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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 16333 Segunda edigao 26.08.2019 Transporte de pessoas por cabo — Construcado e operacao de teleférico monocabo com funcionamento continuo do tipo pinga fixa Cable transport for passengers — Construction and operation of continuously running monocable ropeways with ficed grips ICS 93.110; 45.100 ISBN 978-85-07-08133-3 ASSOCIACAO_ Numero de referéncia eae es i See oe. TECNICAS 21 paginas © ABNT 2019, ABNT NBR 16333:2019 © ABNT 2010 Todos os direitos reservados, A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicacdo pode ser eproduzica ou utilzada por qualquer meio, eletonico ou mecanico, incluinds fotocopia e microfiime, sem permissao por escrito da ABNT, ABNT Av.Treze de Maio, 13 = 28° andar 2031-901 Rio de Janeiro = RU Tel. + 5521 3974-2300 Fax: + 8521 3974-2346 abnt@abnt.org.br ‘wwwabnt.org.br ii (CABNT 2019 Todos os direitos eservados 4.81 48.2 4.8.3 5 5.4 5.2 5.3 54 5.5 58 57 58 59 6 6.1 6.2 63 6.4 65 6.6 7 TA 7.2 73 8 8.4 8.2 8.3 ABNT NBR 16333:2019 Pagina v “1 Referéncias normativas. 4 Termos e definicées 4 Requisitos gerai 2 Perfil da linha, “3 Folgas... Velocidade da cadeira, intervalo de tempo e carga Elementos de guia dos cabos. Evacuacao de passageiros Operacao a noite.. Prevengao de acidentes no trabalho. Cabos de aco. i Generalidades. 7 Cabos de tracdo-sustentagao Cabos de tensionamento e compensagao. Cabos de comunicagao e de sinalizaca Carga transversal Polias, tambores © sapat Empalmes e terminais dos cabos.. Critérios de andlise para descarte dos cabos de ac Substituigao dos cabos Estacao. Geral. Acionamento e frenagem Aderéncia do cabo de aco a polia motri: Sistemas de tensionamento e de fixaco do cabo Plataformas de embarque e desembarque Disposigées diversas. Torres de sustentagao Carga Fatores de seguranca Caracteristicas de construcao. Veiculos Carga Fatores de seguranca Caracteristicas de construgao. © ABNT2018~ Tosos 08 dretos reservados iit ABNT NBR 16333:2019 of 9.2 9.3 10 10.4 10.2 10.3 Pingas Conexées de voz, da instalaga Conexées de voz Circuitos elétricos de seguranca... Protegao contra descargas atmosféricas e aterramento Operacao e manutengao, Condigées basicas para oporagio Operacao do sistema. Manutencdo © ABNT 2019- Todos os direitos reservados ABNT NBR 16333:2019 Prefacio AAssociagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo contetido ¢ de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNTICB), dos Organismos de Normalizacao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais (ABNT/CEE), so elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalizagao. Qs Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. AABNT chama a atengao para que, apesar de ter sido solicitada manifestagdo sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados a ABNT a qualquer momento (Lei n® 9.279, de 14 de maio de 1996). Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Interacionais (ISO e IEC), so voluntarios © nao incluem requisitos contratuais, legais ou estatularios. Os Documentos Técnicos ABNT nao ‘substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuarios devem atender, tendo precedéncia sobre qualquer Documento Técnico ABNT. Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citagao em Regulamentos Técnicos, Nestes casos, os 6rgaos responsaveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as datas para exigéncia dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. AABNT NBR 16333 foi elaborada pela Comiss4o de Estudo Especial de Seguranga em Transporte de pessoas por cabo (CEE-173). © Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Exital n° 07, de 25.07.2014 a 22.09.2014. O Projeto de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Exital n° 06, de 03.08.2019 a 08.07.2019. AABNT NBR 16333:2019 equivale ao conjunto ABNT NBR 16333:2014 e Emenda 1, de 26.08.2019, que cancela e substitui a ABNT NBR 16333:2014, O Escopo em inglés da ABNT NBR 16333 é 0 seguinte: Scope This Standard applied to the construction and operation of monocable ropeways, with vehicles permanently attached to the rope itself, and intended for public transport of passengers. The system being considered consists of @ continuously running carrying-handling rope, to which normally support a chair (chairlit). Passengers normally get on and off the chairs while the cars are moving. The Standard do not apply to installations in which the motion is intermittent. @ABNT 2018- Todos 0s dretos reservados v NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16333:2019 Transporte de pessoas por cabo —Construgao e operagao de teleférico monocabo com funcionamento continuo do tipo pinga fixa 1 Escopo 1.1. Esta Norma se aplica @ construgéo e operaggo de instalagdes de teleférico monocabo, com veiculos permanentemente fixados ao proprio cabo de ago, € que serve para o transporte puiblico de passageiros. 1.2 _O sistema em consideracao consiste em um cabo de tragdo-sustentagao de funcionamento continuo, ao qual normalmente se prende uma cadeira. Os passageiros sobem e descem das cadeiras enquanto os veiculos estdo se deslocando, 4.3 Esta Norma néo se aplica a instalagées nas quais o movimento ¢ intermitente. 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir so indispensaveis a aplicagdo deste documento. Para referén- cias datadas, aplcam-se somente as edigdes citadas. Para referencias ndo datadas, aplicam-se as edigdes mais recentes do referido decumento (incluindo emendas). EN 12927-6, Safety requirements for cableway installations designed to cany persons. Ropes Discard criteria ABNT NBR 16103, Requisitos de seguranga das instalagdes de transporte por cabo destinadas a pessoas — Recuperagao e evacuagao 3. Termos e definigdes Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definigées. 34 cadeira assento do passageiro a ser fixado ao pendural e a pinga fixa 3.2 veiculos equipamento do teleferico que se desloca ao longo da linha, sustentado pelo cabo de ago, com objetivo de transporte de passageiros equipamento de transporte por cabo 34 veiculo aberto conjunto formado por cadeira, pendural e pinga, em que o passageiro ou carga tenha contato direto com o ambiente externo ©ABNT 2018- Todos 05 dretos reservados 1 ABNT NBR 16333:2019 35 cabos de tensionamento cabo que mantém sob tens4o constante a linha do teleférico sob a variagdo da carga e 0 alongamento do cabo 3.6 cabos de compensagéo cabo que compensa a variacao de carga dos veiculos, mantendo suia posi¢do relativa acetavel, como também faz a compensagao do alongamento dos cabos 37 tambores elementos de fixagao para cabos por atrito na sua superficie de contato 3.8 sapatilhas elementos de prote¢do quando o cabo é fixado por grampos 3.9 empalmes emendas de dois cabos de mesmo tipo 3.40 ponto de cruzamento local de cruzamento do teleférico com outra via 344 torre estrutura de sustentagao dos balancins e cabos 3.12 cabo de tracdo-sustentacao cabo onde esto fixados 0s veiculos para sustentacao e locomogo destes 3.13 torres de retengao estrutura em que o balancim tem a finalidade de reter 0 cabo de tragao-sustentagao 3.14 balancim conjunto de pares de roldanas com o objetivo de distribuir ¢ equalizar a carga em cada roldana 4 Requisitos gerais Todas as pecas do teleférico devem ser projetadas a prova de falhas e rigorosamente ensaiadas em termos da escoha e da qualidade dos materiais utilizados. No que se refere as pegas que afetam a seguranga da instalagéo, 0 fabricante do teleférico deve, quando for solicitado por autoridades competentes ou pelo responsavel pela unidade, produzir resultados de ensaio em um laboratério de testes de materiais certificado, 2 CABNT 2019 Tedos os direitos reservados ABNT NBR 16333:2019 4A Pei da linha 4.1.1. O eixo geometrico da instalagao deve ser uma linha reta no plano. 4.1.2 A distancia entre as linhas deve ser constante. Desvios laterais de no maximo 0,5 % podem ser tolerados sempre que a carga minima nos rolos for de pelo menos 1,5 vez 0 valor indicado em 4.1. 4.1.3 Sepossivel, oterreno deve serescolhido para obter um perfil omais regular possivel. Ainclinagao maxima do teleférico (presumindo-se normalmente uma carga uniformemente distribuida) ndo pode exceder 100 %. A evacuacao de passageiros, de acordo com 4.5, deve também ser considerado. 4.1.4 A altura maxima acima do solo da parte mais baixa do veiculo deve ser 15 m, nas condigées mais desfavordveis, desde que esteja assegurada a evacuacao dos passageiros conforme 4.6, 4.1.5 Nas condigées mais desfavorave's, uma folga minima de 3 m € necesséria entre a parte mais baixa do veiculo ou passageiro, incluindo seus equipamentos, no entanto é possivel diminuir esta folga quando em obstaculos como superficie rochosa, arvores, construgdes, 41,6 Se n&o houver nenhum estudo sobre 0 comportamento dindmico do teleférico, é possivel estimar as possivels oscilagdes durante a partida ou frenagem aumentando a flecha caloulada em velocidade constante em pelo menos 20 %. 4.1.7 Nos pontos de cruzamento com linhas de comunicagao ou linhas de energia elétrica com condutores néo isolados, a distancia minima deve ser fixada conforme 4.7. 42 Folgas 4,21 Para assegurar a seguranga dos passageiros, a distancia horizontal livre nas estacdes entre 0 contomo da passagem dos veiculos, verticalmente suspensos no teleférico e as peas fixas da instalagdo, deve ser de pelo menos 1m. 4.2.2. Osveiculos devem ser capazes de passarsobre as torres até mesmo na presencade oscilagdes para dentro ou para fora de 0,3 rad. A pinga deve ser livre para osciar lateralmente com relag3o borda da polia da torre em pelo menos 0,2 rad, 4.2.3 Dentro dos vos livres, o espagamento entre as duas direcdes dos cabos de tragdo-sustentagao deve ser tal que uma folga minima de 0,50 m exista entre duas cadeires que passam uma pela outra. Isso se baseia na hipdtese de que 2s duas condi¢ées abaixo acontecam simultaneamente, como a seguir a) _inclinacdo de cada veiculo é 0.2 rad na diego do outro; b) uma das diregdes co teleférico € colocada em um plano vertical pasando através do cabo de aco, enquanto a cutra 6 deslocada para dentro da linha por uma velocidade maxima do vento na qual a operagSo ainda seja permitida (ver 4.5). Uma folga semelhante deve ser assegurada tanto para dentro como para fora da linha, com relagaio a obstaculos externos, sempre assegurando que a cadeira, carregada ou vazia, esteja indinada 0,2 rad em relagao a vertical na direao do obstaculo. 4.2.4 As cadeiras devem ser capazes de osclar em 0.3 rad, em relacdo a vertical, nas direodes longitudinais. Na oscilagao longitudinal maxima, os acessérios da linha e da estacao devem ficar fora do alcance do braco para os passageiros. © ABNT2019- Tosos os diretos reservados 3 ABNT NBR 16333:2019 4.3. Velocidade da cadeira, intervalo de tempo e carga 4.3.1. Avelocidade da cadeira nao pode ultrapassar 1,5 m/s. 4.3.2. O intervalo de tempo entre cadeiras deve ser de pelo menos 1,5 x (4+ n/2) s, sendo né 0 numero de assentos da cadeira, 4.3.3 Deve ser considerado 0 peso médio de 80 kg por pessoa para o calculo das diversas partes componentes da cadeira. Para outras partes da instalacdo, deve ser considerado um peso médio de 75 kg por pessoa. 4.4 Elementos de guia dos cabos 4.4.1. Nas condigées operacionais mais criticas. com movimento uniforme, a forga minima aplicada pelo cabo de tracdo-sustentacao em cada roldana da torre (excluindo roldanas orientadoras na entrada e na saida da polia motriz e de retorno) deve estar de acordo com o seguinte: Frmin = 500 + 50 [d — (Di — Da) Onde Fmin €a forga minima cada roldana da torre , expressa em Newton; d — €odiametro do cabo, expresso em milimetros (mm); D1 — €0 diametro da borda externa da roldana, expresso em milimetros (mm); D2 € 0 didmetro de uma nova guarnig&o, no fundo da cava, expresso em milimetros (mm). O valor (D; — D2)/2 deve exceder d'3 e 10 mm, o que for maior. Além disso, D; deve ser maior do que 0 diametro maximo de uma nova guarnigao. 4.4.1.1. A carga minima (em Newtons), atuando sobre cada balancim em uma torre, deve ser pelo menos igual a soma dos comprimentos de vos edjacentes, expressa em decimetros (dm). A forga aplicada deve ser de no minimo 2 000 N. Essas forgas minimas se aplicam sob as condigées menos favoraveis de carga, com movimento uniforme do teleferico. 4.4.1.2 No caso de torres de apoio, a reacdo no suporte deve nado somente atender as condicées acima, mas também ter um valor tao alto que © cabo de tra¢do-sustentacao nao saia do balancim sob as condigdes menos favoraveis de carregamento e com um aumento de 40 % na tensao do cabo com movimento uniforme. 4.4.1.3 No caso de torres de retenco, € necessario ainda verificar se o cabo de tragao-sustentagao no ir se separar das roldanas até mesmo sob as condigdes menos favordveis. Isso se aplica também quando a cadeira proxima 20 suporte carregar 0 dobro da carga convencional 4.4.2 Os balancins devem ser construidos de tal forma que a reag&o de suporte do cabo seja uniformemente distribuida entre as roldanas. Um balancim nao pode conter mais de 12 roldanas. 4.4.2.4 No caso de certos balancins adjacentes, as cargas sobre as roldanas devem ser verificadas de acordo com 4.4.1 € 4.4.5, considerando a distribuicao desigual de cargas. 4.4.3 Os balancins devem ser presos aos cavaletes da torre de modo que eles sejam capazes de se ajustar em relagdo posicao do cabo, 4 (CABNT 2019 Todos 0s diretos reservados ABNT NBR 16333:2019 4.4.4 Os balancins devem ser equipados com dispositivos que retenham o cabo no caso de “descar- rilamento” para fora e automaticamente fazerem 0 teleférico parar por meio do circuito de seguranga elétrica, A mobilidade dos compensadores ndo pode afetar 0 funcionamento dos dispositives de retencao do cabo. 4.4.5 Os balancins devem ser equipados com dispositivos orientadores, que impedem o “descar- rilamento” do cabo de tra¢do-sustentago para dentro, Esses dispositivos devem, de preferéncia, er fixados em linha com as roldanas externas dos balancins, 4.46 As torres de reten¢éo devem também ser equipadas com bragos coletores de cabo. Estes devem assegurar que, no caso de “descarnlamento’, 0 cabo nao pode sair dos cavaletes das torres adjacentes e que os passageiros no entrem em contato com os balancins. 4.4.7 Os balancins devem ter os seguintes fatores de seguranga, referentes ao limite de escoamento: a) carga maxima no cabo, com movimento uniforme e peso proprio: 3.5; b) a carga do cabo, o peso préprio, © a pressao do vento atuando 50 % sobre a primeira roldana e 50 % sobre a segunda (na condigao de servico): 1,3. Avesisténcia a fadiga dos elxos deve ser demonstrada pelo fabricante, em cargas minimas e maximas, em movimento uniforme. 44.8 Acarga maxima nas roldanas e polias é determinada assegurando-se que a vida util do reves- timento seja suficiente, levando-se em consideragao a velocidade e a temperatura ambiente no local de instalagao. 4.4.9 Todos as polias e roldanas devem ser fomecidas com mancais giratérios. 4.4.10 Se balancins do tipo retengo forem usados, sob qualquer condicao de carga da linha, eles devem atender 4 condigao de presséo minima conforme 4.4.1 @ 0 uso destes nao é permitido sem uma demonstragao pratica da seguranga operacional. 4.5 Acao do vento 4.5.1. Em condigdes normais, as forgas devido @ agao do vento devem ser calculadas usando-se as seguintes pressées dindmicas: a) Em operag&o: 200 Nim b) Fora de operagao (veiculos vazios expostos ao vento): 1 200 Nim2, 4.5.2 Em zonas sujeitas a tempestades particularmente violentas, nas quais a velocidade do vento muitas vezes ultrapassa 150 kmih, é necessario usar as velocidades maximas do vento registradas no local para determinar as pressées do vento. 4.5.3 Para caloular as forgas devido a aco do vento sobre os cabos, um coeficiente de resisténcia de 1,1 deve ser usado, Para cadeiras © estruturas da torre, as dreas © coeficientes so aqueles correspondentes as formas usadas. ‘© ABNT2019~ Todos os diretos reservados 5 ABNT NBR 16333:2019 4.6 Evacuacao de passageiros 4.6.1 Levando em conta casos de parada acidental do sistema, equipamentos de resgate, como escadas, dispositivos de descida etc., devem ser fornecicos, Estes devem assegurar que os passageiros sejam evacuados da maneira mais simples possivel, com um alto grau de seguranca e dentro de um tempo estipulado no plano de evacuacao. Aevacuagao deve ser possivel sem envolver 8 participagao ativa dos passageiros. Os equipamentos e agdes de evacuagao devem ser planejados de modo a permitir a evacuacao segura até nos pontos mais desfavoréveis da linha (sobre agua, em cruzamentos ete.). 4.6.2 Os passageiros devem ser transportados com seguranga e no tempo maximo de 4 h para uma estagao ou outro local seguro. Deve ser estimado ainda se um menor tempo de evacuagao nao € necessario, considerando o tipo de cadeira e condig6es climaticas. 4.6.3 Para evacuacao noturna, equipamentos de iluminago independentes da linha de energia elétrica devem ser providenciados. 4.7 Cruzamentos e rotas paralelas 4.7.1 Cruzamentos de estradas, trilhos, ferrovias e outras instalagGes de teleféricos devem ser evitados. Caso nao seja possivel, a folga fornecida pelas cadeiras deve ser planejada de modo a eliminar perigos mutuos. 4.7.2 Trechos que cruzam ou sao paralelos a estradas, trilhos, ferrovias, outras instalagdes de teleféricos e linhas elétricas devem ser construidos de modo a no produzir interferéncia em ambos 0s sentidos, tanto durante a operagao normal quanto durante o trabalho de manutengao na instalagao do teleférico. Sempre que isso for compativel com o tipo de linha elétrica e com o meio ambiente, linhas de cabos elétricos aéreos devem ser substituides por cabos subterrneos. 4.7.3 O maximo de cuidado deve ser tomado para evitar longos trechos paralelos a linhas elétricas de cabos aéreos. A distancia deve ser planejada de modo a assegurar seguranga operacional em ambas as instalages. Os equipamentos de comunicagao e de energia elétrica pertencentes ao sistema do teleférico nao podem softer interferéncias eletromagnéticas. 4.7.4 No caso de duas cadeiras paralelas, um espagamento minimo de 1 m deve ser providenciado entre as cadeiras, apés levar em conta desvios defasados causados pelo vento durante a operacao (ver 4.5.2) e uma inclinago das cadeiras de 0,2 rad cada, na direcao ume da outra. 4.7.5 Nos casos de trechos paralelos com instalacbes de teleféricos de outro tipo, uma folga lateral de pelo menos 1,0 m deve ser providenciada entre as cadeiras inclinadas em 0,2 rad, levando em conta o deslocamento lateral dos cabos devido ao vento durante 2 operacao e as folgas exigdas pelas normas da instalagao especifica envolvida no paralelismo. 4.7.6 Em pontos de cruzamento com outras instalagées de teleféricos, uma distancia de pelo menos 3,0 m deve ser mantida entre as partes mais préximas das duas instalagées. Os efeitos do desloca- mento dinamico devem ser considerados com base nas especificacées que se aplicam a cada tipo de instalacao envolvida com o cruzamento. 4.8 Areas de risco Areas que podem estar sujeitas a desastes naturais (deslizamentos de teira, quedas de rochas, inundagSes, tremores de terra, avalanches, ventos muito fortes etc.) devem ser sempre evitadas. O mesmo se aplica a areas proximas a aeroportos. 6 (CABNT 2019 Tedos 0s direitos eservados ABNT NBR 16333:2019 ‘Sempre que 4reas de risco no possam ser evitadas, equipamentos adequados de protecdo devem ser adotados — caso contrdrio, a instalag4o nao pode ser construida. 4,81 Aviso aos passageiros Avisos aos passageiros devem ser exibidos como sinais de atengao claramente visiveis e em diversos idiomas. Os itens abaixo constituem 0 minimo aceitavel: a) “Entrada” e “Saida", b) ‘Fechar a trava de seguranca" e "Abrir a trava de seguranca’; ¢) “E proibido efetuar movimentos bruscos no interior da cabine"; d) “Entrada proibida quando o pessoal da estacao estiver ausente’. 4.8.2 Operagao a noite Sempre que uma instalagao de cadeira precisar ser operada no escuro, as estagdes devem ser equipadas com dispositivos de iluminagao que permitam tanto o funcionamento regular como a evacuacao de passageiros conforme 4.6. 4.83 Prevengao de acidentes no trabalho Para proteger a equipe de operagao e manutencdo contra acidentes no trabalho durante a operacao normal ou durante a realizagao de trabalho de manuteng&o, precaugdes devem ser tomadas de acordo com as leis aplicaveis. 5 Cabos de aco 5.1 Generalidades 5.1.1 Todos os cabos de aco devem consistir em uma pega Unica. Durante o trabalho de construcao, evitar a formagao de torgdes, “dobras” ou alterar 0 passo do cabo. 5.1.2 Asalmas maleaveis devem consistir em materiais sintéticos que nao causam corrosao interna. 5.1.3 A alma deve ser dimensionada de modo a evitar o contato entre os arames do cabo mesmo depois de longos periodos de operacao. 5.1.4 Nenhum lubrifcante corrosive deve ser usado na construgao cu operagao do cabo de aco. Os lubrficantes devem ser compativeis com os revestimentos das polias ou roldanas. 5.1.5 A lubrificac&o dos cabos deve ser realizada de acordo com as instrugdes fornecidas pelo fabricante do teleférico. 5.2 Cabos de tracdo-sustentacao 5.2.1 O cabo de tragao-sustentagdo deve ser construido de arames pré-formados com alma maledvel. Ouso de cabos de tore /ang 6 recomendado. 5.2.2 No comissionamento, a carga efetiva de rompimento do cabo de tragdo-sustentagéo, determinada em um ensaio de tensao, deve ser pelo menos 4,5 vezes maior do que a tragéo maxima aplicada no cabo, conforme 5.2.3. © ABNT2019- Todos os dreios reservados 7 ABNT NBR 16333:2019 5.2.3. Durante 0 cdlculo da trag&o maxima no cabo, a combinacéo menos favoravel dos seguintes fatores deve ser considerada: a) _tens&o basica originada no sistema de tensionamento. b) peso do proprio cabo e as cadeiras carregadas presas a ele. Normalmente, presume-se que a tiltima carga seja distribuida uniformemente: ©) resistencia ao atrito das polias e roldanas, que nas revestidas chega a quase 3 % da carga das polias e roldanas; 4) se equipamentos de tragdo hidrdulicos ou outros ndo convencionais forem usados, a faixa de trabalho destes deve ser considerada; €) normalmente, forcas de inércia nao sao consideradas no calculo. 5.2.4 Para faclitar verificagbes periédicas em servico, 0 cabo de tracdo-sustentago deve ser checado usando-se um método nao destrutivo (magnético-ndutivo) antes de ser colocado em servigo. 5.3 Cabos de tensionamento e compensagao 6.3.1 Normalmente, cabos de torgo normal so usados apenas com uma camada de pemas somente. Quando cabos de tore&o /ang forem utilizados, a rotacdo de suas extremidades deve ser evitada. 5.3.2 No comissionamento, a carga efetiva de rompimento dos cabos tensores deve ser pelo menos cinco vezes maior do que a trago maxima no cabo esticado, calculada conforme 5.2.3. 5.4 Cabos de comunicacao e de sinalizagio 5.4.1 Q uso de cabos com pernas ou cordoalha com arames de ago galvanizado é recomendado. Outros cabos oulinhas aéreas, de resistencia e seguranga comprovadas em operacdo, sao permitidos. 5.4.2 No comissionamento, esses cabos de ago cevem possuir fatores de seguranga, entre a carga de rompimento e a carga real maxima, apés considerar cargas devido ao vento e aos efeitos da temperatura sobre cabos ancorados, como a seguir 2) em operagdo: 30; b) fora de operagao: 2.5. 5.4.3 Durante a operacdo, 0 contato entre os cabos de comunicagéo ou de sinalizagéo por um lado € 08 veiculos ¢ cabo de tragao-sustentagao pelo outro deve ser evitado, independentemente das condigées do vento. Quando os cabos de comunicagéo ou de sinalizago nao atenderem a este requisito, a operagao do teleférico deve ser interrompida automaticamente, 5.5 Carga transversal 8.5.1 _O peso do veiculo carregado nao pode ultrapassar 1/15 da tragdo minima no cabo de trago- sustentagao, que surge sob as condigdes menos favoraveis de carga com movimento uniforme. 5.5.2. Com tragao minima e com movimento uniforme, a variagao das inclnagdes das tangentes nas extremidades de uma segao entre as condigces do cabo carregado e do cabo sem carga nao pode exceder 0,15 rad. 8 (ABNT 2019 Todos os direitos reservados ABNT NBR 16333:2019 5.6 Polias, tambores e sapatilha: 5.6.1 O didmetro das polias de tragao e retorno nao pode ser inferior a 80 vezes 0 didmetro do cabo de trag&o e nao inferior 2 800 vezes o diémetro dos arames externos do cabo, As polias devem ter um revestimento macio. 5.6.2 O didmetro das polias dos cabos de tensionamento deve ser pelo menos 40 vezes o didmetro nominal do cabo de tragao e 600 vezes 0 diémetro de seus arames externos. As polias devem ter um revestimento macio. 5.6.3 O didmetro das polias e tambores dos cabos de compensacao deve ser de pelo menos 20 vezes 0 diémetro nominal do cabo de ago. O diametro das sapatilhas deve ser de pelo menos sete vezes 0 diametro nominal do cabo de ago. 5.6.4 © Angulo de desvio do cabo de tracdo-sustentagdo produzido por qualquer roldana da tore nao pode ultrapassar 0,1 rad. As roldanas de torre devem ter um revestimento macio. 5.8.5 Os didmetros das polias s80 medidos no centro do cabo de aco. 5.7 Empaimes e terminais dos cabos 5.1.4. Todos os empalmes devem ser feitos por profissional experiente. O comprimento de um empalme nao pode ser inferior a 1 200 vezes 0 diametro nominal do cabo de ago. Comprimentos maiores de empalmes sé0 recomendados para cabos com um didmetro maior (superior a 40 mm) e para cabos com arame de resisténcia mecanica superior @ 2 000 Nimm?. 5.7.2 Teiminais tipo luva e tipo morsete devem ser instalados com rigor com relagao as suas especificagées. Esse servico s6 pode ser realzado por professional qualificado e que possa comprovar sua experiéncia tanto na fabricago de luvas como na escolha dos materiais. 5.8 Critérios de an: © para descarte dos cabos de aco Os cabos de ago devem ser analisados de acordo com os critérios estabelecidos na EN 12827-6, com © intuito de verificar se devem ou nao ser descartados. 5.9 Substituicéo dos cabos 5.9.1 As seguintes consideracGes sao fundamentais para a retirada de um cabo do servico: a) estado geral (folga das pernas ou arames etc.); b) grau de desgaste; ©) corrosao; d) a quantidade de arames partidos encontrados em um comprimento correspondente a 40 diame- tros do cabo de ago ¢ teoricamente concentrados em uma segao do préprio cabo. 5.9.2 Com relagdo 2o contetido do paragrafo anterior, um cabo de ago deve ser substituido quando a redugo na segao transversal alcangar 10 % da seco transversal de um cabo novo. 5.9.3 Independentemente do estado de conservagao dos cabos, os cabos de tensionamento devem ser substituidos em até olto anos. © ABNT2019- Todos 0s direos reservados 9 ABNT NBR 16333:2019 6 Estagao 6.1 Geral 6.1.1 Instalagdes adequadas devem ser providenciadas em estagdes cujos passageiros ndo possam sair usando seus préprios veiculos, sempre que 0 servico for interrompido. 6.1.2 A seguranca dos passageiros e dos funcionarios nao pode ser posta em risco por cabos, veiculos ou pelas instalacdes mecanicas e elétricas nas estacées. 6.1.3 As estacSes devem ser equipadas com sistemas de iluminacao de emergéncia (por exemplo, lanternas portateis). 6.1.4 Os postos de comando e controle devem ser situados para permitir que o funcionério veja a area da estacdo e, se possivel, a linha. O funcionario deve ser capaz de acionar os controles no seu campo de visdo e sem a necessidade de se deslocar. O funcionério deve ser capaz de interromper @ operagdo ou reduzir sua velocidade em qualquer ocasido, sem ter de abandonar sua posigao normal de trabalho. 6.1.5 Se necessario, engrenagem motriz e equipamentos energizados devem estar protegidos de condigdes atmosféricas. O acesso de pessoas nao autorizadas a esses equipamentos deve ser impedido ou proibido, a fim de evitar acidentes, avarias ou uma partida nao autorizada do sistema. 6.1.6 0 risco de inc&ndio deve ser reduzido o maximo possivel. Isso 6 particularmente importante, pois os cabos n&o suportariam o calor de um incéndio por muito tempo sem serem danificados. Os materiais usados nas estagdes devem ser selecionados de forma correspondente (nao inflamavel, no combustivel e ndo propagadora de chama).A quantidade €0 tipo de equipamentos contra inc&ndio devem ser suficientes, considerando-se os materiais usados na instalac4o, e devem atender aos regulamentos locais. 6.4.7. As cargas e os fatores de seguranga dos prédios da estagao e seus componentes devem atender as disposicSes da Seco 7, a menos que noimas mais severas sejam consideradas nesta Segao. 6.2 Acionamento e frenagem 6.2.1. Ainstalagao do teleferico deve ser equipada com um acionamento principal e um acionamento de recuperaco, de acordo com 6.2.8, que nao é empregado em servico normal. Se um tipo de acio~ namento for utilizado, 0 outro deve ser excluido. 6.2.2 Em operagdo normal, a velocidade deve ser mantida praticamente constante, independen- temente da carga. As variagdes da velocidade nao podem ultrapassar + 5 % sob as condigdes mais desfavoraveis de carga. 6.2.3 Deve ser possivel iniciar a operacdo sob as condicées de carga mais desfavordveis utilizando-se cada motor de acionamento isoladamente. Deve ser possivel alcancar uma aceleracdo de pelo menos 0,15 m/s? usando 0 motor de acionamento principal. Instalag6es de teleférico contro- ladas automaticamente devem ainda ser equipadas com controle manual 6.2.4 Em servigo normal, o transporte de passageiros nao é permitido se o motor estiver desacoplado ou separado da instalagdo. A operagao do teleférico sob gravidade @ apenas tolerada se servir para evitar evacuacao ao longo da linha e quando pelo menos um freio adequadamente dimensionado for instalado. 10 GABNT 2019 Todos os direitos reservados ABNT NBR 16333:2019 6.2.5 Quando a frenagem for aplicada, excluindo um freio manual ajustavel, o motor de acionamento principal deve ser automaticamente desligado da fonte de energia ou do acionamento. 6.2.6 O uso de correntes ou correias planas para a transmissio do acionamento principal néo € permitido. Acionamentos usando correias de corte transversal trapezoidal devem ser dimensionados para transmitir pelo menos 1,5 vez a poténcia necessaria. 6.2.7 Aspecas do acionamento e dos freios que determinam a seguranga da instalagao do teleférico devem ter um fator de seguranga de pelo menos 3,5 com relago ao limite de escoamento, levando tensées estaticas em consideragao. Para pecas como eixos, que esto sujeitos a fadiga por tenséo, a seguranca conta fadiga deve ser demonstrada usando-se um método de calculo adequado. 6.2.8 Usando 0 acionamento de recuperagao, a instalaro do teleférico deve ser capaz de funcionar até que todos os passageiros tenham chegado em uma estacao. Isso deve acontecer mesmo que © motor principal ou seus circuitos de comando ou sua fonte de alimentacao esteja fora de servico. Nestas condigdes, a velocidade de funcionamento deve ser tal que assegure que todos os passageiros nalinha possam ser transportados para estagées dentro de uma hora. 6.2.9 O projeto deve prever que as forgas do acionamento de recuperagao devem ser transmitidas diretamente pola motriz, pelo menos nos seguintes casos a) quando o terreno for inacessivel, quer seja a pé quer usando veiculos motorizados; b) quando prevalecer no local condigées cimaticas desfavoraveis; ©) quando prevalecer a evacuagao por descida vertical; d) sea quantidade de passageiros presentes na linha for superior a 100 + 50n onde n é a quantidade de assentos por veiculo. Deve ser possivel iberar a polia motriz com facilidade do acionamento principal. 6.2.10 © acionamento do teleférico deve ser equipado com dois freios do tipo atrito completamente independentes. Um deles é usado como freio de servigo, e 0 outro como freio de emergéncia. Ambos 08 freios devem ser capazes de ser aplicados automaticamente. A forca de frenagem deve ser produzida por pesos ou molas ¢ deve ser facilmente ajustavel. 6.2.11 As superficies de frenagem, que devem ser facilmente inspecionadas, devem ser protegidas de lubrificantes. 6.2.12 Até mesmo nas condigdes menos favoraveis, qualquer um dos dois freios deve ser capaz de parar ainstalagao com uma desaceleragao média de pelo menos 0,4 m/se de manté-la bloqueada, 6.2.13 Para evitar frenagem repentina, que produz 0 balango excessive dos veiculos, a ago do freio de servigo deve ser diferenciada, para adaptagao as condig6es existentes de carga. Em condig6es normais de funcionamento do freio, a desaceleracdo nao pode exceder 1,5 mis?, 6.2.14 O freio de servigo deve ser aplicado automaticamente pelo menos nos seguintes casos: a) quando dispositivos de seguranga ou de protegao forem acionados, b) quando a fonte de alimentac4o do motor for anormal ou estiver ausente; ©@ABNT2019- Tocos os res reservados " ABNT NBR 16333:2019 ©) quando a velocidade de funcionamento for superior a 10 % do valor maximo nominal d) quando variag6es instantaneas no torque do acionamento ocorrerem. Deve ser possivel a aplicago do freio pelos funciondrios da estago. No caso de transporte regular na diregdo descendente, um dispositive deve ser instalado para verificar se 0 frelo de servigo pode parar a instalacdo com a desaceleragao minima indicada em 6.2.13. 6.2.15 O freio de emergéncia deve ser aplicado ditetamente a polia motriz. Deve ser possivel aplicar © freio utilizando dois sistemas completamente independentes, sendo um deles manual e 0 outro automatico. O sistema automatico deve ser aplicado pelo menos nos seguintes casos: a) no caso de a velocidade de funcionamento ser superior a 15 % do valor maximo nominal; b) no caso de reversao acidental da direco de acionamento; ©) no caso de funcionamento defeituoso do freio de servico, se este for equipado com controle de desaceleragao. © acionamento do sistema de frenagem manval deve ser possivel para os funcionérios na estagao motnz. 6.3 Aderéncia do cabo de aco a polia motriz 6.3.1 Um coeficiente de atrito minimo de 0,20 & permitido quando revestimentos forem feitos de borracha ou de plastico ou com caracteristicas semelhantes a esses. Podem ser utilizados outros materiais com coeficientes de atrito superiores. 6.3.2 A raz&o entre as tensées do cabo na polla motriz deve ser escolhida de modo a permitir a transmissao segura da fotga tangencial sob as condig6es de carga mais desfavoraveis, junto com aceleragao ou desaceleracao. 6.4 Sistemas de tensionamento e de fixagao do cabo 6.4.1 Os cabos de trago-sustentagdo devem ser mantidos no estado de tensdo mais constante possivel, utilizando, em umadas extremidades da instalagao (motriz ou reenvio), sistemas de eficiencia comprovada (contrapeso ou sistema de tensionamento hidraulico etc.). 6.4.2 © comprimento do percurso do sistema de tensionamento deve ser calculado levando-se em conta variacdes maximas nas flechas, diferenga maxima de temperatura (pelo menos 60 °C) € 0 alongamento eléstico do cabo de aco. Parte da extenséo permanente do cabo deve também ser considerada. Se um mecanismo de atuagao de ago rapida do sistema de tensionamento for instalado, © comprimento do percurso pode ser determinado com base em uma diferenga de temperatura de 30°C, 6.4.3. Se varios cabos esticados ou vérios sistemas tensores forem instalados em paralelo, € necessario assegurar que a tensdo é sempre distribuida uniformemente entre os diferentes cabos € os sistemas tensores. 6.4.4 A mobilidade dos sistemas tensores deve ser assegurada o tempo todo. A mobilidade nao pode ser comprometida nas guias e deve poder ser facilmente inspecionada. Equipamentos como carros tensores, contrapesos e outros sistemas tensores nao podem ser descarrilhados ou presos, nem se colocarem obliquamente. 12 (CABNT 2019 Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 16333:2019 6.4.5 A posig&io dos sistemas de tensionamento, @ particularmente das polias de tensionamento, deve ser indicada por ponteiros correndo sobre uma indicacao por escala graduada. Amortecedores de impactos devem ser instalados nos pontos correspondentes & extremidade das guias. Antes dessas posigées, deve-se instalar chaves de fim de curso para a parada automitica do teleférico. 6.4.6 Aestrutura de suporte dos sistemas tensores e suas conex6es com os cabos devem poder ser facilmente acessadas para inspecao. 6.5 Plataformas de embarque e desembarque 6.5.1 As disposicées apresentadas em 4.2.1 se aplicam a passagem livre dos veiculos através da pola motriz sem por em perigo os passageiros que nao puderem sair em tempo. Se a polia estiver suficientemente distante da plataforma e se uma chave do tipo “nao consegue sair” for instalada, a passagem em tomo da polia pode ser realizada em uma velocidade reduzida. 6.5.2 O acesso para e a partir das plataformas de embarque e desembarque nao pode cruzara area de trafego de veiculos. 6.5.3 As plataformas de embarque e desembarque devem ficar horizontais e paralelas ao cabo de tragao-sustentagao. Para transporte de passageiros, 0 comprimento das plataformas de embarque e desembarque em metros deve ser de pelo menos cinco vezes a velocidade maxima de operacdo em mis, a menos que uma plataforma de comprimento reduzido seja escolhida de acordo com 6.5.8. 6.5.4 Nes plataformas de embarque ¢ desembarque, as linhas de embarque e desembarque devem ser indicadas no chao ou usando sinais afixados. 6.5.5 VariagSes nas posigées dos veiculos, causadas por mudangas de carga ou por oscilacso longitudinal ou transversal, no podem impedir o embarque, desembarque ou movimento do dispositive de protegao dos passageiros. 6.5.6 Aplataforma de embarque deve ser disposta para acelerar 0 movimento dos passageiros. 6.5.7 Uma area de espera deve ser providenciada o mais perto possivel da plataforma de embarque, mas respsitando as folgas necessérias. Essa area deve ser indicada usando-se linhas no cho ou cartazes afixados. Os passageiros da area de espera j4 devem ter sido checados € informados sobre como usar a instalacao do teleférico. 6.5.8 © comprimento do espago de embarque pode ser reduzido para 1,5 m, desde que depois disso exista um espaco de seguranca de palo menos 1,5 vez a distancia de frenagem. Dentro desse espago de seguranga, os flancos nao podem exceder 1,5 m, e a inclinagao do terreno circunvizinho no pode exceder 30 %. A superficie do espago de seguranca deve permitir a movimentagao do passageiro. 6.5.9 Se no final do espago de seguranga existir um perigo em caso de uma queda, dispositivos adequados de protecéo (geralmente, redes) devem ser instalados para limitar as possiveis consequéncias causadas aos passageiros em decorréncia de uma queda. 6.5.10 A linha de desembarque deve ser cisposta de modo a permitir que os passageiros vejam a area de desembarque cerca de 8 s antes da chegada, ©@ABNT 2019- Totos 0s dretos reservados 13 ABNT NBR 16333:2019 6.6 Disposicées diversas 6.6.1 Corrimdos devem ser instalados sempre que houver o isco de passageiros cairem nas estacdes. 6.6.2 As polias devem ser construidas de ago, de pegas fundidas de ago ou de ferro fundido esferoidal. Polias soldadas devem ser submetidas a recozimento. As polias devem ser equipadas com mancais de rolamento e com elementos para evitar 0 descarrilhamento do cabo. 6.6.3 As estagdes devem ser equipadas com elementos de fixagao (olhais etc.) para a colocacao de pegas mecanicase elbtricas quando for realizado o servigo de montagem e desmontagem dos cabos. 6.6.4 Espaco e ferramentas devem estar aisponiveis para a manutengdo e o armazenamento das varias pecas que compsem a instalagao do telefenco. 7 Torres de sustentagao 7.1 Cargas 7.1.1 As seguintes forcas devem ser consideradas nos calculos das torres: a) peso proprio; b) soma dos esforgos de apoio ou retengo devido ao cabo de tracdio-sustentago, bem como linhas de comunicagdo, de sinalizagao e de seguranca; ©) soma das forgas de atrito devido ao cabo de tragao-sustentacao (ver 5.2) 4) pressao do vento (ver 4.5). 7.4.2 Recomenda-se que apts ter obtido dados gerais sobre as pressdes do vento (ver 4.5), os dados sobre as condig6es locais sejam considerados (areas de tempestade) se estiverem disponiveis. Recomenda-se ainda que se faga referéncia as normas de pressdo do vento disponiveis para tipos semelhantes de estrutura (postes de alta-tens4o, guindastes ete.). 7.4.3 Cargas excepcicnais independentes no simultineas: a) rompimento de um cabo de comunicagao ou de sinalizacdo em um dos vaos livres; b) ‘descarrilamento” de uma sego do cabo; ©) esforgos devido a retenco do vefculo caso este se prenda a torre, levando-se em consideracao 0 deslizamento do cabo na pinga. 7.2 Fatores de seguranga 1.2.1. As torres de sustentacdo de acoe seus respectivos parafusos fixadores devem ter os seguintes fatores de seguranga (com relagao ao mite de escoamento nas condigées menos favoraveis): a) Emoperagao: 2.0, b) Nao operando: 1,5; ©) Com cargas excepcionais consideradas: 1,3. 14 ©ABNT 2019 Todos es direitos reservados ABNT NBR 16333:2019 ‘Além disso, o projeto deve levar em conta possiveis estresses por fadiga. 7.2.2 As torres construiddas em concreto armado ou concreto protendido devem ser projetadas com majoragao das cargas em 20 %, a partir das cargas obtidas conforme 7.1. 7.2.3 As fundagdes das torres de sustentagdo e retencdo devem apresentar os seguintes fatores de seguranca contra tombamento, deslizamento e igamento: a) Em operacdo: 1,5; b) Fora de operagao, ou com cargas excepcionais: 1,2. Quando necessario, as influéncias do atrito lateral, pressdo passiva do terreno e o peso do solo acima da funcacao podem ser ignoradas. Essas suposi¢Ses podem ser omitidas, ou um tipo diferente de fundago pode ser usado sempre que uma pesquisa geotécrica permitir. 7.2.4 Adeformacdo elastica das torres de sustentacdo em operacao, e particularmente deformagao de torgo, nao podem interferir no acionamento ou no suporte do cabo. Isso se aplica particularmente &s torres de retengfo. O angulo maximo de rotag&o causado pela torgdo no pode exceder 0,003 rad. 7.3 Caracteristicas de construcao 7.3.1 As torres de sustentagao devem ser feitas de aco, concreto armado ou concreto protendido. Torres com estrutura de treliga devem ser evitadas devido a dificuldade de manutengao. 7.3.2. Todas as estruturas de ago devem ser dotadas de protecdo efetiva contra corrosao. Isso se aplica também as partes internas de tubos ou pegas com se¢do transversal fechada, a menos que essas tlimas sejam vedadas. A seodo aberta deve ter uma espessura de parede de pelo menos 4 mm; tubos e perfis fechados devem ter espessura de parede de pelo menos 2,5 mm. 7.3.3 As fundagdes devem ser construidas de concreto armado, Em casos excepcionais, torres de sustentacao podem ser fixadas diretamente na rocha. As bases de concreto devem sobressair do terreno circunvizinho. 7.3.4 As torres de sustentagao devem ser equipadas com estruturas fixas as quais os dispositivos para igar os cabos devem ser presos. Essas estruturas so dimensionadas para maxima carga transmitada pelo cabo. Indicagées claramente visiveis da forca maxima de suporte dos cabos ea forga maxima a ser aplicada devem ser afixadas a essas estruturas. 7.3.5 As torres de sustentagdo devem ser equipadas com plataformas adequadas, a serem usadas durante a manutengao dos balancins e para trabalho de evacuagao ao longo do cabo. As plataformas devem ser independentes dos balacins. 7.3.6 Deve ser possivel subir nas torres de sustentagao facilmente e sem risco. A subida as torres. deve ser proibida a pessoas nao autorizadas por meio de avisos adequados. 7.3.7 Astorres de sustentacao devem ser numeradas consecutivamente. 8 Veiculos 81 Cargas 8.1.1 Nos calculos de projeto do veiculo, as seguintes forgas principais e secundarias devem ser levadas em conta: a) Forgas principais: peso dos veiculos do teleférico e a carga util (capacidade) conforme 4.3; © ABNT2019- Todos os diretos reservados 15 ABNT NBR 16333:2019 b) Foreas secundirias: tensdes causadas pelo contato com as guias, passagem sobre as roldanas da torre e em torno das polas motriz e de retomno. 8.2 Fatores de seguranga 8.2.1 Todas as partes de sustentagao dos veiculos devem ter fatores de seguranca relativos 20 limite de escoamento de pelo menos 3,5, quando apenas forcas principais forem consideradas, € pelo menos 2,0, quando forcas secundarias forem consideradas. 8.2.2 A resisténcia dos veiculos a fadiga deve ser demonstrada experimentalmente. Cinco milhées de ciclos de carga devem ser tomados como referéncia. A amplitude do ciclo de carga deve ser © dobro do peso combinado do veiculo e da carga util, a no ser que um valor mais baixo seja obtico de ensaios diretos realizados na instalagao. A frequencia do ensalo deve ser a faixa atendida em uma instalacao de teleférico, com base na velocidade do cabo e no espacamento das roldanas de sustentacdo (em tomo de 1 Hz a 5 Hz). 8.3 Caracteri icas de construgao 8.3.1. As partes dos veiculos que esto sob carga, bem como seus acessorios e suas conexées, devem ser construidas de modo a permitir inspegdes de seu estado. Quando for necessério, as estruturas acima devem ser protegidas contra corrosao. 8.3.2 As conexdesentre as pecas dos veiculos sob cargas devem ser protegidas contra desmontagem acidental ou afrouxamento. 8.3.3 Todas as soldas sob carga devem ser feitas por soldadores habilitados e depois submetidas a um ensaio ndo destrutivo adequado, 8.3.4 Os veiculos devem ser equipados com dispositivos de fechamento acionados por rotagao de cima para baixo. Descansos de pés devem ser instalados. Os veiculos nao podem conter pecas salientes que possam prender as roupas ou equipamentos dos passageiros. 8.3.5 Em cadeiras, a borda dianteira da cadeira deve ter uma forma que minimize 0 impacto durante ‘o.embarque. Descansos de pés podem ser omitidos quando a duracéo do percurso for inferior a 5 min. 8.3.6 As cadeiras devem ser equipadas com descansos para costas e descansos laterais para bragos. O angullo entre o assento e o descanso das costas deve ser de aproximadamente 1,60 rad ¢ toda a cadeira deve ser inclinada para trés em cerca de 0,20 rad. 8.3.7. Alargurado assento deve ser de pelo menos 0,45 m para cada passageiro e sua profundidade, cerca de 0,45 m. 8.3.8 O comprimento do pendural deve ser escolhido de modo a atender as folgas conforme 4.2. 8.3,9 Os veiculos devem ser sucessivamente numerados, de modo que eles possam ser diferencia dos um do outro. Se for necessério, os veiculos devem ser equipados com refletores de luz. 8.4 Pingas 8.4.1. As pingas devem ser construidas de uma maneira que impeca alguma abertura acidental 8.4.2 A resisténcia ao deslizamento das pingas no cabo ndo pode ser inferior a tres vezes a componente do veiculo carregado na direcao do cabo ou, alternativamente, igual ao peso do veiculo carregado. 6 GABNT 2019 Todos os direitos reservados ABNT NBR 16333:2019 8.4.3 A forca de fechamento deve ser gerada por diversas molas cuja caracteristica eldstica deve assegurar a resisténcia necessdria ao deslizamento, conforme 8.4.2, mesmo que o diametro do cabo mude em 3 %, Quando as mudangas no didmetro excederem esse valor, sera possivel essegurar uma resistencia ao deslizamento de conforme 8.4.2 pelo ajuste da pinca. 8.4.4 As pingas devem ser projetadas de tal forma que ainda segurem o cabo quando o diametro deste tiver sido reduzido em 10 %. 8.4.5 Durante a checagem do calculo da resisténcia ao deslizamento, conforme 8.4.2, normalmente considera-se que o valor do Coeficiente de atrito presumido possa ser no maximo de 0,16. Isso pode ser anulado, se puder ser mostrado que valores mais altos forem obtidos experimentalmente or um instituto de ensaios reconhecido oficialmente. Se pingas de formato particular precisarem ser utllzadas, 0 coeficiente de atrito introduzido no célculo deve ser demonstrado por ensaios. 8.4.6 A deflexo exigida para obter a forca de fechamento no pode exceder 80 % da defiexao maxima, 8.4.7 A forca de fechamento pode ser reduzida no maximo em 15 %, em consequéncia de faha de uma mola tipo prato, cu por 50 % em consequéncia de falha de uma mola heliccidal, 8.4.8 Deve ser facil deslocar as pingas de um local para outro. 8.4.9 Considerando as oscilagées transversais de 4.2.2 e as bordas das polias e roldanas de acordo com 4.4.1, as pingas, as polias e as roldanas devem ter formats que assegurem que a passagem das pingas sobre as roldanas e polias ocorram com 0 minimo choque mecanico possivel. 8.4.10 As garras da pinga devem ser forjades em ago-liga beneficiado. O material deve mostrar uma resiliéncia de pelo menos 28 Joules segundo o teste ISO-V, a uma temperatura de — 20 °C. 8.4.11 A composigao quimica e as propriedades mecanicas dos materiais da garra da pinga devem ser determinados por ensaios de laboratério. 8.4.12 Todas as pingas devem ser ensaidas quanto a possiveis defeitos superficiais. Somente amostras mostrando defeitos abaixo do limite indicado pelo fabricante das pincas devem ser utilizadas. 9 Conexées de voz, motalicas da instalacao cuito de seguranca elétrica e aterramento de pegas 9.1 Conexées de voz 9.1.1 Uma conexdo telefénica deve existir entre as estacdes. Caso essa conexdo esteja fora de servigo, um sistema de comunicacao alternativa deve estar disponivel. Se a rede de telefonia Publica estiver acessivel, pelo menos uma das estagdes deve estar conectada a ela. 9.1.2. Deve ser possivel informar aos passageiros, usando alto-falantes, sobre qualquer dificuldade que surgir na operagao. 9.1.3 A conexdo telefénica e os meios de comunicacao devem continuar a funcionar quando a fonte principal de alimentagdo for desligada. 9.1.4 Aequipe de operagao deve ter a disposigéo transmissores/receptores de radio ao checarcabos de ago, trabalhando 2o longo da linha e realizando operagdes de evacuacao. ©ABNT 2019- Tocos os dire reservados 7 ABNT NBR 16333:2019 9.2 Circuitos elétricos de seguranca 8.2.1 Todos os comandos elétricos relativos a parada da operacao (botdes de emergéncia, chaves nas torres etc.) oriundos das estacées, das torres intermedidrias e da linha como um todo devem ser transmitidos sobre circuitos de seguranca conforme 9.2.2. 9.2.2 Os circuitos elétricos de seguranga devem ser do tipo corrente inerte € devem demonstrar uma grande confiabilidade. Eles devem ser construidos de modo que qualquer falha (quebra de condutor, aterramento, contato com outros circuites elétricos) pare a operacao e impeca a pariida, interrompendo seu respectivo circutto elétrico de seguranca. 9.2.3 Todos os cabos de ago, condutores etc. suportados pelas torres, com excecao do cabo de tra¢do-sustentacao, devem ser supervisionados usando circuitos elétricos de seguranga para indicar rompimentos, aterramento acidental ou contatos entre condutores diferentes. 9.2.4 A funcionalidade dos circuitos elétricos de seguranga ndo pode ser comprometida por dispo- sitivos de telefonia e sinalizagao (ver 4.7.3). 9.2.8 Apés ser paralisado pelo circuito elétrico de seguranca, o reinicio da operacao sé deve ser Possivel depois do rearme. Isso deve ser feito manualmente a partir do posto de controle. 9.2.6 Para evitar 2 evacuacao dos passageitos por descida direta ao chdo, simples exclusdes dos circuitos de seguranga so permitidas. Nesse caso, a velocidade de funcionamento nao pode exceder 1,5 mis, 8.3. Protecao contra descargas atmosféricas e aterramento 9.3.1 As estagdes devem ser protegidas com sistemas de protecdo contra descargas atmosféricas. 9.3.2 Todas as partes metalicas das estagOes e torres de sutentagao devem ser conectadas a terra, exceto aquelas cujas fungdes exigem que elas permanecam isoladas (por exemplo, cabos telefénicos e de sinalizaggo). Se as condigdes em pontos isolados de aterramento forem desfavoraveis, recomenda-se que os pontos de aterramento sejam unidos. 9.3.3 As partes metalicas dos veiculos no podem ser isoladas eletricamente do cabo de trago- sustentago, 9.3.4 Quando estiver fora de operagdo, 0 cabo de trago-sustentagdo deve ser aterrado em pelo menos uma das estagdes. 8.3.5 As estruturas seguintes devem ser protegidas contra descargas atmosféricas: a) circuitos elétricos de seguranga e circuitos de controle remoto, bem como conextes telefonicas; b) equipamentos elétricos que afetam os circuitos de seguranca; ©) equipamentos elétricos no sistema de acionamento. 8.3.6 E necessario assegurar que, no caso de aumento de tensao (por exemplo, em consequéncia da interferéncia da instalacdo de altatensdo, propagagéo de sobre tensées ao longo dos cabos de ago, etc.), tensées induzidas ou de contato inadmissiveis ndo ocorram. 18 CABNT 2019 Todos os diccitos eservados ABNT NBR 16333:2019 10 Operacdo e manutengao 10.1 Condigées basicas para operacao 10.1.1 Antes do inicio da primeira operagao para o publico, a instalagao do teleférico deve ser aprovada pela autoridade competente. 10.1.2 Mudangas ou restruturacao sé podem ocorrer com a permissao da autoridade competente. 10.1.3 A empresa que opera 0 teleférico deve ter um responsvel técnico legalmente habilitado que deve coordenar a operacao e a manutencdo e garantir o estado de funcionamento do sistema. Na auséncia do responsavel técnico, estas responsabilidades sao transferidas para seu substituto, © qual deve também possuir qualficagSes adequadas. 10.1.4 A empresa, juntamente com o responsavel técnico, deve estabelecer regras adequadas de operagdo, definindo as responsabilidades dos funcionarios e as condicées para o transporte dos passageiros. 10.1.5 Os fabricantes do sistema teleférico devem disponibilzar as instrucdes necessérias para operar e manté-las em portugués. 10.1.6 O responsavel técnico deve ser provide da documentaco técnica do sistema necessaria para realizar suas tarefas. 10.1.7 O responsavel técnico é encarregado pela selecao e treinamento da equipe. 10.1.8 O responsavel técnico deve manter atualizado 0 didrio de operagéo da instalagéo ou checalo, 10.2 Operacdo do sistema 10,21 A abertura didria do servigo s6 pode ocorrer se 0 responsavel técnico ou seu substituto estiver presente e se 0 pessoal necessario estiver pronto para o trabalho. 10.2.2 Antes de iniciar a operagdo didria, uma verificacéiodeve ser feita sobre o estado dos sistemas de desaceleracao e parada, bem como sobre os sistemas de comunicacao, de sinalizacdo, de seguranca 0 sistema de tensionamento. Uma verificagao deve ainda ser feita para assegurar que as plataformas de embarque e desembarque podem ser usadas e esto em estado de operacdo adequado 10.2.3 Um teste deve ser realizado antes do inicio da operagao diria, Durante esse teste, verificagdes. devem ser realizadas sobre se: a) as folgas minimas esto conforme 4.2; b) a posi¢ao do cabo de tragdo-sustentacao e a rotagdo das roldanas nas torres de sustentag3o ‘so normais ¢ se nao hd ruidos anormais. 10.2.4 A instalagao do teleférico so pode ser colocada em servico de passageiros com a anuéncia das estagées. 10.2.5 Os funcionarics da estagao devem observar os passageiros durante 0 embarque e o desem- barque e prestar assisténcia quando for necesséri 10.26 Cargas so podem ser transportadas em veiculos destinados a passageiros se a) 0 peso néo exceder a carga util permitida; © ABNT2019- Todos 0s direos reservados 19 ABNT NBR 16333:2019 b) 0 espago tomado pela carga for compativel com as folgas, ©) carga for convenientemente protegida contra quedas. O transporte de bens s6 deve ser permitido se os passageiros nao forem indevidamerte prejudicados pelas paradas necessdras para carga e descarga. 10.2.7 Quando as operacées de transporte precisarem ser realizadas no escuro, as estacdes eas torres devem ser iluminadas. 10.2.8 Sempre que um vento transversal fizer os veiculos balancarem de forma intoleravel, a operacdo do sistema deve ser interrompida temporariamente. Uma medida semelhante deve ser tomada na chegada de uma tempestade, ou sempre que houver temor pela seguranca da instalagao. 10.2.9 Se a operacao do sistema for interrompida por dispositivos de seguranga ou por problemas técnicos, a causa deve ser elminadae uma verificagao deve ser realizada para garantiro funcionamento normal. 10.2.10 No caso de operago anormal (por exemplo, parada prolongada do sistema, funcionamento em reverso, evacuagao, recuperagao), os passageiros que se encontrarem ao longo da linha devem ser tranquilizados e informados sobre a medida a ser tomada. 10.2.11 Se uma falha nao puder ser eliminada dentro de um periodo aceitavel para os passageiros que se encontrarem na linha, e se n&o for possivel pdr o teleférico em movimento, a evacuacao dos passageiros deve ser realizada, de acordo com a ABNT NBR 16103, A supervisdo do trabalho de evacuagao fica a cargo do responsavel técnico ou seu substituto. A evacuagao prossegue de acordo com o plano de evacuagao, 10.2.12 Antes de finalizar a operacao didria, deve-se realizar meio ciclo tendo como base uma cabine de referencia para certificar-se de que todos os passageiros foram desembarcades, 10.3 Manutengao 10.3.1 Uma cuidadosa verificagdo de toda a instalac&o do teleférico (revisdo geral) deve ser realizada uma vez a0 ano, seguindo as instrugdes do fabricante, Uma vez completa a checagem geral, © resporsavel técnico deve assegurar-se da seguranca da operagdo da instalagao do teleférico por meio de checagens funcionais, ensaios e testes de frenagem. 10.3.2 Enquanto 0 servigo de manutengdo, as verificagdes funcionais, os ensaios e os testes de frenagem estiverem sendo realizados, nenhum passageiro deve ser transportado. 10.3.3 As seguintes verificagdes e testes devem ser realizados ao menos uma vez ao més a) _vistoria da linha, nas torres de sustentagao e balancins; b) vistoria do estado dos cabos de aco, incluindo estruturas de fixagao (inspego visual, com a insta- lagao estacionaria ou se movendo em baixa velocidade); ©) _verificago da eficiéncia do acionamento de emergéncia (teste sem carga); d)_vistoria do funcionamento do sistema de tensionamento (observagao durante o funcionamento); €) estado dos veiculos (inspecéo visual). 20 (CABNT 2019 Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 16333:2019 10.3.4 Uma verificaco sem carga do funcionamento do freio de servico deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. 10.3.6 Recomenda-se que um veiculo especial, adequado para deslocar funciondrios © meteriais para a manutencdo das torres de sustentacdo e balancins, esteja disponivel. Esse veiculo deve ser projetado para permitir a saida facil nas torres de sustentagdo. Cartazes de aviso devem ser afixados ao proprio veiculo. 10.3.6 O cabo de ago de tragéo-sustentagao deve ser inspecionado por um especialista a cada quatro anos, usando um método de ensaio nao destrutivo (magneto indutivo). Se o estado do cabo de ago ‘exigir, 0 ensaio acima deve ser antecipado. 10.3.7 As pingas devem ser deslocadas cerca de 50 cm aps no maximo 250 horas de operacdo. Elas nao podem ser utilzadas em extensées onde os terminais do empalme do cabo tenha sido realizada. Quando as pincas tiverem sido deslocadas, isso deve ser mostrado por verificacées de amostras que a resistencia ao deslizamento existe, conforme 8.4. 10.3.8 O responsavel técnico deve preparar avisos por escrito sobre todas as acdes realizadas, considerando a manutengao do sistema, 10.3.9 Cada pinca deve ser ensaiada por um especialista ou empresa certificada a cada dois anos, usando um método de ensaio nao destrutivo. Se 0 estado do pinga exigir, este ensaio deve ser antecipado, ©@ABNT 2018- Totos 0s dretos reservados 21

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