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PROJETO Nº
Governo do Estado de
Pernambuco
FUNCULTURA - 2016-2017
Projeto Cultural
BILL DO OLHO VERDE E GALEGUINHO DO COQUE
ANEXO 1 -10º Edital do Audiovisual de Pernambuco – Funcultura – Ano 2016/2017
CNAE:
04 PROPONENTE DO PROJETO
05 Nome ou Razão Social 06 CPC
Ayla Cristina Alencar de Oliveira 2066/10
07 CPF / CNPJ 08 Nome do Dirigente 09 Cargo/Função
064.709.494-01
10 C.I./RG (nº/Data de Emissão/Org.Exped.) 11 Telefones 12 Fax
Rua Bernardo Vieira de Melo, Nº 240, Apt. 302, Bloco C - Quadra D, Bairro do Recife (Comunidade do Pilar)
14 Bairro 15 Cidade 16 UF
52070-130 keysebezerra@gmail.com
19 PROJETOS JÁ BENEFICIADOS OU EM TRAMITAÇÃO NO SIC/ e ou NOS EDITAIS DO AUDIOVISUAL
VALOR
ANO PROJETO SITUAÇÃO
APROVADO
2015 ENTRE PERNAS EM EXECUÇÃO R$ 57.636,80
20CATEGORIA:
LONGA METRAGEM ( )
SUBCATEGORIA: ( ) DESENVOLVIMENTO ( ) PRODUÇÃO E FINALIZAÇÃO ( ) APENAS FINALIZAÇÃO
( ) DISTRIBUIÇÃO ( ) TODAS AS FASES
GÊNERO: ( ) FICÇÃO ( ) DOCUMENTÁRIO ( ) ANIMAÇÃO - FINALIZADO EM : ( ) digital ( ) 35 mm
CURTA-METRAGEM ( X ) OU MÉDIA-METRAGEM ( )
SUBCATEGORIA: ( X ) CURTA ou MÉDIA GERAL ( ) CURTA ARY SEVERO
28 OBJETO DO PROJETO
Realização do curta metragem de ficção “Bill do Olho Verde e Galeguinho do Coque”, com 13 minutos de duração.
O filme tem como protagonistas dois jovens moradores da Comunidade do Pilar (Recife Antigo) – Marlon, de 20
anos, e Wilson, de 19. Numa ida a praia comum, entre as longas sessões de videogame e TV, os jovens
encontram fortuitamente os RG´s de dois emblemáticos criminosos do Recife das décadas de 70 e 80: Biu do
Olho Verde e Galeguinho do Coque. Instados por uma notícia de rádio sobre os bandidos e a lendária perna
cabeluda, Wilson e Marlon mergulham num frenético “corre” pela cidade, realizando uma série de intervenções
urbanas: começam por simples gravuras em stencil, culminando com o projeto de um grande mural em graffiti
ilustrando a lenda urbana. A ação final transcorre exatamente na execução desse mural, quando são flagrados e
ostensivamente perseguidos pela polícia.
O projeto, rodado e distribuído em suporte digital, prevê a realização de todas as etapas de produção do filme,
assim como sua distribuição em mostras e festivais de cinema e posterior licenciamento para TV. Estão garantidos
recursos de acessibilidade comunicacional à produção: uma versão com janela de Libras, modo destacadamente
preferido pela comunidade surda (bem mais que a LSE) e outra audiodescrita, voltada para cegos. “Corre ou Bill
do Olho Verde e Galeguinho do Coque” é o segundo filme de Ayla Alencar e segue “Entre Pernas”, sua primeira
produção (já em processo de finalização), que contou com o apoio do Funcultura 2014/2015 na modalidade Ary
Severo.
No caso de Pernambuco, é importante sublinhar a ênfase regionalista de grande parte dos realizadores que
começaram nos 80 e 90: de “O Baile Perfumado” de Paulo Caldas e Lírio Ferreira; passando por “Amarelo
Manga” de Cláudio Assis (2003); “Árido Movie” (2005) de Lírio Ferreira e “Cinema, aspirina e urubus” (2006). Tal
ênfase estava conjugada de modo geral a outro traço estético, um naturalismo que tendia ao grotesco,
especialmente nas obras de Cláudio Assis e Lírio Ferreira. Sem deixar de ser realista, o cinema mainstream de
Pernambuco buscou afirmar uma espécie de sotaque fílmico (Nacify, 2001) através da caricatura, através do
estranhamento, através do excesso de caráter local. (Phryston, Angela. O real e o banal no cinema
pernambucano contemporâneo)
O que observamos na nova geração de realizadores são outras questões sobre o lugar – da cidade como um campo potencial
de ocupação, expressão e identidade – no qual o cotidiano, o banal e o surreal desvelam marcadamente uma cidade-território,
em suas particularidades estéticas e políticas, fragmentada até em bairros ou mesmo circunscrita a imóveis. A pesquisadora
Louise Bernard, numa curadoria recente para o cineclube do INCITI, destacou uma filmografia que batizou como “filmes de
prédios”, reunindo produções como Eiffel, Velho Recife Novo e Menino Aranha, além de citar em entrevistas a produção de
Kleber Mendonça Filho, por exemplo.
“É uma tentativa de compreender a recorrência quase obsessiva da temática da cidade no cinema recifense
contemporâneo (...) Me pergunto se (...) o conceito de “arquitetura subjetiva” pode ser aplicado numa filmografia
recifense mais larga, e também se os filmes e o jeito de filmar a cidade, constituem na produção de uma
‘heterotopia’, no sentido do conceito criado por Michel Foucault” (entrevista ao Portal Cultura PE)
“Bill do Olho Verde e Galeguinho do Coque” é um filme sobre Marlon e Wilson, moradores da Comunidade do Pilar (também
conhecida como Favela do Rato) situada entre o Cais do Porto e a Prefeitura do Recife. A configuração mais recente da
comunidade surge a partir da ocupação de terrenos desabitados, originalmente de propriedade da Marinha, marcada por
décadas de descaso total do poder público e condições precárias de saneamento e habitação. É um exemplo icônico do
extenso processo de gentrificação e reurbanização do “Novo Recife”, um modelo de organização socioespacial que
notadamente se liga as concentrações de rendas e legitima as desigualdades sociais. A comunidade do Pilar é o lugar de fala
desse filme. Esse é o lugar de fala, inclusive, de sua realizadora.
Marlon e Wilson são jovens comuns do Pilarx: estudam, jogam GTA, se alimentam de modo precário, veem TV, dão os seus
“rolês”. Numa ida a praia comum os jovens encontram fortuitamente os RG´s de dois emblemáticos criminosos do Recife das
décadas de 70 e 80: Biu do Olho Verde e Galeguinho do Coque. Os dois criminosos representam um case simbólico de mídia:
estampavam matérias de jornais impressos e de TV, além de boletins de rádio durante o intervalo. O magnetismo das
narrativas sobre os dois acabam por refletir um elemento identitário bem local: certo fascínio pelos anti-heróis, a imagem do
“cangaceiro”, narrativas fantásticas e lendas (normalmente aterradoras) de um “Recife Velho”, enfim o “banditismo por uma
questão de classe” de Chico Science. Biu (João Vicente Valentim Silva) aterrorizava os moradores de Olinda e Recife em
meados de 70, sendo sua marca registrada beliscar os bicos dos seios de suas vitímas ou mesmo mutilações com alicate: vale
ressaltar, para que se entenda a dimensão simbólica revestida sob o personagem, que sequer as vítimas de Biu confirmavam
o fato. Galeguinho (José Everaldo Brito) realizava assaltos a mão armada e se destacava na verdade pelo volume de
“operações”. O detalhe pitoresco de sua biografia foi que, décadas depois, ressurgiu no noticiário como pastor evangélico, com
emprego na Câmara dos Vereadores de Jaboatão. O encontro dos RG´s, seguido pela noticia ouvida no rádio pelos jovensde
Marlon e Wilson com estes personagens instaura uma situação de epifania:
Diretora
Instados por uma notícia de rádio sobre os bandidos, Wilson e Marlon mergulham num frenético “corre” pela cidade, realizando
uma série de intervenções urbanas: começam por simples gravuras em stencil, culminando com o projeto de um grande mural
em graffiti ilustrando a lenda urbana. A ação final transcorre exatamente na execução desse mural, quando são flagrados e
ostensivamente perseguidos pela polícia.
Há, de modo muito marcante nesse roteiro e também em seu primeiro curta (“Entre Pernas”, atualmente em processo de
produção através do apoio do Funcultura na modalidade Ary Severo)
ANEXO 1 -10º Edital do Audiovisual de Pernambuco – Funcultura – Ano 2016/2017
ESPECÍFICOS:
31 REALIZAÇÃO DO PROJETO
Tiragem: do produto cultural como Filme, DVD´s , vídeos, etc. Plano de distribuição do produto cultural
>> 1 curta-metragem (.MOV HD 16:9) “Corre ou Bill do Olho Verde e Galeguinho do Coque” tem como foco
a distribuição em festivais e mostras nacionais e internacionais. Prevê
>> 1 curta-metragem com janela de Libras e Audiodescrição (.MOV HD o posterior licenciamento para TV. O teaser/trailer tem como suporte
16:9) prioritário a Internet.
“Corre ou Bill do Olho Verde e Galeguinho do Coque” dirige-se a um público de jovens (18 a 23 anos), adultos
jovens (23 a 30 anos) e adultos (31 a 50 anos), sem focos claros de distinção entre gêneros (tanto homens quanto
mulheres), das diversas camadas socio-político-econômicas.
Com distribuição prevista em festivais e mostras nacionais e internacionais, Estima-se um público de mais de 100
mil expectadores.
012
013
TOTAL
PRÉ-PRODUÇÃO (4 meses)
Revisão do roteiro
Elaboração de roteiro técnico;
Reuniões da equipe principal do projeto para planejamento das etapas de pré-produção, produção e pós-
produção do filme;
Contratação da equipe técnica;
Visita às locações e mapeamento técnico preliminar: Cais da Alfândega, Comunidade do Pilar, Marco
Zero, Rua da Aurora, Cemitério de Santo Amaro, Cais José Estelita, Bairro de São José, R. Mamede
Simões, Bacia do Pina, Ponte do Limoeiro, Nascedouro de Peixinhos, Encruzilhada, Av. Beira Rio, Alto
Santa Izabel, Tunel Chico Science, Açude de Apipucos, Av. General Polidoro, Praça do Carmo e Coque;
Elaboração da decupagem da equipe técnica;
Elaboração da decupagem de produção;
Análise técnica do plano de filmagem;
Planejamento da logística, com enfase sobretudo em transporte e segurança (levando em conta a grande
de locações e o fato de serem logradouros públicos);
Produção de arte;
Aluguel de equipamentos;
Contratação dos serviços de transporte e alimentação;
Ensaio e preparação do elenco;
PRODUÇÃO (1 semana)
Checagem dos itens referidos na decupagem de produção;
Preparação de ordens do dia;
Filmagens;
Acompanhamento e atualização dos cronogramas;
TOTAL PRODUÇÃO
3 PÓS-PRODUÇÃO/FINALIZAÇÃO
3.1 Direção 2 meses Serviço 2 1.500,00
3.2 Produção executiva 2 meses Serviço 1 2.000,00
3.3 montador 2 meses Serviço 2 2.500,00
3.4 Colorista 1 mês Serviço 1 3.000,00
3.5 Edição de som e mixagem 1 mês Serviço 1 3.000,00
3.6 Acessibilidade comunicacional – audiodescrição 1 mês Serviço 1 2.500,00
3.7 Acessibilidade comunicacional – libras 1 mês Serviço 1 2.500,00
3.8 Acessibilidade comunicacional – legendagem 1 mês Serviço 1 1.500,00
audiodescritiva
3.9 Trilha Sonora 2 meses Serviço 2 1.500,00
TOTAL DIVULGAÇÃO
5 CUSTOS ADMINISTRATIVOS/ ELABORAÇÃO
5.1 Elaboração do projeto 2 meses Serviço 1 1.000,00
5.2 Assessoria contábil 7 meses Serviço 7 200,00
Telefone (81) 999777470 verba 1 R$ 120,00 R$ 120,00
Telefone (81) 997584848 verba 1 R$ 120,00 R$ 120,00
57 TOTAL GERAL(R$):
GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO USO EXCLUSIVO DO
SiC
FUNDO PERNAMBUCANO DE INCENTIVO À CULTURA – FUNCULTURA PROJETO Nº PÁGINA
FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO CULTURAL
10/14
58 PERÍODO DE EXECUÇÃO DO PROJETO
61 ORÇAMENTO ANALÍTICO DE EXECUÇÃO DO PROJETO - VALOR INCENTIVADO PELO FUNCULTURA - RECURSOS FONTE 006 Detalhe
aqui os itens de despesa necessários à execução do projeto, dando as especificações técnicas (pode inserir quantas linhas forem necessárias)
62 63 Etapa 64 Especificação 65 Duração 66 Indicador 69 Custos (R$) 72 - Custo Total 73- Imposto
Meta ou Fase (Meta/ Etapa ou Fase/ Atividades) (Etapa ou Fase) Físico (Atividade) da Etapa ou INSS
(Atividade) Fase
67–Unid. 68–Qtd. 70 – Unitário 71 – Total (R$)
1 PRE-PRODUÇÃO PREPARAÇÃO
TOTAL PRODUÇÃO
3 PÓS-PRODUÇÃO/FINALIZAÇÃO
TOTAL DIVULGAÇÃO
5 CUSTOS ADMINISTRATIVOS/ ELABORAÇÃO
TOTAL(R$):
TOTAL(R$):
ANEXO 1 - 9º Edital do Audiovisual de Pernambuco – Funcultura – Ano 2015/2016
(*) Especifique aqui o público-alvo a ser beneficiado com a distribuição Receita total Prevista(R$)
gratuita: (venda normal + venda promocional)
II - destinar os valores repassados pelo FUNCULTURA, exclusivamente para atender às despesas com
o projeto aprovado;
III - cumprir as exigências previstas na Lei nº 12.310, de 19 de dezembro de 2002, e alterações; no que
couber, do Decreto nº 25.343 de 31 de março de 2003, e alterações; no que couber, do Decreto nº
34.474/09 de 29 de dezembro de 2009, e alterações; Portarias e Atos Normativos, publicados até o
início das inscrições deste Edital; e da Lei nº 15.307, de 4 de junho de 2014.
IV - permitir o livre acesso e colaborar com os membros das Comissões do FUNCULTURA e dos
agentes do SIC responsáveis pelo acompanhamento e pela fiscalização da execução do projeto.
Por fim, declara, sob as penas da lei, que as informações e os dados constantes do projeto
apresentado e de seus eventuais anexos expressam a verdade, passando a assinar o presente termo
em 03 (três) vias de igual teor e para o mesmo fim impressas, e 04 (quatro) vias digitais.
______________________________ ____________________________
Local e Data Assinatura do Produtor Cultural
ANEXO 1 - 9º Edital do Audiovisual de Pernambuco – Funcultura – Ano 2013/2014