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Relatório:
A crise econômica de 2008 foi considerada uma das mais graves crises
do século XXI, trata-se de uma crise que nasceu no coração do sistema
financeiro. E que se originou no setor imobiliário, e levou aproximadamente 19
milhões de pessoas a pobreza. Seus efeitos entretanto, ainda continuaram a
ser sentidos nos anos subsequentes, vindo a deixar milhões de pessoas
desempregadas.
Também conhecida também como crise do SUBPRIME, a crise foi uma
conjuntura econômica gerada por má gestão e pela falta de uma
regulamentação dentro da atividade econômica bancaria dos estados unidos
que acabou por ter repercussões, alem da esfera Norte Americana.
Mas o que é o SUBPRIME? O termo SUBPRIME se refere ao status de
credito do devedor, quando o risco daquele cliente é superior ao padrão ‘’ideal’’
que é usado como diretriz (sub = abaixo, prime = top). Empréstimo de
SUBPRIME, também são chamados de papel tipo B, empréstimo de segunda
mão e créditos NINJA (No Income No Job or Assets – Se traduz do inglês para:
Sem Emprego Sem Trabalho sem Ativos)
A pratica de fazer empréstimos a devedores que não se qualificam como
seguros ou como bons pagadores é desvantajoso para tanto o credor quanto
para o devedor por causa da combinação dos seguintes fatores:
-Altos Juros + Juros variáveis
-História de credito deficiente
- Situação financeira ruim, normalmente é a situação em que se encontra os
devedores SUBPRIME
Para evitar a pancada inicial da primeira prestação da hipoteca, a maior
parte dos devedores SUBPRIME optam por uma hipoteca de taxa ajustável,
que possui um juros menor inicialmente mas com o potencial reajuste anual de
2% ou mais, estes empréstimos terminam muito elevados no final. Um tipo de
Hipoteca muito comum no mercado de subprime, que nunca foi vista fora desse
mercado, é a ARM2/28. Esta é uma hipoteca de taxa ajustável em que a taxa e
fixada por dois anos, e em seguida redefinida para igualar ao valor de um
índice de um dado momento, ou seja mais uma margem. Como as margens
são altas a taxa na maioria dos 2/28 normalmente aumentará acentuadamente
na marca de 2 anos, mesmo que as taxas de mercado não se alterem durante
o período.
Na tentativa de entender o que ensejou esta profunda crise, bem como
analisar os fatores relativos a negligência do setor bancário foram utilizados
diversos materiais, tais como documentários, filmes além de artigos online, e
obviamente a bibliografia indicada na disciplina, a fim que se possa obter um
melhor entendimento das causas que desencadearam este fenómeno
econômico,e de seus efeitos.
Resultado
Houve uma "crise de liquidez" na Wall Street. Basicamente, como muitos
empréstimos sub prime estavam inadimplentes, os investidores de Wall Street
pararam de fornecer dinheiro para o mercado que dependia muito destes
investimentos. Os credores ganham dinheiro originando um empréstimo e
vendendo-o a alguém que paga ao credor um prêmio baseado na receita futura
daquela. Se os credores não puderem “vender” esses empréstimos, não
poderão gerar novos negócios. Como as diretrizes agora são muito rígidas,
muitos desses mutuários “subprime” não conseguiram refinanciar seus
empréstimos. Eles tomaram empréstimos ajustáveis de curto prazo (2-3 anos
fixos) que agora estão se ajustando a taxas muito mais altas.
No Reino Unido, alguns comentaristas previram que o mercado
habitacional do Reino Unido, na verdade, não seria afetado pela crise dos EUA,
classificando-o como um fenômeno localizado. No entanto, em setembro de
2007, a Northern Rock, a quinta maior hipoteca do Reino Unido, buscar
financiamento de emergência do Banco da Inglaterra, o banco central do Reino
Unido, resultado de problemas nos mercados de crédito internacionais
atribuídos à crise do crédito subprime.
A crise do SUBPRIME também afetou o Brasil, pois provocou quedas
generalizadas nas bolsas de todo mundo e muitas dúvidas sobre a economia
global, a bolsa de são Paulo também sofreu grandes quedas, o valor do dólar
subiu e o crédito internacional ficou mais difícil. A principal via de ‘’transmissão’’
da crise se deu pela falta de credito, com a crise houve menos dinheiro nos
mercados e bancos do mundo inteiro tornando-os mais cautelosos, diminuindo
em muito os empréstimos e cobrando mais caro por eles.
A BOVESPA sofreu sucessivas quedas no ano de 2008 acumulando
perdas em torno de 25-30%, o impacto dessa crise na economia de forma geral
é atrelado ao tamanho da bolsa brasileira (que é bem pequena), além do mais,
apesar do montante negociado na bolsa brasileira ser alto, a maior parte do
capital está concentrado em empresas como Petrobras e Vale, essas duas
empresas representavam em 2008 40% do capital negociado em 2008.