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Ir & 4 ACORDO COLETIVO DE TRABALHO PARA OS TRABALHADORES QUE At DESENVOLVAM FUNCOES CORRESPONDENTES AS CARREIRAS DE TECNICO SUPERIOR, ASSISTENTE TECNICO E ASSISTENTE OPERACIONAL, k CORRESPONDENTES AQUELAS QUE DESENVOLVEM OS TRABALHADORES COM CONTRATO DE TRABALHO EM FUNGOES PUBLICAS, VINCULADOS POR CONTRATO DE TRABALHO A ENTIDADES PRESTADORAS DE CUIDADOS DE SAUDE QUE REVISTAM NATUREZA EMPRESARIAL PUBLICA, INTEGRADAS NO SERVICO NACIONAL DE SAUDE L AREA, AMBITO, VIGENCIA, DENUNCIA E REVISAO Cléusula 1." Area ¢ mbito 1. © presente acordo coletivo de trabalho (doravante, AC) aplica-se em todo o territério continental da Repiblica Portuguesa, 2. O presente AC obriga as entidades prestadoras de cuidados de satide que revistam a natureza de entidade publica empresarial, integradas no Servigo Nacional de Satide, que 0 subscrevem (doravante, entidades empregadoras) bem como os trabathadores que desenvolvam fungies correspondentes as estabelecidas para as carrciras de técnico superior, assistente técnico assistente operacional, a elas vinculados por contrato de trabalho, representados pelas associagSes sindicais outorgantes. 3. Para os efeitos do disposto na alinea g) do n.° 1 do artigo 492.° do Cédigo do Trabalho, aprovado pela Lei n.° 7/2009, de 12 de fevereiro, na redagdo atual, as entidades celebrantes estimam que sero abrangidos pela presente convengao coletiva 38 entidades empregadoras € 20 000 trabathadores. Clausula 2.* Vigéneia, sobrevigéncia, dentincia e revisio 1. OAC entra em vigor no primeiro dia do més seguinte ao da sua publicago no Boletim do Trabalho e Emprego e vigora pelo prazo de trés anos. 2. Decorrido o prazo de vigéncia previsto no mimero anterior, ¢ néo havendo dentincia por qualquer das partes, o AC renova-se por periodos sucessivos de um ano. 3. A dentineia pode ser feita por qualquer das partes, com a antecedéncia de seis meses, ¢ deve ser acompanhada de proposta de revisao total, bem como da respetiva fundamentagiio 4. Havendo deniincia, 0 AC mantém-se em regime de sobrevigéncia durante um periodo de dezoito meses. 5. Asnegociagdes devem ter inicio nos quinze dias tteis posteriores a recegio da contraproposta, ce nio podem durar mais de doze meses, tratando-se de proposta de revisio global, nem mais de seis meses, no caso de revisfo parcial. 6. Decorrido 0 prazo de doze meses previsto no néimero anterior, inicia-se a conciliagZo ou a mediagdo. 7. Decorrido 0 prazo de trés meses desde o inicio da conciliagtio ou mediagdo € no caso destes ‘mecanismos de resolugdo se terem frustrado, as partes acordam em submeter as questdes em diferendo a arbitragem voluntiria, nos termos da lei. I. CARREIRAS PROFISSIONAIS E DEFINICAO DE FUNCOES Cliusula 3." Definigio das carreiras abrangidas As carreiras dos trabalhadores abrangidos pelo presente AC so as seguintes: 2) Técnico superior; b) Assistente técnico; ©) Assistente operacional. a Cléusula 42 Enquadramento profissional Todos os trabalhadores abrangidos por este AC sero obrigatoriamente classificados, segundo as fungSes efetivamente exercidas, nas carreiras constantes da clausula anterior. Cléusula 52 Estrutura das carreiras ¢ categorias profissionais, A caracterizagio das carreiras referidas na cliusula 3.*, em fungo do mimero e designagto das categorias em que se desdobram e respetivos contetidos funcionais, constam do anexo I ao presente AC, de que é parte integrante. IIL. DIREITOS, DEVERES E GARANTIAS DAS PARTES Clausula 6." Principio geral 1. As entidades empregadoras e os trabalhadores, no cumprimento das respetivas obrigagdes, assim como no exercicio dos correspondentes direitos, devem proceder de boa-fé. 2. Na execugtio do contrato de trabalho devem as partes colaborar na obtengiio da maior produtividade, eficicia e eficiéncia, bem como na promogo humana, profissional e social do trabathador. Cléusula 7.* Deveres da entidade empregadora e dos trabalhadores 1, Sem prejuizo de outras obrigagdes previstas na lei, a entidade empregadora deve: ) Proporcionar todos os anos, nos termos previstos para os trabalhadores com vinculo wseridas no de emprego piiblico, ages de formacio e aperfeicoamento profissional respetivo conteiido funcional em que exercem fungdes, assegurando, em particular, 0 financiamento da frequéncia de agdes de formagdo quando o trabalhador nao tenha 3 podido receber formagao para a qual ja estava previamente designado por interesse do servigo; b) Abster-se de impedir a frequéncia de agdes de formagio, em regime de autoformago, nos termos previstos em lei ou regulamento; ©) Dar publicidade as deliberagdes que diretamente respeitem aos trabalhadores, designadamente afixando-as nos locais proprios ¢ divulgando-as através de correio eletrénico intemo, de modo a possibilitar 0 seu efetivo conhecimento pelos trabalhadores interessados, ressalvados os ites e restrigdes impostos por lei; d) Incentivar @ afirmagdo da autonomia, flexibilidade, capacidade, competitividade © criatividade do trabalhador; €) Cumprira lei eo AC. 2, Sem prejuizo dos deveres previstos na lei, o trabalhador deve: a) Frequentar as agdes de formago profissional que o empregador promova ou finaneic; b) Cumprir a lei eo AC. IV. ADMISSAO E PERIODO EXPERIMENTAL Clausula 8." Procedimento concursal O recrutamento para os postos de trabalho correspondentes as carreiras referidas na cldusula 3." do presente AC, incluindo mudanga de categoria, é feito mediante procedimento concursal. (Oprocedimento concursal referido no numero anterior deve obedecer a um processo de selegdio sujeito aos seguintes principios: a) Publicitacao da oferta de trabalho; b) Garantia de igualdade de condigdes e oportunidades; ©) Decisio de contratacao fundamentada em critérios objetivos de selecio. A publicitagdo da oferta de trabalho deve ser feita em jomal de expansio regional e nacional, ‘bem como na respetiva pagina eletrinica da entidade empregadora, incluindo obrigatoriamente informacao sobre a atividade para a qual o trabalhador ¢ contratado, os requisites exigidos ¢ 4 08 métodos ¢ critérios objetivos de selegiio. L 4. Aaplicagdo dos métodos e critérios de selecao é efetuada por uma comissio, preferencialmente ‘| constituida por trabalhadores com formagao especifica na drea do recrutamento ¢ selegao, i 5. Adecisio deve ser fundamentada por escrito e comunicada aos candidatos. i 6. As habilitagdes académicas e profissionais exigidas para o recrutamento dos trabalhadores a que se refere 0 n.° 1 sto as que vigorarem para os trabalhadores com vinculo de emprego iblico, integrados em carreiras gerais. Cléusula 92° Periodo experimental 1. O periodo experimental corresponde ao tempo inicial de execugtio do contrato, contando-se a antiguidade do trabalhador desde o inicio do mesmo periodo, 2. O periodo experimental comeca a contar-se a partir do inicio da execugio da prestagdo do trabalhador, compreendendo as agGes de formagao ministradas pela entidade empregadora ou frequentadas por determinagao desta, desde que no excedam metade da duragdo daquele periodo, 3. Para efeitos da contagem do periodo experimental so considerados os dias de descanso semanal ¢ feriados, mas nio sio tidos em conta os dias de faltas, ainda que justificadas, de licenga e de dispensa, bem como de suspensiio do contrato. 4. Para efeitos de duragdo do periodo experimental consideram-se fungies de complexidade ‘técnica apenas as correspondentes ao exercicio de fungdes anilogas as de técnico superior. V. DAAVALIACAO DO DESEMPENHO, Cliusula 102 Avaliagio de desempenho A.avaliagdo do desempenho dos trabalhadores abrangidos pelo presente AC fica sujeita, para todos 0s efeitos legais, incluindo a alterago do posicionamento remuneratério, 20 regime vigente para os trabalhadores com vinculo de emprego piiblico, integrados em carreiras gerais, com as devidas adaptagoes. VI. PRESTAGAO DE TRABALHO Clausula 117 Periodo normal de trabalho periodo normal de trabalho € 0 previsto na Lei Geral de Trabalho em Fungdes Piblicas (LTFP), aplicdvel a trabalhadores com vinculo de emprego publico, integrados em carreiras gerais. . Os horirios especificos e flexiveis devem ser adaptados ao periodo normal de trabalho de referéncia referido no nimero anterior. Clausula 12." Horario de trabalho . Cabe a entidade empregadora a determinagio das horas de inicio ¢ termo do period normal de trabalho diario, bem como dos intervalos de descanso. . Os horirios de trabalho deverdo ser organizados da seguinte forma: a) Horério rigido; b) Horétio flexivel; ©) Hordrio desfasado; 4) Isengdo de horario; ©) Horirio por tumos; 1) Horério Especifico; 2) Jomada continua. Na determinagdo do horétio de trabalho do trabalhador pode ser adotada, em simultaneo, mais do que uma modalidade. A matéria prevista na presente cléusula serd objeto de desenvolvimento em regulamento interno, precedido de consulta as estruturas sindicais subscritoras do presente AC, Associadas as modalidades de trabalho previstas no n.° 2 da presente cléusula, podem ser criados regimes especiais de prevengao, nos termos definidos para os trabalhadores com vineulo de emprego piblico. Clausula 13." Horario rigido Horério rigido ¢ aquele que, exigindo o cumprimento da durago semanal de trabalho, se reparte por dois periodos diérios, com horas de entrada ¢ de saidas fixas, separados por um intervalo de descanso. (Clausula 142° Hordrio flexivel Entende-se por horacio flexivel aquele que permite ao trabalhador gerir os seus tempos de trabalho a sua disponibilidade, escolhendo as horas de entrada e saida. A adogio da modalidade de horério flexivel e a sua pritica no podem afetar 0 regular funcionamento da entidade empregadora. A adogio de horiirio flexivel esta sujeita a observincia das seguintes regras: a) Devem ser previstas plataformas fixas, da parte da manha e da parte da tarde, as quais nao podem ter, no seu conjunto, duragao inferior a quatro horas, b)_ Nao podem ser prestadas, por dia, mais de nove horas de trabalho; ©) O cumprimento da durago do trabalho deve ser aferido por referéncia a periodos de um ngs, sendo 0s créditos atribuidos gozados no més imediatamente a seguir. No final de cada periodo de referéncia, ha lugar: a) A marcagao de falta, a justificar, por cada periodo igual ou inferior & duragiio média diéria do trabalho; b) A atribuigdo de créditos de horas, até ao maximo de periodo igual & duragiio média didria do trabalho, gozados no més imediatamente a seguir. Relativamente aos trabalhadores portadores de deficiéncia, 0 débito de horas apurado no final de cada um dos periodos de aferigo pode ser transposto para o perfodo imediatamente seguinte e nele compensado, desde que nao ultrapasse o limite de dez horas para o periodo do més. 6. Para efeitos do disposto no n.° 4 a duragao média do trabalho é de sete horas e, nos servigos com funcionamento ao sébado, 0 que resultar do respetivo regulamento, 7. Amarcagio de faltas prevista na alinea a) do n.° 4 é reportada ao iiltimo dia ou dias do periodo de afericdo a que 0 débito respeita. 8. A atribuicao de créditos prevista na alinea b) do n.° 4 € feita no periodo seguinte aquele que conferiu ao trabalhador o direito a atribuigao dos mesmos. 9. O disposto na presente cléusula fica prejudicado se, em sede de IRCT aplicavel a trabalhadores com vineulo de emprego piiblico, integrados em carreiras gerais, esta matéria vier a ser regulada em sentido mais favordvel. Clausula 152° Horario desfasado Hori io desfasado é aquele em que, embora mantendo inalterado o periodo normal de trabalho diario, permite estabelecer, servigo a servigo, ou para determinados grupos de trabalhadores, horas fixas diferentes de entrada e ou de saida ao longo do dia, ou durante a semana. Cliusula 162° Isengao de horario 1. Podem gozar da isencdo de horério, mediante celebragio de acordo escrito com a respetiva entidade empregadora piblica, os trabalhadores integrados nas seguintes carreiras ¢ categorias: a) Técnico superior, ) Coordenador técnico; ©) Encarregado geral operacional. 2. Aisengdo de horirio de trabalho s6 pode revestir a modalidade da observancia dos periodos normais de trabalho acordados, prevista na alinea c) do n2 1 do artigo 219° do Cédigo de Trabalho. 3. Ao trabalhador que goza de isengdo de horario no podem ser impostas as horas do inicio e do termo do periodo normal de trabalho diario, bem como dos intervalos de descanso. 4. Aspartes podem fazer cessar o regime de isengao, nos termos do acordo que o institua. (Clausula 17." Turnos i 1. No regime de trabalho por tumos considera-se ciclo de hordrio o médulo da respetiva escala que se repete no tempo. 2. As escalas de tumos serio estabelecidas para que, no respetivo ciclo de horério, a jomada didria ¢ a duragio semanal ndo excedam 0s respetivos limites. A prestagio de trabalho em regime de tumos deve ser ininterupta, salvo um intervalo, destinado a repouso, ou refeigio, que nio deve ser superior a trinta minutos, considerando- se este inclufdo no periodo de trabalho. 4, Acrganizacao dos tumos prevé, sempre que a natureza do trabalho o justifique, um periodo de sobreposigao entre um tumo € 0 tuo seguinte nfo inferior a quinze minutos, que € considerado como servigo efetivo para todos os efeitos, contando-se dentro dos limites difrio e semanal da prestagdo de trabalho. 5. Os trabalhadores de cada turno devem ter, em cada semana, dois dias de descanso, nunca precedidos por mais do que cinco dias de trabalho consecutivos. 6. Os horérios serio organizados de forma a consagrar dois dias consecutivos de descanso semanal, de modo a, em regra, coincidir com 0 sibado € o domingo, de quatro em quatro semanas. Clausula 18." Horario especifico 1. Arequerimento do trabalhador, e por despacho do dirigente maximo da entidade empregadora, podem ser fixados hor: ios de trabalho especificos, nos seguintes casos: a) Em todas as situagdes previstas na lei, aplicéveis 4 protegao da parentalidade; b) Quando se trate de trabalhadores com deficiéncia ou doenga crénica medicamente comprovada. ©) Quando se trate de trabalhadores estudantes. 4) Quando outras circunstincias de relevo, devidamente fundamentadas, o justifiquem. 2. Poderio ainda ser fixados hordrios especificos para fazer face a necessidades dos servigos, por iniciativa da entidade empregadora e acordo do trabalhador. Clausula 19." Jornada continua 1. Ajomada continua consiste na prestagio ininterrupta de trabalho, excetuado um nico periodo de descanso nfo superior a trinta minutos que, para todos os efeitos, se considera tempo de trabalho. 2. A jomada continua deve ocupar, predominantemente, um dos periods do dia e determinar uma redugdo do periodo normal de trabalho diario nunca superior a uma hora, a fixar no respetivo regulamento, nele se incluindo 0 periodo de descanso referido no n.° 1. 3. A jomada continua pode ser autorizada nos seguintes casos: a) Trabathador progenitor com filhos até A idade de doze anos, ou, independentemente da dade, com deficiéneia ou doenga crénica; ) Trabalhador adotante, nas mesmas condiges dos trabalhadores progenitores; €) Trabalhador que, substituindo-se aos progenitores, tenha a seu cargo neto com idade inferior a doze anos; 4) Trabalhador adotante, ou tutor, ou pessoa a quem foi deferida a confianga judicial ou administrativa do menor, bem como 0 cénjuge ou a pessoa em unido de facto com qualquer daqueles ou com progenitor, desde que viva em comunhao de mesa habitagao com 0 menor; ©) Trabalhador estudante; 4) No interesse do trabalhador, sempre que outras circunstancias relevantes, devidamente findamentadas o justifiquem; 8) No interesse do servigo, quando devidamente fundamentado. Cldusula 20." ‘Trabalho noturno Sio aplicaveis aos trabathadores abrangidos pelo presente AC, para eftitos de trabalho noturno, designadamente a sua definicdo, as regras estabelecidas para os trabalhadores com vineulo de ‘emprego piblico que, no ambito do Servigo Nacional de Saide, ccupem postos de trabalho com idéntica caraterizagao. 10 (Ey Vil. DO TRABALHO SUPLEMENTAR Y Cliusula 21 we Limite maximo do trabalho suplementar » 1. O limite anual da duragdo de trabalho suplementar € de duzentas horas. 2. Para os trabalhadores sujeitos ao regime de tempo parcial, os limites previstos no niimero anterior so 0s proporcionais ao trabalho parcial, podendo o limite anual ser superior, até as duzentas horas, mediante acordo escrito entre a entidade empregadora e o trabalhador. VIII DAS FERIAS Clausula 22." Feérias os trabalhadores abrangidos pelo presente AC ¢ aplicavel o regime de férias dos trabalhadores com vinculo de emprego piblico, integrados nas carreiras gerais. IX DARETRIBUICAO Clausula 23." Retribuicao e grelha salarial A retribuigiio base mensal, incluindo os subsidios de férias e de natal é determinada pela posigio retributiva, pela qual o trabalhador est contratado, de harmonia com a tabela remuneratéria aplicével aos trabalhadores com vinculo de emprego piiblico, integrados nas carreiras gerais. Clausula 24." ‘Componentes da retribuigiio 1, Aretribuigdo dos trabathadores é composta por: a) Retribuicio base; b) Suplementos remuneratérios; ©). Prémios de desempenho. 2. Para efeitos do disposto no mimero anterior, consideram-se aplicaveis as regras que definem 1 0s requisitos € as condigdes da sua atribuicao, no regime dos trabalhadores com vinculo de emprego piblico, integrados em carreiras gerais. Cliusula 25." Desenvolvimento profissional Os trabalhadores abrangidos pelo presente AC tém direito a um desenvolvimento profissional, o qual se efetua mediante alteragdo de posicionamento remuneratério ou, sendo 0 caso, provimento, por concurso, em categoria superior, nos mesmos termos em que estes institutos se encontram regulados para os trabalhadores com vinculo de emprego piblico, integrados em carreiras gerais, X. DAS GARANTIAS DE IMPARCIALIDADE Cléusula 26." Incompatibilidades ¢ impedimentos Em matéria de incompatibilidades ¢ impedimentos é aplicével aos trabalhadores abrangidos pelo presente AC o regime aplicavel aos trabalhadores com vinculo de emprego piiblico integrados em carreiras gerais. XI, ATIVIDADE SINDICAL (Cléusula 27." Atividade sindical 1. Os trabathadores € os sindicatos tém direito a desenvolver, nos termos legalmente previstos, atividade sindical nos servigos da entidade empregadora, nomeadamente através de delegados sindicais, comissdes sindicais ¢ comiss6es intersindicais. O exercicio do direito referido no nimero anterior nao pode comprometer a realizagio do interesse piblico eo normal funcionamento dos servigos. 12 XII. SEGURANGA E SAUDE NO TRABALHO Clausula 28." Principios gerais 1. Os trabalhadores, nos termos da lei, tém direito & prestagdo de trabalho em condigdes de seguranga e saiide asseguradas pela entidade empregadora 2. A entidade empregadora é obrigada a organizar as atividades de seguranga e satide no trabalho que visem a permanente avaliagio e prevengio de riscos profissionais e a promogio & vigilancia da satide do trabalhador. 3. A execugio de medidas em todas as vertentes da atividade da entidade empregadora, destinadas a assegurar a seguranga e satide no trabalho, assenta nos seguintes principios de prevenciio: a) Planificagao e organizagao da prevengdo de riscos profissionais; b) Fliminago dos fatores de risco e de acidente; ) Avaliacao e controlo dos riscos profissionais; d) Informagio, formagio, consulta ¢ participagdo dos trabalhadores e seus representantes; ©) Promocdo e vigilancia da saude dos trabalhadores. 4. A entidade empregndora obriga-se a prestar informagées adequadas em prazo nio superior a vinte dias tteis, contado do pedido que, por escrito, the seja formulado com essa finalidade, pelas associagdes sindicais, XII. DISPOSICOES FINAIS Clausula 29." Comissio paritaria 1. As partes outorgantes constituem uma comissdo paritéria com competéncia para interpretar ¢ integrar as disposigdes deste Acordo, a qual funcionard em local a determinar pelas partes. 2. A comissio paritéria é composta por oito membros, sendo quatro elementos designados 13 pelas entidades empregadoras ¢ outras quatro a designar pela associacio sindical outorgante. =>) / 3. Cada parte representada na comissio pode ser assstida por um assessor, sem direito avoto. / 4, Para efeitos da respetiva constituigao, cada uma das partes indica a outra ¢ & Dirego-Geral do Emprego e das Relagdes de Trabalho (DGERT), no prazo de 30 dias apés a publicagio do presente Acordo, a identificagdo dos seus representantes. 5. As partes podem proceder a substituigo dos seus representantes, mediante comunicagao outra parte © a DGERT, com antecedéncia minima de quinze dies sobre a data em que a substituigdo venha a produzir efeitos. 6. A comissio paritiria que pode funcionar a pedido de qualquer das partes, mediante convocatéria com a antecedéncia minima de 15 dias, com a indicagio da ordem de trabalhos, local, dia ¢ hora da reunido, s6 pode deliberar desde que estejam presentes, pelo menos, metade dos membros representantes de cada parte, 7. As deliberagies da comissdo paritéria so vinculativas, constituindo parte integrante deste Acordo, quando tomadas por unanimidade, devendo ser depositadas e publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego, nos termos legais. Clausula 30." Comissao arbitral As partes outorgantes poderdo constituir uma comissio arbitral com a finalidade de dirimir os conflitos, individuais ou coletivo, entre as entidades empregadoras ¢ 0s trabalhadores abrangidos pelo presente AC, desde que ndo versem sobre direitos indisponiveis . O funcionamento da comisséo arbitral sera definido por regulamento préprio, subscrito pelas partes outorgantes. . As deliberagdes da comissao so suscetiveis de recurso para o tribunal competente. Cliusula 31." Resolugio de conflitos coletivos . As partes outorgantes adotam, na resolugio dos conflitos coletivos emergentes do presente AC, os meios e termos legalmente previstos de conciliagfo, mediacdo e arbitragem. 14 2, As partes outorgantes comprometem-se a usar de boa-fé na condug&o © participaglo nas diligéncias de resolugdo de conflitos coletivos, designando com prontidao os seus representantes ce comparecendo em todas as reunides que para 0 efeito forem marcadas, XIV. DISPOSICOES FINAIS Clausula 32." agiio do presente acordo 1. Os trabalhadores filiados nas estruturas sindicais outorgantes do presente AC, contratados pelos sstabelecimentos de saide iguelmente outorgantes, em regime de contrato de trabalho, para 0 exercicio de fungSes eorrespondentes a0 contetido funcional das earreiras reguladas no presente AC, transitam para a categoria e carreira comespondente, ficando por ele abrangidos. 2. Com prejuizo do disposto no numero anterior, a aplicagéo da cléusula 11.* do presente AC, circunscreve-se aos trabalhadores cujo valor hora da respetiva remuneragiio base niio exceda, na sequéncia da alteragao do period normal de trabalho aqui previsto, 0 dos correspondents trabalhadores com contrato de trabalho em fungdes piiblicas. 3. Para efeitos do disposto no mimero anterior, deve reconstituir-se a situago do correspondente trabalhador data em que foi contratado pela entidade piblica empresarial para 0 exercicio do contetido funcional que o mesmo assegure & data da entrada em vigor do presente AC e apurar qual seria o seu posicionamento remuneratério, caso 0 mesmo tivesse celebrado um contrato de trabalho em fungSes piblicas com um salério base igual ao da primeira posi¢o remuneratéria, € calcular a proporgiio face ao salério com que este trabalhador foi contratado, 4. Nos casos em que os trabalhadores aufiram remuneragio superior & que corresponderia a idénticos trabathadores com contrato de trabalho em fungdes piiblicas, podem os mesmos, ainda assim, ‘mediante declaragio escrita, optar pelo de periodo normal de trabalho previsto na cléusula 11.4, sendo a remuneragio a auferir ajustada, aplicando a proporgdo calculada nos termos previstos no n° 3 da presente cléusula a0 salério base correspondente a sua posi¢go atual na carreira, produzindo efeitos no dia 1 do més seguinte ao da apresentaco daquela declaragdo. 5. Todas as situagGes no abrangidas pelos n.* 2 a 4 da presente cléusula dependem de acordo entre © trabathador ¢ a entidade empregadora, a materializar em adenda ao correspondente contrato de trabalho. 15 1 (Clausula 33." Reposicionamento remuneratorio Para efeitos de reposicionamento remuneratério, aos trabalhadores abrangidos pela cléusula anterior, aplica-se 0 regime previsto no artigo 104.° da Lei n.° 12-A/2008, de 27 de fevereiro, mantido em vigor pela alinea c) do n.° 1 do artigo 42.° da Lei n.° 35/2014, de 20 de junho. Sem prejuizo do disposto no mimero anterior, nos casos em que, pelo exercicio de fungies correspondentes @ categoria para que foi contratado, a retribuigdo auferida pelo trabalhador integre uma parte certa ¢ outra variavel, nao se incluindo nesta tltima as componentes associadas ao exercicio de fungdes de cardcter transitério e especifico, designadamente, relativas isengao de horirio e coordenagdo, deve atender-se ao somatério das duas componentes, para efeitos de integragdo na respetiva posigdo remuneratéria da correspondente categoria. No que respeita aos trabalhadores que, nos termos previsto na clausula anterior, optem por manter © regime de trabalho a que correspondam mais de 35 horas semanais, a integragio na correspondente tabela remunerat6ria pressupie, s6 para este efeito, que igualmente se ficcione qual seria o seu posicionamento remuneratério, caso os mesmo tivessem celebrado um contrato de trabalho em fungdes piblicas, & data em que foram contratados pela entidade publica empresarial para o exercicio do contetido funcional que os mesmos asseguravam data da entrada em vigor do presente AC, presumindo, cumulativamente, que os mesmos se encontram sujeitos a um hordrio semanal correspondente a 35 horas de trabalho normal, © disposto no némero anterior é igualmente aplicdvel, com as necessérias adaptagSes, aos trabalhadores que, embora sujeitos 2 um hordrio igual ou inferior a 35 horas de trabalho normal semanal, aufiram remuneragao superior & que corresponde a idénticos trabalhadores com contrato de trabalho em fungées piiblicas Os trabalhadores a que se alude nos mimeros anteriores, apenas poderio alterar a sua posigio remuneratéria quando, verificando-se os demais requisitos, nomeadamente, tenham acumulado 10 pontos nas avaliagdes do desempenho referido as fungles exercidas durante o posicionamento Temuneratério em que se encontram, © valor hora correspondente & respetiva remuneragao passe a ser inferior ou igual ao que corresponde a idénticos trabalhadores, sujeitos a um horirio de trabalho de 35 horas semanais. Para os efeitos previsto no nimero anterior, e com as necessiirias adapiagSes, aplica-se 0 regime previsto no n.°3 da cléusula anterior. 16 S 7. O disposto, quer na presente clausula, quer na anterior, é igualmente aplicdvel, incluindo em matéria de periodo normal de trabalho, aos trabalhadores contratados entre a publicagao do presente AC ¢ 0 dia | de julho de 2018. 8. Para efeitos do disposto na presente cliusula, as partes declaram o caricter globalmente mais favordvel do presente acordo relativamente aos contratos de trabalho anteriormente celebrados. Cliusula 34." Disposigio final e transitéria O disposto nas clausulas 32." e 33." nfo prejudica a aplicago de regras mais favordveis que venham a constar do decreto-lei de execugao orgamental para o ano de 2018. Cliusula 35." Entrada em vigor O presente AC entra em vigor no primeiro dia do més seguinte ao da sua publicagio em Boletim do Trabalho ¢ Emprego, com excegio do previsto na cléusula 11.* que entra em vigor no dia 1 de julho de 2018. Lisboa, 14 de maio de 2018 elas entidades piblicas empresariais: Centro Hospitalar Barreiro Montijo, E. P. E.; Centro Hospitalar da Cova da Beira, E. P. Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, E. P. E.; Centro Hospitalar de Leiria, E. P. E,; Centro Hospitalar de Lisboa Central, E. P. E.; Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E. P. E.; 7 7 4 7 i. NS ANEXOL Carreira Categorias ‘Contetido funcional ‘Técnico Superior Técnico Superior Fungdes consultivas, de estudo, planeamento, programagdio, avaliagdo ¢ aplicagio de métodos ¢ processos de natureza técnica ¢/ou cientifica, que fundamentam e preparam a decisio. Blaboragao, autonomamente ou em grupo, de pareceres € projetos, com diversos graus de complexidade, ¢ execugio de outras atividades de apoio geral ou especializado nas areas de atuago comuns, instrumentais ¢ operativas dos drgios ¢ servigos. Fungdes exercidas com responsabilidade ¢ autonomia técnica, ainda que com enquadramento superior qualificado. Representacao do érgao ou servigo em assuntos da sua especielidade, tomando opgdes de indole técnica, enquadradas por diretivas ou orientagdes superiores, /Assistente Técnico Coordenador Técnico Fungdes de chefia técnica © administrativa em uma subunidade organica ou equipa de suporte, por’ cujos resultados & responsivel. Realizagio das atividades de programagio e organizacio do trabalho do pessoal que coordena, segundo orientagdes ¢ diretivas superiores. Execugdo de trabalhos de natureza técnica e administrativa de maior complexidade, Funcdes exercidas com relativo grau de autonomia e responsabilidade. Assistente Técnico Fungdes de natureza executiva, de aplicapdo de métodos e processos, com base em diretivas bem 20 yelet definidas € instrugdes gerais, de grau médio de complexidade, nas areas de atuago comuns e rgios e servigos, | instrumentais ¢ nos varios dominios de atuagao dos Assistente Operacional Encarregado Geral Operacional Fungées de chefia do pessoal da carreira de assistente operacional. Coordenagao geral de todas as tarefas realizadas pelo pessoal afeto aos sectores de atividade sob sua supervisio. Encarregado Operacional FungSes de coordenagao dos _assistentes operacionais afetos ao seu sector de atividade, por cujos resultados. = ~——_responsivel Realizagdo das tarefas de programagio, |organizagdo € controto dos trabalhos a executar | pelo pessoal sob sua coordenagaio. Substituigéo do encarregado eral nas suas auséncias ¢ impedimentos. Assistente Operacional Fungées de natureza executiva, de caracter manual ‘ou mecdnico, enquadradas em diretivas gerais bem definidas e com graus de complexidade varidveis. Execugdo de tarefas de apoio clementares, indispenséveis ao funcionamento dos érgios e servigos, podendo comportar esforgo _fisico. Responsabilidade pelos equipamentos sob sua ‘guarda ¢ pela sua correta utilizagdo, procedendo, ‘quando necessério, a manutengdo e reparagio dos’ mesmos. 2 lui 33/2018 Dra 13 faracio - Ine og — og —17 0°

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