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TOPOLOGIA DO SISTEMA PARA O ESQUEMA DE SEGMENTAÇÃO POR ELEMENTOS FINITOS DO PROBLEMA DA PÁGINA 55
Uma vez que a topologia é fixada, a equação do elemento pode ser escrita para cada elemento
usando coordenadas globais. Pode-se então adicioná-las uma a uma para montar o sistema global. O
processo é ilustrado abaixo:
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CONDIÇÕES DE CONTORNO
Note que quando as equações são montadas as condições de contorno se cancelam. Dessa maneira, o
resultado final de [F] nas equações acima tem condições de contorno presentes apenas no primeiro e no
último nó. Como T1 e T5 são dados, essas condições naturais nas extremidades das barras, dT(x1)/dx e
dT(x5)/dx, são incógnitas do problema. Portanto as equações podem ser reescritas como:
SOLUÇÃO
A solução para a equação acima é a seguinte:
dT
(x1 ) = 66 T2 = 173.75 T3 = 245 T4 = 253.75
dT
(x5 ) = −34
dx dx
PÓS PROCESSAMENTO
Os resultados podem ser exibidos graficamente. A figura abaixo mostra a comparação dos resultados da
solução do problema pelo MEF e da solução exata. Note que o MEF acompanha a tendência geral da
solução exata e, nesse caso fornece uma solução exata nos nós. Entretanto há uma discrepância no
interior de cada elemento devido à natureza linear das funções de forma.
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PROBLEMAS BIDIMENSIONAIS
Embora o desenvolvimento matemático aumente consideravelmente, a extensão dos conceitos do MEF
de uma para duas dimensões é imediata. Deve-se seguir os mesmos passos apresentados até agora.
DISCRETIZAÇÃO
Em duas dimensões utilizam-se basicamente dois tipos de elementos simples: triângulos e quadriláteros.
Nossa análise será limitada a elementos triangulares do tipo apresentados na figura abaixo.
y
2
MATRIZ DO ELEMENTO
Analogamente ao caso unidimensional, o próximo passo é desenvolver as equações para aproximar a
solução dentro do elemento. Para um elemento triangular, a solução mais simples é uma função
polinomial de 1a ordem:
u1 = a0 + a1,1 x1 + a1,2 y1
u2 = a0 + a1,1 x2 + a1,2 y2 (33)
u3 = a0 + a1,1 x3 + a1,2 y3,
ou em forma matricial:
1 x1 y1 a 0 u1
1 x
2 y 2 a1,1 = u 2 ,
1 x3 y 3 a1, 2 u 3
cuja solução é
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a0 =
1
[u1 (x2 y3 − x3 y 2 ) + u 2 (x3 y1 − x1 y3 ) + u3 (x1 y 2 − x2 y1 )]
2 Ae
a1,1 =
1
[u1 (y 2 − y3 ) + u 2 (y3 − y1 ) + u3 (y1 − y 2 )] (34)
2 Ae
a1, 2 =
1
[u1 (x3 − x2 ) + u 2 (x1 − x3 ) + u3 (x 2 − x1 )]
2 Ae
Ae =
1
[(x2 y3 − x3 y2 ) + (x3 y1 − x1 y3 )+ (x1 y2 − x2 y1 )] (35)
2
As equações (34) podem ser substituídas em (32). Após agrupamento de termos, chega-se a:
N1 =
1
[(x2 y3 − x3 y2 ) + (y2 − y3 )x + (x3 − x2 )y ]
2 Ae
N2 =
1
[(x3 y1 − x1 y3 ) + (y3 − y1 )x + (x1 − x3 )y ]
2 Ae
N3 =
1
[(x1 y2 − x2 y1 ) + (y1 − y2 )x + (x2 − x1 )y ]
2 Ae
Como no caso unidimensional, a equação (36) fornece uma maneira de se estimar valores de u
internos ao elemento com base nos valores nodais. A figura abaixo mostra as funções de forma e as
funções de interpolação. Note que a soma das funções de interpolação é sempre igual a 1.
∇ 2 T + f ( x, y ) = 0
~
Solução aproximada: T
∫∫Ae
N i R dA = 0 , i =1, 2, ..., m, sendo m, o número total de nós.
Então
∫∫Ae
( ~
)
N i ∇ 2T + f ( x, y ) dA = 0 , i =1, 2, m
∫∫Ae
( ~
)
N i ∇ 2T dA = − ∫∫ N i f ( x, y ) dA
Ae
Para se obter a forma fraca, aplica-se o Teorema de Green (integração por partes vetorial):
Então
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∫∫Ae
~ 2 ~ &
Ce
( )
N i ∇ T dA = ∫ N i ∇T ⋅ n d" − ∫∫ (∇N i ) ⋅ ∇T dA
T ~
Ae
( )
O primeiro termo do lado direito corresponde a uma integral de linha sobre o contorno de cada
elemento, sendo que:
~
( )
~ & ∂T
∇T ⋅ n =
∂n
b j &
~ 3
(∇T~ )⋅ n& = ∑ (∇N )⋅ n&T
3 3
1
T = ∑ N jT j ⇒ j j = ∑T j c ⋅ n
j =1 j =1 2 Ae j =1 j
Esse termo fornece a condição de contorno natural do problema (condição de Neumann, ou derivada
normal).
Do segundo termo resultará a matriz de rigidez (“stiffness matrix”) do elemento, que para elementos
triangulares de primeira ordem possui solução analítica, como segue:
Ni =
1
[ai + bi x + ci y ],
2 Ae
a1 = x 2 y 3 − x3 y 2 , b1 = y 2 − y3 , c1 = x3 − x 2
a 2 = x3 y1 − x1 y3 , b2 = y 3 − y1 , c 2 = x1 − x3
a 3 = x1 y 2 − x 2 y1 , b3 = y1 − y 2 , c3 = x 2 − x1
1 bi ~ 3 ~ 3 1 3
b j
∇N i = T = ∑ N jT j ⇒ ∇T = ∑ ∇N j T j = ∑T c
2 Ae ci
, j
j =1 j =1 2 Ae j =1 j
O termo dentro do integrando não depende de x e y, podendo ser colocado para fora da integral, e
∫∫ dA = Ae . Portanto a expressão acima fica:
Ae
1
[T1 (b1b1 + c1c1 ) + T2 (b1b2 + c1c2 ) + T3 (b1b3 + c1c3 )]
4 Ae
1
[T1 (b2 b1 + c2 c1 ) + T2 (b2 b2 + c2 c2 ) + T3 (b2 b3 + c2 c3 )]
4 Ae
1
[T1 (b3b1 + c3 c1 ) + T2 (b3b2 + c3 c2 ) + T3 (b3b3 + c3 c3 )]
4 Ae
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que escritas em forma matricial ficam:
∫∫ Ae
f ( x, y ) N i dA ,
∫∫Ae f ( x, y ) N i dA = f ∫∫Ae N i dA = 2 Ae ∫∫Ae (ai + bi x + ci y )dA = 2 Ae ∫∫Ae ai dA + ∫∫Ae bi xdA + ∫∫Ae ci ydA =
f f
=
f
2 Ae
[ f
] [
ai Ae + bi X Ge Ae + ciYGe Ae = ai + bi X Ge + ciYGe
2
]
onde:
x + x + x3 y + y 2 + y3
X Ge = 1 2 ;YGe = 1
3 3
Substituindo na equação acima e após alguma álgebra, temos que:
1
fAe
∫∫Ae f ( x, y ) N i i=1,2,3 dA = 3 1 .
1
ou seja, o carregamento uniforme é distribuído eqüitativamente pelos nós do elemento no caso do
elemento triangular.
1
fAe 1 3
b j &
1 N i
3 ∫Ce 2 Ae
+ ∑ T c j ⋅ n ⋅ d" (37)
1 j =1 j
Como a normal n aponta sempre para fora do elemento, para elementos internos ao domínio,
com suas arestas não pertencendo ao contorno externo, ou seja, na interface entre dois elementos, o
segundo termo acima se anula. Ele permanecerá apenas nas arestas que estão sobre o contorno externo
do domínio. Se o contorno externo C do domínio é isolado termicamente do meio externo, ou seja, não
há troca de calor com o exterior, então a integral acima é nula, e sobra apenas o primeiro termo.
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y
2
s
r 1
t
1 3 5
2 4
1 3
2 4 6
Numeração local 1 2 3
Elemento 1 1 2 4
Elemento 2 1 4 3
Elemento 3 3 4 6
Elemento 4 3 6 5
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Para impormos tal condição devemos efetuar algumas alterações no sistema original de modo
que, após a solução desse sistema, resulte nos vértices de triângulos situados nas fronteiras o valor de T
imposto.
Seja p um nó cujo valor de T é conhecido e vale T . Para que após a solução do sistema
tenhamos Tp = T basta fazermos na matriz global e no vetor de ações as seguintes alterações. Sendo Kij
um termo genérico da matriz de rigidez e Fj um termo genérico do vetor de carregamento, faz-se:
O procedimento anterior elimina a simetria da matriz global, o que não é interessante do ponto
de vista da solução do sistema. Para se recuperar a simetria basta fazer:
T1
T2
T3
T4 T
T5
T6