Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Art. 3º A implantação do AFD compete à unidade de recursos humanos dos órgãos e entidades do
SIPEC e será realizada em duas etapas, consistentes na:
I - inclusão de novos documentos funcionais, produzidos após a data de lançamento oficial do Sistema
Eletrônico de Informação do Assentamento Funcional Digital (SEI-AFD), nos termos art. 8º; e
II - digitalização do legado dos documentos funcionais existentes nos Assentamentos Funcionais Físicos.
Art. 4º O AFD será único por servidor, cabendo aos órgãos e entidades do SIPEC a responsabilidade
pela inclusão de documentos e respectiva atualização.
§1º É vedada a duplicidade de AFDs para um mesmo servidor, independentemente do órgão em que
estiver em exercício, salvo nos casos de acumulação de cargos previstos em lei.
§3º Os documentos dos beneficiários de pensão farão parte do AFD do instituidor da pensão.
Art. 8º O SEI-AFD será lançado e disponibilizado aos órgãos e entidades do SIPEC até 30 de junho de
2016.
Art. 9º A partir de 1° de julho de 2016, fica vedado o arquivamento na forma física de documentos ou
cópias de documentos nos assentamentos funcionais físicos, devendo ser utilizado exclusivamente o
AFD como repositório de documentos funcionais.
Art. 10. O prazo máximo para conclusão da digitalização do legado de documentos funcionais pelos
órgãos e entidades do SIPEC é de 30 meses a partir do lançamento do SEI-AFD.
MEDIDA PROVISÓRIA No 2.200-2, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.
Art. 1o Fica instituída a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, para garantir a
autenticidade, a integridade e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica, das aplicações de
suporte e das aplicações habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de
transações eletrônicas seguras.
Art. 2o A ICP-Brasil, cuja organização será definida em regulamento, será composta por uma autoridade
gestora de políticas e pela cadeia de autoridades certificadoras composta pela Autoridade Certificadora
Raiz - AC Raiz, pelas Autoridades Certificadoras - AC e pelas Autoridades de Registro - AR.
Art. 8o Observados os critérios a serem estabelecidos pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil, poderão ser
credenciados como AC e AR os órgãos e as entidades públicos e as pessoas jurídicas de direito privado.
Art. 13. O ITI é a Autoridade Certificadora Raiz da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Art. 14.
No exercício de suas atribuições, o ITI desempenhará atividade de fiscalização, podendo ainda aplicar
sanções e penalidades, na forma da lei.
_________________________________________________________________________________
Trata-se de um mecanismo que identifica o remetente de determinada mensagem eletrônica. No âmbito
da ICP-Brasil, a assinatura digital possui autenticidade, integridade, confiabilidade e o não-repúdio,
seu autor não poderá, por forças tecnológicas e legais, negar que seja o responsável por seu conteúdo.
A assinatura digital fica de tal modo vinculada ao documento eletrônico que, caso seja feita qualquer
alteração no documento, a assinatura se torna inválida. A técnica permite não só verificar a autoria do
documento, como estabelece também uma “imutabilidade lógica” de seu conteúdo, pois qualquer
alteração do documento, como por exemplo a inserção de mais um espaço entre duas palavras, invalida
a assinatura.
A criptografia simétrica é baseada em algoritmos que dependem de uma mesma chave, denominada
chave secreta, que é usada tanto no processo de cifrar quanto no de decifrar o texto. Para a garantia da
integridade da informação transmitida é imprescindível que apenas o emissor e o receptor conheçam a
chave. O problema da criptografia simétrica é a necessidade de compartilhar a chave secreta com todos
que precisam ler a mensagem, possibilitando a alteração do documento por qualquer das partes. A
criptografia assimétrica utiliza um par de chaves diferentes entre si, que se relacionam
matematicamente por meio de um algoritmo, de forma que o texto cifrado por uma chave, apenas seja
decifrado pela outra do mesmo par. As duas chaves envolvidas na criptografia assimétrica são
denominadas chave pública e chave privada. A chave pública pode ser conhecida pelo público em geral,
enquanto que a chave privada somente deve ser de conhecimento de seu titular.
As principais informações que constam em um certificado digital são: chave pública do titular, nome
e endereço de e-mail, período de validade do certificado, nome da Autoridade Certificadora - AC que
emitiu o certificado, número de série do certificado digital, assinatura digital da AC.
O e-ARQ Brasil estabelece requisitos mínimos para um Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de
Documentos (SIGAD), independentemente da plataforma tecnológica em que for desenvolvido e/ou
implantado.
Designação de responsabilidades
• direção superior: é a autoridade máxima responsável pela viabilidade da política de gestão
arquivística de documentos. A ela caberá apoiar, integralmente, a implantação dessa política, alocando
recursos humanos, materiais e financeiros, e promovendo o envolvimento de todos no programa de
gestão arquivística.
• profissionais de arquivo: são os responsáveis pelo planejamento e implantação do programa de
gestão arquivística, assim como pela avaliação e controle dos trabalhos executados no âmbito do
programa. Além disso, os profissionais de arquivo são responsáveis também pela disseminação das
técnicas e da cultura arquivística.
• gerentes de unidades ou grupos de trabalho: são os responsáveis por garantir que os membros de
suas equipes produzam e mantenham documentos como parte de suas tarefas, de acordo com o
programa de gestão arquivística de documentos.
• usuários finais: são os responsáveis, em todos os níveis, pela produção e uso dos documentos
arquivísticos em suas atividades rotineiras, conforme estabelecido pelo programa de gestão.
• gestores dos sistemas de informação e de tecnologia da informação: são as equipes responsáveis
pelo projeto, desenvolvimento e manutenção de sistemas de informação nos quais os documentos
arquivísticos digitais são gerados e usados, e pela operacionalização dos sistemas de computação e de
comunicação.
_______________________________________________________________________
Metodologia do programa de gestão (oito passos)
Levantamento preliminar
Análise das funções, das atividades desenvolvidas e dos documentos produzidos
Identificação das exigências a serem cumpridas para a produção de documentos
Avaliação dos sistemas existentes
Identificação das estratégias para satisfazer as exigências a serem cumpridas para a produção de
documentos arquivísticos
Projeto do sistema de gestão arquivística de documentos
Implementação do sistema de gestão arquivística de documentos
Monitoramento e ajuste
_______________________________________________________________________
A captura consiste em declarar um documento como um documento arquivístico, incorporando-o ao
sistema de gestão arquivística por meio das seguintes ações:
• registro; • classificação; • indexação; • atribuição de restrição de acesso; • arquivamento.
_______________________________________________________________________
A trilha de auditoria é o conjunto de informações registradas que permite o rastreamento de
intervenções ou tentativas de intervenção no documento arquivístico digital ou no SIGAD.
_______________________________________________________________________
Instrumentos utilizados na gestão arquivística de documentos
Instrumentos principais
• plano de classificação, codificado ou não, baseado nas funções e atividades do órgão ou entidade;
• tabela de temporalidade e destinação;
• manual de gestão arquivística de documentos;
• esquema de classificação referente à segurança e ao acesso aos documentos.
Instrumentos adicionais
• glossário;
• vocabulário controlado;
• tesauro.
_______________________________________________________________________
A organização dos documentos arquivísticos é feita com base num plano ou código de classificação. Tal
instrumento constitui-se no núcleo central de qualquer SIGAD.
Art. 5° A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre em filme original, com o mínimo de
180 linhas por milímetro de definição, garantida a segurança e a qualidade de imagem e de
reprodução.
§ 1° Será obrigatória, para efeito de segurança, a extração de filme cópia do filme original.
§ 2° Fica vedada a utilização de filmes atualizáveis, de qualquer tipo, tanto para a confecção do
original, como para a extração de cópias.
§ 3° O armazenamento do filme original deverá ser feito em local diferente do seu filme cópia.
Art. 6° Na microfilmagem poderá ser utilizado qualquer grau de redução, garantida a legibilidade
e a qualidade de reprodução.
Parágrafo único. Quando se tratar de original cujo tamanho ultrapasse a dimensão máxima do
campo fotográfico do equipamento em uso, a microfilmagem poderá ser feita por etapas, sendo
obrigatória a repetição de uma parte da imagem anterior na imagem subsequente, de modo que se
possa identificar, por superposição, a continuidade entre as seções adjacentes microfilmadas.
VI - menção, quando for o caso, de que a série de documentos a serem microfilmados é continuação
da série contida em microfilme anterior;
VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e assinatura do detentor dos
documentos a serem microfilmados;
IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou
empresa executora da microfilmagem.
Art. 8º No final da microfilmagem de cada série, será reproduzida a imagem de encerramento,
imediatamente após o último documento, com os seguintes elementos:
V - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou
empresa executora da microfilmagem.
c) nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do responsável pela unidade, cartório ou
empresa executora da microfilmagem.
Art. 20. O Ministério da Justiça expedirá as instruções que se fizerem necessárias ao cumprimento
deste Decreto.
-------------------------------------------------------------------------
Microfilme de segurança: Cópia de segurança, que deve ser armazenada em local distinto do
original. Trata-se de uma medida de segurança para se garantir uma cópia dos documentos em
casos de sinistros (incêndios, inundações, desmoronamentos etc.).
PORTARIA Nº 9, DE 15 DE MARÇO DE 2018
5.2.1. Informação sem restrição de acesso: pode ser tratada, a critério do órgão ou entidade da APF, em
ambiente de computação em nuvem, considerando a legislação vigente e os riscos de SIC;
5.2.2. Informação sigilosa: como regra geral, deve ser evitado o tratamento em ambiente de computação
em nuvem, conforme disposições a seguir:
5.2.2.3. Informação com restrição de acesso prevista em legislação vigente: a critério do órgão ou
entidade da APF, pode ser tratado em ambiente de computação em nuvem, considerando a legislação
vigente e os riscos de SIC. O órgão ou entidade da APF deve adotar medidas que assegurem a
disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade (Dica);
5.2.2.4. Documento Preparatório: a critério do órgão ou entidade da APF, pode ser tratado em ambiente
de computação em nuvem, considerando a legislação vigente e os riscos de SIC. O órgão ou entidade
da APF deve adotar medidas que assegurem a Dica;
5.2.2.5. Documento preparatório que possa originar informação classificada deve ser tratado conforme o
item 5.2.2.1.; e
5.2.2.6. Informação pessoal relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem: a critério do órgão ou
entidade da APF, pode ser tratado em ambiente de computação em nuvem, considerando a legislação
vigente e os riscos de SIC. O órgão ou entidade da APF deve adotar medidas que assegurem a DICA.
5.3. Deve ser assegurado que dados, metadados, informações e conhecimento, produzidos ou
custodiados por órgão ou entidade da APF, bem como suas cópias de segurança, residam em território
brasileiro;
2) Símbolos obrigatórios a serem utilizados em todos os rolos, caso a documentação tenha continuidade:
F
0490 (*) 0491 (*)
ia D
3) Símbolos obrigatórios a serem microfilmados junto com os documentos, conforme a situação:
Numeração incorreta.
eX
Data incorreta.
Incorrect numbering. Páginas e/ou números em falta.
Incorrect date. Missing pages
0079 (*) And/or issues
0081 (*)
OBS: As letras e números das mensagens, que acompanham os símbolos obrigatórios indicados no item 1, deverão ser apresentados
na fonte ARIAL, em tamanho igual ou superior a 70 pontos. Para os símbolos indicados no item 2, o tamanho poderá variar entre 14 e
30 pontos. Na ausência da fonte ARIAL, usar letras e números não serifados, isto é, sem qualquer tipo de adorno, em tamanho igual
ou superior a 18 milímetros para os símbolos indicados no item 1. Para os símbolos indicados no item 2, o tamanho poderá variar
entre 3 e 7 milímetros.
TABELA 1
Tipo de Formato de
Tipo de documento Resolução mínima, modo de cor e observações
Reprodução arquivo digital
Textos impressos, sem Resolução mínima de 300 dpi39, escala 1:1, com margem
ilustração, preto e TIFF38 sem preta de 0,2 cm ao redor do documento, 4 bits, modo
Bitonal (**)
branco. (*) sem compressão bitonal(**)
manchas
Textos impressos, com Resolução mínima de 300 dpi, escala 1:1, com margem
ilustração e preto e Tons de cinza TIFF sem preta de 0,2 cm ao redor do documento, 8 bits, modo
branco.(*) com (***) compressão tons de cinza (***)
manchas
Textos impressos, com Resolução mínima de 300 dpi , escala 1:1, com margem
TIFF sem
ilustração e cor Cor preta de 0,2 cm ao redor do documento, 24 bits (8 bits
compressão
por canal de cor), modo RGB (****)
Manuscritos sem a Resolução mínima de 300 dpi, escala 1:1, com margem
TIFF sem
presença de cor Tons de cinza preta de 0,2cm ao redor do documento, 8 bits, modo tons
compressão
de cinza (***)
Manuscritos com a Resolução mínima de 300 dpi, escala 1:1, com margem
TIFF sem
presença de cor Cor preta de 0,2 cm ao redor do documento, 24 bits (8 bits
compressão
por canal de cor), modo RGB (****)
Fotografias Resolução mínima de 300 dpi, escala 1:1, com margem
(Preto e Branco e Cor) TIFF sem preta de 0,2 cm ao redor do documento, 24 bits (8 bits
Cor
(**) compressão por canal de cor), modo RGB, com carta de cinza para
ajuste de níveis (preferencialmente)
Negativos fotográficos TIFF sem Resolução mínima de 3000 dpi, 24 bits (8 bits por canal
e diapositivos (a) Cor de cor), modo RGB (****)
compressão
Documentos Resolução mínima de 300 dpi, escala 1:1, com margem
cartográficos TIFF sem preta de 0,2cm ao redor do documento, 24 bits (8 bits por
Cor
compressão canal de cor), modo RGB, com carta de cinza para ajuste
de níveis (preferencialmente) (****)
Plantas Resolução mínima de 600 dpi, 8 bits, com possibilidade
Preto e branco TIFF
de modo tons de cinza (****)
Microfilmes e Tons de cinza TIFF sem Resolução mínima de 300 dpi, 8 bits, modo tons de cinza
microfichas (***) compressão (***)
Gravuras, cartazes e Resolução mínima de 300 dpi, escala 1:1, com margem
desenhos (Preto e preta de 0,2cm ao redor do documento, 24 bits (8 bits por
TIFF sem
Branco e Cor) Cor canal de cor), modo RGB, com carta de cinza ou cores
compressão
para ajuste de níveis (preferencialmente)
(****)
(*) Sem manchas / com manchas.
(**) Bi-tonal: Captura de imagem onde não há gradação entre o claro e o escuro. Recomenda-se o seu uso somente para
textos impressos e/ou datilografados monocromáticos e muito homogêneos, sem presença de manchas ou escurecimento do
suporte original.
(***) Tons de Cinza / Escala de cinza: (Greyscale) - Recomenda-se o uso de escala de cinza para evitar que pequenas
manchas interfiram na leitura final do representante digital. Da mesma forma para a digitalização de microformas, caso
tenham as características assinaladas acima.
(****) Modo de cor: RGB (Red-Green-Blue). Padrão de cores. RGB é a abreviatura do sistema de cores aditivas formado
por Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul (Blue). Este sistema é constituído por projeções de luz como monitores de vídeo
e projetores (data displays), em contraposição ao sistema substrativo, formado por impressões (CMYK). O padrão RGB é
padrão para apresentação de cores na internet e seu uso é recomendado para documentos originalmente coloridos ou com
informações relevantes em cor e fotografias de modo geral.
38 Avaliar de acordo com o documento original a utilização do formato de arquivo PNG ao invés de TIFF.
39 A resolução óptica mínima de de 300 dpi é a recomendável quando se deseja utilizar a tecnologia OCR (Optical
Character Recognition).
17
I.3 ‒ Definições5
Atualização de suporte
Técnica de migração que consiste em copiar os dados de um suporte para outro, sem mudar sua
codificação, para evitar perdas de dados provocadas por deterioração do suporte.
Autenticidade
Credibilidade de um documento enquanto documento, isto é, a qualidade de um documento ser o
F
que diz ser e de que está livre de adulteração ou qualquer outro tipo de corrupção.
ia D
Ciclo vital dos documentos
Sucessivas fases por que passam os documentos arquivísticos, de sua produção a guarda
permanente ou eliminação.
Tr t P
Confiabilidade
Credibilidade de um documento arquivístico enquanto afirmação de um fato. Existe quando um
documento arquivístico pode sustentar o fato ao qual se refere, e é estabelecida pelo exame da
completeza, da forma do documento e do grau de controle exercido no seu processo de criação.
r
l
Pe
Confidencialidade
Propriedade de certos dados ou informações que não podem ser disponibilizadas ou divulgadas sem
autorização para pessoas, entidades ou processos.
Conversão
eX
Técnica de migração que pode se configurar de diversas formas, tais como: a) conversão de dados:
mudança de um formato para outro; b) conversão de sistema computacional: mudança do modelo de
computador e de seus periféricos.
Disponibilidade
Propriedade de estar acessível e utilizável sob demanda por uma entidade autorizada.
Documento arquivístico
Documento produzido (elaborado ou recebido) no curso de uma atividade prática, como
instrumento ou resultado dessa atividade, e retido para ação ou referência.
5 As definições aqui apresentadas foram baseadas nos glossários dos seguintes documentos:
“e-ARQ Brasil: Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos”.
Câmara Técnica de Documentos Eletrônicos – CTDE. Versão adotada pelo CONARQ em dezembro de 2009;
Glossário da CTDE/CONARQ.
Resolução GR ‒ UNICAMP nº 17/2011, de 29/6/2011.
ABNT 27001/2006 – “Requisitos para sistemas de gestão de segurança da informação”.
“Diretrizes do Preservador – A preservação de documentos arquivísticos digitais: Diretrizes para
organizações”. Projeto InterPARES 2.
ISO 14721/2003 – Reference Model for an Open Archival Information System – OAIS.
6
CONARQ - Implementação de Repositórios Arquivisticos Digitais Confiáveis – RDC-Arq / 2015
Documento digital reconhecido e tratado como documento arquivístico.
Documento digital
Informação registrada, codificada em dígitos binários, acessível e interpretável por meio de sistema
computacional.
Integridade
Estado dos documentos que se encontram completos e não sofreram nenhum tipo de corrupção ou
alteração não autorizada nem documentada.
Metadados
F
Dados estruturados que descrevem e permitem encontrar, gerenciar, compreender e/ou preservar
documentos arquivísticos ao longo do tempo.
Migração
ia D
Conjunto de procedimentos e técnicas para assegurar a capacidade de os objetos digitais serem
Tr t P
acessados face às mudanças tecnológicas. A migração consiste na transferência de um objeto digital:
a) de um suporte que está se tornando obsoleto, fisicamente deteriorado ou instável para um suporte
mais novo; b) de um formato obsoleto para um formato mais atual ou padronizado; c) de uma
plataforma computacional em vias de descontinuidade para outra mais moderna. A migração pode
ocorrer por conversão, por atualização ou por reformatação.
r
l
Pe
Modelo de referência
Uma estrutura conceitual para compreensão dos principais relacionamentos entre as entidades de
um ambiente, e para o desenvolvimento de padrões consistentes ou especificações que consolidam
esse ambiente. Um modelo de referência é baseado em pequena quantidade de conceitos unificados,
e pode ser usado como uma base para aprendizado e explanação de padrões para um não
eX
especialista.
Normalização de formatos
Conversão de formatos de arquivo para um elenco gerenciável de formatos apropriados para
preservação e acesso.
Preservação digital
Conjunto de ações gerenciais e técnicas exigidas para superar as mudanças tecnológicas e a
fragilidade dos suportes, garantindo acesso e interpretação dos documentos digitais pelo tempo que
for necessário.
7
CONARQ - Implementação de Repositórios Arquivisticos Digitais Confiáveis – RDC-Arq / 2015
RECOMENDAÇÕES PARA A PRODUÇÃO E O ARMAZENAMENTO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO
Produção e Acesso
* Os documentos identificados nas tabelas de temporalidade e destinação como de valor permanente
deverão ser produzidos em papéis alcalinos.
* Os papéis das capas de processos devem ser alcalinos;
Áreas de Armazenamento
* Áreas Externas: A localização de um depósito de arquivo deve prever facilidades de acesso e de
segurança contra perigos iminentes;
* Áreas Internas: a área dos depósitos não deve exceder a 200 m2.
* Nas áreas de depósito, os documentos devem ser armazenados separadamente, de acordo com o seu
suporte e suas especificidades, a saber:
- documentos textuais, como manuscritos e impressos; - documentos encadernados;
- documentos textuais de grande formato; - documentos sonoros;
- documentos cartográficos, como mapas e plantas arquitetônicas;
- documentos iconográficos, como desenhos, gravuras e cartazes;
- documentos em meio micrográfico; - documentos fotográficos;
- documentos cinematográficos; - documentos em meios magnéticos e ópticos.
Condições Ambientais
fotografias em preto e branco
T 12ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5%
fotografias em cor
T 5ºC ± 1ºC e UR 35% ± 5%
“a faixa segura de umidade relativa é entre 45% e 55%, com variação diária de +/- 5%, e que a
temperatura ideal para documentos é 20º C, com variação diária de +/- 1º C”.
Acondicionamento
* Os documentos devem ser acondicionados em mobiliário e invólucros apropriados, que assegurem sua
preservação. A escolha deverá ser feita observando-se as características físicas e a natureza de cada
suporte. A confecção e a disposição do mobiliário deverão acatar as normas existentes sobre qualidade
e resistência e sobre segurança no trabalho.
Manuseio e Transporte
* O manuseio requer cuidados especiais, tanto pelos técnicos, durante o tratamento dos documentos,
quanto pelos usuários, merecendo recomendações afixadas nas salas de trabalho e de consulta.
Segurança
* Toda instituição arquivística deve contar com um Plano de Emergência. Este plano deve incluir:
- Um programa de manutenção do edifício;
- Um plano de metas concretas e cronograma de prioridades para a eliminação do maior número
possível de riscos;
- Um plano de salvamento e de segurança humanos;
- Um plano de salvamento de acervos (plano de emergência);
REQUISITOS PARA UM REPOSITÓRIO DIGITAL CONFIÁVEL (RDC-ARQ)
1) infraestrutura organizacional;
O gerenciamento dos documentos de um repositório digital confiável deve estar de acordo com o
modelo de referência OAIS.
Pacote de informação para submissão: refere-se à admissão dos documentos digitais e seus
metadados associados.
Pacote de informação para arquivamento: refere-se ao acondicionamento e armazenamento dos
documentos digitais e seus metadados associados.
Pacote de informação para disseminação: refere-se ao acesso aos documentos digitais e seus
metadados associados.
* Tratamento arquivístico: tem que ser capaz de organizar e recuperar os documentos, de forma a
manter a relação orgânica entre eles.
* Independência dos repositórios: Um repositório digital deve ter independência; isso significa que
seu funcionamento e o acesso aos documentos não podem depender das aplicações que funcionam
em conjunto com ele.
Dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de documentos no âmbito dos órgãos e entidades
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR.
Art. 1º A eliminação de documentos no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do SINAR ocorrerá
depois de concluído o processo de avaliação e seleção conduzido pelas respectivas Comissões
Permanentes de Avaliação de Documentos - CPAD e será efetivada quando cumpridos os
procedimentos estabelecidos nesta Resolução.
Art. 2º O registro dos documentos a serem eliminados deverá ser efetuado por meio da elaboração de
Listagem de Eliminação de Documentos que, após a aprovação pela Comissão Permanente de
Avaliação de Documentos - CPAD e pelas autoridades dos órgãos e entidades a quem compete
aprovar, deverá ser submetida à instituição arquivística pública, na sua específica esfera de
competência, para autorização da eliminação.
Art. 3º Após obter a autorização, os órgãos e entidades, para proceder à eliminação, deverão elaborar
e publicar o Edital de Ciência de Eliminação de Documentos, em periódico oficial, sendo que na
ausência destes, os municípios poderão publicá-los em outro veículo de divulgação local, para dar
publicidade ao fato de que serão eliminados os documentos relacionados na Listagem de Eliminação de
Documentos.
Art. 4º Após efetivar a eliminação, os órgãos e entidades deverão elaborar o Termo de Eliminação
de Documentos, que tem por objetivo registrar as informações relativas ao ato de eliminação, não
sendo obrigatório dar publicidade em periódico oficial, devendo ser dada publicidade em boletim
interno ou, ainda, no próprio portal ou sítio eletrônico, encaminhando uma cópia do Termo de
Eliminação de Documentos para a instituição arquivística pública, na sua específica esfera de
competência, para ciência de que a eliminação foi efetivada.
Art. 5º A eliminação de documentos arquivísticos públicos e de caráter público será efetuada por meio de
fragmentação manual ou mecânica, pulverização, desmagnetização ou reformatação, com garantia de
que a descaracterização dos documentos não possa ser revertida.
Art. 6º O órgão ou entidade que transfere ou recolhe documentos arquivísticos digitais manterá uma
cópia, até que a instituição arquivística pública emita atestado de validação aprovando o
processo de transferência ou recolhimento.
Parágrafo único. A cópia a que se refere este artigo deverá ser eliminada de forma irreversível e por
método seguro e comprovado.
Anexo 1
Elementos essenciais para a elaboração da listagem descritiva para transferência e recolhimento
de documentos arquivísticos digitais
a) órgão ou entidade responsável pela transferência ou recolhimento dos documentos arquivísticos;
b) órgão ou entidade responsável pela produção e acumulação dos documentos arquivísticos, caso seja
diferente do responsável pela transferência ou recolhimento;
c) tipo e quantidade de mídias utilizadas e o volume total de dados em bytes;
d) identificação dos formatos de arquivo digital;
e) metadados necessários para a interpretação e apresentação dos documentos, tais como a estrutura
da base de dados, o esquema HTML e o esquema de metadados;
f) registro de migrações e datas em que ocorreram;
g) registro das eliminações realizadas;
h) indicação de espécie, título, gênero, tipo, datas-limite, identificador do documento, e indicação de
documentos complementares em outros suportes. No caso de transferência, indicação da classificação e
do seu respectivo prazo de guarda e destinação documentos;
i) informações necessárias para apoiar a presunção de autenticidade conforme anexo II; e
j) data e assinatura do responsável pelo órgão que procede a transferência ou o recolhimento, podendo
ser em meio convencional e/ou digital.
Nota: A instituição arquivística recebedora poderá definir uma listagem descritiva mais detalhada de
acordo com as características da documentação a ser recolhida.
Informações para apoiar a presunção de autenticidade
Essas informações são requisitos que servem como base para a instituição arquivística avaliar e atestar
a autenticidade dos documentos transferidos ou recolhidos. A disponibilidade e a qualidade dessas
informações vai variar de acordo com o tipo de documento arquivístico digital e dos procedimentos de
gestão adotados. Quanto maior o número de requisitos atendidos e quanto melhor o grau de satisfação
de cada um deles, mais forte será a presunção de autenticidade. As informações compreendem
metadados e outras informações para apoiar a presunção de autenticidade que podem não constar da
listagem descritiva do acervo.
I – Metadados
Os metadados relacionados aos documentos arquivísticos digitais, que costumam estar registrados nos
sistemas de gestão de documentos, devem acompanhar o documento digital no momento da
transferência ou recolhimento. São eles:
a) nome do autor;
b) nome do destinatário;
c) assunto;
d) data de produção;
e) data da transmissão;
f) data do recebimento;
h) código de classificação;
i) indicação de anexo;
k) indicação de anotação;
m) restrição de acesso.
b) indicação dos procedimentos para prevenir, descobrir e corrigir perdas ou adulteração dos
documentos;
e) indicação das normas e meios para autenticação de documentos, utilizadas pelo órgão ou entidade
produtor ou acumulador.
DECRETO Nº 4.915 DE 12 DE DEZEMBRO DE 2003.
Art. 1o Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a denominação de Sistema de Gestão de
Documentos de Arquivo - SIGA, as atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e
entidades da administração pública federal.
I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública federal, de forma ágil e segura,
o acesso aos documentos de arquivo e às informações neles contidas, resguardados os aspectos de
sigilo e as restrições administrativas ou legais;
VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou indiretamente na gestão da informação
pública federal.
II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação das atividades de gestão de
documentos de arquivo nos Ministérios e órgãos equivalentes;
III - como órgãos seccionais, as unidades vinculadas aos Ministérios e órgãos equivalentes.
II - um representante do órgão central, responsável pela coordenação do SIGA, designado pelo Diretor-
Geral do Arquivo Nacional;
§ 1o Poderão participar das reuniões como membros ad-hoc, por solicitação de seu Presidente,
especialistas e consultores com direito a voz e não a voto, quando julgado necessário pela maioria
absoluta de seus membros.