Inté as porteirasdo céu

Passa lajedo
Pula macambira
Olha a braúna
Vije gravatá
Derreio o corpo
Tenção vaqueiro
Que esse boi pode lhe matar
Corre que nem o vento
Tem as artes do Cão
É raio que vem rasgando
Vem trovejando
Que nem trovão
E aqui não tem perdão
É sorrir pra morrer
Com a vida no coração
Êh, êh, boi
Êh boiada
Cuidado moço
Apruma o peito
Aperta o couro
Do seu gibão
Segura o ferro
Prepara o laço
Segura a fé no seu coração
Querendo ou não tudo é valente
Sem tempo de fraquejar
Que essa luta só acaba
Quando o mundo se acabar
Êta mundaréu
Trinca ferro e tira teima
Inté as portas do céu
Êh, êh, boi
Êh boiada
Êh, êh, boi
Êh boiada
Êh, êh, boi
Êh boiada...