Como uma raposa consegue transformar o campo em tundra?
raposa- do-ártico é um predador
A nativo de regiões árticas da América do Norte, Europa e Ásia. Apreciada pela sua pele, há um século ela foi introduzida em centenas de ilhas entre o Alasca e a Rússia, em um esforço para estabelecer populações que poderiam facilmente ser capturadas. A introdução teve um efeito surpreendente – em muitos hábitats Figura 1 - Vulpes lagopus insulares, ela transformou campo em tundra. Como essa excepcional alteração aconteceu? Essas raposas se alimentaram de aves marinhas, diminuindo sua densidade em quase 100 vezes, em comparação com ilhas sem esse predador. O decréscimo do número de aves marinhas significa menos excrementos desses animais, a fonte primordial de nutrientes, por sua vez, favoreceu plantas de crescimento mais lento, como herbáceas latifoliadas e arbustos típicos de tundra, em vez de gramíneas e ciperáceas, que exigem mais nutrientes. Para testar essa explicação, em 2001 os pesquisadores adicionaram fertilizantes a parcelas de tundra, em uma das ilhas com infestação de raposas. Três anos mais tarde, as parcelas fertilizadas retornaram ao estado de campo.
Cada uma dessas ilhas e a comunidade de seres vivos presentes constituem um
ECOSSISTEMA, a soma de todos os organismos que vivem em determinada área e os fatores abióticos com os quais eles interagem. Um ecossistema pode abranger uma vasta área, como lago, floresta ou ilha, ou um microcosmos, como o espaço sob um tronco caído ou uma fonte de água no deserto.
Referencia:
REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.