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PETER L. EISENBERG HOM. O oe Homenagens SWyjer Eisenberg (Paulo Sérgio Pinheiro € Robert W.vslenes) tas sobre a organizasio do livro re I: Agiear e sociedade no Nordeste, 1840-190. 1. A aboligfo da escravatura: 0 proceso nos enge nhos de agécer em Pernambuco Falta de imigrantes; um aspecto do destino ‘As conseqncias da modemizaslo pa hos de agéeer do Brasil no século XIX Parte 1: © debate em torno da “Tramsigio": os faze deiros ¢ 8 questio do trabalho. CObservasSes # rexplto do debate sobre « esono- mia escravisa e 2 mentalidade senhorial na histo tlografia norteamericana (Comentério sobre um trabalho de Rudolf Bell ‘A mentalidade dos fazendeiros no Congresso Agricola de 1878, {A questio ds mio-deobra nos Congre colas de 1878 Eseravo e proleério na HistGria do Brasil A escravidéo nis América tugués Parte TI: Livres, libertos € ese 9. © homem esquecide: 0 trabathador livee tonal mo século XIX: sugestden para uma A carta de alfor 8 alforia no sé Ficando livre: as culo XIX Parte IV: Da agricultura de subs exportagio: agar e sociedad 1765-1830, As6@ « mudanga 50 Boat ho plantadores de cans em 829 (Relatério de pesqu LL. lsenberg nici Ae profesores do Departamento de Histéia, impada ela Faitora da Unicamp, de reunr, em cole Tea objetiva simples, os trabulhos académicos que Peter ng ecreveu 40 longo dos Profissionais com certa qualificagé tego em peqoenn de orgh de ab tar, o médica € outs 4 ios anuais™ Nas décadas de ea: verificouse, na ggg fa parte do século XIX (tube feu méximo na década de 1860 comes da Myc. Mas as secas do fim da década de 1870 le ‘ram mithares MMgsoas dos series secos para a zona aguca- rein, e 0 dsesper® obrigouas a aceitar buixos salérios”* Os lies continsaram bsixos na década de 1880, devido a0 cree 1 nimero de ex-escravos que entravam no mercado de Jo. De 1888, quando cerca de 40.000 exescravos tornaram- de um dia para outro, asialariados potenciai, até 1902, os salvos reas ciram a niveis iferires aot obtidos na década de 1850. A politica moneéria inflacionéria ¢ o crescente custo 4: vide do comeso da Repiblica eliminaram qualquer ganho real por parte dos asaariados, nfo obstante ot saléris nomi- mais mais altos do século terem te verificado em meadot da écada de 1890. De outro lado, © pequeno grupo de profisionais com certa ualifcagio parece ter reeebido aumento resis em seus vencl menos durante esse mesmo periodo. Em varios empregoe rela- laram-se a duplicagio dos saldros reais entre 1876 ¢ 1896 (tela 6). Mas esse grupo era tho pequeno ¢ incluia to poucos fexescrnvos (que néo haviam recebido a educagio neceséria ara cumprir esas fungSes), que ot aumentos foram despreat- veisparno proletariado rural como um todo, A altima forma de emprego possvel para os teabalhadores livres era o de parceria. Os parceros (lavradores) cultvaven ‘ana-deagdear na trra do dono da fazenda e transportavanraa ara o engenho em determinadas épocas. Em troca, recebam metade do agicar produzido com a cana que eles memos he viam cultvado € mais 0 direito de morar na fazenda. O ven do engenho ficava com 0 restante do meade, 0 um © o bagag: s parcritos consituiam uma pequena mas importante Parte da forga de trabalho da fazenda, Tollenate contou ente ois © tfs parceirs por fazenda, geralmente brasileiro bran 0s, cada um possuind seis 0 sete « tarde, na década de 1840, du ‘maram que cada pacer sma média de 9 12 estas aproximadamente- 11% do total da populagSo escrava das fn zendas analisadas, Na década dc 1850, 0 contagens independentes st 3 pareiros culivaram tums quantidade de cana responsével por 429% da produ agar de Jaboatio, © sistema de_ pan zendvros, que geralmeniepossuiam aque poderam ser cedias a rule Mas 0 despito de seu pequeno e © mas poveas ferramenta cando os termos de seu y io Ihe PRs: Oe cans sizvts de ‘outro fazendciro, nem devido 20 custo fazendcio poderia 1 nfo fosse moida dentro de Perdria grande parte do teor de aia despear 0 ecaleitrantearrendatiio & is empregados tazerem # cana.” mais importantes de Tnzeemprego durante © ss dense dno se ee foram de mored ede alarindos.Powos ox Geka o capital nimo 10 escravo faltava, onde iris subsis vavelmente,sujito & dor livre, No entanto, comida, abrigo © roupe reira no viver melhor que sctavos, «tra cravidio para 0 trabalho livre pficiow os fazendeios bem mais do que 0 grupo libertad: empregados lives, os fazendeiros puderam, entio, racions hr seus custo, climinando despesas de manutenglo com tra sthadores s, podlam remunerar muitos tabathadores através do arendamento de parcelas de suas teras, que eram fatres de baixo custo, e outros, com salros cada vex menores. A natureza gradual do processo de abeligao garaniu uma tran sigio sem muitos obsticulos, e 0s modos de emprego permitiram 2 fazendeiro reter seu controle tradicional sobre © proletaiado SALARIOS MINIMOS DIARIOS PARA Thay SALARIOS REAIS NOS ENGENHOS 10 de janciro de 1856 (Pernambuco, 1857), pp. 260. ée tec telée rslaton gue, apenss cm optic Aedes drgn por mong ecm ima sutra gin or te mulher fo ide venga ew pede, Teprggio natural mantnh el ‘Soo desea carver: Henry Ko, op fp 258 Th Pp. 27 “hla com geo scletsine te Dr a sie Jooguim de Sousa Leto psu #adminisrayio a Province 1 de air de 188 20 Exelemsimo Presidente Deemer [oe Soc mila smite Go medn ou remlindos otha 1,0 Fanidoéa more iafanl de 8305. pare fon de server nid apt 171, rete em uma de merliade nfm de 232 por ti, bem scie ‘ moratdade de cidade do Rese (Rese, 15), pp. 623. Taller ‘© constante aumento da tana de fecundidade da escrava ow tbe Tndste de prectasho de servers 8 aoa mance Te cm euler dan fn oma ‘Ee (Gnivnsy of eatin Pres ‘scion iti in Si 1 encenishanens Fico, 0. gp. Dia: FA. Pera da Cost. Ara (S30) 1X 38890 monte do. Bra abit Pisouras:« baton coffe eo, 18501900 (CH SEEN p52 Nar datos covadoem | 1, CslO¥e 36 ‘2Stney J. Stn, op. it pe 228. Stein nfo elelow or presse tixine 0 Br. Adetpho de Bares Cove 4 reciente de Provincia brio senso de Asemblea Le a0 tas (Rete, 189), p30. 4 Tancro, 1860), pp Jance, Mins, Cony trun etl de 3 sn de Perambuco Torice, Sastre um expriasto perambucene "Report by Walker, 29 de msi, 1678, in Parliamentary pope (Sto Pai ip 20; CT, de Pla, in cape, trade ninccethcntry Breit» sud of slave importations de Jeno in 1852. HA madera © por ale co Excellentising Pre baron Jon Jens de Olivera Andrade Rec, Wd temper, O Aras apr, Rese, 13 de a Annacs do Aseria Provincal de Pernambuco, do de Pernambuco no dis de mus imalogdo 2 2 de margo de 1887 diigo © Exalentsno. Sr Prdente do Provincia Dr- Pedro Vicewe de Fronmos ewe tate pare oe rmsn resante st aboio ia SLi $270 Colgso de lei do mplrio do Brasil de 188, 22:1 (Ro de Jn 186, pp 142, “Liteon seapnrios, Di de ‘numeradon entre 44 ¢°45 anos de Sdade cm 1872, into ¢, 15% 49 {bape eri de 4130 anos de ade, supondo uma dibs unifrme ‘Eno deme ro, tena sobrevivigo a TAME, quando todos eet team slrpeado' dade de 60 anos. sus hipsters si, cin tei, imrevves porta, o otal de bertados pela Li do Sexe Octavio de Fee, O cline ¢« moralidade de cidade do Rese (Rese, 150), p. 36, #25, Cowper to Clarendon, Pemamboco, 19 Se ‘ezmbro, 1858 Paromennry papers, 1836, HCC. 42, AP, 5, 9. 5 Report by Hut 18 de ago, 86, in Parlimentary papers ws, HCG. 1, AP 24, 9 8, ‘Octavio de Fras op. tp. 56, £23, 2 Frank Tanenbaum Save ond cliten the negro inthe 4 Glew York, 1846, p. 3 a Sunly Elian, Sloan 2 Ses New Yorks 111), pac wens sera que 2 epee to i ihe Free, The: mel beers pars Bol Iexndeo sar mis rie vay aire 3S ewe lara vere vearoe Pat F008 por ane. Para une deseo da slau Ero tude em prpargio do autor, m8 ‘ido mamominden, ver Didi de Pernambuco, {eer 15 de novebo de 1807 © 3 de abel Robert B. Topln, op cit. pp. eA It geare of very. 388 woe 3 de en “4 175 (Ro de Jet 170), 32 pe serene 8 Rober Sens, sot tram. ttl arredondado das médias provincial de exravos, manumiswes, undo de Reco maura pdr 167 Os 6400 ceavo8 I dan médananusit don funder de fice, Sar, 23,9 634, foreceso ndmero de fezendas em 1872 Ps cuirn exraos fupram de faindas para cidade ov part 0 Fesulo n= 1 (882) yp. 304; Cohen to Selubury, Pernambuco, 16 aot de 189, In Pariamentary popes, 1880, HCC, 14, AP. 35 ME, Man motor dene exescavas, depo de um peiodo orn ds faxenae, rtsmavem “dercadce pola mira, pata sombre proto cere da eed Too Man Bly Menai (8 Teboutdo (Reif, 1819) p16, ets que todos os moradores de um dos Ils eo fapendeor na importante distro auc de Faadn eam "1H. Gaomay, op. . 592: Este ator fa, som dar uma Laie de Carylho. Pus, de Andrade, Quetes economics em apie t provincia de Permrbuco (Recife, 1864). &. Paes de Tele na sera de AsenbltaLepatva, Provincia de Pere Vetho"Cvaconte de Albuquerque no dla 1° de marco de 147) (Rel Didrio de Pemambuco, 19 de maio, 1895; Manoel Correa de_ Andro ‘tera 0 homem do Novdest, 2* ed (S80 Polo, 96), pp. 934 ferpere exeene design. dor migrant ee outros tabulados Tires no fi do sca XIX Report by Hugues, 5 de novembro, 1879, In. Parliament papers 1, HEC, 28, AP. 2, p 497, etimon tm tl de 2 re Ree 17), p16, etna 20000 reins ds Temas, mas enbme das dust fonts, por ot ‘Tollenar, op ct. p95; Fgura de Mello, Enaio sobre ei nis, p25, Report by Aired De Mornay, ap Noe! Det ‘orf mage (Londen, 3091930) Ih pp 3579, © pasa ‘ao em Ferman da Crt Goons "Ox be Mos ‘Une eater, Do de Pemambuco ¥ de Ton por zit do senders plo vite dag BS Bw Sor sre Saye oo bes cee ad tt om rene PS: Reta © PALTS DE ESO ASPECTO ATRASO_MBRDESTINO * esdos rcentes sobre as origens das desigusldades entre idee brasicras tm focalizado sobretudo a segunda mets {de do séeulo XIX.' Nesss 6p0ca transpiraram 0 crescimento ripido de uma forte economia cafecia no Centro-Sul ea estag napio de uma economia agucarera outrora studével no. Nor deste. Ao mesmo tempo, centenas de milhares de imigrantes curopeus chegeram ao CentroSul. Warren Dean tem demons trado que alguns dessesimigrantes junto com alguns fazendeiros café integraram a base de uma nova burguesia que s© encat reyou da industrializagdo de Sto Paulo.” O estudo atual exam: a uma das mais importantes rides do Nordeste, Pernambuco, ara determinar quai influéncias impediram o afluxo de imi antes para essa regio, onde talver pudessem ter conteibuido ara 0 desenvolvimento tal como ocorrev em Sio Paulo, [Nos primeirstrinta anos depois da Independéncia, som te uma colinia de estrangeiros foi fundada em Pernambuel solbnia essa de alemies no sobreviveu senio ur Em 1828 um grupo de alemies indo para o sul d sbandonado numa praia do Rio Grande do Norte, d levados para Recife. © governo provincial mandowo colin agricola chamada Cova da Onge, quesficava uilfmetros a ceste de Recife. O govern 1 colds perto de alguns quilombos, i 200 pessoas emprezadas no culivo de a siséncia. Em 1851, « mai ‘eprimir a revoltachamada norte, uma florsta pert? 2580 qQparvao vet trae abandonals mas fais ora embarcou para em 1841 96 restou ul colinias slemés Em Recife, mas ou quebraram o contrto o anos, de modo que nenhum grup? ncia* ara incentivar a imigraglo estan Fe realizsramse depois de 1830. 0 fit on AMricanos, que até entio forecia a * sscrava da provincia, despertou inter Msionss,€ a atensdo voltouse para a EXtOPH rorecuutr imedatmente, Um. gH? ss em Resifeformou em 1837 8 AS fo ac tz de Pemambuco, Paraiba e Alagost A * Propunha arranjer “emigrants morigerado, alt AS primeira te de a ndustriosos" para as “terras devolutas ou outrs ntes ao dominio piblico e particular” beri reembolso oficial para passagens e sustento de slugs e vendas das terras possuidas pela Associ irs sobre empréstimos aos colonos e senhores de enge- Re quisessem promover a imigrasio. © governo imperial aprovou os estatutos da Associagdo,e ela levantou 50D contos de capital; mas, em 1858, desapareceu © governo imperial também em 1857, mandow fazer um cadasto para uma colGnia agricola ser dvigida por frades trapistas da Belgica, mas sus pendeu o projto depois de quatro anos por falta de acordo com 0 diteor rapist." Um aristocrata polonés, 0 conde Anton Ladislao Jatiensky, fm 1864, apareceu em Pernambuco para promover a imigrasio seus conterineos. A Assembléia Provincial concordou em ‘tia uma Toteria pars cobrir as despesas da Associagho Promo- tora da Colonizagéo Polaca no Brasil. Mas logo depois a Asso- siagdo Comercial Beneficente de Pernambuco estava reclamen- o que “a colonizapio polaca com que nos pretenderam fast ta no passou de uma verdadeire mistificasao".” ‘Quando terminow & Guerra da Secessio nos Estados Uni- es, quatro familias vieram dos estados da Confederasdo para & insalar entre Palmares e Garanhiuns, onde comegaram a pan lar algodio, O governo provincial projetou uma estrada até a felénia, e 0 presidente provincial informou que os colonos es am “satsfetos com a feriidade do solo ¢ amenidede do el ', que muito os tem agradado' Mas os norteamericanos no chegaram a colher a segunda Provayelmente a queda dos mercados de algodio de Per ‘imbvco, também o resultado do fim da Guerra de Secessio, ‘4sanimou os colonos norte-americanos* dea fracassossepuidos 56 podiam ter produrido um certo Hsslento, Quando 0 ministo da Agricultura dedicou 1:500$000 6 pare construir um abrigo para imigrantes em Recife em 186, © presidente provincial achou a quantia pequena e tento com rar tums casas para o mesmo fim; mas o ministro da Fazenda robin tal flexibilidade” Quando a Associagdo Comercial Age Cola propés em 1871 que @ provincia arrecadasse um imps de $100 por saco de agécar e slgodio por 40 anos para cus tal abrigo e outras despesasligadas com « imigracio, a Asem bsia Provincial desaprovou a ida ‘A Lei do Ventre Livre em 1871 despertou de novo un interes pela inigracto. O, presidente provincial convoeou um reunido pablica que fundou a Sociedade Ausiliadora da Im: tragio © Colonizagso para a Provincia de Pernambuco. Polit ot, comerciantes senhores de engenho lideravam a Socidae, que ia adqurir terras para colonos,exigrsubsidios do goer imperial © manter um abrigo para imigrantes, A Sociedade la subscreveu 75 contos de capital, mas nio fez mais nada. Ou femprestiostumpouco tiveram dxto. Bento José da Cogs Ji fex um contato com o governo imperil em 1871 pi ir 15.000 colonos nas provincias ao norte de Al apesar de uma renovagio do contrat em, trowxe ninguém Toaguim Ceetano éontrato parecido em 1875; seus prin Yam trabalhar num crfanaio rural da ois vollaram “dizendo quo slério era no sendo agrcultory ‘ue thes ofereciam oucos obtveram arranjo, tendo a maior veeuir para 0 Pard, a ex far pors a Europa, a custa de subse romoverem com auilio de seus consules* Um outro grupo de franceses chegados em 1875 teve sorte igual; “pela maior parte artists ou tendo profgapes liberais, poucos fram eontratados para agricultura, fue quseee of lotes de terra que se acham Fass desventuras repetidas om a imigragdo em Pemamb Qiando a abolio final da esi uma falta de bray 1 compromete se a pagar as pas 50 contos para sjudar coldnigs de B nomeou Jost Geral das Terras ¢ ( ficou um livro descrevendo onjetos em portugués, fran de 18,000 exemplares, O.presiden Provincia) nomeowW@Mna comissio que formou a Sociedade tore da Colonizagio ¢ Imigrago, inegrada na maior par comerciantes de Revife, para colaborar, Em 1889 0 imperil aumentou o auxiio até 120 contos, 0 governo ft comprou um engenho © wma outta propriedade na Mi Mata, mandow imprimir 20.000 exemplates de um mapa da provincia ¢ autorizou Henrique Marques de Holanda a es Telecer dex familias europsias em sus usina Mameluco. O en sluamo com a imigragio chegou 40 eimulo quando 0 inspe tral anuncios que 100,000 colonos vinham para as provincias do Nordete ¢ do Norte © « imprensa falou em termos de Mas todo ese af relativo & imigragio no Nordeste provi nha das reagGes imediatas & aboligio e também do auxilio of tial, No comeso da Replica, o governo nacional perdeu inte rest pelascoldnas setentrionais, ¢ 0 governo estadual femecersubsdios Foi também importante o ato de as proprias olniasndo trem realizado nem as expectativas dos imigrantes em as promestas dos empresérios, Em fins de 1890, um abri te para imigrantes num substbio de Recife continha 117 estran 65 rriros,« maior parte italiano, franceses e belgss, com slg espanhtis. Menos da metade eram diaristas ou sgricltors « Iaioria eram artesios e pequenos comerciantes. No engen no fnterior, of imigrantesreclamaram que 0 salirio nio july vi 0 que thes fora prometido, a comida faltava ¢ seu talents ro cram necesérios para o trabalho a fazer. Entre imigrante «© brasileires, que ndo falavam francés ou italiano, estouranan Virus brigas, e€ muitos voltaram para o Rio de Janeiro cu Europa, © governo nacional numa tentative final compro mss tes engeahos em Jaboatio e batizouos, juntamente com o aut if nha, a Coldnia Bardo de Lucena, cuja érea aumentads ea de 2200 hectares. Os colonos cultivavam cana, cacau e el slém de géneros de subsisén em terenos pequenos de até 22 hectares. Mas essa ola fracassou, O novo inspetoren (Gées, em parceria com Joaquim Lopes Macha lecer uma usina numa proprieda 1885. A Companhia Progresso Colonial, com capi mts, nfo se efetvou, porque os parcitos bri Ges alegou que Machado, que j fo retrucou que o inspetor geal tt Nasional quando pegou demais fato de ele ser 0 acig i 5 abastaas,residentes nesta € ndrios pubicos, que Em 1895, © mesmo governador dividiu a coldnia em lotes fot vendeu em lelio public. Barbosa © limo {esto para promover a imigraglo quando 4 Espana e Portugal a fim de contatar Embors por motivos nem s anos ree s5H0, isto &, a Iimportagio de af A Assembléia Provincial em 18: pestoa que libertass nda quan omen Fende a tabathar com me Da mesma forma, fam por dgua abaixo, mormente porque oF pernambueano ti Yeram medo de que os orientais se benefciassem mais do que s braseitos, © Jornal do Recife advertia que as sugest6es para importar chineses fo 4 qualidades especiais dos chins, a somo operirios, a sua sobriedade ¢ economia, a dac lildade com que amoldamse a todas as exigencies, ‘im tanto que ganhem dinheiro ..) asseguramihes, m todas as partes onde conseguem implantarse, @ Preterinia sobre os operdrios nacionais mais exiger fete dentro em pouco © monopslio do comércio ¢ de ‘oda os pequenas indistrias e servos doméstics. © Ditrio de Pemambuco condenow a iia como “um nova escravidio embora disfargada sob © manto de conan de locagdo de servigoe’ Henrique Augusto Mile, um senor de engenho ¢ mist importante da época, insists que nlo hd fusdo possivel daguelas Ragas — Mongéica ¢ Dravidiana, om a nossa; e 0s 100 ou 200.000 chins, ‘que hoje exister na Calin, eos Estados limirofs, ‘i exo comprometendo seriamente o futur pare dos Estados Unidos, Embors produtores de aécar em Mauritius, Reunito cuts its das Antihes, tivessem utilizado mio-de-obea ch Sa, Mie lembrou que geralmente os chineses voltarem para ¢ Oriente depos da safra © nio gastaram os seus salirioe nem ‘umentaram a populio no pals que os empregou." ‘Uma comparagéo de dados censuérios mostra 8 faa de imigrantes em Pernambuco (quadto 1) 1900, a populasioestrangsira nunca che populasio de Perambuco, enquanto Pre supers 108 10 abrise 0 % © peralmente mais del es agp entravam no eo ia ra avoferta de miode Samp rricten. Oe fomerciantes portugues ‘cadas apés a Indepen ttl rexentiento tinha explodido em entre sus primos portugueses. Em Sto no predominava entre os estrangei Primeir no campo" (quadro 2). e [A inbildade de Pernambuco para atrair némeros grandes de imigrantes ¢ fixé-los na agrivlture poe fatores de importincia desigual: clima, to 0s imigrantes. A maior ‘menos de 400 metros ac dia do verdo chega io desc além de 2f Zona da Mata. A Sociede Pernambuco acreditou que loos euro ides de trabalhar em sua agriculture ‘lima era bem mais brando, Nums fe média entre 800 ¢ 900 metros, a mais de 20 graus 20 peus nfo tinham quador, 0 planalto paulsta gozava duma temperatura p verio de 23°C, mais Tresea que o inverno pernambuce temperatura média de inverno baixava para 18°C Muitosviajantesestrangeizos voltavam de Pernambuco com imprestes boas do clima, porque nunea suiram de Recife, Eles julgaram o porto “notavelmente salubre”, “o mais agradével de ‘odo o Brasil”, “o lugar mais saudével do litoral”, “a cidade mais saudével dos trépicos” e “uma dae mais se nfo a mals Saudével cidade do litoral brasileir'** ‘Mas Recife, constantemente ventilada pels brisas do mar, nfo € tipica da’ Zona da Mata, Oficiais consulares, com mals fexpergncia do que os visjantes,preveniam contra ‘0s ros carbonizantes do sol” onde “o europeu ou 0 angloamericano morreria sob o sol em menos de uma semana”, e “o trabalhador agricola ew via 0 clima somente por um prazo curto", desde que ru agent 6 ‘esse absolutamente ndo é um pals de jito algum que sirva para imigranes inglses’ Mas o lima em si nio pode ser « melhor expiaso pan 4 falta de imigrantes em Pernambuco, porque quando hegn jutras compensagées 0 europeu se mostrou bem capar de e frentar as piores difculdades dos tépicos, por exemplo due te a época éurea da borracha no Paré, em clima equatorial nan selva umidissima, E preciso examinar outros mottos, deren politica ou econémica, para explicar essa auséncia Especulagéo © oportunismo tal como aconteceu em Pe nambuco nfo impedia a imigraglo para essa provincia mi {que para Sio Paulo, onde também houve fraude de empres Flos desonestos, Da mesma forma, discriminagio politica em ligiosa, eexcraviddo, no foram obstéculos no Nordeste mal ave no Centro-Sul, A aboligio da escravidio e « erasho de registro civil para nascimentos dbitos em 1888 clig esses problemas, © a separagio entre Igrejae Est dade de culto proclamadas em 1890 eliminaram esses obstéculos tinham desaparecido e 1890, a década que marca o apog 1 para Bra A escaser de te de canadespicar, 3 de ferro, também Pemambus o ios de transporte, estiveram troncadot oprietirios que ndo os utiliza, nem PAMe, mal os custeiam em linitada exter brapo escravo; enquanto ndo garantimos 80 70 Imigrane fil aguisigto das sobras desses terenos serdo mal sucedidas as tentativas n caminhado para o Brasil 0 éxodo de aayerty um presidente provi das nas do pequenas Jotas de propriedades ex grandes extensSes de ter emitirio a criapio de importantes nico como no Rio Grande do Sul, Santa Catarina Para ntinuou o mesmo oficial, nBo haveria problema em ata nts." No Centro terms se escasseavam no Vale Ficatba, no Rio de Janeiro e em Sio Paulo, onde a plantasio f€ comegou, € li oF imigrantes comesaram trabalhando amo assalariados. Mais ao este de Sio Paulo havia muitas terras piblicas, onde as novas fazendas de café se implants: vam, € os imigranes pelo menos podiam sonhar com a posi Tidade de poupar bastante para um dia poder comprar es suas Essa possiblidade de se tomar fazendeiro fi feciltads também pelo baixo custo de capil fisico da indistria do ca Para prepara o café para vender, o fazendir tha d atar por qualidade, limpar, ensacar, operaSes nfim manuals apenas, Mesmo se cle mecanizasse as tcnicas de descasear, separar ¢ limpar, ele nio gastria mais do que lum ou dois contos. © produtor de spear enfrentava gastos ruito mais elevados:tinha de cortar € moer sua cas, 0 es manuais, mat também tinha de transformar o mel em agiear e aquardente, operagSes quimicas. Por ito, teria de in ithe pelo menos 50 cont, e podia chegar facilmente a 200 vres?e custo total de uma wsina moderna” Néo queremos Siperr que por causa de custosbaixs ¢ tras acesiveis mu eens Ticarem fazendeiros de café depois de uma geraio 1 ruil Mas or empresiris de imigragio em Sio Paulo po- diam dar muito mais incentive, oF propros imigrantes tinham (muito mais possbiidades do\que os imigrantes em Pernam buco." “cinda mas importante que o clima ou a escassez de tras {oi a estagnagHo da economia agucareira em Pernambuco, priv ‘Spal reifo exportadora, em comparagio com a prosperdade qr economia caferra de Sio Paulo. Entre 1890 e 1910, quando ‘Texportagi do eaférendiaanualmente uma médin de 400.000 1.500.000 eontos, a exportagdo de agar rendia menos de 50.000 fontes, 8 aja, nem um déimo do valor da exportaséo do café (quadro 3). Essa prosperidade cafeira permitiu que ot fovernos estadutis de Sio Paulo gastassem mais de 1 fos por ano para custear as despesss de passagem ty cx ¢ estgio incl no Brasil dos imigrantg aque os governos pernambucanos ofere func, A prosperidade cafesra també Aiferenga em saléros,favorivel 8 Si0 Sec toe ig ‘Aqueles imigrantes qi wm produtores de géneros de peceniae rutin swan Ci gees WOE poor Seve snes =e cee n café em Sto Paulo desempenharam papéis importantes nas s0- ledades promotoras de imigrasio, inf lucy 4 proporcionar auxlios 8 imigraio, «1 recidas. De certo modo pod tatisfagho dos donos de ter Rs. A casio principal para a indifereM doM@ghores devengenho deve ter sido 0 rescimen média anual de car produzido OM Pernambuco aumentou de 116.000 para 000 toneladas. Na mesma época, o volume médio anual de exportado subiu de 220.000 para 827.000 toneladss (que ). Esa expansio cafeeira precisou de grandes incrementos rta de miode-cbra tas como a proporcionade pelos imi rantce, enquanto a expansio agucareira podia faclmente ter ‘conteido como resultado do crescimento natural da popule (0. Devese notar também que a indistria afucarira depois de 1880 modernizou-se bastante na parte industrial, mum proce to de inveatmentos de capital que aumentou 2 produtividade € baixou, proporcionalmente, a procura de miodecbra. Assim, of enhores de engenbo no precisavam de imigrantes. Vitios estudiosos tém apontado como fenémeno simul neo da diferenga em prosperidade relativa, a exsténcia de uma dierenga radical entre os sistemas produtvos do Nordeste e do CentroSul. Gerslmente se caracterza essa diferenga em termos do feudalism daquele e do captalismo deste Gilberio Free slega que “no Norte © no Nordeste, a economia bascada sobre © cultivo da cana e 0 fabrice do agicar se desenvolveu baseada em condiges de tal modo feudais nas relagées ent senhores « escravos de campo, que os colonos europeus nko se cone vam com as forgas necessirias a superd-lor, enquanto sobre vessem 0 Iatfndio e a monocultura, mesmo desacompanhae da escravidio"* Presumese que 0 socidlogo esteja se referindo & pee néncia dos lavradores ¢ moradores na érea agucarcra,engun to of imigrantesrejitaram o sistema de parceria no Centos © insstiram em contratos ¢salérice.”* Mas vale a pena salina ‘que na érea cafecira provavelmente “o sistema que s genera ava nas itimas décadas erathes menos favordvel do que & parceria. Plot novos contratos nfo cram nem mesos nem ssalariados" Virios tstemunhos achavam “contnuida a eseravidlo e o novo sistem’ inflizes ente Assim, mesmo que as relagdes entre pats © ope rurnis se tenham “modernizado” no Centro-Sul,nio & claro of {sso implicasce um beneficio para estes e, portanto ainda € que essa mudanga consituisse um chan iigrantes Em suma, procuramos mostrar prospeidade em Pernambuco Si do que quaisquer outros fstores para Jo euoplit no Brasil se concentrsse no Centro tow em alguns car, 1 capacitantirare pert atvamente ne indud cla Qpito, Na verdade nfo fal, porque Warren Re de cate também as ves 8 pis A recuse dos senhores de engento do Nor sa manera foi provavelmente resultado Pouea acumulasio de capital e 0 tamanbo al. Também deve-se lembrar que os imirais aver no fossem of inerementos mais importnts podemos,spontar 9 forma pars popalaio paula, Nowo quaro 1 permite calelr que vlopuarses nativas de Peramiboco, Riggio Sio wepetivam fal igus isto 6, a natalia Si umethante i do Cen (io Incr mo Nordee © Ws capital huano no Cento Sul ents igusis pera o Nordeste resltow da A austncia de sstagnacio da indWeia agucarera ¢ ajuda a entender como & que essa regio ficou para trés quando 0 Jo XX." sido 1 POPULACAO POR OI 10 Popuogdo ‘ot NACIONALIDADE DOS sm 16501889, tse de doutoraments, New York, 189, capo 5; Gy Farad, ‘The economic arowth ‘of Br moder times, tnduido por Ricardo W. Aguiar ¢ Eek Doe fp etey'e Ln Angeles, 1963), . 124, tame tes 0 bes aaa cipal ico de eoada na produsdo deal grande acenso socal de migrates eram stor. Thomas Hallways is revelaram bastante mobidide ent la Obviamente © problem teres ett mb fo fim do séoulo XIX, duas crises perturbaram a ezono- rasiira de agicar. Uma séria crite de mercado surgia Rfando agdcar de beterraba europeu tomou ot mercados traicionsis do agdcar de cana. Uma séria crise social surgia dentro do Brasil quando © governo imperial tomou providéncas para abolir a escravidio. Este estudo examina como os senho res de engenho enfrentaram esss crises, por que eles falharam em comparasio aos grandes produtores de agcar cubanos, € somo eles, apesar disso, foram bem sucedidos em preserar tos Angles, Un Koeh Duncan fan Rtledge (rp) Cand and abu in Lat Arca, Carbide, Cambridge Univerity Pre 1977. 9p. 334, Mac Masaho de Azevedo, Sdcy Chalhoah'¢ Rabat Wr Sea csigfo ssa. presente artigo também evant bit fon Fost Sno a he de mercado podeia te ido sup 9'Os senhores de engenho brasileiros tentaram investir em : a os ¢ reorganizar a producio lidar com a ipa A inca solugio defo frne de mercado, mas eles fracessaram GIRS Sido ua integragio no mercado do hemisfério norte, va ealonizagao, porém isso teria impliado pesados custo poli rr acabortsTidaram melhor com a crise social. Els the oe unbalho nas plantation, em forma lho. Ses ee portadores para a forsa de : Ae saris reduzidos més condigdes de t i fos, ajudados pelos subsidios do governo am se os do Brasil. Dessa mancra, a moder Tizagio, entendida como avango tecnol6gico ¢ trabalho forgado no produziram mudangas A ctve econtmica A crise de mercado afetou todos os asicar, os quais haviam perdido cer ‘mundial no fim do século (tabela 1). ana-deagicar ndo refletiu uma mu: rmidores, pois 0 agcat ; stu faclmente ie agit es durant 2 no indica cada & bene no Bia Inglaterra 2 libra, es eral, iso acontecew — mas ni rimeiro manifesiou-se na queda dos pre ls eéculo (tabela 1). A reccita proveniente das no Brasil, Mesmo que 0 volume das exportay do a crescer © 0 comério tenha se recup ‘qientes © Bra {quanio no volume das export do apicar de beteraba ter ated ar de cana e 0 voluy na exportado da Matinica, Guadaly hbém, 0 declnio reside de Cuba de vantagens mals expecfices, Para ent Forant rmonstra 4y compararel rapide mente a d fc acicatM@tbana com a de Pernambuco, 2 provincia nordestM@ge liderou at exportagdes de agdcar 0 séeulo XIX. Uma othada répida no mapa sugere imediatamente que a vantagem de Cuba sobre o Brasil, a respeto de ven epdear para grandes mercedos consumidores, foi su idade dos Estados Unidos. Certamente a localizagio da M rermitiv mais baixos custor de transporte para ox Estador rail a0 longo da of Unidos do que aqueles cobrados para enviar apdcar do Brasil 0 praticamente qualquer outro pais estrangeiro forneedor. En tretanio, A medida que os custoe de transporte meritimo dimi ‘uram constantemente no século XIX, devido as miquinas « ‘apr e outros progrestos, a vantagem de Cubs sobre o Brasil Ite aspecto tomou-se menos crucial.” Mas mesmo assim 0 rs ainda fracassou em obter acesso permanente ao rico mer. ‘ado noreamericano. Nos anos de 1880, quando Cuba estv i recuperando da destruigdo e endividemento da Guerra dos Dez Anos (1868-78), a exportagdo cubana diminuiu e o Brasil Ulcou a exportagio de seu agdcar para os Estados Unidos © swceso aimentou experancas de subsituir mereados perdi desma Europe. O otimismo aumentou quando os Estados Uni os promulgaram a tarifa de McKinley em 1890, a qual, como a a Let de Agdcar de 1846 da GriBretenha, reduziv us sobre o apicar mascavo © o melago, Da mesma forma cam ¢ Brasl obteve cil ingresso no mercado inglés depos de 18 os exportadores de agicar esperavam conseguir um acto we melhante a9 mercado norte-americano depois de 189. Em 18, os Estados Unidos assinaram um acordo comercial repr com 0 Brasil; mas todas as esperangas forem frstadas que do, no mesmo ano, os Estador Unidos assnaram © tas Foster-Canovas com 2 Espanha, o qual estendeu ot mexmes fe vores a Cuba e Porto Rico. Depois de essa ihas se separ da Espanha no ano de 1898, of Estados Unidos assnaam ts tados comerciais reciprocoe com elas, os quais confirma st condiglo de coldnias acucereiras dos norte-americanos! AA proximidade geogréfica deu a Cuba uma posi josa, eacordos prefeenciais de tipo colonial formalzaran e situapdo. Mat esses fatores por si 6s néo explicam o acne Cubs so mercado dos Estados Unidos e a exch CConsiderasGes econdmicas tis como # disponibilid 1s produtivoscrucais, tera e capital, sio tamb Sidney Mintz tem spontedo 2 fey fator determinante no surgimento su car no Caribe Muitos escrtores 16h léncia das terras cubanas para o A grande fertlidade cery ras novas plant le 119 tones ho registM§em Pernambuco munca excedeu 60 tonelades P= sultado, Cuba podia produzit acima de 12 aFM@ Por hectare nos anoe de 1890, quando s+ ‘ala © engenhot brasileioe estavam produ 0.24 de tonelada por hectare." 8 tinha exportado apicar desde © seul fentrou em larga escale na produgio de téeulo XIX, quando produsig revoltas dob esravos, € pel Gando em 1791. No século XV1 slcangou propor de escravos ari on! A ripida cexpansio 0 de ggg Pbano ultapasiow a imports (0 dos Nas éreas agucateras do Brasil, 20 contréri, a miode cra abundante. Enguanto Cuba teve menos de 300.000 em 1871, © Brasil regstrou 1.500.000 em 1875, Claro m todos of excravor do Basil trbslhavam na produsio nicar; mas em Pernambuco, Alagoas, Sergipe ¢ Bahia, as principals provincias exportadoras de agécar, havia ms de 500000 escravos.* Mesmo quando na érea de ayicar do Breil houve a substituigdo do trabalho escravo pelo trabalho livre, 0 mero de trabalhadores natives excedia a demanda da indie: ti, ¢ 0 saléros reais de fat cairam depois de 1870." Dados campariveis sobre saltios pare Cubs no estio disponiveis, mas parece claro que a situagdo de escasez de mlo-deobra Fenistu no fim do séeulo XIX. Os trabalhadores cubancs co- ejaram a se organizar jé nos anor de 1850, e ocorreram gre Yes depois de 1860, no minimo trnta anos antes da existéncia Ae organiza atividade compardveis entre ot trabalhadores de Pernambuco» Se a miodeobra era escassa em Cubs, 0 capital nio © ‘4 Capitals espanhéis,hispano-americanos e cubanos finan aram as primeiren plantations de ayécat com tax daijay mmensais a partir de aproximadamente 1.5%. Ataido pu proximidade e elas pespectivas econdmicas da ih, capi tas dos Estados Unidos também desempenharam wm pape ale ‘ex mais importante no financiamento dos engenbos. Em ca de inadimpléncia, como por exemplo durante a Gucra ds De Anos, os eapitalistas estrangeiros se tornaram proprietrio de fengenhos por necessdade e escolha, O crescent interes dy Estados Unidos pode também ser deduzido da propaganda « favor da anexagio da itha entre of anos 1840 © a dé de 1870 A feliz combinasso de terre {értil, miode-bra exc € capital disponivel permitia a Cuba liderar 0 mundo na moder rai de sua indistria de can-de-agicar, Na década de 188 70% dos 1.350 engenhos de Cuba cram a vapor, em compl ém 1914, somente um texg0 dos engenhos de Pernambuco ea vapor. ‘A modernizasio, porém, signifcow mais d tums divisho de trabalho entre 0 setor industrial de beneficiamento da ‘qe os engenhos pre tation soxinha pode pendentes forces propritérios de engeabo devia concenrar rved@hentos em equine tos cam, Em Cuba csi de grande capciale ales. Os formetdores de cana, conhecidos cm B duas categorias: 0 eutivador independent irio de um engenbo lente, que plantava na terra da central. Os cbs tpdeercairam inesperadamente, Os propy Cubs entio pagaram pela cana na base agiea, ¢ © sintema fol ber-sug investidores norte-americanos aque ees fornecessem bos teansformar ow crig Deuce fucrras de Indepey fenhos mai m 0 desaparecimen 50 do séulo XX, de 170 : monopglgaagP completamente a produsio cuban Is diferengas nos custos relatives dos via menos incentivo & madernizaséo. Na nfo de muitos autores, os ingleses desempenharam no Bra: m papel semethante ao dos norteamericanos em Cuba mas yéncia & engenadora, Os intermediitios brasileiror toma mprestado capital dos hancos comercaisingleses em Re Fe catio fasiam empréstimos a cutto prazo jars de 1.5% ao més ou mas, ‘uma taxa de ra que 0s senhores de engenho cobrisem suas despesas de custeio. Mas 0 Brasil, com suas Aesvantagens comparativas na produsfo de agécar, nfo atraiu capital etrangeiro em volume comparével ao que fuin. para Cuba, Para se realizar a transformasio dos tradicionais enge hos em engenhos centrais (equvalentes aos centrales cubs: os), era necessria uma ajuda consderdvel do governo® A sjuda oficial tornou-se disponivel nos anos de 1880 € 1890 e foi essencal para a modemizagio. Inicalmente, 0 go Yerno imperil garantix um Iucro de 7% para as compankias fe consruisvem engenhos centrais. Esses engenhos. mio. pos cultivadores independentes, os : fomnecedores”. Porém, duss di fculdadesprejudicavam as centraissubsidiadas. Primeiro, mut tee doe concesoniosenrangionperpetavam fae, ep taton prea expriagso do agar bral. Em tepid oe, fhm proicoas em garntr um avpriment rele de Gan seradacem, ¢tambem percbiam que extavam tendo rei 0s brave superaram etsy dicldades apind fm enpretrienaconis. A nova Replica fudge 188 je de plantation na forma. de sso Mem icin nas, das qusis dois tergos haviam 08 2,000 engenhos tradicionas contav® Manda local para rapadura ¢ cachaga." Ds anto a ajuda do govermo permitiu « moder Dequena dos engenhos, a wransformagto nizagdo nunca cheparam a set oy Meimo dentro do Brasil, onde a dem ter compensado patcialmente a perda dos roe, a8 dstincias © a bildades de comercializasto 4 deste. Os exportadores primeira décade do is, Rio de Janeiro indGstris loeis de agdcat sistas relutaram em part. refinadores nessae reas, go sonopsonia (monopélio na compra de um a) como resultado da crise de export jogaram os produtores uns contra os outros, frusrand Jos eaforgs do cartel, pthaniel Leff argumentou recentemente que as dificul ras dreas aqucareiras no Brasil agraveran fsigncia da economia do. café Desde que a6 forges neteado nos prineipais portos atuaram no sentido de mantet 1 taut de cimbio corrente aproximadamente a mesma para as feeas de agcar € café, a alia rends proveniente das exporte: gies da vigorosa economia cafecta mantinha a taxa de cémbio rcionl do mil-tis acima do nivel que normalmente atingiria, aso ela foe determinada apenas pela renda proveniente das txporagies de apicar, renda essa que crescia lentamente. De- vido a quede geral do valor da mocda brasileira, a taxa de simbio xiv mas lentamente do que teria acontecido na auséncla tos efeitos esabilizadores dos Iueros do café. Dessa mancita Os eportadores que recebiam moeda estrangerateriam sido ca uae de comprar mais milséise, em consequéncia, de atenuat 6% efeios do dectnio nas exportagdes.* Entretanto, tas efeitos 0 gamhos 56 teriam sido claramente postivos se a inflagdo 93 nib tvesseafetado os presosinfernos pars os exportadors «x 8 procura de produtos importados fosse pequens. Os expats res de agdcar poderiam ter escapado aos efeitos de um if 0 domstiea mais aguda, porque imperfeigdes no mercado ab como precériot meios de comunicagio e falta de poder debt fanha da clase trabalhadora term detido a escalada dot pe (08, Mas a necessidade de importar bens de capital cos 4 modemizapio teria diminuido esses ganhos de curo pun Tis ganhor nio teriam sido sufieientes para estimlar 0 ces cimento de uma indistria local de bens de capil, como Ceo Furtado suger, e assim reduzit « dependéncia nas impart Bes estrangeras, porque mesmo em Sido Paulo — onde a ondigSee esonémicas eram muito mais propicias — tal tp de indGstria ndo aparece antes dos anos 30, Esfrjos ante lores nessa direglo haviam dependido muito mais de ma Tegslgio de tarfas protecionistas e de tratados comecii ave de taxas de cimbio, As difculdades do mercado de exportasso de o ram a diferengas regionais de rends no Brasil, sendo pemambucancs atribuirem seus problemy Ticas. Mas as disciminagdes politica cia, nio uma causa, das diiculdades 0 recebeu mais subsidios imperiai ‘eats do que qualquer outta pv pine Industriaizagdo prec Jans ¢ Sto Paulo resltaran ras daquelas éreas (abela y Alem died em gerd tigapareceram shes de af 2 forga das esonomias cae saa subsidios imprias a, quando os nordestinos Fpostos do executive, scar convineentes do que antes, Os orcamenic g Nordeste quanto no CentroSul,fiaost Programas de desenvolvimento econ usin a imigragdo. Pernambuco mal podett calpar Sdo Paulo por nto gastar suas rend fora do estado [Até mesmo no séeulo XX quando as sgéncig Superintendéncia para 0 Desenvolvimento NB), 0 Banco do Notdeste a Receita Fed timentos indutrais no Nordeste, ys provocam reclamagSes con diferngas entre a economia Condo, para paraty Brutus, «cup, no fundo, cabia ni D rio Nordeste, A colonizasio interna f principalmente das posgces contrastantes do Mg do agicarbrasileiros nos mercados mun sins, Se minha anélise estiver correla, af Gnicas solugSes post girs a crise de mercado do spear de Pernambuco teriam, integracio a um mercado do hemistério norte, via reo jo; uma nova utilizago dos recursos produtivos empre: na indGsria agucareira; ou a manutengio do satus quo 4 trasferéncia dos custos para outros grupos da sociedade brasiira. Tivesse o Nordeste se desligado do resto do Brasil — even conseqincias Leff expecula e que fal ; 1824 —, os exportadores de apicar indubi tovementeteriam experimentado uma queda mals fj taxa de cimbio e um wo sobre cujas porsives eft tentado em pide na jumento de renda a curto prazo. A sepa rao teria iberado © Nordeste dos efeitos Ponderinia repional do Centro-Sul Sido « mobitidade do trabathador custo da mlode cbr periciosos da pre Iss0 também pode ter in em conseaiéncia, baixado tanto a escrava quanto @ livre. Além is, teria definitvamente acab o Sul ado com o desvio de capital para a forma de impostos imperiais e faciktado ara moderizagio, Mas subsidics enhuma dessas mudances te ria restaurado os mercados de exportasio de Pernambuco, pequena populagio local nio poderia te absoevido a prodia da dre Somente s¢ a regiGo independente « produtora de apéat participaste do formal império britinico ou do informal inp Fio americana, é que ela podera ser m ado internacional. Se o Nord bem sucedida no me Iindependente tives polis ferecer condigSes especialmente favordveis para ata cai fstrangeiro, a metrépole poderia em seguida ter firmado as dos preferencsis de comércio a fim de garantr mercado pr fr colénia. Claro que tal neocolonialismo teria implicado aia Custos politicos em termos de perda da soberania, tal emo Cuba experimentou na primeira metade do século XX; mes sssim 8 exportadores de agdcar teriam melhorado se ge ‘Uma reforms agritie que redistibuts dos na produsio de agicar ndo tera cures ema economia, porque nenhuma eutra exporay jcratva quanto a do apicer em Pernambuc dio atrain investment do algodso na lista das exportagdes do ‘la temporiria dot internacional. Quando aqueles pal ses produtores como corre logo depois de Guerra di tados Unidos, das gu Estados Unidos, 0 B algodio." © tabaco car do Ry ele nunca) tio tucratvo, o ida zona de de export ago de go mente ext.» econ ert faliou aquela drea uma boa pastagem ¢ Ut nto Mines Gerals Re préximos do populoso CentroSul e pre de gado e na produyio de Inticinios, dominiva® mercado nacional.” Finalmente, o café, o cacau © a borracha ute tornaramse exportapbes importantes dees produtos nio se encont a auséncia de qualquer ativdadg permitindo ganhos jguais 20s do frundes proprietrios se concent aso diferente se surpreender Ain investimentos nas. planta um cartel no mercado nacional impe- ios a recuperasio das perdas através 0s mais altos para os consumidores no mercado interno. 1m capazes,entretanto, de repassar os custos resultan ino dos mercados de exportagio para trabalhado- tions. 0 fracsso em na forma de salérios baixos, péssimas condigSes de ho © falta de estabildade no emprego. A ee social Enquanto a concorréneia mundial entre os produtores de ssicar eiow uma crise nos mercados de exportagio do Brasil fins do século XIX, o processo de aboligdo da escravatura, Inicio com o fim do trafico afticano em 1850, desencadeou ‘uma crise social interna. Os pastos em diregdo a aboliio tive por consideragdes Polis € io por Nutuasdes nos rendimentos provenientes da ‘epataséo. Porém estes passos afetaram diretamente of custos podugio« a orgaizasao de forsa fam seu ritmo determinado_principalmen de trabalho na indstria. ‘swam. As véris regiGes do Brail reagiram de forma dite Tente & aboligdo, dependendo do vi trabatho escravo.” Em Pernambuco, o monopélio da terra na repo agua a mais a vantagem frotar dentro da pr lor € da necesiade& | | comparativa que © agécarcontinuara 4d rovincia conferiam aos senhores de eng 4 supremacia econdmica e-pol ica. Esse poder thes emi fazer passagem da escravidso ao trab ‘mo de problemas, transferindo, dessa nancira, muito do ea da crise de exportagdo para os trabalhadores lives, of gi Praticamente no tinham poder de barganhe © fato, porém, & que 0 nimero de engenhos erst sx slimes anos do século XIX. Se quisetmos procuar a ews fio a yantagem compara & ‘gear, poderiamos entio atribuir Politica associados & posse de grandes propriedades de tr Alguns senhores, de ato, podem ter adquirido tex por pois a austncla de impostos terrtorias © semelhantes nou # posse de terrae pouco Propritiros. Contudo, as presses da rol da moderizasio mostreram qy capazes de persep investimento pn engenhos eram luerativo Embora os sen} gad pres {0 pequenas de sua © dagauaspropriedades tivamente impedia & PMs Biss case de pee nos asrgptores, = qual Merlo ies ameagado a sores Os senhorygge engento m os cargos do ore em nivel IM onde o poder politico refletia seu monopi 4 fcto. & claro que os senhores tnham di nfrentayam em tormo dessas diferenss Paes imperiais — liberal e conservador — € lt bem dentro © fora dos tribunals, mas ese, snpliaram suficientemente a ponte de su clase de a premacia Até mesmo quando eleme urbanos entraram na Iut, os sen dos dois lados, ee derrota dy derrota da classe dos grandes an supremacia politi dey o perioda co Sempre signi de Pernambuco, fam quanto governavam =" Esse ff ern nh 1350, 0 ores fossem beneficiados 8¥0 para o livre. Depo de a de esravos afticanos eletivaminte pe Yo da indistia de café no Centroel 0, € sua pr ocura de bragos Ec Prefs dos cteravos sir rpidamene, Eee pete f7fo em conjunto com a estagnagéo relative Pxportaco de acticar fizeram cor seat m m que 0 trabalho esra iar foie cada ver menos Iurativ. Mesmo eon ce fat (Grmulas para medir a capitaiza 80 da rends futura te & just de jo vigenes © « instbidade dor meen rizado os senhores de engenho a reduzi drat macrie 80 expectativas de ganhos futuros com o takany De ato, 0 trabalho livre no tebe oescrayo em 1872, "ano Brasil In ores tiv avtcar jé passara a predominar quando © primero recens Petal mostrou a p em todos os A conver camento ge ponderincia dos trabathe ‘municipios agucareiros de Perambu: eu de vérias ma craves para o café suscitou um wéficn ‘qe levou escravos das érea Nerdete para'0 Centrossu, 3S agucareiras do Outros escravos de Pernambuco 9 simplesmente morreram, Um miimero razodvel foi liberiado ay dla aboligio em 1888, stravés de medides legis, Hanya Pamtcular ¢ talvez mesmo de caras de slfori, © declinio dos lucros explica a répida: conversto dos shores para o trabalho livre. Os senhores simplesmente m puderam arcar com Também nio tentaram incentivar a reproduglo entre x prios eacravos. Na histéria dos Estados Unidos, a lfetth despesas para obter trabalho ex Sobre a existincia de tals préticas tem se baseedo em dat demogriicos © testemunhos contemporineos, Emboca extn ‘lgumes referéncas esparsas sobre tis atividades nos Gas café no Brasil, os dados no sustentam uma tal afrmosio pea Pernambuco." Trés indicadores para Pernambuco poderians: stir a existincia do fomento & reprodugio ere scravey, mi Auando se consideram outros fatores, as evidénclasnio slo ma Yo convincentes, Primeiramente, « diminuigio da proporso ‘sscravos masculinos em relaeio aos femininos sugre um inte fe crescente por extes limos para fins p sa tendéncia € melhor explicada pelo f 1850, a auséncia de importagses de hhaviam evidenciado forte pref venda para o Sul de homens jove entre 06 sexos retornasse a proporyd lugar, 9 média de idade dos escravos @ 1872 ¢ 1887 da de excravos ad ; Mas esses escravos sarigpenteprocindos pt casa fingldade, Ale em 1871 a lei libero ingtnudMPisto , criancas excrava, vedouse 6 fomento 4 @goducio esceaWem fins Iuerativos. Finale oy mero de criangas escravas para cd ail th riagdo também pode indicat 0 mprep # 180 a criagio de excravos. Mais provivel e88e aumento corresponda somente a ume KE 100 dincia geral da. popul regitros." AA preleréncia pelo trabatho livre sscravo derivava também da neg ores motivados,j6 que a nava lasHo, assim como a rar tsa maguinari Imenies to ear, apd forma comum de e produséo. Dese modos a bros de wa familia ‘lo se aplicam Pemaniba Cilerio Freyre, mais do que qualquer outro, poder 8 paternalistas dos donos de e po seus cativos c, em particular, sua promiscuidede ravas domésticas teriam ameniza RPrenhores de engenho freqientemen Aegtimos, a converséo para 9 trabalho i do 8 escravidlo J g bertavam seus filhos re podera ter ocort © mais por motives humanitéios, Entre o quio generalizadas tenham sido tais tatural de mulatos nunca tanto, no importan stitudes, 0 aument correspondeu & procura de mio-de hts, antes de 1850, mais da metade da forge de webu emambueo feve de ser importada da Afvcs. Além dine, an Pevodo ene 1850 e 1888, some ambuco tornaramse_trabathad Indifereate & maioria ampunhece de ex-scravos ou de pessoas nation Rt scores Iiberavam escraves com a eondiese de fang cuasem s tabalher nas fazendss, les extavam oe Tantindo 0 suprimento. de forga. de ta "tendo a familia exiensa 109% dos eseravos em Pet s lives. Eta provavelmente dos senhores se sua forga de trabalho 9 Tanto quanto pro Do mesmo modo, os senhoresestavam disostos renuncie so prestigio socal ao poder decorrenes da posse deer Embora eles possam tradiionalmente ter considerado ses exte vos como uma ordem inferior numa sociedade quae fei ‘pds 1850 o valor social da escravidio passou rapidamente ps segundo plano, e 0s senhores substtuitam of estravas por gre pos dependentes de "moradores”(agregadcs), trabalhadors a Taviados e parceiros, que eram quase tio subservents guns 6 primeiro grupo, Dessa mancra, os senhores protegam si Status socal, enquanto sbandonavam a ordem escrvista, Minha énfase na motivagio econdmica da abolgio gradual em Pernambuco contraria a afirmasio de Robert Topin de qe 1 escravidio no Brasil foi abolide somente depois do ces mento da atividade abolicionista e da violEncia dos petri cxcravos. Toplin aceita sem questionamentos as estimates of ciais da populagio escrava de fins da década de 1870 e cand 08 de 1880, as quais néo representaram novas cong apenas efleulos que resultavam da subiragio de nf tradas de escravos e de saidas leges de cativos matrcula de escravos de 1875." Contar Ingénuos morando em Pemambuco df camo Toplin, pode mais precisamentc ref esc ‘mas certamente nio a importincia & rei porgue a mais velhe ao lade de trabathar cn to Toplin document dg fugas em masse eo Sto Paulo, simplest oeMencias de que sera de 31.0qgpescravos dei as em Pernambuco & 1885 © TBSGg Evidéncias de massa existe sm prt as elas nfo s80 pertinentes. tho pouco rentével, que certas pobres do Norte tais como Ceard ¢ ABE ‘da decade de 1880, vio sboligéo nacional, Qutras éreas, como Peranbe 102 60, estavam extinguindo & instiuisho, senso Desa mancira, onde as atvidades conlll™ Petia trabalho escravo desfrutavam mereedes Sul do Brasil Ov nos estado slgodeeo escravidio continuou lucrativa a para abolla, Onde tis at extinto @ trifico internacional damente uma desvy res livres, Sus excravos como fatores avam se eles ou os trabalhe produsdo capita abalho es avo. Como Mintz ee ava, produzindo algunas mercaderion cas para a metrépoe, foi uma forme capitalise emergente becca de orzanizaséo industrial Quando se nega que rabelho escravo, entéo te pode Ps a importincia da transgio para trabalho lve Leck Ro, Genovese, para quem o capitaismo ¢ ugdo caracterizado pelo trabalho a forsa-de tabalh alismo possa empregar tr 0 modo de pro asslariad © pel ido pela separasto 2 dos meios de produ ‘ d do — isto 6, (.-) {no qual] a propria forga do trabalho te torn no Nordete do Brasil uma triode cena ‘uma sociedade senhorial com elementos capitalistas, oe 1 mercadoria tados pela crescente importiinc) a Thadoresassla «ao ados." Mas 0 trabal : it no Brasil havia. muito. tm ‘tbuo livre em Pernambuco 84 relaio entre os trabalhadore ‘wabalhadores. Em rele PO, © a transigSo para o fo acarretou maiores mudangas € 08 meios de produsdo nem s da produsio entre os aslo 00 prego da terra, a0 volume de Sapa empregado_ pelos se fos dese foto nhores de engenho ou a0 valor dos Produtivos, os salitios rursis ndo represen 103 savam para os senhores um peso significatvamente mut (que, antes, ab rages de subssténcia dos escravos, Ne mee das hipotees, os tabalhadores conseguiram malor cont se bre sua propria forga de trabalho, no sentido de que des pln jgora recusarse a vendéla, Todavia, mais cedo 08 ma tle nfrentariam as altenativas de roubar ou passat fone Us fexame das condigdes do trabalho livre em Pernambuco pi dde 1850 deixa claro que a aboligho, ao fim e ao eabo, pos significou (© ‘trabalho livre nos engenhos ¢ nas usinas consis e abso astelariado (de horistas, diarstas ou pestoasemprp das por periodot mais longos), em miode-obra evenal & \dores e em parceria, As condigdes de asalariadoe de rador eram provavelmente as mais comuns, especialmente pe 0s exescravos, jf que esses m: - ‘8 pouco requeriam, investimentos em equipamentas. Os rioe na zona agueareira aumentaram em fins da décage de 18 debra por parte de construtores de estradas dores de algodio loctis, J4 no sltimo, porcio crescente de trabalhadore ados de exportagio empurrar mesmo tempo, oF pregos de ali 8 pequenas ropa 0 moras riavargjado para cant eles que depen ate alas 1 uedt fompravam 1040s © m agudamente devi ria, por outro lado, exgin Pl? de tragio, Mas» bistéia Bat Marreira, © qual, no romance de Jost Lis Fe subiu de lavrador a senhor de engenho, fol st ca. Em relagio a forga de tabstho rua, Individuos eram par ses acumulou 0 capital necessrio. pa Nenhuma dessas relay der de barganha. Os senhor empregat © demitir posetos a seu Piste de Pernam- cexiptcias soins serrecusadas. Até mesmo os sua modesta acumolagao de como uma espécie de classe sos a plantar cana em troca de uma pare do apicar pro Jo” FTodas as relagdes de trabalho livre ineluiam a liherds a de deixar o emprego — um direto negado. aor tra Res — mas esa lberdade nio deveria ser exagerads, © tabs Thador livre nfo encontrava empreges alteraativos no Nordst, fomo aconteseu com os exescravor em algumas sociedades de Plantation do Caribe depois da aboligio." Dados dos recen ‘eamentos no indicam nenhuma redistibuigio da. populagio lime decor em diregdo ao oeste de Pernambuco, onde eles po diam ter se dedicado & at aioe disponibilidage de terras e & populago menos nurreross, ‘nem 0s trabalhadores sairam das dreas rurais para capital Resie. Os dados dos recenseamentos revelam uma taxa de eres simento muito maior de populagdo nGo-strangeire nas provin: sits do CentroSul do Brasil do que no Nordeste, Esse cress Iento pode refletir condigées econdmicas superiors, tornando ‘lor © aumento demogréfico natural, ou pode indicar & migre ‘o dos trabolhadores nordestinos para o Sul e, dsse modo, um 105 yan me de mobs de modeobr So gp Rettmente™ A origem deve crsceno agarda ra Pr eee gota Tomas mn os crore em re Pi Ge pn ge aes (Giaee weve enc nce oe bo denrepinines gar pena ts eae ty Sain «pace no favoriveig@ indistria as condigées econdmicas F cesencorsjavam os im: © 4 legislagio civil discriminatéria nfo ar os evropeus de Pernambuco mais do Ho a Sio Paulo. Todavia, » economia nfo permits a imigraglo subsidiada de ce de europeus,¢ estes, reeém-chegados, aceite vm chance de I 3 estabeleerem, porque pdlam ter eae Tanah de mehorer sua srte numa tons gro Os imigrantscomegavam teblhando no CentteSu. A stra de um no deveros nos esau ia inane foram provavelmente da economia cafecra do que de Assim ia ter atenuado veeno der tis positivamente para ame nizar os problemas Wgrentcs da transigéo do trabalho exravo sa o trabalho livre N@yoverno houve por bem oferecer com 0 através de fundos de emancipegdo aos proprietéros pros antes de 1888. O governo recusou-se a indenizer shores quando da aboligi fina, mas também nada fer flo de sjudar os exescravos. Nos Estados Unidos, uma f enite moderados radicals no Congresso no periodo da Reconstrugio — logo apés a Guerra Civil — no scctou 0 veto do presidente Andrew Johnson ¢ criou um Departamento de Libertos. Os radicais advogavam a dstribuigdo de terras de voluase confiscadas na guerra, © que levou a0 lema “40 acres © uma mula”, Mas 0 Departamento durou somente um ano, © {uae nenhuma reforma ocorreu.” No Brasil, a aboligao nao se feu em meio A destruicdo de uma guerra civil, e 0 governo Iratilero pode fing ignorar completamente os cx-escravos de Pris de 1888. Essa negligéncia deixou os exescravos nos enge hos nordstinos tal como antes, No Centro, ela signifco ara os liberos,jé que os imigrantes europeus — mais "bean 628" € pomsivelmente mais bem eductdos — ganhavam os me lores empregos, a permanéncia nos ecal6esinferiores da soce dade CContudo, até mesmo um bem sucedido Departamento 6 Li bertos no Brasil nfo teria garantido a melhoria do bemestr dds trabathadores sem uma ajuda em grande escala do govera Uma relorma mais ampla incentivando a organizasio dost balhadores com vistas a um maior poder de barganha tr resultado em benefcios a curt prazo. Em ima an porém, os sindicatos de trabalhadores de planatc spenas dividindo, mais equitaivamente as rendas 4d agdcar, sem tomar medidas visando a longo prazo. Além disso, cles teriam p 1 sles b {Uma mais completa reforma agréia que no somente re Aisibuise a terra mas também mudasse 0s produtos béscs caltivados poderia ter resultado mums distribuigdo mas equte tiva de renda, melhorando o benvestar dos trabathadore, mas isto nfo foi poltcamente possivel. Um govemno meng > controle do grande proprietésio poderia ter se 2 reforma agriia combinada com uma divepificas tar of efeitos da estagnacio do aga Pernambuco tivesse plantado maior v exportagio tis como agtcar,algodio rmantimentos para 0 consumo regional, ae ses empréstim irra necessrit Fido tomada aos senhores, aumentando em cont inci ou 0 mimeo de propredades, sem criar minifindos, Br ent 0 nimero de proprietiros, através d co0pe ratios ou coletivos. Uma reduglo a curto teplonal bro teria provavelmente ogguido, feria tio uma distIbuigéo mais fal reforme no Brasil do séeulo ta tenha sido aventad enon, 8 d cto do tabalho es agucaeias do Nordete brasileiro pups de grandes propreériostveram Demeucedida nese perio, como em Cuba ¢ principal ftor determinants cados de expos devia ter sido benefiiada, Os grandes propitros perm de um padrio de desenvolvimento socialmente 109 © Brasil esé Jonge de ser a Unica érea colonial ou sens colonial na qual» modernizacdo tem preservado a extua tradicional, No foi por scidente que Cuba, uma das mais an sadas coldnias de agdcar do hemisfério ocidentl tanto am 4 mos teenolégicos quanto no que diz respeito 40 deem mento de organizagdes de trabalhadores, foi também a pin ‘ experimentar uma bem-sucedida revolusio socaista, Nein Volume de investimento de capital ou revisio das relases de trabalho nas economias capitalistas de agrcultura de expne 0 podem produit beneficios socais, a nlo ser que as me anges tragam tm maior controle por parte dos trabalhdons¢ uma maior participagio deles na produgio. Cubs comejou um revolugio em 1959, Pernambuco passou por vériss adap no iltimo quartel do século XIX, mas esté ainda esperais uma moderizagdo que resulte em beneficios mals geai NORDESTE BRASILEIRO Tebela 1 Tobe 2 ADOS SOBRE PRECOS, PRODUCKO E_EXPORTACKO ‘yaton DAS EXPORTACOES BRASILEIRAS Di DE AGUCAR, 184-1845 A 19061810 ‘Siete a ioeis10 CEM MILA epee, toe te ce valor médio an eee ce, ee exposes dg ta 1850 " rguieds 959078 mgr 163612 stood ws 1860 Wecteso Mean 938 112850 208586 26624 aoL8es Testes 1435105, tangy Snog22 2s 10d wae terean suact $4200 series pete i335) S34600 2 24 Betezro 320% 100001 642000 25 5é otters 5003045 fe557 682.000. 235 OF Waeis0o bias Glas 113908 HWorises 041400 soos 78.286 "s0e1910 51338 Ver Rolind 7, Ely, op. lt, pp. 230418, pare, det de sites que Tinanciarat 0 Sea" cubano: © Hugh Thoma, op. dy pram pure texas de fur, Sobre o capital eo» eneiniay ene Traccaon, eomnltar Leland Tenha, Our Cuban color) (New Yo {Sts pp. 385; © Hugh Thomas, op. eit, pp. 207, 283 e 2113, Noel Deere, The history of sugar, 2 volt. 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Plat, Lain Americ on Para uma revishodetalads da aj oficial ae engeh olny ver Peer L Berber, op. lt cap. # 65,0. 6 Gaps Apollonia Peres, op. ct, pp. 3 2 Alguns cbervadores contemporineos oa Iasi fone inferior em qualidade, NiO sie tem, oe for verdad, ae que ponto > il ra Taser, Tesi Rare Tenn Scorer Pett em S20 Paulo (Sho acl, 1968), 0 % ink jr Boletim da Unido dos Sindicaios Agios snatusil Lett The braian cept goods indy (Cambie, wa es, Cea Parade, Te oom alo! Bre Par ume anise dos a Par un reuo cancodatfomas 8 tba tne a Nee? Manat Conn de Ande A tome XOX em Pena. 20 eo Pel, 186), Pp. 954 19h =r ce esc Milo is Svalconral i slave Plan i en Not i. Demingue nd Cube (lio A a «et a hick, A thr tory ote a BBE: ot 35 e (Londren, 1971. yp. 1986. renee Leff sgoment qu os esos de tno Ingen oe eben ta meblide, op. Pao, TR Bee Sean waar ot movinenos do tbahadr Iie, compan ¢ ec ts spurte) 1, vl phe Diet Recess de eer ga «ado i, nacional, fa, oe eer a popuoan rcouade em 31 60 emi Sesotho de oe, 1098), pp. 23 rect SxtTopi, op. it pp. 25%, woe seme ea er Tors alcs. Em Perum, un pa et SEIS So SP enecaas ou veda, um cevemoen tan fete, re ru iain aga chev 1 re eaten 2 jaa, dure oF mee $alaive demprepdor podem er ‘twanen Dean, The indusilation of So P sae, ages Peer Enbrel Be SBacines in Rene de Mute Si, pp, aebL, Peer L Ebenborr serpy ed i {eh apeatao no IV Encontro An ‘moclatin, Madson, mio de York, 1965), pp. 1 gp do ne tre Pscw York, 196) pp. 13. Pe ineentncoy Bel “ fck P Greene (ors, oP. B32 adver der Hie campontes de Wat 8 8 ot soca ae 10, ner Lede Bere J cS (Rode Tonio, 1965, « Cra a of Perunbce: Bre, 196144 em Hen Balin Amarcon patent movement isece, NEW Ne i). SH434- © pe de tad de 164, fo por om BP 120 tres ¢ howl A mabilagho de tr TaMemagem do Exo, S7. Dr. Hereuno owrnador to ead, lide por cca dint Warn da 7 legiature do" Congreso Lev Se moro de 1911 (Recife, 191), TScsensgio, O progreso ( p64 om dunte tssraydio tem recebido ume grande a em dezenas de artigos ¢ livros para examinar quests rt Fogel ¢ Stanley Enger, 4 ess insttlgso. O livro de Rot Time on the eros, © qual Rudolf Bell ontrbuiglo provocativa para ess polémicas tmelhor sua importncla, seria til reas ina evolugdo do debate Depois da aboligto d 186, como sempre scontece, vis Tato em wo +e Na historiografia norte-americana neste vésulo, 0 tema ds gio, Todo ano apate ea, representa uD para areca vidio nor Estados Unidos em ‘doe vencedores dominave 1 historiografia, Uma atitude moralizante carateiza os etd até 0 fim do século; a escravidlo era considerada um mal, una ‘maldigio para o senhor e uma injustiga para o escrave, Un doe principis historiadores da époce, James Ford. Rhodes, culpou a sociedade inteira, Norte © Sul, pels indmeras deg s8es do escravo e pela imoralidade do sistema, Era preciso um autor sulst, com experiéncia prpria 09 ambiente onde floresceu a excravidio, para contstar ea én fe moralizante. U. B. Phillips, native de Geérgia, recoreu acs Arquivos de fazendas, para mostrar que uma relagio pstems Tista abrandou escravidio? Phillips considerou que os exe vos cram infants e ineficientes ¢ assim emprestou respi dade A idéia da inferioridade racial do negro. Para cl, ccravidio dificultou 0 desenvolvimento econémico do Sul ‘© maior trauma da histris na véspera da Guerra Civil, © norteamericana € a béte noire dos ufanistas que costumam exh tar a perfeigio da Constituigio de 1783 e a domininci lita de consenso. A insituigdo estava mi As forges progressivas e igualitirias d ¢ 1940 fizeram com que # posisio de Phil Varias contribuiges para 0 Journal of mente aquelas de Herbert Aptheker, ch a resist As criticas mais tam de década de 19 fo ul gro, nero ou a conelusdes opostas.” Pi fazendas grandes © 008 vs prove perspec Stampp pbc fo, assstncia médica, fr fos que o préprio Phillis iP. ‘2 visio pateralsta,Stampp fo equipe liderada por Gunnar Myrdal omprovaram que # és squldades social, politica © econdmica eram as difernses mi importantes entre negros e brancos, mas ests do racial, portanto, podiam ser eliminad jidas po- sobre indices vitais tornaram frat a partir dos estudos d Esser dois professor computaram compréos egnantéf Bos cuss de roduto dos esravos. Els rendowo_4t cialmente quando «da escrava 0. prego de sda de seus filhos ime on the cross, de Fogel e Engerman, taz # metodolo: nitatvista para atacar a perspec MB seus seguidores. Os autores véem a esraviddo como te produtividade, nfo prejudicou o escravo tanto quant jo altamente lurativo que, apesar de uma alt eficia ma penser. Suas conclusiee mais p atvas podem ser resumidas na man 2 manera segsine 1. A escravidlo sobre Tucrativo, tanto ou mais do que os melhores invest mentos em manufaturas. Por iso, a escravidio nfo st encontrava em desadéncia na véspera da Guerra Civil 20 contrério, estava se fortalecendo e, impliitament guerra era necessira para conseguir a abolilo. Os mists na. véspe a da guerra; a tenda per capia estava sumentando te no Sul do que no Norte, of sults dos Estadoe ‘mais rapidam esperavam separar a sua Con Unidos para formar uma préspera repiblic, eco: crata © independent 2. A ogricultura bareada em mio-deobra esrava ea 35% tmais eficiente do que a agricultura do Nort, but fa pequena propriedade familiar. Em geral, o ero no eito trabalhava mais e era mais eficiente do que @ trabalhador live. Da mesma forma, escravos emprg ddot nas manufaturas, © no eram poucos, eram mais cficientes do que oF operérios lives, © a procura de tecravos para trabalhar nas atividades urbanas eure ssumentando, 5. A excravidéo nio deformou a familia csrava. A fan fia era a unidade bisica de organizagdo social ete os fescravos, ¢ ela sobreviveu, porque os esravosaas t hnham interes em protege 4.0 ppadelo de vida material dos escravos era até meat do que 0 padrio de vida material dos trabalho vyres na indéstra, A taxa de explorasio, emt durante a vida ativa do escravo, pergy vo de cito recebesse até 95%, ‘ecorrer de sus vida inteira vos, 0 is a peectiva de Pils defensivas, © até ceo terol” 0, Numa série de vo tu Eugene Genovese te ponto cficazeM@ys escravos dentro do sistema un, as posigdes conservadors de oni en AMPAicas de hoje 36 Brox que esse debate continue provocando novet Fi, escravidio.norteamericana. & também de # 128 esperar que 0s pesquisadores da excravidio no Brasil expe Imentem estas metodologis quando postvel 2 prove hipteses paralelas para a realidade brasil j oe 1 Mitory of the United Sister from the compromise of 150 t the inal restoration. rt the oath in a? (New oh aati Chk Pe Frere, co ‘naa apareveu em 1553, me Pt A MENTAL NO CONG! sistem varias correntes de interpretaglo na historiografia ra, no. sentido de avaliar a existncia e a importincia rengas de mentaldade entre os fazendciros do Vale do Riva c os do Orsie Paulista na segunda metade do séeulo XIX. O-propiito deste artigo 6 aproveitando uma revis iia dessa literatura. por Jacob Gorender, primero, analisat ts interpretagdes disponives e, segundo, verficar, através de uma anise dos depoimentas de fazenderos no Congresso Agr cola do Rio de Janeiro em 18 ima inerpretagio pode ser methor confirmada” [Antes de sbordar a histoiografia da questio, € precio sugerir melhor o que se entende por “mentalidade". A defini {a0 do dictondrio de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira me ce mengio, pelo menos pela sua simplicidade: “o conjnio dos hibitesintlectuais e psiguicos de um individuo, ou de um grupo"? Evidentemente, Karl Marx deu muito mais énfae 4 Erigens © aos papéis politicos de idéias, quando intoduri 0 Coneeito mais dindmico de “ideologia”, ov sea, « “emamasio Greta do comportamento material dos homens te os homens da classe social dominant.’ Mas este estudo dis fatias dos fazendetos pretende avaliar nfo tanto as rales 08 sido 4 ts consegiéncias dels, tinude mental d forma de pensamento ou a nifestou, Assim, © ponto de coincidéncia com Marx seria as firmagio de que "a mesma base econdmica — mesma 9 focante a suas condigSes fundamentais — (pode) mostrar em teu modo de manifestarse infinitas variagdes © sade das a distntas e inumerdveis crcunstincias empiric, co faturais, fatores éinicos, infludncias histGricas que 4 tmarxista, €descobrit te tal base esondmi entre 0 fazendeiros e os produtores dir ‘manifestagSes regionais diferentes. Max. Weber tambéry semelhante aguilo que famoso, Weber desere Taare icy “la "0 que se pretende, Mo gpiatons, eo iPhone coisas, do desenvolvimento tos dos fatores téenicos dn producto ¢ fsio de aquisigio rea ajustada com céleles Papal"? Essas idsias weberianss, oo logo 132 ‘vers, iflu(ram fortemente em alguns excritore brasienos, Aqut {abe destcar que © objeto deste ertudo exth pugmo daquilo fecil, a stitude mental com a qual os f nharam sua aividade econdmica, trata de descobrir o grav de des Brasil do eéeulo XIX mas simp & Dada 2 impory ue estudam “This siderar mi de mentalidade. Essa esco 1a nio far fa histria do “sucedinco popular a ‘visio de mundo... um cnivero mental Wgggresino tempo esteeotipado ¢ catio’ ola francesa assemelha-se multo A da tendo que os historadores trabalham com tes de épocas do passado. O meu interes nlo abrang eto tio vasio e variado quanto 0 univero mental dos ros, que incluiatitudes para com muitas oviras esferas ia além da econdmica mals amplo de fonts literris, rigiria um levantamento muito As interprtagies A interpretagho que afirms e dé grande Enfase 8 diferenga regional entre mentalidades provavelmente comegou com Sérgio Burrque de Holanda, em seu lio Raizes do Brasil, original mente publicado em’ 1936. Ese autor obserou que, a partir os meados do sézulo pasado, no Oeste Paulista “o dominio turitio dena, sos poucos, de ser uma baronia, pea se apron tar, em mulios dos seus aspecos, de um centro de exporayio industrial” Em outro ensaio posterior, Sépio Buargue reptia tas prépriss palavras, claborandoas; “a faznda de café f iciona dos engenhos de cana... formava uma unidade feche Ga, suficente,quase autdrquica”, que tomava desnecssitio um Gevenvolvimento maior de lagos comercais com o mercado iter tho. Mas no Ocite Paulista spareccu “uma nova raga de senho fee rurais, gerada “em primelro lugar pela caréncia nessa provincia de uma tradigio agricola realmente grande © prispe rev ambém pelo. aparecimento providencial de alguns ho tnens de inieiativa € esprto prtico,.. enfim pela propria ns tureza absorvenie e exclusiva da cultura do café’ ue terrae fossem dedicadas a lavouras de géneros de primeira necesidade.* Maria Isaura Pereira de Queiroz em 1950 aplicou aw rnas categoria sugeridas por Djacir Menezes © alegou que ot facendeitos do Vale, “ttuares do. Impéri, representavam Dpurgusia lntifundiria com fumos de nobreza... seriam os fa endeinos unicamente fazendeiros: 0 que nio era de admin, pols, quando do esplendor do café, seu lucro se espraavaggm fuxos ¢ superfuidades”. Os do Oeste Paulista ‘argues comercial... mais frugais © mo terrasfreseas, puderam desviar capita pata pela aboigéo,.. que Thes obstruia os pas fo do mercado interno”. Maria Isaura rei ave o¢ fazendelros paulsy vam tp, no tempo, do bande re do na estelra dos prime Sgriam ero Iver {cil © sem gos Emborf@Rando uma Tittagem gp pouco diverse, slgant outros autores @jgcem perten Fes coe Mda Costa conciuia um ivro dé 008 co de que "os fazendciros do Ost ais avangadas do que os do Vale 3° ses da economia brasileire, doit dss mentalidades”” Eugene D. Genove sssumiu esse ponto de vista e declarou que, depois de 1850, o Vale permaneceu o baluarte dos obstin 0 Paulo surgia na base de homens novos" Boris ss dliferenga de mentalidades, quando se dvi Paulista para cle des de manutengao de sistema} Antevisto dos novos temps Certs socislog 1 alegeds die rau maior Penetrava mais na fazenda do Oxste 60 no qe cle expds a hipétese de qi as duas décadas Wy da abolgio, “na fazenda de café d ie Paulista... inf@sifcou-se © processo de racionlizasio mpresa econdmica", porque era montada com miode-obra Iss guas pore laleieieal Cigeieeee een aa mentos de retragio” do mercado interacional.”* Como hdo, emora “tanto o café do Vale do Paraiba, como 0 Ricar do Nordeste,fossem explorados nos moldes dos latifin dios eseravocratastpicos do Brasil", no Oeste Paulista, 0 fa dendeiro era “empreendedor capitalise... Absentesta.-. he bitante da cidade, possuis mente mais aberia&s inovagGes teenoligieas e 00 exprito de racionalizagio da empresa do gue seus antecessores € muita vezesantepassados, do periodo cafe re do Vale do Para Logo spés Fernando Henrique, Octavio Lani também afi rmou que na segunda metade do séeulo XIX “na cafeicultura, fm copecal o Oeste Paulista, a farenda se transforma numa tra progrssivamente a unidade produtora” Sem caracteriza apeificamentc 0 cafeicultor no Vale do Paraba, tanni insist fu “organiza racional dor neg6cios relacionados & cafecu fura.. na racionalidade inerene 20 modo capitalista de or Limitarmeei sr depoimenos sore 2 questo de miodectra van mon, primo, para nfo me eens ema a cco =a Sra ccre ou un preertnia pla so de cae ct er regmes menos lives do que ode simple asa Msi our Most pre tal Hoe sem ands resi © Congresso Agricola do Rio de Janeiro A questio de mio-de-obra foi uma das questes mus iscutidas nas cltimas décadas do Império, No imbito temo imperial, de todos os seus decretos, leis © desis Tante_o séulo’ XIX com refeéncin & escravigh promulgados entre 1850 ¢ 1888. © movin porit da década de 1870, levou & crasia Fo de jornais e livros que insistentemente f2 questio da mio-deobra para a miode-bra liv Em 1878 essa ques 5 reafpadcs 0 Rio dt Janeiro © o@Recife. A com pode ser expliggle por vérios evidente pes pare ess o Tem primero Wg, €78 vd sézulonte as conseqiéncias do fe macional em 1850 ¢ a limi : Re de 1871 sobre o crescimento natu avattondenavam fatalmente a esravid. Ps cu aE lecos nominais de esravos atingiram tos finetitccada de 1870, tanto no Vale do Paras quan 140 no Oeste Paulista.” Para dificultar vida dos excravoerates finds mais, a década de 1870 foi especial worivel Bs atividades da grande lavours. O prego da Gaindo de uma alta de 398716 em 1875 1877-78, ¢ 0 prego de com lib Aeclinio secular, caindo de 2 fem 18782 Por tltimo, embr onsiderasSes no Ri 878 marcou fo segundo ano da a catitrofe que tbslow a aggculiod Pings ¢ esti lo migra FeMB de milhares de nordestines fogelados Assi no mene conjuntura desfavordvel para junho de 1878, o governo imperial, at Mie Negécios de Agricultura, Comércio € ss Pablicas, Joo Vieita Lins Cansansio de Sinimbu, con 3s agricultores das provincias do Rio de Jancir, Si Minas Gerais e Espirito Santo para disutir sete ques cessidades mais urgentes ¢ imediatas d srande lavoura? muito sensivel a falta de bragos para munter ov melhorar ou desenvolver ot atuis estabelecimentos da grande lavoura? 3. Qual o modo mais eficaz e conveniente de suprir esa falta? 44 Podersed esperar que ot ingénvos, fihos de esravss, consttuam um elemento de teabalbo livre ¢ permanente na srande propriedade? No caso contro, qusis os meios para reorganizar © trabalho agricola? 5. A grande lavoura sente carécia de capitais? No caso Afirmativo, € devido ese fato falia absolut dees no pai, 8 depressdo do crédito agricola? 141 oes =a 6. Qual o meio de levantar 0 crédito agricola? Convém rat estabelecimentos expecais? Como fundé-los? 7. Na lavoura témse introdurido melhoramentos? Qusis? Hi urgéncia de outros? Como realizi-ox?" * ‘Nas semanas anteriores ao Congress, pclo menos 87 pee soas foram escolhidas como representantes de seus municipios Fatho, 279 pessous assinaram o livro de presenga. Desi toa tou 25%, vieram da provincia de Sio Paulo, incluindo 17 do Vale do. Paraiba Paulista, © 48 do Oeste Pavlsts. De Minas ram do Municipio Neuro (Corte), Esp mio e Rio Grande to Sul. A preponderincia de participates do Rio de Jencn xples faciimente por que, etre as 82 comunicagSes no Com reso, eram os fluminenses que mais se maniestavam. Entrtanto, mesmo dando mais peso aos contingent ores que vieram de outras provincias, para compensa pondetinsia do Rio de Janeiro, € preciso se homogencizaram necessariamente dentro ficas de cade provincia, mas antes obedeci como tipos de lavour, m tte, Assim, no se pode Rizo Vale do Pari. 2 Congresso por comissies mists Frgunta colocada pelo ministro da Agriculture indagavatMMe as necesidades mais urgentes ¢ imediatas d& grande layoura. A grande maioria das pewoas que responde im 2 pergunta aponiou para a falia de bragges onze do Rio de Janeiro e do Vale do Paraiba paul fo Orne Paulista ¢ cinco de Minas Gerais Entret fluminenses e dois mincios que trésfluminenses acharam sufi que incluia os "200 mil retira Rio Bonito de Vale porsdo de escravos inheir rem com capitis > bcs supridos pela Iavoura conerada Gutro minciro de Mar de Expanha_ parcial firmou; “sinda hi mullos excravo ra comprar, muMM@btrabalhadors livres © muitos caboclos ‘agama pelas matas e podem ser aproveitados"* Somen s paulita de Taubaté, no Vale do Paratha, negou a fal Imaioria dos congressisas fol tio convencida de que 0 D da falta de bragos era uma das primeiras necessidades fa grande Tavoura, que nio comentou em extenso a segunda ergunta do, minisiro da Agricultura. Essa perguniapressup tha 2 existéncia da falta de bragos e indagava se era muito tensive Agueles que responderam limitaram-e a um simple fim ou no, com apenas um fluminense de Barra Manse, no Vale do. Parafba, comprovando esa falta sensivel como uma Feferéncia aon" pregos elevadissimos (dos) exeravos importados Assim, ficou claro que fazendeiros do Vale do Paraiba © de Minas, como do Oeste Paulista reclamavam a falta de bragos Se fone pourfvel constatar que sites fluminenses « minelos pensevam somente na oferta de mio-de-obra esrava, enquanio ‘ue principalmeate © pessoal do Oeste Paulista recamava 9 falta "de bragos lives, podiase acrediar mais que exists wma us verdadeiea diferenga de mentalidades conforme as regies. Mas dos fluminenses que ndo reclamavam a fata de bragos vitor ff contavam com 0 trabalho livre. Apenas um fluminense ¢ mais dois minciros responderam a esas perguntas com referto das exclusivamente & miode-obra escrava. Desta andlse dat respostas as primeiras duas perguntas, portant, comeca ‘Gavidar de-que os congresitas manifestaram mentalidades sfonais A tereira © 8 quarta perguntas atingiram 0 centro dis preocupapées, uma vex que elas convidavam diretamente os ongressisas a especificar uma soluglo para a falta de brag. ‘Aqui, as respostas eram das mais variadas. Por esss rani 0 trabathador livre nacional Para comegar, én dor livre nacional’ um fornecedor impor Sete pesos e mais uma comissbo de mens do Rio de Janciro, as duas comissce fe manifestaram nesse sentido.” Os Tiyre nacional afirmaram que este vi ddesempregido ou subempregadgs c aproveitado pela grande I ‘bundos © vadios quando muita comissio 8 ‘como a mie dor Ms, que por suk vez sio as mies dos 1 social que se ostenta sob proporsies ja respeito da ociosidade do trabalhador I fmpediy que of congressistas_ dscordase quanto a causes ¢ cures dessa inatividade. As causas foram ncaradas como falta de repressio, polticage incentvos positives. Quem ident sultado da flta de repressio apelou para a Ie de locagdo de ‘grupo da freguesi f de toda a con mpregados nos Finds nas faren lamento severo". O mesmo 1 que de locasdo de servigos devia sn do ganhava a renda minima que qua hs de ajustada pela inflapo, o que podia para o trabalho forgado todos os que gt m menos de 191$000 enusis, A um médico cearense ta fem Rio Claro, no Oeste Paulista, recomendou “apr Jos operirioe nacionais” © sugeria: “erepimentando-s em ME ilicin agricola rem presso sobre o pobre, mas com a toriedade do servigo agricola nos sitios, ¢ zonas onde mo: rarem,.. 0 melo de forga o aborigine ao trabalho”. (Os paulstas do Vale do Paraiba tendiam a culpar mals os prdprios fazendeiros do que ot trabalhadores pela ociosidade ‘estes, no sentido de que eses paulitas ‘des proprietiios abrigavam homens livres improdutivos, nas suas propriedades, para fins cleltoras. Um agrcultor de Taube te propes “exclur do dirito de yoto aos loadores de servigos oulfo quis “afastar das urnas a massa ignorante que tem Concortido para falsear a representago nacional e que, com (uaificegio, iia prejudicar economia da levoure, porque é Inconteativel que, com o fim de estentar grande influéncia pol- tica no seu muniipio, muitos dot nossos patrcios secrficam os fereses de sua lavour, entregando a homens ociowos e vadios 45 grande parte de suas terras"*" Entretanto, um homem de Que Fie discordou da acusasio contea os fazenderos e rejitou 0 tpiteto de "espoletas eletorais” usado por um orador mineiro fara descrever os agregados improdutivos: eram “spoletas de de trabalho’ eiglo aqueles que viver dela © nio os homens d foto wu deabao A verira aura apontada foi a fats de estinuls post os. Warne medides foram sgeids. Os pauls apoiam frais umn "comisto nomends pelos Ivadores de SHo Pal as ‘Um fazendeiro de Rio do contrato de locasio d va de fel cumprimento do contrato Claro queria subsituir © servigo militar p icin agricola” como meio de “forgar o abori ‘Uma outta comissio de lavradores de N Espirito Santo argumentou em {avo de sangue”, como fez também um cénego Espana Mais diretamente, um minciro de Ubs cferecesse “prémios” para quem se engi ‘um comerclante de Porto somente “parte dos ¢ tos imprestivei” como Mar de Esp@ha para da ea ta facilmente 0 fers quando conseguir & res aaldrios™ para culpar a for de saliios. Um fluminense de falta de Bara enhores fosse permitido escolher avis fciam ser libertados pelo fundo de emancine Fei do Ventre Livre, “pois 0 esravo, agradet 'Nio hé como negar que 0 apelo para dos lives deixa-nos pensar em umagovo f que, nesse sentido, podia ser ‘de uma mentalidade mais lignd Por outro lado, no seg dos desta causa de fazendeiros do Vale do Para eatin referidat levariam MIME Gerais, embora ot Tambén deve-e lembr de 48 de trabalho na Inglaterra, o bergo do pide recorriese ao trabalho forged para cosidade eWrignr os pobres a procurarem trabalhar Sbricas.** Finalmente, a atengio dedicada ao tabalhador acional jé mostra uma certa flexibildade em face da pe regime de trabalho, fleibildade esta que no tem Fimitida pelos autores modernos como caracterstica da Mentalidade dos fazendeiros das zonas mais antigas, A quarta pergunta formulada pelo ministro da Agricul ra focalizava uma categoria especial de trabalhador livre naic nal: a das eriangas nasidas de mies esravas depois de 1871 ‘quando foram considerads legalmente livres pela Lei do Ven: ve Livre. A pergunta indagava se a grande lvoura tha espe rangas de aproveitar esses ingénuos que, na Epoca do Congreso Agricola, tinham um méximo de sete anes de idadee, portanto ainda estavam todos wb a tutela dor senhores de As respostas eram de dois tipos: es que entreviam alguma possiblidade de aproveitar os ingénuos, desde que eertas me dides fostem tomadas, « a8 que negivam esa posibilidade Das pessoas mais otimists, vérios fluminenses © mineitos ape laram para que 0 Estado desse wma “educaslo agricola” aos ingénuoe, que atenderia« dois obietvos:primeiro, qualifar¢ iconar o ingénuo para um trabalho eventual na agricul cares segundo, passat do fezendeiro para o cofte piblico os rates de sustento do ingénuo, até chepar 2 idade de trabalhar Fluminenses de Valenga e S80 José de Leonissa (Itaocara) pe firam que o governo imperial montaste “estabeleciments ag Solas ¢ industias, onde se comece a tratar descs inginos, Sade se thes dé a verdadcira edueagio agricola", e o mareshal Geeampo Henrique de Beaurepaire Rohan, rsidente em Nite Gpresemou wma Tonga defesa da idéia** Um minciro de Muri ping para que as crangasficssem estudando até 021 ano, crim outro de Mar de Espana foi mais além, pedindo pars focluir “Grftos desvalidos, menores que dos pais nio recbas ‘Miucagio e emprego dil e or ingénuos cedidos gratuitamen pelos senhores de suas mies ou pelo Estado! Algune homens do Vale do Paraiba fluminense inssiram em tabathos forgados para os ingénuas. O bardo de Rio fedvertiu que os ingnvos formavam ““uma clase nova d dios. aumentada ela em némero crest ornare dil, pode consituir um el aque nio haja recurso para obrigéa a tra Ricardo José Guimaries, de Barra Mans dos send te despesas da. criagio cro que * qua 20 uso da fone > natural do interes do respeito dos ingénvos 1 1 servigoggpe ingénucs Javoura e povggaes, mais de fo natural d trabalhador oMQyg acio legit, sempre improfies part aque nao quiser tabalha sistas, especialmente do Vale do Pr OSes, negaram a aproveitabiidade dos ie que afirmaram essa possibilidade, vat “ WF vradores de Juiz de Fora © Pareba do Sul € declararam que “nem cremes portanto que necer como operirios agricola, sendo outro Sejam destinados # outas indistriag uma populaglo desocupada ein comissdo da Companhia Uni fue “antes 6 de pr ja do homem de procurar a sua ind rmorigerados trabalhado isis, ¢ por conse suinte se Jroura que demands poucos capita rvigo dos in fénuos como “Wglemstico, c com certeza cheard tarde porque, desde quis obtenham emancipasio, = primeira isa que devem quite € aleangar a liberdade”, e outro orador Fe mesmo municipio do Vale do Parata fluminense x6 espe aproveitaro trabalho dos ingénvos “enguanto ovtas indi Jie mais vantagem no salério no os atairem, e Cenquanto io] s© convencerem de que nlo poderio viver 2 custa aleia, o que logo verfcardo, e [enguanto] terenos grétis no hes forem ofertados”. O eomendador Angelo Thomés do Ama ral, de Iaborai, foi txativo: “o ingénuo, que der trabalho frouxo, e concorrer para afrouxar 0 do escravo, ¢ aumentar a indisciplina das fazendas, nfo € um elemento permanente da Tavoura, porque, logo que finder 0 seu tempo de sujelsfo, por um sentiment natural ao homem que evita os lugares em que foi contrariado nos primeros tempos de vida, © porque hi de preferir trabalho menos pesado, procurtlod nas eidades™** ‘tguns lavradores do Oeste Paulista eram igualmente ob ticos quanto a0s ingénvos, A comisslo nomeada pelos lavra does de Sto Paulo entendeu que “a lavoura no pode cont com eles, nfo s6 pela indoléncia herdade dos escravos © na Cionais, como porque em geal of liberos preferem o mereanti- Timo! ¢-'6 em 1886 estardo eles ptos para prestar tais servi 9 gos", presumivelmente porque neste ano os ingénuos mais ethos Id eriam atingido 15 anos. O representante do comen Gador Jofo Elisirio de Carneiro Montenegro, de MogiMirim Getnunicou secamente que “os ingénuos no podem consi tlemento de trabalho permanente’ ‘Se as hipéteses de escravismo enraizado ¢ falta de racine lidade no Vale do Paraiba tivestem mérito, era de se esperar fue oF portevores dessa reylio apoiasem mais macigamente aproveitamento dos ingénuos, até com a ajuda do governs, tum eatorgo deradeiro de profongar a escravidio. Mas, com te ve, os representantes do Vale ¢ do Sul de Minas eram bastan te divididos nessa questo, © muito legas do Osste Paulista de que de ours, Entio, o balango das opnies ddeobra para a grande lavoura. Enti teste ponto sugere que as referidas hipStess deviam ser rexs minadas Desde que a opinigo geral era » de faliava & grande lavoura nio podia pais a sliemativa Wigica era de trad fiipantes no Congrsso fe Minas Gerais quanto dl saga ia at nb po tn dad pet fia ©} to de Rio Bo politica imigratsria. O bs Jonizagao oficial ndo tem Pr ‘de Mar de coduzdo 0 Francisco de Paula Tavares Ferizow como “um sorvedouro de dinheio #2 ores Miicos". A comissio “nomeada pelos lavrad Sio Paulo” confiemou que “a imigrasio espontines produrido somente resultados quase neg Dentre or oradores do Vale do P ante do seu éxito, Manuel Ril Sul, considerow que os pesos dq ‘que convinha mais instalar nell toe” pelo “exaurimey sours, onde 0 acey do que nas fronteiras og Files Morcira com abandonad Fons junto as estradas de ferro e qu Banko, serio grandes ceeios 0 Jodo do Princip® Outros fluminenses defendiam um papel mais ativo para 0 0. Um, de Niteréi, argumentou que 0 governo devia ser do a slugar ters para os posstror, que pagariam wm ual, Com essa renda o governo forneceria aoe imigrants iso necessrio por espago de oito meses"; depos de cinco anos, 0 imigrante teria de indenizar o governa pelos adits: mentot e depois de dex anos também comesaria 8 pagar um aluguel anual, Um lavrador de Valenca atribuiy 0 fracasso da colonizagGo oficial & falta de preparo ¢ auxilio “com a parte industrial", citando 0 exemplo de Porto Real, em Resende, ‘onde os colonostinham planta cans-de apiear mas no enco- travam onde moéla, Um fazendeto de Barra Mansa pediv “a remogio dos obsticulos que notta conttuigSo politica e a le tislago em geral opdem & imigrasio estangeira ‘Os mineiros concordarem com os fluminenss, tanto na explicagdo do fracasso da velba politica imigratria quanto nas fugestGes para uma nova politica. Os lavradores de Baependi lembraram a lecalizagio como fator importante e afirmaram aque “seria conveniente que fossem (0s imigranes) colocados 131 em icon prsimos as grande centos produto. ¢ dias Case tava Ipealinde por tol a provi do rae epeemane de Jo de Fors © de Si foto Maras pedis que os elonos ecebonem "tras de bu uw Mode" Pla ir iigrane, os lvradores de Doped am Se Entades Unies, lem de cintat 0 transporte ds sracars sa Earpa informer sobre 0 Bras A Compe it aoe Laveoresspcicou que se deviam mali wera told comoddad,tesportarse pat # Yow cclita ¢ com 8 mena cidade e comodtae fa fqim Eduaro Lc Bando, de Mar de Ey Atstor mines tame resomendaram <4 fomade peepee or cites ct Os teendetos do comets de imignes J de exp Se catia proms We scosn um bee 1 haa ps io Ro Min. A co SMP rare de So Pas um cafector que repress feel 99 apclioe a node 0 le iemtficou a relagdo de produsio como vm obstéculo & imi sracio, notando feus patrdes, quando devem quantias que n om 0s saltios que recebem por servigos Barros queria relormar a te de foste proibide a0 fazendeito of ppudesse pagar em dois ang © abolir totalmente Jjomisslo e mais Hefenderem tam suas fam ° Peaires, alla du de (© consenso a Weer da imigrasfo estrangeira nio evitou os participantes no Congreso tivessem diferengas quanto 0 de estrangeito que melhor conviesse tazer 20 Brasil ficamente houve uma divisto de opinigee bastante mar Ps respeito da ide de incenivar a imigragio astica. Mas MP cpinies nio se dividiram conforme as regen. 'Varias pessoas do Vale do Paraiba apoiaram imigrao sities, © proprio ministro da Agricultura, alagoano por nav ‘mento mas’ com longos anos na Corte, sbriu a primeira ss das experiéncias com o imigrante asitico em Maurila, Ceili Peru, Cuba, Antlhas ¢ Estados Unidor, com as desvantagens ba apo escravisa, enquanto dependent ional de uma cso, acarretava 0 prejuiz adic da para o exterior. ‘Mas © pesado investimenta inical © a exportasSo de divi ss nada noe dizem a respeto da ly fe eventual do regime esravsta, © senhor tnha de ontra comprar mais eseravos de que precisaya e tan desses escravor para que tual substituigda dos inv modern, entretanto, em enia ees rmesmos prbl obra, pelo menos com de ecolhé las em quan sbalhar com elas para realizar © também chamad ero, e,além do rméguina fosse produzida dentro do pais, porque esterliza os efeitos multiplicadores do prego pago por ela, mas, na ausénia de uma indistria nacional capaz de suprir 100% dos bens dé produ, nio hé lteratva Nio se deve esqueter que o trabalho livre exge despesas ausentes na eseravidso, Como lembra Antinio Delfim Netto, A libertgdo, entttano, significou, nfo somente a perda de brago exeravo, mas também a necesidade da realizaglo de enor mes investimentos na construo de casas para os novos colo nos (na fazenda de café, habituados « um padro de vida msl elevado que 0 do negro, como também wma grande necesidade fe capital de movimento para pagimento de saliros". Sera neceasrio comparar cess exigéncias constants de maor cap de iro com as despesas grandes mas ndo repetidas to prom ente, como a formasa0 Jo plantel de escravos, para aval © significado verdadsiro dessescustos de produgio. Revumind | © argumento, € claro que uso do esravo exigia despesas que podiam ser poupadas com o uso de miodeobra live, mas ho se pode eaquecer que hé outras despesas na produgio indus tial com abo t,o que ems imino gras de contrast pr o pati, enre octavo © © polio” [lem dor pesados investments Inca,» propria sone tiade du agrctor, gor far com que a procra de miode thea vare tantante durzte o ano, tem ido aponada como um fair agravame de diernga nos cinos de produ ene ot fexines de tabalho excravo € trabalho lve. © se Ur maner todos os seus excravr vor durante © a hoor le 96 precise de todas un micdeobra durante Sigune meses de avidades mais ntnes,Peece que es ile Tides now sour ester de mio decbra lvave neesrie Tnnteoseahor de xrays #efrenta custos maors de mio- Geobra, pores ov enpregor de tabalhadores lives pode cepa or bragon eevitemente necenin para os tals C"Racrpregar ov dsnecesion™ Para Weber, ese argimens Seawater mas imporante de todos (..), »imposbildade Sr sega, dr emprego spenes depois de uma expeincags ego'e demise de scondo com at fltuases doe ey tu quando howese queda de eficinca individual Mas hava duas mancies de contorg poderiam sercausads ela nora sazonali faves mesmo nio dan hos nclhitarepgentne a cre mi-deobra No nordese ADBiai, or cin op beacar © custo. dn manutnsio 20 plant Esse recurso & policultura dentro da propriedade esravist, cujaTavoura principal era destinada & spenas como uma posibilidade teéri ue 0 senhor usa reserva; quando © mercad maior de seus eserves n sla 0 setor de my sumentava, Ciro Car coma “a brecha cam jos exsemmrtores exo de acordo em que a este so emprego de escravos na poliultura era um expediente coffin na esravidio brasileira ral ‘Uma outra tics, altemativa A poicultura, era a de 0 senhor manter um plantel de escravor que corrspondia 20 fndmero minimo necessério durante © ano inteiro, Quando sus necesidade de bragos ultrapassasc a oferta desse plane, ele cmpregaria trbalhadores de fora, ou escravos ou lives, que pudessem ser dipensados quando a necessdade de bragos no- vamente diminufsse, Na década de 1880, 0 inspetor holandés Van Delden Laeme encontrou vétis fazendas de café no Rio de Janeiro em que se usavam escravor assalariados de fora para as colbeitas* (Com a aboligio da escravidio, o problema criado pela sazonalidade na agricultura nio desaparsceu. Embora 0 agricul: tor moderno possa muito bem modifcar o emprego de traba Ihadores lives conforme as necessidads, ele ainda tem de en frentaro problema da sazonalidade quanto as méquinas agrco las, e paradoxalmente esse problema tornase mais © mais agudo A medida que se mecaniza a agricultura. Como fazer as custosas méquinas produsirem até 0 ponto de compensesdo de seu cust, quando clas ficam paradas uma bou parte do ano? No invern, por exemplo, muitas méquinas caras passam semanas parades fechadas no depésito. O prejuao ocasionado por esse desempre ‘0 stzonal da miquina & formalmente comparével ao prejui fefrido pelo senhor quando seus esravos ficavam oxiosos na Gniresafra; 0 agrcultor moderno, como muitos senhores de tscravos, procura estender 0 tempo de uso de sua miquina, slugando-a para outros agriultores com lavouras de outros pro dutos agrcols ‘A ponsibilidade de © uso do escravo resultar em custos iaiores de produsio, ums possibilidade nio inevtivel, como facabamos de ver, parece tet determinado que essa relagio de trabalho fosse mais usada nos setores mais Iucrativos da econo mia — agdcar, mineragio, café e, em determinados momentos apenas, algodio — onde a renda maior compensava o aso maior. Tal determinasio no impedi,entrtanto, que o ecravo fe encontrasse em quase todas as ocupagdes, chegando incl ‘¢ dominar of oficios artesanas e setores do comércio © re ras grandes cidades como Salvador e Rio de Janiro.” Nin nega a existéncia de grandes mimeros de tray has propriedades rurais até a segunda meta mas devese lembrar também que, mesmo 4 fess propricdades continuaram a empregar tes de trabalhadores, ago cutras palavras, até que p ddugdo © 0 estado da tee cextensvo de iiodeabra gp xin Re trabalhado propriedade? ge pela qual a relagéo de trabalho parece lores no diz rexpeito & unidade pro bal, Como 0 escravo nio era rem teem dinheiro, ele nio chegava a represen assim limitava 0 tamanho do mercado 202 Interno e ndo alimentava a procura de mercadorias que & consumindo, © exeravo emperrava © evitaismo © 0 progresso da sociedade na diregso de De fato pletado su revolugao in ‘io, mas deverga Elicia lipica de post ho Jo da propaganda d abolicionstg Fotos politics para cerifMeead rasta francés Sant Hilaire notou regito fs, Rio de Janeiro, que ganhavam traballMi para si tée dias por semana, qu chegaram aNW@grat seus proprios exravos. Stanley Stein Tem bra que os mics que salam de Corte para vender suas me. cadories no Vale do Rio Paratha encontravam seus fregues mais numerosos enfre os excravos. E é bastante comum encon tar nas carts de alfrra exemplos nos quais 0 escravo com prov sus propria liberdade, muitas vezes pelo alto valor do prego corrente.” Esea rends monetitia doe excravos provinha fe salrios, de venda de produtos excedentes de suas ropa, de sorta, prémios e incetivos e até de roubos. ‘© ue realmente limitou 0 tamanho do mercado interno no Brasil, pelo menos no século XIX, no foi o plantel de fseravor mas a populagéo rural livre, que representow nio me nos que 60% da populagio global durante o século.* Essa populagdo livre, fregdentemente sem a propriedade legal mas fom actsso aos meios de sue manutensio,raramente comprava tmereadorias"” Era a auséncia dessa populagdo livre do merce 4, ¢ no de eseravos,o que de fato mais emperrava‘o avango do capitalism, e podese até arrscar a afirmagso de que os proprio escraves, longe de frustrar a expansio do mercado interno, chegavam, na época, a compor um de seus elementos Prineipais Conelusies ‘A guisa de conclsto, levantael uma questio geral ¢ fr sarei dois pontos. Embora tenhamos procurado avaliar melhor (f contrasies entre trabalho escravo e trabalho livre no século XIX, a questio da transigio entre uma e utra forma, em vi ios aspectos, permanece aberta. Por exemplo, como ficou a (qestio da cronologia da transigio? Serd que, como afirma ‘Antonio Barros de Castro, muitas semelhancas entre trabalho scravo ¢ trabalho livre 36 apareceram nas Ghimas décadss da frcravidio, quando “0 regime escravsta preparave a sua pr pris superasio"? * © que dizer das evidéncias de escravos al fudos trabalhadores lives empregados temporariamente para Complementar a forga de trabalho, pelo menos desde o comeso do século XIX? As datas de 1810 ¢ 1888 dizem respeto a0 liscuso oficial e 3 lei, mas seri que a realidade nio estava em fae de transigio até antes da transferéncia da Corte pay Brasil, pelo menos em determinadas repies ou durante det ‘nados momentos histSricos? Seri que a propria palavra sigio" nio confunde & pesquisa, por suger y fu menos linear ov progressive, quando que no Brasil osilavase entre uma e outrd onforme determinantes que restam a desc (8 das pressies politicas ey eee oe Nog ai ice ins Mo cusio de compra © na inflexibitdade de oferta da mio-de-cbra escrava, viuse que esses custostém sua te pode alimar @ priori que o tabs era menos pro- dative ov mais custoro do que o | firmagées trabalho livre soja su compreendidas em seu Brasil ndo deve ser espreparado para participa, wma nia capitals. Peto contrério, co de Casto quando diz que “oexcravo constitul M@antecipagio do moderna proletirio”, ou "0 pro ei eealabet par eat talismo, seja por mio da realizagio de wma acumulagso prim tiva sobre © trabalho etcravo, sta pela incorporasio de ritmos ¢ métodos eapitalistas de trabalho” Houve um tempo em qu campo rvalizava com a cidade. Hoje em dia, mais e mais ¥ fumite, depois de pesquisa como a de Warren Dean, que ex te no Brasil uma forte complementariedade entre a agrcultura f 4 indistria, ene o campo e a cidade.” De forma andlogs Sugiro que devamos rvisar a idgia de que 0 excraviemo difieul tou 0 desenvolvimento do capitalsmo e admiir a possiblidad. de que, pelo contrri, de véris manciras o csravismo prep you o terreno para ess tipo de economia moderna, MORAES, Jos Prim Carano de Rate eps ap Miao ad \e) A Ba 0 Sg ERICAS cB Mr ucues* Eugene D. Genovese ¢, provavelmente, o historiador mat sta norteamericano de sua geragdo mais Tido no Bi portugues exsiem verses de nada menos do.que tits livros mais importantes, nos quais ele aborda problemas da his tia dos Estados Unidos no século XIX e também da ex dio nas Américas © primero tivro do dc de doutoramento (Columbia University, 1989), examina Tégica eas consequéncias do sistema escavista no Sul EUA..O Sul nao foi captalista, uma vez que, para o A, est conceito significa expecificamente a separasio\ do trabalhador os meios de a generalisaglo do sali. A cl dominante no Sul desenvolveu toda uma psiclopi, uma id logia, uma moralidade, ume ordem sociale at mesmo uma civlizagdo prépria, a qual o A. chama de um “sistema Entretanto © Sul no conseguiu perpetuar essa civilizagio prépria, porque ela se encontrava inerids num pats que cesca fm franca expansio capitalisa. A escravidio emperrava 0 de fenvolvimento econdmico sulst, em comperagdo com 0 do Norte, visto que aguele sistema estriizava capitais na compra da pessoa do trabalhador, sofa de inflexibilidade no uso dese trabathador © perpetuava wma tecnologia extensva esgotadora de solos, A recalcitrincia do escravo, cuja exploragSo por seu dono ficou mais clara porque nio era escondida pela iuséo do silirio, desincentivou © senhor a confiarthe capitals maior fais como adubos, ferramentas melhores ou animsis mis el cientes. Ao mesmo fempo, as necessdades de exibir ua supre Inacia e de viver sus vida aristocritica levaram 0 senhor 40 consumo ostensivo, mais do que ao reinvestimento de Iucros tna produgio, O A, mostra que as tentativas de reformar a tagricultura e promover a indéstria no Sul encontraram limites tstreitos impostor pela autosuficiéncia das fazendas © peli duzida demanda, sendo essa ltima restrita tanto pelo nivel imo do consumo dos escravos, quanto pela pouea expr dade da vida urbana. Como resultado, 0 colonizou o Sul, deixando-o dependente em 08 comerciis ¢ finaneciros © transports te Tafa or 2 a tute didn mio de io 214 (Oeste, 0 que ers condigéo bésca para a sobrevivéncia de seu ‘sistema especial”. [Nos outros dois livros traduzide para histéria comparative da escravid 30 mes } nore ‘considerandose um om 0 determinismo eco ros de Esc Williams, Marvin Para o A., eses pesquisdores lhangamrente os sistemas escravisias © © peso clas forgas matcrais tis como o mercado € 8 pregos relanWs. OA. nlo deixa de levar em conta esses fatores econémicos, mas ele privilegia, na linha de Gilberto rere, Frank Tannenbaum, Stanley Elkins ¢ Herbert Klein, ores insttucionsise cultura tas como a religio, a tadigdo oitica e « natureze da classe dominante Genovese encontra as rezes do escraviemo moderno na expanséo da burpuesia da Europa Ocidental nos séculos XV © XVI? Essa burgucsia aprofundos » divisio de trabalho itensifiow 0 coméreio, mas também provocou efeitor conta roe a sua propria expansio, Por um lado, a nobreza territorial concentrou mais riqueza em suas priprias mios. Por outto, 0s camponeses cutopeus resistiram a proletarzagSo, preferindo a miséria menor de sua pobreza rural. Quando no século XVI ‘ise geral desrita por Erie Hobsbawm impediu que a nove Dburgesia se conslidase, ease grupo emprsarial transfer uma parte de suas atengdes para a Europa Oriental, onde se criou @ segunda servidio", engajada na produgio de cereais em gra es latiindis. Também aquela burgusia interesouse pelas ‘Américas, onde se criou a escravidio moderna, que supriu © trabatho necesirio pare fornecer alimentos, metas precios ceventualmente, matériasprimas. Duss categorias de andise so muito explicativas para Genovese: o caréter senhorial (pateralsta, patriaral) © 0 ca iter burgués de uma classe dominante. No senhorialismo, uma fase transitGria entre © escravismo © 0 capitalismo, a clase dominantereaiza uma acumulagio econémica, mas sem conver. ter essa riqueza eis capital, Nessas sociedades, a politica auto ritéria © 0 cafoliciemo romano prevaleceram © reforgaram a fdéia de que o homem é fraco e dependente da sociedade, ela (qual ele sacrifica sua liberdade individual e oferece sun capa dade pere 0 trabalho, em troca de protegio € defesa. No st horiaismo, o escravocrata residia na fazenda sua vida toda ¢ exercia © controle social através do pateralismo, comportan dose como © chefe de uma familia exensa na qual cada mem bro finha suse obrigasies. O senhor protegia © defendia seus 1

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