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A ESCOLA NA REDE DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Em 13 de julho de 1990 o Brasil regulamenta as conquistas referentes aos direitos das crianças e dos
adolescentes, já presentes em certa medida na Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 227. Ratificando a
Declaração Universal da Criança. Nasce assim, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – Lei 8.069/90,
trazendo luz os direitos e deveres dos nossos jovens. Assegurando o papel de seres humanos, sujeitos de direitos.

Tendo muito a comemorar em seus 30 anos de existência e resistência. Segundo a UNICEF “Em 1990, a
escola era obrigatória apenas dos 7 aos 14 anos e 20% das crianças dessa faixa etária estavam longe das salas de
aula. Em 2009, a escolaridade foi ampliada para 4 a 17 anos. E, em 2017, apenas 4,7% das meninas e dos meninos
dessas idades estavam fora da escola – a maioria deles nas faixas etárias de 4 a 6 anos e 15 a 17 anos.”

Nesse sentido, a escola detém um grande desafio a ser superado na busca de um modelo de gestão escolar
que privilegie a permanência do educando na escola. Como professor de matemática de alunos do 6° e 9° ano do
Ensino Fundamental na Escola Municipal Presidente Kennedy (Zona Rural) em Caruaru-PE, questiono: Será que
nós podemos dizer que no Brasil existe igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, quando os
responsáveis passam a noite em filas procurando assegurar uma vaga para seu filho estudar? Quando não
oferecemos aos alunos um ambiente agradável e de confiança? Quando não oferecemos uma alimentação adequada?
Quando não damos suporte adequado a alunos em condições de educação especial? Quando não recebemos com
dignidade o jovem a quem se atribui autoria de ato infracional? O Estado cria e promulga leis e garante sua
efetivação. Por outro lado, a população ainda não incorpora a educação como direito. Desconhece os canais
competentes para denunciar a omissão do Estado, a negação de um direito constitucional.

Sabe-se que a lei por si só não garante a qualidade de ensino nem a permanência do aluno na escola. Assim,
faz-se necessário promover a reflexão junto da escola e da comunidade, envolvendo alunos, educadores, familiares e
autoridades. Discussão no Conselho Escolar sobre ações específicas ao caso/estratégias e procedimentos para
conduzir o problema, utilização de publicações, vídeos, debates sobre o ECA junto às organizações escolares e
comunidade local quanto à aprendizagem de novas posturas, valores e comportamentos preventivos e reparadores
das violações, preparação da equipe escolar através de reflexões, oficinas de trabalho e interpretação do ECA sobre
o que, como, quando fazer e com quem articular, colocando em prática os objetivos em favor do cumprimento da
lei, inclusão no currículo escolar dos temas Cidadania, Políticas Públicas, Trabalho Infantil, Ato Infracional, Abuso
e Exploração Sexual, Violência contra Criança e Adolescente e outros temas transversais.

E uma das maneiras de engajar a comunidade escolar nesse possesso é a participação na 15ª edição do
Câmara Mirim/programa de formação Missão Pedagógica no Parlamento, oferecido pela Câmara dos Deputados.
“A vivência é o que traz o interesse.” Entendendo in loco qual o papel dos nossos congressistas e qual a importância
do nosso papel no processo de manutenção dos direitos da criança e do adolescente. Fazendo o aluno perceber os
seus direitos e os seus deveres, assim como dos seus familiares, educadores e do Estado. Dessa maneira, alunos e
educadores poderiam trabalhar em convergência no que se trata a influência de fatores bloqueadores, pois muitos
professores sentem-se impotentes frente às problemáticas da relação ensino-aprendizagem. Trazendo boas práticas
para nossa comunidade, como: Projeto Escola que protege, Programa Escola Aberta, Projeto Aluno Presente.
Repensando uma política educacional local que zele pela inclusão, pelo convívio dos pares, pelo conhecimento
científico e pelo conhecimento da realidade que possibilite agir sobre ela e transformá-la. O grande desafio é a
construção de uma escola que seja pública, democrática, acolhedora, de inclusão social e de construção da
cidadania.
Modalidade de participação: Novos(as) Educadores(as)

Nome: Derycly Douglas Eufrásio Galdino


E-mail: deryclygaldino@gmail.com
Telefone: (84) 99843-1657
Endereço: Rua Dr. Manoel Borba, n° 115, apto. 203, Nossa Sra. das Dores (Centro), Caruaru-PE, CEP
55002-180.

Câmara Municipal de Caruaru-PE


Telefone: (81) 3701-1850 / 3701-1851
Endereço: Rua Quinze de Novembro, n° 201, Nossa Sra. das Dores, Caruaru-PE, CEP 55004-160.
Não possui e-mail. Site: http://www.caruaru.pe.leg.br

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