Somos células de um mesmo corpo! Cada um de nós é parte integrada na
Humanidade... Se este grande corpo adoece, cada parte se ressente do mesmo adoecimento. E quando uma parte, um órgão ou um povo, manifesta mais fortemente o desequilíbrio,apenas tenta preservar a integridade do Ser. No corpo do Ser que é o planeta Terra, povos e indivíduos são órgãos e células para o usofruto e aprendizado da Vida. Ao adoecer, uma febre antes gera dores em todo o corpo. A guerra, como um vulcão ou um furúnculo, purga a violência que latejava! É violenta a fé fundamentalista que admite ditaduras; mas é tão violenta quanto a ditadura da cultura de consumo, da força bélica e financeira! Essas duas forças tentam forjar supremacias, buscam hegemonia, domínio e exclusão das diferenças... Ainda é a vigência da “lei do mais forte”. Até quando? A Homeopatia vê o mundo, o Humano e a vida por outro prisma. Não é mais tempo de supremacia de contrários. Não é mais tempo de excluir para viver uma paz aparente. Um Homem se cura ao encontrar seu Semelhante, um espelho para a autopercepção e conhecimento. A saúde se faz quando ele preserva e cultiva o que lhe é característico e pessoal. Aquilo que se mostra diferente e peculiar seduz e alimenta o desejo do encontro e de partilha, para a evolução e aprimoramento mútuos. Mas dentro de nós, forças de hegemonia e de domínio também se debatem. Como partes da Humanidade, também não encontramos ainda a Paz verdadeira, a Paz que garante o respeito às transformações e à evolução. Vivemos ainda os anseios de fazer predominar a nossa verdade. Cultuamos um fundamentalismo auto-afirmativo que julga o próprio valor sempre maior e melhor que o valor do outro... e ambos serão sempre e apenas uma parcela da verdade. Não há saúde ou felicidade quando a afirmação pessoal se faz pelo uso da força, seja ela qual for, seja no plano pessoal ou no corpo da Humanidade! Hegemonia não é paz! Suprimir sintomas não cura! O que se cala pela força, apenas hiberna; e retorna amanhã em erupção. Se a diferença não é respeitada, se manifesta depois não apenas como força, mas como violência! O desrespeito às diferenças invalida e banaliza a vida. O “pequeno” Bush e o “grande” Saddam, ou vice-versa, continuam a jogar o “11 de Setembro”. São as caricaturas nas faces da mesma moeda com que se joga o jogo do poder, que derruba torres, mesquitas, história e vidas! É a nossa hora de sair da brincadeira...a hora de reencontrar a tolerância e o respeito, de valorizar a Paz e a Vida, de enfim ouvir o convite ao aprendizado do Amor e da Fraternidade entre os Homens, palavras do Mestre Jesus e do Mestre Maomé, filhos das mesmas terras onde hoje purgam as falsas verdades.