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Paula Ramos Ghiraldelli – R.A.

: 771507
Pedro Henrique Calari Pinotti – R.A.: 771509

Resumo: PLEBE, Armando. A retórica dos pitagóricos e dos sofistas. In: Breve história
da retórica antiga. São Paulo: Editora Pedagógica Universitária Ltda., 1978.

VERSÃO FINAL

O capítulo 1 do livro “Breve história da retórica antiga”, de Armando Plebe, discorre


sobre os laços entre o pensamento retórico sofista e as correntes pitagóricas sicilianas.
O autor expõe inicialmente sobre Córax e Tísias, desenvolvedores de uma retórica
científica do verossímil, mais importante que a verdade. Em paralelo, surge outra vertente
baseada nos discursos pitagóricos, a da psicagogia retórica, não científica, voltada para a
sedução irracional da palavra usada sabiamente. Suas características primordiais são a
polytropia retórica e o emprego de antíteses, com o objetivo de despeitar reações
psicológicas no ouvinte para convencê-lo. Para tal, é necessário uso apropriado da
linguagem de acordo com cada ouvinte (conceito de kairós, ou seja, o de oportunidade).
Na sequência, o autor fala sobre Protágoras, cuja ideia principal são os conceitos de
antítese e “discursos duplos” (a existência de dois discursos opostos ao redor de cada
questão), estabelecendo a técnica da contradição como fundamento principal da retórica
sofista.
O último retor tratado, Górgias, trabalhava com duas temáticas conexas à psicagogia:
poesia e retórica, cujas diferenças se baseiam no fato que, na arte poética, a persuasão faz
com que o ouvinte creia em algo inexistente; e na retórica, ela o leva a crer que as coisas
são do jeito que são conforme o discurso do orador, retomando o conceito de kairós ao
desenvolver a arte persuasiva pela forma e pelo conteúdo.

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