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CADERNO DE ATIVIDADES

Ed u c a ç ã o B r a s il e ira
r a e O rg a n iz a ç ã o da
Disciplina: Estrutu x to d a Pó s- M o d e r n id a de
c a ç ã o n o C o n t e
Tema 01: A Edu
Tema 01
A Educação no Contexto da Pós-Modernidade

seções
Como citar este material:
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Estrutura e
Organização da Educação Brasileira: A Educação
no Contexto da Pós-Modernidade. Caderno de
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.
S e ç õ e s
Tema 01
A Educação no Contexto da Pós-Modernidade
Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Educação Escolar: Políticas,
Estrutura e Organização, dos autores José Carlos Libâneo, João Ferreira de Oliveira e
Mirza Seabra Toschi, editora Cortez, 2012, PLT 748.

Roteiro de Estudo:
Estrutura e Organização
Lindolfo Anderson Martelli
da Educação Brasileira

CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará:

• As distinções entre a educação na modernidade e na pós-modernidade.

• As transformações econômicas, políticas, sociais e culturais e suas consequências


para a educação.

• Que os caminhos para a educação extrapolam as fronteiras mercadológicas de uma


sociedade globalizada.

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CONTEÚDOSEHABILIDADES
Habilidades
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais implicações e desafios são apresentados ao contexto educacional na sociedade


contemporânea?

• Quais as características da sociedade pós-moderna?

• Qual a responsabilidade da escola diante dos ideais neoliberais?

• Quais os caminhos da educação na sociedade globalizada?

LEITURAOBRIGATÓRIA
A Educação no Contexto da Pós-Modernidade
Para se pensar a escola que conhecemos é necessário compreendê-la dentro de um
determinado contexto histórico, considerando suas especificidades. Essa escola, alicerçada
em princípios caros à tradição da modernidade, encontra-se abalada pelo modo de viver
contemporâneo, em que novas formas de poder entram em jogo. Para o sociólogo Zygmunt
Bauman, a escola está inserida na dinâmica social e tal como a sociedade enfrenta uma
mudança na forma de compreender o espaço e o tempo, que outrora se configuravam
como predetermináveis e estagnados e hoje reconhecidos como processuais, mutáveis e
dinâmicos (BAUMAN, 2001, p. 131).

A modernidade começa quando espaço e o tempo são separados da prática


da vida em si, e assim podem ser teorizados como categorias distintas e
mutuamente independentes da estratégia e da ação; quando deixam de
ser, como eram ao longo dos séculos pré-modernos, aspectos entrelaçados
e dificilmente distinguíveis da experiência vivida, presos numa estável e
aparentemente invulnerável correspondência biunívoca. Na modernidade, o
tempo tem história... (BAUMAN, 2001, p. 15).

Desde o início da modernidade, a escola tem sido legitimada socialmente como a principal
instituição responsável pela transmissão de saberes acumulados. O modelo de escola

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LEITURAOBRIGATÓRIA
que a sociedade defende atualmente foi gestado no final do século XIX e se baseia na
construção de grupos homogêneos de alunos, que devem se orientar pelas mesmas regras
e métodos, que progridem por classes a partir de uma relação clara entre a idade e o saber
que lhes são pertinentes. O sistema de avaliação mantém a estrutura racionalista, pautado
em disciplinas fragmentadas que pouco se articulam com a realidade e a complexidade que
envolve a transdisciplinaridade.

O processo de desconstrução deste modelo de ensino linear, metódico e fragmentado tem


ocorrido na escola em descompasso com a própria sociedade, que se mostra muito mais
dinâmica e inovadora. Em outras palavras, a escola mudou a passos mais lentos do que a
população que a foi constituindo.

Há pouco mais de meio século, a escola tem sido impactada substancialmente pelos
avanços tecnológicos da era cibernética, e de fato as transformações que atingiram as
sociedades como um todo foram tão grandes que é impossível defender que a escola
mantenha o mesmo modelo e representação social. No contexto das transformações da
sociedade contemporânea, a escola precisa ser concebida como parte de um amplo
sistema de mudanças que abrangem a chamada sociedade da informação. A sociedade
vem se transformando de modo acelerado, sobretudo nas últimas décadas com o advento
da computação, das redes de comunicação e de todas as novas tecnologias que alteraram
profundamente a maneira como as pessoas lidam com o conhecimento, tanto na sua
produção como na sua transmissão, crítica; e reformulação.

A tradicional aula com “lousa, giz e apagador”, há muito tempo, está condenada ao fracasso,
bem como a figura do professor considerado detentor e transmissor do conhecimento. A
escola tem se esforçado para acompanhar as metodologias próprias para o seu tempo e,
na opinião de Aranha (2006, p. 295), cada vez mais os pedagogos se convencem de que é
necessária uma inovação radical na escola. Não bastam reformas pontuais, já que o modelo
da escola tradicional não serve mais para as demandas sociais que temos. Essas mudanças
precisam estar em sintonia com as transformações no campo da ciência e da técnica, com
as novas tecnologias, com a mudança na concepção de espaço e tempo delas provenientes.

As mudanças nos paradigmas da modernidade deslocaram o eixo da transmissão do


conhecimento, que antes era centralizado na escola, principalmente na figura do professor,
e que agora é compartilhado pela indústria cultural como um todo e pelas infovias como a
internet. Além disso, a exigência de conhecimentos especializados exige que os indivíduos
estejam o tempo todo reatualizados e a escola não consegue acompanhar esse dinamismo.

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LEITURAOBRIGATÓRIA
A informatização do ponto de vista capitalista, constitui um bem econômico (ou
mercadoria). Sua produção, tratamento, circulação e mesmo aquisição tornam-
se fundamentais para a ampliação do poder e da competitividade no mundo
globalizado. Investir em informação ou adquirir informação qualificada passou
a ser, então, condição determinante para o aumento da eficácia e da eficiência
no mundo dos negócios (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 80).

Para Bauman (2001, passim), a sociedade está saindo da modernidade pesada, da era
do hardware para a modernidade leve da era do software, compreendida por ele como
tempos de modernidade líquida, em que novos arranjos de poder se constroem permitindo
maior interação entre culturas e populações heterogêneas, diversificando valores e
comportamentos e rompendo com estruturas tradicionais e rígidas.

Em suas palavras: na era do hardware, da modernidade pesada, prevalecia a racionalidade


instrumental, o tempo era o meio que precisava ser administrado prudentemente para que o
retorno de valor, que era o espaço, pudesse ser maximizado. Enquanto na era do software,
da modernidade leve, a eficácia do tempo como meio de alcançar valor tende a aproximar-
se do infinito, ou seja, o espaço perdeu seu “valor estratégico”, não impõe mais limites à
ação e seus efeitos. Essa é a era da “instantaneidade”, da realização imediata, em que as
tecnologias avançam cada vez mais nesta direção (BAUMAN, 2001, p. 136-137).

As pessoas que se movem e agem como maior rapidez, que mais se aproximam
do momentâneo do movimento, são as pessoas que agora mandam. E são as
pessoas que não podem se mover tão rápido – e, de modo ainda mais claro, a
categoria das pessoas que não podem deixar seu lugar quando quiserem – as
que obedecem. A batalha contemporânea da dominação é travada entre forças
que empunham, respectivamente, as armas da aceleração e da procrastinação
(BAUMAN, 2001, p. 139).

Reconhecer as mudanças é descobrir maneiras de intervir de maneira pontual e planejada


no processo educativo. Para Libâneo, Oliveira e Toschi (2012, p. 81) essas transformações
decorrem, sobretudo, dos avanços tecnológicos, da reestruturação do sistema de produção,
da compreensão do papel do Estado. A globalização, fruto destas mudanças, designa
o conjunto de transformações e fatores econômicos, sociais, políticos e culturais que
atingem a sociedade e, consequentemente, a escola, expressando o espírito e a etapa de
desenvolvimento do capitalismo em que o mundo se encontra.

As transformações ocorridas mediante a destruição das fronteiras nacionais e a procura


pela livre circulação de mercadorias e de capitais universalizam a concepção de mercado
e tornaram possível a globalização, uma tendência internacional do capitalismo. Desse
processo decorre também o esforço dos Estados em universalizar a educação e de adaptar
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LEITURAOBRIGATÓRIA
a Escola às mudanças tecnológicas que se sucedem na maioria das vezes sem sucesso
diante da velocidade em que as tecnologias se tornam obsoletas.

As contradições da pós-modernidade se fazem sentir não só no abandono das


metanarrativas e paradigmas de verdade que foram colocadas em xeque à medida que
se mostraram insuficientes como modelo explicativo de mundo, mas no próprio saber, que
passou a ser vendido, consumido como mercadoria, moeda de troca (LYOTARD, 2002,
p. 5).

Nos últimos anos, os educadores têm buscado superar a visão compartimentada do saber,
herança da modernidade, quando as ciências começaram a usar a metodologia que as
consagrou. Os educadores reconhecem que as contradições nos universos da vida social,
econômica, política e da construção da própria identidade fazem parte da vida e são marcadas
por ambivalências e ambiguidades múltiplas. Em contrapartida, a mudança no paradigma
da modernidade e seus reflexos na escola podem provocar perplexidade e desorientação
quanto aos valores até então vividos e aceitos, sobretudo entre pais e professores. Aranha
(2006) entende que nos casos em que a tradição é questionada é muito comum a reação
de tentar recompor a “velha ordem”, buscando culpados pela “desordem”. Neste caso
existe um reforço aos valores e paradigmas da modernidade, uma espécie de retrocesso
na construção de uma nova sociabilidade.

É preciso reconhecer o que há de aproveitável nesta “nova ordem” mesmo que


precisemos mudar (e, aliás, devemos mudar) os procedimentos tradicionais. Ou
seja, reconhecer a mudança é também descobrir as maneiras de intervenção no
processo educativo. O acolhimento do novo depende da construção de novas
maneiras de conhecimento e de poder, de uma subjetividade emancipada e de
outra sociabilidade. (ARANHA, 2006, p. 300)

A necessidade de intervenção e de mudança nos paradigmas é evidente, todavia a escola


tem refletido pouco sobre isso, e continua a defender ideias claras e distintas sobre o
que é certo e errado, como se todo o saber construído até então fosse definitivo. Muitos
professores apresentam resistência em trabalhar a interdisciplinaridade, habituados a tratar
da especificidade das disciplinas repassam ao aluno um currículo compartimentalizado,
com horários fixos, em turmas criteriosamente organizadas por idade e desempenho, outros
apresentam dificuldades de compreender e trabalhar as ambiguidades e contradições da vida
e da própria ciência. Embora a especialização seja uma exigência em nível universitário, a
interdisciplinaridade e a relação entre os mais variados tipos de conhecimentos devem fazer
parte de toda a formação humana, o que não ocorre, pois o modelo que compartimentaliza
e especializa o conhecimento vigora em todos os níveis de ensino.
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LEITURAOBRIGATÓRIA
As contradições da pós-modernidade estão presentes também no conceito de progresso
capitalista que admite em seu sistema a exclusão social e a segregação daqueles que
não conseguem acompanhar a velocidade das transformações. Os benefícios do progresso
nem sempre são usufruídos por todos, de sorte que ao lado dos avanços científicos e
tecnológicos, muitos perecem com necessidades elementares de alimento, água, moradia,
medicação e educação.

Na pós-modernidade, a celeridade das transformações torna os produtos e conhecimentos


obsoletos rapidamente. A incapacidade de apropriar-se das novas tecnologias, dos
bens culturais e materiais legitima a dominação dos indivíduos. A educação permanente
exige a continuidade ininterrupta dos estudos, o acesso às informações, mediante uma
autoformação continuada.

A apropriação desigual dos bens materiais e culturais também se reflete na educação, que não
é a mesma em todos os tempos. Nessa lógica, a educação acaba se vinculando a um projeto
de homem e de sociedade que se quer ver emergir. Assim, tanto a teoria quanto as práticas
educacionais desenvolvem-se, predominantemente, segundo os paradigmas dominantes
em dado momento histórico (SCHAFRANSKI, 2005). Daí o risco de uma escolarização
orientada apenas pelas necessidades de mercado, desprezando-se a educação geral e
crítica do educando. Essa crítica é endossada por Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) ao
afirmar que as políticas educacionais visam manter a hegemonia capitalista.

Os organismos multilaterais vinculados ao capitalismo, por sua vez, trataram


de traçar uma política educacional aos países pobres. A princípio, o interesse
desses organismos esteve voltado quase exclusivamente para a otimização
dos sistemas escolares, no intuito de atender às demandas da globalização,
entre as quais uma escola provedora de educação que correspondesse à
intelectualização do processo produtivo formadora de consumidores (LIBÂNEO;
OLIVEIRA; TOSCHI, 2012, p. 64).

As dinâmicas da sociedade contemporânea solicitam que a prática educativa guarde


relações com as transformações e exigências do contexto atual. As políticas de inserção da
educação à lógica do capital são legitimadas por um discurso fundamentado na ênfase à
modernização educativa, à competitividade, à produtividade, ao desempenho, à eficiência
e à qualidade, que expressam o ideário neoliberal. As principais instituições financeiras
que estão por trás dos projetos educacionais de cunho neoliberal são o Fundo Monetário
Internacional, a Organização Mundial do Comércio e o Banco Mundial. Essas instituições
sustentam a ideia do mercado como princípio fundador, unificador e autorregulador da
sociedade global competitiva (LIBÂNEO; OLIVEIRA; TOSCHI, 2012:65).

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LEITURAOBRIGATÓRIA
Nesse sentido, compete aos educadores compreender os desafios de uma sociedade cada
vez mais informacional e globalizada. Destaca-se, ainda, a impossibilidade de todos ao
acesso às novas tecnologias de informação e telecomunicação, principalmente nos países
considerados periféricos.

Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) destacam que a instituição escolar já não é considerada
o meio mais eficiente de socialização de conhecimentos técnico-científicos e de
desenvolvimento de habilidades e competências. À escola cabe o desafio de reestruturar
seus sistemas educativos, a fim de formar cidadãos mais bem preparados para um novo
tempo.

A globalização ou mundialização encontra os países em diferentes realidades e com novos


desafios, entre eles, o de implementar políticas econômicas e sociais que atendam aos
interesses industriais e comerciais – entre essas políticas, destaca-se a educacional – as
quais, na maior parte dos casos, submeteram a escolarização às exigências de produção
e do mercado.

Segundo Libâneo, Oliveira e Toschi (2012), o governo brasileiro vem implementando


suas políticas econômicas e educacionais de acordo com as exigências de globalização
estabelecidas por instituições financeiras e corporações internacionais. Na lógica neoliberal,
economicista e mercadológica, o desafio da educação consiste em preparar trabalhadores/
consumidores para os novos estilos de consumo e de vida moderna. Por isso, no campo da
educação, existe um projeto de elevação da qualidade de ensino, com o objetivo de garantir
a competitividade, a eficiência e a produtividade demandadas e exigidas pelo mercado.

Diante da globalização, a escola precisa oferecer a formação de profissionais capazes de


participar criticamente deste processo. A escola volta-se para a formação humana, assim,
não pode ignorar o contexto no qual está envolvida e também não pode estar subordinada
ao modelo econômico.

Libâneo, Oliveira e Toschi (2012) afirmam que a escola deve ser entendida como fator de
promoção da cidadania na luta contra as desigualdades sociais. A escola deve ser agente
de mudanças, gerar conhecimentos e desenvolver ciência e tecnologia, trabalhar tradições
e valores, preparar cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua realidade e de
transformá-lo positivamente.

Em face dessas mudanças, o profissional da educação necessita ter um novo olhar em


relação à leitura de mundo e da condição humana. É necessário que a escola compreenda
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LEITURAOBRIGATÓRIA
sua importância social e repense sua postura como legitimadora de paradigmas de verdades.
A escola deve ser um lugar de criação, produção de saber, ou seja, não serve apenas para
reproduzir a história, pelo contrário, espera-se que ela possibilite a homens e mulheres
perceber-se como definidores dos seus próprios destinos.

Educadores como Demerval Saviani, José Carlos Libâneo, João F. Oliveira e Mirza S. Toschi
analisam a educação brasileira a partir do materialismo dialético marxista, daí a preocupação
em denunciar as contradições do capitalismo na educação. A chamada pedagogia histórico-
crítica, por eles defendida, considera que não há uma natureza humana dada de uma vez
por todos, porque o ser humano se constrói pelo trabalho, inserido na cultura em que vive.
Em outras palavras, o fazer não está separado da ideologia, da elaboração de conceitos
e valores. Segundo Saviani (apud ARANHA, 2006, p. 342-343) para a educação escolar a
pedagogia histórico-crítica se propõe a tarefa de:

- Identificação das formas, mas desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo


produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo
as suas principais manifestações, bem como as tendências atuais de transformação.

- Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torna-lo assimilável pelos alunos
no espaço e tempo escolares.

- Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber
objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as
tendências de sua transformação.

Enfim, considera-se que cabe à educação extrapolar as fronteiras mercadológicas de uma


sociedade globalizada, o que exige que ela não abdique de suas responsabilidades de
reflexão, estando atenta a seu sentido ético de compromisso prioritário com a humanização
das pessoas e com a condução democrática dos destinos das pessoas (SCHAFRANSKI,
2005, p.110).

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LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto?
Então:
Sites
Leia o artigo: VIEGA, Lílian Mara Dela Cruz; OSÓRI, Alda Maria do Nascimento. A
transformação da educação escolar e sua influência na sociedade contemporânea. InterMeio:
revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, MS, v.13, n.26, p.
92-115, jul./dez. 2007.
Disponível em: <http://www.intermeio.ufms.br/revistas/26/Intermeio_v13_n26_Lilian%20
Mara.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Esse artigo sinaliza a importância de se compreender a educação na dinâmica de transformações
da sociedade contemporânea exigindo dos atores sociais maior participação nas decisões políticas
relacionadas à educação.

Leia o artigo: SCHAFRANSKI, Márcia Derbli. A educação e as transformações da sociedade.


Publ. UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, v. 13, n. 2, p. 101-
112, dez. 2005.
Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/humanas/article/viewFile/550/549>.
Acesso em: 02 jan. 2014
Esse artigo aborda as relações recíprocas entre educação e sociedade, caracterizando os
paradigmas que têm dado sustentação às práticas pedagógicas vigentes nas instituições de
ensino. Analisa as exigências e os desafios a serem enfrentados pela educação e por suas
instituições na sociedade contemporânea.

Leia a entrevista de Zygmunt Bauman para a Revista CULT.


Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/entrevis-zygmunt-bauman/>.
Acesso em: 02 jan. 2014.

13
LINKSIMPORTANTES
Nessa entrevista, Bauman fala sobre a Modernidade Líquida como um momento em que
a sociabilidade humana experimenta uma transformação que pode ser sintetizada nos
seguintes processos: a metamorfose do cidadão, sujeito de direitos, em indivíduo em busca
de afirmação no espaço social; a passagem de estruturas de solidariedade coletiva para as
de disputa e competição; o enfraquecimento dos sistemas de proteção estatal às intempéries
da vida, gerando um permanente ambiente de incerteza; a colocação da responsabilidade
por eventuais fracassos no plano individual; o fim da perspectiva do planejamento em longo
prazo; entre outros assuntos.

Leia o artigo: ENES, Eliene Nery Santana. Educação e economia no contexto das
transformações contemporâneas. Revista Eletrônica Multidisciplinar Pindorama do Instituto
Federal da Bahia – IFBA, Ano I, n. 1, ago. 2010.
Disponível em: <http://www.revistapindorama.ifba.edu.br/files/Eliene%20Nery%20
UNIVALE%20MG.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.

Vídeos Importantes
Assista a entrevista do Filósofo Luiz Felipe Pondé para a CFPL Cultura: A Invenção do
Contemporâneo. O diagnóstico de Zygmunt Bauman para a Pós – Modernidade.
Disponível em: <http://youtu.be/58MMs5j3TjA>.
Pondé discute o pensamento de Zygmnt Bauman e procura mostrar que pós-modernidade
é antes de tudo um tipo de consciência diante dos fracassos da utopia da modernidade e
por isso somente ela pode estabelecer o diagnóstico de nossa época. Pondé faz um resumo
das grandes diferenças entre a modernidade e a pós-modernidade.

Assista a entrevista com o educador José Carlos Libâneo.


Disponível em: <http://youtu.be/6kk__FXVwC0>.
O professor Libâneo apresenta a função da escola tendo em vista as mudanças na sua
concepção, uma vez que o professor e escola não representam mais o monopólio do saber.
Libâneo enfatiza também as formas que o aluno percebe a escola nos dias atuais.

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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

Questão 1: II. A escola tem finalidades mais compatí-


veis com os interesses dos alunos.
O processo de globalização diz respeito à
forma como os países interagem e aproxi- III. Essas exigências não modificam os ob-
mam pessoas, ou seja, interliga o mundo. jetivos e as prioridades da escola.
Um dos maiores símbolos da globalização
IV. Essas exigências produzem modifica-
é a internet. Explique de que forma a in-
ções nos interesses, nas necessidades e
ternet permite a interligação das pessoas e
nos valores escolares.
promove a globalização.
V. Essas exigências forçam a escola a mu-
dar suas práticas por causa do avanço tec-
Questão 2: nológico dos meios de comunicação e da
Pensar no papel da escola nos dias atuais introdução da informática.
implica, portanto, levar em conta as exigên- VI. Essas exigências induzem uma altera-
cias do sistema capitalista. É correto afirmar: ção na atitude do professor e no trabalho
I. Exige-se um novo tipo de trabalhador, ou docente.
seja, mais flexível e polivalente.

15
AGORAÉASUAVEZ
Estão corretas as afirmações: d) A escola existe desde a Grécia Antiga,
porém é recente sua importância na vida
a) Apenas V. social da população, uma vez que foi
popularizada somente após a emergência
b) I, IV e VII.
do capitalismo.
c) I, IV, V e VI.

d) Todas as alternativas. Questão 4:


Assinale com V (Verdadeira) ou com F
Questão 3: (Falsa) cada uma das afirmações a seguir:

A escola como instituição destinada a ensi- ( ) A globalização expressa o espírito e a


nar conhecimentos válidos para a vida co- etapa de desenvolvimento do capitalismo
tidiana, formando o sujeito para o convívio em que o mundo se encontra atualmente.
social e o trabalho, é uma necessidade im- ( ) A globalização é visível, por exemplo,
posta pela sociedade capitalista moderna. no processo de entrelaçamento da econo-
A escola tornou-se necessária na socieda- mia mundial, por meio de mercados co-
de capitalista porque: muns e blocos econômicos.

a) Os Estados passaram a perceber a ( ) A globalização pressupõe, por isso, a


necessidade de implementar políticas submissão a uma racionalidade econômica
educacionais voltadas para os interesses regulada pelo Estado.
da população.
( ) A globalização se expressa na crescen-
b) Todas as pessoas passaram a ser te expansão dos fluxos financeiros interna-
reconhecidas como sujeitos de direitos, cionais, isto é, na livre circulação do capital.
como cidadãos que deveriam ter acesso
aos bens materiais e culturais produzidos
Questão 5:
socialmente.
A globalização está relacionada com os
c) O modelo de produção capitalista, princípios neoliberais. Assinale V (verda-
os processos de urbanização, deiro) para as alternativas que indicam
industrialização e o registro contratual elementos do contexto em que essa glo-
das relações sociais passaram a exigir da balização se manifesta e F (falso) para as
população a decodificação da linguagem alternativas que tratam de outros períodos
escrita e a compreensão dos rudimentos históricos:
das ciências.

16
AGORAÉASUAVEZ
( ) O movimento de globalização se conso- Questão 7:
lida a partir da década de 1970, impulsio-
A instituição escolar já não é considera-
nada pelo desenvolvimento tecnológico
da o único meio ou o meio mais eficiente
( ) A globalização se consolida logo após e ágil de socialização de conhecimentos
a Primeira Guerra Mundial, com um pro- técnico-científicos e de desenvolvimento
cesso intenso de transnacionalização das de habilidades cognitivas e de competên-
grandes empresas que passam a construir cias sociais requeridas para a vida prática.
filiais principalmente na América Latina, Destaque outros meios de socialização de
Ásia e África. conhecimentos.
( ) Uma das características da globalização
é o aprofundamento da integração econômi- Questão 8:
ca, social, cultural, política entre os países.
Leia o fragmento do poema “Operário em
( ) A globalização neoliberal contribuiu construção”, de Vinícius de Moraes, a se-
para o enfraquecimento dos movimentos guir:
sindicais e a organização dos trabalhado-
res, gerando perda de direitos conquista-
dos anteriormente. E foi assim que o operário
( ) O modelo neoliberal de globalização Do edifício em construção
defende a soberania dos governos nacio-
nais e a intervenção do poder público no Que sempre dizia sim Começou a dizer
controle sobre as relações de mercado. não.

E aprendeu a notar coisas


a) V, F, V, V, F
A que não dava atenção:
b) V, V, F, V, F
Notou que sua marmita
c) F, V, V, V, F
Era o prato do patrão
d) V, F, V, F, V
...

Que sua imensa fadiga


Questão 6:
Era amiga do patrão.
Destaque os objetivos da educação escolar
diante das transformações das exigências
da sociedade contemporânea.

17
AGORAÉASUAVEZ
A divisão do trabalho é uma das caracterís- Questão 10:
ticas das sociedades modernas. Partindo
Em função das transformações científicas,
dessa premissa, análise o trecho desse po-
po­líticas, econômicas, culturais e sociais
ema e registre suas considerações sobre o
que ocorrem mundialmente, é necessário
operário descrito.
repen­sar a educação e as escolas. Dessa
forma, destaque quais seriam os grandes
Questão 9: desafios da educação atual.

A revolução informacional emergente tem


por base um espantoso e contínuo avanço
das telecomunicações. Diante deste con-
texto, qual seria o papel do professor dian-
te das novas tecnologias?

FINALIZANDO
Neste tema, você aprendeu que as transformações vividas pela sociedade influenciam
decisivamente a educação escolar. Que em muitas situações a escola se mostra frágil
e ineficiente para atender as demandas impostas pela pós-modernidade. Você pôde
compreender que a escola não pode perder sua função de formadora, e por isso é preciso
que ocorra uma reforma na maneira como ela se prepara para enfrentar as ambivalências
e ambiguidades da pós-modernidade. Além disso, a escola também precisa repensar seu
papel social diante das contradições existentes no capitalismo e nos ideias neoliberais.
Você percebeu que é urgente a necessidade de mudanças na escola a fim de que prepare
cidadãos para cidadãos capazes de entender o mundo, seu país, sua realidade e de
transformá-lo positivamente.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

18
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia Arruda. História da Educação e da Pedagogia: geral e do Brasil. 3.
ed. rev. ampl. São Paulo: Moderna, 2006.

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

__________. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BARROS, Aline Mide Romano. Estrutura e Organização da Educação Brasileira. Valinhos,


2011.

BRANDÃO, Carlos F. Estrutura e funcionamento do ensino. São Paulo: Avercamp, 2004.

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LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação
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SILVA, Lorena Pereira. Metanarrativas e jogos de linguagem: Lyotard e a crítica à Moder-


nidade. Caderno de resumos & Anais. 6º Seminário Brasileiro de História da Historiografia
– O giro-linguístico e a historiografia: balanço e perspectivas. Ouro Preto: EdUFOP, 2012.

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REFERÊNCIAS
SCHAFRANSKI, Márcia Derbli. A educação e as transformações da sociedade. Publ.
UEPG Ci. Hum., Ci. Soc. Apl., Ling., Letras e Artes, Ponta Grossa, v. 13, n. 2, p. 101-
112, dez. 2005. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/humanas/article/
viewFile/550/549>. Acesso em: 02 jan. 2014.

VIEGAS, Lílian Mara Dela Cruz; OSÓRIO, Alda Maria do Nascimento. A transformação


da educação escolar e sua influência na sociedade contemporânea. InterMeio: revista do
Programa de Pós-Graduação em Educação, Campo Grande, MS, v.13, n. 26, p. 92-115,
jul./dez. 2007. Disponível em: <http://www.intermeio.ufms.br/revistas/26/Intermeio_v13_
n26_Lilian%20Mara.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.

SAVIANI, Demerval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 4. ed. Campi-


nas. Autores Associados, 1994, p. 17; 20.

GLOSSÁRIO
Capitalismo: o capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e
distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta,
demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo; os lucros são
distribuídos para os proprietários que investem em empresas; e os salários são pagos aos
trabalhadores pelas empresas. O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas e
anarquistas (Karl Marx, Proudhon, Sombart), no final do século XIX e início do século XX,
para identificar o sistema político-econômico.

Estado: a palavra Estado, grafada com inicial maiúscula, é uma forma organizacional cujo
significado é de natureza política. É uma entidade com poder soberano para governar um
povo dentro de uma área territorial delimitada.

Educação: há diferentes modos de compreender o conceito do termo educação, tendo


em vista, seu caráter polissêmico e as diversas concepções teórico-filosóficas que podem
conferir-lhe distintas interpretações. Em um sentido amplo, a educação está relacionada a
diferentes ações, relações e espaços de interação humana que possibilitam a apropriação
de cultura e de modos de ser, pensar e agir sobre a realidade, o mundo e o próprio ser

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GLOSSÁRIO
humano. Portanto, a educação é a ação que se realiza em múltiplos espaços nos processos
de interação entre diferentes sujeitos históricos (BRUEL, 2010,p. 16).

Ideário neoliberal: é um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende


a não participação do Estado na economia, devendo haver total liberdade de comércio, de
modo a garantir o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país.

Indústria Cultural: o termo indústria cultural (em alemão Kulturindustrie) foi criado pelos
filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-
1973), a fim de designar a situação da arte na sociedade capitalista industrial. Em todos os
ramos da indústria cultural existem produtos adaptados ao consumo das massas, sendo por
elas que as indústrias se orientam, tendo no consumidor não um sujeito, mas um objeto.
Esse termo define as produções artísticas e culturais organizadas no contexto das relações
capitalistas de produção, uma vez lançadas no mercado, é por estes consumidas. A indústria
cultural idealiza produtos adaptados ao consumo das massas, assim como também pode
determinar esse consumo trabalhando sobre o estado de consciência e inconsciência das
pessoas. Ela pode ainda ter função no processo de acumulação de capital, reprodução
ideológica de um sistema, reorientação de massas e imposição de comportamento. Indústria
cultural é explorada por empresas que trabalham com a produção de projetos, canais,
jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração, baseadas na cultura, visando o
lucro. Sua origem se deu por meio da sociedade capitalista que transformou a cultura num
produto comercializado.

Globalização: a globalização é um dos processos de aprofundamento da integração


econômica, social, cultural, política que teria sido impulsionada pelo barateamento dos
meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início
do século XXI. O processo de globalização diz respeito à forma como os países interagem
e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo. Pode ser entendia como um conjunto
complexo de processos que operam de modo contraditório ou antagônico, emerge de uma
maneira anárquica, fortuita, trazida por uma mistura de influências, globalização não é um
acidente em nossas vidas hoje. É uma mudança de nossas próprias circunstâncias de vida.
É o modo como vivemos agora (GIDDENS, 2007, p.29).

Modernidade Líquida: conceito criado pelo sociólogo Zygmunt Bauman que adota
o “líquido” como metáfora para traduzir a natureza da presente fase da história da
modernidade. Segundo Bauman (2011), os fluídos se movem facilmente, eles “fluem”,

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GLOSSÁRIO
“escorrem”, “esvaem-se”, “respingam”, “vazam”, “inundam”, “borrifam”, “pingam”, são
“filtrados”, “destilados”; diferentemente dos sólidos que são facilmente contidos – contornam
certos obstáculos, dissolvem outros e invadem ou inundam seu caminho. A extraordinária
mobilidade dos fluidos é o que os associa à ideia de “leveza”. Para Bauman (2001), são
características da Modernidade Líquida o desapego, a provisoriedade e o acelerado
processo da individualização; o tempo de liberdade, ao mesmo tempo, de insegurança.
(BAUMAN, 2001, p. 09-10).

Metanarrativa: metanarrativas e jogos de linguagem são conceitos utilizados pelo filósofo


francês Jean-François Lyotard (1924-1998) na obra “A condição pós-moderna”, de 1979. Para
sua compreensão é necessária a constatação de que a ciência moderna, sua constituição,
estruturou-se sobre a concepção de que existem sentidos a serem desvendados; de que
existe a “Verdade” a ser revelada; de que existe a essência e a aparência das coisas e do
mundo. Metanarrativas são filosofias da história que narram modelos explicativos universais
e estáveis, ou seja, são “metassaberes” que estabelecem a perspectiva de conhecer a
realidade e poder realizar um mundo mais justo; poder, por meio do conhecimento, emancipar
o homem, trazer-lhe a luz, salvá-lo do obscurantismo, da selvageria, da alienação. Um
exemplo de metanarrativa é a filosofia iluminista, que acreditava que a razão e seus produtos
– o progresso científico e a tecnologia – levariam o homem à felicidade, emancipando a
humanidade dos dogmas, mitos e superstições dos povos primitivos. O marxismo é outro
exemplo de metanarrativa. Para os marxistas, a história era impulsionada pelo confronto
entre duas classes contraditórias, a burguesia e o proletariado, que resultaria, ao fim da
revolução do proletariado, numa sociedade sem classes, de plena liberdade e igualdade:
o comunismo. Temos ainda como exemplos de metanarrativas a concepção de Estado-
Nação, a Bíblia, o Alcorão, entre outros. (SILVA, 2012, p. 01)

Sociedade contemporânea: compreende o final do século XVIII até os dias atuais. A


contemporaneidade atrai o interesse de muitas pessoas em razão da emergência e do
apelo que as questões históricas e filosóficas observadas neste período trazem à tona. O
desenvolvimento do capitalismo e a ascensão dos valores de um mundo em “progresso
ininterrupto” figuram importantes fatos e correntes de pensamento do século XIX. Os
problemas e as transformações de um mundo globalizado fizeram desta época, conforme
apontado pelo historiador Eric J. Hobsbawn, um século “breve” (BARROS, 2012, p. 67).

Paradigma: é um modelo, um conjunto de ideias e valores capaz de situar os membros de


uma comunidade em determinado contexto, a fim de possibilitar a compreensão da realidade

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GLOSSÁRIO
e a atuação a partir de valores comuns. Nesse sentido, uma crise de paradigma se define
pela mudança conceitual dos modelos que satisfazem essa comunidade, ao mesmo tempo
que a caracterizavam (ARANHA, 2006, p. 359).

GABARITO
Questão 1

Resposta: A globalização e a internet estão intimamente relacionadas, pois por meio da


rede é possível transpor a noção de tempo e espaço, viajar pelo mundo sem sair do lugar.
Dentro da rede é possível conhecer novas culturas, fazer amizades com pessoas que moram
a milhares de quilômetros de distância, trabalhar, estudar e conhecer assuntos ligados a
nossa área de interesse.

Questão 2

Resposta: Alternativa C.

Na concepção da pedagogia histórico-crítica os interesses da escola na pós-modernidade


estão relacionadas ao modelo capitalista de produção e não estão centrados nos interesses
do aluno.

Questão 3

Resposta: Alternativa C.

A escola surgiu em função do novo sistema de produção capitalista, que necessitava de mão
de obra qualificada para ampliar a capacidade de produção e consequentemente de consumo.

Questão 4

Resposta: As alternativas verdadeiras e falsas são “a) V; b) V; c) F; d) V”. A globalização


atende ao modelo neoliberal, regulado pelos interesses do mercado e tem os Estados como
coadjuvantes dos seus interesses.

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GABARITO
Questão 5

Resposta: Alternativa A.

A globalização se consolida a partir a chamada “revolução tecnológica” com o advento


das tecnologias digitais, da ampliação dos meios de comunicação e do desenvolvimento
científico de ponta. No modelo neoliberal, a soberania dos Estados é reduzida em detrimento
do capital privado.

Questão 6

Resposta: A escola deve objetivar ser agente de mudanças, gerar conhecimentos e


desenvolver ciência e tecnologia, trabalhar tradições e valores, preparar cidadãos capazes
de entender o mundo, seu país, sua realidade e de transformá-lo positivamente.

Questão 7

Resposta: As pessoas aprendem na fábrica, na televisão, na rua, nos centros de formação,


nos vídeos, no computador, e, cada vez mais, ampliam-se os espaços de aprendizagem.

Questão 8

Resposta: No nível simbólico, “Operário em Construção” trata de um operário que entra em


processo de conscientização individual e resiste à exploração por meio da palavra “não”. O
poema tem início com o papel do operário na construção das coisas e o desconhecimento
da importância da sua profissão.

Questão 9

Resposta: Um profissional consciente de seu papel na era da informação e da comunicação,


que percebe as potencialidades das ferramentas que têm ao seu alcance e faz uso delas
para mediar o conhecimento.

Questão 10

Resposta: Assumir-se como corresponsável pelo de­ senvolvimento de pessoas com


reflexão crítica, que sejam capazes de conduzir de forma democrática os destinos da
socieda­de.

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