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uma
que determinada cultura
existem coisas queouseépoca histórica
mostram reconheceà
agradáveis
contemplação, independentemente do desejo que temos
delas.
Coisas que os seres humanos consideraram belas.
Estreita relação que a época moderna estabeleceu
entre Beleza e Arte não é assim tão evidente.
Beleza da natureza: belas por si.
Beleza da arte: a arte tinha apenas a incumbência
de fazer bem as coisas que fazia, de modo que
servissem ao escopo a que eram destinadas
Por que então a história da Beleza é documentada
quase sempre através de obras de arte?
Representar os semelhantes como a mim mesmo.
Diferentes modelos de beleza coexistem em uma
mesma época.
Capítulo 1: O ideal estético na Grécia antiga
•Para uma beleza subjetiva e m últipla: Renascimento- Alto grau de perfei ção
(“Grande Teoria”), Beleza consiste na propor ção das partes. Ao mesmo tempo
assistimos ao surgimento na mentalidade e na cultura renascentistas de for ças
centrífugas que empurram em dire ção a uma Beleza inquieta, informe,
surpreendente. O progresso da ciência tirando o homem do centro do mundo.
Segundo o escritor Pietro Bembo, “a beleza nada mais é que uma gra ça que
nasce da propor ção e conveniência, e de harmonia entre coisas ” (ECO, 2004,
p.216).
•O Maneirismo: a inquietude do artista, imprensado entre a impossibilidade de
rejeitar o patrimônio artístico da gera ção precedente e o sentido de estraneidade
em rela ção ao mundo renascentista. Para os pintores maneiristas, a beleza
clássica é percebida como vazia, desprovida de alma. Para fugir do vazio, aos
maneiristas se lan çam para o fant ástico. Os maneiristas privilegiam as figuras
com movimento, e em particular o S (figura serpentina que remete a l ínguas de
fogo). A Beleza de Arcimboldi é despida de qualquer aparência de classicidade e
exprime-se através da surpresa, do inesperado, de uma atmosfera de sonho e
irrealidade. A representa ção da Beleza cresce em complexidade, remete-se à
imaginação, mais que ao intelecto;
•A melancolia: A melancolia como destino do homem de estudo não é
em si uma novidade. Se o homem do Renascimento investigava o
universo com os instrumentos das artes pr áticas, o homem barroco que
se prenuncia indaga bibliotecas e os livros e , melanc ólico, deixa cair os
instrumentos, ou os tem, inoperantes, nas mãos;
•Agudeza, Wit, conceptismo... : mentalidade barroca é a combinação de
imagina
─agudeza,çãoconceptismo,
exata e efeitoWit
surpreendente, que assume
, marinismo (poeta diversos
italiano, nomes
Marino). Mais
importante que a Beleza exata é a capacidade de exprimir a
multiplicidade de particulares ( de formas e detalhes). A Agudeza exige
uma mente engenhosa, criativa;
•A tensão em dire ção ao absoluto: o s éculo barroco exprime uma
Beleza al ém do bem e do mal. Dizer o belo atrav és do feio, o
verdadeiro através do falso, a vida atrav és da morte. Morte, tema
obsessivamente presente na mente barroca. A bela morte de Romeu e
Julieta. Beleza dramaticamente tensa.
Capítulo 10: A razão e a Beleza
•Século XVIII, s éculo de paixões desenfreadas e violentas,
sentimentos arrebatadores, homens e mulheres tão refinados quanto
cruéis, s éculo de Rousseau, Kant, Sade, da Guilhotina, da
exuberante Beleza do rococó e do neoclassicismo. Para Rousseau,o
bom é o Belo em ação e o gosto é de certo modo o microscópio do
juízo. A razão iluminista tem seu lado luminoso no gênio de Kant,
mas um lado obscuro e inquietante no teatro cruel do marquês de
Sade;
•No neoclassicismo encontramos o rigor individualista (o privado)
e a paixão arqueol ógica (moda na segunda metade do s éculo
XVIII). Paixão por viagens e terras distantes em busca de uma
beleza exótica. Busca do estilo srcinal, a favor de uma maior
liberdade expressiva. Para David Hume, o cr ítico s ó pode
determinar as regras do gosto quando é capaz de se libertar dos
hábitos e preconceitos. A Beleza não é inerente às coisas, mas se
forma na mente do crítico, isto é, do espectador livre de influências
externas;
•Heróis, corpos e ru ínas: estética das ru ínas se desenvolve na segunda metade do
século XVIII. Revelar a transitoriedade da vida e a irrecuperabilidade daquilo que
o tempo e a morte engolem. Beleza dos antigos monumentos convida a não
esquecer as devastações do tempo;
•Novas idéias, novos temas: Rela ção dos intelectuais e p úblico, afirmação dos
salões femininos e o papel da mulher, do surgimento de novos temas art ísticos.
Certa independência econômica do artista e do intelectual gra ças à expansão da
indústria editorial. O livro se difunde at é as periferias extremas, preparando
terreno para a Revolu ção Francesa. A Beleza do neoclassicismo ser á assumida
como emblema da Revolução, enquanto a Beleza rococó será identificada como o
ancien regime odioso e corrupto;
•Cidade industrial;
•Lema da Arte pela Arte a Beleza é um valor prim ário a ser
realizado a qualquer custo (muitos viverão a pr ópria vida como
obra de arte);
•O dândi: culto ao excepcional. O dândi nasce na sociedade inglesa
da Regência, nos primeiros decênios do s éculo XIX, com George
Brummel. Dândis famosos: Oscar Wilde, Baudelaire A vida
como Arte. Por vezes o dandismo se manifesta em oposi ção aos
preconceitos e costumes correntes. Alguns dândis são
homossexuais. A Beleza como costume;
•A carne, a morte e o diabo: cabalistas, os desregramentos dos
sentidos, sadismo/masoquismo, necrofilia, interesse pelo pecado,
pelo doentio, por figuras que desafiam regras morais;
•“À rebours”: “ao inverso, às avessas, na contracorrente ”. Ópio,
absinto, prefere imagens imaginadas a realizadas...Vida de
sensações artificiais. Androginia, mulher flor de Baudelaire.
Capítulo 14: O novo objeto