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FACULDADE BOA VIAGEM

CURSO DE DIREITO

PROFª WANDA CARDOSO

LÍNGUA PORTUGUESA
( 1ª Unidade )

Recife

2015
1. O HOMEM, A LINGUAGEM E A COMUNICAÇÃO

Desde os primórdios, o homem sempre quis se comunicar, a fim de compartilhar seus


pensamentos, ideias e experiências de mundo. A aquisição da capacidade de transmitir uma
determinada mensagem e ser compreendido pelo seu interlocutor tornou-se uma espécie de busca
incansável do indivíduo através dos tempos, e, por esse motivo, o homem está sempre desenvolvendo
novas formas de comunicação.

Há vários meios eficazes para a veiculação de uma mensagem, no entanto, sem dúvida alguma,
a linguagem humana se sobrepõe a qualquer outro meio de comunicação. Entende-se por comunicação
o ato de tornar algum acontecimento comum a outras pessoas.

Comunicação pressupõe comunidade. A comunidade é composta por indivíduos que se


comunicam entre si, usando o mesmo código, isto é, o mesmo sistema convencional de palavras. Não
haverá comunidade, se não houver comunicação ou entendimento entre as pessoas que compõem
aquela mesma comunidade. Se não houver comunicação entre os integrantes de uma mesma
comunidade, existirá apenas um grupo de pessoas reunidas, uma vez que elas não se entendem. Não
se pode afirmar que existe interação social entre essas pessoas, exatamente, porque elas não se
entendem.

A comunicação é considerada um ato praticado entre os indivíduos que usam os mesmos signos
linguísticos, ou seja, as mesmas palavras, cuja finalidade é transmitir uma determinada mensagem.
Quem se comunica, age.

A comunicação representa um importante processo social, permitindo o relacionamento de


qualquer grupo ou sociedade, recebe influências do meio físico, absorve traços culturais e psicológicos
de grupos humanos. Não obstante o desenvolvimento dos meios de comunicação, com os aparatos
tecnológicos viáveis nas mídias, sonoro e visual, a linguagem verbal é uma das mais utilizadas como
meio de comunicação entre os indivíduos, representando-a individualmente ou reunidas em grupos ou
classes.

É através da linguagem que se expressam ideias, sentimentos e comportamentos. Seja qual for
o tipo de linguagem – verbal (oral ou escrita), não-verbal (expressão facial, postura, aparência), mímica,
imagens etc. – ela reúne um conjunto de códigos do qual o emissor (interlocutor 1) se comunica com o
receptor ( interlocutor 2). O receptor efetiva a comunicação ao decodificar a mensagem. Dessa forma, no
processo tem-se um receptor que recebe a mensagem, um emissor que a emite e um canal de
comunicação, que é o meio físico através do qual ela é transmitida. Para que exista a mensagem é
preciso um tema, isto é, um motivo, que é a própria razão da comunicação.

A linguagem oral, por sua natureza, é efêmera e se perde no tempo com facilidade. Daí ser a
escrita um meio de expressão e de comunicação entre os seres humanos responsável pelo
levantamento da história de antigas civilizações que a utilizavam.

Os povos da Mesopotâmia foram os primeiros a se comunicar através de sinais e símbolos


encontrados nas cavernas que datam de 3.500 a.C. Os egípcios, igualmente, deixaram em túmulos de
seus reis e nobres, símbolos no ano 3.000 a.C. através dos quais se levantou a história dessa
desenvolvida civilização. Na Índia, as gravações datam de 2.500 a.C. O primeiro alfabeto surgiu em
Canaã, no ano de 1.400 a.C., dando origem aos alfabetos aramaico, hebreu, grego e, posteriormente,
latino.

Alguns povos simplificaram sua escrita. Outros conservaram ideogramas e pictogramas. Alguns
absorveram o alfabeto já existente em grupos sociais e o adaptaram, como é o caso dos coreanos.

Sabe-se que palavras e conjuntos de sinais utilizados pelo ser humano em sua comunicação
mudam de significado com o passar do tempo e, enquanto palavras caem em desuso, surgem outras
novas. Para tanto, contribuem as transformações sociais. O sentido das palavras varia, também dentro
do texto.
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A linguagem adotada na escrita dependerá de vários fatores, bem como do tipo de redação.
Enquanto na redação literária se emprega uma forma mais livre de escrever, na técnica e especializada
existem manuais e regras específicas. Dessa forma, um diálogo entre advogados não pode ser o mesmo
que o verificado entre dois caboclos, dois operários ou duas crianças. Assim, costuma-se distinguir a
linguagem em coloquial ou afetuosa, regional e culta ou formal. Isso não significa que um nível é superior
ao outro. Existe a liberdade linguística, mas o sucesso de quem escreve está na objetividade e clareza
que permitem a comunicação com o maior número possível de receptores.

De acordo com o texto:

- As pessoas
- O que você está
fazendo? simplesmente não os
- Estou escrevendo o compreendem – Eles são
primeiro relato verdadeiro verdadeiros cordeirinhos.
sobre os vikings.
- São mesmo?

- Você já viu uma cena mais


tranquila?
- Eu estou convencido de
que os vikings têm uma
reputação muito injusta!

- Olhe só o Hagar
recostado - Como alguém poderia
tranquilamente na sua chamar um homem com um
casinha – um retrato de sorriso como aquele de
repouso digno. “Horrível”?

- Você já viu um sorriso mais


pacífico, satisfeito?

- Não, desde o “Saque de


Roma”.

O humor do texto de Dik Browne está diretamente atrelado a uma oposição entre a visão do
monge que observa Hagar e sua família e o sonho do próprio Hagar, que revela os verdadeiros
pensamentos e sentimentos do bárbaro.

Para o monge, a personagem, dormindo um sono tranquilo com um sorriso de beatitude nos
lábios, seria prova de que um viking vive em paz com a natureza, mansamente próximo aos seus. No
entanto, nós, leitores dessa história, conhecemos também o sonho da personagem e sabemos que o
sorriso de Hagar advém da lembrança de seu dia a dia e de seu prazer em saquear, atacar, pilhar.

O monge menciona a “reputação injusta” dos vikings, que eles não seriam horríveis, e sim
“verdadeiros cordeirinhos”. O fim da história, porém, apenas reafirma a fama de Hagar e do povo que ele
representa.

Embora se trate de uma história em quadrinhos e, portanto, não tenha pretensão de ser um
retrato fiel da realidade, podemos dizer que o autor aborda uma questão importante e facilmente

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comprovável: cada povo tem sua maneira de ser, de ver o mundo. Cada povo possui seus próprios
valores, suas criações. Cada povo possui sua cultura e uma língua própria para traduzi-la.

Segundo Bosi (1992), “Cultura pressupõe uma consciência grupal operosa e operante que
desentranha da vida presente os planos para o futuro”. E como se desenvolve uma cultura? Vejamos.

1.1. O Homem é um ser social

O homem, como ser social, precisa se comunicar e viver em comunidade, que é onde troca seus
conhecimentos e suas experiências. Estes, por sua vez, irão levá-lo a assimilar e compreender o mundo
em que vive, dando-lhe meios para transformá-lo. Por ser social, o homem se difere dos outros seres
que vivem reunidos pela capacidade de julgar e discernir, estabelecendo regras para a vida em
sociedade. Tal concepção, nascida em A Política, de Aristóteles, implica estabelecer a necessidade de
linguagem para que o homem possa se comunicar com os outros e, juntos, estabelecerem um código de
vida em comum. Então, a linguagem, capacidade comunicativa dos seres, constrói vínculos entre os
homens e possibilita a transmissão de culturas, além de garantir a eficácia dos mecanismos de
funcionamento dos grupos sociais.

Ao acumular as experiências de sua comunidade, o homem vai construindo uma cultura própria que
é transmitida de geração para geração. Para transmitir sua cultura e para suprir a necessidade de buscar
a melhor expressão de suas emoções, suas sensações e seus sentimentos, o homem se viu diante de
certos desafios: um deles foi o de criar e desenvolver uma maneira de comunicar-se com seus
semelhantes.

2. LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL

Existem várias formas de comunicação. Quando o homem se utiliza da palavra, ou seja, na


modalidade oral ou escrita da linguagem, dizemos que ele está utilizando uma linguagem verbal, pois o
código usado é a palavra. Tal código está presente, quando falamos com alguém, quando lemos,
quando escrevemos. A linguagem verbal é a forma de comunicação mais presente em nosso cotidiano.
Mediante a palavra falada ou escrita, expomos aos outros as nossas idéias e pensamentos,
comunicando-nos por meio desse código verbal imprescindível em nossas vidas.

- ela está presente em textos em propagandas;


- em reportagens (jornais, revistas etc.);
- em obras literárias e científicas;
- na comunicação entre as pessoas;
- em discursos (Presidente da República, representantes de classe, candidatos a cargos públicos etc.);
- e em várias outras situações.

Este sinal demonstra que é proibido fumar em um determinado local. A linguagem utilizada é a
não-verbal, pois não utiliza do código "Língua portuguesa" para transmitir que é proibido fumar.

As linguagens não-verbais: Problemas e questões. Analisemos uma página interessante do livro


Comunicação em Língua Portuguesa de Maria Margarida Andrade e João Bosco Medeiros.
Vejam-se, na ilustração, os diferentes significados de um mesmo gesto:

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O autor Roger Axtell enumera também, o segundo artigo publicado na Folha de São Paulo,
algumas atitudes de significação diversa em diferentes países, sob o título: Como não cometer gafes no
exterior. Eis alguns exemplos:

Na Alemanha, apertar mãos com a outra mão no bolso é considerado falta de educação; cortar
batatas ou panquecas com a faca sugere que estão duras. Na China, aponta-se com toda a mão e não
com o dedo indicador. Na Coreia do Sul, não abra um presente logo após recebê-lo, somente mais tarde,
quando estiver sozinho. Na França, formar um círculo com o polegar e o indicador, colocá-lo sobre o
nariz e torcê-lo significa que alguém está bêbado. Na Índia, é falta de educação assobiar em público. Na
Holanda, chupar o polegar significa que alguém está mentindo ou inventando uma história. No Líbano,
lamber o dedo mínimo e depois passá-lo pela sobrancelha indica que alguém é homossexual. Na
Noruega, se quiser deseja boa sorte para um pescador, cuspa para ele. No Peru, bater com o indicador
no meio da testa significa que a outra pessoa é burra. Na Polônia, quem bater de leve com o dedo no
pescoço está convidando seu interlocutor para beber. Na Turquia, considera-se falta de educação cruzar
os braços sobre o peito enquanto se conversa com alguém. No Zaire, se seu anfitrião comer com os
dedos, faça o mesmo, mas use apenas a mão direita (ANDRADE e MEDEIROS, 2006).

As mensagens podem ser verbais (faladas ou escritas) ou não verbais: gestuais, tácteis,
pictóricas ou gráficas. A comunicação não verbal envolve também outros aspectos, de natureza cultural,
psicológica ou emocional, tais como:

a) receber outra pessoa, sentado ou em pé;


b) Estender a mão para apertar ou não estender;
c) Curvar um pouco a cabeça ou a coluna;
d) Ficar mais perto ou mais distante da pessoa com quem se fala;
e) Apresentar-se com sorriso ou ―cara fechada;
f) Demonstrar interesse (ler um papel que lhe é entregue) ou desinteresse (ignorar o papel);
g) Demonstração de nervosismo/insegurança etc. (ou o contrário).

O tipo de linguagem, cujo código não é a palavra, denomina-se linguagem não-verbal, isto é,
usam-se outros códigos (o desenho, a dança, os sons, os gestos, a expressão fisionômica, as cores).

Assim, a comunicação é uma ação intersubjetiva (falante e produtor de um enunciado e outro


falante, chamado interlocutor de quem se espera a escuta e ou uma resposta explícita ou implícita).

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Como se vê, as pessoas são os atores da comunicação. Para os teóricos da Linguística e da
telecomunicação, a comunicação é o fato de uma informação ser transmitida de um ponto a outro
(pessoa ou lugar).

Filosoficamente, a comunicação é uma necessidade humana. Ela é dada como uma resposta à
grande questão da comunidade social.
A comunicação tem seus problemas, tais como:
1. os mal-entendidos;
2. as ambiguidades;
3. as falsas interpretações;
4. As incompreensões (individuais e coletivas).

Assim sendo, a linguagem não-verbal consiste na utilização de imagens, com o intuito de


promover a interação entre sujeitos em um discurso. É importante não fazer a esse tipo de imagem uma
interpretação rígida. Veja a figura abaixo de uma criança com a metade do rosto branca e a outra
metade negra.

Ao associar a imagem (não-verbal) com as indagações (verbal), Quem vai estudar? Quem vai
trabalhar? Quem vai viver? Observa-se que ela oferece duas opções, que segundo reflexões de cunho
racial feitas por toda a sociedade, demonstra a inclinação para a resposta: é a criança branca. Os
valores ideológicos, além das relações de poder, mostram que o branco é quem vai estudar, trabalhar e
viver. Mesmo que não seja essa a sua opinião, é isso que o texto verbal + não-verbal retrata.

2.1. Linguagem Oral e Linguagem Escrita

Em qualquer sociedade, há variações na linguagem. Num primeiro plano, distingue-se a língua


escrita da língua oral, modalidades que respeitam regras diferentes.

Na língua escrita, a expressão é mais formal, já que as ideias são explicitadas e concatenadas,
de sorte a permitir a compreensão, estando ausentes os interlocutores.

Na língua oral, dada a presença dos interlocutores, são frequentes simplificações, omissões e
repetições, resolvidas na situação contextual.

Entretanto, em qualquer dessas modalidades há variações. O grau de formalismo de uma carta


de apresentação não é o mesmo de um bilhete deixado para um amigo, da mesma forma que uma
conversa com o chefe pode ser mais formal que uma conversa com um colega.

Num outro plano, observa-se variação de linguagem entre profissionais de diferentes áreas. O
“discurso” de um advogado difere do “discurso” de um médico, seja pelo vocabulário, seja pelos tipos de
textos produzidos, seja mesmo pela sintaxe empregada. Assim, o discurso do advogado tem
particularidades que definem o jargão da área, ou seja, o conjunto de palavras, de tipos de textos, de
construções que são próprios desse grupo sócio/profissional.

Ainda é preciso notar que há diferentes graus de formalismo. Um profissional pode valer-se de
uma linguagem mais formal, quando apresenta um relatório, por exemplo, e de uma linguagem menos
formal quando transmite informações internas no seu setor de trabalho. São, pois, as circunstâncias
que determinam o grau de formalismo da linguagem.

Por razões políticas e sociais, define-se como língua padrão uma variante mais conservadora e
de prestígio.

Por abranger todas as relações cotidianas do homem, a língua precisa de certos cuidados para
que desempenhe o importante papel da comunicação.

Convém, por isso, notar que entre a língua oral ou falada e a escrita há diferenças bem
acentuadas. Escrever uma história, por mais simples que ela seja, é diferente do ato de contá-la
oralmente. Cada uma dessas modalidades de expressão tem suas características, seus fundamentos,
suas necessidades e suas realizações.

Veja como Jô Soares faz essa distinção com humor:


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Português é Fácil de Aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala.

Pois é. U português é muinto fáciu di aprender, porque é uma língua qui a gente inscrevi exatamente
cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontade di ri quandu a genti descobri cumu é qui si iscrevi
algumas palavras. Im purtuguêis não. É só perstátenção. U alemão pur exemplu. Quê coisa mais doida?
Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto diferente. Qui bom qui a
minha língua é u purtuguêis. Quem soubé falá sabe inscrevê.

Nesse trecho, podemos observar que o humorista tentou uma aproximação entre a língua falada
e a escrita e pôde, até, “copiá-la”; porém, “essa cópia é sempre uma transposição ou uma deformação”*
da fala.

Para melhor entender o assunto, veja algumas das características de cada uma:

LÍNGUA FALADA LÍNGUA ESCRITA


Numa situação de comunicação, a mensagem Numa situação de comunicação, a mensagem é
é transmitida de forma imediata. transmitida de forma não imediata.
Em geral, o emissor e o receptor devem O reconhecer não precisa conhecer de forma
conhecer bem a situação e as circunstâncias direta a situação do emissor nem contexto da
que rodeiam. mensagem.
Se, por qualquer motivo, isso não acontecer,
pode haver problemas de comunicação ou,
simplesmente, não haver mensagem.
A mensagem costuma ser transmitida de forma São empregadas construções mais complexas,
mais breve, notando-se nítida tentativa de mais planejadas, pois se subentende que o
economizar palavras. emissor teve mais tempo para elaborar a
Com a presença de um interlocutor, que pode, mensagem, repensando-a, modificando-a.
a qualquer momento, interromper a conversa, é É, por isso, mais comum o uso de orações mais
comum o emprego de construções mais complexas, subordinadas, que exigem mais
simples, esforço de memória ou de raciocínio.
frases incompletas, com ênfase nas orações
coordenadas, “mais espontâneas e mais livres,
menos reflexivas”.
Há elementos prosódicos, como entonação, Como não é possível, na língua escrita, a
pausa, ritmo e gestos, que enfatizam o utilização dos elementos prosódicos da língua
significado dos vocábulos e das frases. falada, o emprego dos sinais de pontuação tenta
reconstruir alguns desses elementos.

2.2. Variações Linguísticas

Existem várias especulações acerca da palavra ERRO. É comum ouvir expressões, como: “Veja
só como ele fala errado!” “Seus erros de português são imperdoáveis...”. Você concorda com esse tipo
de expressão? Se sua resposta for positiva, realmente precisa rever seus conceitos linguísticos. Para
tanto, é necessário conceber a língua enquanto interação, pois a língua só faz sentido em uso.

Não existe língua que gire em volta de si mesma, temos que ter, como na física, um referencial
de uso; este referencial chama-se registro linguístico (diversas situações de comunicação) e a “língua”
usada para adequar-se aos diversos registros linguísticos será chamada de dialetos.
Observe, a título de exemplo, um surfista, em Maracaípe/PE ( espaço típico de surfistas),
interagindo em meio aos seus amigos, da seguinte maneira: ‘Estão todos bem? Como passaram o final
de semana?”

Então, o que você pensa sobre essa relação discurso & situação comunicativa? O que houve,
efetivamente, foi uma inadequação entre os dois pilares básicos que regem a comunicação, tendo como
base a interação social. O indivíduo não é um ser isolado do mundo, isto é, “representa papéis em

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diversos cenários da vida”, por isso sua “linguagem deve adequar-se às situações para que se possa
realmente interagir socialmente.

O que socialmente não importa em todas as situações de uso? Se esta linguagem está ou não
prevista na gramática normativa, não obstante existir extratos distintos na Norma Culta. A forma de
enunciação prevista na gramática normativa não abrange todas as formas de uso que fazemos na vida,
mas somente pelo fato de estar na gramática, já usufrui de um prestígio inigualável; logo o que não é
Norma Culta, para muitos é erro, desvalorização social/econômica, até porque, segundo Bagno ( 1999),
o preconceito linguístico está atrelado ao preconceito social.

Diz-se que o "brasileiro não sabe Português" e que "Português é muito difícil". Estes são alguns
dos muitos que compõem um preconceito muito presente na cultura brasileira: o linguístico. Tudo por
causa da confusão que se faz entre língua gramática normativa (que não é a língua, mas só uma
descrição parcial dela).

Portanto, não existe erro, e sim, adequação ou inadequação linguística, uma vez que temos que
analisar o conjunto: Língua + Situação de Comunicação.

De acordo com Travaglia (2003), há dois tipos de Variações Linguísticas: os dialetos e os


registros. Os estudos sobre variação linguística registram pelo menos cinco dimensões de variação
dialetal: a territorial ou geográfica, a social, a de idade, a de sexo e a de geração (variação histórica).
Quanto à variação de registro, pode ser classificada em três tipos: grau de formalismo, modo ( oral ou
escrito) e sintonia. Observe o seguinte quadro:

Quadro 1. Variedades linguísticas


Variedades Geográficas Falares regionais ou dialetos
Linguagem urbana X Linguagem rural
Variedades socioculturais Variedades devidas ao falante: dialetos sociais; grau de
escolaridade, profissão, idade, sexo etc.
Variedades devidas à situação: níveis de fala ou registros
(formal/coloquial); tema, ambiente, intimidade ou não entre os
falantes, estado emocional do falante.

Variedades devidas à Situação

O humor da tira a seguir é determinado pelo “excesso de informalidade” por parte do namorado
que acaba de ser apresentado aos pais da garota.

Como uma norma de boa educação, espera-se que a pessoa estranha seja gentil, dirija-se aos
donos da casa com respeito e manifeste alguma cerimônia, como um pedido de licença. Cabe à pessoa
visitada dispensar as formalidades e fazer com que o estranho se sinta bem.

Nesse caso, observe que o namorado nem mesmo cumprimenta a garota e se dirige aos pais
dela com tanta grosseria que Hagar toma uma posição “defensiva”, ameaçando o rapaz com um
machado.

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A ilustração nos mostra o emprego de uma linguagem pouco adequada à situação que envolve
os personagens. Analisando nossa própria maneira de falar, cada um de nós é capaz de perceber que
dominamos várias “línguas”, ou seja, temos várias maneiras de “registrar” a língua. A cada momento
fazemos uso de um desses registros.

Observe: uma criança de dois anos, quando cai, pode dizer que machucou o bumbum. Sua mãe, ao
agradá-la, pergunta: “O nenê machucou a bundinha?”.

Ocorrendo um problema mais grave, ao levá-la ao médico, os pais provavelmente diriam que o problema
é nas nádegas. E o médico? Bem, ele poderia anotar que a dor é na região glútea...

Veja que todas essas expressões são de nosso conhecimento e sabemos, quase intuitivamente,
qual é o momento adequado para empregar uma ou outra.

EXERCÍCIOS

01. O texto híbrido em questão foi usado em uma das provas da UFPE realizada pela COVEST no início
de 2010. Quem são consideradas as raças? Preta e branca. Quais são as várias áreas abordadas?
Estudo, trabalho e, em suma, vida.
Objetivando transmitir sua mensagem-denúncia, o autor do Texto abaixo estabelece uma relação entre:

a) as raças e os coeficientes de inteligência, em nosso país.


b) as raças e os níveis de desnutrição infantil, no Brasil.
c) as raças e a garantia da assistência à saúde, ao longo da vida.
d) as raças e a possibilidade de sucesso em várias áreas.
e) as raças, a garantia à saúde e a expectativa devida.

02. Analise atentamente os textos.

TEXTO I

(Fonte: sosriosdobrasil.blogspot.com)

TEXTO II
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Após um ano de discussões, Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou reforma do Código
Florestal que anistia proprietários rurais acusados de desmatamento ilegal até 22 de julho de 2008. A
organização ambientalista Greenpeace revelou que, com essa decisão, o governo terá de abrir mão de
aproximadamente R$ 8 bilhões relativos às multas aplicadas na Amazônia Legal no período que vai de
1998 até 2008. O Ibama informa que não tem condições de calcular o quanto deixará de arrecadar.

(Fonte: http://oglobo.com. Adaptado. Acesso em 23 maio 2013).

Julgue as proposições abaixo.


I. O texto I é uma charge, um texto misto, com imagem e linguagem verbal escrita. De forte apelo crítico
e humorístico, por meio de uma relação intertextual com o texto II, ganha sentido com o desenho da
árvore sendo cortada por um homem, que corresponderia aos desmatadores, e das folhas da árvore em
formato de papel de bloco, imitando registros de multas que serão desconsideradas.

II. O texto II é um texto em linguagem verbal escrita, de valor expositivo-informativo, em que não há
juízos expressos pelo autor. Como sua função primordial é informar, não cabem críticas ou traços de
humor. É fundamental para o estabelecimento de relações intertextuais com o texto I, porque explicita os
sentidos subjacentes à mensagem exposta anteriormente.

III. O texto I mantém uma relação de sentido com o texto II por meio da aproximação entre os dados
numéricos apresentados neste e as folhas da árvore, numerosas, desenhadas naquele.

IV. O texto II deixa transparecer as intenções de seu autor pelo uso bastante forte dos dados numéricos,
que enfatizam o rombo que a anistia para os desmatadores causará não só para o Ibama, mas também,
moralmente, para a nação.

Assinale a alternativa correta.


a) Todas as proposições estão corretas.
b) Somente as proposições I e II estão corretas.
c) Somente as proposições I, III e IV estão corretas.
d) Somente as proposições I e IV estão corretas.
e) Todas as proposições estão erradas.

03. A charge a seguir faz parte de uma campanha que promove uma academia de musculação.

O humor – criado a partir da linguagem verbo-visual- faz parte da estratégia de visibilidade do


anunciante. Sobre o efeito linguístico gerado, não se pode afirmar que:

a) a palavra "localizada" remete ao universo da musculação.


b) a fotossíntese está, para a musculação, assim como a folha da planta está para um músculo do ser
humano.
c) o público-alvo da propaganda são pessoas interessadas em desenvolver uma parte específica de seu
corpo.
d) a palavra "localizada", gatilho do humor, pode ser substituída pelo sinônimo "situada", sem prejuízo de
sentido.
e) o uso da linguagem coloquial em "tou fazendo" está adequado ao contexto linguístico em questão.

03. Observe a ilustração de uma matéria sobre o projeto de lei de autoria da deputada federal Maria do
Rosário (PT-RS), cujo objetivo é proibir os pais de usar castigos corporais na educação dos filhos.

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(Fonte: http://combatepocicial.com. Adaptado. Acesso em 29 dez. 2013)

Pela leitura da imagem e do texto verbal que a acompanha, pode-se concluir:


a) Por um mecanismo argumentativo de oposição, o objetivo exposto pelo texto verbal abaixo da
ilustração não é o mesmo que se verifica na própria ilustração. Esta, por sua vez, mostra claramente que
a educação dos filhos pode não estar na palma da mão, no sentido de que os pais não têm controle
sobre tais ações.
b) Por um mecanismo argumentativo de complementação, o objetivo exposto pelo texto verbal abaixo da
ilustração é exatamente o mesmo que se verifica na própria ilustração. A proibição de usar a palmada na
educação dos filhos também é alvo do título da matéria, que sugere, pela pergunta, que os pais não têm
as ações educativas na palma da mão, no sentido de não exercerem controle sobre elas.
c) Pelo mecanismo argumentativo do duplo sentido, o texto do título da matéria, associado ao fato de ser
uma pergunta, propõe que os pais não têm controle sobre as ações educativas, ou seja, a educação dos
filhos não está na palma da mão, e, por isso, empregam castigos com a palma da mão. A proibição à
palmada vem expressa, na ilustração, pelo uso do recurso da placa de trânsito, cujo significado é
“proibido”.
d) Pelo mecanismo argumentativo da intimidação, o uso de uma placa de trânsito com o significado de
“proibido” sobre a mão de um adulto, na ilustração, faz o leitor sentir-se questionado sobre se a que vem
abaixo da ilustração demonstra claramente que algumas famílias já estão mudando de atitude.
e) Pelo mecanismo argumentativo da interrogação, o título da matéria leva o leitor a questionar se a mão
é mesmo o melhor mecanismo empregado pelas famílias para dar a palmada na criança e, assim,
educá-la. O texto verbal que vem abaixo da ilustração complementa esse sentido ao afirmar que a ação
educativa pela palmada estaria com os dias contados.

04.

Observando os anúncios institucionais, pode-se afirmar que os recursos foram usados para:

a) seduzir o consumidor pela lógica racional notada no predomínio do uso das cores preta e branca,
prometendo-lhe vida saudável após a prática incitada.
b) mobilizar racional e emocionalmente o consumidor para a escolha de práticas respeitosas à
individualidade e à coletividade.
c) persuadir o consumidor inteligente pela identificação com os protagonistas, estimulando-o a agir é
contrariamente ao indicado nos recursos verbais.

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d) moralizar o público-alvo, aqueles que descumprem a lei seca e aqueles que, por fumarem em local
fechado, geram o fumante passivo.
e) manipular o espectador, levando-o à percepção da própria inteligência na adoção de atitudes
politicamente corretas.

Charge para as questões 05 e 06

(Fonte: Glauco. Folha de São Paulo. 30/05/2008)

05. A crítica contida na charge visa, principalmente, ao


a) ato de reivindicar a posse de um bem, o qual, no entanto, já pertence ao Brasil.
b) desejo obsessivo de conservação da natureza brasileira.
c) lançamento da campanha de preservação da floresta amazônica.
d) uso de slogan semelhante ao da campanha “O petróleo e nosso”.
e) descompasso entre a reivindicação de posse e o tratamento dado a floresta.

06. O pressuposto da frase escrita no cartaz que compõe a charge é o de que a Amazônia está
ameaçada de
a) fragmentação.
b) estatização.
c) descentralização.
d) internacionalização.
e) partidarização.

Leia a tirinha de Recruta Zero, de Mort e Greg Walker, para responder às questões de 07 a 10.

(Fonte: http:// historiasdomaluco.com)

07. O humor da tirinha é resultado


a) da dificuldade do recruta para entender o que o sargento solicitava.
b) do desrespeito do recruta quanto à ordem específica do sargento.
c) da desatenção do recruta quanto à ordem específica do sargento.
d) da impossibilidade do recruta de executar a tarefa exigida pelo sargento.
e) da complexidade da comunicação do sargento para formular seu pedido ao recruta.

As expressões sem demora e com determinação (da 1ª fala do recruta Zero) são base para as
questões 08 e 09.

08. Essas expressões são substituídas, sem alteração de sentido, por


a) demoradamente e determinadamente.

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b) imediatamente e determinadamente.
c) demasiadamente e indeterminadamente.
d) brevemente e indeterminadamente.
e) apressadamente e indeterminadamente.

09. Elas exprimem ideia de


a) lugar e tempo.
b) dúvida e lugar.
c) tempo e modo.
d) modo e lugar.
e) tempo e dúvida.

10. Em - “Você fez o que pedi pra você, Zero?”- o termo ‘o’ tem o mesmo emprego que na alternativa
a) Visitei o Museu do Louvre, por várias vezes.
b) Vi-o ontem, à saída de casa.
c) Repetia que o ladrão tinha tomado sua bolsa.
d) O que magoou a jovem sensível foi a agressão.
e) Ele, ninguém o escuta na repartição.

Observe o texto abaixo e depois responda.

(Fonte: http:// folhaspoliticas.wordpress.com)

11. Através do texto se pretende:

a) divulgar melhorias efetuadas nos meios mais comuns de transporte público.


b) convencer as pessoas a mudarem um hábito, no que se refere ao meio de transporte.
c) denunciar a péssima qualidade dos transportes públicos usuais nas cidades grandes.
d) propagar novas formas de exercícios físicos e, assim, melhorar a saúde da população.
e) apelar para que os motoristas dirijam prestando atenção aos ciclistas.

12. Observe a tirinha da personagem Mafalda, de Quino.

(QUINO, J.L. Mafalda. Tradução de Mônica S.M. da Silva. São Paulo: Martins Fontes, 1988).

O efeito de humor foi um recurso utilizado pelo autor da tirinha para mostrar que o pai de Mafalda:
a) revelou desinteresse na leitura do dicionário.

13
b) tentava ler um dicionário, que é uma obra muito extensa.
c) causou surpresa em sua filha, ao se dedicar à leitura de um livro tão grande.
d) queria consultar o dicionário para tirar uma dúvida, e não ler o livro, como sua filha pensava.
e) demonstrou que a leitura do dicionário o desagradou bastante, fato que decepcionou muito sua filha.

A CAMPANHA ABAIXO É TEMA DAS QUESTÕES 13 e 14.

13. O texto tem o objetivo de solucionar um problema social,

a) descrevendo a situação do país em relação à gripe suína.


b) alertando a população para o risco de morte pela influenza A.
c) informando a população sobre a iminência de uma pandemia de influenza A.
d)orientando a população sobre os sintomas da gripe suína e procedimentos para evitar a contaminação.
e) convocando toda a população para se submeter a exames de detecção da gripe suína.

14. Os principais recursos utilizados para envolvimento e adesão do leitor à campanha institucional
incluem:
a) o emprego de enumeração de itens e apresentação de títulos expressivos.
b) o uso de orações subordinadas condicionais e temporais.
c) o emprego de pronomes como “você” e “sua” e o uso do imperativo.
d) a construção de figuras metafóricas e o uso de repetição.
e) o fornecimento de número de telefone gratuito para contato.

15. As imagens seguintes fazem parte de uma campanha do Ministério da Saúde contra o tabagismo.

14
O emprego dos recursos verbais e não-verbais nesse gênero textual adota como uma das estratégias
persuasivas

a) evidenciar a inutilidade da terapêutica do cigarro.


b) indicar a utilidade do cigarro como pesticida contra ratos e baratas.
c) apontar para o descaso do Ministério da Saúde com a população infantil.
d) mostrar a relação direta entre o uso do cigarro e o aparecimento de problemas no aparelho
respiratório.
e) indicar que os que mais sofrem as consequências do tabagismo são os fumantes ativos, ou seja,
aqueles que fazem uso direto do cigarro.

16. Leia, a seguir, a tirinha de Chico Bento.

Chico Bento, personagem bastante conhecida de Maurício de Sousa, expressa-se combinando uma
variedade linguística regional e determinado registro de uso da língua portuguesa. As falas de Chico
Bento e de seu pai, na tirinha, definem-se por representarem exemplos do linguajar:

a) Caipira, marcado pelas alterações fonéticas, em registro oral e coloquial, dados os desvios
gramaticais.
b) Rural, marcado pelas seleções de vocabulário específico, em registro oral e coloquial, dados os
desvios gramaticais.
c) Sertanejo, marcado pela atividade de agricultor do pai, em registro oral e coloquial, dados os desvios
gramaticais.
d) Masculino adulto, marcado pela atividade na roça, e do linguajar masculino infantil, marcado pela
constituição da personagem Chico Bento, em registro oral e coloquial, dados os desvios gramaticais.

15
e) Regional, marcado pelos vocábulos típicos da cultura local, em registro oral e coloquial, dados os
desvios gramaticais.

17. Leia o excerto a seguir, extraído de um texto escrito para uma coluna na internet.

“Placar: Brasil 1, investidores 0.” Com essas palavras se inicia uma reportagem segundo a qual as medidas
para conter a apreciação do real estão fazendo efeito no mercado.
Com o título “Brasil ganha o round 1 da guerra cambial”, explica-se que os ganhos que os investidores
costumavam ter com uma das operações mais atrativas para estrangeiros no país foram solapados depois que
o governo passou a adotar medidas contra a alta do real. Investidores internacionais tomam empréstimos em
moeda de países desenvolvidos, pagando juros baixos, trazem o dinheiro ao país e compram títulos públicos
em reais, com um retorno atualmente de 9,75% ao ano. Nessa operação, ganha-se com a diferença dos juros e
a variação do câmbio.
No último trimestre do ano passado, esse tipo de operação gerava ganhos de 5,2% aos investidores,
segundo a reportagem. Neste ano, no entanto, o ganho baixou para 2%. No México, a mesma operação gera
7,9% atualmente. Além das medidas cambiais (compra de dólares à vista e no mercado futuro pelo Banco
Central e aumento do IOF pelo Ministério da Fazenda), a desaceleração maior que o esperado da economia
brasileira também é apontada por analistas como um fator da redução da entrada de dólares no país.
http://blogs.estadao.com.br (acesso em 23 mar. 2012)

A julgar pelas marcas linguísticas típicas de uma variante bastante específica da língua portuguesa,
pode-se afirmar que o texto reproduzido:

a) Pertence ao universo da economia e, portanto, emprega termos característicos desse contexto, como
“efeito”, “mercado” e “guerra”. Deve figurar publicado em um jornal específico sobre economia e
finanças.
b) Pertence igualmente ao universo da economia e do futebol. Prova disso é a primeira sentença,
“Placar: Brasil 1, investidores 0”, cujo intuito é marcar a economia referente ao futebol entre brasileiros e
investidores. Deve figurar publicado em um jornal específico sobre economia e finanças que esteja
discutindo a Copa de 2014.
c) É marcadamente pertencente ao universo da economia e das finanças porque emprega com alta
frequência termos técnicos, dentre eles “tomar empréstimo”, “comprar títulos públicos” e “variação do
câmbio”. Deve figurar publicado em um jornal específico sobre economia e finanças ou em um jornal de
conteúdo genérico que tenha um caderno sobre economia.
d) É típico do contexto da economia, apesar de relacioná-la à temática característica da física, pelo
emprego do termo “desaceleração”. Deve figurar publicado em um jornal de conteúdo genérico, em
qualquer uma das seções, sem vincular-se a uma discussão específica.
e) Não apresenta qualquer característica marcante de uma área específica de conhecimento e, portanto,
não oferece dificuldades de leitura para leigos. Pode ser encontrado facilmente em diferentes
publicações, para diversos públicos.

18. Leia o excerto a seguir.

Há alguns bons anos, venho refletindo muito sobre o conceito de erro gramatical. Acho que muitas vezes alguns
“erros” por aí apregoados não passam de maneiras diferentes de empregar a língua.
[...] Nada é tão democrático quanto a língua. Mas... como toda democracia, ela requer sacrifícios e
concessões no seu emprego. Democracia não é fazer o que se quer, mas, sim, o que é possível fazer, com respeito
aos demais. O mesmo se pode dizer da língua: não se pode usá-la de qualquer jeito, mas, sim, de acordo com certo
padrão.
Que padrão é esse? Quem estabeleceu esse padrão?
Por que esse padrão e não outro padrão? Muitas perguntas, mas basta uma resposta. Temos de garantir à
língua sua função primordial: promover a comunicação e, com ela, garantir a inteligibilidade das mensagens. Ora,
para isso, é preciso usar um padrão linguístico que garanta a universalização de entendimento dentro da língua.
Esse padrão é conhecido como norma culta e é usado pelos meios de comunicação, pelos livros não literários e
literários, pelas pessoas de boa formação cultural... Basicamente, a norma-padrão ou culta é conhecida e
reconhecida. É a ensinada nas escolas ou, pelo menos, deveria ser. A escola deve partir da língua usada pelos seus

16
alunos e ensinar-lhes a norma culta. Senão, a escola para nada serve, pois todas as disciplinas e todo o repertório
humanos são consolidados pela língua-padrão. Empregar a língua culta amplia a possibilidade de ascensão social.
Se aceitássemos como padrão os vários regionalismos e mesmo dialetos, acabaríamos por formar outras
línguas. O latim vulgar nos deu exemplo disso e transformou-se em várias línguas, incluindo a nossa. Talvez aqui
possamos ampliar o conceito de poliglota. Deixa de ser só aquele que fala várias línguas para incluir também
aquele que consegue pelo menos compreender e falar razoavelmente os vários regionalismos e dialetos de sua
própria língua.
Adaptado de http://linguaportuguesa.uol.com.br (acesso em 23 mar. 2012).

Pode-se entender da leitura do trecho apresentado que:

a) O falante de regionalismos e dialetos de sua própria língua não necessita conhecer e praticar a
norma-padrão, haja vista que já é um verdadeiro poliglota em seu idioma.
b) Qualquer que seja o falante, ele deve ser levado a conhecer várias possibilidades de manifestação da
língua; a mais importante, no entanto, é a sua própria variante, para que garanta a comunicação com os
seus iguais.
c) É preciso que as comunidades de falantes possam se comunicar como bem entendam para que
participem dos processos de formação de outras línguas, como os que geraram o próprio português.
d) Sendo a língua um mecanismo democrático, deve obedecer às mesmas regras da democracia
entendida como regime político, o que pressupõe que deve haver liberdade para que se use o padrão
mais adequado, independentemente das situações em que se vai comunicar.
e) É preciso garantir que todos os falantes sejam capazes de ter acesso às manifestações científicas e
culturais de sua sociedade por meio do conhecimento da norma-padrão do idioma, variante na qual se
expressam todos os grandes meios de comunicação e as instituições fundamentais que organizam e
regem a vida do cidadão.
Texto para as questões 19 a 22.

SEMANA QUE VEM


(...)
Esse pode ser o último dia de nossas vidas
última chance de fazer tudo ter valido a pena
Diga sempre tudo que precisa dizer
Arrisque mais, pra não se arrepender
Nós não temos todo o tempo do mundo
E esse mundo já faz muito tempo
O futuro é o presente e o presente já passou
O futuro é o presente e o presente já passou
Não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar
Não deixe nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar
Pra depois, o tempo passar
Não deixe nada pra semana que vem
Porque semana que vem pode nem chegar.
(...)
Fonte: http://www.vagalume.com.br/pitty/semana-que-vem.html#ixzz2EePHAOHF

19. Pela compreensão do texto ‘Semana que vem’, a ideia global é a de que
a) o tempo é infinito e por isso não há pressa.
b) há necessidade de se viver intensamente o presente.
c) o passado não existe.
d) deve-se planejar tudo e esperar é uma prioridade.
e) a vida deve ser considerada na perspectiva de futuro.

20. A respeito do uso das reticências, pode-se afirmar que:


a) é um marcador de discurso direto.
b) funciona como delimitador de período.
c) é utilizado para isolar o termo tempo.
d) marca a suspensão da sequência lógica de forma intencional.
e) substitui a vírgula na enumeração.

21. O uso do termo pra, a abreviação de para, pode ser justificado em:
a) é a inserção da variante padrão formal.
17
b) é adequada apenas para gêneros textuais versificados.
c) é uma adequação ao propósito textual.
d) é uma estratégia linguística que distancia o leitor do texto.
e) é a ênfase no preconceito linguístico.

22. Pode-se justificar a acentuação dos termos último e já, porque são respectivamente:
a) paroxítono e oxítono.
b) oxítono e dissílabo tônico.
c) proparoxítono e paroxítono.
d) trissílabo e monossílabo tônico.
e) proparoxítono e monossílabo tônico.

23.

O personagem Chico Bento pode ser considerado um típico habitante da zona rural, comumente
chamado de "roceiro" ou "caipira". Considerando a sua fala, essa tipicidade é confirmada
primordialmente pela

(A) transcrição da fala característica de áreas rurais.


(B) redução do nome "José" para "Zé", comum nas comunidades rurais.
(C) emprego de elementos que caracterizam sua linguagem como coloquial.
(D) escolha de palavras ligadas ao meio rural, incomuns nos meios urbanos.
(E) utilização da palavra "coisa", pouco frequente nas zonas mais urbanizadas.

24.
A sociedade atual testemunha a influência determinante das tecnologias digitais na vida do homem
moderno, sobretudo daquelas relacionadas com o computador e a internet. Entretanto, parcelas
significativas da população não têm acesso a tais tecnologias. Essa limitação tem pelo menos dois
motivos: a impossibilidade financeira de custear os aparelhos e os provedores de acesso, e a
impossibilidade de saber utilizar o equipamento e usufruir das novas tecnologias. A essa problemática,
dá-se o nome de exclusão digital.

No contexto das políticas de inclusão digital, as escolas, nos usos pedagógicos das tecnologias de
informação, devem estar voltadas principalmente para

(A) proporcionar aulas que capacitem os estudantes a montar e desmontar computadores, para garantir
a compreensão sobre o que são as tecnologias digitais.
(B) explorar a facilidade de ler e escrever textos e receber comentários na internet para desenvolver a
interatividade e a análise crítica, promovendo a construção do conhecimento.
(C) estudar o uso de programas de processamento para imagens e vídeos de alta complexidade para
capacitar profissionais em tecnologia digital.
(D) exercitar a navegação pela rede em busca de jogos que possam ser "baixados" gratuitamente para
serem utilizados como entretenimento.
(E) estimular as habilidades psicomotoras relacionadas ao uso físico do computador, como mouse,
teclado, monitor etc.

25.
José Dias precisa sair de sua casa e chegar até o trabalho, conforme mostra o Quadro 1. Ele vai de
ônibus e pega três linhas: 1) de sua casa até o terminal de integração entre a zona norte e a zona
central; 2) deste terminal até outro entre as zonas central e sul; 3) deste último terminal até onde
trabalha. Sabe-se que há uma correspondência numérica, nominal e cromática das linhas que José
toma, conforme o Quadro 2.

18
José Dias deverá, então, tomar a seguinte sequência de linhas de ônibus, para ir de casa ao trabalho:

(A) L. 102 - Circular zona central - L. Vermelha.


(B) L. Azul - L. 101 - Circular zona norte.
(C) Circular zona norte - L. Vermelha - L. 100.
(D) L. 100 - Circular zona central - L. Azul.
(E) L. Amarela - L. 102 - Circular zona sul.

3. PRESSUPOSTO E SUBENTENDIDO / DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO

Pressupostos são aquelas ideias não expressas de maneira explícita, mas que o leitor pode
perceber a partir de certas palavras ou expressões contidas na frase. Assim, quando se diz O tempo
continua chuvoso, comunica-se de maneira explícita que no momento da fala o tempo é de chuva, mas,
ao mesmo tempo, o verbo continuar deixa perceber a informação implícita de que antes o tempo já
estava chuvoso.

Na frase: Pedro deixou de fumar diz-se explicitamente que, no momento da fala, Pedro não
fuma. O verbo deixar, todavia, transmite a informação implícita de que Pedro fumava antes. A
informação explícita pode ser questionada pelo ouvinte, que pode ou não concordar com ela. Os
pressupostos, no entanto, têm que ser verdadeiros ou pelo menos admitidos como verdadeiros, porque é
a partir deles que constroem as informações explícitas.

Se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento. No exemplo acima, se


Pedro não fumava antes, não tem cabimento afirmar que ele deixou de fumar. Na leitura e interpretação
de um texto, é muito importante detectar os pressupostos, pois o seu uso é um dos recursos
argumentativos utilizados com vistas a levar o ouvinte ou o leitor a aceitar o que está sendo comunicado.

Ao introduzir uma ideia sob a forma de pressuposto, o falante transforma o ouvinte em


cúmplice, uma vez que essa ideia não é posta em discussão e todos os argumentos subsequentes só
contribuem para confirmá-la.

Por isso, pode-se dizer que o pressuposto aprisiona o ouvinte ao sistema de pensamento
montado pelo falante. A demonstração disso pode ser encontrada em muitas dessas verdades
incontestáveis postas como base de muitas alegações do discurso político.

Quando se diz “O tempo continua chuvoso”, comunica-se de maneira explícita que no momento
da fala o tempo é de chuva, mas, ao mesmo tempo, o verbo continuar deixa perceber a informação
implícita de que antes o tempo já estava chuvoso.

Observe a seguinte frase:


Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas.

Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita:


a) que ele frequentou um curso superior;
b) que ele aprendeu algumas coisas.

Ao ligar essas duas informações com um “mas”, o falante comunica também, de modo implícito,
sua crítica ao sistema de ensino superior, pois a frase passa a transmitir a ideia de que nas faculdades
não se aprende nada. Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação de que ele
pode dizer coisas que parece não estar dizendo: além das informações explicitamente enunciadas,
existem outras que ficam subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficazmente, o
leitor deve captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos. Leitor perspicaz é aquele que consegue
ler nas entrelinhas.

Caso contrário, ele pode passar por cima de significados importantes e decisivos ou o que é pior
pode concordar com coisas que rejeitaria se as percebesse. Não é preciso dizer que alguns tipos de

19
texto exploram, com malícia e com intenções falaciosas, esses aspectos subentendidos e
pressupostos.
Assim, temos como índices de pressupostos:
certos advérbios - O resultados da prova ainda não foi divulgado. (Pressuposto - O resultado já
devia ter sido divulgado ou O resultado será divulgado com atraso.)
certos verbos - O esquema da mala tornou-se público. (Pressuposto - O esquema não era
público.)
orações adjetivas - Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não
pensam no povo. (Pressuposto - Todos os candidatos a prefeito têm interesses individuais.)
adjetivos - Os partidos radicais acabarão com a democracia no Brasil. (Pressuposto - Existem
partidos radicais no Brasil.)

ATENÇÃO: ORAÇÕES ADJETIVAS

- As orações subordinadas adjetivas fazem o papel de um adjetivo, ou seja, restringem ou explicam o


sentido de um substantivo ou de um pronome da oração principal. Ex.: Pedro é um jovem que estuda
muito. “que estuda muito” modifica o substantivo jovem e equivale ao adjetivo " estudioso ".

- As adjetivas são introduzidas por pronomes relativos: que (= qual), qual, quem, cujo, onde e quando.

- A adjetiva restritiva contribui para definir, apontar, individualizar um nome ou pronome expresso
anteriormente. Ex.: O livro que comprei é uma gramática. Dizemos " que comprei " para definir qual
livro é uma gramática. Lemos, sem qualquer pausa, “o livro que comprei ", pois tal grupo de palavras
forma um todo no sentido; daí não usamos vírgula.

- A adjetiva explicativa revela outra intenção por parte do autor: a de acrescentar mais uma ideia,
merecedora de realce. Ex.: “A inteligência, que nos distingue dos irracionais, tem um valor inestimável
", querendo dizer que " A inteligência tem um valor inestimável "; " que nos distingue dos irracionais "
São duas coisas separadas, embora uma venha explicando a outra: " A inteligência tem um valor
inestimável " ( ideia principal ) e a " inteligência nos distingue dos irracionais " ( ideia secundária ), de
acordo com o texto. Como são ideias separadas, devemos ler fazendo pausa entre uma e outra,
abaixando a voz ao proferirmos a adjetiva explicativa. A Vírgula entre elas é obrigatória.

- Resumindo:

1 - Restritiva: a) Restringe a significação do substantivo ou do pronome;

b) É indispensável ao sentido da frase; c) Não se separa por vírgula da oração principal.


2 - Explicativa: a) Acrescenta uma qualidade de acessória ao antecedente; b) É dispensável; c) Vem
separada por vírgula da oração principal.

(Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo: IBEP Nacional, 2008.)

Os subentendidos são as insinuações escondidas por trás de uma afirmação, sendo este
contextual, pragmático, e de responsabilidade do ouvinte, por isso, altamente variável, uma vez que o
falante camufla as palavras protegendo-se, porque, com ele, diz-se sem dizer, sugere-se, mas não diz,
sem comprometer-se.

Quando um transeunte com o cigarro na mão pergunta: Você tem fogo? acharia muito estranho
se você dissesse: Tenho e não lhe acendesse o cigarro. Na verdade, por trás da pergunta
subentendesse:
Acenda-me o cigarro, por favor.

20
1) Num diálogo entre A e B:

A: Estou procurando alguém para consertar meu carro.


B: Meu irmão está em casa.
A: Mas ele está sempre tão ocupado!

Nesse pequeno discurso existem muitas informações implícitas, ou seja, subentendidas, quais
sejam:

“A” sabe que ali naquele local mora alguém que conserta carro.
É o irmão de “B” que conserta carro.
“A” fica surpreso ao encontrar o irmão de “B” em casa, já que ele encontra-se sempre muito atarefado.

2) Um enunciado como: “Conheço muito bem os políticos de hoje.”

Este enunciado pode querer dizer que os políticos são desonestos, isentando o locutor de
qualquer responsabilidade, escondendo-se atrás do significado literal das palavras, já que a
interpretação é particular daqueles que a realizam.

3) Ninguém é tão ignorante que não possa ensinar algo a alguém.

Subentende-se que:
O locutor confia na capacidade das pessoas para ensinar;
O interlocutor tem capacidade de ensinar;
Há diferentes graus de sabedoria ou de ignorância;
Não há ninguém verdadeiramente ignorante;
Há alguém que deseja ou precisa de ensino;
Há alguma coisa para ensinar.

O subentendido difere do pressuposto num aspecto importante: o pressuposto é um dado


posto como indiscutível para o falante e para o ouvinte, não é para ser contestado; o subentendido é de
responsabilidade do ouvinte, pois o falante, ao subentender, esconde-se por trás do sentido literal das
palavras e pode dizer que não estava querendo dizer o que o ouvinte depreendeu. O subentendido,
muitas vezes serve para o falante proteger-se diante de uma informação que quer transmitir para o
ouvinte sem se comprometer com ela. Para entender esse processo de descomprometimento que ocorre
com a manipulação dos subentendidos, imaginemos a seguinte situação:

Um funcionário público do partido de oposição lamenta, diante dos colegas reunidos em assembleia,
que um colega de seção, do partido do governo, além de ser sido agraciado com uma promoção,
conseguiu um empréstimo muito favorável do banco estadual, ao passo que ele, com mais tempo de
serviço, continuava no mesmo posto e não conseguia o empréstimo solicitado muito antes que o
referido colega. Mais tarde, tendo sido acusado de estar denunciando favoritismo do governo para com
os seus adeptos, o funcionário reclamante defende-se prontamente, alegando não ter falado em
favoritismo e que isso era dedução de quem ouvira o seu discurso.

(Fonte: Platão e Fiorin. Para Entender o Texto: leitura e redação.2008)

Na verdade, ele não falou em favoritismo, mas deu a entender, deixou subentendido para não
se comprometer com o que disse. Fez a denúncia sem denunciar explicitamente. A frase sugere, mas
não diz. A distinção entre pressupostos e subentendidos em certos casos é bastante sutil. Não vamos
aqui ocupar-nos dessas sutilezas, mas explorar esses conceitos como instrumentos úteis para uma
compreensão mais eficiente do texto.

EXERCÍCIOS

01. Observe as duas passagens que seguem:


a) Os índios brasileiros, que abandonaram suas tradições, estão em fase de extinção.
____________________________________________________________________________

b) Os índios brasileiros que abandonaram suas tradições estão em fase de extinção.


21
____________________________________________________________________________

A oração adjetiva (que abandonaram suas tradições) implica os mesmos pressupostos em ambas as
passagens?

02.

“COMEMORAÇÃO”

Um senador pelo Distrito Federal, às vésperas de ser cassado, e um ex-juiz de São Paulo, amigos íntimos, se
encontraram em Brasília:
-E então Meritíssimo, vamos tomar alguma para comemorar?
O juiz prontamente responde:
-Vamos! De quem agora?

a) Em que expressão exatamente se encontra a graça da piada acima? Por quê?


____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
b) Qual o subentendido que se esconde por trás da expressão principal dessa piada?
____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
c) Qual o subentendido contido no título dessa piada(“Comemoração”) e também na expressão “de quem
agora”?
____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

03. Pedro vendeu seu fusquinha.


Pressuposto_____________________________

04. Todos vieram; até Maria.


Pressuposto:____________________________

05. Manuel parou de fumar.


Pressuposto:_____________________________

06. Os noivos chegaram.


Pressuposto:_____________________________

07. Paulo dançou a noite toda com Maria.


Pressuposto;_____________________________

08. Ela é pobre, mas é limpa.


Pressuposto:_______________________________________________

09. Sou pobre, porém sou honesto.


Pressuposto:_______________________________________________

10. Somos pouco estudados, mas temos vergonha.


Pressuposto:_______________________________________________

11. Ele é negro, mas é inteligente.


Pressuposto:_______________________________________________

12. É analfabeto, mas é decente.


Pressuposto:_______________________________________________

22
13. Creme dental e Gel Even: basta um pingo.
Pressuposto:_______________________________________________

14. Nossas promoções são promoções mesmo. Aqui não tem enrolada.
Pressuposto:_______________________________________________

15. Meu candidato é um homem de mãos limpas.


Pressuposto:_______________________________________________

16. Ela é muito inteligente, apesar de ser mulher. (Mário Amato – Presidente da FIESP – referindo-se à
ministra Dorothéa Werneck – Governo Fernando Henrique Cardoso).
Pressuposto:_______________________________________________

17. Observe os seguintes diálogos e demonstre os subentendidos de cada diálogo:

a) – Maria virá à festa de João no próximo sábado?


– Davi quer ir ao teatro.
________________________________________________________________________
b) – Oi Juliana, e aí, está de pé?
- Olha, o negócio está firme, tudo em cima. Suba rápido.
________________________________________________________________________

18. Sobre a frase “isso é tão simples que até uma mulher faz” responda:

a) Qual a palavra que dá sentido machista à frase?


_______________________________________________________________________
b) É possível ter certeza de que a direção argumentativa do enunciador dessa frase é desfavorável às
mulheres?
_______________________________________________________________________

19.

23
a) Explique por que é possível que o enunciatário de uma mensagem como a que Calvin leu não
entenda que, por exemplo, deve ligar os pontos em ordem numérica.
________________________________________________________________________________
b) Que efeito de sentido a repetição da palavra “regras” traz à fala de Calvin no último quadrinho da
tirinha?
________________________________________________________________________________

20. Assinale a interpretação sugerida pelo seguinte trecho publicitário:


Fotografe os bons momentos agora, porque depois vem o casamento.

a) O casamento não merece fotografias.


b) A felicidade após o casamento dispensa fotografias.
c) Os compromissos assumidos no casamento limitam os momentos dignos de fotografia.
d) O casamento é uma segunda etapa da vida que também deve ser registrada.
e) O casamento é uma cerimônia que exige fotografias exclusivas.

21. Identifique as informações pressupostas nas frases abaixo:

a) “Capital da Líbia volta a ser bombardeada”

b) “Estado do Rio registra primeiro caso de dengue tipo 4”.

c) “Para Ronaldinho Gaúcho, proposta do Flamengo foi a melhor”.

d) “Botafogo ainda não definiu treinador”.

e) “Abel Braga volta a treinar o Fluminense”.

f) “Vasco busca título inédito da Copa do Brasil”.

22. Identifique as informações subentendidas nas frases abaixo:

a) “Você gostaria de ir ao cinema comigo qualquer dia?” (rapaz abordando uma moça numa festa).

b) “E você é simpático” (mulher respondendo a um elogio feito por um admirador).

c) “A bolsa da senhora está pesada?” (um rapaz).

d) “Você tem horas?” (um homem apressado).

e) “Filho, leve o guarda-chuva” (mãe).

4. LÍNGUA, LINGUAGEM E SUJEITO

Para que entendamos como se processa a linguagem, é interessante fazermos uma incursão
pelas concepções de linguagem, de sujeito, de texto e de sentido que foram utilizados pelos falantes nos
diversos paradigmas estabelecidos no decorrer da história.

1ª CONCEPÇÃO:

1. LINGUAGEM 2. SUJEITO 3. TEXTO 4. SENTIDO

Língua como Sujeito psicológico, Texto é um produto Modelo hermenêutico.


representação do individual, dono de suas (lógico) do pensamento, Sentido é criado pelo
pensamento: vontades e de suas ações. representação mental. intérprete.
-Consciência individual no Um ego que constrói uma Nada cabe ao leitor. O sujeito do enunciado é
uso da linguagem. representação mental. responsável pelo sentido.
Deseja que o interlocutor
24
capte a mensagem como
foi mentalizada.

2ª CONCEPÇÃO:

1. LINGUAGEM 2. SUJEITO 3. TEXTO 4. SENTIDO

Língua como estrutura: Sujeito determinado, Texto é um mero Modelo criptológico: o


quem fala é um sujeito assujeitado pelo produto da codificação sentido está no texto:
anônimo. sistema. do emissor a ser descubra.
Sujeito: repetidor, codificado pelo leitor /
dependente, ouvinte.
caracterizado por uma Leitor é passivo.
não-consciência, não é Texto codificado,
dono de seu discurso explícito.
nem da sua vontade.

3ª CONCEPÇÃO:

1. LINGUAGEM 2. SUJEITO 3. TEXTO 4. SENTIDO

Língua como lugar de Sujeito: entidade Texto é o lugar próprio Modelo pragmático.
interação: psicossocial da interação. O sentido é uma
Sujeitos são atores Caráter ativo. No texto os sujeitos se atividade interativa
sociais. Sujeitos são atores, constroem e são complexa.
Concepção interacional construtores sociais. construídos. O sentido se realiza
da língua. Sujeito bakhtiniano, Possui implícitos, com ativação de
social, histórica e compreensíveis com o saberes prévios.
ideologicamente contexto sociocognitivo A coerência está
situado. dos participantes da associada ao contexto
A identidade do sujeito interação. sociocognitivo e
é construída na relação É um evento interativo.
com a alteridade. comunicativo.
Participante do sentido. É construído na
Sujeito é na interação. interação texto-sujeito.

4.1. TEXTO E CONTEXTO

Todos os nossos atos se realizam através de textos, sejam verbais ou não-verbais. A leitura de
um texto se dá primeiramente a partir do processo de decodificação, quando temos contato com o
conteúdo e buscamos compreendê-lo.
Existem elementos que nos ajudam a interpretar os textos que estão a nossa volta, mas para
que se possa compreender bem um texto é necessário identificar o contexto (social, cultural, estético,
político) no qual ele está inserido. Essa identificação vai depender do conhecimento sobre o que está
sendo abordado e as conclusões referentes ao texto. Em determinados textos a informação sobre
acontecimentos passados contribui para sua compreensão. Por isso, quanto mais variado o campo de
conhecimento, mais facilidade encontrará o leitor para ler e interpretar textos.
O texto é o lugar da interação dos atores sociais e o contexto em que ele foi produzido é
constituído de aspectos internos e externos ao discurso, à fala. Ele é constituído pela situação social em
que o discurso se realiza. A situação social é a forma como duas ou mais pessoas se comunicam sobre
um determinado assunto.
Dessa forma, o contexto é o conjunto das condições sociais consideradas para estudar as
relações sociais existentes entre comportamento social e comportamento linguístico. O estudo do
contexto não depende apenas de conhecimentos linguísticos, mas também de conhecimentos de mundo
(conhecido como conhecimento enciclopédico). Aqui entra todo nosso estoque de conhecimentos,
acumulado ao longo de nossa vida, de nossas leituras, de nossas experiências.
Assim, o texto deve ser estudado em seu contexto de produção e deve ser compreendido não
como um produto acabado, mas como um processo entre os interlocutores.

25
4.2. TEXTUALIDADE

 É aquilo que dá organização ou organicidade ao texto.


 É o que caracteriza que um texto é um todo coeso e organizado e não um amontoado de
palavras.
 É a característica de um texto que torna claro que gênero textual se pretenda que ele seja;
 As propriedades que permitem identificar cada tipo de texto (textura).

4.3. INTERTEXTUALIDADE/POLIFONIA

A Intertextualidade pode ser definida como um diálogo entre dois textos. Pode ser implícita ou
explícita. Sabemos que todo texto, seja ele literário ou não, é oriundo de outro, seja direta ou
indiretamente. Qualquer texto que se refere a assuntos abordados em outros textos são intertextos.
Para caracterizar o romance de Dostoievski, Bakhtin trouxe o termo à linguagem. Explana a
relação entre falante e ouvinte e o expressar de um em relação ao outro; e que “eu” dou-me forma
enquanto parte integrante do grupo a que pertenço. O “eu se constrói constituindo o Eu do outro e por
ele é constituído”. Outros autores chamam de “várias vozes” que constituem
um texto. O autor pode falar várias vozes ao longo de seu texto. Não há um divisor de águas entre a
terminologia ‘intertextualidade’ e ‘polifonia’. Ambas são as vozes que compõem um texto.

EXERCÍCIOS

01. Enumere a 2ª coluna em consonância com a 1ª:

(1) A língua é uma representação do pensamento. ( ) Concepção contemporânea da noção de sujeito.


A língua é uma estrutura. Corresponde à concepção de língua como interação.
(2) A língua é concebida como uma atividade
dialógica e interacional. É o lugar próprio da ( ) Modelo criptológico de sentido. Compreende ao
conceito de texto como produto da codificação do
interação. emissor a ser decodificado pelo leitor.
(3) O sujeito como uma atividade psicossocial,
com caráter ativo. Os sujeitos são atores sociais e ( ) Concepção contemporânea do conceito de língua
sua identidade é construída na relação com a .
alteridade. ( ) Concepções tradicionais e estruturalistas do conceito
(4) O sentido do texto é criado pelo intérprete. de língua.
Nada cabe ao leitor.
(5) O sentido do texto está nele, explícito. O leitor ( ) É o chamado modelo hermenêutico da concepção
descubra. de sentido. O sentido do texto é criado pelo intérprete.

02.

1) É um lugar de interação. Concepção dialógica e ( ) Concepção contemporânea de sentido.


interacional.
(2) Entidade psicossocial, com caráter ativo. São ( ) Concepção contemporânea de língua.
atores e construtores sociais.
(3) É o lugar próprio da interação. É um evento ( ) Concepção contemporânea de sujeito.
comunicativo.
(4) É uma atividade interativa complexa. Além da ( ) Concepção contemporânea de texto.
base linguística, requer saberes.

03.

(1) Lugar próprio da interação. Nele, os sujeitos se ( ) Conceito de textualidade.


constroem e são construídos. Possui informações
explícitas e implícitas. É uma entidade
comunicativa verbal e não-verbal. É uma realidade ( ) Conceito de texto.
discursiva e social.
(2) É um conceito que designa os aspectos
internos e externos ao discurso, à fala. É ( ) Conceito de contexto.
concebido como o conjunto das atividades sociais
consideradas para estudar as relações sociais
26
existentes. É o entrono do texto. ( ) Conceito de polifonia.
(3) É a característica que dá organização ou
organicidade ao texto. É o que faz do texto um
todo coeso e organizado e não um amontoado de ( ) Conceito de intertextualidade.
palavras.
(4) Pode ser definido como um diálogo entre dois
textos. É explícito ou implícito. Qualquer texto que
se refere a assuntos abordados em outros textos.
(5) Etimologicamente significa ‘muitas vozes’. O eu
se constrói constituindo o Eu do outro e por ele é
constituído.

5. ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO E FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Para entendermos com clareza as funções da linguagem, é bom primeiramente conhecermos as


etapas da comunicação. Ao contrário do que muitos pensam, a comunicação não acontece somente
quando falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente em todos (ou
quase todos) os momentos.

Comunicamo-nos com nossos colegas de trabalho, com o livro que lemos, com a revista, com os
documentos que manuseamos, através de nossos gestos, ações, até mesmo através de um beijo de “boa
noite”.

No ato de comunicação percebemos a existência de alguns elementos. Observe a tirinha abaixo para
analisarmos.

Analisando o que temos na lista do Calvin, verificamos que quase todos os elementos
considerados fundamentais para a concretização da comunicação estão presentes:

27
Emissor alguém que transmite a mensagem (no caso, Calvin);
Destinatário a quem a mensagem se dirige (no caso, Haroldo);
Mensagem a informação que se pretende transmitir (no caso, o questionamento sobre o
comportamento dos tigres);
Código um conjunto comum ao emissor e ao destinatário formado de elementos e de
regras que permitem o entendimento da mensagem (no caso, a língua
portuguesa);
Referente o assunto, a situação que envolve o emissor e o destinatário e o contexto
linguístico que envolve a mensagem (no caso, a situação concreta de preguiça ou
sono do tigre e a fala de Calvin, questionando os objetivos de vida de um tigre,
por meio de um diálogo);
Canal o meio físico para transmitir a mensagem e a conexão psicológica que leve o
destinatário a se interessar no que lhe transmite o emissor e a procurar entender
a mensagem (no caso, o ar e o interesse (ou melhor, a fala de) de Haroldo na
mensagem emitida por Calvin).

Nesse último elemento, percebemos o “problema” que impossibilita a comunicação entre


emissor (Calvin) e destinatário (Haroldo):

 ou Haroldo está dormindo e, portanto, não ouve o que o garoto lhe diz (o canal físico não
existe);
 ou Haroldo está tão sonolento que não consegue dar atenção a Calvin (falta conexão
psicológica, vontade do tigre em ouvir e prestar atenção ao que lhe é dito).

Há de se observar que diversos fatores impedem a comunicação entre emissor e receptor. Todo
elemento que interfere na comunicação dos interlocutores recebe o nome de ruído, ou seja, ruído é
qualquer obstáculo que impede a comunicação, a compreensão da mensagem transmitida.

Partindo desses seis elementos, Roman Jakobson, linguista russo, elaborou estudos acerca das
funções da linguagem, os quais são muito úteis para a análise e produção de textos. As seis funções
serão abordadas no próximo item.

5.1. FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Para realizar um ato de comunicação verbal, o indivíduo escolhe, seleciona as palavras, depois
passa a organizá-las e combiná-las conforme a sua vontade. E todo este trabalho de seleção e
combinação não é aleatório, não é realizado por acaso, mas está intimamente ligado à intenção do
emissor. Assim sendo, a linguagem passa a ter funções, cuja importância é saber utilizar a linguagem
adequada no momento adequado.

O esquema proposto por Roman Jakobson compreende um remetente que envia uma
mensagem a um destinatário; para ser eficaz a comunicação, são necessários um contexto a que se
refere, um código, parcial ou totalmente comum a remetente e destinatário, e um canal físico.
O código compreende um estoque estruturado de elementos que se apresentam como
alternativas de seleção para a produção de mensagens. Os subcódigos introduzem a questão da
variação linguística. Assim, códigos diferentes não permitem a comunicação. Uma petição escrita numa
variante linguística não aceita nos meios forenses pode impedir a consecução do objetivo do profissional
do direito na defesa dos interesses de um cliente seu. Nunca podemos esquecer que há variantes
linguísticas que gozam de prestígio entre os usuários e há outras que são estigmatizadas.

Para Jakobson, a linguagem deveria ser examinada não em relação à função informativa
(denotativa, referencial), que foi considerada pelos teóricos da informação a única e a mais importante.

28
As funções estariam, para Jakobson, focadas em um dos elementos do processo de
comunicação; a função emotiva estaria centrada no remetente; a referencial, no contexto ou referente; a
poética, na mensagem; a fática, no contato; a metalinguística, no código; a conativa, no destinatário.

FUNÇÃO REFERENCIAL
É a mais comum das funções da linguagem e centra-se na informação. A intenção do emissor é
transmitir ao interlocutor dados da realidade de uma forma direta e objetiva, sem ambiguidades, com
palavras empregadas em seu sentido denotativo. Portanto, essa é a função da linguagem que
predomina em textos dissertativos, técnicos, instrucionais, jornalísticos ─ informativos por excelência.
Como está centrado no referente, ou seja, naquilo de que se fala, prevalece o texto escrito em 3ª
pessoa, com frases estruturadas na ordem direta.
A informação jurídica é precisa, objetiva, denotativa; fala-se, então, de função referencial. Nada
impede, porém, que o texto jurídico se preocupe, por exemplo, com a sonoridade e ritmo das palavras,
valorizando a forma da comunicação; tem-se, assim, a função poética.
Os textos em que predomina a função referencial apresentam qualidades objetivas ou concretas, uso
de nomes próprios, estratégias argumentativas lógicas, como provas e demonstrações. Em geral,
evitam o uso de adjetivação imprecisa, como belo, feio, grande, pequeno etc., bem como de expressões
subjetivas como eu acho, eu quero. Esses procedimentos visam criar o efeito de distanciamento do
sujeito e de verdade dos fatos. O uso da função referencial tem em vista a transmissão objetiva de
informação sobre o contexto, sobre os fenômenos extralinguísticos.

FUNÇÃO EMOTIVA OU EXPRESSIVA


Quando a intenção do produtor do texto é posicionar-se em relação ao tema que está abordando, é
expressar seus sentimentos e emoções, o texto resultante é subjetivo, um espelho do ânimo, das
emoções, do temperamento do emissor. Nesse caso temos a função emotiva da linguagem (também
chamada expressiva). A interjeição, o uso de pronomes e verbos na 1ª pessoa do singular, os adjetivos
valorativos e alguns sinais de pontuação, como as reticências e os pontos de exclamação são algumas
marcas da função emotiva utilizada para comover o receptor. Exemplo: linguagem do réu (que valoriza
a primeira pessoa do singular); linguagem do advogado de defesa quando, no Júri, apela para o fato de
que a condenação vai ultrapassar a pessoa do condenado e atingir outras pessoas inocentes.

FUNÇÃO APELATIVA OU CONATIVA


Observe que conativo significa “relativo ao processo da ação intencional sobre outra pessoa”:
promover, suscitar, provocar estímulos, persuadir. A função apelativa ou conativa é, portanto, aquela
em que há intenção do emissor de influenciar o destinatário. A mensagem se organiza em forma de
ordem, chamamento, apelo ou súplica e está centrada no receptor. Para tentar persuadir o destinatário
é preciso, antes de mais nada, falar a língua dele, apelar para exemplos e argumentos significativos em
relação a sua classe social, a sua formação cultural, a seus sonhos e desejos. Cada leitor deve ter a
sensação de que o texto foi escrito especialmente para ele, como se fosse uma conversa a dois. É o
que os publicitários, por exemplo, fazem muito bem. Um produto sofisticado exige um anúncio também
sofisticado, para atingir seu público-alvo. Por outro lado, um produto “popular” exige um anúncio
objetivo, em linguagem clara e direta, explorando argumentos que fazem parte do repertório do
consumidor-alvo. Marcam a função apelativa os verbos no imperativo, uso do vocativo e tratamento em
2ª pessoa (tu, vós, você, vocês).

Sabe-se que o texto jurídico é, eminentemente, persuasório; dirige-se, especificamente, ao


receptor; dele se aproxima para convencê-lo a mudar de comportamento, para alterar condutas já
estabelecidas, suscitando estímulos, impulsos para provocar reações no receptor.

O discurso persuasório apresenta duas vertentes: a vertente autoritária e a vertente exortativa. A


vertente autoritária é típica do discurso jurídico; basta atentar-se para o Código Penal e para expressões
como: “intime-se, “afixe-se e cumpra-se”, “revoguem-se as disposições em contrário”, “arquive-se”,
conduzir “sob vara” ou manu militari, “justiça imperante” e muitas outras. Monteiro (1967, p14) é taxativo:
“Além de comum a lei é, por igual, „obrigatória‟. Ela ordena e não exorta (jubeat non suadeat); também
não teoriza. Ninguém se subtrai ao seu tom imperativo e ao seu campo de ação.” Já a vertente exortativa
é utilizada mais pelos textos publicitários que, para maior efeito, apelam para a linguagem poética. O
discurso persuasório coercitivo, autoritário, já caracterizou a igreja católica que hoje usa mais o discurso
exortativo.

29
FUNÇÃO FÁTICA
Tem como propósito prender a atenção do destinatário visando prolongar a comunicação, testando
o canal com frases do tipo “veja bem”, “entendeu?”,”certo?” “olha aqui”, etc. O principal exemplo é o
diálogo.

FUNÇÃO POÉTICA
Quando a intenção do produtor do texto está voltada para a própria mensagem, para uma especial
arrumação das palavras, quer na escolha, quer na combinação delas, quer na organização sintática da
frase, temos a função poética da linguagem. É a função em que a mensagem é centrada na poesia, ou
melhor, na linguagem poética, em que aparecem elementos como o ritmo, a sonoridade, o belo e
inusitado das imagens. E importante lembrar que a função poética não é exclusiva da poesia é também
encontrada em textos de prosa, em anúncios publicitários ou na linguagem cotidiana. Nestes casos, ela
não será a função dominante.

FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
É a linguagem falando da linguagem. É a metalinguagem. Nas avaliações, nos trabalhos escolares
estamos sempre elaborando definições, estamos “explicando com as nossas palavras” alguma coisa. A
análise de um texto, por exemplo, é um exercício de metalinguagem. A preocupação do emissor está
voltada para o próprio código, isto é, o tema da mensagem é o próprio código. A mensagem é utilizada
para explicar o código. Ocorre metalinguagem quando se dá uma definição, um conceito, quando se
explica ou se pede explicação sobre o conteúdo da mensagem, ou seja, o código explica o código. E
como se um filme falasse do filme, a peça de teatro falasse do teatro, a poesia falasse do ato de
escrever. É a linguagem do dicionário, do vocabulário, no nosso caso, jurídico, centrada em códigos. A
função metalinguística da linguagem, em que o código retorna ao próprio código, está presente em
nosso dia-a-dia e desempenha um papel importante em nossos textos e conversas.

EXERCÍCIOS

1. Identifique os elementos das seguintes situações de comunicação:

a) Pronunciamento do presidente em cadeia nacional de rádio e TV no Dia do Trabalhador.


emissor: ___________________________________________________________________
receptor:___________________________________________________________________
mensagem: _________________________________________________________________
código: ____________________________________________________________________
canal: _____________________________________________________________________
referente: __________________________________________________________________

b) Editorial de um jornal comentando o pronunciamento do presidente.


emissor: ___________________________________________________________________
receptor:___________________________________________________________________
mensagem: _________________________________________________________________
código: ____________________________________________________________________
canal: _____________________________________________________________________
referente: __________________________________________________________________

c) Um estudante ao telefone convidando um colega de turma para ir ao jogo de futebol no próximo fim de
semana.
emissor: ___________________________________________________________________
receptor:___________________________________________________________________
mensagem: _________________________________________________________________
código: ____________________________________________________________________
canal: _____________________________________________________________________
referente: __________________________________________________________________

2.

a) João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que
não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de

30
desastre. Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J.Pinto Fernandes que não tinha
entrado na história. (“Quadrilha” DRUMMOND. In Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1988, p. 20)
Função ____________________________, ênfase _____________________________

b)“Deus ajuda a quem madruga.”


Função ____________________________, ênfase _____________________________

c)“Agora posso dizer o que quiser; dizer que amo, dizer que odeio. Não preciso ser politicamente correto,
no sentido da ética pública”. (Gilberto Gil, cantor e compositor, livre do peso do Ministério da Cultura.
Revista Veja, 13 de agosto de 2008, p.55)
Função ____________________________, ênfase _____________________________

d) Ao economista americano James Heckman, 65 anos, deve-se a criação de uma série de métodos
precisos para avaliar o sucesso de programas sociais e de educação, trabalho pelo qual recebeu o
prêmio Nobel, em 2000. Nessa data, Heckman estava no Rio de Janeiro, numa das dezenas de visitas
que já fez ao Brasil. Achou que fosse trote quando lhe disseram da premiação.”
Função_______________________, ênfase_________________________________________

e) “O Mc. Donald´s não pensa só no que seus filhos querem. Pensa no que você quer para os seus
filhos.”
Função_____________________________________, ênfase________________________________

3. Analise a composição dos textos a seguir.

TEXTO I

Samba de Uma Nota Só


(Tom Jobim e Newlon Mendonça)

Eis aqui este sambinha feito numa nota só.


Outras notas vão entrar, mas a base é uma só.
Esta outra é consequência do que acabo de dizer.
Como eu sou a consequência inevitável de você.
Quanta gente existe por aí que fala tanto e não diz nada,

Ou quase nada.
Já me utilizei de toda a escala e no final não sobrou nada,

Não deu em nada.


E voltei pra minha nota como eu volto pra você.
Vou contar com uma nota como eu gosto de você.
E quem quer todas as notas: ré, mi, fá, sol, lá, si, dó.
Fica sempre sem nenhuma, fique numa nota só.

TEXTO II

Pronome
Pro.no.me
sm (lat pronomen) Gram. Palavra usada em lugar de um substantivo ou nome para designar pessoas ou
coisas antes nomeadas, podendo indicar-lhe a pessoa gramatical. P. Adjetivo: o que se junta a um
substantivo. P. apassivador, Gram.: o pronome oblíquo átono da 3ª pessoa gramatical, se, quando, em
vez de indicar o objeto reflexivo, constitui, com o verbo, uma espécie de voz passiva.
(Fonte: http://michellis.uol.com.br Adaptado. Acesso em 26 fev. 2012)

Apesar de serem textos de gêneros completamente distintos, o primeiro, uma letra de uma canção e o
segundo, um verbete de dicionário eletrônico, é possível afirmar que o ponto de intersecção entre ambos
é a predominância da função da linguagem que os estrutura. Sobre isso, é correto afirmar que são
exemplos:

a) de textos em função referencial, em que o contexto compartilhado entre os interlocutores é o núcleo


da mensagem, no caso, o samba e os pronomes.

31
b) de textos em função poética, em que a composição da mensagem é fundamental para gerar efeitos de
sentido, e chamar a atenção do interlocutor, no caso, o uso da escala musical e a organização da
definição de pronome.
c) de textos em função conativa, em que a intenção do emissor é levar o interlocutor a tomar uma atitude
perante determinada questão, no caso, a canção e a língua portuguesa.
d) de textos em função metalinguística, em que o emissor emprega a linguagem com vistas em pensar
na própria linguagem, no caso, a composição musical pela letra da canção e a definição de certo
elemento gramatical pelos próprios elementos da língua.
e) de textos em função emotiva, em que o emissor se estabelece como o principal elemento do processo
de comunicação e marca sua importância por meio da seleção de recursos de linguagem, como os
pronomes na letra da canção e os pronomes no uso da língua portuguesa.

4. Qual a função da linguagem comum às duas tirinhas?


História 1

História 2

5. Reconheça nos textos a seguir as funções da linguagem:


a. “ O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem
rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-
vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e de complacência. Diante do povo, diante do
mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as
instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso ( e já não há como
voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é
apurar tudo que houver a ser apurado, doa a quem doer.” ( O Estado de São Paulo)
b. O verbo infinitivo ( Vinícius de Morais)

Ser criado, gerar-se, transformar


O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutruir-se; e despertar


Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver


E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor


E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo até o infinito...

c. “ Para fins de linguagem a humanidade se serve, desde os tempos pré-históricos, de sons a que
se dá o nome genérico de voz, determinados pela corrente de ar expelida dos pulmões no

32
fenômeno vital da respiração, quando, de uma ou outra maneira, é modificada no seu trajeto até
a parte exterior da boca.” ( Matoso Câmara Jr.)

d. “ – Que coisa, né?


- É, Puxa vida!
- Ora, droga!
- Bolas!
- Que troço!
- Coisa de louco!
- É!”

e. “Fique afinado com seu tempo. Mude para Col. Ultra lights.”

f. “ Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer
acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria
tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da
gravata. Seria tudo ilusão? ... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o
pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no
espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes.” ( Graciliano
Ramos)
g. “ – Que quer dizer pitosga?
- Pitosga significa míope.
- E o que é míope?
- Míope é o que vê pouco.”

3. No texto abaixo identifique as funções da linguagem:

a. “Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do
cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há dois
meios de granjear a vontade das mulheres: o violento, como o touro da Europa, e o insinuativo, como o
cisne de Leda e a chuva de ouro de Dânea, três inventos do padre de Zeus, que, por estarem fora de
moda, aí ficam trocados no cavalo e no asno.” ( Machado de Assis)
b. “ O homem letrado e a criança eletrônica não mais têm linguagem comum.” ( Rose Marie Muraro)
c.“ O discurso comporta duas partes, pois necessariamente importa indicar o assunto de que se trata, e
em seguida a demonstração. (...) A primeira destas operações é a exposição; a segunda, a prova.” (
Aristóteles)
d. Amigo Americano é um filme que conta a história de um casal que vive feliz com o seu filho até o dia
em que o marido suspeita estar sofrendo de câncer.
e.“Se um dia você for embora
Ria se teu coração pedir
Chora se teu coração mandar.” ( Danilo Caymmi & Ana Terra)
f.“Olá, como vai?
Eu vou indo e você, tudo bem?
Tudo bem, eu vou indo em pegar um lugar no futuro e você?
Tudo bem, eu vou indo em busca de um sono tranquilo...” ( Paulino da Viola) fática

6. ACENTUAÇÃO GRÁFICA E O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Regras de Acentuação Gráfica:

Caso Quando acentuar Exemplo Observações

simpática 1) O acento utilizado pode diferir


Proparoxítona lúcido segundo a região:
SEMPRE
sólido acadêmico (BR)
cômodo académico (PT).

33
1) Paroxítona com terminação
[ens] não levam acento, ex:
pólen = acentuada
polens = não acentuada

2) Prefixo paroxítona com


caráter, terminação [i] ou [r] não se
terminadas em: acentua:
látex
hífen arqui-inimigo,
R, X, N, L semianalfabeto,
PS fácil
bíceps antiterrorismo,
I(S), U(S) super-homem,
táxi
Paroxítonas UM, UNS
vírus
inter-relação,
OM, ON(S) hipertensão .
Ã(S), ÃO(S) álbum(ns)
Ditongo rádom 3) O acento utilizado pode diferir
ímã segundo a região, ex:
órfãos gêmeo, fêmea (Brasil)
árduos gémeo, fémea (Portugal).

Bizu:
-Ditongom, PsIU!
-Um?
-NÃÃo, ReLaXe!

1) Terminadas em [i(s)] ou [u(s)]


não possuem acentuação
gráfica: caqui, cupuaçu.
terminadas em:
2) O acento utilizado pode diferir
A(S) vatapá segundo a região:
caratê, nenê (Brasil);
E(S)
igarapé caraté, nené (Portugal).
Oxítonas O(S)
EM, ENS avô
refém 3) Lembre-se de colocar acentos
em verbos na
parabéns forma oxítona acrescidos de
pronome, ex: lembrá-lo
colocá-lo
fazê-lo
Monossílabos tônicos terminação: vá, pás
A(S) pé, mês
E(S) pó, pôs
O(S)
Exceções:
1) Quando seguidos de 'nh', ex:
saída ra-i-nha
saúde la-da-i-nha
aí mo-i-nho.
Í(S) e Ú(S)
Araújo
Í(S) e Ú(S) levam acento
Esaú 2) Paroxítonas precedidas de
em hiatos quando formam ditongo decrescente, ex:
Luís
hiato
34
Itaú bai-u-ca
baú fei-u-ra
Piauí mao-is-mo
tao-is-ta
sai-i-nha (saia pequena).

OBS: oxítona precedida de


ditongo acentua-se, ex: tei-ú, Pi-
au-í.

Exceção:
1) Em paroxítonas, não mais
ÉI(S) papéis levam acento, ex: paranoia,
Ditongos abertos boia, ideia.
ÓI(S) herói
ÉU(S) céu
OBS.: Se cair em outra regra
levará acento, ex:
Méier
destróier
Voo
OO, EE Enjoo
A acentuação nos hiatos OO e
Leem EE foi abolida.
Veem
Exceções:

PODER
Para diferenciar passado e
presente. Ex.:
"Ele não pôde ir ontem, mas
pode ir hoje".

PÔR
Não mais ocorre Para diferenciar da preposição
acentuação "por". Ex.:
Acento diferencial diferencial, "Vamos por um caminho frio,
salvo algumas então vamos pôr casacos";
exceções
FÔRMA (facultativo)
Para diferenciar substantivo
"fôrma" e derivações do verbo
"formar". Ex.:
"Compre a fôrma para pudim que
forma um círculo."

ele:
tem,
Na terceira vem,
Acento diferencial pessoa do plural
recebem acento detém,
TER, VIR e seus diferencial intervém
derivado circunflexo
eles:

35
têm,
vêm,
detêm,
intervêm
São oxítonas
ureter
mister
condor
Nobel
sutil

São paroxítonas
avaro
Dupla pronúncia e pudico
Silabada austero
(erro de prosódia) látex
recorde
filantropo
misantropo
rubrica
ibero
biotipo
gratuito
fortuito

São proparoxítonas
aerólito
bávaro
ínterim
monólito
lêvedo
arquétipo
protótipo
ímprobo

Admitem dupla pronúncia


acróbata / acrobata
transístor / transistor
hieróglifo / hieroglifo
réptil / reptil
projétil / projetil
Oceânia / Oceania
xérox / xerox
dúplex / duplex
tríplex / triplex
clítoris / clitóris
averígue / averigue
enxágue / enxague
delínque / delinque
águe / ague
deságue / desague
36
apazígue / apazigue
averígue / averigue

Ainda é válido para palavras de


língua estrangeira: Dülsseldorf,
Müler, Bündcher (Gisele).

Trema Não mais ocorre Obs.: O Trema não é acento


gráfico. É um sinal diacrítico /
notação léxica.

Uso do Hífen

Tem se discutido muito a respeito do Novo Acordo Ortográfico e a grande queixa entre os que usam a
Língua Portuguesa em sua modalidade escrita tem gerado em torno do seguinte questionamento: “por
que mudar uma coisa que a gente demorou um tempão para aprender?” Bom, para quem já dominava a
antiga ortografia, realmente essa mudança foi uma chateação. Quem saiu se beneficiando foram os que
estão começando agora a adquirir o código escrito, como os alunos do Ensino Fundamental I.

Se você tem dificuldades em memorizar regras, é inútil estudar o Novo Acordo comparando “o antes e o
depois”, feito revista de propaganda de cosméticos. O ideal é que as mudanças sejam compreendidas e
gravadas na memória: para isso, é preciso colocá-las em prática.

Não precisa mais quebrar a cabeça: “uso hífen ou não”?

Regra Geral

A letra “H” é uma letra sem personalidade, sem som. Em “Helena”, não tem som; em "Hollywood”, tem
som de “R”. Portanto, não deve aparecer encostado em prefixos:

 pré-história
 anti-higiênico
 sub-hepático
 super-homem

Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.

Anti-inflamatório neoliberalismo
Supra-auricular extraoficial
Arqui-inimigo semicírculo
sub-bibliotecário superintendente

Quanto ao "R" e o "S", se o prefixo terminar em vogal, a consoante deverá ser dobrada:

suprarrenal (supra+renal) ultrassonografia (ultra+sonografia)


minissaia antisséptico
contrarregra megassaia

Entretanto, se o prefixo terminar em consoante, não se unem de jeito nenhum.

 Sub-reino
 ab-rogar
 sob-roda

ATENÇÃO!

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Quando dois “R” ou “S” se encontrarem, permanece a regra geral: letras iguais, SEPARA.

super-requintado super-realista
inter-resistente

CONTINUAMOS A USAR O HÍFEN

Diante dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-“:

Ex-diretor, Ex-hospedeira, Sota-piloto, Soto-mestre, Vice-presidente , Vizo-rei

Diante de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM FORTE E ACENTO.

pós-tônico, pré-escolar, pré-natal, pró-labore


pró-africano, pró-europeu, pós-graduação

Diante de “pan-, circum-, quando juntos de vogais.

Pan-americano, circum-escola

OBS. “Circunferência” – é junto, pois está diante da consoante “F”.

NOTA: Veja como fica estranha a pronúncia se não usarmos o hífen:

Exesposa, sotapiloto, panamericano, vicesuplente, circumescola.

ATENÇÃO!

Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-, PRE” (SEM ACENTO)

Coordenar reedição preestabelecer


Coordenação refazer preexistir
Coordenador reescrever prever
Coobrigar relembrar
Cooperação reutilização
Cooperativa reelaborar

O ideal para memorizar essas regras, lembre-se, é conhecer e usar pelo menos uma palavra de cada
prefixo. Quando bater a dúvida numa palavra, compare-a à palavra que você já sabe e escreva-a duas
vezes: numa você usa o hífen, na outra não. Qual a certa? Confie na sua memória! Uma delas vai te
parecer mais familiar.

REGRA GERAL (Resumindo)


Letras iguais, separa com hífen(-).
Letras diferentes, junta.
O “H” não tem personalidade. Separa (-).
O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são dobrados. Mas não se juntam com consoantes.

1. EXERCÍCIOS

1. Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada:


a) Todo ensino deveria ser gratuito.
b) Não ves que eu não tenho tempo?
c) É difícil lidar com pessoas sem carater.
d) Saberias dizer o conteudo da carta?
e) Recife e Caruaru são cidades que tem um grande polo de saúde.

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2. Assinale a opção que contém as três, dentre as cinco palavras sublinhadas, que devem receber
acento gráfico:
a) Eles tem de, sozinhos, cuidar do animal, por a ração e prepara-lo para a exposição.
b) A estrategia utilizada pelo jogador pos a rainha em perigo em tempo recorde.
c) Saimos do tribunal, mas, por causa do tumulto, não conseguimos a rubrica dos juizes.
d) A quimica vem produzindo novas cores para as industrias de tecido.
e) Eles não veem o apoio que se da a qualquer pessoa que aqui vem pedir ajuda.

3. "Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões".


a) 5 acentos
b) 4 acentos
c) 3 acentos
d) 2 acentos
e) 1 acento

4. Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos:
a) paletó, avô, pajé, café, jiló
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua
d) amém, amável, filó, porém, além
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó

5. O plural de tem, dê, vê é, respectivamente:


a) têm, dêem, vêm
b) tem, dêem, veem
c) têm, deem, veem
d) têem, dêem, vêm
e) têem, deem, vêem

6. Assinale a alternativa que completa as frases:


I - Cada qual faz como melhor lhe ....... .
II - O que ....... estes frascos?
III - Nestes momentos os teóricos ....... os conceitos.
IV - Eles ....... a casa do necessário.
a) convém, contêm, reveem, proveem
b) convém, contém, revêem, provém
c) convém, contém, revêm, provém
d) convêm, contém, revêem, provêem
e) convêm, contêm, revêem, provêem

7. As silabadas, ou erros de prosódia, são frequentes no uso da língua. Assinale a alternativa em que
não ocorre nenhuma silabada:
a) Eis aí um protótipo de rúbrica de um homem vaidoso.
b) Para mim a humanidade está dividida em duas metades: a dos filântropos e a dos misântropos.
c) Os arquétipos de iberos são mais pudicos que se pensa.
d) Nesse ínterim chegou o médico com a contagem de leucócitos e o resultado da cultura de levêdos.
e) Ávaro de informações, segui todas as pegadas do individuo.

8.Nesta relação, as sílabas tônicas estão sublinhadas. Uma delas, porém, está sublinhada
incorretamente. Assinale-a:
a) in-te-rim
b) pu-di-co
c) ru-bri-ca
d) gra-tui-to
e) i-nau-di-to

9. Assinale a alternativa em que todas as palavras são paroxítonas (foram omitidos os acentos):
a) rubrica - avaro - pegada - acrobata
b) mister - filantropo - misantropo - condor
c) pegaso - prototipo - arquetipo - rubrica
d) necromancia - quiromancia - ibero - nobel
e) nenhuma das anteriores

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10. Marque o item que completa corretamente a frase: Aqueles que ............... do interior, ............... a
cidade grande como o mundo que lhes ............... .
a) veem - vêm - convêm
b) vêm - veem - convêm
c) veem - vêm - convem
d) veem - vêem - convém
e) vêm - vem – convem

11. Assinalar a alternativa correta quanto à acentuação:


a) Para por o sotão em ordem foram necessárias duas pessoas.
b) Aqueles índios se alimentam de raizes e andam nús pela floresta.
c) Já faz três mêses que saí da presidência da emprêsa.
d) O elevador só para se o botão for acionado.
e) O remedio que combate esse virus já foi descoberto?

12. Assinale o trecho que apresenta erro de acentuação gráfica:


a) Inequivocamente, estudos sociológicos mostram que, para ser eficaz, o chicote, anátema da
sociedade colonial, não precisava bater sobre as costas de todos os escravos.
b) A diferença de ótica entre os díspares movimentos que reivindicam um mesmo amor à natureza se
enraízam para além das firulas das discussões político-partidárias.
c) No âmago do famoso santuário, erguido sob a égide dos conquistadores, repousam enormes caixas
cilíndricas de oração em forma de mantras, onde o novel na fé se purifica.
d) O alvo da diatribe, o fenômeno da reprovação escolar, é uma tolice inaceitável, mesmo em um
paradígma de educação deficitária em relação aos menos favorecidos.
e) Assustada por antigas endemias rurais, a, até então, álacre sociedade brasileira tem, enfim,
consciência do horror que seria pôr filhos em um mundo tão inóspito.

13. Assinale o item em que ocorre erro ortográfico:


a) ele mantém / eles mantêm
b) ele dê / eles deem
c) ela contém / elas contêm
d) ele vê / eles veem
e) ele contém / eles contêem

14. Aponte a opção em que as duas palavras são acentuadas devido à mesma regra:
a) saí - dói
b) relógio - própria
c) só – sóis
d) dá – custará
e) até - pé

15. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de: também, incrível e
caráter.
a) alguém, inverossímil, tórax
b) hífen, ninguém, possível
c) têm, anéis, éter
d) há, impossível, crítico
e) pólen, magnólias, nós

16. Assinale a alternativa em que pelo menos um vocábulo não seja acentuado:
a) lampada, orfão, taxi, balaustre
b) itens, parabens, alguem, tambem
c) tactil, amago, cortex, roi
d) papeis, onix, bau, ambar
e) hifen, cipos, leem, pe

17. Assinale a opção em que as palavras, quanto à acentuação gráfica, estejam agrupadas pelo mesmo
motivo gramatical.
a) problemáticos, fácil, álcool
b) já, até, só
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c) também, último, análises
d) porém, detêm, experiência
e) país, atribuíram, cocaína

18. São acentuadas graficamente pela mesma razão as palavras da opção:


a) há - até - atrás
b) história - ágeis - você
c) está - até - você
d) ordinário - apólogo - insuportável
e) mágoa - ícone – número

19. Assinale o item em que as palavras estão acentuadas segundo a mesma regra:
a) miúdo, pêndulo
b) história, distância
c) pedrês, porém
d) respeitável, pálpebra
e) Lucília, três

20. Assinale com C (certo) ou E (errado):

a) As palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e “equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em


decorrência da mesma regra gramatical.
CERTO ( ) ERRADO ( )

b) As palavras “Polícia”, “Rodoviária” e “existência” recebem acento gráfico porque são paroxítonas
terminadas em ditongo crescente.
CERTO ( ) ERRADO ( )

c) As palavras “início” e “série” recebem acento gráfico com base em regras gramaticais distintas.
CERTO ( ) ERRADO ( )
d) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acento gráfico tem justificativas gramaticais
diferentes.
CERTO ( ) ERRADO ( )

e) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica.
CERTO ( ) ERRADO ( )

f) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” recebem acento gráfico com base na mesma regra de
acentuação gráfica.
CERTO ( ) ERRADO ( )

g) De acordo com a ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” segue a mesma regra de acentuação
que o vocábulo “últimos”
CERTO ( ) ERRADO ( )

h) Os vocábulos “jurídicas”, “econômicas” e “físico” recebem acento gráfico com base em regras
gramaticais diferentes.
CERTO ( ) ERRADO ( )

i)

A palavra “têm” (L.5) é acentuada porque está no plural para concordar com “moradores” (L.4).
CERTO ( ) ERRADO ( )
41
j) O emprego do acento agudo nos vocábulos “país” e “aí” justifica-se pela mesma regra de acentuação
gráfica.
CERTO ( ) ERRADO ( )

7. PROBLEMAS NOTACIONAIS NA LÍNGUA

01. Estão corretamente empregadas as palavras na frase:

a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário.


b) Ele agiu com muita descrição.
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição.
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas para realizar seções extraordinárias.

02. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial maiúscula, exceto:
a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas.
b) No começo de período, verso ou alguma citação direta.
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral.
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.

03. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:


a) enxotar - trouxa - chícara.
b) berinjela - jiló - gipe.
c) passos - discussão - arremesso.
d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.

04. Assinale a opção cm que a palavra está incorretamente grafada:


a) duquesa.
b) magestade.
c) gorjeta.
d) francês.
e) estupidez.

05. A alternativa que apresenta palavra grafada incorretamente é:


a) fixação - rendição - paralisação.
b) exceção - discussão - concessão.
c) seção - admissão - distensão.
d) presunção - compreensão - submissão.
e) cessão - cassação - excurção.

06. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:


a) analizar - economizar - civilizar.
b) receoso - prazeirosamente - silvícola.
c) tábua - previlégio - marquês.
d) pretencioso - hérnia - majestade.
e) flecha - jeito - ojeriza.

07. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:


a) atrasado - princesa - paralisia.
b) poleiro - pagem - descrição.
c) criação - disenteria - impecilho.
d) enxergar - passeiar - pesquisar.
e) batizar - sintetizar - sintonisar.

08. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:


a) tijela - oscilação - ascenção.
b) richa - bruxa - bucha.
c) berinjela - lage - majestade.
d) enxada - mixto - bexiga.

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e) gasolina - vaso - esplêndido.

09. Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas do seguinte período: "Em _____
plenária, estudou-se a _____ de terras a _____ japoneses."
a) seção - cessão - emigrantes
b) cessão - sessão - imigrantes
c) sessão - secção - emigrantes
d) sessão - cessão – imigrantes
e) seção – sessão - imigrantes

10. Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia:


a) enxofre, exceção, ascensão
b) abóbada, asterisco, assunção
c) despender, previlégio, economizar
d) adivinhar, prazerosamente, beneficente
e) advogado, escasso, escassez

11. Assinalar a alternativa correta quanto à grafia das palavras:


a) atraz - ele trás
b) atrás - ele traz
c) atrás - ele trás
d) atraz - ele traz
e) detrás – ele trás

12. Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portanto, palavras homônimas. Associe as duas
colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.
1 - conserto ( ) valor pago
2 - concerto ( ) juízo claro
3 - censo ( ) reparo
4 - senso ( ) estatística
5 - taxa ( ) pequeno prego
6 - tacha ( ) apresentação musical
a) 5-4-1-3-6-2
b) 5-3-2-1-6-4
c) 4-2-6-1-3-5
d) 1-4-6-5-2-3
e) 4-6-1-3-5-2

13. Assinalar o par de palavras antônimas:


a) pavor – pânico
b) pânico - susto
c) dignidade – indecoro
d) dignidade – integridade
e) mau - má

14. O antônimo para a expressão "época de estiagem" é:


a) tempo quente
b) tempo de ventania
c) estação chuvosa
d) estação florida
e) estação semiárida

15. Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da direita e indicar a sequencia correta.
1 - insigne ( ) ignorante
2 - extático ( ) saliente
3 - insipiente ( ) absorto
4 - proeminente ( ) notável
a) 2-4-3-1
b) 3-4-2-1
c) 4-3-1-2
d) 3-2-4-1
e) 4-1-3-2

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16. A ......... de uma guerra nuclear provoca uma grande ........... na humanidade e a deixa ......... quanto
ao futuro.
a) Espectativa-tensão-exitante
b) Espectiva-tenção-hesitante
c) Expectativa-tensão-hesitante
d) Expectativa-tenção-hezitante
e) Espectativa-tenção-exitante

17. Marque a frase em que deve ser empregada a primeira das duas palavras que aparecem entre
parênteses:
a) Essas hipóteses _________ das circunstâncias (emergem - imergem);
b) Nunca o encontro na _________ em que trabalha (sessão - seção);
c) Já era decorrido um _______ que ela havia partido, (lustre - lustro);
d) O prazo já estava _______ (prescrito - proscrito);
e) O fato passou completamente ________ (desapercebido- despercebido).

18. Marque a frase que se completa com o segundo elemento do parênteses:


a) A recessão econômica do país faz com que muitos _________ (emigrem - imigrem);
b) Antes de ser promulgada, a Constituição já pedia muitos ________ (consertos - concertos);
c) A ditadura _________ muitos políticos de oposição; (caçou - cassou);
d) Ao sair do barco, o assaltante foi preso em ___________ (flagrante - fragrante);
e) O juiz _________ expulsou o atleta violento (incontinenti- incontinente).

19. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parênteses:
a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas);
b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos (imergiu-emergiu);
c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou);
d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava);
e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo-senso).

20. Marque a alternativa que se completa com o primeiro elemento do parênteses:


a) A polícia federal combate o _________ de cocaína (tráfego-tráfico);
b) No Brasil é vedada a ________ racial; embora haja quem a pratique (discriminação-descriminação);
c) Você precisa melhorar seu __________ de humor (censo-senso);
d) O presidente _________ antecipou a queda do muro de Berlim (ruço-russo);
e) O balão, tremeluzindo _________ para o céu estrelado (acendeu-ascendeu).

21.Em “o prefeito deferiu o requerimento do contribuinte”, o termo grifado poderia perfeitamente ser
substituído por:
a) apreciou;
b) arquivou;
c) despachou favoravelmente;
d) invalidou;
e) despachou negativamente.

22. Observe as orações seguintes:


I - Por que não apontas a vendedora por que foste ludibriado?
II - A secretária não informa por que linha, de ônibus chega-se ao escritório.
III - Por que será que o governo não divulga o porquê da inflação.
Há erro na grafia:

a) na I apenas;
b) em duas apenas;
c) na II apenas;
d) na III apenas;
e) em nenhuma.

23.Complete as lacunas com (estada / estadia /onde / aonde): “_______ quer que eu me hospede,
procuro logo saber o preço da _______, quanto custa a _______ de um carro alugado, bem como
_______ se possa ir à noite.”
a) aonde – estadia – estada – onde;

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b) onde – estada – estadia – aonde;
c) onde – estadia – estada – aonde;
d) aonde – estada – estadia – onde;
e) onde – estadia – estadia – aonde.

24. Leia as frases abaixo:


1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.

Escolha a alternativa que oferece a sequencia correta de vocábulos para as lacunas existentes:
a) concerto – há – a – cessões – há;
b) conserto – a – há – sessões – há;
c) concerto – a – há – seções – a;
d) concerto – a – há – sessões – há;
e) conserto – há – a – sessões – a .

25. Reescreva, preenchendo as lacunas com (por que / porque / porquê / por quê).
- _________ é que você disse pra ele?
- Pra falar a verdade, eu nem sei bem ________ .
- Não será _______ tem inveja dele?
- Acho que não, até ________ eu nem guardo rancor dele.
- Ora, deve haver um ________ para esse tipo de comportamento. Concorda?
- Pode ser, acho _______ tenho sido imaturo.
a) por que – por quê – por que – porque – porquê –porque;
b) por quê – por que – por quê – por quê – porquê –por que;
c) por que – por que – por que – porque – por quê –porque;
d) porque – porque – porque – porque – por quê –por que;
e) porquê – por quê – por quê – por quê – porquê –porque.

26. Preencha as lacunas, usando corretamente (expiar/ espiar / eminentes / iminentes):


“Na época do arbítrio, era comum a prática de________ a conduta pessoal de _______ figuras da
esquerda resistente; instalavam-se câmaras secretas ou grampos telefônicos, de modo a prender,
torturar e quase sempre executar barbaramente os “pseudo-subversivos”, como forma de ________
todas as formas de oposição ao regime, que via em tudo, tramas para _______ conspirações.
a) expiar – iminentes – expiar – eminentes;
b) expiar – eminentes – espiar – iminentes;
c) espiar – iminentes – expiar – eminentes;
d) expiar – eminentes – expiar – iminentes;
e) espiar – eminentes – expiar – iminentes.

27. Complete as lacunas,usando corretamente (infringir / inflingir / retificar / ratificar / absolver /


absorver):
“A aplicação da pena de morte, como forma de punir aqueles que costumam _______ as leis, não
parece ser a melhor forma de ________ a aplicação da penalidade. Até por que se executando o
condenado, fica impossível __________ uma possível falha judicial que possa ter havido. Agindo dessa
forma, só iríamos ________ as falhas irreparáveis, cometidas em outros países, onde a tal pena capital é
adotada.
Melhor seria se decidíssemos ________ os erros que os outros já cometeram e deixar o réu com vida,
para que os advogados tenham como o ________ caso seja inocente.”

a) infringir – infligir – retificar – ratificar – absorver – absolver;


b) infligir – infringir – ratificar – retificar – absorver – absolver;
c) infringir – infligir – retificar – ratificar – absolver – absorver;
d) infligir – infringir– retificar – ratificar – absorver – absolver;
e) infringir – infligir – ratificar – retificar – absolver – absorver.

28.A frase que se completa com a primeira forma colocada entre parênteses é:
a) até hoje não se abriu nenhum _________ quanto ao assunto; (procedente-precedente).
b) se enganos houve, que sejam prontamente __________ ; (ratificados - retificados).
c) os bombeiros andavam às voltas com o __________ perigo; (eminente - iminente).

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d) as rosas deixaram uma suave __________ no ar; (flagrância - fragrância).
e) a atitude do aluno ________ o regulamento. (infringiu- infligiu).

29. Escolha a alternativa que completa adequadamente os espaços abaixo:


Você não vai conosco? ______ ?
.____ ele não veio?
Não descubro o _______ da atitude do meu pai.
Explique _________ .
Não compreendo _______ motivo não vieram ainda.
Não saia, _________ preciso falar-lhe.

a) por quê, por que, porquê por quê, por que, porque;
b) por que, por quê, porque por quê, por quê, porquê
c) por quê, por quê, porque, porquê, por quê, por quê;
d) por que, porquê, por que, porque, por que, por quê;
e) porque, porque, por quê, por que, por que, porque.

30.A concordância verbal que a norma culta da língua não aceita está na seguinte frase:
a) As Minas Gerais geram conflitos.
b) Mais de um político foi escolhido.
c) Deu seis horas no relógio da sala.
d) Faz muitos meses que ela viajou.
e) Fui eu quem sentiu a dúvida.

31.Selecione a opção cujas palavras preenchem de forma correta as lacunas do parágrafo abaixo.
___ muitos meses do término da cobrança do imposto - em 31 de dezembro de 1994, ainda existem
algumas providências ___ serem tomadas. Os técnicos preparam, ___ alguns meses, uma instrução
normativa para obrigar as entidades filantrópicas ___ se identificarem junto ___ Receita.

a) Há – à – a – à – à;
b) A – há – há – à – a
c) A – à – há – à – à
d) A – a – há – a – à
e) Há – a – à – a – à

08. PONTUAÇÃO

1 - Ponto (.)
Quando utilizar o ponto simples:
a) Para indicar o fim de um período simples, de uma frase com sentido completo.
Nada mais tenho a dizer.
b) Para abreviar:
Sr., a.C., num., adj., etc.

2 – Ponto de Interrogação (?)


Quando utilizar a ponto de interrogação:
a) Para realizar perguntas.
Você quer perguntar alguma coisa?
b) Pode-se utilizar desta pontuação para indicar diversos sentimentos (surpresa, indignação,
expectativa):
Os alagoanos elegeram Renan Calheiros? (atitude de indignação)
O presidente não sabia do mensalão? (surpresa)
O Brasil ganha a copa? (expectativa)

3 – Ponto de Exclamação (!)


Quando utilizar o ponto de exclamação:
a) Para expressar sentimentos tais como: empolgação, súplica, reclamação, surpresa, horror:
Vamos sair do Brasil! (empolgação)
Por favor, votem direito! (súplica)
Mais rápido, amor! (reclamação)
Que negócio grande! (surpresa)
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Que horror! (horror)
b) Para interjeições e locuções interjetivas:
Oh! Meu Deus! É só você e eu.
Eu te amo, caramba!
c) Depois de vocativos:
Você consegue, garoto!
Se liga, menino!

4 - Reticências (…)
Quando utilizar as reticências:
a) Para suprimir trechos:
Era uma vez (...) e viveram felizes para sempre.
b) Para indicar interrupção ou continuidade:
E veio uma sensação de alegria, euforia, felicidade...
Eu gostei do novo técnico, mas dos novos jogadores...

5 - Parênteses ( )
Quando utilizar os parênteses:
a) Na indicação de fontes bibliográficas:
“47, 82% dos professores entrevistados usa exclusivamente o livro didático em suas aulas, ou cópia
de textos (57,65%)” (Brasil, 2002, p.70).
b) Para expor uma sigla:
Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)
c) Para uma explicação:
(...)pela forma como o fluxo da fala (suprassegmento – pausas, entoação, qualidade da voz, ritmo,
velocidade da fala) é produzido.

6 – Dois pontos (:)Quando utilizar os dois pontos:


a) Para fazer uma citação ou introduzir uma fala:
Dilma foi vaiada porque declarou: “Me impressionou como a tecnologia pode ajudar os portadores de
deficiência”.
b) Para indicar explicação ou resumo do que foi dito:
É o país do carnaval, bunda e futebol: Brasil.
c) Quando se quer indicar uma enumeração:
O Brasil não progride porque só lhe interessa: carnaval, bunda e futebol.
d) Na introdução de exemplos, notas e observações.
Obs.: Não use linguagem coloquial em correspondências oficiais.
e) Antes de orações apositivas:
Viverás para Deus com uma condição: que morra para o mundo.

f) Em invocações de correspondências:
Prezados Senhores:
Convido-lhes para o meu aniversário dia 30 de Fevereiro.

g) Em citações e referências:
Parafraseando Vinicius de Moraes: “Tristeza não tem sim, felicidade não tem fim”.

7 – Ponto e Vírgula (;)


Quando utilizar o ponto e vírgula:
a) Para separar itens:
O(a) empregador(a) poderá descontar dos salários do(a) empregado(a):
a. até 6% do salário contratado, limitado ao montante de vales-transportes recebidos;
b. os adiantamentos concedidos mediante recibo;
c. faltas injustificadas, com consequências, inclusive, no número de dias de férias a que o(a)
empregado(a) tem direito.
b) Este sinal de pontuação pode ser usado para evitar o excesso de vírgulas quando for preciso
separar orações coordenadas que já possuem vírgulas:
Ela não comentou nada, apenas olhou nos meus olhos, sentou-se ao meu lado; queria ficar comigo.
Quando criança, roubava queimado; moço, roubava armado; agora, adulto, político formado.
Vote em qualquer um; fique, depois, arrependido.
47
c) Para separar antítese:
Muitos querem; poucos podem.
Uns mandam; outros trabalham.
d) Para dar maior pausa a conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, etc.):
O time estava completo; porém, perdeu o jogo.

USO DA VÍRGULA

Em estruturas específicas:

a) Para separar os nomes dos locais de datas:


Salvador, 11 de julho de 2012.
b) Em correspondências, após a saudação.
Atenciosamente,
Com amor,

A vírgula no interior da oração:


a) Para separar termos com mesma função sintática:
O político é ladrão, traidor e enganador. (vírgula separando predicativos)
A criança brincou, correu, pulou e, enfim, dormiu. (vírgula separando verbos)
b) Para separar o vocativo:
Brasileiro, venha catar o cocô do seu cão!
c) Para separar o aposto:
O João, brasileiro típico, jogou seu lixo pela janela do carro.
d) Após termos deslocados:
1. Complemento do verbo deslocado:
Ela viu uma forte paixão naqueles olhos.
Uma forte paixão, ela viu naqueles olhos.
e) Para separar conjunção, termo explicativo e termos que servem como conectivos. (mas, contudo,
logo, por exemplo, ou seja, aliás, etc.):
Nós viajamos para Madrid, aliás, para Vigo.
f) Para indicar um elemento elíptico no período:
Uma disse que era um urso, a outra, que era um lobo.

A vírgula entre orações:


a) Para separar oração intercalada:
Nenhuma pesquisa, que saibamos, explorou tal assunto.
Então publique um artigo, respondi prontamente.

b) Em orações subordinada adjetiva:


I. Explicativa – Ficam isoladas por vírgula.
Os críticos, que não são perfeccionistas, não perceberam o erro na restauração da pintura.
II. Restritiva – Proibido anteceder com vírgula.
Os críticos que não são perfeccionistas não perceberam o erro na restauração da pintura.
O Iron Man é o herói que mais cativou no filme.
e) Orações subordinadas substantivas são separadas por vírgula:
I) Quando antepostas à principal.
"É necessário que pensem rápido.”
"Que pensem rápido, é necessário.”
f) Orações reduzidas:
I) Oração reduzida de gerúndio: Nas antecipadas, a vírgula é obrigatória. Quando possuir valor de
coordenada aditiva, deve estar isolada por vírgula. Quando possuir valor de subordinada adjetiva ou
adverbial não se deve colocar vírgula:
Liguei para o Palácio, tentando contactar Dilma. (aditiva)
Jogando granadas, você matará aquelas aranhas. (deslocada)
Você matará aquelas aranhas jogando granadas. (OSAdv.)(caso jogue granadas)
O homem, virando zumbi, suicidou-se. (OSAdj.)( que virava Zumbi)

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Outros casos:
1. Aditivas – Não antecedidas por vírgula: [e, nem, ou, mas] com valor aditivo.
Não apenas eu mas também ele vimos.
Nem eu nem ele vimos.
2. Adversativas – Antecedidas por vírgula e quando deslocadas ficam entre vírgulas.
Comprarei, mas quero desconto.
3. A conjunção [e] apresenta casos específicos no uso da vírgula:
a. Quando as orações possuem sujeitos diferentes:
Conheça a si e ao inimigo, e ninguém vencerá você.
b. Quando houver repetição da conjunção (polissíndeto):
E canta, e dança, e imita, e tudo faz.
c) Quando possuir valor não aditivo:
Treinou tanto, e ainda foi reprovado. (adversativo)
d) Quando houver aposto, termo ou expressão deslocados ou intercalados:
Dilma, a presidenta, e seus 40 ladrões afundaram o país.
Tendo decidido, e nada mudaria tal decisão, desistiu.

EXERCÍCIOS

01. Dê o significado de cada frase abaixo, de acordo com a posição da vírgula:


1) Não, espere.
Não espere.
2) Aceito, obrigada.
Aceito obrigada.
3) Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
4) Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
5) Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
6) Não queremos saber.
Não, queremos saber.
7) Se o homem soubesse o valor que tem a mulher, andaria de quatro a sua procura.
Se o homem soubesse o valor que tem, a mulher andaria de quatro a sua procura.

02. Verifique a pontuação adequada nas afirmações abaixo, assinalando verdadeiro (V) ou falso (F):

a) Sem reforma, social, as desigualdades entre as cidades brasileiras, crescerão sempre...


b) No Brasil, a diferença social é motivo de constante preocupação.
c) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste no IBGE.
d) Tenho esperanças, pois a situação econômica não demora a mudar.
e) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providências serão tomadas.
f) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário.
g) Ele, modestamente se retirou.
h) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia.
i) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja.
j)Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes alemães.
k) "Os textos são bons e entre outras coisas demonstram que há criatividade".
l) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.
m) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso os
impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado.
n) Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o resultado do concurso.
o) Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o resultado do concurso.
p) Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o resultado do concurso.
q) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso, em fila.
r) Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o resultado do concurso.
s) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.
t) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio.
u) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio.
v) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio.
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w) Era um homem de quarenta e cinco anos, baixo, meio gordo, fisionomia insinuante, destas que,
mesmo sérias, trazem impresso constante sorriso.
x) Em suma, poderia dever algumas atenções, mas não devia um real ninguém.
y) Precisando de meu auxílio, por favor, não hesite em chamar-me.
z) Apesar de toda a atenção, o fato passou despercebido a todos.

03. Qual das alternativas abaixo apresenta a pontuação correta:


a) Eram frustradas, insatisfeitas; além disso, seus conhecimentos eram duvidosos.
b) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso seus conhecimentos eram duvidosos.
c) Eram frustradas; insatisfeitas: além disso, seus conhecimentos eram duvidosos.
d) Eram frustradas, insatisfeitas: além disso, seus conhecimentos eram duvidosos.
e) Eram frustradas, insatisfeitas, além disso, seus conhecimentos eram duvidosos.

04.Assinale a alternativa em que o texto está pontuado corretamente:


a) Matias, cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão quando começou o idílio
psíquico.
b) Matias cônego honorário, e pregador efetivo estava compondo um sermão quando começou o idílio
psíquico.
c) Matias, cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão, quando começou o idílio
psíquico.
d) Matias cônego honorário e pregador efetivo, estava compondo um sermão, quando começou, o idílio
psíquico.
e) Matias, cônego honorário e, pregador efetivo, estava compondo um sermão quando começou o idílio
psíquico.

05. Assinale o período que está pontuado corretamente:


a) Solicitamos aos candidatos que respondam às perguntas a seguir, importantes para efeito de
pesquisas relativas aos vestibulares.
b) Solicitamos aos candidatos, que respondam, às perguntas a seguir importantes para efeito de
pesquisas relativas aos vestibulares.
c) Solicitamos aos candidatos, que respondam às perguntas, a seguir importantes para efeito de
pesquisas relativas aos vestibulares.
d) Solicitamos, aos candidatos que respondam às perguntas a seguir importantes para efeito de
pesquisas relativas aos vestibulares.
e) Solicitamos aos candidatos, que respondam às perguntas, a seguir, importantes para efeito de
pesquisas relativas aos vestibulares.

06.Assinale a alternativa em que o texto esteja corretamente pontuado:


a) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexão, entrou na loja um sujeito baixo sem chapéu
trazendo pela mão, uma menina de quatro anos.
b) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexão, entrou na loja, um sujeito, baixo, sem chapéu,
trazendo pela mão, uma menina de quatro anos.
c) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexão, entrou na loja um sujeito baixo, sem chapéu,
trazendo pela mão uma menina de quatro anos.
d) Enquanto eu, fazia comigo mesmo, aquela reflexão, entrou na loja um sujeito baixo sem chapéu,
trazendo pela mão uma menina de quatro anos.
e) Enquanto eu fazia comigo mesmo, aquela reflexão, entrou na loja, um sujeito baixo, sem chapéu
trazendo, pela mão, uma menina de quatro anos.

07. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem
preencher as lacunas da frase ao lado: Quando se trata de trabalho científico - duas coisas devem ser
consideradas - uma é a contribuição que o trabalho oferece - a outra é o valor prático que possa ter.
a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula
b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula
c) vírgula, dois pontos, ponto e vírgula
d) ponto e vírgula, dois pontos, ponto e vírgula
e) ponto e vírgula, vírgula e vírgula

08. Assinale a frase de pontuação errada:


a) José, venha cá.
b) Paulo, o mais moço da família, é o mais esperto.

50
c) Ao acabar as aulas, os alunos se retiraram.
d) Os professores, os alunos, o diretor e os funcionários saíram.
e) São Paulo 22 de março de 1952.

09. Assinale o período de pontuação correta:


a) Se alguém vier com perguntas a que você não sabe responder, será mais honesto dizer que vai
estudar o assunto.
b) Se alguém, vier com perguntas a que você não sabe, responder, será mais honesto dizer que vai
estudar o assunto.
c) Se alguém vier, com perguntas a que você não sabe responder será, mais honesto, dizer que vai
estudar o assunto.
d) Se, alguém vier com perguntas, a que você não sabe responder, será, mais honesto, dizer que vai
estudar o assunto.
e) Se alguém vier com perguntas a que, você não sabe responder, será mais honesto dizer, que vai
estudar o assunto.

10. Assinale a alternativa em que a pontuação do período é incorreta:


a) Só te peço isto: que não demores.
b) A raposa, que é matreira, enganou o corvo.
c) Mal ele entrou, todos se retiraram.
d) A cartomante fez uma só previsão; que ele ainda seria feliz.
e) Pensei que não mais virias.

11. A alternativa em que há erro no uso da vírgula é:


a) Fui à Faculdade, não o encontrei, porém.
b) Depois falaram, o professor, os pais, os alunos e o diretor.
c) No dia 15 de novembro, feriado nacional, foi proclamada a República.
d) Pelé, Ministro dos Esportes, está preocupado com a violência dos estádios.
e) Chirac, que é Presidente da França, ainda não suspendeu as experiências nucleares.

12. Assinale o item que apresenta a pontuação correta:


a) A hospitalidade tem dois aspectos: um geral, que se refere à convivência em sociedade e se confunde
com o cerimonial e a etiqueta de cada povo; o outro, específico, que estabelece relações especiais entre
anfitriões e convidados.
b) Baseadas no código de honra do deserto, as relações de hospitalidade árabe, dão ao hóspede direitos
exorbitantes.
c) Os poetas árabes, que tanto cantaram as virtudes do perfeito anfitrião não dizem quase nada, a
respeito dos hóspedes.
d) Aquele que recebe a hospitalidade é ao mesmo tempo, um emir, um prisioneiro, e um poeta dizem os
beduínos.
e) A hospitalidade no entanto, não é medida pela abundância da comida, mas é particularmente,
apreciada quando se pratica apesar dos meios limitados.
(Trechos da Revista Correio da UNESCO, com adaptações)

13. Pontue as orações adequadamente e, quando necessário, faça pequenas modificações:

a) Maria Rita menina pobre do interior chegou a São Paulo assustada


b) O encanador sorriu e disse se a senhora quiser eu posso trocar também a torneira dona
c) Quando tudo vai mal nós devemos parar e pensar onde é que estamos errando desta maneira
podemos começar a melhorar isto é a progredir.
d) Socorro alguém me ajude
e) Ao voltar para casa encontrei um ambiente assustador móveis revirados roupas jogadas pelo chão
lâmpadas quebradas e torneiras abertas
f) De MPB eu gosto mas de música sertaneja
g) Não critique seu filho homem de Deus dê o apoio que ele necessita e tudo terminará bem se você não
apoiá-lo quem irá fazê-lo
h) Os nossos sonhos não são inatingíveis a nossa vontade deve torná-los realidade
i) O computador que é uma invenção deste século torna a nossa vida cada dia mais fácil
j) Eu venderei todas as minhas terras mesmo que antes disso a lavoura se recupere

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l) Naquele instante quando ninguém mais esperava de longe avistamos uma figura estranha que se
aproximava quando chegou bem perto ele perguntou o que fazem aqui neste fim-de-mundo e nós
respondemos graças a Deus o senhor apareceu estamos perdidos nesta mata há dias
m) Quando lhe disserem para desistir persista quando conseguir a vitória divida com seus amigos a sua
alegria
n) Quanta burocracia levei dois meses para tirar um documento de identidade
o) Você tem duas opções desiste da carreira ou do casamento
p) O presidente pode se tiver interesse colocar na cadeia os corruptos ou seja aqueles que só fazem mal
ao país

14.Assinale a frase em que a pontuação está incorreta.

a) E ficou de olhos abertos, concentrado esperando, que o dia nascesse e seus mortos, partissem.
b) Tomado de surpresa, fico imóvel, e somos como um feliz, ainda que insólito, casal de namorados.
c) O escuro da garagem reteve-as por alguns momentos, até que a vencedora emergiu, vagarosa,
arquejante.
d) É bom que um homem, vez por outra, deixe o litoral misterioso e grande, querendo contemplar uma
lagoa.
e) Pegou o telefone, deu instruções à companhia, acrescentando com meio desprezo: o que tem mais
aqui é livro.

15.Assinale a frase em que faltam vírgulas.

a) Quem sabe se os dois tinham uma receita de felicidade?


b) Seria inútil explicar-lhe que um celeiro de brejo não tem preço.
c) Boa distração a gente sonhar construir castelos arquitetar episódios romanescos.
d) As pessoas distantes atingiram essa altura desolada em que papel e tinta nada significam.
e) A lembrança dele é grata aos que conheceram os últimos dias de glória dos teatros do interior.

16. Assinale a alternativa cuja frase está corretamente pontuada:


a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema planetário.
b) Ele, modestamente se retirou.
c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia.
d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja.
e) Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes alemães.

17. Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação, assinale a letra que corresponde ao
período de pontuação correta:
a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho.
b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho.
c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho.
d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.
e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que eu venho.

18. Marque a alternativa que está pontuada adequadamente:


a) Precisando de meu auxílio por favor não hesite em chamar-me.
b) Precisando, de meu auxílio, por favor não hesite em chamar-me.
c) Precisando de meu auxílio, por favor, não hesite em chamar-me.
d) Precisando de meu auxílio por favor não hesite, em chamar-me.
e) Precisando, de meu auxílio por favor, não hesite, em chamar-me.

19. Assinale a alternativa em que o texto esteja corretamente pontuado:


a) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexão, entrou na loja um sujeito baixo sem chapéu
trazendo pela mão, uma menina de quatro anos.
b) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexão, entrou na loja, um sujeito, baixo, sem chapéu,
trazendo pela mão, uma menina de quatro anos.
c) Enquanto eu fazia comigo mesmo aquela reflexão, entrou na loja um sujeito baixo, sem chapéu,
trazendo pela mão uma menina de quatro anos.
d) Enquanto eu, fazia comigo mesmo, aquela reflexão, entrou na loja um sujeito baixo sem chapéu,
trazendo pela mão uma menina de quatro anos.
e) Enquanto eu fazia comigo mesmo, aquela reflexão, entrou na loja, um sujeito baixo, sem chapéu
trazendo, pela mão, uma menina de quatro anos.

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20. Assinale a correta:
a) O fogo, está apagado; defendeu-se a moça; mas, o almoço está pronto.
b) O fogo está apagado, defendeu-se a moça. Mas, o almoço, está pronto.
c) O fogo está apagado... defendeu-se, a moça; mas o almoço está pronto.
d) O fogo está apagado? Defendeu-se a moça. Mas o almoço, está pronto.
e) O fogo está apagado - defendeu-se a moça. Mas o almoço está pronto.

21.Marque a alternativa correta:


a) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa, de lado!
b) Prezados colegas deixemos agora, a boa conversa de lado!
c) Prezados colegas, deixemos agora, a boa conversa de lado!
d) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa de lado!
e) Prezados colegas, deixemos agora a boa conversa de lado!

22. Em "A menina, conforme as ordens recebidas, estudou":


a) há erro na colocação das vírgulas
b) a primeira vírgula deve ser omitida
c) a segunda vírgula deve ser omitida
d) a forma de colocação das vírgulas está correta
e) não deverá haver uso de vírgulas

23. Das seguintes redações, assinale a que não está pontuada corretamente:
a) Os meninos, inquietos, esperavam o resultado do pedido.
b) Inquietos, os meninos esperavam o resultado do pedido.
c) Os meninos esperavam, inquietos, o resultado do pedido.
d) Os meninos inquietos esperavam o resultado do pedido.
e) Os meninos, esperavam inquietos, o resultado do pedido.

24. Os períodos seguintes apresentam diferença de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao
período de pontuação correta:
a) O sinal, estava fechado; os carros, porém não paravam.
b) O sinal, estava fechado: os carros porém, não paravam.
c) O sinal estava fechado; os carros porém, não paravam.
d) O sinal estava fechado: os carros porém não paravam.
e) O sinal estava fechado; os carros, porém, não paravam.

25. Os períodos seguintes apresentam diferenças de pontuação. Assinale a letra que corresponde ao
período de pontuação correta:
a) Nada compramos pois, a loja ainda, estava fechada.
b) Nada compramos; pois, a loja ainda estava fechada.
c) Nada compramos, pois a loja ainda estava fechada.
d) Nada compramos pois a loja ainda estava fechada.
e) Nada compramos, pois, a loja, ainda, estava fechada.

09. CONCORDÂNCIA VERBAL

01. “Com ele, ler o mundo tornou-se virtualmente possível, haja vista que sua natureza imaterial o faz
ubíquo.”
A flexão de feminino em “haja vista” deve-se à concordância com a palavra feminina “natureza”.
CERTO ( ) ERRADO ( )

02. “O caseiro poderá testemunhar a favor do deputado, caso ele realmente haja visto o encontro dos
dois”.
HAJA VISTO só existe como forma verbal quando equivalente a TENHA VISTO.
CERTO ( ) ERRADO ( )

03. “Os dados reforçam tendências que vêm causando crescente apreensão às autoridades.”
A locução “vêm causando” apresenta concordância de número com o seu respectivo sujeito, “os dados”.
CERTO ( ) ERRADO ( )

04. “De 2006 a 2012, 1,8 milhão de audiências de conciliação foram realizadas.”

53
Mantém-se a correção gramatical do período ao se substituir “milhão” por “milhares”.
CERTO ( ) ERRADO ( )

05. “Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas
constitui uma visão dos fenômenos sociais.”
Na concordância com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam” reforça a ideia de
pluralidade de “ideologias”; mas estaria gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada
uma”, empregando-se o referido verbo no singular.
CERTO ( ) ERRADO ( )

06. Os fragmentos que constituem os itens seguintes foram adaptados de trechos de notícias do sítio da
OIT na Internet. Julgue-os no que se refere à correção gramatical.
“As conclusões do relatório da OIT sobre desigualdades de gênero estimulam a ampliação das medidas
de proteção social destinadas a reduzir a vulnerabilidade das mulheres e incentivam os investimentos
em capacitação e educação, bem como a instauração de políticas que favoreçam o acesso ao emprego.
O relatório enumera, ainda, uma série de diretrizes políticas para ajudar as comunidades a reduzir os
preconceitos de gênero nas decisões relativas ao trabalho e a diminuir as disparidades de gênero no
mercado laboral.”
CERTO ( ) ERRADO ( )

07. “Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em
terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira.”
No trecho “A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram”, o
emprego da forma verbal no plural deve-se à presença do artigo “a” antes de “presença”, motivo pelo
qual a supressão desse artigo levaria o verbo para a forma singular, mantendo-se, assim, a correção
gramatical do trecho.
CERTO ( ) ERRADO ( )

08. “O número de domicílios que têm apenas telefone celular aumentou. Em decorrência do fenômeno
da expansão dos que só têm celular, houve uma diminuição dos telefones fixos.”
A forma verbal “têm” está no plural porque concorda com o antecedente do pronome relativo.
CERTO ( ) ERRADO ( )

09. “A participação das mulheres em todos os níveis do governo democrático - local, nacional e regional -
diversifica a natureza das assembleias democráticas e permite que o processo de tomada de decisões
responda a necessidades dos cidadãos não atendidas no passado.”

Se a palavra “atendidas” fosse flexionada no masculino — atendidos —, estariam mantidos a correção


gramatical e o sentido original do texto.
CERTO ( ) ERRADO ( )

10. “A evolução dos processos de automação permitiu a instalação dos primeiros caixas eletrônicos no
Brasil.”
A forma verbal “permitiu” poderia ter sido flexionada no plural — permitiram —, caso em que concordaria
com “processos”.
CERTO ( ) ERRADO ( )

11. “Adam Smith estava certo quando observou que o crescimento aumenta a renda da população e,
assim, amplia a capacidade das pessoas de ter acesso a melhores condições de vida.”
A forma verbal “ter”, em “e, assim, amplia a capacidade das pessoas de ter acesso a melhores
condições de vida”, poderia ser corretamente empregada também no plural: terem.
CERTO ( ) ERRADO ( )

12. “É necessário ponderar, entre outros fatores, o impacto ambiental.”


O emprego da flexão de masculino em “necessário” justifica-se pelo fato de esse vocábulo concordar
com a expressão “o impacto ambiental”.
CERTO ( ) ERRADO ( )

13. “Também foram anunciados a construção de 19 escolas, obras de contenção de encostas e um


programa habitacional orçado em 144 milhões de reais, entre outras medidas.”
A substituição de “foram anunciados” por “foi anunciado” manteria a correção gramatical do texto.
CERTO ( ) ERRADO ( )

54
14. “Trabalho demais, agenda cheia, Internet, celular e carros que chegam a mais de 200 km/h
transformam o homem moderno numa espécie de Coelho Branco de Alice no País das Maravilhas.”
Se o trecho “e carros que chegam a mais de 200 km/h” fosse retirado do texto, a forma verbal
“transformam” deveria ser substituída por transforma.
CERTO ( ) ERRADO ( )

15. “É possível concluir igualmente que parcela considerável da renda dos brasileiros é destinada ao
consumo, sobretudo de bens materiais, como eletrodomésticos, equipamentos para o lar, som e TV
(2,71%), comparada com o patamar de 0,05% destinado à aquisição de livros e revistas técnicas. O
consumo é também evidenciado ao notar-se que 8,76% da despesa são destinados à manutenção e à
aquisição de veículos automotores.”
Os vocábulos “destinado” e “destinados” concordam, respectivamente, com os numerais indicativos de
porcentagem que os antecedem: “0,05%” e “8,76%”.
CERTO ( ) ERRADO ( )

16. “A cultura da paz é uma iniciativa de longo prazo, que leva em conta os contextos histórico, político,
econômico, cultural e social de cada sociedade.”
Com o emprego de “os contextos”, no plural, generaliza-se o significado desse termo, que, em seguida, é
especificado por meio do trecho “histórico, político, econômico, cultural e social”; estariam preservadas a
coerência e a correção gramatical do texto caso se empregasse o referido termo no singular — o
contexto.
CERTO ( ) ERRADO ( )

17. “As forças vivas presentes na rede social deixam assim de ser reservas passivas à mercê de um
monstro insaciável, para se tornarem positividade imanente e expansiva que os poderes se esforçam em
regular, modular ou controlar.”
A coerência e a correção gramatical do texto serão preservadas caso se proceda à substituição de
“tornarem” por tornar.
CERTO ( ) ERRADO ( )

18. “Estatísticas recentes sobre o sistema carcerário do Rio de Janeiro apontam para a existência de
6254 fugitivos, a maioria dos quais, 3759, aproveitou o benefício do regime de prisão semi-aberta e
escapou.”
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal "aproveitou" estivesse flexionada no
plural, em concordância com o número 3.759.
CERTO ( ) ERRADO ( )

19. “Para mim, não se trata de um regime com características físicas.”


A flexão de singular em "não se trata" deve-se ao emprego do singular em "um regime”.
CERTO ( ) ERRADO ( )
20. “A Internet tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao aproximar moradores
urbanos e rurais, que falam dialetos variados, mas que têm apenas um tipo de escrita.”
CERTO ( ) ERRADO ( )

10. CONCORDÂNCIA NOMINAL

Adjunto adnominal: Quando o adjetivo posposto Ternura e amor humano.


a dois ou mais substantivos funcionar como Amor e ternura humana.
adjunto adnominal e estiver qualificando todos os Ternura e amor humanos.
substantivos apresentados, poderá concordar O Estado compra carros e maçãs argentinos.
com o elemento mais próximo ou com a soma O Estado compra maçãs e carros argentinos
deles.
Se qualificar o elemento mais próximo: Comprei livros e pera madura.
Se os substantivos forem sinônimos: Desrespeitaram o povo e a gente brasileira
Se os substantivos formarem graduação: Foi um olhar, uma piscadela, um gesto
estranho.
Adjetivo anteposto normalmente: concorda com Comi delicioso almoço e sobremesa.
o mais próximo: Má hora e lugar.
Quando dois ou mais adjetivos se referem a um Falava fluentemente a língua inglesa e
substantivo este vai para o singular ou plural: (a) espanhola.
Falava fluentemente

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as línguas inglesa e espanhola.
Quando dois ou mais ordinais vêm antes de um A primeira e segunda lição.
substantivo, determinando-o, este concorda com A primeira e segunda lições.
o mais próximo ou vai para o plural: A primeira, a segunda e a última aula.
Quando dois ou mais ordinais vêm depois de um As cláusulas terceira, quarta e quinta.
substantivo, determinando-o, este vai para o
plural:

Muito, pouco, menos, bastante, caro, meio, só,


mesmo, alerta:
Quando se trata de advérbio não variam: Algumas viagens são muito cansativas.
Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
Comprei caro os sapatos.
Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante (muito) contente com a proposta.
Estou meio insegura.
Só consegui comprar uma passagem.
Preciso falar a sós com ele. (a sós - locução
adverbial.
Preciso de menos comida para perder peso.
Os pais estavam alerta para a situação do filho
doente.
Quando não são advérbios seguem a regra
geral:
Comi muitas frutas durante a viagem. (pronome)
Poucas pessoas acreditaram em mim. (pronome)
Os sapatos estavam caros. (adjetivo)
Estiveram sós nos escombros durante horas.
(adjetivo)
Seus argumentos foram bastantes (suficientes)
para me convencer. (adjetivo)
Havia bastantes (muitas) pessoas na praça.
Os mesmos argumentos que eu usei, você
copiou. (pronome)
Comi meia laranja pela manhã. (numeral)

Pronomes de Tratamento
Os qualificadores do pronome devem concordar com o sexo da pessoa, não com o pronome:
Ex.: Sua Santidade está esperançoso.
Vossa Majestade, minha rainha, é muito bondosa.

Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a), nem um(a) nem outro(a)

Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular:


Ex.: Um e outro aspecto.
Nem um nem outro argumento.
De um e outro lado.

É bom, é necessário, é proibido:

a) Quando o sujeito for tomado em sua generalidade, sem qualquer determinante, o verbo ser - ou
qualquer outro verbo de ligação - ficará no singular, e o predicativo do sujeito no masculino, singular:
Maçã é bom para a saúde.
Cerveja é bom para os rins.
É preciso cautela.
É proibido entrada.
b) Quando há determinação do sujeito, a concordância efetua-se normalmente:
É proibida a entrada de homens no banheiro feminino.

56
Estas bebidas são boas para os rins.

Particípio + Substantivo
O particípio concorda com o substantivo a que se refere:
Feitas as contas...
Restabelecidas as amizades ...
Salvas as crianças ...
Postas as cartas na mesa...
Vistas as condições ...
OBS: "Salvo", "posto" e "visto" assumem também papel de conectivos, sendo, por isso, invariáveis:
Salvo honrosas exceções.
Que não seja imortal, posto que é chama.
Visto ser longe, não irei.

Anexo
Quando precedido da preposição em, fica invariável:
A fotografia vai anexa ao curriculum.
Os documentos irão anexos ao relatório.
As fotografias vão em anexo.

Obrigado
Concorda com o substantivo a que se refere:
Elas disseram em coro: Muito obrigadas, professor.

Numerais
Numeral utilizado após substantivo deve ser cardinal (um, dois, três...). Do contrário, usa-se o
numeral ordinal (primeiro, segundo, terceiro...).
Arrancaram a página duzentos.
Estamos na segunda página.

EXERCÍCIOS

01. Julgue cada assertiva como verdadeira (V) ou falsa (F), observando as concordâncias verbal e
nominal:
a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.
b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha.
c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui.
d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou.
e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.
f) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade.
g) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da imigração.
h) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada.
i) Deve existir problemas nos seus documentos.
j) Choveram papéis picados nos comícios.
l) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução para o problema.
m) A maioria dos conflitos foram resolvidos.
n) Deve haver bons motivos para a sua recusa.
o) De casa à escola é três quilômetros.
p) Nem uma nem outra questão é difícil.
q) Atos e coisas más.
r) Dificuldades e obstáculo intransponível.
s) Cercas e trilhos abandonados.
t) Fazendas e engenho prósperas.
u) Serraria e estábulo conservados.
v) Os fatos falam por si sós.
w) A casa estava meio desleixada.
x) Os livros estão custando cada vez mais caro.
y) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis.
z) Era a mim mesma que ele se referia, disse a moça.

02. Continue.
a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila.

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b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas.
c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos.
d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos.
e) Organizou-se em grupos de quatro.
f) Atendeu-se a todos os clientes.
g) Faltava um banco e uma cadeira.
h) Pintou-se as paredes de verde.
i) Já faz mais de dez anos que o vi.
j) Procurou-se as mesmas pessoas
k) Registrou-se os processos
l) Respondeu-se aos questionários
m) Ouviu-se os últimos comentários
n) Somou-se as parcelas
o) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.
p) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.
q) José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho.
r) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição.
s) Ela o esperava já faziam duas semanas.
t) Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro.
u) Eles parece estarem doentes.
v) Devem haver aqui pessoas cultas.
w) Todos parecem terem ficado tristes.
y) Dois cruzeiros é pouco para esse fim.
x) Nem tudo são sempre tristezas.
z) Quem fez isso foram vocês.

03. Continue.
a) Era muito árdua a tarefa que os mantinham juntos.
b) Vai fazer cinco anos que ele se diplomou.
c) Rogo a Vossa Excelência vos digneis aceitar o meu convite.
d) Há muitos anos deveriam existir ali várias árvores.
e) Deve haver muitos jovens nesta casa.
f) Há gritos e vozes trancados dentro do peito.
g) Estão trancados dentro do peito vozes e gritos.
h) Mantêm-se trancadas dentro do peito vozes e gritos.
i) Tratavam-se de questões fundamentais.
j) Comprou-se terrenos no subúrbio.
k) Precisam-se de datilógrafas.
l) Reformam-se ternos.
m) Obedeceram aos severos regulamentos.
n) Alguns cientistas, desenvolvendo uma nova pesquisa sobre a estrutura do cérebro, os efeitos dos
hormônios e a psicologia infantil, propõem que as diferenças entre homens e mulheres não se devem
apenas à educação.
o) Haveria diferenças cerebrais condicionadoras das aptidões tidas como tipicamente masculinas ou
femininas.
p) Filmes, novelas, boas conversas, nada o tiravam da apatia.
q) A pátria não é ninguém: são todos.
r) Se não vier, as chuvas, como faremos?
s) É precaríssima as condições do prédio.
t) Vossa Senhoria vos preocupais demasiadamente com a vossa imagem.
u) Vão anexas à carta várias fotografias. Paisagens as mais belas possíveis. Ela estava meio
narcotizada.
v) Vai incluso à carta minha fotografia. Essas pessoas cometeram crime de leso-patriotismo. Elas
mesmo não quiseram colaborar.
x) No grupo, sou eu que coordeno os trabalhos.
z) É cinco horas da tarde.

04. Continue.
a) Da cidade à praia é dois quilômetros.
b) Dois metros de tecido são pouco para o terno.
c) Ainda resta cerca de vinte alunos.
d) Haviam inúmeros assistentes na reunião.

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e) Foi eu quem paguei as suas dívidas.
f) Há de existir professores esforçados.
g) Precisa-se de alunos especializados.
h) Precisam-se de alunos competentes.
i) Nesta casa, consertam-se televisores e precisa-se de técnicos em eletrônica.
j) Eram duas horas da tarde.
k) Fui eu que resolvi o problema.
l) Hoje são sete de março.
m) Perdoe-me V. Excelência, se não me apresento pessoalmente a V. Excelência, embora aqui esteja,
sempre a seu dispor.
n) Escolheste ótima ocasião e lugar para o churrasco.
o) Ele estava com o braço e a cabeça quebradas.
p) Envio-lhe anexos os planos ainda em estudo e muitas explicações dadas pelo candidato e secretária
atenciosos.
q) Paulo conhece bem as línguas gregas e latinas.
r) Os soldados, agora, estão todos alerta.
s) Ela possuía bastante recursos para viajar.
t) As roupas das moças eram as mais belas possíveis.
u) Rosa recebeu o livro e disse: "Muito obrigada".
v) Sairei de São Paulo hoje, ao meio-dia e meia.
w) Os cheques pré-datados, que permite aos lojistas financiar seus clientes nas compras a prazo, em
alguns casos representam até a metade dos cheques recebidos pelo comércio.
y) Os Estados Unidos são o país mais rico e poluidor do mundo, entretanto não defendem a tese do
"desenvolvimento sustentável", a exemplo de muitas nações ricas.
z) As relações dos ecologistas com uma grande empresa que desrespeitava as normas de preservação
ambiental, começa a melhorar, para o benefício da humanidade.

05.Há concordância inadequada em:


a) clima e terras desconhecidas;
b) clima e terra desconhecidos;
c) terras e clima desconhecidas;
d) terras e clima desconhecido;
e) terras e clima desconhecidos.

06.Há erro de concordância na opção:


a) calças e chapéus surradas;
b) poder e força mágica;
c) arreios e sela velhos;
d) rifles e alpercata nova;e) cangaceiros e capitão temidos.

07. Assinale a opção que preenche as lacunas:


Vão _________ aos processos várias fotografias.
Paisagens as mais belas ________ .
Ela estava _________ narcotizada.
a) anexas-possíveis - meio;
b) anexas-possível - meio;
c) anexo-possíveis - meia;
d) anexo-possível - meio;
e) anexo-possível - meia.

08. Assinale a opção que preenche as lacunas:


Vai _________ à carta minha fotografia. Essas pessoas
cometeram crime de ________ patriotismo.
Elas __________ não quiseram colaborar.
a) incluso – leso – mesmo;
b) inclusa – leso – mesmas;
c) inclusa – lesa – mesmas;
d) incluso – leso – mesmas;
e) inclusa – lesa – mesmo.

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09. Assinale a opção com erro de construção:
a) água é bom para a saúde;
b) achamos estas paisagens as mais belas possível;
c) suas forças definhavam a olhos vistos;
d) é proibido entrada a pessoas estranhas ao serviço;
e) deve ser um bom livro, haja vista as suas edições sucessivas.

10. Assinale a opção em que há erro de concordância:


a) não eram caras a canetinha e o balãozinho que o camelô vendia;
b) o camelô vendia barato canetas e balões coloridos;
c) o camelô vendia, baratos, os balõezinhos e as canetinhas;
d) os balões e as canetas vendidos pelo camelô eram baratíssimos;
e) os pequeninos balões e canetas, que o camelô vendia, não eram caros.

11. Assinale a opção que se completa com a segunda forma dos parênteses.
a) Creio que _________ existir pessoas honestas; (deve / devem)
b) amanhã ________ fazer cinco anos que voltaste; (vai / vão)
c) pensamos que _________ muitos pretendentes a este cargo; (haverá / haverão)
d) todos creem que __________ ocorrer um empate; (pode / podem)
e) pelos meus cálculos __________ fazer três dias que ela não aparece. (vai / vão)

12. Assinale o erro de concordância nominal:


a) anexos vão o recibo e a fatura;
b) anexo vão o recibo e a fatura;
c) anexa vai a fatura e o recibo;
d) anexo vai o recibo e a fatura;
e) anexos vão a fatura e o recibo.

13. Assinale o erro de concordância nominal:


a) vazios estavam a casa, a vila e o templo;
b) vazios estavam o templo, a casa e a vila;
c) vazias a casa, a vila e o templo;
d) vazio o templo, a casa e a vila;
e) vazia a casa, o templo e a vila.

14. Assinale o erro de concordância nominal:


a) anexos vão o bilhete e a carta;
b) anexo vai o bilhete e a carta;
c) anexo vão o bilhete e a carta;
d) anexa vai a carta e o bilhete;
e) anexos vão a carta e o bilhete;

15. Assinale a alternativa que completa as frases:


I - Grande parte dos alunos _________ hoje;
II - Não serão vocês quem ________ o problema;
III - Os Estados Unidos ________ da reunião.
a) faltou – resolverão – participará;
b) faltaram – resolverá – participará;
c) faltaram – resolverá – participarão;
d) faltou – resolverá – participarão;
e) a alternativa “c” e “d” estão corretas.

11. USO DE PRONOMES EM GERAL E DOS PORQUÊS

PORQUE = conjunção explicativa ou causal; POR QUE = preposição + pronome interrogativo ou


Substitui por: pois, uma vez que, já que, relativo.
porquanto, pelo fato de que, como. Equivale a: por qual razão, por qual motivo
POR QUÊ = ‘que’ passa a ser tônico em final de PORQUÊ = substantivo masculino. Vem sempre
frase. precedido pelo artigo masculino;
Acentue o ‘que’ antes de ponto final, interrogação Pluralizável: ‘os porquês’.
e exclamação. Sentido: motivo, causa, razão, indagação.
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Exercícios:
1) Não vim ____________estava muito cansado.
2) O homem morreu _____________ não foi socorrido.
3) ___________me fizeste lembrar o ____________ de tanto sofrimento?
4) ___________ estás triste? _____________?
5) Eis os caminhos _______________passamos.
6) As crianças querem o ___________ de tudo.
7) Eles não vieram ___________?
8) Não entendi ___________ me deixou.
9) Eis a razão ____________ chorei.
10) Ela está zangada, mas eu não sei ____________.
11) ___________ era surdo, todos se impacientavam com ele.
12) Gostaria de saber ___________ não vieste.
13) Não trabalhas ____________?
14) ____________ não trabalhas?
15) Não sabemos ____________ ele agiu tão mal naquela oportunidade.
16) A fim de compreender bem o Português, estudo Linguística, __________ é uma disciplina afim.
17) ____________ não entendes a crise _____________ passo, achas que estou mal-humorado.
18) Vives procurando um ___________ que explique o teu mau relacionamento. Não sei __________.
19) ___________ não sabia o ____________ do problema, ficou-se indagando ____________
continuaria estudando.
20) Pesquisa mostra __________, para as mulheres, é mais difícil parar de fumar.

21) CPI da Petrobras ( FOLHA – 27/06/2009)


Não entendo ____________ os governistas, a CUT e os
Sindicatos são contra a instalação da CPI da Petrobras. Eles
todos deveriam estar lutando pela baixa dos preços do combustível
e do gás de cozinha. Os governistas foram sempre a favor da
moralidade e da transparência, mas não estão mais a favor do trabalhador.
( Bartolomeu Felix de Morais – Paulista/PE)

EXERCÍCIOS (USO DE PRONOMES)

01. Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto da
língua:
a) Ele entregou um texto para mim corrigir.
b) Para mim, a leitura está fácil.
c) Isto é para eu fazer agora.
d) Não saia sem mim.
e) Entre mim e ele há uma grande diferença.

02. Assinale o tratamento dado ao reitor de uma Universidade:


a) Vossa Senhoria
b) Vossa Santidade
c) Vossa Excelência
d) Vossa Magnificência
e) Vossa Paternidade

03. Colocação incorreta do pronome oblíquo:


a) Preciso que venhas ver-me.
b) Procure não desapontá-lo.
c) O certo é fazê-los sair.
d) Sempre negaram-me tudo.
e) As espécies se atraem.

04. Imagine o pronome entre parênteses no lugar devido e aponte onde não deve haver próclise:
a) Não entristeças. (te)
b) Deus favoreça. (o)
c) Espero que faças justiça. (se)

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d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido. (se)
e) Ninguém faça de rogado. (se)

05. Assinale a frase em que a colocação do pronome pessoal oblíquo não obedece às normas do
português padrão:
a) Essas vitórias pouco importam; alcançaram-nas os que tinham mais dinheiro.
b) Entregaram-me a encomenda ontem, resta agora a vocês oferecerem-na ao chefe.
c) Ele me evitava constantemente!... Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
d) Estamos nos sentido desolados: temos prevenido-o várias vezes e ele não nos escuta.
e) O Presidente cumprimentou o Vice dizendo: - Fostes incumbido de difícil missão, mas cumpriste-la
com denodo e eficiência.

06. A frase em que a colocação do pronome átono está em desacordo com as normas vigentes no
português padrão do Brasil é:
a) A ferrovia integrar-se-á nos demais sistemas viários.
b) A ferrovia deveria-se integrar nos demais sistemas viários.
c) A ferrovia não tem se integrado nos demais sistemas viários.
d) A ferrovia estaria integrando-se nos demais sistemas viários.
e) A ferrovia não consegue integrar-se nos demais sistemas viários.

07. Assinale a alternativa correta:


a) A solução agradou-lhe.
b) Eles diriam-se injuriados.
c) Ninguém conhece-me bem.
d) Darei-te o que quiseres.
e) Quem contou-te isso?

08. Indique a estrutura verbal que contraria a norma culta:


a) Ter-me-ão elogiado.
b) Tinha-se lembrado.
c) Teria-me lembrado.
d) Temo-nos esquecido.
e) Tenho-me alegrado.

09. A colocação do pronome oblíquo está incorreta em:


a) Para não aborrecê-lo, tive de sair.
b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda.
c) Não me submeterei aos seus caprichos.
d) Ele me olhou algum tempo comovido.
e) Não a vi quando entrou.

10. Assinale a alternativa que apresenta erro de colocação pronominal:


a) Você não devia calar-se.
b) Não lhe darei qualquer informação.
c) O filho não o atendeu.
d) Se apresentar-lhe os pêsames, faço-o discretamente.
e) Ninguém quer aconselhá-lo.

11. "O individualismo não a alcança." A colocação do pronome átono está em desacordo com a norma
culta da língua, na seguinte alteração da passagem acima:
a) O individualismo não a consegue alcançar.
b) O individualismo não está alcançando-a.
c) O individualismo não a teria alcançado.
d) O individualismo não tem alcançado-a.
e) O individualismo não pode alcançá-la.

12. Há um erro de colocação pronominal em:


a) "Sempre a quis como namorada."
b) "Os soldados não lhe obedeceram as ordens."
c) "Todos me disseram o mesmo."
d) "Recusei a ideia que apresentaram-me."
e) "Quando a cumprimentaram, ela desmaiou."

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13. Pronome empregado incorretamente:
a) Nada existe entre eu e você.
b) Deixaram-me fazer o serviço.
c) Fez tudo para eu viajar.
d) Hoje, Maria irá sem mim.
e) Meus conselhos fizeram-no refletir.

14. Numa das frases, está usado indevidamente um pronome de tratamento. Assinale-a:
a) Os Reitores das Universidades recebem o título de Vossa Magnificência.
b) Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião.
c) Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração.
d) Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.
e) Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir as minhas explicações.

15.. "Se é para ....... dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ....... ."
a) mim, eu e tu
b) mim, mim e ti
c) eu, mim e ti
d) eu, mim e tu
e) eu, eu e ti

16. Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas da frase ao lado: "............................ da
terra natal, ....................... para as antigas sensações adormecidas."
a) Nos lembrando - despertamos-nos
b) Nos lembrando - despertamo-nos
c) Lembrando-nos - despertamos-nos
d) Nos lembrando - nos despertamos
e) Lembrando-nos - despertamo-nos

17.Assinale a alternativa em que a colocação pronominal não corresponde ao que preceitua a gramática:
a) Há muitas estrelas que nos atraem a atenção.
b) Jamais dar-te-ia tanta explicação, se não fosses pessoa de tanto merecimento.
c) A este compete, em se tratando do corpo da Pátria, revigorá-lo com o sangue do trabalho.
d) Não o realizaria, entretanto, se a árvore não se mantivesse verde sob a neve.
e) Ficarei no lugar onde me encontro . Tem sombra.

18. Os projetos que .......... estão em ordem; ........... ainda hoje, conforme .......... .
a) enviaram-me, devolvê-los-ei, lhes prometi
b) enviaram-me, os devolverei, lhes prometi
c) enviaram-me, os devolverei, prometi-lhes
d) me enviaram, os devolverei, prometi-lhes
e) me enviaram, devolvê-los-ei, lhes prometi.

19. Quando .......... as provas, .......... imediatamente.


a) lhes entregarem, corrijam-as
b) lhes entregarem, corrijam
c) lhes entregarem, corrijam-nas
d) entregarem-lhes, corrijam-as
e) entregarem-lhes, as corrijam

20. Quem .......... estragado que .......... de .......... .


a) o trouxe - encarregue-se - consertá-lo
b) o trouxe - se encarregue - consertá-lo
c) trouxe-o - se encarregue - o consertar
d) trouxe-o - se encarregue - consertá-lo
e) trouxe-o - encarregue-se - o consertar

21. Assinale a frase gramaticalmente correta:


a) Quando recebe-o em minha casa, fico feliz.

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b) Tudo fez-se como você mandou.
c) Por este processo, teriam-se obtido melhores resultados.
d) Em se tratando disto, podemos contar com ele.
e) Me levantei assim que você saiu.

22. Opção com pronome oblíquo colocado incorretamente:


a) Devemos lhe contar isto.
b) Devemos contar-lhe isto.
c) Não lhe devemos contar isso.
d) Deveríamos ter-lhe contado isto
e) Deveríamos ter contado-lhe isto.

23. Imagine o pronome entre parênteses no devido lugar e aponte a opção em que não deve haver
próclise:
a) Não desobedeças. (me)
b) Deus pague. (lhe)
c) Caro amigo, dize a verdade. (me)
d) A mão que estendemos é amiga. (te)
e) Assim que sentiu prejudicado, saiu. (se)

24. Quais são as frases que têm o pronome oblíquo mal empregado?
1. Ninguém falou-me jamais dessa maneira.
2. Bons ventos o levem!
3. Ele recordar-se-á com certeza do vexame sofrido.
4. As pastas que perderam-se, não foram as mais importantes.
5. Confesso que tudo me pareceu confuso.
6. Me empreste o livro!
7. Por que permitir-se-iam esses abusos?
a) 1 - 4 - 6 - 7
b) 2 - 3 - 5 - 7
c) 1 - 2 - 3 - 6
d) 3 - 4 - 5 - 6
e) 1 - 3 - 5 - 7

25. Aponte a alternativa que contém o período correto quanto à colocação do pronome pessoal:
a) Se encontrá-lo, não lhe diga que viu-me.
b) Se o encontrar, não lhe diga que viu-me.
c) Se encontrá-lo, não diga-lhe que me viu.
d) Se o encontrar, não diga-lhe que me viu.
e) Se o encontrar, não lhe diga que me viu.

26. Admirou-me a despesa por que não .......... que o presente .......... tão caro.
a) me havias dito - iria custar-te
b) havias-me dito - iria te custar
c) me havias dito - iria-te custar
d) havias me dito - te iria custar
e) havias me dito - iria-te custar

27. Assinale a alternativa que corresponde às frases com erro de colocação pronominal:
I - Acho que não o encontrá-lo-emos mais.
II - Em se concluindo o expediente, cerraram-se as portas.
III - Não devemos ensinar-lhe a lição.
IV - Ela havia acenado-lhe com a mão.
V - Havia-me ela acenado com a mão.
VI - Muitos foram-se para o estrangeiro.
a) IV - I - VI
b) IV - II - VI
c) III - V - II
d) III - I – V
e) todas

28. Assinale as frases incorretas quanto à colocação dos pronomes:

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1. Quando lhe deram o prêmio, por que você não o aceitou?
2. Aqueles jornais, onde os colocaste?
3. Muitos foram-se para o estrangeiro em busca de emprego.
4. Se afastares-te do local, perdê-lo-ás.
5. Faça-o como te ordenaram.
Qual a alternativa correta?
a) 2 e 3 estão incorretas
b) 3 e 4 estão incorretas
c) 4 e 5 estão incorretas
d) só a 4 está incorreta
e) 3, 4 e 5 estão incorretas

29. Marque com um V a colocação verdadeira e com um F a colocação falsa dos pronomes oblíquos nas
orações abaixo:
( ) Não lhe quero chamar agora.
( ) Dir-se-ia que todos preferem estudar a ver os fatos.
( ) Já notavam-se diferenças sensíveis nas primeiras horas.
( ) Todos querem-lhe perguntar sobre a viagem.
( ) Ele tem preocupado-se bastante com as provas.
( ) Alguém me havia falado do teu caso.
( ) Ninguém interessou-se pelo programa.
A sequência correta de letras, de cima para baixo, é:

a) V - V - F - F - F - V - F
b) F - F - F - V - V - V - F
c) V - V - F - F - V - V - F
d) V - F - F - V - F - F - V
e) F - V - V - F - V - F - V

30. Complete convenientemente as lacunas: Logo que ................, ................ cientes de que não
................ .
a) os vir - os farei - os poderemos contratar
b) os ver - fá-los-ei - poderemo-los contratar
c) vê-los - fá-los-ei - podemos contratá-los
d) os vir - fá-los-ei - podemos contratá-los
e) os ver - far-lhes-ei - poderemos contratá-los

31. O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos. Qual?
a) Isto me não diz respeito! respondeu-me ele, afetadamente.
b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora conveniente.
c) Me entenda! Lhe não disse isto!
d) O conselho que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde.
e) Amanhã contar-te-ei por que peripécias consegui não envolver-me.

32. Segundo a norma culta, a colocação do pronome pessoal sublinhado está incorreta em:
a) Companheiros, escutai-me!
b) Não nos iludamos, o jogo está feito.
c) Dir-se-ia que os amigos tinham prazer em falar difícil.
d) Queria convidá-lo a participar da festa.
e) Não entreguei-lhe a carta.

33. Nada .......... sem que .......... a .......... .


a) far-se-á, nos disponhamos, lhe perdoar
b) se fará, disponhamo-nos, perdoar-lhe
c) se fará, nos disponhamos, perdoar-lhe
d) far-se-á, disponhamo-nos, lhe perdoar
e) far-se-á, nos disponhamos, perdoar-lhe

34. Estamos certos de que V. Exa. .......... merecedor da consideração que......... dispensam ..........
funcionários.
a) é - lhe - vossos
b) é - lhe - seus

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c) é - vos - vossos
d) sois - lhe - seus
e) sois - vos – vossos

35. Indique a opção incorreta:


a) Receba Vossa Excelência os cumprimentos de seus subordinados.
b) Sua Excelência, o Ministro da Justiça, chegou acompanhado de outras autoridades.
c) Reiteramos nosso apreço a Vossa Senhoria e vossos subordinados.
d) Solicitamos a Sua Senhoria que encaminhasse suas sugestões por escrito.
e) Concordamos com Vossa Excelência e com seus subordinados.

36. Assinale a alternativa em que o uso da mesóclise é incorreto:


a) Nunca sujeitar-me-ia a tal exigência.
b) Dir-se-ia que ela tem menos de 40 anos.
c) Convencê-lo-ei, se puder.
d) Dize-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
e) Perdoar-te-ia mil vezes, se preciso.

37. O pronome pessoal está empregado incorretamente em:


a) Não consegui entendê-lo naquela confusão.
b) É para mim fiscalizar aqueles volumes.
c) Tudo ficou esclarecido entre mim e ti.
d) Por favor, mande-o entrar e sentar-se.
e) Fizeram-no esperar demais hoje.

38. Assinale a frase em que o pronome oblíquo átono está colocado incorretamente:
a) O guarda chamou-nos a atenção para os pivetes.
b) Quantas lágrimas se derramaram pelo jovem casal!
c) Ninguém nos convencerá de que esta notícia seja verdade.
d) As pessoas afastaram-se daquele pacote suspeito.
e) O vizinho cumprimentou o casal, se retirando imediatamente.

39. Complete com os pronomes e indique a opção correta, dentre as indicadas abaixo:
1. De repente, deu-lhe um livro para .......... ler.
2. De repente, deu um livro para .......... .
3. Nada mais há entre .......... e você.
4. Sempre houve entendimentos entre .......... e ti.
5. José, espere vou .......... .
a) ele, mim, eu, eu, consigo
b) ela, eu, mim, eu, contigo
c) ela, mim, mim, mim, com você
d) ela, mim, eu, eu, consigo
e) ela, mim, eu, mim, contigo

40. Acredito que todos .......... dizer que não .......... .


a) lhe irão - se precipite
b) lhe irão - precipite-se
c) irão-lhe - se precipite
d) irão lhe - precipite-se
e) ir-lhe-ão - se precipite

41. O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em:


a) Certos pormenores não te interessam.
b) Queremos que todos sintam-se felizes.
c) Me empresta o lápis?
d) As cartas que enviaram-nos serão respondidas brevemente.
e) Não contar-te-ei a última novidade.

42. Ninguém .......... àquela árdua tarefa, antes, .......... a outros.


a) dedicar-se-á - passam-na
b) se dedicará - passam-a
c) dedicar-se-á - passam-la

66
d) se dedicará - passam-na
e) dedicar-se-á - passam-a

43. V. Excelência ......... fazer o que ......... for possível, para que .......... prestígio se mantenha.
a) deveis - vos - vosso
b) deveis - lhe - seu
c) deveis - lhe - vosso
d) deve - vos - seu
e) deve - lhe - seu

44. Traga os relatórios ainda hoje, para .......... com vagar.


a) eu lê-los
b) mim ler-los
c) mim lê-los
d) mim ler-lhes
e) eu ler-los

45. Quando V. Senhoria .......... que .......... auxilie, bastar chamar-me pelo interfone que está sobre a
.......... mesa.
a) desejardes - vos - vossa
b) desejar - o - vossa
c) desejardes - vos – sua
d) desejar - vos - vossa
e) desejar - o - sua

46. A alternativa em que o emprego do pronome pessoal não obedece à norma culta brasileira é:
a) Fizeram tudo para eu ir lá.
b) Ninguém lhe ouvia as queixas.
c) O vento traz consigo a tempestade.
d) Trouxemos um presente para si.
e) Não vá sem mim.

47. Segundo a norma culta, há erro (de uso ou de colocação) na substituição do termo sublinhado por
um pronome, em:
a) O ministro não teve muitos escrúpulos naquela hora. / O ministro não teve-os naquela hora.
b) Ele estava pronto para salvar a Itália. / Ele estava pronto para salvá-la.
c) Eles terminaram as provas hoje. / Eles terminaram-nas hoje.
d) Todos queriam que o professor entregasse o livro ao melhor aluno. / Todos queriam que o professor
lhe entregasse o livro.
e) Ele nunca perdoaria ao irmão aquela omissão. / Ele nunca lhe perdoaria aquela omissão.

48. Assinale a opção em que a colocação do pronome sublinhado esteja correta, segundo o registro
escrito culto:
a) Os vizinhos haviam pedido-me muita atenção ao atravessar a rua.
b) Mesmo considerando que éramos famosos, ninguém veio receber-nos.
c) Faria-me um grande favor não contando as novidades a meus pais.
d) Pelo que pudemos entender, ninguém vai-nos denunciar ao delegado.
e) O aluno logo interessou-se pelo assunto, assim que a arguição começou.

49. A substituição do termo sublinhado por um pronome pessoal está correta em todas as alternativas,
exceto em:
a) O governo deu ênfase às questões econômicas. O governo deu ênfase a elas.
b) Os ministros defenderam o plano de estabilização. Os ministros defenderam-no.
c) A companhia recebeu os avisos. A companhia recebeu-os.
d) Ele diz as frases em tom bem baixo. Ele diz-las em tom baixo.
e) Ele recusou a dar maiores explicações. Ele recusou a dá-las.

50. Assinale a opção em que a colocação do pronome oblíquo está incorreta quanto à norma culta da
língua:
a) Não pude dar-lhe os cumprimentos, por estar fora da cidade.
b) Agora tem-se dado muito apoio técnico ao pequeno empresário.
c) Ter-lhe-íamos pedido ajuda, se o víssemos antes do resultado.

67
d) Como me propiciou momentos agradáveis, fui bastante paciente.
e) Quem o levará a tomar decisões tão importantes para o País?

EXERCÍCIOS GERAIS

01. Você sabe ....... razão o chefe pediu para ....... fazer o serviço.
a) por que - mim
b) porque - mim
c) por quê - mim
d) porque - eu
e) por que – eu

02. Dentre as seguintes frases, assinale aquela que não contém ambiguidade:
a) Peguei o ônibus correndo.
b) Esta palavra pode ter mais de um sentido.
c) O guarda deteve o suspeito em sua casa.
d) O menino viu o incêndio do prédio.
e) Deputado fala da reunião do Canal 2.

03. Assinale a alternativa que completa o período: ....... anos que não ....... vejo e só daqui ....... um mês
poderei ....... .

a) Fazem - a - a - lhe abraçar


b) Faz - lhe - - te abraçar
c) Fazem - a - - abraçá-la
d) Faz - lhe - há - abraçá-la
e) Faz - a - a - abraçá-la

04. carta vinha endereçada para ....... e para .......; ....... é que a abri.
a) mim - tu - por isso
b) mim - ti - porisso
c) mim - ti - por isso
d) eu - ti - porisso
e) eu - tu - por isso

05. Assinalar a frase gramaticalmente correta:


a) Quando ele vir esse documento, reagirá imediatamente.
b) Quando ele ver esse documento, reagirá imediatamente.
c) Quando ele vir este documento, reagirá imediatamente.
d) Quando ele ver este documento, reagirá imediatamente.
e) Quando ele vir esse documento, reajirá imediatamente.

06. Assinale o único item em que o emprego do infinito está errado:


a) Deixei-os sair, mas procurei orientá-los bem.
b) De hoje a três meses podes voltar aqui.
c) Disse ser falsas aquelas assinaturas.
d) Depois de alguns instantes, eles parecia estarem mais conformados.
e) Viam-se brilhar as primeiras estrelas.

07. Assinale a alternativa que a norma culta está empregada adequadamente:


a) Fazem muitos anos que não se via tantas manobras políticas destinadas a ganhar o voto dos
eleitores.
b) Fazem muitos anos que não se viam tantas manobras políticas destinadas a ganhar o voto dos
eleitores.
c) Fazem muitos anos que não se viam tantas manobras políticas destinadas à ganhar o voto dos
eleitores.
d) Faz muitos anos que não se via tantas manobras políticas destinadas a ganhar o voto dos eleitores.
e) Faz muitos anos que não se viam tantas manobras políticas destinadas a ganhar o voto dos eleitores.

08. Leia a assertivas abaixo e depois responda:


I - Ele foi à seção das 6h

68
II - Ele foi à sessão das 6h
III - Ele foi a sessão das 6h
IV - Ele foi à cessão das 6h
Qual ou quais alternativas são corretas:
a) I - II
b) II - III
c) I - II - IV
d) I
e) apenas a segunda é correta

09. Assinale a frase gramaticalmente correta:


a) Fazem dois anos que cheguei.
b) Ela pediu para mim esperar um pouco.
c) Já estou a par do caso.
d) Podes ir, não há nenhum empecílio.
e) Derrepente a porta se abriu.

10. Assinale a frase gramaticalmente correta:


a) Há menas pessoas hoje.
b) Ele comportou-se muito mau durante a entrevista.
c) Esperava-se menos perguntas na prova.
d) Os atletas apresentavam-se afim de iniciarem a corrida.
e) Cristina viajou há três semanas.

11. Eu sempre .......... aqueles que não .......... as normas do grupo.


a) auxílio - infringem
b) auxilio - infrigem
c) auxílio - infligem
d) auxílio - inflingem
e) auxilio - infringem

12. Este é o texto .......... suas dúvidas.


a) onde explicam-se
b) em que explicam-se
c) no qual explicam-se
d) de que se explicam
e) em que se explicam

13. Vão ............ aos processos várias fotografias. Paisagens as mais belas ............ Ela estava .............
informada.
a) anexos - possíveis - mal
b) anexas - possíveis - mal
c) anexa - possível - mau
d) anexo - possíveis - mau
e) anexo - possível - mal

14. Quando você .......... o .........., .......... em meu nome.


a) ver - dignitário - saúde-o
b) vir - dignitário - saudai-lhe
c) ver - dignatário - saúde-o
d) vir - dignitário - saúde-o
e) vir - dignatário - saudai-o

15. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase ao lado: "Jornais ............
diariamente ............ notícias tendenciosas não ............ prestigiados."
a) em que - se leem - devem ser
b) onde - lê-se - deve serem
c) nos quais - se leem - devem serem
d) que - se lê - devem ser
e) aonde - leem-se - deve serem

69
16. Selecione a forma adequada ao preenchimento das lacunas: O .......... aluno foi .......... na prova de
Inglês, .......... não sabe; se você o .........., é bom avisá-lo.
a) mau - mal - mas - vir
b) mal - mau - mas -ver
c) mal - mal - mais - ver
d) mau - mau - mais - vir
e) mau - mal - mais - vir

17. Assinale a frase correta:


a) Por que motivo preferiu vim aqui, do que me esperar na rua?
b) Por que você preferiu vim aqui, do que me esperar na rua?
c) Porque você preferiu mais vir aqui que me esperar na rua?
d) Porque motivo você preferiu vir aqui, antes que me esperar na rua?
e) Por que motivo você preferiu vir aqui a me esperar na rua?

18. .........., o auxiliar judiciário explicou os motivos .......... não .......... o negócio.
a) Ancioso - porque - fez
b) Ancioso - porque - fêz
c) Ancioso - por que - fêz
d) Ansioso - porque - fez
e) Ansioso - por que - fez

19. Ninguém .......... àquela árdua tarefa, antes, .......... a outros.


a) dedicar-se-á - passam-na
b) se dedicará - passam-a
c) dedicar-se-á - passam-la
d) se dedicará - passam-na
e) dedicar-se-á - passam-a

20. Era um rapaz .........., cuja .......... escondia uma enorme capacidade de trabalho.
a) despretencioso - timidez
b) despretensioso - timidês
c) despretencioso - timidês
d) despretensioso – timidez
e) despretencioso - timidêz

21. Não sei .........., até hoje, ninguém foi .......... desses papéis extraviados.
a) por quê - atraz
b) por que - atrás
c) porque - atrás
d) por que - atraz
e) porquê - atrás

22. Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas da seguinte frase: Quando você ..........
seu irmão, ..........-o aqui para nos .......... .
a) ver, traze, cumprimentarmos
b) vir, traga, cumprimentarmos
c) vir, traze, comprimentarmos
d) ver, traga, cumprimentarmos
e) ver, traze, comprimentarmos

I. Leia as reportagens abaixo e, depois, responda:

70
Figura 1- Folha de Pernambuco, Política, p. 4, 18 out. 2014
1. Por que FHC culpa os marqueteiros pelos ataques acirrados no debate entre os dois candidatos à
presidência da República?
2. Lula fala que Aécio foi “ignorante” com Dilma. Qual o sentido atribuído a esse termo, associado à
pessoa da presidente, uma mulher?
3. Qual a relação de nexo causal entre o termo “ignorante”, na fala de Lula, com “encontrar pobre na
frente: é capaz dele pisar ou não enxergar”?

71
Figura 2 - Folha de Pernambuco, Política, p. 4, 18 out. 2014

1. Explique por que os debates assumiram um caráter de ‘espetáculo’ e não de debate político?
2. O que leva esse tipo de debate ser parecido com um “reality show’ levando o eleitor a enxergar os
candidatos de forma pessoal, como personagens de um programa?

II. Leia o texto abaixo, em seguida, associe as expressões ao contexto da situação abordada pela
cronista.
A volta do cipó; o bicho vai pegar; fazer o diabo na disputa presidencial; agressividade; guerra de
extermínio; ameaça; ringue; artilharia pesada; adversário tacaria com mão pesada; batendo com ferro;
roupa da briga; cipó de aroeira.
1. Associe a crônica com a música de Geraldo Vandré.

72
73
Refaça o texto abaixo, observando os princípios da clareza, coerência e gramática, além das
especificidades do gênero textual a que pertence.

74
12. COMO ELABORAR UMA RESENHA

Resenha é um resumo crítico, que admite julgamentos, avaliações, comparações e comentários


pessoais. Trata-se de uma leitura analítica da obra e, para tanto, deve conter dados como:

1. Referência bibliográfica: autor, título, local da publicação, editora, ano, gênero da obra.
2. Credenciais do(s) autor (es): Informações gerais sobre o autor, autoridade do campo específico.
Quem fez o estudo? Quando? Por quê? Em que local?

75
3. Síntese da obra lida: Resumo detalhado das ideias principais. Do que trata a obra? O que diz?
Tem alguma característica especial? Como foi abordado o assunto? Exige conhecimentos
prévios para entendê-lo? O autor faz conclusões? Onde foram colocados? ( final do livro, dos
capítulos?) Quais foram?
4. Quadro de referência do(s) autor (es): Modelo teórico. Que teoria serviu de embasamento? Qual
o método utilizado?
5. Apreciação:
 Como se situa (m) o (s) autor (es) em relação: a. as correntes científicas, filosóficas,
culturais; b. as circunstâncias culturais, sociais, econômicas, históricas etc.?
 Mérito da obra: Qual a contribuição dada? Ideias verdadeiras, originais, criativas?
Conhecimentos novos, amplos, abordagem diferente?
 Estilo: Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente? Linguagem correta? Ou o
contrário?
 Forma: Lógica, sistematizada? Há originalidade e equilíbrio na disposição das partes?
 Indicação da obra: A quem é dirigida: grande público, especialistas, estudantes?
6. Para conclusão: O resenhista deverá explicitar /reafirmar sua posição sobre a obra resenhada.

A seguir, exemplos de alguns verbos que traduzem a ação do autor da obra original, mostrando o que
o autor ‘faz’ naquela parte do livro/obra:
VERBOS
Estrutura e organização da obra: Estrutura-se, divide-se, organiza-se, conclui, termina,
começa
Indicação do conteúdo geral: Apresenta, desenvolve, descreve, explica, demonstra,
mostra narra, analisa, aponta, aborda, trata de;
Indicação do objetivo da obra: Objetiva, tem por objetivo, se propõe a;
Posicionamento do autor da obra em relação a sua Sustenta, contrapõe, confronta, opõe, justifica,
crença/tese: defende a tese, afirma.
Organização das ideias do texto: Define, classifica, enumera, argumenta;
Ação do autor em relação ao leitor: Incita, busca levar a;
Indicação de relevância de uma ideia do texto: Enfatiza, ressalta.
Alguns conectivos sugeridos para elaboração da resenha:
Conectivos que indicam contraste entre ideias ou argumentos contrários:
No entanto – entretanto – todavia - apesar de - ainda que – contudo – porém – mas

Conectivos que introduzem argumentos, justificativas, causas:


Já que - uma vez que - pelo fato de - devido a - por isso – como – porque

Conectivos que introduzem conclusões:


Logo – assim - assim sendo - isso posto – portanto – diante do que foi exposto

EXEMPLO DE RESENHA

FERRAZ, Cel. Jairo; CERQUEIRA,Jorge Pedreira de. A Ciência. Texto adaptado.

MENDES, Jaqueline; CAVALCANTI, Klester; MOREGILA, Roberto. 11 perguntas que os cientistas


(ainda) não conseguem responder. In: Revista Isto é, nº2090, 02/12/2009.

Esta resenha tem o objetivo de abordar dois textos que apresentam temas polêmicos e ainda
confusos para sociedade atual.
O primeiro texto, “A ciência”, escrito por Jairo Ferraz e Jorge Pedreira mostra de forma sucinta os
pontos de confronto entre os cientistas e as diversas religiões, principalmente a ordem Católica.
Os autores se confundem ao tentar propor uma melhor linha de raciocínio para a compreensão de
fatos que aguçam nossas necessidades psicológicas cotidianas, como a existência da alma e sua
76
jornada após a morte. Em um momento criticam os materialistas radicais, em outro momento criticam os
que seguem a fé cega e ao fim da discussão eles próprios não conseguem chegar a nenhum
esclarecimento, apenas acusações e críticas.
Através de comparações diretas entre pensamentos diferentes de religiosos e cientistas ou até
mesmo entre os estudiosos, o texto mostra ao leitor não só um pequeno passeio pelas diferentes
correntes de pensamento mas também expressa a opinião do autor para a radicalização, pregando,
assim, uma “chamada” para que o leitor atente um equilíbrio entre a fé e a razão.
Esse texto, ao longo do seu desenvolvimento aguça o pensamento e os princípios do leitor,
tentando força-lhe a pôr sua opinião em jogo. Esse tipo de abordagem também é utilizada pelo segundo
texto, “11 perguntas que os cientistas (ainda) não conseguem responder”, publicado pela revista “ISTOÉ”
traz ao leitor perguntas que os cientistas não têm comprovação plena, mas que ainda assim constroem
teorias e buscam explicações plausíveis.
Como o próprio título (do segundo texto) já diz, os cientistas “ainda” não responderam à questões
como o surgimento do universo , ou “quando usamos de nosso cérebro?” ou até perguntas cotidianas
como “Por que nos apaixonamos?”, mas se espera o mais cedo possível por certezas indubitáveis, já
que a ciência só está avançando atualmente. O texto segue trazendo outras questões mais polêmicas,
envolvendo também a fé, como “a fé pode curar?”, “quando e como o mundo vai acabar?”, ”existe
premonição” ou “a alma existe?” por mais que a ciência tente comprovar algo, a maioria das religiões
nunca vão aceitar e sempre atribuirão respostas ilógicas e duvidáveis. Já outras perguntas abordadas,
como “os animais pensam?” é “possível viajar no tempo” ou “o que define a nossa sexualidade?”, são
questionamentos praticamente provados através de pesquisas e experimentos faltando apenas alguns
acordos e consenso geral na comunidade científica.
Após a leitura dos textos, pode-se dizer que apesar de abordarem temas parecidos, eles não têm
o mesmo objetivo. O texto “11 perguntas que os cientistas (ainda) não conseguem responder” expõe ao
leitor a questão que a ciência ainda não tem explicações exatas, apenas teorias, e deixa-o a vontade
para refletir sobre cada uma delas a partir de citações de alguns estudiosos. Já o texto “A ciência” tenta
convencer o leitor a buscar um equilíbrio entre “fé cega” e o “materialismo radical”, mostrando
principalmente a “fé” dos autores e suas dúvidas em que acreditar, se na ciência ou na religião.
Por conseguinte, os dois textos aqui expostos são de fácil compreensão e indicados para qualquer
público que tenha opinião própria e não as forme apenas com informações isoladas. A frase “Quem
pensa pouco erra muito”, mostrada por um dos textos, deixa bem claro a ideia de que qualquer
convicção deve ser formada através de muito estudo e reflexão por entre diversas fontes de informação.
Essa resenha foi elaborada por Vinícius Cabral A. Bezerra, aluno do 2º período de Sistema de
Informações da Faculdade Joaquim Nabuco.

77
TEXTO PARA LEITURA

A FILOSOFIA DO PENETRAL - Folheto XXX

Há muito tempo que eu desejava me instruir sobre aquela profunda Filosofia clementina, para me ajudar
em meus logogrifos. Por isso, avancei:
- Clemente, esse nome de "penetral" é uma beleza! É bonito, difícil, esquisito, e, só por ele, a gente vê
logo como sua Filosofia é profunda e importante! O que é que quer dizer "penetral", hein?
Clemente, às vezes, deixava escapar "vulgaridades e plebeísmos" quando falava, segundo sublinhava
Samuel. Naquele dia, indagado assim, respondeu:
- Olhe, Quaderna, o "penetral" é de lascar! Ou você tem "a intuição do penetral" ou não tem intuição de
nada! Basta que eu lhe diga que "o penetral" é "a união do faraute com o insólito regalo", motivo pelo qual abarca
o faraute, a quadra do deferido, o trebelho da justa, o rodopelo, o torvo torvelim e a subjunção da relápsia!
- Danou-se! - exclamei, entusiasmado. - O penetral é tudo isso, Clemente? -Tudo isso e muito mais,
Quaderna, porque o penetral é o "único-amplo"! Você sabe como é que "a centúria dos íncolas primeiros", isto é,
os homens, sai da "desconhecença" para a "sabença"?
- Sei não, Clemente! - confessei, envergonhado.
- Bem, então, para ir conhecendo logo o processo gavínico de conhecimento penetrálico, feche os olhos!
- Fechei! - disse eu, obedecendo.
- Agora, pense no mundo, no mundo que nos cerca!
- O mundo, o mundo... Pronto, pensei!
- Em que é que você está pensando?
- Estou pensando numa estrada, numas pedras, num bode, num pé de catingueira, numa Onça, numa
mulher nua, num pé de coroa-de-frade, no vento, na poeira, no cheiro do cumaru e num jumento trepando uma
jumenta!
- Basta, pode abrir os olhos! Agora me diga uma coisa: o que é isto que você pensou?
- É o mundo!
- É não, é somente uma parte dele! É "a quadra do deferido", aquilo que foi deferido a você, como
"íncola"! É "o insólito regalo"! É "o côisico", dividido em duas partes: a "confraria da incessância" e "a força da
malacacheta", representada, aí no que você pensou, pelas pedras. Agora pergunto: tudo isso pertence ou não
pertence ao penetral?
- Não sei não, Clemente, mas pela cara que você esta fazendo, parece que pertence.
- Claro que pertence, Quaderna! Tudo pertence ao penetral! Tudo se inclui no penetral! Entretanto, para
completar "o túdico" você, na sua enumeração do mundo, deixou de se referir a um elemento fundamental, a um
elemento que estava presente e que você omitiu! Que elemento foi esse, Quaderna?
- Sei não, Clemente!
- Foi você mesmo, "o faraute"!
O Faraute não, o Quaderna! - disse eu logo, cioso da minha identidade.
- O Quaderna é um faraute! - insistiu Clemente.
Como aquilo podia ser alguma safadeza, reagi:
- Epa, Clemente, vá pra lá com suas molecagens! Faraute o quê? Faraute uma porra! Faraute é você! Não
é besta não?
- Espere, não se afobe não, homem! Faraute não é insulto nenhum! Eu sou um faraute, você é um faraute,
todo homem é um faraute!
- Bem, se é assim, está certo, vá lá! E o que é um faraute, Clemente?
- Ora, Quaderna, você, leitor assíduo daquele Dicionário Prático Ilustrado que herdou de seu Pai,
perguntar isso? Vá lá, no seu querido livro de figuras, que encontra! "Faraute" significa "intérprete, língua,
medianeiro"! O curioso é que "a quadra do deferido" e o "rodopelo" pertencem ao penetral, mas o faraute, seja
"nauta-arremessado" ou "tapuia-errante", também pertence! Não é formidável ? É daí que se origina "o horrífico
desmaio", o "tonteio da mente abrasada"! Inda agora, quando pensou no mundo, você não sentiu uma vertigem
não?
- Acho que não, Clemente!
- Sentiu, sentiu! É porque você não se lembra! Quer ver uma coisa? Feche os olhos de novo! Isto! Agora,
cruze as mãos atrás da nuca! Muito bem! Pense de novo naquele trecho do insólito regalo em que pensou há
pouco! Está pensando?
- Estou!
- Agora, me diga: você não está sentindo uma espécie de tontura não?

78
Eu, que sou impressionável demais, comecei a oscilar, sentindo uma tonteira danada, na cabeça. Pedi
permissão a Clemente para abrir os olhos, porque já estava a ponto de cair da sela. O Filósofo, triunfante,
concedeu:
- Abra, abra os olhos! Como é? Sentiu ou não sentiu a vertigem? Sabe o que é isso? É a "oura da folia",
início da "sabença", da "conhecença"! A oura causa o "horrífico desmaio". Este, leva ao "abismo da dúvida",
também conhecido como "a boca hiante do contempto". O abismo comunica ao faraute a existência do "pacto" e
da "ruptura". A ruptura conduz à "balda do labéu". E é então que o nauta-arremessado e tapuia-errante torna-se
único-faraute. Isto é, o faraute é, ao mesmo tempo, faraute do insólito-regalo, faraute do rodopelo e faraute do
faraute! Está vendo? O que é que você acha do penetral, Quaderna?
- Acho de uma profundeza de lascar, Clemente! Para ser franco, entendi pouca coisa, mas já basta para
me mostrar que sua Filosofia é foda! Mas o que é, mesmo, penetral?
- Vá de novo ao "pai-dos-burros"! "Penetral" é "a parte mais recôndita e interior de um objeto". Mas, na
minha Filosofia, essa noção é ampliada, porque além de abranger a quadra do deferido e o rodopelo, o penetral
abrange também o faraute, através da subjunção da relápsia! Mas, no momento em que se fala friamente do
penetral, tentando capturá-lo em categorias de uma lógica sem gavionice negro-tapuia, ele deixa de ser
apreendido! Faça apelo aos gaviônicos restos de sangue Negro e Tapuia que você tem, Quaderna, e entenda que o
penetral "é o penetral", que o penetral "é"! O côisico, coisica: os cavalos cavalam, as árvores arvoram, os jumentos
jumentam, as pedras pedram, os móveis movelam, as cadeiras cadeiram, e o faráutico, machendo e feminando, é
que consegue gentere farauticar! É assim que o túdico tudica e que o penetral penetrala - e esta, Quaderna, é a
realidade fundamental!
- Arra diabo! - disse eu, de novo embasbacado. - E tudo isso já estava na Mitologia Negro-Tapuia,
Clemente?
- Estava, estava! Aliás, está, ainda! É por isso que o "Gênio da Raça Brasileira" será um homem do Povo,
um descendente dos Negros e Tapuias, que, baseado nas lutas e nos mitos de seu Povo, faça disso o grande
assunto nacional, tema da Obra da Raça!
Claro que era em si mesmo que Clemente estava pensando. Mas Samuel contestou logo:
- Nada disso, Quaderna! O "Gênio da Raça Brasileira" deverá ser um Fidalgo dos engenhos
pernambucanos! Um homem que tenha nas veias o sangue dos Conquistadores ibéricos que fundaram, com a
América Latina como base, o grande Império que foi o orgulho da Latinidade católica! Portugal e a Espanha não
tinham dimensões para realizar aquilo que, neles, foi somente uma aspiração! Mas o Brasil é um dos sete Países
perigosos do mundo! Por isso, cabe a nós instaurar, aqui, esse Império glorioso que Portugal e a Espanha não
puderam realizar!
- Mas como deverá ser escrita a Obra da Raça Brasileira? - perguntei. - Em verso ou em prosa ?
- A meu ver, em prosa! - disse Clemente. - E é assunto decidido, porque o filósofo Artur Orlando disse que
"em prosa escrevem-se hoje as grandes sínteses intelectuais e emocionais da humanidade"!
Samuel discordou:
- Como é que pode ser isso, se todas as "obras das raças" dos Países estrangeiros são chamadas de
"poemas nacionais"?
- O Almanaque Charadístico diz, num artigo, que os Poetas nacionais são, sempre, autores de Epopéias! -
tive eu a ingenuidade de dizer.
Os dois começaram a rir ao mesmo tempo:
- Uma Epopéia! Era o que faltava! - zombou Samuel. - Vá ver que Quaderna anda pelos cantos é
conspirando, para fazer uma! Sobre o quê, meu Deus? Será sobre essas bárbaras lutas sertanejas em que ele
andou metido? Não se meta nisso não, Quaderna! Não existe coisa de gosto pior do que aquelas estiradas
homéricas, cheias heróis cabeludos e cabreiros fedorentos, trocando de golpes, montados em cavalos empastados
de suor e poeira, a ponto de a gente sentir, na leitura, a catinga insuportável de tudo!
Clemente uniu-se ao rival, se bem que por outro caminho. Disse:
- Além disso, a glorificação do Herói individual, objetivo fundamental das Epopéias, é uma atitude
superada e obscurantista! E se você quer uma autoridade, Carlos Dias Fernandes também já demonstrou, de modo
lapidar, que, nos tempos de hoje, a Epopéia foi substituída pelo Romance!

(SUASSUNA, Ariano. Romance d'A Pedra do Reino. 1971)

Algumas questões norteadoras:

1. Segundo a concepção da personagem, o que é o Penetral?

79
2. O que implica a relação da união do faraute com o insólito regalo aliada à quadra do deferido e
conceito de mundo?
3. Na descrição de mundo idealizada por Quaderna e crtiticada por Clemente foi utilizado um raciocínio.
Que método de raciocínio é esse e sua implicatura na visão de mundo do sujeito.
4. Como descrever o mundo e captar a essências das coisas? Como entender a representação de
mundo do outro?
5. Como e de que forma o homem desenvolve e aprimora seu conhecimento?
6. A questão do pacto ou ruptura está intrinsecamente associada a um método de raciocínio. Que
método é esse e quê implica para o homem, na esfera discursiva e dialógica, em ler, dizer e entender o
mundo?
7. Há uma crítica velada em relação ao estilo de gênero literário para registrar a históriade um povo.
Analise e justifique, sob o enfoque dos argumentos das personagens, o que corresponde e/ou contraria
as expectativas de conceitos acerca dessa questão.

GLOSSÁRIO

Balda: falha, fraqueza, mimo, defeito


Confraria: sociedade
Contempto: desprezo
Gavionice: esperteza
Hiante: ávido, ilimitado, livre, manifesto
Incola: Morador, habitante
Insólito: Incomum, colossal, formidável, indescritível,indizível
Labéu: mancha, desonra, agravo, injúria, ofensa
Malacacheta: cidade, fragmento, migalha
Oura: delírio, deslumbramento, vertigem, devaneio
Recôndita: desconhecida, secreta
Regalo: acolhimento, guarida, aconchego, oferta, lembrança, aposento, asilo

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANDRADE, M. M.; MEDEIROS, J. B. Comunicação em Língua Portuguesa.


Normas para elaboraçãode Trabalhos de Conclusão de Curso(TCC). 4. ed, São Paulo: Atlas,
2006.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. São Paulo:


IBEP Nacional, 2008.

CUNHA, Celso; CINTRA, Luís F Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. Rio
de Janeiro: Lexikan, 2008.

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna: aprenda a escrever, aprendendo a


pensar. Rio de Janeiro: FGV, 2008.

FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 2006.

MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental: de acordo


com as atuais normas da ABNT. São Paulo: Atlas, 2010.

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