Você está na página 1de 15

1.

1 A importância O desenvolvimento
da classificaçãobiológica da classificaçãobiológica
O n undú \ i\ . ê . o r..i rr' rd op o Í u m :re ,^ l No sóctrÌoIV â.C. o síbio grcgo Arisúreles
n e \: Í . J : J e d" o, .i r ,.m o . o , b i u l o s ," j .i (384 a.C. 322a.C.)cÌassìficouos aniÌnâiscìì âé-
i d e rr il r d , , r ne none ïx n c re n ti l i c rm L n rrrn J i . reos.terrestÍes e âquáticos.usândocomo crìté
de 1,7 nrilhão de espéciesde sercsvivos. c acre rio o ênrbieÌteeìÌìqueclesviviâm. Tcof.asto(372
dita-se quc rinda eÌistan muitas espécìespor â.C. 287 i.C.), discapuhde ArìstóteÌes,cÌrssifi
cou âs plaDtâscnr Êrvâs,ârbustos e árvor€s, sc
PaÌaestud{rc coÌnpre€nder trmanhâv!Ìiedr guindounr cÌìlériode mmânho.No sécuÌoIV Sân
d e .rom , , L. r e. c , . r io a p ru o d .o J fd 1 i .n ..J r to Agostinho (35,1430), Leólogoe esNdlosoda
xco d ' r r ' ' n , r r ' c lf rc .e r rn c a ,,. rr.rr' ,,i . r e ì1atüreza,clsslificou os animaiseÌn úteis. n"ci-
cÌassificálos. As primeÌas cÌâssificxçõcsbiolí) vos e indiferentesao homem.(Fìg. 1.2)
th J"., , r n pend5 c : rrl o ro . d i \ r. , \ i \,,.. H o j e A paÍrÌ do Renâscimelìlo,períodohisródco
porém, clas reúÌÌeÌrìos organismos dc âcordo com que abrangeosiéculos XìV, XVeXVI. os cien
suassencìhânças. o que acabapor rel,eÌruos di fc tiÍ$ sentimìì necessidâdede sistenâs de clas
rentesgrausde prrentescoente asespécies. sifi.!çãoqtre âgNpasscmos seresvivosdcacor
O râììo da Biologia que se ocupâdr cÌassi com suas cÂrdcterísticasìntrínsecas.e não
íi ca i. l. , ed ì on e1. d ru rrd o ,.1 .. \i \o .ê J T a - 'lo
apeììai seguindocritéìios arbitiiÌios ou de urilì,
\o n o m ia. í do g ego /r' ,,4 . .i rc g n r g -rp o . e
,dnor. coÌìhecÌÌnento). Dentre os sisteìnasde cÌassificaçãoque sü
giram a paltiÍ do Renâscìmento destacou se o do
O que é classificar? natLÌralìstâsueco Câr] von Linnée. ou Lineu
( I 707 I 778). pubÌìcâdo no liyÍo SysíemaNaÌurac.
C lâs . ilÌ c âr . J g,u p J ,,' ,,.!. o e J c o fd oc o m de 1735.Essesìstemâde cÌassiticrìção serviu de
süas semeÌhançâse difefençâs. Por exeÌÌìplo, b{sepam o que utìlizanrosaié hoie. (Fig. L3)
t,'d enr - ' e c d. . iir r r .c ,,. a !fr p i n d o -o . d e
.rcofdocoln di veÍsoscritérios:o paísde orìgem,
., , ro de . uJ er Ì i*! , , , r.r (i n o r' \ o c e i r d e i td m. Critériosde classiÍicação
p .,íÍlor e. . r nr ndi. . pe Í.u n â ;.1 ., n o ri c o .e ..,
\o . u|P r n, er c J oo,o p ro d L r,^ .i ,, c r:..rl i .c . A semeÌhânçâó o ponb de parridade todas
d o ' c J r J ihJ r do ae .' c u rd u .ú rn ,, i I,' ,l .r- as cÌassìfìcações,
nras é necessárioescolherca-
Íi r.. f r " J r . o, de lr n p e ,,:r.b c o i J . ,. \e -ü r ra . ncterísÌicasrerÌmente ìmpoÍantes. pois mxiÌas
e tc.) .( F ì e. Ll) semeÌh?Ììçassão apenassupcrficiais ou ìnade-
fisurc LI Umconilnb dê sêlos(à esquèrdo) foi c oslfi.odo en
porsÕnolldodes,
hê5cotesoriosr esportes
e iolurczo.Codocotegoo,
por suovez,Íoi subdivididode ocôdÕcomdiÍêrênles criiérios.
Or
*"s de pereonolidodes ÍoromÕsrupÒdos em presldentes e nõo
prêsidênlês
e,.denhode$Õssubcoresoriôs, Íeunidos deqcordocom
oonodeemissõo. Os selosdeêsporieÍorÕmorsonizooo!!€eu'oo
o modoidodelbosquere e Íub6ôl)eo ono de emnsõo..Jó os selos
de noturezoÍôromsubdivididôs primêkohente peloonodeemlssõo
e, em seglido,peo motivode súoestompo, Íqunoou rroro.

E5PORÌE5

NATUREZÂ

4
ffiMffi
r
riguro 1.2 Arisólêlesfoi um dos primenoso clossiÍicÕr
05 seresvÌvos.Etedividi! os ônimoisem.oéreos,

P
F
Figuro1.3 Linê! hehoic ocinÒ)Õdohvoo êspéciê
:
como cqliesoriobósicode clossificoçõo bioióqico.
Sesundoele,cõesdomésri@s (Ale Ìobos(B)peÌienciom
o èspécles
disiirios,mosôpresenÌovom sehèlhqnçqs
suUcieniesporo reunÌ-os em umo coiegôdomais
obrqngenle,o sêneroConis.
qudâs à cÌassìficação. O localondc vireÌìos ol
ganìsmos, por exemplo. nào pode ser usado
como crìtério pdncipâl de cl.ìssificâção,porque f'
existem anìmaisâéreostão díspârescomo uma
moscè,um morcegoe umâ gâivotâ.
Lnrcu cscoÌhen.como principal .ritório de
clxssifìcação,o pÌâno de organizaçãocoryorâI.
iÍo é, â estruturae a âürtomia dos seresvivos.
Dessa.formr, os animâìs foÌâm agrupadosdc
rcordo coìì is scmelhançâs de suaestrutumcor
po|al. c as plântâs,de acordoconì sua anatomirì
e. principalmcnle,de acordo com a eshúurâ de
suasflores c fÌulos. (Fìg. 1.4)
No sìsremaatual de chssi{ìcâção,aÌém das
seneÌhânçasesautufis. hoje exânrinâdrsaténí.
leis microscópicos.tambéÌn são c(udâdâs ãs
seneÌhançase dìÍèrençasnâ coìnposiçãoquiml-
ca dâs proteínase dos genesquc conÍ1tuem os
seresvÌvos. (Fig. Ì.5)

1.2 Cateeoriastaxonômicas Fisuroì.4 A.ìo$iflcoçôobiôlógi.oôgrupoos 5eres


vivôsem diveBoscolegoriqs
ioxônôhi.os,dê ocordc
comsuossemehonços.Ponioscôtr Írubs do llpo le.
O.Lúir rLìnüLeÍì rl. $riri
por exemplo,sôoreuridosno foml c
grme {"ogens),
Animdkcomlrèsporesde polose
dos leguminosos.
Espécieé r catcgorÌì lâxonômicabíÌsicado !m pordeonl--nossdoreunidosro closedosirsetos
sisienrtLde cl$sific.ìção bioÌógica. Atualììcnlc
detìne'secspócie(do lâlinslr..ipr, tìpo) colno o
conjunto de scrcs seoelhãntes, câpâzesde se embÌospodeìnsc clxzxì e produTirdesccndcn
cÌuzar em condiçõeÊnaturâis, deixando des- tes férteis enì condições{ftìficìai! de câtivcirc.
cend€ntes férteis. A resìaìvr "êln conílições nã nuÌìca se cruz{ndo. portm. em condiçõe\ lrlu
twais ' é ìmpoÍante, tois exìstemespécies cujos faìs. (Fig. ì.6)

zs{ oit",uneo
"" ";.-"

$
ti
:.

-:-:-:::
tisurol.!ia difêrênços ob! humonoe o hemogobìno
hemoglobÌno
obsqruodosen|re" dêourrosonimois,no qle
re reí ereô comp oslço e
o - om ir ooc dos r eller e- oos or ( ioe, o li o ênreo! grLpoi(ôr.de ooo.
!ìc!.. l.Í teõese iigrespedencem o espécies
dkrintos,mospodemse
.ri l o ' c m,Õl F i ô F ^ co dcoes.oturoi .
poir têmhóbÍosd ferêntes ê vlvêmem ombientes
divêÊos.Os rigressõo
onimaiseliióriôsqrevrem emforestos,enqucntoos Ìeõessõogregó.ios

EspócicssemeÌhântes sãoÌeunidrs erÌì câLegorÌas nxonorÌrcâs


Ìn.ìì(Ìe!. o\ gôncros.Gênerosconr c.ÌrncteÍíÍicxssemeÌh.ìrtessno
{gn'pâdos enr cntegodasrììiìioÌes..ìs fâ'níÌiâs. Lstxs. por sul] \cz
são.Ìgrup as em caÌegorìasúrda nâis ú1-r]gcntes.x! ordens.Or
dcns sào reunidasenÌ class€s.cÌasscssnoÌeunidaseÌì filos. e lìbs
são fennidosern renÌos. AÌguns auÌo.cscostuÌnaDr charÌÌrÍ os Íjlos
legeiaìsde divisões.(Fig. 1.7)

'ïü'^.^

*9-":--
t"r@

iisú.d ] 7 Adosifkoçõô biolósìcopodesercomporodo o umsrondeorquivo,


ondeccdodocumênio rêpresenÌÕ
umÕespécievivo. Espéciessemelhcntes podemserogrupodos em umomesmcposto,que represento o gênêrc.
No pasroret€renieoogêieroConÀ,pordêmp ô, encoftroriomos osesp*iêsConÀlupus(lôbd),conÀtuDil,ons
lcõesdomésricosl
e Co,is/oirois{.oioiet.Podosdesènerôssemelhoires
sôoreuntdos
emsovêtos corespôndenbs
òs lamiiÒs.Govelasde umFesmomóvêlpe encemò me5mo ordem.MóvekconlèndoordênssèmelhÕnrês sôo
€!nidos em soosquecorespondem ds closes.Solosde.losês semelhontes
coÍêspondem oG filos.
OspÌefixossupere sub sãousâdos pâÌiìin
dÌcàr,respectivamente,aglupâmenlos ou srìbdi-
visõesde categoriâstaxonômìcâs. PoÍ exempÌo,
dentrodeumâcÌâsse podehaverordensmaisse-
jnelhaDte!enhcsi do queoutas;nesse caso,eÌâs
podeÌnseragrupadâs eln umâsuperoÌdem.Es
péciesmuitosemeÌhantes de üm mesmogênero
podemseragrupadas emsubgêrìe.os. O mesDÌo
vâlepâÌaâsoutrascategoriâs. (Fig. 1.8)

1.3 A nomenclaturabinomial
- Um dos gündes méritosdc Lineu foi âsso
cÌaÍ uma nomencÌaturaà clâssificìção.O Dome
cieníÍìco de un animaÌox plânta,segundocsse
naturalista. devia ser coìnposio por duâs pâÌavrìs,
a primela para desigÌar o gênero e â scgur r, r
especìe.Cãese Ìobos.por exemplo,peíenceÌnâo
mesmo gêneÌo. Cd"ir. Seusnoìncs são, rcspccti
,ramenÍe,CaìsJanitiuris e Canislryus. e já,itldi
câm â ÌeÌâção de semelhânçaeDtreeles.
Por âdbuiÌ dois nomesa cadaespécie.a no-
menclaturâde Lineu é binomiâI. Alguns noììes
cìentí1ìcos hoje reÌatÌvâmente populâres rão
Hoìno sapiens lhomem). Mus.d doDeÍ,.!z (ììo!
ca), Atuuutì.i ansustiíolid (piúeiro do para

O nome de uìn gônerc pode seÌ escrìto isoÌa-


dèmente. Podenos nos rcferir a um Cdnis, poÌ
exemplo. sen especificar se é lobo, cão ou quaÌ-
quer out â cspécie do gênero. Já o nome da espé-
cie não deveserescritosoziúo, uma vez que es
pecificâ um gÌupo denlro de certo gênero.PoÌ
exemplo. escrcver./aniltdrir, apenas,não ìdenti-
ficúâ um cão. pois existemoui-rosgênerosque
possuemespéciescüja denominâçãoéÊlniàì,rs.
Segundoa nonenclaturadeLineu, os nonles
dos organjsìnosdevem serÌâtinizadosÈ destâcâ-
dos do texto ondc apl[ecem. sendo impÌessos em
,Líl,co ou gdfala!. AÌéln disso, a prìmeiÌa Ìetra
do none do gênero deve ser sempreescritaem
Fi su ro 1. 8 A c los s eA v e s o p re s e n i od i v e rs o s maiúscula.e a da espécie,em minúscuÌa.
su p e ro r dens Poo e o g n o l h o ep, o r
À. s uper o rd e m Ao aparecerpela prìmeí? vez em ulì texlo,
qemplo,reúneas ordemdeoves@rcdorcs,roisrcmô o nome cientifico deve ser escriio por cxtensoi
õ ôvësnuz SÍruthioconelus lordèm SlrulhlôniÍôrmesl
nâsdemaÌsvezeseìn que êparece,o gêneropode
(Aìê o emoRÁeôomeri.dndlordemRheiÍòrmeí(Bl.
Jó o supèrordem Nesroihoe reúnelodo5os ordens ser abrcviado.Porexemplo, apósteÌmos nos re-
de ovesmodernas,enifeeloso pellconoPehconu3 fer',do r C.tnis .faniliatiti uÌna priÌneia vez no
erythrarbachos \oÀen PelwniÍòrmesl (C) e o sôlô texto. podemospâssâÌa escrevê-losimplesmen-
domêstico corus dome,trusbrdeú Golli{ómet (D).

8
1.4 Os reinosde seresvivos
Quantos Ìeinos existem?
Desdeo tempode AÌistótehios seresvivos
eramagÌupadosem dois rcinos, Vegetal e Ani-
mal. Com o desenvoÌvimento daBiologia,e prin-
cipaÌÌnenteem decon€nciados eÍudos micros-
cópicos,peÌcebeu-sequeapenasdois reinosnão
eramsuficientespâÌâenglobartoda a diversida-
de da vidaem nossoplaneta.
O bìóÌogoâlemãoEmstHae.kel(1834-1919)
propôs,em 1899.a criaçãode dois novosÍeinos,
Protistae MoneÉ, paraincluir os orgânìsmoses-
lruturaÌmentemais simplesdo que ânimâise ve
getâis.Em 1969o biólogo R. H. WhinaÌer suge-
du que os fungos,tadicionaÌnentê cÌassificados
no rcìno Vegetal.fossemsepamdos em um reiÍo
à pâÌte,denominadoFungoou Fungi.
Nestelivro, úúdiÍnos o mundovivo em cin
co reinos:Monerâ,Protista,Fringo,Vegetale
Animal. OutrâscÌâssificações,poÌém. sãotam-
bémusadâs.SejâquaÌfoÌ o sistemaadotado. o
impoÍânÌe é conhecerospdncipaisgruposde se-
resvivos e âs câÌacteÌísticâsquelevam à suain-
cìlrsãoem um ou oütroÌeino.
Figuro1.9 Boctérios (A) e cionoboctêrios(ou
ReinoÌúoÌ1rÍ! cionoficetlB)lêmcélulos
procorionlìes,
nosquoko
núcleoeslóousenle.
Todo5os ôuhossrês vivostêm
O reino Morcra reúneseÌesÌivos únicelu
lâÌese procarionÌes:asbâctéÌias e âsciânobâc-
aériâs,estasúltìmâs ÌambémchaÍÌâdâsciânofí Em âlgünssistemasde classificaçãoos tun-
ceas.Gis. 1.9) gossÃoincluídosente os protistâs.A rendência
moderna,porém,é classilìcálos em um Ìeino
ReinoProÌrú
RernoVcgetrìl
No reino Protistâ estãoinclüídosos proto-
zoários, sereseucariontes,uniceÌuÌâÌêse heteÌó O reino Vegetâl reÌíneas pÌaÌìtâs,sereseu-
trofos, e âsalgâs,sereseucarionÌes,uniceÌulâÌes caÍiontes.multicelularese autótÌofosfotossinte,
ou muÌticeÌüÌaÌes,e autótrofosfotossinteúzantes. iiza;tes. As plantas têm células diferenciadas,
As algasmuÌúcelulâressãoincluídasnessereino qüe formâm tecidos corpoÍais bem definidos_
poÌquetêm oÌganizaçãosimples,com poucaou Musgos,sâmambaias,pinìeiros e plantasftuí-.
nenhumâdifeÌenciaçãoentÌe as célulasque for- ferâs são os principais grpos que compõemo
reino VegetaÌ.

ReinôFmgo Reino
Aninâl

O reino FuÍgo inclui sereseucâriontes,üni O Ìeino Ánimal reúneos aÌimais. sereseu-


ceÌuÌâresoü mulúceluiares.que se âssemelham caxiontes;multicelülaÌese liet€rótrofos.Os arÌi-
àsaÌgâsna oÌganizaçãoe nareprodüção,Ínâsque mais âFesentâmcéÌulasbem dìferenciadas,que
diferemdelâspoÌ seremÌìeterótÌofos. fbmâm tecidose óÌgãoscoryorâisdistintos.Esse
J

(C)F!nso lD) Vegêldl(E)Animo.


vlvos.(Al Monero.(BlP.orlsto.
FiguroI . Ì 0 Os cincorêinosde sere5

reino ìnclui dcsdc inimais siÌnp1es.conn âs cs ácido nuclóico,que pode scr DNA ou RNÀ, en-
ponjas,dté aniìnaiscotÌplexos.conìoos mamílc voltas por nnnéculasde proteínas.Os \írus são
ros, grupo ao qual peÍenccÌÌos. (Fìg. l.l0) paÌasirasinÍacchrÌâes obdgdtófios,!Ìre {trcanr
céluÌasde anìÌnais.dc plantas.de fungos ou dc
V í r \ . Ì r ì ! r\ì ì td L l bâctúias. QuaÌdo fora da célula hospedein. os
!íÌus são compÌetrmenteinedes e não se rcprc
Os vírus não são incluídoscrÌ nenhunìdos duzem.No nrtcÌioÍ da célul{ âproprìadr,poÌén,
cinco reinos. Não apresentân céÌuÌas, sendo um vírus podc oÌiginiÌ ccDtenasde no\os vínìs
conslituídos por uma ou poucrìsnolécrúas de (Fi g. 1.1l )
i d ê ntìcos.

FiguroL I I Os vírusnõopeaencem doscincorêiiôsde seresvivos.(A)Vírusdq gripe.(B)Vnusdo


o nenhum
herpes.

10
1.5 ClassiÍicação
e É lógico imâginar qüe espécies Inaìs paieci
parentescoevolutivo dâs tivenìm um âncestraÌconum há Ìnenos ÌeÌnpo
do que esÉcies con maior grau de dìferença. Por
Lineu não acreditava na evoÌução dos serês exeÌnpÌo, a zebrâ e o cavâÌo possuem um ances-
vÌvos. PâÌâ ele. o número de espéciesera fixo. ten- tlaÌ comum que representauma bifurcação rccen-
do sido definido por Deus no momento da Crìa- te na áÌvore fìÌogenéúca. Por lua vez. cavalos e
ção. EmboÌâ conhecesseos fósseis,que são restos zebrâs compâúiÌham com coelhos, ratos, homeÍn
preseÌvâdosde seresque vivelam no pâssâdo,Li e outros maììífeÌls um âÌcestral comum, que vi
neu os considerava sìmpÌesmente evidênciâs de veu há muito tempo. Maníferos, aves, ri3p
espécies criâdas no início dos tempos e que hâ- teis e todos os'nais demais veltebrados possueÌì uìì
viam seextinguido. Por isso seu sistemâde cÌâssì-
âncesftrl comurn aindâ mâis antigo.
fìcÂçãonão procüravà estabeÌecerrelações de pa-
A cl$sificâção, organjzdndoos sercsem câre,
rcntesco ente os fósseis e os seresvivos.
gorins hieúÌquicas, reflete suasrclaçõesde pâÍen-
Desdeâ épocadeLineu muitoscoúecimen-
tos IoÌam incoÌ?orâdosà classifìcação.Atual- lesco evolutivo. PoÍanto espéciesde um mesmo
mentea mâioriadoscientistasacrediraque todos gênero são nars apârentddasentÌe si do que com
os seres vivos descendem de um ancestral co- espéciesde outros gêneros.Da mesmâ formâ, or
lnum. Isso significâque todosos organismos,in- ganisìnos pertencentes a uÌÌìa mesmâ ordem são
clusive o homem, são âpârentadoseln maior ou mais aparcntadosentÍe si do que com orgânisnos
menor gÌau. e se originâÌâmde oÌganismosuni de outús ordens,e assimpor dianre (FiS. 1.13)
celularesmuito simples,que viverâm hámâis de
3 biÌhões de anos. DuÌante essepeíodo ocoÌÌe
mm inúmerasdivelsificações,que Ìe
vârâÌn à enorme variedâde de seres
âiuais. O processopelo qxaÌ âs espé
cies de seres vivos se Ìnodilìcâm e sc
dÌversificâm no decorrer do tempo é
deromìnadoevohção biológicâ.

Árvores Íilogenéticas

o termo "filosênese"(do sreso


pàyJor, grupo. e geresÀ origeÌn) loi
cdadoporEmstHaeckelpiÌa designar
âs rclaçõesde orìgeme pârentescoen
1reos seresatuaise seusancestrais.Foi
eÌeqüemelaboÌoua primeiraáÍvorefi-
Ìogenéticade quesetemnoÍciâ.
Uma árvore fflogenéticâ assemê-
Ìhâ'seâ umaárvoregeneâlógicâ:esta-
belecerelaçõ€sde parentescoentreâs
espécìes âtuâispor meiode seusânte-
passadosdistântes.Câdaespécieatual
represenÌaa pontâ dê uÌn rârnoda ár-
voÌefiÌogenética. (Fig. 1.12A e B)

Fi su ro l. t 2( Â ) Á wore Íi l o s e n é i ìc d
oo
homem,opresentodo em 1879 por Ern+
Hoeckelno livrc Evoluçõodo Áomem.

11
Esponlõs Pole minÌo3 Anêlideos AíóPó!ôs Vêriêbrõdôs
. ' ^- cn'd ô,G lMdc6". ì Equ i n o d d
\-llll hÀ \ ì r
Tl r ' , ,u1 . *-@"Sl -.
'i i +," 1

r i s u r o I . l 2 ( B ) Á r v o r e Í ì o g e n é r ì . oc ô n í r u i d a
com boseemcrilériosmodeúôs dec os fi.oçõo,
moslrondoos provóveisrêloçõesde pÕrentes.o
evoluivo entreos priicipoìs grupos de on mo s.

E5 PÈcE

*#$$*ffie*a+6[çu*+ ú.*=

sênerc5e espécles
Íòromomiiidos.

12
A quanlidâde de ev dênciasa favorda evolução dasespécies é iama
nhaquenenhumbióogoduvidaquea êvouçãoocoíeue contnuaa ocoÍ-
rer. A primeirateoriaevo ucioÌìistâconsisteniefoi apÍeséntadano seculo
XIXpeionâluÍalisla ingês CharlesDaÍwin(1809-1887). (F g. Ol.1-1)

I ' t' ' "' ..lrI:1: ,:r'

f /. z -"*;
O ioiurolk|o inglêsChqrlesDoNin Íoi o primelrod eloborÕrumotêôriocÕnsistenreporo
expicqro evoluçõo bìoôgi.Ò,oprese*odono livroOn ilreorisinof specieshy neansndtunlof selection,
gúe
se pode iroduzir pôr A ódgen dds e,péEiü pot neio dd seleçãôndturdl.

Os ponloscênlras da leoÍa evouciorìisla


de Darwinsão:

a) Osindvíduosdê umapopuação,êmqualquer espécie,sempÍêapre


seniamdiÍeÌenças em pe o menosalgrmascaracieíisÌicasi rnesmoos Íl-
hosde um casalapÍesentam variaçõesem relação aospâis,Íansrnilindo
essasvariações aosdescendentês.
b) Os individuosde qualquerespéce lêm polenciâl paraproduzirmais
descendenles do qlre o ambientesupoÍlaria,seja er. rêrmosde alimenio,
sejaem iêrmosde espaçoe de ouirosrecursosA sLrperpop!lação Íaz com
que ocorralutâ pêla sobrevivência enlreos membrosde uma mesma

c) Individuoscujas caracterísiicas
pêrmtênì mâioí adaptaçãoao âm,
biêniêtendema sobreviver e a dê xarmaor número de descendenles:
corn
isso as caracleííslicâsadaptativassão lransmtidas para a gefâçãose-
guinte.Darwìndenomnouseleçáonaturalou seleçãodos mais aptosa
essacapacdadedilefenc adade cearos indvíduosda popuaçáodêixareríì
descendenies, conslderando-a comoa causapÍirnárìada evolução.

Da|winconcluu queos eÍeitosc!mLrlatvosda se eçãonalura,aiuân


do duranteongospeÍíodos de lempo,levamà pfodução de novasespé-
c es a parlirde espécies
ancesÍas. Essaseriaa origemde todaâ divers-
dadebioógica.
A modernalêora êvol!rcion os ponlosÍundameniais
sta coníirmou da
leora de Darwn, ncoiporando conceitosmodernos, principalrnente
no
campoda Genética-A ieoÍia evolucionisia
é tÍaladacom maisdetalhêsno
volurne
3 destacoleçáo.(Fig.O1.1-2)

figurc a l . ì -2 A teo o evolucionisto


splico o bmoçõo de novosêspécìes.Doospodesde umopopuoçõo
podemsõisolor,possondo o enfr6nior
condições dlÍerenierA medidoqueo rempopo$o, emcodo
ombientols
pôdedo popuoçõosõosel€cionodos osindivÍduosmoìsoptôsoo ombiente.
Depoi,denlito hmpo,osdiËenços
ocumulodos nosindividuosde cadoporlêdo populoçõôsõôioisqoêelesperdemo.opocidodede secruzor:

do liwoüversítyof orsdnisms,
Tqìo todlzido ê ddoptodo deCdrcline
M.Pond, Hodder Ed.eïheOpenUniveEiìy,
& Stoughton Londres,
I990.
A Íallâ de inÍormaçõessobrêa origemdas diversasespéciesbiológicâs Íâz com
que o sislemadê clâssiÍicaçãoaprêsenteêÍos e necessiteser constantêmênte revisâdo.
Alémdas poucasinÍormações disponíveis, aindatêm opiniõêsdivêrgen-
os especialistas
tes sobreelasê elaboramesquemasde classificação diferentes.
Porexemplo,vocêcerta-
menleenconirará divergênciasentrea classificação
âdotadanestêe em outroslivrcs.
A medidaque novasinformações se tornamdisponíveis,espéciespodemmudar
de generoou de Íamília,e assrmpoÍ diante,comoveremosa seguir.
Em.'1774 o laxonomistaPhippsclassificouo ursopolarnogêneroUrsus,quêìnclui
a malorìadas espéciesconhecidas de ursos,denominando-o Ursls maitimus.EtÍ,1962,
quasedoisséculosdêpois,algunslaxonomislas resolveram o ufsopolarem
reclassificar
um novogênero,poisele apreseniava diferenças dê dietae de hábitosêm
significativâs
relaçãoa todasa6 outrasespéciesde ursos.O ursopolarpassoua se chamar,então,
Thalarctosmaitimus.
Duasobservações posteriores,porém,âltêrâramnovamentêessaclassificaçào.
Descobriu-se que,quandomantidosjuntosem zoológicos, ursospolarese ursospardos
(marrons)podemse cruzar,produzindodescendentes sâudáveis.Além disso,análises
das proteinasdo sanguedessasduas espéciesrevelarâmque há grandesemelhança
genéticaenlreelas.Ficouclaro,então,quesêpararos ursospolaresdas ouÍas espécies
de ursosnão refletiaa verdadeirarelaçãodê pârêntêsco entreeles.Assim,na décadade
'1970,os ursospolâresÍoramrecolocados no gêneroU6{/s e voltarama ser designados
pelo sêu antigonomêcieilíÍico, Utsusmaritimus.

14
:''

r. oqueéTaxonomia?
2. Cono Arisróte1es.
Teofraúoe SântoAgostiìÌhoclassificaraÌn
os sercsvivos?
3, Quaisforâmos principaiscritéÌiosde classificação
consìderâdos
por Lineu?
4. Enür.ie o.ooLeIomodern,'
dee,pecre
hiologrca.
5. O quesãocategorìastaxonômicâs?
EnuìnereaspÌincipaiscâtegodas
raxonômicÀs,
da
Ìai. e,pecrlìLa
d nai. Jbrhngenre
6. Em queconsisÌe
â nomenclitura
binonialde Lineu?

15
A. TESTES 5. (UFBA) Cfasrorr/ca /,ìzophoru, Rhi.ophatu
manele e Crassostea brctiliand são os nomes
Bloco único. À classificação biológicâ
cìentífico$de tres espéciesvcgetais.Con base
l. ([ÌFGO) As câlegdiassìteÌnÍtics, ou taxas,colc nos pÍincípios dâ nonenclalm biológica. pode-
cadasorde.aúnenlè, emgüìushieríquicos, são:
a) reino,diúsão.clase. iâotia, odem. gênero, â) há h.tor grau de púèntcsco ertre Cfasr,!
rr.a úízophora e C rassotírea brasilihà qte
b) Ìeino,clase. divisão.ordèd,famíìa, gêÌero. eínè Cnssastrea thì..phora e RhìzaphòÍa

c) reinÕ.divisão, claso, odem, faníÌia, gênero. b) há maior güu de paÍÈntesco enúe C/as.'?Í/?d
rhi.ophora e Rhi.ophoro ,ndngl. que enlre
d) reim, classe,dìvisão,famíia. ordcm,gênero. Ctdsott,za rhì.ophom . Crassost.eàbtl\ì-

e) reino,divÌsão.clase.família,oÍden.espécie- .) enrre crassostrco btusíliaaa e Rhizaphon


naÌslz evidènciâ-se üna Íelação dc pa.entes
co ro nível de orden.
2. (UIìES)'Iêm maiofemude semelhançaenÍe sì
d) etue CnssÒsttea rhituphotd è Rhì.ophotu
dois orgdismosque cstãocolocados
dentrode
ndrsle cvidcncia se nma rclação de pârenbÉ
um dassegÌinLescâtegorjas
taxonômìcas:
.ô :ìo níveì de gênero.
c) faníiâ. e) ordcm.
e) Ctusosnea bnsilìanu e Crutsosirca rhi.o
b) dilisão. d) gênero.
Zh,/a são aparentdas. enÌboÍâ peÍençan a 1à
3. (U|_RN)Na modcmaclasificação.os seresvi- míias difèrcnles.
vos Iôrâni aeÌupadoscm ciDcorcims bioìógicos.

a) BâctéÍìa,protozoúìo.iungo, vegetaÌe admal.


b) Procarionte,euca.iontc.pfotista.animal e

c) Pr ot is t a.. lga, !ro to z o á ri o , ú e l a z o â è


B. QUESTÀODISCURSTVA
d) Procaíonle,eucariontc.monera.metaphyÌâ
6. (U. t_.Uberlândiâ-Mc)Nos si\tenasmais.nri
e) Monen, protìst4 fungì. mctaphytre met zoa. gosdeclâsificaçãobiológicaos lìngosc asplan
4. (Ulbra-RS) D/drrl/tla nelunogaster é o none Ìâsperreóciam âo nesno reinojoquealualrcnrc
cieníficoda moscadasfmtas. nãomaisocoÍe. Sob.eistorespondr:
Drosophila c fteldnogdster tepresenlâô.respec- quejusrifiqueúâ Íeti-
a) Citet.êscüacterísLìcas
Ìad! dosfungosdoreinoVegci!ì.
a) ordeme Èspécie. d) fiÌo e espécie. b) Quâissão os âtuaisreinoxde cla$iiic!ção
b) espécìe
e sêne.o. c) eôneroe espécie. biológicâ?Dê exènpÌode seres!ìvos perren
c) espécie
e subcs!ócic. centesa cadauDl

Suloúanos que vocêseìadonode duaslojasde rentese à mcsmafatníia. cnquarto L| e ll peÍèn-


atigos vüìados,asim conô de doìs$upemeìla- ceìÌ à mesmaordcm,hà$ a lamíias diferentes.
dos.ED um daslojas,vocéamm os âÍigos nas EspèÍà-seenconlÍÌr naior g.au de semcÌhança
prâteleirâiìevddo emcontr a Ìetraioicial do mme entreA e B ou entre{r e p? Por quê?
e dispõeaspnleleÍâs eo o.demaÌlàbélica(lata
das.lesumesetc.).Nâ outÌâloja, osaÍìgos sãod
rumadosnasprareleir$ de ãcordocom suasafini 3. Qual a vantdeende eri$tir uma nomencÌaturâ
dades(cereaìs.lrticínios elc.). bidógicaaceitdinternacionaìmcnte?
a) Qual de$es sistemis de oÍgãÍìzaçãopoderia
seÌconsiderado mais"natural"? ,1. CoÍija ou confirne Ò$DomesescrÌos âbaìxode
b) QMl dessèssìstèÌnâsreveld{e ia mais p|á1j acodo comasregasde.omcnclatura.
a) Bos tauus (búfàlo)
b) hta lutru (.lanÍaJ
2. Considere
doìsdinâis, Aê B. e doisoltros.ac .)Zeatu\s(mitho)
p. os aniMis A e B peiÌèncèú a sênerosdit! d) Felii .atus(gatodoúéstico)

16

Você também pode gostar