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HANNAH ARENDT E A BANALIDADE DO MAL Belo Horizonte Ediora UPMG 998 A NOVIDADE TOTAITARA alot em és (© CONCEITO DE: NOVIDADE CO coneuit te novia € um dos pontos mass expresvon dle ws = bea de Hannah Arend, e 2 compecenso profunds tas inplicasaes esto aos faz reconhecer pertinonca foncsio de bunalulade da mal, no quadeo da Tosofia ‘contenporne, Fibers conceta de noidade nto sp ata com especie, ito no impede que ele perpase de ponts 3 porta todo o penssinento peice da autora Lembramos {que no procedemos a uina releturs da obra de Hannah “Arendt caga do substantive em eause, pols ele nem precisa sparenet tamanhs 2 forca de as persone O conceit le rnowidade lmao, pot primeira ves, em Orgens do Teta Tn, 96 sendo daeidamentetaballado em treo asada 0 utes ia inovaco aparece come sadn de ero que, por su ldo, x angina do conceto de ago, Ago © crs io indissocinis ‘Ae coment tensto ene filaofa © politica! Hanna Arendt rflte sobre 9 eapanto e etx Plo, pars quem © inice de toda Rosas @ baumadstn, oespanto marvilhid face a tudo que € coma & -pots da que o flsof nis sre Edo espanta, pois md Ii cureo inci pars 2 ilosafia sexo © esgano (7 (Teetelo). Thaumadset, segundo Pato, € ‘urn pathos, algo que se sfeee, como tal € muta diverso da dexadsvin, dx formacio de opinito sobre alguna cosa. © spanto que o homem experiments ou que 6 ncomete ho pode see relado ei paws, por Ser gra dems. Tormourse lu axioma que, canto para Mato quanto para Avistteles, ese , pois eles vealizam, efetivamente, @-absutd, © € ‘extumente este absurdo que os torn invuinerives. Ese existe uma msituigdo que consegue realizar sso, porque os homens ormas se zecusam a acreiar no absisdo © 4 ignorar que tudo & possve, Pode-se dizer que, 20 se recat a crer na louetsa, apes desa ser waduata em ton eetvo,o ose ‘normal Sora cmplice da deméncia ttt; roicamente fornase aliado objedve da ieslogis do mentiraso, © € ‘vatamente aqui que reside a ammpliude desse pele pene Send ass, 0 motivo pelo qual os regines totalisrios podem Ireo longe a realizagao de um mundo lnverido © ficticio € {que © mundo exterior nlo-totalitio xo area nage que ‘quer foge 3 eaidade area verdad lowers A repugnant ‘do bom senso, diate f€ no monseuoso,€constntemente fonalecida pela censura da informahes © pels propaganda ‘otaliria. Para Hannah Arend. “© que contrisa 0 born senso ‘no €o principio aula de que tudo ¢ pemitdo' sé delinesdo ro cenceko ulitso de bom senso do seca XIX. O que © bom senso eas ‘pesoas norma’ we recustn cet € que tudo sea possivel Cem o surgimento da socsedade oars, dessus crimes linenios ¢ absurdos, nds nos encontramos dante do sung mento de uma espécie de mat racial Hannah Arench, com grande lito de Kant, prefere + esigagao de "rade" 2 de absolute” para evar tentacio bastante metafsea de hipos- tasar,em principio, um fendmena eseencaneateefemero © tnstivel a'aeu ver. O cegime totlitro realen 9 irealy faz uncionar eetivamente um mundo privad de sentido; por consequencia, ele € 4 impossbildade eniente. E se ert ‘mpostibldade, uma vex atualzads, di aparenca de maior solider que © mundo “normal” de fatos no manipuladon elt permanece, nlo obstane, bastinte vulnerivet ©. mal sadieal € essencialmente frig, e ess fragldade, 20 inves de contradizer a nego, decor dela Por outro lado, o poder toslitro no poderia ser exercido ‘emo contrvalr do ideal que the ¢ forncido pela ideoloia dcolgisdefinida por Hannah ares come send" lbgic de ta dela" € tendo por objeto “s historia, 3 qual a Mela € aplicada’. © resultado desstaplicagio no € um eonjunto de postulidos acerea de algo que ¢, mas 4 revelagao de wm Proceso que esti em condante mudings A ideologia tata do neadeamento dos acostecimentas, como se cles abedecessem A tmesma “le adotada na exposiio gia da sua “dei”. No ensament deoigic encontam se elementos totais, pols fete pensimento dlapde os fates sob a forma de um proceso bsolutimenteIégieo que se inka partir Je una premisnt acl xiomaicamence. Tudo mis € ded dela, operands om una coerécia que nto existe em pane alguma da eal ‘de, ssa lien pessuasiva como gus da ag impregn toa 4 estutra dos movimentes € governs totlos © preparo das vtimas © dos careascos do € atavés da eologls em i, do racismo ou do materalisino dialetieo, mas ‘ede da con Logica inert A fare wach to gle, segundo Hanrah Aten, emsana do nso pavor A eontadies Para a mobiizagao das pessoas, 0 governante totltsio conta com compulsio que asimpee pars frente; ess completo intema aliments «tena da gs, conta a qual sala e pode ‘erguer senlo a grande capaciade humana de comoyat algo nove. A tania da Iigicscomepa com a sobmissto da mente a la, como processo sem im, 0 quslo homsem se baela part aborar os seus pensimeaios. Aravésdassn submis le enuncis su iberdade neg, tl como renucia 3lvewade ‘quando se curva 3 una tia externa No context da arersio 2 contadigio de que fala Hannzh Arendt, a contribuigio de Miklos Veto" é magistel. Segundo VETO ree de Phin 950584 sn ili abe o papel da oes deli tal, pau ments polis que o reine exabelce una rade cue pemnites oanizagio ea explealo owen? dese Bunda A tics dessa cotenc eve na prover 30: tne oa, da ad ds govemanes. O dep dx coma to obceeasomente or chefes mas ele € profdumente iid pias pps mats, Desens sais tin undo onde clr no extio mis oganicsment nas {ts os homens so prvados dena seguran que es pee ‘nil desembarsare © fencontar um onivero em Ineings conn Da pa et, inepanes de sporar ‘fer siden ncomprecnte dese mundo em costae revival, xs minors de Indvduos, que costiuem 36 ‘Tani moderna, ado aspltam seo. cecpar em drsios cae paso afc que sera um nivero completamente Ccermte, Desrientadose erodes dant do creseeto Sttuco que carat a via és socedades madera, 6 sequin seu Inst de segura, pel seu desje de un Sinn ie apenas gut mans apm to fete SRene cin uintapaenca Je racionalitde no mundo © sc fism coerenci tite a fra ae sbeurdamente fac, A impose de um sistema de expla loi Iatemitio de cotencs no mundo modern € pemiion ed ue sl spre css eps een oe ers abrigaraiaginapoo Bom se0 €, Mes, © Sono. Pan Haneah Ar“) ean wet eo sumo ‘oman o sen plies por excnca,dexa de nears tous ncertads de conpreesio, € rut provivel que tSatemos alge como set substuto, pois apace de tee ogeo€ também comm a ooo ‘wo? que a exptagt wale em a parton i in nero ma tem pars que o mundo ae subnet, efevamente, sus) dedhgoe. A Wooo apla sobre o undo contagete Sot fomene uma grade de letra coerentee sem fala 5 frown er eo gucen gic so sete doce 3 Eclaoesfantsndtes € propo dos movinentes usa dita expllenro mundo Gobretudo es cldades que ces ARENDT. Ep 978 ro. che de epi p57 SOT ana ce pean, «nse dos conspdores Condos toi ds conpagio rossi ‘mares a mania da perseguicio, Hannah Arendt sfrm s pes, sd. lovcua no € bascada ne ausénia de coches ce es eign at Por conseqtiéncis desregrado, a partir de uma premissa erigide, ‘em absoluto, cana so dadkiro desi no € 4 ecolha entra Manoak Aen «donde canoe ino expcapio wale {er uoeido 4 Ierdade ferent so pensumante pee mies de forge de tpkar™ n enpiatio tetera ee gar Infalvel e aca poder nto ser mais teturda ples ioe tha congel toda espontneiiaerncopvel dee at ‘marcha liquid, sem pede, os ndvios recess © que tora a coertacia ges um ford ict um fir de violencia nto 4 wansparnci sem fh do encidenmento Se sone ae nets, nas sbreid, vansonma ts Capers {una connie esate Ene obara gue oe ‘amo pode ser deseo como una obsessto de ovine Defatso reine vive enti exo de enitcn pam, Pesoiodo uma march constate past fener sa we ARNOT. Oe tra9522 SUCHEN ep pai na rnp o ‘cessagta signifcaria 0 entopecimento, 3 exlerose do terror ‘wansformado em simples governo absolut, Toda tentaiva de establlaagio deve ser sufocada 2a oxigen, 0 exemplo dist € a revolugio permanente do stlinsmo que tomoe mente a forma de depuracio ede ansteréacia de popu Tage; no caso da naatimo, toma a forma de abertura& un selego racial sem trégua. A mobildade ests, poss, order do da; na deserigio de Hannah Arends, ela cocesponde & lama verigem greta, to movimento que enranha 3 evolupto tia hstria naturalizads edn natureza histoicizada: & 3 histria engoida no flexo ds vida e absorvida em processo lava! Ehmann fala, a propésito ds organizagzo burocsica nazica, que °C.) tudo estava em vm estado de uuacio eaten, ato camtos*© mae CS aka Ki od oe ‘ros de um no paciic, ems, sobretado, de uma torrente {que inunda ¢ destri. Uma “Texibildade” exraoedintla ‘araceria 0g eegimes totlitiios, o que no tem aada @ ver com prudéncta, com 0 fato de se submeter 205 deseos ‘a0 nteresses dos outtos o4 com uma automate ql: ‘quer Essa flenbilidade 6 uma "uides" dabélica que ten- Se, precisamente, a contormar todo lite, 2 evtar tod ‘contrangimenia que emana do exterior ou de as prpias proftadezas. 1p Estado toilitiio, 0 movimento se encanta edaido ‘em grincipio abeoluto,enquanto movimento, sem aenhuma Aaniealag29 esirutural. He se liberts de toda lel © de toda rege postiva, vsw que preende represetar una legliide supetor a todo preceta parcular, isto em virtue de sua Idensdade ao movinento que veievla, de uma maneira inf Tvelmenteefier, o seri da humanidade, Pedendo, ent, sus condigto normativae conciindo, ai em dante com © movimento onde antes estivs dsignnda a sero citério © regra Tei passa por esas waneposiges, Hla no te & {ondao formal Go universal, nem 2 postvidide cone do paniculas, mas ela €, a0 mesmo tempo, indefinda ins: tantinea, absratae flulda. Dagul em dante € @ humanieade con tl que encamna ale. “ARENDT cad or VETO. Art de eps 93 Quaio a ideoiogia oar, esas aha oe de dead qualquer cost de objative, pes mao ets subntda a nemhu, fato, mesmo ao fato Riccio, a ment, que se encom on ‘seu comeso. Ela ¢livee em relagzo a seu priprio coneo até mesmo com relaplo a tade conteddo, Por exempt Iazisas jamais leva a séio Seu proprio programs, pols cles sabiam, com perinénca, que um movininto nao deve estar ligado 1 qualquer coisa de imGvel, uma sétie de Drecetose prneipios. O que impor € movimento em ‘mesmo no seat fsio € bieldgico do temo, © nego de ‘movimento acaba por leva apaico de wm progam A lel dos movimentos cotaltirioe &fundada em erkésios cemerioese uvantes definidos pels direc do movimento, 0 sucesso do movimento teal, us sliciisassusacor, depende, em grande parte, da supreme iberdade de seo chefe, que nio & obrgada espe nenhuia tegra fa, fem meson sus pririas decsdes e devlaracces anteriores, A eiiordindris auséncia de lei e de forma, sue caracterien 8s sociedades toilitras, nfo € um acklemc, mas. guna coisa de inerente A dindmiea mesma do toaltarsmo € serve ra destulgdo desa segucanga que permite ao indus ‘¢ mover, se deslocare fazer projtos: en una palavra, de ‘str a abigo que ¢ sua personalidad uiica Ox homens se Fessentem duramente& promulgasio de leis cues ijusan, tas, na medila em que estas fis definem seus contomon, scabam por se acomodar a ela, Mas o que no ¢ possvel de set tuleado por eles © 3 ausencin de da le assato Permanente contra iemidade jurtlen do individuo © controle absoluo do cidadio ¢ uma politica conseieme & ‘estencial do governo totale, A personaldade uridcse moral é 4 esrutra do individ, Insubsttutvele tines, de onde emanain decsces julgamentos © aoes, enfin, de onde surge todas naviade no mundo. A liminagao da personaldade visa ecarasfonies capone cidade, fim de permitic 20 regime regulamentar, sempre ‘mais eficazmente 0 componente dos cision. a destuleio dos dietos do homem, 4 morte de sua peso juries, € 2 condisao primordial para que ee se inteamente dominado, a inliade do sistema ubittio€ desir on det elvis e todas popelugto, qe seve, final, to orn da lek em S00 tSprio pts como os sptidase relugiades Todemes dze que 4 propaganda € 2 ow face do enor Ma it #5 vesdadeo hos estgos nisl, poty {quando reine outro deem o pacer sbsolun, ee sob thal propaganda pela douinalo evita wo € wae im cao bjeve dear wpovo (quand sins exe ‘pcg ma pars dat realade ese douinas eco lon 2 suas ments villas. Quando otra ange 4 Petkigo, como nor campos de concerto, a propaginds {aparece ineiament. A propaga € um astute tomato, posiveimente 0a inporant, pn efit © mundo ntowotlaria © o su ceva mo ¢s pastasto, nasa ongninagio Cngensngzo al deficida come oe snus de fore sem 2 posse doe os de violence). © ‘A cfciia deste po de propagands evident das pritcipsis carcternticas das assis moderou. Flas 80 Scream em nada vsvel, ent na reside das propa xpelénc nto confi co seus oles € our, as Sspevas em sua imaginagso que pode ser seduida por Gfuaquercoea to mesmo tempo universe congrente et SO que convence ae mae na oo fats, mesmo qe Sejan Taos taventador, mat apenas 2 coerécla oat © Sistema do qual esses ats fem pate © que ss masse fecusam compreender a fonuilae de que areata € {eka redopoense 3 todas 38 1eologss, porque xs ‘Slt oy tr como spe cxngls dee pan Hinge © que; suposamente, cad aa one de foe sso 2 ponuganda touts prosper neste cla de Heo chitinand to 0 que forts em demented cocrencia 4 popagands tala cia um mundo fico caps de “ona com o mondo re, cje pineal desman € ricrter gio, conrent © orgie, (sol etl para comeco do ere tt se acon? 0 Uolumen. Podemes die quo clameno pesca li ua caraceristen€ a poten, na mci eae 2 fore surge quando os homens taba em conju, ° homens isados so mpoencs por definao, Nos govenos Uics os coats polices ene ce one so Brno, ‘marr todor or eataos ete ees so neompidor ene ‘ola scapackades humans so esas. Toa «eters a side prvadspomanece xa, nore gps fru es vida pra elimina, ¢ tatoos Galaga fcalira destot a apace hana de en © pear So spuramente como desl capaci de ag dots teat € novo como farms de govemo nme ‘ho cone com exelent est ment ie Prva. Basins na slo, na experienc demo oe Po. tener ao mundo, que a ar masa e deeper tsperencas que chomem poe © designee» upefidide que atmentat a ssi modetas desde ocomego de Reel Indust tcmarinaectucis com 0 aipinento do npetlma he fim do teulo pasado como clap das insttalec polices etadigoes soci do nose tera Nu verdad Imases srg des fagmestos sociedad stoma, Esta compeitivae concomitant slcto Jo inidee ram contol, apenas, qurndose penta toma clase ‘principal carats So omen de mass nfo 4 bs ldede nem a deen, tie oclanentoe sufi de teacdes soi noma" Os movimento tales sto ‘ganizacdes mais de invituce monies « lads, ‘singuemse dos ete pads e mornercs pls ce de eeiode tal rem concord erie deca ‘membre inal No poe eon ess leds 2 rae ‘le is fama compu wands qe, Serovea 4 os leas sis et, denna Ge crac fem sO adquen oe denon ha ome ma usa Darina de um movin, patencem to pra ‘ote aes stream ter no mundo um ae co shecidoe gaan pelos cru sr serua gts so derencer 20 mundo de forma guna O desrigaents ode Ser congo penn an serial cone Iolameno€ «condo prelininar ds sldie. A sald, “Vinod soci do Enea, ue en iad or cases ‘shai do inet poset mays st "ore dnseiar en arc, enc ps scans ‘Species vile, gue oe ber anv Poros prmeae ‘evasion Sabet se ARENDT. Og ae aaron 367 ‘irs Hannah Arendh,é,em wou exscla (sem stemtar para as Sas ecentes casas hisceas eo set novo ppl pia), 20 mesmo tempo, conirira 3s necesidades bisicas da ‘ondigao humana € uma dis condigbes fondamentis deta vida humana. A solidio passou 2 ser, em nosso século, a cexperignca dria das massas enda vez mlows, 0 que nos Aameica nas condigbes em que vvemoe hoje no tereno da poliia. Tal come 0 medo ea inpotenca que vem do medo to princpios antipaiicos levam os homens a uma ago ‘contin a uma ago plies, ambbém a solidto 3 dedugso ‘mecinica da Lpea idole representam uma sitago sn Social e contém um principio qve pode dest tod forma devas humana em comur. Cque as ideologiasttaleis vise ni € a tansormago do mundo exterior ou a wansmutagio revolucionscia dt sociale, mas atransfommaeto da pra naturezs humana ra Arend, toaltariamo &, no fondo, © mind invetio fenguanto proclama 4 destuigo de toda aga0, enquanto € Iinauguragdo, Menopolizacio do poder, islamento de um Indio totalmente absrezdo e privada de aslo, amnésa, lndesinidade, desvuigao de tods fcuk de juigameno, Ueliro lglco, vontade de tansformar 2 natueza hnana tis a exracterisicas da Inversto dos valores efewadas pelo Universo tol onde tudo & pose e nada € verdadero, ‘te partir de um movimento que abala age sm sun tigen € tein os omens superar que énecesiiorepeasat © paltco precsamerte como um anidoto 4 una dominacio fue, tompendo ar referénctstradicionals (esquerda-dicts, capilisme-soctalsmo) imp um nove extéie iberdade ‘Aquestio do touitarismo € 0 pano de fundo do pen- samento poliieo de Hannah Arend. De unis cents aner, © tole bo tne ecco em Gg are 928529 ng ‘eis eae de pay que eer nascent Prone polis ons ss su spre cam pes & wn ura oe ‘nah en revolve ted pi, ss ins “kaye dso arsocees perinese dc fost peste pox Dad aan © aaa fs ice ds poles at ‘si nab surname SN a a) toaltarisne marcs tudo dé eleva a0 politico arendiano: ‘obturagio radical de uma dominaga0 total, ela opde um {esquema normativo sem governuntes nem governados onde & feconhecido a cada um 0 direto de agi, juan, decir em comm; ao xo teudiano que deena e asa, lt respond or wma reflexto cenrada na esubiidade da lei que rege o oiler, © na autoridade como memria prépria «fra 0 pole "ico na permanéneia de um mundo diferencado, Quenclo-o toultacismo se remete aura lice lflexivel, sempre inci nada a resolver os aconiecinentes deniro de uma ordem superior, ela confi no vsivel, na opino e ne julgamento ‘que somente permtem enfenta o desabamento da tadigao, Segundo Chitele:” no amplo quidio de pesquisa sobre 0 ‘oaltsrsmo, Hannah Arendt ulrapasa 0 espa eco do Niberatismo, do qual ela paritha a piscpas perspectives sto Porque, 20 por o acento nessa *banalidade do tal que ameaca ‘0 século XX, et opera uma anise ssemitca da masiicago, ‘Ao dizer que o sito ideal do eingtoalidro no € nem 0 rigs eonvcto nem 0 comnista conviz, mas sim 9 bore ‘desolate, esse homem modemo cuja condi vem sendo Dreparuda desde a Revoligh Indust, Hannah Arco mostra ‘ue, ness condicio de homem de mass, 0 indvidwo pecen se satus politico, fi desindexado da hist rele desituido ‘omno syeto politic. A despalitasio otransfonou em stoma angnimo ene os stomos snénimos da ssa pare tansior- ‘mde am um Shomer gualuer, sm eapacdan la, ‘conscifncia moral, sem vontade, sm jlgamento e,sscin, ‘apaz de sofier¢ de fazer banalmente0 ma E sobre essa condieie da homem de massa, sinda na estira do totalitrismo, que Hannah Arend persist na soa fellexdo sobre 0 mal toto. O mal de que els trata ‘Eichmann em Jerusalem nio ten belo particular, Seu pr tiantes so os pals de laa que Péguy designs Como os sventuteires do século XK" Ora, fo ve encontn aventura guma no funcionamento da marinara do terror totale, 8 precisamente, a ausincia de ado que & avenurclro, a8 ‘meso da tentag2o, o que 1-na particulamenteligubre ese © GHATHLET, PSIELKOUCINER. A ome plteat do sul 1 - ust co pesomenn pola 95 ‘TARENDT cad pr VETO archi de Php pe, ‘munlo. Poucos homens foram responsivels porns motes ‘qua Adolf Eichmann, as, pela repetico de ches abstraos, de lugares comuns os mals banas, 0 expe: dos tansporces fda Terceira Reich testemonha sobeetuda 3 “assustadors, 2 lndiivel, # impensivel bunalidade do mal" O mal, essa lipde que ensina histéia dos teores nazis e stalnisias, rio € 0 fro de una espontaneididetransbordunte ov de tins buses spuxonads,chela de rpturas e wanabordamentos ‘randticoe, mas aparece, robretudo, sab os tagas de uma ‘astadora normalidade. A verdade desconcertante € que to # ecessila 2 existéncla de uma maldade particule para ‘que se poss cusar um grande mal. Os eimestoalios 0 foram cometidos pelos perversos, mas pelos lnalvdves pr ‘rades de todo mative pariculare que s80, precisumente por ces raxdo, capazes de um mal Infiito. Nos palavas de Hansah Aronet No eon ag ineresadoe me male, om 2 gt & e- ho e 3 berate has como wal oom © [iste c nomsifen sun pir ee, ter com ese tdovmuno que mo & pees, em fet ‘Patvor epoca © aaent pot fo @ epee de um mal ‘ints sci to vib, epee mara aque Hansa Arendt tenta sponta, no seu relato sobre a bbanaldade do mal, € que 0 mal no €futo do exercico, mas obretide do naoexerico daiberdace. O mal, numa esala fignnteses politica e socal, tem, mals fequentemerse, sua ‘igen na esto ness concepeao arenatina Go mal que Dretendemos apolar nossa reflexio sobre a banalidade do ‘nal, no préxime expt. “© EABBANCKES Pemmme e consis mers pe

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