Permaneço refletindo acerca do desejo. Como sua força tem potência
suficiente para levar alguém a algo, e, como tal percepção, mesmo que inconsciente, deságua numa mudança que percorre nossa vida, nosso tempo e nosso prazer. A abordagem predominante nas pesquisas desenvolvidas pela turma é oriunda deste mesmo ventre prazeroso. Ficou a cabo da intensa experiência prévia, que foi parrhesia e o contato com a mestra Naná Sodré, uma forte reverberação, altos níveis de identificação e também sede pelo descobrimento antropológico. Suas formas de execução, seus métodos, sua ancestralidade, sua matéria, seu percurso metafísico, e várias outras áreas de atuação da mesma, foi um gancho para muitos desenvolverem seu trabalho de forma viva e feliz.
O estudo do corpo e da corporeidade, os princípios fisicos do treinamento
para o ator, o que há de autêntico, o que deve ser repetido, onde devemos chegar e o que a você vou mostrar. é outro forte pilar de sustentação do tempo recente de alguns colegas. Nossa grande fábrica do fazer, 100% livre, determinadamente indeterminada, onde quero? como eu quero? de onde eu quero? é também uma porta aberta pra quem quiser ver. Seguindo a risca, mesmo desviando o foco, o contato com a Bufonaria, para turma, atiçou certos corpos a falarem de si, a exposição também tomou conta do negócio. O estudo da auto percepção, auto descrição… auto de autoria.
Alguns acompanharam, outros contemplaram, muitos analisaram mas o força
unânime foi que sim, estamos dizendo algo. estamos fazendo algo, autenticamente ou não, procuramos por respostas. Temos fome dos frutos e vontade de semear. onde quer que seja: fazedores de teatro ATIVAR!