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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GERAÇÃO DE ENERGIA


FOTOVOLTAICA

FABRÍCIO FERNANDES DOS SANTOS

RIO DE JANEIRO
05/2017
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
ENGENHARIA ELÉTRICA

IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE GERAÇÃO DE ENERGIA


FOTOVOLTAICA

FABRÍCIO FERNANDES DOS SANTOS

Monografia apresentada como requisito da


disciplina Monografia II do curso de
Engenharia Elétrica
Orientador: Clóvis Henrique Meirelles Fonseca

RIO DE JANEIRO
05/2017
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

FERNANDES, Fabrício. Implantação de sistema de geração de energia


fotovoltaica. Rio de Janeiro, RJ: Universidade Veiga de Almeida. Trabalho
de conclusão do curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica. 2017 nº de
páginas: XX p.
4

DEDICATÓRIA

Dedico esta conquista аo meu pai


(em memória), que sonhou em ver seu
filho formado.
Hoje realizo seu sonho pai...
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus em primeiro lugar, porque sem Ele eu nada poderia fazer.

Agradeço aos professores da universidade pela dedicação e compromisso com


o ensino proposto enriquecendo o meu conhecimento e me fazendo crescer
como pessoa e como profissional.

Agradeço também a minha família por todo apoio e confiança em mim


depositados.

Agradeço minha mãe, Maria de Fátima Fernandes dos Santos que não mede
esforços para me ajudar.

Agradeço ao meu irmão que acompanhou minha trajetória na graduação.

Agradeço minha esposa Juliana Fernandes que acompanhou toda essa


trajetória que não foi nada fácil e esteve comigo em todos os momentos
sempre acreditando que eu conseguiria.

Agradeço aos meus cunhados André, Railane e em especial a minha cunhada


Gisele que me ajudou a dar o primeiro passo no ramo profissional da elétrica.

Obrigado a todos que me ajudaram direta e indiretamente para que eu


chegasse ate aqui.

Mesmo naqueles dias em que eu desacreditava de tudo, vocês estavam ali


para me apoiar e me colocar de volta para cima, sou muito grato a todos.
6

RESUMO

Com o avanço da tecnologia e desenvolvimento de novos métodos de


captação de energia elétrica, diversos recursos foram criados para geração de
energia renovável. Um desses novos recursos de energia renovável é a
captação de energia elétrica através da luz do sol, método conhecido como
energia Fotovoltaica.

Este tipo de geração de energia vem em uma crescente ao longo dos últimos
anos diminuindo o seu custo de produção e aumentando sua eficiência,
fazendo com que esta, esteja compatível ou superior a outros métodos de
geração de energia elétrica.

Mas por que devemos utilizar este método de geração de energia?

No Brasil, 1m² recebe em média 150 KWh de energia solar por mês,
equivalente ao consumo médio de uma família. (Portal Solar, 2014)

Com base nestes dados, será feito um estudo de caso para implantação deste
sistema de geração de energia renovável em um condomínio Residencial a fim
de identificar sua viabilidade, eficiência e seu retorno financeiro.

Palavras chaves: Fotovoltaica, Renovável, Energia.


7

ABSTRACT

With the advancement of technology and development of new methods of


electric energy capture, Several resources were created for renewable energy
generation. One of these new renewable energy resources is the capture of
electricity through sunlight, Method known as photovoltaic energy.
This type of power generation has come in a growing over the last few years
Reducing its cost of production and increasing its efficiency, Making it
compatible or superior to other methods of electric power generation.
But why should we use this method of power generation?
In Brazil, 1m² receives on average 150 KWh of solar energy per month,
equivalent to the average consumption of a family. (Solar Portal, 2014)
Based on these data, a case study will be carried out to implement this system
of renewable energy generation in a residential condominium to identify its
viability, efficiency and financial return.

Key words: Photovoltaic, Renewable, Energy.


8

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 13
1.1 HISTÓRIA DA ENERGIA FOTOVOLTÁICA ...................................... 13
1.2 DEFINIÇÃO DE ENERGIA FOTOVOLTÁICA .................................... 15
1.3 OBJETIVO .......................................................................................... 16
1.4 METODOLOGIA DA MONOGRAFIA ................................................. 16
2. GERAÇÃO DE ENERGIA FOTOVOLTÁICA ............................................ 17
2.1 MÉTODOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ...... 17
2.2 MÉTODOS DE GERAÇÃO ON-GRID........................................................ 18
2.3 MÉTODOS DE GERAÇÃO OFF-GRID ...................................................... 19
2.4 NORMAS PARA A UTILIZAÇÃO DA ENERGIA FOTOVOLTAICA ......... 20
2.5 INTERAÇÃO COM A CONCESSIONÁRIA ............................................... 22
2.6 APLICAÇÃO DO PROCESSO DE GERAÇÃO ......................................... 24
3. RAZÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTÁICO ..... 25
3.1 CLIMA DA LOCALIDADE ESTUDADA..................................................... 27
3.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS .............................................. 29
3.3 CALCULOS DE DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO 36
3.4 APLICAÇÃO DOS CÁLCULOS DE DIMENSIONAMENTO. ..................... 39
3.5 CUSTOS DA INSTALAÇÃO ...................................................................... 49
4 ANÁLISE DO RETORNO FINANCEIRO ..................................................... 49
5 CONCLUSÃO .............................................................................................. 50
5.1 Recomendações ....................................................................................... 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 52
9

TABELAS
Tabela 1- Vantagens e desvantagens do sistema On-Grid .............................. 19
Tabela 2 - Vantagens e desvantagens do Sistema Off-Grid. ........................... 20
Tabela 3 - Principais mecanismos de incentivo................................................ 21
Tabela 4 – Custo médio de uma instalação ..................................................... 22
Tabela 5 – Interação com a Concessionária .................................................... 23
Tabela 6 – Índice de Temperatura ao longo do ano. ........................................ 28
Tabela 7 – Módulos típicos de sistemas OFF-Grid e ON-Grid ......................... 29
Tabela 8 - Investimento Total ........................................................................... 49
10

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1- Primeira bateria solar da Bell Labs ................................................... 14


Figura 2- Evolução do custo da energia Solar.................................................. 15
Figura 3 – Irradiação Solar Global Kwh/m² ano................................................ 25
Figura 4 – Matriz Elétrica Brasileira em Maio de 2017 ..................................... 26
Figura 5 – Representação do Sistema Interligado Nacional ............................ 27
Figura 6 - Microgeração distribuída .................................................................. 29
Figura 7 - Módulo Canadian CSI CS6P-265P .................................................. 30
Figura 8 - Gráfico de conexões em série. ........................................................ 31
Figura 9 – Gráfico de Conexões em paralelo. .................................................. 32
Figura 10 - Ligações típicas do Inversor .......................................................... 33
Figura 11 - Inversor Fotovoltaico ...................................................................... 34
Figura 12 - Caixa de conexões (a) e diagrama de ligações (b) de um módulo de
240 Wp ............................................................................................................. 35
Figura 13 - Conectores MC-4 ........................................................................... 36
Figura 14 - Vista superior da residência ........................................................... 40
Figura 15 - Vista frontal da residência .............................................................. 40
Figura 16 - Vista Superior ................................................................................ 41
Figura 17 - Latitude e Longitude....................................................................... 42
Figura 18 - Irradiação solar no plano inclinado................................................. 43
Figura 19 Cálculo do plano inclinado ............................................................... 43
Figura 20 - Especificações técnicas do módulo ............................................... 45
Figura 21 - Especificações técnicas do Inversor .............................................. 46
11

ÍNDICE DE SIGLAS

A Ampère
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AC Corrente Alternada (AlternateCurrent)
ACL Ambiente de contratação livre
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
BT Baixa Tensão
CAMEX Câmara de comercio exterior
CCEE Câmara de comercialização de energia elétrica
CEPEL Centro de pesquisas de energia elétrica
CGH Central geradora hidrelétrica
CO2 Dióxido de carbono
COFINS Contribuição para o financiamento da seguridade social
CONFAZ Conselho nacional de política fazendária
CRESESB Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sergio de Salvo
Brito
DC Corrente Contínua (DirectCurrent)
DOU Diário oficial da união
DPS Dispositivo de Proteção contra Surtos
EPE Empresa de Pesquisas Energéticas
FGTS Fundo de garantia do tempo de serviço
GEE Gases de efeito estufa
GW Giga watt
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
IPCA Índice nacional de preços ao consumidor amplo
IPCC Painel intergovernamental sobre mudanças climáticas
IPI Imposto sobre produto industrializado
IPTU Imposto predial e territorial urbano
kW Quilo watt
MCTI Ministério da ciência, tecnologia e inovação
MDL Mecanismo de desenvolvimento limpo mm² Milímetro quadrado
MME Ministério de minas e energia 14
12

MPP Ponto de Máxima Potência (Maximum Power Point)


MPPT Rastreamento do Ponto de Máxima Potência (Maximum Power Point
Tracker)
MtCO2eq Milhões de toneladas de carbono equivalente
MW Mega watt
MW Megawatt
NBR Norma Brasileira
ONG Organização não governamental
p.p. Ponto percentual
PCH Pequena central hidrelétrica
PDE Plano Decenal de Expansão da Energia
PIB Produto interno bruto
PIS Programa de integração social
PNE Plano Nacional de Energia
PNMC Política nacional sobre mudança do clima
PRODIST Procedimentos de Distribuição
ProGD Programa de geração distribuída
QEE Qualidade da energia elétrica
RCE Reduções certificadas de emissão
RCP Representativeconcentrationpathways(quantidade de energia absorvida)
REN Resolução normativa
SIN Sistema interligado nacional
tep Tonelada equivalente de petróleo
TUSD Tarifa de uso da distribuição
TUST Tarifa de uso da transmissão
UHE Usina hidrelétrica de energia
V Volt
VR Valor anual de referencia
VRES Valor anual de referencia específico
W Watt
W/m2 Watt por metro quadrado
Wp Watt pico
13

1. INTRODUÇÃO
De acordo com (Portal Solar, 2014), cada vez mais o assunto do
momento na população mundial é sobre meio ambiente e a utilização correta
dos recursos naturais, não tínhamos a preocupação com a escassez destes
recursos, porém de tempos para cá, a população mundial tem se
conscientizado a respeito do assunto e tem buscado novos meios de geração
de energia, um dos meios mais eficientes encontrados é o de geração de
energia através de painéis fotovoltaicos.

Segundo (Portal Solar, 2014), a energia solar vem com uma fonte de
energia renovável para ajudar a diminuir o grave problema que enfrentamos
com a escassez de recursos naturais, essa instalação de placas solares
fotovoltaicas tem como objetivo a redução dos gastos com energia Elétrica em
longo prazo e consequentemente contribuir com a sustentabilidade.

1.1 HISTÓRIA DA ENERGIA FOTOVOLTÁICA

Muita das coisas que fazemos hoje com naturalidade, como ascender
um fogão, por exemplo, era feito através de luz solar, ao passar do tempo o ser
humano passou a observar mais os efeitos e benefícios que a luz solar poderia
trazer ao avanço da tecnologia, até que em 1839, Alexandre Edmond fez seu
primeiro experimento com célula fotovoltaica, sendo o primeiro a conseguir a
gerar energia através da luz solar (EPE, 2007).

No começo da história da energia solar acreditava-se que a produção


desta energia limitava-se somente a pesquisa dos cientistas devido ao seu alto
custo.

Entretanto com os avanços tecnológicos foi possível este crescimento


fazendo com que Albert Einstein ganhasse seu primeiro premio Nobel em
1923, contribuindo para concretizar que era possível sim gerar energia através
de uma fonte renovável. Com certeza um capítulo muito importante da história
da energia solar (Portal Solar, 2014).

Como todo projeto inicial, as células fotovoltaicas tiveram diversos


problemas na sua fabricação, sendo resolvido somente quando Fuller dopou
silício com arsênio e depois com boro, fazendo com que a célula tivesse
14

desempenho jamais tido anteriormente. A primeira célula solar foi apresentada


em uma reunião em Washington, e logo após anunciada em uma coletiva de
imprensa em 25 de abril de 1954 (Portal Solar, 2014), na Figura 1, podemos
verificar o primeiro painel sendo instalado no ano de 1955 na Bell Labs na
cidade de Nova Jersey.

Figura 1- Primeira bateria solar da Bell Labs


Fonte: (Portal Solar, 2014)

Em nossos dias, principalmente nos últimos anos, o fator economia tem


pesado bastante quando se trata de energia solar, além de contribuir com o
meio ambiente. O mercado também teve sua contribuição para o avanço, pois
houve uma queda considerável nos preços de equipamentos, trazendo assim
acessibilidade aos demais consumidores que outrora não poderiam adquirir
devido ao alto custo e baixo retorno. Ainda não estamos no auge desta
15

geração de energia solar, porém conforme a Figura 2, temos uma grande


alternativa de fonte renovável (Silva, 2008)

Figura 2- Evolução do custo da energia Solar.


Fonte: (Silva, 2008)

1.2 DEFINIÇÃO DE ENERGIA FOTOVOLTÁICA

Energia fotovoltaica é a energia elétrica produzida a partir de luz solar, e


pode ser produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos. Quanto maior for a
radiação solar maior será a quantidade de eletricidade produzida.
De acordo com (Portal Solar, 2014), Este processo de conversão utiliza
células fotovoltaicas. Quando a luz solar incide sobre uma célula fotovoltaica,
os elétrons do material semicondutor são postos em movimento, fazendo com
que tenha a geração de eletricidade.
A energia fotovoltaica é uma tecnologia 100% comprovada. Estes
sistemas conectados a rede já são utilizados há mais de 30 anos.
Segundo dados recentes, 178 GW foram instalados globalmente até o
final de 2014, Este modelo de energia teve mais um ano de crescimento [4].
Após um alto crescimento, o mercado europeu teve um modesto
crescimento em 2014, gerando cerca de 7GW de energia fotovoltaica. Mas esta
desaceleração deste mercado pode ser explicada pela mudança nos incentivos
que já não são mais tão favoráveis como em outros tempos.
Segundo (Silva, 2008), a energia solar fotovoltaica teve em 2014 um
equilíbrio entre as instalações de grande porte e a geração distribuída.
16

Demonstrando que, a energia fotovoltaica é capaz de gerar energia tanto pra


ascender uma lâmpada, quanto para alimentar grandes usinas, gerando
energia para diversas famílias.

1.3 OBJETIVO

O objetivo desta monografia é realizar um estudo de caso verificando a


viabilidade da instalação de um sistema de geração de energia fotovoltaica em
uma residência de um Condomínio Residencial localizado em Duque de
Caxias, este estudo também tem como meta identificar os prós e contras deste
tipo de instalação analisando a área instalada, a melhor posição dos painéis na
designada casa para que ter o maior aproveitamento, avaliando também os
modelos de placas e inversores a serem utilizados, como também os custos e
economia projetada desta instalação e o impacto ambiental favorável ao
projeto.

1.4 METODOLOGIA DA MONOGRAFIA

Nesta monografia é utilizada a seguinte metodologia:

Revisão bibliográfica: História, fundamentação teórica, principais


tecnologias aplicadas, definições e legislação;

Levantamento de dados de carga consumida da residência estudada.



Estudo de equipamentos para a instalação, no que diz respeito a
preço, qualidade e eficiência.

Estudos das normas regulamentadoras para a instalação.



Conclusão da viabilidade técnica e financeira para a instalação no
local.
17

Esta monografia está composta por cinco capítulos, sendo estes


designados da seguinte maneira:
No capítulo 1 é abordado o tema de geração de energia fotovoltaica
falando sobre sua definição, suas vantagens e desvantagens, no capítulo 2
falaremos sobre os métodos para geração de energia fotovoltaica, como
também suas normas para utilização, já no capítulo 3 por sua vez, é feito o
estudo de campo para verificar as condições climáticas da região, registrar a
carga total da residência e pesquisar os componentes a serem utilizados
verificando seus modelos e preços, em seguida no capítulo 4 é feita a
apresentação dos resultados encontrados para discussão e por fim, no capítulo
5 são apresentadas as conclusões obtidas e também sugestões para trabalhos
futuros.

2. GERAÇÃO DE ENERGIA FOTOVOLTÁICA

A utilização da Energia Fotovoltaica surgiu ao longo dos anos como uma


possível inovação das novas construções de unidades residenciais, sendo
esta, uma alternativa muito interessante para aqueles que buscam uma forma
de reduzir os gastos com o uso de energia elétrica e, ainda, para aqueles que
visam o estímulo da prática da preservação da energia elétrica limpa e
renovável. (Silva, 2008).

Nosso sistema elétrico brasileiro é essencialmente hidrotérmico com a


maioria predominante em usinas hidrelétricas que por sua vez, possuem
diversos proprietários em todas as suas regiões: Sul, sudeste, cetro-oeste,
nordeste e parte da região norte.

De acordo com o (Atlas Brasileiro de Energia Solar, 2017),

2.1 Métodos de Geração de Energia Solar Fotovoltaica

Mediante o infinito potencial de radiação solar disponibilizada, a


tecnologia
18

fotovoltaica tem capacidade de absorver os raios solares e convertê-los


em energia elétrica, através do processo fotoquímico, sem emitir gases do
efeito estufa e impactos socioambientais, ou seja, uma das energias mais
sustentáveis e limpas de todas as outras energias. De acordo com (Castro,
2002), As células fotovoltaicas são constituídas por um material semicondutor –
o silício – ao qual são adicionadas substâncias, ditas dopantes, de modo a criar
um meio adequado ao estabelecimento do efeito fotovoltaico, isto é, conversão
direta da potência associada à radiação solar em potência elétrica DC.
Entende-se por radiação solar a forma de transferência de energia
advinda do sol através de ondas eletromagnéticas.
As aplicações de energia Fotovoltaicas são vastas, podendo ser
aplicada em residências, indústrias, lugares distantes como fazendas e etc..
Existem dois tipos de ligações do sistema de energia Fotovoltaica, são
eles: On Grid (Ligado a rede), onde neste caso é necessária a instalação de
um inversor de freqüência que serve como elemento de interface entre o painel
e a rede adequando as formas de ondas DC do painel para as formas de ondas
AC da rede.
No método Off-Grid existem sistemas independentes da rede elétrica
que armazenam sua energia produzida através de baterias, Hoje, o maior
produtor de energia fotovoltaica no mundo é a Alemanha, sendo que no Brasil
o nível de irradiação é bem maior se comparado ao da Alemanha.
Este sistema trabalha isolado alimentando diretamente a carga e
necessita de baterias de modo que assegure o abastecimento nos períodos em
que a luz solar não for suficiente.

2.2 Métodos de Geração On-Grid

De acordo com (ENEL, 2016), Os sistemas On-Grid são sistemas de


geração de energia ligados diretamente a rede elétrica, fazendo com que a
mesma, se caso exceda o valor de geração de energia para o qual necessita
consumo, a mesma é devolvida a rede gerando créditos para o consumidor
utilizar em até 36 meses, isso é o que estabelece a resolução normativa n°482
da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), estabelecida em 17 de abril
de 2012 definindo-a como uma espécie de compensação da energia elétrica.
19

Os sistemas conectados a rede tem uma eficiência de aproximadamente


30% em relação ao off-Grid, pois este garante que toda a energia produzida
seja utilizada, sendo uso local ou em algum outro ponto de rede.
A resolução normativa n°482 também permite que se caso haja crédito
em determinada conta, o consumidor pode utilizar até em outra residência com
tanto que esteja na mesma rede e mesmo cadastro.
Para todos os casos, existem vantagens e desvantagens a serem
avaliadas, com a utilização do sistema On-Grid, não poderia ser diferente,
vejamos na Tabela 1 que explica um pouco mais sobre este caso:

Tabela 1- Vantagens e desvantagens do sistema On-Grid


Fonte: (E-Cycle, 2013)

2.3 Métodos de Geração Off-Grid

De acordo com (Cepel, 2000), o Brasil é um excelente mercado para a


produção de energia solar, pois o mesmo produz cerca de 2300 KWH/m².
Para tanto, temos o método de captação de energia solar isolado ou
chamado Off-Grid.
Este sistema tem um custo mais elevado do que o sistema On-grid pois
este existe o material completo de captação solar.
Na parte de geração de energia existem os painéis solares, cabos e
estruturas de suporte.
No condicionamento de potência são instalados os inversores e
controladores de carga.
Já na parte de armazenamento são utilizados baterias de acordo com a
carga desejada para armazenamento.
20

Esses sistemas são mais utilizados em lugares mais distantes das


grandes metrópoles como fazendas, sítios ou até em locais específicos como,
cercas elétricas, bombas de água, iluminação de postes, etc.
Porém, assim como o método On-Grid, existem vantagens e
desvantagens na utilização deste sistema, vejamos a seguir na tabela 2 estas
condições:

Tabela 2 - Vantagens e desvantagens do Sistema Off-Grid.


Fonte: (E-Cycle, 2013)

2.4 Normas para a utilização da energia Fotovoltaica

De acordo com (ANEEL, 2012), existe uma resolução normativa que dita
algumas regras para a utilização do sistema On-Grid, esta resolução de N°482
diz que para sistemas de microgeração que produzem até 100 KW existe um
sistema de compensação de energia elétrica, no qual o sistema de
microgeração instalada conectada a rede compense o consumo de energia
elétrica ativa.
De mesmo modo para o sistema de minigeração que produz de 100KW
até 1MW, é concedida através de empréstimo gratuito a concessionária local e
posteriormente compensada com o consumo de energia elétrica ativa da
mesma unidade ou de outra unidade de mesma titularidade, no entanto que
seja a mesma concessionária fornecedora.
De acordo com o Projeto de Lei 4332/201626: dispõe sobre o programa
de incentivo ao uso de energia solar e de outras fontes renováveis em
edificações multifamiliares, comerciais ou mistas e unifamiliares em
condomínios horizontais ou verticais e dá outras providências.
21

Ou seja, tempos total embasamento para a partir destas leis, criar um


projeto de microgeração de energia para consumo residencial.
Devido as normas para geração de energia solar serem recentes, o
Brasil ainda tem um pequeno aproveitamento da energia solar.
Isto está diretamente ligado ao ainda elevado custo de instalação do
sistema, apesar das quedas dos preços destes componentes ao longo dos
anos, ainda assim, o Brasil é refém da tecnologia estrangeira, tendo que
importar a maioria das peças fabricadas, o que encarece ainda mais o custo da
instalação. (Portal O setor elétrico, 2014) . Vejamos na tabela, alguns
incentivos dos principais países geradores de energia fotovoltaica.

Tabela 3 - Principais mecanismos de incentivo


Fonte: (Portal Solar, 2016)

Com base nos dados anteriores e em comparação a outros países,


vejamos de acordo com a Tabela 4, um cálculo médio do custo de uma
instalação para uma residência que consome até 184KW/h aqui no Brasil.
22

Tabela 4 – Custo médio de uma instalação


Fonte: (Portal Solar, 2014)

2.5 INTERAÇÃO COM A CONCESSIONÁRIA

Como todos os processos que existem no Brasil, com a energia


Fotovoltaica não é diferente, existem algumas exigências por parte da
concessionária.
A REN 687, que a revisão da REN 482 exige um procedimento padrão
pra que a concessionária autorize este sistema de geração. Pode ser que a
concessionária solicite uma apresentação de um estudo com todos os dados
do sistema para que possa ser feita uma análise, autorizando a instalação ou
não.
Quando o cliente já comprou os equipamentos necessários para a
instalação e comprova que possui as documentações para a instalação, a
exigência se torna apenas Solicitação de acesso. Neste caso, a concessionária
tem até 15 dias para responder a solicitação informando ao cliente se existe
alguma pendência que impeça a instalação.
Após o aceite da instalação, a concessionária emite um parecer com os
dados informados e como ficará a instalação junto à rede, então informa que
fará uma vistoria na instalação com o prazo de no máximo 120 dias.
Após a instalação, deve ser solicitado o serviço de vistoria que será feito
em um prazo máximo de 7 (sete) dias. Se caso, a concessionária encontre
alguma irregularidade na instalação, o consumidor será informado em um
23

prazo de no máximo 5 (cinco) dias, contados a partir do dia da vistoria para


solucionar os problemas apontados.
Após a solução das pendências caso haja, a concessionária tem até 7
(sete) dias para instalar o medidor bidirecional, que hoje é o medidor utilizado
para sistemas de geração de energia Fotovoltaica On-Grid conforme a Tabela
5.

Tabela 5 – Interação com a Concessionária


Fonte: (Solarize, 2016)

Existem algumas exigências feitas pela concessionária, para a


solicitação de acesso a concessionária exige.
 Diagrama Unifilar contemplando Geração/Proteção (inversor, se
for o caso) e Medição;
 Diagrama Unifilar contemplando Geração/Proteção (inversor, se
for o caso) e Medição;
 Memorial Descritivo do Projeto:
 Características dos equipamentos de seccionamento, proteção,
medição da fonte geradora e dos transformadores;
 Planta baixa (vistas e cortes), contendo a localização dos
equipamentos;
 Planta de situação / localização; • Diagrama Trifilar;
24

 Diagramas esquemáticos e funcionais;


 Cópia dos manuais técnicos dos relés e inversores;
 Descritivo operacional da planta de geração; •
 Cópia autenticada da Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART), devidamente numerada, do (s) responsável (veis) pelo projeto,
execução, operação e manutenção da Microgeração/Minigeração;
 Carta de credenciamento assinada pelo proprietário ou seu
representante legal, apresentando profissional ou empresa de engenharia,
habilitados pelo CREA-RJ, contratados como responsáveis técnicos e
autorizados para tratar das questões técnicas e comerciais atinentes ao
processo de solicitação de fornecimento de energia elétrica;
 Certificado de conformidade do (s) inversor (es) ou número de
registro da concessão do Inmetro do (s) inversor (es) para tensão nominal de
conexão com a rede;
 Dados necessários para registro da central geradora conforme
disponível no site da ANEEL.
 Além desses documentos, a concessionária fornece um kit técnico
padrão para solicitação de acesso.

2.6 Aplicação do processo de geração

De acordo com (Carneiro, 2016), foram criados incentivos para utilização


de fontes renováveis, existem financiamentos de instalação de energia solar.
As fontes renováveis são de total importância para o desenvolvimento da
indústria brasileira na produção de energia elétrica, não só para o
desenvolvimento da matriz energética, mas principalmente, contribuir para
diminuição dos gases de efeito estufa.
De acordo com (FGV, 2016), o Brasil se comprometeu a reduzir suas
emissões em 37% em relação aos níveis de 2005 até 2025, e até 43% até
2030. Especificamente para o setor de energia, o país se compromete a atingir
entre 28% e 33% de sua matriz energética com fontes renováveis além da
hidrelétrica até 2030.
25

Conforme a figura 3, o Brasil pode ser uma potência no ramo de energia


solar, pois temos recursos naturais para tal grandeza energética, porém em
nosso país, ainda nos dias de hoje, existe uma série de burocracias e trâmites
que de certa forma, atrapalham este desenvolvimento. Vejamos a figura 3
abaixo com os altos índices de irradiação solar em todo o planeta e com a alta
potencialidade do Brasil para investimento no ramo de energia solar.
Através da análise da Figura 3, é possível concluir que o Brasil tem
irradiação média anual maior que a da Alemanha, que hoje é a maior produtora
de energia fotovoltaica no mundo.

Figura 3 – Irradiação Solar Global Kwh/m² ano

3. RAZÕES PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTÁICO

Hoje temos no Rio de Janeiro um imenso potencial para geração de


energia fotovoltaica, de acordo com o (GreenMe, 2015) o governo do estado do
Rio de Janeiro em parceria com o Grupo Electricité de France (EDF)-Norte
Fluminense, a PUC-Rio e a empresa EGPE Consult usará o Atlas Solamétrico
para oferecer diretrizes tanto as grandes empresas, quanto para o consumidor
residencial.
A idéia é que com esta iniciativa possa atrair investidores que se
interessem em financiar todo, ou parte das instalações dos painéis
fotovoltaicos, sendo este tipo de energia interessante até mesmo para as
26

concessionárias, pois este sistema é compensador em longo prazo além de


oferecer uma energia limpa e renovável.
Uma das estações coletoras de dados do Atlas Solarimétrico fica
justamente em Duque de Caxias, local de estudo deste projeto.
A verdade é que o crescimento econômico brasileiro necessita
diretamente de uma demanda crescente em energia (Atlas Brasileiro de
Energia Solar, 2017). A energia solar tem papel fundamental neste
desenvolvimento da matriz energética brasileira, sabemos que com o
aproveitamento desta energia, teremos um melhor controle das usinas já
consolidadas, como o caso das usinas hidrelétricas, que poderão ter seu
controle hídrico, especialmente nos períodos com menor índice de chuva,
fazendo com que dessa forma possa haver melhor planejamento, evitando o
aumento da tarifa, que depende diretamente do clima e pode evitar que regiões
como a do nordeste que possuem períodos de seca, sofram com a
consequência do aumento da tarifa tributária.
Hoje, praticamente todo sistema elétrico brasileiro está conectado
através do Sistema Interligado Nacional (SIN), de acordo com a (ANEEL,2017)
até maio de 2017 nós tínhamos aproximadamentes instalados em território
nacional 152 GW em capacidade de geração e estes estão divididos da
seguinte forma, vejamos a Figura 4.

Figura 4 – Matriz Elétrica Brasileira em Maio de 2017


Fonte: (ANEEL,2017)
27

De acordo com a (ONS, 2015), o Brasil terá uma demanda de eletricidade de


200% nos próximos 30 anos, com isso vejamos a Figura 5 que mostra os
dados instalados hoje e os dados planejados para os próximos 30 anos de
acordo com a localidade.

Figura 5 – Representação do Sistema Interligado Nacional


Fonte: (ONS,2015)
Devido a constante escassez dos recursos hídricos junto com o
crescimento populacional e consequentemente o crescimente da demanda por
energia elétrica, temos a necessidade de diversificar a produção de energia
elétrica, para que diversas fontes de energia causem baixo impacto ambiental
aumentando sua sustentabilidade.

Além disso, o Brasil precisa manter seu compromisso feito as nações


unidas que tem como meta a diminuição dos gases de efeito estufa.

3.1 CLIMA DA LOCALIDADE ESTUDADA

De acordo com o (ClimaTempo, 2017), Duque de Caxias tem uma média


de temperatura anual de 23,2°, este comportamento foi avaliado ao longo dos
últimos 30 anos. Duque de Caxias é a localidade estudada para a implantação
28

do sistema solar, o clima na cidade é tropical, o mês mais quente do ano chega
a temperatura média de 26,3°C.
Ao longo do ano, o mês que registra a menor média de temperatura é
Julho com 20.2°C. Vejamos a Tabela 6 a seguir.

Tabela 6 – Índice de Temperatura ao longo do ano.


Fonte: Climatempo, 2017

A idéia de construir um micro gerador de energia solar é, reduzir os


custos com energia elétrica em até 100% através de um sistema interligado
com a rede da concessionária e alimentação em fonte alternada.
Para entendermos melhor sobre esta instalação, vejamos na Figura 6,
um modelo de residência idêntico a residência estudada e como ficará o projeto
dos painéis no telhado conectados ao inversor e este por sua vez, conectado
ao quadro de energia da residência.
29

Figura 6 - Microgeração distribuída


Fonte: (TEKHOUSE, 2017)
3.2 TIPOS DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Para pesquisarmos e aplicarmos os equipamentos corretos é preciso


conhecê-lo e entender seu funcionamento.
Para que um módulo fotovoltaico seja construído, é necessária uma
combinação de células fotovoltaicas parametrizadas a fim de atender o valor de
tensão desejada, cada célula gera uma tensão de aproximadamente 0,6V.
Vejamos a Tabela 7 com valores mais usuais, onde podemos comparar
os valores de tensão e potência nos sistemas on grid e off grid.

Tabela 7 – Módulos típicos de sistemas OFF-Grid e ON-Grid


Fonte: (Solarize, 2016)
30

No momento da geração da en
energia,
rgia, a fonte pode obter variação devido
a momentos em que as placas ficam sobre sombras que ocorrem durante o
dia, estes sombreamentos podem causar algumas interrupções no circuito,
para que isso não ocorra, este sistema possui diodos diretamente polarizados
polariz
que dão nome de diodos By-pass.
By pass. Sua função basicamente é de impedir que o
módulo funcione em momentos em que a corrente está circulando no sentido
contrário, ou nos momentos em que não está gerando energia devido a
algumas adversidades, caso contrário
contrário,, de acordo com a (Solarize, 2016)
poderia gerar aquecimento do módulo e possivelmente a queima.
Lembrando que a geração de energia do módulo fotovoltaico está
inversamente proporcional a quantidade de calor recebida, podendo ter uma
perda em média de 0,45%
0,45% / C°.
O módulo selecionado para o projeto será o Canadian CSI CS6P-265P
CS6P 265P
conforme a Figura 7.

Figura 7 - Módulo Canadian CSI CS6P-265P


CS6P
Fonte: (NEOSOLAR, 2017)

Conexão elétrica dos módulos

Os módulos trabalham com 3 tipos de conexões, elas são:


31

 Série
 Paralelo
 Série-Paralelo

Nas conexões em série, as tensões geradas se somam mantendo a


corrente no mesmo valor. Esta junção de módulos é conhecida como uma
string.
Vejamos na Figura 8, gráficos de conexões em série.

Figura 8 - Gráfico de conexões em série.


Fonte: (Galdino, 2014)

Na conexão em paralelo, os terminais positivos são interligados e os


terminais negativos também são interligados tendo seus pontos em comum,
neste caso, a corrente fornecida aumenta e sua tensão permanece estável.
Vejamos na Figura 9, um gráfico de uma conexão em paralelo.
32

Figura 9 – Gráfico de Conexões em paralelo.


Fonte: (Galdino, 2014)

Na conexão série-paralelo, são utilizado as duas formas de conexão


citadas anteriormente, com esta conexão os módulos compõem vários strings.
(CEPEL, 2014)
Este módulo série-paralelo é o mais utilizado em conexões, pois seus
módulos podem suportar correntes altas, podendo também controlar o valor da
tensão para o mínimo suficiente para acionamento do inversor.
Lembrando que a quantidade de células conectadas no módulo irá
depender da tensão que será necessária e da sua corrente desejada.
A geração de energia solar através dos painéis fotovoltaicos é de
corrente contínua, porém a energia utilizada em nossa residência é alternada,
para fazermos esta alteração é necessário um inversor.
Após entendermos sobre o funcionamento dos módulos, precisamos
reunir os materiais necessários para a instalação, porém existe uma série de
fatores para a escolha do material correto como: Preço, Qualidade e eficiência.
Vejamos os materiais que serão utilizados nesta instalação.

Inversor

O inversor é o equipamento que converte corrente contínua em corrente


alternada, alem disso o inversor é responsável por outras partes como:
33

 Sincronizar a tensão gerada à rede alimentação da


concessionária, a fim de
 evitar problemas de faseamento com a mesma. Isso geralmente é
feito com
relés de sincronismo;

 Não permitir o ilhamento . Este fenômeno poderia comprometer a


segurança 2 de operadores da concessionária em uma manobra na rede de
distribuição;

 Acompanhar o ponto de máxima potência (MPP) do painel,


garantindo a
máxima eficiência possível do conjunto.

Os inversores atuais não trabalham com transformadores, estes


possuem excelente isolação galvânica, diferentemente dos transformadores
que possuem peso excessivo, contendo perdas e muita vibração, devido a esta
série de fatores, os mesmos caíram em desuso.
De acordo com a (Solarize, 2016), existem algumas ligações típicas do
inversor, vejamos na Figura 10 estas ligações.

Figura 10 - Ligações típicas do Inversor


Fonte: (SOLARIZE, 2016)
34

De acordo com pesquisas no mercado de inversores, constatamos que o


inversor que pode atender melhor nossas necessidades, é o inversor da marca
FroniusGalvo 2.0-1 com potência nominal de 2000W, porém realizaremos os
cálculos necessários para saber se o inversor tem a especificação necessária
para o sistema.
Neste inversor está disponível um display para possíveis configurações
e também três conexões, duas com conectores do tipo MC-4 que receberá a
entrada de corrente contínua dos painéis e uma conexão para a saída de
corrente alternada onde ligará no quadro da residência, vejamos na Figura 11 o
inversor selecionado.

Figura 11 - Inversor Fotovoltaico


Fonte: (NEOSOLAR, 2017)

Caixa de Conexão

Na parte inferior, existe a caixa de conexão conforme a Figura 12, de


onde parte os cabos para conexão elétrica, já devidamente crimpados com os
conectores padrão (MC-4)
35

Figura 12 - Caixa de conexões (a) e diagrama de ligações (b) de um módulo de


240 Wp
Fonte: (NEOSOLAR, 2017)

Conectores

Os cabos terminais dos módulos fotovoltaicos devem ter isolamento


adequado
para a máxima tensão do sistema e ser capazes de suportar as
intempéries. Módulos
modernos, desenvolvidos para aplicações conectadas à rede, são
fornecidos com
cabos pré-instalados, com comprimento suficiente para a sua conexão
série com outro
módulo igual em um arranjo fotovoltaico. Geralmente os cabos são
providos de um
sistema de engate rápido, para facilitar a tarefa de instalação e garantir a
boa
qualidade da conexão. A Figura 13 mostra um exemplo de conectores
de engate rápido.
Esses conectores devem possuir grau de proteção IP 67 (contra poeira e
imersão temporária na água)
36

Figura 13 - Conectores MC-4


Fonte: (NEOSOLAR, 2017)

3.3 CALCULOS DE DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO

Primeiramente, devemos analisar o consumo mensal da residência,


podendo ser verificado diretamente pela conta de luz. Entretanto, para uma
melhor precisão do consumo, recomendasse calcular a média mensal de
consumo no ano, posteriormente, dividindo por trinta, para a média diária.
A residência estudada em questão tem um consumo de carga médio
mensal de 187,67kWh e um consumo diário de 6,26KWh.
A partir do valor diário, podemos utilizar a fórmula para descobrir a
geração diária conforme (CRESESB, 2014).
Este cálculo é feito utilizando o valor de consumo médio diário dividido
pela taxa de desempenho que no caso das radiações solares do Brasil, pode
ser adotado com valores de 70% a 80%, logo após, este valor é divido pela
média de horas com sol pleno com mudanças em valores dependendo de
regiões e estados.

( )
=
Equação 1
Fonte: CRESESB, 2014

Onde:
37

Pfv = Potência média necessária (kWpcc);

E = Consumo médio diário durante o ano (kWh/dia);

HSPma = Média Diária anual das HSP incidente no plano do painel (h);
HSP

TD = Taxa de desempenho (admissional).

Para calcularmos o número de horas plenas (HSP), temos que pegar a


quantidade de horas em que o sol permaneceu com irradiação solar igual a
1KW/m².

KWh
h [ ]
m2
HSP = KW
dia [ 2]
m
Equação 2
Fonte: CRESESB, 2014

Para que possamos identificar a radiação solar na área a ser estudada,


precisamos utilizar a ferramenta de software SUNDATA do centro de referência
para Energia solar e Eólica Sérgio Brito (CRESESB) Desta forma
conseguiremos obter os valores de irradiação média diária utilizando suas
coordenadas.
Com esta ferramenta conseguimos dimensionar a quantidade de painéis
solares necessários. Porém, devemos identificar o melhor painel a ser
escolhido que esteja disponível em mercado.
Existem os painéis monocristalinos, policristalinos e filme fino.
O primeiro painel citado, é o mais eficiente pois tem um aproveitamento
de 15 a 18%, este painel é composto de finas fatias de silício, possue custo
mais alto na fabricação e consequentemente é o mais caro na venda.
O segundo é menos eficiente pois possui um aproveitamento de 13 a
15%, o custo de fabricação é mais barato, pois utiliza matérias mais baratos,
consequentemente a venda deste produto é mais barata.
38

No terceiro, o aproveitamento é o menor de todos chegando a atingir em


torno de 5 a 8%, este é muito mais barato e muito menos eficiente em
comparação aos outros dois, devido a baixa eficiência, este painel deve ser
compensado com uma área maior.(Censolar, 1993).
Devemos levar em conta a eficiência do painel, pois precisamos garantir
que ele é capaz de converter energia solar em elétrica o quanto for necessário.
Após termos escolhido o painel, devemos efetuar os cálculos para
garantir a associação deles para atingir determinadas tensões e correntes que
alimentarão o inversor, este equipamento será dimensionado no final de acordo
com a total demanda de painéis. A idéia destes cálculos é garantir que o
equipamento não trabalhe com potência muito baixa ou muito alta, mas que
entregue a potência nominal desejada afim de atender as necessidades da
residência.
Para calcularmos o FDI (Fator de dimensionamento de Inversor)
devemos utilizar a potência nominal do inversor que é dado em CA (Corrente
Alternada) e dividirmos pela potência gerada pelas placas solares dadas em
CC (Corrente Contínua). Com isto, garantimos a melhor eficiência do inversor,
diversos fabricantes recomendam utilizar a faixa mínima do inversor de 0,75 à
0,85, na faixa máxima, o limite aceitável é de até 1,05

=
Equação 3
Fonte: CRESESB, 2014

Onde:

FDI: Fator de dimensionamento do Inversor

PNca: Potência Nominal em corrente alternada do Inversor

Pfv: Potência pico do painel fotovoltaico (Wp).

Com esses cálculos podemos garantir que as tensões que forem


geradas pelos painéis fotovoltaicos operem na faixa ideal do inversor.
39

Podemos associar estes cálculos de acordo com a lei de ohm, vejamos:

a) Se fizermos as conexões dos painéis em paralelo (positivo com


positivo e negativo com negativo) conseguiremos manter a tensão a cada
painel adicionado e somaremos as correntes.

b) Se fizermos as conexões em série ( positivo com negativo)


aumentaremos a tensão e manteremos a corrente estável.

Com estas conexões, conseguimos ter um sistema com correntes e


tensões múltiplas (Ex: 12+12= 24v ), desta forma podemos calcular a
tensão máxima de entrada do inversor, assim como a quantidade de painéis
ligados em série.

Equação 4 Números de módulos em série x VocTmin < Vimáx

Onde:

Vimáx: Máxima tensão C.C admitida pela entrada do inversor (V).


VocTmin: Tensão em circuito aberto (Voc) de um módulo fotovoltaico na
menor temperatura prevista (V).

Desta forma seguiremos as normas da ABNT NBR 16149:2013


(Caracteristicas da interface de conexão com a rede elétrica de de distribuição)
e a ABNT NBR IEC 62116:2012 (Procedimento de ensaio para avaliar o
desempenho das medidas de prevenção de ilhamento1).
Por fim, realizaremos os cálculos de dimensionamento do projeto de
acordo com a NBR 5410:2004.

3.4 APLICAÇÃO DOS CÁLCULOS DE DIMENSIONAMENTO.

1
Ilhamento é a alimentação contínua na falta de tensão da rede.
40

Para que possamos obter os dimensionamentos e valores finais, é


necessário que façamos uma análise das vistas superiores e frontais da
residência, para que possar constatar a disponibilidade mecânica para a
instalação dos painéis.
A residência escolhida em Duque de Caxias no Bairro de Santa Cruz da
Serra, tem um consumo médio mensal de 187,67kWh durante o ano. De
acordo com a análise feita da vista superior conforme a Figura 14 podemos
observar que é possível a instalação do painel a partir da parte frontal da casa.

Figura 14 - Vista superior da residência


Fonte: Google Maps, 2017

Na Análise da Figura 15 conforme visita local feita, confirmamos as


conclusões feitas através do Google maps, a residência tem viabilidade técnica
para o projeto

Figura 15 - Vista frontal da residência


41

Fonte:Condomínio Chácaras Arcampo2


Através da ferramenta do Google maps, conseguimos informações de
dimensionamento aproximado do telhado proposto para o projeto conforme
Figura 16 - Vista SuperiorFigura 16.

Figura 16 - Vista Superior


Fonte:Google Maps, 2017

Logo após as medidas do telhado, precisamos inserir as coordenadas


geográficas para obtenção dos valores de irradiação solar, estas coordenadas
também são obtidas através do Google Maps. Para esta residência obtivemos
os valores de latitude e longitude de 22.650491°, 43.277003° conforme Figura
17.

2
Condomínio localizado em Duque de Caxias
42

Figura 17 - Latitude e Longitude


Fonte: Google Maps, 2017

Colocamos estes valores no programa Sundata3, vamos encontrar três


locais de referência de medição, neste caso,adotaremos a referência mais
próxima da localidade conforme mostra a Figura 18.
Por quilometragem a estação mais próxima da residência é a Estação
Penha conforme Figura 18 que tem uma distância de 16,6KM, consideramos o
ângulo igual a latitude de 23°N totalizando uma média de 4,88KWh/m² dia.

3
http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=sundata
43

Figura 18 - Irradiação solar no plano inclinado.


Fonte: (Cresesb, 2016)

Obtemos o Cálculo do plano inclinado conforme através do programa,


neste caso nosso plano ficou em (23°) conforme Figura 19.

Figura 19 Cálculo do plano inclinado


Fonte: (Cresesb, 2016)

Após nós conseguirmos os valores referenciados, calcularemos através


das equações ensinadas anteriormente, a potência de geração necessária.
44

Utilizando a Equação 2, calcularemos a quantidade de horas de


irradiação.

= => , h

Agora, vamos utilizar a equação 1, para calcularmos a média de


consumo mensal divido por trinta dias, a quantidade de horas e a taxa de
desempenho.
Neste caso adotaremos 80%, desta forma, saberemos o valor de
potência necessária.

,
( )
,
= = ,
,
Com os valores de potência do sistema,já podemos dimensionar nossos
módulos fotovoltaicos.
Para isto, nos basearemos na lista do (Inmetro, ) para escolhermos
nosso módulo, devemos considerar a alta credibilidade no mercado.
Para um módulo com garantia de 10 anos, garantia de 25 anos para
perda de eficiência em mais de 20%, De acordo com (Neosolar, 2016) o
módulo Canadian CSI CS6P-265P uma eficiência de 16,47% com o registro no
INMETRO com o número 000581/2016.
Este módulo tem capacidade de geração de 265W, então, para que
possa atender a carga da residência que é de 1600W, serão necessários 7
módulos fotovoltaicos com tensão de cada módulo de 30,6V.
A carga total produzida pela módulo será de 1855W. Vejamos na Figura
20 as características técnicas.
45

Figura 20 - Especificações técnicas do módulo


Fonte: (Neosolar, 2016)
Consideremos a instalação dos módulos ligados em série, estes
módulos terão uma soma total de 214,2V com uma corrente permanente de
8,66A.
Já com os valores de tensão e corrente dos módulos, podemos
dimensionar o inversor correto para este tipo de instalação.
Consultaremos a lista que é homologada pelo INMETRO para selecionar
a melhor opção de acordo com as necessidades da residência.
Com este levantamento de dados, escolhemos o Inversor FroniusGalvo
2.0-1.
Este equipamento também é registrado pelo INMETRO e tem seu
registro 004693/2015, este inversor tem garantia de 5 anos através do
fabricante.
Observando as especificações técnicas deste inversor, temos um
inversor com potência nominal de 2000W e uma potência máxima de 2140W,
este inversor trabalha com as tensões geradas pelos módulos em uma faixa
de 120Vcc até 420 Vcc. Vejamos na Figura 21 as especificações técnicas
deste inversor.
46

Figura 21 - Especificações técnicas do Inversor


Fonte: Neosolar, 2016

Logo após na Equação 3, precisamos calcular qual será o fator de


dimensionamento do Inversor, visto que o fabricante recomenda trabalhar em
uma faixa de 0,7 a 0,85 com máximo de 1,05.

= = ,

Visto o fator de dimensionamento do inversor, pegamos o valor de


potência máxima que é de 2140W, podemos ver que o valor totalizado dos 8
módulos de 265W, ainda fica abaixo do valor máximo especificado pelo
fabricante, desta forma manteremos este inversor pelo custo x benefício por ele
proporcionado.
Agora utilizando a Equação 4, verificamos a possiblidade da ligação dos
8 módulos em série. Consideremos a tensão máxima MPPT.

N° de módulo em série x VocTmin < Vimáx = 8 x 37,7 < 335


301,6<335

Agora precisamos dimensionar os condutores desta instalação, para isso


utilizaremos a corrente de curto circuito conforme Figura 20 que é 9,23ª,
conforme o string, visto que os painéis estão em série.
47

Nos baseamos pela norma NBR-5410/2004 para dimensionarmos os


cabos e proteções deste circuito. De acordo com (CRESESB, 2016)
colocaremos a queda de tensão com 1%, vejamos:

= , , = ,
Determinamos a seção do condutor através da Equação 5.

=
Equação 5
Fonte: (CRESESB, 2016)

Onde:

L: Comprimento da linha (positivo + negativo) à 2 x 25 = 50 m


I: intensidade nominal à 9,23 A
γ: condutividade do cobre (a 70 ºC¹²) à 46,82 m/Ω.mm2
ϵ: queda de tensão máxima à 2,448V

,
= = , ²
, ,

De acordo com os cálculos nosso condutor de cobre será com bitola de


4,0mm².
Agora precisamos dimensionar o DPS (Dispositivo de proteção contra
surtos) de nosso sistema no qual tem a função de proteger o circuito contra
surtos no sistema como por exemple, descargas atmosféricas limitando as
sobretensões transientes. Dimensionaremos também o fusível adequado para
o sistema afim de proteger contra possíveis curto circuitos no sistema, para
isso utilizaremos os valores máximos de corrente e tensão.
De acordo com a tabela, colocaremos uma margem de tolerância para
evitar que as proteções atuem em condições normais. De acordo com
(CRESESB, 2016), devemos utilizar um fator de segurança de 25%.
Visto as normas NBR5410/2004, utilizaremos o DPS tipo II de 175V que
possui uma corrente nominal de 20KA e uma corrente máxima de 40KA.
48

Este tipo protegerá a instalação contra possíveis sobretensões ou surtos


causados através de manobra devido à variações bruscas de tensão da própria
concessionária.
Para o fusível, escolheremos um fusível de 10A, visto que de acordo
com o manual do fabricante, o módulo possui uma corrente de curto circuito de
9,23A.
Após esta etapa, calcularemos o disjuntor de proteção para o inversor do
circuito, este deverá ser um disjuntor do tipo tripolar, visto que a resedência
possui rede trifásica. Sabemos que a corrente máxima do inversor é de 9,7A,
adotaremos a margem proposta de 25%, então teremos uma corrente de
12,125A, para tal corrente podemos utilizar umk disjuntor tripolar de 16A.
Então para resumir nosso sistema, teremos:
 Ligação em série dos 8 painéis no modelo string
 Fios de 4mm² que ligarão o módulo ao stringbox com proteção de
Fusível de 10A e DPS de 175V; In:20KA; Imáx:40KA.
 Após o circuito de corrente contínua seguindo pelo mesmo condutor até
o inversor,
 Após a saída do inversor, teremos a corrente alternada conduzida por
fios de 2,5mm² onde terá sua proteção com DPS e um disjuntor tripolar
de 16A até a chegada a stringbox, seguindo até o
 Medidor bidirecional que é responsável pela medição de consumo e
geração de energia elétrica da rede.
49

3.5 CUSTOS DA INSTALAÇÃO

Após nosso total dimensionamento, faremos os cálculos do custo desta


instalação. Conforme mostrado na Tabela 8, teremos um investimento total de
R$22.242,20 para a instalação deste sistema de captação de energia solar.

ITEM QTD PREÇO UNITÁRIO PREÇO TOTAL


Cabo c.c. 4mm² preto 20 7,81 156,20
Cabo c.c. 4mm² vermelho 20 7,81 156,20
Cabo c.c. 4mm² verde 15 7,81 117,15
Cabo c.a. 2,5mm² preto 1 49,90 49,90
Cabo c.a. 2,5mm² vermelho 1 49,90 49,90
Cabo c.a. 2,5mm² verde 1 49,90 49,90
Conector MC4 comum 2 11,90 23,80
Disjuntor tripolar 16A 1 31,35 31,35
DPS tipo II 175V; In = 15KA, Imáx = 40KA 3 70,00 210,00
Eletroduto rígido 3/4 7 13,00 91,00
Fusível cilíndrico gPV 20 23,00 460,00
Inversor Fronius Galvo 2.0-1 1 8.190,00 8.190,00
KIT de instalação suporte para 4 módulos para fixação em telhado 2 999,00 1.998,00
Mão de obra 1 3.500,00 3.500,00
Módulo Canadian CSI CS6P-256P 8 623,85 4.990,80
String box c.c., 01 string, 01 saída, 1000V 1 1.199,00 1.199,00
Stringbox c.a. 1 969,00 969,00
TOTAL 22.242,20

Tabela 8 - Investimento Total


Fonte:Próprio autor

4 ANÁLISE DO RETORNO FINANCEIRO

Para analisarmos o retorno financeiro desta instalação, faremos o estudo


de Payback4, onde se calcula o período que levará até que se obtenha o
retorno do valor investido.

4
Análise de retorno do investimento
50

Neste caso desconsideraremos a correção monetária ou casos de


financiamento calculando somente o valor líquido igualado ao valor investido.
Vamos relembrar o consumo médio de nossa instalação que é de
187,67KWh considerando a tarifa de 0,71779 conforme informado pela
concessionária Light. A residência tem um consumo anual de 2,25 MWh
obtendo um gasto de R$ 1.616,49. Os módulos instalados gerarão em torno de
2,52 MWh gerando R$1.808,83 tendo uma economia anual de R$21.705,96
rendendo por mês R$ 192,34.
Com isto teremos o retorno do valor investido em 11 anos e meio,
sabendo que o sistema fotovoltaico dura em torno de 25 anos, teremos uma
rentabilidade de 13 anos e meio gerando uma economia de 24.419,21

5 CONCLUSÃO

A geração de energia através de recursos renováveis contribui para a


diminuição da emissão de gases do efeito estufa.
Para o investimento de projeto de R$22.242,20 reais, obteve-se tempo
de retorno de investimento de 11,5 anos. Pode-se afirmar que é um tempo
razoável e mostra uma atratividade para clientes residenciais que desejam uma
alternativa à uma dependência cada vez menor de concessionárias de energia
e das cargas tributárias inseridas em suas tarifas. Um ponto decisivo a ser
observado são as condições físicas para a instalação do painel fotovoltaico,
bem como as condições das instalações elétricas locais. Se elas não estiverem
em boas condições, podem gerar problemas que trariam riscos tanto à
integridade física quanto econômicos, mostrando-se como prioridade a
qualquer tipo de intervenção no sistema. Outro ponto a ser destacado é que a
viabilidade econômica foi atrelada à não necessidade de financiamentos. Para
os usuários que necessitem dessa modalidade de investimento, devem ser
analisadas de forma criteriosa as taxas de juros empregadas. Para um maior
aproveitamento econômico, é valido um investimento em equipamentos de
eficiência energética e sistemas de aquecimento solar. Outra coisa que merece
ter sua atenção é uma manutenção periódica neste sistema, garantindo um
funcionamento eficaz do mesmo.
51

5.1 Recomendações

Recomenda-se para trabalhos futuros, uma análise mais profunda dos


retornos financeiros utilizando todos os métodos possíveis como taxas e
inflações. Para melhor entendimento do problema, fazer um estudo de campo
com sistemas já instalados fazendo comparativos e levantando o custo da
tecnologia durante o tempo.
52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1]. Portal solar, 2014. História da Energia Solar. Disponível em:


<http://www.portalsolar.com.br/blog-solar/energia-solar/historia-da-energia-
solar-como-tudo-comecou.html>. Acesso em: 29/05/2017.

[2]. Portal solar,2014 - Energia fotovoltaica. Disponível em:


<http://www.portalsolar.com.br/energia-fotovoltaica.html>.
Acesso em 29/05/2017.

[3]. EPE – Empresa de Pesquisa Energética.2007 – Plano Nacional de


energia.Disponível em
<http://www.epe.gov.br/Estudos/Paginas/Plano%20Nacional%20de%20Energia
%20%E2%80%93%20PNE/Estudos_12.aspx>
Acesso em 07/10/2017

[4]. Revista brasileira de energia, 2008 - Energia fotovoltaica no Brasil.


Disponível em <http://new.sbpe.org.br/wp-
content/themes/sbpe/img/artigos_pdf/v14n01/v14n01a1.pdf>.
Acesso em 03/10/2017

[5]. Universidade Técnica de Lisboa, 2002 - Introdução a Energia


fotovoltaica. Disponível em
<http://www.troquedeenergia.com/Produtos/LogosDocumentos/Introducao_a_E
nergia_Fotovoltaica.pdf>.
Acesso em 03/10/2017

[6]. Atlas Brasileiro de Energia Solar, 2016 - LABREN. Disponível em


<http://www.zonaeletrica.com.br/bsp/apresentacoes/plenaria1/Palestra_ABSOl
ar_28062016.pdf>
Acesso em 04/10/2017
53

[7]. Comissão Européia, 2012 - Instituto de Energia e Transporte. Disponível


em <http://re.jrc.ec.europa.eu/pvgis/cmaps/afr.htm>
Acesso em 03/10/2017

[8]. ANEEL, 2010 – Agência Nacional de Energia Elétrica - Energia Solar.


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