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Aula 10

Noções de Direito Processual Penal p/ PRF - Policial - 2016 (com videoaulas)

Professor: Renan Araujo


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AULA 10: HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO

SUMÁRIO
1. HABEAS CORPUS ......................................................................................... 2
1.1. Conceito e natureza ..................................................................................... 2
1.2. Classificação ............................................................................................... 2
1.3. Sujeitos do HC ............................................................................................ 3
1.4. Cabimento e processamento ......................................................................... 4
2. EXERCÍCIOS DA AULA ................................................................................. 8
3. EXERCÍCIOS COMENTADOS ....................................................................... 12
4. GABARITO ................................................................................................. 24

Olá, meu povo!

Estudando muito?

Hoje vamos estudar aquele que é o principal meio externo de


impugnação às decisões judiciais: o habeas corpus. Trata-se de um
meio “externo” porque não faz parte da mesma relação jurídico-
processual, como veremos.

Como é nossa última aula, desejo a todos uma excelente


prova!

Bons estudos!

Prof. Renan Araujo

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1. HABEAS CORPUS

1.1. Conceito e natureza

Habeas Corpus significa, em bom português, “Tome o corpo”, que


significa, em linhas gerais, que a pessoa presa é apresentada ao Juiz para
que analise se mantém ou não a prisão.
Trata-se de um sucedâneo recursal externo. O quê? Isso
mesmo, trata-se de um instrumento “similar” a um recurso, mas que
com ele não se confunde. O HC, assim como os recursos, é um meio de
impugnação a uma decisão judicial, mas NÃO É UM RECURSO.
O HC é uma AÇÃO AUTÔNOMA DE IMPUGNAÇÃO, cuja finalidade
é preservar a liberdade de qualquer pessoa, quando ameaçada (HC
preventivo) ou conceder a liberdade a uma pessoa que está presa (HC
repressivo).
O HC possui fundamento na própria Constituição da República,
estando previsto no art. 5°, LXVIII. Vejamos:
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

O HC está previsto no CPP, no Título referente aos recursos, MAS


NÃO POSSUI NATUREZA RECURSAL. No CPP está previsto em seu art.
647:
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir,
salvo nos casos de punição disciplinar.

1.2. Classificação
O HC, como dito anteriormente, pode ser:

• Repressivo (ou liberatório) – Quando visa a devolver a liberdade


a alguma pessoa que se encontra presa. Nesse caso, será expedido
alvará de soltura. Nos termos do art. 660, §1° do CPP:
Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente, o juiz decidirá,
fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e quatro) horas.
§ 1o Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em liberdade,
salvo se por outro motivo dever ser mantido na prisão.

• Preventivo – Aqui o HC é utilizado quando a pessoa se encontra


ameaçada em sua liberdade de locomoção, ou seja, ainda não
houve a violação à liberdade de locomoção. É necessário que esse
risco de vir a ser privada de sua liberdade seja CONCRETO, não
bastando mera suspeita ou mero temor de que isso possa vir a

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acontecer um dia. Sendo procedente o pedido de HC preventivo, o
Juiz expedirá SALVO-CONDUTO, impedindo-se que a pessoa venha
a ser privada de sua liberdade, EM RAZÃO DOS FATOS OBJETOS
DO HC. Nos termos do §4° do art. 660 do CPP:
§ 4o Se a ordem de habeas corpus for concedida para evitar ameaça de
violência ou coação ilegal, dar-se-á ao paciente salvo-conduto assinado pelo
juiz.

A Doutrina vem admitindo, ainda, uma terceira modalidade de HC,


cuja finalidade é suspender atos processuais ou impugnar procedimentos
que possam importar em prisão futura da pessoa.
É o chamado HC TRANCATIVO, cuja finalidade é determinar o
trancamento de ação penal ajuizada e recebida, mas que não preenche os
requisitos (ausência de condições da ação, fato já prescrito, etc.). Nesse
caso, é legítima a impetração de HC para que seja trancada a ação penal,
que é uma ameaça à liberdade do indivíduo. O STF (súmula 693) só
admite esse tipo de HC se o crime é punido com PRIVAÇÃO DA
LIBERDADE. Se a pena cominada é apenas a multa, não há
possibilidade de, no futuro, vir a acontecer a privação ilegal da liberdade
do acusado, de forma que o remédio correto, nesse caso, seria um
MANDADO DE SEGURANÇA.1
CUIDADO! O STJ vem admitindo, ainda, o HC trancativo para
determinar o trancamento de Inquéritos Policiais que se afigurem como
constrangimento ilegal, por não haver lastro probatório mínimo ou por
haver elementos jurídicos que impediriam futura ação penal (flagrante
atipicidade da conduta, manifesta existência de causa de exclusão da
ilicitude, prescrição, etc.).

1.3. Sujeitos do HC

O HC possui três sujeitos:

• Impetrante – É aquele que ajuíza o HC. Qualquer pessoa pode


impetrar um HC em seu favor ou em favor de outra pessoa.
Inclusive o MP pode impetrar o HC em favor de alguém. NÃO

1
O mesmo se aplica no caso de já estar extinta a punibilidade. Já estando extinta a pena
privativa de liberdade, não cabe HC, nos termos da súmula 695 do STF:

Súmula 695

Não é cabível Habeas Corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

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SE EXIGE CAPACIDADE POSTULATÓRIA (Não é necessária a
presença de advogado). A PESSOA JURÍDICA PODE IMPETRAR
HC. Os inimputáveis e doentes mentais TAMBÉM PODEM
IMPETRAR HC (Trata-se da maior legitimidade ativa do nosso
ordenamento jurídico). Nos termos do art. 654 do CPP:
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu
favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.

Inclusive o ANALFABETO poderá IMPETRAR HC. É o que


podemos extrair do art. 654, §1°, c do CPP:
§ 1o A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou
coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples
ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não
souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.

CUIDADO! O Juiz não pode impetrar HC, mas pode concedê-lo sem que
haja pedido (de ofício). São coisas parecidas, mas são diferentes. Nos
termos do §2° do art. 654 do CPP:
§ 2o Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem
de habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre
ou está na iminência de sofrer coação ilegal.

• Paciente – É aquela pessoa em favor da qual se impetra o HC


(Impetrante e paciente podem ser, portanto, a mesma pessoa).
CUIDADO! A pessoa jurídica, por não possuir liberdade de
locomoção, não pode ser paciente do HC, podendo, no entanto,
impetrá-lo em favor de terceira pessoa.
• Coator – É a autoridade (ou o particular) que privou a liberdade de
locomoção da pessoa ou que está ameaçando privar a liberdade da
pessoa. Parte da Doutrina entende que somente a autoridade
pública pode ser coator. Mas a maioria da Doutrina entende que o
particular também pode ser coator, quando, por exemplo, impede a
liberação de um interno de uma clínica hospitalar.

1.4. Cabimento e processamento

Como disse a vocês, o HC é cabível para fazer cessar coação à


liberdade da pessoa, ou para impedir que a ameaça de coação da
liberdade se concretize. Mas em que situações se considera ilegal a
privação da liberdade? O art. 648 do CPP dispõe:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

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IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei
a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.

Estando presentes quaisquer destas situações, a privação da


liberdade, ou a ameaça dessa privação SERÁ ILEGAL.
A competência para a apreciação do pedido de HC é, em regra, do
Juiz de primeira instância, mas cessará a partir do momento em que a
coação passar a ser praticada por autoridade hierarquicamente superior a
ele. Nos termos do art. 650, §1° do CPP:
§ 1o A competência do juiz cessará sempre que a violência ou coação provier
de autoridade judiciária de igual ou superior jurisdição.

Existem casos nos quais a competência é originária de um Tribunal.


Esses casos de competência originária estão previstos na própria
Constituição. Vejamos as principais regras de competência dos Tribunais
previstas na Constituição Federal:
Tribunal Hipótese constitucionalmente Embasamento
Competente prevista Constitucional

Quando forem pacientes o Presidente da


República, o Vice-Presidente, os Membros do
Congresso Nacional, os Ministros do Estado, o
Procurador-Geral da República, os
Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, os membros dos Tribunais Art. 102, I, “d”
Superiores, do Tribunal de Contas da União e os
STF chefes de missão diplomática de caráter
permanente.

Quando forem coatores Tribunais Superiores. Art. 102, I, “i”

Quando forem coatores ou pacientes


autoridades ou funcionários cujos atos estejam
sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Art. 102, I, “i”
Tribunal Federal.

Quando se tratar de crime sujeito à jurisdição


do Supremo Tribunal Federal, em uma única
instância. Art. 102, I, “i”

Quando forem coatores ou pacientes os


Governadores dos Estados e do Distrito Federal,
os Desembargadores dos Tribunais de Justiça
dos Estados e do Distrito Federal, os membros
dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Art. 105, I, “c”
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do
Trabalho, os membros dos Conselhos ou

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Tribunais de Contas do s Municípios e os do
Ministério Público da União que oficiarem
STJ perante os Tribunais.

Quando for coator tribunal sujeito `a jurisdição


do Superior Tribunal de Justiça, Ministro de
Estado ou Comandante da Marinha, do Exército Art. 105, I, “c”
ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral.

TRF Quando a autoridade coatora for Juiz Federal. Art. 108, I, “d”

Quando o constrangimento provier de


autoridade cujos atos não estejam diretamente
Juízes sujeitos a outra jurisdição. Art. 109, I, VII
Federais

Justiça do Quando o ato questionado envolver matéria


Trabalho sujeita à sua jurisdição.
Art. 114, I, IV

Impetrado o HC, cumpridas as poucas formalidades previstas no §1°


do art. 654, o Juiz poderá determinar que o paciente seja colocado
em sua presença (art. 656 do CPP), caso esteja preso.
No caso de o Juiz determinar a apresentação do preso, aquele que
está mantendo o paciente preso não poderá negar a apresentação deste
ao Juiz, salvo em alguns casos específicos. Vejamos:
Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum motivo escusará a sua
apresentação, salvo:
I - grave enfermidade do paciente;
Il - não estar ele sob a guarda da pessoa a quem se atribui a detenção;
III - se o comparecimento não tiver sido determinado pelo juiz ou pelo
tribunal.

O Juiz, entretanto, no caso do inciso I (doença), poderá se dirigir


até o local onde o paciente se encontra.
Caso o Juiz verifique que a ameaça ou coação já cessou quando
do recebimento do HC, declarará este prejudicado (art. 659 do CPP).
Após efetuadas todas as diligências e ouvido o paciente, o Juiz
decidirá, em 24h, se concede ou não a ordem de HC (art. 660 do CPP).
Caso se trate de HC repressivo, e sendo concedida a ordem, como
disse antes, será expedido alvará de soltura (§1° do art. 660). Caso
se trate de HC preventivo, será expedido SALVO-CONDUTO (§4° do
art. 660 do CPP).
Em qualquer dos dois casos (Já ter havido a prisão ou estar na
iminência de ocorrer), sendo concedida a ordem de HC, será
imediatamente enviada cópia à autoridade coatora, nos termos do §5° do
art. 660 do CPP.

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CUIDADO! Embora não haja previsão expressa na lei nesse sentido, a
Doutrina e a Jurisprudência entendem ser plenamente cabível a
concessão de liminar em HC.

Vamos ver algumas questões relevantes acerca do HC:


! A Doutrina e a Jurisprudência NÃO admitem mais a utilização
do HC como substituto recursal, ou seja, sua utilização ao invés
da utilização do recurso cabível2.
! A Jurisprudência não tem admitido a impetração de HC contra ato
de indeferimento de liminar em HC!
! O Assistente de acusação não pode intervir no HC.
! O HC não comporta dilação probatória, ou seja, o impetrante
deve provar, DE PLANO, a ilegalidade da coação.
! É incabível o HC para impugnar decisão que defere a
intervenção do assistente de acusação na ação penal.3
! A prisão administrativa (aquela que não foi determinada pelo
Judiciário), à exceção do flagrante delito, foi abolida do nosso
ordenamento jurídico. Caso seja praticada, poderá ser impetrado
HC em face dessa ilegalidade.
! É possível a impetração de HC para evitar que o paciente seja
algemado, ou para que cesse o ato, quando esta medida seja ilegal
(não esteja dentre as exceções previstas na súmula vinculante n°
11 do STF).
! É incabível a utilização do HC para atacar ato de punição
disciplinar militar (prisão do militar), salvo se a prisão foi
determinada de maneira ilegal (por autoridade incompetente,
etc.), mas não o mérito da medida.

Bons estudos!
Prof. Renan Araujo

2
Ver, por todos: (HC 258.954/RJ, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD (DESEMBARGADORA
CONVOCADA DO TJ/SE), SEXTA TURMA, julgado em 27/05/2014, DJe 10/11/2014)
3
Ver, por todos: (RHC 31.667/ES, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em
28/05/2013, DJe 11/06/2013)

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2. EXERCÍCIOS DA AULA

01 - (CESPE - 2010 - DETRAN-ES - ADVOGADO)


Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade.

02 - (CESPE - 2011 - PC-ES - ESCRIVÃO DE POLÍCIA -


ESPECÍFICOS)
A ação penal constitucional não condenatória de habeas corpus tem por
finalidade evitar ou interromper violência à liberdade de locomoção por
ato ilegal ou com abuso de poder perpetrado por agente público ou
particular.

03 - (CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA -


REGIONAL)
É incabível habeas corpus em relação a decisão condenatória a pena
exclusivamente de multa.

04 - (CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - AGENTE FEDERAL DA


POLÍCIA FEDERAL - NACIONAL)
Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do processo,
este será renovado.

05 - (CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - AGENTE FEDERAL DA


POLÍCIA FEDERAL - NACIONAL)
Considera-se coação ilegal, passível de habeas corpus, a manutenção do
acusado em cárcere quando houver cessado o motivo que autorizou a
coação.

06 - (CESPE - 2008 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
No caso de habeas corpus repressivo, se o juiz verificar, antes do
julgamento do pedido de liminar, que a coação ilegal já cessou, não
poderá julgar prejudicado o pedido, devendo enfrentar o mérito, tendo
em vista que a coação ilegal representa violação a direito humano
fundamental e pode vir a se repetir.

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07 - (CESPE - 2003 – DPE/AM – DEFENSOR)


Após envolvimento em infração penal de menor potencial ofensivo, Tício
foi encaminhado ao juizado especial criminal, onde o promotor de justiça
requereu a abertura de inquérito policial em face da complexidade do
caso, o que impediu a formulação imediata da denúncia. Posteriormente,
foi oferecida, perante o juízo criminal da comarca, denúncia, que
tramitou pelo rito sumário, findando pela absolvição. O assistente de
acusação recorreu, e o recurso foi distribuído à turma recursal, que lhe
deu provimento e condenou Tício a dois meses de detenção, pena
substituída por prestação pecuniária à vítima.

Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue.


Se for impetrado habeas corpus contra a decisão condenatória, a
competência para conhecer da ordem será do STJ.

08 - (CESPE - 2003 – DPE/AM – DEFENSOR)


Após envolvimento em infração penal de menor potencial ofensivo, Tício
foi encaminhado ao juizado especial criminal, onde o promotor de justiça
requereu a abertura de inquérito policial em face da complexidade do
caso, o que impediu a formulação imediata da denúncia. Posteriormente,
foi oferecida, perante o juízo criminal da comarca, denúncia, que
tramitou pelo rito sumário, findando pela absolvição. O assistente de
acusação recorreu, e o recurso foi distribuído à turma recursal, que lhe
deu provimento e condenou Tício a dois meses de detenção, pena
substituída por prestação pecuniária à vítima.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Não deve ser conhecida ordem de habeas corpus que venha a ser
impetrada já que, com a substituição da pena privativa de liberdade por
prestação pecuniária, cessou o dano potencial à liberdade de locomoção.

09 - (CESPE - 2011 – TER/ES – ANALISTA JUSICIÁRIO)


À luz dos conceitos e das normas aplicáveis à ação e ao processo penal,
julgue o item subsequente.
Há descumprimento de uma das condições da ação, por impossibilidade
jurídica, no pedido de anulação de pena de multa em habeas corpus.

10 - (CESPE - 2012 – PC/CE – INSPETOR)

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Julgue o item que se segue, em relação ao habeas corpus e aos
entendimentos do STF a esse respeito.
Não cabe habeas corpus nas hipóteses sujeitas à pena de multa, nos
afastamentos dos cargos públicos por questões penais ou administrativas
nem na preservação de direitos fundamentais que não a liberdade de
locomoção de ir e vir, salvo manifesta teratologia a repercutir na
liberdade de locomoção.

11 - (CESPE - 2012 – PC/CE – INSPETOR)


Julgue o item que se segue, em relação ao habeas corpus e aos
entendimentos do STF a esse respeito.
A ausência de justa causa tanto pode ser condição para sustentar o
trancamento de ação penal como para promover a soltura do réu.

12 - (CESPE - 2009 – DPE/AL – DEFENSOR)


Em relação à revisão criminal, ao habeas corpus e à execução penal,
julgue o próximo item.
É incabível a ordem concessiva de habeas corpus quando já extinta a
pena privativa de liberdade, ou contra decisão condenatória somente a
pena de multa ou, ainda, em relação a processo em curso por infração
penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.

13 - (CESPE - 2012 – TRE/RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO)


Em relação ao habeas corpus e ao processo e julgamento dos crimes de
responsabilidade dos funcionários públicos, julgue o próximo item.

Ordenada a soltura do preso em virtude de ordem de habeas corpus,


será condenada nas custas a autoridade que, por má-fé ou evidente
abuso de poder, tiver determinado a coação.

14 - (CESPE - 2012 – MPE/TO – PROMOTOR DE JUSTIÇA)


A respeito do habeas corpus, assinale a opção correta.
a) É admissível a impetração de habeas corpus contra decisão
condenatória a pena de multa, bem como para cessar constrangimento
em processo por infração penal punível apenas com pena pecuniária.
b) Em inquérito policial instaurado mediante requisição da autoridade
judiciária, considera-se autoridade coatora o delegado de polícia
responsável pela instauração do feito, porquanto podia deixar de cumprir
a requisição.

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c) Nos processos de habeas corpus, é obrigatória a concessão de vista ao
representante do MP, seja no primeiro, seja no segundo grau de
jurisdição.
d) O habeas corpus do tipo liberatório, destinado a fazer cessar
constrangimento ilegal já existente, pode ser impetrado por meio de
petição anônima.
e) Ordenada a soltura do paciente por força de habeas corpus, a
autoridade, se tiver agido de má-fé ou com abuso de autoridade, será
condenada a pagar as custas do writ.

15 - (CESPE – 2010 – DETRAN-ES – ADVOGADO)


Compete, originariamente, ao STF o julgamento de habeas corpus contra
decisão de turma recursal de juizados especiais criminais.

16 - (CESPE – 2012 – TJ-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Consoante atual entendimento dos tribunais superiores, a ação
constitucional de habeas corpus, em substituição ao recurso ordinário,
deverá ser ofertada no mesmo prazo deste.

17 - (CESPE – 2012 – TJ-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


O habeas corpus somente deve ser impetrado por advogado, pois se trata
de processo judicial.

18 - (CESPE – 2012 – PEFOCE – TODOS OS CARGOS)


No caso de a pessoa presa preventivamente pretender interpor habeas
corpus em seu próprio favor por excesso de prazo na prisão, hipótese em
que ela mesma será impetrante e paciente, será dispensável a
constituição de advogado para essa ação.

19 - (CESPE – 2013 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL)


O habeas corpus pode ser impetrado, perante qualquer instância do Poder
Judiciário, por qualquer pessoa do povo em favor de outrem, podendo,
ainda, a autoridade judicial competente concedê-lo de ofício.

20 - (CESPE – 2013 – DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO)


A capacidade postulatória para a impetração de habeas corpus para
defender em juízo violação à liberdade de locomoção ilicitamente
coactada ou ameaçada é atribuída a qualquer pessoa, bem como ao
Ministério Público.

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21 - (CESPE – 2014 – TJ/CE – TÉCNICO)


Com relação a habeas corpus e seu processo, assinale a opção correta.
A) A impetração do habeas corpus deve vir acompanhada de comprovante
de pagamento das devidas custas judiciais do seu processamento.
B) O promotor de justiça poderá impetrar habeas corpus caso entenda
que o réu em processo penal esteja sofrendo constrangimento ilegal na
sua liberdade de ir e vir.
C) O pedido de habeas corpus, para ser conhecido e julgado, deve estar
assinado por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB).
D) Somente é cabível o habeas corpus caso o paciente já esteja sofrendo
violência ou coação em sua liberdade de ir e vir.
E) Não é admitida a formulação de pedido de liminar em habeas corpus.

22 - (CESPE – 2015 – DPE-PE – DEFENSOR PÚBLICO)


Com relação a habeas corpus e nulidades, julgue o item a seguir.
Os tribunais superiores não mais têm admitido o manejo do habeas
corpus originário como meio de impugnação substitutivo da interposição
de recurso ordinário constitucional.

23 - (CESPE – 2014 – TJ-SE – TITULAR NOTARIAL – ADAPTADA)


É possível a utilização de habeas corpus para questionar a condenação do
acusado ao pagamento de multa, mesmo que não tenha sido imposta
pena privativa de liberdade.

24 - (CESPE – 2014 – TJ-SE – TITULAR NOTARIAL – ADAPTADA)


Em caso de empate na votação acerca da concessão da ordem de habeas
corpus pelo órgão julgador, após a colheita de todos os votos dos seus
integrantes presentes, prevalecerá o ato impugnado, mesmo que
desfavorável ao paciente.

3. EXERCÍCIOS COMENTADOS

01 - (CESPE - 2010 - DETRAN-ES - ADVOGADO)


Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de
liberdade.

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 12 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
COMENTÁRIOS: O HC não é o remédio adequado para casos em que
não há possibilidade de restrição da liberdade do indivíduo. Assim, não
havendo possibilidade de prisão, e já tendo o processo transitado em
julgado, a ação mais indicada seria a ação revisória.
PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

02 – (CESPE - 2011 - PC-ES - ESCRIVÃO DE POLÍCIA -


ESPECÍFICOS)
A ação penal constitucional não condenatória
de habeas corpus tem por finalidade evitar ou interromper
violência à liberdade de locomoção por ato ilegal ou com abuso
de poder perpetrado por agente público ou particular.
COMENTÁRIOS: o HC é uma ação autônoma de impugnação, não
possuindo natureza condenatória, cuja finalidade é assegurar a liberdade
de locomoção da pessoa, que esteja privada de sua liberdade ou sob
ameaça de sê-lo. Está previsto no art. 5°, LXVIII da Constituição e no
art. 647 do CPP. Nos termos do CPP:
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir,
salvo nos casos de punição disciplinar.

PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

03 - (CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA -


REGIONAL)
É incabível habeas corpus em relação a decisão condenatória a
pena exclusivamente de multa.
COMENTÁRIOS: O HC não é o remédio adequado para casos em que
não há possibilidade de restrição da liberdade do indivíduo. Nos termos
da súmula n° 693 do STF:
Súmula 693
NÃO CABE "HABEAS CORPUS" CONTRA DECISÃO CONDENATÓRIA A PENA DE
MULTA, OU RELATIVO A PROCESSO EM CURSO POR INFRAÇÃO PENAL A QUE
A PENA PECUNIÁRIA SEJA A ÚNICA COMINADA.

ASSIM, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

04 - (CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - AGENTE FEDERAL DA


POLÍCIA FEDERAL - NACIONAL)
Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do
processo, este será renovado.

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 14 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
COMENTÁRIOS: Quando o HC é concedido em razão de nulidade do
processo, o art. 652 do CPP determina que este (o processo) seja
renovado:
Art. 652. Se o habeas corpus for concedido em virtude de nulidade do
processo, este será renovado.

PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

05 - (CESPE - 2004 - POLÍCIA FEDERAL - AGENTE FEDERAL DA


POLÍCIA FEDERAL - NACIONAL)
Considera-se coação ilegal, passível de habeas corpus, a
manutenção do acusado em cárcere quando houver cessado o
motivo que autorizou a coação.
COMENTÁRIOS: As situações consideradas como coação ilegal, para
fins de concessão de HC, estão previstas no art. 648 do CPP. Vejamos:
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei
a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.

Assim, perceba que a manutenção de pessoa presa mesmo após a


cessação do motivo que determinou a prisão é causa que permite a
impetração de HC, nos termos do art. 648, IV do CPP.
LOGO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

06 - (CESPE - 2008 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA


JUDICIÁRIA)
No caso de habeas corpus repressivo, se o juiz verificar, antes do
julgamento do pedido de liminar, que a coação ilegal já cessou,
não poderá julgar prejudicado o pedido, devendo enfrentar o
mérito, tendo em vista que a coação ilegal representa violação a
direito humano fundamental e pode vir a se repetir.
COMENTÁRIOS: Caso o Juiz verifique que a ameaça ou coação já cessou
quando do recebimento do HC, declarará este prejudicado, NÃO
JULGANDO O MÉRITO DO HC. Nos termos do art. 659 do CPP:
Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que já cessou a violência ou coação
ilegal, julgará prejudicado o pedido.

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 13 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
ASSIM, A AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

07 - (CESPE - 2003 – DPE/AM – DEFENSOR)


Após envolvimento em infração penal de menor potencial
ofensivo, Tício foi encaminhado ao juizado especial criminal,
onde o promotor de justiça requereu a abertura de inquérito
policial em face da complexidade do caso, o que impediu a
formulação imediata da denúncia. Posteriormente, foi oferecida,
perante o juízo criminal da comarca, denúncia, que tramitou pelo
rito sumário, findando pela absolvição. O assistente de acusação
recorreu, e o recurso foi distribuído à turma recursal, que lhe deu
provimento e condenou Tício a dois meses de detenção, pena
substituída por prestação pecuniária à vítima.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Se for impetrado habeas corpus contra a decisão condenatória, a
competência para conhecer da ordem será do STJ.
COMENTÁRIO:
O item está errado, pois o STJ firmou entendimento de que compete ao
Tribunal de Justiça julgar habeas corpus contra decisão da Turma Recursal a ele
vinculada. Vejamos:
RECURSO ORINÁRIO EM HABEAS CORPUS. WRIT NÃO CONHECIDO PELO
TRIBUNAL A QUO. REMÉDIO CONSTITUCIONAL AJUIZADO EM FACE DE
DECISÃO ORIUNDA DE TURMA RECURSAL. CANCELAMENTO DO ENUNCIADO
N.º 690 DA SÚMULA DO STF. COMPETÊNCIA DA CORTE ESTADUAL PARA
APRECIAR O MANDAMUS.
1. Diante do cancelamento do enunciado n.º 690 da Súmula do
Supremo Tribunal Federal, compete ao Tribunal de Justiça do Estado
apreciar e julgar ato acoimado de ilegal oriundo de Turma Recursal.
2. Recurso provido para determinar que o Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo aprecie o mérito da impetração registrada sob o nº 0302936-
42.2011.8.26.0000.
(RHC 33.018/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em
09/10/2012, DJe 05/11/2012)
PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

08 - (CESPE - 2003 – DPE/AM – DEFENSOR)


Após envolvimento em infração penal de menor potencial
ofensivo, Tício foi encaminhado ao juizado especial criminal,
onde o promotor de justiça requereu a abertura de inquérito
policial em face da complexidade do caso, o que impediu a
formulação imediata da denúncia. Posteriormente, foi oferecida,
perante o juízo criminal da comarca, denúncia, que tramitou pelo
rito sumário, findando pela absolvição. O assistente de acusação
recorreu, e o recurso foi distribuído à turma recursal, que lhe deu

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 15 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
provimento e condenou Tício a dois meses de detenção, pena
substituída por prestação pecuniária à vítima.
Com base nessa situação hipotética, julgue o item que se segue.
Não deve ser conhecida ordem de habeas corpus que venha a ser
impetrada já que, com a substituição da pena privativa de
liberdade por prestação pecuniária, cessou o dano potencial à
liberdade de locomoção.
COMENTÁRIO:
Embora a jurisprudência do STJ seja pacífica no sentido de que não cabe
HC quando não for cominada pena privativa de liberdade ao delito, bem
como quando a pena privativa de liberdade não mais puder ser aplicada
ao caso, no presente caso não ocorre esta situação, uma vez que a pena
de prestação pecuniária é pena restritiva de direitos, aplicada em
substituição à pena privativa de liberdade, e caso não cumprida ensejará
a reversão à pena privativa de liberdade.
Desta forma, ainda há risco de dano à liberdade de locomoção do
indivíduo, motivo pelo qual ainda é possível o manejo do HC. Vejamos:
HABEAS CORPUS. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. DESCUMPRIMENTO.
CONVERSÃO EM PRIVATIVA DE LIBERDADE. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA
DE AMEAÇA AO DIREITO DE LOCOMOÇÃO DO PACIENTE. IMPROPRIEDADE
DA VIA ELEITA. ANÁLISE DE MATÉRIA NÃO DEBATIDA NA ORIGEM.
OCORRÊNCIA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PRECEDENTES. NÃO
CONHECIMENTO.
1. É possível a conversão da prestação pecuniária em pena privativa de
liberdade, nos termos do art. 44, § 4º, do Código Penal.
Precedentes do STJ.
2. Incabível o habeas corpus se não houver risco à liberdade de locomoção
do paciente.
(...)
(HC 133.942/MG, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ), QUINTA TURMA, julgado em
28/02/2012, DJe 20/03/2012)

PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

09 - (CESPE - 2011 – TER/ES – ANALISTA JUSICIÁRIO)


À luz dos conceitos e das normas aplicáveis à ação e ao processo
penal, julgue o item subsequente.
Há descumprimento de uma das condições da ação, por
impossibilidade jurídica, no pedido de anulação de pena de multa
em habeas corpus.
Comentário: Nesse caso o STJ e o STF entendem que não cabe HC, pois
não sendo possível aplicação de pena privativa de liberdade, não há
qualquer risco à liberdade de locomoção do indivíduo, pois se o pedido é

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 16 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
de ANULAÇÃO DA PENA DE MULTA, não visa à garantir a liberdade de
locomoção, devendo, neste caso, ser manejado o Mandado de
Segurança.
Assim, há, de fato, impossibilidade jurídica do pedido (ou, o que na
minha visão seria mais correto, inadequação da via eleita), estando
ausente uma das condições da ação.
PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

10 - (CESPE - 2012 – PC/CE – INSPETOR)


Julgue o item que se segue, em relação ao habeas corpus e aos
entendimentos do STF a esse respeito.
Não cabe habeas corpus nas hipóteses sujeitas à pena de multa,
nos afastamentos dos cargos públicos por questões penais ou
administrativas nem na preservação de direitos fundamentais
que não a liberdade de locomoção de ir e vir, salvo manifesta
teratologia a repercutir na liberdade de locomoção.
COMENTÁRIO: O STJ e o STF entendem que não cabe HC para discutir
questões que não possam repercutir na liberdade de locomoção do
indivíduo, pois não sendo possível aplicação de pena privativa de
liberdade, não há qualquer risco à liberdade de locomoção. Assim,
questões como pena de multa, perda de cargos administrativos e
preservação de direitos outros que não a liberdade de locomoção, não
podem ser tutelados pela via do HC.
ASSIM, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

11 - (CESPE - 2012 – PC/CE – INSPETOR)


Julgue o item que se segue, em relação ao habeas corpus e aos
entendimentos do STF a esse respeito.
A ausência de justa causa tanto pode ser condição para sustentar
o trancamento de ação penal como para promover a soltura do
réu.
COMENTÁRIO: O HC, em regra, visa à tutelar a liberdade de
locomoção, motivo pelo qual é utilizado, ordinariamente, para promover
a soltura de alguém. No entanto, o STF possui entendimento pacificado
no sentido de que é possível o manejo do HC com a finalidade de
"trancar" ação penal que tenha sido iniciada sem um lastro probatório
mínimo, ou seja, sem justa causa. Vejamos:
Ementa: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS E
ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO (ARTS. 33 E 35 DA LEI Nº 11.343/06).
DENÚNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL POR AUSÊNCIA DE JUSTA
CAUSA. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA ANTE A IMPOSSIBILIDADE DE
REVOLVER MATÉRIA FÁTICA E PROBATÓRIA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO
POR ATO DO RELATOR. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL,

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 17 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
ALEGANDO AUSÊNCIA DE ÍNDICIOS DE AUTORIA E NULIDADE DA PROVA
PRODUZIDA MEDIANTE INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA. AGRAVO REGIMENTAL
NÃO PROVIDO. 1. O trancamento de ação penal, em habeas corpus, constitui
medida excepcional que só deve ser adotada quando se apresenta indiscutível
a ausência de justa causa e em face de inequívoca ilegalidade da prova pré-
constituída. (...)
(HC 107948 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em
17/04/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-093 DIVULG 11-05-2012 PUBLIC
14-05-2012)

PORTANTO, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

12 - (CESPE - 2009 – DPE/AL – DEFENSOR)


Em relação à revisão criminal, ao habeas corpus e à execução
penal, julgue o próximo item.
É incabível a ordem concessiva de habeas corpus quando já
extinta a pena privativa de liberdade, ou contra decisão
condenatória somente a pena de multa ou, ainda, em relação a
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária
seja a única cominada.
COMENTÁRIO: O STJ e o STF entendem que não cabe HC para discutir
questões que não possam repercutir na liberdade de locomoção do
indivíduo, pois não sendo possível aplicação de pena privativa de
liberdade, não há qualquer risco à liberdade de locomoção. Assim,
questões como pena de multa, perda de cargos administrativos e
preservação de direitos outros que não a liberdade de locomoção, não
podem ser tutelados pela via do HC.
HABEAS CORPUS. PENA RESTRITIVA DE DIREITOS. DESCUMPRIMENTO.
CONVERSÃO EM PRIVATIVA DE LIBERDADE. POSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE
AMEAÇA AO DIREITO DE LOCOMOÇÃO DO PACIENTE. IMPROPRIEDADE DA
VIA ELEITA. ANÁLISE DE MATÉRIA NÃO DEBATIDA NA ORIGEM.
OCORRÊNCIA DE SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PRECEDENTES. NÃO
CONHECIMENTO.
(...)
2. Incabível o habeas corpus se não houver risco à liberdade de locomoção
do paciente.
(...)
(HC 133.942/MG, Rel. Ministro ADILSON VIEIRA MACABU
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RJ), QUINTA TURMA, julgado em
28/02/2012, DJe 20/03/2012)

ASSIM, A AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA

13 - (CESPE - 2012 – TRE/RJ – ANALISTA JUDICIÁRIO)

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 18 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
Em relação ao habeas corpus e ao processo e julgamento dos
crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, julgue o
próximo item.
Ordenada a soltura do preso em virtude de ordem de habeas
corpus, será condenada nas custas a autoridade que, por má-fé
ou evidente abuso de poder, tiver determinado a coação.
COMENTÁRIO: A condenação da autoridade coatora ao pagamento das
custas processuais é norma prevista no art. 653 do CPP.
Vejamos:
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude de habeas corpus, será
condenada nas custas a autoridade que, por má-fé ou evidente abuso de
poder, tiver determinado a coação.

É de se ressaltar que a prisão deve ter sido realizada por má-fé ou


EVIDENTE abuso de poder, e não em qualquer caso de concessão da
ordem de habeas corpus.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

14 - (CESPE - 2012 – MPE/TO – PROMOTOR DE JUSTIÇA)


A respeito do habeas corpus, assinale a opção correta.
a) É admissível a impetração de habeas corpus contra decisão
condenatória a pena de multa, bem como para cessar
constrangimento em processo por infração penal punível apenas
com pena pecuniária.
b) Em inquérito policial instaurado mediante requisição da
autoridade judiciária, considera-se autoridade coatora o delegado
de polícia responsável pela instauração do feito, porquanto podia
deixar de cumprir a requisição.
c) Nos processos de habeas corpus, é obrigatória a concessão de
vista ao representante do MP, seja no primeiro, seja no segundo
grau de jurisdição.
d) O habeas corpus do tipo liberatório, destinado a fazer cessar
constrangimento ilegal já existente, pode ser impetrado por meio
de petição anônima.
e) Ordenada a soltura do paciente por força de habeas corpus, a
autoridade, se tiver agido de má-fé ou com abuso de autoridade,
será condenada a pagar as custas do writ.
COMENTÁRIO:
A) ERRADA: Não é cabível habeas corpus se o processo não puder
resultar em pena privativa de liberdade, conforme entendimento do STJ,
sendo cabível, contudo, o manejo do Mandado de Segurança;

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 19 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
B) ERRADA: A autoridade coatora, no caso, é a autoridade judiciária, eis
que o Delegado não pode deixar de cumprir a requisição;
C) ERRADA: Não é obrigatória a concessão de vista ao MP, nem em
primeira nem em segunda instância, nos termos dos arts. 660 e 664 do
CPP;
D) ERRADA: O Habeas corpus não pode ser impetrado por petição
anônima, pois o art. 654, §1º, c do CPP exige que na petição inicial do
HC conste a assinatura do impetrante;
E) CORRETA: De fato, esta é a previsão contida no art. 653 do CPP:
Art. 653. Ordenada a soltura do paciente em virtude de habeas corpus, será
condenada nas custas a autoridade que, por má-fé ou evidente abuso de
poder, tiver determinado a coação.

PORTANTO, A ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA E.

15 - (CESPE – 2010 – DETRAN-ES – ADVOGADO)


Compete, originariamente, ao STF o julgamento de habeas corpus
contra decisão de turma recursal de juizados especiais criminais.
COMENTÁRIOS: Item errado. O STF passou a entender que cabe ao
Tribunal a que está vinculado a Turma proceder ao julgamento de HC em
face de decisão da Turma Recursal, estando superada a antiga súmula
690 do STF.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

16 - (CESPE – 2012 – TJ-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


Consoante atual entendimento dos tribunais superiores, a ação
constitucional de habeas corpus, em substituição ao recurso
ordinário, deverá ser ofertada no mesmo prazo deste.
COMENTÁRIOS: Item errado, pois a Jurisprudência atual (STF e STJ)
não admite a utilização do HC como substitutivo de recurso previsto em
lei. Ou seja, se há recurso previsto em lei para impugnar a decisão, deve
ser utilizado o recurso, e não o HC.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

17 - (CESPE – 2012 – TJ-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO)


O habeas corpus somente deve ser impetrado por advogado, pois
se trata de processo judicial.
COMENTÁRIOS: Item errado, pois não se exige capacidade postulatória
para a impetração de HC, ou seja, qualquer pessoa, mesmo que não seja
advogado ou não esteja sendo representada por um, pode impetrar o HC,
nos termos do art. 654 do CPP:

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 2: () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em
seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
§ 1o A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou
coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples
ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não
souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

18 - (CESPE – 2012 – PEFOCE – TODOS OS CARGOS)


No caso de a pessoa presa preventivamente pretender interpor
habeas corpus em seu próprio favor por excesso de prazo na
prisão, hipótese em que ela mesma será impetrante e paciente,
será dispensável a constituição de advogado para essa ação.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois não se exige capacidade postulatória
para a impetração de HC, ou seja, qualquer pessoa, mesmo que não seja
advogado ou não esteja sendo representada por um, pode impetrar o HC,
nos termos do art. 654 do CPP:
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em
seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
§ 1o A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou
coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples
ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não
souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

19 - (CESPE – 2013 – PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL)


O habeas corpus pode ser impetrado, perante qualquer instância
do Poder Judiciário, por qualquer pessoa do povo em favor de
outrem, podendo, ainda, a autoridade judicial competente
concedê-lo de ofício.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois o HC pode ser interposto por
qualquer pessoa, de forma que não se exige capacidade postulatória para
sua impetração, ou seja, qualquer pessoa, mesmo que não seja advogado
ou não esteja sendo representada por um, pode impetrar o HC, nos
termos do art. 654 do CPP:

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 21 () 23


!∀#∃∀%& (#&)∃∗∗+,− (∃.,− / (#0 123456
(&−∀)∀,− #&!&7∀8#∀& 0∃!∃#,−
%9:;<= 9 9>9;?≅?<:Α ?:Β9Χ∆=Ε:Α
(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em
seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
§ 1o A petição de habeas corpus conterá:
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou
coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples
ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não
souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.

Além disso, o Juiz poderá conceder a ordem de HC de ofício, nos termos


do §2º do art. 654 do CPP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

20 - (CESPE – 2013 – DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO)


A capacidade postulatória para a impetração de habeas corpus
para defender em juízo violação à liberdade de locomoção
ilicitamente coactada ou ameaçada é atribuída a qualquer pessoa,
bem como ao Ministério Público.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois o HC pode ser interposto por
qualquer pessoa, mesmo que não seja advogado ou não esteja sendo
representada por um, bem como poderá ser interposto pelo MP, nos
termos do art. 654 do CPP:
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em
seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

21 - (CESPE – 2014 – TJ/CE – TÉCNICO)


Com relação a habeas corpus e seu processo, assinale a opção
correta.
A) A impetração do habeas corpus deve vir acompanhada de
comprovante de pagamento das devidas custas judiciais do seu
processamento.
B) O promotor de justiça poderá impetrar habeas corpus caso
entenda que o réu em processo penal esteja sofrendo
constrangimento ilegal na sua liberdade de ir e vir.
C) O pedido de habeas corpus, para ser conhecido e julgado, deve
estar assinado por advogado regularmente inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB).
D) Somente é cabível o habeas corpus caso o paciente já esteja
sofrendo violência ou coação em sua liberdade de ir e vir.

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E) Não é admitida a formulação de pedido de liminar em habeas
corpus.
COMENTÁRIOS:
A) ERRADA: Não há necessidade de pagamento prévio das custas no HC,
nos termos do art. 654, §1º do CPP.
B) CORRETA: O Promotor de Justiça pode impetrar HC em favor do réu,
nos termos do art. 654 do CPP.
C) ERRADA: Não se exige que o impetrante esteja patrocinado por
advogado, nos termos do art. 654, §1º do CPP.
D) ERRADA: Item errado porque também se admite o habeas corpus
PREVENTIVO, ou seja, para evitar a ameaça ou coação na liberdade de
locomoção, nos termos do art. 647 do CPP.
E) ERRADA: É cabível a formulação de pedido de liminar, conforme
entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA B.

22 - (CESPE – 2015 – DPE-PE – DEFENSOR PÚBLICO)


Com relação a habeas corpus e nulidades, julgue o item a seguir.
Os tribunais superiores não mais têm admitido o manejo do
habeas corpus originário como meio de impugnação substitutivo
da interposição de recurso ordinário constitucional.
COMENTÁRIOS: Item correto, pois o STF e o STJ passaram a não mais
admitir o manejo do HC como substituto ao recurso ordinário
constitucional (Ver, por todos, HC 258.954/RJ – STJ).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ CORRETA.

23 - (CESPE – 2014 – TJ-SE – TITULAR NOTARIAL – ADAPTADA)


É possível a utilização de habeas corpus para questionar a
condenação do acusado ao pagamento de multa, mesmo que não
tenha sido imposta pena privativa de liberdade.
COMENTÁRIOS: Item errado, pois não cabe utilização do HC para
questionar pena exclusivamente de multa, pois não há violação ou
ameaça de violação à liberdade de locomoção. Entendimento já sumulado
pelo STF: (SÚMULA 693: "Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a
pena de multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena
pecuniária seja a única cominada.").

Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

24 - (CESPE – 2014 – TJ-SE – TITULAR NOTARIAL – ADAPTADA)

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(;:ΦΓ #9Χ=Χ ,;=ΗΙ: / ,Ηϑ= 43
Em caso de empate na votação acerca da concessão da ordem de
habeas corpus pelo órgão julgador, após a colheita de todos os
votos dos seus integrantes presentes, prevalecerá o ato
impugnado, mesmo que desfavorável ao paciente.
COMENTÁRIOS: Item errado, pois em caso de empate na votação acerca
da concessão da ordem de habeas corpus, após o voto de todos os
membros, se o presidente não tiver votado, proferirá voto de desempate.
Caso já tenha votado, prevalecerá a decisão mais favorável ao paciente,
nos termos do art. 664, § único do CPP:
Art. 664. (...) Parágrafo único. A decisão será tomada por maioria de votos.
Havendo empate, se o presidente não tiver tomado parte na votação,
proferirá voto de desempate; no caso contrário, prevalecerá a decisão mais
favorável ao paciente.

Portanto, a AFIRMATIVA ESTÁ ERRADA.

4. GABARITO

1. CORRETA 13. CORRETA


2. CORRETA 14. ALTERNATIVA E
3. CORRETA 15. ERRADA
4. CORRETA 16. ERRADA
5. CORRETA 17. ERRADA
6. CORRETA 18. CORRETA
7. ERRADA 19. CORRETA
8. ERRADA 20. CORRETA
9. CORRETA 21. ALTERNATIVA B
10. CORRETA 22. CORRETA
11. CORRETA 23. ERRADA
12. CORRETA 24. ERRADA

(;:ΦΓ#9Χ=Χ ,;=ΗΙ: ∀∀∀#∃%&∋(&∃)∗(+,−+.∋%,%#+,/#0∋ ∀#∃%&∋ 23 () 23

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