caberd recurso, no sentido estrito, da decisdo, despacho ou sentenga: que nao receber a deniincia ou a queixa: II - que concluir pela incompeténcia do juizo; lil - que julgar procedentes as excegdes, salvo a de suspeigao; que pronunsiaeoulimipeonunniar erik: 'V—dque pronunciar 0 réu;_(Redago dada pela Lei n® 11.689, de 2008) \V-- que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidénea a fianca, indeferir requerimento de prisdo preventiva ou revogé-la, conceder liberdade proviséria ou relaxar a priséo em flagrante; (Redagao dada pela Lei n? 7.780, de 22.6.1989 Mi_queebselveroréu-nescases-deatti4; _ (Revogado pela Lei n® 11.689, de 2008) VII- que julgar quebrada a fianga ou perdido o seu valor; Vill - que decretar a prescrigdo ou jugar, por outro modo, extinta a puniblidade; IX~-qus indeferiro pedido de reconhecimento da prescrigdo ou de outra causa extintva da puniblidade; X- que conceder ou negar a ordem de habeas corpus; XI - que conceder, negar ou revogar a suspensao condicional da pena; XIl- que conceder, negar ou revogar livramento condicional; Xill- que anular 0 processo da instrugao criminal, no todo ou em parte; XIV - que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; XV - que denegar a apelagao ou a julgar deserta; XVI- que ordenar a suspensao do proceso, em virtude de questao prejudicial www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm aait0 saros2019 eta6e9 XVII-- que decidir sobre a unificagao de penas; XVIII - que decidir 0 incidente de falsidade; XIX - que decretar medida de seguranga, depois de transitar a sentenga em julgado; XX - que impuser medida de seguranga por transgresstio de outra; XXI- que mantiver ou substituir a medida de seguranga, nos casos do art. 774; XXll - que revogar a medida de seguranca; XXIll - que deixar de revogar a medida de seguranga, nos casos em que a lei admita a revogago; XXIV - que converter a multa em detengao ou em prisdo simples, Art, 582 - Os recursos serao sempre para o Tribunal de Apelagao, salvo nos casos dos ns. V, X e XIV, Paragrafo nico. O recurso, no caso do n® XIV, sera para o presidente do Tribunal de Apelagao. Art. 583. Subirdo nos préprios autos os recursos: quando interpostos de oficio; lil - quando o recurso no prejudicar o andamento do processo. Paragrafo Unico. O recurso da prontincia subird em traslado, quando, havendo dois ou mais réus, qualquer deles se conformar com a decisfo ou todos néo tiverem sido ainda intimados da prontincia, Art. 584, Os recursos tero efeito suspensivo nos casos de perda da fianga, de concessdo de livramento condicional e dos ns. XV, XVil e XXIV do art. 581 § 12 Ao recurso interposto de sentenga de improntincia ou no caso do no Vill do art. 581, aplicar-se~ nos aris. 596 e 598, © disposto § 22 O recurso da prontincia suspendera tao-somente o julgamento. § 32 0 recurso do despacho que julgar quebrada a fianga suspenderé unicamente o efeito de perda da metade do sou valor. Art. 585. O réu nao poderd recorrer da prontincia sendo depois de preso, salvo se prestar fianga, nos casos em quealeia admit Art, 586, O recurso voluntario podera ser interposto no prazo de cinco dias. Paragrafo Unico. No caso do art. 581, XIV, 0 prazo sera de vinte dias, contado da data da publicagao definitiva da lista de jurados. Art, 687, Quando 0 recurso houver de subir por instrumento, a parte indicaré, no respectivo termo, ou em requerimento avulso, as pegas dos autos de que pretenda traslado Pardgrafo Unico. 0 traslado seré extraldo, conferido e concertado no prazo de cinco dias, e dele constarao sempre a decisao recorrida, a certidao de sua intimagao, se por outra forma nao for possivel verificar-se a oportunidade do recurso, ¢ o termo de interposigAo. Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposigéo do recurso, ou do dia em que o escrivao, extraido o traslado, o fizer cam vista ao recorrente, este oferecerd as raz6es e, em seguida, serd aberla vista ao recorrido por igual prazo. Paragrafo nico, Se 0 recorrido for 0 réu, sera intimado do prazo na pessoa do defensor. Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem cla, serd 0 recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformara ou sustentard o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que he parecerem necessarios. Paragrafo tnico. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contraria, por simples petigéo, podera recorrer da nova deciséo, se couber recurso, ndo sendo mais licito ao juiz modificé-la. Neste caso, independentemente de novos arrazoados, subiré 0 recurso nos préprios autos ou em traslado. ‘Art. 590. Quando for impossivel ao escrivéo extrair o traslado no prazo da lei, poderd 0 juiz prorroga-lo até o dobro, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 85/110 saros2019 eta6e9 Art, 591. Os recursos serdo apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro de cinco dias da publicagao da resposta do juiz @ quo, ou entregues ao Correlo dentro do mesmo prazo. Art, 592, Publicada a decisfo do julz ou do tribunal ad quem, deverdo os autos ser devolvidos, dentro de cinco dias, a0 juiz a quo. CAPITULO III DA APELAGAO Art, 593. Cabera apelagao no prazo de 5 (cinco) dias: (Redago dada pela Lei n® 263, de 23,2,1948) | - das sentengas definitivas de condenacao ou absolvigao proferidas por juiz singular; (Redacdo dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) Il - das decisées definitivas, ou com forga de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos ndo previstos no Capitulo anterior, (Redaco dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) Ill - das decisées do Tribunal do Jari, quando: (Redagao dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) a) ocorrer nulidade posterior & prontincia; (Redagao dada pela Lei n® 263, de 23.2.1948) b) for a sentenga do juiz-presidente contréria a lei expressa ou a deciso dos jurados; (Redagdo dada pola Loi n® 263, de 23.2,1948) c) houver erro ou injustiga no tocante & aplicagdo da pena ou da medida de seguranca: (Redagio dada pela Lei n® 263, de 23.2,1948) d) for a deciséo dos jurados manifestamente contraria a prova dos autos, (lncluido pela Lei n’ 263, de 23.2.1948) § 12. Se a sentenga do juiz-presidente for contraria a lei expressa ou divergir das respostas dos jurados aos ‘quesitos, o tribunal ad quem faré a devida retificacao (Incluido pela Lei n® 263, de 23.2 1948) § 22 Interposta a apelagdo com fundamento no n? Ill, ¢, deste artigo, 0 tribunal ad quem, se the der provimento, retificara a aplicagdo da pena ou da medida de seguranca. (Incluido pela Lei n® 263, de 23.2. 1948) §.92 Se a apelacdo se fundar no n2 Ill, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a deciséo dos jurados é manifestamente contréria a prova dos autos, dar-Ihe-4 provimento para sujeitar 0 réu a novo julgamento; no se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelacdo. {Incluido pela Lei n? 263, de 23.2,1948) §42 Quando cabivel a apelagao, nao podera ser usado 0 recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisao se recorra, (Pardgrafo Unico renumerado pela Lei n® 263, de 23.2.1948) que-se-ivre soko: daderpele beret ids ge net soa (Revogado pela Lei n® 11.719, de 2008), _ : wae: www planalto.govbriccivl_ 0aidecreto teide13689.ntm aei1t0 saros2019 eta6e9 Art. 596. A apelagéo da sentenga absolutéria no impedira que o réu seja posto imediatamente em liberdade, (Redacso dada pela Lei n® 5.941, de 22.11.1973) Pardgrafo Unico. A apelagao nao suspendera a execugao da medida de seguranga aplicada provisoriamente. (Redacdo dada pela Lei n® 5,941, de 22.11,1973) Art. 597. A apelagao de sentenca condenatéria tera efeito suspensivo, salvo o disposto no art_393, a aplicagao provis6ria de interdigdes de direitos e de medidas de seguranga (ar's. 374 e 378), e 0 caso de suspensao condicional de pena Art, 598. Nos crimes de competéncia do Tribunal do Jari, ou do juiz singular, se da sentenga nao for interposta apelagao pelo Ministério Publico no prazo legal, 0 ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que do se tenha habilitado como assistente, poderd interpor apelagao, que nao tera, porém, efeito suspensivo. Paragrafo Unico. O prazo para interposigao desse recurso sera de quinze dias e correra do dia em que terminar 0 do Ministério Publico. Art 599. As apelagdes poderdo ser interpostas quer em relagao a todo o julgado, quer em relagao a parte dele. Art. 600. Assinado o termo de apelagdo, o apelante e, depois dele, o apelado terdo 0 prazo de cito dias cada um para oferecer razGes, salvo nos processos de contravencao, em que o prazo serd de trés dias. § 12 Se houver assistente, este arrazoard, no prazo de trés dias, apés o Ministério Piblico, § 22 Se a ago penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Pablico terd vista dos autos, no prazo do paragrafo anterior. § 32 Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos sero comuns. § 42 Se 0 apelante declarar, na petigéio ou no termo, ao interpor a apelagao, que deseja arrazoar na superior instancia serao os autos remetidos ao tribunal ad quem onde serd aberta vista as partes, observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicagao oficial. —_(|ncluido pela Lein® 4,336, de 1°.6,1964) Art. 601, Findos os prazos para raz6es, 0s autos serao remetidos a instancia superior, com as raz6es ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo no caso do art. 603, segunda parte, em que o prazo serd de trnta dias. § 12 Se houver mais de um réu, e nao houverem todos sido julgados, ou nao tiverem todos apelado, cabera a0 apelante promover extracdo do traslado dos autos, 0 qual deverd ser remetido a instncia superior no prazo de trinta dias, contado da data da entrega das iltimas razdes de apelagdo, ou do vencimento do prazo para a apresentacao das do apelado. § 22 As despesas do traslado correrdo por conta de quem o solicitar, salvo se 0 pedido for de réu pobre ou do Ministério PUblico Art, 602. Os autos serdo, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados ao tribunal ad quem ou entregues ao Correio, sob registro. Art. 603. A apelagdo subiré nos autos originals e, a ndo ser no Distrito Federal e nas comarcas que forem sede de Tribunal de Apelagao, ficaré em cartério traslado dos termos essenciais do processo referidos no art. 564,.n, lll. (Revogado pela Lei 1? 263, de 23.2. 1948) 23.2 1948) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm a7ii10 saros2019 eta6e9 (Revogado pela Lei n® 11,689, de 2008) (Revogado pela Lei n° 11,689, de 2008) oN a ° 4 6} (Revogado pela Lei n? 11,689, de 2008) (Bevogado pela Lei n? tie - a - Honan neve-decisde-provecade-pele-proteste; _ (Revogado pela Lein® 11,689, de 2008) CAPITULO V DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS RECURSOS EM SENTIDO ESTRITO E DAS APELAGOES, NOS TRIBUNAIS DE APELAGAO. Art. 609. Os recursos, apelagées e embargos sero julgados pelos Tribunais de Justiga, c€maras ou turmas criminais, de acordo com a competéncia estabelecida nas leis de organizagao judicia (Redacao dada pela Loin? 1,720-8, de 3.11,1952) Pardgrafo Unico, Quando nao for unanime a deciséo de segunda instancia, desfavorével ao réu, admitem-se embargos infringentes @ de nulidade, que poderdo ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicaao de acérdo, na forma do arl_613. Se o desacordo for parcial, os embargos serdo restritos & matéria objeto de divergéncia, (Incluido peta Lei n® 1,720-B, de 3.11,1952) Art, 610, Nos recursos em sentido estrito, com excegao do de habeas corpus, e nas apelagdes interpostas das, sentengas em processo de contravengao ou de crime a que a lei comine pena de detengao, os autos irdo imediatamente com vista ao procurador-geral pelo prazo de cinco dias, e, em seguida, passarao, por igual prazo, ao relator, que pedira designacao de dia para o julgamento, Paragrafo tnico. Anunciado 0 julgamento pelo presidente, e apregoadas as partes, com a presenga destas ou a sua revelia, o relator fard a exposigdo do feito e, em seguida, o presidente concedera, pelo prazo de 10 (dez) minutos, a palavra aos advogados ou as partes que a solicitarem e ao procurador-geral, quando o requerer, por igual prazo. ep ° (Revogado pelo Decreto-Lei n® 552, de 25.4,1969) Art, 612. Os recursos de habeas corpus, designado o relator, serao julgados na primeira sessao. Art, 613, As apelagGes interpostas das sentengas proferidas em processos por crime a que a lei comine pena de reclusdo, deverdo ser processadas e julgadas pela forma estabelecida no Arl, 610, com as seguintes modificagdes: = exarado 0 relatério nos autos, passardo estes ao revisor, que tera igual prazo para 0 exame do processo & pedird designacao de dia para o julgamento; I-08 prazos sero ampliados ao dobro; IIL- 0 tempo para os debates serd de um quarto de hora. Art. 614. No caso de impossibilidade de observancia de qualquer dos prazos marcados nos arts. 610 e 613, os motivos da demora serao declarados nos autos. Art. 615. tribunal decidiré por maloria de votos. § 12 Havendo empate de votos no julgamento de recursos, se o presidente do tribunal, camara ou turma, nao tiver tomado parte na votacao, proferira o voto de desempate; no caso contrario, prevalecerd a decis’io mals favorével ao réu. § 22 0 acérdéo seré apresentado a conferéncia na primeira sessdo seguinte a do julgamento, ou no prazo de dduas sess6es, pelo juiz incumbido de lavré-lo. Art. 616. No julgamento das apelagées poderd o tribunal, cémara ou turma proceder a novo interragatério do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras diligéncias. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm se/110 saros2019 eta6e9 Art. 617. O tribunal, camara ou turma atenderd nas suas decisdes ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, no que for aplicavel, no podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da sentenca. Art. 618. Os regimentos dos Tribunais de Apelagdo estabelecerao as normas complementares para 0 processo € julgamento dos recursos e apelagées. CAPITULO VI DOS EMBARGOS Art. 619. Aos acérdaos proferidos pelos Tribunais de Apelagdo, cdmaras ou turmas, poderao ser opostos embargos de declaracao, no prazo de dois dias contados da sua publicagéo, quando houver na sentenga ambiguidade, ‘obscuridade, contradigao ou omissao. Art, 620. Os embargos de declaracdo serao deduzidos em requerimento de que constem os pontos em que o acérdao é ambiguo, obscuro, contraditério ou omisso, § 12 O requerimento sera apresentado pelo relator e julgado, independentemente de reviséo, na primeira sessao, § 22 Se ndo preenchidas as condicSes enumeradas neste artigo, o relator indeferira desde logo 0 requerimento, CAPITULO VII DA REVISAO Art. 621. A revisdo dos processas findos seré admitida: quando a sentenga condenatéria for contrdria ao texto expresso da lel penal ou a evidéncia dos autos; Il - quando a sentenga condenatéria se fundar em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falso: lil - quando, apés a sentenga, se descobrirem novas provas de inocéncia do condenado ou de circunstancia que determine ou autorize diminuigao especial da pena Art. 622. A revisdo podera ser requerida em qualquer tempo, antes da extingéio da pena ou apés. Pardgrafo Unico, Nao seré admissivel a relterago do pedido, salvo se fundado em novas provas. Art, 623. A revisdo poderd ser pedida pelo proprio réu ou por procurador legalmente habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cénjuge, ascendente, descendente ou irmao. Art. 624. As revises criminais serao processadas e julgadas’ (Redacdo dada pelo Decreto-tei n° 504, de 183.1969 | - pelo Supremo Tribunal Federal, quanto &s condenagées por ele proferidas; (Redacao dada pelo Decreto-lein® 504, de 18,3,1969) Il - pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiga ou de Algada, nos demais casos. (Redago dada pelo Decreto-lei n? 504, de 18.3.1969) § 12 No Supremo Tribunal Federal ¢ no Tribunal Federal de Recursos 0 processo e julgamento obedecerao a0 que for estabelecido no respectivo regimento interno. (Incluido pelo Decreto-lei n? 504, de 18,3.1969) § 22 Nos Tribunais de Justia ou de Algada, o julgamento sera efetuado pelas cAmaras ou turmas criminais, reunidas em sesso conjunta, quando houver mais de uma, e, no caso contrario, pelo tribunal pleno. (Incluido pelo Decreto-lei n? 504, de 18.3.1969) '§ 32 Nos tribunais onde houver quatro ou mais cémaras ou turmas criminais, poderdo ser constituidos dois ou mais grupos de cAmaras ou turmas para o julgamento de revisdo, obedecido o que for estabelecido no respectivo regimento interno. (Incluido pelo Decreto-lei n® 504, de 18.3.1969) Art. 625. © requerimento serd distribuido a um relator e a um revisor, devendo funcionar como relator um desembargador que nao tenha pronunciado decisao em qualquer fase do proceso. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm sotto saros2019 eta6e9 § 12 O requerimento sera instruido com a certidao de haver passado em julgado a sentenca condenatéria e com as pegas necessérias 4 comprovagao dos fatos argiiidos. § 22 relator poderd determinar que se apensem os autos originals, se dai nao advier dificuldade & execugo normal da sentenga § 32 Se o relator julgar insuficientemente instruido 0 pedido e inconveniente ao interesse da justiga que se apensem os autos originais, indeferi-o-é in imine, dando recurso para as cémaras reunidas ou para o tribunal, conforme © caso (art, 624, nardarafo unico). §.42 Interposto 0 recurso por peti¢ao e independentemente de termo, o relator apresentara 0 proceso em mesa para o julgamento e o relatara, sem tomar parte na discussao. § 52 Se 0 requerimento nao for indeferido in limine, abrir-se-a vista dos autos ao procurador-geral, que dara parecer no prazo de dez dias. Em seguida, examinados os autos, sucessivamente, em igual prazo, pelo relator e revisor, julgar-se-4 o pedido na sesso que o presidente designar. Art. 626. Julgando procedente a revisio, o tribunal poderd alterar a classificagao da infrago, absolver o réu, modificar a pena ou anular 0 proceso, Paragrafo Unico. De qualquer maneira, nao poderd ser agravada a pena imposta pela decisao revista. Art. 627. A absolvigo implicard 0 restabelecimento de todos os direitos perdidos em virtude da condenacao, devendo o tribunal, se for caso, impor a medida de seguranga cabivel Art, 628. Os regimentos internos dos Tribunais de Apelagao estabelecerdo as normas complementares para 0 processo e julgamento das revisées criminals. Art. 629. A vista da certiddo do acérdao que cassar a sentenga condenatéria, 0 juiz mandaré junté-la imediatamente aos autos, para inteiro cumprimento da decisdo. Art. 630. O tribunal, se 0 interessado o requerer, poderd reconhecer o direito a uma justa indenizagao pelos Prejuizos sofridos. § 12 Por essa indenizago, que seré liquidada no juizo civel, responderd a Unido, se a condenagao tiver sido proferida pela justica do Distrito Federal ou de Territéro, ou 0 Estado, se 0 tiver sido pela respectiva justica. § 22 A indenizagao nao sera devida: a) se 0 erro ou a injustiga da condenagao proceder de ato ou falta imputavel ao préprio impetrante, como a confissao ou a ocultagao de prova em seu poder; b) se a acusagao houver sido meramente privada, Art, 631, Quando, no curso da revisao, falecer a pessoa, cuja condenagao tiver de ser revista, 0 presidente do tribunal nomeara curador para a defesa. CAPITULO vill DO RECURSO EXTRAORDINARIO reourse-extreordindre para-e Supreme Tribunal Federal Revo Revogado pela Lei n® 3.396, de 2.6.1958: decisée-de tnbuneHocaljulgar-vélide-a-letou-e ate impugnade- Revogado pela Lei n® 3.396, de 2.6.1958: Ne 2 a inteligéncia-diverse- Revogado pala Lein® 3.396, de 26.1958 - 4 a Revogado : eaorecorride- Revogado pela Lein’®3.396,de26.1955 ” popasindioadas pulctetenenten Revogado pela Lein” 3.206, de. 2.6 1960. " www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm sortt0 saros2019 eta6e9 Art, 637. 0 recurso extraordinario nao tem efeito suspensivo, @ uma vez arrazoados pelo recorrido os autos do traslado, os originals baixardo a primeira instancia, para a execugao da sentenca. Art. 638. O recurso extraordinario sera processado e julgado no Supremo Tribunal Federal na forma estabelecida pelo respectivo regimento interno. CAPITULO IX DA CARTA TESTEMUNHAVEL, Art, 639. Dar-se-A carta testemunhavel: da decisdo que denegar 0 recurso; II-da que, admitindo embora o recurso, obstar & sua expedi¢ao e seguimento para o juizo ad quem, Art, 640, A carta testemunhavel serd requerida ao escrivao, ou ao secretario do tribunal, conforme 0 caso, nas quarenta e cito horas seguintes ao despacho que denegar o recurso, indicando o requerente as pegas do processo que deverdo ser trastadadas. Art. 641. 0 escrivao, ou 0 secretario do tribunal, dara recibo da petigao a parte e, no prazo maximo de cinco dias, no caso de recurso no sentido estrito, ou de sessenta dias, no caso de recurso extraordinario, fara entrega da carta, devidamente conferida e concertada Art. 642. O escrivao, ou o secretério do tribunal, que se negar a dar o recibo, ou deixar de entregar, sob qualquer pretexto, o instrumento, sera suspenso por trinta dias, O juiz, ou 0 presidente do Tribunal de Apelagao, em face de Tepresentagao do testemunhante, impora a pena e mandara que seja extraido o instrumento, sob a mesma sangao, pelo substituto do escrivao ou do secretario do tribunal. Se o testemunhante no for atendido, poderd reclamar ao presidente do tribunal ad quem, que avocara os autos, para 0 efeito do julgamento do recurso e imposigao da pena. Art. 643. Extraido © autuado o instrumento, observar-se~a o disposto nos arts. 588 a 592, no caso de recurso em sentido estrito, ou 0 processo estabelecido para o recurso extraordinario, se deste se tratar. Art, 644, © tribunal, cémara ou turma a que competir o julgamento da carta, se desta tomar conhecimento, mandard processar o recurso, ou, se estiver suficientemente instruida, decidira logo, de meritis. Art. 645. O proceso da carla testemunhavel na insténcia superior seguird o proceso do recurso denegado. Art. 646. A carta testemunhavel ndo terd efeito suspensivo. CAPITULO X. DO HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO Art, 647. Dar-se-a habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminéncia de sofrer violéncia ou coagao ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punigdo disciplinar. Art. 648. A coagao considerar-se-a ilegal | - quando nao houver justa causa; Il - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; Ill- quando quem ordenar a coagao néo tiver competéncia para fazé-o; IV- quando houver cessado © motivo que autorizou a coagéo; \V- quando nao for alguém admitido a prestar langa, nos casos em que a lei a autoriza; VI- quando 0 processo for manifestamente nulo; Vil- quando extinta a punibilidade. Art, 649. 0 juiz ou 0 tribunal, dentro dos limites da sua jurisdigao, fara passar imediatamente a ordem impetrada, os casos em que tenha cabimento, seja qual for a autoridade coatora, Art. 650. Compeliré conhecer, originariamente, do pedido de habeas corpus: www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm outta saros2019 eta6e9 a0 Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos no Art. 10° _g, da Constituigao; Il - aos Tribunais de Apelagao, sempre que os atos de violéncia ou coagao forem atribuidos aos governadores ou interventores dos Estados ou Terrtérios e ao prefeito do Distrito Federal, ou a seus secretarios, ou aos chetes de Policia. § 12 A competéncia do juiz cessara sempre que a violéncia ou coacao provier de autoridade judicidria de igual ou superior jurisdigao. § 22 Nao cabe o habeas corpus contra a priséo administrativa, atual ou iminente, dos responsaveis por dinheiro ‘ou valor pertencente & Fazenda Publica, alcangados ou omissos em fazer 0 seu recolhimento nos prazos legais, salvo se © pedido for acompanhado de prova de quitagao ou de depésito do alcance verificado, ou se a prisdo exceder 0 prazo legal. Art. 651. A concessao do habeas corpus nao obstard, nem pord termo ao processo, desde que este ndo esteja ‘em conflito com os fundamentos daquela. Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do processo, este ser renovado, Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude de habeas corpus, seré condenada nas custas a autoridade que, por ma-fé ou evidente abuso de poder, tiver determinado a coagao. Pardgrafo Unico. Neste caso, sera remetida ao Ministério Publico cépia das pegas necessarias para ser promovida a responsabilidade da autoridade, Art, 654, © habeas corpus poderd ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Publico § 12 A petigao de habeas corpus contera: a) 0 nome da pessoa que sofre ou esta ameagada de softer violéncia ou coagao e 0 de quem exercer a violéncia, coagdo ou ameaga, b) a declaragao da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaga de coagdo, as razées em que funda o seu temor, ) @ assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando no souber ou no puder escrever, © a designacao das respectivas residéncias. § 22 Os juizes o 0s tribunais tém competéncia para expedir de oficio ordem de habe de proceso verificarem que alguém sofre ou esta na iminéncia de sofrer coagao ilegal. is corpus, quando no curso Art, 655, © carcereiro ou 0 diretor da prisdo, 0 escrivao, o oficial de justica ou a autoridade judiciaria ou policial que embaracar ou procrastinar a expedicao de ordem de habeas corpus, as informagSes sobre a causa da priso, a condugo e apresentagao do paciente, ou a sua soltura, ser multado na quantia de duzentos mil-réis a um conto de réis, sem prejulzo das penas em que incorrer. As multas serdo impostas pelo juiz do tribunal que julgar o habeas corpus, salvo quando se tratar de autoridade judicidria, caso em que caberé ao Supremo Tribunal Federal ou ao Tribunal de Apelacao impor as multas. Art. 656, Recebida a petigéo de habeas corpus, o juiz, se julgar necessério, ¢ estiver preso 0 paciente, mandara que este Ihe seja imediatamente apresentado em dia e hora que designar. Paragrafo Unico. Em caso de desobediéncia, sera expedido mandado de prisao contra o detentor, que sera processado na forma da lei, ¢ 0 juiz providenciara para que o paciente seja tirado da prisdo e apresentado em juizo. Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusard a sua apresentago, salvo: grave enfermidade do paciente; II- nao estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a detengao; lil se o comparecimento nao tiver sido determinado pelo juiz ou pelo tribunal. Paragrafo Gnico, 0 juiz poderd ir ao local em que o paciente se encontrar, se este ndo puder ser apresentado por motivo de doenga, Art. 658. O detentor deciarara a ordem de quem o paciente estiver preso. Art, 659, Se 0 juiz ou o tribunal verificar que j4 cessou a violencia ou coagao ilegal, julgara prejudicado o pedido. Art. 660, Efetuadas as diligéncias, @ interrogado 0 paciente, o juiz decidird, fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e quatro) horas. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm e210 saros2019 eta6e9 § 12 Se a decisdo for favordvel ao paciente, serd logo posto om liberdade, salvo se por outro motivo dever ser mantido na prisao. § 22. Se os documentos que instruirem a peticao evidenciarem a ilegalidade da coagao, o juiz ou o tribunal ‘ordenard que cesse imediatamente o constrangimento. § 32 Se a ilegalidade decorrer do fato de nao ter sido o paciente admitido a prestar fianga, o juiz arbitrara o valor desta, que podera ser prestada perante ele, remetendo, neste caso, & autoridade os respectivos autos, para serem anexados aos do inquérito policial ou aos do proceso judicial. §42 So a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaga de violéncia ou coagao ilegal, dar-se-4 a0 paciente salvo-conduto assinado pelo julz. § 52 Sera incontinenti enviada cépia da deciséo a autoridade que tiver ordenado a prisdo ou tiver o paciente a sua disposicao, a fim de juntar-se aos autos do processo. '§ 62 Quando o paciente estiver preso em lugar que nao seja o da sede do juizo ou do tribunal que conceder a ‘ordem, 0 alvaré de soltura serd expedido pelo telégrafo, se houver, observadas as formalidades estabelecidas no 211. 289, paragrato unico. in fine, ou por via postal. Art. 661. Em caso de competéncia origindria do Tribunal de Apelagao, a peticéo de habeas corpus sera apresentada ao secretario, que a enviara imediatamente ao presidente do tribunal, ou da camara criminal, ou da turma, que estiver reunida, ou primeiro tiver de reunir-se. Art, 662. Se a peticdo contiver os requisitos do art. 654, § 12, 0 presidente, se necessario, requisitara da autoridade indicada como coatora informagées por escrito. Faltando, porém, qualquer daqueles requisites, o presidente mandara preenché-lo, logo que Ihe for apresentada a petigao. Art. 663. As diligéncias do artigo anterior nao serdo ordenadas, se o presidente entender que o habeas corpus deva ser indeferido in imine. Nesse caso, levara a petigao ao tribunal, camara ou turma, para que delibere a respeito. Art, 664. Recebidas as informagdes, ou dispensadas, 0 habeas corpus seré julgado na primeira sessao, podendo, entretanto, adiar-se o julgamento para a sessao seguinte, Pardgrafo Unico. A decisdo seré tomada por maioria de votos. Havendo empate, se o presidente nao tiver tomado parte na votagao, proferiré voto de desempate; no caso contrdiio, prevaleceré a deciso mais favorével ao paciente, ‘Art, 665, O secretario do tribunal lavrard a ordem que, assinada pelo presidente do tribunal, cAmara ou turma, seré dirigida, por offcio ou telegrama, ao detentor, ao carcereiro ou autoridade que exercer ou ameagar exercer 0 constrangimento. Pardgrafo Unico. A ordem transmitida por telegrama obedecerd ao disposto no art, 289, paragrafo Unico, in fine Art. 666. Os regimentos dos Tribunals de Apelagao estabelecerdo as normas complementares para o proceso & julgamento do pedido de habeas corpus de sua competéncia originaria. Art. 667. No processo e julgamento do habeas corpus de competéncia origindria do Supremo Tribunal Federal, bem como nos de recurso das decisdes de ultima ou nica instancia, denegatérias de habeas corpus, observar-se-4, no que thes for apicdvel, 0 disposto nos artigos anteriores, devendo o regimento interno do tribunal eslabelecer as regras complomentares. Livro lv DA EXECUGAO TiTULo| DISPOSIGOES GERAIS Art. 668. A execugdo, onde nao houver juiz especial, incumbiré ao juiz da sentenga, ou, se a deciséo for do ‘Tribunal do Juri, a0 seu presidente. Pardgrafo Unico. Se a decisdo for de tribunal superior, nos casos de sua compeléncia originéria, caberé a0 respectivo presidente prover-Ihe a execugao. Art. 669. S6 depois de passar em julgado, serd exeqiiivel a sentenga, salvo: | - quando condenatria, para o efeito de sujeitar o réu a pristo, ainda no caso de crime afiangavel, enquanto nao for prestada a fianga;, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm eatt0 saros2019 eta6e9 I= quando absolutéria, para o fim de imediata soltura do réu, desde que nao proferida em processo por crime a que a lei comine pena de recluséo, no maximo, por tempo igual ou superior a olto anos. ‘Art. 670. No caso de deciséo absolutéria confirmada ou proferida em grau de apelagdo, incumbiré ao relator fazer expedir o alvaré de soltura, de que dara imediatamente conhecimento ao juiz de primeira instancia. ‘Att. 671. Os incidentes da execugio serdo resolvides pelo respective juiz ‘Att. 672. Computar-se-A na pena privativa da liberdade o tempo: 1 de prisdo preventiva no Brasil ou no estrangeiro; Il - de prisdo proviséria no Brasil ou no estrangeiro; Ill de internagao em hospital ou manicdmio. Art. 673, Verificado que o réu, pendente a apelagao por ele interposta, ja sofreu prisdo por tempo igual ao da pena a que foi condenado, o relator do feito mandaré pé-lo imediatamente em liberdade, sem prejuizo do julgamento do recurso, salvo se, no caso de crime a que a lei comine pena de reclusto, no maximo, por tempo igual ou superior a 8 anos, 0 querelante ou 0 Ministério Publico também houver apelado da sentenca condenatéria, TITULO II DA EXECUGAO DAS PENAS EM ESPECIE capiTuLo | DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE Art. 674, Transitando em julgado a sentenga que impuser pena privativa de liberdade, se o réu jé estiver preso, ou vier a ser preso, o juiz ordenaré a expedigao de carta de guia para o cumprimento da pena. Paragrafo Unico. Na hipétese do art, 82, ultima parte, a expedigéo da carta de guia sera ordenada pelo juiz competente para a soma ou unificagao das penas. Art, 675, No caso de ainda nao ter sido expedido mandado de prisdo, por tratar-se de infragao penal em que o réu se livra solto ou por estar afiangado, o juiz, ou o presidente da cémara ou tribunal, se tiver havido recurso, fara expedir 0 mandado de prisdo, logo que transite em julgado a sentenga condenatéria, § 12 No caso de reformada pela supetior instancia, em grau de recurso, a sentenca absolutéria, estando o réu solto, 0 presidente da camara ou do tribunal fara, logo apés a sessao de julgamento, remeter ao chefe de Policia o mandado de prisfo do condenado. § 22 Se o réu estiver em prisdo especial, deverd, ressalvado 0 disposto na legislagao relativa aos militares, ser expedida ordem para sua imediata remooao para prisdo comum, até que se verifique a expedi¢ao de carta de guia para o cumprimento da pena. Art, 676, A carta de guia, extraida pelo escrivao e assinada pelo juiz, que a rubricara em todas as folhas, ser remetida ao diretor do estabelecimento em que tenha de ser cumprida a sentenga condenatéria, e contera: ‘© nome do réu e a alcunha por que for conhecido; Il - a sua qualiicagao civil (naturalidade, fiiagao, idade, estado, profissao), instrugdo e, se constar, niimero do registro geral do Instituto de Identificagdo e Estatistica ou de reparticao congénere; IIL -0 teor integral da sentenga condenatéria e a data da terminago da pena. Paragrafo ‘nico. Expedida carta de guia para cumprimento de uma pena, se o réu estiver cumprindo outra, sé depois de terminada a execugdo desta serd aquela executada. Retificar-se-4 a carta de guia sempre que sobrevenha modificagao quanto ao inicio da execugao ou ao tempo de duragao da pena. Art, 677, Da carta de guia e sous aditamentos se remetera cépia ao Conselho Penitenciri. Att. 678. O dirotor do estabelecimento, em que o réu tiver de cumprir a pena, passard recibo da carta de guia para juntar-se aos autos do processo. Art, 679. As cartas de guia serao registradas em livro especial, segundo a ordem cronolégica do recebimento, fazendo-se no curso da execugao as anotages necessarias, ‘Art. 680. Computar-se-& no tempo da pena o periodo em que o condenado, por sentenga irrecorrivel, permanecer preso em estabelecimento diverso do destinado ao cumprimento dela. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm oanto saros2019 eta6e9 Art. 681. Se impostas cumulativamente penas privativas da liberdade, serd executada primeiro a de reclusao, depois a de detengao e por tiltimo a de prisdo simples. Art. 682. © sentenciado a que sobrevier doenga mental, verificada por pericia médica, sera internado em manicémio judiciério, ou, & falta, em outro estabelecimento adequado, onde Ihe seja assegurada a custédia. § 12 Em caso de urgéncia, o diretor do estabelecimento penal poderd delerminar a remogo do sentenciado, comunicando imediatamente a providéncia ao julz, que, em face da pericia médica, ratificard ou revogard a medida § 22 Se a internagao se prolongar até o término do prazo restante da pena e no houver sido imposta medida de seguranca detentiva, 0 individuo tera 0 destino aconselhado pela sua enfermidade, feita a devida comunicagao ao juz de incapazes. Art. 683. O diretor da priso a que o réu tiver sido recolhido provisoriamente ou em cumprimento de pena comunicara imediatamente ao juiz 0 dbito, a fuga ou a soltura do detide ou sentenciado para que fique constando dos autos, Pardgrafo nico. A certiddo de ébito acompanhara a comunicagao. Art. 684. A recaptura do réu evadido nao depende de prévia ordem judicial @ poderd ser efetuada por qualquer pessoa, ‘Art, 685. Cumprida ou extinta a pena, 0 condenado sera posto, imediatamente, em liberdade, mediante alvara do juz, no qual se ressalvara a hipdtese de dever o condenado continuar na priséo por outro motivo legal Pardgrafo Unico. Se tiver sido Imposta medida de seguranga detentiva, 0 condenado sera removide para estabelecimento adequado (art, 762). CAPITULO II DAS PENAS PECUNIARIAS. Art. 686. A pena de multa sera paga dentro em 10 dias apés haver transitado em julgado a sentenga que a impuser. Pardgrafo Unico. Se interposto recurso da sentenga, esse prazo sera contado do dia em que o juiz ordenar o cumprimento da decisao da superior instancia, Art. 687. O juiz podera, desde que 0 condenado o requeira’ prorrogar o prazo do pagamento da multa até trés meses, se as circunstancias justificarem essa prorrogagao; Il - permitir, nas mesmas circunstancias, que 0 pagamento se faga em parcelas mensais, no prazo que fixe, mediante caucao real ou fidejusséria, quando necessario. (Redacao dada pola Lei n’ 6.416, de 24.5.1977) § 12 0 requerimento, tanto no caso do n® 1, como no do n® Il, sera feito dentro do decéndio concedido para o pagamento da mutta ¢ § 2° A permissao para o pagamento em parcelas sera revogada, se o juiz verificar que 0 condenado dela se vale para fraudar a execugdo da pena. Nesse caso, a caugao resolver-se-4 em valor monetério, devolvendo-se ao condenado ‘0 que exceder a satisfagao da multa e das custas processuais. (Redagao dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) ‘Art. 688. Findo 0 decéndio ou a prorrogago sem que o condenado efetue o pagamento, ou acorrendo a hipdtese Prevista no § 22 do artigo anterior, observar-se-4 0 seguinte’ |. possuindo 0 condenado bens sobre os quais possa recair a execugao, sera extraida certidéo da sentenga condenatéria, a fim de que o Ministério Publico proceda a cobranga judicial, II-sendo 0 condenado insolvente, far-se-8 a cobranga: a) mediante desconto de quarta parte de sua remuneragao (arts. 29, § 1°, e 37 do Cédigo Penal), quando cumprir pena privativa da liberdade, cumulativamente imposta com a de multa; www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 95/110 141082019 Det3689 b) mediante desconto em seu vencimento ou salario, se, cumprida a pena privativa da liberdade, ou concedido o livramento condicional, a multa no houver sido resgatada; ) mediante esse desconto, se a multa fora tinica pena imposta ou no caso de suspensdo condicional da pena. § 12 O desconto, nos casos das letras be ¢, serd feito mediante ordem ao empregador, a repartigao competente ou a administragdo da entidade paraestatal, e, antes de fixé-lo, o juiz requisitard informacdes e ordenard diligéncias, inclusive arbitramento, quando necessétrio, para observancia do art. 37,.§ 3°, do Codigo Penal. § 22 Sob pena de desobediéncia e sem prejuizo da execugdo a que ficaré sujeito, o empregador serd intimado a recolher mensalmente, até 0 dia fixado pelo juiz, a importancia correspondente ao desconto, em selo penitencidrio, que serd inutllizado nos autos pelo juiz. § 32 Se 0 condenado for funcionério estadual ou municipal ou empregado de entidade paraestatal, a importéncia do desconto sera, semestralmente, recolhida ao Tesouro Nacional, delegacia fiscal ou coletoria federal, como receita do solo penitenciario. § 42 As quantias descontadas em folha de pagamento de funcionario federal constituiréo renda do selo penitenciaro, ‘Art. 689. A multa sera convertida, a razao de dez mil-réis por dia, em detencao ou prisdo simples, no caso de crime ou de contravengao: se 0 condenado solvente frustrar o pagamento da multa; H_se-e-condenade reineidente dekarde pagel Il_- se nao forem pagas pelo condenado solvente as parcelas mensais autorizadas sem garantia, (Redagdo dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) § 12. Se 0 juiz reconhecer desde logo a existéncia de causa para a conversao, a ela procederd de oficio ou a requerimento do Ministério Pablico, independentemente de audiéncia do condenado; caso contrario, depois de ouvir 0 condenado, se encontrado no lugar da sede do juizo, podera admitir a apresentagao de prova pelas partes, inclusive testemunhal, no prazo de trés dias. § 22 O juiz, desde que transite em julgado a decisao, ordenara a expedigéio de mandado de prisdo ou aditamento a carta de gula, conforme esteja o condenado solto ou em cumprimento de pena privativa da liberdade. § 32 Na hipétese do inciso Il deste artigo, a conversao sera feita pelo valor das parcelas nao pagas, (Uncluido pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) Art. 690. 0 juiz tornaré sem efeito a conversa, expedindo alvaré de soltura ou cassando a ordem de prisdo, se 0 condenado, em qualquer tempo: | - pagar a multa; Il- prestar caugéo real ou fidejusséria que Ihe assegure o pagamento. Pardgrafo unico. No caso do n2 II, antes de homologada a caugo, sera ouvido 0 Ministério Publico dentro do prazo de dois dias. CAPITULO III DAS PENAS ACESSORIAS Art, 691. © juiz dard a autoridade administrativa competente conhecimento da sentenga transitada em julgado, que impuser ou de que resultar a perda da fungao publica ou a incapacidade tempordria para investidura em funcao Pliblica ou para exercicio de profissao ou atividade. Art, 692, No caso de incapacidade temporaria ou permanente para o exercicio do patrio poder, da tutela ou da curatela, 0 juiz providenciard para que sejam acautelados, no juizo competente, a pessoa e os bens do menor ou do interdito, Art. 693. A incapacidade permanente ou temporaria para o exercicio da autoridade marital ou do patrio poder ser averbada no registro civil Art, 694. As penas acessérias consistentes em interdigdes de direitos serao comunicadas ao Instituto de Identificagao e Estatistica ou estabelecimento congénere, figurardo na folha de antecedentes do condenado e sero mencionadas no rol de culpados, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm geitt0 ‘082019 bewseo Art, 695. Iniciada a execugdo das interdigdes tempordrias (art. 72, a e b, do Codigo Penal), o juiz, de oficio, a requerimento do Ministério Pablo ou do condenado, fixard o seu termo final, completando as providéncias determinadas no8 artigos anteriores. TITULO I DOS INCIDENTES DA EXECUGAO CAPITULO | DA SUSPENSAO CONDICIONAL DA PENA. Art, 696. O juiz poderd suspender, por tempo nao inferior a 2 (dois) nem superior a 6 (seis) anos, a execugéio das Penas de reclusdo e de detengao que nao excedam a 2 (dois) anos, ou, por tempo nao inferior a 1 (um) nem superior a 3 (trés) anos, a execugo da pena de prisdo simples, desde que o sentenciado: (Redacdo dada pela Lei n? 6.416, de 24,5.1977) | - no haja sofrido, no Pals ou no estrangeiro, condenago irrecorrivel por outro crime a pena privativa da liberdade, salvo 0 disposto no pardgrafo tinico do art, 46 do Cédigo Penal; (Redagso dada pela Lei n? 6,416, de 245.1977) Il - 08 antecedentes ¢ a personalidade do sentenciado, os motivos e as circunstancias do crime autorizem a presungo de que ndo tornara a delingiir. Pardgrafo Unico, Processado o beneficiério por outro crime ou contravengo, considerar-se-a prorrogado 0 prazo da suspensao da pena até o julgamento definitivo. Art. 697. O juiz ou tribunal, na decisdo que aplicar pena privativa da liberdade no superior a 2 (dois) anos, devera pronunciar-se, motivadamente, sobre a suspensao condicional, quer a conceda quer a denegue. (Redacso dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) 8 a - cS 4 - senlecgraenenatiodnn: Art. 698. Concedida a suspensdo, o juiz especificaré as condigées a que fica sujeito o condenado, pelo prazo Previsto, comegando este a correr da audiéncia em que se der conhecimento da sentenga ao beneficidrio e Ihe for entregue documento similar ao descrito no art. 724. (Redacdo dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) § 12 As condigdes serdo adequadas ao delito e 4 personalidade do condenado, (Incluido pela Lei 6.416, de 24.5.1977) § 22 Poderdo ser impostas, além das estabelecidas no art. 767, como normas de conduta e obrigacdes, as seguintes condigées: (lncluido pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) - freqiientar curso de habilitagao profissional ou de instrugo escolar, (Incluido pela Lei n® 6.416, de 24,5.1977) Il- prestar servigos em favor da comunidade; (Incluido pela Lei n® 6,416, de 24,5,1977) Ill -atender aos encargos de familia; (lncluido pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) IV - submeter-se a tratamento de desintoxicagao. § 22 0 julz poderd fixar, a qualquer tempo, de oficio ou a requerimento do Ministério PUblico, outras condigdes além das especificadas na sentenca e das referidas no paragrafo anterior, desde que as circunstancias 0 aconselhem. (Inoluido pela Lein® 6.416, de 24.5.1977) www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm e710 saros2019 eta6e9 § 42 A fiscalizacao do cumprimento das condigdes devera ser regulada, nos Estados, Territérios e Distrito Federal, por normas supletivas e atribulda a servigo social penitenciério, patronato, conselho de comunidade ou entidades similares, inspecionadas pelo Conselho Penitenciério, pelo Ministério Publico ou ambos, devendo 0 juiz da execucao na comarca suprr, por ato, a falta das normas supletivas. (lncluido pela Lein’ 6.416, de 24.5.1977) § 52 O beneficiario deverd comparecer periodicamente a entidade fiscalizadora, para comprovar a observancia das condigdes a que esta sujeito, comunicando, também, a sua ocupacdo, os salérios ou proventos de que vive, as economias que conseguiu realizar e as dificuldades materiais ou sociais que enfrenta. (Incluido pela Lei n® 16, de 24,5,1977) § 62 A entidade fiscalizadora devera comunicar imediatamente ao érgao de inspe¢ao, para os fins legais (arts. 730 © 731), qualquer fato capaz de acarretar a revogagao do beneficio, a prorragacao do prazo ou a modificagdo das condigées. (Incluido pela Lei n® 6.416, de 24°5.1977} § 72 Se for permitido ao beneficiério mudar-se, seré felta comunicagéo ao julz e a entidade fiscalizadora do local da nova residéncia, aos quais deverd apresentar-se imediatamente (Incluido pela Loin? 6.416, de 24.5.1977) Art. 689. No caso de condenagio pelo Tribunal do Jiri, a suspensio condicional da pena competira ao seu Presidente. Art, 700. A suspensao nao compreende a multa, as penas acessérias, os efeitos da condenagao nem as custas, Art. 701. O juiz, ao conceder a suspensdo, fixara, tendo em conta as condigées econémicas ou profissionais do réu, 0 prazo para o pagamento, integral ou em prestagdes, das custas do processo ¢ taxa penitenciaria, ‘Art, 702. Em caso de co-autoria, a suspensao poder ser concedida a uns e negada a outros réus. Art, 703, 0 juiz que conceder a suspenséo lera ao réu, em audiéncia, a sentenga respectiva, © 0 advertira das conseqiiéncias de nova infracao penal e da transgressao das obrigagdes impostas. Art. 704, Quando for concedida a suspensao pela superior instancia, a esta caber4 estabelecer-the as condigées, podendo a audiéncia ser presidida por qualquer membro do tribunal ou camara, pelo juiz do processo ou por outro designado pelo presidente do tribunal ou camara, Art, 705, Se, intimado pessoalmente ou por edital com prazo de 20 dias, 0 réu nao comparecer audiéncia a que se refere o art. 703, a suspensdo ficard sem efeito serd executada imediatamente a pena, salvo prova de justo impedimento, caso em que seré marcada nova audiéncia. ‘Art. 706. A suspensao também ficard sem efeito se, em virtude de recurso, for aumentada a pena de modo que exclua a concessao do beneficio. (Redagao dada pela Lei n? 6.416, de 24.5.1977) Art. 707. A suspenséo serd revogada se o beneficiério: (Redagdo dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) 6 condenado, por sentenga irecorrivel, a pena privativa da liberdade; (Redagao dada pela Lei n° 6.416, do 24.5.1977) Il frustra, embora solvente, 0 pagamento da multa, ou no efetua, sem motivo justificado, a reparagéo do dano. (Redacao dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) Pardgrafo nico, © juiz poderd revogar a suspensao, se o beneficiario deixa de cumprir qualquer das obrigagoes constantes da sentenga, de observar proibigdes inerentes pena acesséria, ou ¢ irrecorrivelmente condenado a pena que nao seja privativa da liberdade; se nao a revogar, deverd advertir 0 beneficidrio, ou exacerbar as condigées ou, ainda, prorrogar o periodo da suspensao até o maximo, se esse limite nao foi o fixado. (Redacao dada pela Lei n° 6.416, de 24.5.1977) Art. 708, Expirado 0 prazo de suspensdo ou a prorrogacdo, sem que tenha ocorride motivo de revogagao, a pena privativa de liberdade sera deciarada extinta, www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm oett0 saros2019 eta6e9 Paragrafo Unico, 0 juiz, quando julgar necessario, requisitard, antes do julgamento, nova folha de antecedentes do beneficiario Art. 709. A condenagao seré inscrita, com a nota de suspensdo, em livros especiais do Instituto de Identificagao & Estatistica, ou repartigao congénere, averbando-se, mediante comunicacao do juiz ou do tribunal, a revogagao da suspenso ou a extingao da pena. Em caso de revogacao, sera feita a averbacao definitiva no registro geral. § 12 Nos lugares onde nao houver Instituto de Identificagdo e Estatistica ou repartigao congénere, 0 registro e a averbagdo serdo feitos em livro proprio no juizo ou no tribunal. § 22 0 registro sera secreto, salvo para efeito de informagées requisitadas por autoridade judiciéria, no caso de novo processo. § 32 Nao se aplicara o disposto no § 22, quando houver sido imposta ou resultar de condenagao pena acesséria consistente em interdicao de direitos. CAPITULO II DO LIVRAMENTO CONDICIONAL Art. 710. © livramento condicional poder ser concedido ao condenado @ pena privativa da liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que se verifiquem as condigdes seguintes: (Rodagao dada pola Lei n® 6.416, de 245.1977) | - cumprimento de mais da metade da pena, ou mais de trés quartos, se reincidente o sentenciado; (Redagdo dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) Il auséncia ou cessagao de periculosidade; lil bom comportamento durante a vida carceréria; I\V- aptido para prover & propria subsisténcia mediante trabalho honesto; \V- reparacao do dano causado pela infragao, salvo impossibilidade de fazé-lo. (Bedacdo dada pela Leint de 24.5.1977) Art. 711. As penas que correspondem a infragdes diversas podem somar-se, para efeito do livramento, (Redagdo dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) Att. 712. 0 livramento condicional podora ser concedido mediante requerimento do sentenciado, de seu cénjuge ‘ou de parente em linha reta, ou por proposta do diretor do estabelecimento penal, ou por iniciativa do Conselho Penitenciario. (Redacdo dada pelo Decreto-ein’ 6.109, de 16.12.1943) Art. 713. As condiges de admissibilidade, conveniéncia e oportunidade da concesséo do livramento sero verificadas pelo Conselho Penitencidrio, a cujo parecer nao ficard, entretanto, adstrito o juz, Art. 714. O diretor do estabelecimento penal remetera ao Conselho Penitenciario minucioso relatério sobre: © cardter do sentenciado, revelado pelos seus antecedentes e conduta na priséo; Il_- © procedimento do liberando na priséio, sua aplicagdo ao trabalho e seu tralo com os companheiros & funcionarios do estabelecimento; lil - suas relagdes, quer com a familia, quer com estranhos; www planalto.govbriccvl_08/decretoteide13689.ntm sotto saros2019 eta6e9 IV - seu grau de instrugao e aptido profissional, com a indicagao dos servigos em que haja sido empregado e da especializagdo anterior ou adquirida na prisdo; \V - sua situagao financeira, e seus propésitos quanto ao seu futuro meio de vida, juntando 0 diretor, quando dada por pessoa idénea, promessa escrita de colocacao do liberando, com indicagao do servico e do salario. Pardgrafo Unico. 0 relatério sera, dentro do prazo de quinze dias, remetido ao Conselho, com o prontuario do sentenciado, e, na falta, o Conselho opinara livemente, comunicando a autoridade competente a omissao do diretor da priséo. Art. 715. Se tiver sido imposta medida de seguranga detentiva, o livramento ndo poderd ser concedido sem que se verifique, mediante exame das condigées do sentenciado, a cessacao da periculosidade. Pardgrafo Unico. Consistindo a medida de seguranga em internagao em casa de custédia ¢ tratamento, proceder- se-4 a exame mental do sentenciado, Art. 716. A petigao ou a proposta de livramento sera remetida ao juiz ou ao tribunal por oficio do presidente do Conselho Penitenciério, com a cépia do respectivo parecer e do relatério do diretor da prisao, § 12 Para emitir parecer, 0 Conselho podera determinar diligéncias e requisitar os autos do processo, § 22 0 juiz ou 0 tribunal mandaré juntar a peticao ou a proposta, com o oficio ou documento que a acompanhar, aos autos do proceso, e proferira sua decisao, previamente ouvido o Ministério Publico. lininarmentetndeferide: Art. 717. Na auséncia da condigao prevista no art. 710, (Redagdo dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) Art. 718, Deferido 0 pedido, o juiz, ao especificar as condigées a que ficard subordinado o livramento, atendera ao disposto no art, 698,.§§ 12, 2° e 52, (Redacdo dada pola Lei n® 6,416, de 24,5.1977) '§ 12 Se for permitido ao liberado residir fora da jurisdigo do juiz da execugo, remeter-se-4 cépia da sentenca do livramento @ autoridade judicidria do lugar para onde ele se houver transferido, e a entidade de observagao cautelar e protegao. (Redaco dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) § 22 O liberado sera advertido da obrigacao de apresentar-se imediatamente a autoridade judictaria e a entidade de observagao cautelar e protecdo. Redagao dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) Art. 719. O livramento ficara também subordinado & obrigagao de pagamento das custas do processo e da taxa peritenciaria, salvo caso de insolvéncia comprovada, Pardgrafo Unico. O juiz poderé fixar o prazo para o pagamento integral ou em prestagées, tendo em consideragaio as condig6es econémicas ou profissionais do liberado. Art, 720. A forma de pagamento da multa, ainda nao paga pelo liberando, ser determinada de acordo com 0 disposto no ari. 688, Art, 721. Reformada a sentenga denegatéria do livramento, os autos baixardo ao juiz da primeira instancia, a fim de que determine as condigbes que devam ser impostas ao liberando. Art. 722. Concedido o livramento, seré expedida carta de guia, com a cépia integral da sentenga em duas vias, remetendo-se uma ao diretor do estabelecimento penal e outra ao presidente do Conselho Penitenciario. Art. 723. A ceriménia do livramento condicional seré realizada solenemente, em dia marcado pela autoridade que deva presidi-la, observando-se o seguinte: | - a sentenga sera lida ao liberando, na presenga dos demais presos, salvo motivo relevante, pelo presidente do Conselho Penitenciério, ou pelo seu representante junto ao estabelecimento penal, ou, na falta, pela autoridade judiciaria local; www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm ro0/110 saros2019 eta6e9 IIo diretor do estabelecimento penal chamara a atengao do liberando para as condigées impostas na sentenga de livramento; lil -0 preso dectarara se aceita as condicdes. § 12 De tudo, em livro préprio, se lavrara termo, subscrito por quem presidir a ceriménia, e pelo liberando, ou alguém a seu rogo, se ndo souber ou nao puder escrever. § 22 Desse termo, se remeterd cépia ao juiz do proceso. Art. 724, Ao sair da prisao o liberado, ser-Ihe-4 entregue, além do saldo do seu pectiio e do que Ihe pertencer, uma cademeta que exibira & autoridade judiciéria ou administraliva sempre que Ihe for exigido. Essa caderneta contera: a reprodugao da ficha de identidade, ou o retrato do liberado, sua qualificagdo e sinais caracteristicos; Il-0 texto impresso dos artigos do presente capitulo; IIL- as condigdes impostas ao liberado; IV-a pena acesséria a que esteja sujeit. (Inoluido pela Lei n° 6.416, de 24.5.1977) § 12 Na falta de cadometa, serd entregue ao liberado um salvo-conduto, em que constem as condigées do livramento e a pena acesséria, podendo substituir-se a ficha de identidade ou o retrato do liberado pela descri¢ao dos sinais que possam identificé-o. (Incluido pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) § 22 Na cademeta € no salvo-conduto deve haver espaco para consignar o cumprimento das condigées referidas no art. 718. (Incluido pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) Penitenelérie-eome-tambem ao juiz, que mantera ou nao a detengdo. Art, 725. A observagao cautelar e protegao realizadas por servigo social penitenciario, patronato, conselho de comunidade ou entidades similares, terd a finalidade de: (Redagao dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) | = fazer observar © cumprimento da pena acesséria, bem como das condigées especificadas na sentenga concessiva do beneficio; (Redagao dada pola Loi n? 6.416, de 24.5.1977) Il proteger 0 beneficiario, orientando-o na execugdo de suas obrigagées e auxiliando-o na obtencao de atividade laborativa, (Redacdo dada pola Lei n’ 6.416, de 24,5,1977) Paragrafo tinico. As entidades encarregadas de observagao cautelar © protecao do liberado apresentarao relatério, a0 Conselho Penitenciario, para efeito da representacdo prevista nos arts. 730 e 731 (Redacao dada pela Lei n® 6.416, de 24,5.1977) Art. 726. Revogar-se-4 o livramento condicional, se o liberado vier, por crime ou contravengéo, a ser condenado por sentenca irrecorrivel a pena privativa de liberdade. deliberdade- Art. 727. O juiz pode, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigagées, constantes da sentenga, de observar proibi¢des inerentes & pena acesséria ou for irrecorrivelmente condenado, por crime, @ pena que ndo seja privativa da liberdade. (Redagdo dada pela Lei n® 6,416, de 24.5.1977) Paragrafo unico. Se o juiz no revogar o livramento, deveré advertir o liberado ou exacerbar as condigdes. (ncluido pela Lei n? 6.416, de 24.5.1977) Art. 728. Se a revogagao for motivada por infragao penal anterior a vigéncia do livramento, computar-se-4 no tempo da pena o periodo em que esteve solto 0 liberado, sendo permitida, para a concessao de novo livramento, a soma do tempo das duas penas. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm somnto saros2019 eta6e9 Art. 729. No caso de revogagao por outro motivo, nao se computard na pena o tempo em que esteve solto 0 liberado, e tampouco se concedera, em relagdo mesma pena, novo livramento. Art, 730. A revogagao do livramento seré decretada mediante representagao do Conselho Penitenciario, ou a requerimento do Ministério Pablico, ou de oficio, pelo juiz, que, antes, ouvird o liberado, podendo ordenar diligéncias © permit a produgo de prova, no prazo de cinco dias. (Redapao dada pela Lei n® 6.416, de 24.5.1977) 34 ; - ; Art, 731, © juiz, de oficio, a requerimento do Ministério Pablico, ou mediante representagéo do Conselho Penitenciério, poder modificar as condigdes ou normas de condula especificadas na sentenga, devendo a respectiva decisao ser lida ao liberado por uma das autoridades ou por um dos funcionarios indicados no inciso | do art, 723, ‘observado o disposto nos incisos Il Ill, ¢ §§ 10 ¢ 20 do mesmo artigo. (Redacao dada pela Lei n’ 6.416, de 245.1977 Art. 732. Praticada pelo liberado nova infragao, o juiz ou o tribunal poder ordenar a sua prisfio, ouvide o Conselho Penitenciario, suspendendo o curso do livramento condicional, cuja revogagao ficara, entretanto, dependendo da decisao final no novo proceso. At. 733. © juz, de offcio, ou a requerimento do interessado, do Ministério Public, ou do Conselho Penitencirio, julgara extinta’a pena privativa de liberdade, se expirar 0 prazo do livramento sem revogagao, ou na hipétese do artigo anterior, for oliberado absolvido por sentenga irrecorrivel TiTuLov DA GRAGA, DO INDULTO, DA ANISTIA E DA REHABILITAGAO CAPITULO DA GRAGA, DO INDULTO E DA ANISTIA Art. 734. A graga poderd ser provocada por peligdo do condenado, de qualquer pessoa do povo, do Conselho Penitencidrio, ou do Ministério Publico, ressalvada, entretanto, ao Presidente da Republica, a faculdade de concedé-la espontaneamente. Art, 735, A peticdo de graga, acompanhada dos documentos com que o impetrante a instruir, sera remetida ao ministro da Justiga por intermédio do Conselho Penitencidrio. Art. 736. © Conselho Penitenciério, a vista dos autos do processo, e depois de ouvir o diretor do estabelecimento penal a que estiver recolhido 0 condenado, fara, em relatério, a narragao do fato criminoso, examinaré as provas, Mmencionara qualquer formaliade ou circunstancia omitida na peticdo e expora os antecedentes do condenado e seu procedimento depois de preso, opinando sobre o mérito do pedido. (Vide Lei n® 7.417, de 1985) Art. 737. Processada no Ministério da Justiga, com os documentos e 0 relatério do Conselho Penitenciario, a petigo subira a despacho do Presidente da Republica, a quem serao presentes 0s autos do processo ou a certidao de ‘qualquer de suas pegas, se ele o determinar. Art, 738. Concedida a graga e junta aos autos cépia do decreto, o juiz declarard extinta a pena ou penas, ou ajustard a execugao aos termos do decreto, no caso de reducao ou comutacao de pena. ‘Art. 739. O condenado poderé recusar a comutagao da pena. Art. 740. Os autos da petigéo de graga serdo arquivados no Ministério da Justiga. Art. 741. Se o réu for beneficiado por indulto, 0 juiz, de oficio ou a requerimento do interessado, do Ministério Pablico ou por iniciativa do Conselho Penitencidrio, providenciar de acordo com o disposto no art, 738 Art. 742. Concedida a anistia apés transitar em julgado a sentenga condenaléria, o juiz, de oficio ou a requerimento do interessado, do Ministério Publico ou por iniciativa do Conselho Penitencidrio, declarara extinta a pena. CAPITULO I DAREABILITAGAO www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm so2/i10 saros2019 eta6e9 Art. 743. A reabilitagdo serd requerida ao juiz da condenagao, apés o decurso de quatro ou oito anos, pelo menos, conforme se trate de condenado ou reincidente, contados do dia em que houver terminado a execugao da pena principal ou da medida de seguranga detentiva, devendo o requerente indicar as comarcas em que haja residido durante aquele tempo, Art. 744, O requerimento sera instruido com: | - certidées comprobatérias de nao ter o requerente respondido, nem estar respondendo a processo penal, em qualquer das comarcas em que houver residido durante 0 prazo a que s¢ refere o artigo anterior, II atestados de autoridades policiais ou outros documentos que comprovem ter residido nas comarcas indicadas e mantido, efetivamente, bom comportamento; Ill - atestados de bom comportamento fornecidos por pessoas a cujo servigo tenha estado; IV-- quaisquer outros documentos que sirvam como prova de sua regeneragao; \V- prova de haver ressarcido 0 dano causado pelo crime ou persistir a impossibilidade de fazé-o, Art, 745, © juiz podera ordenar as diligéncias necessérias para apreciagao do pedido, cercando-as do sigilo possivel e, antes da decisdo final, ouvira o Ministério Publico, Art. 746, Da decistio que conceder a reabilitagao haverd recurso de oficio. Art. 747. A reabiltagao, depois de sentenga irecorrivel, seré comunicada ao Instituto de Identificagao e Estatistica ‘ou reparti¢ao congénere. Art. 748. A condenagao ou condenagées anteriores ndo seréo mencionadas na folha de antecedentes do reabilitado, nem em certidao extraida dos livros do juizo, salvo quando requisitadas por juiz criminal, Art, 749. Indeferida a reabilitagao, o condenado nao poderd renovar pedido sendo apés 0 decurso de dois anos, salvo se o indeferimento tiver resultado de falta ou insuficiéncia de documentos. Art. 750. A revogagao de reabilitagao (Cédigo Penal, art. 120) sera decretada pelo juiz, de oficio ou a requerimento do Ministério Pablico. TITULOV DA EXECUGAO DAS MEDIDAS DE SEGURANCA Art. 751. Durante a execugao da pena ou durante o tempo em que a ela se furtar 0 condenado, podera ser imposta medida de seguranga, se: o juiz ou 0 tribunal, na sentenga: a) omit sua decretacao, nos casos de periculosidade presumida; b) deixar de aplicé-la ou de exclul-la expressamente; ©) dectarar os elementos constantes do processo insuficientes para a imposi¢ao ou excluso da medida e ordenar indagacées para a verificagao da periculosidade do condenado; II - tendo sido, expressamente, excluida na sentenga a periculosidade do condenado, novos fatos demonstrarem ser ele perigoso. Art. 752. Poderd ser imposta medida de seguranga, depois de transitar em julgado a sentenga, ainda quando néo iniciada a execugao da pena, por motivo diverso de fuga ou ocultagao do condenado: | -no caso da letra a do n® | do artigo anterior, bem como no da letra bse tiver sido alegada a periculosidade; Il-no caso da letra ¢ do n® | do mesmo artigo. Art. 753. Ainda depois de transitar em julgado a sentenga absolutéria, poderé ser imposta a medida de seguranca, enquante nao decorrido tempo equivalente ao da sua duragao minima, a individuo que a lei presuma perigoso, Art. 754. A aplicagdo da medida de seguranga, nos casos previstos nos arts. 751 e 75: execugao da pena, e, no caso do art. 753, ao juiz da sentenga. competira ao juiz da Art. 755. A imposigo da medida de seguranga, nos casos dos aris, 751 a 753, podera ser decretada de oficio ou @ requerimento do Ministério Publico. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm sos/110 saros2019 eta6e9 Paragrafo tnico. © diretor do estabelecimento penal, que tiver conhecimento de fatos indicativos da Periculosidade do condenado a quem néo tenha sido imposta medida de seguranga, devera logo comunicé-los ao juiz. Art. 756. Nos casos do no |, a ¢ b, do art, 751, € condenado, ° | do art. 752, podera ser dispensada nova audiéncia do Art. 787. Nos casos do no |,_c,¢ no II do art. 751 no Il do art, 752, 0 juiz, depois de proceder as diligéncias que julgar convenientes, ouvird 0 Ministério Publico ¢ concederé ao condenado o prazo de trés dias para alegagées, devendo a prova requerida ou reputada necessaria pelo juiz ser produzida dentro em dez dias, § 12 O juiz nomeara defensor ao condenado que o requerer. § 22 Se o réu estiver foragido, o juiz procedera as diligéncias que julgar convenientes, concedendo 0 prazo de Provas, quando requerido pelo Ministério Publico. '§ 32 Findo o prazo de provas, o juiz proferira a sentenga dentro de trés dias. Art. 758. A execugio da medida de seguranga incumbira ao juiz da execugao da sentenca. Art. 759. No caso do art. 753, 0 juiz ouviré o curador j4 nomeado ou que entéo nomear, podendo mandar submeter 0 condenado a exame mental, intemando-o, desde logo, em estabelecimento adequado. Art. 760. Para a verificagao da periculosidade, no caso do § 3% do art. 78 do Cédigo Penal, observar-se-4 0 disposto no art. 757, no que for aplicavel Art, 761. Para a providéncia determinada no art. 84. § 2°, do Cédigo Penal, se as sentengas forem proferidas por jutzes diferentes, ser competente o juiz que tiver sentenciado por Ultimo ou a autoridade de jurisdigao prevalente no caso do art. 82 Art. 762. A ordem de internago, expedida para executar-se medida de seguranga detentiva, contera: a qualificago do internando; Il -0 teor da deciséo que tiver imposto a medida de seguranga; lila data em que terminara o prazo minimo da intemagao. Art. 763, Se estiver solto 0 internando, expedir-se-4 mandado de captura, que sera cumprido por oficial de justiga ‘0u por autoridade policial Att. 764. 0 trabalho nos estabelecimentos referidos no art. 88, § 12, Ill, do Cédigo Penal, seré educative e remunerado, de modo que assegure ao internado meios de subsisténcia, quando cessar a intermagao. § 12 0 trabalho podera ser praticado ao ar livre. § 22 Nos outros estabelecimentos, o trabalho dependerd das condigées pessoais do internado. Art. 765. A quarta parte do salario cabera ao Estado ou, no Distrito Federal e nos Territérios, 4 Unido, e o restante sera depositado em nome do internado ou, se este preferir, entregue a sua familia. Art. 768. A intemagao das mulheres seré felta em estabelecimento préprio ou em seco especial Art. 767. 0 juiz fxaré as normas de conduta que sero observadas durante a liberdade vigiada. § 12 Serao normas obrigatérias, impostas ao individuo sujeito a liberdade vigiada: a) tomar ocupagao, dentro de prazo razoavel, se for apto para o trabalho; b) no mudar do territério da jurisdigao do juiz, sem prévia autorizagao deste, § 22 Poderdo ser impostas ao individuo sujeito a liberdade vigiada, entre outras obrigagées, as seguintes: a) no mudar de habitagéo sem aviso prévio ao juiz, ou & autoridade incumbida da vigiéncia; b) recolher-se cedo a habitacao; ©) nao trazer consigo armas ofensivas ou instrumentos capazes de ofender; d) nao freqiientar casas de bebidas ou de tavolagem, nem certas reunides, espetdculos ou diversdes puiblicas. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm soantt0 saros2019 eta6e9 § 32 Sera entregue ao individuo sujeito a liberdade vigiada uma cademeta, de que constarao as obrigacdes impostas. Art. 768. As obrigagGes estabelecidas na sentenga sero comunicadas a autoridade policial. Art. 769. A vigilancia sera exercida discretamente, de modo que nao prejudique 0 individuo a ela sujeito. Art, 770, Mediante representagao da autoridade incumbida da vigitancia, a requerimento do Ministério Publico ou de offcio, podera o juiz modificar as normas fixadas ou estabelecer outras. Art. 771. Para execugao do exilio local, o juiz comunicara sua decisao a autoridade policial do lugar ou dos lugares. onde o exilado esta proibido de permanecer ou de residir. § 12 O infrator da medida sera conduzido & presenga do juiz que poderé manté-lo detido até proferir decisao § 22 Se for reconhecida a transgressao e imposta, conseqtientemente, a liberdade vigiada, determinara o juiz que a autoridade policial providence a fim de que o infrator siga imediatamente para o lugar de residéncia por ele escolhido, @ oficiaré & autoridade policial desse lugar, observando-se 0 disposto no art, 768. Art, 772. A proibigdo de freqientar determinados lugares sera comunicada pelo juiz & autoridade pi dard conhecimento de qualquer transgressao. ial, que the Art. 773. A medida de fechamento de estabelecimento ou de interdi¢ao de associagao sera comunicada pelo juiz & autoridade policial, para que a execute. Art. 774. Nos casos do pardgrafo nico do art. 83 do Cédigo Penal, ou quando a transgressao de uma medida de seguranga importar a imposigao de outra, observar-se~a 0 disposto no ari. 757, no que for aplicavel. Art. 775. A cessagdo ou nao da periculosidade se verificara ao fim do prazo minimo de duragao da medida de seguranga pelo exame das condigdes da pessoa a que tiver sido imposta, observando-se 0 seguinte: | - 0 diretor do estabelecimento de internagao ou a autoridade policial incumbida da vigilancia, até um més antes de expirado 0 prazo de duragéo minima da medida, se nao for inferior a um ano, ou até quinze dias nos outros casos, remeterd ao juiz da execugo minucioso relatério, que o habilite a resolver sobre a cessacao ou permanéncia da medida; Il - se 0 individuo estiver internado em manicémio judiciério ou em casa de custédia e tratamento, o relatério sera acompanhado do laudo de exame pericial feito por dois médicos designados pelo diretor do estabelecimento; IIL = 0 diretor do estabelecimento de internago ou a autoridade policial devera, no relatério, concluir pela conveniéncia da revogagao, ou ndo, da medida de seguranga; IV - se a medida de seguranga for o exilio local ou a proibigdo de freqiientar determinados lugares, 0 juiz, até um més ou quinze dias antes de expirado 0 prazo minimo de durago, ordenara as diligéncias necessérias, para verificar se desapareceram as causas da aplicagao da medida; \V-junto aos autos o relatério, ou realizadas as diligéncias, serdo ouvidos sucessivamente o Ministério Publico e 0 curador ou o defensor, no prazo de trés dias para cada um; VI- 0 juiz nomeard curador ou defensor ao interessado que o nao tiver; Vil - 0 juiz, de oficio, ou a requerimento de qualquer das partes, poderd determinar novas dligéncias, ainda que ja expirado 0 prazo de duragao minima da medida de seguranca; Vill - ouvidas as partes ou realizadas as diligéncias a que se refere 0 niimero anterior o juiz proferira a sua decisdo, no prazo de trés Att. 776. Nos exames sucessivos a que se referem 0 § 1°. |, ¢ §.2°.do art. 81 do Cédigo Penal, observar-se-4, no ‘que thes for aplicavel, 0 disposto no artigo anterior. Art. 777. Em qualquer tempo, ainda durante o prazo minimo de duragéo da medida de seguranga, poder o tribunal, cémara ou turma, a requerimento do Ministério Publico ou do interessado, seu defensor ou curador, ordenar 0 exame, para a verificagéo da cessacao da periculosidade § 12 Designado o relator e ouvide 0 procurador-geral, se a medida nao tiver sido por ele requerida, 0 pedido sera julgado na primeira sesso. § 22 Deferido 0 pedido, a decisdo serd imediatamente comunicada ao juiz, que requisitaré, marcando prazo, 0 relatério e o exame a que se referem os ns. Le Ido art 775 ou ordenard as diligéncias mencionadas no no IV do mesino _attiga, prosseguindo de acordo com o disposto nos outros incisos do citado artigo. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 05/110 saros2019 eta6e9 Art. 778. Transitando em julgado a sentenga de revogagao, o juiz expediré ordem para a desinternagao, quando se tratar de medida detentiva, ou para que cesse a vigilancia ou a proibigo, nos outros casos. Art. 779. O confisco dos instrumentos e produtos do crime, no caso previsto no art. 100 do Cédigo Penal, sera decretado no despacho de arquivamento do inquérito, na sentenga de improntincia ou na sentenga absolutéria, Livro v DAS RELAGOES JURISDICIONAIS COM AUTORIDADE ESTRANGEIRA TiTULO UNICO CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS Art. 780, Sem prejuizo de convengées ou tratados, aplicar-se-a o disposto neste Titulo a homologagao de Sigoneas rea Sean ecewcas Sere foram de cartas rogatérias para citagdes, inquirigdes e outras Art. 781. As sentengas estrangeiras nao serdo homologadas, nem as carlas rogatérias cumpridas, se contrarias & ‘ordem piiblica e aos bons costumes. Art. 782. © transito, por via diplomdtica, dos documentos apresentados constituira prova bastante de sua autenticidade. CAPITULO I DAS CARTAS ROGATORIAS Art, 783. As cartas rogatorias serdo, pelo respectivo juiz, remetidas ao Ministro da Justiga, a fim de ser pedido 0 seu cumprimento, por via diplomatica, as autoridades estrangeiras competentes. Art, 784, As cartas rogatorias emanadas de autoridades estrangeiras competentes ndo dependem de homologago e serao atendidas se encaminhadas por via diplomatica e desde que o crime, segundo a lei brasileira, nao exclua a extradigao, § 12 As rogatérias, acompanhadas de tradugao em lingua nacional, feita por tradutor oficial ou juramentado, sero, apés exequatur do presidente do Supremo Tribunal Federal, cumpridas pelo juiz criminal do lugar onde as diligéncias tenham de efetuar-se, observadas as formalidades prescritas neste Cédigo. § 22 A carta rogatéria serd pelo presidente do Supremo Tribunal Federal remetida ao presidente do Tribunal de ‘Apslago do Estado, do Distrito Federal, ou do Terrtorio, a fim de ser encaminhada ao juiz competente. § 32 Versando sobre crime de agdo privada, segundo a lel brasileira, 0 andamento, apés 0 exequatur, dependerd do interessado, a quem incumbira o pagamento das despesas. §42 Ficaré sempre na secretaria do Supremo Tribunal Federal cépia da carta rogatoria. Art. 785. Concluidas as diligéncias, a carta rogatéria ser devolvida ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Por intermédio do presidente do Tribunal de Apelagdo, 0 qual, antes de devolvé-la, mandaré completar qualquer diligéncia ou sanar qualquer nulidade. Art. 786. O despacho que conceder o exequatur marcara, para o cumprimento da diligéncia, prazo razoavel, que poderd ser excedido, havendo justa causa, ficando esta consignada em oficio dirigido ao presidente do Supremo Tribunal Federal, juntamente com a carta rogatéria. CAPITULO II DA HOMOLOGAGAO DAS SENTENGAS ESTRANGEIRAS Art. 787. As sentengas estrangeiras deverdo ser previamente homologadas pelo Supremo Tribunal Federal para ‘que produzam os efeitos do art, 7° do Cédigo Penal, Art. 788. A sentenga penal estrangeira seré homologada, quando a aplicagao da lei brasileira produzir na espécie as mesmas conseqiiéncias e concorrem os seguintes requisites: estar revestida das formalidades externas necessérias, segundo a legislacao do pais de origem; II haver sido proferida por juiz competente, mediante citagao regular, segundo a mesma legislagao; lil-ter pasado em julgado; www planato.govbriccivl_08/decretoteide13689.ntm 08/110 saros2019 eta6e9 IV- estar devidamente autenticada por cOnsul brasileiro; \V- estar acompanhada de tradugao, feita por tradutor piiblico. Art. 789. O procurador-geral da Repiiblica, sempre que tiver conhecimento da existéncia de sentenga penal estrangeira, emanada de Estado que tenha com o Brasil tratado de extradigao e que haja imposto medida de seguranca pessoal ou pena acesséria que deva ser cumprida no Brasil, pedird ao Ministro da Justiga providéncias para abtengao de elementos que o habilitem a requerer a homologagao da sentenga. § 12 A homologagéo de sentenca emanada de autoridade judiciaria de Estado, que néo tiver tratado de extradigéio com 0 Brasil, dependera de requisigao do Ministro da Justiga. § 22 Distribuido 0 requerimento de homologagao, o relator mandard citar o interessado para deduzir embargos, dentro de dez dias, se residir no Distrito Federal, de trinta dias, no caso contrario. § 32. Se nesse prazo o interessado nao deduzir os embargos, ser-Ihe-4 pelo relator nomeado defensor, o qual dentro de dez dias produzira a defesa § 42 Os embargos somente poderdo fundar-se em duvida sobre a autenticidade do documento, sobre a inteligéncia da sentenga, ou sobre a falta de qualquer dos requisitos enumerados nos arts. 781 ¢ 788. § 52 Contestados os embargos dentro de dez dias, pelo procurador-geral, rd o processo ao relator e ao revisor, ‘observando-se no seu julgamento o Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal §.62 Homologada a sentenca, a respectiva carta seré remetida ao presidente do Tribunal de Apelagao do Distrito Federal, do Estado, ou do Terrtério. § 72. Recebida a carta de sentenga, 0 presidente do Tribunal de Apelagdo a remetera ao juiz do lugar de residéncia do condenado, para a aplicagao da medida de seguranga ou da pena acesséria, observadas as disposigdes do Titulo I, Capitulo Ill e Titulo V do Livro IV deste Cédigo. Art. 790. O interessado na execugdo de sentenga penal estrangeira, para a reparagdo do dano, restituigdo & ‘outros efeitos civis, poder requerer ao Supremo Tribunal Federal a sua homologacao, observando-se 0 que a respeito prescreve 0 Cédigo de Processo Civil. LIVRO VI DISPOSIGOES GERAIS Art. 791. Em todos os juizos ¢ tribunais do crime, além das audiéncias © sessées ordindrias, havera as extraordindrias, de acordo com as necessidades do rapido andamento dos feitos, Art, 792, As audiéncias, sessdes e os atos processuais sero, em regra, puiblicos e se realizaréo nas sedes dos, juizos e tribunais, com assisténcia dos escrivaes, do secretério, do oficial de justiga que servir de porteiro, em dia e hora certos, ou previamente designados. § 12 So da publicidade da audiéncia, da sesso ou do ato processul, puder resultar escéndalo, inconveniente ‘grave ou perigo de perturbagao da ordem, o juiz, ou o tribunal, cémara, ou turma, poderd, de oficio ou a requerimento da parte ou do Ministério Pablico, determinar que 0 ato seja realizado a portas fechadas, limitando 0 nimero de pessoas ‘que possam estar presentes. § 22 As audiéncias, as sessdes ¢ os atos processuais, em caso de necessidade, poderdo realizar-se na residéncia do juiz, ou em outra casa por ele especialmente designada, At. 793. Nas audiéncias © nas sessées, os advogados, as partes, os escrivaes @ os espoctadores poderdo estar sentados. Todos, porém, se levantardo quando se dirigirem aos juizes ou quando estes se levantarem para qualquer ato do processo. Pardgrafo Unico, Nos atos da instrugéo criminal, perante os juizes singulares, os advogados poderao requerer sentados, Art. 794. A policia das audiéncias e das sessdes compete aos respectivos juizes ou ao presidente do tribunal, camara, ou turma, que poderdo determinar 0 que for conveniente a manutengao da ordem. Para tal fim, requisitarao forga piblica, que ficard exclusivamente a sua disposigao. Art. 795. Os espectadores das audiéncias ou das sessbes ndo poderao manifestar-se. Pardgrafo (nico. 0 juz ou o presidente fara retirar da sala os desobedientes, que, em caso de resisténcia, serao presos e autuados. www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm so7i10 saros2019 eta6e9 Art, 796. Os atos de instrugao ou julgamento prosseguirao com a assisténcia do defensor, se 0 réu se portar Inconvenientemente. Art. 797. Excetuadas as sesses de julgamento, que nao seréo marcadas para domingo ou dia feriado, os demais, atos do processo poderdo ser praticados em periodo de férias, em domingos e dias feriados. Todavia, os julgamentos iniciados em dia uti nao se interromperdo pela superveniéncia de feriado ou domingo. Art, 798, Todos os prazos correrdo em cartério e serdo continuos e peremptérios, nao se interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. § 12 Nao se computaré no prazo 0 dia do comego, incluindo-se, porém, o do vencimento. § 22 A terminagao dos prazos sera cettificada nos autos pelo escrivao; sera, porém, considerado findo 0 prazo, ainda que omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que comegou a correr. '§ 32 0 prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-A prorrogado até o dia util imediato. §.42 Nao correrdo os prazos, se houver impedimento do juiz, forga maior, ou obstaculo judicial oposto pela parte contraria, § 52 Salvo os casos expressos, os prazos correrao’ a) da intimacao; b) da audiéncia ou sesso em que for proferida a decisao, se a ela estiver presente a parte; ) do dia em que a parte manifestar nos autos ciéncia inequivoca da sentenga ou despacho. Art. 799. O escrivéo, sob pena de multa de cingtienta a quinhentos mil-réis e, na reincidéncia, suspensdo até 30 (trinta) dias, executara dentro do prazo de dois dias os atos determinados em lei ou ordenados pelo juiz, Art. 800. Os juizes singulares dardo seus despachos e decisdes dentro dos prazos seguintes, quando outros ndo estiverem estabelecidos: de dez dias, se a decisao for definitva, ou interlocutéria mista; II de cinco dias, se for interlocutéria simples; Ill-de um dia, se se tratar de despacho de expediente. § 12 Os prazos para o juiz contar-se-80 do termo de conclusio. § 22 Os prazos do Ministério Piblico contar-se-do do termo de vista, salvo para a interposigao do recurso (art, 798, § 52) § 32 Em qualquer instancia, declarando motivo justo, poderd o juiz exceder por igual tempo os prazos a ele fxados neste Cédigo. § 42 0 escrivao que nao enviar os autos ao juiz ou a0 érg&o do Ministério Publico no dia em que assinar termo de conclusao ou de vista estard sujeito & sangao estabelecida no ari. 799. Art. 801. Findos os respectivos prazos, os julzes © os érgtios do Ministério Publico, responsaveis pelo retardamento, perderdo tantos dias de vencimentos quantos forem os excedidos. Na contagem do tempo de servigo, para o efelto de promogo e aposentadaria, a perda sera do dobro dos dias excedidos, Art, 802. O desconto referido no artigo antecedente far-se-a a vista da certidao do escrivao do proceso ou do secretario do tribunal, que deverdo, de oficio, ou a requerimento de qualquer interessado, remeté-la as repartigoes encarregadas do pagamento e da contagem do tempo de servico, sob pena de incorrerem, de pleno direito, na multa de quinhentos mil-réis, imposta por autoridade fiscal. Art, 803. Salvo nos casos expressos em lei, 6 proibida a retirada de autos do cartério, ainda que em confianca, sob pena de responsabilidade do escrivao. Art. 804. A sentenca ou 0 acérdao, que julgar a ago, qualquer incidente ou recurso, condenara nas custas o vencido. Art, 805. As custas serao contadas e cobradas de acordo com os regulamentos expedidos pela Unido e pelos Estados. Art. 806. Salvo o caso do art, 32, nas agdes intentadas mediante queixa, nenhum ato ou diligéncia se realizar, sem que Seja depositada em cartério a importancia das custas. www planato.govbriccivl_ 0a/decretoteide13689.ntm 08/110 saros2019 eta6e9 § 12 Igualmente, nenhum ato requerido no interesse da defesa sera realizado, sem 0 prévio pagamento das custas, salvo se o acusado for pobre. § 22 A falta do pagamento das custas, nos prazos fixados em lei, ou marcados pelo juiz, importara rentincia & diligéncia requerida ou deserg&o do recurso interposto. § 32 A falta de qualquer prova ou dlligéncia que deixe de realizar-se em virtude do ndo-pagamento de custas ndo implicara a nulidade do processo, se a prova de pobreza do acusado s6 posteriormente foi feita. Art, 807. © dispasto no artigo anterior no obstaré a faculdade atribuida ao juiz de determinar de oficio inquirigao de testemunhas ou outras diligéncias. ‘Art. 808. Na falta ou impedimento do escrivao e seu substituto, servira pessoa idénea, nomeada pela autoridade, Perante quem prestaré compromisso, lavrando o respectivo termo. Art, 809, A estatistica judicidria criminal, a cargo do Instituto de Identificagdo e Estatistica ou reparticoes congéneres, terd por base o boleti individual, que é parte integrante dos processos e versaré sobre’ 1-05 crimes e as contravengées praticados durante o trimestre, com especificagao da natureza de cada um, meios Uitiizados e circunstancias de tempo e lugar; Il -as armas proibidas que tenham sido apreendidas; Ill - 0 nlimero de delinglentes, mencionadas as infragées que praticaram, sua nacionalidade, sexo, idade, fillagdo, estado civil, prole, residéncia, meios de vida e condigdes econémicas, grau de instrugao, religido, e condigdes de sade fisica e psiquica; IV-o ntimero dos casos de co-delingiiéncia; V-areincidéncia e os antecedentes judiciarios; VI- as sentengas condenatérias ou absolutérias, bem como as de proniincia ou de improntincia; VII - a natureza das penas impostas; Vill -a natureza das medidas de seguranga aplicadas; IX a suspensdo condicional da execugéo da pena, quando concedida; X.- as concessées ou denegages de habeas corpus. § 12 Os dados acima enumerados constituem 0 minimo exigivel, podendo ser acrescidos de outros elementos Uteis ao servigo da estatistica criminal, Politica do-Ministéne-da-dustiga, § 22 Esses dados serio langados semestralmente em mapa e remetidos ao Servico de Estalistica Demografica Moral e Politica do Ministerio da Justia. (Redacdo dada pela Lei n® 9.061, de 14.6.1995) § 32 0 boletim individual a que se refere este artigo 6 dividido em trés partes destacaveis, conforme modelo anexo a este Codigo, e sera adotado nos Estados, no Distrito Federal e nos Territérios, A primeira parte ficara arquivada no cartério policial; a segunda serd remetida ao Instituto de Identificacao e Estatistica, ou repartigéo congénere; e a terceira acompanhara o proceso, e, depois de passar em julgado a sentenga definitiva, langados os dados finais, sera enviada a0 referido Instituto ou repartigao congénere. Att. 810, Este Cédigo entrara em vigor no dia 12 de janeiro de 1942. Art. 811, Revogam-se as disposigaes om contrario Rio de Janeiro, em 3 de outubro de 1941; 1208 da Independéncia © 532 da Republica GETULIO VARGAS Francisco Campos Este texto nao substitui o publicado no DOU de 13,10,1941 e retificado em 24,10,1944 Download para anexo www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 09/110 saros2019 eta6e9 www planalto.govbriccvl_ 08idecretoteide13689.ntm 101110

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