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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

ADILSON FREITAS DOS SANTOS


ARTHUR FÉLIX DE SANTANA LIMA
YURI NOGUEIRA CARNEIRO

RELATÓRIO DE ELETRICIDADE

Cruz das Almas


2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
BACHARELADO EM CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

Experimento 1 - Fonte de tensão e chaves

Trabalho solicitado pelo docente Ítala


Liz da disciplina de Eletricidade - Pratica
da turma T02 do curso de BCET como
forma avaliativa.

Cruz das Almas


2018
Introdução

Atualmente, utilizamos vários aparelhos onde são empregados circuitos


com resistores. Muitas vezes, o sistema é montado de forma que, um único
resistor é percorrido por uma corrente elétrica maior que a suportada, assim é
utilizado uma associação de resistores. Em outras aplicações, vários resistores
são ligados um em seguida do outro para obter o circuito desejado, como é o
caso das lâmpadas decorativas de natal. Como normalmente os resistores são
os componentes mais encontrados na maioria dos circuitos eletrônicos, as
associações de resistores são também muito comuns. Assim sendo, é
importante que se conheçam os tipos e características elétricas dessas
associações, o que se pode classificar como condição indispensável para que
se alcance o sucesso no desenvolvimento de qualquer atividade ligada à
eletrônica. Os resistores podem ser associados basicamente de três maneiras
diferentes: Associação em série, associação em paralelo e associação mista.
Esses três tipos de associações serão abordados a seguir.
Fundamentação Teórica

Fonte de tensão - qualquer dispositivo ou sistema que gere uma força


eletromotiva entre seus terminais ou derive uma tensão secundária de uma fonte
primária de força eletromotriz, está presente em todos os dispositivos
eletroeletrônicos que necessitam de energia elétrica. A fonte de tensão pode ser
relacionada em dois grupos: a fonte de tensão alternada e a fonte de tensão
contínua.
As fontes de tensão alternadas são aquelas que geram tensão por meio
de indutores, como um transformador, por exemplo. Já as forças de tensão
contínua são as que utilizam processos químicos, como as baterias e pilhas.

Associação em série: Uma associação de resistores é denominada de


associação série, quando os resistores que a compõem estão interligados de
forma que exista apenas um caminho para a circulação da corrente elétrica entre
seus terminais

. Figura 01. Resistores em serie

Associação em paralelo: A associação de resistores em paralelo é um


conjunto de resistores ligados de maneira a todos receberem a mesma
diferença de potencial (ddp). Nesta associação existem dois ou mais caminhos
para a corrente elétrica, e desta maneira, os resistores não são percorridos pela
corrente elétrica total do circuito.

Figura 02. Resistores em paralelo


Associação mista: Uma associação mista é composta quando associamos
resistores em série e em paralelo no mesmo circuito.

Figura 03.

Materiais Utilizados

1. KIT didático De Lorenzo DL 3155AL2;


2. Placa de circuitos De Lorenzo DL 3155E01 - “BATTERIES” (figura 04)
3. Multímetro (figura 05)
4. Jumpers (figura 06)
5. Placa de circuitos De Lorenzo DL 3155E01 – “SWITCHES” (figura 07)

Figura 04
Figura 05 Figura 06

Figura 07
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Parte 01:

1.1. O equipamento foi devidamente ligado a tomada e o voltímetro ajustado


na posição DC.
1.2. Após isso, multímetro foi posicionado na posição 1 e 3 de acordo a figura
(figura 08) e o botão S1 foi pressionado.
1.3. Então o multímetro foi posicionado na posição 4 e 5 e a tensão variável
+V foi ajustada até obter 0 Volt entre os pontos onde se inseriu.
1.4. O multímetro foi retirado e colocou-se um jumper entre os pontos 4 e 5 e
o botão S2 foi pressionado.

Figura 08

1.5. O multímetro foi posicionado nos pontos 13 e 14, com um jumper nos
pontos 11 e 12 e a tensão +V foi ajustada para 5 V.
1.6. A tensão variável +V foi incrementada até 10V e em seguida, foi reduzida
até 0V.
1.7. O jumper foi removido e o multímetro foi conectado na posição 11 e 12 e
a tensão +V foi variada gradativamente.
Figura 09

Parte 02: Chaves/Switches

Figura 10

1 Nessa etapa observamos a presença das quatro chaves, e identificamos


o tipo de cada uma.
2 Então ajustamos o multímetro no modo ohmímetro e colocamos as
pontas de prova positiva e negativa em c e z respectivamente.
3 Sem pressionar S1 medimos a resistência no mesmo.
4 Observamos então o que acontece quando pressionamos o botão S1.
5 Movemos a ponto de prova que estava em C para o ponto E, e
observamos se a nova conexão EZ está aberta ou fechada.
6 Ainda com o contato EZ pressionamos o botão S2 e observamos o que
aconteceu.
7 Mudamos o terminal de E para G ou K, e observamos como se
comportou quando o botão S3 estava na posição A e na posição B.
8 Trocamos o terminal preto (negativo) que estava em Z posicionando-o
em Q, e colocamos o outro terminal em N ou P, e aí observamos o que
acontecia quando o botão S4 estava em A ou B.
9 A mudança seguinte foi transferir o terminal preto para S e o vermelho
para R ou T, e observamos e explicamos o que acontece com S4 nas
posições A e B.
10 Nessa etapa desligamos o multímetro e conectamos C e D através de
um jumper, e analisamos o comportamento.
11 Também conectamos um jumper entre E e F, pressionamos o botão S2
e notamos as mudanças.
12 O próximo passo foi desconectar os jumpers das duas conexões.
13 Conectamos novamente os jumpers, dessa vez G ligado a H, e K ligado
a L.
14 Nesse momento analisamos o que aconteceu quando mudávamos S3
da posição A para B.
15 Removemos novamente os jumpers
16 Por último montamos uma nova configuração com um jumper entre M e
N, e outro do ponto O para o ponto P, e anotamos o que aconteceu.
17 Desligamos todos os equipamentos.
RESULTADOS
Parte 01:

Na primeira parte do experimento, após conectarmos o kit com a placa,


ligarmos o equipamento, ajustar o multímetro e posicioná-lo de acordo o item
1.2, fizemos a medição da tensão total V𝑇 =10,76V. Quando pressionamos o
botão S1 notamos o acender do led vermelho, mostrando que o botão fechou o
circuito e manteve a passagem de corrente.
Em seguida o multimetro foi transferida para as posições 4 e 5 de acordo
com a figura abaixo, e ajustamos a tensão variável +V até obter 0V entre os
pontos,

Figura 11

Substituindo os terminais em 4 e 5 por um jumper e pressionando S2


ainda, observamos o brilho do led, sendo importante salientar que o mesmo
diminuiu um pouco o brilho quando os pontos foram conectados. Essa
diminuição do brilho se dá por causa da nova configuração em paralelo do
circuito, pois inicialmente tínhamos uma configuração em série, onde as
polaridades das pilhas e circuito estavam no mesmo sentido, fazendo com que
a tensão fosse aumentada e consequentemente a corrente mais intensa.

Posteriormente, (usando a configuração da figura 09), com os terminais


plugados em 13 e 14 ajustamos a tensão variável para 5V e colocamos um
jumper em 11 e 12. Com essa composição os leds verde e amarelo continuaram
apagados, pois a tensão total é 0V, já que a variável se iguala a tensão da fonte
com polaridades invertidas.
Figura 09

Aumentando gradualmente a tensão variável +V até 10V notamos o


acender do led amarelo na faixa de7,3V a 7,4V e foi aumentando a intensidade
até os 10V. Ou seja a fonte de 10V determina uma corrente que acende o led
amarelo, já quando fizemos o contrário, e voltamos para 5V, a condição inicial
onde os dois estavam apagados foi mantida. Continuando diminuindo a tensão
a fim de obter 0V, obtivemos um valo aproximado de 3,1V, que é a tensão
associada à fonte. Nesse intervalo o led verde acendeu entre 3,5 e 3,6V,
mostrando que nessa situação a fonte de 5V determina a tensão para o circuito
e um novo sentido para a corrente que vai acender o led.

Parte 02:

Na segunda parte do experimento, com o kit já montado da Parte 1,


identificamos os tipos de chaves, de acordo com a figura 10. A chave S1 era tipo
Push-button – NA, A chave 2 era tipo, a chave S3 era tipo Toggle/Interruptor e a
chave S4 era tipo Slide. Depos, ajustamos o multímetro no modo Ohmímetro
colocamos as pontas de prova no ponto CZ e encontramos a resistência de S1
igual a 0,4 Ω, sem pressiona-lo.
Logo após, pressionando o botão S1, não conseguimos mais medir, pois
a resistência vai para o infinito, devido ao circuito estar aberto.
Em seguida, substituímos o terminal do multímetro do ponto C para o
ponto E, formando o contato EZ. Percebemos que o contato estava aberto, pois
a resistência foi para o infinito e a corrente se aproximou de 0A. Depois,
pressionando o botão S2 percebeu-se que o circuito foi fechado, pois a
resistência foi para 0Ω.
O próximo passo foi substituir o terminal do multímetro de E para G para
observar o que acontecia quando o botão S3 estava na posição A ou na posição
B. Na posição A, o contato estava normalmente fechado, pois a resistência foi
nula. Já na posição B, o contato estava normalmente aberto, pois a resistência
foi para o infinito. Depois, com o terminal preto do multímetro no ponto Q e o
outro no ponto N, quando a chave S4 estava na posição A, o circuito fechou, pois
a resistência era 0Ω. Já quando estava na posição B, o circuito estava aberto,
pois a resistência tendia ao infinito.
Com o terminal preto em S e o outro em T, percebeu-se que para o contato
ST, quando a chave estava em A, o circuito abria, pois a resistência tendia ao
infinito, e quando a chave estava em B, o circuito fechava, pois a resistência era
0Ω. Já para o contato SR, o que aconteceu foi justamente o contrário. Em A, o
circuito fechou com resistência 0Ω, e em B, o circuito abriu com a resistência
tendendo ao infinito.
Depois, com o multímetro desconectado e com um jumper nos pontos C
e D, observou-se que o LED vermelho acendeu. Isso devido ao circuito estar
fechado. Já com o jumper em E e F e ao pressionar o botão S2, observou-se
que circuito se fecha fazendo com que o LED verde acenda.
Em seguida, agora com jumpers somente em G com H e em K com L, foi
observado que quando a chave S3 ficou na posição A, o LED vermelho acendeu,
pois a chave fecha em A, permitindo a passagem da corrente para o LED. Já
quando a chave estava em B, o LED verde que acendeu, pois permitiu a
passagem da corrente para o LED.
Por fim, os jumpers foram conectados M com N e O com P e o LED verde
acendeu, pelo fato de o circuito estar fechado.
CONCLUSÃO

Através deste experimento, conseguimos identificar como o sentido da


corrente influencia no circuito. Aprendemos também como identificar os
diferentes tipos de chaves e o funcionamento de cada uma delas em um circuito
aberto ou fechado. Além disso, percebemos que, em determinados pontos do
circuito, era possível alterar a diferença de potencial se combinássemos
diferentes valores de tensão da fonte.
Com tudo isso e notando que os resultados obtidos foram bem próximos
do que era esperado, o experimento exemplificou muito bem o conhecimento
visto na parte teórica da disciplina.
REFERÊNCIAS

HALLIDAY, D. ; RESNICK, R.; WALTER, J.. Fundamentos da Física. 8ª Edição.


Rio de Janeiro: Editora AS, 2008. Volume 3.

Charles Alexander, Matthew N. O. Sadiku. Fundamentos de Circuitos Elétricos.


5. Mc Graw Hill. 2013

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