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Resumo de Geografia - EsSA

O espaço brasileiro: relevo, climas, vegetação, hidrografia e solos.

Relevo

As bases físicas do Brasil

O maior tremor no Brasil foi ao norte do Mato Grosso em 1955 e


chegou a atingir 6.6 na Escala Richter.
A América do Sul abriga três grandes unidades geológicas: A Plataforma
Sul-Americana (onde o Brasil está contido), Plataforma da Patagônia e o
sistema de dobramentos modernos da Cordilheira dos Andes.
Por se encontrar no meio da Plataforma Sul-Americana, o Brasil não
possui dobramentos modernos. Os escudos cristalinos formaram-se na era
Pré-cambriana, início da era Paleozoica, o que as tornam antigas e apresentam
altitudes modestas.
A Plataforma Sul-Americana exibe três grandes escudos cristalinos,
rodeados por bacias sedimentares. O território brasileiro abrange uma parte
do Escudo das Guianas e os escudos Brasil Central e Atlântico, além de
extensas coberturas sedimentares uma pequena borda do cinturão
andino falhado, na Serra de Contamana.
Lineamento Transbrasiliano: Imensa cicatriz na costa terrestre que
cruza o Brasil, do Ceará até o Mato Grosso do Sul. Essa área divide o país
em dois grandes compartimentos. Ao norte, uma grande área com altitudes
inferiores e superfícies ligeiramente onduladas demarcadas pelas bordas da
Serra de Paracaima e a Chapada dos Parecis. Ao sul, uma área com formas de
relevo mais acidentadas e superiores a 500 metros.
Os escudos cristalinos no Brasil (36% do território nacional)
É possível afirmar que o arquebouço geológico brasileiro é constituído
por escudos cristalinos e bacias sedimentares. Durante o Éon proterozóico,
imensa atividade tectônica ocorreu no território brasileiro, extensas áreas
foram deformadas por orogênese. Essas formações tectônicas muito
remotas configuram o chamado Ciclo Brasiliano.
As bacias sedimentares no Brasil (64% do território nacional)
Bacia do Paraná: Na segunda parte da era Mesozoica ocorreram
vastos derrames de lavas vulcânicas. A camada de basaltos resultantes da
consolidação do material vulcânico estende-se por grande parte da bacia.
Os basaltos, submetidos ao desgaste provocado pelo intemperismo,
originaram os solos vermelho-escuros de elevada fertilidade natural,
conhecido como Terra Roxa, no centro-sul do país.
Bacia Amazônica: Encaixada entre os escudos cristalinos das
províncias da Guiana Meridional e Xingu, exibe sedimentos de todas as eras
geológicas.

Distribuição dos minérios metálicos

O Brasil é extremamente rico em minérios metálicos, porque esse


tipo de minério se forma sob condições de pressão e temperatura
bastante elevadas, estão associados a processos muito antigos que
originaram as rochas magmáticas ou metamórficas dos escudos
cristalinos no Pré- Cambriano.

Quadrilátero Ferrífero Na província da Abrigas imensas


Mantiqueira (MG) jazidas de ferro e
reservas de
manganês
Maciço do Urucum Na província Guarda um dos
Tocantins, próximo a maiores depósitos de
Corumbá (MS) manganês de todo o
mundo.

Na Província de São Encontram-se as


Francisco reservas de cobre e
diamantes da Bahia
Província da Guiana Conta com reservas de
Meridional estanho, manganês e
diamantes.
Província de Xingu As maiores jazidas de
minérios metálicos
No sul do Pará Encontram-se
impressionantes
reservas medidas de
cassiterita, manganês,
níquel, cobre e bauxita.
No sudeste do Pará e Os depósitos aluviais
nos vales dos rios auríferos
Madeira e Tapajós.

Classificação do relevo brasileiro

Planalto: Área em que o processo de erosão supera o de sedimentação.


Podem apresentar forma aplainada ou então morros, serras ou
elevações íngremes de topo de plano. Esta última é conhecida como chapada.
Nas bordas do planalto podem aparecer superfícies íngremes
denominadas escarpas, que impropriamente são chamadas de serras, a Serra
do Mar e a Serra Geral.
Há planaltos de escudos cristalinos (como Planaltos e Serras do
Atlântico-Leste-Sudeste, da Borborema e outros) e planaltos em bacias
sedimentares (como Planalto da Amazônia Oriental, os Planaltos e Chapadas
da Bacia do Paraná e outros). De modo geral, esses compartimentos
caracterizam-se como relevos residuais, isto é, eles permanecem mais altos
que as depressões circundadantes.

Planaltos
Da Amazônia E Chapadas da E Chapadas da E Chapadas dos
Oriental Bacia do Bacia do Paraná Parecis
Parnaíba
Residuais Norte- Residuais Sul- E Serras do E Serras de
Amazônicos Amazônicos Atlântico-Leste- Goiás-Minas
Sudeste
Serras Da Borborema Sul-Rio-
Residuais do Grandense
Alto Paraguai

Depressão: Relevo aplainado, rebaixado em relação ao seu entorno, nele


predominam processos erosivos.
Relevo anexado por Jurandyr L.S. Ross baseado nos estudos de
Ab’Saber e na análise de imagens de radar obtidas pelo Radambrasil.
Circundam os planaltos e foram geradas pelo desgaste erosivo das
massas rochosas menos resistentes, em geral, constituídos por bacias
sedimentares. A unidade dos Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, limita-
se a oriente com a Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná.
Podem ser classificadas em absolutas e relativas.
Não existem no Brasil depressões absolutas, aquelas abaixo do nível do
mar.

Depressões
Da Amazônia Marginal Norte- Marginal Sul-
Ocidental Amazônica Amazônica
Do Araguaia Cuiabana Do Alto Paraguai
Guaporé
Do Miranda Sertaneja e do São Do Tocantins
Francisco
Periférica da Borda Periférica Sul-Rio-
Leste da Bacia do Grandense
Paraná
Planície: Área mais ou menos plana em que os processos de sedimentação
superam os de erosão.

 Podem estar situadas próximo aos oceanos e mares, constituindo


planícies litorâneas.
 Quando são formadas por depósitos de rios, denominam-se planícies
fluviais.
 Outras são formadas de lagos ou resultam de seus depósitos, sendo
chamadas de planície lacustres.

Únicas unidades do relevo brasileiro cujo arcabouço consiste em


bacias sedimentares recentes.

Planícies
Do Rio Amazonas Rio Araguaia
E Pantanal do Rio Guaporé E Pantanal Mato-Grossense
Da Lagoa dos Patos e Mirim E Tabuleiros Litorâneos

Outras formas do relevo brasileiro:


Escarpa: Declive acentuado que aparece nas bordas de planalto.
Cuesta: Forma de relevo que possui um lado com escarpa abrupta do outro
declive suave.
Chapada (Planalto Tabular): Tipo de planalto, cujo topo é aplainado e as
encostas, escarpadas.
Morro: Pequena elevação de terreno, colina.
Montanha ou dobramentos modernos: Extintas no país.
Serra: Conjunto de formas variadas de relevo, como dobramentos antigos,
escarpas de planalto e cuestas. Sua definição depende da região do país.
As cadeias de morros constituem as serras. A Serra do Espinhaço (MG)
é um exemplo desse tipo de relevo.

Clima
Fatores climáticos
Latitude De forma geral, quanto maior a latitude, ou seja, quanto
mais nos afastamos do Equador, em direção aos polos,
menores as temperaturas médias anuais, isso ocorre
porque a linha do Equador é a que mais sofre com os raios
solares.
Altitude Quanto menor a altitude, menor a temperatura média do
ar.

Massas de ar Grandes porções da atmosfera que podem se estender por


milhares de quilômetros.
Continentalidade Em áreas que sofrem influência da continentalidade há
e Maritimidade maior variação de temperatura ao longo de um dia, o
mesmo acontece em áreas que sofrem a maritimidade.
Regulador térmico.
Correntes Extensas porções de águas que se deslocam pelo oceano.
marítimas Causam grande influência no clima, principalmente porque
altera a temperatura atmosférica.
Vegetação Influencia diretamente a absorção e irradiação de calor,
além da umidade do ar.
Relevo Influi na temperatura e na umidade, ao facilitar e dificultar a
circulação das massas de ar.

Atributos ou elementos do clima


Temperatura É a intensidade de calor existente na
atmosfera.
Umidade Quantidade de vapor de água
presente na atmosfera num
determinado momento.
Pressão Atmosférica É a medida da força exercida pelo
peso do ar contra uma área.

Massas de ar
Mea (Massa Quente e Atua no litoral norte e nordeste do país,
Equatorial úmida principalmente na primavera e no verão. Quando
Atlântica) chega ao interior, geralmente já está seca.
Origina-se no Atlântico Norte e forma os ventos
alísios de nordeste.
Mec (Massa Quente e Influencia todo território brasileiro, deslocando
Equatorial úmida calor e umidade e provocando instabilidade vinda
Continental) do oeste da Amazônia.
Mta (Massa Quente e Atua no litoral, desde o Nordeste até o sul do
Tropical úmida país. Originária do Oceano Atlântico, forma os
Atlântica) ventos alísios de sudeste. Atua quase o ano todo,
podendo provocar chuvas.
Mtc (Massa Quente e Atua nas áreas do interior das regiões
Tropical seca Sudeste e Sul e na Região Centro-Oeste.
Continental) Originária da Planície do Chaco ocasiona
períodos quentes e secos.
Mpa (Massa Fria e Exerce influência em todas as regiões
Polar úmida brasileira. Origina-se em altas latitudes. Com
Atlântica) forte atuação no inverno, provoca chuvas
frontais (frentes frias) em todo o litoral, até a
Região Nordeste. É responsável pela queda
acentuada da temperatura podendo ocasionar
geadas no Sudeste, neve na Região Sul,
fenômeno da friagem na região norte e planície
do Pantanal.
Friagem: queda brusca da temperatura
ocasionada pela massa de ar de origem polar.

Tipos de chuvas
Convectivas Chuvas de verão.
Forte, rápida e pequena área de
abrangência.
Podendo ocorrer granizo.
Motivada por altas temperaturas
durante o dia.

Orográfica Chuva de relevo.


Ocorre quando nuvens encontram
obstáculos como serras, montanhas e
se elevam.
Comum nas áreas litorâneas.
Barlavento: encosta mais úmida (lado
para onde chega o vendo).
Sota-vento: encosta menos úmida
(lado por onde sai o vento)

Frontal Resulta do encontro de duas massas


de ar, uma quente e outra fria.
Motivado pela chegada de frentes
frias.
Mais comum no inverno.
Demorada, fraca e grande área de
abrangência.

Climas do Brasil

Tropical Úmido, Litorâneo ou Atlântico:

 Estende-se pela faixa litorânea do Nordeste ao Sudeste, com grande


influência da massa tropical atlântica (MTA).
 Elevadas médias térmicas e alta pluviosidade.
 O encontro dessa massa fria com o relevo acidentado (Serra do mar,
serra da Mantiqueira, Chapada da Borborema) e provoca chuvas de
relevo.
 No outono e no inverno o encontro da massa polar a Atlântica com a
massa tropical Atlântica provoca chuvas frontais.
 Quente e úmido o ano todo.
Tropical de Altitude:

 Abrange as terras altas do Sudeste, nas regiões serranas.


 Se caracteriza por invernos mais rigorosos sob influências da mpa,
chuvas concentradas no verão.
 Apresenta verões brandos.
Subtropical úmido:

 Ocorre em toda a Região Sul e na porção meridional dos Estados


de SP e MS.
 Predomina nas áreas com as latitudes mais altas ao território brasileiro,
ao sul do Trópico de Capricórnio.
 Quatro estações bem definidas.
 A influência da mpa faz com que os invernos sejam mais rigorosos
do que no restante do país.
 A entrada de frentes frias provoca geada, neve nas áreas mais altas.
 Chuvas regulares o ano todo.
Tropical Semiárido:

 Predomina em grande parte do nordeste brasileiro, no sertão e no


norte de MG.
 Poucas chuvas e temperaturas altas
 Quente o ano todo.
 As principais massas de ar que atuam no Nordeste são a MEC e MTA.
Tropical, semiúmido, continental ou típico:

 Predomina na maior parte do país (grande parte das regiões


Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste e no Estado de Tocantins).
 Temperaturas altas.
 Inverno seco e verão chuvoso.
 As massas de ar que causam chuvas no verão são a MEC e MTA
(atinge parte do sertão nordestino), no inverno MPA (que cai de
temperatura no Sul, Sudeste e Centro-Oeste) provoca quedas de
temperaturas.

Equatorial úmido:

 Abrange a maior parte da Amazônia (Região Norte, norte do Mato


Grosso e oeste do Maranhão).
 Temperaturas elevadas e chuvas abundantes.
 Quente e úmido o ano todo.
 Menor amplitude térmica do país.
 Temperaturas elevadas.
 MEC e MEA o ano todo atuando.

Vegetação do Brasil
Termos
Perenes Plantas que apresentam folhas durante o ano todo.
Caducifólias, Plantas que perdem as folhas em épocas muito frias
decíduas ou ou muito quentes
estacionais
Esclerófilas Plantas com folhas duras.
Xerófilas Plantas adaptadas à aridez
Higrófilas Plantas adaptadas à muita umidade
Tropófilas Plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida
Acicufoliadas Possuem formas em formas de agulhas como
pinheiros, mantém esse formato porque sua
transpiração é intensa e retém mais água.
Latifoliadas Plantas de folhas largas, que permitem transpiração,
são encontradas, geralmente, em regiões muito
úmidas.

Tipos de vegetação
Floresta de Formação típica de zona temperada e bastante
coníferas homogênea, no qual predominam pinheiros.

Formações Composta basicamente de gramíneas. Muito usada


herbáceas como pastagem, essa formação é importante para
(pradarias) enriquecer o solo com matéria orgânica.

Formação de Nessa formação, destacam-se as estepes, vegetação


regiões herbácea, como as pradarias, porém mais esparsa e
semiáridas ressecada, no Brasil esta formação equivale à caatinga.

Floresta pluvial Florestas que se desenvolve graças ao seu elevado


tropical e índice pluviométrico são por isso higrófilas e latifoliadas.
subtropical

Biomas e formações vegetais do Brasil


Floresta Amazônica (floresta pluvial equatorial): É a maior floresta tropical
do mundo, conta com enorme biodiversidade (um terço do número de espécies
do planeta). Abrange nove estados brasileiros: Maranhão, Pará, Amapá,
Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia, Mato Grosso e Tocantins.
O solo amazônico apresenta pouca espessura e baixa fertilidade (reduzida
quantidade de nutrientes). Nas áreas muito úmidas, como as equatoriais,
ocorre intenso processo de lixiviação, ou seja, os solos são lavados e têm
seus minerais e nutrientes escoados pelas águas da chuva, o que
empobrece o solo em curto prazo.
A Floresta apresenta três estratos de vegetação:

 Igapó – É uma área permanentemente alagada, ao longo dos rios,


onde se desenvolve uma vegetação de pequeno porte que inclui
espécies como vitória-régia e mamorama. Além disso possui
piaçavas e palmeiras.

 Várzea – Área sujeita a inundações periódicas, com vegetação de


médio porte, como o pau-mulato e a seringueira.

 Terra Firme – Área que nunca se inunda, na qual se encontra


vegetação de grande porte como a castanheira, mogno, andiroba e o
cedro
Mata Atlântica (floresta pluvial tropica): Estende-se ao longo do litoral,
desde o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul e alarmando para o
interior em Minas e São Paulo. Restam apenas 7,8% de sua área original.
Abrange 17 estados brasileiros. A Mata Atlântica conta com a maior
biodiversidade mundial em árvores.
Contém árvores como: cedro, canela, ipê, jacarandá, jatobá, jequitibá,
coqueiros e pau-brasil.
Apresenta também vegetação arbustiva como: samambaias, bromélias,
orquídeas e um tapete de musgos.
Mata de Araucárias ou Mata dos Pinhais (floresta pluvial subtropical): É
uma floresta na qual predomina o pinheiro-do-paraná, ou Araucária.
Encontra-se nos planaltos da Bacia do Paraná, nos estados do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Nesse bioma é comum a existência
de erva-mate além de ipês.
Mata dos Cocais: Esta formação localiza-se no estado do Maranhão, entre
a Floresta Amazônica, o cerrado e a caatinga, caracterizando-se como
mata de transição. É constituída por palmeiras, com grande
predominância do babaçu, buriti, oiticica e ocorrência esporádica da
carnaúba. A região é explorada pelo extrativismo de óleo de babaçu e cera
de carnaúba, mas têm tido destaque o cultivo de grãos para exportação, como
soja.
Caatinga: Predomina em todos os estados do Nordeste e áreas do norte
de Minas Gerais. Vegetação xerófila, na qual predominam arbustos
caducifólios e espinhosos, também ocorrem cactáceas, como xique-xique,
umbuzeiro, juazeiro, jericó, angico e o mandacaru, comuns no Sertão.
Atualmente, metade de sua área está desmatada.
Está em curso um processo de desertificação.
Cerrado: Restam apenas 60% de sua cobertura original. É constituído por
formação caducifólia, predominantemente, arbustiva, de raízes profundas,
galhos retorcidos e casca grossa. Duas espécies mais conhecidas são
pequizeiro e o buriti. Formação adaptada ao clima tropica típico. Esse bioma
ocupa porção significativa em Roraima, nas regiões Sudeste e Nordeste
do país ela se apresenta como enclave, mas no total ocupa 12 estados
brasileiros.
Pequenas formações florestais em meio a outros tipos de vegetação

 Mata ciliar ou de galeria – Acompanha o curso dos rios do cerrado e da


caatinga.

 Capão: Pequenas depressões que contém uma pequena e arredondada


formação arbórea.
Pantanal: Estende-se dos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso,
em planícies sujeitas à inundação.
Campos, Pampas ou Campanha Gaúcha: Formações rasteiras ou herbáceas
constituídas por gramíneas. Os campos mais famosos localizam-se no Rio
Grande do Sul, mas aparecem também nas serras (Chapada da
Diamantina, Pico Itatiaia) e em áreas inundáveis (Maranhão, Ilha de
Marajó, Amapá), destacando-se campos de Vacarias. Tem uma pastagem
natural, cultivadas tanto para alimentar o gado quanto para a produção
agrícola mecanizada.
*************Vegetação litorânea: Podem ser consideradas formações
vegetais litorâneas as restingas e os manguezais. A restinga se
desenvolve na areia, com predominância de arbustos e ocorrência de
algumas árvores, como chapéu-do-sol, coqueiro e goiabeira. Os
manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela produção de grande
número de espécies de peixes, moluscos e crustáceos.

Domínios Morfoclimáticos
Áreas diferenciadas que apresentam relativa homogeneidade.

Domínio  Relevo de planícies, depressões e baixos planaltos, rede hidrográfica


Amazônico extensa.
 Solo fino.
 Região Norte, oeste do Maranhão e norte do Mato Grosso.
 Apresenta grande diversidade e problemas de degradação.
Domínio do  Extensos planaltos, chapadas sedimentares e depressões.
Cerrado  Clima tropical
 Vegetação de cerrado.
 Tem sido devastado com atividades de pecuária.
 Região centro-oeste, Sul do Maranhão, oeste da Bahia e de Minas
Gerais, sul de Rondônia.
Domínio  Relevo de Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste.
dos Mares  Clima tropical úmido.
de Morros  Morros arredondados modelados pelo intemperismo e erosão de
estrutura cristalina.
 Porção leste do país e interior no estado de São Paulo.
 Sofreu grande devastação devido ao povoamento e industrialização
Domínio  Planaltos da Bacia do Paraná.
das  Mata de Araucárias, que se encontra devastada pela ocupação
Araucárias agrícola (café, soja) e exploração madeireira.
 Manchas de terra roxa, no Paraná.
 Ocupa regiões de médias altitudes no Sul.
Domínio da  Planaltos (Bacia da Parnaíba e Borborema) e depressões (Sertaneja e
Caatinga do São Francisco).
 Clima semiárido.
 Solos pobres.
 Sertão nordestino e norte de Minas Gerais.
 O Rio São Francisco atravessa esse domínio, possibilitando
aproveitamento hidrelétrico.
 Área com risco de desertificação.
Domínio  Baixas altitudes com colinas denominadas coxilhas.
das  Vegetação herbácea.
Pradarias  Pecuária extensiva e a agricultura.
 Domínio ameaçado pela erosão, desertificação e diminuição da
fertilidade do solo.
 Situa-se na porção meridional do estado do Rio Grande do Sul.

Hidrografia do Brasil

Tipos de rios

Exorréicos Desaguam no oceano

Endorréicos Desagua em outro rio

Arréicos Sem padrão de


drenagem

Criptorréicos Em algum momento


subterrâneo
Tipos de Foz

Estuário Desagua direto no mar Todos do país

Delta Possui sedimentos que impedem que desague Delta do Parnaíba


direto no mar

Mista Foz em delta e estuário Mista da


Amazônia

 O Brasil não possui lagos tectônicos, pois as depressões se


tornaram bacias sedimentares. Em nosso território só há lagoas
costeiras (como a dos Patos, no RS, e a Rodrigo de Freitas RJ) e
lagos de várzea (temporários comuns no Pantanal).
 Todos os rios, com exceção do Amazonas, possuem regime
simples pluvial.
 Todos os rios são exorréicos.
 Só encontramos regimes temporários no Nordeste, onde o
clima é semiárido.
 Predominam rios de planalto em áreas de elevado índice
pluviométrico, o que possibilita a produção hidrelétrica.
 Na Região Amazônica os rios têm grande importância como
vias de transporte. Na Bacia Platina, onde uma sequência de
eclusas já permite e navegação se tornou a chamada hidrovia
Tietê-Paraná.

Bacia do Rio Amazonas (ou Amazônica)


Maior bacia hidrográfica do Brasil e do planeta.
Possui regime misto, pluvial e nival.
Pac – Construção de novas hidrelétricas **************
Seu principal rio nasce no Peru, passa a ser chamado de Solimões da
fronteira brasileira até o encontro com o Rio Negro, a partir daí, recebe o
nome de Amazonas. É o mais extenso e de maior volume de água do planeta.
Possuem o maior potencial hidroelétrico do país. O Rio Amazonas, que corre
no centro da bacia sedimenta, é inteiramente navegável.
Bacia do Rio Tocantins- Araguaia
Segunda maior bacia hidrográfica do Brasil e a maior genuinamente
nacional.
Seus principais rios nascem nos divisores do Planalto Central. Têm
como principal afluente o Rio Araguaia e desagua no Golfão Amazônico, onde
se localiza a ilha de Marajó.
Lá se encontra uma imensa bacia sedimentar denominada planície
do Bananal, onde se encontra a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do
Bananal.
Possui longos trechos navegáveis, o rio é utilizado para escoar parte da
produção de grãos (como soja) das regiões próximas. A usina hidrelétrica de
Tucuruí, a segunda maior do país, foi construída no Rio Tocantins.

Bacia do Paraná
Terceira maior bacia hidrográfica do Brasil
É formado pela junção do Rio Grande e do Parnaíba, além disso é a
bacia hidrográfica com a maior capacidade instalada de geração de
energia hidrelétrica, com destaques para a usina de Itaipu (maior do país,
mas binacional entre Brasil e Paraguai), Porto Primavera e Marimbondo.

Bacia do Rio São Francisco


Quarta maior bacia hidrográfica do Brasil
Nasce na Serra da Canastra (Minas Gerais). O Rio foi importante
para o processo de ocupação do interior do país e na circulação entre o
Sudeste e o Nordeste, o Rio São Francisco ficou conhecido como o rio da
integração nacional.
Seus rios são usados na irrigação da agricultura, que é o uso
predominante dos recursos hídricos na região.
********* Projeto de transposição das águas

Bacia do Paraguai
Quinta maior bacia hidrográfica do Brasil
Nasce na Chapada dos Parecis (Mato Grosso) e banha o pantanal. A
principal atividade econômica na região é a pecuária, mas a expansão de soja
nas regiões do planalto tem impactado a bacia, com intenso desmatamento e
erosão em vários afluentes do Rio Paraguai.

Bacia do Rio Uruguai


Sexta maior bacia hidrográfica do Brasil
Seu principal rio nasce na Serra Geral, em Santa Catarina. A maior
parte do consumo de água é destinada ao cultivo do arroz por inundação, no
oeste do Rio Grande do Sul. Juntamente com a bacia do Paraná e do
Paraguai, a do Uruguai forma a Região Hidrográfica da Prata.

Aquíferos

Aquífero Alter do Chão: É um aquífero localizado sob os estados


do Pará, Amapá e Amazonas.
Abastece a totalidade de Santarém e quase a totalidade
de Manaus através de poços profundos. Pesquisadores da Universidade
Federal do Pará e da Universidade Federal do Ceará desenvolveram estudos
que podem revelar que o aquífero pode ser maior que o calculado inicialmente,
passando inclusive a ser maior que o Aquífero Guarani.

Aquífero Guarani: É a principal reserva subterrânea de água doce da


América do Sul, uma das principais fontes de abastecimento urbano do
Centro-Sul brasileiro. Sua área está na Bacia do Paraná, estendendo-se por
alguns outros territórios do Brasil (Mato Grosso do Sul, Rio Grande do
Sul, São Paulo, Paraná, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e Mato
Grosso), do Paraguai, do Uruguai e da Argentina.

Solo

O solo brasileiro, por estar no clima tropical sofre muito com a


chuva e altas temperaturas o ano inteiro, tornando os solos mais velhos,
e por isso, mais ácidos.
Calagem: Processo usado para gerar vários benefícios ao solo como: Corrigir
a acidez; acrescentar cálcio e magnésio importante para as plantas;...
Alguns fatores como o material de origem (tipo de rocha da região), o
clima (velocidade do intemperismo), o relevo (distribuição de chuva e calor), os
organismos (microrganismos, vegetais e animais) e a ação do tempo (período
exposto às condições da atmosfera) são determinante para a origem e
evolução dos solos.

Solos do Brasil
 Terra Roxa: Corresponde a um tipo de solo de extrema fertilidade que
detém uma tonalidade avermelhada. Pode ser encontrado em Goiás,
Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. É originado a partir da
decomposição de rochas, nesse caso de basalto.

 Massapê: É um solo encontrado principalmente no litoral nordestino


constituído a partir da decomposição de rochas com características
minerais de gnaisses de tonalidade escura, calcários e filitos.

 Salmorão: esse tipo de solo é encontrado ao longo das regiões Sul,


Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, é constituído pela fragmentação de
rochas graníticas e gnaisses.
 Aluviais: é um tipo de solo formado em decorrência da sedimentação em
áreas de várzea ou vales, é possível de ser encontrado em diversos
pontos do país.

Erosão: Realização de um conjunto de ações que modelam uma paisagem.


Toda atividade agrícola degrada o solo, mas a intensidade varia, dependendo
do tipo de cultura e das técnicas utilizadas.
O nível de degradação segue a ordem de menor para maior em: Mata,
Pastagem, Cafezal e Algodoal.
Um dos motivos de mais desgaste do solo é o escoamento de água da
chuva, mas algumas técnicas quebram a velocidade de escoamento e
aliviam o desgaste, como:

 Terraceamento: Cortes nas superfícies íngremes para forma degraus.


 Curvas de nível: Consiste em arar o solo e depois semeá-lo seguindo as
cotas altimétricas do relevo.
 Associação de culturas: Em cultivos que deixam boa parte do solo
exposto à erosão, é comum plantar espécies leguminosas entre uma fileira
e outra para recobrir bem o terreno.

Voçorocas (Boçorocas): Sulcos de enormes dimensões formados por chuvas


fortes, que podem atingir dezenas de metros de largura e profundidade. Esse
processo impede uso da terra para uso agrícola e urbano.
Deslizamento: Encostas que apresentam camada de solo e declividade
acentuada.
Assoreamentos: Deslizamento de solos nas margens dos rios.
Laterização: Formação de placas com concentração de sais minerais, na
região Nordeste.
Lixiviação: Lavagem dos nutrientes do solo, mais comum na região Norte.
Arenização: Aumento de depósitos arenosos, ocorre na região Sul.
Desertificação: É o processo de arenização do solo provocado a partir do seu
manejo incorreto, comum em parte do sertão nordestino e do Rio Grande do
Sul.
Antropização: Ação humana sobre o ambiente.
Ravinamento: É o escoamento sub-superficial das águas da chuva no solo
onde a cobertura vegetal foi removida, ocasionando o aparecimento de
rachaduras e sulcos.

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