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DOSSIER
ambiente, energias renováveis
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Portugal pioneiro
nos Veículos Eléctricos
Aí estão os Veículos Eléctricos (VE) em força! Apesar da
crise ou por causa dela. Marcas automóveis a apostarem
nos VE elegendo Portugal como país pioneiro e os portugue-
ses a não se declararem muito abertos à novidade (segundo
um estudo da ADENE), mais devido ao preço do que por
outras causas. Mas cidades há que pretendem superar os
objectivos europeus para os VE: caso do Porto. Tudo isto
tem a ver com a chamada Energia da Mobilidade! E O Insta-
lador esteve lá!
Mas O Instalador também se moveu pelo mundo dos livros
com "Os Contos da Dona Terra", onde de forma literária e
ilustrativa simples e apelativa, se chama a atenção para as
limitações do planeta azul, onde por acaso vivemos e pelos
vistos queremos continuar a viver!
E a viver com a qualidade possível! E essa qualidade passa
também pela preservação não só dos humanos como tam-
bém dos animais, como, por exemplo, o cavalo garrano
(que corre risco de extinção).
Uma viagem também pelos espaços verdes públicos de Lis-
boa, pela boa notícia que são as reduções das emissões de
CO2 na Europa, pelas novidades na Agência de Energia de
Cascais, e ainda pelas novidades na Siemens, na Vulcano e
pela promoção das biorrefinarias de biomassa para biocom-
bustíveis. Tudo muito bio... como convém nos tempos que
passam! Até porque os biocombustíveis derivados de resíduos
podem substituir metade dos combustíveis de origem fóssil
daqui a 10 anos!

José Rebelo
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Mobi.E - Rede Mobilidade Eléctrica

Um dia todos os carros


serão assim
Texto e Foto_José Rebelo

Portugal é um dos países pioneiros


nos testes de carros eléctricos.
Esta afirmação pode parecer
descabida em virtude da crise ins-
talada em terras lusas mas não:
os veículos eléctricos têm mesmo
pernas (neste caso, rodas) para
andar e isso já reconheceram algu-
mas das grandes marcas de au-
tomóveis a nível mundial.

A essa escolha não é indiferente a


maneira como estão estruturados os
transportes em Portugal: este rectân-
gulo ocidental da Europa é um dos
países com mais automóveis por habi-
tante (!) e é um dos que apresenta
maior índice na relação con-
dutor/quilometragem percorrida. Esses
factos devem-se a inúmeros factores,
nomeadamente a problemas que outros
países resolveram com muita ante-
cedência ou problemas que alguns
países nunca tiveram: um deles é o
facto do desfasamento entre local de
trabalho/ (possível) residência das
pessoas; outro a deslocalização das
empresas, as quais mudam de con-
celho sem terem em linha de conta o
local de residência dos seus fun-
cionários; outro a centralização de
serviços públicos: as pessoas deslo-
cam-se da periferia para o centro da
cidade para trabalharem em serviços
que faria muito mais sentido estarem
sedeados no local onde vivem; e por aí
fora. A desarticulação da sociedade
portuguesa no aspecto laboral (e con-
sequentemente, social), mais a apetên-
cia que os portugueses têm em geral
por automóveis, leva a que seja bom
para as empresas de automóveis inves-
tirem em Portugal. E na 2ª década do
séc. XXI só fazem sentido essas em-
presas investirem em veículos eléctri-
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cos: é o que está a acontecer com a Nissan. O Pro-


grama Mobi.E é um Programa de Mobilidade Eléctrica,
que terá um enorme impacto para o utilizador com uma
redução significativa de custos e no geral com uma mel-
hor integração das energias renováveis, o que conduz a
um melhor ambiente e a uma maior independência ener-
gética de Portugal, o que gerará maior riqueza e mais
emprego de imediato.
Portugal posiciona-se assim como um país pioneiro e
demonstrador, um espaço para a concepção, desenvolvi-
mento e teste de novas soluções de mobilidade susten-
tável explorando energia eléctrica de fontes renováveis
através de redes inteligentes.
O Modelo português de Mobilidade Eléctrica tem como
principais princípios o enfoque no utilizador/ cidadão;
preço competitivo; integração de fluxos de informação,
energéticos e financeiros; acesso a qualquer construtor
de veículos e baterias, operador e comercializador;
atracção de investimento privado; a uma escala na-
cional; e criação de mercado.
Mas para sabermos quem é quem na Mobilidade Eléc-
trica há que saber que o utilizador é o cidadão ou orga-
nização; o comercializador de electricidade de
Mobilidade Eléctrica vende electricidade para carrega-
mento: o operador de rede de carregamento gere pontos
de acesso à rede de carregamento, tornando acessível
o serviço de carregamento disponível para utilizadores
através de diferentes comercializadores; a entidade
gestora assegura integração entre todos os agentes e
faz a gestão integrada dos fluxos financeiros, de infor-
mação e de energia.
Através da Tecnologia e Inovação os sistemas de infor-
mação e gestão farão a monitorização e a rede em
tempo real e a gestão remota de carregamentos. São
exactamente os carregamentos que mais curiosidade
suscitam aos utilizadores: haverá uma infra-estrutura
de carregamento à escala nacional da rede piloto à
rede capilar.
A utilização poderá ser feita com deslocação dentro da
autonomia; deslocação de ida e volta com carregamento
no destino; ou carregamento durante a viagem. O car-
regamento poderá ser normal; de oportunidade/
emergência; ou carregamento na viagem. O Ponto de
Carregamento poderá ser em casa, no trabalho ou na
base da frota; em centro comercial, supermercado, par-
que de estacionamento ou na rua; ou ainda em áreas de
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serviço; os requisitos são carrega- Carlos Zorrinho,


mento total em 8 horas, 50% em 30
Secretário de Estado da Energia e Inovação,
minutos (oportunidade) ou 20km em
10minutos (emergência); o tipo de car- a’O Instalador
regamento será normal, normal/
rápido, e rápido. QUAL A IMPORTÂNCIA DE PORTUGAL MEDIDAS?
A concretização de uma rede piloto de SER PIONEIRO NO LANÇAMENTO Justifica-se e muito pois estes carros
âmbito nacional contempla 25 municí- DESTES VEÍCULOS ELÉCTRICOS? vão consumir energia produzida em
pios e principais auto--estradas; 1300 É muito importante que esta experiên- Portugal. Um dos nossos grandes pro-
postos de carga lenta e 50 de carga cia seja possível em Portugal. E é pos- blemas é o défice da balança comer-
rápida; as localizações preferenciais sível em Portugal, porque este é um cial, e uma grande componente desse
para instalações privadas serão na via país que tem um sistema de carrega- défice da balança comercial é a impor-
pública, parques de estacionamento, mento e um sistema de autonomia que tação de energia.
estações de serviço, aeroportos, hotéis possibilita esta experiência em termos
e centros comerciais. Há ainda o objec- reais. E por outro lado, a Nissan, com o E DO PONTO DE VISTA SOCIAL?
tivo de alargar a rede e reforçar a mobi- slogan "Emissões Zero", confirma uma Mesmo do ponto de vista social tere-
lidade eléctrica com aposta no certeza: em Portugal os carros são mos um grande ganho pelo facto de
desenvolvimento do carregamento mais emissões Zero que em qualquer substituirmos na área dos transportes
doméstico e privado; programa de inte- outro ponto do mundo. combustíveis fósseis por energia pro-
gração com transportes públicos e ou- duzida em Portugal. Além de todo o
tras formas de mobilidade em PORQUÊ? ganho ambiental que está inerente a
desenvolvimento. Porque nós temos uma componente de estes tipos de veículos.
Finalmente as iniciativas de criação de energias renováveis que é das maiores
mercado: as principais iniciativas têm a em todo o mundo. E vamos ter mais
ver com as compras públicas (20% de ainda: um sistema de carregamento
renovação anual da frota pública); prio- que permitirá que as pessoas car-
ridade aos veículos eléctricos em lu- reguem de noite os seus carros e esse
gares de estacionamento; incentivos à sistema durante a noite é 100% reno-
infra-estrutura em edifícios novos e nos vável, portanto, completamente emis-
existentes; comunicação e educação. sões zero.
Quanto aos incentivos deverá haver
isenção de taxas de aquisição e de circu- QUAL A SENSAÇÃO DE CONDUZIR UM
lação para veículos eléctricos; redução VEÍCULO ELÉCTRICO?
de impostos para particulares e frotas; Tive um grande orgulho em conduzir
subsídio directo de 5000 euros na com- este carro por saber que só o pude
pra mais 1500 euros para programa fim fazer pelo trabalho que o governo e as
de vida (para os primeiros 5000 veículos empresas em Portugal desenvolveram
vendidos até ao fim de 2012). nestes últimos anos.
Com tudo isto é caso para dizer: um dia
todos os carros serão assim! E QUANTO AOS INCENTIVOS PARA
AQUISIÇÃO DESTES VEÍCULOS...
Foi decidido manter o incentivo de os
primeiros 5000 compradores deste ou
de outro carro eléctrico terem esse
subsídio directo e ainda a possibilidade
de beneficiarem entregando um carro
antigo. Acresce ainda isenção do ponto
de vista fiscal.

NUM CONTEXTO DE CONTENÇÃO, JUS-


TIFICA-SE CONTINUAR COM ESTAS
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Alexandre Fernandes,
Director-Geral da ADENE - Agência
Nacional de Energia, a’O Instalador

QUAL A SUA IMPRESSÃO DEPOIS DE CONDUZIR UM


VEÍCULO ELÉCTRICO DURANTE UNS QUILÓMETROS
PELA CIDADE DE LISBOA?
É uma impressão fantástica. Esta é uma solução que vai
fazer a diferença. O que estamos aqui, e neste momento,
a viver é o início de uma revolução. Às vezes não nos
apercebemos destas questões mas de facto temos aqui
num carro que tem toda a comodidade de um veículo
citadino, classe C, com uma relação peso/potência ex-
celente, uma relação de prestação automóvel excelente.

GOSTOU ENTÃO DAS PRESTAÇÕES DO VEÍCULO


ELÉCTRICO...
O carro tem de facto excelentes prestações. Não perde
nada face a um carro normal, pelo contrário, ganha e
muito: tem uma série de vantagens acrescidas e acaba
por ter uma combinação de atributos fantástica.

EM TERMOS DE ECONOMIA E DE ESPAÇO COM QUE


IDEIA FICOU DO VEÍCULO ELÉCTRICO DA NISSAN?
É extremamente económico e muito amigo do ambiente.
Não só pela poluição que não emite mas também pela
condução silenciosa, que se torna numa condução muito
agradável. A nível de mala e de espaço não perde nada
para um carro normal, pelo contrário, tem uma excelente
mala de 330 litros, a habitabilidade quer frontal quer dos
bancos traseiros é excelente, portanto eu diria que
temos aqui um campeão de vendas.

COMO DIRECTOR DA ADENE É UMA BOA NOTÍCIA


QUE OS UTILIZADORES SE INTERESSEM POR ESTAS
VIATURAS...
Sem dúvida. Estes são daqueles veículos que con-
tribuem muito para a eficiência energética e também
obviamente para a mudança de comportamentos. Os
meus parabéns à Nissan, estão a fazer de facto um ex-
celente trabalho.
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Portugueses longe
da opção
pelo carro eléctrico
Muitas vezes a manifestação de vontade nem sempre se aplica à prática. cento em Torres Vedras e de 25 por
E, no caso dos portugueses, esta teoria é mesmo verdadeira. De acordo cento em Aveiro.
com um estudo da Agência para a Energia (ADENE), apenas 5,4% dos por- O estudo realizado pela Data E, a pe-
tugueses aceitam veículo eléctrico como alternativa ao seu carro. dido da ADENE, refere que, ao con-
trário, este tipo de carro parece ter
Texto_Ana Clara menos adeptos em Santarém, onde so-
mente 2,7 por cento daqueles que res-
ponderam ao inquérito apontam a
intenção de comprar.
Cerca de 67 por cento dos inquiridos
referem não pretender comprar carro e
6,7 por cento vão fazê-lo este ano.
Os veículos a gasolina ou gasóleo de
baixo nível de emissão de poluentes
têm a preferência de 12,9 por cento
dos participantes no estudo e o veículo
híbrido, que contempla tanto a possibi-
lidade de utilizar a energia eléctrica
como combustível, reúne 7,1 por cento
de intenções de compra.
Os portugueses analisariam com mais
atenção a mudança para um veículo
eléctrico se tivessem incentivos como
redução do imposto automóvel (para
41,7 por cento), benefício fiscal no IRS
(35,1 por cento) ou redução no preço
do carro (24,1 por cento) ou redução
do IVA (23,8 por cento).
Para 74,1 por cento dos inquiridos, o
preço do veículo eléctrico devia ser
mais baixo e para 20,8 por cento deve
manter-se nos actuais valores.
Aliás, mais de metade dos partici-
pantes no inquérito (55,7 por cento)
Os portugueses já ouviram falar do garantem que não tencionam comprar
veículo eléctrico, menos de metade as- um veículo eléctrico se o preço for
socia a automóvel não poluente, mas mais elevado que o pago por um au-
somente 5,4 por cento encaram como tomóvel tradicional.
alternativa ao seu carro actual. O sector dos transportes é um dos res-
Esta é apenas uma das conclusões do ponsáveis pela emissão de gases com
estudo divulgado pela ADENE no final efeito de estufa que está a afectar a
de Setembro. camada de ozono. Por isso, alguns
Do total de 1663 inquiridos em todo o países apostam na adopção de
país, 96,5 por cento conhecem ou têm soluções menos poluentes, como veícu-
informação sobre o assunto e, em los eléctricos ou a gás natural.
média, 11,7 por cento dizem ter a in- O inquérito foi realizado nas 21 cidades
tenção de adquirir um veículo eléctrico, que aderiram ao projecto MOBI.E (Mo-
uma percentagem que é de 27,9 por bilidade Elétrica).
Tiragem: 7000 Pág: capa
Instalador (O) País: Portugal Cores: Cor

Period.: Mensal Área: 6,46 x 7,59 cm²

ID: 32894282 01-11-2010 Âmbito: Ambiente e Ciência Corte: 8 de 8

Ambiente
Energias
Renováveis
p.66

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