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Enquanto ele (Brahma) antigamente, no princ�pio dos Kalpas, estava

meditando sobre a cria��o, apareceu uma cria��o come�ando com ignor�ncia, e


consistindo em escurid�o. Daquele grande ser pareceu a Ignor�ncia qu�ntupla,
consistindo em obscuridade, ilus�o, ilus�o extrema, escurid�o, escurid�o absoluta2.
A
cria��o do criador assim mergulhado em abstra��o, era o mundo qu�ntuplo (im�vel),
sem intelecto ou reflex�o, sem percep��o ou sensa��o, incapaz de sentir, e
destitu�do
de movimento3. J� que coisas im�veis foram criadas primeiro, essa � chamada de a
primeira cria��o. Brahma, vendo que ela estava incompleta, projetou outra; e
enquanto
ele assim meditava, a cria��o animal foi manifestada, aos produtos da qual o termo
Tiryaksrotas � aplicado, por causa da nutri��o deles seguir um curso sinuoso4.
Esses
foram chamados de bestas, etc., e sua caracter�stica era a qualidade de escurid�o,
eles sendo desprovidos de conhecimento, descontrolados em seu comportamento, e
confundindo erro com sabedoria; sendo formados de egotismo e amor-pr�prio,

labutando sob os vinte e oito tipos de imperfei��o5, manifestando sensa��es


internas,
e se associando entre si (de acordo com suas esp�cies). Vendo essa cria��o tamb�m
imperfeita, Brahma meditou novamente, e uma terceira cria��o apareceu, abundando
com a qualidade de bondade, chamada Urddhasrotas6. Os seres assim produzidos na
cria��o Urddhasrotas eram dotados de prazer e gozo, n�o onerados interiormente ou
externamente, e luminosos dentro e fora. Essa, chamada de a cria��o dos imortais,
foi
a terceira realiza��o de Brahma que, embora bem satisfeito com ela, ainda a achou
incompetente para cumprir os objetivos dele. Continuando portanto suas medita��es,
surgiu, por causa do prop�sito infal�vel dele, a cria��o chamada de Arvaksrotas, a
partir da natureza n�o separada. Os produtos disso s�o chamados Arvaksrotasas7, por
causa da corrente descendente (da sua nutri��o). Eles s�o cheios da luz do
conhecimento, mas as qualidades de escurid�o e de impureza predominam. Por isso
eles s�o afligidos pelo mal, e s�o impelidos repetidamente para a a��o. Eles t�m
conhecimento externamente e internamente, e s�o os instrumentos (de realizar o
objetivo da cria��o, a liberta��o da alma). Essas criaturas eram o g�nero humano.

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