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CONCEITO

 A dislalia é um distúrbio articulatório da fala que caracteriza-se pela dificuldade


em articular palavras e consiste, basicamente, na pronúncia prejudicada das
palavras.
 Imprecisão articulatória que afeta os padrões de produção de sons da língua
 O Distúrbio articulatório ou dislalia é caracterizado pelas trocas de sons na fala
ou por alterações, dificuldades e/ou modificações na produção desses
fonemas
 CID 10 - F80.0 Transtorno específico da articulação da fala
Manifesta-se na pronúncia de palavras de formas diferentes através da:

 Omissão,
 Substituição,
 Acréscimo
 Deformação dos fonemas, como por exemplo: /Aela aanha/ (Aquela aranha),
/Atelântico/ (Atlântico), /Tota-Tola/ (Coca-cola)

 Dá-se também as substituições de som como /p/ por /b/; /f/ por /v/ ou /s/; /t/ por
/d/; /j/ por /z/; /x/ por /s/, pois ocorre alteração de padrões articulatórios que
conduzem a realizações sonoras do sistema linguístico
 Esse distúrbio é comumente visto em meninos, ocorrendo entre os 3 e os 5 anos,
com alteração na articulação de fonemas.

 Formas de Intervenção

 Correção. Evite os diminutivos e não o corrija continuamente; quando errar


explique a maneira correta de emitir os sons. Evite a linguagem infantil,
comunique-se com uma linguagem adequada à sua idade. É importante que lhe
transmita sempre tranquilidade e segurança a todo momento.
 Jogos. Existem vários jogos que podem contribuir com o tratamento da dislalia.
Os jogos de sopro e de mobilidade da língua e lábios contribuem para esse
propósito. Por exemplo, imitar sons de animais, fazer bolha de sabão, atirar beijos
no ar, entre outras. Ensine-lhe também exercícios de respiração.
 Aprendizagem. Como complemento ao tratamento e como forma de tornar mais
dinâmica a aprendizagem da criança, use outros recursos como música, rimas,
leitura de contos, fazer adivinhações, entre outros. Deste modo, facilitará o
envolvimento da criança no tratamento.
 É fundamental que a intervenção passe pelo ensino do correto ponto de articulação
dos fonemas e a diferença entre os sons, através de:
Estimulação da capacidade infantil para produzir sons. Reproduzindo
movimentos e posturas, experimentando com as vogais e consoantes, comparando
e diferenciando sons.

Coordenação dos movimentos necessários para a pronunciamento de sons, como


exercícios labiais e linguais. A ideia é ensinar à criança as posições corretas para
cada som.
Realização de exercícios nos quais a criança deve produzir o som dentro das
sílabas até automatizar o padrão muscular necessário para articular.

Preparação da criança para começar com palavras completas através de


brincadeiras.

Levar o que foi aprendido para fora das sessões. Ou seja, aplicar as novas
habilidades na linguagem espontânea, não apenas em consultas terapêuticas.

Formas de Intervenção

 O tratamento de dislalia irá depender da origem do transtorno. Assim, ele pode


ser abordado a partir de uma intervenção direta (dirigida para a articulação do
fonema e sua automação na linguagem) ou indireta (focada no desenvolvimento
dos órgãos da fonação);
 A intervenção dos psicólogos, fonoaudiólogos e psicopedagogos é também
imprescindível no sentido de corrigir a fala através de exercícios específicos e
terapias, que ajudam a trabalhar a auto-estima e a melhorar a integração destas
crianças na sociedade (Almeida, 2013).
 Se a dislalia não for tratada adequadamente, esse defeito irá persistir ao longo do
tempo e os órgãos responsáveis pela fala irão perder plasticidade e agilidade, o
que dificultaria mais a correção.

Para que o quadro de dislalia possa melhorar, é necessário que haja um


tratamento adequado e com profissionais capacitados para tal. Assim, trouxemos
6 passos interessantes para auxiliar no tratamento da dislalia:
 Consulte o médico especialista. É importante consultar um médico para um
adequado diagnóstico, já que a dislalia pode ser um sintoma associado a outro tipo
de transtorno.

 Estímulo. É importante que a família possa estimular a criança para que possa
corrigir a dislalia. Ao falar com ela, faça-o com clareza, articulando
adequadamente e evite falar rápido. Fale com ela olho no olho, ensinando-lhe com
paciência e tranquilidade a diferença entre os diferentes sons.

Como Identificar
 A dislalia é identificada no período escolar, sendo observada em

discentes ativos como distúrbios articulatórios e, na falta dessa observação

e de tratamento, a criança permanece com dificuldade até a sua fase adulta;

 Verificar a não articulação na linguagem da criança, as distorções das palavras,

significa um alerta para a busca de tratamento eficaz, que auxilia ao trabalho


da aprendizagem da leitura e escrita, que resulta a materialização do

conhecimento da linguagem (SOUZA, & FONTANARI, 2015);

 Dispersão; fraco desenvolvimento da atenção; atraso no desenvolvimento da fala


e da linguagem; dificuldade em aprender rimas e canções; fraco desenvolvimento
da coordenação motora; dificuldade com quebra cabeça; falta de interesse por
livros impressos.

 A gravidade do distúrbio articulatório varia de pouco ou nenhum efeito sobre a


inteligibilidade da fala até uma fala completamente ininteligível.

 Os estudos apresentados até o momento evidenciam que a dislalia, apesar


de ser considerada como um distúrbio na linguagem, pode ocasionar episódios de
bullying, principalmente provocados por outras crianças, levando à timidez
e introspecção nas produções orais desses alunos.

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