Você está na página 1de 2

Comunhão = Koinonia é uma palavra de origem grega e significa

Este termo é utilizado entre os cristãos, no sentido


de companheirismo, compartilhamento e harmonia no modo de sentir,
pensar, agir; identificação: comunhão de pensamentos entre as pessoas
e Deus.

Jesus veio para transformar as estruturas sociais, econômicas, religiosas,


estabelecidas. Jesus fala da transformação de vida ele fala da vida em
abundância, vida em plenitude. E como judeu ele sabia da importância da
comunhão da mesa.

Um judeu somente convidaria alguém para SENTAR-SE EM TORNO DA


MESA, se soubesse dos riscos que corria para não tornar-se impuro, afinal
sentar-se a mesa era muito mais do que "acomodar as pessoas ao redor de um
móvel".

Poder participar da mesa significava que a pessoa que convidou para a mesa
daria acesso a vida um do outro. Sendo assim, se a outra pessoa estivesse
numa condição inadequada, a participação de um na vida do outro seria
inconveniente. Assim, um bom e prudente judeu só se sentava a mesa, com
um grupo muito seleto, para por a vida em comum, para a pertença da vida
com aqueles que eram tido como bons, justos, etc, para que não houvesse
contaminação.

Marcado por uma incondicional reverência à Lei, o judeu deveria desprezar


qualquer tipo de contato com os pecadores e com os gentios. Devia evitar
o contato com os marginalizados não só pela religião, bem como, também, pelo
sistema econômico.

Jesus vê a mesa como um lugar de comunhão. A imagem do banquete era


muito comum no judaísmo para se referir ao Reino de Deus. Por isso, o fato
de sentar-se à mesa com algum judeu tido como pecador perante a Lei ou
ainda, sentar-se à mesa com algum gentio, era para o judeu observante
da Lei o mesmo que entrar em comunhão com os pecados deles. Um
judeu somente convidaria alguém para SENTAR-SE EM TORNO DA MESA,
se soubesse dos riscos que corria para não tornar-se impuro.

Poder participar da mesa significava que a pessoa que convidou para a


mesa daria acesso a tudo o que ela possuía ter acesso à vida um do
outro.

Para Jesus era diferente. Para ele, comer junto com um publicano ou uma
prostituta era permitir o acesso à salvação. Era a oportunidade que os
marginalizados tinham de entrar em comunhão com a sua pessoa. Agora
podemos compreender a grandeza do gesto de SENTAR-SE A MESA, ou seja,
de tornar o outro partícipe de toda extensão de minha vida, de DAR ACESSO
ao que tenho.

Jesus insistia em colocar-se junto dos pobres, dos marginalizados, e convidá-


los a mesa. Por que?

Sem dúvida nenhuma com este gesto Ele estava convidando os homens puros
ou não para terem acesso a sua vida, para a novidade que veio comunicar e
partilhar.

A espiritualidade da mesa traz a todos que se assentam ao seu redor, a


gratidão. A refeição em comum estabelece vínculo, desperta o espírito de
partilha e motiva a união das diferenças. Ela interpela a todos viver uma
espiritualidade da gratuidade e do serviço de uns para com os outros.

É a partir deste fato que se pode afirmar que a comunhão de mesa proposta
por Jesus sinaliza a experiência do Reino de Deus. É preciso que o cristão e a
cristã de hoje estejam dispostos para vivenciar esta verdade.

Numa sociedade marcada pela desigualdade, pelo exclusivismo, dividida em


classes (ricos, classe média, pobres e miseráveis) e movida pelo
individualismo, pelo egoísmo humano, o cristão têm a missão de implantar a
cultura do Reino de Deus. E como fazer isso? Por meio da seguinte dinâmica:
aproximar-se do outro, sentar-se à mesa e estabelecer com ele a
comunhão de vida.

Você também pode gostar