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(Entra Giro acompanhado de Leninha, que vem com uma mala na mão.

GIRO - É aqui. Tudo limpo e os cambaus. Como te falei. Pra tu ver que não sou de mentir.
Nunca nenhum freguês reclamou de nada. Não é como alguns mocós que tem por aí, que são
uma imundicie. (Leninha avança pro meio do quarto e faz cara de nojo) Que é? Do que tu não
gostou?

LENINHA - Dessa puta bagunça!

GIRO - Que bagunça?

LENINHA - Olha essa droga quebrada no chão.

GIRO (vendo o abajur.) - Que é isso?

LENINHA - Eu é que vou saber? Cheguei nesta bosta agora.

GIRO - É o abajur quebrado.

LENINHA - Se vem um freguês e flagra a bagunça, pega mal.

GIRO - Deve ter quebrado.

LENINHA - Tá na cara né, malandro? Se tivesse inteiro, não tava quebrado.

GIRO - Quer dizer, quebrou agora. Ou quebraram. Essa porra não ia quebrar sozinha.

LENINHA - Vai ver que foi o gato.

GIRO - Aqui não tem gato. Odeio bicho.

LENINHA - Por isso que Deus te castigou e fez tu nascer bicha. (Ri.)

GIRO - Foi uma das duas putas que quebrou. Que merda! Que merda! Isso é prejuízo. Mas que
se dane! Não compro outro. Assim elas aprendem. Vão ter que trepar no escuro. Bem feito!

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