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PENHORA. COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. MEAÇÃO.

O fato de
a agravante ser casada com o executado sob o regime de
comunhão parcial de bens não impede que a constrição judicial
no caso em tela recaia sobre a totalidade dos bens do casal. A
presunção que prevalece é a de que as dívidas contraídas por
qualquer um dos cônjuges têm como objetivo o benefício do
casal e da família. Inteligência do art. 1.664 do CC.

(TRT-3 - AP: 00106662820185030129 0010666-


28.2018.5.03.0129, Relator: Convocada Maria Raquel Ferraz
Zagari Valentim, Oitava Turma)

AGRAVO DE PETIÇÃO 1. PENHORA BEM IMÓVEL - NÃO


INTIMAÇÃO DA CÔNJUGE DO EXECUTADO - NULIDADE
INSANÁVEL - INEXISTÊNCIA - Não havendo qualquer prejuízo ao
direito de defesa da cônjuge do executado, decorrente de sua
não intimação da penhora de imóvel do casal, não a se cogitar
em nulidade (art. 794 da CLT). 2. BEM DE FAMÍLIA - NÃO
CARACTERIZAÇÃO - Descaraterizado o imóvel penhorado como
sendo bem de família, visto que o casal não reside no mesmo,
não há se cogitar na sua impenhorabilidade. 3. EXECUÇÃO -
NÃO PRESERVAÇÃO DA MEAÇÃO PATRIMONIAL DA CÔNJUGE -
Responde também pela dívida trabalhista, contraída pelo
executado, através de empresa sem bens próprios para
assegurar a execução e da qual era sócio majoritário,
representante e administrador, a meação de sua cônjuge, ora
agravante, posto que adquirida em benefício do casal. 4.
Agravo conhecido e improvido.

(TRT-7 - AGVPET: 224001720035070023 CE 0022400-


1720035070023, Relator: MANOEL ARÍZIO EDUARDO DE
CASTRO, Data de Julgamento: 14/03/2005, PLENO DO
TRIBUNAL, Data de Publicação: 23/05/2005 DOJT 7ª Região)

PENHORA DE IMÓVEL. BEM PERTENCENTE À ESPOSA DO


SÓCIO-EXECUTADO ADQUIRIDO NA CONSTÂNCIA DO
MATRIMÔNIO. REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. Da
análise das respectivas matrículas, depreende-se que tais
imóveis pertencem, em parte, à esposa do sócio executado,
casada sobre o regime de comunhão parcial de bens. Neste
sentido, se existe sociedade conjugal, principalmente quando
casados em comunhão parcial de bens (fls.289; 293 e 299), os
bens comuns do casal devem responder pela execução do
crédito de natureza alimentar. Isto porque os benefícios
advindos da atividade empresarial do marido (sócio da
executada) incorporam-se ao patrimônio dos cônjuges.
Artigos 1.658 e 1.660, inciso I, ambos do CCB.

(TRT-2 - AGVPET: 1184007119955020 SP


01184007119955020032 A20, Relator: CLAUDIA ZERATI, Data
de Julgamento: 12/11/2013, 11ª TURMA, Data de Publicação:
21/11/2013)

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