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© Nova Concepeaio | e Nova Técnica Telhados Industriais Estruturas em concreto pré-moldado Estrutures em madeite Estruturas em ago socd EKNOttia i his Cu De eR -S. Pal st on ie. sat OAC Pa Fi SiMPOSIO. DE. ESTRUTURAS 9 GASTRO ALVES DAS CONSTRUGOES BNTRICAS ARA VIGAS SOWNE BASE ELASTICA FORMAS DE CONCRETO ARMADO OBRAS DE ENGENHARIA if O 2: SIMPOSIO DE ESTRUTURAS AUN DE 1. §, VIVEIKOS DE CASTRO ye E UM APELO AOS f x Bugention = 1%, 2, 0%, 4) 5° © oP vols. Laerciin do Eatlton P Bese ncs, Pontos e Tse, ENGENHEIROS BRASILEIROS » “Hidriulicw’” aplicada. M. P. DECA HO i “ oe ¥ ea cca a O Niimero 4 de “ESTRUTURA” é dedicado ao 2.° Sim- Ri ors Mud, Pete par Captus de c pésio de Estruturas, realizado na cidade do Salvador, em 3 A. KLEINLOGEL Gino de Bstadas de Rodagem — 2 vos. outubro de 1957. Ter alo Carp. NIELSEN Esta revista esté publicando em primeira mao tédas as ADERSON M. ROCHA Geometria Plana conferéncias proferidas no 2.° Simpdsio de Estruturas, i ea acre Amado — pavto,cosra elusive 0 resumo dos debates realizados em cada palestra. 1834, 3 0 4 Vol Cae pal . Bipersiten Plan Geral — 1%, 3%, » gr Coderno de Encurgos ie Jé no ntimero 2 publicamos nas paginas 187 a 192, a | Ties de Concreto Armado — 1° @ a PJ; GRAIN 6 palestra do Prof. Antonio Alves de Noronha sébre “Cdleulo rn ee Grin vEs 3 aproximado de um. conjunto de estacas”. Neste ntimero . GANGS das Vigas Assentes stbre Base Termaplenagem Mecanzada publicamos as seguintes palestras, cada uma acompanhada ils, ROCHARD NEUTRA do resumo dos debates realizados: Dusk Argultetura Soc ¥ F BES demas Residencis O problema de seguranga das construgdes — Julio Ferry caniccto: SAMUEL CHAMECKL 3 Borges. {onsiruglo Civil — 9 vob. ‘AS Linas de Intinéncla nos Poros Bases para a conceituagao de uma Hiperestdtica de GEORG ANGER Grso do Retitea das GonstrugSes br | placas e cascas — Aderson Moreira da Rocha ieee Vers Coat 2 Come de Evita Ge Connie oe ‘ Problemas atuais de Engenharia Estrutural — Carlos HUMDENTO KorcKE Tere, Furtado Simas | Quin Ger (Teena © Desert). gasrat concn ‘ Sapatas excéntricas — Ivo Wolff. MH. PINTO Mecinica Racional. (Prelo) 7 Os extensdmetros elétricos de resisténcia — Julio Bie ieccec, ‘T. VAN LANGENDONCK a Souza, ee. oe eee en, 4 No préximo niimero publicaremos a palestra do En- ae es genheito Fernando Lobo Carneiro, sdbre Modificacées da Tans de Logaritinos Hiperestitica Analitica. ¥ NB-1 ; Been W. A. GRANVILLE Além da atribuigdo de publicar as conferéncias do OTE s.r, a. Came & Cline, Dice ites 2.” Simpésio de Estruturas, com exclustvidade, esta Revista ns foi honrada pela Associagao Brasileira de Normas Técnicas, panor) Moderne resinbo indaretl 1 com a incumbéncia de preparar os anais do referido sim- pdsio, 0 que serd feito apds a publicacao, nesta revista, de EDITORA CIENTIFICA todas as conferéncias. AV. KIASMO BRAGA, 300.8° ANDAR — Tad, 1 ©, POSTAL 3416 ~ RIO DE JANE _—-BSPRUTURA ~ Ne 4 1 “ESTRUTURA’” seré um dos patrocinadores do 3.” Simpésio de Estruturas, programado para Outubro de 1958 em Porto Alegre, de cuja organizagao nossos leitores sero postos a par, taéo logo sejam acertados os detalhes désse conclave Observamos durante a realizagio do simpésio de estru- turas da Bahia, quanto nossos engenheiros podem produzit no setor da divulgagdo da nossa técnica projetiva e de céloulo estrutural. Notamos, porém, que pouco se tem divul- gado em relacdo @ execugao de nossas obras Temos, nesta Revista, publicado muitas reportagens de obras estrangeiras e por isso queremos fazer um apélo aos nossos engenheiros, para que divulguem suas obras, a fim de que sejam elas conhecidas no estrangeiro, através desta Revista. Srs, Engenheiros brasileiro! Mandem fotografias de suas obras, acompanhadas dos dados técnicos essenciais e elas serdo imediatamente publi- cadas nesta revista que nada cobra pela matéria redacional Fazemos nosso apélo extensivo aos calculistas de estru- turas que muito podem colaborar com a publicagao de foto- grafias de suas estruturas, principalmente aquelas onde se tenham resolvido problemas speciais. “ESTRUTURA” sendo uma revista de cardte cional, é antes de tudo a revista dos engenheiros brasileiros! interna- 4 pa Roca AveRsoN Mot NOSSA CAPA A nossa capa apresenta_uma fotografia do Palécio dos Esportes concluido em Roma para as Olim. piadas de 1960. Esta obra sera objeto de uma reportagem em um dos préximos néimeros desta G ees ans revista ESTRUTURA — 3 ’ I i ESTRUTURA FEVEREIRO | revista técnica 1958 - ANON % VoL.2 das construges ee REDATORES: AV. ERASMO BRAGA, 227 S/1.810 ~ Telefone: 22-5710 RIO DE JANEIRO — BRASH DIRETOR REPONSAVEL: Aderson Moreira da Rocha DIRETOR SECRETARIO: Adolpho Potillo. cenente: Arthur Salgado NOMERO AvUrso: Wo de Janeitor C$ 100,00 Nos Estados © no. Exterior x$. 110,00 ASSINATURA POR 10 NO- MEROS; io do Janeimo: x8. 900,00 Now Estados 0 no. Exterior: Gx$ 1000.00, ELASTICIDADE: Sydney M. G. dos Santos CONCRETO ARMADO: Fernando Lébo Cameo AGO E MADEIRA: Antonio Alves de Noronha MECANICA DOS SOLOS: Iearahy da Silveira FUNDAGOES: A. J. da Costa Nunes e Mério Brandi Pereita HEPORTAGENS INTERNACIONAIS: Felippe dos Sane tos Reis ¢ Osmany: Coelho € Silva CONCRETO PROTENDIDO: José Luiz Cardozo PONTES: Maieo Viera HIPERFSTATICA: Adolpho Polillo ARQUITETURA: Darey Bove de Azevedo EDIFICAGOES: José H. Leite Pitanga REDATORES-CORRESPONDENTES: SKO PAULO. Prof, Telemaco van Langendonck Prof. Pedio B. J. Gravina CURITIBA Prof. Senael Chamecki MINAS GEHUIS Prof. Céniide Holanda Lima BAHTA, Prof. Carls Simas ng. Adherbal Menezes PERNAMBUCO Prof, Meyer Mesel RIO GRANDE DO SUL Frof. Danilo Smith Pool. Luiz Paulo Felizando ARGENTINA of. Artono Bignoli URUGUAL Prof. Julio Ricaldoni MILE Prof. Dish 9 hex Vickers ene Ow ns dos Dite- ta oder cle pgamenia eu ESTACAS FRANKI L™ RESOLVE SEUS PROBLEMAS DE FUNDAGOES: EM CADA CASO A FUNDAGAO ADEQUADA — ESTACAS PRANKI = TUBULOES ee wrxras = DRENOS VERTICAIS DE AREIA - ‘MEGA = Pogos "FORUM — REBAIXAMENTO DE NIVEL DAGUA, ES JUXTAPOSTAS = REFORGOS DE FUNDACOES » DE comPAcTAcio, = CONGELAMENTO DE. TERRENO METALICAS = ESTUDOS CEOTECNICOS PRANCHAS DE. AGO = PROVAS DE CARGA PRANGHAS DE CoNcnETO | ~ ETC. AVENIDA RIO BRANCO N.° 311 = 10.9 ANDAR RIO DE JANEIRO ‘Tologramas: ESFRALA FONE: 22-7050 SAO PAULO PORTO ALEGRE CURITIBA BKeLO HOR — Rug Marconi, 48 = 7° andar: Fone 36-5790. — Rua Siquelta Campos, 1170 - 2° anda, s/4 970, = Rua Pesto Ivo, 423 - 2° andar - con}. 201 — Fone 1702, ONTE — Kua Espfrta Santo, 495 - 11° andar - 5/1115 — Fone 46638. WADOR = idifcio “A TARDE” ~ 2° andar - s/215-219 — Fone 1688, cI — LUBORBA LTDA. — Rua “Aurora, 483 — Fone 2354, JUI2 DE FORA — DARIO VIEINA VELLOSO ~ Caixa Postal 906 — Fone 8310 Vironta, = GEORGES f1. DELANOS — Rua do Rosirio, 12 ~ Fone 7464 DELEM — JOS HEIVAR DE LACERDA ~ tua da Passagem MacDowel, 15, GOIANIA — THELDO EMRIGH ~ Rua Tres, 79. IASILIA © GILBERTO SCARPA — Hotel SANTOS DUMONT, SUMARIO 2 Simpinio de Estruturas © um apélo aos engenheiros Draileios Nossa. Capa A sessio tnwugural do 2° Simpisio de Estruturas Programa do Simpisio Regimento interno do Stmpésto Sesto inaugural — Composigio da. mesa © Teatro Castro Alves REPORTAGENS TECNICAS Poates de conereto protendide com pequenos ios Ponte de Sio Nicola, na tél Pontes recentes construidas no México Tnteressante sistema constrativo para evitar os cimbres ARTIGOS TRENICOS © problema da segurangn das construgées — Jéllo Ferry Borges Bases para concetuago de uma Hiperesitiea de placas © cascas = Adlerson Moreiea da. Rocha Probl Sin atwais de engenharia estratural — Carlos Furtado de Sapatas Exedntrias — Ivo Woltt © Estensimetro Ektrico de xesistencia — Julio Vieente de Souza Histirio do Método K para eleulo de vigas stbre base elistic = Aderson Morcira da Rocha E Formas can concrete anmado — Sydoey M. C. dos Santos . Sersio de encerramento do 2° Sinpésio de Estrutoras . BSTRUTURA = Nod Peg. 8 a7 a“ a 0 8 a 107 5 A SESSAO INAUGURAL DO 2: SIMPOSIO DE ESTRUTURAS Apresentamos a seguir, além do programa regimento interno do 2.° Simposio de Estruturas, realizado em outubro de 1957, na cidade do Salvador, os discursos proferides pelos engenheiros e professires Paulo Sé ¢ Carlos Furtado de Simas, na sessiio inaugural désse simposio Com isso queremos fazer despertar, por parte de nossos leltores, um interésse maior em témno dos simpésios de extre turas que esperamos vér realizados anualmente, para maior congracamento de nossos engenheiros especialistas em obras de estruturas e fundagées Pretendemos também incentivar a realizagdo do 3° Simpdsio de Estruturas em Pérto Alegre, como um dos patrocinadores. Sdmente aquéles, que estiveram presentes em um dos simpésion jd realizades, podem bem avaliar os beneficios que decorrem de um conclave déste género As palestras ¢ os debates, que neste niimero publicamos, dao apenas uma idéta do interésse despertado pelo 2° Sink, per spertado p pbsio de Estruturas srry PROGRAMA DO SIMPOSIO DIA 28 — SEGUNDA-FEIRA As 10:00 horas ~ SESSAO INAUGURAL — Auditirio da Reitoria da Unit versidade da Bahit, ao Canela Presidénela — Prof. Dr, Antisie Batsixo pe Canvato, Exmo, Cover: nador do. Estado Oradores: Prof. Dr. Pavxo Si. , Prof. Dr. Cantos Fertano px Sis. As 14:00 horas —~ Reuniio geral dos participantes pa inserigto e receb!= mento do fichas. LOCAL: Instituto Geogréfico e Histérico da Bahia ~ Avenida Sete de Setembro, 94-4. As 15:00 horas ~ Conferéocia do Prof. Dr. Axrdxto Auves pe Nonoxaa, da Escola Nacional de Engenharia, ‘Tema = “CALCULO DA CARGA DE GRUPOS DE ESTACAS DE TUNDAGEO”, Debates DIA 29 — TRRGA-FEIRA As 9:00 horas ~ Conferéncia do Prof. Dr. Ferry Botts, do Laboratério Nacional de Eogenharla Givil de Lisha ‘Tema ~ "O PROBLEMA DA SEGURANGA DAS CONSTRUGOES’ Debates As 15:00 horas ~ Conferénoia do Prof. Dr. Apznsox Momma pa Roca, da Esvoln Nacional de Engenharia ‘Tena — “BASES PARA A CONCEITUAGAO DE UMA HIPERESTS- TIGA DE PLACAS E CASCAS” Debates 210 nt ~ Circ do PD Jn Vien me Sov, do ce ‘Departamento de Estruturas do Instituto Tecnolégico da Kae ‘Toma = “TENSOMETROS ELE-RICOS DE KESISTENCIA”. Debates, DIA 80 — QUARTA-FEIRA As 9:00 horas ~ Conferdncia do Prof, Dr. Fumwasoo Lono Canwemo, do Tustitoto Nacional de ‘Tecnologia, ‘Tema — “REVISAO DA NORMA NB — 1° Debates As 14:00 horas ~ Confortneia do Prof Dr Feswasoo Loso Canweno; — eontinuagio. Debates Estard presente acy debates 0 Eng.® Hosmanro Fonseca, representand a subcomissio de estraturas da ABNT — ein Sto Pat DIA 31 — QUINTA-FEIRA As 9:00 horas — Gonferénecin do. Prof. Dr. Cantos Funravo oe Sistas, da Escola Politécnica da Universidade da Bahia ‘Tema — “PROBLEMAS ATUAIS DA ENGENHARIA ESTRUTURAL”. Debates. As 1400 bors — Visita a Fa dle Cimento Arata DIA L? ~ SEXTA-FEIRA, As 7:00 horas — Visita Refinaria de Matoripe da Petrobris AAs 15:00 horas — Gonferéncia do Prof, Dr. Ivo Wore, da Escola de En. genharia da Universidade do Rio Grande do Sul ‘Tema — “SAPATAS EXCRNTRICAS™: Debates ‘As 20:00 horas ~ Sessto de encerramento, LOCAL ~ Anditério da Reitoria da Universidade da Bahia, Presidéncia ~ Prof. Dr. Evoano Rlco Saxros, Magnifico Reitor da Uni- versidade da Bahia, ESTRUTURA = REGIMENTO INTERNO DO SIMPOSIO [A mesa do “SIMPOSIO™ seri presdide, alternadamente, pelos Engenhei- sos Pavio Sk — Diretor da Associagio. Brasileira de Normas Téenieas Cantos Furtano ox Simas — Ditetor da Escola Politenioa da. Univer sidale da Bahia, servinda como soeretirios os Engenbeiros Aero Romano Hiren ¢ Frnxasno Viwiwcio Fuso. © sr, Presidente abrié o encorraré as sess6es, dando a palavea 90s eon ferencistis e indicando-Ihes, com antecedéncia de 5 minutos, a oc om ane. davern teeminar inprorrogivelnente ## euae conferdnciar; 0 ‘encainher os debates de modo que os horirios previstos neste Reguls- mento sejam campridos. © conferencsta dover’ expor seu tema no prazo mismo de 50 minatos. Finda a conferéncia, aquéles assstontes que desejarem discutir 0 assunto porleio se inscrever ea lista, na mesa, sendo permitidas, no miximo, 8 Inserigies. Serio reservados 30 minutos, igualmente divididos entre os inseritos, pa 1 diseussio de que trata o item anterior. A mesa accitard discussbes por serto daqueles que desejarem fazéIo. © conferencsta poderi, em 30 minutos subseqiientes, adurir novas rans 4 respeito do asstnto cm estudo. Nd 10 SESSAO INAUGURAL COMPOSICAO DA MESA Dr. Lapisnav Cavateaxrs ~ Governador interino da Bais Dr, Pauto $k ~ Diretor da Assocagio Brasileira de Normas Téenteas Dr, Jou10 Fu Bonces — Representante do Laboratério Nacional de En. igenharia lull de Lishéa. Dr, Anguisiemes Pensa Guntanius — Presidente do. Instituto Tecnoligico ‘da Bahia © da Fundacto para o De. senvolvimento da Ciéncia na Bahia. Dr. Cantos Fours oe Sumas ~ Diretor da Escole Politéeniea da Universi: dado da Bahia Dr. Antermmes Bannero Nero — Secretirio da. Viacto. Dr. Anrnspo Nocuzma Passos — Presidente do CREA. Aberta a sesslo pelo Exmo. Snr. Governador, éste dew a palavi a0 Dr. Pavuo SA que pronuncion 0 seguinte discurso: rande data, grande festa, grande assunto, grande dificuldade”; permit, Seshores, que eu relembre, neste momento, na palavra fulgorante de. Viera ‘© maior oridor que j& falow em terras da Bahia, tao miliondsiamente rei em via. Grande data: porque estamos cortos de que, como © 1. Sinpésio unas que em julho de 1944 promoviames no Tia de Janeiro, és que hoje aqui se inaugura e se jnicia Is de marcar um momento decisive em nossa Wéenica estrutural, um ponto singular ma eurva que define a evalueio da arte complera da construgio ex) terms do Brasil, Grande festa: que outra fous mio & @ reunigo, em ambiente tho solenemente mogestoso, tio carinhosa- ‘mente acolbedor, de grandes nomes da téeaiea nacional vindes de todo 0 gito do horizonte do pensemento téenico brasileiro, mais do que js, atravessendo 6 oceanos na Figura de uma das mals altas expressoes da inteligéneia moga de Portugal, para sentir de novo, nas micias pages que os do Infante virun surgir do mar hi 4 séeulos, as toeras novas do espinito, de tal mancies aquinhoo= as pela natureza que, quetendo-as sproveitar, dar-se-i melas tudo Grande assunto: grande om si mesmo © nas suas contegiuclas pore aqui se vem aferir o que hi de mais avangado na ciéncia.consteutiva do Brasil © porque daqui hio de sair (em Deus o experames) orientagtes. ovis adequadas 20 momento de profinda transformagto, vivida pela economia ex nossa terra, a qual precisa firmar a se desenvolvimento mma subestratnea, roals sélida e mais realista BSTRUTURA = No 4 Grande data, grande festa, grande assunto; mas sobretudo, para. quem tem a hon de ves falar nese momento, grande e redobrada dificuldade por the faltar 0 stber com que se possa fazer entender dos entendides que fqut se reunem em falgurante constelagio; por no The sebrar elogiéncia ‘com que esboce aos menos especilitas que nos trazom o alto prestigio de sua presenca ihstre, 08 tragos Targes do panorama téenico que mifos de mestre inspiracbes de asta aqul vie traga, por esta semana a fora, Meio-absolvida a falta, na van contrite confisio, hora & de passarmos 3 ponitineia que a satisfaca: © numa estranha inversto da jarisprudéncta culos, ‘0 penitenciados serels v6s que me fdes ouvir, com tio resignada pacténeta Primeiry déles 6 © sentida mesmo de todo o efleulo estratural nos dois problemas fundamentais que a st mesmo se impde a posibilidade de prever 4s tenses a que seri sujeito 9 material da estrutura construida para resist sos esforgos que devem ser vencidos, © a dotenninagio dos coeficlentes a ‘usar para que’ ab falbas confesadas do previsio fiquom cobertas por uma aigem razoivel de segaranga No ileulo das tens6es hi um pouco a necessidade de aceitar alguma ‘cos come agullo que um autor mademo, estudando,o¢ trabalhos pioneiros ‘dn Dirae sObre “as equaydes fundamentals da mecinioa quantica”” chamava 0 pestulado de previsbilidade”; quer dizer, a exenga e priori de que, 20 j0go ‘complexo das forcas deseonhecidas ¢ dos espacos anisteépicns, 6 possivel prover ‘com alguns aproximacio, o que vai de fato acontecer nas struturas Porque, ao contririo do qve © pensa a ingenuidade folicssima de tanta eile, 0 que se conhece na técrica estrutural, multas vézes sob as roupagens fenganadoras de uma formulagio spatemiticamente precksa, & ainda, multo vago, eo, multo insegoro, Ji Navien — sabe-se comp os seus trabalhos infiuem sinda hoje nas Iworlas do equilbto — nas suas edlebres Memorias de [Academie Royale des Sojences, do Institoto do Franca, assinslava textualmente "as difereagas coo sidenvels, se nfo totais, que se apresentam em cents casos entte of efeitos materials © os resultados das teorias conhecidas” A observaeio se aplea hoje como se aplicava para Navinn, Anon Grows, n esto recente sdbre a validade- dos conhecimentes da fsa e dx meena, Teanbrava, eo certa ¢ francesa malicia que se ma escola primvia tudo € t80 lio (wv para os bemaventurados © hoje tio cortejados analfabetos, mais claro das... j4 no ensino seeundiio as cousas se tornam mais duvidosas © (de- Pols de ottavessar © estigio otimista do ensino superior) quando se chega Aguelos que, de fato, conhecem o que se conhece das cous, vé-se como tudo ln semendo de'dividas © de Interroyactes Nilo estaria, talvez, muito em seu ugar neste lugar; no estark comtudo “fom do tempo netse tempo de foguees ¢ de teleguiados, de micloos que se ~ sind © de partioulhs que se rilkiplicam, a obseevagio, que nio & nossa, do “ eo1H0 Ne vern complicande aquilo que, por sua definigto tnicia deveria sce URA = Nod a 2B to simples, o Stomo de Democrit tio estruturahnente singelo no séeulo XIX {© que cada dia mais se complica, constituindo um sstoma estelar complesssimo ‘com un sol estranho, no qual eada dia se encontram consis novas ¢ acompanhi- du no sistema ou fora déle, por t8d4 una procissio de particulas (neatrons protons, e talver antiprotons, eletons, neutrinos e antineutrines, mesons de todo © geito ¢ feitio) jf mais de uma vintena déles que confundem 0 espirito difcultam a inteligeneta Fosse apenas essa formidivel prolifcidade: © final de contas ainda procorariamos inter « respiracio ea entendimento, Mas perdemos f& com certezs, quando chega um grande fisico, como Scunovt son, airs, como ume bomba atimica, ne nossa pobre ciéuela desurvorida, a afirmagia de que 0 considerar a partiealn (@sse tabu das teo seguranca de que cla possua uma identidade individual, jé que a cada mo- mento é divesst: ea insinuagio de que se vé, na cimara de Wusox, wna lrajetérla, nfo hi, talvez, nada que percorra essa série de acontecimentos iolades (& a prdpria expression de ‘do mesino modo (ditiamnos nna imagem grosseira mas visual), como na tek, cinematogritica nada de fato se move, mas hi apenas uma sneessio de Imagens 15 modernas) devenos re ajetiria, mas apenas uma Sonwoprscen) — pparadas que a inércia retiniam integra, como se fésse um movimento. Vése — v s6 para isso fizemos essa digressio nuclear — coma © que acon= tece na realidede 6 sutil, compleso, dificil, estanho, mal cookevido, De tal modo que Eoorxcrox — que fo} incontestivelmente um excelente fisien apesie de bom esertor — poude dizer, como n velho humor anglosexto, que “alana ‘cousa desconhecida fax nio sabermos oq, eis os resultados de nossa tworas Se isto dizem os que sabem, (quer dizer: os que sabem que iguoram...) podemos deixar aos que desconhecem a prdpeia ignorincia « stisfagio do pensar que nilo hi segrédo na natureza; e que as tcovias estruturals slo rigo- rosamente certas 0 milimétricamente verdadeleas Nio 0 sto, Mas no © poderiam ser — fndispensivel. que x realidade essa a segunda observagio que nos parce realmente, por demais eomplicada (a natu- rez se rir das dificuldades anoliticas”, dizia um dos grandes fisicos désse séeulo). Nig nos envergonha pois eonlessar que apenas parciahnente « com= preendemos. Fol, se lo nos enganamos, tum dos criadores da meciniea estatistin {quem observou que, so num centimetre etbico de gis Mi tees seguido de 10 zeres moléculs, para conhecer simplesmente ése centimetro otibiea da mae teria, seria preciso resolver um sistema de tr8s (3) seguldo de 19 zeros equaciss iferenciais simultineas, cada uma das quais contendo 3 seguidos de 19 zeros termes! 80 quando simples problema dos 3 compos & ainda um pro= blema grave om astronomiat Nada disso, porém, & causa para destnimo, Pelo vontrinio: indo isso fe crescor (3 segutlor de 19 zer0s vives...) a nossa admiragio eo nosso roe HSTRUTURA — peito por ses maravilhosos eftrutualistas que no meio de tanta incerta, fe tanta dificuldade, de tanta sombra © de tanta imprecise conseguem le vantar estruturas formidiveis que nfo vem abaiso (ou pelo menos raramente vem), com uma simplicldade, ama elegéncia, uma economia de fazer cair 0 quetso As nossas intel Lis se partem eles — © eram primelro of intuithvos que advinhavam» depois ‘os profesdtes que pensavan qve a natureza obedecia is suas equayées, final. ‘mente os realisis que procuran fazer com que suas equagdes obedeeam rnatuzeza — ld se vio les e provi os esforges que se Vo exereer e penetram ‘na intinidade da motéria « rendam os seus estados de referéncia esto — listo (estado critica, ow de ruin, ou de pré-nuina, ou de esgotamento) fe a éles reportam sens cfkulos, certos, na sua incerteza, de que cercaram a Yerdade num cercado, talvex wm pouco amplo, mas exjaamplidio, de certo ‘modo, conhecem ¢ determinam (0 que basta, park « prities). Se sio essax as SndecsGes 10 cilewle e nas hipéteses em que se buseiam, pssando aoe matersis as cousss ainda mais se imprecsam. Hi trinta anos, jpelo menos, trabalhamos com coneretos 0 laboratério — 0 laboratério que & mma espécie de confesionirio em que todo material poe amt a sua alms fe eonta aquilo que passa despereebido ao olhar dos que 0 vém, apenas na rma (ou mas estraturas), E sibemos como & variivel, inconstante, desigual. “0 eanereto, ése desconhecido”: bem que se podria eserever um tric batho, sob tal titulo Ora, se ninguém sabe exatumente que espécie de conereto tem nas mios (ou na obra) como pode prever 0 mado como vai reagir aos esforgos que 0 salem? Seré um conereto de 400 bg por em? a 28 diss, como de vez em quando nos aparceen alguns; ou seri um conereto de 80, de 70 ou de 60 kg por en ‘4 mesma idade? De wns e ds outros poderiamas citar exemplos repetides Gonfundir «is com os outros, ow caleular do mesmo modo estruturas feits ‘com uns ou com os oulios nfo saber o que se esti fazendo. Jas de 3, de 4 ou de 5% 0 depois ter em relagiio a0 material que se calcula incertezas que podem it, como temos vito, a 50 ou 60% & confuadir e perturbar, ¢ sexd fazer demagogia técnica, ilo 6 see téenien 0, eseapar a essa dificuldade? ‘Veo ai finalmente 0 terceio ponto sdbre © qual desejariamos dizer algw const, repetinds 0 que vinos exerevendo dese 1944. 0 problema dos coeti- lentes de se a Por is90 procurar levar os efleulos a mi Como en Se hi, como vimos, tants incerteas, nos cileulos, porque ser que tanta certezn Ii nas constrayies, onde a aegra & que fiquem de pé © o dessbamento 8 rara exceg? sobretudo porque, feitos os cileules com rigor (e para isso bustaram ty vézes boos miquinas de caleulsr © para isso quase poderiamos dizer um ESTRUTURA = No 4 18 4 éebso cletrdnico valeria mais do que motor caleulistas feitos rgorenunent ‘66 efleulos, quem teria 0 atrevimento de usar, sem mas, 0 que doles rest? A regia # dividit 0s resultados por um confortivel eoeficiente, eapaz de cobrie tidus as deficidncias provenientes do desconhesimento das eargas, dos efeitos das teorias mecinicas, da ignorineit das caracterstcas exatas do mac terial, das possibilidades de causes inesperadas que ajum sObre a estrutura. ‘Quando se quer admitir nos eileulos win conereto que ressta 2 100 kg/cm’ por exemplo, exigirse-i, dos que o io fazer ui conereto que suporte 200 kg, © a diferenga cobre tikdas as ignorincias. Bo pareja que com isso estamos Xdesmoralizando aos alhos do leigo a nossa queria téenica, mal amparada, verdade que para térmos certesa de obter 1, pediinos 2 (quando é 0 tsoereto), on pedimos 4 ou 6 (quando é a madeira). Parece um excess. Mas, quo aconteeo em outros dominios? Nap sen dificil most, Quem teri a audicia de dizer que para se ter uina boa lei bastard fazse 10 leis ou 207 — falando evidentemente em tese, quem afo sabe que pan ter um bom legisudor, de verdade, & preciso eleger 50 0 100 deles? F quem. rio sente, no seu pobre coragéo, mentligo esfomeado, que para obter un cilice pequenino de felicidade, & preciso esperar, contm « desesperanga, todo. lum oceano de ventura? Como vim, hi eoeficientes de seguranga (ou de ine igoranga...) por tdda a parte: 08 nossos nfo si0 os mais altos, vom certeza No mado de deteriniclos 6 que se varia Hii cérea de 15 anos, propinhamos, partIhando de idéias entio conside- vadas revolucionirias, os eritvios probabilisticos pari 0 cileulo de tals coefic Depois tas idéias se espalharam; © ainda recentemente vinos trabalhos Imnito interessantes nos qnals se davam como modos de caleular probabilistica mente tas eoeficientes, alguns dos mesios eritéros que definfamos trés histros ads, Como se sube, hit no proceso uma simples aplespio dos eileulos das probabilidedes pelo qual se pode detemninar até que ponto & improvivel acon- tecer um ro, de teoria ou de previsio, Admitindo entio que os inesperadox sleatérios se distribuam segundo uma corta curva (a de Gavss-LaPtace, pode ser; pode ser outra), fécil 6 fir, em fungto, por exemple, do desvio padrio que representa a variedads © as improcisSes com que s# lida, wm coeficiente que reduza a proporgies aceitivels os valores menotes do que um certo limite nino, pondo assim a estrutira em condigtes tais qne a eventualidade de ‘uma muina fique inferior a0 que & razoivel temer Hi, entio, quem dign (o vereis provivelmente esta idéia exposta. com mais dotalhes no decorrer do Simpésio) que o custo de uma obra & igual ao seu prego de execucio n is © valor das perdas que haverin mum caso de ‘ina, multiplieado tal valor, pela probsbilidads que esta muina ocorea. ESTRUTURA ~ No ¢ a Quando se trata de vidas, quo poslem ser secifleadas, nfo 6 ficil ov pelo menos noo & agradivel,avaliar © que tals perdas representann. De qual quer modo o citério & interessante © assunto apaixona. A reumiio que hoje ‘aqul se iniela e na qual inteligéncias de tanto brilio jrio estudé-lo, sobretudo tno discutir a nova NB-1, terd, entre os seus melhores resultados, o de trazer i Ws para a questio obscura © grav Que © Senhor do Bonfim, que olha com tio desvelido eariaho para esta Aelicioss Bahia de todos os Santos (© também, ai de nds, de todos os peca- ores...) a todos nos ajude a encontrar para ela tuma solugdo mais justa, mais \Weniea, mais profundamente Inmnans! Logo apds falow o Dr. Cantos Fenrapo pe Sistas, que pronanciou a se _gointe omg: “Hi prechamente teze anos atris, ralizou-se 0 T Simpésio de Estruturas promovidlo pelo Tnsttuto Nacional de Tecnologia tendo a frente éste espiito di- nimico e batalhudor que todos nés eonhecemos e adiiramos, 0 Prof. Pav Sh (Os resultados diretos daguele conclave podem ser avallados pela magn fica publicacio do trabalho desenvolvido no mesmo pelos participates de toda © pais, Decorrido éste longo periodo eis que temos, agora, oportunidade de novax ‘mente estarmos juntos discutindo os problemas que mils diretamente inte- Fessam a0 campo do engenheizo de estraturas, trcando idéias, aferindo res tados enfim, revendo, culdadosamente estudo stual dos nossos coakecimentos wvels is aplicagtes da nossa profisio. Devesnos assnaler @ hones. que mos nés, da Escola Politéeniea da Universidade da Bahia, pela possi dade de realizagio désto conclave nesta velha cidade do Salvador, gragas, subretudo, aos esforens conjugados da Associagio Brasileira de Normas Téeal- ‘eas © da Campanha de Aperfeigeamento do Pessoal de Nivel Superior. A nessa contibuicio é peyvena e agndivel: reeeber ot dignos colegas procurando tomar Ostes trabalbosos dias mais emenos Reanito cxjp significado objetivo © subjetivo pode ser enearado segunds vires pontos de vista quals sejam: 0 téenieo, 0 de intercimbio cultural 0, sobretucdo, aquéle que atio pode ser deserito em palavres, resultante de algo indefinivel entre as eriatus, qual Lei de Coulomb generalizada dos sent rmentos humanos Sob o ponto de vista téenico devemos destacar a importincin de certames lo tipo que ora iniciamos, sebretudo porque vivemos mum mundo de indivi dualism egoistico, onde os homens guardam as suas fins — em vis de difune di-las livremente para o bem coletivo. A concepcio de idéias, prodiutos de raciocénio ou da intuigéo, estabelece a diferenga entre o homem © os animais inferioes. Claris © definidas, a0 om ver de vagis © imptecisis, perdaram no tempo, Imortaliznde 0 set etiador. ESTRUTURA — 16 ‘Ao Indo do diving dom de conceber idéias tom o individu a fac de express (© uso destas faculdades através dos tempos, io nfan do entendimento mito, buscando novas formas de expressto criou, parn nfs, a heranga secular {que eonfecens em todos of setes da atividade Inwnans — manifestagtes da cincia, da téeniea e da arte Focalando, em particular, & Ciéncia das Canstruebes, na qual 9 en= genheito de estraturas tom situadas suas atividades, verifcaremos 0 grande vango consegnido mestes dkimos eem anos resultado da aswocincto benéfica dda pesquisa tedrien com o trabalho experimental dos Iaberatrias de emo, iraduzindo-se nas modemss ¢ ousadas estruturas hoje realizadas Uma anélixe mais profunda desta evolugio que vem se processundo mas- ‘rari que ae estende as formas estrturais, co melhor conbecimento das pro- priedades fisicas dos materisis, aos processos « mitodos de anilise ¢ de pro- jeto, como tambérn, aos procesios de montagem © exccucto. [A evolugio das formas sstruturais esti, pensamos, condicionada ao préprio ‘material que se utilaa, havendo, sob o ponto de vista exttlen © das suas pro- priedides mecinicas, « necesidade de coneliagto no sentido do melhor sjusts mento possvel entre as fGrgas exterloras eas soliitagbes internas, ‘Tipos estraturais excelentes para a alvenaria nfo sto, geralmente adequ dos aos materials inetilicos mais adaptivels a sistemas pecaliares & suas pro- prledades fsieas. THénticanente, no eoneseta armndo — material ainda jovem — porém cujo parecimento determinow a malar ewningta de. que se tern meméria na histria ‘da Chinois das Construgées © eas possbilidades ainda nfo foram complets- mente esgotadas (talver apenas iniladas) mito se deve pensar em formas des Nadas das eftrataras metilicas ou de alvenavia, Ai esto as estruturas de super fieie, em substituigdo aos sibtenas em volume, possbiltando & arquitetura um campo de expressio mais tivze, mais dinimico, mais adequado & época de ‘bjtivagia que vivemos nos nossos dias. ‘Para 0 engenheiro brasileiro interessa, primordinente — dadas as con- Aigdes do desenvolvimento ccomimien do nosso pals — a sua utlizagio. De Tato esta se tom verificado com grandes intensidade tomindo posivel a reah- ‘zagio de potivels obras de engenbaria que projetam a téenica estrataral bras Ieira de comerelo armado v0 cenério internnetonal. Cumpre destacar a obra de Esniso Bavnicanr © seus seguidores, eriadores de uma tradigio que devenos procurar manter © melhorar. Por ovtio Tado, em caidadosos trabalhos de laboratéri, adquirem-s¢ mato. res conbecimentos das proptiedades dos materials de constracio sob diversas feondigbes de solictagto. Novas idéiae vio surgindo da interpretacio snalitien {que re procora dar déstes easaiose, como conseqiéncla,chega-se a wma melhor faprosimagio das (ainda desconkecidas) leis nataris que regen 2 modificacto de estado que se processa quando um corpo, sob acto de cargas, se deforma, ESTRUTURA — N. tik Se a a a a 4 toda Lot de Hoon nfo basta para nn representagto come no, omboras wb win ive fiskon- ton sido. possivl ediear {oda 0 acubonga matonitico da Teor du Elastickdade Gumpre Investig um pouco mil ¢ nfo. apenas persstir na simples cetagto total do seu enuciado © conseqitneies. Felizmente, isto s0 vem fentaro, rsulando uma nova atitude de rofeéneia ao signiiado dos eoef- lent de suranga o da x ang. de win estate Nio cumpre, nestas simples palavras introdtérias sto Simpésio, desen- volver o assunlo, amesino porgue, estamos certos, seri objeto de consideragto debates ‘Ainda devemes citar as conseqiiéneiss que resultaram da introdugio do eonereto armado como niaterial estrtyral no que tange aot métodos de andlise 6 projto, devidas ao monoitismo, & vid dos nés, ao elevado grau de inde torminagio das estruturas, obrigando, assim, o deseavelvimento de processos ‘spewiais de cielo [Atnalmente, talvez, tenhamos que modificar 0 modo de encarar 0 pro- Dem da hiperestaticidade diante das novas contsibuicbes trazidas pelo melhor conhecimento teériea e experimental da pastcidade ou melhor da. comport mento nto elistico dos materais. Bi mando ainda o imo aspecto — processos de montagem e exeeucho — notamos, no conereta pretendide, um sistema Inteiramente novo e original, ‘qual seja a Sntrodugio de tenses prévies coum material, proporeionande a tnelhor utilizagio de suas propriedades mectnicas, criando, mesmo, condighes fdeais de economia e leveza [Nao podianos deisar de citar as aplicagées geniais de Nex com os ele- rmentos premoldados e 0 seu sistema qze denomina de “ferro-cimento” emibora, 4 vigor, possa ser muito diseutido o material ‘A engenharia nacional acompanta com vitalidade crescente éte desen- volvimento, procurando, a cada paso, atuallzarse TReunies camo esta estio a atestar esta inteneio de melhorin de conect- imentos, de progiesso, de afer das realizagGes no setor nacional interna: GGonal, quer no eampo teérleo, quer ne das pesquisas , ainda, no da teenologia ‘ou das aplicagbes pritieas. Para isto aul estamos ©, para géudio nosso, temos entre nés o iustre reste Fenny Bonces, do Laborativio Nacional de Engenhasia de Lisboa, insti {migdo cujs trabalhos no campo da etitiea experimental merece especial des- ‘nque ao mondo téenioa de hoje. Ao eminente mestre Fenxy Bonces, aos col= ‘gas de todo o pa’s que acorreram co nosso chamado, 05 nossos desejos de ‘boa estala acompanbades dos melhores votos para o integral sucesso déste TL Simpésia de Estruturas que or dames por instaldo. Encerrandlo @ Sesslo falou o Exmo, Snx. Governador fnterino, agrade- endo 1 presenca de todos ¢ desejerdo um grande éxito para o IL Simpésio de steatras.”” ESTRUTURA — Ne 4 T O TEATRO CASTRO ALVES oe Possui uma rea 7700 mn? jeqio sbbre o terreno, sendo Bahia, é uma onsada © original con- para_vestibulo (Foyer) e 5. para o paleo e a platéia cepedo em estilo moderno. edicados & constragao pro Vista da maquete do ‘Teatro Castro Alves, vendo-te a separa en corpos 0 da platéia com o paleo (tet i do) «0 do fayer (toto horizontal © Govérno do Estado da Bahia CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S/A — COMERCIO E INDUSTRIA a admi- 10 total dos trabalhos de eo Henagiio do projeto e eonsultoria téc- wssim como a exeeugio da obra, prazo de 14 meses, dos quais 12 riamente do Teatro, que seré inaugurado PNPRUTUNA = Nea Vista da cons teugio ‘do Tea 0 Castro Alves vendosse ia reita a prova de ange Tealizads nas’ fundactes em 2 de julho de 1958. O contrato prevé multa difria de Gr§ 10000,00 se houver atrazo na entrega da obra funcionando A par de co programa ripido d: execugio, 0 Teatro Castro Alves des perta curiosidade por sua forma pouco comum, como se pode observar pela documentagio que ES- TRUTURA apresenta aos seus leitores fotogriifica 19 sposicto da platdia © rendose a di ine 0 foyer Tr vampa de ligaglo entre a pl Corte esquemitico do projet © que nos foi enviada por um dos nos- sos redatotes correspondentes na Babia, Engenheiro Abuexpat Mexe- in, Diretor Geral do Departamento de Obras Piblicas da Secretaria de Viacio e Obras Pablicas do Estado da Bahia. Apresentamos, a seguir, alguns dads relativamente a0 projeto e eons- trugao do Teatro Castro Alves. Vista da estruturn em excengio 1 = Projeto Autores: Arg. Jost Biya Foxvar Fino, Hing.” Honma Leasos Loves, Anwessdres téonicos: Funeionamento teatral — Axvo avo, Acistica — Fane Cam, Hen IAN, Funelonamento eletro-actstico yoH0 = ZADE ~ Projetos ¢ Ins es Ltda, MNUTUNA = Nod Hidréuliea ~ Eng? HL, Srvtox. Céleulos estruturais de conereto armado — Eng. Jéu10 Kassoy © M&- 110 FRaxco, Caleulos © projeto da estrutura ‘metilica — Americana Internacional de Engenharia Ltda. (AMINECO) Ar condicionado ~ Sociedade Téc- nica em Ar Condicionado ~ STARCO = S/A. Il = Deserigao © Teatro & compdsto de 2 blocos independentes: Um 6 © FOYER e a outro a CAIXA DO PALCO e SALA DE ESPETACULOS Bstes dois blocos sito ligados por uma rampa_com 128 de inclinagio, tendo 24 m de comprimento por 13 m de largura. Acestrutura da sala de espeticulos & apoiada em 4 pilares, tendo parte ‘em balango com um comprimento de 23m. A sala de espeticuos tem 1700 m? com 180) lugares O vestibulo (FOYER) tem 2200 m? © corpo do teatro tem 4735 m* de area A fachada do FOYER tem 90 m, 1 fachada posterior tem 80m. © eomprimento total do Teatro e 103: m com uma altura méxima de 45 m (Fundo da eaiva da paleo) A abertura do paleo tem: 18,60 m de largura por 9 m de altura. A rea de 350 m® visivel da pla tia é de 15,20 m x 23,0 m. ‘A rea de piso do paloo ¢ de 1.600 m:. A altura 5,0 m © vasio sob o paleo tem 7,0 m de profundidade Os elementos componentes da e interna do paleo & Caixa do Paleo dio ao Teatro Casto Alves as caracteristicas dos melhores Teatros do mundo. Possni um sistema mecinico p: feito, em conjunto com o sistema ele- tro-actistico, todlo importado de fabs 2 cago SIEMENS © MAN,, com cérea de 110 toneladas a parte meciniea © de 30 toneludas a parte eletro-acsistien importada, Os carros de mudanga, tiros, ele zaclos clorama, ete. siio 0s mais_atual ‘com 2 moderna técni na teatr A fossa da orquestra & mével A caisa do paleo abriga ainda: 20 camarins com sanitérios ‘completos Elevador com 20 m* para lot. Sala de ensaio para Ballet com 182 m*. Vestiario para figurantes: ‘a > Ballet. Coro Oficina de carpintaria Sala de ensaio para ebro. Sala reservada para policia © Dombeiros, com alurmes em todos fos pavimentos e ligagdes telefo- nnicas diretas. Sala especial para pintura de cendrios provida de tanques ete. Sala para instalagdes elétri- cas especiais e comando da parts meeliniea, Sala de méquinas para equipamento de ar condicionado, Sala de miquinas para o equipamento mecinico do paleo. Casa de fOrga para 1 000 Kwa, Casa de fOrga para ventilagao e exmustio dos camarins, sanité- ios, sala de ballet_e guarda- -roupa. (continua na pdgina 43) ESTRUTURA — Fig. Nas figuras 1 ¢ 2, mostramos uma suplleagio econdmien do conereto.pro- Lndido em pegas de pequeno vio. ‘Tratase de pecas com 21,50 m de Mo, premoldadas, que, colocadas em nero de 5, uma ao lado da outra, fovamn utilizadas em pontes constru Alas na Ttlia, segundo noticia do bolo REPORTAGENS TECNICAS 1 Pontes de Concreto Protendido com pequenos vaos Fig 2 tim da “Association Internationale des Ponts et Charpentes” A seccio transversal de tais pegas ppossuem yazio de forma oval, confor- me se vé nas figuras 1 ¢ 2 A ligagio. das pecas se faz por io de laje do tabuleiro e de vigas ‘eanaversais: 2 ~ Ponte de Sao Nicola perto de Beneveato na Itdlia A ponte de Sao Nicola tem um comprimento de 120 metros, sendo a * psrrurona — No 4 Fig. 3 ~ Ponte de Sto Nicol. csteutura principal em forma de qu- ‘ro rigido, contend 8 unidades pa- ralelas, conforme so vé na figura 3, 23 Apresentamos neste nimero uma reportagem sobre algumas pontes xe- centemente construidas no México, que apresentam caracteristicas. inte- ressantes, do ponto de vista estrutural A Ponte de Moralillo sobre 0 Ta mesi, perto de Puerto de Tampico, & apresentada na figura 4. © vito central é de $0 metros e os pilares sio artienlados no extremo ine ferior, possnindo see¢ao variavel. Fig, 6 — Seesio transversal da ponte de Zaragoza ESTRUTURA — Net comprinento 6 de 155 metros fu um tramo médio de 55 m Hs tramos Tnterais de 40: mottos In wm © dois laterals de acesso de inetros. © tuboleiro 6 eonstituide de lv concreto armado apoinda sdbre 3 Pies prineipais metilieas rebitadas. A largura do taboleivo ¢ de 7350 notrov Os pilares so fundados em eai- sbes cilindricos a 20m de profundi- thule © as vigas da estrutura principal silo do tipo Gerber A Ponte de Zaragoza, em Mon- lorrey (Fig. 5) tem 175 metros de comprimento, Foi a primeira ponte ‘exeentada em conereto protendido no México. Possui ela 5 tramos, cada um constituido de 7 pegas protendidas com 1,45 m de altura A largura do taboleiro é de 7,86 m. Os pilares slo constituides de conereto comum, sendo os encontros ‘exweutados em conereto armado. BSTRUTURA — No & Fig. 8 — Secxio transversal da ponte de Pino Soarez A obra terminon ne ane de 1954. A figura 6 mostra a seecio trans- versal da Ponte de Zaragoza. A Ponte de Pino Suarez, em Mon- terrey, possui_um comprimento total de 1755 m e esti situado em Mon- terrey sobre o rio Santa Catarina, A. superestrutura da Ponte de Pino Suarez & constituida por vigas Gerber de concreto armado. Os vaos entre os apoios sio de 30 m, 885 m, 885 m e 30 m A largura do taboleiro é de 7,50 m © dos passeios Taterais dle 2,50 m cada - sal aprosontada a eclular, com bre A. seegio trans na figura 8 6 em for Para evitar a eonstmgio dos que, neste caso, seria bastante altura de 1,40 m no centro 3,00 m nos onerosa, adotou-se 0 interessante siste apoios: ma construtivo que é ilustrado na fie 9. s pilares sto de concreto do com articulagées do tipo Mesnager la em 1953, ‘das _em suas a trnidas em posigi A obra foi conclu! vertical ¢ 4 — Um interessante sistema construe tivo para evitar os cimbres. " fixo provisério A ponte sébre o rio Storm, na Es Para isto, as pegas do arco apoiae ulagdes foram cons depois, trazidas A posigio final por meio de uma rotagio em térno de um apoio Na figura 9, vemos duas partes trada que vai de Pérto Elizabeth a do arco concretudas e ainda em posi« Cape Town, na Afriea do Sul, foi gio vertical, prontas para sofrerem ro= construida em areo cle conereto arma do cobrindo um local de dificil acesso. tral da ponte tagio, a fim de integrarem 0 arco cen- Fig 9 — A ponte sbbre o rin Storm na estrada Pésto Elisabeth — Cape ‘Town onde o arco centr foi constewido sem cimbres. Véem-se as partes a ponte coneretada em posigin vertical prontas porn sofrerem rotacdes fem tomo do extremo inferior 26 ESTRUTURA — No 4 ~~ O PROBLEMA DA SEGURANCA DAS CONSTRUCOES Jouo Fem Bonces Portugal 1. Introdugio, Em que medida © problema da seguranga é um problema da Engenharia Previsto © decisio. Esquemas do conhecimento. 5. 0 certo © 0 aleatorio. A estatistica matemética. 1. 0 estratégico © 0 incerto. A teoria dos jogos de estratégia 5, Regras de decisio para os diferentes esquemas. 6. Formulagio geral dos problemas de dimensionamento, 7, As teorias de estruturas. Tearias clissicas e tearias estatisticas. 8. Conclusdes. 1, Introducao. Em que medida 0 problema da seguranga & um problema de engenharia Bo problema da seguranca das construgGes um problema de engenbaria, Efetivamente, a faagio do projetista © do construtor & conceber e executar construgies ficientes e, portanto, seguras Parece, porém, que 0 problema da seguranga 6 mesmo um dos pro: blemas fandamentais da engenbaria. A resposta & questio formu Jada nao pode deixar de ser afimmativa Analise-se, no entanto, a questio com mais detalhe: E da experiencia comum a constatagio de acidentes nas cons- tragdes. Tais acidentes verificam-se neste como em todos os outros campos de atividade humana. Entio se se verificam acidentes por que se nido constréi com maior seguranga? f& necessirio atender a0 ponto de vista econdmicol & esta a resposta que logo surge. Mais do que isso, uma construgdo totalmente segura 6 niio s6 econdmica- mente como tenicamente inviivel Evidentemente que todo o problema de engenharia & sempre tum problema econdmico. Isto nio signifiea que todos os nossos problemas devam ser transferidos para os economistas. Note-se, no ESTRUTURA ~ Ne 4 ee re rey 8 centanto que formulagdes gerais em térmos de seguranga podem ter largas repercussdes econdmicas. A varingio das tensdos le segu- ranga regulamentares pode influir fortemente na procura e nos cus- tos dos materiais de construgio. Poder’, por exemplo, interessar um dado agregador humano, em face duma dada situa mfea, variar a seguranga das construgdes de dado tipo, de acérdo com essa situagao. Problemas desta indole tém ji larga parcela de problemas econdmicos puros, A definigio da seguranga seria neste caso um problema econdmico, apesar de baseado em dados de en genbaria. Continuando nesta linha de raciocinio seria ainda féeil mostrar a subordinagio do problema as concepgdes socials e politicas Esta introducdo vitil na medida em que servir para nos por de sobreaviso quanto as limitagdes dos campos de atividade de cada um. £ necessirio que os especialistas se apercebam que muitas das regras que esto preconizando para o estabelecimento da segu- anga so, no fundo, bases politicas Direi que um bom especialista do problema da seguranga das construgdes seré aquéle que, em face dum dado programa politico, social © econémico, scja capaz de formular os problemas técnicos de modo a satisfazer de forma étima acs programas dados 2. Previsio ¢ decisto. Esquemas de conhecimenta © problema da cbtengio do dimensionamento mais conveniente no vai ser considerado como um problema de obtengéo direta désse dimensionamento, mas como um problema de escolha entre virios dimensionamentos possivets. Para que a escolha possa ser objetivada, & indispensivel dispér de métodos que permitam prever qual 0 comportamento das dife- rentes solucdes antevistas. Surge assim primeio um programa de previsio ¢ depois um problema de decisio ou escolha Se se trata de construgies jf anteriormente realizadas, a pre- visio do comportamento futuro pode ser baseada no compor- tamento passado, Designaremos as previsées déste tipo por pre- visbes diretas Para as construgdes ainda ndo anteriormente roalizadas, 0 pro- Dlema nao se pode pdr déste modo. Para que as previsées sejam ESTRUTURA ~ No 4 possiveis, é indispensivel dispor de teorias que a clas conduzam AA previsio tem de ser indireta e feita por intermédio dessas teorias. Evidentemente que em muitos casos 0 problema nio se poe sob nenhuma destas formas extremas. A nova construgio nao terd ‘em geral originalidade completa e ambos os métodos devem ser combinados de modo a obter maior preeisio nas previsoes As teorias a utilizar tém de ser baseadas om esquemas de conhecimento © a discussio dos esquemas atualmente ‘iteis est na base de formulagio dos problemas 3. 0 certo € 0 aleatério. A estatistica matemética. Durante milénios © até a épocas recentes as teorias que 0 ho- mem foi capaz de formular baseavam-se no esquema do conheci- mento “certo”. As afirmagoes eram verdadeiras ou falsas. As gran- dezas representadas por mimeros. As relagdes entre grandezas esta- belecidas por fungbes: (© nascimento em meados do século dezessete do “Ciileulo das probabilidades” © 0 répido desenvolvimento desta disciplina e da “Estatistica matemética”, durante 0 nosso séeulo, veto permitir que 05 problemas pudessem ser formulados de outro modo. Para esta nova formulagio surge como fundamental a nogao da probabili- dade, Os matemiticas eriam-Ihe uma axiomitica simples. Os seus utilizadores saben encontrar nela néo s6 a contrapartida duma fre- agiiéncia como graw de convencimento. © eampo em que a nogio da probabilidade & itil alarge-se enorme ¢ incessantemente. Ambos 05 esquemas — 0 certo € o aleatério — sio iiteis para representar a realidade. Nao se substituem, completam-se. A con- veniéneia dum ou doutro depende do tipo de problema a estudar Interessa desde jf chamar a atengio para a necessidade de formular as teorias de acérdo com os esquemas nos quais operam. B corrente a tendéncia de usar as teorias baseadas no conhecimento ‘certo para operarem sobre grandezas aleatérias, 0 que conduz a resultados incorretos sem sentido. Nao se quer também deixar de referir @ enorme desenvolvi- mento e aperfeigoamento sofrido nos diltimos deoénios pela esta- tistica matemética. Os seus problemas fundamentais sio agora for- mulados de forma lbgicamente correta ¢ claborados de modo a po- derem ser ficilmente utilizados na sohugio des problemas téenicos. RUTURA ~ No 4 4. 0 estratégico © 0 incerto. A teoria dos jogos de estratégia Poderio todos os fendmenos que hé a considerar ser represen- tados satisfatdriamente pelos dois esquemas anteriores? As decisbes tanto as nossas como as de ontros, poderdo ser consideradas como certas ou como aleatérias? E ainda pela observacio da realidade que se deve procurar resposta para estas questdes. Muitos fatdres que hii a considerar vao depender de decisdes humanas e a experiéneia mostra clara ‘mente que para essas decisdes 0 exquema aleatério nao é aplicével. Existird alguma teorizagao vitil para éste tipo de fendmenos? Vox NEUMANN © Moncrxsrenx debrucando-se sobre 0 assunto e tendo principalnente em vista as situagies que envolvem conflitos econémicos, foram levados a criar a teoria dos jogos de estratégia que, pela sua importiineiz para o problema que estamos estudando, interessam referir aqui © problema mais tfpico ¢ mais simples da teoria dos jogos & © de duas pessoas. Considerem-se dois jogadores A e B, tendo eada tum déles possibilidade de efetuar um miimero finito de escothas. Defina-se uma matriz, ay que a cada par de escolhas faz corres- ponder um pagamento do jogador B ou jogador A. Supde-se por- tanto que o jogador A pode escolher as linhas‘i” ¢ 0 jogacor B as colunas “” da matriz. © jogador B procurard minimizar os paga- mentos que tem de realizar e o jogador A procurars maximizar éstes pagamentos.. Analisem-se as conseqiigneias das decisdes que os jogadores podem tomar. Se o jogador A escolheu a fila i recebera pelo menos min ay; compreende-se, portanto, que tenha interésse de efetuar a escolha que conduza ao maximo para éste valor, isto € procurard portanto qual o max min ay ¢ assim se decidiré pela escotha de i. Da mesma forma o jogador B escolhendo a coluna jo mais que terd de pagar seré max ay, € ter portanto interésse em adotar a solugaio que conduz a0 min max ay. As regras de deciso em que se procuram os méximos © mi ‘mos referidos designam-se por “maximin” e “minimax” Se a matriz ay for tal que se verifique a igualdade: max min ay = min max ay = 0 © jOgo diz-se estritamente determinado © de valor e. Sempre que tal sucede, é fiieil de justifiear que as regras referidas sio as mais convenientes para ambos os jogadores. Em geral, definida uma matriz, 0 valor mar min ay nilo sect ‘ap igual a min max ay, Para um jogo nestas condigdes nvio € possivel dat adotar uma estratégia pura (escotha eerta duma agio) que confira a0 jOgo 0 mesmo valor para ambos os jogadores. Estude-se se sera possivel, neste caso, formular uma estratéyia mais complicada, Analise-se o problema no caso particular da se- sguinte matriz, simples 0 60, me Neste caso, tem-se ‘min, max. ay © 0 jOgo no portanto estritamente determinado. Analise-se © que vai suceder se o jogador A tomar as suas deci- ses por um processo aleatério que conduza a probabilidade p de escolher a linha Le I-p de escolher a linha 2, Nestas condigdes se 0 jogador B eseolher sempre a colana 1, o valor esperado dos recebi- mentos de A é dado por v; = 12 (1-p); se 0 jogador B escolher a ccoluna 2, 0 valor dos reeebimentos ¢ agora dado por t = 60 p Se 0 jogador A quiser fazer com que 0s seus reeebimentos sejam Independentes das decisdes de B nfo ter4 mais do que escolher p de modo que v, seja igual a vs. Tom-se pois 12(1-p) = 60 p mp=e p= ap ere V=sou=0=10 0 jogador A pode portando adotar a seguinte regra de deci Antes de escolher, Janga um dado, sempre que sai sena joga na Jinhw 1, nos restantes casos joga na linha 2. A uma estratégia deste RUTURS = N04 tipo chama-se estratégia mixta. As decisées de A esto randomi- zadas. O jégo serd equitativo se A pagar a B 10 pelo direito de jogar. Se A pagar 9 0 jogo ser desfavordvel para B; se pagar 11 desfavorivel para A, Note-se que o jogador B pode adotar também uma estratégia mixta que conduziré ao mesmo valor do j6go. Pelo fato do, na solugio déste problema, se ter sido conduzido A consideragao as decisdes tomadas por um processo aleatério, néio se deve confundir éste esquema, que se designa de estratégico com © esquema aleatério anteriormente referido. A e B sao livres de tomarem as suas decis6es. Além do esquema anterior, nio se quer deixar de referir outro que se vai designar de incerto, Neste esquema s6 um dos jogadores & que faz as suas escolhas para se defender de virias situagdes pos- sivels que se sucedem de forma incerta ¢ sem atender &s suas con- veniéncias. Usando 0 exemplo anterior, ¢ considerando as escothas de B coma as virias situagdes possiveis, estas situagies niio vio ser influenciadas pelas decisdes de Ae éste nao necesita randomizar © set: processo de escolha e pode por exemplo eseolher uma vez a primeira linha e nas cinco vézes segitintes ® segunda, sem que tal Jorma de proceder tenha influéncia no resultado final do jégo. Evidentemente que para tal ser justo é indispensével que a sucessao das situages B néo estéja sujeita a uma lei que se combine com a lei de escolhas de A. Analisados os fundamentos dos esqnemas estratégicos © incerto: seri convenfente transformar o problema anteriormente formulado em térmos dum problema de seguranga.. Considere-se uma emprésa que procede normalmente & aquisi- gio de postes de concreto destinado & instalagio de Tinhas elétricas, Verificou essa emprésa que existem postes bons e postes defei- tuosos mas s6 € capaz de os distinguir realizando ensaios (cada en- saio custa 12). Quando utiliza nas limhas postes defeituosos re- sulta de tal fato um prejuizo que pode ser computado em 60. Nas condigées de compra que estabelece resolve estipular que na hipée tese do ensaio conduzir a um resultado desfavorivel 0 vendedor fornecera novo poste ¢ pagar o ensaio. Como deverd a emprésa proceder, deve mandar ensaiar todos 0s postes ou niio os ensaiar ¢ suportar o prejufzo quando éles silo dlefeituosos? “Apliquese a teoria dos jogos de estratégia comegando por crever a matriz dos prejuizos: | bons | defeituosos Wee ec tio ena 0 | : eens | 0 | , ‘A matric obtida & pois idéntica & anterior e a teoria dos jogos tesina pois que nesta situagio se devem ensaiar 8/6 dos postes 3 sudquitidos. Note-se que se a emprésa dispusesse de elementos que Ihe ‘permitissem estimar a percentagem de defeituosos em vez da teoria dos jogos de estratégia poderia basear as suas decisbes nos resul- tacos da estatistica matematiea ee 5 5. Rogras de decisto para os diferentes esquemas Discutido o quadro geral em que se tem de operar, analisem-se j 6s principios orientadores para a resolugio do problema. proposto. 2 ‘Como se disse 0 problema vai consistir na escolha, entre varios ‘ dimensionamentos possfyels, do mais conveniente, e interesa anali- “sar quais as regras de decisio orientadoras que podem ser utiliza = dhs esa escolha, Tals rgmns de decsio vio estar fundamental = . 1 — Em caso algum é de admitir a rufna da construgio. I — A probabilidade de ruina, durante a vida prevista pars 4 construgio, deve ser suficientemente pequena. TIT —0 custo generalizado duma construgio deve ser ‘minimo * IV — Hscother a solugio que garante maior utilidade. tas regras devem ser vistas puramente como regras gerais & ro ham de adaptar-se a condigées particulares, A simples formulagio apresentada 6 de certo modo esclarece- dora do esquema a que as diferentes regras cotrespondem. A regra I de certo modo traduz a forma de pensar tradicional © corresponde & adogio do esquema de conhecimento certo. As rufnas niio sio de accitar e para que se nfo verifiquem adota-se um coeficiente de seguranga que faz com que o mimero de excocées & ogra seja suficientemente pequeno para que a regra se nilo con- sidere invalidada. Conduz, no entanto, esta regra a uma escolha objetiva do cocficiente de seguranca? f evidente que nfo, £ a experiencia, interpretada pelo bom senso, que conduz, a escolha das tensées © dos cocficientes de seguranca, O problema no pode ser formulado em térinos mais precisos. As regras II © TIT incluem duas nogées, probabilidade de rufna ¢ eusto generalizado que, antes de mais se torna necessério analisar Conhecidas as definigdes de probabilidade © de ruina, & evi- dente 0 que se entende por probabilidade de ruina duma cons- trugio, Dentro da posiglo freqiiencista, esta probabilidade pode ser expressa pela porcentagem de construgées que se arruinam, per- centagem obtida analizando o comportamento de grande néimero de construcées andlogas. Evidentemente, que esta prohahilidade tem de ser referida a um intervalo de tempo que se designou por “vida prevista” . Na nogiio de custo generalizado introduz-se, além da nogio da probabilidade de raina, um eonjunto de custos. Designe-se por C, © custo inicial duma construgio ¢ por C, o custo resultante de se ter verificado a rufna do tipo (as parcelas que podem ser incluidas nestes custos podem ser de indole muito variada). O custo genera- lizado, C,, ser dado pela expressio GHG + IRA em que P; 6 a probabilidade de verificagio da ruina do tipo ¢. © custo generalizado mede pois o valor esperado do custo final da construcio. Para que tal custo seja calculado de forma comet do ponto de vista econdmico hé que considerar ainda os problemas de juros e de amortizacio de capitais. As regras II © IIL incluem ambas nogdes de probabilidade ¢ pertencem portanto ao esquema do conhecimento “aleatério”, ‘A regra Il € de certo modo mais grosseira do que a regra TI pois implica ainda um julgamento sudjetivo, o de saber se a proba- hilidade de ruina escolhida ¢ ow nao suficientemente pequena. Notese no entanto que a precisio dos dados em que se tem de basear a formulagio do problema em térmos probabilisticos é muitas vvézes pequena tirando o interésse a adogo da regra IIL. A regra TIT & uma formulagio mais perfeita, mas para que tenha sentido a procura dum minimo para 0 custo generalizado & necessirio que, has varias hip6teses, soja possivel calcular éste custo com precisio suficiente. Analise-se finalmente a regra IV. Nela se incli uma nova nogio a de utilidade. 4 utilidade pode ser definida como a medida de satisfagio que resulta de se dispor de bens. Para aplicar quan- titativamente a regra é indispensivel que a utilidade sej rivel. Dante, Benwovrss foi quem primeiro sugeriu a I dade dum Iuero adicionado a uma fortuna inicial é inversamente proporcional a essa fortuna micial”, Os economistas modernos tém procurado aperfeigoar a necio de utilidade para nela poderem Dasear as suas téenicas. ‘Ao formulae a regra IY disse-se sdmente que se devia procurar yorantir que a utilidade fdsse méxima. As regras de decisio para garantir tal méximo diferem na hipdtese de se adotar o esquema fleatério (em que se procurarh maximizar o valor esperado) ow 0 fesquiema estratégico (em que se procuraré maximizar a minima titilidade sendo éste ‘ltimo minimo resultante das escolhas do adversirio) 6, Formulagao geral dos problemas de dimensionamento. Para facilitar a esolugso dos problemas em estudo, hd que os subdiyidir em problemas mais simples. Em primeiro lugar, consi- erase que o dimensionamento vai consistir na escolha entre virios Gimensionamentos possiveis. Para cada um dos dimensionamentos ‘supde-se, portanto, conhecida a forma da estrutura e as propriedades ‘mocinicas dos materiais que a constituem. Em geral, admite-se que a definigéo da forma da estrutura é feita em térmos de conhecimento certo, sendo raros os casos em que fe fom interésse em analisar a variabilidade da forma (p. x. varia- Dilidade da posigio das armaduras em relagio aos valores provistos) . MA = Ned Quanto aos materiais, a larga variabilidade real das suas pro- priedades ndo permite que as caracteristicas mecinicas possam ser Fepresentadas por valores certos mas impdem que sejamn represen- tadas por distribuigdes estatisticas. Para uma anélise completa, haveria ainda que considerar a influéncia do tempo tanto na geometria (modificando p.z. as seegies por efeito da deterioragio) como nas propriedades dos ma: teriais. Para simplifiear os problemas nao é usual entrar explicita- ‘mente em consideracio com esta influéncia Por outro lado ha que definir as solietagées que se prevé qe atuern na construgio durante a sua vida, E pois necesséio definir © intervalo de tempo para 0 qual se quer analisar o comportamento da construgiio e prever quais as solicitagdes que vio atuar durante @sse intervalo de tempo. Algumas solicitagdes poderiio ser consi- deradas como praticamente certas (p.x. péso préprio de elementos) outras como aleatérias (p.x. ago do vento) ¢ outras como estra- tégicas (p.x. eargas concentradas em pontes) Conhecida a estrutura, sua geometria e materiais que a cons- tituem, © as solicitagdes, hé que prever o comportamento. Estas provisos do comportamento so em gcral efetuadas part dadas hipéteses de solicitagies (supostas para 0 efeito como certas) Somente depots, a0 julgar o- comportamento, se entra em conside- ago com 0 cariter aleatério ow estratégico da hipétese de solici- tagio considerada. Um problema geral fica portanto reduzido a um conjunto de problemas mais simples que se podem formular do seguinte modo: Prever para uma dada solicitagao 0 comportamento dima estru- tura de que se conhece a geometria e as propriedades dos materiais constituintes. B éste o problema fundamental resolvido pelas teorias de estruturas. As regras de decisio anteriormente emmeiadas devem aplicar-se 40 conjunto de resultados obtidos pela resolugio de problemas do tipo anterior. 7. As teorias de estruturas. Teorias cldssicas e teorias estatisticas, As teorias normalmente utilizadas para prever 0 comportamento das estruturas so, como todos sabem, baseadas nas teorias da elasti- ESTHUTURA ~ No 4 cidade e da plasticidade, Estas teorias, aditionadas de hipéteses complementares, transformam-se em teorias particulares que, em conjunto, & costume designar por resistencia de materiais Nestas teorias, além de se considerar a forma da estrutura e as solicitagdes que nela atuam definidas cuma forma “certa”, admite-se também que as propricdades necessérias dos materiais si0 constan- tes em téda a estrutura. Nestas teorias, que designamos de teorias ‘clissicas, no & possivel introduzir a aleatoriedade de variagdes das propriedades mecfnicas senfio considerando virias estruturas © su- pondo que, em cada uma as propriedades S80 constantes, mas que variam aleatdriamente de estrutura para estrutura. © interésse de entrar em consideragio com a variagio das pro= priedades mecinicas numa mesma estrutura leva a criagio das teorias que designaremos por estatisticas. Estas teorias baseiam-se na definigio aleatéria das proprie- dades mecaiiicas. Por exemplo, 0 médilo de elasticidade ou 9 tensio de roturas correspondente 2 elementos de volume, v, sia definidos nao por ntimeros mas por distribuigdes: Seria excessivamente extensa a apresentagio completa das teo- rias déste tipo e por isso nos limitamos a classificf-las de forma que se nos afigura mais sugestiva Distinguiremos, assim, trés tipos de teorias de acdrdo com 0 tipo de ruina que consideram: fragil, dtl, ou por deformacao. A teoria estatistica de ruina frégil foi elaborada hi j& uma vintena de anos por Wetacix.. A possibilidade de criagZo duma teoria estatistica de ruina por deformagio e a sua apresentagio para alguns casos. mais simples foi feita numa tese recentemente apresentada (Bonces, 1954). Nesta mesma tese se discutiu a dificuldade de eriagio duma teoria esta: tistiea para a ruina diictil ‘Também com formulagio estatistica foram recentemente as teorias que pretendem explicar o comportamento dos materiais fibrosos com vista principalmente ao estudo das propriedades mect- nicas de tecidos (Pemcm (1926) © Dantexs (1945)). Entre outros aspectos, permitem as teorias roferidas explicar a variagio do comportamento de estruturas anilogas mas de dife- rentes dimensdes, A influéncia do efeito de escala nio 6 nos ya- ESTRUTURA = No 4 98, lores médios que definem 0 comportamento, mas também nas dis- persoes déstes valores ¢ de grande interdsse pratico. Como particularizagio das teorias estatisticas de estruturas sur- gem as teorias estatisticas da semelhanga em que éste aspecto é especialmente estudado. 8. Conclusses, A questio mais importante que, em forma de conclusio, inte- essa esclarecer afigura-so ser a soguinte: os resultados apresen- tados silo efetivamente titeis? Para que servem? Em nossa opinifo o interésse das matérias versadas é duplo: em rimeiro lugar deve ser considerado sob 0 aspecto de formagio dos técnicos o em segundo lugar sob 0 aspecto do interésse direto nas aplicagSes. © primeiro aspecto & sem divida importante e somos mesmos levados a consideri-lo como primordial, De fato, o perfeito eselarecimento das questbes postas, permite eriar pontos de vista que terdo longa repercussio nas solugdes adotadas. E preciso nao esquecer que a grande maioria das decisdes que nos interessam no sio quantificiveis. O ponto de vista dos téeni- ‘cos quo tém de tomar tais decisdes ter pois importincia dominante. As numerosas investigagses recentemente conduzidas tendo rincipalmente como objetivo 0 estudo estatistico das solicitagées ¢ as propriedades dos materiais constitufram a indispensivel base para que seja possivel aplicar quantitativamente os resultados obti- dos a variados problemas A divulgagao eficiente do ponto de vista das aplicagées s6 pode ser conseguida introduzindo tals resultados nos regulamentos ou normas da construgio. £ pois indispensével que na elaboragio de tais regulamentos colaborem os estudiosos quo se tenham dedicado a stes assuntos: Finalmente, chama-se a atengio para 0 fato do problema da seguranca nfo ser especifico dum dado ramo da engenharia, mas comum a todos os seus ramos e diviamos mesmo aplicivel a muftas outras atividades humanas ESTRUTURA ~ No 4 DEBATE SOBRE A CONFERENCIA DO ENG. FERRY BORGES perio Toe Loan Cancso — Inldsinete somo _cogablane at ‘muito calorosamente com o Eng.° Fenay Boncxs pela sua expo- tee, creed or ecppcenal dea «ep ae SEac6 dan polow opoftndssda ah ote see fe qu jt honor cla mau ore be oman i crac ms tii” ys sear guns cbervgtn, prndpents quasi to eta do Geclso, cindo na conerénda, quo fas babar a segurncs, oa ‘Stou probbidado de runs dar ob om ete pramete srs, cae on prhizn Sve hs oa, pri Ses fon ‘Refine, em parol, a eto do canada ge pera com oan pe encod Amocioine pnumeno a0 Eog® Fenny Boros qusdo te ate quo problems da epunnce dus obra 6m problona ple. ics wells Tm minha pio nope to Soe to treme fds fang Gor pf crt ra, pol exe ti for mera ou wan socal hunt qo tu te sx: Mo te efe lo tw ormapbr une baragen © ett om va dennnesto poral ou et wis a ome aie Como nto conden at pert de vidoe uma? Sei mr tasmon om buss cr pio malta, As coms ei a nin pile cond prin dey ‘Kens, tn ur ue ecuramoto fap of cete Be vogazae, iy tanbln,o sa de pov 36 wna Inno tame in poner 9 est Oy gs tpn com bu oot jus pov pis gods Jo wn Me pla unonpr'&ecnes de eg 8 wa woh Spor eouply Lieomper une opr et tm xp fain bee 9 toes in nee flr haneno ov socal lo quo 20 en eatin © critério econimico. Bste ser em iiltima anélise Soave, ma cn ae tse, No se pode ao sno «egy roy pos i daca resto i Se cecadoe ledges eo eee son tab faaSementas, 9 ses fanbio nratem 8 vide hue, sno 4 frodupi de’ nig, arto mac, te. Deio ah Mero do canes, pot exe,» gietm a wie € fra Thc a tapumoge dav omar stoves do norman de top “Pauper ty eb sno ar fe 0 rodeo do tubulin, © upntlia Se energi & rp Tigo da eeoonin, ee tonto sais poder. soto destnar ESTRUTURA ~ Ne 4 | segoranca das obras. E isto aumentard assim, & medida que aumenta a prosperidade ger. Agora, quero tatar de outro assunto, Higado as teorias estae tistoas das estruturas, Considero-as interessantissimas ¢ fecondas, ‘mas quero chamar a atengio para exageros ov vnilaterlidade Refiro-me i explicacto da diferenga de resisténcia & flexto do Cconereto obtido em enssios com ume 26 fSrea nO centro, ow em fensaios com zona de momento central. A explicagio estatistica dessa diferenca é para mim apenas wma parte da verdade, E julgo mesmo que quando © coeflviente de varixsio do ccnereto & pequeno, esse explicacto nem mesa chega « ter algun papel No laboratérlo verifleanes que a mutart no cio de ensslo com uas fOreas nfo se di muma seeglo qualquer, mas numa seogio 1 una pequena distincia de una on ontin dessas duas fércas. B que a “perturbagio local”, devide x cargas comcentradas no t1so de ensaio com uma sé orga, redux a solicitacto real maxima, na seesio do meio do vio. No caso de ensaio com duss forgus hi a mesma redugto nas secedes comespondentes a esas forcas, ‘mas verifiease, a0 contrisio, um pequeno sumento (em rela 0 elleulo clissieo) em das secgbes simétcias, situadas @ pe- ‘quenas distincias das duas fBrgas, dentro da zona com momento cconstante. Uma dessas duas seopdes, mio qualquer uma, & 3 de ruturn, ¢ 6 no caso do cosficiente de varlagto ser maior & que: 2 explicagio estatstica teria lugne. A perturbagio local a ma) ver, a verdacaim orpliagia A ala pda comarca a oxpliengi statisti, que seria assim apenas uma parte da verdade, Para terminar, tenho ainda uma objeefo a que o Eng! Fxsuwy Bonces poderi certamente responder. Tratu-se da interprelagho ‘maliciosa do conceito da “‘probabilidade de ruina”, segunda w ul (© engenheiro construtor (ou projelisa) de um prédio que desib ‘nfo teria qualquer responsabilidade, pois seria apenas um caso ‘de pouca sorte: estaria dentro da “probsbilidade de ruina’ Alm disso, que sentido teria a “probabilidade de rina” nos ‘casos, aliés os mais comuns, de ruinss causadas por fares que nfo podem ser tratados estatstamente (0 “esquema estratégiea”” 1 que se refere o conferencista). Por exemplo: raina por excavn- ‘0 das fundue6es do vizinho, ou ainda por desonestidade (madi fieagio de trago do concreto) Prof, Anexson — Felicta 0 conferencista pelo brilhantismo do exposigfo que nao o supreende por jt conhecer os tall excelents jt publ cedos pelo ng? Fexny Boncrs. duct dos conositos probabilisticos na definigto do eoeticiento d seguranga. Duas correntes aprociam este asunto sob dngulos dl ferentes. “Uns no encontram novidade alguma nas conchusBes {que se chega © considera desnecessitio 0 estudo, Outros Declara que reconhece os méritos ¢ as vatagens do intro ‘entuslasmamn excossivamente © proper modificagdes radicals na ‘maneira de proceder nos ciiloulos estraturals. Considers exoe- lente os beneficios déstes estudos sob 0 ponto de vista coneeitaal fe respeita os resultados obtidas sob o ponto de vista quaitativo porém julge ainda codo para as conchisdes quantitativas, quando se considera a estrutura ei seu coujunto. ede que o orador se tmanifeste sébre a possbilidade de emprégo dos iétodos estatie- Leos A resisténcia das estruturss sob 0 ponto de vista. quant tative. us Sopnat. ~ Objeta que a depender do estado de tansies « que se encontra submetido o conereto éle pode sor considerado frgil fou duetil. Pergunta qual dos critéris adotador pelo conferea- clsta nos seus estudos stbre teoria estatitica das estruturas Prof, Jéuio Viewre ve Sovza — Observa que o exemple dado pelo eonfe- rencista referente a dois eaminhies de une certa tonclagem que se encontram noma ponte, pode ser transposto para o caso da aviacio em que um grande nimero de manobrs que causa 4 perda da aeronave, sio taxativamente proibidas Eng® Fnaxcisco Linios Saxraxa — Objeta que rizses histérieas devertam, jnstifcar a adogio de solughes mais econdmicas nas estraturas Prof, Fenvaxpo Vewincio Fito — Pergunta ao Prof, Faany Boncrs a sva ‘opinito sébre a obra de Tumioys-Par2 em que se faz 9 aplicagio du rogra de decisto III, chogando-so a sbacos de aplicagio pritien Imediata.Deseja saber também se fi existe obra semelhante em {que soja feta « decisto com a regra TV. Prof, Pawo 4 — Tern divides quanto ao eritéio de custo generalizado, Cre {que 0 que se deve adotar 6 a soguinteregma: “A sogunanca deve ser 0 méxino compativel com un eusto tal que as quantas que f dle se destinar no sejam desviadas do outras aplicagies soca ‘nals importantes. Parece que o eto do quanttho (n0 caso 0 Geel) adotado no caso da paste do Portugal tem dois pontos ‘que devem ser melhor estadador. 4) pode ser garantida a condicio do deilho inferior (ou superar) um detemninado valor etarse em mi situacto con- forme a posieto da média (que pode scr levedo para valores buinos seja por falta de contre do material, sje por vontade cotratdgieamente desonesta do constrtor: 3) 0 exhésin do deeiho. parece supor uma distubuisto “ponmat” dos valores, 0 que mules vézes no acontece (sobre. ‘oxo quando o contre nto & bem feito). Crémos que melhor {que 0 certério do quantilho & © que temos sempre defendido e ‘sth nu NBs a mba e desvio padrio (oo 0 coefciente de varia), engto pare o probleme das vidas ‘mapas e na dificuldade de entrar em consideraghio com dese fator 10 lel do exsto generalizado. Rate problema existe tambén fem outros ramos da atividade humana e nem por 1880 fol deck ido suprimi-ls pelo fato de causarem acidentes © mortos, 0. cxcmplo do teinito sutomével parece-no flagrantes. Quanto a problema da desonestidade parece possvel ser abordado pelo te Gquema estatégieo. Se a solugio desonesta nto correspondow & solugio econémiaimente mais conveniente poderemos fear garkne tidos contra atuandes dso tipo. No que co zfero ao aspecto furidion & soguranga dat cons trugées nfo trazem nada do novo em relagio a outras atvidades Thumanas anilogis. 0 fato do exstir cosiients do sogurengs que mnca podem condi a seguranga absoluta nfo & motivo pra quo co no poten ponir oe responeive. ‘Ao Prof. Avmson Monsina ns Rocita — Posto dizer que os elementos de que 0 dispie para 0 célovlo quantitativo dos eveficentes do. segu- ranca 6 ainda pequeno. ® indispensivel quo se prossiga no e5- {f0rq9 de melhor conhecimento, em especial estatistion das. gran- ezas que nos interessam, as propriedades dos materials © as soleitagies. Nib se afiguen indixpersivel substituir nn regula rmentaglo os coicientes de seguranca com probabilidade do rina. © que A nevesslrio & variar Asces oneficientes, de nefrla ‘com os estudes de soguranga que fot possvel realizar ‘Ao Prof, Huwsinr Savso Soma. — Em relaglo & questdo apresentada polo Prof. Envint Somnat, direi que sendo o conereto normalmente ‘considerado como material frigil apresentase do ponto de vista das teorias estatistioas de estruturas com ductilidade suffciente para que sejam aplicivels As teorlas ostabelecidas para os mae terials dictes, especialmente para os estudos de comprossio. ‘Ao Prof, Jéa1o ve Sowea — Concorde com o Prof. Jéai0 pe Souza com o eri téslo de estabekoer regras proibitivas de dados tipos de solic {aslo e limitar assim as solicitagSes de uma forma estratégica. ‘Ao Vrof, Fenaxno Vexixcr Fusto — Em minha opinifo o trabalho do ‘Tomoya o Patz a que se ofere 0 Prof. Fimwaxo VENANci0 en ‘quo so procurou aleancar reultados imedistos 6 de grande valor porguc apesar de se tor bascado can resukios provisos ¢ anda ‘Mo completamesto confirnados experinentainento nos di uma ‘orden do grendeza da infhiicia dos diferente fatores chamando pricipalmente atenglo para as repereusbes na sepuranga do tipo So fisclizapio wslizado a obra ESTRUTURA — No 4 f twferilas polo Eng? Leow tambéan de considerar. Posivelmente esas prd= ‘pris rax06s no. pormitriam aceltar soguranga inferior & atval mente adotads, mesmo que correspondesse & solugfo mais econd rea. ‘Ao Prof, Pawo Sh — 0 eritétio preconizado pelo Prof. Pavio Sk com a ‘caraclerftiea social fortamente marcada chama mais uma vez a tengo para 0 aspecto social e politico da definigfo dos exiteios do seguranga. A dificullade do aplicagio dos critérios roside na ‘quantifiagio das grendoras néles envolvidas. $6 tem sentido pproourar minimos quanco se conhocem as geendozas com eros fuffeiontemente poquenos © que mio masesrem o signifieado de {ais minis: Concordo inteiramente quanto & adogio do valor médio © do desvio padrto, como definidores da distrbuicdo das propric- ades dot materais, que nos interessam. No caso pasticular da pponte da Arrabida, no P6rto, além das finalidades que so im- ‘pem quanto as propriedades do conereto baixam em relagto a certor valores Procurou-so também premiar o empreiteizo om funeio da qualidade do concreto cue soja caper de produzir. Neste caso ‘como s0 tem a propria distribuigho das propriedades moctnicas do material 0 prémfo sori pago em fungi da rosistincia corres pondente ao quantilio de dez por conto. © TEATRO CASTRO ALVES — (ontinuacto da pagina 22) TI — Estrutura A estrutura do Teatro é em concreto armado, com oérea de 8.700 m*. A estrutura de cobertura & metélica, com eérca de 290 tone- Jadas em ago. Os vios maximo © minimo desta viltima sio de 58 metros ¢ 25 metros respectivamente. A fea de cobertura & trapezoidal. Na estrutura de conereto crmado esti sendo utilizado 0 ago TORSTAHL — 50, com concreto semi-racional. © escoramento da sala de espeticulos seré tubular, fornecido pela MILLS. ESTRUTURA — No 4 BASES PARA CONCEITUACAO DE UMA HIPERESTATICA DE PLACAS E CASCAS ‘Apensox Monema pa Rocuta Rio de Janeiro 1 — Uniformizagio da Hiperestitica. Jé tem sido muito discutida ¢ objeto de imimeros trabalhos a Hipsrestitica das estruturas de forma prismatica, on seja, das estrus turas formadas por um conjunto de hastes de pequena seegio trans- versal em relagio a seu comprimento. © problema das estruturas de pegas prismiticas no caso em que 05 eixos, retos ou curvos, niio estejam contides em um mesmo plano, ji tem sido estudado ¢ faz parte da Hiperestitica espacial das estruturas formadas de hastes prismiticas Vamos estudar neste trabalho 0 enquadramento das Tajes ¢ ‘easeas dentro dos conceitos gerais da Hiperestitica. A unificagio da Hiperestitica atinjiu a nosso vér a sua forma final com a definigao dos fatéres de forma ¢ de carga das hastes, que sio os elementos primérios dos sistemas estruturais De fato, quando adotamos, como inedgnitas, um conjunto de esforgos, as equagdes geométricas de que langamos mio exprimem condigdes de deformacao em um sistema prineipal que seri sempre reduzido a uma estrutura isostética, na qual se aplican cargas ou estados de esforgos auxiliares X; = 1, X: = 1, ete. clenlo das deformagées, que constituirio os coeficientes das equagdes, & feito através das férmulas de trabalhos virtuais com o emprégo dos diagramas auniliares Ms ¢ Me. No caso de hastes retas, éste cfilculo recai sempre na determi= nagdo dos angulos de rotagio para momentos unitérios nos extremos as hastes (dngulos a) e dos angulos de rotagiio para acho das cargas (angulos 11) Ristes dngulos siio os fatdres de forma e de carga das tetas ¢ constituem os elementos primérios que terlio que ser minados em qualquer proceso de céleulo, quando as inedgnitas so. esforgos: [No caso das hastes curvas, assim como nas estruturas no espago, surgem mais alguns fatéres de forma e de carga tais como 0 deslo- camento na linha dos empuxos no caso dos arcos ¢ os angulos de torgio para as estruturas espaciais Os fatéres que acabamos de apresentar sio denominados de fatéres de primeira espécie. Sao deslocamentos para ago de esforgos No método dos deslocamentos, as inedgnitas escolhidas sio geométricas © as equagdes representam condigdes de equilibrio estitio. Os coeficientes das equagdes sio esforcos ou para acio das cargas ou provenientes de deslocamentos unitirios em um sistema principal geométricamente determinado Para determinar os coeficientes das equagées, reealmos, em iiltima andlise, no célealo de esforgos para agio de cargas ou para deslocamentos unitirios em hastes bi-engastadas. Teremos sempre © problema de determinagdo de um conjunto de elementos que chamamos de fatéres de forma © de carga de segunda espécie. Nas hastes retar de estruturas indsslociveis, os fatdves de carga, de segunda espécie sio os momentos de engastamento nos extremas para @ ago das cargas e os fatdres de forma de segunda espécie os ‘momentos nos extremos para X, = 1 atribuido em uma extremi- dade da haste. Nos arcos, jf definimos os fatéres de segunda espécie © nas estruturas espaciais de hastes retas também se conhecem alguns trabalhos que utilizam éstes fatdres.* A unificagio de todos os processos da Hiperestitica em um s6 método através do conceito de trabalho virtual, inclusive com em- prégo das incdgnitas generalizadas, constituidas por fungées lineares de esforgos ¢ deslocamentos, jé & assunto que recentemente tem atingido 0 seu desenvolvimento méximo. 2 — Aplicagio as placas e cascas. © que propomos apresentar neste trabalho 6 a utilizacio de todos 05 conceitos da Hiperestatica, portanto de suas conelusies e 1 Vehete Suncor, Crinen ‘Manos 6 Magog Triinenston BSTRUTURA = Ne 4 "As Linhas do Taudnche noe Portier Continon de seus processos, inclusive aquéles de aplicagio mais corrente, como 0 dos pontos fixos ¢ o de Gnoss, para aplicagio ao estudo de lajes © placas em suas diversas formas. ‘Tal objetivo seré atingids da maneira mais simples se forem definidos os fatéres de forma e de carga das lajes das cascas. 3 — Caso das caseas de revolucao. No caso das caseas de revolugio, estudos jf feitos permitem rapidamente definir e caleular os fatéres de forma e de carga niio 86 de primeira como de segunda espécie. Os fatéres de carga de primeira espécie déste tipo de casea slo a rotagio © a deformagio radial nos paralelos extremos pera gio das cargas, como mostra a figura 1 (rotagio ye deslocamento a). KS, He go Fic. 1 Fic, 2 Fic, 3 Os fatdres de forma serio rotagées e deslocamentos radiais para momentos ou esforgos radiais unitirios (Fatéres a, B, A" Aé das fic guras 2 ¢ 8). Do mesmo modo, definimos os fatires de carga de segunda espécie das cascas de revolugo como momento de engastamento ¢ esférgo radial de reagio para a ago das cargas na casca engastada nos extremos. Os fatéres de forma de segunda espécie serfio es- forgos nos extremos para rotagéo ou deslocamento unitério atribuido hho extremo das eascas como exemplificam as figuras 4, 5 ¢ 6 ESTRUTURA = No 4 Conhecidos os fatdres das eascas de revolugéo, podemos aplicar todos os processos da Hiperestitica a éste tipo de cascas inclusive 5 dos pontos fixos ¢ os de Cnoss, mais populares. 4 — Casos mais complexos, © problema mais dificil ua conceituagéo de uma Hiperestitica geral de placas e cascas 6 0 daquele caso em que os esforgos ¢ deslo- camentos no se apresentam com um valor tinico ¢ sim como fungio a0 longo de um contémno. Eo caso das lajes ¢ das caseas cilin- Aricas eujo cileulo iremos enquadrar nos conecitos gerais da Tipe. restitica. 5 — O problema das lajes continuas, Tomamos, em primeiro lugar, 0 caso das lajes continuas, cujos estudos de Brrrwen seré o ponto de partida para a formagio de uma Hiperestitica geral déste tipo de estrutura. Ao longo das arestas de uma laje apoiada em 4 lados nfo existe tuma rotagio constante para ser tomada como fator de carga de primeira espécie da Iaje, 0 que seria uma dificuldade. Atendendo porém ao fato desta deformacio assumir uma forma senoidal, podemos escrever sua expressio sob o aspecto besen Ae onde Ht é a rotagio no centro da aresta para a agdo das cangas. Do mesmo modo, em uma aresta ongastada, 0 momento de engastamento ndo é constante ao longo desta aresta, mas se distribui em forma senoidal com 0 aspecto X sen he ‘Tomaremos como incégnita o valor de X, que seré o momento no centro da aresta, Os fatdres de carga © de forma de primeira espécie nas Tajes Serio as rotagdes no centro das arestas para agio das cargas e de ‘momentos senoidais com valor unitirio no centro da aresta, como exemplificam as figuras 7 ¢ 8. Na figura 7, vemos a definigao dos fatéres de carga we na figura 8 os fatdres de forma a, B ¢ B. Em alguns casos, 08 deslocamentos nflo se distribuem segundo Jel senoidal ao longo da aresta, mas serio desenvyolvidos em série 3 7 is SS Pala an . el] : hi ele } ‘ ha K 3 Pet Fic. 8 de Founmen, tomandose apenss 0 primeiro térmo da série 0 que dard uma expressio senoidal. Conhecidos os fatdres de carga e de forma das lajes, u, a, Be B’, através de tabelas baseadas na teoria da Elasticidade, o cileulo das lajes retangulares continuas se faz usando @ Hiperestitiea de pegas rismaticas aa 2) a Ly, 2 @ 2 Fic. 9 A laje continua da figura 9, por exemplo, pode ser resolvida, tomendo-se, como sistema principal, as lajes simplesmente apoindas fem que as incégnitas so os momentos X, ¢ Xs senoidais nos apofos led Sob a ago das emgas, haverd rotagdes relativas. nas arestas Le 2 que chamaremos de jira, tte, Hoos fans ties ‘Teremos (fig. 10) Bee = Waa + th br = tao + Heo Fazendo atuar um momento senoidal X, = 1 as deformagGes nas diregdes de Xi ¢ Xs sero ara, ax» e fsx. Teremos (fig. 11): Bs = aa + oe bu = Bx BSTRUTURA = No 4 Fic, Do mesmo modo, fazendo atuar Xp = 1: bu = a0 + «a> Bu = Ba Os coeficientes da inatriz, de resolugio s6 dependem dos fat6res de forma e de carga que jf se acham tabelados.? Nota-se aqui que fi's difere de fsx, nfo sendo simétrica a matriz de resolugio no caso de lajes. Conhecida a matriz no método dos esforgos, podemos empre- gir qualquer processo para sua solugio, inclusive os de iteragéo e © proceso grifico dos pontos fixos. De maneira idéntica, definimos os fatdres de forma e de carga de segunda especie. Os fatdres de carga sio os momentos de engas- tamento para a agio das cargas e os fatdres de forma sio os mo- ‘mentos no centro das arestas para deformagies senoidais unitérias atribufdas nas arestas A figura 12 mostra a definigao dos fatores de forma e de carga de segunda espécie. 4 No arlup “Cieal> de Injer retangslaree pam cate espe ‘menioe" que sth tendo pubieade m™ revitm ESTROTURA, 0 {belas que Alo os ater de foraa | 4 e ics) % ” “a Fic. 12 Com os fatdres de forma de segunda espécie, podemos resolver as lajes pelo método dos deslocamentos, usando para os coeficientes das equagdes as seguintes formulas, para o caso da figua 18, por exemple On = aut oe Bn = do + Aen Bn = Oe Bo = mu + me dee = mao + map € % : 4 ie 2 ae a A Fic, 13, Conhecidos os eceficientes da matriz de resolugao, pode ser empregado. qualquer dos processos usados na Hiperestitica para determinagio das inedgnitas. de particular irterésse a aplicagio dos processos de iteragiia no método dos deslocamentos, inclusive 0 de Cnoss que permite — com muita facilidade resolver o problema de lajes continuas eom — grande mimero de paindis. sie 6 — O problema das cascas cilindricas. [No caso das cascas cilindricas circulares, a teoria jt determinon 1s formulas que dio os esforgos © deslocamentos em cada ponto da casca. ‘De um modo geral, desprezando-se a influéncia de um bordo lateral sobre 0 outro, isto 6, supondo a nao intermiténeia das ondas que partem de cada bordo lateral, as formulas dos esforgos e deslo- camentos podem ser apresentadas sob o aspecto geral. [O44 0, B 40,0 +0, DJ f[senixoucosix] onde: 5 valores de ® sio fungdes em forma de ondas amortecidas do Angulo que define a posigio do ponto sObre a diretriz e dos ele- mentos da casca; A, B, Ce D sto constantes que dependem das condigdes de limites nos bordos laterais e x a abcissa do ponto sdbre a geratriz Para o bordo lateral, os valores de ® ficam comhecidos para cada tipo de esféreo ou deslocamento a determinar Para a conceituagao de uma Hipsrestitica de cascas cilindricas, tomamos como inedgnitas os préprios valores das constantes de inte- gragio: Mad X= B H=C X,=D Os esforgos para as constantes nitirias divididos por sen hx ‘on cos i x, conforme apareca sen i x ou cos 2 x na expressio déste esfbreo, serio os fatores de forma de primeira espécie. Assim os fatdres de forma de primeira espécie sero os valores de ®;, ®,, ®, ¢ ®, que aparecem na expressiio de cada esfrgo no bordo lateral. Designaremos éstes valores de j. Adotando-se dois tipos de caracteristica de casea como féz Seamtrnvaro, os valores de Ff podom ser tabelados de forma idéntica a dos fatdres dos outros tipos de estrutura Da mesma maneira, os fatdres de forma de segunda espécie sero os valores de ® que aparecem nas expressées dos deslocamentos dos bordos laterais divididos por sen kx ou cos hx ‘Como a solugio apresentada se refere ao caso das ecquagbes dé erivadas parciais homogeneas, & preciso acrescentar os esforgos e eslocamentos da teoria de membranas que funciona como sistema “principal. Para os bordos laterais, éstes esforgos e deslocamentos divididos por sen 2.x ou cos hx serio chamados de fatdres de carga de primeira e de sogunda espécie, respectivamente e designados pela letra f. Com os fatdres f calculados por formulas jé conhecidas da teoria de cascas cilindricas, inclusive, por mefo de tabelas como as de Sranonnato, a Hiperestitica das Cascas Cilindricas esté. con- ceituada. De fato, as condigées nos bordos Iaterais indicam esforgos ou deslocamentos relativos aulos, conforme esteja livre 0 bordo ou li- gado a outros elementos, A cada condigio de esférgo ou deslocamento nulo no bordo lateral, corresponde uma equagio da Hiperestitica. Se o bordo fdr livre por exemplo, teremos 4 deslocamentos nulos. Para um qualquer dos deslocamentos mulas no bordo, pode- ‘mos eserever: fXe tha Xe + fe Xs + fp X= 0 Esta equaco seré idéntica a da Hiperestitica se fizermos: f=dba f= Os cooficientes das equacdes sero os préprios fatéres de forma e de carga. Conhecidos éstes, formaremos a matriz e determinamos as constantes de integrapfio X, e Xz, etc. e, com estas constantes, calculamos os esforgos ¢ deslocamentos em cada ponto pela férmula: [P+ OX 4 OX + X40, Xi] [sen dx ou coshe] onde os valores de se referem a um ponto qualquer de casca. No caso de cascas cilindricas continuas ligadas ou nio & vigas de bordo, o problema se resolve também com o emprégo dos con- ceitos da Hiperestitica. © problema pode ser resolvido tomando um sistema prineipal, come por exemplo 0 que se forma isolando as cascas. Neste caso as inedgnitas so 4 esfcrgos de ligagio; 3 componentes fOrgas e um momento Neste caso, para cada esférgo unitirio X; = 1, por exemplo, terlamos que determinar as quatro constantes resolyendo um sistema de 4 equagées a 4 incdgnitas. (No caso mais geral de um bordo influindo sobre 0 outro, serio 8 equacées a 8 incdgnitas). Embora muito simp'es esta maneira de conceituar o problema 6 contudo trabalhosa, 8 fos Bu fr=by ESTRUTURA = Fic, Um outro processo consisie em considerar como incégnitas as 4 constantes de integragio de cada casca, que serio incégnitas gene- ralizadas pois sio fungSes lineares dos esforgos na ligagio entre as caseas. Neste caso, para uma constante unithria X; = 1, calculamse 6s esforgos e deslocamentos relativos ma sogio de ligagao das cascas € aplica-se o conceito de trabslho virtual determinando-se 0s coefi- cientes das equagées. Para a casea da figura 14, por exemplo, teremos um sistema de 4 equagdes a 4 inodgnitas que ‘ornecerto os valores das 4 constantes de integragdo de cada casca. Os esforgos e deslocamentos finals serio determinados pelas férmulas gerais em fungio das constantes de integragio. RESUMO DOS DEBATES DA CONFERENCIA DO PROF. ADERSON MOREIRA DA ROCHA. Prof. Camos Snias — Pode esclareeimentos porque pense que a Hiperestitica 6 6 uniicada e ao mesmo tempo acha que nfo é necesirlo coasi- derar isohdaments Tiperestitica de lajs, vigas e cascas. A reso- logo Hiperestitica 6 ama e tiniea. Consiste, em dkima andlise, ‘na formuligio © resohigio das equacies de clasticidade qual pole ser feita escolhendo-se 2 tipos de inobgnits: fOreas_ on Aeslocumentos, bases as duas marches gerais do Método Direto ‘on Indireto, Baste proceso nico & aplicdvel as visi formas BSTRUTURA — Ne 4 unto entre nfs. Pergunta a seguir se en face do tolvimento que ten tido altimamente as woras da ph Se ainda seria proveltoso avangar mais no estado da Hh fica. Hit, A, Nononma = Ack, en gona lige pee a fui unlfcels, Fede! 6 cocina a < rvslg, coer ldo tote, «cla see cise cant intial fini como cela o clad de es com ocr. Se ton inno, Tarn eee ecg an froblana 0 tm bss complso, cola 0 ea ea Er deige dor coc lita cocoa {outntdde deve set cones so cn nian The haved Prof. Fiuny Bonoss — Corsidera que o método permite resolver de forma. simples @ problema da continwidade entre estruturas complerae ‘mas implica a exsténoia do tabelas sibre as quals so apoie. Caso tis tabelas nde existam «1 intogragio das equagies diferencias pode sor feita,atualmente, de uma maneira simples por molo de cealouladores automitions. Pergunta como seria abordada 0 pro- Dlema quando, numa mesma laje, exstom arestas sujeltas a dife- rontes Teis de bordo. , Prof, Javan Fauuma vs Suva Ju. — & da opiniio que a Hiperesttien, por pio jt é milienda © que © metodo des esforgos & mais geral ‘que 0 dos deskexmentos, pois no primeiso se pode escolber qual- ‘quer sistema istitico fundamental. Nao esth de acdrdo, com: 2 apreseatacto do método de Cnoss a partir dos métodos gerais, pois € de opinifo, que o que € camcteristion neste método & 3 ‘conceituacto fica a prion, como fol concebida por Coss. Aca ue no & possivel a wnificacio para © caso das cascas ciindsicas, ‘pois neste caso foram consideradas como inedgaitas as constantes de integracio cas equactes diferencinis. Pensa que 0 conferen- lata neste caso props simplesmente ura wnificagio de notaet. ‘Faz consideragies om temo da impropriedade do eileulo de les, baseedo na tecria de clasticidade, quando as novas pesquisa, ‘esse sentido sfo bazoadas na tooria da platicidado. Prof. Ivo Wourr — Duvida quanto ao rigor do mékodo pois, 0 autor, para poder contr em a analogia protendida entre 0 caso do vigas continuas © 0 de lnges continnas apoiadss noe quatro bordos, deve implicitamente admitir a hipétese de que, para qualquer solicitagio, a distnbuigio de momentos fletores co Jongo do Dordo deve obdecer sempro a uma mesma Jel, representada por toma ema definide por um énico parimetra (no caso 0 valor do ua ESTRUTURA ~ No 4 5 Fito do que, ‘le autor alomso, do’ qual no_ momento a0 nome, ein que se apresentam supeniles de influtn- fa part momentes Betores nox bordes de lyjes continu abbre ois vos, com diverse condigbes de vineulos nos bors die versa rolages de dos e do vos, 0 que vem completa de ma ira valloss, os trabelhos de Puce © Ouse, RESPOSTAS DO PROF. ADERSON MOREIRA DA ROCHA ‘Ao Prof, Cantos Siias — Coneorda que a Hiperesttica j6 & por si 6 unifi feada mos multo dot antores que a tem ttado nfo dio essa {mpreseto em seus trabalhos e por iso seu esflnco principal tem sido no sentido de evidenciar éste aspecto bisico. Quis dizer que fs lifes © cascos também podem ser estudadas por esta mesma Viperestitica, Quanto ao desuparecimento da Hiperestitiea ach que f6s0 nfo se verficars em face da aplicagio da teoria plist, pois se por esta teoria qualquer diagrama do esforgas & possive, 6 dlagraina caleulado pola Hiperestitiea 6 um déstes © portanto nfo perde o seu valor. Acha que, no coneroto armado, 0 diagra tna de esforgos fornecido pela Hiperestticn & o mais convenient Ao Prof, Noosa — dificil deliniy perfeitamente © que scja uma estratura ‘sostitiea, mesmo no caso de wine viga simplesmente apoinda que rio é ‘sostitiea, quanto As tensGes internas. Uma laje retangulae mio é tsostitica mais conhece-se sua solugio pela teoria da Elasti- cidade. As condigSes de bordo si rotagies livres sem desloca- Imenios verticals. Quanto as easeas de rewluglo & 0 exs0 que se encontra resolvido com mais facilidade. A. gonerlizagio aos feuos de ciseis de revalugiio com bordos engastudos ou. ligados 4 outras estruturas se onquadra perfeitamente dentro de expo- sigfo feita © fl oe acha parcialnente zesolvida por virios autores Nesta pakstra foi apretentada a extensio As cascas cflindrles céreulares, Abordou © caso de continuidade transversal das easexs porque acha que a continuidade longitudinal é mais simples e fi foi objeto de estudos de Discmicen. Os ootrus exsos de case podem ainda nfo ser prssiveis de solugio, mas & de se prever fque 0 avango do estudo nesse sentido, tome possivel, no futur, resolvé-0s ‘Quanto A possbilidade de se levar avunte a unificagio da Hiperesttiea extendendo-a as placas © casas, acha que éste seu SSTRUTURA — N24 58 trabalho demonstra exatamente essa postbilidade. asta dizer que 0s casos citados pelo Prof. Nonorra de lajes em balanso, com contimes circulares ¢ de cascas de revolusio jé estavam resolvidos implictamente, faltando apenas a unificagio que é ‘agora apresentada. Nao considera possivel ealeular as easeas com continuidade transversal como simples arcos continues, ‘Ao Prof. Fem Boncrs — Concorda com a utilzagio dos calevladores autor riticos. Quanto a existinca de tabelas pare efleulo dos elemen- tos das caseas, tas como os fatéres de forma e de cange, elas serio apresentadas brevemente em trabalho que o autor esti publi- ccmdo na revista ESTRUTURA, aproveitande snuitas tabelas claboradas por vérios autores. Quanto ao problema de arestas st- Jeitas a eis diferentes do bordo, a solugio & obtida com o recurso &s series de Foun. Ao Prof, Javore Fens Da Surya — Acha que 0 método dos deslocamentos simplesmente menos autbnomo que © método dos esforges, pols ‘para o cfloulo dos fatbros naquele método se recorre a0 método os esforgos. Quanto a forma de apresentar 9 método de Cxoss julge quo soja apenas uma questio didética. O fato de consi dlerar como inebgnitas ae constantes de integrachio nada mais é do (que utilizar 0 processo das incégnites goneralizadas. © problema das Iajes com balango é um dos que mais simplesmente podem ser resolvidos, pela orientaglo que epresentoa. © objetivo da unificagéo © da conceituagio de uma Hiperes- tética do lajos © easeas é mais profundo que o simples jgo de notagdes. Conceitun © pormite resolver problemas completos utile zando processos jf conhecidas da Hiperestitica comum, Quanto 0 eleulo de lyjos bescado na tooria da plasticidade, as dificule ddades para se retolver éste problema do mano!ra satisfatila sio ainda mafores quo aquelas que se apresentam no cileulo elistico, ‘Ao Prof Ivo Wourr — A questio da vaiagto mio seooidal dov elementos ao Jongo de ares, ade ser contormada tom o dasenyolvimento om sésie de Founsien. Neo parece haver molt difrenga ent a le de veriagto das rtagdes wo longo das art quando «cng 6 oncentrada, podendoe proceder como fez Brrr. O eieto de ljes pels tras de mitara apresenta dificaldades quando as armadoras nfo sfo consents, nfo zendo conhecidas a extensto dite cfleulo is casas, ‘A questio do rigor do método nto pode ser disctida som wma comparsgio de rerultados, Contado, « cutordade de Biren, ve tHow dts método, pode ser favoenda. Quanto apesentayio de smprfce do infoémia par afr continua nine Stor estodor poderto ating todos ‘os ca} que. pon se apresentar na pritica. J eT! PROBLEMAS ATUAIS DA ENGENHARIA ESTRUTURAL Cantos Furtapo pe Snaas Bahia © apareetmento de deformagses no clisticas nas obras de en- genharia é na pratica, muito mais freqiiente do que se supve. Como consegtiéncia do aparecimento destas deformagées 0 estado de tensio real nio coincide com o caleulado com a aplicagio os prinefpios bésicos da Teoria da Elasticidade. Procurando melhor definir 0 comportamento real dos materiais de construgio, bem como do melhor conhecimento de suas proprie- dades mecinieas, vemos hoje ampliar-se 0 campo do conhecimento para estados de equilibrio que ultrapassam 0 dominio da elastici- dade pura ‘Como estados limites estio as duas teorias da elasticidade e da plasticidade ambas construidas sob sblidos ideais cujos diagramas tensio deformagio podemos representar pelas Figuras 1 © 2. o o Fic. 1 ie Fic, 2 é ° é e ‘Sélido perfetamente elistico Sélido perfetamente plistico Apesar do vasto aparelhamento matemético envolvido em ambas as teotias verifica-se que os materiais naturais no obedecem, integralmente, as mesmas aproximando-se (como se supée para as neeessidades da prética) dos citados diagramas. Tado parece indiear que podemos considerar 0 comportamento do material real situado entre éstes dois limites ideais. Para 0 estudo © projeto dos sistemas estruturais utilizava-se ‘apenas a teoria da elasticidade. Hoje porém, tomando mais corpo, BSTRUTURA = Ny | da plasticid ser enc no como um instrumento de grande utilidade ao engenheiro desde. seja usada convenientemente, ou melhor, de modo judictoso. ‘Temos it nossa disposigéo os dois dominios: 0 elistico © 0 plistico. Pareee-nos, diante destas circunstancias, interessante ven~ tilar 0 assunto de vez que, presentes a éste IT Simpésio, acham-se eminentes mestres da engenharia estrutural brasileira dos quais esti- ‘mariamos colher as esclarecidas opinides. Esta a nossa finalidade primordial nesta Conferéncia. Isto porque se nos afigura ser ste o problema fundamental da engenharia estrutural nos nossos dias. Todos os demais derivam:se, naturalmente déste qual soja o de estabelecer, judiciosamente, a po- sicdo a adotar entre os dofs estados limites. Na Teoria da Elasticidade uma estrutura solicitada por um sistema de forgas externas tem seu estado de equilibrio perfeita- mente definido em fung&o das fércas aplicadas conduzindo (mesmo no caso dos sistemas hiperestaticos onde as equagées gerais de equilibrio prestam-se a infinitas solucdes) a pensar em uma unica solugio, perfeitamente determinada. Conhecidas as cargas exteriores que solicttam a estrntura, utili zamos as equagies de equilibrio da Mecinica Racional e as equa- goes de deformagao (onde aparecem o médulo de elasticidade E do material usado e 0 momento de inércia J das secgdes da pega em estudo) estabelecendo a condigio ‘mica de equilibrio, Podemos determinar a8 tensbes. Utilizamos no cfleulo as nogbes das cargas de servigo, a dos estados de tensio e a dos limites elasticos O uso déstes conceitos gerais nos fornece a resolugio dada pela Teoria da Elasticidade que passaremos a esquematizar no caso geral de uma viga continua de dois vaos iguais sob o carregamento indicado. Supomos E e J constantes. Sendo o sistema mono hiperestitico apliquemos o processo geral de obtengio da tinica equagio de elasti- cidade cuja expressio seria, tendo em vista a Fig. 3: dw Bis X, + Bip = 0 da qual teriamos a incdgnita: Xp = —— ESTRUTURA — No 4 Conhecida esta inedgnita, por superposigto dos efeitos terlamos ‘68 valores dos momentos fletores: M = My ++ Mz. Xz resultando o diagrama da Fig. 8 g). ' fees em - a Somes eS . Ze . wet “a ico se ‘a i on) Fie. 8 Ree eel no alien co 8) Stem poncnst—&} Ugo a?) gsi sh ee ae Como 0 diagrama de momentos fletores da Fig. 8 g) poderiamos calcular as tenses em uma seccio qualquer, Supondo tratar-se de ‘material homogéneo teriamos: es M oh nsrnotuna we 4 5% Bastaria, no cfleulo elistico, que as tenses méximas nos bordos no ultrapassassem 0 valor admissivel dam fixada de acérdo com 0 coeficiente de seguranga adotado k definido pela relagio k Gaim nna qual 6, representa o limite de elasticidade do material adotado. Pela inspegio do diagrama de momentos verifica-se que, com ste critério, as tenses de bordo miximas se produziriam apenas na secgd0 de apoio B enquanto em tédas as demais secgdes o material no estaria sendo racionalmente aproveitado resultando portanto em desperdicio on utilizagio anti-econdmica. Por outro lado se considerarmos que a hipétese de constincia de Ee J (que figuram nas expresses dos 85) nem sempre se veri- ficam na pratica podemos dizer que, como conseqiigncia, 0 dis- grama tedrico calculado (e, conseguintemente, as tensdes) diferem das realmente existentes na estrutura. ‘Nos materiais com caracterfsticas elasticas definidas como 0 ago milo & provivel que se produzam variagdes de E ao longo da es- trutura’ No eonereto armado pordm é quase certo que nfo se manteré constante, variando com varios fatOres dentre os quais 0 fator gua cimento, defeitos de dosagem, além de outros. Esta discreplncia entre os valores fornecidos pelos diagramas obtidos na hipdtese de satisfagio total das condigdes bisicas eos que realmente se verificam na estrutura pode ser constatada quando inspecionamos os resultados de provas de carga efetuadas em estru- turas des mais variados tipos. ‘Os mesmos racioeinios poderiam ser aplicados para 0 momento de inéreia J das secoSes, que ¢ fungio das dimensdes das mesmas. ‘Também neste caso & de se prever uma maior influéncia de sua variabilidade nas estruturas de concreto armado (defeitos de formas ete.) do que nas metili De qualquer sorte podemos dizer que 0 equilfbrio real da estru- tura difere do estado de equilibrio calculado, em maior ou menor gran dependendo, dentre outros, dos citados fatéres. Além disto 0 comportamento clistico dos materials nilo se realiza de modo perfeito embora a linearidade do dingrama tensio~ ESTRUTURA = NE 4 a deformagio de um material seja uma propriedade desejavel porque ria a5 condigGes tedricas para a aplicagio dos métodos relativa- mente simples da teoria elistica classica Modernamente, entretanto, quando as propriedades dos ma- teriais vio sendo melhor conhecidas ¢ explicadas mister se faz uma melhor utilizagao dos mesmos, alargando as suas possibilidades nas aplicagées da engenharia. Diz Frevpexrmat:} “It is the very slight deviation from elasticity, being the expression of the ability of the material to relieve, by limited yielding, localized excessive stresses, that creates the practical conditions for the application of elastic theor in the design of engineering structures”. Nio fora esta frase uma verdade ¢ talvez a profecia dos en- genheiros alemes sdbre a queda da Ponte Del Risorgimento, con- cebida pelo génio de Hexnenigue que, jé em 1911 utilizava a plasti- cidade, tivesse sido realizada. Passemos a referir, em répida visio, as condigées atuais da Teoria da Plasticidade na sua aplicagio as estruturas: De acdrdo com 0 Prof. Gunny? podemos sintetizar histéria da Plasticidade como se segue: Desde TAR, Tursca pereebeu 0 fato do escoamento plistico do metal sob solicitagdes suficientemente elevadas Banné ve Sanvr VzNaNr apresentou a idéia de Trrsca (metal funcionando como fluido viscos0) & Academia de Ciéncias em 1872 sendo muito combatido por Ducurr e M. Brn.roun © principio de Tresca deu origem a importantes trabalhos de phisticidade pura de Mavnrce Levi, vow Mises, Huser ¢ Hincey. Ros ¢ Etcuisern generalizaram a teoria. © Prof. Bars introduziu a concepeao do diagrama do corpo idealmente plistico. Todos éstes trabalhos relacionavam-se apenas com a plastici- dade geral em toro de um ponto ou em uma secgdo da peca. A condigao de plasticidade ao longo da fibra média de um sistema foi estabelecida com os trabalhos do engenheiro Iiingaro yon Kaczivsxx 0 qual pressentin as possibilidades de aplicagao aos 1 Auman M. Frmonnennn — “The inet tehavor of cunering mates sed stevtues” — John. Wiley & Sons, Tang New York. 4A, Gonnnor — “in cae on slvtisté de rupture des ayties sapere eo elon amid" = La Teche de Travan, Nowe 1989, ESTRUTURA ~ No 4 61 sistemas biperestiticos da “barragem’” (segundo o Prof. Bars) cons- ituida pelo fenémeno do patamar de plasticidade & elevagio das tensbes. Foi devida a Kacaansky a nogio fundamental que serve de base para o célculo de estruturas em plasticidade qual seja a da rétula plistien assim definida: “A rétula plastica € uma seccio na qual o limite de escoamento foi atingido e deve ser considerada como uma articulagio com mo- ‘mento de flexio constante, para uma sobrecarga crescente”. Ensaios de Excrencen confirmaram a hipétese de Kaczinsky. A rétula plistica veio trazer uma nova orientagio para o céleulo estrutural seguindo-se viirias teorias. Destnca-se a do engenheiro holandez Kist o qual foi o primeiro a aplicar, sistematicamente, em estruturas metilicas 0 seu método de célculo plistico. Dizia Kist: “Efetuando 0 efleulo para estabelecer um projeto, tdda a suposicio concemente as fércas hiperestiticas ¢ vilida ¢ a maior parte das dificuldades de céleulo desaparecem desds que se tenha conta que tda distribuiglio de esforgos, aliada as condigses de equilfbrio pode ser adotada, se as dimensées estiverem relacionadas & distribuigio os esforgos” Devemos citar o interessante trabalho experimental de Harer- Mann sObre modelos de pérticos onde a rigidez, dos nés sendo muito grande em comparagio com a secglo central da viga (ponto de aplicagio da carga e onde se formaria a rétula plistica) foi possivel constatar, pela variagdo do empuxo determinada pela carga cres- cente aplicada, experimentalmente a hipétese de Kacziwsey ‘Como métodos gerais temos 0 de Duruen. ou seja de adaptagio controlada ¢ 0 de Coxoxern éste, indiscutivelmente, 0 mais cienti- fico baseando-se na generalizagio do, teorema do trabalho ménimo: “As tenses que caracterizam 0 estado de equilibrio clasto-plis- tico so aquelas que atribuem um valor minimo A expresso do tra- balho de deformacio total, soma da energia potencial elistica © do trabalho efetuado pela deformagao plistica, em relacio a todos os valores que a expressio déste trabalho poderia tomar em presenga das deformagées plisticas existentes e das forgas exterio-es apli- ceadas” TEE Conomrn — “Lrnutibve dos com déforabl” — Duna 62 ESTRUTURA = NO 4 _ Este teorema possibilita expressar as tensGes desconhecidas em fumgio das forgas exteriores © das deformagies niio elisticas consi- deradas estas como dados do problema. Se as deformagées impostas so conhecidas a solugao é possivel,, embora trabalhosa. Quando ndo 0 sio — como & 0 caso dos fends menos plisticos ~ « solugio pode sor conseguida por aproximagies sucessivas JA podemos, hoje, ultrapassar os estreitos limites da solugio iinica de equilibrio dada pela Teoria da Elasticidade, pois podemos recisar a entidade das deformacées phisticas. Basta que estejamos seguros de que © material possa realizé-las sem inconveniente isto & podemos estabelecer de que modo 0 estado efetivo de equilibrio de um sistema depende da solicitagio externa © das deformagies plisticas que sofreu Atribuindo as incégnitas hiperestiticas valores arbitrarios as equagties de equiltbrio elasto-plistico sio as condigées a que devem satisfazer as deformagdes plisticas para que a configuragio por estas definidas tome-se possivel. Na aplicagio da Teoria da Plasticidade so célculo estrutural 0 cfleulo da carga critica ou de colapso da estrutura é a parte funda- mental, aliada, efetivamente & nocao bisiea da rétula plistica Caleulada a carga critica dividimo-la pelo coeficiente de segu- ranga para térmos a carga de servico sobre a peca. J aqui podemos vyér 0 novo sentido do coeficiente de seguranga que ser uma relagio entre cargas ou momentos ¢ niio mais de tens6es limites valor por- tanto, constante, para todos os tipos estruturais Em plasticidade 0 coeficiente de seguranga é fungio do tipo estrutural sendo facil provar que os sistemas estiticamente indeter- minados sio muito mais favoriveis do que 0s isostiticos Para fixar idéias consideremos uma viga simplesinente apoiada sob @ agio de uma carga crescente P aplicada no meio do vio Podemos distinguir as seguintes fases a) eldstica — A carga cresce até 0 valor Pe ao qual corresponde 0 momento Me tendo as tensdes de bordo atingido o limite de escoamento do material 6,, Inicia-se a fluéncia do material b) elasto-plastica — O valor de P é maior do que Pe oresco 0 mo- mento M na seegio porém nio crescem as tensbes acima do valor 0%. Pouco a pouco as fibras menos solicitadas vao atin- fgindo 0 valor constante 0, HSTRUTURA — No 4 63, 64 ¢) fase pldstica — O valor de P é igual a Pp sendo o momento Mp téda a secgdo esté em plasticidade, forma-se a rétula plistica, fluénela da secgéo. No caso em tela baste que seja formada uma rétula plistica para que a viga se transforme em mecanismo (giro dos dois trechos em toro da rétula pléstica), entrando em colapso. Neste caso a carga de colapso Pr ser4 igual & carga de fluéncia da secgio Pp. Se 0 sistema considerado for estiticamente indeterminado de grau n necessivio se tora que tenhamos n -+ 1 rotulas plisticas formadas para que a estrutura seja transformada num mecanismo. Pode-se demonstrar que a relagio entre 0 momento plistico Mp © 0 momento elistico Me 6, para a viga isostitica igual a 1,50. Para a viga engastada esta relagio é igual a 8,00. A capacidade de carga de um sistema hiperestitico de grau n sob a solicitag’o de momentos de flexio que resultam da aplicagio de uma carga é definida pela carga que produz um estado de fluéncia no qual t8das as n seegbes redundantes e uma seegio nfo redundante atingiram seus valores limites, O sistema dado de grau 1 vai portanto, sob carga crescente, transformando-se em uma estru- tura de hiperestaticidade gradualmente menor até que se produz 0 colapso final, como uma estrutura estiticamente determinada. Esta diminuicio do grau de hiperestaticidade esté associada ‘com a formagio de rétulas plisticas em n secges nas quais os mo- ‘mentos fletores MM consecutivamente excedem o momento eléstico ‘Me e, gradualmente tendem para 0 momento plistico limite Mp. Na viga continua que consideramos formar-se-ia a primeira rétula plistica na secgio B do apoio central quando, crescendo a ‘carga P, 0 momento de flexio atingisse o valor Mp (momento plistico) Este momento seria: Mp = 0Wp; expressio na qual Wp pode ser considerado (embora imprdpriamente) como o médulo pléstico da scegao. Seu valor para uma seceao retangular de dic mensdes be d é: A eee Quando isto se produzisse na viga 0 momento no apoio B néo 1ais eresceria iniciando-se a chamada redistribuigio de momentos nna estrutura, Aumentavam 05 momentos de flexio nas demas ESTRUTURA ~ Ne 4 a seogdes até que, em ontra seccio da viga (nas condigées do exemplo as seogbes onde estio aplieadas as cargas) fésse atingido 0 mesmo momento Mp. Neste caso a viga nfo mais seria uma estratura transformando-se em mecanismo ¢ o valor da carga P atingiria 0 vapor Pp. Adotar-se-ia no céleulo um valor para a earga de servigo que seria obtido pela divisio de Pp pelo cosficiente de seguranga k estabelecido. Como o projeto plistico baseia-se no principio de que os valores finais das incégnitas hiperestiticas podem ser escolhidos arbitraria- mente de modo a produzir a distribuicio de momentos mais fa- vordvel esta seria no caso a indicada pela Fig. 4: Fig. 4 da qual deduzisiamos a carga critica Pp = SMP _ L 3 No projeto em clasticidade o valor de X, = Mo = 92? 16 Vé-se logo a imensa possibilidade que resulta para o engenheiro projetista de estruturas da utilizagio, nos seus projetos, desta possi- Dilidade de criar (digamos assim) os seus diagramas finais, cuidando de que éstes sojam realizéveis de acdrdo com as limitagdes naturais ainda existentes dentro da prépria teoria da plasticidade. Os conheeimentos advindos do uso moderado ¢ judicioso déstes rinefpios determinain imensas possibilidades nos casos da pritica, no que tange ao modo de trabalho das estruturas e, sobretudo, na berdade de que dispée o calculista no projeto hem como determi- nando maior economia conseguida com melhor aproveitamento do ‘material. No entanto @stes resultados que parecem ser inteiramente satis- fatérios com as estruturas de ago sio motivo de controvérsia para as aplicagbes do concreto armado. ESTRUTURA = Dos ensaios realizados em modélos estruturais de conereto ar- ‘mado as conclusies mais importantes foram as seguintes * “a) a teoria elistica s6 se aplica para pequenas cargas;, 1b) para cargas maiores, tém lugar grandes deformagdes anelés- ticas que causam uma considerivel reducio nos indices de rigide, alcangando valores tais que hi uma modificagio na distribuigio dos momentos, passiveis de determinagio apenas pela teoria da plasticidade; ¢) nas vigas continuas 08 momentos foram redistribuidos quan- do se atingiu a fluéncia da secgéo no apoio intermediério, quer por alcancar 0 conereto a sua resistencia ctibiea, quer pelo ferro atingir seu limite de escoamento; ) hi uma deformagio da ordem de 80 x 40-¢ para qualquer resist8nela do concreto em todos os casos de ruptura de pegas supersarmadas, ruptura esta ocasionada pelo conereto; ) quando as tenses que produzem fluéncia nas secgdes sio atingidas, nfo hi mais aumento no momento desta seegio, ‘mas hé acréscimo dos mesmos nos pontes onde nao houve ‘luéncia.” Como se verifica déstes resultados parece que 0 conereto ar- mado comporta-se como material adequado ao trabalho em phas- ticidade ‘Uma condigio sempre invocada é a da existéneia do patamar de plasticidade que no caso do aco & perfeitamente definido porém que no concreto armado é priticamente inexistente No entanto sabe-se que nas proximidades da rutura 0 conereto softe plastificagio © Prof. Guana no artigo jf citado antetiormente, considera © concreto armado como material diitil e suas conclusdes, em com paragio com o ago sio, em sintese as seguintes: “a) a primeira necessidade evidente seri a da formagio da rotula plistica, fancionando a momento constante, postue Jando @ existéneia de uma deformagio em patamar, respon- dendo, afirmativamente quanto ao conereto armado;, + Ronenro Mors ~ “Tendenoia' modems do eouo de conereto annado” = a 4 conoinn 8, Pal, 1930. HSTRUTURA ~ No 4 iit b) na zona de tragio o ago doce atinge seu limite de escoa- mento no momento em que o momento de rutura é atine gido. O concreto tendido se nfo esti fissurado, esti na fase dos grandes alongamentos. Téda a zona tracionada estando em fase plistica, existe o patamar, ‘¢) na zona comprimida sabe-se que tanto © concreto quanto © ago funefonam na vizinhanga um do seu limite de rutura € outro do sen limite de escoamento.” ‘Tudo parece indicar que 0 conereto armado se comporta ade- quadamente sos fendmenos plisticos sendo neeessirio porém que se aja com certa cautela, no momento atual. Parecem necessirios maior mimero de ensaios e em condigées diversas dos que tém sido realizados até 0 presente momento para que se possa concluir de modo definitive a respeito Por esta raziio trouxemos a esta ilustre assembléia éstes proble- ‘mas visando, tio sdmente, colher dos mestres presentes a éste II Simpésio nos debates que se vio seguir, esclarceidas opinides sébre 0s pontos duvidosos, especialmente no que se refere a0 con- creto armado material que, acreditamos, no teve as suas possibili- dades totalmente expluradas RESUMO DOS DEBATES DA CONFERENCIA DO PROF. CARLOS SIMAS Prof. Ivo Wouwr — Pensa que ndo constitui fato importante a vatlagio do rédulo ds elssticidade observada nas provas de carga de poates. ‘A razio principal estaria na nfo comespondéncia entre estratura real © 0 médulp utilaado no céleulo, Quanto a rotula plistica fo vé necessidade de modifleagio de nome. O que se justifi- Caria seria uma ompllagio de concelto, Rétula, seria entio um polo que transmitiia um momento constants; no seu caso usual ccmhecido, &se momento seria mulo, © fato de nfo haver um ppatamar ben definide no dlagrama de momento/ewrvatura de tama viga de concreto nfo é importante porque a diferenca entre agrama ideal com patanar © © diagrama real 6 muito pe- quena e, a favor da seguranca. A rétula pléstion s6 apareceria para vigns subarmadas em que a armadura esti em escosmento {© a seoplo funcionando como ritula plist, Nio ht impor- tincia em se saber a posigio do centeo de rotagio em relagho seogio, endo necessirio conhecer apenas « abelssa da mesina, HSTRUTURA ~ No 4 Prof. Axrdxio Auvxs nx Novoxsia ~ A teorin da phatildade tom tid geande esenvolvimento na Inglaterra. Teno conhecimento de. 178: ‘quadeos rigidos de ago calculsdor pela teoria de plastictdade, Aa par disso os inglés tém sido muito enidadosos na verfieago experimental désies resultados. No caso do aco o dingrama ten 0 deformagio & perfeitamente igual tanto na zona de compress so como na de teagio possibiitando a introducia do concelto de: ‘modulo pkstieo da’ rerstincia que pare a seecfo retangular & ji produz a phstiflcisto das ligagSes supersbundantes desta ma- peira chegindo-se a demonstrar que o cocficiente de seguranea Ermuito maior pela teoria da plasticidade. B de opiniio que para f conersto armada © problema & muito mais delicado requerendo ruito estuda e exidados especiais. Prof, Anmnsox Rocua — Invocando s necessidade da Hiperestatiea defendida ‘pelo conferenciste acha que as notag®es usados deveriam ser Iniformizadas, Quanto ds vantagens da teoria da Plasticidade on a Hiperestities para solucio des problemas estruturas acha que, ‘© que realmente ocore & um entusiasmo excessivo em relagio ‘uma teoria que nasee, sébre a qual nfo se fem ainda grande fexperifncia em relaplo ao conereto armado. Nio se tem const derado a influéncia do esfdrgo cortante, Nio se sabe até que onto © patamar proteje o material contra o fissuramento Trof. HEnNANDo 1.680 Catmams — A difeiciga eatte ox valores obsorvadoe Prof, Avcxv Prof. Fenny fem provas de carga © of valores teéricos podem ser explicados pola propria teoria da elasticidade quando se leva em conta fs tres que nomialinente sfo desprezades no cileulo como influéneia do tabuleiro, das vigas socundisias etc... Em relagio i rétula plistca ela aparece mas pocas subarmadas, Se a pesa & super Ermada haverd uma plstifieagio do conerelo armado enquanto 0 fgo estaria trabalhando muito abaiso do limite de eseoamento. (© afastamento do diagrama dado pela Hiperestitica conduaicia a, piiticaments, um coeficlente de seguranga préximo de um, con- tra 0 fendilhamento. Por fim — 6 de opinito que nfo devem exagerar anuito as possibiidades da teoria de plasticidade, Hinrven — Pergunta como considerar a distibuigio dos quinhées de carga no eileulo das Infos pela teosla da plastcidade. Bonces — Como achego & diseussio do assunto gostaria de apre- sentar wn ponto de vsts, Para realizar dimonsionamento, como fe teve oportunidade do afirmar. 6 necessirlo dispor de teorias jque permitam prover o comportamento das estruturas para que ‘nos possemos defender dos diferentes tipos de rufna possivel. No ‘e080 do conersto simado os tipos de ruina que nos jnteressum ESTRUTURA ~ No 4 io « fondilhagio, a deformactio © a rutura, As toorias basen fn eitrios. listens, plistieos oa elasto-plstios,daptam dliferentemente pam a’ previsio dos tipos de rina referidos. As tworias elisticas serio das mais convententes pum os estodos da Aeformagio fendihacio. As teortas plsticas para os estudos de mata. O campo de aplicacio & pois distinto © nio tio sine ples como em facr da clasificigko felta se poderia julgar. Pelo tenos parece fer clio que nfo deve exstir una oposigfo, mas ‘uma eanjugasto dos diferentes eritérios. © desejo de simplifcar as regras de dimensionamento é sem divide louvével, mas é pre- cfs0 nfo esquceer que projetar é nto aplcar regras fins. Finalmente no que se refere a observacto de obras, gostaria de chamar a atento para a comproensio do funelonamento das estruturas que resulta de estudo désto tipo. Os resultados da fobservacio sfo em geril interpretivels a pasterori fornecendo as- sim a escolha de qual a teoria mals conveniente para o estudo RESPOSTAS DO PROF. CARLOS SIMAS Queto salientar que nfo estamos tomando partido na eleigo da teoria que ‘mals s0 adapte as condigées reals do trabalho da estrutura. O que pprotendemos foi lancar 0 problema para que os slustres debate- lores presentes nos esclarceassem stbre ponto discutiveis do as- © Prof, Fis Boncrs esclarecou muito bem quanto & quos- to da toorta josta para se explicar « ruina por fendhamento, do- formacio ou rutura. Ao Prof. Nonoxma diria que hie considerar reslmente os problemae por éle apontados, Quero chamar aten- fo do Prof, Aneisox de que nfo estames om desacérdo com a splicagio da Tiperestitiea para cilewlo dos esforgos nas est turus mas € Josto que se considese o Intersse dos projtistas ma evolucio das processns do eflealo. Vale lembrar o fato dos alk ines terem previsto a ratura da ponte Del Risorgimento & no en- tanto essa obra mantem-se intacte, sendo tal fato explicado por Hrowemique com 0 comportamento elastoplistico do concrete. engamos que o diagrams de ratura & smplesmente propor clonal ao diagrama da Hiperostitica, havendo necessidade de de- temninar a carga erties, que, 6 aguela que transforma a estr turn nom mecanismo, Deseja flzar que enquanto a Hiperestitica clissiea & perfel tamente estudada 0 estudo da Hiperestitica pléstiea € muito mals recente, © cileslo das questoes de carga nas Infos pela Plastioldade seria feito pela teoria das linhas de ratura do Johansen. ESTRUTURA — No 4 70 SAPATAS EXCENTRICAS Ivo Wourr Rio Grande do Sul No presente trabalho, apés extender para casos mais gerais 0 cestudo jf apresentado por Branvets (1) sdbre 0 problema das sa- pats excéntricas de base retangular, procuraremos indiear um pro- ‘eess0 que, a nosso ver, permite reduzir 0 numero de tentativas que sempre exige @ solugao de problemas dessa natureza quando na fase de projeto e dimensionamento da estrutura. Uma critica 6 feita sobre os erros devidos is hipéteses adotadas sua influéncia nos resultados muméricos é analisada frente a0 aspecto da seguranca da obra. Abordaremos o problema da determinagio da distribuigo das tensdes de contacto com 0 solo nas sapatas que suportam pilares excéntricos e admitiremas, para efeito do estudo tedrico, verifioadas as seguintes hipéteses: 1° — A forma, em planta, da sapata apresenta simetria em re- lagio a um efso que 6 ao mesmo tempo, a projecao hori- zontal dum eixo de simetria das seogies transversais do ilar, suposto prismético; 2.9 — A resultante das reagbes do solo passa por um ponto sie tuado sdbre 0 eixo de simetria referidos 8.° — O recalque em qualquer ponto da face de contato da sa- pata com o solo é proporcional A respectiva tensio nor- mal; (hipétese do coeficfente de recalque de valor cons- tante); 4° — A sapata é rigida, sendo mantido permanentemente 0 contato de tedos os pontos de sua face inferior com 0 solo; 5. — & desprezada a componente horizontal do deslocamento da sapata; 62 — A estratura suportada pola sapata apresenta-se como um sistema perfeitamente elistico. BSTRUTURA = Ne a Fig. 1 Fig 2 Consideremos uma sapata suportando um pilar de uma estru- tura nas condigées indicadas ma fig. 1. Seja N, a componente ver- tical do esférco solicitante ne seegio 1-1 do pilar, devida as cargas que solicitam a estrutura ¢ aimitida a hipétese de engastamento perfeito do pilar na sapata (sapata e solo absolutamente rigidos); dada a deformabilidade do solo ésse engastamento perfeito, no en- tanto, nfo se verifica, havendo uma rotagio da sapata de um certo Angulo e, por conseguinte, 2 introdugio ma estrutura, através a seogiio de engaste do pilar, de um momento anteriormente niio considerado no cfleulo; isto significa, em outros térmos, nio ser ‘Ny ¢ sim sua paralela N; a componente normal na seogio 1-1; admi- tindo que 0 momento adicional introduzido na estrutura nfio influa sébre a intensidade da componente citada (o que é perfeitamente admissivel dentro da precisio exigivel em cileulo dessa natureza), faremos Nr = Ny = N (carga no pilar calculada na hipétese de _-BSTRUTURA = No 4 1 engastamento perfeito na base) e diremos simplesmente que a ro- tacao da sapata faz. com que a forga N se desloque paralelamente 1 si mesma de uma distincia ¢, contada a partir da posigio deter- minada pelo primitivo céleulo Nessas condigdes @ tiniea inedgnita do problema reside exata- ‘mente na excentricidade e, pois, uma ver conhecida essa distincia, fica determinado 0 diagrama de distribuicfo de tensdes no solo ¢, ‘A mesmo tempo, fica definida a solicitagdo no pilar e, si for 0 caso, poderd ser corrigida a solicitagio nos outros elementos da estrutura Na fig. 2, onde vem indicado 0 esquema teérico da estrutura, apresenta-se 0 recalque da sapata como resultante de uma trans- lagdo vertical até a posicéo A’B’ seguida de uma rotagio em témo do eixo x — x, perpendicular ao eixo de simetria e passando pelo centro de gravidade G da figura que, em planta, representa a face inferior da sapata, diograma de te al diagrams de detormacces Fig, 3 72 RSTRUTURA ~ Nod Na fig. 3 considera-se isoladamonte a ago da estrutura sdbre 0 solo e a acéo déste sbbre aquela. No primeiro caso, tudo se passa como si s6bre o solo, através de ume placa rfgida (no easo a sapata) fsse aplicada uma carga vertical baricéntriea N acompanhada de um momento M situado no plano vertical que contem 0 cixo de si- metria y —y, de valor M =N.(m—e) (ay No segundo caso, 0 momento adicional AM = Ne (2) introduzido na estrutura pode ser considerado como aplicada a ex- tremidade inferior do pilar CD, apoiado em D. © momento M aplicado sbbre a sapata produziré uma rotagio p que deverd ser igual & rotagio da extremidade D do pilar devida ao momento adi- cional A Bf; esta condigio fornecerd a equagio necesséria para a ‘determinagao da incégnita ¢ © Angulo de rotagio da sapata (v. fig. 8 a) seré ™ rr (3) designando por C 0 coeficiente de recalque, teremos: Pt waZ, 4) Gl (4) onde p' designa a parcela da pressio no solo, na borda mais soli- citada da sapata, devida & rotago p. A tensfo p/s, de acbrdo com as hipéteses estabelecidas, serd dado pela formula Mor ‘= . (3) Es; onde representamos por J, 0 momento de inéreia em relagdo a0 eixo x — x da base da sapata; fazendo as substituigdes de (5) ¢ (4) em (3) vie (8) ESTRUTURA = No 4 a 73. 4. a agiio do momento AM é dada pela formula AM Ky onde K, representa o cooficiente de rigiden da barra na sua extre- 1idade inferior, considerando as condig6es reais de vinculo na extro- M AM midade oposta; da igualdade das rotagoes resulta —— = ——, 3 : i i= donde, considerando as relagées (1) © (2), teremos, com as conve: nientes simplificagdes: iv > ) 7 8) lta o : (9) CAileulo de verificagio de seguranga © problema de verifivagio de uma fundagio nas condig6es ex- ppostas torna-se extremamente simples. Dada a estrutura, a pressio admissivel no solo e 0 coeticiente de recalque C, calcula-se e a partir da férmula (8), onde tocos os elementos sio obtidos a partir dos dados do problema, determina-se o diagrama de pressBes no solo e verifica-se a influfnefa do momento adicional aplicado na estrutura. Projeto e dimensionamento © problema de projeto apresenta a conhecida dificuldade inerente a todo 0 sistema hiperestatico: a determinagio dos esforgos solicitantes depende das condigtes de rigidez do sistema, e, por conseguinte, exige 0 prévio conhecimento de suas dimensées. A procura da solugao deveré, como sempre, sujeitar-se aos inconve- nientes das tentativas, tanto mais mumerosas quanto menor 0 niimero de restrigdes préviamente impostas pelo projetisia as varidveis do problema. ESTRUTURA ~ No 4 LMT, rasan Fig 4 Na fig. 4 vem representada uma sapata de base retangular, sObre 1a qual se engasta um pilar, de seccfo transversal também retangular, onde consideramos, para efeito de simplificagao, a carga N, calcula- da na hipétese de base indeslocivel, coincidindo com o eixo do pilar (desprezo da excenlricidade inicial, devida ao engastamento per- feito); nessas condigdes teremos geen (a9) 2 ESTAUTURA — No 4 75 A pressiio mixima no solo, admitindo que a resultante Neale no interior do nticleo, sera tendo em vista que e notando que (18) a7) E € 0 médulo de elasticidade do material da estrutura, ¢ a um eoefi- ciente que depende do tipo de vinculo na extremidade superior do pilar, a equagio (15), com a substituigao das express6es dadas por Ap, (12), (14), (15), (16) ¢ (17), depois de simplificados e orde- nados 05 térmos em relagao a d, apresentar-se-4 do seguinte modo: | (18) CN(8—r) d? — SN Cd'd — 12 rp, K, a raiz positiva dessa equagio é; 76 ESTRUTURA ~ Net fa férmula (18) se simplifiea para “Gaz i$ | (Ba) ‘A grandeza A depende das condigGes elisticas da estrutura, da carga N, do coeficiente de recalque do solo, ¢ do critério adotado nna escolha das tenses a serem admitidas no solo; no caso, por ‘exemplo, de solo néo coesivo, quando no céleulo da carga da estru- tura forem levadas em conta tédas as condigdes de carregamento (vento, temperatura, ete.) permite a norma DIN 1054 um aeréscimo de 80% no valor da pressio admissfvel quando se tratar de presses nos bordos da sapata, desde que a pressio no centro de gravidade no ultrapasse o valor normal. Poder-se-ia nessas condigées adotar para p, a pressiio admissivel no solo e para r um valor satisfazendo osr) ORES 6) Wits Fig. 8 Para lajes armadas mum sentido 86, a fig, 7 mostra uma solugio que ‘nos parece simultineamente constru- tiva e funcional: economiza concreto abaixo do eixo neutro; tem forma de execugio simples bastando para isso que se usem placas de fibro-cimento, 109 ‘ou chapa metilica corrugada, de ficil obtengio no mercado, Nas lajes com engaste nfio é raro © emprégo de votite ou misula, em- bora haja por parte dos arquitetos forte relutiincia em relagio a clas, fig. 8, a eb. Observe-se que & pos- sivel o emprégo da misula invertida, fig. 8c, com wm espago maior a ser preenchido com massa, mas que pode ser usado para a instalagéo, que dei- xaré de ficar embutida, tomando-se assim de ficil substituigéo. Num hairro como Copacabana, onde os ele- trodutos com poucos anos viram es- ponja de ferro, ésse detalhe nio é sem importincia, considerando ainda que 08 pisos tornam-se mais econdmicos na verba Estrutura Laje em cogumelos Este elemento estrutural receptor da carga itil tem como caracteristica dominante o fato de excluir da susten- tagio o elemento viga: a carga itil vai direta da placa ao montante. Sun designasio deriva da seme. © Thanga de forma: a laje repousa sdbre dilatagdes nos tépos das colunas, que fazemnas parecer cogumelos Destinam-se a reduzit agio de Pungo que se apresentaria se placas ® = fimas apoiassem pontualmente, como va fig. 9a, ou mesmo em areas redu- zidas coino na fig, 9. De um certo modo, os elementos estruturais das obras sempre ficaram condiclonados a sua fungio estitica ‘Mas duas tendéncias passaram desde edo a influir na forma das pecas, se- gundo: 4) fbssem elas encaminhadas a ter fungio tinica, de natureza ‘meciiniea, ou b) féssem clas envolvidas em duas ou mais fungées, de modo que se no pudesse discernir a que mais. domi- Acontecew entio, que @ predomi- nincia de uma ou outra fungéo, néo 86 desvirtuava como as vézes invertia as conseqiiéncias da outra Fig. 10 Por exemplo: ¢ mais légieo que uma viga com balangos tenha a forma (a) do que a forma (b) da fig. 10, E tanto iss0 6 exato, que tal se verifica em pegas metalieas ¢ em pe- cas de madeira, inclusive no mobic Hério. No entanto 0 hibito de nio ha: ver no teto elementos descendentes pelo uso intensivo da absbada, desde ESTRUTURA ~ Ne priseas eras, parece ter oxcluido a for- ma (a) do conereto armado. ‘Nas lajes em congumelos a fun- go estética prepondera. Mas razdes estéticas tém influido profundamente: 4 obtencio do teto liso, como no Mi- : nistério da Edueagéo, conduziu & in- versio do capitel, fig. 11. Quanto no desenha que Aste pode assumir hé uma variedade grande. Fic. 13 A figura 12 apresenta os cogume- los reais, e podemos afirmar que todos les tém sido usados no céleulo estru- tural Na fig. 18 vé-se uma realizagio de Fraxk Lion Wiucnr, bastante fora do comum. As formas usuais sio as da fig 14.0, 6, d,e. ‘A forma b, tem parte do eogu- melo invertida. Salientamas a elegin- cia da forma f, ¢ lembramos que as a permitin tetos sem- Essa. tonic pre cdncavos, porém, muitas vézes tio abatidos que vistos de baixo quase parecem planos. A eélebre abbbadla lo Mosteiro da Batalha, em Portugal, aqui havendo desabado quando exe- extada segundo 0 “risco” de um fran- cfs, foi reconstruida pelo arquiteto cego Avoxso Dowcurs, parece ri- gorosamente plana tal a pequenez da flecha. Fra e ainda 6 obra téo arrojada que @sse oélebre arquiteto uso, quan- do foi colocada a ‘iltima pedra, a cha- ‘ve que realizou o fécho da abéboda, postow-se debaixo dela ¢ mandou re- Arar os cimbres: Conta Hencutano que depois de 8 dias o velho Aronso foi encontrado ‘morto, apés ter pronunciado a conhe- cide frase: “A ubdboda nfo cain, a abébada nao caird” ‘As abébadas eram de fato reali zaghes marcantes e quando ousadas Fic. 15 as 4 arestas determinadas peli inter- imortalizavam seus executantes. seogio das duas superficies. | No gatico essas interscegées apa- recem nitidamente, como elemento de- corativo, marcando partido estatico ois arcos em diagonal compostos pela silharin com os cortes estereo:dicos; @ Fic. 14 formas eurvas h, 4 ¢ j si E ', fej sio pouco em. _—_Executadas em alyenaria on & Bregadas, sobretulo por dificldade podra tallads, opoceanaget le execugio. mais belos interiores que ainda se admiram. sObre éles descarregam os quatro pa nos da abébada, Maior niimero de nervuras podem Cascas parecer, salientando-se dos tetos eur- ici Me maria ‘os, fig, 16. Com isso tetos riquissimos se empregava madeira, os pisos eram sustentados pelas absbadas, foram realizados nas catedrais_me- ievais, que até hoje causam enlévo » admiragio. LSTRUTURA = Ne 4 113 Pois bem, na con igo civil fo- ram elas que deram origem as atuais cascas em concreto armado. As diferencas sio no entanto, im- portantes, As abdbadas eram espessas © quando cilindrieas funcfonavam no estado plano. As cascas sio delgadas ‘e mesmo as eilindricas tém um funcio- namento diverso, por isso que inter- vem tensies segundo a goratriz. 4 composigio de uma absbada do pedra impunha 0 corte das pecas se- gundo uma téenica hoje em desuso. A execugio de uma casca é um pro- blema de moldagem, © todos os re- cursos so postos em jégo para resol- velo, inclusive 0 emprégo de céima- ras de borracha, que cheias de ar tomam a configuragio que se deseja dar & pega. Uma variedade considerivel ofe- recem hoje as eascas: de revoluedo, cilindsicas, de translagio (curva ge- ratriz de forma qualquer deslocando- se s6bre uma diretriz, paralelamente a si mesma), paraboldides, elipticas, ete, isso no campo das pegas curvas. Surgem agora as chamadas ciipo- Jas © abdbadas poliédricas, de exo- ‘eugiio edmoda no conereto armado, 4 por conseguinte mais econdmicas que as caseas com curvatura e benefician- do-se grandemente de suas proprie- dades, fig. 17. Fic. 17 Lembramos um tipo de cobertura poco comum no eéleulo estrutural, rarissimo mesmo, mas que talvez ainda faga sua aparigo na técnica: a ‘membrana tracionada em todos os pontos, fig. 18. Observesse a cobertura de um citco: a Iona, toda ela distendida, exerce esforgos no topo das escoras Fig, 18, ESTRUTURA = N04 Comporta-se coma que As avessas de uma easea comum. : Nas pontes em ago nas estradas ser eae ena za-se com wma sustentagio désse tipo, fig. 19. Com @ atual facilidade em moldar echapas, quer de ago, quer de alumi- nio, haja vista a carrosseria dos auto- méveis © a fuzelagem dos avides, no ELEMENTOS LINEARES Vigas © elemento linear mais geral & a vviga, para a qual as solicitagées podem ser as mais variadas possiveis Fis. 20 seri dificil produzir pegas que realic zzem tetos com a configuragao de lona de circo. Para marquises ¢ abrigos de passageiros nos refiigios urbanos, a fig. 20 esquematiza um exemplo em aluminio Outro tipo de cobertura que vem tendo ampliagio constante é 0 das A rigor compde-se de um esque Teto!de elementos lineares, que sio as hervuras, © entre clas os panos de easeas. & assim um sistema misto. A natureza tem a primazia de seu uso, como se ve nas figs. 21 e 22, numa vitéria-régia e numa easca de e ilustra 22, Um exemplo curioso eq fas consideragbes acima 6 0 d HSPRUTURA = No 4 Apreciemos separadamente suas duas formas: -“seegio transversal” ¢ “perfil longitudinal” As formas usuais da seogio trans- versal no concreto armado, sio 0 1 tingulo, oT ¢ o L, fig. 24, a, b, e. Ha como que um preconceito tieito de {que sio elas as mais simples, ow pelo menos, ay mais Fceis de executar © muita gente admitira que seja ore tangulo a secgZo mais racional Nio é exato; ao menos de modo pleno Se 0 cisalhamento fr fraco, seegdes préximas do. tridingulo ou francamente trapezoidais serio mais ceondinicas (Fig, 23) Formas mais complexas podem uusarse e jl vio fazendo seu apare mento no conereto protendido, 115 Assim as. seogbes fig, 25 so caracteristicas provindas de circuns- hoje correntes nessa ti jen tancias di A fig; 26 mostra uma série de AS secgdes a, B, 6 ¢, f reduzem exemplos para concreto armado, com 9 consumo do conereto abaixo do eixo neutro A fig, 27 mostra um radier que A tendéncia arquitetoniea em ma- Na d, ha também redugio; o alar- estudamos para um edificio no centro téria de viga & a da face plana, Em- gamento inferior ocorre- quando da cidade, armado num sentido sé. bora de mais dificil exeeugao, pode Com férmas triangulares feitas de iam no entanto ter emprégo seceBes tiboa velha, reduzirfamos consider’ curvas, em forma de Ligrimas, de oito, velmente 0 consumo de concreto clipticas, cireulares, etc quantidade de ferro é muita, _—Casos aparecem em que vigas cas tém cabimento. Be ESTRUIURA — No 4 ESTRUTURA — No 4 ur Do ponto de vista estitico apenas, terdio uso oportuno, tal seja 0 caso, fig. 29 e fig. 28. Por exemplo 2 secgio ¢ pode ser adotada para pegas premoldadas que sejam usadas em larga escak como arroteamenta dle pisos. Ocas, seriam relativamente leves, e sto pastiveis de fabrico andlogo 20 de postes, por cen- trifugagao. Nio & necessirio dizer que a dessas maioria seegies transversais hi Porém, queremos mostrar que & possivel sair da rotina, & que nao deve ser o retingulo a forma mais vantajosa para todos 05 casos, uns as vézes profundamente diversos de ou- tros, © que talvez nfo haja é um fexame aprofundado das diferentes situagBes Quanto ao perfil Iongitadinal, a situagio é mais flagrante, Para most Jo tomemos 2 viga da fig, 80, euja envoltaria de momento suupomos seja a que encima o desenho. BSPRUTURA = No 4 Os perfis usuais si0 05 que estio em b, ce d-da mesma figura. Ora, se a agio fletora é te, isto & se as forgas cortantes no preponderam (0 que ocorre nas vi gascparede), essas trés sohgdes no sfo as mais indicadas. A forma d, que acompanhada o ancamento da envol- toria seria muito mais adequada. E isso fica mais visivel se rebatermos a envolt6ria, conforme est felto em Evidentemente ésse_rebatimento niio altera os valores dos momentos; 6 fato de colocar os positives de um ado © os negatives do outro & mera convengio, que pode ser substituida pela seguinte: os positivos haxurados hhorizontalmente, © os negatives nn vertical, porém ambos de um mesmo lado, como esti feito na figura Observe-se que assim procedendo, envoltoria de momentos sugere um perfil espontineo para as viges Na fig, 10 confrontamos duas ppontes: uma dentro da forma cléssiea, dutra ealeada nas consideragies acima 9 Na fig. 90, temos teés sipos de viga simples com contrapesos, em que é <> ilo 86 se procura uma intengio plis- tica, como também se atende a uma maior ou menor necessidade de au- rmentar a massa ma extremidade do console, a fim de trazer 0 momento ® nos apoios a valores que se desejem. | a Ainda na fig, 53, mostremos sic Ihnetas de quadros birotulados @ bien- gastados. O estudo das vigas de edi- ficios também mostra que € possivel . Fic. 35 ee ene an penetrate b) material, embora néo seja tio certa a redugéo na mio de obra. f fato sabido que normalmente as solicitagées nio sio exageradas nos eee tec cargas concentradas, os diagramas de foreas cortantes nao apresentam va- By Nf een Observese a fig. 34, um vio de Fic, 83 ‘nina viga continua. 120 ESTRUTURA ~ No 4 © RSTRUTURA = Ne 4 11 Normalmente @ pega tem seegiio umiforme Podlerfamos no entanto, realizécla conforme mostra a fig. 84 ¢, economi- zando todo o conereto tracejado Poder-se-ia mesmo realizar a viga, com 0 positive abaixo e negative aci- ma da laje, fig. 84 d, a fim de apro- veitar em ambos a seogiio em T, 0 que seria sempre v rel nas vigas. exter nas, € nos prédios de andares repeti dos, em muitas das internas, Em ea- 805 excepcionais tem-se adotado essa solugio Lembremos ainda que assim pos- ta @ questio, a viga estaria em con- digdes estiticas mais vizinhas do es- Fic, 36 Fic. 88 quema de fig, 35, 0 que do ponto de de economia de cileulo, tum. bém nao seria desprezivel. Na verdade munca nos abalanga- mos a executar todo um ediffcio com ssas sugestdes, mas queremos sssina Jar que se_tivessemos um Instituto como 0 Building Research Station de Londres, teria cabimento dar cutso a pesquisas désse teor ‘Tudo o que vimos mosteando, em geral no é aceito & primeira vista Tivemos ocasifio de apresentar, duas solug6es de ponte em arco tx-arculado, A segunda, que tinha as pegas poll ESTRUTURA yonais parecia-nos harmonizar muito mais com as misulas dos intercolu No entanto a primeira solugio foi preferida s6 por atender ao as- poeto usnal, Note-se que neste caso a vantagem da forma estaria do lado da pega poligonal, por conseguinte nao texistia 0 argumento do “servigo mais, ici!” para o carpinteiro; mas 0 hé- hito tem muita f6rga Arcos ‘Também aos arcos so apliciveis observagées anilogas As formas correntes sio as da fig. 87. No entanto a solugio da fig. 88, para um arco bi-engastado, pode ter dda propriedade prinefpio de que 0 areo bi-en- yastady tenn de tex a sey anaiy del gada no fécho é um yerdadeiro tabu; mas néo nos parece que com muita Explica-se pelo fato de nascerem as abobadas na construgio em alve- naria, em que a linha de presses pas sava sempre no térgo central. No conereto isso nio é prinefpio obedecido: as linhas de presses no passam sempre no mficleo central, & por conseguinte as solugdes tém de acompanhar as novas contingéncias, donde ser possivel e até recomendavel fazer-se um arco mais espesso no fe ‘cho que, por exemplo, nos rins No concreto armado, o ferro & umn atendimento a ma insuficiéncia do BSTRUTURA — cconcreto simples: pouca resistencia a tragao ‘Ora os arcos, muito mais que as Vigas, sao as pegas em que os esforgos trativos podem ser reduzidos a um minimo e mesino eliminados. E_ por- tanto a pega nobre para o material conereto, que néle tem, como nas cas cas em geral, 0 melhor de suas possi- bilidades. Todo estudo no aprofundamento dessa pect, como no das iiltimas, hi de resultar fecundo. Pilares Também nos montantes, colunas ou pilares temos que extminar a seegio transversal e a forma longitu- dinal Comecemos pela secea0. Ox pilares em concrete srmado o em geral massigos e tém eomo for mas mais comuns da seogio trans sal 0 retingulo, o cireulo o Te 0 L. Menos comuns, porém com bas- tante sentido sio as solugdes da fig, 39. Ha tendéneia acentnada hoje, de se exeeutarem pilares-paredes. No entanto a questio da flamba- gem limita em altura 0 uso désse ele- mento estrutural para espsssuras es casas. TLembramos que a adogao de uma das formas da fig. 40 conduz a pega com aumento do momento de inéreia sem acréseimo no consumo de ma- terial. 128 = Pleas JPTICO OU OVAL , CHAM. R400 QUE “Pana REcebEQ iat i2acho~ Gee PLAB ELIPTICO_ow ava a SuLAR Com A conziguaacho -BE_O5S03- PUR BE PONTE EM RIO Fic. 39 Menos comum é 0 pilar dco, usa- do no entanto em postes e estacas Mas tem cabimento sempre que se de- seja aumento de inércia para combater a flambagem e desde que no haja ne- cessidade de seegio chein (carga nio ‘muito forte) 124 Em geral no tem interésse eco- ndmico a reeuperagio da forma inter xa, nos pilares Quanto ao perfil longitudinal & norma eorrente que o pilar tenha seegio constante, exceto quando faz parte de um pértico ESTRUTURA — NO 4 ‘ESPACO QUE PODE SERI AS rusuLaches © Embora essa _praxe esteja muito enraizada, por preceitos econdmico, vai hoje sofrendo impactos sucessivos. Em primeiro lugar, 0 céleulo es- terutural, hoje, mais que outrora, justi- fica e mesmo solicita o galbo, fig. 41. Os chamados pilares pendulares, por exemplo, quasi sempre sujeitos a forte flambagem serio vantajosamente resolvidlos com forma de galbo. Ag vézes, motivado por outras ra- 2es temos usado pilares com fungio ESTRUTURA — No 4 de pindulo (apoio do 1° género) com a silhneta da fig. 42; dilatagio na parte superior para conter um char riot de ago. Fica atendida a fungao, com vantagem estética WIR ic. 40 Mas um rumo novo tomam as for- mas de pilares na arquitetura de nos- sos dias Em projetos diversos em anda- ‘mento no pais, virias letras do alfa- eto inspiram formas de montantes: temos pilares em V, Y, We K. Essas pegas so tratadas plistica- mente com liberdadle no sentido de obter configuracses agradaveis Estiticamente sero sempre van- tajosas quando se equilibram mitua- mente 195 Assim, na fig. 44, terlamos os segmentos a trabalhando a compres- so, em condigées portanto econd- S6 os trechos © teriam de ser atirantados, com todo o esférgo hori- zontal absorvido em ferro. Fic, 41 126 » A nosso ver os montantes tornain patente 0 quanto so pode pesquisar ‘em matéria de formas em conereto ar- ‘mado E de justiga reconhecer que ésse esfrgo vem partindo muito mais dos arquitetos que dos calculistas, embora Fic, 42 ESTRUTURA = NO 4 Fic, 44 tacnicamente estejam menos cepacita- dos a fazd-lo Por outro lado, a inibigio plis- tica dos estruturalistas é um fa:0 post- tivo. As excegies de um lado e de outro no invalidam essa observagio geral © trabalho conjanto pode fruti- ficar descle que cada um conteibua de modo harmonioso. © predominio da plistiea com desconhecimento de ne cessidades estruturais de dimensiona mento ou 0 atendimento exchisivo A necessidade de seegdes, em térmos de formas padrio por parte do caleulista sem cooperagio estética, serio eviden- temente estéreis BSTRUTORA = NOL No entanto, essa busca deve ser feita em térmos honestos. Ha uma givia, especialmente en- tre os arquitetos que classifica as s0- lugées de “gozadas”, quando felizes © bem achadas. Essa malicia nilo deve existir na pesquisa de boas ¢ belas formas estri- 6 por ser “yorada”” que 10 ow um perfil deve ser es turais. tudado © empregado, amas sim ps helo sendo estiticamente 0 mais reco. mendivel Antes ce coneluir queremos chi mar atengio para algumas observagies arroladas por Fnuv M. genheiro estrutural de renome, em ar 17 tigo que publicon no Architectoral Forum de setembro de 1945. sso autor destaca a importineia que tem o talo da grama, de seegio triangular, na sustentagio da mesma, Fro. 46 Lembramo-nos de que hit anos, Exat- 10 BauMcanr estudou um arco de grande porte, para suspensio da mar- quise de um estado, em forma tam- bém triangular Sevenun destaca nos mariscos a forma corrugada de suas conchas, as sinala a carapaga das. tartaruges, a casca das nozes, a conformagio das medusas € das flores campanuladas que com reduzido emprégo de mate- rial oferecem a resisténcin necessiria aos esforgos a que estiio submetidas © dambu, a vitdria-régia e a casca do dvo sio outros tantos exemplos que a Natureza nos dé de bem projetar tum elemento estrutural ‘Vimos nos olivais portuguéses um fato que muito se associou em nossa snente aos pilares em K Quando uma oliveira vai envelhe- cendo ela se biparte, deitando viirias raizes. As duas semi-plantas tomam- -se auténomas e vio se afastando com os anos. B comum verem-se érvores Guplas, primitivamente unidas © hoje afastadas de cérea de dois metros 128 Nessa fase tomam a configuragio da fig. 45. Detida observagio das coisas da natureza pode dar solugées diversas A haste do trigo fornecew uma patente francesa de pegas de encaixe para ‘composigao de arcos. A nossa erva carqueja cuja haste & alada, sugere uma solugéo para com ater flambagem, quer axial, quer oriunda de flexio, quer mesmo pros vinda da torgao, fig. 46. As dunas de areia tém o mesmo arranjo das pirimides, material aghy tinado sem resisténcia & tragio, bus- cando configuragdes de grande equ brio estivel em que ésse tipo de soli jo nao ocorra nunca; ja as pal- meiras insinuam os abrigos (guarda- -s6is) em conereto armado com ferra- gem axialmente simetrica, capazes de esforgos trativos em qualquer sentido Todo um corpo de analogias pode ser vislumbrado Mas o importante € 0 que ainda niio se pressentin e € nessa direcio que © interésse de arquitetos © calculistas deverd voltar-se como intuito da obtencio de novas aquisigées Tic. 47 ESPRUTURA = Ned NOM TO DE SUA ESTRUTURA O dimensionamento de estruturas com HELITRAGO no estddio ILI apresenta corea de 40% de economia em relagio ao uso cldssico do aco 3? CA no estddio I. XEMPLO M = 65 tm b= 85 om oy = 225 Keglom? Pit a a "Sah Sato A ANTIGA: 37 CA + ESTADIO It = DESPERDICIO kgiem? 9) = 1.500 kplom® y= 0,27 @ = 12,85 (tab, 7 Aderson) 5 000 B= ben Sy 13,6 om? 035 5X16 A MODERNA: HELITRAGO + ESTADIO IL ECONOMIA 6 100 kajem? 027 05000/0,35 @ = 0,03 (tab. pag. 222 de ESTRUTURA) 2, = 2400 kglem? (Helitrago) 0,98 x 2400 100 65.000, © 333 X 116 = 25,1 em! 7 ee BCONOMIA REALIZADA POR HELITRAGO 1 = 25,1/43,6 PATENTE No 40078 ARMA URAS HELITRACO Praga Maud, 7 8° and. — Sala 822 Tel: 23-6923 Rio de Janoiro *

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