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Românico
Românico
A arquitetura românica
Uma vez que a arquitectura românica estava muito ligada à igreja,
é natural que a maior parte das tipologias arquitectónicas tenham
uma relação muito próxima com a última. Contudo, há também
outras tipologias, nomeadamente relacionadas com outros grupos
sociais, como a nobreza feudal. Ligadas à igreja há
principalmente as igrejas e mosteiros; relativamente aos senhores
feudais reconhecem-se, principalmente, os castelos.
O românico
Contudo, há uma plástica subjacente a todos os edifícios que,
independentemente da região e suas diferentes soluções formais
ou tipologias, permite reconhecer facilmente o edifício românico.
A arquitetura desta época apresenta-se sempre com uma forte
carga simbólica, formas e linhas simples e puras, com a utilização
repetitiva de elementos construtivos.
A sua austeridade convida ao recolhimento, à humildade perante
Deus. Suporta, normalmente, outras expressões artísticas, como a
pintura e a escultura, que lhe oferecem um acentuado carácter
pedagógico, com o intuito de dirigir o indivíduo a uma sabedoria
universal: a verdade da fé. Foi no final do séc. XI que a igreja
românica atingiu a sua forma definitiva.
A planta em forma de cruz latina — alusão simbólica à imagem
de cristo na cruz —, a construção em blocos de pedra trabalhados,
a cobertura em abóbadas de canhão suportadas por pilares
cruciformes eram alguns dos traços da forma madurado edifício
eclesiástico. Apresentava espaços mais distintos, como a
cabeceira — o espaço sagrado, o do altar —, o portal e a abside.
Algumas igrejas possuíam também uma cripta, um pórtico
(antecâmara) e um claustro.
Porém, a igreja não só suprimiu as necessidades eclesiásticas
como também começou a servir de local de reunião social ou de
torre de vigia dos campos. Assim, ganhou uma função devido ao
seu carácter multifuncional e centralizador, revelando a
importância da entidade eclesiástica junto das comunidades que
servia.