Você está na página 1de 1

Sílvio Romero, embasado no determinismo do meio e do clima, diz: "Não cansarei de

bradar contra semelhante absurdo. Não somente há tendências diversas na literatura das
províncias ao norte e ao sul como as há especialmente das províncias para a capital e
tais diferenças devem ser mantidas. [...] Eu estou muito longe de aceitar a superioridade
intelectual das nossas províncias meridionais sobre as do Norte, e vice-versa; mas dou
como provada a existência de certas diferenças características que não devem passar
despercebidas aos novelistas e autores de estudos de costumes. [...] A grandeza futura
do Brasil virá do desenvolvimento autonômico de suas províncias, hoje estados. Os
bons impulsos originais que neles aparecerem devem ser secundados, aplaudidos. [...]
No Brasil os estados do Norte e os do Sul têm a plena consciência do fato assinalado; e
não se lhes dá disso; porque sabem ser um bem e conhecem nas suas próprias tradições,
de lado a lado, recursos para as produções literárias. Tenhamos, sim, muito cuidado com
as pretensões compressoras da capital; estejamos alerta contra o parisismo [pensar que
França é Paris] e contra a almejada ditadura científica de um centro regulador das
idéias... É uma nova fórmula do jesuitismo! " p. 41.

Você também pode gostar