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06/09/2019 Nova transição antecipa aposentadoria mais alta para servidores - 13/06/2019 - Mercado - Folha

PREVIDÊNCIA (HTTPS://WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR/MERCADO/PREVIDENCIA)

Nova transição antecipa aposentadoria mais alta para


servidores
Texto também cria mais uma regra para trabalhadores privados, mas com benefício
menor

13.jun.2019 às 11h51
Atualizado: 18.jul.2019 às 23h46

EDIÇÃO IMPRESSA (https://www1.folha.uol.com.br/fsp/fac-simile/2019/06/14/)

Ana Estela de Sousa Pinto

SÃO PAULO O novo texto da reforma da Previdência


(https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/06/economia-com-previdencia-cai-para-r-915-bi-em-dez-anos-diz-relator-da-

cria mais uma regra de transição para funcionários públicos


proposta.shtml)

federais que vai garantir aposentadoria mais alta antes dos 65 anos de idade
(homem) ou 62 anos (mulher), como queria o governo na proposta inicial.

A nova regra institui um pedágio de 100% do tempo de contribuição que


estiver faltando na data da publicação da nova lei. Servidores homens
precisam contribuir no mínimo por 35 anos e mulheres, por 30 anos.

Com a nova regra de pedágio, o funcionário público que estiver a 1 ano de


cumprir a contribuição, por exemplo, terá que contribuir por 2 anos. Se
faltavam 3 anos, passam a ser necessários 6 anos de contribuição.

A regra também estabelece as idades de 60 anos de idade para homens e 57


anos de idade para mulheres. Cumpridos esses requisitos, servidores que
ingressaram antes de 2003 terão direito à integralidade –salário do último

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cargo ocupado, que pode chegar ao dobro da média dos salários do servidor–
 e paridade (reajuste igual ao dos servidores na ativa).

No projeto original do governo Bolsonaro, esse benefício mais alto só era


concedido quando o servidor chegasse aos 65 anos de idade (homem) ou 62
anos (mulher). A falta de transição para essa aposentadoria de valor maior
era uma das principais queixas de servidores
(https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05/por-que-o-servidor-publico-questiona-a-reforma-da-previdencia.shtml)

de salário mais alto.

A nova regra de transição também exige 20 anos de serviço público e 5 no


cargo em que se der a aposentadoria.

Para professores da rede pública, o exigido será de 52 anos de idade e 25 de


contribuição (mulher) e 55 anos de idade e 30 de contribuição (homem),
mais os 100% de tempo faltante.

O novo texto exclui das mudanças servidores estaduais e municipais. A


reforma, se não houver alterações no texto, vale apenas para servidores civis
federais.

TRABALHADOR DO SETOR PRIVADO

O novo texto também prevê mais uma regra de transição para trabalhadores
do setor privado, com pedágio de 100% do tempo que faltava para a
contribuição mínima, mas sem o favorecimento existente na dos
funcionários públicos.

Enquanto no caso dos servidores o novo pedágio dá direito a um benefício


mais alto mais cedo, para os trabalhadores do setor privado a regra de
cálculo do benefício será baseada na média de 100% dos salários, e não com
o atual fator previdenciário (que incide sobre os 80% maiores salários).

Para essa regra, serão exigidos 57 anos de idade e 30 de contribuição


(mulher) e 60 anos de idade e 35 de contribuição (homem), além do pedágio
equivalente a 100% do tempo que faltar para a contribuição mínima na data
de publicação da nova lei.

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Também na idade o trabalhador do setor privado homem é menos


beneficiado que o servidor. Ele precisará esperar dois anos mais que o
funcionário público se quiser usar essa nova regra de transição.

Para o professor do setor privado que comprovar exclusivamente tempo de


efetivo exercício na 
educação infantil ou no ensino fundamental e médio, os requisitos além do
pedágio serão 52 anos de idade e 25 de contribuição (mulher) e 55 anos de
idade e 30 de contribuição (homem).

ENTENDA AS REGRAS DE TRANSIÇÃO

SERVIDOR FEDERAL

Poderá escolher a regra que mais o beneficie, se cumprir os requisitos. É


preciso também ter 20 anos de serviço público e 5 anos no cargo

Regra 1: pela idade mínima e somatório de pontos

Como funciona: 

Mulheres precisam ter 56 anos de idade e 30 anos de contribuição, e a


soma da idade com o tempo de contribuição deve ser 86.
Para mulheres, a partir de 1/1/2020, a soma de pontos será elevada em 1
ponto por ano, até 100 pontos, e a idade mínima será de 57 anos a partir
de 1/1/2022
Homens precisam ter 61 anos de idade e 35 anos de contribuição, e a
soma da idade com o tempo de contribuição deve ser 96. 
Para homens, a partir de 1/1/2020, a soma de pontos será elevada em 1
ponto por ano, até 105 pontos, e a idade mínima será de 62 anos a partir
de 1/1/2022

Regra 2: com idade mínima e pedágio de 100%

Como funciona: 

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Mulheres precisam ter 57 anos de idade e 30 anos de contribuição;


homens precisam ter 60 anos de idade e 35 de contribuição
Exige-se contribuição adicional (pedágio) equivalente a 100% do tempo
que faltar para a contribuição mínima na data da publicação da lei. Ou
seja, se faltava 1 ano de contribuição, será preciso contribuir por 1 ano
adicional (total de 2). Se faltavam 3 anos, será preciso contribuir por
mais 3 (6 no total)
Ao cumprir essa regra, servidor que ingressou antes de 2003 tem direito
a benefício igual ao salário do último cargo ocupado (integralidade) e
reajuste igual ao dos servidores da ativa (paridade)

SETOR PRIVADO

Trabalhador poderá escolher a regra que mais o beneficie, se cumprir


requisitos

Regra 1: sem idade mínima, pelo fator previdenciário, com pedágio de


50%
Quem pode entrar: homens com no mínimo 33 anos de contribuição e
mulheres com no mínimo 28 anos de contribuição na data da promulgação
da nova lei
Como funciona: 

será possível se aposentar sem cumprir idade mínima


será preciso contribuir 50% a mais do tempo que falta para chegar a 35
anos de contribuição, para homens, ou 30 ano, para mulheres
cálculo do benefício será pelo fator previdenciário, que reduz o valor
para aposentados mais jovens

Regra 2: pela idade mínima


Quem consegue entrar: quem já está mais perto dos 61 anos de idade
(homens) e 56 anos (mulheres) e próximo da contribuição mínima (35 anos
para homens e 30 para mulheres) 
Como funciona:

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é preciso cumprir idade mínima, que começa em 61 anos para homens e


56 para mulheres e sobe 6 meses por ano até chegar a 65 para homens e
56 para mulheres
é preciso cumprir contribuição mínima de 35 anos (homens) e 30 anos
(mulheres)
cálculo do benefício é pela regra nova, e parte de 90% do benefícios,
para homem, e 80% para mulheres; porcentagem sobe 2 pontos a cada
ano de contribuição, até chegar a 100% com 40 anos de contribuição

Regra 3: pelo sistema de pontos


Quem consegue entrar: quem está mais longe dos 61 anos de idade
(homens) e 56 anos (mulheres), mas tem tempo de contribuição próximo
dos 35 anos (para homens) e 30 anos (para mulheres)
Como funciona:

é preciso cumprir contribuição mínima de 35 anos (homens) e 30 anos


(mulheres)
somam-se os anos de contribuição com a idade; a soma necessária
começa em 96 pontos para homens e 86 para mulheres, e sobe 1 ponto
a cada ano, até chegar a 105, para homens, e 100, para mulheres
cálculo do benefício é pela regra nova, e parte de 90% do benefícios,
para homem, e 80% para mulheres; porcentagem sobe 2 pontos a cada
ano de contribuição, até chegar a 100% com 40 anos de contribuição

Regra 4: com idade mínima e sistema de pedágio de 100%

Como funciona: 

Mulheres precisam ter 57 anos de idade e 30 anos de


contribuição; homens precisam ter 60 anos de idade e 35 de
contribuição
Exige-se contribuição adicional (pedágio) equivalente a 100% do tempo
que faltar para a contribuição mínima na data da publicação da lei.
Ou seja, se faltava 1 ano de contribuição, será preciso contribuir por 1
ano adicional (total de 2). Se faltavam 3 anos, será preciso contribuir
por mais 3 (6 no total)

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Regra 5: aposentadoria por idade

Como funciona: 

Mulheres precisam ter 60 anos de idade e 15 anos de contribuição; a


partir de 1/1/2020, a idade exigida aumenta 6 meses por ano até atingir
62 anos
Homens precisam ter 65 anos de idade e 15 de contribuição; a partir de
1/1/2020, o tempo de contribuição exigido aumenta seis meses por ano,
até atingir 20 anos

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