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O que está afetando a produtividade na operação?

A tecnologia pode ajudar a localizar as ineficiências e identificar as oportunidades de melhoria

No setor de mineração atual, as empresas estão sempre procurando novas maneiras de reduzir custos e
melhorar o resultado final. Ao longo dos últimos anos, as empresas de mineração observaram mais
atentamente as operações e descobriram formas de trabalhar com mais eficiência para manter a
lucratividade das operações.

Uma das maneiras mais impactantes de atingir essa meta é aumentando a produtividade de máquinas,
processos e pessoas. E superar esses desafios usando a tecnologia. As tecnologias atuais podem ajudar
as minas na melhoria da utilização do equipamento, no aprimoramento das habilidades do operador e
no aumento do retorno sobre o investimento — todos fatores que contribuem para a produtividade e a
lucratividade.

Maximização do retorno sobre o investimento

Como o setor de mineração descobriu recentemente, cíclico nem sempre significa previsível. As minas
atuais se concentram em ser enxutas e obter o máximo dos mesmos recursos de capital. Ficaram para
trás os dias de desperdício de dinheiro em um processo até a produtividade aumentar — uma
abordagem que acaba elevando os custos a longo prazo. Em vez disso, o setor está tentando fazer os
ativos existentes trabalharem de maneira mais inteligente para reduzir os custos gerais de produção.
Cada dólar investido deve apresentar retornos, e eles costumam ser esperados em um curto prazo.

“As grandes empresas de mineração estão mudando o foco para usar todos os ativos em potencial
máximo, alocando estrategicamente as reservas de capital para manter a confiança do investidor”,
afirma Randy Schoepke, consultor de Soluções Compatíveis com Tecnologia de Mineração da Caterpillar.
“Tem havido uma rotatividade significativa na alta gerência de muitas das grandes empresas de
mineração à medida em que se reestruturam para se adequar a essa nova abordagem.”

Para ter uma ideia melhor do tipo de retorno que os clientes esperam ver, Schoepke ilustra a situação
de um cliente real da Caterpillar. “Colaboramos com uma empresa na América Latina para reduzir o
custo de operações de perfuração. Trabalhando com o cliente e o revendedor Cat local, ajudamos em
um teste do Cat® MineStar™ Terrain for drilling, demonstrando a importância da tecnologia e o impacto
sobre a produtividade”, diz.

Durante o teste de dois meses, essa empresa obteve um aumento de 30% na utilização da máquina. “O
Terrain permitiu que as perfuratrizes operassem durante a noite, abrindo um turno inteiramente novo”,
disse Schoepke. ”A orientação substituiu a necessidade de pesquisar antes de dispor o padrão da
perfuratriz, o que era impossível até então por causa de restrições de pesquisa no turno da noite.”
A precisão da profundidade também aumentou, o que resultou em uma redução de aproximadamente
5% no custo por furo quando integrada à eliminação das fontes de pesquisa. Outras vantagens desse
sistema ainda precisam ser quantificadas: custos reduzidos de consumíveis, o efeito da fragmentação
melhorada sobre operações posteriores, os custos de pesquisas reduzidos e muito mais. Além disso, o
aumento de 30% na utilização durante a noite pode compensar facilmente a decisão de comprar uma
outra perfuratriz no futuro.

Com base exclusivamente nas economias de custo inicial, a empresa determinou que o sistema se
pagaria em apenas 18 meses. “Deste momento em diante, tudo é redução de custo contínua direta — e
um ROI sólido”, disse Schoepke, que prevê bons resultados contínuos, à medida que mais informações
forem disponibilizadas.

Aumento da utilização do equipamento

O uso eficiente do equipamentos de mineração existente pode ajudar os locais no aumento rápido da
produtividade e na redução dos custos. A primeira etapa do cumprimento dessa meta é entender como
o tempo de uma máquina é usado durante um turno a fim de medir e aumentar a produtividade. Um
modo de tempo pode ajudar as operações a compreender melhor o detalhamento do uso eficaz da
máquina e do tempo de inatividade.

Schoepke compartilha outro exemplo real: uma mina de ouro subterrânea no Canadá que pediu ajuda à
Caterpillar para aproveitar a tecnologia a fim de melhorar a utilização e a disponibilidade do
equipamento. O projeto identificou rapidamente algumas áreas-chave para melhoria imediata, como
tempo de ciclo, troca de turno, tempo de fumaça (o tempo necessário para voltar ao trabalho depois de
uma explosão) e eventos de manutenção induzidos pelo operador.

“Avaliamos os ciclos e os processos para encontrar áreas onde os tempos de ciclo poderiam ser
reduzidos”, disse Schoepke. A mina é uma aplicação de inclinação aberta e se gasta bastante tempo na
transição entre as operações tripulada e remota. “Descobrimos que, eliminando essas transições,
podemos melhorar os tempos de ciclo em 35%.”

A tecnologia também gerou uma oportunidade para reduzir o tempo perdido para troca de turno.
“Podíamos cortar facilmente esse tempo de duas horas pela metade ao mesmo tempo em que dávamos
tempo para uma inspeção geral da máquina realizada por outra pessoa no subterrâneo.”

A realocação do operador também resolveria o problema do tempo de inatividade após explosões.


“Como o tempo de inatividade por causa da qualidade do ar não é uma limitação da máquina,
propusemos colocar uma máquina para trabalhar remotamente”, disse Schoepke. “Sem operador
presente, uma máquina pode entrar em uma zona de explosão assim que a poeira abaixar, cortando o
tempo de inatividade pela metade.”

O projeto também descobriu que a tecnologia poderia ajudar a reduzir o tempo de inatividade de
eventos de manutenção induzidos por operador.
As melhorias recomendadas para esse local agregam até 272 toneladas métricas (300 toneladas) de
material por máquina diariamente em produção para essa mina de ouro subterrânea.

Schoepke lembra uma oportunidade semelhante com um cliente australiano que também estava
tentando melhorar a utilização da frota de transporte. A equipe usou uma amostra de um mês de dados
para estabelecer uma linha de base de desempenho. Na fase um do projeto proposto, a equipe se
concentrou em aumentar a eficácia da frota de transporte em operação — sem todo o tempo de
retardo incluído. Reconhecendo a oportunidade para algumas mudanças rápidas e fáceis que poderiam
aumentar significativamente a produtividade, o local estabeleceu uma meta de 20% acima da linha de
base para a melhoria por hora agendada/revisão simples.

“Havia claramente muito tempo não produtivo no ciclo do caminhão”, disse Schoepke. “Ao se
concentrar nos tempos de suspensão, enfileiramento e percurso vazio, ao mesmo tempo em que
aumentava o tempo de percurso carregado, a equipe excedeu a meta de 20% e proporcionou a
melhoria máxima em um pouco mais de 26%.”

Uma vez concluída essa fase, a equipe passou ao tempo de retardo. O nivelamento das primeiras e das
últimas toneladas com o aumento de 20 a 50% contribuiu para uma melhoria geral de mais 5% ao longo
de todo o turno.

“Este projeto é um bom exemplo de como o cliente, o revendedor — a WesTrac, no caso — e a


Caterpilllar se juntaram para usar o gerenciamento de alterações com algumas das melhores práticas
para acabar com essa meta de produtividade de 20%”, disse Schoepke. “Com o gerenciamento de ativo
de alterações situacionais, os clientes mostraram que não só podem sustentar esse progresso, mas
também continuar aumentando a produtividade, mesmo depois da equipe deixar o local.”

Aprimoramento das qualificações do operador

Não há argumento de que os dados sejam essenciais para tomar decisões práticas. Além de ajudar os
locais na compreensão do desempenho da máquina, esses dados também podem ser usados para
identificar quando o desempenho de um operador está afetando o resultado final.

O desempenho do operador costuma ser medido avaliando-se itens sobre as quais os operadores têm
controle e, em seguida, fazendo comentários para ajudá-los a melhorar nessas atividades. Jim Long,
gerente de monitoramento e controle de minas da Cloud Peak Energy, diz que a organização costuma
aprender mais com um turno bom do que com um ruim.

“Normalmente, quando temos um turno ruim é por causa de alguma origem externa — equipamento
inativo, clima, coisas que simplesmente não são controláveis”, diz Long. “Mas, quando tem um turno
bom, você precisa acabar se perguntando: 'qual foi a causa? Qual foi o efeito? O que fiz certo hoje?'”.

Long reforça a importância de ter dados para identificar a necessidade de melhorias. “Ninguém gosta de
ouvir que tem um mau desempenho, mas todo mundo quer apresentar um desempenho melhor”, ele
diz. “É importante compartilhar para que eles possam melhorar. Às vezes, eles só precisam de algum
treinamento. Em outras, eles só precisam aumentar o desempenho. Mas eles não podem corrigir aquilo
que desconhecem.”
Schoepke diz que é importante lembrar que os comentários sobre o desempenho jamais devem ser uma
experiência estritamente negativa. Dados sobre o desempenho do operador também identificarão
situações em que eles se saem excepcionalmente bem. Os gestores são incentivados a compartilhar
esses comentários para aumentar o moral dos funcionários e fazer os operadores melhorarem ainda
mais.

Melhorar o desempenho do operador é um desafio que vale a pena tentar, pois os operadores podem
ter um impacto significativo na produtividade. Um estudo sobre carga útil para carga útil alvo de uma
mina de minério de ferro na Austrália mostrou claramente uma oportunidade de treinamento do
operador de escavadeira para melhorar a precisão da carga útil. “Os operadores foram treinados no
enchimento da caçamba e no uso correto das informações de bordo disponíveis”, disse Schoepke. “A
configuração da janela de histograma da caçamba deu aos operadores visibilidade para os pesos da
caçamba em relação aos pesos desejados.”

Os resultados foram significativos. Simplesmente fechando a curva de carga útil em 6%, usando as
informações do treinamento e de bordo, o cliente conseguiu mover 146.000 toneladas métricas
(161.000 toneladas) a mais por mês.

“Contar com operadores especialistas que aprimoraram as qualificações significa que você tem
funcionários mais valiosos que podem treinar outros operadores e têm credibilidade junto aos colegas”,
disse Schoepke.

Coletar informações é só o começo

Uma das coisas mais importantes a serem lembradas na avaliação das operações é a importância das
informações. “É difícil melhorar o que você não consegue efetivamente medir”, disse Schoepke. “Os
dados desempenham um papel fundamental ao nos ajudar a entender tudo, desde o desempenho até a
utilização, passando pela qualificação do operador.”

Porém, os dados são apenas parte da solução. “Temos muitos clientes com muitos dados e que estão
lutando para transformá-los em informações significativas e insights para tomar decisões efetivas. É
onde a experiência entra. Aproveitando o conhecimento e a experiência de funcionários e revendedores
trabalhando em todos os tipos de aplicações em todo o mundo, estamos mais bem preparados para
ajudar você a usar tecnologias para transformar os dados em um plano concreto de melhoria.”

Fonte: http://viewpointmining.com/article/whats-impacting-productivity-in-your-operation-pt

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