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REGIÃO CENTRO
SUGESTÕES DE ACTIVIDADES
João
Dezembro 2000
NOTA INTRODUTÓRIA
A Equipa responsável
IMITAÇÃO
29 – TRAJECTÓRIA VISUAL
Percepção, visual
Motricidade fina, agarrar
Meta: Aumentar a atenção visual
Objectivo: Observar a mão de uma pessoa de forma a verificar a colocação de um
objecto.
Materiais: 3 taças pequenas ou tabuleiros, pequenas recompensas alimentares
Procedimento:
Sente-se, na mesa, de frente paro João com os 3 tabuleiros entre vós. Distancie
os tabuleiros 20 cm entre elas. Segure uma pequena recompensa alimentar tal
como um pedaço de chocolate ou um pedaço de bolo e coloque-o no seu campo
de visão. Assim que ele olhar para a recompensa, coloque-o num dos tabuleiros.
Se ele não tirar o pedaço de bolo imediatamente, encoraje-o a fazê-lo e aponte
para o tabuleiro em questão. Se ele não mostrar interesse, guie-lhe a mão até ao
pedaço de bolo. Repita a actividade quantas vezes for necessária até ele começar
a prestar atenção ao movimento da sua mão e começar a tirar o doce sem ajuda.
30 – RECUPERAR OBJECTOS CAÍDOS
Percepção, visual
Motricidade fina, agarrar
Motricidade global, braço
Meta: Estimular a atenção visual para localizar um objecto
Objectivo: Observar um objecto cair, localizar a sua posição e baixar-se para o recuperar
Materiais: Uma taça pequena, 5 blocos coloridos
Procedimento:
Alinhe os 5 blocos na ponta da mesa e segure a taça no seu colo. Faça com que o
João se sente perto de si. Diga-lhe “Olha.” e, ao mesmo tempo, empurre um dos
objectos para fora da mesa. Actue como se estivesse surpresa. Aponte e diga-lhe
“ Olha, vai buscar.”. Se necessário ajude-o a localizar e a apanhar o bloco. Em
seguida, ajude-o a colocar o bloco dentro da taça que está no seu colo.
Imediatamente faça-lhe uma festa e elogie-o. Repita o procedimento com os 5
blocos. Em seguida diga-lhe “Acabou. Obrigado João” e dê-lhe um abraço e,
eventualmente, um pequeno lanche.
33 – ASSOCIAÇÃO AUDITIVA
Percepção, audição
Social, interacção individual.s
Meta: Aumentar a percepção auditiva
Objectivo: Associar dois sons diferentes , discriminar dois sons e antecipar a acção
associada com cada um dos sons
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Escolha dois sons engraçados e combine-os com duas actividades engraçadas.
Por exemplo: pode optar por fazer-lhe cócegas e dizer “ti-ti-ti” ou bater palmas e
dizem “buuuum”. Lembre-se sempre de associar o mesmo som com a mesma
actividade. O João eventualmente associará os sons às actividades distintas.
Após ter repetido esta rotina muitas vezes, faça uma actividade sem a outra, isto
é, faça-lhe cócegas sem o som, para ver se ele se antecipa. Por exemplo: hesite
uns segundos antes de lhe fazer cócegas e diga “ti-ti-ti”. Verifique se ele se
antecipa. Diga “buum” e verifique se ele antecipa o gesto de bater as mãos.
34 – RECUPERAR OBJECTOS
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar.
Realização cognitiva, linguagem receptiva (opcional)
Meta: Aumentar a atenção visual e a capacidade em discriminar objectos.
Objectivo: Pesquisar um espaço procurando um objecto desejado e recuperar esse
objecto sem se distrair com estímulos estranhos.
Materiais: Caixa média, 3 pares de objectos comuns ( por exemplo: sapatos, chávenas,
maçãs).
Procedimento:
Espalhe 3 objectos familiares em sítios visíveis da sala. Sente-se com o João num
local onde se possam ver os 3 objectos. Mostre-lhe um item idêntico a um dos
objectos espalhados. Por exemplo: segure um sapato e diga “Vai buscar o
sapato.”. Se ele tiver dificuldade em localizar o objecto, chame-lhe a atenção para
o mesmo apontando para a área onde ele se encontra. Se ele ainda mostrar
dificuldades, aponte directamente para o sapato. Como último recurso, dirija-lhe a
mão, mostre-lhe o sapato e diga “Vai buscar o sapato.” e encaminhe-o na
direcção do sapato. Coloque os dois sapatos no ponto de partida e, em seguida,
na caixa. Recompense-o assim que o par de objectos estiver na caixa, mesmo
que o tenha ajudado na tarefa.
Repita a actividade até que todos os itens se encontrem dentro da caixa. Se ele
tem desenvolvida capacidades adequadas de linguagem receptiva, use apenas
comandos verbais “Vai buscar o sapato.”, em vez de emparelhar os itens.
35 – JOGO DA CONCHA
Percepção, visual
Social, interacção individual.s
Meta: Aumentar a percepção visual e memória
Objectivo: Associar dois sons diferentes, discriminar dois sons e antecipar a acção
associada com cada um dos sons
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Sente-se à mesa e coloque o João à sua frente. Para a primeira parte da
actividade use 3 copos diferentes. Coloque-os ao contrário em cima da mesa e à
frente da criança. Chame-lhe a atenção “Olha João.“ e mostre-lhe uma pequena
recompensa alimentar (algo que ele goste), assegurando-se que esta se encontra
dentro do seu campo de visão. Quando tiver a certeza que ele está a prestar
atenção à sua mão, esconda a recompensa debaixo de um dos copos. Não os
mova nem os troque de posição. Diga-lhe “Tira o bolo.” (bombom, rebuçado, etc.)
e aponte para os copos para que ele entenda que deve procurar a recompensa.
Se ele parecer confuso, guie a sua mão para levantar o copo apropriado. Aja
como se estivesse contente por achar a recompensa, elogie-o e dê-lhe a
recompensa. Quando ele conseguir encontrar a recompensa debaixo de 3 copos
diferentes, repita o procedimento usando 3 copos iguais. Quando conseguir
encontrar a recompensa usando 3 copos iguais, repita o procedimento, usando
apenas 2 copos, mas troque a sua posição após ter colocado a recompensa
debaixo de um delas. Lembre-se sempre de assegurar que o João está a prestar
atenção ao movimento da sua mão-
36 – COPIAR PADRÕES COM BLOCOS
Percepção, visual
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Aumentar a percepção visual e colocar objectos num local específico
Objectivo: Dispor 4 blocos segundo um padrão pré- estabelecido
Materiais: 4 blocos, cartões ou papel branco, marcadores
Procedimento:
Faça um número de folhas de trabalho de cartão, cartolina ou papel, executando o
traçado exterior de um quadrado e, dentro desse quadrado, desenhe 4 quadrados
dispostos de formas variadas tal como é mostrado na figura. Coloque uma das
folhas em frente do João e dê-lhe um bloco dizendo-lhe “Põe em cima.” ou. ”Põe
na casinha.”. Dirija a mão do João para colocar o objecto no sítio indicado,
recompense-o imediatamente e repita o procedimento até os 4 blocos estarem
nos devidos sítios. Repita o procedimento com uma segunda cartolina, mas no
quarto bloco diga-lhe “Põe na casinha.” (ou outra expressão que tenha decidido
adoptar) sem apontar o sítio indicado. Verifique se ele procura o quadrado que
falta preencher. Reduza gradualmente a sua ajuda de forma a que, para o final,
não necessite de apontar.
37 – DISCRIMINAR DESENHOS
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Meta: Aumentar competências visuais e de emparelhar
Objectivo: Emparelhar pares idênticos de desenhos simples
Materiais: Papel, marcadores ou lápis
Procedimento:
Use marcadores grossos para fazer desenhos simples mas cheios (ver figura).
Coloque apenas um desenho por folha mas faça em duplicado. Coloque um
conjunto de desenhos em frente do João de forma a que ele os veja a todos ao
mesmo tempo. Guarde, no seu colo, os desenhos que combinam com os que
estão expostos. Dê-lhe um dos desenhos que tem no colo e diga-lhe “Procura o
desenho igual.”. Segure-lhe a mão e dirija-a aos desenhos que estão expostos. Se
o desenho não for igual, diga-lhe “Não é igual.” e compare-o com os cartões
seguintes. Quando encontrar o desenho igual, diga-lhe “Este é igual.” e coloque
os dois cartões lado a lado, assegurando-se que o João está a ver enquanto
compara os desenhos. Repita o procedimento até todos os desenhos estarem
emparelhados. No início não use mais que 3 desenhos por conjunto, mas,
gradualmente, aumente o número e complexidade dos desenhos à medida que as
suas capacidades aumentam.
38 – DISCRIMINAR OBJECTOS QUE PRODUZEM SONS
Percepção, audição
Motricidade fina, manipulação
Meta: Aumentar a percepção auditiva
Objectivo: Emparelhar os sons de diversos objectos
Materiais: 3 pares de objectos que produzam som (castanholas, sino, campainha, boneco
de apertar, apito, etc.)
Procedimento:
Sente-se com o João numa mesa. Coloque 2 objectos diferentes na mesa, à sua
frente, guarde 2 objectos iguais para si e coloque-os à sua frente. Use um deles
de forma apropriada e, de seguida, segure a mão do João e ajude-o a usar o
objecto igual por forma a produzir o mesmo som. Coloque-o no mesmo lugar e
repita o procedimento com o segundo objecto. Coloque-o no seu lugar original
(em cima da mesa). Volte a produzir som com o 1º objecto e encoraje-o usar o
seu. Verifique se ele escolhe o objecto correcto. Se ele não o faz, pare-a e guie-
lhe as mãos para aquela que está certo. Repita o procedimento, alternando entre
os dois objectos. Quando o João conseguir escolher o objecto produtor de som
correctamente e de forma consistente, comece a variar o padrão de escolha de
forma a não alternar entre os dois (por exemplo: escolha duas vezes o 1º e uma
vez o segundo, etc..).
Finalmente coloque os seus objectos numa caixa atrás das costas. Escolha um
deles e produza um som de forma a que o João não consiga ver qual está a usar.
Faça com que ele escolha o objecto correcto e emita o som apropriado. À medida
que vai adquirindo mais competências, aumente o números de objectos de som
mas assegure-se sempre que cada um delas produz um som distinto.
39 – CAIXA DE ENCAIXES
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar.
Coordenação óculo-manual, controle
Motricidade fina, manipulação
Meta: Melhorar a procura visual, emparelhar, coordenação óculo-manual
Objectivo: Inserir 3 objectos numa caixa de encaixes simples
Materiais: Caixa de sapatos, 3 itens de vários tamanhos e formas ( por exemplo: uma
conta, 2 blocos diferentes)
Procedimento:
Corte o formato de 3 objectos simples na tampa da caixa de sapatos. Assegure-se
que os objectos podem ser introduzidos nesses espaços sem dificuldade.
Demonstre ao João como colocar o objecto no sítio correcto e insira o objecto na
caixa. Dê-lhe um segundo objecto. Se ele parecer confuso, guie a sua mão no
sentido de ele conseguir colocar o objecto correctamente: dirija a sua mão para o
orifício. Se não couber diga “Não.” e mova a mão para o orifício seguinte. Quando
encontrar o sítio correcto diga “Sim.” e ajude-o a inserir o objecto.
Repita o procedimento até o João conseguir colocar todos os objectos
sem assistência. Quando esta caixa se tornar fácil para ele, construa
uma mais difícil com diferentes objectos.
41 – ESCOLHER FORMAS
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Meta: Aumentar a atenção visual e competências de emparelhar
Objectivo: Escolher 3 formas diferentes
Materiais: Papel grosso colorido
Procedimento:
Corte vários triângulos, quadrados e círculos, assegurando-se que cada forma é
do mesmo tamanho e cor. Coloque um exemplar de cada um em frente ao João.
Dê-lhe as outras formas, uma de cada vez, e peça-lhe para as colocar no conjunto
apropriado. Se ele parecer confuso, guie a sua mão para emparelhar as formas de
maneira correcta, dizendo “É esta.” ou “Não é esta.”. Além disso, vá nomeando as
formas à medida que as tenta colocar no sítio correcto. O João poderá não
entender os nomes, de início, mas habituar-se-á a ouvir diferenças nos sons
desses nomes.
44 – PUZZLES – 2
Percepção, visual
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Aumentar a percepção visual
Objectivo: Observar a mão do professor e colocar as peças no local apropriado do puzzle
Materiais: Um puzzle simples de 3 ou 4 peças
Procedimento:
Retire as peças do puzzle e espalhe-as de forma que fiquem ao seu lado. Diga “
Olha João.” e aponte para uma das peças. Quando ele olhar, diga-lhe para a
colocar. Se necessário, guie-lhe as mãos para que segure a peça, para que a
compare com os vários encaixes e para que a coloque no local apropriado. Se ele
tentar colocar outra que não a indicada por si, pare-a e dirija a atenção para a
peça correcta. Repita o procedimento até todas as peças estarem no puzzle. Uma
vez que isto é uma tarefa perceptiva primária, não se preocupe demasiado se ele
não conseguir colocar totalmente a peça no encaixe, mas recompense-o cada vez
que ele descubra o encaixe correcto.
45 – DISCRIMINAR CORES
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Motricidade fina, agarrar
Meta: Aumentar a atenção visual, a discriminação da cor e a generalização da cor
Objectivo: Escolher um grupo de 8 objectos diferentes pela cor
Materiais: 8 objectos diferentes , 4 de uma tonalidade e 4 de outra (escolha cores
parecidas, o mais semelhante possível), 2 tabuleiros
Procedimento:
46 – COMBINAR CORES
Percepção, visual
Realização cognitiva, emparelhar
Meta: Melhorar a discriminação da cor, a atenção visual e as competências de
emparelhar
Objectivo: Combinar blocos coloridos com papel colorido semelhante
materiais: Blocos coloridos, papel a combinar
Procedimento:
54 – APANHAR
Motricidade global, braços
Socialização, interacção individual
Realização cognitiva, linguagem receptiva (opcional)
Meta: Desenvolver competências motoras dos braços e interacção social apropriada
Objectivo: Jogar à apanhada com outra pessoa
Materiais: Bola tamanho médio
Procedimento:
Faça com que o João fique de frente para si, distanciada cerca de 30 cm. Faça
com que ele vire as palmas das mãos para cima e dê-lhe a bola. Então, coloque
as suas mãos da mesma maneira, e diga “Dá-me a bola.”, ou faça um gesto que
signifique dar a bola. Se ele não responder, repita as palavras ou gestos e tire-lhe
a bola. Elogie-o imediatamente, mesmo que tenha tido de lha tirar das mãos.
Repita o procedimento até que o João aprenda a lidar com a bola.
Distancie-se mais 30 cm dele e atire a bola devagar para que ele a apanhe. Não
se preocupe se, de início, ele não a conseguir apanhar. Simplesmente volte à
posição inicial, mas agora é o João que segura a bola. Diga-lhe “Dá a bola.” ou
faça um gesto apropriado para esse efeito. Se ele ficar confuso com a distância
adicional, mime a acção de atirar a bola. Continue a atirar a bola mesmo que ele
não a consiga apanhar, até que aprenda a fazê-lo. Elogie-o por atirar a bola de
forma apropriada mas, se a apanhar seja mais generosa com o elogio no sentido
de o deixar saber que conseguiu realizar algo de excepcional.
55 – PASSAR POR CIMA E FICAR EM CIMA DE OBSTÁCULOS
Motricidade global, braços
imitação, motricidade
Meta: Aumentar a coordenação e a confiança nas capacidades relacionadas com a
motricidade global
Objectivo: Passar por cima ou ficar em cima de diversos obstáculos
Materiais: Caixas de sapatos, banco, livro grande, pacotes do leite
Procedimento:
Disponha uma série de caixas de sapatos e pacotes de leite no chão. Mostre à
criança como passar por cima de cada obstáculo usando movimentos
exagerados. Em seguida, ajude-o a passar por cima mesmo que o tenha de
levantar ligeiramente, dizendo ao mesmo tempo “Por cima.”, todas as vezes que
passar por cima de um obstáculo. Quando ele conseguir passar por cima dos
pacotes de leite e das caixas de sapatos, ajude-o a ficar em cima dum banco
baixo ou dum livro largo. Demonstre como fica em cima do livro (1º um pé e
depois o outro), dizendo “Em cima.”. Ajude-o a imitar as suas acções. Repita a
actividade tantas vezes quantas forem necessárias até conseguir realizar a
actividade sem assistência. Não espere que ele responda correctamente apenas
aos comandos verbais “Em cima.” e “Por cima.”. Aponte sempre para o topo do
objecto quando quiser que ele fique em cima de algo.
56 – CORRIDA DE OBSTÁCULOS
Motricidade global, corpo
Percepção, visual
Meta: Melhorar a coordenação e o equilíbrio e desenvolver a capacidade de seguir
um percurso visual
Objectivo: Seguir um percurso envolvendo movimentos “debaixo de, em cima de ou à
volta de” séries de obstáculos simples
Materiais: Mobília, corda
Procedimento:
Coloque uma corda colorida, se possível, numa dependência da casa de forma a
contornar vários móveis, debaixo das cadeiras, em cima das mesas, etc. Chame a
atenção do João e coloque uma recompensa no final da corda. Então guie-o pelo
percurso que a corda exige. No final da corda, ele recebe a recompensa. Depois
de ter realizado, com o João o percurso algumas vezes, verifique se ele o
consegue realizar sozinho. Mantenha-se perto dele e, se parecer confuso, dirija a
atenção para a corda. Lembre-se de criar obstáculos simples, de início.
57 – APANHAR BRINQUEDOS DO CHÃO
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Motricidade fina, agarrar
Meta: Melhorar o equilíbrio
Objectivo: Apanhar um objecto do chão sem perder o equilíbrio
Materiais: Animal de peluche, bloco, bola, caixa pequena
Procedimento:
Colocar um animal de peluche no meio do chão afastado da mobília e de
perigos potenciais. Ande com o João até ao brinquedo e mostre-lhe que se
dobra para o apanhar. Então coloque o brinquedo novamente no chão e
indique-lhe para o fazer também. Segure-o, se for necessário, enquanto ele
o faz. Recompense-o, deixando-o brincar com o animal alguns minutos.
Repita o procedimento tantas vezes quanto as necessárias, até que o João
seja capaz de se baixar para apanhar o objecto sem perder o equilíbrio.
Quando o João estiver seguro do seu equilíbrio, espalhe um número de
brinquedos um pouco mais pequenos na sala. Comece com 2 ou 3 blocos
ou bolas e coloque-os no chão, num sítio visível enquanto ele estiver a ver.
Leve consigo uma caixa e caminhe com o João até ao sítio onde estão
esses brinquedos. Faça com que ele apanhe os objectos e os coloque na
caixa. Reforce-o quando todos os objectos estiverem na caixa.
58 – BLOCOS GRANDES
Motricidade global, corpo
Meta: Melhorar a capacidade da criança de caminhar enquanto transporta objectos
Objectivo: Apanhar, carregar e empilhar 4 blocos largos
Materiais: 4 caixas de sapatos, papel colorido
Procedimento:
Transforme as caixas de papel em blocos, enchendo-as com papel de jornal.
Coloque as respectivas tampas e forre-as com papel colorido. Espalhe os blocos
no chão, assegurando-se que estão visíveis. Dirija a atenção do João para um dos
blocos e diga: “Vai buscar o bloco.”. Faça com que ele apanhe a caixa e a traga
de volta. Ajude-o apenas se ele precisar. Repita o procedimento até o João
conseguir recolher todos os blocos. Mostre-lhe como se empilham os dois
primeiros blocos e faça com que ele empilhe os seguintes. Ajude-o se necessário.
Quando estiverem todos empilhados, deixe-o dar um pontapé e recomeçar.
59 – SUBIR DEGRAUS
Motricidade global, corpo
Meta: Melhorar o equilíbrio, coordenação e a capacidade da criança em mover-se de
forma independente
Objectivo: Subir degraus sem alternar os pés
Materiais: Degraus, fio, lápis
Procedimento:
66 – PERMANECER NUM SÓ PÉ
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Melhorar o equilíbrio
Objectivo: Ficar num só pé 5 segundos sem ajuda e sem perder o equilíbrio
Materiais: 2 cadeiras, metro articulado
Procedimento:
Coloque as duas cadeiras juntas numa área livre de outros objectos. Coloque o
João à sua frente e cada um de vós segura-se a uma cadeira. Assegure-se que
ele está a olhar para si e, lentamente, levante um pé do chão. Faça-lhe sinal para
que a imite. Se ele não a imitar, levante-lhe o pé e certifique-se que ele está a
segurar-se à cadeira. Se possível peça a uma terceira pessoa que lhe levante o
pé enquanto você está a modelar. Repita o procedimento até que ele consiga ficar
num só pé, durante 5 segundos, enquanto está seguro à cadeira. Retire a cadeira
e segure-lhe a mão enquanto o João mantém a posição. Quando ele se sentir
seguro a agarrar a sua mão, faça com que ele segure a extremidade de um metro
articulado, pondo a sua mão perto da dele. Lentamente afaste a sua mão para a
outra ponta do metro articulado, sem o largar Finalmente, quando ele conseguir
ficar num só pé durante 5 segundos enquanto você segura na ponta do metro
articulado, retire-o e faça com que o João se mantenha num pé sem suporte.
67 – DAR PONTAPÉS NUMA BOLA
Motricidade global, pernas
Socialização, interacção individual
Meta: Melhorar a coordenação olho-pé e aprender a dar um pontapé numa bola
grande
Objectivo: Dar um pontapé numa bola grande na direcção de uma pessoa
Materiais: Duas cadeiras, bola grande
Procedimento:
Alinhe duas cadeiras, de frente uma para a outra, junto a uma parede. Delimite o
outro espaço lateral com caixas ou outros materiais, para criar uma espécie de
corredor em que o João e o adulto possam dar um pontapé à bola, sem que esta
role para os lados. Faça com que ele se sente numa cadeira enquanto você se
senta noutra. Devagar empurre na sua direcção a bola e encoraje-o a fazer o
mesmo. Repita a acção se necessário. Se o João tiver dificuldade em entender o
que se pretende, coloque a bola aos seus pés e manipule as suas pernas afim de
dar um pontapé na bola. Recompense-o imediatamente e encoraje-o a pontapear
novamente a bola.
70 – JOGO DE BOLICHE
Motricidade global, braços.
Socialização, interacção individual
Imitação, motor
Meta: Aumentar a força dos braços e melhorar a precisão dos braços para atingir um
alvo
Objectivo: Rolar uma bola larga com precisão a uma distância de 3 metros
Materiais: Bola grande, pacotes do leite vazios
Procedimento:
Coloque 6 pacotes do leite num padrão 3-2-1. Desenhe um linha a
aproximadamente 2 metros dos pacotes. Mostre ao João como se posicionar atrás
da linha e rolar a bola para derrubar os pacotes de leite. Coloque novamente os
pacotes na sua posição original e ajude o João a rolar a bola. Elogie-o por
derrubar qualquer pacote. Anote quantos pacotes é que ele derruba de cada vez
que lança a bola. À medida que o jogo se torna fácil para ele, aumente
gradualmente a distância entre a linha e os pacotes. Além disso, assim que ele
começar a habituar-se ao jogo, pode começar a trabalhar a noção de jogar por
turnos. Faça marcas simples num cartão para que ele veja quantos pacotes
derrubou e quantos é que o adulto derrubou. Encoraje-o a divertir-se com o jogo
sem que este se torne competitivo.
71 – ATIRAR UM PROJÉCTIL
Motricidade grossa, braços
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Desenvolver movimentos de atirar e aprender a dirigir um projéctil a um alvo
Objectivo: Atirar um projéctil para dentro de uma caixa colocada a 1 metro de distância 5
vezes seguida
Materiais: 2 projecteis, caixa
Procedimento:
Sente-se ao lado do João numa área aberta e demonstre-lhe como atirar o
projéctil. Assegure-se que ele está a olhar quando o demonstrar. Segure o
projéctil numa mão, lentamente puxe o braço atrás e, ao puxá-lo para a frente,
descreva um movimento em forma de arco. Lembre-se de manter os movimentos
lentos. Dê ao João outro projéctil e guie a sua mão para o ajudar a lançá-lo.
Repita a actividade muitas vezes, retirando gradualmente o controle da mão da
criança para o punho e, depois, para o seu braço, para o cotovelo e, finalmente
para o antebraço até retirar por completo a ajuda. Quando ele conseguir atirar o
projéctil sem ajuda, comece a desenvolver o acto de atirar a um alvo específico.
Coloque a caixa no chão à frente do João. Faça com que ele fique em frente à
caixa e ajude-o a deixar cair o projéctil dentro desta. Diga “Caixa.” sempre que
deixar cair o projéctil. Além disso, também deve tocar na caixa para o lembrar do
sítio-alvo. Quando ele conseguir deixar cair de forma consistente o projéctil dentro
da caixa, estando posicionada perto desta, remova gradualmente a caixa até que
esta esteja fique a cerca de um metro de distância. Mantenha um quadro com
registos relativamente ao número de vezes que o João consegue atirar com
sucesso o projéctil dentro da caixa. Esse registo deve incluir todas as distâncias a
que distanciar a caixa. Esse registo das distâncias vai ajudá-lo a saber quando
deve aumentar essa distância.
72 – SUBIR ESCADAS, ALTERNANDO OS PÉS
Motricidade global, corpo
Meta: Aumentar o equilíbrio e a capacidade de se mover de forma independente
Objectivo: Subir uma escada alternando os pés
Materiais: Escada
Procedimento:
Quando o João se sentir confortável a subir escadas sem alternar os pés
(actividade 59), comece a ensiná-lo a colocar um pé em cada degrau. Se
possível, coloque uma terceira pessoa atrás dele para o segurar e fazê-lo sentir-
se confiante, enquanto você demonstra como é que ele deve fazer. Faça com que
o João fique de frente para as escadas. Aponte para o seu pé direito e, de
seguida, aponte para o 1º degrau. Se ele parecer confuso coloque o seu pé direito
em cima do degrau e mantenha o esquerdo no chão. Elogie-o imediatamente
mesmo que o tenha ajudado. Aponte para o seu pé esquerdo e depois para o
primeiro degrau. Se ele tentar colocar o seu pé esquerdo ao lado do direito,
aponte novamente para o 1º degrau e mova-o para o segundo. Elogie-o
imediatamente. Repita o procedimento dando-lhe apenas a ajuda necessária, até
ele conseguir subir degraus, alternando os pés.
75 – SALTAR
Motricidade global, pernas
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar o equilíbrio e a coordenação
Objectivo: Saltar com os pés juntos, ao longo de 5 metros
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Chame a atenção do João e faça com que ele salte com dois pés. Então, fique ao
seu lado e faça com que ele salte consigo. Se ele não o fizer, levante-a
ligeiramente enquanto salta. Repita a actividade até que ele salte sem assistência.
Quando o João conseguir saltar de forma independente, desenhe linhas com 5
metros entre elas. Coloque-se de frente para a linha de partida e salte até à linha
seguinte. Faça com que ele salte as 5 metros sozinho. Quando ele conseguir
saltar facilmente com os dois pés, repita o mesmo procedimento mas com outras
formas de saltar:
a) saltar em dois pés com os braços de lado e levantados.
b) saltar só com um pé.
c) saltar com os pés alternados.
d) saltar com os dois pés mas com os braços no ar.
76 – EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar o equilíbrio, a agilidade e a condição física geral
Objectivo: Manter um bom equilíbrio enquanto desempenha uma série de acções
envolvendo simultaneamente movimentos de braços e pernas
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Ponha-se de joelhos e mãos no chão e coloque o João ao seu lado. É importante
que os dois estejam na mesma direcção para que não confundam a esquerda
com a direita. Desempenhe as seguintes acções e faça com que ele a imite (se
possível, coloque uma terceira pessoa para o ajudar a assumir as posições
enquanto você as mantêm).
a) levante cada braço
b) levante cada perna
c) levante a perna e o braço direito; repita com a perna e o braço esquerdo
d) levante o braço esquerdo e a perna direita; repita com o braço direito e a
perna esquerda
77 – ROLAR
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade, 1-2anos
Meta: Melhorar as capacidades físicas em geral
Objectivo: Rolar, de lado, uma distância de dois metros e, em seguida, rolar no sentido
inverso
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Coloque-se numa área aberta e numa superfície macia como um tapete ou relva.
Assegure-se que o João a está a observar e deite-se com os braços colocados ao
lado do corpo. Mostre-lhe como se rola para a frente e para trás nessa posição.
Ajude-o a assumir uma posição semelhante e faça com que ele role numa
direcção. Não permita que ele role de forma anárquica, mas sim como se
pretende. Quando ele conseguir rolar sozinho, pare-o e mostre-lhe como rolar na
direcção oposta. Marque linhas de partida e chegada com 3 metros de distância.
Faça com que ele role de uma linha para a outra.
78 – ANDAR NUMA FITA
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Melhorar o equilíbrio e aprender diferentes estilos de caminhar
Objectivo: Andar, sobre ou ao lado de um percurso de 3 metros, delimitado por uma fita
adesiva, usando diferentes estilos de caminhar sem perder o equilíbrio
Materiais: Fita adesiva com cerca de 3 metros de comprimento
Procedimento:
Coloque a fita no chão de maneira a formar uma linha recta. Assegure-se que o
João está a olhá-la e mostre-lhe como percorrer a fita, andando normalmente.
Quando percorrer a fita pela segunda vez, faça com que ele a siga. Finalmente,
faça com que ele percorra a fita sozinho. recompense-o cada vez que completar
um percurso. Assim que ele dominar o estilo simples de andar sobre a fita,
demonstre um segundo método e leve-o a imitá-la. Outros métodos de andar na
fita incluem:
a) andar para trás com um pé atrás do outro
b) andar de lado, sem cruzar as pernas
c) andar para a frente com um pé no lado direito da fita e outro do lado esquerdo
d) saltar de lado mantendo os dois pés juntos
e) andar de lado, cruzando os pés
81 – CAMBALHOTAS
Motricidade global, braço
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar a coordenação, o equilíbrio e a consciência corporal
Objectivo: Fazer 5 cambalhotas
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Escolha uma área aberta, num tapete ou na relva. Assegure-se de que o João
está a observá-la. Actue com entusiasmo, dizendo “Ééééia.” (ou qualquer outro
som) enquanto dá uma cambalhota para demonstrar que pode ser divertido. Se
possível faça com que uma terceira pessoa o ajude a executar os movimentos,
enquanto você continua a demonstrar o modelo de actividade proposta. Coloque-
se de cócoras com as duas mãos no chão e ajude o João a assumir a mesma
posição. Coloque o queixo o João no peito. Ajude-o a inclinar-se para a frente,
lentamente e empurre-lhe as pernas para que complete a cambalhota. Reforce-o
imediatamente. Repita o procedimento, reduzindo de forma gradual a sua ajuda
até que ele consiga completar a volta sozinho.
82 – PASSOS DE ELEFANTE
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar o equilíbrio e o movimento
Objectivo: Andar 10 passos como um elefante com o corpo dobrado pela cintura e os
braços a balançarem em frente
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Demonstre, ao João, como é a forma de andar do elefante; dobre-se pela cintura
e deixe-se cair os braços, balouçando-os. Assegure-se que o João está a prestar
atenção ao que faz. Diga “ Olha, João sou um elefante.”. Então, ajude-o a assumir
a mesma posição mas mantenha-se ao seu lado, demonstrando continuamente o
que ele tem de fazer. Se possível, tenha uma terceira pessoa para o ajudar a
assumir a posição enquanto você executa o movimento proposto. De início, não
espere que ele assuma a posição por muito tempo mas, à medida que o João
executa com mais confiança a actividade delimite uma distância de 3 metros para
que ele ande como um elefante.
83 – CORRIDA DE BATATAS
Motricidade global, corpo
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Aumentar o equilíbrio e o controle da mão
Objectivo: Carregar uma batata pequena numa colher por uma distância de 15 metros
sem que esta caia
Materiais: Colher larga, batata pequena
Procedimento:
Assegure-se que o João está a prestar atenção enquanto você equilibra uma
batata numa colher durante alguns segundos. De seguida, comece a andar
devagar equilibrando a batata. Após ter demonstrado o que pretende, coloque a
colher na mão do João e verifique se ele a consegue segurar durante alguns
segundos. Quando ele começar a sentir-se mais confiante em equilibrar a batata,
reduza a ajuda prestada e encoraje-o a dar alguns passos. Quando ele começar a
demonstrar um maior à vontade em dominar a tarefa, faça com que ele percorra
cerca de 15 metros com a batata dentro da colher. Quando ele conseguir terminar
o percurso, faça uma corrida com ele e outra pessoa. No entanto, não permita que
as corridas se tornem competitivas.
84 – TRAVE
Motricidade global, corpo
Meta: Aumentar o equilíbrio
Objectivo: Andar numa trave
Materiais: Uma trave de 2 metros de comprimento e 20 cm de largura, 2 tijolos, 2 blocos
de cimento
Procedimento:
Encontre um espaço aberto onde não existam desníveis no terreno ou possíveis
perigos. Comece por colocar a tábua no chão e fazer com que o João caminhe em
cima dela por algumas vezes para ele se sentir mais confiante. Assim que ele se
sentir confiante, coloque 2 tijolos no chão e a tábua em cima para construir uma
trave. De início, é provável que tenha de segurar-lhe a mão e andar ao seu lado
enquanto ele caminha em cima da trave. Gradualmente, reduza a ajuda, fazendo
com que o João apenas segure a ponta do seu dedo e, mais tarde, a ponta de um
lápis enquanto você segura a outra, posteriormente, substitua o lápis por um fio.
Finalmente tente fazer com que ele ande sem ajuda. Quando ele o conseguir
fazer com confiança, aumente o grau de dificuldade da tarefa, substituindo os
tijolos por blocos de cimento de forma a que fique distanciado do chão cerca de
1/2 metro. Repita a actividade várias vezes, ajudando-o sempre que ele precisar.
Ate a ponta de uma corda a uma bola grande de esponja. Em seguida, cubra a
esponja e a bola com fita adesiva para impedir que a bola se solte. Suspenda a
bola de forma a que fique ao nível dos ombros do João. Assegure-se que a área
que escolheu está desimpedida o suficiente de forma a poder balançar o bastão
sem partir nada. Ajude-o a movimentar o bastão algumas vezes sem tentar
acertar na bola. Em seguida, ajude-o a movimentar o bastão devagar e a fazer
contacto com a bola. Elogie-o imediatamente. Gradualmente, reduza o controle
das suas mãos à medida que ele aprende o movimento. Assegure-se que a bola
retorna a uma posição estática cada vez que o João lhe tenta bater. Não permita
que ele bata na bola de forma desordenada.
87 – CARRINHO DE MÃO
Motricidade global, braços
Meta: Desenvolver a força dos braços e a coordenação
Objectivo: Andar para a frente apoiada nas duas mãos enquanto alguém lhe segura as
pernas
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Diga o João que vão brincar de carrinho de mão e faça com que ele se ajoelhe e
coloque as mãos no chão. Coloque-se por detrás dele e levante-lhe as pernas de
forma a que o seu peso fique colocado nas mãos. Inicialmente, não o segure
nesta posição por mais que uns segundos. Assim que lhe colocar as pernas no
chão, elogie-o imediatamente. À medida que os seus braços se fortalecem e a sua
confiança aumenta, aumente o tempo da actividade. Comece, também a levantar
os pés um pouco mais, mas tenha cuidado para não colocar demasiada pressão
nos braços antes da criança estar pronta para isso. Quando ele se sentir
confortável nesta posição fixa, faça com que ele comece a andar para a frente.
Coloque, no chão duas linhas, distanciadas entre si de 5 metros, que representam
a linha de chegada e de partida e faça com que ele percorra essa distância.
Assegure-se que ele sabe exactamente que distância tem de percorrer.
88 – PUXAR UM OBJECTO PESADO
Motricidade global, corpo
Motricidade fina, agarrar
Meta: Melhorar a força das mãos e o desenvolvimento muscular geral
Objectivo: Puxar um peso a uma distância determinada pela condição física geral da
criança
Materiais: Corda de aproximadamente 1 metro de comprimento, caixa larga, materiais
diversos (livros, pedras, etc.) para adicionar peso à caixa
Procedimento:
Desenhe uma linha, no chão com fita adesiva. Coloque a corda pelo meio interno
da fita de forma a que a corda ocupe uma posição equidistante em relação à fita.
Ate uma ponta da corda à caixa. Agarre o outro extremo da corda e mostre ao
João como a puxar. Coloque a caixa na sua posição original e ajude o João a
puxar a caixa. Repita a actividade até ele demonstrar alguma autonomia na
execução desta tarefa reduza então, gradualmente, a sua ajuda. Em seguida,
adicione mais peso à caixa. No entanto, tome cuidado para que a caixa não fique
demasiado pesada de forma a que a tarefa não se torne frustrante.
89 – CABO DE GUERRA
Motricidade global, corpo
Motricidade fina, agarrar
Meta: Aumentar a força das mãos e o desenvolvimento muscular geral
Objectivo: Puxar uma corda que está segura por outra pessoa que exerce uma pressão
ligeira
Materiais: Corda com 1 metro de comprimento
Procedimento:
Desenhe uma linha no chão com fita adesiva. Coloque a corda no chão de forma
a que esta passa pelo centro da corda, mas colocada em cima. Segure uma ponta
e o João segura a outra. Faça com que ele a puxe enquanto você também a puxa
com suavidade. Elogie-o imediatamente. Gradualmente, comece a puxar a corda
cada vez com mais força. para que ele também aumente a força com que o faz.
Lembre-se de não tornar a actividade frustrante para ele.
90 – EXERCÍCIOS DE EQUILÍBRIO: SALTOS
Motricidade global, corpo
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar a coordenação dos braços e pernas
Objectivo: Saltar 10 vezes, abrindo e fechando a pernas e batendo os braços em cima da
cabeça.
Materiais: Nenhum
Procedimento:
Escolha um espaço aberto onde se possam mover sem esbarrar nos objectos.
Fique de pé e coloque o João de frente para si e faça com que ele imite tudo o
que fizer. Eleve os seus braços acima da cabeça até que as palmas das mãos se
encontrem e volte a colocá-los caídos ao lado do corpo. Ajude o João a assumir a
posição se ele não a imitar imediatamente. Repita esta parte do exercício até ele
consiga levantar os braços sem ajuda. Coloque-se frente ao João e tente que ele
imite somente os movimentos das pernas. Salte, afastando as pernas e depois
volte a saltar juntando-as. Ajude o João apenas se ele necessitar. Quando ele
conseguir imitar os movimentos dos braços e das pernas separadamente, peça-
lhe para que a imite enquanto você os combina. Salte afastando as pernas e
batendo as palmas acima da cabeça. Hesite com os braços em cima e as pernas
afastadas, para que ele a possa imitar facilmente. Registe quantas vezes o João
consegue fazer sem se cansar.
91 – SALTAR À CORDA
Motricidade global, corpo
Meta: Aumentar a coordenação
Objectivo: Saltar 5 vezes sobre uma corda que se balança
Materiais: Corda de 1,20 metros aproximadamente
Procedimento:
Ate a ponta de uma corda a um objecto fixo. Coloque-se, com o João ao meio da
corda e peça a outra pessoa para segurar a outra ponta. Quando a corda se
aproximar, diga “Salta.” e levante o João do chão enquanto você também salta.
De início, tente apenas um salto de cada vez para aumentar a sua confiança.
Gradualmente, reduza a sua ajuda à medida que ele vai saltando sobre a corda,
mesmo que não seja capaz de saltar devidamente. Quando o João começar a
saltar sozinho, afaste-se da corda mas continue a ajudá-lo, dizendo “Salta.”, no
tempo apropriado. Registe quantas vezes ele consegue saltar sobre a corda,
sucessivamente.
92 – MACACA
Motricidade global, corpo
Realização cognitiva, linguagem receptiva (opcional)
Meta: Aumentar a coordenação muscular, o equilíbrio e as competências de
contagem
Objectivo: Jogar correctamente à macaca
Materiais: Fita adesiva forte, pedra
Procedimento:
Desenhe os quadrados no chão ou delimite-os com fita adesiva forte, tal com está
apresentado na figura .Assegure-se que os quadrados são grandes e as linhas
visíveis. De início, será mais fácil para o João se não existirem números nos
quadrados para não o confundirem. Mostre-lhe como se salta com um pé nos
quadrados únicos e com dois pés nos quadrados duplos. Assim que ele conseguir
percorrer o caminho de ida e volta, ensine-lhe como se joga à macaca, usando
uma marca ou uma pedra. Quando ele conseguir reconhecer os números e
aprender a contar, numere os quadrados. De seguida, faça com que ele siga os
números, sequencialmente, ou salte para os que indicar.
93 – TRAVE AVANÇADA
Motricidade global, corpo
Motricidade fina, agarrar
Meta: Melhorar o equilíbrio
Objectivo: Andar numa trave com 1,5 metros de comprimento e 20 cm de largura
enquanto carrega uma variedade de objectos
Materiais: Trave (ver actividade 84), duas caixas, 5 objectos pequenos (bola, boneco de
peluche, boneca, copo, esponja, etc.)
Procedimento:
Quando o João conseguir andar pela trave sem problemas, ensine-o a carregar
pequenos objectos enquanto realiza o percurso da trave. Coloque uma caixa com
5 objectos num extremo da trave e uma caixa vazia na outra. Faça com que o
João retire um objecto da caixa cheia, percorra a trave e o deposite na caixa
vazia. Repita o procedimento até que os objectos tenham sido transferidos para a
caixa vazia.
MOTRICIDADE FINA
95 – CAIXA ESCURA
Motricidade fina, agarrar
Percepção, táctil
Meta: Melhorar as aptidões de agarrar objectos sem os ver
Objectivo: Tirar 3 objectos de uma caixa fechada
Materiais: Caixa de cartão, 3 objectos médios comuns (por exemplo: cubo, copo de papel,
colher)
Procedimento:
Faça um buraco numa caixa de cartão suficientemente grande para que, nela,
caiba a mão do João. Coloque 3 objectos pequenos, de dimensões adequadas
para que consigam passar pelo corte efectuado e feche a caixa. Assegure-se que
o João está a olhar para si, coloque a mão no buraco da caixa e puxe um dos
objectos. Finja-se surpresa ao retirar o item. De seguida, guie a mão de João
através do buraco e ajude-o a localizar um dos objectos e a retirá-lo. Repita o
procedimento e recompense-o cada vez que retirar um objecto. Após ter repetido
a actividade várias vezes, guie a sua mão para o buraco mas deixe que o João
chegue ao objecto sozinho. À medida que ele for aprendendo a tarefa, o número
de objectos pode aumentar ou diminuir e a caixa pode ser maior, de forma a que o
espaço a explorar seja maior.
96 – AGARRAR OBJECTOS
Motricidade fina, agarrar
Percepção, visual
Meta: Melhorar a pinça e o controle motor fino
Objectivo: Apanhar 10 objectos de tamanhos variados e colocá-los numa taça
Materiais: Taça pequena, 10 objectos pequenos (por exemplo: uva, amendoim, botão,
cubo, conta, caneta, chave, bola e moeda)
Procedimento:
Faça com que o João se sente à mesa e diga-lhe que é tempo de trabalhar.
Espalhe os objectos na mesa, assegurando-se que estão todos ao seu alcance.
Apanhe os objectos, fazendo pinça com os dois dedos e o polegar. Diga “Põe!” e
coloque o objecto na taça. Segure a mão da criança e guie-lhe os dedos para a
posição pretendida (pinça maior), faça com que ele segure o objecto, dirija-lhe a
mão para a taça e diga “Põe!”. Use a sua outra mão para o ajudar a libertar o
objecto na taça. Elogie-o e recompense-o imediatamente. Repita a actividade as
vezes necessárias até você achar que ele consegue iniciar os movimentos
necessários. Note quais os objectos que ele tem mais dificuldade em segurar e
esteja preparada para o ajudar com esses brinquedos. Lembre-se que ele deve
dizer “Põe!”, cada vez que colocar o objecto na taça.
97 – DESENVOLVER A “PINÇA”
Motricidade fina, agarrar
Meta: Desenvolver uma boa pinça e melhorar o controle motor fino
Objectivo: Separar pequenos pedaços de plasticina e colocá-los numa lata
Materiais: Plasticina, lata
Procedimento:
Sente-se, com o João à mesa, e coloque-se à sua frente. Tire a plasticina da lata
mas deixe-o ao seu alcance. Agarre na sua mão e ajude-o formar uma salsicha.
Assegure-se que a criança está a observar e, com um movimento exagerado,
demonstre como tirar um pequeno pedaço de plasticina, fazendo pinça com o
polegar e o indicador. Segure esse pequeno pedaço de plasticina em frente do
seu rosto, diga “Põe!” e coloque-o dentro da lata. Em seguida, ajude-o a executar
o mesmo procedimento. Repita a actividade muitas vezes, reduzindo o controle da
mão à medida que sentir ele que está a usar correctamente os dedos. Faça com
que ele saiba exactamente quantas vezes espera que desempenhe a actividade,
colocando um número determinado de recompensas em sítio visível. Cada vez
que põe um pedaço de plasticina na lata, recebe uma recompensa.
98 – TIRAR AÇÚCAR COM UMA COLHER
Motricidade fina, manipulação
Motricidade fina, agarrar
Autonomia, alimentação
Meta: Aumentar a capacidade de agarrar, a manipulação de objectos e desenvolver
aptidões de alimentação independente
Objectivo: Usar uma colher para transferir açúcar de um recipiente para o outro
Materiais: Colher, açúcar (ou outro material granuloso sólido), duas taças ou outro
recipiente
Procedimento:
Quando o João se sentir confortável a segurar a colher por curtos períodos (ver
actividade 94), comece a ensiná-lo a usar a colher. Coloque um açucareiro e uma
taça vazia, na mesa, em frente da criança. Coloque a colher na sua mão e reforce
o acto de agarrar colocando a sua mão sobre a mão da criança. Guie-lhe o
movimento de forma a que introduza a colher no açúcar, fazendo um movimento
exagerado. Repita este movimento muitas vezes antes de transferir o açúcar para
o recipiente vazio. Quando achar que ele já adquiriu a noção do movimento,
ajude-o a tirar uma pequena porção de açúcar e transferi-la para o outro
recipiente. De início as taças devem estar próximas, mas à medida que o João
adquirir maior domínio da actividade, coloque-os afastadas entre si. Comece por
fazer com que ele, inicialmente, transfira apenas duas colheres. No entanto, o
objectivo é treinar o João para que ele transfira todo o açúcar. Reduza,
progressivamente, o controle da sua mão, direccionando-lhe o pulso, depois o
braço e, finalmente, solte-lhe o braço.
99 – APANHAR MOEDAS
Motricidade fina, agarrar
Coordenação óculo-manual, controle
Percepção, visual
Meta: Aumentar o controle da motricidade fina e as capacidades de agarrar
Objectivo: Apanhar 10 moedas e colocá-las numas lata
Materiais: Moedas, lata de café com tampa de plástico com ranhura
Procedimento:
Corte a tampa da lata de forma a que caiba uma moeda. Comece a actividade,
deixando duas moedas em cima da mesa em frente à criança. Diga “Olha, João”
e, devagar, apanhe uma das moedas fazendo uma pinça exagerada com o
indicador e o polegar. Acene com a moeda à frente do seu rosto no sentido de
chamar a sua atenção e coloque-o na ranhura. Segure na mão do João e guie os
seus dedos afim de repetir o mesmo procedimento com a segunda moeda.
Recompense-o imediatamente e deixe-o sair da mesa por alguns momentos.
Repita o procedimento, adicionando gradualmente mais algumas moedas à
medida que o João se torna mais apta a desempenhar a tarefa. Deixe sempre em
cima da mesa todas as moedas que pretende que ele coloque na lata para que
ele saiba exactamente quando a tarefa termina. Lembre-lhe de colocar as moedas
na lata apontando para a moeda, dizendo “Põe aqui.” e apontando para a ranhura
da lata.
100 – ABRIR RECIPIENTES
Motricidade fina, coordenação das duas mãos
Imitação, motricidade
Meta: Aumentar o controle da motricidade fina, a força das mãos e a cooperação das
duas mãos.
Objectivo: Abrir 4 recipientes diferentes para obter uma recompensa.
Materiais: Caixa de sapatos, lata do café com tampa de plástico, caixa de jóias,
recompensas alimentares.
Procedimento:
Sente-se com o João à mesa, no chão ou em qualquer lugar onde estejam
confortáveis. Segure numa das caixas e chame a tenção da criança: “Olha!”, e
passe a recompensa alimentar no seu campo de visão. Lentamente, mova a
recompensa para a caixa e feche-a. Assegure-se que ele está a observar as suas
mãos e abra a caixa lentamente. Finja-se surpresa e mostre-lhe a recompensa
que foi colocada dentro da lata. Feche novamente a caixa e dê-lha. Gesticule de
forma a que perceba que é para abrir o contentor. Se o João não conseguir abrir a
caixa, ajude-o. Se ele não entender o que se pretende, segure-lhe nas mãos e
guie-lhe a acção. Assim que abrir a caixa, recebe a recompensa e esta é colocada
de lado. Repita o procedimento com os outros recipientes. Note quais os
recipientes que abre com maior facilidade e os que tem mais dificuldade. Se um
deles lhe gerar um maior grau de dificuldade, substitua-o por outro mais simples.
A ideia desta actividade é fazer com que o João pratique a abertura de recipientes
vários.
101 – JOGO DE DAR E RECEBER
Motricidade fina, agarrar
Coordenação óculo-manual, controle
Realização cognitiva, linguagem receptiva
Meta: Melhorar o agarrar e largar objectos e desenvolver competências interactivas
Objectivo: Tirar 4 objectos de uma caixa e dá-los a outra pessoa, tirar 4 objectos de uma
pessoa e colocá-los numa caixa
Materiais: 2 caixas de tamanho médio, 4 objectos de diferentes tamanhos e formas ( por
exemplo: bloco, conta, chave, pente)
Procedimento:
Sente-se à mesa, em frente do João e coloque uma caixa do seu lado esquerdo e
outra do seu lado direito. Coloque 4 objectos dentro de uma das caixas. De
seguida, tire um deles diga-lhe “Toma.” e verifique se ele o agarra. Se necessário,
coloque-lhe o objecto na mão e feche-a em torno deste. A seguir, aponte para a
caixa vazia e diga “Põe.”. Guie-lhe a mão na direcção da caixa, ajude-o a largar o
objecto e recompense-o imediatamente. Repita o procedimento até todos os
objectos terem sido transferidos de uma caixa para outra.
Assim que ele tiver aprendido a actividade, encoraje-o a agarrar um objecto dentro
da caixa e a dar-lho. Aponte para a caixa e diga “Dá.”. Gesticule com a mão
enquanto diz “Dá.”. Se ele não corresponde, continue a manter esse gesto da mão
e, com a outra dirija a mão da criança afim de desempenhar a actividade que se
pretende. Quando ele lhe der um objecto, coloque-o na caixa e recompense-o.
Repita a actividade até ele lhe ter entregue todos os objectos. Assim que o João
tiver aprendido as duas rotinas, varie as actividade de forma a trabalhar “Dar.”
num dia e “Tirar.” no outro. Desta forma o João vai ter de se habituar a ouvir
instruções para entender o que é suposto fazer.
102 – PRESSIONAR BOTÕES
Motricidade fina, manipulação
Coordenação óculo-manual, controle
Meta: Aumentar o controle da motricidade fina e desenvolver a capacidade de dirigir o
dedo a um alvo.
Objectivo: Pressionar um botão sem ajuda de forma a obter um resultado desejado.
Materiais: Qualquer objecto ou brinquedo em que o facto de pressionar um botão provoca
um resultado interessante (por exemplo: uma caixa de música, uma
campainha)
Procedimento:
Sente-se à mesa com o João e coloque o brinquedo à sua frente. Capte a sua
atenção e mostre-lhe como se pressiona o botão de forma a que o brinquedo
funcione. Segure o seu dedo indicador, coloque-o no campo de visão do João e,
lentamente, dirija-o em direcção ao botão (esta lentidão do gesto torna-se
necessária para que ele faça uma associação entre o dedo e o resultado).
Quando pressionar o botão, sorria, bata palmas ou finja-se excitada no sentido de
demonstrar que a actividade é divertida. Prepare-lhe o brinquedo, segure-lhe na
mão e dirija-lhe o dedo para o botão. Ajude-o a pressioná-lo. Repita a actividade
várias vezes mas retire a sua assistência removendo a sua mão para o pulso da
criança, em seguida para o cotovelo e, finalmente, afaste-se do braço dele.
Quando ele conseguir pressionar o botão sem ajuda, mude para um segundo
brinquedo similar ao primeiro (isto é, com um botão visível).
Coloque-se por detrás do João enquanto ele está sentada à mesa e demonstre-lhe
como dobrar uma folha de papel. Faça movimentos lentos e deliberados. Após a
sua demonstração, tire outra folha de papel e guie as mãos da criança afim de a
dobrar ao meio. Repita a actividade até que ele aprenda a dobrar o papel ao meio.
Não se preocupe se o papel não está bem dobrado ou se a tarefa não está
terminada. Coloque cada folha de papel dobrada numa pilha. Reduza,
gradualmente, o controle das mãos até que ele consiga desempenhar a tarefa
sozinho. Quando a criança conseguir dobrar o papel sem ajuda, faça com que ele
desempenhe uma segunda dobra. Sente-se ao lado dele. Cada um de vós fica com
uma folha. Dobre a sua folha e faça com que ele desempenhe a mesma acção
mas, em vez de a colocar no pilha das folhas dobradas, diga-lhe “Olha, João.” e
dobra uma segunda vez. Ajude-o apenas se ele estiver confuso.
Sente-se ao lado do João na sua mesa de trabalho com os lápis, com o papel e
com a caixa à sua frente. Tire uma folha de papel e um lápis e faça dois ou três
rabiscos ao acaso. Use o mesmo lápis e a mesma folha de papel e tente levá-lo a
fazer dois ou três rabiscos. Coloque o lápis na mão, coloque a sua mão em cima da
mão da criança e ajude-o a rabiscar por alguns segundos. A seguir, elogie-o, ponha
o papel na pilha das tarefas acabadas e coloque o lápis na caixa. Repita o
procedimento com o segundo lápis. Reduza, gradualmente a sua ajuda até que ele
consiga segurar o lápis e rabiscar sozinho. Encoraje-o a rabiscar por períodos
longos mas dê-lhe somente alguns lápis para que veja em quantas partes se pode
dividir uma tarefa.
106 – BOLAS DE SABÃO
Motricidade fina, manipulação
Motricidade fina, agarrar
Meta: Aumentar o controle da motricidade fina e as competências de agarrar
Objectivo: Tirar a tampa de um frasco de bolas de sabão e usar o dispositivo de forma a
conseguir fazer bolas
Materiais: Frasco com dispositivo para bolas de sabão
Procedimento:
Assegure-se que a tampa do dispositivo está colocada de forma solta e coloque o
dispositivo na mesa em frente do João Chame-lhe a atenção e demonstre-lhe
como tirar a tampa. Então retire o dispositivo que serve para fazer as bolas e
sopre. Coloque-o novamente no frasco de forma solta. Segure a mão da criança e
dirija-lhe os movimentos até ele fazer algumas bolas de sabão. Em seguida volta
a colocar o dispositivo e a tampa no frasco. Coloque-o em frente da criança e
incite-o a abrir o frasco. Finja que o está a fazer, se necessário, e posicione as
mãos de forma apropriada no frasco. Repita a actividade até ele conseguir tirar a
tampa sem ajuda.
123 – ANÉIS
Coordenação óculo-manual, controle
Motricidade fina, manipulação
Meta: Melhorar a coordenação óculo-manual e o controle da motricidade fina
Objectivo: Enfiar 4 anéis numa estaca sem ajuda
Materiais: Anéis, estaca
Procedimento:
Coloque a estaca à frente do João e mostre-lhe os anéis. Diga “Olha, João”, e
mostre-lhe como atirar o anel na estaca. Tire o anel e repita o procedimento. Dê o
segundo anel ao João e diga-lhe “Põe.”. Guie a sua mão pela actividade
pretendida. Repita o procedimento até que todos os anéis estejam introduzidos na
estaca. Elogie-o sempre que colocar um anel e recompense-o quando todos os 4
anéis estiverem introduzidos. Assegure-se que ele vê que todos os anéis que lhe
serão dados para que tenha a noção do término da tarefa.
124 – EMPILHAR BLOCOS
Coordenação óculo-manual, controle
Motricidade fina, agarrar
Meta: Melhorar a coordenação óculo-manual e o controle da motricidade fina
Objectivo: Empilhar 4 blocos sem ajuda
Materiais: 4 blocos médios
Procedimento:
Coloque 4 blocos na mesa, à frente do João. Assegure-se que lhe despertou a
atenção e demonstre como se empilham os blocos no sentido de formar uma
torre. Desfaça a torre e coloque os blocos na posição original. Coloque um dos
blocos directamente em frente do João. Tire um segundo bloco e diga “Põe em
cima.” e coloque-o em cima do primeiro. Assegure-se que ele está a olhar
enquanto empilha o segundo bloco. Segure a sua mão, ajude-o a apanhar o 3º
bloco, diga “Põe em cima.” e dirija a mão do João. Repita o procedimento com o
quarto bloco, mas, desta vez, aponte e diga “Põe em cima.”. Dê-lhe uma
oportunidade de empilhar o bloco sozinho mas ajude-o se parecer confuso.
Quando todos os blocos estiverem empilhados, a actividade termina. Repita o
procedimento até o João conseguir empilhar os blocos sem ajuda.
126 – ENCAIXES
Coordenação óculo-manual, controle
Motricidade fina, manipulação
Percepção, visual
Meta: Aumentar a capacidade em direccionar um objecto para um alvo específico.
Objectivo: Inserir 5 cavilhas num quadro sem ajuda.
Materiais: Caixa de sapatos, cavilhas (podem ser feitas do pau da vassoura).
Procedimento:
Coloque o encaixe na mesa em frente ao João.
Manipule a mão dele para que tire todas as
cavilhas e as coloque na mesa. Segure o dedo
indicador e ajude-o a localizar o orifício na caixa.
Aponte para uma das cavilhas e aponte para um
dos buracos e diga “Põe dentro.”. Guie-o na
introdução da primeira cavilha mas, gradualmente, reduza a ajuda prestada. Após o ter
ajudado a introduzir a primeira cavilha, ajude-o a retirá-la e a introduzi-la novamente.
Repita o procedimento com todas as cavilhas. Após o João se habituar a esta rotina,
diga-lhe “Põe.”, mas não aponte para uma peça específica ou para um buraco.
Recompense-o quando todas as cavilhas estiverem na caixa.
138. PINÇAS
Coordenação óculo-manual, controle
Motricidade fina, manipulação
Percepção visual
Meta: Aumentar a coordenação óculo-manual, o controle da motricidade fina e a
capacidade de movimentar objectos
Objectivo: Pegar em 6 objectos pequenos com pinças e colocá-los em copos ou cartões
dos ovos.
Material: Pinças pequenas e flexíveis, cartão de ovos, pequenos objectos (blocos,
contas etc.)
Procedimento:
Coloque 2 ou 3 objectos pequenos em cima da mesa em frente do João e diga
“Olha, João.” e mostre-lhe como se usa a pinça. Certifique-se de que ele está a
olhar para si e use a pinça para pegar num dos objectos e colocá-los num buraco
do cartão de ovos. Liberte o objecto no cartão abrindo a pinça. Tente que o João o
imite no uso da pinça. Ajude-o a pegar-lhe de forma adequada. Com a outra mão
aponte para o objecto que ele deve pegar e diga “Põe este.”. Ajude-o a controlar a
pinça e a pegar no objecto. Depois encaminhe-o para o cartão e ajude-o a libertar
o objecto. Inicialmente terá que apontar para um buraco vazio para que ele saiba
onde deixar o objecto. Treine com vários objectos para que ele adquira o controle
da pinça. Diminua o controle das mãos à medida que sentir que ele vá
percebendo e controlando melhor a tarefa.
139- DESENHO: LINHAS HORIZONTAIS
Coordenação óculo-manual, desenho
Motricidade fina, manipulação
Objectivo: Aumentar o controle manual e desenvolver competências de desenho
Objectivo: Desenhar linhas horizontais unindo pontos
Material: Papel, lápis e marcadores
Procedimento:
Usando os marcadores, prepare várias folhar de trabalho desenhando 5 ou 6
conjuntos de pontos bem visíveis com cerca de 1 cm de intervalo. Dê um lápis ao
João e ajude-o a colocar o lápis no ponto da esquerda. Diga: “Por cima.” e guie-
lhe a mão para que vá passando por cima dos outros pontos até ao último da
direita. Repita esta actividade várias vezes. Reduza a ajuda manual à medida que
sentir que ele começa a mexer o lápis sozinho. Reforce-o por cada folha
completa. Pode ir gradualmente aumentando o grau de dificuldade, aumentando a
distância entre os dois pontos.
140- DESENHAR CÍRCULOS
Coordenação óculo-manual, desenho
Motricidade fina, manipulação
Meta: Desenvolver competências básicas de desenho
Objectivo: Unir uma série de pontos para formar e completar círculos de um desenho
simples
Material: Papel, lápis e marcadores
Procedimento:
Desenhe vários desenhos simples, um em cada página, nos quais o circulo forme
uma parte importante do desenho. Use os marcadores para fazer a figura, mas
desenhe o circulo apenas com uma série de pontos bem visíveis. Dê ao João um
lápis e uma das folhas. Nomeie o objecto e aponte para o que falta. Guie a mão
dele para desenhar o circulo que falta, unindo os pontos. Reduza a ajuda à
medida que ele aprende o que se espera dele. Veja se ele consegue descobrir no
desenho onde está o circulo para completar.
Esta secção contém actividades que foram utilizadas com sucesso de modo a
aumentar a linguagem expressiva da criança com autismo. Seleccionámos um grupo
de actividades para cada nível de desenvolvimento da linguagem de modo a ilustrar
uma variedade de estruturas de ensino tendo em conta os respectivos objectivos na
aprendizagem da linguagem. Porque qualquer programa de linguagem deve ser
individualizado para a criança com défices e capacidades especiais e atendendo aos
seus interesses de comunicação, as actividades propostas nesta área não
representam em exclusivo o seu programa, nem sugerem o seu currículo.
Estas actividades devem ser utilizadas pelos pais e professores em sessões
estruturadas de ensino, à medida que a criança adquire novas capacidades. Nós
sugerimos formas pela quais essas capacidades possam ser generalizadas ao longo
do dia.
Os objectivos das actividades incluem o seguinte: começar a vocalizar, uso de
uma palavra simples, pequenas frases, respostas sociais, descrição de acções e
acontecimentos, fazer perguntas e conversação social.
Cada objectivo da linguagem deve ter em conta o significado para a criança, de
modo a ser útil e adequado ao seu nível de desenvolvimento. Por exemplo: a primeira
palavra simples que deve ser escolhida deve corresponder ao que ele quer. Para uma
criança pode ser “carro”, para outra pode ser “bolo” e para outra “bebé”. O vocabulário
é escolhido porque tem significado e porque é útil para a criança e está de acordo
com o seu nível de desenvolvimento.
Cada técnica deve ir ao encontro do interesse da criança, de forma a tornar as
actividades o mais interessantes possível. Por exemplo: algumas crianças gostam de
cantar, outras de movimentos corporais, outras de figuras e outras de construir
puzzles. A atenção da criança e a sua cooperação na actividade é produtivo quando
as actividades contêm materiais ou acções que ele considera intrinsecamente
interessantes. Nós ilustramos todas estas variações de modo a providenciar o leitor
com uma vasta selecção de actividades de ensino estruturado a escolher.
Estas actividades são relatadas nas secções de Imitação e na de Realização
Cognitiva. A linguagem, normalmente, desenvolve-se através da imitação; a criança
ouve uma palavra e copia-a. A sua linguagem começa a ser uma real comunicação
somente quando ele as ouve e entende o seu significado. A criança pode dizer muitas
palavras, mas não ser capaz de as usar espontaneamente, ainda que as perceba a
nível da linguagem receptiva, o que será uma parte do programa individual de
linguagem.
Para as crianças que não falam os sinais manuais são combinados com o
discurso no início das actividades de linguagem. Contudo, as actividades que
ensinam códigos não verbais não faz parte deste conjunto de propostas de
actividades, devendo assim ter um espaço para isso.
191 – COMEÇAR A VOCALIZAR
Desempenho verbal, vocalização
Imitação, vocal
Meta: Encorajar o desenvolvimento de vocalização com significado
Objectivo: Fazer um som perceptível de rebentamento, quando rebenta bolas de sabão
Materiais: Frasco de bolas de sabão
Procedimento:
Sente-se à mesa com o João à sua frente. Ponha o frasco de bolas de sabão
entre os dois. Sopre algumas bolas ou deixe o João soprar. Rebente algumas
bolas com o seu dedo e diga ao mesmo tempo “PO”, bem audível, de cada vez
que rebenta uma bola. Repare se o João presta atenção às bolas e ao som.
Depois dele estar bem disposto com as bolas, sopre mais algumas e tome o dedo
dele, guiando-a para rebentar mais bolas. Continue a fazer o mesmo som. Imite
os sons que João faz e regresse ao som “Po”. Se ele não tentar imitar o som,
cative a sua atenção para a sua boca, enquanto lhe mostra como se faz o som e
então ajude-o a colocar a boca de maneira a produzir o som. Sopre mais bolas e
repita a actividade até que ele comece a fazer o som sozinho. Reforce sempre
que ele o comece a fazer espontaneamente.
Procedimento:
Sente-se à mesa com o João e mostre-lhe os reforços. Esconda uma delas
debaixo de um copo e peça-lhe para o tirar. Repita esta actividades alguns
minutos para o familiarizar. Coloque uma vez o reforço em cima do copo e peça-
lhe que o retire. Quando ele estiver familiarizado em procurar o rebuçado dentro e
em cima do copo, continue a actividade, mas usando as expressões. Por
exemplo: “Olha João, debaixo.” e coloque o reforço debaixo do copo. Depois de
repetir várias vezes, coloque o reforço debaixo e pergunte “Onde está?” e
responda lentamente “Debaixo.”. Motive-o a começar a responder. Reforce-o por
qualquer tentativa.
213 – RESPONDER A QUESTÕES COM “OU”
Desempenho verbal , expressão
Desempenho verbal, linguagem receptiva
Meta: Incrementar a linguagem expressiva e desenvolver a capacidade de fazer
escolhas de forma independente
Objectivo: Fazer escolhas de forma independente quando lhe dão 2 alternativas concretas
e, expressar essa escolha verbalmente.
Materiais: Objectos da sala que lhe são familiares e que lhe agradam
Procedimento:
Dado que o João apresenta dificuldades em se expressar quando se lhe é
oferecido algo a escolher, aproveite todas as oportunidades do dia para usar a
palavra “ou”. Por exemplo, antes da “hora do conto”, seleccione 2 livros e coloque
os em frente dele. Aponte para cada um dos livros, separadamente, e pergunte:
“Queres este ou aquele?”. Quando ele se dirigir para um deles repita a questão e
diga “João, diz, este.”. Encoraje-o a verbalizar o que quer sempre que lhe oferece
a escolha. Este programa pode ser implementado com comer, brinquedos ou
qualquer outra coisa que lhe interesse especialmente. Quando o João já estiver
habituado a questões com “ou” e conseguir responder-lhes verbalmente, comece
a introduzir questões para respostas mais especificas envolvendo nomes de
objectos, categorias ou cores. Por exemplo, agarre num cubo vermelho e
pergunte-lhe “João, este cubo é vermelho ou azul?”. Se ele hesitar, mostre-lhe
outro cubo vermelho e nomeie a cor, depois mostre-lhe outro azul e nomeie-o
também. Por fim repita a questão com os cubos originais.
214.CONVERSA ESTRUTURADA
Desempenho verbal e cognitivo, conversação
Interacção individual e social
Meta: Desenvolver competências de conversação
Objectivo: Responder adequadamente a conversas simples e a questões simples e
incrementar as competências sociais básicas
Material: Figuras de revistas, botões, copo
Procedimento:
Nesta altura, o vocabulário do João já melhorou consideravelmente, mas precisa
de aprender a usar as suas palavras numa conversa adequada. Para esse efeito
ele vai precisar de praticar muito em situações estruturadas. Sente-se na mesa
em frente do João. Planeie um tópico para a conversa na qual lhe deverá fazer 3
questões simples, por exemplo:
“João, o que é que podemos comprar no supermercado?”
“ Como é que vamos para o supermercado?”
“O que é que fazemos com o comer que compramos no supermercado?”
Depois de ele lhe dar uma resposta satisfatória, coloque um botão no copo, o que
lhe permitirá ver quantas questões respondeu adequadamente. Se ele não
conseguir responder adequadamente, use figuras auxiliares e dê-lhe pistas. Por
exemplo se ele não responder “carro” para a 2ª questão, mostre-lhe a figura de
um carro e repita a questão. Use sempre temas que lhe despertem interesse. À
medida que ele for aderindo melhor à conversa, comece a extinguir o sistema
token e elogie a sua resposta imediatamente.
215 – TRANSMITIR UMA MENSAGEM SIMPLES
Desempenho verbal, conversação
Interacção social e individual
Meta: Desenvolver competências de comunicação e incrementar competências de
memória e competências sociais
Objectivo: Recordar uma mensagem pequena ( 4 ou 5 palavras) e transmiti-la
verbalmente a outra pessoa
Material: Nenhum
Procedimento:
Sente o João numa sala e tenha outra pessoa numa sala próxima. Leve-o à outra
sala para poder ver que está lá outra pessoa. Cada um dos elementos deve ter
uma dose de reforços a dar ao João. Antes de iniciar a actividade ambos devem
combinar a mensagem a transmitir, de forma a poderem saber se ele a transmitiu
bem. Dê ao João uma mensagem pequena e peça-lhe para ir dizê-la à outra
pessoa, coloque-o na direcção correcta e repita a mensagem. Quando ele chegar
à outra pessoa e não disser a mensagem, esta pode começar por ajudar “O que é
que a _____disse?”. Quando ele transmitir a mensagem, reforce-o e dê-lhe uma
mensagem semelhante para ele levar de volta à outra pessoa. Comece apenas
com 2 mensagens e 2 viagens e gradualmente vá aumentando o número de
viagens e a complexidade das mensagens. Lembre-se de que o João tem de
compreender bem a mensagem, senão ficará confuso e será incapaz de a
recordar correctamente.
216 – PLURAIS
Desempenho verbal , expressão
Realização cognitiva, linguagem receptiva
Meta: Desenvolver o uso adequado do plural
Objectivo: Usar os plurais adequadamente quando identifica grupos de objectos familiares
Material: Objectos de uso comum que ele reconheça (ex. bolos, bolas, cubos)
Procedimento:
Sente o João na mesa e coloque os objectos na sua frente. Nomeie os objectos à
medida que pega neles. Por exemplo, pegue num bolo e diga: “Olha João, um
bolo.”, quando ele lhe quiser pegar pergunte “O que é isto?”, quando ele
responder “Bolo.”, coloque vários bolos em cima da mesa e diga: “Olha João,
bolos.”. Enfatize bem o plural. Repita a palavra “bolos” várias vezes. Depois
aponte para o bolo e diga “Bolo.” aponte para o conjunto de vários bolos e diga
“Bolos.”. Não se esqueça de enfatizar bem a diferença entre as duas palavras. A
seguir aponte para o bolo e pergunte “O que é, João?”. Quando ele responder
“Bolo.”, repita a questão para o conjunto de bolos. Se ele não captar o plural,
repita o som “S” mais alto após a palavra “bolo” e peça-lhe que repita.
217.NOMEAR FIGURAS GEOMÈTRICAS
Desempenho verbal, vocabulário
Realização cognitiva, linguagem receptiva
Percepção visual
Meta: Aumentar a linguagem expressiva e a nomeação
Objectivo: Identificar verbalmente 3 figuras simples (circulo, quadrado e triângulo)
Material: Figuras geométricas recortadas em formas de circulo, triângulo e quadrado
Procedimento:
Quando o João for capaz de lhe dar a figura geométrica apropriada à ordem:
“João, dá-me o (circulo).” (actividade 176) comece a trabalhar para que ele diga o
nome das figuras. Depois de ele lhe dar a figura correcta, sustenha-a à frente dele
e diga pausadamente o nome da figura várias vezes. Depois pergunte “João que
figura é?”. Repita o nome da forma várias vezes, para que ele associe a palavra
“figura” com as palavras “circulo”, “triângulo”, “quadrado”. Depois de fazer este
procedimento várias vezes, encoraje-o a responder sozinho.
220- CONTAGEM
Desempenho verbal, vocabulário
Realização cognitiva, associação
Imitação verbal
Meta: Aumentar o vocabulário e o conceito de número
Objectivo: Contar sem ajuda
Material: Blocos de madeira
Procedimento:
Certifique se o João é capaz de imitar os sons dos números. Trabalhe com 5
blocos. Conte os blocos em voz alta e lentamente, movendo os blocos para um
grupo separado após dizer o número. Faça isto várias vezes e hesite antes de
dizer o último número para ver a reacção dele. Depois peça-lhe 3 blocos., quando
ele lhe der o número certo de blocos, conte-os em voz alta, não dizendo o último
número de cada grupo. Repita o procedimento várias vezes, mas de inicio peça-
lhe que identifique apenas o primeiro número. Gradualmente, peça-lhe que
identifique os 2 últimos e vá aumentando a quantidade de números exigidos à
medida que ele melhora.
221 – NOMEAR CORES
Desempenho verbal, vocabulário
Realização cognitiva, linguagem expressiva
Meta: Desenvolver o uso de adjectivos descritivos e aumentar a compreensão das
cores
Objectivo: Nomear expressivamente as 4 cores primárias
Material Blocos coloridos (vermelho, amarelo, verde e azul)
Procedimento:
Sente-se na mesa em frente do João. Coloque os 4 blocos coloridos na mesa em
frente dele. Quando ele lhe responder correctamente 90% das vezes ao seu pedido
“Dá-me o bloco azul.” (actividade 182), comece a trabalhar o conhecimento
expressivo das cores. Enquanto faz a actividade vá repetindo os nomes das cores
frequentemente, falando de forma clara e audível. No decorrer da actividade aponte
para um dos blocos e pergunte “Que cor é esta?”. Ajude-o sussurrando o nome da
cor. Recompense-o imediatamente se ele fizer algum esforço para verbalizar a
palavra. Continue a actividade aumentando as oportunidades dele se exprimir
quanto às cores. Gradualmente vá envolvendo outras cores.
238 – ABOTOAR – I
Autonomia, vestir
Motricidade fina, coordenação das duas mãos
Meta: Vestir-se sozinho e aumentar a coordenação motora.
Objectivo: Enfiar um botão grande na casa (num quadro de treino de abotoar)
Material: Cartão um botão e tecido
Procedimento:
Construa um quadro de abotoar colando um cartão a meio do tecido, pregando o
botão num extremo e fazendo uma casa no outro (ver figura). Coloque-se por
detrás do João com o quadro em cima da mesa diante dele. Pegue-lhe nas mãos
e guie-o para o botão. Direccione a sua atenção para o botão e para a casa.
Ajude-o para que agarre o botão e o coloque na casa. Ajude-o a puxá-lo com o
polegar e o dedo indicador. Diga “Puxa.”. Reforce-o por qualquer esforço que
faça. Repita o procedimento tantas vezes quantas as necessárias para que
aprenda e refira sempre “Puxa”. De inicio ele vai precisar de muita ajuda para
compreender como puxar o botão, guie-lhe as mãos até que compreenda.
Quando sentir que ele já é capaz de o fazer sem ajuda, use um bocado de tecido
com mais do que um botão.
239 – ABOTOAR – II
Autonomia, vestir
Motricidade fina, coordenação das duas mão
Motricidade fina, agarrar
Meta: Vestir-se sozinho e incrementar a coordenação motora.
Objectivo: Apertar e desapertar botões de uma camisa ou camisola
Material: Camisa ou camisola de botões grandes
Procedimento:
Tente trabalhar com uma camisa de botões grandes, que se apertem e
desapertem facilmente. Quando o João já apertar os botões do quadro de abotoar
(actividade 238), mostre-lhe como abotoar numa camisola. Quando ele estiver a
usar a camisola, guie-lhe as mãos para os botões. Tente que ele segure uma
parte da camisola enquanto empurra o botão para a casa. diga “Puxa.” para que
ele puxe o botão com o dedo indicador e o polegar. Reforce-o imediatamente e
repita o procedimento com os outros botões. Depois de repetir várias vezes, tente
gradualmente retirar a ajuda. Será mais fácil de aprender se começar por apertar
e desapertar a partir de baixo.
240 – ENTORNAR
Autonomia, alimentação
Motricidade fina, manipulação
Meta: Aumentar as competências de alimentação e controlo da motricidade fina.
Objectivo: Deitar líquidos de um jarro para depósitos mais pequenos sem ajuda e sem
entornar.
Material: Jarro de plástico pequeno, copos de plástico transparentes, corantes
alimentares.
Procedimento:
Coloque alguma água no jarro e junte-lhe algumas gotas de corante alimentar.
tenha o cuidado de ver se o jarro não está demasiado cheio e se torna difícil de
controlar. Coloque 2 copos de plástico transparente em cima da mesa e faça-lhes
uma marca com marcador para que ele veja até onde deve colocar o liquido.
Ajude-o a pegar no jarro e a direccioná-lo para os copos, depois diga “Deita.” e
ajude-o a deitar o liquido no copo. Quando se aproximar da linha desenhada diga
“Pára.” e puxe-lhe a mão para trás gentilmente. Reforce-o imediatamente. Repita
a actividade as vezes que achar necessárias para que ele consiga colocar liquido
nos copos sem salpicar excessivamente, vá diminuindo a sua ajuda física e verbal
para que aprenda quando deve parar. A partir do momento em que ele conseguir
fazer a tarefa sozinho, permita-lhe que deite os líquidos nos copos em todas as
oportunidades que surgirem , quer para si próprio, quer para o resto da família.
Procedimento:
Comece por ajudar o João a escolher aquilo que ele quer vestir no dia seguinte,
antes dele ir para a cama. Deixe todas as peças de roupa necessárias num
determinado local para que seja fácil de encontrar. Mostre-lhe o relógio
despertador. Ensine-lhe como desligar o despertador. Nas primeiras manhãs
ajude-o a levantar-se da cama e a desligar o despertador, antes de continuar com
o resto do programa. Quando tiver a certeza de que ele já é capaz de desligá-lo
sozinho, mostre-lhe o relógio e diga-lhe que terá que estar completamente vestido
quando o ponteiro chegar ao sinal desenhado para receber uma surpresa(mostre-
lhe onde assinalou). Mantenha-se no quarto mas apenas ajude se sentir que ele
está confuso ou frustrado. Elogie sempre o esforço que ele faz e reforce-o com
qualquer coisa que ele goste especialmente sempre que ele terminar de se vestir
a tempo.
246 – CÓCEGAS
Socialização, interacção individual
Meta: Incrementar a interacção social e o divertimento, com contacto físico
Objectivo: Reagir adequada e amigavelmente ao contacto físico
Material: Boneco
Procedimento:
Sente-se com o João na cama ou numa manta. Pegue no boneco e diga: “Olha,
João.” Tente chamar-lhe a atenção para o animal, se necessário passando com
ele no seu campo de visão. Use o boneco para tocar no João, muito
carinhosamente, fazendo-lhe cócegas. Certifique-se de que não está a ser
demasiado intrusiva. Quando lhe tocar sorria e sussurre algumas palavras
agradáveis. De início faça-o por pequenos períodos. Há medida que a tolerância
do João aumentar, aumente a quantidade de cócegas. Páre de lhe fazer cócegas
para ver se ele faz algum tipo de movimento que indique que quer continuar.
Continue a actividade enquanto ele mostrar prazer nela.
252 – ESCONDIDAS
Socialização, interacção individual
Socialização, independência
Motricidade fina, corpo
Desempenho cognitivo, linguagem receptiva
Meta: Ter consciência de que está escondido dos outros, incrementar o desejo de
procura e de interacção com os outros
Objectivo: Esconder-se de uma pessoa e depois procurar por outra que está escondida
Material: Nenhum
Procedimento:
Comece a actividade ensinando o João a esconder-se. Terá que ter outra pessoa
na sala, o pai ou um colega. Pegue na mão do João e diga “Esconde-te do pai.”
Leve-o para trás da porta , de uma cadeira ou para debaixo da mesa. Ensine-lhe
apenas 3 locais diferentes onde se possa esconder Durante a actividade, repita a
ordem: “Esconde-te.”. Depois ajude-o a esconder-se num dos locais anteriormente
ensinados. Peça à outra pessoa para perguntar, “Onde está o João?”. Depois
ajude o João a aparecer e a levantar o braço para dizer onde está . A outra
pessoa deve correr para ele e dar-lhe um grande abraço. Depois dele aprender
como se esconder e mostrar quando é chamado, faça com que a outra pessoa se
esconda num dos 3 locais anteriores e ajude o João a procurá-la quando
perguntar “Onde está a …?”. À medida que ele for entendendo a actividade ,
encoraje-o a esconder-se onde quiser e sem ajuda.
Antecedentes: O João tem uma boa coordenação e é um menino com 4 anos de idade
muito activo. Funciona normalmente com um desenvolvimento médio de,
mas na expressão oral emite cerca de 5 palavras. O João tem
conhecimento de outras e é capaz de predizer as suas respostas no seu
comportamento. O seu estado de espírito é flutuante. Durante um ano
tem batido frequentemente com a cabeça enquanto fica perturbado
pela sua má disposição ou porque é interrompido na actividade que ele
escolheu. Este comportamento é stressante para os sues pais, mas não
causa danos físicos nele próprio. Nenhuma punição nem nenhum afecto
especial pareceu mudar esta situação de modo a ele abandonar esse
comportamento.
Análise: Sempre que ele batia com a cabeça tinha atenção dos outros. Ele não
parecia entender essa atenção como zangado e punitivo ou relacionada e
afectuosa. Ele não parecia distinguir, quando essa atenção era punitiva ou
afectuosa. Ele parecia entender que quando se batia, conseguia o que
desejava.
Objectivo: Diminuir este comportamento de bater com a cabeça, não lhe dando
atenção ou mudando as suas ordens.
Intervenção: Ao longo das actividades na mesa (ex. Puzzles, pintar com lápis...) coloque
a mesa e a cadeira de modo a estarem afastadas da parede, de modo a ele
não poder chegar com a cabeça à parede. Quando o João começar a bater
com a cabeça na mesa, resguarde o material que ele está a utilizar e volte-
lhe o corpo de costas para a mesa, contando até 10 e seguidamente ponha-
o na posição inicial e dê-lhe os materiais para ele começar de novo a
actividade. Dê-lhe uma pequena ajuda para ele recomeçar. Dê-lhe um
elogio logo que ele comece. Repita esta estratégia sempre que ele começar
de novo, mas não o deixe abandonar a sua tarefa sem ele colocar a última
peça. Continue isto durante cerca de 2 semanas, tomando nota num quadro
cada vez que ele tem este comportamento. É importante dispor de muita
atenção e reforçar sempre que ele não se auto-agride, elogiando-o.
Antecedentes: O João tem 13 anos com uma idade mental de 3 anos. Cospe muitas
vezes para a face do seu irmão mais novo, por vezes para outras crianças e
ocasionalmente para os adultos, mas nunca para os pais. Por mais que se
tenha antecipado este comportamento e se lhe tenha chamado dizendo-lhe
“Não.”, mandando-o para o seu quarto ou deixando o seu irmão atenção,
não tem havido sucesso bater-lhe. O João não é capaz de perceber
explicações verbais e os limites das suas consequências. O cuspir, não é
geralmente provocado
Análise: Não sabemos porque é que o João actua assim com o irmão e os outros,
mas o que sabemos é que ele não faz isso aos adultos da sua família o que
demonstra que ele tem a capacidade de controlar este comportamento
sempre que é necessário. A punição que escolhemos não está directamente
ligada ao acto de cuspir, pois o João não é capaz de associar o cuspir com o
responder
Intervenção: Peça ao irmão que chame o João para uma actividade que seja fácil para
ele participar: como colorir um círculo, ou colocar peças dum puzzle. Faça
estas actividades em que as 3 pessoas tenham de tomar a vez. Sente o
João junto do irmão, para que ele tenha a possibilidade de cuspir. Cada vez
que ele cuspir ao irmão ponha-lhe piri-piri na língua. Depois faça-o voltar à
actividade que estavam a desenvolver. Anote na sua tabela (ver figura) cada
vez que este comportamento ocorre e continue pelo menos uma semana.
Quando “o cuspir” estiver controlado durante estas actividades, faça o
mesmo procedimento sempre que o João cuspir nas pessoas.
(Normalmente usa-se vinagre, mas como o João gosta de vinagre,
sugerimos piri-piri. Deve assegurar-se que não usa nada de que o João
gosta.)
2ª 3ª 4ª 5ª 6ª
FEIRA FEIRA FEIRA FEIRA FEIRA SÁBADO DOMINGO
C4 – AGRESSÃO
Problema: Bater na cara do adulto
Contexto: O João tem 4 anos de idade e uma idade funcional de 18 meses. Não
possui qualquer sistema de comunicação verbal ou gestual. Começou a
bater no rosto das pessoas. O comportamento ocorre quando se lhe exige
atenção, quando desempenha actividades da rotina diária e durante as
sessões de ensino.
Objectivo: Ensinar o João a usar um gesto para indicar que está cansado de trabalhar
ou está confuso e que não quer ser interrompido.
Intervenção: Sempre que a criança tentar bater-lhe durante uma sessão de ensino,
restrinja a sua mão, calmamente, diga-lhe “não bate” e ensine-lhe o gesto
alternativo para dizer “acabou” (coloca-se os dedos debaixo do queixo).
Reforce o sinal com elogio e deixe-o brincar uns momentos com o que ele
quiser na mesa. Em seguida, retome a sessão de trabalho com uma
actividade que ele consiga realizar. Ajude-o com frequência e elogie-o.
Ensine-o a fazer o sinal “acabou” quando ele estiver pronto para esbofeteá-
la. Concorde sempre em deixar que ele páre de trabalhar uns instantes após
ter feito o sinal para ele ver que o entendeu. Quando ele aprender este sinal
durante as sessões de trabalho, então pode usar a mesma técnica durante
as rotinas diárias.
C5 – DISRUPÇÃO
Problema: Atirar objectos
C6 – DISRUPÇÃO
Problema: Gritar, chorar, recusas verbais quando se exige que obedeça a
exigências simples.
Intervenção: Durante as 2 semanas próximas, mantenha uma grelha (ver figura 10.4) na
qual se regista o comportamento da Cindy de chorar ou gritar para verificar
se as seguintes técnicas podem ser eficazes: 1) Ignorar; 2) Fornecer ajuda
frequente através de indução ou manipulação; 3) coloque uma recompensa
alimentar em sítio visível para lhe ser dada imediatamente a seguir ao
término da tarefa. Duas vezes ao dia sente-se com a criança e dê-lhe uma
tarefa simples e não verbal (emparelhar, colorir, etc.). Coloque a
recompensa alimentar perto dela e diga-lhe que a pode obter assim que
terminar a tarefa. Ignore os protestos e comece a actividade, colocando
você a 1ª peça. Em seguida ajude-a, fisicamente, a colocar a peça seguinte.
Não use indutores verbais mas sorria à medida que ela vai fazendo o que se
pretende. Não dê atenção aos sons ou palavras mas ajude-a com
frequência, movendo as suas mãos se ela parar de trabalhar. Assim que a
tarefa tiver terminado, faça-lhe uma festa, sorria e dê-lhe a recompensa
alimentar. Em seguida regista na grelha a resposta que a criança
demonstrou para com esta abordagem.
C8 – REPETIÇÃO
Problema: Colocar na boca objectos não comestíveis.
Análise: A criança tem a capacidade de inibir o acto de levar à boca objectos quando
induzida. Mas sem essa indução, alheia-se do que está a fazer. Este
comportamento é potencialmente perigoso devido ao facto de existirem
bagas venenosas e quimicos no jardim. É necessário que a Jenny tenha um
meio alternativo de ser lembrada da regra “na boca não”, quando a mãe não
está presente. As suas competências de leitura podem ser usadas como um
indutor visual.
Objectivo: Ensinar a criança a inibir o acto de levar objectos à boca sem a indução da
mãe.
Intervenção: Vamos começar por ensinar a criança a ler um cartão com a regra e usá-la
para inibir os seus impulsos. Assim que ela aprender que é necessário que
leia a regra em vez de esperar que o adulto a leia, então podemos usar esta
técnica num número de diferentes situações.
C-9 REPETIÇÃO
Problema: Perguntas perseverantes “Que horas são?” independentemente
da resposta ou da situação.
Contexto: Tommy é um rapaz com excesso de peso e letárgico com 10 anos de idade
cujo funcionamento se situa no atraso moderado. Tem um forte interesse e
uma memória excelente para os aniversários das pessoas, números de
telefone, números de matrícula e horas. As questões acerca do tempo são
as mais frequentes e mais perseverantes. Pergunta as horas mesmo
quando está em frente a um relógio que possa ver facilmente. Esforços
anteriores para diminuir este comportamento incluiram responder à questão,
ignorar, irem embora e dizer-lhe para estar quieto.
Análise: As técnicas passadas foram ineficazes porque possivel
C10 – DÉFICE
Problema: Curtos periodos de atenção, fraco controlo dos impulsos.
Intervenção: Delimite a sua área de trabalho de forma a que a criança possa ver onde vai
trabalhar e onde vai brincar (ver figura 10.6). Comece com uma actividade
simples, uma que saiba que o Dave consegue fazer (por exomplo, um
puzzle simples de 4 peças). Coloque o puzzle na mesa e remova uma peça
para que a criança a coloque no local adequado. Chame-o para a mesa,
diga-lhe para se sentar e diga-lhe para completar o puzzle. Elogie-o e dê-lhe
uma uva. Em seguida, dirija-o para a àrea de brincar. Após cerca de 30
segundos, chame-o para repetir a tarefa. Da segunda vez, remova 2 peças
do puzzle. Novamente, recompense-o com uma uva e um elogio e diga-lhe
para ir brincar. Quando a criança ficar habituada a esta rotina (cerca de 60
ensaios), aumente a tarefa removendo duas peça. Siga o mesmo
procedimento. Desta forma podemos aumentar a quantidade de trabalho
que ele faz antes de se levantar. Não alongue para uma tarefa maior (3 ou 4
peças) até que o João consiga terminar a tarefa mais curta sem necessitar
de indução da sua parte.
C11 – DÉFICE
Problema: Falta de iniciativa em mudar actividades durante períodos de
trabalho na escola.
Objectivo: Guardar trabalho terminado e tirar trabalho novo sem directivas individuais
ou atenção da professora.
Intervenção: Coloque em uso um sistema token para o Brian no qual ele receba
inicialmente um prémio por cada ocasião em que, voluntáriamente, guarde o
trabalho terminado e tire trabalho novo sem que seja necessário dirigi-lo
pessoalmente através de um acenar de cabeça, de apontar ou verbalizar.
Inicialmente, pode induzir o Brian dando uma direcriz ao grupo todo sem
olhar para a criança “Lembrem-se têm de guardar o trabalho, sozinhos”.
Coloque uma caixa de prémios na sua secretária e, de cada vez que inicie
uma acção sem indução, dê-lhe atenção positiva, colocando um prémio na
caixa e elogiando-o. De início pode dar-lhe 10 minutos de tempo livre por
cada 3 prémios na caixa. Assim que ele iniciar as tarefas por si com maior
frequência pode aumentar o número de prémios que ele necessita de juntar
para ganhar tempo livre.