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rd Pir ZUry 9 7 MODELOS DE REDACAO I Passos roteiro completo das redacoes nota 1000 eal ay Eo ics a a p= ae | ern ate nee errs Uo eens V vs S rofessores enem }} A especialistas /P) Um intensivo completo de estudo! EpICAsE Ml Gestao de Negocios Gerte Admintratia Finncer Elsner, VanasaPaeta ‘luslone Lina «Sergio Lani Debio om Bancas« Uvrrae “oa apes Pubes (po AD TSTAL 5 publagies EpiCase ion EpiCase teeta ar sort ree a =A aCe Pawo Feipe Pra Imapenetdobe Stock shutorsock eiges rerio (00 3772-4002-ramol 208 ANTS¢ Nek Eiistssepatcaco (Q/esceapuc Bhieteseeputescoes C)ecesapubecoee etp://loja.caseeditorial.com.br/ Redacao O dominio da arte escrita exige concentracao, dedicacao e pratica. O exercicio deve ser continuo Fazer uma boa reda¢do no Enem significa 20% de uma vaga em programas como ProUni e Sisu. E 0 primeiro critério de de- sempate nesses dois programas. Ao contrario das notas con- vencionais, no Enem a redagio vale até mil pontos. A redagio nota dez, na verdade, é nota mill 0 que acontece se vocé tirar zero na redacao do Enem? Ze- rar na redagdo do Enem o impede, por exemplo, de ganhar uma Bolsa do ProUni. 0 Programa Universidade para Todos oferece bolsas de estudos em faculdades particulares para estudantes de baixa renda. Para participar, além de cumprir alguns requi- sitos de escolaridade e renda, é necessério ter participado do Enem no ano anterior, com pelo menos 450 pontos na média das provas e nota maior do que zero na redagao. Impede tam- bém de entrar na universidade pablica pelo Sisu. 0 Sistema de Selesio Unificada usa a nota do Enem para classificar candi- datos a vagas em universidades publicas. Para concorrer a uma dessas vagas, é necessdrioter feito o Enem no ano anterior, com pelo menos 450 pontos na média das provas e nao ter zerado naredacio. Com o FIES nao é diferente! Conseguir financiamen- to do FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino 7 rem Rito Superior) - programa do Governo Federal que concede financiamento estudantil a juros bai x05 (3,4% ao ano) é necessario que os candi datos que concluiram o ensino médio a partir de 2010 precisam ter feito o Enem, com pelo menos 450 pontos na média das provas ob- jetivas e nota maior do que zero na redagao. Critérios de Corregao de Texto Dissertativo O que se avatia: Adequagao ao tema Como se avalia: o texto aborda total ou parcialmente a proposta tematica, ou foge ao tema; demonstra compreensdo da coleténea de textos ou se entrega a parafrase. Oque se avatia: Adequagao aotipodetexto Como se avalia: a redacao apresenta a es- trutura bésica do texto dissertativo (tese-de- senvolvimento-conclusdo) que se avalia: Coeréncia Como se avalia: qual a consisténcia da es- trutura argumentativa do texto; ha contra- dices internas (entre oracées e pardigrafos), externas (leitura de mundo, veracidade dos dados) e/ou nonsense. (0 que se avatio: Coesao Como se avalia: como se organizam os ele mentos de ligacdo de ideias (oracées e par grafos); como se dé aestruturacdo de apoio ao texto dissertativo (concatenagio de ideias de modo a privilegiar a clareza e a objetividade). O que se avalia: Correcdo gramatical Como se avalia: a composicaio do texto atende a Norma Culta de Linguagem ou dela se distancia. Vocabulario basico para 0 Texto Dissertativo Conceito: Assunto O que significa: objeto de discussdo abran- gente, amplo. Exemplo: Violéncia. Conceito: Tema 0 que significa: objeto de discussdo espe- cifico, particularizado. Exemplo: Violéncia do- méstica. Conceito: Convencer Oquesignifica: provarparaalguemqueuma tese é verdadeira, que se tem razdo. Isso ndo significa que 0 interlocutor necessariamente mudard de opinido. Exemplo: Convengo um ‘amigo fumante de que 0 tabaco é nocivo ao corganismo. Entretanto, ele continua a fumar. Conceito: Persuadir © que significa: provar para alguém que uma tese é verdadeira, de modo a ocasionar a mudanca de atitude do interlocutor. Exemplo: Convengo um amigo fumante de que o taba- 0 € nocivo ao organismo. A partir de nossa conversa, ele deixa de fumar. Observacao: o objetivo da redagiio de um concurso ptiblico @ convencer 0 leitor virtual da consisténcia dos argumentos apresentados para a defesa de uma tese, e nao persuadi-lo a mudar suas opinides, crengas e/ou conviccdes. Conceito: Dialética O que significa: grosso modo, trata-se da abordagem de um tema de modo a compre~ ender 0s opostos complementares. A partir da leitura dialética, compreende-se, por exem- plo, por que, historicamente, os responsdveis (diretos ou indiretos) peta criacao do Movi~ mento dos Trabathadores Sem-terras (MST) Go 0s préprios latifundidrios que insistem em manter suas terras improdutivas. Nesse senti- do, entende-se também que a internet, por si 56, € um instrumento neutro: 0 uso que se faz dela pode ser benéfico ou nao, conforme as circunsténcias. 0 proceso dialético pode ser verificado, ainda com mais facitidade, na pro- pria natureza. Para que haja 0 dia, é necessario haver a noite, e vice-versa. Como so opostos complementares, um néio existe sem o outro. 0 ponto de mutagdo do dia para a noite é 0 entardecer. Ja 0 momento de transi¢ao danoi- te para o dia é o amanhecer. 0 ciclo se alterna de maneira que 0 novo, calcado no velho, 0 substitui. Da mesma maneira, para que sur- ja.a planta (0 novo), a semente (0 velho) tem de se transformar: a planta estava contida na semente, a qual se metamorfoseou para nao interromper o ciclo da vida. Conceito: Leitor virtual que significa: 0 destinatério do texto. 0 leitor virtual de uma redacéo de concurso piiblico tem 0 seguinte perfil: culto, bem in- formado, critico. € para ele que se escreve 0 texto, e nao para o professor/corretor. Conceito: Auditério universal 0 que significa: piiblico amplo de interlo- cutores (leitores e/ou ouvintes). Conceito: Auditorio particular © que significa: piblico especifico de in- terlocutores (leitores e/ou ouvintes). Obs.: Os argumentos deuem ser elaborados conforme © perfil de dos leitores virtuais de cada audi- torio. Numa redacdo de concurso piiblico (au- ditdrio universal), cujo tema seja a legalizagao do aborto, caso 0 autor dotexto seja contrario essa pratica, ndo deverd utilizar o argumen- to de que 0 aborto é uma agresséo a Deus, uma vez que pode ser contestado por todos aqueles que nao acreditam em Deus. Por ou- tro lado, numa comunidade religiosa (au tério particular), 0 mesmo argumento surtird efeito entre aqueles que, embora pensem de maneiras diferentes, partilham a mesma fé ou dogmas etc. Estrutura do Texto Dissertativo Grosso modo, 0 texto dissertativo divide- se em trés etapas: 1 Introdugdo (onde se apresenta a tese a ser defendida); 2- Desenvolvimento (espaco por excelén- cia para o arrotamento de argumentos) ¢ 3 ~ Conclusdo (encerramento do texto em consondincia com a tese defendida por meio dos argumentos arrolados). Antes de analisarmos as diversas possi- bilidades de elaboracao de cada uma dessas etapas, vejamos a estrutura do texto disser~ tativo no editorial transcrito abaixo. Horrivel Introdugéo 1 “Horrivel, horrivel, horrivel” foram as palavras escolhidas pela relatora especial da ONU Asma Jahangir para qualificar as condi- Ges de duas unidades da Febem paulista ~ uma delas considerada modelo pelo Estado. A expressdo traduz bem as dificuldades que cercam a luta pelos direitos humanos no Bra~ sil. Seria injusto afirmar que nao houve pro- gressos ao longo dos anos, mas eles foram tdo lentos, e 0 descalabro da situagdo é ta~ manho, que ha pouco a comemorar. Desenvolvimento 2 Avisita de Jahangir, que ocupa o posto de relatora especial das Nacdes Unidas para Execugdes Arbitrérias, Sumdrias e Extraju- iciais, 6 um desses raros fatos positivos. Ela estd no Brasil a pedido do governo federal e deverd apresentar relatério a Comissao de Di- reitos Humanos da ONU. 3 = Os mais cinicos poderdo se perguntar Por que o governo traz um estrangeiro que inevitavelmente fard criticas do pafs num foro internacional. € justamente sob essa aparente incoeréncia que se encerra algo alentador no campo dos direitos humanos: 0 poder central ‘a0 menos sinaliza que esté disposto a tocar na questdio das torturas e acdes de exterminio com a participagao de policiais. 4- Infelizmente, tal disposi¢ao parece mais reduzida em esferas estaduais. Asma Jahangir, que goza da mais sélida reputacao internacio~ nal, tentou, mas no conseguiu, ser recebida pelo governador de Sao Paulo, Geraldo Alck- min. Pior, ela teve seu pedido para visitara UAI (Unidade de Atendimento Inicial) do complexo da Febem no Bras inicialmente negado. Concluséo 5 Eliminar a chaga da tortura e da violén- cia policial nao ¢ tarefa simples. Ela torna-se ainda mais dificil quando altas vozes de co- mando da policia paulista parecem preferir a linguagem da forca e do confronto e tratar 0 respeito aos direitos humanos como um em- pecitho, e nao como uma norma inegocidvel. Comentarios 1 Introdugao (1° parégrafo) + Tese: situagdo dos direitos humanos no Brasil absurdamente desrespeitada/desres- peitosa, ainda que tenha havido avancos (res salva). + Contextualizagao: visita da relatora es- pecial da ONU a duas unidades da Febem pautista. 2-Desenvoluimento (2°, 3°e 4° paragrafos) * Auisita de Jahangir, a pedido do governo federal, representa um avanconaquestao dos direitos humanos no Brasil. Note-se o desdo- bramento, a explicitagdo do cargo ocupado por Jahangir na ONU. (2° pardgrafo). + Contra-argumentagdo: “os mais cinicos” X ponto-de-vista do articulista (autor do edi- torial) - corroboracdo do argumento de que houve melhoras em relacdo ao espinhoso tema abordado. (3° parégrafo). * Contraste entre a postura do governo es- tadual de Sao Paulo e a presenca de Jahangir No Brasil (note-se, mais uma vez: a convite do governo federal). Se, ao longo do atual gover- No, 0 pais avancou, ainda que timidamente, na defesa e garantia dos direitos humanos, qua- dro predominante ainda é de horror e descaso. (4° pardgrafo). 3 - Conclusdo (5° paragrafo) + Retomado/reiteracao da tese. + Note-se 0 contexto: a situagdo agrava- -se com atitudes como a de parte do coman- do da policia paulista, o que legitima a violén- cia institucional. Observagdes sobre a linguagem: Forma encontrada no texto: “Ela torna-se cinda mais dificil” Forma gramaticalmente preferivel segun- do.aNorma Culta da Lingua: “Elase torna ci da mais dificit” Forma encontrada no text de Atendimento Inicial)” Forma gramaticalmente preferivel se- gundo a Norma Cutta da Lingua: “Unidade de Atendimento Inicial (UAN)” : “UAL (Unidade Objetividade e Ponto-de-vista a) Objetividade e subjetividade De modo geral, o texto objetivo é marca~ do pela impessoalidade (auséncia de tragos que indiquem o “eu”, como pronomes e ver- bos na primeira pessoa do singular, adjetivos etc). Isso, porém, ndo significa que o texto seja ‘amorfo, sem vida ou nao deixe transparecer claramente as opiniées do autor. Por sua vez, 0 texto subjetivo representa claramente as opinides pessosis do autor. Por esse motivo, mais do que argumentos, exp! cita sensagées, emogées, estados de alma e lembrangas do autor. Vejamos dois exemplos (0 segundo, cons- truido por vocé mesmo): Texto Objetivo Uma xicara, duas, tré: Saboreie sem culpa seu aromético e fume- gante cafezinho. Absolvido pela ciéncia, ele deixouobancodosréuseestépertodeseracla- mado como alimento funcional. Ou seja, acre- dite-se que previna doencas- do diabetetipo 2 acertos tipos de cancer! Sé ndo vale exagerar. (a) Os prés* + Amplifica a atengao e a concentracao. + Reduz a risco de desenvolver diabete tipo 2, mal de Parkinson, cancer no céton e cancer de bexiga. + Concentra maior quantidade de minerais do que algumas bebidas isoténicas. + Ajuda no tratamento de dependentes quimicos. Os contras* +Aumentaosniveisdahomocisteinanosan- gue, substdncia que amplia 0 risco de enfarte. + Provoca um leve aumento da pressao ar- terial depois de cada xicara, + Pode causar intolerancia géstrica. + A cafeina pode aumentar a eliminacao de cdlcio na urina, Mutheres depois da meno- pausa devem tomar café com parciménia, de preferéncia com leite. Texto Subjetivo Eu gosto de café porque Isso me lembra quando Fico feliz se . Para mim, portanto, b) Contra-argumentacao. Recurso argumentativo que consiste em citar 0 argumento do interlocutor de modo a desconstrui-lo ¢ desautorizé-lo. Nao deve ser confundido com estratégia de agressdo e/ou desqualificagdo da imagem do interlocutor. No exemplo a seguir, André Petry procura, por meio da contra-argumentagéio, demonstrar que de- terminada postura de defensores dos animais & antes uma atitude racista do que ecolégica. “Como racismo no Brasil é sempre coisa do vizinho (argentino ou no), os defensores dos ‘nimais que lutam contra o rito das religides ofricanas vao jurar de pés juntos que ndo sao racistas, que jamais quiseram dizer que o deus dos negros nao é tao bom quanto o deus dos brancos, que existem até negros entre eles e ‘que queriam apenas evitar atrocidades contra 05 animais. Pode ser verdade, mas nao basta. Se isso for mesmo, se 0 que os move é téo- -somente a defesa dos animais, onde esto entdo os protestos diante dos abatedouros de bois, porcos e aves? Onde esto os protestos contra a condico do Brasil de maior exporta- dor mundial de carne bovina e de frango? Dias atrds, 0 governo da Russia anunciou que vai voltar a permitira importacao de carnes bovi- 1a, suina e de frango de regides do Brasil onde havia suspeita de alguma doenca. Foi uma excelente noticia para a economia brasileira ~ e nao se ouviu o protesto dos defensores dos bois, porcos e galinhas.” Leitura Critica a) Posicionamento critico Uma dissertagao bem elaborada nao dei- xa espago para o senso comum nem para 0 lugar-comum. ‘Senso comum: reproducéio de uma ideia, consagrada pelo uso, porém, sem base cien- tifica e/ou na realidade. Exemplos: Todo ve- tho @ sdbio. (Serd mesmo? A idade concede sabedoria, ou as experiéncias?); Toda crianga é inocente, ingénua. (Sera mesmo? O que se entende por inocéncia? Estudos de Psicologia e Psicandlise contestam essa tese em muitos pontos... 0 que dizer do protagonista do filme 0 Anjo Matwado2). Observagdo: muitas vezes, senso comum é utilizado também como sind- nimo de consenso, sem a carga de alienagao argumentativa atribuida acima. Lugar-comum: expresses consagradas pelouso, quese tornaram desgastadas. Exem- plos: © Brasil tem uma natureza exuberante,/ Vimos por meio desta (no caso de uma carta). Ao contrério, uma argumentagio eficiente jamais negard os fatos, a realidade. Ao tra~ tar, por exemplo, de assunto polémico como 0 aborto, tanto partidarios pré ou contra essa pratica, em nome da Lagica, ndo poderdo dei- xar de admitir que: 1) toda forma de aborto constitui-se numa experiéncia traumadtica para a mulher; 2)0 embrido/feto, embora esteja ligado ao corpo da gestante, nao é um simples apéndice da mae, mas um individuo em formacéo. Contra fatos ha argumentos? Quem nunca viu, em livro ou filme, a classica cena em que um par amoroso é surpreendido e responde para o(a) bisbilhoteira(a): Nao é nada do que vocé esta pensando...2 Argumentos camuflam, ainda, as chama- das razées ideolégicas. Vocé acha que real- mente existe, ou existiu, algum tipo de guerra santa? Ou todas elas (cruzadas catélicas, mo- vimentos de expansdo drabes/islamicos para 0 Ocidente, deposicdio de Sadam Hussein pelo protestante Bush etc.) nado passam/passaram de justificativas para expandir territérios & mercados? Afim de elaborar o posicionamento critico de forma eficiente, é preciso arrolar argumen- tos e compreender como pensa o oponente. Vejamos, a esse respeito, alguns argumen- tos favoraveis e contrarios a implantagdo da pena de morte no Brasil. Pena de morte no Brasil Prds: somada a outras medidas, a pena de morte inibird a criminalidade. + Fatos concretos e dados da realidade: para que a pena de morte realmente contri: bua para a inibigdio/diminuigdo da criminali- dade, elencar medidas que a auxiliem nessa tarefa. + Pesquisas, estatisticas: uma vez que nao se prope para o Brasil o mesmo modelo de paises onde a pena de morte termina por ser ineficaz, as pesquisas e estatisticas que pro- curam demonstrar que essa medida é indcua ‘00 combate ao crime serdo desautorizadas. A fim de evitar injusticas, antes da imple- mentacdo da pena de morte no Brasil (que poderd ser decidida por meio de plebiscito), 0 Estado deverd reaparethar os sisternas judici- Grioe penal. + Fatos coneretos e dados da realidade: ndo se negam as deficiéncias dos sistemas ju- dicidrio e penitenciario brasileiros. Enquanto 0 primeiro carece de transparéncia e agilidade, © segundo necesita de urgente reformula- 0, a fim de se tornar realmente correcional, abandonado as coracteristicas de verdadeira universidade do crime. + Pesquisas, estatisticas: demonstrar a ur- géncia na reforma dos sistemas judiciario & penitenciario. A pena de morte, no Brasil, seria aplicada apenas aos condenados que cometerem cri- mes hediondos, + Fatos concretos e dados da realidade: verdadeira defesa parcial da pena de morte (apenas para crimes hediondos); prevensio 4 possibilidade de injusti¢as (a pena de morte do incidiria sobre crimes mais brandos). Contras: nos paises onde vigora, a pena de morte nao diminuiu a incidéncia da criminali- dade. + Fatos concretos e dados da realidade. + Pesquisas, estatisticas. Quando da execugdo de um condenado, inexiste a possibilidade de rever o caso e sanar possiveis distorcSes/injusticas. + Fatos concretos e dados da realidade: er- ros judiciarios ocorrem e, no caso da pena de morte, sdo irrepardveis. * Pesquisas, estatisticas: considerar quais as classes saciais de onde provém o maior nit- mero de condenados é pena de morte. De certa forma, a pena de morte jé vigora ‘no pais, por meio da chamada violencia ins~ titucional, promovida pela policia, nas mais diversas esferas, sem que isso diminua a cri- minalidade. +Fatos concretos e dados da realidade: critica a0 sistemavigente, corrupto e ineficiente. Nesse contexto, a implementacdo da pena de morte apenas legitimard a violéncia institucional. b) Preconceito e desinformacdo versus Fatos Conforme a sabedoria popular, contra fa- tos ndo hd argumentos. Todavia, baseadas no senso comum = cuja definicaio vimos acima ~ muitas informagées sdo transmitidas, de ge- ragdo a geragio, de maneira a cristalizar-se e a legitimar crencas e preconceitos. Exemplo: Senso comum (sem base cientifica): Minha vizinha dirige mal. Logo, todas as mulheres di rigem mal. Raciocinio indutivo falacioso. Base do preconceito (pré+conceito): gene- ralizagao. Dados concretos da realidade: As compa- nhias de seguros atestam que as mulheres, en- quanto motoristas, so mais prudentes do que oshomens. Poressarazdo, oferecem segurosa precos diferenciados para motoristas do sexo feminino, as quais se envolvemem menos aci- dentes do que motoristas do sexo masculino. Argumentacdo baseada em pesquisas, es- tatisticas, verificagaes de ocorréncias etc Dicas de sucesso Para a resolugao das proves. + Ler atentamente os enunciados, dividi- ~los e fazer marcagées pessoais, a fim de nao se perder durante a leitura. + Elaborar, de maneira sucinta, um projeto de texto para a resposta/redacéo. + Elaborar um rascunho. + Definir o texto final. Lembre-se de: + organizar o texto conforme a estrutura da dissertacao, + elaborar uma estratégia argumentativa consistente. + escrever 0 que realmente acredita, e no © que pensa que agradaria ao corretor. + citar as fontes corretas de estatisticas, ar- gumentos de autoridades etc. + utilizar-se da norma culta de linguagem. + ordenar as ideias de forma coerente e coesa. + produzirum texto criativo e elegante sem, contudo, deixar de abordar o tema proposto. +néoseutilizardaprimeira pessoa do singular. Segundo a sabedoria popular (e os publici tarios, profissionais liberais e do comércio), a propaganda é a alma do negcio. Nesse con- texto, uma das melhores maneiras de “ven der” 0 seu texto é caprichar na utilizagio do titulo e da epigrafe (citagio logo abaixo do titulo, no canto esquerdo da pagina, relacio- nada ao tema a ser desenvolvido). A esse res- peito, leia os fragmentos abaixo: Titulo - é a carteira de identidade do texto. Assim como na cédula de identidade cabem dados sobre suaidentificagao, foto e assinatu- ra, no titulo devem aparecer de forma concisa 4 ideia central do texto. De forma sedutora, naturalmente. Dessa forma, use com equili- brio trocadilhos e recursos poéticos os mais variados. Titulos genéricos como “As eleicées no Brasil”, além de néo serem atraentes, nao delimitam 0 tema. Vale a pena “praticar” ti- tulos, mesmo quando o modelo de prova que vocé fara ndo o exigir. Epigrafe - que eu saiba, nenhuma prova de Redacdo a exige. No entanto, atribui ele- gancia intelectual ao texto. Prefira versos da MPB ou de poemas, trocadilhos bem feitos, provérbios e citacées que ndo pertengam ao senso comum etc. Em tempo: ndo se esque- a das aspas e da referéncia ao autor (Carlos Drummond de Andrade, Provérbio popular nordestino etc.) Rir para nao chorar Segundo Jean de Santeuil, poeta neolatino (1630-1687), castigat ridendo mores [(A sattira), rindo, corrige os costumes}. Os exemplosase- Quir, excertos de provas de Redacdo da UFRI, ‘00 mesmo tempo em que divertem, sao tragi- cos, pois refletem o depauperamento dos sis- temaseducacionaispablico e privado no Brasil. Como nosso objetivo nao é rir de alguém, mas rir com alguém, vejamos juntos os absur- dos absixo, a fim de evité-los em nossos tex- tos enos de nossos alunos. Boas gargathadas! Fragmento: Sobrevivéncia de um aborto vivo (titulo). Problemas de elaboracao de texto: Incoe- réncia externa (aborto X vivo/sobrevivéncia). Fragmento: O Brasil é um pais abastardo com um futuro promiss6rio. Problemas de elaboracao de texto: Voca- bulario: abastado X abastardo; promissor X promissério. Fragmento: 0 maior matriménio do pais é a Educagio. Problemas de elabora¢ao de texto: Voca- bulario: patriménio X matriménio. Fragmento: Precisamos tirar as fendas dos othos para enxergar com clareza.o nimero de famigerados que almenta (sic). Problemas de elabora¢ao de texto: Voca- bulario: fendas X vendas; famintos X famige- rados. Ortografia: almenta X aumento. Fragmento: Os analfabetos nunca tiveram chance de voltar a escola. Problemas de elaboragao de texto: Incoe- réncia externa: analfabetos X escola/escola- rizagao, Fragmento: © bem star (sic) dos abtantes endependente (sic) de roca, religido, sexo e vegetarianos, estd preocudan-do-nos. Problemas de elaboracdo de texto: Orto- grafia: bem star X bem-estar; abtantes X ha- bitantes; endependente x independente; pre- ocudan-do-nos. Preciséio vocabular: roca X rac; endependente (adjetivo) independente- mente (advérbio). Flexées verbal e pronomi- nal: preocudan-do-nos X preocupando-nos. Incoeréncia interna: ro¢a (raca)/religidio/sexo X vegetarianos. Fragmento: E preciso melhorar as indife- rencas sociais e promover 0 saneamento de muitas pessoas. Problemas de elaboragdo de texto: Preci so vocabular: indiferengas sociais X diferen- gas sociais; saneamento X bem-estar/cida- dania (?). Fragmento: Também preoculpa (sic) 0 avanco regesssivo da violéncia Problemas de elaboraciio de texto: Orto- grafia: preoculpa X preocupa. Incoeréncia ex- terna. interna: avango X regressivo. Fragmento: Segundo Darcy Goncalves (Darcy Ribeiro) ¢ 0 juiz Nicolau de Melo Neto (Nicolau dos Santos Neto). Problemas de elaboragdo de texto: Inco- eréncia externa (na tentativa de utilizar-se do argumento de autoridade): Darcy/Dercy Goncalves X Darcy Ribeiro; Nicolau de Melo Neto/Jodo Cabral de Melo Neto X Nicolau dos Santos Neto. Incoeréncia interna (natentativa de utilizar-se do argumento de autoridade): 0 que haveria de comum entre o juiz Latau e Darcy Ribeiro? Fragmento: E o presidente onde esta? Cer- tamente em sua cadeira, fumiando baseado e conversando com a presidente dos EUA. Problemas de elaboracdo de texto: Sen- so comum: o trecho indica indignagao, endo andlise critica. Oralidade: “em sua cadeira’, “fumando um baseado”. Tema de redacao, abordagem da proposta e modelo de projeto de texto. Instrugdo: Sua redacdo deverd ser re- alizada, tendo-se como textos de apoio fragmentos do artigo “Politicas do Corpo", do escritor e frade dominicano Frei Betto (Carlos Alberto Libanio Christo, 1944-), & um trecho da reportagem “Corpos a Venda’, assinada por Ana Paula Buchalla e Karina Pastore. Pra Politicas do Corpo (..) Uma pessoa é 0 seu corpo. Vive ao nu- tri-to e faz dele expressdio do amor, gerando novos corpos. Morto o corpo, desaparece a pessoa. Contudo chegamos ao século XXl e ao terceiro milénio num mundo dominado pela cultura necréfila da glamourizacéo de corpos ‘aquinhoados pela fama e riqueza e pela ex- clustio de corpos condenados pela pobreza ou marcados por caracteristicas que nao coinci- dem com 0s modelos do poder. (..) Os premiados pela toteria biolégica, nascidos em familias que podem se dar ao luxo de come menos para néo engordar, si indiferentes aos famintos ou dedicam-se a iativas caridosas, com a devida cautela de ndo questionar as causas da pobreza. Clonam-se corpos, mas néo a justica. (..) Acougues virtuais, as bancas de revistas exal- tam a exuberdncia erdtica de corpos, sem que aja igual espaco para ideias, valores, subje- tividades, espiritualidades e utopias. Menos livrarias, mais academias de ginéstica. Mor- remos todos esbeltos e saudaveis; 0 cadaver, impavido colosso, sem uma celulite. (..)Na pratica de Jesus, ajustiga encontra sua expresstio mais bela na satide dos corpos e na comensalidade, que faz da mesa comunhdo entre pessoas. A ponto de Cristo tornar a parti- tha do pao e do vinho, da bebida e da comida, sacramento de sua presenca entrends eem nds. Enosensinara oragdo“Painosso/pao nosso” Se 0 po é sé meu, como o Pai pode ser nosso? A politica das nacdes pode ser justamente avaliada pela maneira como a economia lida com a concretude dos corpos, sem excecao. Um pais, como 0 Brasil, que segrega corpos condenando-os ao desemprego e 4 miséria, ‘em nome da estabilidade da moeda e das im- posigdes do FMI, ainda estd Longe do portal da civilizacao. (..) Corpos 4 venda Mouidos pelo desejo legitimo de ter uma ‘oparéncia methor, mithares de brasileiros re- correm @ cirurgia plastica como quem vai as compras. Para tudo, no entanto, hé limite. “Formas perfeitas ao alcance de todos.” Te- nha um corpo irresistivel.” "Beleza, harmonia, sensibilidade... Conceitos ligados 4 arte, ma- nejados por quem entende do que faz.” As frases entre aspas que vacé acabou de ler pa- recem tiradas de propagandas de academia de gindstica, de comida light ou até de loja de decoragao. Sdo, na verdade, aniincios de cli- nicas de cirurgia plastica, veiculadas em re- vistas especializadas no ramo, como Plastica & Beleza e Corpo & Plastica. Essa é uma das faces da popularizacdo das operacées esté- ticas no pais. Para se ter uma ideia, s6 no ano pasado 350.000 brasileiros sairam na faca para ficar mais bonitos. Ou seja, em cada gru- po de 100.000 habitantes, 207 foram opera- dos. Os Estados Unidos, tradicionais lideres do ranking em ndmeros absolutos, registraram no mesmo periodo 185 operados por 100.000. Isso significa que o Brasil se tornou campedo mundial da categoria, Desde 1994, quando entrou em cena o Plano Real, que estabilizou @ economia e ampliou 0 poder de consumo, fazer plastica integra o rol de aspiracdes pos- sfueis da classe médica. (..) Com base nos textos apresentados, e pro- curando revelar seu ponto de vista sobre 0 assunto, realize uma redacio, em forma dis- sertativa, sobre o tema: A realidade do ser e do parecer, no brasil. Modelo de elaboracao de projeto de texto Tema:Arealidadedoseredoparecer,noBrasil. Tese: Numa sociedade cada vez mais nar- cisica, cujos comportamentos, em grande parte, se pautam pela reproducéo de valores veiculados pela midia, a obsessio pela apa- réncia fisica produz distorgdes na relacao do individuo com o seu corpo. No caso brasilei- ro, tais distorgées se acentuam, uma vez que grande parcela da populacdo nao se alimenta adequadamente enquanto indivfduos per tencentes as classes com alto poder aquisi tivo, em busca do chamado corpo perfeito, ou se submetem a dietas que desconsideram ‘as quantidades minimas para o bom funcio- namento do organismo, ou investem grande soma de dinheiro em cirurgias plasticas, tra- tamentos estéticos ou produtos que visem a compensar os efeitos produzidos pelo excesso de alimentagio. Argumento 7: A busca incansdvel peta repro- dugao no proprio corpo de padrées de beleza praticamente inacessiveis a todos evidencia: + Desequilibrio emocional (vide agressdes ‘00 organismo por meio de programas de ali- mentagao deficientes e nocivos) e caréncia afetiva (o individuo é aceito por determinados grupos sociais apenas se 0 seu corpo traduzir medidas estabelecidas em telenovelas, revis- tas, filmes etc); + Atrofia da afetividade e da atividade inte- lectual - vide, respectivamente, a corpolatria e declaragdes de Paula Lavigne, produtora ar- tistica e ex-esposa de Caetano Veloso: segun- do ela, quando viaja pelo mundo, deixa de ir a museus para dedicar-se a ginastica nas acade- mias dos hotéis onde se hospeda. Vide cinda, a receptividade (ou nao) da novela Metamor- phoses, exibida pela TV Record em 2004. Cf. 0 distanciamento dos ideais humanisticos, que marcaram civilizagdes antigas (vide Grécia) e a Histéria Moderna (Renascimento). Argumento 2: A classe média brasileira, numa imitacdo incessante do comportamen- to norte-americano, + Consegue superar a cifra anual de cirur- gias plasticas praticadas nos EUA, a despeito das evidentes disparidades sociais em relacao Grenda do cidadao médio norte-americano; + Reproduz no pais a “légica ilégica” da dieta do norte-americano médio, rica em ca- lorias e carboidratos que deverdio ser gastos em atividades fisicas desgastantes ou em ci- rurgias de reparagdo (a respeito da dieta, vide © habito dos norte-americanos de consumir ‘vos com bacon no café da manh@). Some-se 0 quadro de aberragées alimentares no Bra- sil 0 caso dos que passam fome para atingir niveis minimos de massa na balanga em opo- sigGo aqueles que, por motivos socioecond- micos, nao se alimentam dignamente. Vide, ainda, a classe média brasileira e 0 inicio do Plano Real Conclusao: Necessidade de o homem equi- Uibrar-se (vide holismo: corpo/mente/espirito). Beleza e satide a servico do bem-estar, e nao do exibicionismo. Resgate da solidariedade, ja que, respeitar 0 corpo significa respeitar 0 as- pecto externo e visivel do ser. Nesse contexto, + considerar que segregar 0 corpo é segre- gar também a alma/o individuo por inteiro. vide a importdncia de aces comunitdrias e/ou governamentais responsdveis pela dis- tribuigdo de renda e poder (citar, com critica fundamentada e “ligeira’, 0 Programa Fome Zero, do Gouerno Federal). Lembrete: Evocar o célebre texto de Be- tinho (anos 90), segundo 0 qual, a partir da Campanha Contra a Fome e pela Cidadania, seus dias comecavam pelo “pao nosso”, endo pelo “Pai Nosso”. Falacia A partir do site lusitano http://www.ani- malfreedom.org/portuguese/opiniao/argu- mentos/tipos_argumentos_falaciosos.html, observe-se como os argumentos falaciosos se cristalizam e passam a representar “verda- des” em nosso cotidiano, de modo a impedir 0 didlogo, o confronto de ideias: Alguns argumentos sdo usados frequen- temente, mas sao invdlidos. O uso destes argumentos - chamados falaciosos - é feito tanto pelos que sdo a favor como pelos que sdo contra. Colocamos estes argumentos em tépicos e apresentamos o contra-argumento entre parénteses para que a discusséo seja clara e honesta. Hé varios tipos de argumentos falaciosos: + Nao vale a pena fazer algo, porque nin- quém vai cooperar (Raciocinio circular); + S6 espero que vocé préprio nunca se en= contre nessa situacdo (Apelo ao poder); + Se a sua accéio tiver sucesso, acabamos todos por ter de pagar as consequéncias (Apelo ds consequéncias); + E uma tolice preocupar-nos com estes casos, porque noutros casos a situacdo ainda @ pior (Apelo a argumentos nao-préprios); * Claro que os seres humanos podem fazer © que fazem aos animais porque séo mais in- teligentes (Apelo a ignordncia); + Posso apresentar exemplos (de acées) que custaram a vida a animais, mas que sal- varam muitas vidas humanas (Falécia de in- ducao e generalizacdo ilicita); *Vocé diz que é a favor dos animais, mas também se aproveita deles (Ataque pessoal como argumento); + Eu estudo biologia médica e por isso sei porque razdio as experiéncias com animais sdo necessdrias (Apelo 4 autoridade); + Os animais ndo se importam de serem usados, porque vocé nao pode provar que se importam (Apelo a ignordncia); + Temos usado sempre animais e temos al- cancado muitos sucessos (Apelo a uma rela- ‘gGo nao provada); +A maior parte das pessoas acha muito na- tural usarem-se animais (Apelo a multiddo); + Se deixarmos de poder usar animais, cai muita gente no desemprego (Apelo a miseri- <6 + Conceder que os animais tém direitos significa que os animais tem de ser tratados como se fossem pessoas (Tentativa de distor- cer os argumentos); + Toda a gente com juizo sabe que nao faz mal usar 0s animais (Tentativa de invertir 0 nus da prova); Leitura Observe, neste texto que circulano mundo virtual, conceitos como lugar-comum, senso comum e contra-argumentacdo. Veja, ainda, como. defini¢do deamorsedé pelando-defi- nicdo, isto é, pela desconstrucao de conceitos. O amor é outra coisa 0 amor ndo te faz arder em chamas. 0 nome disso é combustio instantanea. Amor é outra coisa. 0 amor nao faz brotar uma nova pessoa dentro de vocé. 0 nome disso é gravidez. 0 amor é outra coisa. O amor nao te deixa completamente feliz. O nome disso é Prozac. Amor é outra coisa. 0 amor nao te deixa saltitante. 0 nome disso é Pogobol. 0 amor é outra coisa. O amor néio te faz acreditar em falsas pro- messas. O nome disso é campanha eleitoral. 0 amor é outra coisa 0 amor nao te faz esquecer de tudo. 0 nome disso 6 amnésia. Amor é outra coisa. O amor ndo te faz perder a articulado das palavras de repente. O nome disso é AVC. 0 amor é outra coisa. O.amor nao te faz sentir borboletas no es- témago. 0 nome disso é fome. O amor é outra coisa O amor nao te deixa completamente imo- vel. O nome disso é transito de Sao Paulo. 0 amor é outra coisa. 0 amor nao te deixa molinho e manhoso. O nome disso é Rivotril, O amor é outra coisa. O amor nao te deixa temporariamen- te cego. O nome disso é spray de pimenta. 0 amor é outra coisa. O amor nao faz seu mundo girar sem pa- rar. O name disso é labirintite. 0 amor é outra coisa, O.amor nao te deixa sem chao, onome dis- se é cratera. O amor é outra coisa. ” © amor nao te deixa quente e te teva pra cama. O nome disso é dengue. O amor é outra coisa. © amor néo retribui suas declaracées. 0 nome disso é restituicao de imposto de renda. Oamor é outra coisa. 0 amor ndo teva teu café da manha na cama e ainda da na boquinha. O nome disso & enfermeira. 0 amor é outra coisa, 0 amor nao te faz olhar pro céu e ver tudo colorido. 0 nome disso @ queima de fogos de artificio. O amor é outra coisa. O amor ndo te faz ficar simpatico e amoro- s0 de repente, O nome disso @ Natal. 0 amor 6 outra coisa © amor néote liberta. O nome disso é alva- 14 de soltura. Amor é outra coisa. © amor nao te deixa 4 mercé da vontade alheia. O nome disso é Boa-noite, Cinderela. 0 amor é outra coisa. 0 amor nao é aquela coisa brega, mas que te remexe todo. O nome disso é Banda Calyp- so. 0. amor é outra coisa. amor nao te dé a chance de mudar o que esta diante de vocé. O nome disso é controle remoto. 0. amor é outra coisa. 0 amor nao tira suas defesas. O nome disso @ HIV. O amor é outra coisa. 0 amor no te pega desprevenido e te im- pulsiona para frente. 0 nome disso ¢ topada. O.mor é outra coisa. 0 amor nao faz 0 coragio bater mais répido. O nome disso é arritmia. O amor é outra coisa. 0 amor ndo faz vocé dar suspiros. 0 nome disso é dia de Cosme e Damiao. 0 amor é outra coisa. 0 amor néo te faz ver tudo com outros othos. O nome disso é transplante. © amor & outra coisa, Temas sem coletanea Alguns temas do Enem costumam trazer no enunciado da prova de Redacao maximas ou citagdes. A partir disso, 0 candidato deve identificar 0 assunto e delimitar o tema, para entdo elaborar o projeto de texto e a propria redagdo. Parece uma prova dificil, porém, quando bem orientado e preparado, o candi- dato obtém bons resultados, jd que constréi sua tese, expde/argumenta e a ilustra com exemplos/fatos que “traduzem” o (s) tema (s) contido (s) na proposta. Geralmente, nas méximas ou citagdes propostas o candidato encontrard 0 assunto, e nao o tema. Qual a diferenga basica? De forma sucinta, 0 assunto 6 0 mais abrangente (relacionamentos), en- quanto o tema é mais especifico, particulari- zado (relacionamentos amorosos; relaciona- mentos familiares etc.) Temas com coletanea Esteja atento (a) para, a partir da coleta- nea, delimitar 0 tema. Lugar comunissimo: as aparéncias enganam. Lembro-me de um simulado muito bem elaborado por alguns colegas cujo assunto era a morte, com cole- ténea composta por quatro textos: dois ex- certos jornalisticos escritos por autores oci- dentais, um fragmento de poema de Alvares de Azevedo e a anilise de um ideograma do | Ching. A maioria dos candidatos desconside- rou 0 Ultimo texto, entretanto era de funda- mental importéncia contrapor as leituras da morte elaboradas no Oriente e no Ocidente. Ademais, observando atentamente, os candi- datos perceberiam que, num universo de trés textos ocidentais, o ideograma e sua leitura/ interpretacdo ocupam lugar de destaque, e Go o contrario. Argumento de autoridade Citar autoridades no assunto/tema desen- volvido confere a seu texto mais credibilida- de, além de demonstrar que vocé realmente conhece 0 assunto/tema e 0 aborda critica~ mente. Quando, por exemplo, vocé trata da repressdo a que se submete a crianca e, por esse motivo, cita José Angelo Gaiarsa, seu tex- to se fortalece. Nesse sentido, confirma-se para o leitor que o texto nao se baseia apenas em impressdes. Atengao, contudo, para néo fazer citacées aleatérias, equivocadas ou pe- dantes. Também nao permita que a citacao de Freud ou Vinicius de Moraes obscureca seus ‘argumentos, os quais, ao contrario, devem se robustecer. Estatisticas Ao utilizar estatisticas, procure citar as fontes. Além disso, nada de estatisticas ge- neralizantes. Exemplo: candidatos que sus- tentam que “a maioria dos brasileiros” cor- responde a 85% da populacdo (“Oitenta e cinco por cento da populacio brasileira preferem descansar em casa nos feriados”). NGmero arbitrdrio, no? No exemplo acima, 05 candidatos hipotéticos deveriam ter sido mais especificos, restringindo 0 grupo de que trata, conforme, por exemplo, a classe social e/ou a faixa etaria. Carta Argumentativa Ao optar pela carta argumentativa, utilize- -se dos recursos préprios a essa tipologia tex- tual (data, formatacéio, uso das iniciais para assinar a carta etc.). Atente ainda para a pre- sencadointerlocutor: bons textos sdio zerados porque seus autores se referem aos destina- tGrios apenas no inicio da estrutura da carta, © que, segundo os avaliadores, parece mais um texto argumentativo “comum” acrescido de local, data ¢ iniciais do remetente do que uma carta propriamente dita. Nos exercicios, informe-se a respeito do (s) destinatario (s) da (6) carta (3), a fim de empregar os pronomes de tratamento adequados e ndo deslizar em imprecisBes de dados, informagbes, caracte- risticas etc. Pele Para dar maior verossimithanca a sua carta argumentativa ~ e j@ que vocé nao deve assi- nd-la -, vocé pode utilizar-se de uma perso- nagem diretamente ligada ao tema da carta ea seu interlocutor. Caso ndo se sinta seguro para esse exercicio, basta escrever como can- didato/cidaddo. Que a prova de Redacao nao the cause crise de identidade... Texto Narrativo Prime pela criatividade, sem, contudo, sentir-se pressionado a ter a performance de um contista ou escritor de best-seller. Con- verse bastante com os professores de Lin- gua, Literatura e Redaso, pois ser um étimo @ apaixonado leitor de textos narrativos néo significa necessariamente tirar nota maxima nessa modalidade textual solicitada por al- guns exames. £ preciso entender bem o que a banca examinadora solicita e saber aliar tec- nica e talento, como, alias, vocé certamen- te fard nas demais provas. Leia, portanto, os enunciados de provas de anos anteriores, a fim de ndo confundir conceitos literdrios de criatividade com o conceito escolar de criati- vidade, este dltimo (infelizmente?) solicitado nos exames. De certa forma, optar pelo tex- to narrativo num exame significa ser criativo dentro de certos limites, isto é, encarar a pos- sibilidade de ser plenamente circular dentro de um... quadrado.. Leitura dos enunciados 14 percebeu que numa aula ou correcao de exercicios, os professores costumam gastar 6 mais tempo explicando 0 enunciado de uma questo do que a resposta propriamente dita? Lembra-se de quando era garotinho (a) e, num problema de Matematica, mesmo co- mhecendo todas as “continhas’, vocé errava porque dividia amigos por chocolate, e nao chocolate por amigos? Observou com aten- G0 a extensdo dos enunciados de questdes dissertativas e mesmo de miittipla escotha? Pois é, ler de forma atenta o enunciado, di- vidi-lo em partes para entender realmente o que se pede é de fundamental importancia para a elaboracdo correta da resposta. Na verdade, trata-se de um exercicio de leitu- fa como outro qualquer. Entretanto, movido pela pressa ou ansiedade, 0 candidato co- mete erros dbuios, os quais, alias, 0 deixam mais indignado do que nunca (P6, professor, errar de bobeira é fogo. Se ainda fosse um erro grave..). Esteja atento (a) e rascunhe o cademo de questdes a vontade. Em sala de aula ou no estudo em grupo, peca ao profes- sor/monitor que esmitice a questdo. Assim, vocé terd mais seguranca para interpretar as perguntas de uma prova. Em exames bem estruturados, as questdes sdo realmente complexas, 0 que nao significa que sejam necessariamente dificeis. Ou, pior ainda, um enigma proposto por uma esfinge (Decifra- ~me ou devoro-tel). Organizagao das respostas Aresposta ds questdes dissertativas ¢ uma pequena redacdo. Portanto, use o seguinte esquema: ©) use para rascunho 0 espaco em branco disponivel; b) leia atentamente as questdes; c) reflita sobre as respostas; d) esquematize as respostas; e) redija 0 rascunho/refaca 0 texto; f) passe a impo. Pensar, escrever A leitura e sua reflexdo sao indispensaveis para a compreensao da composicao da redagado Texto Dissertativo: apresentacao e/ou defesa de ideias Grosso modo, o texto dissertativo divide- se em trés etapas: + Introdugao (onde se apresenta a tese a ser defendida); + Desenvolvimento (espaco por exceléncia para 0 arrolamento de argumentos); + Conclusdo (encerramento do texto em consondncia com a tese defendida por meio dos argumentos arrolados). Texto expositivo: livros didéticos, verbetes de dicionérios, relatérios etc. Texto argumentativo: editorial, resenha critica, cartas de leitores ete. ” Tese Ideia a ser apresentada (dissertactio expo- sitiva) ou defendida (dissertacao argumenta- tiva). Alguns tipos de tese Cena descritiva Criangas acendem cachimbos de crack. ‘Adultos embriagados urinam em postes e sa~ cos de lixo. Uma mae oferece frutas rejeitadas aseus filhos. Policiais passamindiferentes. Um morador abre a janela do segundo andar de um prédio comercial e grita maldicdes contra todos. Com algumasvariagées, € 0 retrato dos chamados centros velhos dos grandes centros urbanos. Frase declarativa ou afirmacao OTeatro cada vez mais seleciona seu piibli- co, com apresentacées em espacos inusitados ou com propostas de aproveitamento de es~ paco diferenciadas nos palcos mais tradicio- nais. Tais solucées, embora abertas a todos, acabam por atrair espectadores/participantes mais criticos que aqueles que vdo a espeta- culos estreados apenas por atores televisivos. Frases ou expressées nominais Longas filas. Atrasos. Excesso de trabalho dos funcionarios. Greves. Altas taxas. Tal é o retrato do sistema bancério brasileiro, Citagao textual, “Nao sabendo que era impossivel, ele foi la e fez.” Jean Cocteau, escritor francés. Para Cocteau, os limites sao criagdes do proprio. homem. Citagéo comentada Oescritor francés Jean Cocteau afirma que, por ndo saber da impossibilidade de realizar algo, alguém vai la e faz, 0 que demonstra que, na realidade, os limites sdo criagdes do proprio homem, Pergunta/sequéncia de perguntas Seria possivel vivenciar 0 impossivel? Quais 05 limites de nossas aces? Até que ponto so- nhos podem tornar-se realidade? Definicéo A Literatura é a arte da palaura, a qual en- globa no apenas 0 contetido (aspecto ético), mas também a forma (aspecto estético), do que é enunciado, de modo a propor uma plu- ralidade de leituras. Linguagem figurada 0 livro é uma garrafa jogada ao mar com um bilhete dentro, com a vantagem de que, quem 0 encontra nas praias da leitura ou mesmo nas ithas de consumo poderd facil- mente identificar e localizar seu autor, ainda que este se encontre em mares nunca dantes navegados pelo leitor. Ideias contrastantes ou ponto de vista posto Incongruéncias do sisterna democratico: de um lado, congressistas aumentam seus salé- rios e verbas de gabinete; de outro, 0 salério minimo mal consegue suprira alimentacdo de uma familia com quatro pessoas. Comparagio (semethanca ou oposicio) A democratizagao da informagao via in- ternet pode mascarar a fatta de senso critico: enquanto na geragao de nossos pais 0 aluno ‘acomodado copiava informacées das enci- clopédias, hoje, 0 aluno “copido” o faz direta~ mente da Wikipédia Contestacdo ou confirmacdo de uma ci- tacdo Aliteratura é um vicio solitério, reza o sen- so comum. Entretanto, cada vez mais pessoas se aproximam de outras motivadas pelo tivro, seja em pontos de dnibus ou grupos de leitura organizados em bibliotecas, comunidades re~ ligiosas e outros. Hipotese 0 problema da violéncia nos grandes ur- banos decorre da mé distribuicdo de renda e da auséncia de politicas piblicas eficazes. Narracao Marcelo saiu de casa no domingo pela manhé para assistir a um jogo decisivo de fu- tebol. Nao sabia, porém, que seria vitima de uma briga de torcidas que acabaria por defi- nir seu futuro. Em virtude de agées covardes como esta, muitos torcedores tém optado por nao frequentar estddios, ao menos em dia de decisées, classicos ou jogos de muita rivalida- de entre times e torcidas. Estatistica 0 Projovem Urbano, programa do Governo Federal, a cada edicdo, contempla 800 jovens de 18 a 29 anos que ainda nao concluiram o ensino fundamental. No municipio do Guarujé, ‘no litoral paulista, o nmero de jovens nessos condigdes é de 16.000. Vale dizer, cada edicéio do Projovem Urbano no Guarujé contempla 5% desse total, o que, certamente, demanda outras agées emergenciais especificas para aquele municipio. Mista 0 Projovem Urbano, programa do Governo Federal, a cada edicdo, contempla 800 jovens de 18 a 29 anos que ainda nao conclufram 0 ensino fundamental. No municipio do Gua- rujé, no litoral paulista, 0 ntimero de jovens nessas condicdes é de 16.000. Vale dizer, cada edigdo do Projovem Urbano no Guaruja con templa 5% desse total. Essa parcela expres~ siva de jovens sem formagao escolar basica néo demandaria outras acées emergenciais. especificas para aquele municipio? Coesdo Modo como se organizam os elementos de ligagdo de ideias (oracées e pardgrafos) ¢ como se dé a estruturagdio de apoio ao texto dissertativo (concatenasao de ideias de modo a privilegiar a clareza e a objetividade). Os elementos de coesio sdo diversos, ° como pronomes, conjuncées, sinénimos etc. A fim de recordar a importéncia da “consciéncia sintatica” (n@o necessariamente da nomen- clatura e/ou da classificagdo), seguem abai- xo exemplos com oracées subordinadas com conjungées diversas e/ou 0 pronome relativo “que” (caso das adjetivas). Substantivas Oragao Subjetiva Exemplo: E necessério que vocé venha. Tira-Teimas:Enecessériasuavinda. (Sujeito) Crago Objetiva direta Exemplo: Descobrimos que ele mente Tira-Teimas: Descobrimos sua mentira. (Objeto direto) Odjetiva indireta Exemplo: Necessitamos de que ela se compadeca. Tira-Teimas: Necessitamos de sua compai- xGo. (Objeto indireto) Predicativa Exemplo: A alegria é que importa. TiraTeimas: Alegria éimportante. (Predi- cativo do sujeito) Completiva nominal Exemplo: Tenho necessidade de que ele me empreste dinheiro. Tira-Teimas: Tenho necessidade deseuem- préstimo de dinheiro. (Complemento nominal) Apositiva Exemplo: Soube mais tarde: 0 caso estava encerrado. Tira-Teimas: Soube mais tarde: caso en- cerrado. (Aposto) Adjetivas Restritiva Exemplo: Empresta sempre 0 livro aos amigos que tém interesse. (o livro é empres- tado somente aos amigos interessados) Tira-Teimas: Empresta sempre o livro aos ‘amigos interessados. (Adjetivo) Explicativa Exemplo: Empresta sempre o livro aos amigos, que tém interesse. (0 livro @ empres- tado aos amigos em geral, os quais sdo inte- ressados no mesmo) Tira-Teimas: Empresta sempre o livro aos amigos interessados. (Adjetivo) Adverbiais Causal Conjungées subordinativas: porque, visto que, como Exemplo: Dormiu porque estava cansado. Tira-Teimas: Dormiu de cansado (em virtu- de do cansaso). (Adjunto adverbial de causa) Comparativa Conjungées subordinativas: do que, quanto Exemplo: Ela fala quanto sabe. Tira-Teimas: Ela fala tanto quanto sua sa- bedoria (seu conhecimento). (Adjunto adver- bial de comparagéo) Concessiva ConjungGes subordinativas: cinda que, embora Exemplo: Embora seja linda, néo tem pre- tendentes. Tira-Teimas: Mesmo linda, nao tem pre- tendentes. (Adjunto adverbial de concesstio) Condicional Conjuncdes subordinativas: se, caso, desde que Exemplo: Caso ela 0 perdoe, ele voltard. Tira-Teimas: Com o perdao dela, ele volta- 14, (Adjunto adverbial de condigao) Conformativa Conjungées subordinativas: como, conforme Exemplo: Ela age como foi instruida. Tira-Teimas: Ela age conforme instrucées. (Adjunto adverbial de conformidade) Consecutiva Conjungées subordinativas: tal, tamanho, tanto, téio - que Exemplo: Tanto chora que consegue o que deseja. Tira-Teimas: ndo é possivel Final Conjungées subordinativas: a fim de que, para que Exemplo: Enviou 0 texto para que fosse ovatiado. Tira-Teimas: Enviou o texto para avaliagao. (Adjunto adverbial de finalidade) Proporcional Conjuncdes subordinativas: a medida que, 4 proporgao que Exemplo: A medida que chora, consegue o que deseja. Tira-Teimas: ndo é possivel Temporal Conjungées subordinativas: logo que, mal, quando Exemplo: Chegarei quando amanhecer. Tira-Teimas: Chegarei de manhé. (Adjunto adverbial de tempo) Nem sempre é possivel elaborar o tira-tei- ma com substituig@o adequada. Naturalmen- te, isso ndo invatida a substéncia e a classifi- cacao de uma oragao subordinada, conforme a fungao por ela exercida. Coeréncia De modo geral, é a consisténcia da es trutura argumentativa do texto, de modo a evitar contradicées internas (entre oracées e paragrafos), externas (leitura de mundo, ve~ racidade dos dados), bem como 0 nonsense. Exemplos: Os quatro trompetistas sao trés: Marcos e Licio. (incoeréncia interna) Sexta-feiraSantaéodiaemquesecelebrao enforcamento de Jesus. (incoeréncia externa). ‘Ambos os exemplos beiram o nonsense. Leitura de propostas A partir da leitura das propostas de reda~ G0 a seguir, bem como de seus comentarios, elabore projetos de textos e redagées, apre- sentando-os a seus professores, monitores, grupos de estudos etc. Lembrando: quatro ossos para a resolucdo de provas discursivas (redagées, questdes especificas, questées in- terdisciplinares etc. 1. Ler atentamente os enunciados, dividi- -los e fazer marcaces pessoais, a fim de nao se perder durante a leitura. 2. Elaborar, de maneira sucinta, um projeto de texto para a resposta/redacaio. 3, Elaborar um rascunho. 4. Definir o texto final. Proposta1 Com base na leitura dos textos motivado- res seguintes e nos conhecimentos construi- dos ao longo de sua formacao, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta escrita da lingua portuguesa sobre o tema O individuo frente 4 ética nacional, apresentan- do proposta de acao social, que respeite os reitos humanos. Selecione, organize e relacio- ne coerentemente argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Imager Milér Fernandes disponiuel em wuu2.uoLcom.br/milor. ‘Andamos demais acomodados, todo mun- do reclamando em voz baixa como se fosse errado indignar-se. Sem ufanismo, porque dele estou cansa- da, sem dizer que este é um pais rico, de gente a boa e cordata, com natureza (a que sobrou) belissima e generosa, sem fantasiar nem bo- tar éculos cor-de-rosa, que © momento néo permite, eu me pergunto o que anda aconte- cendo com a gente. Tenho medo disso que nos tornamos ou em que estamos nos transformando, achando bo- nita a ignordncia eloquente, engragado 0 ci- nismo bem-vestido, interessante o banditismo arrojado, normal o abismo em cuja beira nos equilibramos - nao malabaristas, mas palhacos. Qual é 0 efeito em nas do “eles séo todos corruptos” As dendincias que assolam nosso cotidiano podem dar lugar a uma vontade de transfor- maromundosésenossaindignacdondoafetar ‘omundo inteiro, “Eles so TODOS corruptos” & um pensamento que serve apenas para “con- firmar” a “integridade” de quem se indigna. O lugar-comum sobre a corrupcao gene- ralizada n@o é uma armaditha para os corrup- tos: eles continuam iguais e livres, enquanto, fechados em casa, festejamos nossa esplen- dorosa retiddo. O dito tugar-comum é uma armaditha que ‘amarra eimobiliza os mesmos que denunciam aimperfeicdo do mundo inteiro. CALUGARS,¢, armadihe da corpo. Dspanivel er was faa. uatcom.b¢ Instrucdes Seu texto tem de ser escrito a tinta, na fo tha propria. Desenvolva seu texto em prosa: nao redija narragao, nem poema. Otexto com até 7 (sete) linhas escritas sera considerado texto em branco. 0 texto deve ter, no maximo, 30 linhas. © rascunho da redagdo deve ser feito no espace apropriado. Comentarios Eis um tema propicio para o candidato se enredarno senso comum dotipo “politicos so todos iguais’, “as coisas sdo assim mesmo” ete. E possivel estabelecer paralelos entre 0 in- dividual e 0 coletivo, assim como entre os anos 70 e 80 (grosso modo, mais “politizados”) e os anos 90 (mais conhecidos pelo individualismo, pelo consumismo etc.). A propria coletanea indica generalizacées que devem ser evitadas pelo candidato (“eles” X eu/nés honesto (s); todos “andamos demais acomadados”; “que solidao” em ser honesto), bem como o discurso facil do descolamento entre 0 eu/nds e a corrupcdo quando 0 co- tidiano aponta diversas situages em que 0 cidaddo comum, em interesse proprio, perpe- tua o clientelismo, o exclusivismo, a propria corrupgao (em varias instancias). Tanto a andlise da realidade nacional quanto os possiveis encaminhamentos de solucdo devem pautar-se pelo respeito aos direitos humanos, civis, de modo a nao se confundir Justica e Vinganga nem se propor qualquer forma de ditadura (direita, esquerda, personalista etc.) no lugar da democracia, a qual, mesmo com diversas fissuras, apresenta muitas vantagens como o didlogo e a fiscali- za¢do multipla dos trés poderes. Boa redacao! Proposta 2 “Taos ueremuotor rotreca sigur curio: Petra Ke Instrugdes A partir da declaragao acima, identifique 0 tema e redija um texto dissertativo, de maxi- mas 30 linhas. Comentarios Propostas sem coletaneas abrem diver sos caminhos nos quais é preciso estar atento para nao se confundir assunto e tema. Na proposta acima, para a leitura dialética, convém analisar os seguintes pares: Todos x ninguém; voltar x ir. “Todos” e “ninguém” sdo generalizantes, contudo expressam desejos individuais e co- letivos. Por sua vez, “voltar” permite visualizar um “j6 ter estado”, donde se conclui ser natu- ral/intrinseco ao ser humano viverintegrado natureza (se isso nao acontece, hé uma situa {Go de desequilibrio). A abrangéncia da proposta, evidentemen- te, ndo cede espaco para o lugar-comum (“0 Brasil 6 um pafs de natureza exuberante”) nem para 0 senso comum ("“Portanto, todos devemos preservar a natureza, a fim de viver- mos melhor"). Nortear-se pelos pares acima identificados auxiliard, e muito, o percurso de uma redagio, j4 embrionado no projeto de texto. Considerando-se 0 estado “natural” do homem sua relacdo verdadeiramente ecolé- gica com a natureza (néo como senhor ou it~ timo degrau da cadeia evolutiva, mas como elemento, e elemento consciente), é seu desejo recuperar 0 “paraiso perdido”, algo ancestral, atavico, presente em suas memo- ris celular, arquetipica etc. Nesse contexto, mesmo que viva um cotidiano totalmente massacrante, o homem busca uma vida mais préxima da natureza por meio, por exemplo, de pequenas viagens ao campo ou ao lito- ral, bem como, de maneira vicéria, ouvido cds com sons de passaros, cachoeiras etc. ou vendo documentarios sobre savanas, flores- tas etc. As informagées consistentes do candida- to, porém, também podem leva-lo ao senso comum. £ 0 caso, por exemplo, do conceito de sustentabilidade, com certeza presen- te em seu projeto de texto, em sua reda- G0. Outra possivel armaditha (e ndo apenas para esta proposta) é perder-se no elenco de exemplos, sem abordagem critica, sem re- flexdo. Na abordagem dialética, conuém lem- brar, ndo basta responsabilizar empresas de grande porte pela degradacao da natureza. Nos vérias instdncias, todos somos responsd- veis pelo equilibrio/desequilibrio da natureza. Trata-se, portanto, de uma questéo de cida- dania, de atitudes individuais e coletivas pelo bem da qualidade de vida do individuo e da comunidade. Boa redacao! Proposta 3 — Fuvest 1995, Relacione os textos e aimagem seguintes e escreva uma dissertacdo em prosa, discutindo as ideias neles contidas e expondo argumen- tos que sustentem o ponto de vista que vocé adotou Em muitas pessoas jé 6 um descaramento dizerem “Eu”. TW.Adorno Nao ha sempre sujeito, ou sujeitos. (..) Di- gamos que 0 sujeito é raro, tao raro quanto as verdades. A Bodiou Todos sdo livres para dancar e para se di- vertir, do mesmo modo que, desde a neutra- lizacio histérica da religido, sao livres para entrar em qualquer uma das intimeras seitas. Mas a liberdade de escotha da ideologia, que reflete sempre a coersio econémica, revela- -se em todos os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. TW Adoino s ‘ANDY WARHOL, Marilyn Monroe, 1962 (tea sobre tela. 8155 3/4 Instrugdes: A redacao deve obedecer & norma padrao da lingua portuguesa. Escreva, no minimo, 20 e, no maximo, 30 linhas. Dé um titulo a sua redacdo. Comentarios Na ocasido das provas, este tema causou alvorogo em professores, candidatos e cur- sinhos, os quais disseram “nao estarem pre- parados” para a reproducdo da tela de Andy Warhol. A partir de entdo, deu-se mais énfa- se a outras tipologias que nao apenas o texto verbal (embora isso ja constasse dos progra- mas do Ensino Médio). Em linhas gerais, uma das possibilidades de encaminhamento do tema é abordagem da relacdo dialética entre o eu (a persona- lidade, as opinides, a individuatidade) e a massificacao (de conceitos, de valores, de individuos), permeada/centrada na influ- 2ncia (ndo no determinismo) do meio social, cultural e econémico em que se insere o in- dividuo. Leitura obrigatéria Nao basta ler, é preciso interpretar o texto, compreender o sentido e absorver a ideia Texto Dissertativo Estrutura do texto dissertativo Grosso modo, o texto dissertativo divide- -se em trés etapas: + Introdugdo (onde se apresenta a tese); + Desenvolvimento (espaco por exceléncia para 0 arrotamento de argumentos) ¢ + Conclusdo (encerramento do texto em consondncia com a tese defendida por meio dos argumentos arrolados). Titulo E a carteira de identidade do texto. Assim como na cédula de identidade cabem dados so- bre suaidentificacdo, foto e assinatura, no titulo 2 devem aparecer de forma concisa @ ideia cen- tral do texto. De forma sedutora, naturalmente. Dessa forma, use com equilibrio trocadithos recursos posticos os mais variados. Titulos ge- néricos como “As eleicées no Brasil”, além de ndo serem atraentes, néo delimitam o tema. Vale a pena “praticar” titulos, mesmo quando 0 modelo de prova que voc fard nao 0 exigir. Epigrafe Nenhuma prova de Redagao a exige. No entanto, atribui elegancia intelectual ao texto. Prefira versos da MPB ou de poemas, trocadi- thos bem feitos, provérbios e cita¢des que nao pertencam ao senso comum ete. Em tempo: nGo se esqueca das aspas (neste livro, subs~ tituidas pelo itdlico) e da referéncia ao autor (Carlos Drummond de Andrade, Provérbio po- pular nordestino etc.). Argumentacado Exemplificagao Exemplos compéem a argumentacao. Deve-se evitar, portanto, apenas citd-los, ou simplesmente fazerlistas, sem que haja andli- se, OU Go Menos concatenacdo minimamente clara com o quese pretende expor e/ou provar. ArgumentagGo histérica Referéncias pontuais, linhas do tempo e outros procedimentos fortalecem a argu- mentagao, 4 medida que demonstram co- nhecimento e leitura abrangente, diacrénica sobre o tema. Referéncias temporais ou de contetido incorretas devem ser evitadas. Ja as referéncias temporais abrangentes ou aproxi- madas (desde que claramente anunciadas, ¢ Go para maquiar imprecisbes ou “enganar” 0 leitor) nao contaminam a argumentacdo. Constatacao Uma constatacdo néo deve ser confundida com senso comum ou tugar-comum, sendo fruto da observacao critica do autor do texto. Comparacao Aqui também, como no caso da exempli- ficagao, deve-se evitar fazer listas, sem que haja andlise, ou ao menos concatenagdo mi- nimamente clara com 0 que se pretende ex- por e/ou provar. Testemunhoe Argumento de autoridade Em ambos os casos, deve-se evitar a sim- ples citacéio, sem comentarios, sem andlise. Tanto 0 testemunho quanto o argumento de 2 ‘autoridade nao sdo meros enxertos, ou mes~ mo solugées para argumentagées fracas. Ao contrario, devem fortalecer a argumentagéo do autor do texto, ou seja, voce. Atencao, candidato! Aprenda a elogiar, a motivar as pessoas a sua volta. Nao se trata de bajulacdo, mas de estimulo. Alguém que faca dieta ficard fe- liz em saber que sua nova silhueta é notada. Um amigo que tenha conseguido boas notas numa prova, ou um emprego... enfim, muitas so as oportunidades de vocé espathar sim- patia, bom humor e afirmagées positivas. Use a palavra criadora de modo positivo: isso fa- cilitaré aintegracao com os eventuais colegas de estudo, professores e com a propria familia. Argumento de comprovacdo ou baseado em provas concretas Apoia-se em dados, fatos comprovades, Pesquisas, estatisticas e outros. Argumento por raciocinio Légico Por meio do percurso de causa efeito, visa ‘a convencer (no caso de uma prova/de um, concurso, néo necessariamente persuadir) 0 leitor de que se tem razéo. Argumento por consenso Trata-se de proposi¢ées universalmente aceitas, as quais, entretanto, no devem ser confundidas com o senso comum, vale dizer, precisam ser comprovadas. Atencao, candidato! Muitos confundem humildade com beixa auto-estima. Sobretudo durante a prepara G0 para o vestibular, urge que o candidate realmente esteja consciente de seus pontos fortes, para poder trabalhar os pontos fra- cos.A técnica de auto-afirmagio ajuda muito nesse sentido. Repetir para si mesmo palavras de apoio, em siléncio ou em voz alta, sozinho ou diante do espetho, fortalece a confianga @ instrumentaliza o individuo para desenvol- ver plenamente seu pontencial. Experimente esse exercicio alguns minutos por dia. Repita conscientemente palavras de apoio (se qui- ser, escreva um pequeno texto para ler para si mesmo), como um mantra ou as jaculatérias do terco bizantino. Pouoe sua mente de bons pensamentos a respeito de si mesmo. Todos temos defeitos e limitacdes, mas também so- mos luz e, é claro, aluz produz sombras. Con- viver com a luz e as sombras, estar no chia- roscuro, como numa pintura renascentista: desafio que sé faz crescer. Conclusado Sintese Mais adequada para textos expositivos, consiste em resumir/sintetizar/condensar as ideias apresentadas/defendidas no texto. Retomada da tese ‘Sem apelar para a redundancia/repeti¢o da tese, confirma a ideia central, isto é, a tese apresentada no inicio do texto. Encaminhamento de solucdes A partir das questées tevantadas na dis- cussdo, propde encaminhamentos, isto é, possiveis solugdes para essas mesmas ques- tbes. Nao se trata de solucées alheias @ reali- dade, muito menos desconectadas do que foi discutido/apresentado no texto. Pergunta retérica A pergunta retérica deve suscitar a refle- xGo do leitor, e ndo jogar para ele a respon- sabilidade de encaminhar possiveis solucées para 0 que foi discutido/apresentado no texto. Atencao, candidato! Fundamental para a espécie humana e um dos responsdveis pela faléncia da indtis- tria de clavas e porretes, o didlogo ocorre com © consentimento entre as partes. Portanto, numa discussdo acalorada, quando perceber que 0 outro nao vai ouvi-lo, respire fundo e proponha discutirem (argumentarem) mais tarde. Argumentar com alguém nervoso as- semetha-se a tentar convencer um individuo alcoolizado a parar de beber: isso @ possivel ‘apenas quando o alcodlatra esta licido. 0 didlogo ainda é o melhor instrumento para o vestibulando resolver (e dissolver) cobrancas @ encaminhar aquelas conversinhas chatas a respeito da drea e da carreira pretendidas (Por que nao tenta outra carreira mais valorizada? Vocé tem condicées. Veja 0 caso de Fulano...) Propostas A seguir, algumas propostas de provas de Redacéo, com diversos formatos e tipologias textuais variadas. A sugestdo é vocé elaborar textos e partithd-los com colegas, grupos de estudos e professores. Para tanto, alguns lembretes para a reso- luo das provas: + Ler atentamente os enunciados, divic ~los e fazer marcagées pessoais, a fim de nao se perder durante a leitura. + Elaborar, de maneira sucinta, um projeto de texto para a resposta/redacdo. + Elaborar um rascunho. + Definir o texto final. Lembre-se de: + organizaro texto conforme a estrutura da dissertacao. + elaborar uma estratégia argument consistente. + escrever 0 que realmente acredita, e nao ‘0 que pensa que agradaria ao corretor. + citar as fontes corretas de estatisticas, ar- gumentos de autoridades ete. + utilizar-se da norma culta de linguagem. + ordenarasideias de forma coerentee coesa. + produzirum texto criativo e elegante sem, contudo, deixar de abordar o tema proposto. +néose utilizar daprimeirapessoado singular, Proposta1 Umavezquenostomamosleitores dapala- ura, invariavelmente estaremos tendo o mun- dosob ainfluéncia deta, tenhamos consciéncia disso ou nao. A partir de entao, mundo e pala- vra permearao constantemente nossa leitura einevitdveis serdo as correlacdes, de modo in- tertextual, simbidtico, entre realidade e ficsio. Lemos porque a necessidade de desuendar caracteres, letreiros, ntimeros faz com que Passemos a olhar, a questionar, a buscar de- cifrar 0 desconhecido. Antes mesmo de ler a palavra, j@ lemos 0 universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, um som, um olhar, um gesto. Sao muitas as razées para a leitura. Cada leitor tem a sua maneira de perceber ¢ de atribuir significado ao que le Ino Martins de almeid. Oat er Internet: wow amigosdora comb com adopesae3 Minha mde muito cedo me introduziu aos livros. Embora nos faltassem méveis e roupas, livros nao poderiam faltar. € estava absoluta- mente certa. Entrei na universidade e tornei- -me escritor. Posso garantir: todo escritor antes de tudo, um leitor. ‘Moocyt Scie. © poder dos letras. {ins TAM Magazine, jL/2006,p. 70 (com adaptagBes} 2 Existem intimeros universos coexistindo com 0 nosso, neste exato instante, e todos bem perto de nés. Eles sdo bidimensionais e, em geral, neles imperam o branco e o negro. Estes universos bidimensionais que nos ro- deiam guardam surpresas incriveis e inimagi- naveis! Viajamos instantaneamente aos mais remotos pontos da Terra ou do Universo; fi- camos sabendo os segredos mais ocultos de vidas humanas e da natureza; atravessamos eras num piscar de othos; conhecemos civi zacdes desaparecidas e outras que nunca fo- ram vistas por olhos humanos. Estou falando dos universos a que chama- mos de livros. Por uns poucos reais podemos nos transportar a esses universos e sair deles muito mais ricos do que quando entramos. Internet: www amigos dolio.com br (com odaptosdes) Considerando que os textos acimatém ca- rater apenas motivador, redija um texto dis~ sertativo a respeito do sequinte tema: 0 poder de transformacao da leitura. ‘Ao desenvolver 0 tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as re- flexdes feitas ao longo de suaformacao. Sele- cione, organize e relacione argumentos, fatos e opinides para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos. Observacées: + Seu texto deve ser escrito na modalidade padrdo da lingua portuguesa. +O texto ndo deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narragao. + 0 texto deve ter, no minimo, 15 (quinze) linhas escritas. + Aredacdo deve ser desenvolvida na folha propria e apresentada a tinta. +0 rascunho pode ser feito na ultima pagi- na deste Caderno, Atengao, candidato! Apalaurae a tra hebraico-crista ‘Segundo o Antigo Testamento, a criagiio do mundo se dé por meio da pataura de Deus (0 fiat ou faca-se registrado no livro do Génesis). Ainda conforme o Antigo Testamento, Addo é autorizado por Deus a nomear seres e coisas, © que o torna co-autor da criagdo. J4 no Novo Testamento, nas palavras de Jodo e na inter- pretagdo tradicional das Escritoras, o Jesus é © Verbo feito carne, 0 Logos. Outro episédio significativo é o do centurido que pede a Jesus a cura de um criado e, ao saber que 0 proprio Mestre iria a sua casa, responde, de acordo com as palavras de Mateus: “Senhor, eu nao sou digno de que entres sob o meu teto; dize- -me somente uma palavra e meu servo sera curado.” Proposta 2 Redasio 1. Leia 0 tema dado a seguir e analise as ideias nele contidas. Tema O espaco que.o homem habita seu modo de ser. muito de 2. Considerando essa afirmacao, leia aten- tamente o texto publicitdrio abaixo. Apartamento pronto para morar Zona nobre - 1 dormitério, 2 vagas em garagem privativa coberta Central de vendas: Rua Guapuruvu, 503 - Fone: 1052-5616 3, Faca uma dissertagao em que vocé, ten- do refletido sobre a relagdo entre os dois tex- tos, exponha o que pensa.a respeito do tema 4. A dissertacdo deve ter a extensao mini- ma de 20 linhas e maxima de 30, consideran- do-se letra de tamanho regular. Atencao, candidato! Apalaurae a tradicao greco-romana O valente Odisseu teria enfrentado o gante Polifemo com um estratagema peculiar. Primeiro conversou com ele e disse chamar- -se Ninguém, enquanto o embebedava. De- pois feriu seu Gnico oho. Os demais gigantes, ‘00 ouvirem os gritos de Polifemo dizendo-se ferido, perguntavam quem forao autor da fa- ganha. Ao que ele respondia “Ninguém!”. Os amigos, considerando-o bébado, ndo se ocu- pavam em socorré-lo ou mesmo em procurar otal de... Ninguém. Proposta3 Tema © humorismo pode ser uma das methoras formas de critica. Atencao, candidato! Apalaura nas “mile umanoites” Um sultdo, traido pela esposa, resolveu casar-se todos os dias com uma mulher di- ferente e, apés a consumagao das nipcias, assassind-la. Sherazade, uma jovem culta @ inteligente, pediu para ser apresentada ao sultdo, que se apaixonou por ela e com ela se casou. Na noite de niipcias, Sherazade comegou a contar ao rei uma histéria mui- to curiosa. Contudo, ao amanhecer, no mo- mento em que deveria ser morta, a narrativa chegava ao ponto mais interessante. Entdo, o sultdo resolveu the dar mais um dia de vida. A estratégia de Sherazade surtiu efeito e, ap6s mil e uma noites de amor e historias, 0 sultdo revogou a lei cruel e resolveu assumir seu amor pela jovem contadora de historias. Exemplo consagrado da vitéria da pena so- bre a espada, da forca criadora da palaura sobre a forca bruto, do amor sobre 0 ddio e 0 ressentimento. Proposta 4 Instrugdo: Leia os trés textos seguintes. Ecologia Quando, em 1982, o cineasta Ridley Scott dirigiu 0 filme Blade Runner - 0 Cagador de Andréides, ambientou sua utopia num cend- rio de pesadelo: uma cidade sombria, suja, superpovoada, submetida a uma incessante chuua dcida e com seus espacos totalmen- te engarrafados por toda a sorte de veicutos. Safa-se do cinema, entdo, com uma indisfar- gavel sensagao de alivio, para respirar ar puro ever denovo a luz do sol. Passados menos de 20 anos desde a realizacio do filme, o horror que se viu nas telas, feito ficcao, se aproxima perigosamente da vida real. Florestas ardem durante meses, rios sao dados como irreversivel mente mortos, crian- Gas nascem descerebradas devido & poluicao atmosférica, navios derramam toneladas de petrdleo nos mares, espécies animais e vege- tois sdo rotineiramente exterminadas. Hé dez anos, por exemplo, nem ao mais pessimista dos cidadaos do planeta acorreria viver em uma cidade onde os veiculos tém de se alter- » nar nas ruas de modo a tornar o ar minima- mente respirdvel, como ocorre hoje na Cida~ de do México e em So Paulo. Num pais de proporcdes continentais, como o Brasil, com graves problemas sociais, essas questdes se tornam particularmente preocupantes. Ecologia”. In: Guia de Profissées. 7’ ed. Séo Paulo: Unesp - Universidade Estadual Paulista, 1998, p. 52.) A ficgao vira realidade Houve um tempo em que era ficcdo. Ha nao mais que dez anos, conversar com outra pessoa através de uma tela de televisdo era coisa para o capitdo Kirk, instalado na ponte de comando da Enterprise, a nave do seriado Jornada nas Estrelas. Microcdmeras fotogra- ficas eram invencao de filmes como 007, as~ sim como 0 Unico carro que se movia direcio- nado por um computador era 0 Batmével de outro seriado dos anos 60. A ficcdo, contudo, esté virando rapidamente realidade. Hoje & possivel conversar com outra pessoa do ou- tro lado do mundo olhando para ela na tela do computador. A tecnologia do carro con- trolado por um cérebro eletrénico também j existe. No 007 de hoje, 0s aparethos utilizados por James Bond nao sdio obra de ficcdo, mas de merchandising, uma forma de divulgaséo de produtos usada peta publicidade em cenas de filmes ou programas de TV. Eles existem de verdade e podem ser comprados nas lojas es- pecializadas. Isso é 0 melhor da histéria: 0 surgimento de todas essas novidades nao é mera ativida- de de laboratério, mas um processo coman- dado pelo mercado. Sao produtos acessiveis 00 bolso do consumidor comum, a maior par- te dos quais estd chegando ao Brasil junto com tecnologias como a do telefone celular digital, Nao que os taboratérios também nao estejam avancando. E verdade que ainda nao se pode mandar pessoas de um lugar a outro por teletransporte, como em Jornada nas Es- trelas. Mas até isso ja ndo pertence tanto ao dominio da fico cientifica, como era antiga- mente. No final de 1997, a equipe do Institu- to de Fisica Experimental da Universidade de Innsbruck, na Austria, conseguiu desintegrar uma particula - um foton ~ e fazé-la reapa- recer em outro local. (GUARACY, Thales & LUZ, Sérgo Ruiz. nV, 205/98, p.70) Quase no ano 2.000. (Letra do Samba-Enredo da Escola de Samba imperatriz Leopoldinense.) Preto Joia, Flavinho, Darcy do Nascimento, Guga. Vou viojar nas previsées Do homem sonhador Que pensou voar, cruzar a mar Nas asas da imaginacao Fez o tempo avancar no tempo Atraves da criagao De méquinas sem sentimento Que funcionam quando ele pe a mao Mas 0 homem que previa 666. Esqueceu a ecologia Anatureza, oar Aterra azul eo mar Fez o universo acordar Robé, roubou a festa O cinema deu visdo Imaginando o que seria bis, Anova civilizagao (foi itusdo) (bis) La se vai mais um milénio, amor Adevastacdo déi demais Protecao para os mananciais Pras matas e os animais Eo futuro entao Vird com mais vigor Se anossaterra Fortratada com amor E novo tempo, é bom pensar £ tempo, amor, de libertar refrao Osentimento e a terra preservar (refrao) in:€O 7432153593-2 ~ Sombos de Enredo, 98 Gravadore Escola de Somba itd. - 1998. Um dos assuntos mais discutidos neste fim de século foi o do futuro de nosso planeta. Muitas pessoas manifestam pessimismo ante a devastacdo ambiental e 0 que esta pode implicar. Outras, ao contrério, creem que a tecnologia acabard trazendo solucdes a esse @.a muitos outros problemas da humanidade. ALiteratura e 0 Cinema, dando forma artisti- ca.a tais pontos de vista, produzem visdes do futuro ora otimistas, ora pessimistas. Toman- do como referéncia, se julgar necessério, os textos apresentados, manifeste sua propria opinido a respeito, escrevendo uma redagio em género dissertativo sobre o tema: A inter- vengdo humana no meio-ambiente e o futuro do planeta. Atencao, candidato! De acordo com a sabedoria popular, a lin- gua é um instrumento tao perigoso que Deus a colocou atras dos dentes e dos labios para ‘0 homem pensar duas vezes antes de usa- ~la. Todavia, sempre dizemos algo de que nos arrependemos depois. E mais: ouvimos cons- tontemente grosserias ou polavras que aba- lam nossa auto-estima. Nessas ocasiées, por mais dolorosas que sejam, é preciso respirar fundo e considerar o estado de espirito do in- terlocutor (nervosismo, raiva, inveja). Prova- velmente, mais tarde, ele se arrependera do que disse. O importante é vocé se preservar ¢ nao permitir que a mente martele o insulto re- cebido. Sciba peneirar as criticas construtivas @ jogue fora os escothos. Além disso, lembre- -se: perdoar faz muito bem a satide, nos torna mais leves. Leitura como fonte de informacées Ler diversos jornais, revistas e outros constitui-se num bom exercicio para me- thorar o nivel de informagao e de checagem da veracidade dos fatos e/ou da confiabil dade das fontes e das agéncias noticiosas. Todavia, 0 leitor deve estar consciente de que nem sempre o texto impresso repro- duz a Norma Culta de Linguagem. Cadernos para adolescentes e crénicas esportivas, por exemple, se utilizam de jargées especificos e marcas de oralidade nem sempre adequa- dos para constar de uma redacdo escolar e/ ou de processo seletivo. Além disso, a im- prensa toma liberdades que contradizem a Norma Culta, como a substitui¢éo dos al- garismos romanos pelos hindu-ardbicos, como no caso de “século 21” no lugar de “século XXI". Em virtude da utilizagéo do computador e da consequente demissdo de revisores, erros e repetices se multipli- cam, pois, na pressa (urgéncia?) de entregar ‘a matéria, o jornalista nem sempre revisa o texto, e os enxertos facilitados pelo proces- sador de textos permanecem (quem nunca reescreveu um texto e se esqueceu de apa- gar trechos sobressalentes?). Para entender melhor a estrutura do texto dissertativo, ampliar 0 vocabulario e familia rizar-se com estratégias de argumentacao & contra-argumentacéio, nada como ler en- Ps saios, textos opinativos, editoriais e outros. Vocé ndo precisa concordar com 0 que os au- tores sustentam. Leia e analise seus textos tecnicamente, com o auxilio de professores, em especial o de Redacao. Leitura, literatura e escrita Infelizmente, poucos estudantes sao lei- tores auténomos e, ao longo de alguns anos de estudo, vocé jé deve ter produzido algum texto sobre as causas desse fendmeno, bem como de suas consequéncias. Tenha sempre em mente que nenhum dos livros da lista do vestibular foi produzido para tortura-lo. An- tes de mais nada, ler é uma fruicdo, isto é, um exercicio prazeroso, e pode ser feito, in- clusive, em momentos de lazer, na praia, na poltrona, na cama, no Gnibus etc. (sem cau- sar dores na coluna e nos bragos, por favor!). Como estudante, porém, além do prazer do texto, serd preciso analisar uma série de re~ quisitos que, a essa altura, the sao familiares (linguagem, estilo do autor, contexto histo- rico etc). Mas, ¢ quando 0 candidato (ainda) nao sente prazer pela leitura? Em primeiro Lugar, tem de se conscientizar da urgéncia em ler 0s livros selecionados pelas bancas exami- nadoras e solicitar ao professor que estabe- leca um roteiro de leitura, 0 qual nao cor- responda necessariamente a cronologia dos periodos literdrios, mas se aproxime da ex- periéncia do leitor adolescente. Por exem- plo, ¢ muito mais facil para o vestibulando comesar a estudar crénica do que roman- ce. Ou entdo, por mais absurdo que pareca, ler primeiro “Memérias péstumas de Bras Cubas” do que “Memérias sentimentais de Joo Miramar”. Ler e escrever séo experiéncias comple- mentares, porém distintas. 0 fato de alguém ler muito ndo significa que tenha necessaria~ mente “facilidade” em escrever. Dicas de sucesso Odia 0 dia da prova chegou. Sao necessérios cuidados especiais? Se vocé se preparou com afinco ecalma, nemtanto, pois estanumritmo saudével e equilibrado. Por outro lado, é natu- ral que os instintos estejam mais agucados e a ansiedade pique o corpo e 0 faca cogar. Nesse caso, que tal intensificar a atencao e a calma? ‘As dicas abaixo desdobram outras e as to- nificam para o momento da prova. Sao, por- tanto, especificas, ainda que retomem ideias gerais do livro. Como nao existem formulas prontas para o sucesso, porém sugestdes, pis tas, placas de trdnsito etc, relaxe caso ndo se identifique com algumas das dicas. Receba-as. de coragdo aberto e faca sua (de vocé) sintese. Véspera “O peru morre na véspera” (a propésito, como na dica abaixo, aconsetho 0 candidato carnivoro a ndo comer um peru inteiro dan- tes da prov) e voce nao precisa engrossar a lista dos desencarados (e desossados) glu- glus. Sem estresse, decida 0 que fazer no dia anterior ao vestibular. O mais aconselhdvel é relaxar. Entretanto, como o método de estu- do @ muito pessoal, se nao the causa cansaco nem incémodo, revisa as matérias que achar importante. Faca-o sem exagero. Alias, como. em tudo: se sair, ndo chegue tao tarde; evite consumir dlcool etc. Que tal atividades fisicas. leves, uma piscininha ou praia (sem insolacao, naturalmente) e aquele namorinho gostoso e sem cobranga? Vocé pode descobrir que a uni- versidade fica logo ali, ao lado do paraiso. Faquir ou condenado 4 morte? Lembre-se: a palavra-chave @ equilibrio. Na data da prova, e nos dias que a antece- dem, nao jejue nem se alimente como se fi zesse a iltima refeicdo! Vocé nao é faquir nem condenado a morte, apenas (e isso ja diz tudo!) condidato... Faga um ntimero razodvel de refeicdes balanceadas, nao pule nenhuma. Durante a prova se abastega com dgua e fru- tas. Vocé nao estuda Biologia 4 toa; portanto, coma com sabedoria. Para otimizar a sensa- Go de conforto, use roupas adequadas a es~ taco e ao tempo que fizer no dia da prova. Evite pecas que dificultem a circulagdo san- guinea. Fe Cada individuo sabe a methor maneira de se conectar com a espiritualidade e consigo mesmo. Para isso existem rituais, e mesmo 45 religides, doutrinas e filosofias que dizem Ado utilizd-los, na verdade, empregam esses recursos. Ou acolher alguém nao é um ritu- al, simples e bonito? Como vestibutando, faca tudo que complemente a dedicagdo ao estu- doe 0 fortaleca. Se quiser, pega rages. So- ticite aos familiares que vibrem com vocé. No dia da prova, caso deseje, elabore pequeno ri tual, o qual deve ser carregado de significado para vocé, Acender uma vela, respirar fundo, tomar banho enquanto mentaliza a ansie~ dade indo para o ralo, rezar para o santo de sua devogao, invocar a protecdo de entidades espirituais e/ou anjos, conectar-se com sua intuigdo etc. Valores, dogmas, leis, mesmo a moral e a ética variam entre individuos, povos € ciilizagdes ao longo do tempo e do espa- 0, entretanto a ética do coracdo é universal reside em todo ser humano, manifestada ou latente. No dia da prova, portanto, aja com coracGo, sinta-se como realmente é: filho (a) de Deus/do Universo. Se acredita nisso, que tal esta visualizagdo antes da prova: feche os othos, respire fundo e se imagine protegido e ‘aquecido deitado na palma da mao de Deus (ou Deusa, Universo etc). Vocé pode fazer esse exercicio deitado confortavelmente na cama ou no cho, ou mesmo sentado na car- teira da sala onde fard a prova. Deus possui varios enderecos. Um deles é seu corpo, sua mente. Pontualidade Tristes e repetitivas as imagens e fotos de candidatos que chegam atrasados e perdem ‘as provas. E importante conhecer anteci- padamente o local das provas, até porque existem alteragées para diversas fases de um mesmo processo seletivo. Sem fatalismo, paranoia ou pessimismo, contudo com mui- ta prudéncia, saia de casa com antecedéncia, pois pneus furam, énibus atrasam, conges- tionamentos acontecem em ruas, avenidas, rodovias... Caso seja mais seguro, durma na casa de amigos ou parentes e, sobretudo, se a prova for em outro municipio, viaje com um dia de folga: vocé podera visitar lugares in- teressantes, bater papo e relaxar sem preo- cupasao. Conhecendo a prova Aqui, mais do que nunca, vale o toque pessoal. Se vocé nao sabe por onde come- Gar, decida isso depois de passear pela prova, dar uma olhada. Entao, selecione as discipli- nas que lhe sdo mais faceis e apeteciveis. Em seguida, dedique-se as disciplinas/questoes mais dificeis ou complexas. Como bom atle- ta, dose autoconfianca e esforco. Em outras palauras, se vocé possui mais facilidade em Exatas, isso ndo constitui motivo para resol- ver rapidamente e sem critério as questies de Matematica, Fisica e Quimica e gastar trés horas nas provas de Historia e Literatura. Caso se sinta paralisado, ndo hesite em pular ques- tes: em vez de fugir, elas 0 aguardardo an- siosamente. s Problema ou (re)solucdo? Como vocé participou de simulados, estudou muito @ conhece diversos modelos de prova, com certeza j@ ndo considera mais o vestibu- lar como um tiro no escuro. Dessa forma, pode concentrar-se em ler atentamente os enuncia- dos, grifando-os e fazendo anotacdes ¢ esque- mas a0 lado das questdes. Como otempo dere- solugdo de cada questo é muito curto, ao ler os enunciados, rascunhe com gosto e disposicao, ‘note aquelas pataurinhas-chave, arme contas, faca esqueminha de regra de trés etc. Em ou- tras palavras, traduza os enunciados numa lin- guagem que the permita organizar claramente {s respostas, Ao sublinhar palavras-chave dos enunciados, evocaré palauras e ideias que per- tencem ao mesmo universo. O raciocinio literal— mente se desenrolaré, feito pergaminho ou pa- gina corrida do Word. Recurso interessante - ao ser utilizado também durante a preparacéo para ‘s prouas - é criar marcas pessoais (* para tre- chos no compreendidos; X para a ideia central do paragrafo etc.), dividir 0 enunciado em topi- cos (a. contexto; b. dados; ¢. soliitagéo 1; d. soi citagdo 2 etc.) ou mesmo utilizar canetas de co- res diferentes e lapis para sublinhar as partes do enunciado, no qual podem estar contidas duas ou trés solicitagées. Muitos candidatos perdem pontos ao nao identificar mais de uma solicita- G0 no enunciado, pois acreditam que isso ocor- re apenas quando a questiio didaticamente se divider nos itens a,b e c. Atengaio também para os armadithas dos testes de miiltipla escotha. Desde a preparacio para as provas, invista na eliminacao de altemativas absurdas e identifi que qual (is) a (5) inverdade (s) presente (s) nas alternatiuas incorretas. Por vezes, uma alterna- tiva incorreta contém apenas uma inverdade, 0 que confunde 0 candidato; outras, entretanto, parecer contaminadas por virus/pontos colo- ridos ailuminar a teia do monitor (Algum hacker j@ fez essa maldade? Espero néo alimentar a Criatividade de nenhum deles.) Pit stop Vocé pode estabelecer hordrios para pa- radas estratégicas durante as provas: que tal de 20 em 20 minutos dar uma paradinha e se gjeitar na cadeira? Se preferir, ouca seu corpo e, a0 menor sinal de incémodeo, respire fundo, faca alongamentos de bracos e pernas, mo- vimente a cabeca em circulos. Ao longo da prova, beba Ggua em abundancia, sobretudo seo dia estiver muito quente, coma uma fruti- nha ou uma barra de cereais. Se necessario, vd a0 banheiro (seja breve, o tempo urge e ruge): além de satisfazer as necessidades fisiologi- cas, seu organismo liberard tensdo e energias acumuladas que ndo the servem. No toalete, lave 0 rosto, mothe a cabesa e nao se esque- a de, se howver espetho, olhar para ele, mirar seus olhos, respirar fundo trés uezes e recarre- gar sua confianga. Lembrete sobre a agua: ingestdo de ao menos dois litros de agua por dia (vocé ja co- nhece os beneficios). Durante as aulas, ao fa- zer 0s exercicios, simulados e provas, nao se desidrate (em outras palauras, ndo queime os. neurdnios. Afinal, vai precisar deles por toda @ vida): tenha sempre @ mao uma garrafi- nha d’dgua, principalmente nos dias quen- tes (com excecao dos vestibulares de meio de ano, todos acorrem no final da primavera ou no verdio). Seu corpo agradecerd. Boa pedida é também, aos poucos, substituir bebidas com cafeina (café, cha preto, refrigerante, guara- 1né) por agua. Alie-se ao relégio Faca do relagio um aliado, e nao mais um motivo de tensdo. Nao gaste tempo contro- lando © tempo. 0 fato de nao saber as ho- fas taluez o faca sentir-se numa dimensao atemporal e aleatéria (fic¢ao cientifica?). Em outras palavras, uocé pode perder 0 chdo, 0 norte. Portanto, use 0 relégio como uma biis~ sola, determine o tempo necessdrio para ler as questées e resolué-las, respeite a necessi- dade de paradas (vide dica anterior) e reser- ve tempo suficiente para passar as respostas a limpo (provas dissertativas e de redacao) e preencher o cartdo (testes de miltipla esco- tha). Camo aprender a administrar 0 tempo? Fazendo simulados nao apenas na escolae no cursinho, mas também em casa. Fique de olho no relagio, use um despertador ou contrate ‘alguma crianca interessada - irmao, irmé, oft thado - que se congratulara em othar pontei r0s e digitos enquanto vocé resolve equacses ou relé documentos histéricos transcritos nos enunciados das questées. Conferéncia de resultados Parodiando duas citasdes_biblicas/lite- rérias: 0) vocé ja combateu o bom combate; b) 0 que escreveu, esté escrito. Dessa forma, relaxe apés as provas. A seguir, mais do que 05 resultados, confira as resolucées das pro- vas, disponibilizadas por escolas e cursinhos em jornais, sitios, programas de teué. A par- tir desses dados, reformule as estratégias de estudo e mesmo os planos de cursar esta ou aquela instituigao, caso nao seja aprovado ou catapultado para as segundas fases. Antes de tomar qualquer decisdo, é necessario curtir. A alegria ou luto. Papo leve Datas Muitos vestibulares realizados na metade do ano stio menos concorridos do que os do final de ano. Cheque, portanto, as possibili- dades e (re)faca seus planos em caso de ne- cessidade. Mas, atengGo: provas de meio de ‘ano ndo sao necessariamente mais faceis que 05 outras. Além disso, algumas instituicbes costumam repartir as vagas disponiveis entre provas de julho e dezembro/janeiro. Nesse tl- timo caso, na pratica, trata-se de um mesmo concurso oferecido para duas turmas. Ocio criativo Para nao passar o més de julho deitado no sofé, culpando-se por ndo estudar, aprovei- te o tempo para visitar exposicGes e museus, fazer um tour por cidades histéricas, ir ao ci- nema, curtir a natureza etc. Encare essas ati- vidades como estudo do meio (por que nao”). A ica vale também para quem faz as provas de meio de ano Longe da cidade onde mora. Algumas empresas especializaram-se em transporte e hospedagem para estudantes que desejam mais do que um bate-volta nos campi em que pretendem estudar: organizam festas, passeios e eventos. Naturalmente, vocé também poderd reunir a turma e fazer seu proprio caminho. Organizacao Como ¢ importante manter organizado 0 espaco de trabalho - geralmente 0 quarto -, atente para a bagunca, pois ela pode signifi- car, dentre tantas coisas, desatencio, baixa auto-estima, medo de enfrentar algo novo. Dessa forma, tente reorganizar-se a partir do exterior, sem se sobrecarregar. Nao prometa asi mesmo limpar o quarto todo numa tarde: comece com a estante de livros, as gavetas de popéis, ou 0 armario de roupas... Vacé pode tornar a atividade de timpeza e organizagao uma forma de distragéo, ou meditacao, ou ainda lazer, desde que a faca conscientemen- te. Ah, ndo se esqueca de dar seu toque pes- soal a atividade. Como? Vocé é quem sabe... Um dia de cada vez Grupos de apoio a dependentes quimicos, ss neurdticos e/ou vitimas de traumas fazem desse bordéo/mantra um grande instru- mento de cura. Como vestibulando, vocé j é to pressionado, nao precisa ser mais um a the atribuir tarefas. Vida um dia de cada vez, conscientemente, fa¢a o que for preciso para se preparar para as provas, conciiando os es- tudos com as outras atividades. Faca o seu melhor! Contetido Em todas as disciplinas (Redagdo, Geo- grafia, Biologia, Histéria etc.) os professores orientam os alunos a estudar o que se costu- ma chamar de atualidades. No caso especifi- co de literatura, os concursos que ndo solici tam lista de livros tendem a elaborar questées sobre autores e obras em evidéncia (classicos, centenario de nascimento de autor e/ou pu- blicagdo de livro etc). Dessa forma, esteja ‘atento a datas, mas, por favor, néo faca disso uma obsessdo. Amor e édio: disciplinas e matérias 0 segredo é fazer pactos consigo: a) Con- venga-se do inevitdvel, isto é, da necessida- de de estudar as Disciplinas Nao Téo Amadas (doravante chamadas de DNTAs) para ser ‘aprovado. Para sua alegria, ao longo dos anos, 5 vestibulares mais inteligentes tém atrit do maior peso as disciplinas afins ao curso pretendido. b) Decida se as DNTAs serao es- tudadas antes ou depois das Queridinhas (as Qs), Entretanto nao se engane: apenas deixe ‘as DNTAs para o final do horario de estudo se realmente conseguir sustentar a op¢éo. Caso contrario, comece por elas, c) Evite também. estudar as DNTAs sozinho, jd que o estudo ‘em grupo facilitaré o compreensao. d) Iden- tifique se a dificuldade maior é na compreen- so da teoria ou na resolucio de exercicios e testes. e) E importante também compreender © porqué de estudar tais e quais disciptinas e/ ou matérias. Exemplo: vocé pode odiar Fisi- ca e suas formulas, contudo, com a ajuda de professores e amigos, ao associar os concei- tos fisicos ao cotidiano, enxergaré a beleza da disciplina, apesar dos exercicios e das for- mulas. Isso the dara certo conforto, ja que os. conceitos serdo utilizados por toda avida, nao serdo aprendidos e apreendidos em udo, de acordo? 0 mesmo vale se a DNTA que mais 0 incomoda for Literatura: passado 0 chaque, 0 furacdo do vestibular, serd um Leitor mais ha- bil dos textos que escolher. Portanto, apesar do amargor, concentre-se nas habilidades de leitura, independentemente de estilos, peri- odos etc. f) Otimo exercicio de visualizacdo & imaginar-se resolvendo as provas de DNTAs coma mado firme eo semblante tranquilo:isso 0 gjudard a desenvolver confianca. g) Quanto 4s DOs, siga a regra dos campedes do esporte: mesmo sabendo-se tri ou penta, treine com o mesmo cuidado do inicio de carreira, com dis- ciplina e determinacdo, use tado o tempo dis- ponivel durante as horas de estudo e em pro- vas e simulados (quantas vezes, numa prova escolar, um aluno comete erros bobinhos por excesso de autoconfiansa, isto é, leitura de- satenta de enunciados, ou pela pressa de ir logo para o patio?). Memoria A mente @ fantdstica, porém tem de ser exercitada. A meméria precisa ser cuidada. Antes de mais nada, sono e descanso propor- cionais ao esforco excessivo tipico de vesti- bulando. Alimentacéo adequada, com farta ingestdo de alimentos ricos em fésforo (lem- bra-se das aulas de Biologia?), com destaque para frutas e verduras cruas. Promovem ain- da a satide da meméria exercicios de Progra macGo Neurolinguistica (PNL) e respiratérios (estes dttimos sao muito utilizados por tera peutas que trabalham a chamada gindstica cerebral). Sugestées: pela manhé, ainda em jejum, tome um copo d’agua. Em seguida, para oxigenar o cérebro, sente-se em posi¢ao confortdvel (se possivel, no chdo, com as per- nas cruzadas), com as maos nos joethos, ins pire, com a coluna ereta, e expire ao mergu- thar 0 corpo para a frente. Entao, inspire, volte 4 posi¢Go original e continue a sequéncia por mais 1 ou 2 minutos. Banhos Para relaxar, banho momo. Para ativar © circulagao, banho frio. Este iltimo parece crueldade, como diversos hdbitos culturais que nos sdo estranhos. Contudo, ao comecar, pouco a pouco sentird os beneficios. Banho frio pela manhé é timo. Sugestdes para ini- ciantes: a) tome um banho morno, enxague o corpo e s6 entdo passe para uma répida du- cha frig; b) quando for realmente tomar ba- ho frio e ainda estranhar as sensacées, co- mece mothando os pulsos eo pescoso; c) voce pode dar uma mothadinha no corpo, a fim de ensabod-lo ¢ depois partir para a ducha fria propriamente dita. Ah, ndo tenha pressa em deixar a Agua fria cair sobre a barriga, as cos- tas eo bumbum, partes evidentemente sensi- veis a @gua em baixa temperatura. Ja que op- tou pela operacao Sibéria, faca bem feito. Seu corpo agradecera. E depois? (pesadelos "além da aprovaca No senso comum do vestibulando cabe seguinte maxima: mais dificil do que entrar & sair da faculdade, No caso se aprovacéo, como sobreviver? (Esta dica é para quem ndo conse- guiu fazer um pé-de-meia antes de iniciar 0 curso, ou ndo pode ser bancado pela familia, oucinda, emvirtude da carga hordria do curso escolhido, exercer atividade remunerada mais do que duas horinhas por dia). Nas particula- res devidamente credenciadas, so udrias as possibilidades de financiamentos ou permuta. Vocé ainda tera a disposicao varios tipos de bolsas de estudos oferecidas por instituicoes piblicas ou particulares. informe-se a respei- to de quais sdo oferecidas pelas escolas onde vocé pretende estudar. Planejar significa tam- bém enfrentar um ledo de cada vez. Mural Um mural pode ser bem mais do que um simples quadro de avisos. Que tal fazer dele uma forma de terapia ou meditagdo? Per- sonalize 0 seu - a comecar pelo material -, coloque textos importantes para vocé, ane- xe postais e fotos das pessoas que ama. Se quiser, tente também um blog, ja que mural é para ser visto, no quarto/escritério ou pela comunidade virtual. Bloqueio “Escrever é facil: comeca com maiiscula e termina com um ponto. No meio vocé coloca ideias.” (Pablo Neruda). Nao obstante a ge lidade do poeta, essa afirmacdo esta prenhe de ironia. Professores e candidatos conhecem as recis dificuldades para se escrever bem. Por mais que desenvolua técnicas de leitura e producdo de textos, em simulados e pro- vas 0 candidato pode ser vitima de bloqueios. Como agir nessas circunstancias? Em primeiro lugar, respire fundo, relaxe, pense nas possi- bilidades: a) ou vocé escreve; b) ou entrega a prova em branco. Infelizmente, nao ha como argumentar com a prova ou pedir prorroga- 0, j@ que o vestibular é um concurso pibli- co e, como todos os eventos dessa natureza, também provoca medo, estresse e panico. Dominadas essas sensagies (nao se preocupe em fazé-las desaparecer), releia a proposta, x organize o projeto de texto, rascunhe o sufi- ciente, redija 0 texto e passe a limpo. Seja fir- me com 0 bloqueio, mas nao se violente. Em tempo: quando estudar sozinho ou em grupo, caso nao consiga realmente escrever seu tex- to ouresponder a questies, relaxe, deixe tudo e recomece mais tarde. Nessas ocasides, vocé estd num ensaio, nao na estreia da peca. Importancia Tenha sempre em mente que vocé vale mais do que uma prova. Além disso, esteja pronto para ser constantemente avaliado. No convivio familiar, no emprego, na vida acadé- mica: vocé precisa estar pronto e com a auto- estima em dia para aprender com as ligdes ~ boas ou dificeis. Dessa maneira, nao estard em crise: as cries é que passarao por vocé. vestibular, enquanto sistema de avalia- G0, possui uma série de imprecisées e injus- ticas. O que fazer: protestar e deixar de fazer @ prova? Ou preparar-se com o minimo de (autovioléncia e obter bons resultados? De qualquer maneira, pesquise nos sitios para vestibulandos outras opcées de processos se- letivos. Muitas sdo as instituigdes que ja se utilizam da nota do Enem para classificar candidatos. Outras analisam o histérico escolar do can- didato no ensino médio. Hé também as que preferem aplicar provas no final de cada sé- rie do ensino médio e seleciona os mais bem colocados. Algumas mesclam andlise de his- torico e entrevista... Em qualquer desses sis- temas vocé merece ter bons resultados e sair ileso (ou vivo..). Em outras palavras, aprenda aser avaliado de maneira saudavel, pois caso 0 resultado nao seja 0 esperado, vocé tera de encontrar forcas para reescrever sua histéria. Avaliacdes sempre ocorrerdo: provas, ves~ tibular, exames, testes, provdo, entrevistas para emprego, andlise de editores, propostas de sociedade etc. Formas de avaliagdio nao precisam ser ex- periéncias dolorosas. 0 vestibular ou os me- canismos de proceso seletivo mais flexiveis sGo apenas etapas provisérias para avalia~ goes. Esteja, portanto, consciente e relaxado. Respire bem e faca 0 seu melhor! Trabatho ou sorte? Claro que o vestibular tem uma pitadinha de sorte (temas com os quais vocé mais se identifica, exercicios semelhantes aos resol- vidos pelos professores etc.). Contudo, tenha @ certeza de fazer um bom trabalho antes, durante e depois das provas. Isso ndo exclui a sorte. Ao contrario, a legitima. Mude sue pra- dro de pensamento ao desejar Bom traba- tho! E ndo apenas Boa sorte! A seus colegas (e também concorrentes, filhos, alunos etc.) Trotes Infelizmente no inicio de cada ano aca- démico surgem estudantes feridos fisica ¢ psicologicamente em nome de uma suposta integragdo, Nao entre em barca furada. O que esperar, por exemplo, de um futuro médico que violenta um colega? Ou de um forman- do em Direito que humitha publicamente os “bixos"? Desde a década de 1990 0 trote im- becil ¢ violento vem sendo substituido pelo trote realmente integrativo. Reitoria, direté- rios centrais e centros académicos voltam-se para atividades culturais e/ou cidadas (trote soliddrio). Portanto, fuja do trote violento. Sua aprovacéio merece festa, ndio mau-trato. Em caso de agressao, denuncie (preservando o anonimato, se for o caso) a Reitoria e & poli- cia, Escotha bem sua turma: a classica cena de veteranos que se retiram da mesa do restau- rante universitario quando um calouro chega € coisa de filminho norte-americano mal du- blado. Reprovacdo Assim como vocé esta chegando ao final desta publicagio, certamente passara pelo vestibular e saira ileso. Nem sempre o resul- tado esperado virdimediatamente. Vocé sabe: muitos sdo os fatores para seu nome constar da lista de chamada. Trabathe com afinco, se- guranca e permita-se aprender com as expe- riéncias, positivas ou negativas. Os beneficios, por vezes, custam a aparecer. Procure ndo se incomodar com palavras de feto (ou de escar- ni!) do tipo “Vestibular é como carnaval: tem todo ano. Alternativas Certamente nao é facil optar por uma carreira agora, sobretudo em caso de re- provacdo. Muitos pais, inclusive, combinam outras atividades com os filhos (cursos, in- tercéimbios no exterior, estagios etc.) para livra-los da pressdo do vestibular e thes dar mais tempo para pensar a respeito da futura profissdo. Se esse ndo é 0 seu caso, evite ficar s6. Pais, amigos, parentes que realmente o amam torcem pela sua feli dade, muito mais do que pelo seu sucesso numa prova. Assim, fica mais facil construir seus sonhos. Ligéo 0 Dalai Lama aconsetha mais ou menos 0 seguinte: se vocé perder alguma coisa, néo perca a licdo. A preparagdo para o vestibular, saber lidar com os resultados (de sucesso ou decepcionantes) podem ser um exercicio para poder agir em outras situacées. Portanto, ndo desperdice a licdo. Essa é a grande dica para um vestibular de sucesso, para uma vida prosperda, em todos os niveis. Afinal, se este planeta é uma escola, curta as aulas ¢ 0 in tervalo! Meios eletronicos Cuidado com a veracidade e a qualidade da informagao. Atente para fontes seguras. Redacao Passo-a-Passo Passo1 Calcule o tempo Pode parecer bobagem, mas muita gente se esquece de separar 0 tempo correto para fazer aredagio, No Vestibular e no Enem, esse prazo costuma ser de uma hora. Organize-se para ter tempo suficiente de escrever, reler ¢ passar a limpo a sua redacao. Passo2 Saiba o que vocé nao pode fazer Antes mesmo de comecar a escrever sua redacdo, é importante ter em mente o que ° vocé ndo poderd fazer. As regras tendem a ser parecidas nos concursos vestibulares e no Enem. Palaures, xingamentos, cépia de tex- tos, etc. costumam ser proibidos. Passo 3 Respeite essas regras Siga 0 modelo solicitado. Existem muitos modelos de redagao e cada prov pode pedir um estilo diferente. Alguns vestibulares dao opgées para o candidato escolher, podendo pedir para o estudante escrever uma narra ‘Go, dissertacdio ou até mesmo um final dife- rente para um livro. No Enem, o tipo solicitado 6 0 dissertativo-argumentativo. Nele, o estu- dante precisa tentar convencer o leitor, apre- sentando uma tese, argumentando seu ponto de vista e dando uma solu¢do para o proble- ma. Fazer uma redacdo dentro do modelo so- licitado € fundamental e quem nao respeitar essa regra pode zerar. Passo 4 Respeite o numero de linhas Outro motivo que pode fazer vocé zerar na redacao do Enem ou do Vestibular é nao respeitar 0 nmero de linhas solicitadas. Nor- malmente, as provas indicam um tamanho ideal para o texto, Procure ficar dentro disso. Passo5 Fique dentro do tema proposto Ficar dentro do tema proposto é um dos passos mais importantes para fazer uma boa redagdo. Isso exige, em primeiro Lugar, uma boa habilidade de interpretacao de texto para identificar 0 assunto que esta sendo pedido. Fugir do tema @ um dos principais motivos para ozero naredagdo do Enem. Fique de alho! Passo6 Use anormaculta da Lingua Portuguesa A norma culta da Lingua Portuguesa nada mais @ do que o portugues escrito, formal. Evi- te girias e abreviagdes, use um bom vocabu- lario, pontuacdo correta e respeite as regras da gramatica e da ortografia. Passo 7: Releia Colocou o dltimo ponto final? Releia seu texto e corrija 0 que for necessdrio. Arru- me palavras repetidas ou “comidas’, revise @ pontuagdo, 0 encadeamento de ideias ortografia antes de partir para o préximo Passo. “0 Passos Passe alimpo Copie a sua redagdo com letra tegivel no local apropriado. Normalmente, no Vestibular eno Enem, vocé precisa passar sua redaio a limpo para uma “Folha de Redaco”. Cuide para ndo rasurar este papel e certifique-se de que esta seguindo todas as regras, como 0 tipo e cor de caneta. Lembra do primeiro passo, que falaua em re- servar um tempo para fazer aredacdo? Pois uma parte desse tempo reseruado deve ser destina- daa passar a redago para a folha de resposte. Sete motivos que fazem sua redagao "zerar" no Enem Zerar na redacdo do Exame Nacional do Ensino Médio pode deixar vocé de fora da dis- puta por uma bolsa de estudos em faculdade particular ou vaga na universidade piiblica e impedir a contratacdo de financiamento es- tudantil. Isso porque iniciativas do governo ‘como 0 Programa Universidade para Todos (ProUni), Sistema de Selecdo Unificada (Sisu) Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) exigem nota maior do que zero na redacao do Enem para participar. No Enem de 2014, dos mais de 6 milhdes de inscritos, apenas 250 estudantes conseguiram, ‘a nota maxima (1000 pontos) na prova de re dagdo. 0 tema proposto foi "Publicidade in- fantil em questo no Brasil” e mais de 529 mil candidatos zeraram na redagéo do Enem. De ‘acordo com 0 MEC, os principais motivos da nota zero naquele ano foram, nesta ordem: 1. Fuga do tema 2. Cépia de textos motivadores 3. Textos com menos de sete linhas 4, Redacdes que ndo se encaixavam no tipo solicitado Fugir do tema A prova de redagio do Enem comega com uma série de “textos motivadores”. Eles podem ser trechos de revistas, jornais ou livros, antin- cios publicitdrios, desenhos ou charges e ajudam 0 candidato a entender o tema proposto. Escre- ver uma redagdio dentro desse tema é condigtio obrigatéria e abordar um assunto diferente, ou seja, fugir do tema, recebe nota zero. Nao obedecer o tipo de redacao solicitado 0 Enem costuma pedir um estilo especifi- co de redacao: “dissertativo-argumentativo”” Para cumprir esse requisito, o candidato deve seguir uma estrutura que comeca com a pro- posicdo de uma tese, inclui argumentos para apoiar a defesa dessa tese e termina com uma proposta de intervencdo social para solucio- nar o problema apresentado no desenvolvi- mento do texto. Redacdes que néo seguem essa estrutura (como poemas ou narracées, por exemplo), recebem automaticamente nota zero dos corretores. ontmero minimo de linhas Para ser considerada valida pelos correto- res, a redacdo do Enem precisa ter no minimo 8 @ no maximo 30 linhas (ideal). Textos com 7 linhas ou menos recebem nota zero. Vale lembrar que trechos copiados dos textos mo- tivadores ou de outras questées do Enem sao desconsiderados na contagem de linhas eo ti- tulo, que é opcional, conta como linha escrita. Usar formas propositais de anulagado 0 Guia da Redagdo do Enem, divulgado pelo MEC, inclui o item “impropérios, dese- nhos e outras formas propositais de anulacao ou parte do texto deliberadamente desco- nectada do tema proposto” nos motivos para tirar zero na redaciio. Ou seja, candidatos que desenham na folha de redacio, escrevem palavrdes e xingamentos ou incluem textos que nGo tenham a ver com 0 tema da reda~ G0 (como as famosas receitas de “miojo” que causaram polémica em edigdes anteriores) recebem zero na redacdo do Enem. Desrespeitar os direitos humanos O respeito aos direitos humanos é um re- quisito obrigatorio na elaboracao da redagto do Enem. Ou seja, mensagens de ddio, pre- conceito de qualquer tipo, racismo e outras formas de desrespeito resultam em nota zero. Entregar a folha de redacao em branco No dia em que a reda¢do é aplicada, os candidatos tem uma hora a mais para ela- borar 0 texto e passé-lo a limpo para a folha apropriada. E importante ficar atento a esse tempo, pois mesmo que o candidato termine ‘sua redacdo nas folhas de rascunho, se en- tregar a folha de redacéo em branco tira zero. Nao conseguir demonstrar as cinco competéncias avaliadas Sao cinco as competéncias avaliadas na redagdo do Enem, cada uma delas valendo de 0.200 pontos: 1- Demonstrar dominio da modalidade es- crita formal da Lingua Portuguesa 2 - Compreender a proposta de redacdo e aplicar conceitos das varias areas de conhe- cimento para desenvolwer 0 tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo- ar gumentativo em prosa. 3 ~ Selecionar, relacionar, organizar e in- terpretar informacées, fatos, opinides e argu- mentos em defesa de um ponto de vista. 4 - Demonstrar conhecimento dos meca- niismos linguisticos necessarios para a cons- trugdo da argumentacao. 5 - Elaborar proposta de intervencdo para © problema abordado, respeitando os direitos humanos. Occandidato que ndo conseguir demonstrar minimamente nenhuma das competéncias avaliadas, tira zero na redacao. Dicas essenciais de Redacao Escrever, escrever, e escrever! ‘A melhor maneira de se preparar para a Redacdo Enem é escrever muitos textos sobre 0s mais diversos assuntos, sejam eles temas propostos em outras edic@es da prova ou te- mas de atualidades. 0 habito de escrever é muito importante, pois confere sequranca ao aluno. Entao, 0 basico é mesmo escrever. Ler e escrever é a melhor dica dessa lista Sem medo do relégio! No dia da redacaio Enem também sao apli- cadas as provas de Linguagens e Matematica, com duragao total de cinco horas e meia. Ou seja, 0 candidato terd, mais ou menos, uma hora para escrever a redacdo. Para nao se dis- trair com o cdlculo do tempo no dia do Exame a sugestdo é treinar com provas anteriores, cronometrando seu tempomédio. Reserve um dia por semana para fazer redacées e va mar- cando 0 tempo que vocé gasta. E, pelo menos. uma vez por més durante a sua preparagao de estudos faca as 90 questées de Matematica e Linguagens e mais a redagéo. Contra ou a favor? J@ no dia da proua, a principal ideia para vocé ter em mente é: “Como eu me posiciono diante deste tema da Redacdo Enem: con- tra ou a favor?”. Assim, j@ se define a tese, ou seja, 0 posicionamento que ser adota- do diante do tema proposto. A partir dai, é preciso ficar de olho na estrutura cobrada pelo Enem, que é de um texto dissertativo- -argumentativo. Estrutura da Redacdo do Enem Na redacéo do Enem a capacidade de de- senvolver um texto bem argumentado é ava- tiada a partir do raciocinio t6gico desenvoluido pelo candidato. Considerando que se pede um texto dissertativo-argumentativo, além dos mecanismos de coestio, uma tese deve ser explicitada e devem ser expostos argumentos de diversos tipos que a sustentem. A estrutura uma prioridade. Raciocinio na Redacdo Enem Fique alerta se a sequinte estrutura de ra- ciocinio esta presente no seu texto da Reda- do: Tese inicial; Dados (argumentos); Gorantia (conhecimentos implicitos que apoiam e complementam os argumentos); Inferéncias (ligacdes implicitas que permi- tem relacionar os dados @ conclusdo); Conclusdo (ponto de vista central). Clareza nas ideias! Vocé é um dentre os milhées de candi- datos. Capriche com atencéo e muito cuida- do para demonstrar a clareza das ideias. Ou seja, vocé deve apresentar um texto de facil entendimento. A dica de Redacdo é que vocé seja claro, mas sem ser dbuio ou repetitivo. Temas Segundo 0 Ministério da Educagdo, a reda- 0 exige um tema de ordem social, cientifica, cultural ou politica, Para este ano, alguns as- suntos possiveis de serem cobrados incluem: falta de agua, crise no setor energético, de- safios da mobilidade urbana, a juventude e as transformagées sociais, as transformacdesem decorréncia da Copa do Mundo e 0 desafio do envelhecimento da populactio no século XXI. Temas de Redagao Para garantir a nota 1000, é importante sa- ber quais temas podem cair no Enem. Assim, vocé fica atento sempre que um assunto com potencial aparece nos meios de comunicasio. Proceso de redemocratizacao do Brasil Patriotismo Reforma politica Manifestaées pelo Brasil Participacao politica Etica na politica Eleigdes: falta de credibilidade do voto Monarquia constitucionat ‘A Comissao da Verdade A postura diplomatica do Brasil 0 Brasil diante dos estrangeiros Brasil no cenario internacional Ondas de imigragéo no Brasil Mercosul Participacéio da Venezuela no Mercosul Primavera érabe Espionagem norte-americana Guerra das Coreias Guerra das Malvinas Desarmamento Contrabando de armas Mercado paralelo de armas Despreparo policial Legalizagéo da maconha Justica feita com as proprias maos Racismo na sociedade brasileira Futebol e violéncia Acriminalidade e a agressdo aos jovens Violéncia infantit Delinquéncia juvenil Violéncia nas escolas Bullying (fisico e verbal) Efeitos do bullying na vida das criancas Intolerancia no mundo contempordneo Reducdo da maioridade penal Mobilidade urbana Crise nos transportes Comportamento do motorista brasileiro Alcool e direcéo Os desafios dos ciclistas Olimpiadas no Brasil em 2016 Beneficios do esporte para a sociedade Campanhas de vacinacdo pelo Brasil Meio ambiente Conferéncias da ONU: meio ambiente Desastres naturais Sustentabilidade Economia verde Acidentes nucleares Grise da agua Situacdo dos aquiferos brasileiros Construgdo da usina de Belo Monte Construgées hidrelétricas na Amazonia Sexualidade dos jovens brasileiros Produsdo de energia elétrica no Brasil indice de gravidez na adolescéncia Devastacao da floresta amazénica Questdes indigenas no Brasil Individualismo dos jovens Supervalorizacdo da imagem Intervengao do Estado: habitos culturais Anoua classe média brasileira Setores essenciais em Greve Novas formas de trabatho Ascensdo da classe C Casamento gay Terceira idade Regulamentacdo: trabatho doméstico Concentragdo de renda Inclusdo social Desigualdade social Direito das minorias sociais Preconceito e direito das minorias Inclusdo social dos deficientes Direitos da mulher Ascenséo feminina Protestos em prol dos direitos femininos Feminismo em alta O papel da muther no século XxI Desigualdade de género Homofobi e direitos dos homossexuais Direitos e deveres do cidadao Anafalbetismo funcional Educagdio para todos Temas do Enem nos ultimos anos 2018 Manipulacao do comportamento do usuario. pelo controle de dados na Internet 2017 Desafios para a formacdio educacional de surdos no Brasil 2016 Caminhos para combater a intolerdncia reli- giosa no Brasil 2015 Apersisténcia da violéncia contra a mulher na sociedade brasileira 2014 Publicidade infantil em questi no Brasit Terceirizacdo da educacao bésica O papel dos professores na sociedade 208 O papel da educacao questdo da Lei Seca no Brasil Reprovagio e abandono escolar 2012 O movimento imigratério para o Brasi no séc. XX! Os limites do humor nas redes sociais Redes sociais e direitos humanos Os limites da liberdade de expresso Bullying na internet Cotas nas universidades 2011 Educagao on-tine Viver em rede no século 21 Ensino interativo on-line 2010 O poder transformador da internet Otrabatho na construcdo da dignidade Marco civil da internet humana Lei de combate a pirataria on-line 2009 Comportamento jovem: midias sociais Oiindividuo frente 4 ética nacional 2008 Como preservar a floresta Amazénica 2007 O desafio de se conviver com as diferengas Nota méxima Enem 2018 don niles main sinilades pan dalznminada madila s mada de pansan dan cidadoss. Tiana perspective. uma analaqia com 2 aducacta Jibarladana de oule Gnaine maninosa peanteal. sma eq que 0 padagage dafandia sum 2 oq ds astimulan a nafflacse 2. denna fonma. fiberian a af mais do sfanta de debater semimdninn mon sncslon, amaimon an alumas a huscanem imfsnmacsen de Jontan comfisireln coms antigen cientifican s pila chacaqam de dadan. coma fite de antimuton orem: Nota méxima Enem 2018 sald innide me ombianta mintual, Ds acande com darts, « hema dave gulan pile Bem salstue am datrimante da anduridual, we 2 ae orld onlicwlads 2 wma camunidade, Ne smlante, 0 alualmanla, sain Jal callnussla, nat a luce da andivvidue, Onno acenna amauta Cdammain, ust a aalantan éa falta de da piblice ma A imtaymat. Diante da ad- muna da Eno eenaligien, a guar com a Senciina Revalusas Indusbual 2, pastouarmants, cama Quanta, mala-ne sama. a qua man a unduvidua pone sum manda amare 21m a difeiad. Tanna pernpective da, dando infims tan am cantata sam tablets 2 calutanon. 2 srancs nam nolan dineannin earnslamanla, anlanmagsan pedam nin publicdan au ne nes dispanttuon asl Ymanta Sanma-na awidante, a maconnidads de a da. de unudnia. sambrale de dadan ma inlannst. Canim. cabs aa Emeruluva cambalen 2 daminia de alemantan pennadin dan camsi- midanen, pan mein da imvestimemis ma Ania de de da Mumatine de Cuineia » Ch dasoands aan abstamo de de une da tain dodan. Dunne made. aon ole soncoda. 2 de an Sronileinss imnanidan mo safera cibsrnitica, Oulnarsim. compsle os Mumatiue do Educasie pnamamino imdusse de dincigliman coma Ehicas Ssemalagia . madionts 0 olftanasia ma fai de Bonen, Nota méxima Enem 2017 Sidule mas dmulgade Ti nial psiletlsia stclaenidciigccl tua Hhastal ast . sapscpcllt ce sac 1 a gen de sia to Casi ool dna pn fst coal sided Seangcsedo sta dat pais t sexpacilla d dacuntacsa dhnce distte nacaabacide jain laa pont do nacidade indie dan facta ies anguatlon: macadlage lea! Parone a qual dig gut fail ( uena quis sur oad pinnanclladas Bumcnin gut lations 0 idsia de gute rscancaita pa ponte da stan gain dieu isco plan nunan ancaliga at de 2 iawclideg ab tinedainfiqeantsdands o Phatad a difcsnten sna diszads ‘nated ico: Aifcutaoinda line dantcaleit ts (hind m “Plades Pkt m da pilice chandade ne sista sducacinol Banaieine ol rn dina aficiol s ” Son puibica Canlule dowide dalla crcl se palidienn piilican onl ede ol " 4 em sfalorade Nota méxima Enem 2017 aaciol” a Ertode mie au. da floss cidadinn da dinsiton rae Cossenae dinate ace da qualidade) 2 mamulemgae do Wdoda anf on membnon do naciadeda, 6 an murda suma candicon do sind sai leraecat Dante dan fal Yodan, faq usa Coca Jaormasoa. de cidad nangatam dn dic fonomgan « walanigem a incl amlsnmédia da _galents dohaten + tnatellham arm amwaleam a familia, a a dias lima, winanda 0 amplicn a sonata ania 1 camunideds sncalan s on Jorma de dap Cllom dinna, £ a iiMlice dartina maianen inmartimantan de da. Nota méxima Enem 2016 dunia ma Comm sum amine neciadade » Extode achne on comimbon pono combaln a imlalentmeia nligiors & medida que ae impie. Em A macemadnis oseciedads mie sumo. do dmlonien do cono- ano colalica, 2 on demos = achnelade of 7 a. ws on Dros dancin enisls, combacida, aimenetiama, Te anton, min 4 rogedwel que oimdoa hopo sumo naligiin que aubpaque on aulnon, a que dave, asin, nan napudiods am avm Extode Loco. o fim de que ne comboto o im- talenamein de cremcc. Da eulna ponte, 2 ascislage Zygmunt Bouman defends, ma sina * Madenndads - do pén-madenmidade, 2, do. damda o mon reap de Ialeron difrancan, Cane prablema aanume sanlarnan sxpssificsn ma Bronil anda, apenon da mubtioullunalinme, haa jode aula a manma pasture neligia- sn-a sap iollenals iste qu tla dinasgem Deans ooide_ sem sian pasion A din do 4 ms Dome. do._pin-madenmidade, Bauman: o imdinidualinme. don cramcon 2 wnbaforamia ntabrancia rfigiend. Cabs oon cidadooe nepudion o snforwargacne don costumes pnenorten me lorvuiténia branifeins, pan mais de debater man midicn ne a Se Co Nota maxima Enem 2016 Prahice naligiana um dinate da tadan a mimgamenian, Cinda quae mialtmein wanbal, asim coma o finiea, ad camtna a Sadana senqmnnenta fuginam 4, sama tm aulnan acarincion, maa fencm puniden, Glen dina, & Aastacon qua infalendmeia 4 cnirma de dais mae 4 sabna fan a Suban dada da seprannan um dancanlimlaments au cnilican conta stm saline a lanteluva di ampant- 2 partin da _ da antandimantan pan da annumta sm datnimanta dan pulgamamtan nduiduoin da autne nabne 2 que ale oinadita aan conta au annad ida. al atnesininica tam a falta da nanpeita pana com a tiamda am opin mprancritivsin s humilhanten pana aqualan que sn suramciam Canelui-ne. ante, que a combate 4 de numa. aa uum das dinailan main antigen a tedan on pansean a. pan cansaguinla, sau bameanlan. [Oana tana. 4 pracisn quaon Angas anpacioligadan. am porcine Bs dalagacian da danancie, ayam da asanda cam a fa. snaalic Edicado Evra vyN oO ener. Modelos de Redacdo EpICAsE fittica te Gren) “+ Geografia Ambiental e Humana: smudangas na natureza. + Histéria Geral: lluminismo, Revolugio Francesae Industrial. + Histéria do Brasil: 2° Reinado, Era Vargas e Repablica Vetha. + Gramatica: visao amplae relacionada aos problemas sociais. + Interpretagdo: tirinhas, obras, oemas e cangdes para ref + Linguagem: interdiseiplin atualidades globais + Pratique: questdes recentes do Enem ede vestibulares. + Matematica: aprenda tudo: + Quimica: geral, fisico-quimica, sobre juros - Ecologia: conceitos organica e atomistica « Fisica: See ean erie neces solani ins elétricos simples. BST ere eeel ol Caco) DO Cs) + Provas: aprenda como funcionam. + Critérios: o que é avaliado: + Pontuagdo: valores para vocé se e como ndo cometer os erros dar bem - Corrida contra o relégio: comuns + Manual: como fazer - + Passos: roteiro completo das. Se aera ‘eais que j4 cairam no Enem. redacbes nota 1000. > Teoria > Pratica xr Resumos dos temas que Dezenas de questdes mais caem nas provas para vocé praticar NHI =. ee ea lec

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