Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nexerc Cap1 PDF
Nexerc Cap1 PDF
Capı́tulo 1
Se x ∈ [−1, 2], então, para todo λ ∈ (0, 1) temos λ − 2 < −1 ≤ x ≤ 2 < λ + 2. Logo
x ∈ (λ − 2, λ + 2), ∀λ ∈ (0, 1).
Reciprocamente, se x ∈ / [−1, 2], então x < −1 ou x > 2. No primeiro caso, podemos
escolher λ0 ∈ (0, 1) tal que x < λ0 − 2 < −1 para conluir que x ∈ / [λ0 − 2, λ0 + 2].
No segundo caso, escolhemos λ1 ∈ (0, 1) tal que 2 < λ1 + 2 < x para concluir que
T
x∈/ [λ1 − 2, λ1 + 2]. Portanto, se x ∈/ [−1, 2] então x ∈
/ λ Aλ .
onde Λ = [0, 1[ e
Aλ = (x, y) ∈ R2 ; (x − λ)2 + y 2 ≤ λ2 /2 ,
Bλ = (x, y) ∈ R2 ; (x − λ)2 + y 2 = λ2 /2 .
1
Mostre que A = B. Faça um esboço gráfico de A.
Solução: Sejam
Aλ = (x, y) ∈ R2 ; (x − λ)2 + y 2 ≤ λ2 /2 ,
Bλ = (x, y) ∈ R2 ; (x − λ)2 + y 2 = λ2 /2 .
Como Bλ ⊂ Aλ para todo λ ∈ [0, 1), temos B ⊂ A. Por outro lado, se (x0 , y0 ) ∈ A,
então (x0 , y0 ) ∈ Aλ0 para algum λ0 ∈ [0, 1).
Se λ0 = 0, então (x0 , y0 ) = (0, 0) ∈ B. Se λ0 > 0 e (x0 − λ0 )2 + y02 = λ20 /2, então
(x0 , y0 ) ∈ B.
Suponhamos a terceira alternativa:
Se f é inversı́vel, então
f −1 = (y, x) ∈ B × A ; (x, y) ∈ f
é função.
Logo, para todo y ∈ B, existe um único x ∈ A tal que (y, x) ∈ f −1 . Isto é, ∀y ∈ B,
∃!x ∈ A tal que (x, y) ∈ f , o que significa dizer que f é bijetora.
Reciprocamente, se f é função bijetora, então para todo y ∈ B, existe um único x ∈ A
tal que (x, y) ∈ f , o que equivale a dizer que ∀y ∈ B, ∃!x ∈ A tal que (y, x) ∈ f −1 e,
portanto, f −1 é função.
2
Exercı́cio 1.5: Dados A, B e C conjuntos, {Aα } e {Bβ } duas famı́lias de conjuntos,
mostre que:
[ [ [
a) Aα ∩ Bβ = (Aα ∩ Bβ ).
α β α,β
\ \ \
b) Aα ∪ Bβ = (Aα ∪ Bβ ).
α β α,β
c) A \ B = A ∩ B c .
d) se A ⊂ B então B c ⊂ Ac .
[ c \ \ c [
c
e) Aα = Aα , e Aα = Acα .
α α α α
f) A ∩ (B \ C) = (A ∩ B) \ (A ∩ C).
g) (A ∩ B) \ C = (A \ C) ∩ (B \ C).
h) Valem as duas últimas identidades acima substituindo-se ∩ por ∪?
i) A × (B ∪ C) = (A × B) ∪ (A × C).
j) A × (B ∩ C) = (A × B) ∩ (A × C).
k) A × (B \ C) = (A × B) \ (A × C).
S S
Solução: (a) Sejam A = α Aα e B = β Bβ .
Se x ∈ A ∩ B então x ∈ A e x ∈ B. Logo existe α0 tal que x ∈ Aα0 e existe β0 tal que
x ∈ Bβ0 . Portanto, x ∈ Aα0 ∩ Bβ0 e consequentemente
[
x∈ (Aα ∩ Bβ ).
α,β
S
Reciprocamente, se x ∈ α,β (Aα ∩ Bβ ), então existe um par (α0 , β0 ) tal que
x ∈ Aα0 ∩ Bβ0 .
3
concluı́mos que \
x∈
/ (Aα ∪ Bβ ).
α,β
/ B ⇐⇒ x ∈ A ∩ B c .
(c) x ∈ A \ B ⇐⇒ x ∈ A e x ∈
(d) Se x ∈ B c então x ∈ / A, o que equivale a x ∈ Ac .
/ B. Como B ⊃ A, x ∈
/ Aα para nenhum α ⇐⇒ x ∈ Acα para todo α ⇐⇒
S
(e) x ∈/ α Aα ⇐⇒ x ∈
T c
x ∈ α Aα .
/ Aα0 para algum α0 ⇐⇒ x ∈ Acα0 ⇐⇒
T
Analogamente x ∈ / α Aα ⇐⇒ x ∈
S c
x ∈ α Aα .
(f) Pelo item (c) temos
(
A ∩ (B \ C) = A ∩ B ∩ C c
(A ∩ B) \ (A ∩ C) = (A ∩ B) ∩ (A ∩ C)c
(A ∩ B) ∩ (Ac ∪ C c ) = (A ∩ B) ∩ Ac ∪ (A ∩ B) ∩ C c .
(A ∩ B) \ C = A ∩ B ∩ C c
(A \ C) ∩ (B \ C) = (A ∩ C c ) ∩ (B ∩ C c ) = A ∩ B ∩ C c
(A ∪ B) \ C = (A ∪ B) ∩ C c = (A ∩ C c ) ∪ (B ∩ C c ) = (A \ C) ∪ (B \ C).
A ∪ (B \ C) ⊃ (A ∪ B) \ (A ∪ C).
Para verificar que a inclusão contrária não é verdadeira, considere A = {1, 2, 3}, B =
{3, 4, 5} e C = {5}. Então,
(
A ∪ (B \ C) = {1, 2, 3, 4},
(A ∪ B) \ (A ∪ C) = {4}.
4
(j) (x, y) ∈ A × (B ∩ C) ⇐⇒ x ∈ A e y ∈B∩C
⇐⇒ (x ∈ A e y ∈ B) e (x ∈ A e y ∈ C)
⇐⇒ (x, y) ∈ (A × B) ∩ (A × C).
casos. Dê condições sobre f para que sejam válidas as igualdades f f −1 (B) = B
e f −1 f (A) = A.
S
−1
S
Solução: (a) Se x ∈ f α Bα , então f (x) ∈ α Bα . Logo, f (x) ∈ Bα0 para algum
−1
S −1
α0 , o que implica x ∈ f (Bα0 ) ⊂ α f (Bα ).
Reciprocamente, se x ∈ α f −1 (Bα ), então −1
S
S x ∈ f (Bα0 ) para algum α0 , o que implica
f (x) ∈ Bα0 ⊂ α Bα . Portanto x ∈ f −1 α Bα .
S
T
(b) x ∈ f −1
T
α Bα ⇐⇒ f (x) ∈ α Bα ⇐⇒ f (x) ∈ Bα para todo α ⇐⇒
x ∈ f −1 (Bα ) para todo α ⇐⇒ x ∈ α f −1 (Bα ).
T
5
T T
(e) Se y ∈ f α A α , então existe x ∈ α Aα tal que y = f (x). Portanto, y = f (x)
com x ∈ Aα para todo α. Consequentemente y ∈ f (Aα ) para todo α, o que significa
T
que y ∈ α f (Aα )
(f) A reciproca não é verdadeira. De fato, considere, por exemplo, A = {0, 1}, B =
{0, −1} e f (x) = x2 . Então f (A) = {0, 1} = f (B). Mas
f (A ∩ B) = {0} =
6 f (A) ∩ f (B) = {0, 1}.
(g) Seja X = (0, +∞) e considere f : X → X dada pelo gráfico da Figura 1. Seja
A = [0, 1), de modo que Ac = [1, +∞). Então f (Ac ) = [0, 1) e f (A)c = ∅. Portanto,
f (Ac ) ⊃ f (A)c .
6=
y 2
0 1 2 3 4
x
Figura 1
Considere agora g: X → X dada pelo gráfico da Figura 2. Seja A = [0, 1) de modo que
Ac = [1, +∞). Então f (Ac ) = [1, b), para algum b > 0 e f (A)c = [1, +∞). Portanto,
f (Ac ) ⊂ f (A)c .
6=
1.2
0.8
0.6
0.4
0.2
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4 2.6 2.8 3
x
Figura 2
f f −1 (B) ⊂ B.
(∗)
f −1 f (A) ⊃ A.
(∗∗)
6
Se y ∈ f f −1 (B) , então existe x ∈ f −1 (B) tal que f (x) = y. Mas se x ∈ f −1 (B),
f f −1 (B) = [−1, 1] 6= B.
Para provar (**), seja x ∈ A. Então f (x) ∈ f (A). Assim, se y = f (x), então {y} ⊂ f (A)
e f −1 ({y}) ⊂ f −1 f (A) . Como x ∈ f −1 ({y}), temos a conclusão.
Para provar que a igualdade em (**) não é verdaderia, considere novamente f (x) = sen x
e A = [−π/4, π/4]. Então
Mostre que Φ não é injetiva e que se Φ(a) = Φ(b) para a 6= b, então Φ(a) ∈ Q ∩ [0, 1].
Solução: Observe que Φ(0, 0, . . .) = 0 e Φ(9, 9, . . .) = 1. É claro que Φ é sobrejetiva,
mas não é injetiva, pois
9 9 1
Φ(0, 9, 9, 9, . . .) = + + · · · = = Φ(1, 0, 0, 0, . . .).
102 103 10
n0 = min{n ∈ N ; an 6= bn }.
7
Então a1 = b1 , a2 = b2 , . . . , an0 −1 = bn0 −1 e an0 6= bn0 e temos
∞ ∞
X an X bn
n
= n
.
n=n
10 n=n
10
0 0
Podemos supor sem perda de generalidade que an0 > bn0 , de modo que
∞ ∞
X an 0 +k
X bn 0 +k
an0 + k
= bn0 +
k=1
10 k=1
10k