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História
Em outubro de 1745, Ewald Georg von Kleist, descobriu que uma carga poderia ser
armazenada, conectando um gerador de alta tensão eletrostática por um fio a uma
jarra de vidro com água, que estava em sua mão.[1] A mão de Von Kleist e a água
agiram como condutores, e a jarra como um dielétrico (mas os detalhes do mecanismo
não foram identificados corretamente no momento). Von Kleist descobriu, após a
remoção do gerador, que ao tocar o fio, o resultado era um doloroso choque. Em uma
carta descrevendo o experimento, ele disse: "Eu não levaria um segundo choque pelo
reino de França".[2] No ano seguinte, na Universidade de Leiden, o físico holandês
Pieter van Musschenbroek inventou um capacitor similar, que foi nomeado de Jarra de
Leiden.[3]
Daniel Gralath foi o primeiro a combinar várias jarras em paralelo para aumentar a
capacidade de armazenamento de carga. Benjamin Franklin investigou a Jarra de
Leiden e "provou" que a carga estava armazenada no vidro, e não na água como os
outros tinham suposto. Ele também adotou o termo "bateria",[4][5] posteriormente
aplicada a um aglomerados de células eletroquímicas.[6]
No início capacitores também eram conhecidos como condensadores, um termo que ainda
é utilizado atualmente. O termo foi usado pela primeira vez por Alessandro Volta em
1782, com referência à capacidade do dispositivo de armazenar uma maior densidade
de carga elétrica do que um condutor normalmente isolado.[7]
Corrente de deslocamento
O físico James Clerk Maxwell propôs o conceito de corrente de deslocamento para
tornar a Lei de Ampère consistente com o princípio de conservação da carga em casos
em que a carga elétrica se acumula, como por exemplo num capacitor. Ele interpretou
este fenômeno como um movimento real de cargas, mesmo no vácuo, onde ele supôs que
corresponderia ao movimento de cargas de um dipolo no éter. Embora essa
interpretação tenha sido abandonada, a correção de Maxwell à lei de Ampere
permanece válida (um campo elétrico variável produz um campo magnético).[8]
A corrente de deslocamento deve ser incluída, por exemplo, para aplicação das Leis
de Kirchhoff a um capacitor.
Física do capacitor
Visão geral
Os formatos típicos consistem em dois eletrodos ou placas que armazenam cargas
opostas.[9] Estas duas placas são condutoras e são separadas por um isolante (ou
dielétrico). A carga é armazenada na superfície das placas, no limite com o
dielétrico. Devido ao fato de cada placa armazenar cargas iguais, porém opostas, a
carga total no dispositivo é sempre zero.
A equação acima é exata somente para valores de Q muito maiores que a carga do
elétron (e = 1,6021 × 10−19 C). Por exemplo, se uma capacitância de 1 pF fosse
carregada a uma tensão de 1 µV, a equação perderia uma carga Q = 10−19 C, mas isto
seria impossível já que seria menor do que a carga em um único elétron. Entretanto,
as experiências e as teorias recentes sugerem a existência de cargas fracionárias.
C é a capacitância em farad;
ε0 é a permissividade eletrostática do meio (vácuo ou espaço livre);
εr é a constante dielétrica ou permissividade relativa do isolante utilizado.
Energia
A capacitor with a dielectric
Para calcular a energia dispensada nesse processo, imaginamos que a carga total
{\displaystyle Q}Q foi transferida em pequenas cargas infinitesimais {\displaystyle
dq}dq desde uma das armaduras até a outra, como se mostra na figura abaixo.[11]
Cada vez que uma carga {\displaystyle dq}dq passa da armadura negativa para a
positiva, ganha uma energia potencial elétrica:
Circuitos elétricos
Os elétrons não podem passar diretamente através do dielétrico de uma placa do
capacitor para a outra. Quando uma tensão é aplicada a um capacitor, a corrente
flui para uma das placas, carregando-a, enquanto flui da outra placa, carregando-a
inversamente. Quando a carga no capacitor atinge seu valor máximo, a corrente no
circuito é nula.[13]
No caso de uma tensão contínua (DC ou também designada CC) logo um equilíbrio é
encontrado, onde a carga das placas correspondem à tensão aplicada pela relação
Q=CV, e nenhuma corrente mais poderá fluir pelo circuito. Logo a corrente contínua
(DC) não pode passar. Entretanto, correntes alternadas (AC) podem: cada mudança de
tensão ocasiona carga ou descarga do capacitor, permitindo desta forma que a
corrente flua. A quantidade de "resistência" de um capacitor, sob regime AC, é
conhecida como reatância capacitiva, e a mesma varia conforme varia a frequência do
sinal AC. A reatância capacitiva é dada por:
{\displaystyle X_{C}={\frac {1}{2\pi fC}}}X_{C}={\frac {1}{2\pi fC}}
Onde:
A energia potencial elétrica que terá uma carga pontual q quando for colocada na
superfície da esfera, é dada pela equação {\displaystyle
U=q\,V_{\text{sup}}}U=q\,V_{{\text{sup}}} onde {\displaystyle
V_{\text{sup}}}V_{{\text{sup}}} é a diferença de potencial entre um ponto na
superfície da esfera e um ponto no infinito, onde a esfera já não produz nenhuma
energia potencial na carga {\displaystyle q}q.[11]
Associação de capacitores
Um sistema de capacitores pode ser substituído por um único capacitor equivalente.
Nos casos em que os capacitores estejam ligados em série ou em paralelo, é fácil
calcular a capacidade que deverá ter o capacitor equivalente.
Na região central, que liga as duas armaduras comuns dos dois capacitores , são
induzidas cargas {\displaystyle Q}Q e {\displaystyle -Q}-Q (a carga total nessa
região é nula). Assim, a carga armazenada em cada um dos capacitores é a mesma.[11]
{\displaystyle Q=Q_{1}+Q_{2}=\left(C_{1}+C_{2}\right)\,\Delta
V}Q=Q_{1}+Q_{2}=\left(C_{1}+C_{2}\right)\,\Delta V
Assim, o sistema é equivalente a um único capacitor com capacidade igual à soma das
duas capacidades dos capacitores[11]: