Você está na página 1de 73

UFPE CODEC

MINI-CURSO DE ATUALIZAÇÃO
TECNOLÓGICA

Prof. Hélio Magalhães de Oliveira, DES UFPE

COMUNICAÇÃO DE DADOS: EVOLUÇÃO

1
Acesso de Assinantes em Comunicação de Dados

• MODEMs

Modems Clássicos
Modems ×DSL

• N-ISDN

2
• MODULAÇÕES DIGITAIS

A transmissão digital pode ser feita em banda básica,


porém muitas vezes é necessária a modulação (analógica)
dos sinais digitais antes de se realizar a transmissão.

Um exemplo: conexão de um terminal (ou microcomputador)


a um computador digital.

<<A modulação de sinais digitais é referida como


Modulação Digital.>>
3
Entre os tipos mais adotados, destacam-se:

• ASK- Modulação por Chaveamento de Amplitudes,

• FSK- Modulação por Chaveamento de Freqüências,

• PSK- Modulação por Chaveamento de Fases,

• QAM- Modulação por Amplitudes em Quadratura.

4
A modulação digital pode ser usada para a adequação
do sinal digital à transmissão em um canal (e.g., canal de
voz).

Nos sistemas de comunicação, o dispositivo empregado


para realizar a modulação/demodulação digital é referido
como MODEM.

Modulações digitais sobre portadora linear: PSK e QAM.

5
MODULAÇÕES DIGITAIS:

OOK
ASK BASK
MASK
FSK BFSK
MFSK
PSK BPSK
OQPSK
QPSK
π/4-QPSK
MPSK
QAM M-QAM sentido estreito
G-QAM generalizadas
CPM MSK (inclui GMSK)

6
APLICAÇÕES

• Rádio digital (Rádio enlaces),

• MODEMs,

• Rádio Móvel,

• Comunicações por Satélite.

7
Figura - Alguns tipos de Modulação Digital binária
(a continuidade da fase não é assegurada).
8
1) Os M-PSK são formatos de modulação que
prevalecem nas comunicações digitais por
satélite.

2) Variantes de PSK tem sido também adotadas em


sistemas de rádio móvel, como é o caso do
Telefone celular digital, padrão AMPS (americano).

9
QAM- Modulação de Amplitudes em Quadratura.

A modulação QAM (Quadrature Amplitude Modulation)

é uma modulação bidimensional por deslocamento

simultâneo de amplitude e fase, também conhecida por

APSK (Amplitude and Phase Shift Keying). Ela

corresponde à modulação digital linear mais geral.

10
A expressão para sinais digitais modulados QAM sob a
forma convencional é:
+∞ +∞
ϕ QAM (t) = ∑ ak h(t − kT )cos wct − ∑ bk h(t − kT )senwc t
k= −∞ k= −∞
,
onde wc é a freqüência da portadora, T é a duração de um
símbolo, {ak} e {bk} são trens de dados.

Os símbolos transmitidos são símbolos complexos


{dk} e a modulação é bidimensional.
A figura abaixo mostra um modulador QAM no qual dois
trens de dados {ak} e {bk} são modulados.

11
Σ a δ (t-kT)
k

h(t) X

filtro banda estreita ϕ (t)


~ QAM
Σ
−π/2
Σ b δ (t-kT)
k
h(t) X

filtro banda estreita


Figura - Modulador QAM: Diagrama típico.

12
O conjunto das possíveis coordenadas especifica a
chamada "Constelação de Sinais". Usualmente, cada
símbolo no plano é associado a um rótulo binário.
0100 0110 1110 1100

0101 0111 1111 1101

-3 -1 1 3

0001 0011 1011 1001

0000 0010 1010 1000

13
011111 011101 010101 010111 110111 110101 111101 111111

011110 011100 010100 010110 110110 110100 111100 111110

011010 011000 010000 010010 110010 110000 111000 111011

011011 011001 010001 010011 110011 110001 111001 111011

-7 -5 -3 -1 1 3 5 7

001011 001001 000001 000011 100011 100001 101001 101011

001010 001000 000000 000010 100010 100000 101000 101010

001110 001100 000100 000110 100110 100100 101100 101110

001111 001101 000101 000111 100111 100101 101101 101111

Figura - Constelação QAM com 16 símbolos, ou 16-QAM.


14
Eficiência espectral.

Na transmissão digital, há uma forte limitação em se


usar apenas sistemas binários. A eficiência espectral
explica a "Razão de ser" das transmissões multiníveis em
banda básica e modulações multiníveis/multifases.

Sinais Modulados

• M Símbolos
• T Tempo símbolo (1/T= baud rate)

15
A largura de banda B exigida no canal por um sinal com
símbolos de duração T (i.e., sinalizado a uma taxa de 1/T
bauds) deve ser uma função linear de 1/T,

B= k/T.
Em particular:
QAM cosseno elevado B=(1+α)/T (típico B=1.25/T)
PSK filtrado B=2/T.

Regra aproximada: usar a banda mínima B para


sinalizar a uma taxa 1/T bauds (α=0, B=1/T, a banda
passante mínima deve ser igual ao inverso da duração
dos pulsos), resultando: η=log2M.
16
Modulação Densidade Espectral
M-QAM máxima possível
4-QAM η=2 bits/s/Hz
16-QAM η=4 bits/s/Hz
32-QAM η=5 bits/s/Hz
64-QAM η=6 bits/s/Hz
128-QAM η=7 bits/s/Hz
256-QAM η=8 bits/s/Hz

Em um canal de banda 2.400 Hz, uma modulação binária


permite a transmissão de no máximo 2.400 bps. Para
obter taxas maiores, necessita-se sistemas não binários.

17
Estes valores correspondem à taxas padrões de
modems no canal telefônico.

• No caso quaternário, 4-QAM,


a taxa máxima é 2 bits/s/Hz. 2.400Hz= 4.800 bps;

• No caso 16-ário, 16-QAM,


a taxa máxima é 4 bits/s/Hz. 2.400 Hz= 9.600 bps;

• No caso 64-ário, 64-QAM,


a taxa máxima é 6 bits/s/Hz. 2.400 Hz= 14.400 bps;

• No caso 256-ário, 256-QAM,


a taxa máxima é 8 bits/s/Hz. 2.400 Hz= 19.200 bps;

18
A constelação usada nos primeiros modems a 9.600 bps
(4×2400) tinha M=16 pontos ou 4 bits/símbolo, transmitidos
num ritmo de 1/T= 2.400 símbolos/seg = 2.400 bauds.

Na prática, a opção usada foi aumentar a largura do


canal com uso de equalizadores potentes em DSPs,
assumindo um sistema codificado com eficiência 7
bits/s/Hz numa banda 2742.857 Hz, resultando 19.200
bps. Novas tecnologias propõem aumentar ainda mais a
banda do canal (vide MODEMs ADSL).

19
MODEMs A BAIXA VELOCIDADE

Exemplo: de um modem prático de baixa velocidade: 300 bps.

F CO MO EMISSOR
MEIO
DEC DEM RECEPTOR
de
D
TX
CODE C MODEM

Indicador de Portadora
RUIDO
Figura - Diagrama de um MODEM analógico.

O meio de transmissão necessita de uma banda passante


limitada em 3 kHz (300 a 3.300 Hz).
20
A atribuição de freqüências e a operação de um modem
assíncrono full-duplex são descritas.

f (Hz)
300 980 1180 1650 1850
3000
emite recebe (modo fonte)
recebe emite (modo resposta)

Figura - Atribuição de freqüências para modem 300 baud


(CCITT recom. V21).

21
Dados

300-1400 Hz

TX Modulador
FSK
CANAL TELEFONICO
Filtros

Demodulador
RX FSK

1400-3000 Hz

Dados

300-1400 Hz

Demodulador RX
FSK

Filtros

CANAL TELEFONICO
Modulador
FSK TX

1400-3000 Hz

Figura - Par de Modems assíncronos full-duplex a 300 bauds.

22
As características típicas de modems comerciais (baixa taxa)
são: velocidades de 300, 600 e 1200 bauds. Em tráfegos maiores
são adotadas velocidades médias de 2.400, 4.800, e 9.600 bps.

Já para modems de altas taxas, 9.600, 14.400, 16.800 bps e


recentemente, modems de ultra alta velocidade como 19.200,
28.800 e 33.000 bps são disponíveis.

Padronização de modems: recomendações do CCITT


(Série V). / ITU

23
velocidade modo canal modulação portadora
até 300 bps síncrono duplex FSK 1.080 Hz ±100
(300 bauds) /assíncrono DPX-2W V.21 1.750 Hz ±100
até 600 bps síncrono semi FSK
(600 bauds) /assíncrono duplex V.22 1.500 Hz ±200
SPX-2W
síncrono semi FSK V.22 1.500 Hz
até 1.200 bps /assíncrono duplex 1.700 Ηz
(1200 bauds) SPX-2W PSK V.26
síncrono DPX-4W 1.080 Ηz
até 2.400 bps duplex QPSK
(1200 bauds) síncrono DPX-4W V.26bis 1.080 Hz
V.27 1.800 Hz
até 4.800 bps duplex 8PSK
(1600 bauds) síncrono DPX-4W V.27bis 1.800 Hz

24
A Evolução dos MODEMs

A evolução da teleinformática tem manifestado uma demanda


crescente por taxas de transmissão cada vez mais elevadas. São
comuns taxas de transmissão de 300, 600, 1.200, 2.400, 4.800, 7.200,
9.600, 12.000, 14.400, 16.800, 19.200, 28.800 bps e 33 kbps.

O canal telefônico apresenta uma largura de banda


grosseiramente compreendida entre 300 e 3.300 Hz, permitindo
uma relação portadora-a-ruído da ordem de 20 a 30 dB
(tipicamente 26 dB em linhas comutadas e 28 dB em linhas
especialmente condicionadas).

25
cos

I(n) I(nTs)
e LPF
m MOD. DIG. G
d igital
C s(nTs)
b
O
a D
r I
a F A/ D X
I +
l
C
h A
a D Q(n) Q(nTs)
d O LPF
o R
d igital MOD. DIG.
r fs

sen
Figura -Modulador QAM típico.

26
Recup. relógio
AGC

G BPF D
X D D E
digital E
E C De-
M O
O C em
D
X A/ D D. I I ba
S F ra
D Ã I lha
I O C
BPF G.
dor
X A
digital
fs D
O
R

Recup. portadora

PLL DIGITAL
Figura - Demodulador QAM- Diagrama típico.

27
interface

conversor Filtro de
Assín./síncr. embaralhador TCM TX

Retardo
Sincronismo

RS
Cancelamento Cancelamento
232 eco remoto eco local Híbrida
PLL

Recuperação de Demodulador
sincronismo Digital Σ
+
-
Equalizador
AGC Σ
+

conversor desemba- Algoritmo compensação


Síncr./assíncr. ralhador VITERBI drift de freq.

Figura - MODEM: Diagrama de blocos típico.

28
Tipicamente, uma placa de Modem divide-se nos seguintes
blocos:
Interface com o computador, Interface com o telefone, fonte de
alimentação, filtros, chave DIP (dual-in line pack), Circuito
transmissor, Circuito receptor, circuito de som, Controle e
equalização automáticos.

A fabricação de Modems inteligentes iniciou-se no final dos


anos 70. Com microprocessador interno, eles podem realizar
chamadas, reconhecer sinal de ocupado, responder chamadas,
corrigir erros, entre diversas outras funções. O Terminal
controla um Modem Inteligente enviando comandos,
expresso por seqüências de caracteres.

29
O sistema mais comum para controlar modems inteligentes é o
conjunto de comandos AT (desenvolvido pela Hayes
Microcomputes Product) que rapidamente tornou-se um padrão
de facto. Uma tabela resumida de comandos AT é mostrada.

Existem dois modos de operação: modo comando e modo em


linha (on line). No modo on-line, estabelecida a comunicação
com o modem remoto, todos os caracteres são tratados como
dados (inclusive comandos AT). Ao receber um código de
escape +++ seguido de pausa, o modem passa ao modo de
comando. Todos os comandos iniciam com AT

30
caractere Comando
AT Atenção (Attention)
A Responda uma chamada (answer)
DT Ligação usando DTMF (dial tones)
DP Ligação decadica (dial pulses)
H desligando (go on hook)
O mude o modo comando p/ on line
+++ mude o modo on-line p/ comando
etc. longa lista de comandos...

A seqüência ATDT0812718215 disca o número de fax do


Departamento de Eletrônica da UFPE. O final de sessão de
comunicação ocorre com a seqüência +++ ATH.

31
MODEMs Codificados

Descrição sumária (MODEM para linhas a 4 fios):

• sistema usa uma modulação QAM de uma portadora única em


1.850 Hz e
• um equalizador fracionário automático 3T/4 para compensar as
distorções nos bordos da banda.
• A modulação QAM Generalizada, emprega uma constelação
em "cruz" com 160 pontos.

32
• A filtragem é realizada por um filtro "Cosseno elevado" com
um coeficiente de rolamento (roll-off) da ordem de 0,09375.

• A freqüência da modulação não assume o valor tradicional de


2.400 Hz; ela vale 2.742,86 Hz (=2.400x8/7).

• O sinal codificado é obtido usando um codificador em treliça


de 16 estados. O codificador trabalha numa cadência de 685,71
Hz, ou seja, um quarto do ritmo da modulação.

33
TABELA I. Evolução dos MODEMS. Primórdios: Modulação
Digital não codificada

Modulação Eficiência Banda Veloc.


Digital Espectral passante de tx
2-FSK 1 bits/s/Hz 300 Hz 300 bps
2-PSK 1 bits/s/Hz 1.200 Hz 1.200 bps
4-PSK 2 bits/s/Hz 1.200 Hz 2.400 bps
8-PSK 3 bits/s/Hz 1.600 Hz 4.800 bps
16-QAM 4 bits/s/Hz 2.400 Hz 9.600 bps

34
TABELA II. Evolução dos MODEMS Ultra-alta velocidades.

Modulação Eficiência Banda Veloc. MODEM Codificação


Constituinte Espectral Passante de tx (ano)
9.600 AT&T TCM
32-QAM 4 bits/s/Hz 2.400Hz bps 1984 a 4 estados
14.400 diversos TCM
128-QAM 6 bits/s/Hz 2.400Hz bps 1984 a 8 estados
14.400 MOTOROLA Reticulado E8
128-QAM 6 bits/s/Hz 2.400Hz bps 1986
16.800 CODEX TCM
256-QAM 7 bits/s/Hz 2.400Hz bps 1984 a 8 estados
O-QAM 19.200 NEC Multiportadora
(200Hz) 7 bits/s/Hz 2.800Hz bps 1985 14 subcanais
160-QAM 2.743,86 19.200 CODEX M - TCM
8 dim. 7 bits/s/Hz Hz bps 1987 64 estados

35
TECNOLOGIA ADSL

Linha Abonada Digital Assimétrica


(Asymetric Digital Subscriber Line)

O acesso a Internet tem demandado maior velocidade do que


aquela suportada pelas linhas telefônicas convencionais via
MODEM analógico (dial-up). Uma das possíveis saídas é a
RDSI faixa estreita, que permite uma substancial melhoria nos
serviços. Entretanto, desde o início dos anos 90, uma nova
tecnologia -A ADSL, vem evoluindo.

36
Desenvolvida e, 1989 na Bellcore N.J., esta tecnologia
necessita apenas de um par trançado para proporcionar acesso a
Internet e telefonia convencional analógica. No futuro, poderá
ser também usada em acesso pay-per-view. Estes serviços irão
requerer pequenas modificações na rede telefônica nas
residências dos assinantes.

37
A idéia central da ADSL é "casar" as velocidades de
transmissão com o fluxo dos dados "para" e "a partir da"
Internet. Nua seção típica, o surfador www (navegante da Word
Wide Web) envia mensagens curtas (up stream) para requerer
dados e é bombardeado com informações de retorno (down
stream). É a taxa do enlace de retorno (down stream) que limita
a maioria das conexões. Na ADSL, o fluxo Internet-PC (home)
pode atingir 6,144 Mbits/s e o fluxo PC-Internet pode atingir até
640 kbits/s (valores típicos ADSL Lite 1,5 Mbps down e 512
kbps up).
38
À Procura de ouro numa mina de cobre:

A maioria dos cabos de pares de cobre conectando a


operadora telefônica com os clientes foi instalada muitas
décadas atrás. Pares trançados não blindados AWG 24 e AWG
26 (φ = 0,5 mm e 0,4 mm, respectivamente) transportam
eficientemente o sinal analógico de voz. O comprimento da linha
é limitado pela atenuação na faixa de freqüências dc-4kHz.
Tipicamente, 50% dos enlaces tem menos de 5 km, 80% deles tem
comprimento inferior a 5 km (distância assinante-central).

39
Problemas para a transmissão de dados:
1. Bobinas de carga usadas para equalizar a linha na faixa útil
ao telefone.
Devido à capacitância distribuída ao longo da linha, os cabos
atenuam e distorcem o sinal de voz, com efeitos que
aumentam com a freqüência e com a distância (comprimento
do enlace). Os indutores (loading coils) melhoram
substancialmente a resposta, mas aumentam a atenuação fora
da banda de voz- Eles devem ser removidos nas aplicações de
transmissão de dados em alta velocidade.
40
Figura. Atenuação numa linha telefônica típica com uso de
indutores de carga.

41
2. A dispersão do sinal é fortemente dependente da freqüência.
Sinais de diferentes freqüências propagam-se em diferentes
velocidades (o atraso de fase e de grupo não é constante). Isto
causa forte interferência intersimbólica (ISI). Os efeitos são
mais graves quanto maior o comprimento da linha e a
freqüência.

3. Muitas companhias telefônicas quando conectando novos


assinantes, dividem um par e deixam o resto do cabo em
aberto, para provável uso futuro (em telefonia, isso é
42
conhecido como Bridge tap). Inócuo para a transmissão de
voz, as reflexões geradas na linha para os sinais de alta
freqüência são causadas pelo descasamento de impedância.

4. Outro problema é a diafônia próxima e distante (near-end,


far-end cross talk). Na diafonia próxima, um sinal que é
emitido nas proximidades é muito mais forte comparado ao
sinal recebido, que normalmente sofre considerável atenuação.
Mesmo que haja apenas um pequeno acoplamento, os efeitos
podem ser dramáticos.
43
A ADSL emprega FDM: a banda dc até 1,1 MHz é dividida em
três sub-bandas:

(a) Telefonia analógica, (b) dados upstream, (c) dados downstream.


0-4kHz reservada para a telefonia analógica
25kHz - 138 kHz reservada para tráfego Home-Internet
200 kHz - 1,1 MHz reservada para tráfego Internet-Home.

44
espectro

D ados D ad os
VOZ up d own
f
0 4 kHz 25 kHz 1 3 8 kHz 2 00 kHz 1,1 M Hz

Figura. Espectro numa linha ADSL: Alocação do fluxo de


dados.

45
Basicamente, dois tipos de sistemas são usados na ADSL:

i) CAP modulação em amplitude-fase portadora suprimida


(carrierless amplitude-phase modulation ).
Corresponde ao uso de modulação digital QAM.

ii) DMT modulação em multitons discretos (discrete multitone


modulation). Corresponde ao uso de sistemas
multiportadoras.

46
O sistema mais usado é o de múltiplas portadoras DMT. Na
codificação discreta de linha multi-tom OFDM, a banda 0 MHz
a 1,1 MHz é dividida em 256 canais discretos, cada um com um
pouco mais de 4 kHz (de fato 4,3125 kHz).

• Os 6 primeiros sub-canais são reservados para telefonia


• Alocam-se 24 sub-canais para fluxo up stream
• Os 222 sub-canais para o fluxo down stream

47
A freqüência central de cada sub-canal é um tom distinto
(subportadora). As sub-portadoras são moduladas em QAM
(TCM) de modo a transmitir entre 2 - 15 bits por tom.

SISTEMAS ×SDL

Nome Recomendação Modulação Modo Taxas


HDSL G.991.1 T1E1.4 2B1Q CAP simétrico 1,544 Mbps
SDSL G.shdsl T1E1.2 TC-PAM simétrico 0.192 - 2.32Mbps
ADSL G.992.1 DTM assimétrico <6,144 Mbps
T1.413 <640 kbps
ADSL G.992.2 DTM assimétrico <1,5 Mbps
Lite <512 kbps

48
REDE DIGITAL DE SERVIÇOS INTEGRADOS: N-ISDN

Um grande marco no processo de evolução dos sistemas


de comunicação digital foi o surgimento do conceito de
Integração de Serviços com a ISDN (ou RDSI).

Os serviços incluem: transmissão de texto, dados, voz, fax,


correio eletrônico (E-mail), fotos, gráficos e imagens; com
aplicações típicas em imagens médicas, catálogo de compras,
viagem digital etc.

49
A ISDN (ou RDSI) é uma rede digital evoluída a partir
da rede telefônica (devido a sua maior penetração
mundial) que proporciona conectividade fim a fim para
suportar uma larga variedade de serviços, acessados
através de um conjunto de interfaces usuário-central
padronizadas.
acesso básico
tipos de acesso  acesso primário
 acesso banda larga
 .

50
A ISDN hoje comercialmente disponível baseia-se em
sinais sincronizados (em taxas 64 kbps e 2 Mbps) e na
comutação digital de sinais CPA-T.

O usuário tem acesso básico através de canais de 64 kbps, ou


acesso primário (1º nível da Hierarquia, 30 canais de 64 kbps)
em 2,048 Mbps.

51
A ISDN faixa estreita acesso básico usa três canais: dois
canais B e um canal D, sendo os primeiros para transmissão
da informação e o último normalmente para controle e
sinalização.
Já em acesso primário, usa-se 30 B + 1 D.

ACESSO CANAIS B CANAL D

Básico (64 kbps) 2x 64 kbps 16 kbps

Primário (2 Mbps) 30 x 64 kbps 64 kbps

52
Rede Digital de Serviços Integrados: RDSI

O acesso básico destina-se a usuários de voz e dados


feito através de uma combinação de canais 2B + D.

Os canais B são síncronos a nível de bits e transmitem a


64 kbps, sendo usados para enviar dados digitais e podem
ser usados simultaneamente.

53
É possível conversar em um canal B enquanto navega na
Internet no outro canal B, por exemplo. O canal D opera
usualmente a 16 kbps e é normalmente usado para
transportar a informação de sinalização da RDSI para rotear
os dados enviados nos canais B.

Acesso B B B B B B B B B
básico
B B B B B B B B B
ISDN
D D D D D
full duplex

54
placa de 64 kbps
linha de assinante analógica linha analógica

C
O
M
U
CENTRAL DIGITAL T
A
Ç
Ã
64 kbps O
linha 144 kbps
interface
placa de
RDSI
linha digital

2B + D

Figura. Ligação usuário-central (N-ISDN).

55
No acesso primário, a taxa correspondente a 30B + D

resulta em 1984 kbps (1920+64), sendo necessário incluir o

canal 0 destinado ao alinhamento de quadro (FAW) e alarmes,

resultando em 1,984 Mbps + 64 kbps = 2,048 Mbps, o que


o
corresponde exatamente a taxa no 1 nível da Hierarquia

digital.

56
Acesso à RDSI: Configurações

Visando caracterizar as configurações usadas para o

acesso de usuários a uma ISDN, foram estabelecidos

pontos de referência na rede (S, T, U) e Grupamentos

funcionais (ET, AT, TR, TL, TC), cujas descrições são

apresentadas a seguir.

57
Pontos de referência na RDSI

• S e T caracterizam as interfaces físicas definidas


internacionalmente como a "tomada" de acesso do usuário
à RDSI.

•U identifica a interface de transmissão.


PIN O TE NT
1
2
3 tx rx
4 rx tx
5 rx tx
6 tx rx
7
8

Figura. Conector para a interface S da RDSI


58
Grupamentos funcionais no ambiente usuário e no ambiente
central.

Grupamentos funcionais no ambiente usuário (05 grupos).

Equipamentos do usuário:

• ET1 Equipamento terminal compatível com a ISDN,


obedecendo a interface padrão S para usuário.

• ET2 Equipamento terminal de usuário não compatível


com a interface S. Requer um adaptador para ligação na
ISDN.

59
• AT Adaptador de terminal para interligar equipamento não
compatível, transformando-o em terminal RDSI.
(AT V.24, AT V.35, AT X.21, AT X.25 ...)
Note a relação: ET1 ↔ ET2 + AT.

Terminação de rede do usuário:

• TR1 "terminação de rede" responsável pelo acoplamento da


linha do assinante RDSI e suas instalações. Realiza a
conversão do código de linha (interface de linha U) para o
código da instalação do usuário (interface interna T).

A transmissão na linha é a dois fios (U) enquanto que a


instalação do usuário é de 4 a 8 fios.

60
• TR2 Terminação de rede em instalações multiusuário,
para distribuição de terminais ET. Inclui comutação,
concentração, e.g., PABX, central privada decomutação.

Note que quando não há TR2 na instalação, então S=T


(barramento passivo disputado por terminais, ou terminais
em estrela).

Grupamentos funcionais no ambiente central (02 grupos).

• TL Terminação de linha que basicamente realiza a


terminação física/elétrica da linha do assinante.

• TC Terminação da central responsável pela sinalização.


Contém funções de tratamento não desempenhadas pela TL

61
(OA&M). Usualmente a TC não existe como um equipamento
mas sim espalhada ao longo da central.
Ambiente: Usuário Linha de assinante Ambiente: Central local

ET TR

S U U
TL TC

ET1 ou ET2+AT TR2 + TR1

interface U

interface S interface T

Figura. Configuração típica de uma RDSI


(ambientes usuário, linha e central).

62
Para o usuário, a N-ISDN se apresenta freqüentemente
como uma rede similar à rede elétrica (várias tomadas, no
máximo 8 delas).

Uma configuração típica no acesso básico é constituída por


um barramento passivo o qual é acessado pelas tomadas
ISDN. O comprimento típico do barramento < 150 m.

63
150 m
S U
TR1
...
ET1 ET1 ET1 AT

terminaisb RDSI ET2

64
MAC ou PC fone / fax

Rede
Terminação Públic a
de Rede
Barramento
2B + D

até 08
tomadas

Figura. 2B+D: Acesso Básico RDSI.

65
A ISDN optou por usar um esquema de codificação
multinível (não binário) conhecido como 2-binário/1
quaternário 2B1Q, ilustrado abaixo. Os seguintes símbolos
são empregadas: -3, -1, +1 e +3.

11 01 10 00 11 10 01 ...

10 3V
11 1V
01 -1V
00 -3V

66
A seqüência binária é dividida em dibits e cada um deles é
mapeado em um nível de tensão, de acordo com a indicação.

Símbolo quaternário +3 +1 -1 -3

Nível (volts) 2,5 V 0,833 V -0,833 V -2,5 V.

67
Interface ISDN Acesso Primário (2,048 Mbps)

Um dos barramentos largamente adotados na N-ISDN é


baseado na arquitetura Siemens "ISDN Orientated Modular"
®
(IOM ).
Os canais destinam-se a um dos dois tipos de funções:
dados ou informação de controle.

O barramento é baseado em um canal de 4 Bytes:

2 octetos para canais B,


1 octeto para monitor e
1 octeto para o canal D e a "camada 1" de controle.

68
O número de canais CHi (4 octetos/quadro) pode variar
de 1 a 8.

Œ No caso de apenas um único canal, CH0, o relógio


opera em 512 kHz e a taxa é 256 kbps.

• Para oito canais, CH0 a CH7, o relógio opera em 4,096


MHz e a taxa é 2,048 Mbps.

69
Os canais B e D são análogos ao ISDN 2B+D, M é um
canal destinado a manutenção e A é um canal auxiliar,
apresentando as seguintes taxas:

B→ 64 kbps
D→ 16 kbps
M,A→ 8 kbps

taxa básica IOM total= 160 kbps.

70
®
No caso de interface com 8 canais IOM , CH0 a CH7,
existem 32 Bytes por quadro. A taxa de transmissão
corresponde exatamente a velocidade básica das infovias
PCM (PCM highways), i.e., a taxa de PCM30:

octetos quadro
32 .1 = 2 , 048 Mbps
quadros 125µ seg .

71
125µseg

FSC
8 KHZ
(quadro)
4.096 kHz
DCL (relógio)

CH0 CH1 CH2 CH3 CH4 CH5 CH6 CH7

IOM® MR MX

B1 B2 Monitor D C/I

canal de controle

4 Bytes

B canais de voz/dados
D canal de sinalização
C/I bits de comando/indicação

72
MR,MX bits de controle monitor.

73

Você também pode gostar