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AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO DE

ALIMENTOS PROVISÓRIO

DOUTO JUÍZO DA ... VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE (CIDADE –


ESTADO).

(pular 5 linhas)

NOME, menor impúbere, nascido em ... (... anos de idade), com CPF
nº. ..., neste ato representado por sua mãe NOME, brasileira, divorciada,
auxiliar de serviços gerais, natural da cidade de ..., portadora da Carteira de
Identidade RG nº ..., inscrita no CPF/MF sob nº ..., residente e domiciliada na
Rua ..., nesta capital, por seus advogados e procuradores com procuração em
anexo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor em
face de NOME, brasileiro, portador do CPF/MF nº. ..., residente e domiciliado
na Rua ... a presente:

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR DE FIXAÇÃO DE


ALIMENTOS PROVISÓRIOS

o que faz com fundamento na Lei n. 5.478, de 25 de julho de 1968, no


art.693, parágrafo único do Código de Processo Civil e nas razões de fato e
de direito a seguir aduzidos:

1. BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA


Conforme Declaração anexa, o Requerente, representado por sua
genitora, não possuem condições de arcar com as custas processuais,
honorários advocatícios e demais encargos sem prejuízo de seu sustento,
sendo, portanto beneficiária da gratuidade da justiça, nos termos do
art. 98 doCódigo de Processo Civil.
2. FATOS E DIREITO
O requerente é filho do requerido, já qualificado, conforme consta da
inclusa cópia da certidão de nascimento (doc. 01). O dever alimentar dos pais
está previsto expressamente no art. 229 da Constituição Federal.
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ALIMENTOS PROVISÓRIO

“Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos


menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na
velhice, carência ou enfermidade.”
No mesmo sentido, o artigo 1.634, I, do Código Civil dispõe que a
criação e a educação dos filhos menores competem aos pais. Este dever de
sustento, criação e educação também é previsto no art. 22 do Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA (Lei 8.069/90).
Verifica-se, portanto, que compete ao requerido, na medida das suas
possibilidades e da necessidade do filho, ora requerente, prover-lhe o
sustento.

De fato, o Código Civil confere o direito de pleitear alimentos dos


parentes, notadamente entre pais e filhos nos termos do art. 1.694 e 1.696.
Preceitua o § 1º do art. 1.694 do Código Civil, os requisitos para a concessão
dos alimentos.
Vejamos:

“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros


pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de
modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das
necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
(...)”
Determina o art. 1.695 do Código Civil:
“Art. 1.695 – São devidos os alimentos quando quem os pretende
não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria
mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem
desfalque do necessário ao seu sustento.”
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Como em todas as famílias, existem os gastos mensais com


alimentação e a parcela, ainda que pequena, de despesas com luz, água e
telefone correspondentes ao Requerente.

A Representante economiza ao máximo para poder dar algum conforto


ao Requerente, comprando-lhe de vez em quando peças de vestuário e
levando-o para divertir-se, porém, o faz com muito pouca assiduidade
considerando que não possui condições de fornecer, sozinha, tudo o que
gostaria ao Requerente.

Considerando serem estas, resumidamente, as atuais necessidades


alimentares do Requerente, nada mais justo do que o presente pedido em
face do Requerido, seu genitor.

Assim, uma vez constatado o evidente e incontroverso parentesco, a


possibilidade do alimentante e a necessidade do alimentando, reconhece-se o
dever de prestar alimentos de tal sorte que se requer desde já sua fixação em
R$ XXXXXX, 00 (XXXXXX reais) à título de alimentos definitivos.

3. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA –


arts. 294, 297, 300 e301 do Código de Processo Civil e art. 4º da
Lei 5.478/68
Nas ações de alimentos, é cabível a fixação de alimentos provisórios,
nos temos do art. 4º da Lei 5.478/68:
“Art. 4º - Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo
alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor
expressamente declarar que deles não necessita.”
No vertente caso, em razão das dificuldades financeiras por que passa
a genitora do menor, mister se faz a fixação, como tutela de urgência,
determinando seu pagamento exclusivamente pelo requerido.
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Independentemente da condição financeira do requerido, este deve


arcar com as necessidades do seu filho, mormente no presente caso em que
não paira qualquer dúvida sobre a paternidade, o que torna injustificável a
inércia que priva o requerente, seu filho, do necessário sustento.

Posta assim a questão, requer-se a Vossa Excelência a fixação de


alimentos provisórios, em caráter de urgência, no valor mensal de R$
XXXXXXX, 00 (XXXXXXX reais), a serem pagos ao Requerente, com o fim de
satisfazer as necessidades do filho do requerido nos termos desta exordial.

4. PEDIDOS
Diante do exposto, a presente ação deve ser julgada totalmente
procedente, determinando Vossa Excelência:

a) a concessão do benefício da gratuidade da justiça, nos termos do


art. 98do CPC;
b) a fixação de alimentos provisórios, em caráter de urgência, no valor
mensal de R$ XXXXXXX, 00 (XXXXXX reais) mensais, a serem pago ao
Requerente, nos termos desta exordial;

c) seja expedido ofício ao empregador do requerido para que informe


os rendimentos exatos por ele auferidos (art. 5º, § 7º, da Lei n. 5.478/1968),
sob as penas da lei, cujo documento deverá vir para os autos até a data da
audiência;
d) seja citado o requerido pelo correio para comparecer na audiência,
conforme art. 695 do Código de Processo Civil;
e) ao final, não havendo acordo e com a contestação apresentada pelo
requerido, querendo, no prazo do art. 335 do Código de Processo Civil, sob
pena de revelia, sejam fixados os alimentos definitivos no valor de R$
XXXXXX, 00 (XXXXXX reais) mensais, acrescido de eventuais despesas
extraordinárias que surgirem durante a tramitação da presente ação;
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f) a intimação do Ministério Público (art. 698 do CPC) para que se


manifeste no presente feito em razão do interesse de incapaz;
g) a condenação do requerido ao pagamento de custas e honorários
nos termos do art. 85 e seguintes do Código de Processo Civil por ter dado
causa à presente demanda.

5. PROVAS
Protesta por provar o alegado através de todos os meios de prova em
direito admitidos, em especial pela produção de prova documental,
testemunhal, pericial e inspeção judicial, além da juntada de novos
documentos e demais meios que se fizerem necessários.

6. VALOR DA CAUSA
Nos termos do art. 292, III do Código de Processo Civil, dá-se à causa
o valor de R$ XXXXXXXX, 00 (XXXXX XXXXX e XXXX reais).

Nestes Termos,

Pede Deferimento

Local, data.

ADVOGADO

OAB/...

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