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O dízimo nos moldes que nós temos no Antigo Testamento não é mais aplicável nos nossos dias.
No Novo Testamento nós temos as ofertas voluntárias para sustentar a obra de Deus.
A Epístola aos Hebreus, principalmente os capítulos 9 e 10, deixa bastante claro que todas as
cerimônias do Antigo Testamento foram abolidas com a vinda de Cristo, pois elas apenas
tipificavam Aquele que viria, eram sombras da realidade que é Cristo. Além dessa epístola, Paulo
Testamento, como em Gl.4.8-11, Cl.2.8-23, etc. Assim, a questão é determinar se o dízimo fazia
parte da lei cerimonial ou da lei moral. A lei moral é permanente (Mt.5.17-18) e a cerimonial,
como eu disse acima, é transitória. Assim, dependendo de onde o dízimo se encaixa, ele é válido
ou não para os dias de hoje. Quando analisamos o Antigo Testamento percebemos que o dízimo
estava totalmente amarrado ao sistema sacrificial daquele tempo, e havia vários tipos de dízimo
(Lv 27.32; Nm 18.21-28; Dt 12.6-17; 14.22-28; 26.12). Estando dessa forma ligado aos
Testamento é impraticável nos dias de hoje. Assim, ele está incluso dentro da lei cerimonial e,
Alguns usam a passagem de Mateus 23.23 para defender que o dízimo é válido atualmente. Mas
é importante observar que, apesar do Novo Testamento começar sua narrativa com o
nascimento de João Batista e de Jesus, a Nova Aliança só começou, de fato, quando Jesus
morreu (Mt 26.28; 27.51; Cl 2.14; Hb 9.11-17). Assim, quando Jesus disse o que está escrito
em Mt 23.23, eles ainda estavam no Antigo Testamento. Portanto, essa passagem não pode
Outros tentam defender a validade do dízimo com a passagem de Hebreus, capítulo 7. Porém,
sacerdócio do Antigo Testamento usando Melquisedeque como um tipo de Cristo, pois Arão
(representando o sacerdócio veterotestamentário) pagou dízimos a Melquisedeque na pessoa de
falar sobre a validade ou não do dízimo para os dias de hoje, mas mostrar a superioridade do
sacerdócio de Cristo.
Dito isso, é importante mencionar que, atualmente, muitos "cristãos" estão prontos para negar a
validade do dízimo para os nossos dias, não porque querem dar mais, mas porque querem dar
menos, ou até mesmo nada. Para esses eu digo que quem supostamente se converteu ao
Senhor, mas não converteu o seu bolso, deve reavaliar sua conversão. O cristão reconhece que
não apenas 10% do seu salário pertence ao Senhor, mas todos os seus bens. Assim, o
verdadeiro cristão faz planejamentos financeiros para não gastar em coisas supérfluas, a fim de
poder contribuir com o máximo possível para o Reino de Deus, voluntariamente. O verdadeiro
cristão não busca viver uma vida de luxo, pois seu deus não é o dinheiro, e sim o Senhor, a
Tomemos como exemplo a contribuição da igreja primitiva. A viúva no templo deu tudo o que
tinha (Lc.21.1-4). Os primeiros cristãos vendiam propriedades e depositavam todo o valor aos
pés dos apóstolos (At.4.34-37). Os pobres da Macedônia contribuíram acima de suas posses (II
Devemos também lembrar que os pastores que Deus designou para pastorearam o rebanho
ofertas voluntárias também são usadas para compor o salário do pastor, provendo os recursos
Para aqueles irmãos que congregam em igrejas onde o dízimo é praticado (como também é o
meu caso), tenho recomendado que continuem contribuindo com o dízimo, mas considerando-o
em seus corações como uma oferta voluntária, e não se satisfazendo em contribuir apenas com
a décima parte, mas com o máximo possível, como acontecia na igreja primitiva.
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