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Resumo
1.INTRODUÇÃO
• Ciclo-inespecíficos - Aqueles que actuam nas células que estão ou não no ciclo
proliferativo, como, por exemplo, a mostarda nitrogenada.
• Ciclo-específicos - Os quimioterápicos que actuam somente nas células que se
encontram em proliferação, como é o caso da ciclofosfamida.
• Fase-específicos - Aqueles que actuam em determinadas fases do ciclo celular, como,
por exemplo, o metotrexato (fase S), o etoposídeo (fase G2) e a vincristina (fase M).
d) Outros agentes: Algumas drogas não podem ser agrupadas em uma determinada
classe de acção farmacológica. Entre elas, destacam-se a dacarbazina, indicada
no tratamento do melanoma avançado, sarcomas de partes moles e linfomas; a
procarbazina, cujo mecanismo de acção não foi ainda completamente explicado,
e que é utilizada no tratamento da doença de Hodgkin; a L-asparaginase, que
hidrolisa a L-asparagina e impede a síntese proteica, utilizada no tratamento da
leucemia linfocítica aguda.
2. HISTORIA DA CISPLATINA
A cisplatina foi sintetizada em 1844 por Michel Peyrone, ficando com a designação de
cloreto de Peyrone. Em 1893, a sua estrutura foi elucidada por Alfred Werner e, só em
1960, este composto é redescoberto por serendipismo através de experiências realizadas
nos laboratórios da Michigan State University, por Barnett Rosenberg et al, que
estudavam o efeito de uma corrente eléctrica no crescimento bacteriano de Escherichia
coli. Estes investigadores chegaram à conclusão que a mitose das bactérias era inibida
não por fenómenos eléctricos mas por um agente químico –cisplatina. Assim, em 1970
os efeitos da cisplatina foram testados e comprovados em sarcomas implantados
artificialmente em ratos, seguidos por testes de toxicidade realizados em animais (cães e
macacos). Em 1972 o National Cancer Institute introduz a cisplatina em ensaios clínicos
de fase 3. Em 1978 é aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) para uso
clínico.
3. SINTESE DE CISPLATINA
Nome
cis-diaminodicloroplatina (II)
sistemático
Agente Antineoplásico
Fórmula
Cl2H6N2Pt
molecular
Peso molecular 300,1 g/mol
Origem Sintética
Estado Sólido cristalino
Cor Amarelo (sólido cristalino) e incolor (solução)
Estrutura Planar, tetragonal
Simetria C2V
Ponto de fusão Decompõe-se a 270°C
Absorção no UV Em 0,1 N HCl; λ Max = 301 ±2 nm; ε = 124-145
5. MECANISMOS DE ACÇÃO
Todas estas ligações produzem, lesões no DNA, sendo que as provocadas pelas ligações
cruzadas interfilamentares (InterStrand Cross-link-ISC ) são as mais citotóxicas pois a
alquilação de um único filamento de DNA pode até ser reparada facilmente, mas as
ligações cruzadas interfilamentares, como as produzidas por agentes alquilantes
bifuncionais, exigem mecanismos mais complexos de reparação, podendo até inibir sua
replicação. Todas mudam a conformação do DNA e inibem sua síntese, provocando
então a morte celular.
A cisplatina na forma activa interage com diversos alvos no interior da célula, tendo
diferentes efeitos consoante o alvo atingido:
Efeitos da Cisplatina no RNA - embora a Cisplatina possa interagir com o RNA, esta
ligação não se revela importante no mecanismo de acção da Cisplatina por duas razões:
primeiro, porque uma única molécula de RNA danificada pode ser substituída por novo
material sintetizado, uma vez que estudos revelaram que a síntese de DNA não é
afectada; segundo, porque se verificou que a administração de uma dose letal de
cisplatina, in vitro, a células cancerígenas, apenas danificou uma pequena fracção (1 a
10%) de moléculas de RNA.
Os aductos formados são depois removidos por mecanismos de reparação - excisão dos
nucleótidos. Nestes mecanismos desempenham um papel importante as HMG-proteínas
que têm a capacidade de se ligar ao DNA modificado pela cisplatina.
Embora o principal mecanismo de acção da cisplatina consista aparentemente numa
inibição da síntese do DNA, admite-se a possibilidade de estarem envolvidos outros
mecanismos, incluindo um aumento da imunogenicidade tumoral, na sua actividade
antineoplásica. A cisplatina possui, também, propriedades imunossupressivas,
radiossensibilizant e antimicrobianas.
6. EFEITOS SECUNDÁRIOS
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
[1] Guerra,W., Fontes, A.,Almeida, M., Silva, H., Synthesis and characterization of new
platinum (II) complexes containing furan and nitrofuran derived ligands. Rev. Quím.
Nova vol.28 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2005.
[2] www.qmcweb.org.
[3] Miranda, V., Acosta, I., Fernández, B., Sombert, A., Piñón, A., Alteraciones metabólicas
asociadas a la sepsis. Proteínas, lipidos y carbohidratos, Rev Cubana Pediatrica, v.77 n2, 2005.