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A Igreja de Deus
“A Igreja Universal, que é invisível, consta do número total dos eleitos que
já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo
sob Cristo, seu cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele que
cumpre tudo em todas as coisas”.
Outra definição pode ser: A Igreja é constituída pelos eleitos justificados e o Reino pelo número total de
eleitos (ver os Decretos Eternos).
Todavia, essas definições não são realmente precisas e não causam nenhum problema doutrinário em suas
diversas interpretações.
Kuyper: “Portanto, tudo que é possível para nós sobre a terra é primeiro,
uma comunhão mística com aquela Igreja verdadeira por meio do Espírito,
e em segundo lugar, o gozo das sombras que estão se manifestando na
cortina transparente diante de nós. Consequentemente, nenhum filho de
Deus deveria imaginar que a verdadeira Igreja está aqui na terra”.
A igreja local
Termos bíblicos
Essa palavra “ekklesia” pode indicar várias situações, como por exemplo: A
igreja na casa de uma pessoa, a igreja local, um grupo de igrejas em uma
região, a igreja como uma congregação de todos os que professam a Cristo
em todo o mundo, ou ainda a totalidade de todos os cristãos professos. No
caso dos eleitos, é também chamada a Igreja de Deus ou a Igreja Universal,
que se confunde com o Reino de Deus ou o Reino dos Céus em um
determinado período.
Nota: O Reino de Deus se compõe de todos os eleitos em todos os tempos, a Igreja de Deus, os eleitos em
um tempo determinado. Essas definições podem variar, mas dentro do mesmo conceito.
A igreja na história:
Efésios 1,22-23: “E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça
sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude
daquele que a tudo enche em todas as coisas”.
A Igreja Universal
A Igreja Universal pode ser tida como o número de eleitos vivos, em uma
determinada época, o que a difere do Reino, que é constituído por todos os
eleitos em todos os tempos. Nenhuma denominação, raça ou nação tem a
exclusividade da igreja, somente Deus conhece seus eleitos.
2 Crônicas 2,6: “No entanto, quem seria capaz de lhe edificar a casa, visto
que os céus e até os céus dos céus o não podem conter? E quem sou eu para
lhe edificar a casa, senão para queimar incenso perante ele?”.
2 Coríntios 4,6-7: “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz,
ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do
conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo. Temos, porém, esse
tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e
não de nós”.
Mateus 13,47-49: “O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que,
lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie. Arrastam-na para a praia
e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora. Assim
será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre
os justos”.
1 – Efésios 4,11-13: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para
profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com
vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço,
para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade
da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à
medida da estatura da plenitude de Cristo”.
Marcos 13,21-22: “Então, se alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! Ou: Ei-
lo ali! Não acrediteis; pois surgirão falsos cristos e falsos profetas,
operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos”.
Os meios de graça
Lucas 22,19: “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu,
dizendo: Isso é o meu corpo oferecido por vós; fazei isso em memória de
mim”.
João 17,3: “E a vida eterna é essa: que te conheçam a ti, o único Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
Essa Igreja pode ser conhecida, também, como o número total de eleitos em
um determinado momento da história. Dessa forma, ela se diferencia do
Reino de Deus, que é a soma de todos os eleitos de todos os tempos.
Para essa Igreja Jesus também disse: “Eis que estarei convosco todos os dias
até a consumação dos séculos”.
2– A Igreja Local
São denominações “cristãs” onde os crentes se reúnem, teoricamente, para
glorificação e adoração de Deus. Esse é o significado da grande maioria das
referências à igreja no Novo Testamento (ekklesia).
A Igreja invisível é a Igreja que pode ser vista unicamente por Deus, pois
somente Ele conhece seus filhos. A igreja local é a igreja física, como ela é
vista pelos homens: Todos aqueles que professam a Cristo, sinceros ou
hipócritas. Nessa igreja o joio e o trigo estarão sempre misturados, apesar de
que, a clara doutrina bíblica afirma que os falsos conversos, bem como os
declaradamente ímpios, devem ser excluídos da igreja sem hesitação.
3– A igreja Universal
Não existe, nas igrejas locais, uma igreja pura, em meio à congregação
existem pessoas que não professam, de fato, a fé cristã e cuja profissão de fé
será desmascarada no último dia.
Efésios 1,22: “E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça
sobre todas as coisas, o deu à igreja”.
Somente os eleitos, dentro das igrejas, são separados por Deus. A santidade
da Igreja de Deus provém de dois fatos: O primeiro é a separação do mundo,
o segundo é o fato que, Deus imputa, aos seus filhos, pecadores, a justiça
perfeita de Cristo, santificando-os dessa forma.
Efésios 1,4: “Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo,
para sermos santos e irrepreensíveis perante ele...”.
“Católico”: Esse é outro termo infeliz, mas adotado universalmente pelos protestantes. O problema desse
termo é que ele está intimamente associado à igreja de Roma.
A igreja é apostólica
Por outro lado, a apostolicidade da igreja não significa uma sucessão física
de ministros a partir dos apóstolos, como já dissemos acima. Essa não é uma
doutrina bíblica, trata-se de tradição de homens e deve ser repudiada com
firmeza. Ademais, quando o imperador Constantino assumiu a chefia da
igreja cristã, esse elo, inexistente, teria sido quebrado.
Pode-se verificar no verso acima, que a ordem para evangelização foi dada
a todos os apóstolos indistintamente, nenhum deles foi nomeado acima ou
submisso a qualquer um dos outros, essa sempre foi a tônica dos ensinos de
Jesus, como se pode constatar nesse outro verso abaixo, quando Jesus
repreende os apóstolos por procurarem a primazia entre os outros.
A igreja militante
Lucas 18,8: “Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando
vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?”.
A igreja triunfante
A igreja triunfante pode ser definida como a reunião das almas dos crentes
que se encontram no céu, ou como a reunião final de todos os crentes após o
Dia do Julgamento, onde todos os eleitos de todas as épocas da história da
humanidade estarão finalmente reunidos a Cristo em seu estado glorificado,
onde o pecado e a corrupção estarão definitivamente banidos e os filhos de
Deus revelados em caráter definitivo.
A igreja e a Palavra:
Calvino diz que, na Igreja de Deus, a Palavra deve ser pregada e ouvida em
toda sua pureza. Isso soa hoje como uma utopia, pois infelizmente a igreja
local tem se degenerado a tal ponto que é possível esperar ouvir de tudo em
uma igreja, menos a Palavra em sua pureza, pois essa se tornou ofensiva aos
crentes modernos.
João Calvino: “Onde quer que vejamos a Palavra de Deus pregada e ouvida
em toda a sua pureza e os sacramentos ministrados segundo a instituição de
Cristo, não há dúvida de que existe uma Igreja de Deus”.
O crente e a igreja
OS SACRAMENTOS
Os sacramentos
Os termos sacramento e Trindade, não ocorrem diretamente na bíblia, o seu
uso era voltado a obrigações e juramentos relativos a compromissos de
negócios ou militares, que eram comuns na Antiguidade. Em seu uso
religioso sacramento provém do grego - ‘mysterion’; o que era desconhecido
e agora foi revelado - ordenanças que foram reveladas pela Escritura: O
batismo e a Ceia do Senhor.
O batismo infantil, dos filhos dos crentes, era bastante comum nos primeiros
séculos da era cristã, sendo que o modo do batismo, por imersão, por
derramamento ou aspersão não era considerado como diferencial, o modo do
batismo não estava em discussão nos primeiros séculos da igreja. A partir do
segundo século, surgiu a ideia de que o batismo infantil era de extrema
necessidade, sendo que as crianças não batizadas eram consideradas
perdidas.
A igreja luterana não desfez totalmente a ideia da igreja romana com relação
ao batismo, eles consideravam a água do batismo como dotada de
propriedades milagrosas pelas quais o pecado original é removido. No caso
de adultos essa ação milagrosa era dependente da fé do crente batizado, mas
no caso de infantes havia dúvida se Deus infundia a fé na criança antes do
batismo ou se a fé era propiciada pelo próprio ato do batismo.
Louis Berkhof: “De acordo com as autoridades judaicas citadas por Wall
em sua História do Batismo Infantil (History of Infant Baptism), esse batismo
tinha que ser ministrado na presença de duas ou três testemunhas. As
crianças cujos pais recebiam esse batismo, desde que nascidas antes da
administração do rito, também eram batizadas, à solicitação do pai,
contanto que não fossem de idade (os meninos, treze anos e as meninas
doze), mas se fossem de idade, somente à solicitação delas próprias”.
A fórmula batismal
A Ceia do Senhor
Por esse mesmo motivo, os israelitas eram proibidos de participar das ceias
comemorativas e sacrificiais dos outros povos, pois isso representava
adoração a outros deuses. Esses sacrifícios não se confundem com a Páscoa
judaica, pois a Páscoa era uma celebração independente das outras e tinha o
significado de expiação, diferente das ofertas pacíficas que traziam em si o
significado do perdão e da comunhão resultante.
A Ceia na Reforma
Os símbolos da Ceia
A Santa Ceia é realizada em memória de Cristo, para lembrar sua morte até
que ele venha novamente. O ato comer o pão e beber o vinho é uma
lembrança do pacto da graça, pelo qual, Cristo mantém sua promessa de
salvação e confirma a comunhão com os eleitos. O pão representa a carne de
Cristo e o vinho o seu sangue, porém de forma espiritual, e qualquer
representação material nesse sentido é idolatria e abominação perante Deus.
A CEIA E A IGREJA
1 Coríntios 11,27: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do
Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor”.
Aplicação da Ceia
A Santa Ceia deve ser dirigida por um ministro ordenado, que deverá orientar
a liturgia e abençoar os elementos antes de distribuí-los, participando
pessoalmente da cerimônia. A participação na ceia é restrita às pessoas
presentes ao ato e batizadas em uma denominação evangélica respeitável. A
Santa Ceia tem deve unir a congregação em torno dessa comemoração, os
membros impedidos de estar presente, por motivos justos, poderão ser
representados por um oficial da igreja devidamente ordenado e habilitado.
Bênção e maldição
AS MARCAS DA IGREJA
Não se deve, jamais, firmar a Palavra de Deus em base de atos humanos, mas
os atos humanos devem ser restritos à Palavra de Deus, esse é o evangelho
de Cristo e qualquer atitude em contrário é abominável perante Deus e
perante os cristãos verdadeiros.
AS OBRIGAÇÕES DA IGREJA
Atos 15,24-29: “Visto sabermos que alguns que saíram de entre nós, sem
nenhuma autorização, vos têm perturbado com palavras, transtornando a
vossa alma, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, eleger alguns
homens e enviá-los a vós outros com os nossos amados Barnabé e Paulo,
homens que têm exposto a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais pessoalmente vos dirão também
essas coisas. Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor
maior encargo além dessas coisas essenciais: que vos abstenhais das coisas
sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados
e das relações sexuais ilícitas; dessas coisas fareis bem se vos guardardes.
Saúde”.
Gálatas 5,9-10: “Um pouco de fermento leveda toda a massa. Confio de vós,
no Senhor, que não alimentareis nenhum outro sentimento; mas aquele que
vos perturba, seja ele quem for, sofrerá a condenação”.
DA NECESSIDADE DOS CREDOS E CONFISSÕES
OS CREDOS
Desceu ao Hades:
2– O Credo Niceno:
Esse credo foi formulado com base no Credo dos Apóstolos com as seguintes
características:
Em sua presente forma ele é o credo de toda a Igreja Cristã Ocidental, sendo
que a Igreja Grega rejeita a última fórmula acrescida (Filioque).
Geração: Esse é um termo infeliz, que pode ser confundido com a criação de uma nova pessoa. Deus, o Pai
e o Filho e o Espírito são co-eternos e auto-existentes na essência da divindade, o termo “geração” se refere
a funções na economia da Trindade e significa a relação de filiação eterna entre o Pai e o Verbo.
- Apolinário: Afirmou que Jesus não possuía uma alma racional humana, o
Verbo de Deus seria a alma de Jesus.
- Adocianismo: Jesus era um homem comum que foi adotado pelo Pai após
sua morte.
"Todos nós, com voz uníssona, ensinamos a fé num só e mesmo Filho, Nosso
Senhor Jesus Cristo, sendo o mesmo perfeito na divindade e o mesmo
perfeito na humanidade, o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente
homem, com alma racional e com corpo, da mesma substância do Pai quanto
à divindade e quanto à humanidade da mesma substância que nós, em tudo
semelhante a nós menos no pecado; o mesmo que desde a eternidade é
procedente do Pai por geração quanto à divindade e o mesmo que quanto à
humanidade nos últimos tempos foi gerado pela Virgem Maria, Mãe de
Deus, por nós e nossa salvação; sendo um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor,
Unigênito, que nós reconhecemos como existente em duas naturezas, sem
confusão, sem mutação e sem divisão, sendo que a diversidade das naturezas
nunca foi eliminada pela união, ao contrário, a propriedade de cada uma
das naturezas ficou intata e ambas se encontram em uma só pessoa e uma
só hipóstase. O Filho não foi dividido ou separado em duas pessoas, mas é
um só e o mesmo a quem chamamos de Filho, Unigênito, Deus, Verbo,
Senhor, Jesus Cristo, como desde o início a respeito dele falaram os profetas
e o próprio Jesus Cristo nos ensinou e como nos foi transmitido pelo Símbolo
dos Padres".
A IMPORTÂNCIA DE CALCEDÔNIA
Mas quem é esse Jesus Cristo bíblico que faz parte da história da igreja e o
qual devemos aceitar conforme as Escrituras, os credos milenares da igreja
e as confissões reformadas? Se não conhecemos a realidade da pessoa e
natureza de Cristo, facilmente incorremos no erro de adorar a outrem (como
diz Agostinho) com consequências terríveis e inimagináveis: O inferno de
fogo eterno.
Só existe um Cristo verdadeiro, quem não está com ele é contra ele.
Mateus 12,30: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não
ajunta espalha”.
Veja a profundidade da afirmação acima, Jesus não diz: “Está contra mim”,
ele diz: “É contra mim”, a condenação não é temporária, é definitiva.
Por que isso? Quem não conhece Jesus Cristo não pode produzir bons frutos,
é sobre isso que Jesus adverte nos evangelhos.
Lucas 3,9: “E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda
árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”.
Os verdadeiros cristãos da atualidade jamais poderão sobrevalorizar os
credos da Igreja, os quais vieram a se firmar no concílio de Calcedônia, no
ano de 451 d.C.
Ário havia negado a divindade de Cristo, segundo ele, haviam três deuses
distintos, o Pai, em uma categoria superior, depois Cristo e o Espírito Santo
como seres criados.
Ário afirmara que houve um tempo em que o Filho não existia. Ao negar a
divindade de Cristo, o bispo Ário introduziu na igreja o politeísmo, com a
existência de três deuses distintos entre si. Essa heresia foi condenada no
Concílio de Nicéia, no ano de 325 d.C. Nesse concílio, o bispo Ário e todos
os seus seguidores foram desligados da igreja para sempre.
- Adocianismo: Jesus era um homem de grande virtude que foi adotado por
Deus como filho, e, por seus méritos nessa vida, foi alçado à divindade.
- Trindade Econômica: Esse termo diz respeito às funções de cada uma das
pessoas divinas na redenção do homem (e anjos).
Dessa forma, quando o Credo diz que o Filho foi gerado, não se refere à
pessoa do Verbo, mas a funções, que também não foram criadas, pois
existem de forma simples, eterna, e imutável na economia da Trindade – O
Pai e o Filho e o Espírito Santo.
Assim sendo, o Credo não está dando a entender que o Verbo foi gerado, no
sentido de criação, mas está afirmando que o Verbo é o Filho eternamente,
não houve jamais uma situação em que o Filho não existisse. A relação de
filiação entre a primeira e a segunda pessoa da Trindade é eterna, imutável e
auto existente, tanto quanto a própria Trindade, tanto quanto o próprio Deus.
Por tudo isso, você que se confessa cristão e quer realmente dar significado
à sua crença, essa é a pessoa que você deve venerar e adotar como o único e
verdadeiro mediador entre Deus e o homem: Jesus Cristo, verdadeiro homem
e verdadeiro Deus em uma única pessoa – O Verbo de Deus.
João 3,18: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado,
porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”.
Essas palavras de Isaías, abaixo, são atribuídas a Cristo pelo apóstolo Paulo,
veja a importância que é dada ao nome de Deus.
Isaías 45,23: “Por mim mesmo tenho jurado; da minha boca saiu o que é
justo, e a minha palavra não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo
joelho, e jurará toda língua”.
Isaías 42,8: “Eu sou o SENHOR, esse é o meu nome; a minha glória, pois,
não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura”.
Isaías 48,9: “Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da
minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar”.
Em Malaquias, Deus se manifesta contra os sacerdotes que desprezam o seu
nome.
Malaquias 1,6: “O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai,
onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para
comigo? — diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que
desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?”.
Se Deus preza tanto o seu nome, é que ele preza sua verdadeira natureza,
assim como àquele a quem enviou, essa é sua honra. Deus não aceita
adoração que não seja dirigida a Ele, em o nome de Jesus, exatamente
conforme eles são revelados na Escritura.
Extra calvinisticum:
O credo de Atanásio
A REFORMA
OS PRINCIPAIS DEBATES NÃO FORAM DE ORDEM TEOLÓGICA, POIS HAVIA UNIDADE QUANTO
À DOUTRINA DA SALVAÇÃO, EMBORA HOUVESSE DIVERSIDADE QUANTO À ECLESIOLOGIA, A
ORDEM NA IGREJA. NESSE PONTO, HAVIAM QUATRO PARTIDOS: EPISCOPAIS,
INDEPENDENTES (CONGREGACIONAIS), PRESBITERIANOS E ERASTIANOS (ERASTUS DE
HEIDELBERG) , ESSES ÚLTIMOS, DEFENDIAM QUE A AUTORIDADE FINAL DA IGREJA DEVERIA
SER DO ESTADO E QUE O TRABALHO DO PASTOR DEVERIA SER SOMENTE DE ENSINO.
OS FUNDAMENTOS DA IGREJA
Lloyd Jones: “Ser cristão é estar sujeito a uma energia e um poder que está
acima do nosso entendimento”.
A igreja local, por sua vez, é constituída por ministros que são ordenados
conforme normas específicas. As decisões extraordinárias são tomadas por
assembleias com atribuições e poderes definidos conforme as regras de cada
denominação.
Os meios de graça
Esses meios de graça não se referem à graça comum, pela qual Deus opera a
manutenção do universo, mas são meios da graça especial e salvadora, pela
qual Deus chama e aperfeiçoa seus eleitos, em Cristo e os regenera, através
do Espírito, ao longo de toda sua vida terrena.
João 16,7-8: “Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se
eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-
lo enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e
do juízo”.
Os meios, utilizados pelos crentes e pela igreja, não têm o poder de transmitir
a graça de Deus ou de infundir a santidade. Esses meios não são, de tal forma,
indispensáveis à salvação que Deus não possa realizá-la à parte deles. A
salvação é fruto exclusivo da vontade de Deus em Cristo e Ele não necessita
obrigatoriamente da igreja, de seus ministros ou dos meios de graça para
realizar a salvação.
A LEI E O EVANGELHO
A lei é tudo aquilo que revela a vontade de Deus em forma de mandamento
ou proibição, enquanto o evangelho se refere à obra de reconciliação de Deus
com os seus eleitos, em e por Cristo.
A lei é uma obra que prepara a recepção do evangelho, pois pela lei o homem
toma consciência de sua condição pecaminosa. A lei traz a consciência do
pecado e da incapacidade humana, criando a necessidade de um redentor,
isso já é um fato no livro de Gênesis; quando Deus expulsa Adão e Eva do
paraíso, coloca inimizade entre a mulher e Satanás e promete o redentor: A
semente da mulher que irá esmagar a cabeça da serpente.
Pode-se ver esse fato bastante claro na Epístola aos Hebreus, onde a Lei é
descrita como um estado preliminar do evangelho.
Hebreus 9,15: “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de
que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a
primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm
sido chamados.
Arminianismo:
Dispensacionalismo:
O cristão está livre das leis cerimoniais e civis que eram voltadas
exclusivamente ao povo judeu, mas a lei moral de Deus continua sendo
determinante nas obrigações dos homens. Nenhuma pessoa é capaz de
cumprir a lei, mas a lei moral é a meta do cristão, que apesar de reconhecer
sua incapacidade, caminha sempre guiado pela lei e pelo evangelho.
Lucas 10,27: “A isso ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o
teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu
entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
O apóstolo Paulo aborda essa questão de forma clara na Carta aos Romanos,
onde ele explica que a função principal da lei é trazer o conhecimento do
pecado.
Romanos 3,20: “Visto que ninguém será justificado diante dele por obras
da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado”.
- O uso didático: Apresenta a lei moral como norma de vida para o crente.
O fato que o cumprimento perfeito da lei é impossível ao homem, não
impede que a lei seja colocada como meta na vida do crente.
Jesus afirma claramente que a lei moral continua sendo a norma de vida do
crente na Aliança da Graça.
Mateus 5,17: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim
para revogar, vim para cumprir”.
A Ceia - Lucas 22,19: “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e
lhes deu, dizendo: Isso é o meu corpo oferecido por vós; fazei isso em
memória de mim”.
Esses crentes, cada dia mais farisaicos, reduzem Cristo a um mero exemplo
de vida, mas as ordenanças da igreja continuam e continuarão sempre as
mesmas: O testemunho verbal e a pregação - nenhum preceito humano pode
se sobrepor à Palavra de Deus.
As ordenanças e o conhecimento
João 17,3: “E a vida eterna é essa: que te conheçam a ti, o único Deus
verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”.
Cristo governa a igreja através da Palavra, a igreja que não é fiel à Palavra
não é fiel a Cristo. Cristo está presente na igreja, tanto para cegar os réprobos
quanto para preservar seu povo até o final dos séculos, a obrigação da igreja
e de todos os seus ministros não é agradar a homens, mas somente pregar a
Palavra e louvar a Deus.
Lucas 12,49: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já
estivesse a arder”.
Somente através da Palavra, o povo escolhido por Deus, o Pai, recebe a graça
pela justiça perfeita que há em Cristo e tem sua preservação eterna na
comunhão do Espírito Santo.
A igreja e o Estado
A autoridade da igreja
Lloyd Jones: “Podemos ir adiante e dizer que certamente não há nada que
seja tão completamente tolo e calamitoso quando pensamos na Igreja, como
pensar na igreja em termos de tamanho e de número. Mas esse é o
pensamento determinante hoje. Entretanto, como isso é anti escriturístico!
Nós cantamos em nossos hinos: “poucos fiéis”. A Bíblia está repleta de
ensinamentos sobre a doutrina do remanescente, Deus não opera por meio
de grandes batalhões, Ele não se interessa por números; Ele está interessado
na pureza, na santidade, em vasos aptos e próprios para o uso do Senhor.
Não devemos concentrar a nossa atenção em números, e sim na doutrina,
na regeneração, na santidade, na compreensão de que esse edifício é um
templo santo no Senhor, uma habitação de Deus”.
Win Am: “Treinandos que saem de igrejas vitoriosas e têm sido treinados
por homens que são eles próprios multiplicadores de igrejas, são geralmente
eficazes”.
1 Coríntios 3,6: “Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus”.
George Barna: “Muitas pessoas julgam o pastor não pela sua capacidade
de pregar, ensinar ou aconselhar, mas pela sua capacidade de fazer a igreja
funcionar tranquila e eficientemente. Na essência ele é julgado como um
homem de negócio”.
O problema está na definição dos termos: O que é a igreja para esses líderes
e o que é a Igreja de Deus para os cristãos. Os grandes exemplos do
movimento, Billy Graham, Mc Quilkin e Peter Wagner colocam a ênfase da
evangelização na vontade do homem, como afirma Peter Wagner: “O
objetivo do evangelismo é persuadir homens e mulheres...”. Ora, todos
sabem que o objetivo do evangelismo é levar a Palavra, nenhum pregador
tem a capacidade de persuadir, somente Deus pode fazer isso.
A Torre de Babel, esse é o exemplo que Rick Warrren cita como modelo
ideal do que os homens podem conseguir trabalhando em equipe. Em 30 de
Outubro de 2004, na Igreja da Comunidade de Saddleback, condado de
Orange/CA - USA, foi pela primeira vez louvado, no meio eclesiástico, o
exemplo da torre de Babel.
Gênesis 11,4: “Disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma
torre cujo tope chegue até aos céus (*) e tornemos célebre o nosso nome,
para que não sejamos espalhados por toda a terra”.
(*) “Chegue até aos céus”: Expressão característica de um projeto desmesurado, que pretende ultrapassar
todos os limites.
Nota teológica da Bíblia de Genebra: “Eles foram movidos pelo orgulho e ambição, preferindo sua própria
glória que a glória de Deus”.
Isaías 14,13-14: “Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das
estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me
assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens
e serei semelhante ao Altíssimo”.
Atos 20,26-27: “Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje, que estou limpo
do sangue de todos; porque jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio
de Deus”.
1 Reis 13, 17-24: “Porque me foi dito pela palavra do SENHOR: Ali, não
comerás pão, nem beberás água, nem voltarás pelo caminho por que foste.
Tornou-lhe ele: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por
ordem do SENHOR, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que
coma pão e beba água. (Porém mentiu-lhe.) Então, voltou ele, e comeu pão
em sua casa, e bebeu água. Estando eles à mesa, veio a palavra do SENHOR
ao profeta que o tinha feito voltar; e clamou ao homem de Deus, que viera
de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR: Porquanto foste rebelde à palavra
do SENHOR e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu Deus, te
mandara, antes, voltaste, e comesse pão, e bebeste água no lugar de que te
dissera: Não comerás pão, nem beberás água, o teu cadáver não entrará no
sepulcro de teus pais. Depois de o profeta a quem fizera voltar haver comido
pão e bebido água, albardou para ele o jumento. Foi-se, pois, e um leão o
encontrou no caminho e o matou; o seu cadáver estava atirado no caminho,
e o jumento e o leão, parados junto ao cadáver”.
O Pós-modernismo:
Essa última posição tem dominado a moderna igreja, que se destrói dentro
de si mesma. Todos os ataques do mundo à igreja resultaram em
fortalecimento e crescimento doutrinário, mas essas novas versões acima,
vieram para ficar e destruir.
Qual o ensino de Jesus?
Jesus está dizendo: Pense no que realmente quer, avalie sua posição, Jesus
procura seguidores com consistência e não pessoas deslumbradas.
Lucas 14,28: “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se
assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a
concluir?”.
João 6,65-66: “E prosseguiu: Por causa disto, é que vos tenho dito: ninguém
poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido. À vista disso, muitos
dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele”.
João 6,67: “Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também
vós outros retirar-vos?”.
Jesus nunca fez um apelo, nenhum dos apóstolos jamais fez um apelo sequer,
quem chama é Deus. Quando a soberania de Deus é abandonada para
construir uma igreja de números, somente se pode construir uma igreja
mundana, essa igreja não tem nada a ver com Nosso Senhor.
Os líderes cristãos são chamados por Deus na eternidade, não se fazem nesse
mundo.
David Martin Lloyd Jones: “Deus só pode habitar numa Igreja pura - não
necessariamente numa Igreja grande, mas numa Igreja pura, pura na
doutrina e pura na vida. Pode parecer surpreendente, mas não hesito em
asseverar, mesmo hoje, que o maior problema da Igreja atualmente é que
ela é grande demais”.