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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA B

TRANSFORMADORES

JOSÉ JOAQUIM B. A. R. DE OLIVEIRA


(201700119420)
RAFAEL MELO LOURENÇO
(201120001490)
RAYANE MENEZES DE SOUZA
(201500406567)

ARACAJU - SERGIPE
2018
JOSÉ JOAQUIM BANDEIRA ALMEIDA RODRIGUES DE OLIVEIRA
RAFAEL MELO LOURENÇO
RAYANE DE MENEZES DE SOUZA

TRANSFORMADORES

Relatório apresentado como parte dos


critérios de avaliação da disciplina
FISI0153 – LABORATÓRIO DE FÍSICA
B.

Professora: Márcia Regina Pereira Atite

ARACAJU - SERGIPE
2018
.3

1 METODOLOGIA

Transformadores são equipamentos com a função de transformar energia


elétrica de um determinado nível de tensão para outro nível de tensão através da ação de
um campo magnético. É um dispositivo constituído de duas bobinas enroladas em um
núcleo ferromagnético (Figura 1), sem que estas bobinas estejam em contato.

Figura 1 – Esquematização de um transformador.


Fonte: https://goo.gl/vuJy12

O enrolamento no qual a fonte de tensão está conectada, é chamado de


enrolamento primário, e aqui será representado pelo “p” subscrito, enquanto o segundo
enrolamento (o qual não recebe nenhuma fonte de tensão) é chamado de enrolamento
secundário, aqui representado pelo subscrito “s”.

Adotando a suposição que as linhas de campo magnético estejam confinadas


ao núcleo ferromagnético e desprezando a resistência, é possível calcular as forças
eletromotrizes dos enrolamentos primário e secundário conforme a equação 1.

𝑑Φ
𝜀 = −𝑁 (eq. 1)
𝑑𝑡

Sabendo então que o fluxo magnético por espira é o mesmo no primário e


secundário, é possível obter a equação 2.
.4

𝜀𝑆 𝑁𝑆
= (eq. 2)
𝜀𝑃 𝑁𝑃

Ciente de que as forças eletromotrizes (𝜀) oscilam com a mesma frequência da


fonte alternada, é possível então associar a tensão do primário (𝑉𝑃 ) com a do secundário
(𝑉𝑠 ), obtendo então a equação 3.

𝑉𝑆 𝑁𝑆
= (eq. 3)
𝑉𝑃 𝑁𝑃

O experimento realizado foi dividido em três partes, sendo a primeira com o


estudo da influência na variação da tensão no enrolamento primário com a tensão no
enrolamento secundário. Para isso, fixou-se o número de espiras primárias e
secundárias, e variou-se a tensão da fonte em intervalos regulares, medindo sempre a
tensão nas duas espiras, com o auxílio de um voltímetro em cada uma delas.

Na segunda parte, deseja estudar a dependência da tensão induzida no primário


com o número de espiras, ou seja, fixando o número de espiras primárias e fixando a
tensão da fonte, trocou-se de enrolamentos várias vezes, de forma a variar o número de
espiras no enrolamento secundário.

Finalmente, na terceira parte, desejava-se verificar a dependência do número


de espiras com a tensão na bobina primária. Para isso, fixou-se o número de espiras no
primário e a tensão aplicada pela fonte, e variou-se o número de espiras no secundário.

2 RESULTADOS E DISCUSSÕES

2.1 Parte 1

Fixando o número de espiras da bobina primária em 900 voltas, e da bobina


secundária em 300 voltas, aumentou-se gradativamente a tensão da fonte, e mediu-se a
tensão nas bobinas primária e secundária conforme exibe a tabela 1.
.5

Tabela 1 – Medidas de tensão verificadas experimentalmente

𝑉𝑷 Medida (V) 𝝈𝒃 (V) 𝑽𝑺 Medida (V) 𝝈𝒃 (V)


1,010 0,001 0,252 0,001
1,999 0,001 0,532 0,001
2,94 0,01 0,825 0,001
4,05 0,01 1,160 0,001
5,02 0,01 1,466 0,001
5,94 0,01 1,748 0,001
7,06 0,01 2,06 0,01
7,98 0,01 2,35 0,01
9,04 0,01 2,68 0,01
10,03 0,01 3,00 0,01

Com os dados em mãos, foi possível elaborar a curva de ajuste dos pontos de
𝜀𝑆 em função de 𝜀𝑃 (figura 2), e obter os seus respectivos parâmetros (figura 3).

Figura 2 – Curva de ajuste de 𝑉𝑆 em função de 𝑉𝑃 .


.6

Figura 3 – Recorte de tela com os parâmetros de ajuste.

De acordo com a equação 3, um ajuste realizado para a curva de 𝑉𝑆 em função


𝑁𝑆
de 𝜀𝑃 fornece um coeficiente angular equivalente a , conforme mostra a equação 4, e
𝑁𝑃

torna possível comparar com o valor teórico, obtendo então o erro relativo.

𝑁𝑆
𝑉𝑆 = ( )𝑉 (eq. 4)
𝑁𝑃 𝑃

𝑁𝑆
( ) = 0,30 ± 1,31x10−3 (eq. 5)
𝑁𝑃 𝑒𝑥𝑝

𝑁𝑆 1
( ) = ≈ 0,33 (eq. 6)
𝑁𝑃 𝑡𝑒𝑜𝑟 3

𝐸𝑟𝑟𝑜 = 9,09% (eq. 7)

2.2 Parte 2

Para a segunda parte do experimento, fixou-se o número de espiras em 300, a


tensão aplicada em 5,0V e variou-se o número de espiras em função da tensão medida
na bobina secundária. Os dados obtidos experimentalmente estão dispostos na Tabela 2.

Tabela 2 – Dados verificados experimentalmente para a segunda parte do experimento

𝒏𝑺 𝑉𝑷 Medida (V) 𝝈𝒃 (V) 𝑉𝑺 Medida (V) 𝝈𝒃 (V)


75 5,04 0,01 1,156 0,001
150 5,04 0,01 2,30 0,01
300 5,05 0,01 4,63 0,01
600 5,06 0,01 9,25 0,01
.7

Diante destes dados, elaborou-se uma curva da variação da tensão em função


do número de espiras no enrolamento secundário, conforme exibe a figura 4, gerando os
parâmetros expostos na figura 5.

Figura 4 – Curva de ajuste de 𝑉𝑆 em função de 𝑁𝑆 .

Figura 5 – Recorte de tela com os parâmetros de ajuste.

De acordo com a equação 3, um ajuste realizado para a curva de 𝑉𝑆 em função


𝑉𝑃
de 𝜀𝑃 fornece um coeficiente angular equivalente a 𝑁𝑃
, conforme mostra a equação 8, e

torna possível comparar com o valor teórico, obtendo então o erro associado.
.8

𝑉𝑃
𝑉𝑆 = ( )𝑁 (eq. 8)
𝑁𝑃 𝑆

𝑉𝑃
( ) = 0,016 ± 2,994x10−4 𝑉 (eq. 9)
𝑁𝑃 𝑒𝑥𝑝

𝑉𝑃 500
( ) = = 0,016 V (eq. 10)
𝑁𝑃 𝑡𝑒𝑜𝑟 3

𝐸𝑟𝑟𝑜 = 0% (eq. 11)

2.3 Parte 3

Como última análise foi estudada a dependência da tensão induzida no


enrolamento secundário com o número de espiras no primário. Fixou-se então o número
de espiras na bobina secundária em 300 voltas, e a tensão na bobina primária o mais
próximo possível de 5,0V, variando assim o número de espiras no secundário, e
medindo a tensão induzida no mesmo. Os dados foram observados e expostos conforme
a Tabela 3.

Tabela 3 – Dados verificados experimentalmente para a terceira parte do experimento

𝒏𝑷 𝜺𝑷 Medida (V) 𝝈𝒃 (V) 𝜺𝑺 Medida (V) 𝝈𝒃 (V)


75 5,05 0,01 19,20 0,01
150 5,05 0,01 9,36 0,01
300 5,04 0,01 4,62 0,01
600 5,02 0,01 2,22 0,01
900 5,03 0,01 1,489 0,001
1200 5,03 0,01 1,095 0,001

É possível então observar que, conforme o rearranjo da equação 3, podemos


representar VS em função de NP conforme mostra a equação 12.

1
𝑉𝑆 = (𝑉𝑃 𝑁𝑆 ) (eq. 12)
𝑁𝑃

Diante disso, elabora-se uma curva com ajuste para y=k/x, conforme a figura 6,
gerando o parâmetro 𝑘 = 𝑉𝑃 𝑁𝑆 , conforme exibe o recorte de tela da figura 7.
.9

Figura 6 – Ajuste para a terceira parte do experimento

Figura 7 - Recorte de tela com os parâmetros de ajuste

Diante dos parâmetros gerados pelo ajuste, obtêm-se o valor experimental de


𝑉𝑃 𝑁𝑆 , permitindo então uma comparação com o valor teórico e o erro associado
(equações 13-15).

(𝑉𝑃 𝑁𝑆 )𝑒𝑥𝑝 = (1428,6 ± 9,8) V (eq. 13)

(𝑉𝑃 𝑁𝑆 )𝑡𝑒𝑜𝑟 = 1500 V (eq. 14)

𝐸𝑟𝑟𝑜 = 4,76% (eq. 15)


.10

3 CONCLUSÃO
.11

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Transformadores. Material de Laboratório de Física B 2017.2


Disponível em <http://dfi.ufs.br/uploads/page_attach/path/2851/Transformadores_20171.pdf>
Acesso em 08 fev 2018.

HALLIDAY, RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, Vol. 3, 8ª Edição, LTC,


2009.

SALLES, Maurício. Transformadores I


Disponível em: <https://goo.gl/vuJy12>
Acesso em 08 fev 2018.

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