Você está na página 1de 37
Bo ley Ade cs aide ‘fst Mas as das nde de quem trabalba A de quem explora: a nossa é a 1c85 me conden; a nossa me lei ba de libertar totos os trabualbadores da mundo Ly PECA DE NELSON XAVIER enpFessay POPULAR 10 prnssenracto (Uma comunidde agrsia encontra formas de enfreneato latifindio ‘om determinagio econsciénca de clase. Uma histia exemplar ‘© Movimento de Cultura Popular, uma entdade educacional de vanguarda, criada por Germano Coelho ¢ ninguém menos que Paulo Fret, liga 3 prefecurade Miguel Arc, no Recife assis 4 produsio. Por quests de linguagem regional, Matin paso a ser Jlgemento em Novo Sol. Acestca se deu em 5 de mato de 1962, mais de 20 veres iner- roonpida por aplausos num Teato Santa Isabel absolutamentefotado, MUTIRAO EM NOVO SOL! PERSONAGENS Representante do Governo Jute Porfirio Rogue Bsiano Lavradores: bol, Dito Masia, Quincio, Damiso, Maneco, Miner: vina, Nem, Host, Guhermina, Solavanco,Ialiano Liedoro Hondo, am Famacéuico 7 Ham eed Neon Kaif nea por Stl Ca ita tan ¢ Pl lo Tice pura coed {ips Aina sadam dip ce fame nod quel ses Seri re ees Fabre eer D0,em ese Euncop ngs pel> turin arson 03 cia Spe dCaralo re neo ‘eds Casto datos cello en Sor Raed {UGE Eas 01 purser lo Niden d rgee Seater casi do Movie Sal ds Tahar San fore no Die FaEE Ronee cha avastaseme leur opnar sue dea {sop Morn den ope BD. Pecan do tan Spanos orp penitent mer Semeur vo queer a ai de aa eoages Burden novo 08 Anjo Aurora oliciis Cou Vig Cantidro Pade Jaguago: Dele Canador Figuranes CENARIOS| ‘Tibunal Armazén Campo seuonxavien 13 (TRIBUNAD, REPRESENTANTE DO GOVERNO ~O govern da provincia conhecdor das graven ocorcncissverfiads nesta comarca, denunin estab wamenga uta paths preset para ainstuighes democritics do oso regime saber que io se ome ao deve imperv de rprimir violas com ¢ vila, sempre em nome da lgalidade, eda tie ibe ‘asda nao, Para arn invabilidade dec medio reetbeleiment? done, 0 govern outoga a ee Tribal ders specs parajulgar pune de fom ior. sumiia os esponsies pla pertubasio do nono hems social IULZ ~ Ao 16 cia do més de margo do ano de grass de 1959, nesta comarca de Santa Cru do Novo Slo Poder fir, cumprindo a abies que The so dsegadasnee unin tara, em carer de emergicia, 0 prtente proces, vsindo _purarsumaiamente as responsabilidad: pls aconecimenos cxorrdosna Fazenda Cora das Ants depropicdade do senor Porfirio Matis, roveados, segundo deninca do govern da provincia, pelo individu de nome Rogue Stl Filho. Para tncona deci juste serena, andada no ive convecimenco Damie aparece como Laorader 3 ns veo M Quint parce como Iaunadr 2 ma verso MTL 2 Nelim pate como Leader 5 na verso UL newonxanee 25 DITO MARIA~O que sconces cm Baio fo de aso, Ainds ‘em coisa poe BAIANO ~ A geate pega na matea 0 que € nosso e afd por esse mundo. ROQUE ~ Ninguém vi fag. Ninguém ai vngar a pancads. © Coronel no tem expo pat despa tana gence. NSo 65 vot Dito Masia, to € 6 woot Bano, Tem tods zona de Santa Cnet do Buracio das Almas a Borborema do Sul. Tem caboco ad io acabar Por alo, mais de tts mil colons experando deisio, © Coronel pod cnrenae tanta gente? HONORIO ~ Melhor nfo fer ada par agors. Viens piczo falar como Jus Ble sabe 0 que € cer, AURORA —0 Juiz fiz ave o baracdo2® HONORIO ~ Se for de ditto de voeds, &capaz. Nio cuts con- sultar. A Justiga pode obrigar 0 Coronel a dear vots na tert, dar mantimentos, ment. Tudo sem brga, em sofimento de renuia pace DAMIAO ~ Pode ser que ja bom flr com le, hn, Rogue? Seu Honésiaébomem isruido, sabe o que di ROQUE-A gente poser ao Jun, mas ates tenes qu deci ese BAIANO ~ Se o juz dice que sim, es fco, se nf, fo 0 que eu jsf ROQUE- E posivel que Juiz sia bor, Vamos expecimentar HONORIO - 0 jis épago pelo povo par disribuirjuria entre todos. Dante dele no tem pobre aem rico, sudo & igual DITO MARIA ~ E, pode ser que sj assim. Mas eu vou emboa ‘Adeus pe codes. ai) BAIANO~ Pode i, cagio. Ninguém vai seni sua flea 3m Ml "Sai Hondo jl fa abl o armani? JABOTY*— Bom, pas ndo me chamarem de frouxo, eu feo, mas que € aniscado& TODORO- Vamos ver ese Jl, cape de achar queen sou igual 26 Coronel (TRIBUNAD, JUIZ - De fio, exes homens me procuraam, (A.Acd0 VOLTANO TEMPO) JULZ ~ Podem it ROQUE 0 dostor nfo mandou esperar? JUIZ~ Mandei. ROQUE - Entéo a gente espera JUIZ.~ Mas aqui no, Esperemn nas suas ess. ROQUE — Nés no temos mais comida, dour. Ela esd guardada ‘no batraco. JUIZ —A Justga tarde, mas ni flha (TRIBUNAL) ROQUE ~ E nds comeramos a esperar ale Todo povo estava espe angoso da respoeta, Entso voltamoea falar com a Juiz. JUIZ ~ De fo, estes homens me procuraram pela segunda vex ROQUE - Continuames a experat. Nouto dia volamos. JUIZ De fia, esses homens me procuraram pela terceia ver, ROQUE~F mais uma vero Juiz mandou esperar. Completva um ss que nés tinhamos falado com o juz pela primi vez, O bartacfo, entulhado, continuava fechado. O pove comecou 2 desacorgoar ea querer it embora. Ba aparece come Laradr Ia veto MUL Bim MHL “doar ui | } weuowsanes 27 cuwusTRacAoy* ROQUE ~E assim comesou. O medo se alastrou eo povo foi se- sulndo na dresSo qu ele apontara. Nesa leva, umas 50 familias se sumicam pro Mato Grosso. O Julatinha falado que aJustica sada mas no filha ‘CANGAO DAJUSTICA” Quer precisar Justin “Tem muito que se apramar 7 abrca ogee wma apo ou age que lata marae. Verto lcainda muse fh avatea anexa a0 exo ML Na versio ME I ota disposi dor veacsethulo complet» Omg de ures que ‘ards mar nao sen. A parts recostitula pars esta pblcasio reese ‘sgl serio, conforme MT ‘Austad, ea mas noha Mass afore exper, exper munca ils ‘A Josip tnd, rar porque xg ‘Anda devaga seta eoregs ue prec uan “Tem mui que se aprumas “Tern que serio, ser done rer tempo pra ear (Quem pects "Nio pode nem cable [Nie pode far doene “Ter fos preaimentar A Jig tds porque ao tem pest Ma quem dr press & quem se aepala {Justa tard pat Joo Ningoé Sea lel sfada, ara mas no vem 28 murinio ma nove sot “Tem que ser reo, ex dono Ecer tempo pra esbanjar ‘Quem prcisarJusiga io pose nem trabalhar ‘Nio pode ficar doente ‘Ter flhos pea alimentar ‘A Justca cada, tarda mas no fh Masse fome espera espera nunca falha A Justia tards, tarda porque &cega Anda devagat,sendo escortega ‘A Justiga cada porque no tem pressa ‘Mas quem tver press € quem se arapalha A Justga tarda para o Jodo Ninguém Sea le ésafad, crda mas nfo-vem (A.ACAO VOLTA NO TEMPO) BAIANO ~ Ese sindicato que o Farmactutico falou néo deve ser ‘assim, no Ee conta tudo trocado.Sé porqueé mle tem medo, conta tudo diferente NELIM —Ele néo tem medo, é maneirade pensar. [BAIANO ~ Vive dando pra es LIODORO - £ que ele é moco inseuido. Quando ocabra fea ins ‘ldo vai fcando macio, Quanto mais instrudo, mais macio BAIANO - £ por iso que eu gosto de ser jgnorante, LIODORO - Até que um dia, de tio macio, conta achando que sti tad bem, etd tudo certo, que tudo Eassim mesmo, que no precisa mudar mais nada atson xavier 29 JABOTI ~ E mancia de pens Tem gente que acha que devagar se vailonge. BAIANO ~ Quem ouve vocs filando pens que nis somos dife- DAMIAO — Vaed acha que no? BATANO ~ Que adiana fica flando? Que adiana fica entade? Enquantoesperaros, comida va apodreendo no barracto do Coronel [NELIM — Agora néo 0 caso de um, € 0 caso de todos ns. © Jute precisa dar slut, BAIANO ~ O Cocone promete bala. El i ext fazendo © que promece. A jaguogada j comegau a plantar ocobnito. QUINCAO ~ Di titra vero gido comendo a poucs hort que soba. -MANECO™~ Se pelo menos gente tives ur sindicato Ese todo mundo juneo mas ninguém sabe o que far [MINERVINA~ Como ero sndicsto da cidade? BAIANO- Busi sé mais ou menos. La sindicato€ que nem Exée cit. gem eta, eles vio logo dito arenas, adesteando ‘ peso, Depo val todo mundo pa cars do patio e via logo perguntando: “De quem és ibis? Dende quetabalhamos, cu de vot que ganha sm fazer nada?” ~ se ele mortar com. preesio espander que fem meda equ as emos reo, a tudo na pat de Deus. Os operirio tomam conta dafibrica eno molestam ninguém. Mass responder aa valetia, que a fbrica de quem rom dinheicoe que no barsaco “ndo entra besta de das pata’ af os opectios passa fog. 5 Mane parece como Lavrader 6 veto MU. 20 swrnio ee Hove FOU JABOTT--Vaibineando que dau poucoo Coronel vem brincar também, BAIANO ~ Eszou filando 0 que es NELIM®~E jagungo-polci, lindo tem? BAIANO ~ Jaguno-poici, ent ns. Bala fi fea ples também, LIODORO ~ Pra ces pa nis, menos pro seu Coronel. -MANECO ~ Entio o melhor é face como die o Farmactio: quem sabe 220 Juiz reolve de boa vontade, BAIANO ~ Se no de io no rele nada, Sem mata ninguém consege far vivo (Eniram Roque Honério) BAIANO ~ Qual &resposet ROQUE - Disse que preci etuda deo, 36 depos val resolver, quem tem ratio, se vamos embora ou Bt. BALANO - Enquanto nfo esolve, amos comer 0 que? HONORIO ~ Pedis pro de dex ia. Disse que & preciso calma pit LIODORO ~ Ese jisinbo fla igualenbo a Hons, HONORIO ~ Paci, precisa esprsr, precisa aguenté mais um pouco. ROQUE-- Othe, mina gente nis nfo vamos expera 10 ds, no, Vamos far pela Gia vee. Desde que a gente nace vai se acostumando ser covarde. Meu pai me mandara: "Na frente do Seu Coronel, tir sempre ochapé" Ea tava o chapé mesino quand no tina nada na cabess. Enquanto meu velho flava BN fa Sabu a Lider a venfo MU. » EmMIk ju reson xavin 31 buixinho e marcho, eu feaaolhando o cho, o pé do homer, ss exporas: Sim, Seu Coronel, vosraice & que mana, vosmioe & «quem sabe, vosmicéé Cora!’ Agora nto tenho mas pi. Nio Em Moor pesado Ate imagie endo ord no conta em M UL, Nest Cero pido ele sna as “Endo no cx lee maida ea sana ERNIE dingo abe” BAIANO (enmrand) ~Nio fois ur, no, em mais decinco ranchos seacabando em cinzas. Ficou todo mundo li levantando as casas «pate do pessoal ests afugentanda o gada sal, ROQUE ~ Rancho depois se levanta, Chama gente pra expulsar o ade, BAIANO ~ Tem boi demais, Plo alto, mais de mil cabesas™, ROQUE ~ Faz 0 que pues, mas fica Hi para dsigi o pestol AURORA Baiano, me frum favor. Se paderroubar uma vaca i= tere, ordenba o mais que pode. O seu Vigitio esd mais magro™. PADRE — Obrigado, minha filha, mas acho que vou andandh, BAIANO ~ Nao tenba receio da brig, io PADRE — A minha alma é s de Deus. No tenho medo de nada ‘Mas muito paroquiano aguarda a minha presenga fica, Tenbo uns sacraments a faze, BAIANO ~ Pois-v sacramentando quem for preciso. Ea tenbo une incéndios pra apagat, tenho que roubar vaca para tra Jee, ‘Vou tratar do compo pritmeito que a alma fia suudével depois (ai) PADRE - Cada um com seu ofiio, Que Deus dpa pra todos. (Sai) ROQUE }4imaginaram, pessoal, odiaem que mais de mil eboclos comegatem 4 arrancat 0 apim colonie* % Naverso Me eto dum ao dena fla para 22 fils ant, no paso «is ends do Tune oa Leerador 10. pone que & upto fan ‘coud por serum exemplar apreentad heen neon xaren 63 JAGUNGO (entrando) ~ Tem um jagungo que quer falac com o Baiano, LAVRADOR ~ Melhor no chegar Vai dar confusfo aqui. LIODORO ~ Ele esd armado? VIGIA~Té aqui a arma que ele taza LIODORO ~ Entéo deixa 0 homem entra JAGUNGO ~ J estou dentro, LAVRADOR - Nio foi eseai que den coronhada na cara do Baiano? JAGUNCO ~ Pui eu sin senhor, por isso vim falar com ele. AURORA Segura o Bano I fora. Nio deiza ele entrar aqui néo JAGUNGO ~ Nés precisamos ter uma conversa, Dona Aurora Manda chamar ele LIODORO ~ Se ele te v aqui, néo val te tempo nem de pensar. Se ‘woot tem filho familia, se nfo quer vrar defuno,s6 term um conselho: pina estrada, corre mais que pode e volta pro Coronel. (Entra Baiana.Inguiczaci gral) BAIANO (vorrinds) ~Bi,bichinho, nfo € que tu vio mesmo? JAGUNGO ~ Cumprl o prometido. BAIANO ~ Dé uma atma aqui pro companbiro. Se precise ajuda. LAVRADOR ~ Baiano, ru td no teu jan? BAIANO ~ Bstou, Agora eu si que estou, Sendo estivese tina dado um tito no miolo aqui do nosso amigo, que a coronhada ‘que eu level ainda ext ardendo na cara, Estou no meu julzo, por {sso conversel com ele mas devagar dei conslho pra ose rais besta, porque ele é igual que nem nés. O diferente € 0 Coronel JAGUNGO ~ As cosas acontecem de um jeito que a gente néo en tende bem. Um dla 0 Coronel me trou a enxada, Deu diaheio Gh mano ex nove SOL como eu nunca inka visto, Perguntou se eu queria melhorar de vida, Quem vai responder que nfo quee? Me deu arma e disse ‘que eu er autoridade. Qualquer um pensa que & mesmo, LIODORO ~ Imagina se rado quanto ¢ jagungo, policia, sldado, descobe que ¢ igual ands, Néo precsava moter ninguém. Até ‘9 Coronel podiafcar vivo. BATANO ~ Bem longe de nis. LAVRADOR— Vocé deu uma iio que precisa ser aprendida. Sendo potsivel nio se deve mata inimigo. ITALIANO (entrando)® ~ Vim saber da Unio [ROQUE ~ Conta 0 que tem pra contat, eu pono na ata e depois ocd asina, Ds Una vocd jl é. ITALIANO ~ 0s jagungos pegaram 0 Adlndo e bateram até sujar de sangue. Depois, foram lavat no vio. E diseram que era pra ficar abendo o que & a justiga em Now Sal ROQUE - Esti escrito, Aurora vem eazio. Iso & documento legal. “Tado manda vai ser que rv server Tribunal, em Miniséio, bom pér o nome intero do Coronel JOBOTI — Com uma condigho:s6 se xingar bastante. ROQUE ~ Depende do xingamento LIODORO ~ Meteo pas na homen. AURORA ~ Esereve uma coisa assim: praticou (gaguejands)axbi raredade, LIODORO ~ Fee ofeosa pra mie do rancho intero. Nio escapou ‘nem os mai velhos. JABOTI beat queo Coronel, com pero da palavea,é por demals said e desumano, 7 Taoader Ta verso MU rtson xanen 65 ROQUE (ecreende)~Pratcou arbitraiedade, ésafadocdesumanc. QUINCAO ~ Quer bancar « escravidio, quer deccerar a lei do LODORO - Pode dizee plavrio? ROQUE - Depende do calibre. LIODORO ~ Quarentaequatr DAMIAO ~ Nio pode porque val asinar mulher ambém e quem assina & responsive por tudo que est esr AURORA ~ Tor mim, pode esrever vontade que eu asino com oso! LIODORO ~ Poe encio uma palavra ou duas que sjam bem esto- hides. ROQUE = Envi vamos argar a bast (scree) Acho que esti bio (Gnmega Linder que B) LIODORO ~ Mais claro nio poda ser. Que sats escrever as sus que a gene pens. Seu!” DAMIAO ~ Falta uma palave pro resto da familia, AURORA ~ Quer ler também que i (£2) B, de fo, ca faeando a far (Entra Baia e fest um lerador) BAIANO~ Trouxe um aqui que pensou melhor, acha que deve iat do nos lado. LIODORO — Madiou de idea, compadie? justo assinar no sour. im M Il "Seé por mim, pode exer com vontde gu ea asin com gos 1 EmIM "Mas como & bom sxcrever ns citay, e” 66 murenko ove Sot BAIANO ~Néofoifici no. Mande esolher uma das das monet lutando do noso lado ou morersorinbo, pedindo perdio de joclo,Escolhea lar com a gente, Di uma ama prs ce JOSAFA™ ~ Eu nunca fui de brig LIODORO ~ Nés ambéz nt NELIM (hgond) ~ menino do Jose Aparecdo morris cinco da maak, sm umn gota de remélo. A opi de rdos € ue cle mote de fore (Entra outro lerador) JOKO (chegnde) ~ Fazendiro no tem um que sa diferente. Me lembro de uma fazenda em que tabalhei, Tinba um tal de Vasconcelos, pois home dis qu er diferent. Quetiafer todo mundo conten. Fer boa presenga. Mandu planar uma grande bors, mandiacae até cae, diendo que 0 tabalhadoe preci farer frre, Quando vio a paca de coher me mandow fmboraefcou comm facut. Tina um filhojécrescid, com vonzade de casa, ois ofl do fzendero que desruou 4 ferura que eu. (nea mais laorador) LOURENGO™ (ehegand) ~ Bu vivo desgostoso com esa situacio ‘Me acostumel ano comer pot mim no redamo mais. Uma fruta que a gene acha de vex em quando vai dando pra concimuat vivo, Mas em casa eu tenho uma menina e pobreziaha quando chege de noite vem chorando falar comigo: Papa eu estou com fome e a mame nio quer fret de comer pra ns", Bla nso catende¢ eno Sl explicar. Mew coragio crava de dé, 5 Taoradr ma versio ML 9 Laorador7 9a vero MT ruon xavier 67 (TRIBUNAL) REPRESENTANTE DO GOVERNO Fats Fats Este ebunal do € muro de amentages! Basta que sefileem forme par que © oso coragio amoleal Devemoslembrar que fomendo é umn fenimeno apenas nacional ela exsteem quase todos 0 paises © contra ela pouco ou nada podemos fet. problema complexo. GGrandese podeross mages prosperam apesardafome da maioia dos seus cidadfos, Dede que o mando exit sempre fi ass. ‘Devemosvoltarnosas atengfes apenas para ake descobrir onde {oivilad®, Exquecamoe sore pols no ae qu regu PORFIRIO~ Maito ber, muito bem JUIZ.~Pegaapaaves quando quiser se mania, Crone Porio PORFIRIO Pois en peda, O senhor Representane lou mui bem. Aqui aio se rata de ver quem tem fome e quem néo te. ‘rata-se de expliar os ladies des mis invernadas. JULZ.~Maso Coronel eeu conte com osegricultores. bso revela sua intengo nial de tansormaraquelasmatasem lvourase fo em pastagens. PORF{RIO-0 senhor Jai que dizer eno que cu engans os colo- ‘02 Que cu mude de imencto? Nos Senhora! No mu no Minha aren sempre fo uma eniqueer xa ei. Fla no pode ise nas mos de lavradors. gnoranes. Elesndoentendem, nas o senbor uit, que € duro, pode entender quando eu digo 0s figorifcs extrangctos esto se inseresando pelos meus rehanhos. Esto procurando ajudar © progresso do pais, Mls aivisas. Ee me vjo de mios atadas pela tute desse povo. O senhor sabe qu eles quiseram fazer guerra na minha fzenda? = ReMi vn’ > EmM TL "bucce (68 murinio-e nove rot (4ACAO VOLTA NO TEMPO) PORPIRIO™ ~ Sabe que aqui na minha cidade ninguém consegue ‘© que eu no quero que consiga? (CANDIDATO~ Sabedor dso € que mais edo ou mais tarde vin The falar. PORFIRIO— Pois enti no devia x meter com os meus clones, sem antes pet consentimento. Nas minha eras no se move uma folha sem que cu fique sbendo, Por isso set que andou pedindo voros. CANDIDATO —Est nganado, Coronel, agora o senor seenganu. PORFIRIO~ Quer negaro evident? CANDIDATO ~O evidene no nego, mas quero contar mines ‘andes as descobertas que fi. Bu precsava do seu apoio, Coronel, oriso ft fala com os colons, pale pode dar algo em toca PORFIRIO— Deseabeiu slgum coi?” ‘CANDIDATO- Que mal € mais profundo, J no se rata dena bordinagio.Ecodo mundo organizado, at uma sede eles m. PORFIRIO~ Sede de qué? ‘CANDIDATO — No Rancho da Aurore. Fizerim uma ats. Pode rez que fzeram, vio lutar de igual para igual com o senor. Vio lege adm presidente, PORFIRIO — Presidente E 0 Rogue ‘CANDIDATO ~ Bese. Pra mim a coiss tem cheiro de agitacto ‘Axé um joralsta mandaram buscar da cidade. ele que sopea «© que se deve c 0 que néo se deve fazer. Se mereram na cabesa «que a tera € de ninguém. E abuso tf tamanko li & erenge de > ack prima fas no constr da vere MI, Nel cena nia cama fae "Desc alguns cis” Em MI: °0 quc voc descr | | i | | | | | | | 1 euson eaten 69 todas. Iso pra mim é lei do comunismo. Imagine que tera a tala que todo lvrador tem direco de dar to pease defender, rem que seja macando.£ pura sevageri PORFIRIO ~ Anjo! ANJO ~ Corooel POREIRIO -Vaichamar o Delgado. Anjos) Essa gentecsquecea quer éPotfiio Mata! ‘CANDIDATO - Foi o que ox disse pra cles. ANJO (ootando)— foram chara (CANDIDATO - Fale do seu socor na hora da amargara. Dea alegra na hora da festanga. Do seu so na hora do ris, Da sua raiva na hora dabrga. Tad que sabi, fal, Coronel POREIRIO ~ Agora wou falar deseveridade na hos d pug ANJO~ O senbor me desculp a itromisso, mae esa gent etd perdendo 0 medo, Coronel PORFIRIO ~ Meco se aprende ours ve”, bass ter quer easine ANJO ~ Esser perder de ums ve, Plantamos colonio em cla de eudo quanto era rog. les fcavam parados olhando Assen aque a gente saa, comecavam a planar roca em outro la users fogo nos cascres d ri", Els ltavam conta o Fogo home, malbere canea. Parecia ato licanda, Quando a cinaa ja apagando,consteuam um rancho maior po cima PORFIRIO ~ 56 quero mais uma novidade: quero ouvir que aio emt mais colon nenhure nat minas ras ANJO ~ Embora ces nto vio. 5A pronase files eto asenter da vero ML 2 mM Ie" se aprende ora er © ra M Ik "Paseo ogo nas margens do ro” TW murenko an nove sot CANDIDATO ~ Coronel, porque o senhor nio pede ajuda do govern? PORFIRIO ~ Meus homens sio bastntes para dar conta des gente, Quando escutarem o erabuco cantando pra cles, cram jaa e dfo no pe. DELEGADO (entra aitads)~ Acontsceualguma cost, Coronel? PORFIRIO (para o Dele) ~ Voct no ext trabalhando dicta, ‘Minha paiaci se acabou. Masenquanso 0 mundo fr mundo ‘ev ezou gui praliquidar o saad que levanar a cabesa”. DELBGADO — Pode falas, Coronel. PORFIRIO Voed sabe mui bem quem é 0 cabeca de toda essa desordem. Pois vai buscar ele comigo!. Com cle na cadeia 0 esto roma juz. DELEGADO~ E melhor esperar a minha guatnigé, Coronel. CANDIDATO ~ Eine! Assim fica tudo dentro da le. Quando é aque ees chegam ag? DELEGADO ~ Vim vindo de Burt, onde fui busear reforg. ‘Também tome minhas precaugbs, Coronel © senhor v8 que 1 fago todo posstel. PORFIRIO ~ Vamos todo mundo, desta vez dou solugso a0 caso DELEGADO - Esté certo, eu Coronel. Bers pensado, Muito bem pensado, (TRIBUNAL Rien "Voc no et wbalhando ico” nl cont da verso ML [Na versto M Io too conclu do segue modo Mas o mundo aod ‘Mo Eenguan o utd for mundo ev et alps ligule 0 sfido (que levanar cabo. Optmos por una stese das duas verses. ‘Bim BI Rois o seahorse coige’ Em MUL “Everdade AURORA Posso consists} JUIZ ~ Aina quer dizer alguna cis? “AURORA ~ Quero dizer da ata que aesbou defer pronts edo que acomecen depois. (4.AcAO VOLTA NO TEMPO) ROQUE~ Agors fs termina dizendo para que sere eta Aso- ago, LIODORO~£ mesmo, pea que serve ROQUE™ Serve para defendera vida, que mesmo teste miservel, to pode se pad, Serve para dar de comer ao efomeado, Seve pra no deta nenhum de nds morrer de pancada fore ts ‘utasdesveneuras. Serve para ds poder uabalar evan vid em atrpel. Serve pas faze fle quem t softendo. LIODORO ~Se rem sana serves, vale a pena enfrenarjagungo ROQUE-- Vamnos dat muita cost em roca, minha gente. Sch coia deals, enh em mats vale do quea via deca um. Pos nossa promessa€ dar 0 mais preciso. Pa Uni fi neces. Mais neesico agora ¢ andae pra frente e isso € sempre mals cific. Vamos prometer dar a via, pra nunca ninguém mais fae srinbo. AURORA (area de ode) ~ Vamos cud asin. ROQUE (cxrsend) ~ para que asim sf sempre, preimetemos daravide BAIANO —Delxa por meu nome primero... Esrever cam qué? LIODORO ~ Aeabou a tine!" ROQUE ~Nio precisa tina. Aqui quas ninguém se escrever est vamos daa vida, osangue 2 melhor ita pa asin. ‘Bim MI Resboo ans, de rant ens nite que Roque steven’ 7 wurinto ns Hove sou (Cosase) HOSTILIA™ — Roque, o pessoal do Coronel est af, vem tudo scmado. ROQUE~ Se apronta, minha gence. BAIANO ~ Estio se espathando para zero creo. DELEGADO (fire de cna) ~ Rogue Santelmo,apreseno-e 8 a toridads, BAIANO - Nio vi, nie! ROQUE - Venta me buscar DELEGADO - Se nio viet, mando meus homens avangarem. Tem Tires) ROQUE ~ Vamos responder (Sees roe que cosa com a fig des exacante.)* (TRIBUNAL, AURORA ~ Alegria ere uma ssada que ra no corpo ineiro da gence E toda scars era um rs, «CENA, BAIANO ~ Seu Joralista, como foi de Viagem? {SNe veo M la fl abla a Lavador 7, qué aul ccespondin a Lauren. ‘= Navesto MU menconase ples “lampeio, come ear de aso par Baan, 2 Rtas "to um mica ado costa da eso M Ao fim do toto Rope (ou alg ap wentlfend)pergues “Rory cenbor?” egundo acescino manus & verso MT CRUZ” ~ Como vio s coisas? ROQUE (entregando « até) Proneat AURORA Esté um pouco su, 0 senor nio va para ROQUE 0 que épreczo fazer agora? BAIANO —Primsro deisa eu contar: pusemosa capangada a corer (© Coronel ext fulo de rv, ROQUE ~ Matou um dos da gente (CRUZ.— Esta € ata mais verdadeira que eu ROQUE ~ Tina que sr ail (CRUZ — Mas precisa farer ours. ROQUE ~ Ni presta? CRUZ. ~Néo iso, Pras 6a melhor; mostra aforga de woos. Ata pata eles com sangue nio val, Pode deixar que eu cuido disso, ‘Vocts tm outa cols para fazer. A rpresso vl se Fore BAIANO ~ Ji sabemes, pls se recebemos o homer & bala. ‘CRUZ - Diss ele nio tem medo, Tem medo € dessa ata que voots fizcram e que ndo vale. Da Unido de voes, Porfirio Matias esté assustado, LIODORO ~ Quem nunc acredita em calpora, um dia com elas spawors, (CRUZ ~ Ble est se apsvorando, Ble sabe que voets podem fzero que ‘ext sendo feito er toda apart: unio dos que trabafar, 150 4 plor que qualquer saque ou tzocio, LA na capital os opertios }isahem da nossa loa, Joab na verso MIL "Em M "Prec dua de aorda com ale J wouxeuma gasps, flea. asnaara Pode ear que eu cud dia, Vos tn out cast pr fast. A repesso vise fortes 78 wurinio a nove sot ROQUE -Nés pensamosbastane, Cruz, edecidimas que o primera ‘tabalho da nossa Uniso vai seraarranca do capim que a Coronel ‘mandou plantar em quase todas as tetas. Vamos juntar todo © ovo eum dia desss tem ts mil eabocos arrancando 0 capim pela raz até tec fat Timpa de novo. CANCAO DO ARRANCA CAPIM'® Arana, arraca, arn. Arras 0 cima Arance capica Aarancs 0 cpira Colonia Basta desi Chegou enn ‘Ahora do no Chega ahora Da gem sr gente Da fomeacabar (Que ter no mene Respond semente Sea gent plantar "Tornando bem forte a unio Chegou a hors Dacasa do pobre 1D Eas MIke "Canc do aranc apm colon (Em ML “Asrncs capimlarancs api/aranes capistrano po- ‘rams da pea conta paler “clonio™ Ser pouca mas nobre De cra palavra (© bomnem que lavra Do amor sendo nosso Ser nassa também a cangéo (Chagos hora Da gente se livre Sou eu quem buco E meso prado Souten quem opino E mes o destino F nosso, em nosso ese cho Aaranes o cain Arana o cain LIODORO~ A man est branes, parece af ques preparou pra limp da es. {QUINCAO ~E uma nova manhi para Nov Sal. JABOT! ~ Capim ed malhad LOURENGO ~ Bom o cheito da tera ROQUE ~ Mant de Novo Sol, Todos os lvradores Fazenda Cova das Anas eso presents nesta decsi? ‘TODOS ~ Estamos ROQUE ~ Esto certs de que a terra é nos, porque 0 nosso bao fz ea prosi2™ TODOS ~ Estamos ‘5 Bea aca repose seguint no comstam da verso MIL 16 wonako wnove sot ROQUE ~ Estéo prontor para fica juntos até 0 fim, mesmo que © fim sjaa morte? ‘TODOS - Estames. ROQUE - Se é assim, agora comesa verdadelta 2 nossa ura, pen sada eresolvide. Aqui comega verdadeia nossa Unido". Que a ‘vont de todos sj a vontade de cada ue que a fora de cada um sejasomada & orga de todos. Sabedor de sua vida e de sua justa vontade, o lveadar de Novo Sol decide ~e decisio & de todos: ndo reconhecer mais © Coronel como dono desta eras A decisio€arrancareapim coloniio. Falei por todas? TODOS — Falou ROQUE~ Arranca capim colon. (eos. Comega a arvanca. Cango do artanca capi. Enenam o Re- presentante do Govern, Dele, sldades,expangas) DELEGADO ~ Quem responde por todos? ROQUE~Nbs, sim senor DELEGADO ~ Entio manda acabar com isso. Que obedegam a ‘ordem do Coronel, Pois fi o Coronel quem mandou. ROQUE~O Coronel manda em muita gente. Manda aé no senhor, ‘mas-em ns mandamesnés DELEGADO - Fee flando com 0 doutor Delegado. ROQUE ~E 0 doutor eat filando com os lavradores de Novo Sal DELEGADO - Vact € Roque Sante Filho? ROQUE ~ Lavrador de Nove Sol. DELEGADO - Soldado, prenda est home. {Ere M UE Se eim, agora comega a noesn vedas la, pens € relia, Agu comes esta Unis neuiom xawen 77 (Soldada segue Rogue. Alun laradres dio wm pasa Soldado se ‘nsinida) BAIANO ~ Se Rogue for peso, preci prender tes mil eaboclos. ‘Onde Seu Delegad val aeranae ano guasla pa fetae apes? DELEGADO ~ Obedesaa vor de pris, Rogue Santelmo. ROQUE ~ Nés examos pesos, pode leva a gene (Or tevradores x apresentam. Soldado larga Raga) DELEGADO - Voed parece mogo ¢ sabe o que fae. Manda esa _geateembora e vamos conversir com calma, ROQUE ~ Bsou calm, quem esté nervosa £0 senhor DELEGADO-Ressti€ pot. Nao queremos fazer mala ninguésn, Queremos 6 voc, ROQUE ~ Doutor Delegado, sua ordem vale pouco, Néo poso desobedecer«ordem de canta gete, DELEGADO ~ En sou o sepresentante da le, Os lvradores io sepresentam ei alguma. Esti aqui o mandado de prisio, Va ow ‘oval obedecer? ROQUE-Néo vou. DELEGADO— Esta vendo senhor Representane? Pra esa cambada s6 mesmo 0 Exército, REPRESENTANTE DO GOVERNO ~ Rogue Sanclmo, como ‘represenante do goveen da provincia, venbo itimiclo a entte- arse Justiga ROQUE ~ Quer dizer que o govern da provincia eambém est a0 lado do Coronel? Também eek contra ni? Qn Miia 12 laces cane ine do ipo de Govan "Ege Gees bes 72 mundo nu Hove too REPRESENTANTE DO GOVERNO— Nio venbodiscutie quem ‘sel contra ou a favor. O governo ese o ado da ordem. Bea ‘a ser maida, a qualquer modo, As Focas do Exc esto acamiako. DELEGADO - Seno fr por bem, vat have, vl baer sangue. Evoct é0 culpado REPRESENTANTE DO GOVERNO — Rogue Sane, ainda ‘Exempo de obedscer BAIANO ~ Chegou a hor, Roque. Vames enfrentar ees cabs safados corte com es dag Goldadseespangse elo ua arm) DELEGADO ~ Eu avs ¢ aviso mais oma ver. © Exécto ex pero. £560 Reprstotate dara ordem. ROQUE ~ Nenu repentance nem nenbum goveno pode da essa ordem, Se mtarem todos nds, quem & que val tabalhaeat ‘eras do Coronel? Quem va fier fartura da mesa do Coronel? (Quen ai construe cas pro seu Coronel mora’ Quem var cscravo pro seu Coronel ve fla? REPRESENTANTE DO GOVERNO ~ E ali que deve ser abe decda. Vai on no vai compre ROQUE - Vou. BAIANO— Néo! Avontae de todos € de cada um, e2 wontade de ‘odor & voc nfo va. A gente et junto, Roque ical ROQUE - Nao & precio BAIANO ~ Vamos lute amos morer mas vamos ita. O verbaemslir €wsdo no senidode carga arma de foe, inode Tala “ id sauotexanee 79 ROQUE ~ Conta esa forgato mais forte, nfo A gene it com ‘enxadas © uma cere. Ele utr com Juss da lado dels, «om Govero, com Exército, Nio pecs ter press. Quem valsct peso sou eu, no Novo Sl, Novo Sol so voeds evocd sa lives. Acrancs capita colon. O mandado de piston mando para Sé para quando ocoloni!® acaba. [REPRESENTANTE DO GOVERNO ~ Soldado, faa eta gente pare Soldadosecapengas ameacars, Laeraderes proseguem) REPRESENTANTE DO GOVERNO ~ Delegudo, mande seus homens agiem. (Sodas tomar as emcdas Lavradorescomtinuam arancend com amie) [REPRESENTANTE DO GOVERNO ~ Faca alguma coisa, est gene tem que pari! ROQUE ~ Se quer um conse! no figa nada, Esa gene io para nunca. Se quer um conslho, sera ove 0 qe eles eto cantando, Ess gent nfo para nunca. (TRIBUNAL) JUIZ ~ Eee ebunal considera a provas de culpabilidade do réu como decsivas fi Que todos se levansem para ouvir a sentengs. © réu, Roque Santelnvo Filho, & condenade pris” por tempo indeterminado, até qu, em proceso ordindtio, sea apurada sua inteiraresponsabildade. Entretant, os podereses- peciis deste tribunal oferecem a0 ru 0 dreto de reconquistat ‘Sm Map ‘Em M I "Sequiser um conelho" 1 Erm MI" pea de prso bo murino aH Novo S01 a liberdade!™. Paraiso, Rogue Sanrelmo Filho, como lider dos revoltoos, teré que convencer os lavradores a suspenderem a arranca do capim e abandonarem as eras da Fazenda Cova das Ants. O réu prefer a pristo ou a iberdade? ROQUE ~ Aliberdads, mas no aceitobarganhs. Eu i fui conde- nado, mas nfo perdemos lta. Os loveadores sabem que aterea 4 dees de mais ninguém. Eu sei o que € a cadeia, sei quanta ppancada wou Ivars ck quanta fore vou pasar; sei quanta sede ‘oa sentir, Bu sei de tudo, ¢ 0s lvradores também sabem que ¢stio juntos e que juntos ninguém pode com eles. Vocts saber que nio podem destru-los So eles os que trabalham'™, seces io existisem, vocés tinham que tabalhar, cinham que pega no cabo do guatamabs ¢ jk term mos finas,o deegado ¢ 0 ‘oronel sézn mos por demas finas. Vodssabem que sem ns ‘vooRsnio exstiam A lei me condenou ea le é ereae juss mas 6 certa cjusta para quem a fee. Nés ainda néo fzemos a nos lei E quando fzermos, a nossa ei também ser cera também serk usta. Mas at duas no si iguas. A de voc é2 lei de quem explora; a nossa &a lel de quem trabala. A de voces me conde- ‘nas nossa me bi de ibeta. A nasi le hé de ibertar codos os ‘rahalhadoses do mundo, Senor Juiz, senbor Representante ess genre nfo para nunca (Osoldadesprendem Rogue nguanto o lavradoresaistem a9 Jjudgemento eo aplaudem. © "arrancs espn” continua esa camo ‘ambin) REPRESENTANTE DO GOVERNO - Ese tribunal advert que 2 sentenca agors proferida no pée fim & série de medidss que TB Be M eon iberdade Bm MT “abandonaer indian” "> bm MI "porque so ees que aba ‘9 governo da provincia tomack para pr temo 3 agiagso. As forgat militares se aproximam e serdo mobilzadas caso aartanca cdo capim nfo for suspense. Quanto As tereas de propriedade de Porfirio Matias, os lavradoresterio que abandon’-lase pars iso 0 governo tani as medidas que jugar necessiris. FIM DE MUTIRAO EM NOVO SOL!” {A veide Mi w eacera com o spain tro “Resfe 1963 ~ Divito de “Teato~ Movimento de Cultura Popular A vesto MIT ener com "Resi 192 Dive de Texto ~ Movimento de Calera Popular”

Você também pode gostar