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seca e vulnerável
Investigação indica que avanço do desmatamento, das queimadas e o excesso
de gases de efeito estufa estão mudando atmosfera local e aumentando
demanda por água
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mil km²
O trabalho considerou dados coletados em solo e por análise de imagens de satélite para
determinar o chamado déficit de pressão de vapor (VPD). Com isso, os cientistas
conseguiram rastrear a quantidade de umidade na atmosfera e quanto dela é necessário
para manter os ciclos da floresta.
Há evidências de que a dest ruição da florest a t ropical t eria um impacto devast ador sobre as
t emperat uras globais, sobre os padrões climát icos e a agricult ura Foto: Gabriela Biló/Est adão
“Nós observamos que nas últimas duas décadas houve um aumento significativo na
secura na atmosfera, bem como na demanda atmosférica por água acima da floresta”,
afirmou Armineh Barkhordarian, pesquisadora do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da
Nasa, em comunicado à imprensa.
“Ao comparar essa tendência com dados de modelos que estimam a variabilidade
climática ao longo de milhares de anos, determinamos que a mudança na aridez
atmosférica está muito além do que seria esperado com a variabilidade climática natural”,
complementou a autora principal do trabalho publicado na revista Scientific Reports, do
grupo Nature.
Mudança
Queimadas e maior concent ração de gases sobre a florest a fazem com que ela perca cada vez mais
umidade
Fo nt e: NASA
Desequilíbrio em curso
As condições mais áridas tornam os incêndios mais prováveis, secando ainda mais a
floresta. Se essa tendência prosseguir a longo prazo e a floresta deixar de funcionar
adequadamente, muitas outras árvores vão morrer. Quanto maiores e mais antigas, mais
elas vão liberar CO2 na atmosfera ao morreram, ao mesmo tempo em que, com menos
árvores, a floresta vai absorver menos CO2 da atmosfera, piorando o cenário de mudanças
climáticas.
“Uma grande faixa da Amazônia no sul e leste está ficando mais quente e mais seca,
principalmente durante a estação seca, que já ficou entre 3 e 4 semanas mais longa
naquela área de cerca de 2 milhões de km²”, disse o pesquisador do Instituto de Estudos
Avançados da USP.
Por seus cálculos, se a estação seca tornar-se mais longa do que quatro meses (hoje ela
dura, em média, três meses), a floresta se converterá em savana tropical – “que é o bioma
de equilíbrio com uma longa estação seca e fogo”, diz. “De fato, nesta região, o ponto de
não retorno está bem próximo. Eu estimo não mais do que 15 a 30 anos com o ritmo
crescente de desmatamento somado à continuidade do aquecimento global, e também
com a maior vulnerabilidade da floresta Amazônica ao fogo.”
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