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Teoria de

Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução Teoria de Cordas e Aplicações


Cordas

Supercordas

Teoria M e Henrique Boschi Filho


Dualidades
IF – UFRJ
Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas
Minicurso apresentado na
Cordas × 2a. Semana da Fı́sica IF-UFRJ
Experiência
26 a 30 de abril de 2010
AdS/CFT

Aplicações
Teoria de
Cordas e 1 Introdução
Aplicações

Henrique 2 Cordas
Boschi Filho
IF – UFRJ
3 Supercordas
Introdução

Cordas 4 Teoria M e Dualidades


Supercordas
5 Teorias de Calibre
Teoria M e
Dualidades
6 Buracos Negros
Teorias de
Calibre
7 Branas
Buracos
Negros
8 Cordas × Experiência
Branas

Cordas ×
Experiência
9 AdS/CFT
AdS/CFT
10 Aplicações
Aplicações
Plano do curso

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ 1a. aula: Motivação e introdução à Teoria de Cordas.
Introdução 2a. aula: Ação para cordas relativı́sticas. Supercordas e
Cordas Teoria M.
Supercordas 3a. aula: Supergravidade. Teorias de Calibre. Buracos
Teoria M e
Dualidades
Negros. Branas. Espaços de de Sitter e anti-de Sitter.
Teorias de D3-branas e AdS.
Calibre
4a. aula: Uma revolução na Teoria de Cordas, a
Buracos
Negros correspondência AdS/CFT. Aplicações na Fı́sica de
Branas Partı́culas.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Livros de divulgação sobre Cordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Para uma Introdução qualitativa à Teoria de Cordas, boas
Boschi Filho
IF – UFRJ
leituras são:
• The Little Book of String Theory,
Introdução

Cordas
Steven S. Gubser (2010) =⇒
Supercordas • O Universo Elegante: Supercordas,
Teoria M e dimensões ocultas e a busca da teoria
Dualidades

Teorias de
definitiva, Brian Greene (2003);
Calibre
• Hyperspace: A Scientific Odyssey
Buracos
Negros Through Parallel Universes, Time
Branas Warps, and the Tenth Dimension,
Cordas ×
Experiência
Michio Kaku (1994).
AdS/CFT

Aplicações
Algumas páginas interessantes da web sobre cordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução
http://www.sukidog.com/jpierre/strings/index.html
Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades http://superstringtheory.com/index.html
Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas http://www.damtp.cam.ac.uk/research/gr/public/index.html
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Livro de Cordas (graduação)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho Nesse minicurso, veremos alguns
IF – UFRJ
aspectos da Teoria de Cordas,
Introdução como abordado no livro:
Cordas

Supercordas
• A First course
Teoria M e
Dualidades in String Theory,
Teorias de Barton Zwiebach.
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Livro de cordas avançado (resumido)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
Neste minicurso, também
IF – UFRJ usaremos o livro
Introdução

Cordas An Introduction to String Theory


Supercordas and D-Brane Dynamics
Teoria M e
Dualidades
Richard Szabo
Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Motivação: Por que estudar Teoria de Cordas?

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
• A Natureza é quântica e relativı́stica.
IF – UFRJ • A teoria que combina a mecânica quântica e a relatividade
Introdução especial é a Teoria Quântica dos Campos (TQC).
Cordas • Das 4 interações fundamentais da Natureza, a TQC descreve
Supercordas corretamente 3 delas: as interações eletromagnéticas e as
Teoria M e
Dualidades
interações nucleares forte e fraca.
Teorias de
• De fato, a descrição atual pela TQC das interações
Calibre eletromagnéticas e nuclear fraca é unificada na chamada teoria
Buracos
Negros
eletrofraca.
Branas • As interações fortes também podem ser unificadas com as
Cordas × interações eletrofracas.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Motivação: Por que estudar Teoria de Cordas?

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique • A TQC não é compatı́vel com a Teoria da Relatividade Geral,


Boschi Filho
IF – UFRJ que descreve bem a gravitação.
• A TQC toma como hipótese que existem na Natureza
Introdução
partı́culas elementares puntiformes.
Cordas

Supercordas
A Teoria de Cordas é uma extensão da TQC e toma como
Teoria M e
hipótese a existência de objetos unidimensionais, cujas
Dualidades excitações seriam as partı́culas que observamos.
Teorias de
Calibre
• A Teoria de Cordas contém naturalmente a gravitação
Buracos (o gráviton), além de poder descrever as outras 3 interações
Negros
fundamentais.
Branas
• A Teoria de Cordas é, portanto, a candidata natural à Teoria
Cordas ×
Experiência de Unificação das interações fundamentais.
AdS/CFT

Aplicações
Definição de Cordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações As cordas são objetos relativı́sticos unidimensionais que se
Henrique deslocam no espaço-tempo.
Boschi Filho
IF – UFRJ A superfı́cie espaço-temporal descrita por uma corda ao se
Introdução
deslocar é chamada de folha de mundo (worldsheet):
Cordas

Supercordas 6
Teoria M e
Dualidades

Teorias de Folha de
Calibre
mundo
Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência
-
AdS/CFT

Aplicações
Definição de Cordas (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique Originalmente pensou-se que as cordas existiriam num


Boschi Filho
IF – UFRJ espaço-tempo (relativı́stico) de 4 dimensões (3 espaciais e 1
temporal).
Introdução
Porém, ao quantizar a corda percebe-se não seria possı́vel
Cordas

Supercordas
presevar a relatividade a menos que o espaço-tempo tenha uma
Teoria M e
certa dimensão crı́tica D.
Dualidades • Para uma corda que só descreve partı́culas bosônicas (isto é,
Teorias de
Calibre
com spin inteiro, s = 0, 1, 2), D = 26.
Buracos • Para uma corda que descreve tanto bósons quanto férmions
Negros
(spin semi-inteiro, s = 1/2, 3/2), D = 10. Essa é a chamada
Branas
supercorda, devido à simetria que é imposta entre férmions e
Cordas ×
Experiência bósons (supersimetria).
AdS/CFT

Aplicações
Por que quantizar a corda?

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ Em geral, as teorias quânticas são obtidas a partir de teorias
Introdução
clássicas devidamente quantizadas.
Cordas
O que significa quantizar?
Supercordas Por exemplo, na quantização canônica, significa que devemos
Teoria M e impor a relação de comutação [x, px ] = i~, entre os
Dualidades
observáveis x e px .
Teorias de
Calibre OBS.: O comutador entre duas quantidades A e B é definido
Buracos como [A, B] = AB − BA. Portanto, para duas grandezas
Negros
clássicas quaisquer ele é identicamente zero.
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Como quantizar?

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Um método de quantização alternativo é o de
Boschi Filho
IF – UFRJ
integrais de caminho, proposto por Richard P.
Feynman (Prêmio Nobel de Fı́sica, 1965).
Introdução
Nesse caso, a quantização pode ser pensada co-
Cordas
mo uma modificação do princı́pio de Hamilton:
Supercordas

Teoria M e
A trajetória clássica (de uma partı́cula ou de um campo) é
Dualidades aquela que extremiza a integral de ação:
Teorias de Z
Calibre

Buracos S= dt L(q, q̇) ,


Negros

Branas

Cordas ×
onde L(q, q̇) é a Langrengeana do sistema, em termos das
Experiência coordenadas generalizadas q ≡ (q1 , q2 , ..., qi , ...).
AdS/CFT

Aplicações
Ação para Campos

Teoria de
Cordas e
Aplicações Pode-se mostrar que o Princı́pio de Hamilton implica nas
Henrique equações de Euler-Lagrange, para uma dada Lagrangeana.
Boschi Filho
IF – UFRJ
Num sistema relativı́stico, como é o caso do campo
Introdução eletromagnético, é usual escrever a integral de ação em termos
Cordas da Densidade de Lagrangeana L, de modo que
Supercordas Z
Teoria M e S= dtdD−1 x L(φ, ∂µφ) ,
Dualidades
ou seja Z
dD−1 x L(φ, ∂µφ) ,
Teorias de
Calibre L(φ, ∂µφ) ≡
Buracos
Negros onde φ ≡ φ(xµ ) é o campo, xµ ≡ (ct, x1 , x2 , ..., xD−1 ) e
Branas

Cordas × ∂µφ ≡ φ
Experiência ∂xµ
AdS/CFT
Em quatro dimensões temos simplesmente xµ ≡ (ct, x, y, z).
Aplicações
Notação relativı́stica

Teoria de
Cordas e
Aplicações O produto escalar de dois vetores no espaço-tempo é
Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ a · b ≡ aµbµ = aν bν = a0 b0 + a1 b1 + a2 b2 + ... + ai bi + ...
Introdução
Métrica (espaço de Minkowski): η = diag(+ − − − ...)
Cordas
(muito usada em cordas) de modo que aµ = ηµν aν . Logo
Supercordas

aµbµ = ηµν aµbν = a0 b0 − a1 b1 − a2 b2 − ... − ai bi − ...


Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre
OBS.: Em TQC é usual trabalhar com a métrica
Buracos
Negros η̃ = diag(− + + + ...). Neste caso
Branas

Cordas ×
a · b = ηµν aµbν = −a0 b0 + a1 b1 + a2 b2 + ... + ai bi + ...
Experiência

AdS/CFT que difere da definição anterior apenas por um sinal global.


Aplicações
Exemplo

Teoria de
Cordas e Intervalo invariante (3+1d):
Aplicações

Henrique
Boschi Filho ds2 = c2 dt2 − dx2 − dy2 − dz2
IF – UFRJ

Introdução Energia-momento
E
Cordas
pµ = ( , ~
p)
Supercordas c
Teoria M e
E2
Dualidades
pµpµ ≡ p2 = − (~p)2
Teorias de c2
Calibre

Buracos
Relação de Einstein
Negros

Branas E2 = c2 (~p)2 + m2 c4
Cordas ×
Experiência
Logo
AdS/CFT
p2 = m2 c2
Aplicações
Equações de Euler-Lagrange

Teoria de
Cordas e
Aplicações
As equações de Euler-Lagrange usuais sao escritas como
Henrique
Boschi Filho
d ∂ ∂
IF – UFRJ L− L=0
dt ∂ q̇i ∂qi
Introdução

Cordas para as coordenadas generalizadas qi .


Supercordas Para o caso de campos (relativı́sticos) elas são substituı́das
Teoria M e pelas equações
Dualidades

Teorias de ∂ ∂
Calibre ∂µ L− L=0
Buracos ∂(∂µφi ) ∂φi
Negros

Branas onde φi são as componentes i do campo φ.


Cordas ×
Experiência
Note que os campos, em geral, dependem das coordenadas do
AdS/CFT
espaço-tempo xµ ≡ (x0 , x1 , x2 , ..., xD−1 ) e não apenas do
Aplicações tempo t.
Integrais de Caminho

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Na quantização por integrais de caminho de Feynman, todas as
Henrique
Boschi Filho “trajetórias” são levadas em conta, e não apenas a trajetória
IF – UFRJ
clássica que extremiza a integral de ação.
Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência
A interferência entre as trajetórias dá conta da quantização do
AdS/CFT sistema.
Aplicações
Integrais de Caminho (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações Feynman postulou que a amplitude de transição de um sistema
Henrique
Boschi Filho
entre dois estados quaisquer é dada por:
IF – UFRJ
X
Introdução
A∼ ei~S[x(t)]
Cordas todas as
Supercordas trajetórias
Teoria M e
Dualidades onde S[x(t)] é a ação clássica escrita em termos das trajetórias
Teorias de
Calibre
x(t) entre os estados inicial e final do sistema.
Buracos • A amplitude A é o chamado Propagador de Feynman entre
Negros
dois estados do sistema e a probabilidade dessa transição
Branas
ocorrer é igual à P = |A|2 .
Cordas ×
Experiência • Feynman mostrou, por exemplo, que essa formulação para
AdS/CFT um sistema não-relativı́stico é equivalente à de Schrödinger.
Aplicações
Como escrever uma ação para a corda?

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Vamos começar pelo caso de uma partı́cula livre não-relativı́s-
Henrique
Boschi Filho tica. Como L = T − V , e nesse caso V = 0 , temos que
IF – UFRJ

1 2 d~x
Z
Introdução
Spart. não-rel. = mv (t)dt ; v2 = ~v · ~v ; ~v = .
Cordas 2 dt
Supercordas

Teoria M e Note que a dimensão de ação é igual à Energia × Tempo, e


Dualidades
portanto igual à dimensão de momento angular, ou seja,
Teorias de
Calibre massa × velocidade × distância.
Buracos
Negros Como seria a ação para uma partı́cula livre relativı́stica?
Branas

Cordas × Queremos uma ação que seja invariante relativı́stica, ou seja,


Experiência
invariante por transformações de Lorentz.
AdS/CFT

Aplicações
Como escrever uma ação para a partı́cula
relativı́stica?
Teoria de
Cordas e
Aplicações
Os ingredientes de que dispomos para isso são sua massa m, a
Henrique
velocidade da luz c e o comprimento invariante ds, definido por
Boschi Filho

ds2 = c2 dt2 − dx2 − dy2 − dz2 .


IF – UFRJ

Introdução

Cordas Assim, levando em conta que uma ação deve ter dimensão
Supercordas igual à dimensão de momento angular, escrevemos então:
Teoria M e Z
Dualidades

Teorias de Spart. rel. = −m c ds .


Calibre

Buracos
d~
x
Negros Reescrevendo ds2 = c2 dt2 − (d~x)2 e lembrando que ~v = dt
,
Branas
temos s s
d~x 2
Cordas ×  2
ds v
 
Experiência
= 1− = 1− ,
AdS/CFT
cdt cdt c
Aplicações
A ação para uma partı́cula relativı́stica

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
Logo s
IF – UFRJ  2
v
Z
2
Introdução Spart. rel. = −m c dt 1 − .
c
Cordas

Supercordas Isto nos permite inferir que a Lagrangeana


q da partı́cula livre
2
Teoria M e
Dualidades
relativı́stica é Lpart. rel. = −m c 1 − cv .
2

∂L q m~
v
Teorias de
Calibre
Podemos determinar o momentum, ~p ≡ ∂~
v
= 2
, ea
1−( vc )
Buracos 2
Negros Hamiltoniana, H ≡ ~p · ~v − L = q mc , de uma partı́cula
2
Branas
1−( vc )
Cordas ×
livre relativı́stica, a partir da Lagrangeana acima.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
A ação para uma partı́cula relativı́stica (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Podemos também escrever a ação em termos de um parâmetro
Henrique
Boschi Filho temporal τ . Para tal vamos reescrever ds em termos de dτ :
IF – UFRJ

dxµ dxν 2
Introdução
ds2 = −ηµν dxµdxν = −ηµν dτ
Cordas dτ dτ
Supercordas R
Teoria M e
Logo, a ação da partı́cula livre relativı́stica S = −m c ds fica
Dualidades
Z r
Teorias de dxµ dxν
Calibre Spart. rel. = −mc −ηµν dτ
Buracos dτ dτ
Negros

Branas Dessa forma vemos que qualquer redefinição do parâmetro τ


Cordas × não modifica a ação S. Portanto, essa ação é invariante por
Experiência
reparametrização (do parâmetro τ ).
AdS/CFT

Aplicações
Como é a ação para a corda?

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Por analogia com a partı́cula relativı́stica,
R cuja ação é
Henrique
Boschi Filho proporcional ao comprimento próprio ds, postulamos que a
IF – UFRJ
ação da corda é proporcional à área da folha de mundo.
Introdução A superfı́cie da folha de mundo pode ser escrita como a
Cordas integral sobre elementos infinitesimais na forma de
Supercordas paralelogramos de lados d~v1 e d~v2:
Teoria M e
dA = |d~v1||d~v2||senθ|
Dualidades
d~v1  
Teorias de   p
Calibre   = |d~v1||d~v2| 1 − cos2 θ
Buracos  θ  q
Negros  - = |d~ v1|2 |d~v2|2 − |d~v1|2 |d~v2|2 cos2 θ
Branas
d~v2 q
Cordas ×
Experiência = (d~v1 · d~v1)(d~v2 · d~v2 ) − (d~v1 · d~v2 )2
AdS/CFT

Aplicações
Como é a ação para a corda? (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Introduzindo os parâmetros (infinitesimais) dξ1 e dξ2 ,
Boschi Filho
IF – UFRJ
podemos reescrever os lados do paralelogramo como

Introdução ∂~x 1 ∂~x 2


d~v1 = dξ d~v2 = dξ
Cordas
∂ξ1 ∂ξ2
Supercordas

Teoria M e de modo que a área do paralelogramo pode ser escrita como


Dualidades

Teorias de
s
∂~x ∂~x ∂~x ∂~x ∂~x ∂~x 2
    
Calibre

Buracos dA = dξ1 dξ2 · · − ·


Negros ∂ξ1 ∂ξ1 ∂ξ2 ∂ξ2 ∂ξ1 ∂ξ2
Branas

Cordas ×
Esta expressão é, naturalmente, invariante por reparametriza-
Experiência ções de dξ1 e dξ2 .
AdS/CFT

Aplicações
Como é a ação para a corda? (3)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
Vamos, agora, passar à notação padrão das cordas. As
Introdução coordenadas ~x chamaremos de Xµ incluindo a coordenada
Cordas temporal X0 , isto é, Xµ = (X0 , X1 , X2 , ..., XD−1 ).
Supercordas

Teoria M e Além disso, vamos batizar os parâmetros ξ1 e ξ2 de τ e σ.


Dualidades

Teorias de Usualmente, mas não obrigatoriamente, τ é associado a uma


Calibre
coordenada temporal e σ a uma espacial, uma distância
Buracos
Negros medida ao longo do comprimento da corda, por exemplo.
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Como é a ação para a corda? (4)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
6
IF – UFRJ τ
Introdução :
Cordas corda
Supercordas

Teoria M e Xµ(τ, σ)
σ K 3•

Dualidades

Teorias de 
Calibre 

Buracos 
Negros  Folha de

Branas  mundo

Cordas ×  -
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Como é a ação para a corda? (5)

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Assim, a área varrida pela corda pode ser escrita como
Henrique
Boschi Filho s
IF – UFRJ
∂X ∂X 2 ∂X ∂X ∂X ∂X
    
dA = dτ dσ · − · ·
Introdução
∂τ ∂σ ∂τ ∂τ ∂σ ∂σ
Cordas
onde
Supercordas ∂X ∂X ∂Xµ ∂Xµ
Teoria M e
· =
Dualidades ∂τ ∂τ ∂τ ∂τ
Teorias de e assim por diante, já que na notação relativı́stica
Calibre
X · X = Xµ Xµ .
Buracos
Negros Além disso, nessa notação a ordem dos termos na raiz
Branas quadrada é trocada em relação à anterior. Isto se deve a uma
Cordas ×
Experiência
diferença de sinal entre as duas notações e para garantir que o
AdS/CFT
radicando é sempre positivo.
Aplicações
A ação da corda

Teoria de
Cordas e
Aplicações
É usual, ainda, introduzir a notação compacta:
Henrique
∂Xµ ∂Xµ
Ẋµ ≡ Xµ0 ≡
Boschi Filho
IF – UFRJ ;
∂τ ∂σ
Introdução

Cordas
de modo que a ação da corda relativı́stica fica:
Supercordas Z q
Teoria M e S = const. dτ dσ (Ẋ · X0 )2 − (Ẋ · Ẋ)(X0 · X0 )
Dualidades

Teorias de Z q
Calibre

Buracos = const. dτ dσ (Ẋ · X0)2 − (Ẋ)2 (X0)2


Negros

Branas onde a constante à frente da integral foi introduzida para


Cordas ×
Experiência
garantir a dimensão correta da ação. Essa constante pode ser
AdS/CFT expressa, por exemplo, definindo a tensão da corda T e usando
Aplicações a velocidade da luz c.
A ação da corda (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique Para obter a dimensão Energia × tempo, é facil ver que


Boschi Filho
IF – UFRJ const. = T/c, já que a integral acima tem dimensão de área.
Introdução
Assim, chegamos à ação da corda relativı́stica
Cordas τf σ1
T
Z Z q
Supercordas S=− dτ dσ (Ẋ · X0 )2 − (Ẋ)2 (X0 )2
Teoria M e
c τi 0
Dualidades

Teorias de conhecida com ação de Nambu∗ -Goto∗∗.


Calibre

Buracos
(*) Yoichiro Nambu
Negros Prêmio Nobel de Fı́sica 2008
Branas (**) Tetsuo Goto, Nihon Univ. (JPN)
Cordas ×
Experiência
(http://ptp.ipap.jp/link?PTP/46/1560/)
AdS/CFT

Aplicações
Comentários sobre a ação da corda

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique Naturalmente, por construção, a ação de Nambu-Goto é


Boschi Filho
IF – UFRJ invariante por reparametrizações em τ e σ.
Introdução
É comum também escrever a tensão da corda como
Cordas c
T=
Supercordas
2πα0
Teoria M e
Dualidades
A constante α0 aparece na Fı́sica Hadrônica, nas chamadas
Teorias de
Calibre trajetórias de Regge, que são relações entre a massa quadrática
Buracos e spin J de excitações hadrônicas:
Negros

Branas
J ∼ α0 M2
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Historicamente...

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ Historicamente, as cordas foram propostas para explicar o
Introdução
espalhamento desses hádrons (partı́culas que interagem via
Cordas
força nuclear forte).
Supercordas

Teoria M e Essa descrição, porém, apresentou algumas dificuldades.


Dualidades

Teorias de
Calibre Na mesma época, surgia a Cromodinâmica Quântica (QCD),
Buracos uma teoria quântica de campos que descreve corretamente as
Negros

Branas
interações fortes.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Outra ação para a corda relativı́stica

Teoria de
Cordas e
Aplicações Uma outra ação para a corda relativı́stica é
Henrique
1
Z
Boschi Filho
−g gab ∂a Xµ∂b Xµ
p
IF – UFRJ S = − dτ dσ
4πα0
Introdução

Cordas onde a, b = 1, 2 , µ = 0, 1, 2, ..., D − 1 , gab é a métrica


Supercordas bidimensional (induzida) na folha de mundo e g = det(gab ).
Teoria M e
Dualidades
Esta ação é conhecida como a ação de Polyakov (∗).
Teorias de
Calibre

Buracos (∗) Alexander M. Polyakov,


Negros
Dirac Medal (ICTP), 1986.
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Mais sobre ações para a corda

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
A ação de Polyakov é classicamente equivalente à de
Introdução
Nambu-Goto, ou seja, as duas geram as mesmas equações de
Cordas

Supercordas
movimento. Porém, esta forma é mais simples de ser
Teoria M e
quantizada por não conter uma raiz quadrada.
Dualidades

Teorias de
Calibre
Essa ação é interessante também poque ela pode ser estendida
Buracos ao caso da supercorda.
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Cordas Abertas e Fechadas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
As cordas podem ser abertas ou fechadas:
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros Figura: http://www.sukidog.com/jpierre/strings/index.html
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Cordas × Partı́culas (Interações)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Quantização das cordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução
A partir da ação das cordas, ou de suas equações de
Cordas
movimento, podemos quantizá-las.
Supercordas

Teoria M e
Dualidades A quantização dessas cordas leva aos seguintes resultados:
Teorias de (conta longa, caps. 12 e 13, livro do Zwiebach)
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Quantização das cordas (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ Propriedades Corda aberta Corda fechada
Introdução
Spin 0 táquion dı́laton
Cordas
M2 −α0 0
Supercordas Spin 1 fóton –
Teoria M e M2 0 –
Dualidades
Spin 2 – gráviton
Teorias de
Calibre M2 – 0
Buracos Spin=0,1,2,... vários vários
Negros

Branas
M2 ∝ α0 ∝ α0
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Quantização das cordas (3)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ A quantização dessas cordas também implica na determinação
Introdução
da dimensão crı́trica, neste caso D = 26, para não violar a
Cordas
simetria de Lorentz (relatividade especial).
Supercordas

Teoria M e Como todas as excitações desta corda tem spin inteiro,


Dualidades
concluı́mos que se trata da corda Bosônica.
Teorias de
Calibre

Buracos Do ponto de vista fenomenológico, os modos correspondentes


Negros

Branas
ao dı́laton, ao fóton, e ao gráviton são os mais interessantes.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Quantização das cordas (4)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ O modo do táquion (M2 = −α0) é interpretado como um
Introdução
estado instável da corda bosônica. Porém, alguns autores
Cordas
argumentam que ele poderia ser útil na descrição de tal
Supercordas situação em sistemas fı́sicos reais.
Teoria M e
Dualidades
A instabilidade do modo taquiônico pode ser entendida por
Teorias de
Calibre uma analogia mecânica: uma partı́cula sujeita a uma força que
Buracos varia linearmente com sua posição. O potencial pode ser
Negros
atrativo (M2 > 0) ou repulsivo (M2 < 0).
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Modos massivos × Táquions

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ Modos massivos Táquions
Introdução
6 6
Cordas

Supercordas
 - M2 >0

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
- -
Calibre

 -
Buracos
Negros

Branas M2 <0

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Supercorda

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique A partir dos resultados acima ficou claro que essa corda nao
Boschi Filho
IF – UFRJ
poderia descrever férmions, que existem na Natureza.
Introdução
Para permitir que as cordas tivessem modos fermiônicos a ação
Cordas

Supercordas
foi modificada introduzindo coordenadas que anticomutam
Teoria M e
entre si, análogas ao campo de Dirac.
Dualidades

Teorias de
Calibre OBS.: O anticomutador é definido como {A, B} = AB + BA.
Buracos
Negros
Além disso, por consistência é necessário impor uma simetria
Branas
que transfoma bósons em férmions e vice-versa, chamada
Cordas ×
Experiência supersimetria.
AdS/CFT

Aplicações
Supercordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
A corda com essas caracterı́sticas é chamada de Supercorda.
Introdução

Cordas

Supercordas
Na verdade, existem 5 tipos diferentes de supercordas,
Teoria M e
dependendo das condições de contorno que satisfazem e das
Dualidades suas simetrias:
Teorias de
Calibre

Buracos Tipos I, II A e B, e heteróticas SO(32) e E(8)×E(8).


Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Os tipos de Supercordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique • Tipo I: A corda é supersimétrica (usual, N = 1);


Boschi Filho
IF – UFRJ
• Tipo II: A corda tem supersimetria extendida (N = 2, dois
Introdução férmions p/ cada bóson);
Cordas

Supercordas
 IIA: espinores com quiralidade oposta, teoria não-quiral
Teoria M e
Dualidades
 IIB: espinores com mesma quiralidade, teoria quiral
Teorias de
Calibre • Heteróticas: são compostas de dois setores, um supermétrico
Buracos D = 10 e outro não com D = 26. A teoria resultante vive em
Negros
D = 10.
Branas
 As denominações SO(32) e E(8)×E(8) correspondem
Cordas ×
Experiência aos grupos de simetria dessas cordas.
AdS/CFT

Aplicações
Quiralidade

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ Um sistema quiral difere de sua imagem num espelho.
Introdução
A quiralidade de uma partı́cula é definida pela sua helicidade
Cordas
que é a projeção de seu spin em relação ao seu momentum.
Supercordas Partı́culas massivas viajam em velocidades inferiores a da luz e
Teoria M e tem qualquer quiralidade.
Dualidades
Neutrinos tem massa muito pequena (ainda não medida) e
Teorias de
Calibre portanto se movem praticamente na velocidade da luz. Logo
Buracos tem quiralidade definida.
Negros
Neutrinos tem quiralidade esquerda e antineutrinos direita.
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Quiralidade de neutrinos e anti-neutrinos

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência
(Elementary Particle Lecture Notes, Paolo Franzini - Roma U.)
AdS/CFT

Aplicações
Teoria M

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
Existe uma Teoria M (Mistério, Mãe, ou Matriz) em D = 11
Introdução de onde viriam todas as supercordas.
Cordas

Supercordas
A Teoria M, não é conhecida por completo, apenas algumas de
Teoria M e
Dualidades suas propriedades.
Teorias de
Calibre
Por exemplo, não se conhece uma ação (completa) para essa
Buracos
Negros Teoria.
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Dualidades

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho Dualidades são transformações que levam uma teoria em outra,
IF – UFRJ
ou relacionam partes diferentes de uma mesma teoria.
Introdução
• O exemplo clássico é do campo eletromagnético:
Cordas
As equações de Maxwell, no vácuo (em unidades apropriadas)
Supercordas

Teoria M e
Dualidades
~ ·~
∇ E=0 ~ ·~
∇ B=0
Teorias de
Calibre ∂~
B ∂~E
~ ×~
∇ E=− ~ ×~
∇ B=
Buracos
Negros
∂t ∂t
Branas são invariantes pelas substituições ~
E→~
B e ~
B → −~
E.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Dualidades em cordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
As 5 teorias de supercordas e a Teoria M estão relacionadas por
IF – UFRJ dualidades.
Introdução
São as dualidades S e T.
Cordas

Supercordas A dualidade S leva uma corda com acoplamento g1 numa


Teoria M e
Dualidades
outra com g2 = 1/g1 , onde g1 e g2 são adimensionais.
GNewton
Teorias de
Calibre
OBS.: (gcorda )2 ∼ α0
.
Buracos
Negros A dualidade T leva uma corda enrolada sobre um cilindro de
Branas raio R1 numa outra com raio R2 = `2 /R1 , onde ` é um
Cordas × mesmo comprimento fixo para as duas cordas.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Dualidades entre as Teorias M e de Supercordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT
http://www.sukidog.com/jpierre/strings/index.html
Aplicações
Dualidades entre as Teorias M e de Supercordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT
R. Szabo, http://arxiv.org/abs/hep-th/0207142
Aplicações
Mais uma vez...

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Teorias de Supergravidade

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
São teorias de campo para a gravitação que são também
Introdução
supersimétricas.
Cordas

Supercordas São generalizações da Relatividade Geral, de Einstein.


Teoria M e
Dualidades Existem em várias dimensões: 11, 10, 9, 8, ...
Teorias de
Calibre
A Teoria M é descrita, em baixas energias, pela supergravidade
Buracos
Negros em D = 11.
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Mais Supergravidade

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ As Supercordas são também aproximadas, em baixas energias
Introdução
(i. e., modos não-massivos), por teorias de supergravidade em
Cordas
D = 10.
Supercordas

Teoria M e Em particular, as supercordas do tipo IIA são aproximadas pela


Dualidades
supergravidade IIA.
Teorias de
Calibre

Buracos Analogamente, a supercorda IIB é aproximada em baixas


Negros

Branas
energias pela supergravidade IIB.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Simetrias de Calibre

Teoria de
Cordas e
Aplicações
O eletromagnetismo é uma teoria invariante de calibre.
Henrique
Boschi Filho Para ver isto, vamos lembrar que os campos elétrico ~Ee
IF – UFRJ
magnético ~B podem ser univocamente determinados pelos
Introdução potenciais escalar V e vetorial ~
A:
Cordas ∂
~
B=∇ ~ ×~ A E=− ~
~ A − ∇V ~
Supercordas
∂t
Teoria M e Note, porém, que podemos modificar os potenciais escalar V e
Dualidades

Teorias de
vetorial ~
A
Calibre
~ ∂
Buracos A0 = ~ ~
A + ∇λ V0 = V − λ
Negros ∂t
Branas
onde λ = λ(x, y, z, t) é uma função escalar, sem alterar os
Cordas × campos ~ Ee~ B.
Experiência

AdS/CFT
Esta propriedade é chamada simetria de calibre.
Aplicações
Simetrias de calibre (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique Em notação relativı́stica, ~


A e V são as componentes espacial e
Boschi Filho
IF – UFRJ temporal do quadrivetor Aµ
Introdução
Aµ = (V, ~
A)
Cordas

Supercordas e a invariância de calibre é expressa como


Teoria M e
Dualidades

Teorias de Aµ0 = Aµ + λ
Calibre ∂xµ
Buracos
Negros ou em notação compacta
Branas

Cordas × Aµ0 = Aµ + ∂ µλ
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Teorias de calibre

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Em 1954, C.N. Yang e R. Mills propuseram uma generalização
Boschi Filho
IF – UFRJ
do campo eletromagnético para um campo com simetria de
calibre estendida
Introdução

Cordas
Aa µ0 = Aa µ + abc λb Ac µ + ∂ µλa
Supercordas

Teoria M e onde a, b, c = 1, 2, 3 e portanto temos um conjunto com 3


Dualidades

Teorias de
campos Aµ a.
Calibre
Note que o termo abc λb Ac µ é análogo a uma rotação em três
Buracos
Negros dimensões, e portanto com simetria SO(3).
Branas

Cordas ×
Usando notação complexa, essa simetria é equivalente a SU(2),
Experiência análoga à de momentum angular na mecânica quântica.
AdS/CFT

Aplicações
Mais Teorias de calibre

Teoria de
Cordas e
Aplicações Esses campos são relevantes na descrição das interações fracas,
Henrique
Boschi Filho
associados às partı́culas W+ , W−, e Z0 , descobertas no CERN
IF – UFRJ em 1983.
Introdução
Essa simetria de calibre pode ser estendida para rotações em
Cordas
espaços complexos de N dimensões, ou seja, para o grupo
Supercordas
SU(N).
Teoria M e
Dualidades
As interações fortes são entendidas hoje como as interações
Teorias de
Calibre entre quarks e glúons, com simetria de calibre SU(3).
Buracos
Negros Teorias de grande unificação usam grupos como o SU(5), ou
Branas maiores, porém, sem confirmação experimental.
Cordas ×
Experiência Em resumo, as Teorias de Calibre SU(N) são muito impor-
AdS/CFT tantes para descrever as interações fundamentais.
Aplicações
Como surgem as Teorias de Calibre SU(N) na
Teoria de Cordas?
Teoria de
Cordas e
Aplicações Já vimos que a quantização das cordas abertas implica na
Henrique
Boschi Filho
existência de modos não massivos, entre eles, o fóton, que é
IF – UFRJ descrito pela Eletrodinâmica Quântica (Teoria Quântica para o
Introdução eletromagnetismo).
Cordas
Como surgem os campos de Yang-Mills na Teoria de Cordas?
Supercordas

Teoria M e Esse problema foi resolvido logo no inı́cio da Teoria de cordas,


Dualidades
supondo que as pontas das cordas carregam certos fatores,
Teorias de
Calibre chamados de Chan-Paton, associados ao grupo SU(N).
Buracos
Negros Dessa forma, temos várias cordas correspondentes aos vários
Branas campos do grupo SU(N).
Cordas ×
Experiência Assim, naturalmente, as Teorias de Calibre SU(N) surgem na
AdS/CFT Teoria de Cordas.
Aplicações
Cordas e Teorias de Calibre

Teoria de
Cordas e
Aplicações Além do fato de cordas gerarem campos de calibre SU(N),
Henrique existe uma relação mais profunda entre essas duas teorias.
Boschi Filho
IF – UFRJ
Em 1974, Gerardus ’t Hooft (∗) descobriu que amplitudes de
Introdução espalhamento de cordas são equivalentes a amplitudes de
Cordas
espalhamento de teorias de Yang-Mills SU(N) no limite
Supercordas
N → ∞.
Teoria M e
Dualidades
Como veremos adiante, este resultado
Teorias de
Calibre terá consequências muito importantes
Buracos para ambas as teorias.
Negros

Branas (∗) Prêmio Nobel de Fı́sica, 1999.


Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Buracos Negros

Teoria de
Cordas e
Aplicações São soluções das equações de Einstein, da Relatividade Geral,
Henrique que contém singularidades essenciais (centro do BN) e
Boschi Filho
IF – UFRJ removı́veis (Horizonte de eventos).
Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Mais Buracos Negros

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Os Buracos Negros usuais são definidos em 3+1 dimensões .
Henrique
Boschi Filho A solução de Schwarzschild pode ser escrita como
IF – UFRJ

2MG 2MG −1 2
   
Introdução
2 2
Cordas
ds = 1 − dt − 1 − dr − r2 dΩ2
r r
Supercordas

Teoria M e
Dualidades
onde M é sua massa, G = GNewton e dΩ2 = dθ 2 + senθ 2 dφ2 .
Teorias de
Calibre
Essa solução é estática e esfericamente simétrica.
Buracos
Negros
• r → 0 é uma singularidade essencial, enquanto r = 2MG é
Branas
uma singularidade de coordenadas (removı́vel) e representa o
Cordas ×
horizonte de eventos, além do qual nenhuma informação pode
Experiência
ser obtida (classicamente) por um observador externo.
AdS/CFT

Aplicações
Buracos Negros Carregados

Teoria de
Cordas e
Aplicações Existem, também, soluções com carga e/ou momentum
Henrique angular.
Boschi Filho
IF – UFRJ Por exemplo, a solução de Reissner-Nordstrom é
Introdução

Cordas
ds2 = f(r)dt2 − [f(r)] −1 dr2 − r2 dΩ2
Supercordas
onde
Teoria M e
Dualidades 2MG Q2 G
f(r) = 1 − + 2
Teorias de
Calibre
r r
Buracos e Q é a carga elétrica. Essa solução tem dois horizontes
Negros
q
2
Branas
r± = MG 1 ± 1 − MQ2 G
Cordas × 2
Experiência A solução extrema ocorre para M2 = QG e, neste caso, os
AdS/CFT horizontes coincidem em r± = MG.
Aplicações
Buracos Negros na Supergravidade

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ As teorias de supergravidade também admitem soluções tipo
Introdução
Buracos Negros.
Cordas

Supercordas Por exemplo, nas Teorias de Supergravidade IIA e IIB, surgem


Teoria M e diversas soluções deste tipo, isto é, com singularidades e
Dualidades
horizontes, em várias dimensões.
Teorias de
Calibre

Buracos Alguns com simetria planar, que são as chamadas Branas


Negros

Branas
Negras.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Membranas e objetos com mais dimensões

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
Na Teoria de Cordas, surgem naturalmente objetos
Introdução
bidimensionais como uma Membrana, ou com p dimensões
Cordas
espaciais, que chamamos de p-branas.
Supercordas

Teoria M e
Dualidades
Esses objetos tem um papel fundamental na moderna teoria de
Teorias de cordas.
Calibre

Buracos As pontas das cordas abertas vivem nas p-branas.


Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
p-Branas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho As extremidades de uma supercorda, que se desloca em
IF – UFRJ
D = 10, descrevem hipersuperfı́cies em p=9, 8, 7, 6, 5, 4, 3,
Introdução ou ainda p= 2, 1 e 0 dimensões.
Cordas

Supercordas Essas hipersuperfı́cies (ou hipervolumes) são as p-branas.


Teoria M e
Dualidades Para p = 0, 0-brana = ponto
Teorias de
Calibre
Para p = 1, 1-brana = linha ou corda
Buracos Para p = 2, 2-brana = superfı́cie ou membrana
Negros
Para p = 3, 3-brana = volume (mundo onde vivemos!)
Branas
Para p > 3, p-brana = hipervolume
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
O que acontece com as extremidades de uma corda
aberta?
Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
No caso não-relativı́stico unidimensional temos duas situações
Boschi Filho
IF – UFRJ
tı́picas importantes:
Introdução
• extremidade fixa
Cordas
(condição de Dirichlet)
Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
• extremidade “livre”
Negros (condição de Neumann)
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
O que acontece com as extremidades de uma corda
aberta? (2)
Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
Para as cordas relativı́sticas, a situação é análoga, porém
IF – UFRJ pode-se ter as condições de Neumann e Dirichlet simultanea-
Introdução mente.
Cordas
Como a supercorda vive em 9+1 dimensões, ela pode satisfazer
Supercordas

Teoria M e
as condições de Neumann para algumas coordenadas e de
Dualidades Dirichlet para outras.
Teorias de
Calibre
Uma Dp-brana é uma p-brana que impõe à corda condições de
Buracos
Negros Neumann para as coordenadas dentro da brana, ou seja,
Branas µ = 0, 1, 2, ..., p, enquanto as demais coordenadas
Cordas × µ = p + 1, p + 2, ..., 9, obedecem condições de Dirichlet.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Dp-Branas e cordas abertas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas Cordas abertas podem ter


Teoria M e extremidades livres
Dualidades

Teorias de
ou presas à D-branas
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Mais Dp-branas e cordas abertas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
É possı́vel ter varias branas e várias cordas
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Branas e Teorias de Calibre SU(N)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ Já vimos que as cordas abertas tem como uma de suas
Introdução
excitações o fóton, e que para obter campos de calibre com
Cordas
simetria SU(N) devemos impor que as pontas das cordas
Supercordas carregem os fatores de Chan-Paton.
Teoria M e
Dualidades
Por outro lado, as pontas das cordas andam sobre p-branas.
Teorias de
Calibre

Buracos Assim podemos associar os ı́ndices de Chan-Paton do grupo


Negros

Branas
SU(N) com p-branas.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Mais Branas e Teorias de Calibre SU(N)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho Uma corda aberta que começa
IF – UFRJ
e termina na mesma brana
Introdução carrega o grupo U(1)
Cordas (eletromegnetismo).
Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Ainda sobre Branas e Teorias de Calibre SU(N)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Se uma corda aberta conecta duas branas com diferentes
Boschi Filho
IF – UFRJ
ı́ndices de Chan-Paton, então ela carrega o grupo SU(2).

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas × U(1) SU(2) U(1)


Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Branas e SU(N)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho Cordas abertas começando e terminando em N branas
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas
Excitações das cordas ⇒ Campos de calibre com simetria
Cordas ×
SU(N)
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Dp-branas e cordas fechadas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ Cordas fechadas também interagem com D-branas
Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Como surgem as D-branas?

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
Poderı́amos simplesmente postular sua existência.

Introdução Porém, o mais interessante é que as D-branas surgem como


Cordas soluções clássicas das ações das cordas.
Supercordas

Teoria M e De fato as ações das cordas são aproximadas em baixas


Dualidades
energias por ações de supergravidade, e essas ações têm as
Teorias de
Calibre D-branas como soluções.
Buracos
Negros Essas D-branas guardam certas relações com as teorias de
Branas cordas (supergravidade) das quais são soluções.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
D-branas e cordas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
As soluções encontradas são:

Introdução Supercordas Dp-branas


Cordas
I p = 1, 5, e 9
Supercordas
IIA p = 0, 2, 4, 6, e 8
Teoria M e
Dualidades IIB p = 1, 3, 5, e 7
Teorias de Heteróticas —
Calibre

Buracos
Negros Para as cordas bosônicas (em 26 dim.) existem Dp-branas para
Branas p= 0, 1, 2, ..., 25.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Como usar a Teoria de Cordas para descrever a
Fı́sica que observamos?
Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
A corda bosônica vive em D=26 e contém táquions.
IF – UFRJ
As supercordas contém excitações bosônicas e fermiônicas e
Introdução

Cordas
vivem em D=10.
Supercordas
Para conectar as cordas com o mundo que observamos com
Teoria M e
Dualidades D=3+1, em geral propõe-se que as dimensões extras, além das
Teorias de 4 usuais, sejam curvas ou enroladas, com tamanhos muito
Calibre
pequenos.
Buracos
Negros

Branas
Esse procedimento é chamado de compactificação das
Cordas ×
(super)cordas.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Compactificação

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
A compactificação mais simples para uma supercorda é aquela
IF – UFRJ que supõe que as 10 dimensões do espaço-tempo são decom-
Introdução postas em um espaço de Minkowski com 4 dim. × hiperesfera
Cordas com 6 dimensões.
Supercordas

Teoria M e
Nessa compactificação, o raio da hiperesfera seria muito menor
Dualidades que um próton ou nêutron e por isso não teria sido ainda
Teorias de
Calibre
observada em experimentos.
Buracos
Negros Essa compactificação, assim como outras, prevê ainda a
Branas existência de uma torre infinita de partı́culas, numa situação
Cordas × análoga a um poço quântico infinito.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Poço quântico infinito

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Uma partı́cula presa num poço
Boschi Filho
IF – UFRJ
quântico infinito possui infinitos
autoestados, n= 1, 2, 3, ...
Introdução

Cordas Essa situação corresponde a uma


Supercordas partı́cula presa numa caixa com
Teoria M e
Dualidades
paredes impenetráveis.
Teorias de
Calibre Essa situação é também
Buracos análoga à corda presa
Negros
numa (hiper)esfera.
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Mais compactificação

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
Existem compactificações menos simétricas e mais sofisticadas
IF – UFRJ do que a da hiperesrefera.
Introdução

Cordas Os espaços compactos gerais são as chamadas variedades de


Supercordas Calabi-Yau e constituem uma área ativa de pesquisa da Fı́sica e
Teoria M e
Dualidades
da Matemática.
Teorias de
Calibre Uma idéia também explorada é considerar cordas em espaços
Buracos
Negros
curvos. Esse problema em geral é bastante complexo. Porém,
Branas para alguns espaços curvos simples (simétricos) é possı́vel
Cordas × encontrar alguns resultados interessantes.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Os espaços de de Sitter

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Os espaços de de Sitter são, juntamente com o espaço de
Henrique
Boschi Filho Minkowski, os espaços mais simétricos, entre as soluções das
IF – UFRJ
equações de Einstein, da Relatividade Geral.
Introdução

Cordas O espaço de de Sitter (dS) usual


Supercordas corresponde à superfı́cie de uma
Teoria M e
Dualidades esfera. A geometria desse espaço
Teorias de é R1 × S3 , onde R1 é um eixo
Calibre
real representando o tempo, e S3
Buracos
Negros é uma hiperesfera tridimensional.
Branas

Cordas × OBS.: S2 é a esfera usual. =⇒


Experiência

AdS/CFT

Aplicações
O espaço de anti-de Sitter

Teoria de
Cordas e
Aplicações
O espaço chamado de anti-de Sitter (AdS) corresponde à
Henrique
Boschi Filho
superfı́cie de um hiperbolóide
IF – UFRJ

Introdução

Cordas

Supercordas

Teoria M e
Dualidades

Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
x21 x22 x23 x21 x22 x23
Experiência + − =1 ou − − + =1
a2 b2 c2 a2 b2 c2
AdS/CFT

Aplicações
Qual a importância do espaço AdS para as Cordas?

Teoria de
Cordas e
Aplicações Já vimos que as branas são soluções da supergravidade que
Henrique
Boschi Filho
descrevem as cordas no regime de baixas energias.
IF – UFRJ As branas têm massa e carga e portanto deformam o espaço
Introdução onde vivem as as cordas encurvando-o.
Cordas Portanto seria importante considerar as cordas nesse espaço
Supercordas curvo produzido pelas branas.
Teoria M e Maldacena, em 1997, considerou uma pilha de N D3-branas
Dualidades

Teorias de
extremas justapostas, resultando na seguinte métrica
Calibre

Buracos ds2 = [f(r, R)]−1/2 (−dt2 + d~x2) + [f(r, R)]1/2 (dr2 + r2 dΩ25 )
Negros

Branas 4
onde f(r, R) = 1 + Rr4 e R4 = N/(2π 2 T3 ) , sendo T3 a
Cordas ×
Experiência tensão de cada D3-brana. Nesta solução, o horizonte está em
AdS/CFT r = 0.
Aplicações
AdS e Cordas

Teoria de
Cordas e Na região longe do horizonte, r >> R , este espaço reduz-se
Aplicações
ao espaço chato de Minkowski em 10 dimensões.
Henrique
Boschi Filho Na região próxima do horizonte, r << R , este espaço reduz-
IF – UFRJ
se ao espaço de anti-de Sitter em 5 dimensões vezes uma hi-
Introdução
peresfera de 5 dimensões (AdS5 × S5 ):
Cordas

Supercordas r2 R2
Teoria M e ds2 = 2
(−dt2 + d~x2) + (dr2 + r2 dΩ25 )
Dualidades R r2
Teorias de
Calibre É conveniente introduzir a variável z ≡ R2 /r, de modo que
Buracos
Negros
este espaço pode ser reescrito, nas chamadas coordenadas de
Branas
Poincaré, como:
Cordas ×
Experiência R2
ds2 = (−dt2 + d~x2 + dz2) + R2 dΩ25
AdS/CFT
z2
Aplicações
AdS e Cordas (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações Dessa forma, as branas produzidas pelas cordas encurvam o
Henrique espaço, que bem próximo a elas, se aproxima do espaço de
Boschi Filho
IF – UFRJ anti-de Sitter vezes uma hiperesfera.
Introdução
A fronteira desse espaço corresponde à região z = 0, além do
Cordas
“ponto”z → ∞.
Supercordas
É importante observar que a fronteira do AdS5 , nessas
Teoria M e coordenadas, é o espaço de Minkowski com 4 dimensões.
Dualidades
Como é a fronteira do AdS5 × S5 ?
Teorias de
Calibre Note que a métrica do AdS “explode”em z → 0, enquanto o
Buracos raio R do S5 permanece constante. Dessa forma, o raio da
Negros
hiperesfera vai a zero quando comparado ao tamanho do AdS.
Branas

Cordas × Assim, efetivamente a fronteira do AdS5 × S5 é um espaço de


Experiência
Minkowski de 4 dimensões vezes uma hiperesfera cujo raio vai
AdS/CFT
a zero.
Aplicações
AdS e Cordas (3)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
Este resultado levou Maldacena a deduzir que existe uma
IF – UFRJ relação entre a teoria de supercordas IIB (que gera as
Introdução D3-branas) num espaço AdS5 × S5 de 10 dimensões e
Cordas teorias de campo num espaço de Minkowski de 4
Supercordas dimensões.
Teoria M e
Dualidades Ele deduziu este resultado no limite de baixas energias da
Teorias de
Calibre
teoria de cordas em que ela é aproximada pela supergravidade,
Buracos
e conjecturou que este resultado vale para qualquer energia.
Negros

Branas Essa conjectura ainda não foi demonstrada, mas existem várias
Cordas × evidências de que estaria correta.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
A correspondência AdS/CFT

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
Teorias de supercorda em 10d e a teoria M em 11d,
definidas em espaços AdSd+1 × Sn , são equivalentes a
Introdução
teorias de campo SU(N) supersimétricas, com N → ∞,
Cordas
no espaço de Minkowski em d dimensões.
Supercordas

Teoria M e
Dualidades De fato, essas teorias de campo SU(N) supersimétricas têm
Teorias de supersimetria extendida (vários férmions para cada bóson) e
Calibre
são conformes (CFT), isto é, não possuem nenhuma escala
Buracos
Negros (energia, comprimento, massa, etc) com a qual possamos fazer
Branas comparações.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Teorias Conformes

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
Teorias conformes não têm qualquer escala.
Introdução

Cordas Ainda assim, têm aplicação em várias áreas da Fı́sica, por


Supercordas exemplo:
Teoria M e
Dualidades • Teoria das transições de fase (matéria condensada);
Teorias de
Calibre
• Cromodinâmica quântica em altas energias, isto é, em
Buracos
Negros energias E >> MProton c2 .
Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
AdS/CFT e a Fı́sica de Partı́culas

Teoria de
Cordas e
Aplicações
A correspondência AdS/CFT abre a possibilidade de
Henrique
Boschi Filho interpretar a teoria de cordas em 10d (AdS5 × S5 ) como
IF – UFRJ
uma teoria de campos SU(N) supersimétrica em 4d, e
Introdução vice-versa.
Cordas

Supercordas Como já vimos, os campos que descrevem as 3 interações


Teoria M e fundamentais, exceto a gravidade, são descritos por teorias de
Dualidades
calibre com grupos de simetria U(1), SU(2) e SU(3).
Teorias de
Calibre

Buracos
De fato, o grupo SU(N), com N >> 1 contém os grupos
Negros citados acima como casos particulares.
Branas

Cordas × Ou seja, teorias de calibre SU(N), potencialmente, podem


Experiência
descrever a Fı́sica do modelo padrão U(1) × SU(2) × SU(3).
AdS/CFT

Aplicações
Mais AdS/CFT

Teoria de
Cordas e
Aplicações Na proposta original de Maldacena, a teoria M em 11d no
Henrique AdSd+1 × Sn também é equivalente a teorias de calibre SU(N)
Boschi Filho
IF – UFRJ supersimétricas em d dimensões chatas.
Introdução Em particular, ele mostrou que a teoria M no espaço
Cordas AdS7 × S4 é dual a uma teoria de Yang-Mills em 6 dimensões .
Supercordas

Teoria M e
Outro exemplo é o da teoria M no AdS4 × S7 que é dual a
Dualidades teoria de calibre SU(N) com supersimetria extendida N = 8
Teorias de
Calibre
em 3 dimensões chatas.
Buracos
Negros
Este exemplo, em particular, tem sido usado em várias
Branas
aplicações na Fı́sica da matéria condensada onde o sistema de
Cordas ×
interesse tem simetria planar, isto é, pode ser descrito
Experiência
convenientemente em 2+1 dimensões, como o efeito Hall
AdS/CFT
quântico (inteiro e fracionário) e a supercondutividade.
Aplicações
Cordas e a Caverna de Platão

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
No mito da caverna de Platão, algumas pessoas vivem presas à
Boschi Filho
IF – UFRJ
parede de uma caverna, sem nunca ter saı́do dela.

Introdução Só o que veem são sombras de objetos e pessoas que vivem
Cordas fora da caverna projetadas sobre uma de suas paredes.
Supercordas

Teoria M e Só ouvem as vozes e os sons produzidos fora da caverna.


Dualidades

Teorias de Assim, só percebem o mundo como uma projeção bidimen-


Calibre
sional do que ocorre fora da caverna.
Buracos
Negros

Branas
A partir da correspondência AdS/CFT, podemos imaginar que
Cordas × nosso mundo de 3+1 dimensões é uma projeção do mundo das
Experiência
cordas em 10d.
AdS/CFT

Aplicações
O Princı́pio Holográfico

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique Bekenstein e Hawking mostraram que buracos negros têm


Boschi Filho
IF – UFRJ entropia diferente de zero e que ela é proporcional à área de
seu horizonte, e não ao seu volume.
Introdução

Cordas
Inspirado neste resultado, ’t Hooft, enunciou em 1993 o
Supercordas
princı́pio holográfico:
Teoria M e
Dualidades
Toda teoria quântica incluindo a gravitação num espaço de D
Teorias de
Calibre dimensões é descrita por uma teoria quântica (sem gravitação)
Buracos em D − 1 dimensões.
Negros

Branas
A correspondência AdS/CFT pode ser interpretada como uma
Cordas ×
Experiência realização do princı́pio holográfico.
AdS/CFT

Aplicações
Mais AdS/CFT e partı́culas

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
É claro que na proposta de Maldacena, a teoria SU(N) em 4d
IF – UFRJ
tem N >> 1, é supersimétrica (N = 4) e conforme.
Introdução

Cordas
Portanto, para obter uma teoria mais próxima da Fı́sica do
Supercordas
modelo padrão das partı́culas é preciso quebrar a supersimetria
Teoria M e e a simetria conforme, além de reduzir N.
Dualidades

Teorias de Algum progresso já foi conseguido nessa direção, sem


Calibre
entretanto, chegar ao modelo padrão.
Buracos
Negros

Branas
Vamos, agora, descrever alguns modelos com essas
Cordas ×
propriedades e algumas de suas aplicações.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Modelo de Witten para a QCD holográfica

Teoria de
Cordas e
Aplicações Para descrever a QCD, que tem pelo menos uma escala (massa
Henrique do Próton, por exemplo), devemos modificar a correspondência
Boschi Filho
IF – UFRJ AdS/CFT de modo a introduzir alguma escala.
Introdução Witten propôs que a QCD pode ser obtida da Teoria de
Cordas cordas num espaço AdS com um buraco negro em seu
Supercordas interior. Neste caso, o raio do horizonte do buraco negro
Teoria M e
Dualidades
define uma escala de comprimento para o modelo, quebrando a
Teorias de
simetria conforme.
Calibre Witten também propôs que os férmions desse modelo satisfa-
Buracos
Negros
riam condições antiperiódicas nas dimensões compatas, en-
Branas quanto os bósons satisfariam condições periódicas, quebrando a
Cordas × supersimetria.
Experiência
É possı́vel calcular massas para os Glueballs (estados ligados de
AdS/CFT
glúons) nesse modelo.
Aplicações
Cordas e o espalhamento de Glueballs

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
Em 2001, Polchinski e Strassler usaram o fato que uma escala
IF – UFRJ mı́nima de energia na teoria de calibre SU(N) corresponde a
Introdução uma certa região do espaço AdS (fatia) para calcular o espa-
Cordas lhamento de glueballs.
Supercordas

Teoria M e
Neste trabalho eles reobtiveram a amplitude de Veneziano,
Dualidades corrigida por um fator envolvendo a curvatura do espaço AdS,
Teorias de
Calibre
de modo a descrever corretamente o espalhamento de hádrons
Buracos
no regime de ângulos fixos.
Negros

Branas Com isso, uma das objeções à descrição das interações fortes
Cordas × pela teoria de cordas estava superada.
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
O modelo de parede rı́gida

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Usando a idéia de Polchinski e Strassler, Boschi e Braga
Henrique
propuseram considerar que as cordas (e os campos) na fatia do
Boschi Filho
IF – UFRJ
AdS satisfariam uma condição de contorno (Neumann ou
Dirichlet, p. ex.) sobre uma “parede”(fim da fatia) e com isso
Introdução
calcular massas para glueballs, sem a necessidade de incluir um
Cordas
BN no AdS.
Supercordas

Teoria M e
Dualidades
Os glueballs escalares no AdS são descritos pelo campo do
Teorias de
dı́laton (escalar) e nesse espaço esses campos são descritos por
Calibre
funções de Bessel J2 (kz) onde z é a quinta dimensão.
Buracos
Negros
As massas dos glueballs escalares, vem então da condição de
Branas
contorno imposta sobre as funcões de Bessel.
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT
Assim, as massas dos glueballs escalares são determinadas
Aplicações pelos zeros da função de Bessel.
Massas para Glueballs escalares em 3+1d

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
QCD3+1 Rede, N=3 BN-AdS Fatia AdS
0++ 1.61 1.61 (dado) 1.61 (dado)
Introdução
0∗++ 2.8 2.38 2.64
Cordas
0∗∗
++ - 3.11 3.64
Supercordas

Teoria M e
0∗∗∗
++ - 3.82 4.64
Dualidades 0∗∗∗∗
++ - 4.52 5.63
Teorias de
Calibre
0∗∗∗∗∗
++ - 5.21 6.62
Buracos
Negros Rede: Morningstar e Peardon; Teper 1997
Branas BN-AdS: Csaki, Ooguri, Oz e Terning, JHEP 1999
Cordas ×
Experiência
Fatia AdS: HBF e N Braga, JHEP 2003.
AdS/CFT

Aplicações
Massas para Glueballs escalares em 2+1d

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
QCD2+1 Rede Rede BN-AdS Fatia AdS
IF – UFRJ
N=3 N→ ∞
Introdução 0++ 4.329 4.065 4.07 (dado) 4.07 (dado)
Cordas 0∗++ 6.52 6.18 7.02 7.00
Supercordas 0∗∗
++ 8.23 7.99 9.92 9.88
Teoria M e
Dualidades
0∗∗∗
++ - - 12.80 12.74
Teorias de
0∗∗∗∗
++ - - 15.67 15.60
Calibre
0∗∗∗∗∗
++ - - 18.54 18.45
Buracos
Negros

Branas
Rede: Morningstar e Peardon; Teper 1997
Cordas × BN-AdS: Csaki, Ooguri, Oz e Terning, JHEP 1999
Experiência
Fatia AdS: HBF e N Braga, JHEP 2003.
AdS/CFT

Aplicações
Massas para bárions leves

Teoria de N (2600)
8 (a)
Cordas e
Aplicações
N (2250)
Henrique 6 N (2190)
N (1700)
Boschi Filho O modelo de parede rı́gida foi N (1675)
IF – UFRJ N (1650)

posteriormente aplicado ao 4 N (2220)

Introdução
cálculo de massa para bárions
N (1720)
Cordas 2
leves de spin 1/2 e 3/2 N (1535)
N (1680)

(GeV2)
Supercordas N (1520)
N (939)
0
Teoria M e
Dualidades As massas também são deter- 8
(b)

Teorias de minadas pelos zeros de funções ∆ (2420)

Calibre 6 ∆ (1950)
de Bessel ∆ (1920)
∆ (1910)
Buracos
∆ (1905)
Negros 4
Branas Teramond e Brodsky ∆ (1232)
∆ (1930)

Cordas ×
Experiência
PRL 2005, 2006; 2
∆ (1700) S=3/2
∆ (1620) S=1/2

AdS/CFT
0
0 2 4 6
Aplicações 1-2005
8694A7 L
Massas para mésons leves

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique Idem para mésons leves (Teramond e Brodsky PRL 2005, 2006)
Boschi Filho
IF – UFRJ

(a) f 4 (2050)
Introdução
a4 (2040)
(b)
Cordas
4 ρ (1700)
(GeV )
2

Supercordas ρ3 (1690) π2 (1670)


a0 (1450)
Teoria M e a2 (1320)
Dualidades f1 (1285)
ω3 (1670) b1 (1235)
Teorias de 2 ω (1650)
Calibre ω (782)
ρ (770) π (140)
Buracos f 2 (1270)
Negros a1 (1260)

Branas 0
0 2 4 0 2 4
Cordas × 1-2005
Experiência 8694A10 L L
AdS/CFT

Aplicações
Mais mésons leves

Teoria de
Cordas e
Aplicações
O modelo de parede rı́gida também foi aplicado por Erlich,
Henrique
Boschi Filho Katz, Son e Stephanov (PRL 2005) para calcular as massas de
IF – UFRJ
mésons vetoriais
Introdução
6
Cordas Experiment
m2n , GeV2 0.93*n
Supercordas 5

Teoria M e ρ(2150)
Dualidades 4

Teorias de ρ(1900)
Calibre 3

Buracos ρ(1700)
Negros 2
ρ(1450)
Branas
1
Cordas × ρ(770) n
Experiência
0
AdS/CFT 0 1 2 3 4 5 6

Aplicações
Glueballs de spins mais altos

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique O modelo de parede rı́gida também foi usado para calcular as


Boschi Filho
IF – UFRJ massas de Glueballs com vários spins:
Introdução
Dirichlet lightest 1st excited 2nd excited
Cordas
glueballs state state state
Supercordas

Teoria M e
0++ 1.63 2.67 3.69
Dualidades 2++ 2.41 3.51 4.56
Teorias de
Calibre
4++ 3.15 4.31 5.40
Buracos
6++ 3.88 5.85 6.21
Negros 8++ 4.59 5.85 7.00
Branas
10++ 5.30 6.60 7.77
Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Mais Glueballs de spins mais altos

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
Neumann lightest 1st excited 2nd excited
IF – UFRJ glueballs state state state
Introdução 0++ 1.63 2.98 4.33
Cordas 2++ 2.54 4.06 5.47
Supercordas 4++ 3.45 5.09 6.56
Teoria M e
Dualidades
6++ 4.34 6.09 7.62
Teorias de
8++ 5.23 7.08 8.66
Calibre 10++ 6.12 8.05 9.68
Buracos
Negros

Branas Massas dos estados de glueballs JPC (com J par) expressas em


Cordas × GeV. A massa do 0++ é um dado obtido dos resultados da
Experiência
rede [H.B.F., Nelson Braga and Hector Carrion PRD 2006]
AdS/CFT

Aplicações
Trajetória de Regge para Glueballs e o Pomeron

Teoria de
Cordas e Uma vez determinadas as massas para os Glueballs, como
Aplicações
conhecemos seus spins, podemos determinar seus
Henrique
Boschi Filho comportamentos J × M2
IF – UFRJ

Introdução As curvas nesses gráficos correspondem as trajetórias de Regge.


Cordas No caso de trajetórias lineares temos:
Supercordas

Teoria M e
Dualidades
J = α0 + α0 M2 .
Teorias de
Calibre
Para Neumann e estados J++ com J = 2, 4, ..., 10 achamos
Buracos
Negros α0 = ( 0.26 ± 0.02 )GeV−2 ; α0 = 0.80 ± 0.40
Branas

Cordas × consistente com a do Pomeron


Experiência

α0EXP = 0.25 GeV−2


AdS/CFT
; α0EXP = 1.08
Aplicações
Trajetória de Regge para Glueballs e o Pomeron (2)

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
10
IF – UFRJ

Introdução 8

Cordas
6
Supercordas
J

Teoria M e 4
Dualidades

Teorias de
2
Calibre

Buracos 5 10 15 20 25 30 35 40
2 2
Negros M (GeV )

Branas

Cordas × Condições de Neumann


Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Plasma de quarks e glúons

Teoria de
Cordas e
Aplicações
Em altas temperaturas, as interações fortes ficam
Henrique
Boschi Filho desconfinadas, formando um plasma de quarks e glúons.
IF – UFRJ
Esse plasma existe em estrelas muito densas e quentes e é
Introdução
criado em colisões de ı́ons pesados, realizadas no RHIC, em
Cordas
Brookhaven, EUA.
Supercordas

Teoria M e Os resultados do RHIC indicam que esse plasma se comporta


Dualidades
como um fluido ideal, isto é, um sistema fortemente
Teorias de
Calibre interagente porém com viscosidade muito pequena.
Buracos
Negros O primeiro cálculo de viscosidade desse sistema compatı́vel com
Branas os resultados experimentais foi feito por Policastro, Son e
Cordas ×
Experiência
Starinets (PRL 2001) usando o modelo de Witten (buraco
AdS/CFT
negro no AdS) com temperatura finita (6= 0).
Aplicações
AdS/CFT e Confinamento

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Maldacena (PRL 1998) mostrou como usar a correspondência
Boschi Filho
IF – UFRJ
AdS/CFT para calcular as linhas de Wilson, que descrevem o
comportamento confinante/desconfinante de teorias de calibre.
Introdução

Cordas Ele calculou essa quantidade para a teoria SU(N) supersi-


Supercordas métrica N = 4 em 4d, a partir de cordas no AdS5 × S5 .
Teoria M e
Dualidades O resultado que ele encontrou foi que essa teoria não é
Teorias de confinante, isto é, um par partı́cula antipartı́cula pode ser
Calibre
separado com uma energia finita.
Buracos
Negros
No modelo de parede rı́gida, foi mostrado que a teoria é
Branas
confinante, como ocorre com quarks e antiquarks num méson
Cordas ×
Experiência (HBF, Braga e Ferreira, PRD 2006).
AdS/CFT

Aplicações
Outras aplicações

Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ
Outros problemas na Fı́sica de partı́culas, como o espalhamento
profundamente inelástico, também podem ser descritos através
Introdução
de modelos inspirados na correspondência AdS/CFT. Veja, por
Cordas
exemplo:
Supercordas

Teoria M e • Polchinski e Strassler, JHEP 2002;


Dualidades

Teorias de • Ballon Bayona, HBF e Braga, JHEP 2008 a, b, c;


Calibre

Buracos • Miranda, Ballon Bayona, HBF e Braga, JHEP 2009;


Negros

Branas • Ballon Bayona, HBF, Braga e Torres, JHEP 2010.


Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações
Teoria de
Cordas e
Aplicações

Henrique
Boschi Filho
IF – UFRJ

Introdução

Cordas Para informações sobre o grupo de Teoria de Cordas


Supercordas do IF - UFRJ acesse a página:
Teoria M e
Dualidades
http : //omnis.if.ufrj.br/∼boschi/grupo−cordas.html
Teorias de
Calibre

Buracos
Negros

Branas

Cordas ×
Experiência

AdS/CFT

Aplicações

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