Você está na página 1de 1

DCO 0317 – Fundamentos dos Títulos de Crédito

RODOLFO EDUARDO SANTOS CARVALHO - 9353629

Caso I
Nesse caso, não é cabível a redução da multa. Além do atraso, a obrigação não foi
sequer cumprida em sua integralidade, comprometendo completamente a produção da Fiat. 200
peças não foram entregues, implicando grande dano à Fiat.

Contudo, dado a multa ser diária, o seu montante ultrapassa o valor da obrigação, o
que esbarra no artigo 412, do Código Civil, sendo cogente a sua diminuição.

É um caso bastante diferente do acórdão analisado como base para discussão, eis que
o caso enfrentado pela CHESF, Itaú e Bradesco envolvia o pagamento de dinheiro, não trazendo
impedimentos à cadeira produtiva de quaisquer umas, diferente do problema entre Fiat e Peça Certa.
Não sendo proporcional, assim, aplicar tal precedente.

Caso II
O enunciado não nos dá dados suficientes para concluirmos se houve danos graves José
causados pela permanência dos fogões de João no fogão daquele. De se concluir que, como a
obrigação foi quase que completamente cumprida, não tendo havido grandes danos, de se reduzir a
cláusula penal, tal qual fez o STJ no acórdão que serviu de base (em ambos, parte da obrigação foi
cumprida, apesar de que com atraso). De se ressaltar que este contrato, diferente do precedente do
STJ, é civil, e não empresarial. Em caso de terem havido grandes danos, deve-se reduzir um pouco
menos a cláusula penal, e, eventualmente, João deverá alguma espécie de indenização a José, a
depender do tipo de dano.

Caso III
É certo que a obrigação assumida pela empresa foi quase que completamente
cumprida, sendo completamente desproporcional e não razoável a cobrança da integralidade da
multa da cláusula penal. O montante da multa mostra-se bastante excessivo e desproporcional com
o que resta ser cumprido, ultrapassando mesmo a totalidade da contraprestação, de modo que é
cogente, conforme o artigo 413, do Código Civil, a redução proporcional da multa.

Você também pode gostar