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Diario 2925 3 3 2020 PDF
Diario 2925 3 3 2020 PDF
Tribunal Superior do Trabalho do Ato SEGJUD.GP nº 71, de 20/2/2020, determino a remessa dos
autos à origem, ante a solicitação.
Publique-se.
Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
Brasília, 03 de março de 2020.
Presidente
Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Vice-Presidente EVELINE DE ANDRADE OLIVEIRA E SILVA
Secretária-Geral Judiciária
Ministro Aloysio Silva Corrêa da Veiga
Processo Nº AIRR-0101133-83.2016.5.01.0483
Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho
Complemento Processo Eletrônico
Relator Relator do processo não cadastrado
Setor de Administração Federal Sul (SAFS) Quadra 8 - Lote 1 Agravante PETRÓLEO BRASILEIRO S A
Zona Cívico-Administrativa PETROBRAS
Advogado Dr. Fábio Gomes de Freitas
Brasília/DF Bastos(OAB: 168037/RJ)
CEP: 70070943 Agravado CTIS TECNOLOGIA S.A.
Advogado Dr. Rafael Maul de Andrade
Crisafulli(OAB: 142411/RJ)
Telefone(s) : (61) 3043-4300
Advogado Dr. Bruno de Medeiros Tocantins(OAB:
92718/RJ)
Agravado ROGERIO SOUZA DA SILVA
Advogada Dra. Lydiane Marinho Vieira(OAB:
Secretaria-Geral Judiciária 172901/RJ)
Despacho
Intimado(s)/Citado(s):
- CTIS TECNOLOGIA S.A.
Processo Nº AIRR-1002390-63.2016.5.02.0072
Complemento Processo Eletrônico - PETRÓLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS
Relator Relator do processo não cadastrado - ROGERIO SOUZA DA SILVA
Agravante FUNDAÇÃO DOM CABRAL
Advogado Dr. Joaquim Lúcio Simões(OAB: Agravante:PETRÓLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS
86544/MG) Advogado :Dr. Fábio Gomes de Freitas Bastos
Agravado CECILIA MARIA PROENCA DE Agravado :CTIS TECNOLOGIA S.A.
CARVALHO COSTACURTA
JUNQUEIRA Advogado :Dr. Rafael Maul de Andrade Crisafulli
Advogado Dr. Cézar Augusto Saldivar Advogado :Dr. Bruno de Medeiros Tocantins
Dueck(OAB: 131018/SP) Agravado :ROGERIO SOUZA DA SILVA
Advogado Dr. Francisco Ary Montenegro Advogada :Dra. Lydiane Marinho Vieira
Castelo(OAB: 13567/SP)
rbs
Intimado(s)/Citado(s):
- CECILIA MARIA PROENCA DE CARVALHO COSTACURTA
JUNQUEIRA Com base na delegação de competência expressa no art. 1º, IV, "b",
- FUNDAÇÃO DOM CABRAL do Ato SEGJUD.GP nº 71, de 20/2/2020, determino a remessa dos
autos à origem, ante a solicitação.
Agravante:FUNDAÇÃO DOM CABRAL Publique-se.
Advogado :Dr. Joaquim Lúcio Simões Brasília, 03 de março de 2020.
Agravado :CECILIA MARIA PROENCA DE CARVALHO
COSTACURTA JUNQUEIRA
Advogado :Dr. Cézar Augusto Saldivar Dueck Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado :Dr. Francisco Ary Montenegro Castelo EVELINE DE ANDRADE OLIVEIRA E SILVA
rbs Secretária-Geral Judiciária
Processo Nº ARR-1002004-03.2017.5.02.0006
Complemento Processo Eletrônico
Com base na delegação de competência expressa no art. 1º, IV, "b",
JUSTIÇA DO TRABALHO
Processo Nº Ag-ARE-0001856-28.2015.5.22.0101
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Renato de Lacerda Paiva
IMPETRANTE: SINDICATO DOS AUX E TEC DE ENF DO MUNIC
Agravante EQUATORIAL PIAUÍ DISTRIBUIDORA
DE ENERGIA S.A. DO R DE JANEIRO
Advogado Dr. Lycurgo Leite Neto(OAB: 1530-
A/DF)
Agravado JOÃO BATISTA FROTA CALDAS IMPETRANTE: CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO
Advogado Dr. Miguel Sales de Lima(OAB:
9189/PI) RIO DE JANEIRO - COREN/RJ
Intimado(s)/Citado(s):
ADVOGADO: Dr. JOSE LUIZ BAPTISTA DE LIMA JUNIOR
- EQUATORIAL PIAUÍ DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.
- JOÃO BATISTA FROTA CALDAS
IMPETRADO: Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho
Reautue-se o feito a fim de constar EQUATORIAL PIAUÍ
DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A., como agravante. (seq. 57,
pág. 04).
A parte agravante, por meio da Petição nº 36358/2020-2 (seq. 55),
requer a desistência do recurso interposto.
Considerando que o pedido de desistência é ato unilateral e
independe de anuência do recorrido ou dos litisconsortes, conforme
previsto no artigo 998 do atual Código de Processo Civil, acolho o
pleito formulado e determino à Secretaria do Tribunal Pleno, do
Órgão Especial e da Seção Especializada em Dissídios Coletivos -
DESPACHO
SETPOESDC que encaminhe os autos à origem para as
O CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO DE O Exmo. Ministro Presidente prestou informações pelo Ofício TST-
mandado de segurança, com pedido de liminar, contra ato praticado Da decisão que deferiu a liminar a União interpôs agravo, com
pelo Exmo. Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, pedido de reconsideração (Id: 1a9d521).
Informam os impetrantes que foi instaurado Dissídio Coletivo de Município do Rio de Janeiro como assistente litisconsorcial e de
Greve nº 0102392-05.2019.5.01.0000, em trâmite no Tribunal realização de audiência para tentativa de conciliação (Id: 6d5d12d),
Regional do Trabalho da 1ª Região, manejado por diversas que, realizada em 18/12/2019, restou infrutífera.
Município do Rio de Janeiro, postulando o pagamento dos salários Aos 23/1/2020 a União peticionou pela “juntada da ata de audiência
de outubro, novembro, dezembro e 13º salário de 2019, em que o realizada, no dia 19/12/2019, pelo Tribunal Regional do Trabalho da
Exmo. Relator Desembargador Cesar Marques Carvalho 1ª Região, nos autos do DCG 0102392-05.2019.5.01.0000, na qual
“determinou o sequestro da quantia que se teve como incontroversa constam informações que foram realizados, em dezembro de 2019,
entre o Município do Rio de Janeiro e as Organizações Sociais os pagamentos relativos aos meses de outubro, novembro, 13º
postas em questão, relativamente aos valores contingenciados para salários e verbas rescisórias, devidos aos trabalhadores das
o cumprimento do contrato de gestão e pertinentes à satisfação dos Organizações Sociais, prestadoras de serviços ao Município do Rio
salários em aberto e das verbas rescisórias, e com expressa de Janeiro” e requereu a “extinção do presente feito sem resolução
anuência daquele, procedeu com a expedição de ordem de do mérito nos termos do artigo 485, VI do CPC” por ser “patente a
sequestro do valor de R$ 325.000.000,00 (trezentos e vinte e cinco perda do objeto do presente mandamus por fato superveniente” (Id:
milhões de reais) nas Fontes 108 (convenial, incluindo fonte das d10a5fc).
Dessa decisão, a União ingressou com pedido de suspensão de Exmo. Desembargador Cesar Marques de Carvalho, relator do feito
segurança no Tribunal Superior do Trabalho, que foi acolhida pelo originário TRT-DCG-0102392-05.2019.5.01.0000, informou que, em
Exmo. Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho João audiência realizada em 13/01/2020 “foram feitos os repasses dos
Batista Brito Pereira, em 5/12/19, para deferir “o pedido, para valores ajustados entre a UNIÃO e o MUNICÍPIO, bem como
suspender a execução da ordem de sequestro proferida pelo transferidas as importâncias devidas às Organizações Sociais” e
Desembargador Cesar Marques Carvalho, do Tribunal Regional do suspendeu o processo por 15 dias para conferência do repasse dos
proferida no processo principal. Na hipótese de o sequestro já ter Em 4/2/2020, o Exmo. Desembargador Cesar Marques de Carvalho,
sido efetuado, determina-se a imediata restituição dos valores pelo Ofício TRT 1ª Região - GDCMC nº 09/2020 (Id: 85510db),
Em 12/12/19 deferi a liminar para “suspender a decisão nos autos reconhecido que a UNIÃO FEDERAL efetuou o repasse ao
da SLS-1001036-74.2019.5.00-0000, prolatada no dia 5/12/19, pelo MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO que, por sua vez, tem realizado
Exmo. Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho Brito os pagamentos às Organizações Sociais, as quais alegam ter
Pereira, e determinar a imediata liberação das contas ou valores sanado os atrasos no pagamento dos salários dos trabalhadores” e
bloqueados no DCG nº 0102392-05.2019.5.01.0000, em trâmite no que “a questão maior do repasse da UNIÃO para MUNICÍPIO foi
ultrapassada a questão, persistindo a necessidade de pagamento Nesse sentido são os recentes precedentes:
Vejamos.
O prazo decadencial de 120 dias previsto no art. 23 da Lei nº VIOLADO. SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. Trata-se de mandado de
12.016/2009 foi observado – ato coator publicado no Diário Oficial segurança impetrado contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara
da União de 5/12/2019 e mandamus impetrado em 10/12/2019. de Trabalho de Taguatinga/DF , que determinou a inclusão dos
A competência para processar e julgar o writ é do Órgão Especial, execução, por considerar existente a existência de grupo econômico
pois foi apontado como autoridade coatora o Exmo. Ministro entre os executados mencionados com a cooperativa
Presidente do TST (art. 76, I, “b”, do Regimento Interno do TST). COOPERBRÁS e seu representante, Sr. Ronaldo de Oliveira, na
Nos termos do artigo 5º, LXIX e LXX, “b”, da Constituição Federal é origem tenha aplicado como óbice à apreciação do mandamus a
cabível mandado de segurança por entidade de classe em defesa incidência da diretriz da Orientação Jurisprudencial n° 92 da SbDI-2,
de direito líquido e certo de seus membros. Assim, tanto o Conselho a jurisprudência mais recente da SDI2, não raro tem mitigado o rigor
Regional de Enfermagem quanto o Sindicato dos Auxiliares e do mencionado verbete em casos excepcionais, quando a decisão
Técnicos de Enfermagem possuem legitimidade ativa para propor o atacada é considerada teratológica ou quando a medida processual
presente writ (STJ, RESP 1749050, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia cabível não é suficiente para obstar o dano causado pelo ato coator.
O mandado de segurança visa proteger direito líquido e certo, não passou a prever a suspensão do processo com a instauração do
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica, como
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade condição prévia para o ingresso do curso da execução de pessoas
pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do físicas e jurídicas por créditos trabalhistas inadimplidos,
Poder Público, nos termos dos artigos 5º, LXIX, da Constituição incorporando definitivamente ao Processo do Trabalho a norma
A concessão do writ está condicionada à demonstração de ato ilegal a vigência do mencionado Códex, de aplicação subsidiária ao
ou abusivo da autoridade coatora e do direito líquido e certo do Processo do Trabalho, conforme regulamentado pela Instrução
Impetrante, não representando a via processual adequada para a Normativa nº 39 desta Corte. 4. Assim, o ato coator, ao determinar a
impugnação de decisões judiciais passíveis de retificação por meio inclusão da impetrante no polo passivo da lide, à revelia da
de recurso, ainda que com efeito diferido, conforme vedação do disposição legal específica e sem que houvesse prova da relação
artigo 5º, II, da Lei 12.016/2009 e da OJ 92 da SBDI-2 do TST. de coordenação e subordinação entre as empresas, violou direito
No entanto, em casos específicos, a jurisprudência da e. SBDI-2 necessária a concessão da segurança. Recurso ordinário conhecido
deste Tribunal tem entendido pela possibilidade de admissão do e provido" (TST-RO-375-70.2018.5.10.0000, Subseção II
Writ em situações em que constatado o caráter teratológico, abusivo Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Alexandre
da decisão impugnada ou quando a medida processual cabível não de Souza Agra Belmonte, DEJT 19/12/2019 , grifos nosso).
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL PARA JUNTADA DE PLANILHA em fase de cumprimento da sentença há de ser examinado com
CONTÁBIL. ÓBICE INJUSTIFICADO AO ACESSO À JUSTIÇA. LEI rigor, diante da existência de meios de impugnação adequados,
Nº 13.467, DE 2017. EXIGÊNCIA QUE NÃO CONSTA DO ART. autônomos ou recursais, capazes de salvaguardar os direitos e
840, §1º, DA CLT TAMPOUCO DO ART. 319 A 324 DO CPC DE interesses eventualmente afrontados em razão da atuação judicial.
2015. ATO TERATOLÓGICO. AFASTAMENTO DA APLICAÇÃO Nesse exato sentido a disposição legal (art. 5º, II, da Lei
DA OJ Nº 92 DA SBDI-2 DO TST. SEGURANÇA CONCEDIDA. 12.016/2009) e a diretriz jurisprudencial correlata (OJ 92 da SBDI-2
Cuida-se de mandado de segurança impetrado para impugnar do TST), pois o mandado de segurança não representa a via
despacho de emenda da petição inicial, em fase de conhecimento processual adequada para a impugnação de decisões judiciais
de reclamação trabalhista. A autoridade reputada coatora, com base passíveis de retificação por meio de recurso, ainda que com efeito
no art. 840, §1º, da CLT, exigiu que o Reclamante complementasse diferido. No entanto, em casos específicos, quando a adoção das
a petição inicial com planilha contábil, sob pena de extinção do vias próprias de impugnação não for capaz de evitar a lesão ao
processo sem resolução do mérito. Na sessão de julgamento direito afirmado, revelando-se a reparação diferida igualmente
ocorrida em 6 de novembro de 2018, por ocasião do julgamento dos insuscetível de recompor os prejuízos ao direito afirmado pela parte,
RO - 406-27.2017.5.10.0000 e RO - 144-28.2011.5.05.0000, a SBDI o mandado de segurança deve ser admitido, por imposição da
-2/TST considerou inaplicável o teor da Orientação Jurisprudencial própria garantia constitucional do acesso à Justiça (CF, art. 5º,
nº 92 da SBDI-2/TST sempre que o ato coator se revestir de XXXV). Aliás, na linha já consagrada no âmbito desta Corte, nas
ilegalidade ou for divergente da jurisprudência pacífica dessa Corte hipóteses em que a decisão judicial censurada assumir colorido
Superior e não houver meio processual para evitar o prejuízo absurdo ou teratológico há de se reconhecer cabível o mandamus ,
imediato à parte impetrante. No caso em tela, verifica-se que, na pois o valor Justiça deve prevalecer sobre a forma ditada pelas
petição inicial do processo subjacente, o Reclamante atribuiu valor a regras infraconstitucionais que concretizam o postulado do devido
cada um dos pedidos. O pedido é certo e determinado, tal como processo legal. 3. No caso dos autos, em ação executiva autônoma,
exigem os arts. 840 e 319 a 324 do CPC de 2015. No âmbito da relativa ao cumprimento de sentença proferida em ação civil pública,
fase processual de conhecimento, não há a impreterível o Juízo de primeiro grau fez expedir mandado de citação para que a
necessidade de que profissionais da contabilidade apurem, de Impetrante pagasse, em 48 horas, a quantia de R$ 180.000,00, com
início, o alegado " quantum" devido. Com isso, o condicionamento bloqueios em contas bancárias que resultaram na apreensão de
do exercício do direito de ação à juntada de planilha contábil é mais de R$ 122.000,00. Segundo a Impetrante, o provimento
medida manifestamente ilegal. Segurança concedida para condenatório expedido na ação civil pública não foi juntado aos
assegurar o processamento da reclamatória independentemente da autos da ação de cumprimento de sentença. Além disso, a prova
juntada de laudo pericial contábil. Recurso ordinário provido " (RO- demonstra que não se cumpriu a determinação contida no § 2º do
368-24.2018.5.12.0000, Subseção II Especializada em Dissídios art. 879 da CLT, com a redação dada pela Lei 13.467/2017,
Individuais, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT segundo a qual " Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá
22/11/2019, grifos nosso). abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação
"RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. AÇÃO de debate sobre os cálculos de liquidação não mais encerra mera
AUTÔNOMA DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA faculdade confiada ao prudente arbítrio do juiz. A norma, agora,
CONDENATÓRIA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA. NÃO impõe ao juízo que preside a execução o dever de permitir que as
CONHECIMENTO DE EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. partes impugnem itens e valores na conta de liquidação. A regra
EXECUÇÃO INICIADA SEM JUNTADA DO TÍTULO EXECUTIVO impositiva do § 2º do art. 879 da CLT ganha mais relevância quando
JUDICIAL E SEM PRÉVIO DEBATE SOBRE OS CÁLCULOS DE se trata, como na situação vertente, de ação cumprimento de título
LIQUIDAÇÃO APRESENTADOS PELO MPT. INOBSERVÂNCIA executivo formado em outra demanda, no qual impostas obrigações
de fazer e não fazer, cujo inadimplemento é noticiado pela própria o recurso de agravo dessa decisão, na melhor das hipóteses, seria
parte exequente, com a apresentação de cálculos elaborados ao apreciado por este e. Órgão Especial na sessão de 10/2/2020, a
seu talante. Nesse cenário, à luz dos postulados do devido mais próxima com pauta judiciária, ou seja, somar-se-iam mais dois
processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, meses de salários atrasados, que já eram três, além do décimo-
da CF), não parece razoável que a parte que nega o terceiro e de paralisação dos serviços de saúde à população do
descumprimento das obrigações contidas no título executivo judicial Município do Rio de Janeiro.
suportar a apreensão de seu patrimônio - tanto mais quando se Acrescenta-se que informações mais detalhadas em relação às que
cuida de bloqueio de ativos financeiros em contas bancárias - para, levaram ao bloqueio pela Presidência do Tribunal Superior do
somente a partir, ter a possibilidade de discutir a liceidade da Trabalho foram encaminhadas a este Relator, possibilitando a
execução e o acerto da conta confeccionada pela parte exequente. verificação de existência de valores e contas liberados que não
Não há espaço, porém, para a apreciação da matéria de fundo no envolviam verbas da União.
processual, com a notificação da autoridade judicial apontada como Assim, é notória a imediata necessidade de composição
coatora e a citação do Litisconsorte passivo necessário. Devem os jurisdicional entre os chamados carimbos de destinação das contas
autos, portanto, baixar à Corte de origem para o regular oferecidas pela Prefeitura e sequestradas para o pagamento dos
processamento e julgamento do mandado de segurança, restando salários dos agentes de saúde e a pacificação do problema social.
na ação originária até o trânsito em julgado do writ , com imediata Com efeito, o mandado de segurança é medida apropriada em
devolução dos valores já apreendidos à Impetrante. Recurso situações urgentes, em que a tramitação regular de recursos é
ordinário conhecido e provido " (RO-515-18.2018.5.06.0000, ineficaz para salvaguardar o direito postulado.
Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 08/11/2019, grifos nosso). No caso, o direito líquido e certo ficou demonstrado diante da
Na espécie, verifica-se que a situação era emergencial, pois os líquido e certo à percepção salarial pela prestação dos serviços já
agentes da saúde do Município do Rio de Janeiro estavam há três realizados, inclusive incorrendo em crime a retenção dolosa destes,
meses sem perceber salários, que constitucionalmente são conforme previsto no artigo 7º, X, da Constituição Federal. A falta de
definidos como parcela de caráter alimentar, já tendo sido contraprestação mínima aos trabalhadores que efetivamente
instaurada a paralisação dos serviços essenciais à população, como empenharam sua mão-de-obra nos meses em que não houve
amplamente noticiado. Por outro lado, o Prefeito, autoridade com fé pagamento – fato incontroverso – importa em grave
pública, afirmava que o depósito das contas sequestradas, descumprimento, pelo Município do Rio de Janeiro, da norma
existentes na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil, por positivada, em indiscutível ofensa aos princípios constitucionais
ele oferecido para pagamento dos agentes da saúde, era da basilares, em especial o da Dignidade da Pessoa Humana (artigo
Prefeitura e que corresponderia ao repasse de verbas do governo 1º, III, da Constituição Federal).
que fazia presumir a veracidade da alegação. Ademais, nos termos Logo, diante da urgência do caso, esperar a regular tramitação do
do artigo 23, II, da Constituição Federal, é competência comum da agravo nos autos da SLS-1001036-74.2019.5.00.0000 se revelaria
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cuidar da totalmente ineficaz para salvaguardar o direito líquido e certo
vez que a decisão liminar deferida pelo Exmo. Ministro Presidente DECIDO.
O Exmo. Desembargador Cesar Marques de Carvalho, relator do 05.2019.5.01.0000 demonstra a concordância das partes com a
feito originário TRT-DCG-0102392-05.2019.5.01.0000, em trâmite liberação dos valores das contas ditas “carimbadas”, demonstrando
no Tribunal Regional da 1ª Região, pelo Ofício TRT 1ª Região - estarem livres e desembaraçadas, para efeito de pagamento dos
GDCMC nº 09/2020, de 4/2/2020 (Id: 85510db), complementando empregados das organizações sociais, e a consequente satisfação
as informações noticiadas pelo Ofício TRT 1ª Região - GDCMC nº do direito pleiteado, não havendo mais que se perquirir acerca da
05/2020 (Id: 5423d8c), informou, “in verbis”: confirmação ou não da liminar deferida.
foi reconhecido que a UNIÃO FEDERAL efetuou o repasse ao MANDADO DE SEGURANÇA. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (OU
MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO que, por sua vez, tem realizado LIMINAR) CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA.
Para que sejam finalmente sanadas as dúvidas sobre algumas o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão da
controvérsias acerca do repasse salarial e da garantia de emprego tutela antecipada (ou liminar).
De toda sorte, a questão maior do repasse da UNIÃO para o Assim, ACOLHO o pedido de desistência formulado pelo Impetrante
MUNICÍPIO foi integralmente resolvida”.(grifos nosso) no ID. 9d537fe, nos termos do artigo 998 do Código de Processo
trabalhadores” e que “a questão maior do repasse da UNIÃO para o ALEXANDRE DE SOUZA AGRA BELMONTE
objeto. Despacho
Processo Nº MSCiv-1001057-50.2019.5.00.0000
Relator ALEXANDRE DE SOUZA AGRA
BELMONTE
O acordo realizado no feito originário TRT-DCG-0102392-
JUSTIÇA DO TRABALHO
Dessa decisão, a União ingressou com pedido de suspensão de
O CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DO RIO DE O Exmo. Ministro Presidente prestou informações pelo Ofício TST-
JANEIRO - COREN/RJ e o SINDICATO DOS AUXILIARES E GP Nº 1.064 (Id: eaab75f).
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DO RIO DE JANEIRO impetraram
mandado de segurança, com pedido de liminar, contra ato praticado Da decisão que deferiu a liminar a União interpôs agravo, com
pelo Exmo. Ministro Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, pedido de reconsideração (Id: 1a9d521).
nos autos da SLS-1001036-74.2019.5.00.0000, ajuizada pela União.
que, realizada em 18/12/2019, restou infrutífera. 12.016/2009 foi observado – ato coator publicado no Diário Oficial
realizada, no dia 19/12/2019, pelo Tribunal Regional do Trabalho da A competência para processar e julgar o writ é do Órgão Especial,
1ª Região, nos autos do DCG 0102392-05.2019.5.01.0000, na qual pois foi apontado como autoridade coatora o Exmo. Ministro
constam informações que foram realizados, em dezembro de 2019, Presidente do TST (art. 76, I, “b”, do Regimento Interno do TST).
salários e verbas rescisórias, devidos aos trabalhadores das Nos termos do artigo 5º, LXIX e LXX, “b”, da Constituição Federal é
Organizações Sociais, prestadoras de serviços ao Município do Rio cabível mandado de segurança por entidade de classe em defesa
de Janeiro” e requereu a “extinção do presente feito sem resolução de direito líquido e certo de seus membros. Assim, tanto o Conselho
do mérito nos termos do artigo 485, VI do CPC” por ser “patente a Regional de Enfermagem quanto o Sindicato dos Auxiliares e
perda do objeto do presente mandamus por fato superveniente” (Id: Técnicos de Enfermagem possuem legitimidade ativa para propor o
d10a5fc). presente writ (STJ, RESP 1749050, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia
Filho, DJ de 11/10/2018).
Exmo. Desembargador Cesar Marques de Carvalho, relator do feito O mandado de segurança visa proteger direito líquido e certo, não
originário TRT-DCG-0102392-05.2019.5.01.0000, informou que, em amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o
audiência realizada em 13/01/2020 “foram feitos os repasses dos responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
valores ajustados entre a UNIÃO e o MUNICÍPIO, bem como pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do
transferidas as importâncias devidas às Organizações Sociais” e Poder Público, nos termos dos artigos 5º, LXIX, da Constituição
suspendeu o processo por 15 dias para conferência do repasse dos Federal e 1º da Lei 12.016/2009.
Em 4/2/2020, o Exmo. Desembargador Cesar Marques de Carvalho, ou abusivo da autoridade coatora e do direito líquido e certo do
pelo Ofício TRT 1ª Região - GDCMC nº 09/2020 (Id: 85510db), Impetrante, não representando a via processual adequada para a
complementando as informações anteriores, encaminhou ata de impugnação de decisões judiciais passíveis de retificação por meio
audiência realizada em 28/01/2020, comunicando que “foi de recurso, ainda que com efeito diferido, conforme vedação do
reconhecido que a UNIÃO FEDERAL efetuou o repasse ao artigo 5º, II, da Lei 12.016/2009 e da OJ 92 da SBDI-2 do TST.
os pagamentos às Organizações Sociais, as quais alegam ter No entanto, em casos específicos, a jurisprudência da e. SBDI-2
sanado os atrasos no pagamento dos salários dos trabalhadores” e deste Tribunal tem entendido pela possibilidade de admissão do
que “a questão maior do repasse da UNIÃO para MUNICÍPIO foi Writ em situações em que constatado o caráter teratológico, abusivo
ultrapassada a questão, persistindo a necessidade de pagamento Nesse sentido são os recentes precedentes:
Vejamos.
O prazo decadencial de 120 dias previsto no art. 23 da Lei nº VIOLADO. SEGURANÇA CONCEDIDA. 1. Trata-se de mandado de
segurança impetrado contra decisão proferida pelo Juízo da 2ª Vara de reclamação trabalhista. A autoridade reputada coatora, com base
de Trabalho de Taguatinga/DF , que determinou a inclusão dos no art. 840, §1º, da CLT, exigiu que o Reclamante complementasse
impetrantes no polo passivo da reclamação trabalhista, em fase de a petição inicial com planilha contábil, sob pena de extinção do
execução, por considerar existente a existência de grupo econômico processo sem resolução do mérito. Na sessão de julgamento
entre os executados mencionados com a cooperativa ocorrida em 6 de novembro de 2018, por ocasião do julgamento dos
forma do §2º do art. 2º da CLT. 2. Não obstante, o Tribunal de -2/TST considerou inaplicável o teor da Orientação Jurisprudencial
origem tenha aplicado como óbice à apreciação do mandamus a nº 92 da SBDI-2/TST sempre que o ato coator se revestir de
incidência da diretriz da Orientação Jurisprudencial n° 92 da SbDI-2, ilegalidade ou for divergente da jurisprudência pacífica dessa Corte
a jurisprudência mais recente da SDI2, não raro tem mitigado o rigor Superior e não houver meio processual para evitar o prejuízo
do mencionado verbete em casos excepcionais, quando a decisão imediato à parte impetrante. No caso em tela, verifica-se que, na
atacada é considerada teratológica ou quando a medida processual petição inicial do processo subjacente, o Reclamante atribuiu valor a
cabível não é suficiente para obstar o dano causado pelo ato coator. cada um dos pedidos. O pedido é certo e determinado, tal como
3. In casu , o ato inquinado de coator data de 12/03/2018 , exarado exigem os arts. 840 e 319 a 324 do CPC de 2015. No âmbito da
já sob a vigência da Lei n° 13.467/2017, que no art. 855-A da CLT fase processual de conhecimento, não há a impreterível
passou a prever a suspensão do processo com a instauração do necessidade de que profissionais da contabilidade apurem, de
Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica, como início, o alegado " quantum" devido. Com isso, o condicionamento
condição prévia para o ingresso do curso da execução de pessoas do exercício do direito de ação à juntada de planilha contábil é
físicas e jurídicas por créditos trabalhistas inadimplidos, medida manifestamente ilegal. Segurança concedida para
introduzida ao ordenamento processual pelos artigos 133 e juntada de laudo pericial contábil. Recurso ordinário provido " (RO-
seguintes do Código de Processo Civil de 2015, e que já era, desde 368-24.2018.5.12.0000, Subseção II Especializada em Dissídios
a vigência do mencionado Códex, de aplicação subsidiária ao Individuais, Relatora Ministra Maria Helena Mallmann, DEJT
de coordenação e subordinação entre as empresas, violou direito "RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. AÇÃO
necessária a concessão da segurança. Recurso ordinário conhecido CONDENATÓRIA PROFERIDA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA. NÃO
Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro Alexandre EXECUÇÃO INICIADA SEM JUNTADA DO TÍTULO EXECUTIVO
de Souza Agra Belmonte, DEJT 19/12/2019 , grifos nosso). JUDICIAL E SEM PRÉVIO DEBATE SOBRE OS CÁLCULOS DE
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL PARA JUNTADA DE PLANILHA em fase de cumprimento da sentença há de ser examinado com
CONTÁBIL. ÓBICE INJUSTIFICADO AO ACESSO À JUSTIÇA. LEI rigor, diante da existência de meios de impugnação adequados,
Nº 13.467, DE 2017. EXIGÊNCIA QUE NÃO CONSTA DO ART. autônomos ou recursais, capazes de salvaguardar os direitos e
840, §1º, DA CLT TAMPOUCO DO ART. 319 A 324 DO CPC DE interesses eventualmente afrontados em razão da atuação judicial.
2015. ATO TERATOLÓGICO. AFASTAMENTO DA APLICAÇÃO Nesse exato sentido a disposição legal (art. 5º, II, da Lei
DA OJ Nº 92 DA SBDI-2 DO TST. SEGURANÇA CONCEDIDA. 12.016/2009) e a diretriz jurisprudencial correlata (OJ 92 da SBDI-2
Cuida-se de mandado de segurança impetrado para impugnar do TST), pois o mandado de segurança não representa a via
despacho de emenda da petição inicial, em fase de conhecimento processual adequada para a impugnação de decisões judiciais
passíveis de retificação por meio de recurso, ainda que com efeito presente momento, porquanto ainda não formada a relação
diferido. No entanto, em casos específicos, quando a adoção das processual, com a notificação da autoridade judicial apontada como
vias próprias de impugnação não for capaz de evitar a lesão ao coatora e a citação do Litisconsorte passivo necessário. Devem os
direito afirmado, revelando-se a reparação diferida igualmente autos, portanto, baixar à Corte de origem para o regular
insuscetível de recompor os prejuízos ao direito afirmado pela parte, processamento e julgamento do mandado de segurança, restando
o mandado de segurança deve ser admitido, por imposição da deferida a liminar postulada para suspensão da execução em curso
própria garantia constitucional do acesso à Justiça (CF, art. 5º, na ação originária até o trânsito em julgado do writ , com imediata
XXXV). Aliás, na linha já consagrada no âmbito desta Corte, nas devolução dos valores já apreendidos à Impetrante. Recurso
hipóteses em que a decisão judicial censurada assumir colorido ordinário conhecido e provido " (RO-515-18.2018.5.06.0000,
absurdo ou teratológico há de se reconhecer cabível o mandamus , Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro
pois o valor Justiça deve prevalecer sobre a forma ditada pelas Douglas Alencar Rodrigues, DEJT 08/11/2019, grifos nosso).
o Juízo de primeiro grau fez expedir mandado de citação para que a Na espécie, verifica-se que a situação era emergencial, pois os
Impetrante pagasse, em 48 horas, a quantia de R$ 180.000,00, com agentes da saúde do Município do Rio de Janeiro estavam há três
bloqueios em contas bancárias que resultaram na apreensão de meses sem perceber salários, que constitucionalmente são
mais de R$ 122.000,00. Segundo a Impetrante, o provimento definidos como parcela de caráter alimentar, já tendo sido
condenatório expedido na ação civil pública não foi juntado aos instaurada a paralisação dos serviços essenciais à população, como
autos da ação de cumprimento de sentença. Além disso, a prova amplamente noticiado. Por outro lado, o Prefeito, autoridade com fé
demonstra que não se cumpriu a determinação contida no § 2º do pública, afirmava que o depósito das contas sequestradas,
art. 879 da CLT, com a redação dada pela Lei 13.467/2017, existentes na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil, por
segundo a qual " Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá ele oferecido para pagamento dos agentes da saúde, era da
abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação Prefeitura e que corresponderia ao repasse de verbas do governo
fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da federal, para ressarcimento de obras das Olimpíadas e do VLT, o
discordância, sob pena de preclusão ." 4. De acordo com o novo que fazia presumir a veracidade da alegação. Ademais, nos termos
sistema instituído na última reforma trabalhista, a deflagração prévia do artigo 23, II, da Constituição Federal, é competência comum da
de debate sobre os cálculos de liquidação não mais encerra mera União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios cuidar da
faculdade confiada ao prudente arbítrio do juiz. A norma, agora, saúde e assistência pública.
partes impugnem itens e valores na conta de liquidação. A regra Soma-se a esse cenário o fato de o recesso forense e as férias
impositiva do § 2º do art. 879 da CLT ganha mais relevância quando coletivas do Tribunal Superior do Trabalho estarem iminentes, uma
se trata, como na situação vertente, de ação cumprimento de título vez que a decisão liminar deferida pelo Exmo. Ministro Presidente
executivo formado em outra demanda, no qual impostas obrigações na SLS-1001036-74.2019.5.00.0000 foi prolatada em 5/12/2019, e,
de fazer e não fazer, cujo inadimplemento é noticiado pela própria o recurso de agravo dessa decisão, na melhor das hipóteses, seria
parte exequente, com a apresentação de cálculos elaborados ao apreciado por este e. Órgão Especial na sessão de 10/2/2020, a
seu talante. Nesse cenário, à luz dos postulados do devido mais próxima com pauta judiciária, ou seja, somar-se-iam mais dois
processo legal, do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LIV e LV, meses de salários atrasados, que já eram três, além do décimo-
da CF), não parece razoável que a parte que nega o terceiro e de paralisação dos serviços de saúde à população do
descumprimento das obrigações contidas no título executivo judicial Município do Rio de Janeiro.
suportar a apreensão de seu patrimônio - tanto mais quando se Acrescenta-se que informações mais detalhadas em relação às que
cuida de bloqueio de ativos financeiros em contas bancárias - para, levaram ao bloqueio pela Presidência do Tribunal Superior do
somente a partir, ter a possibilidade de discutir a liceidade da Trabalho foram encaminhadas a este Relator, possibilitando a
execução e o acerto da conta confeccionada pela parte exequente. verificação de existência de valores e contas liberados que não
Não há espaço, porém, para a apreciação da matéria de fundo no envolviam verbas da União.
Assim, é notória a imediata necessidade de composição MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO que, por sua vez, tem realizado
jurisdicional entre os chamados carimbos de destinação das contas os pagamentos às Organizações Sociais, as quais alegam ter
oferecidas pela Prefeitura e sequestradas para o pagamento dos sanado os atrasos no pagamento dos salários dos trabalhadores,
salários dos agentes de saúde e a pacificação do problema social. tudo como registrado na ata em anexo.
Com efeito, o mandado de segurança é medida apropriada em Para que sejam finalmente sanadas as dúvidas sobre algumas
situações urgentes, em que a tramitação regular de recursos é controvérsias acerca do repasse salarial e da garantia de emprego
ineficaz para salvaguardar o direito postulado. de certos trabalhadores, foi marcada mais uma audiência, a ser
existência de valores prontos para liberação, desvinculados de De toda sorte, a questão maior do repasse da UNIÃO para o
destinações específicas, alheias ao pagamento dos empregados MUNICÍPIO foi integralmente resolvida”.(grifos nosso)
conforme previsto no artigo 7º, X, da Constituição Federal. A falta de O objeto tanto do presente mandado de segurança, quanto do
contraprestação mínima aos trabalhadores que efetivamente Dissídio Coletivo de Greve, era o pagamento dos salários dos
empenharam sua mão-de-obra nos meses em que não houve meses de outubro, novembro e dezembro de 2019 e do décimo
pagamento – fato incontroverso – importa em grave terceiro salário, aos empregados vinculados à saúde contratados
descumprimento, pelo Município do Rio de Janeiro, da norma por Organizações Sociais pelo Município do Rio de Janeiro pelo
1º, III, da Constituição Federal). Logo, diante da comunicação de que a “UNIÃO FEDERAL efetuou o
Logo, diante da urgência do caso, esperar a regular tramitação do tem realizado os pagamentos às Organizações Sociais, as quais
agravo nos autos da SLS-1001036-74.2019.5.00.0000 se revelaria alegam ter sanado os atrasos no pagamento dos salários dos
totalmente ineficaz para salvaguardar o direito líquido e certo trabalhadores” e que “a questão maior do repasse da UNIÃO para o
postulado, sendo plenamente cabível o mandado de segurança, MUNICÍPIO foi integralmente resolvida”, impõe-se reconhecer a
como meio processual, excepcional, para evitar o prejuízo imediato pacificação do litígio entre as partes, incorrendo, assim, na falta de
objeto.
DECIDO.
O Exmo. Desembargador Cesar Marques de Carvalho, relator do 05.2019.5.01.0000 demonstra a concordância das partes com a
feito originário TRT-DCG-0102392-05.2019.5.01.0000, em trâmite liberação dos valores das contas ditas “carimbadas”, demonstrando
no Tribunal Regional da 1ª Região, pelo Ofício TRT 1ª Região - estarem livres e desembaraçadas, para efeito de pagamento dos
GDCMC nº 09/2020, de 4/2/2020 (Id: 85510db), complementando empregados das organizações sociais, e a consequente satisfação
as informações noticiadas pelo Ofício TRT 1ª Região - GDCMC nº do direito pleiteado, não havendo mais que se perquirir acerca da
05/2020 (Id: 5423d8c), informou, “in verbis”: confirmação ou não da liminar deferida.
[...]
mgr
ATO ORDINATÓRIO
Assim, ACOLHO o pedido de desistência formulado pelo Impetrante junho de 2019, fica intimada a Agravada para, querendo, manifestar
no ID. 9d537fe, nos termos do artigo 998 do Código de Processo -se sobre o agravo interposto, no prazo legal.
Publique-se.
Secretária-Geral Judiciária
Despacho
Processo Nº MSCiv-1000168-62.2020.5.00.0000
Relator RENATO DE LACERDA PAIVA
ALEXANDRE DE SOUZA AGRA BELMONTE IMPETRANTE ITALO MATHEUS EVANGELISTA
TELES
ADVOGADO ANTONIO JOSE LIMA JUNIOR(OAB:
3985/SE)
Ministro Relator
ADVOGADO WILLIAM DE OLIVEIRA CRUZ(OAB:
2355/SE)
IMPETRADO BRENO MEDEIROS
Despacho
Processo Nº MSCiv-1000409-70.2019.5.00.0000 CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
Relator LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
IMPETRANTE ESTADO DO MARANHAO
Intimado(s)/Citado(s):
ADVOGADO PEDRO LUCIANO MOURA PINTO DE
CARVALHO(OAB: 3530/MA) - ITALO MATHEUS EVANGELISTA TELES
IMPETRADO MINISTRO EMMANOEL PEREIRA
IMPETRADO CLEDINA RODRIGUES SOUSA
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
PODER JUDICIÁRIO
Intimado(s)/Citado(s): JUSTIÇA DO TRABALHO
- CLEDINA RODRIGUES SOUSA
Fundamentação
GMRLP/aon
DESPACHO
Evangelista Teles em face de decisão monocrática proferida pelo Advogado : Dr. Antônio José de Lima OAB/SE 0003985
instrumento com fundamento nos artigos 896-A, § 5º, da CLT, e 247 Autoridade Coatora: Exmo. Ministro Breno Medeiros
de origem. GMRLP/aon
qualquer Ministro do Tribunal, ressalvada a competência das Trata-se de mandado de segurança impetrado por Ítalo Matheus
Neste contexto, remeto os autos à Coordenadoria de Classificação, Exmo. Min. Breno Medeiros, o qual negou seguimento ao agravo de
Autuação e Distribuição de Processos - CCADP para que adote as instrumento com fundamento nos artigos 896-A, § 5º, da CLT, e 247
providências cabíveis relacionadas à distribuição do presente do RITST, indeferiu o processamento dos embargos de declaração
RENATO DE LACERDA PAIVA O presente mandamus foi distribuído a este Relator como integrante
Assinatura Contudo, nos termos do artigo 76, I, "b", do Regimento Interno desta
Despacho Corte, compete ao Órgão Especial, em matéria judiciária, "julgar
Processo Nº MSCiv-1000168-62.2020.5.00.0000
Relator RENATO DE LACERDA PAIVA mandado de segurança impetrado contra atos do Presidente ou de
IMPETRANTE ITALO MATHEUS EVANGELISTA qualquer Ministro do Tribunal, ressalvada a competência das
TELES
ADVOGADO ANTONIO JOSE LIMA JUNIOR(OAB: Seções Especializadas;".
3985/SE)
ADVOGADO WILLIAM DE OLIVEIRA CRUZ(OAB:
2355/SE) Neste contexto, remeto os autos à Coordenadoria de Classificação,
IMPETRADO BRENO MEDEIROS
Autuação e Distribuição de Processos - CCADP para que adote as
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO providências cabíveis relacionadas à distribuição do presente
mandado de segurança.
Intimado(s)/Citado(s):
- ITALO MATHEUS EVANGELISTA TELES
Publique-se.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Ministro do Tribunal Superior do Trabalho julgado da decisão e determinou a remessa dos autos ao Tribunal
de origem.
mandado de segurança.
Intimado(s)/Citado(s):
- BRENO MEDEIROS
Publique-se.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Coordenadoria de Recursos
GMRLP/aon Despacho
Processo Nº ED-RR-0010255-02.2016.5.15.0038
DESPACHO Complemento Processo Eletrônico
Relator Desemb. Convocada Cilene Ferreira
Amaro Santos
Embargante REINALDO DA SILVA FRANCO
Advogado Dr. José Geraldo de Oliveira(OAB:
100547/SP)
Trata-se de mandado de segurança impetrado por Ítalo Matheus Advogado Dr. Oscar Renato de Oliveira(OAB:
223157/SP)
Evangelista Teles em face de decisão monocrática proferida pelo
Advogada Dra. Márcia Regina de Oliveira(OAB:
Exmo. Min. Breno Medeiros, o qual negou seguimento ao agravo de 73776/SP)
Advogado Dr. Bruna Martins Vicchini(OAB:
instrumento com fundamento nos artigos 896-A, § 5º, da CLT, e 247 318914-A/SP)
do RITST, indeferiu o processamento dos embargos de declaração Embargado M.P.C - SOLUÇÕES EM
SEGURANÇA EIRELI
por considerar irrecorrível a decisão, certificando-se o trânsito em
Advogada Dra. Marizete Silva da Costa(OAB: contratuais trabalhistas em relação a seus empregados.
324785/SP)
No caso, a responsabilidade subsidiária do ente público foi
Embargado FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO reconhecida de forma genérica, sem que tivesse sido atribuída e
Procurador Dr. Lair Aroni demonstrada a sua negligência no tocante à fiscalização da
prestadora de serviços quanto ao cumprimento das obrigações
Intimado(s)/Citado(s): trabalhistas.
- FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Nesse sentido, em relação ao Recurso de Revista interposto,
- M.P.C - SOLUÇÕES EM SEGURANÇA EIRELI verifica-se que a decisão regional traz entendimento que contraria a
- REINALDO DA SILVA FRANCO Súmula 331, V, do c. TST, cujo teor traz a impossibilidade de
condenação subsidiária de ente público em razão do mero
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo inadimplemento das parcelas pelo prestador de serviços.
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de Recurso provido, para excluir a responsabilidade subsidiária do ente
revista para excluir a responsabilidade subsidiária do ente público público pelos créditos trabalhistas.
pelos créditos trabalhistas devidos.
É o relatório. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Decido. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Consta do acórdão recorrido: inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADOR DE SERVIÇOS. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONDENAÇÃO POR MERO encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
INADIMPLEMENTO. ÔNUS DAPROVA. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
(...) pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
No caso, o eg. TRT atribuiu ao ente público o ônus de comprovar a termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
efetiva fiscalização do contrato e diante do não pagamento das Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
parcelas trabalhistas alegadas como não percebidas, bem como da cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
ausência de prova da efetiva fiscalização, concluiu pela pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
caraterização de sua culpa in vigilando. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Do exame da causa verifica-se que houve condenação subsidiária autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
do ente público em razão de mero inadimplemento da prestadora de CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
serviços pelo pagamento das parcelas do contrato de trabalho. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Desse modo, a responsabilização subsidiária do tomador dos Intime-se.
serviços foi reconhecida de forma genérica, sem que tivesse sido Publique-se.
demonstrada a sua negligência no tocante à fiscalização da Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
prestadora de serviços quanto ao cumprimento das obrigações
trabalhistas.
Esse entendimento contraria o disposto na Súmula 331, V, do c. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
TST, a partir do decidido pelo e. STF no julgamento da ADC nº 16, RENATO DE LACERDA PAIVA
segundo o qual é indevida a condenação subsidiária de ente público Ministro Vice-Presidente do TST
para responder pela ação trabalhista por omissão na fiscalização do
contrato de trabalho, em razão do mero inadimplemento das Processo Nº RR-0101967-24.2016.5.01.0051
parcelas pelo prestador de serviços, quando não verificada a sua Complemento Processo Eletrônico
culpa in vigilando, a determinar o reconhecimento de Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
transcendência política, nos termos do art. 896-A, § 1º, inciso II, da Recorrente FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA
TÉCNICA DO ESTADO DO RIO DE
CLT. JANEIRO - FAETEC
Procede-se ao exame do conhecimento do recurso de revista. Advogado Dr. Marcelo Rocha de Mello
CONHECIMENTO Martins(OAB: 6541/DF)
A parte, ao alegar que a sua responsabilização se deu sem prova Procuradora Dra. Renata Cotrim Nacif
de conduta culposa, cujo ônus aduz não possuir, demonstrou Recorrido REGINALVA SANTANA MACHADO
mediante confronto analítico, nos termos do art. 896, §1º-A, I e III, Advogada Dra. Glória Regina Ferreira
Mendes(OAB: 70828/RJ)
da CLT, a contrariedade à Súmula 331, V, do c. TST.
Recorrido BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS
Conheço, pois, do recurso de revista, por contrariedade à Súmula LTDA.
331, V, do c. TST. Advogado Dr. Fabiano Gomes Netto(OAB:
MÉRITO 97453/RJ)
Diante da decisão do STF (RE 760.931/DF), entende-se que é Advogada Dra. Karla Cabizuca Bernardes
Netto(OAB: 93931/RJ)
possível a responsabilização subjetiva do Estado, na forma da
Súmula nº 331, V, do TST, sendo ônus do autor a efetiva Intimado(s)/Citado(s):
demonstração da culpa in vigilando do tomador, não sendo possível
- BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA.
a condenação por mero inadimplemento.
- FUNDAÇÃO DE APOIO À ESCOLA TÉCNICA DO ESTADO DO
Portanto, necessário haver o exame da prova e explícita conclusão RIO DE JANEIRO - FAETEC
no sentido de que o ente público não fiscalizou a empresa - REGINALVA SANTANA MACHADO
prestadora de serviços no tocante ao cumprimento das obrigações
MÉRITO
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - SETOR PÚBLICO
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de Conhecido o Recurso de Revista por contrariedade à Súmula n.º
revista do ente público. 331, V, do TST, dou provimento ao apelo para julgar improcedente
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta a demanda em relação à segunda reclamada - Fundação de Apoio
violação aos dispositivos da Constituição da República que à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro - FAETEC.
especifica nas razões recursais. ISTO POSTO
É o relatório. ACORDAM os Ministros da Primeira Turma do Tribunal Superior do
Decido. Trabalho, à unanimidade: I - conhecer do Agravo de Instrumento e,
Consta do acórdão recorrido: no mérito, dar-lhe provimento para determinar o seguimento do
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. Recurso de Revista; II - conhecer do Recurso de Revista, por
INTERPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.467/2017. contrariedade à Súmula n.º 331, V, do TST, e, no mérito, dar-lhe
TRANSCENDÊNCIA. Considerando a possibilidade de a decisão provimento para julgar improcedente a demanda em relação à
recorrida mostrar-se contrária à Súmula n.º 331, V, do TST, e diante segunda reclamada - Fundação de Apoio à Escola Técnica do
da função constitucional uniformizadora desta Corte, há de se Estado do Rio de Janeiro - FAETEC.
reconhecer a transcendência política, nos termos do art. 896-A, § O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
1.º, II, da CLT. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. SETOR Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
PÚBLICO. Demonstrada contrariedade à Súmula n.º 331, V, do inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
TST, o provimento do apelo é medida que se impõe, nos termos do repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
art. 896, "a", da CLT. Agravo de Instrumento conhecido e provido. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
N.º 13.467/2017. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. SETOR encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
PÚBLICO. A comprovação da culpa in vigilando constitui elemento automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
essencial para que seja reconhecida a responsabilidade subsidiária pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
da Administração Pública pelas obrigações trabalhistas inadimplidas termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
pela empresa contratada, conclusão essa que se extrai do Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
entendimento esposado pelo Supremo Tribunal Federal no cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
julgamento da ADC n.º 16/2010. Recentemente, esse pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
posicionamento foi referendado por aquela Suprema Corte ao julgar autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
o Tema 246 da Repercussão Geral (RE 760.931/DF - DJE de autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
12/9/2017). No caso em tela, o Regional vinculou a CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços à eficácia de retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
seus procedimentos fiscalizatórios, o que culminou por tornar a Intime-se.
responsabilidade subsidiária decorrência automática da Publique-se.
inadimplência da empresa prestadora de serviços, entendimento Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
que não se coaduna com o posicionamento firmado pela Suprema
Corte, o qual resultou na alteração da Súmula n.º 331 do TST.
Recurso de Revista conhecido e provido. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
(...) RENATO DE LACERDA PAIVA
No caso, nos termos dos trechos grifados da decisão acima Ministro Vice-Presidente do TST
transcrita, o Regional consignou que a documentação acostada aos
autos não é suficiente para comprovar a efetiva fiscalização do Processo Nº ED-AIRR-0000106-66.2014.5.04.0702
contrato de prestação de serviços. Verifica-se, reitera-se, que o Complemento Processo Eletrônico
Regional registrou a existência de documentação juntada aos autos Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
pelo reclamado, que demostra a existência de fiscalização, porém Embargante UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA MARIA - UFSM
entendeu que é insuficiente/ineficaz a ponto de não impedir o
Procurador Dr. Marcelo Horta Sanábio
inadimplemento das verbas trabalhistas.
Procurador Dr. Paulo Gustavo Medeiros Carvalho
Vê-se, pois, que o entendimento adotado pelo Juízo a quo, de fato,
Procurador Dr. Heli Costa Luz
não se coaduna com o posicionamento firmado pela Suprema
Embargado FRANCIELI DOS SANTOS OLIVEIRA
Corte, notadamente o item V da Súmula n.º 331 do TST.
Advogado Dr. Wagner Augusto Hundertmarck
Ante o exposto, uma vez demonstrada contrariedade à Súmula n.º Pompéo(OAB: 79122/RS)
331, V, do TST, dou provimento ao apelo para determinar o Embargado FUNDAÇÃO DE APOIO À
seguimento do Recurso de Revista. TECNOLOGIA E CIÊNCIA - FATEC
(...) Advogado Dr. Marco Antônio de Almeida
Maioli(OAB: 36229/RS)
RECURSO DE REVISTA
Satisfeitos os pressupostos legais de admissibilidade recursal, fica
Intimado(s)/Citado(s):
autorizada a incursão nos pressupostos específicos da Revista.
CONHECIMENTO - FRANCIELI DOS SANTOS OLIVEIRA
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - SETOR PÚBLICO - FUNDAÇÃO DE APOIO À TECNOLOGIA E CIÊNCIA - FATEC
Reportando-me às razões de decidir do Agravo de Instrumento, - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM
conheço do Recurso de Revista, por contrariedade à Súmula n.º
331, V, do TST. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de Supremo Tribunal Federal nos autos da ADC n° 16, na qual se
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. buscava a confirmação da constitucionalidade do· art. 71, §1°, da
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Lei n° 8.666/93, reste comprovado proceder culposo na fiscalização
violação aos dispositivos da Constituição da República que do cumprimento do contrato, como se extrai do item V da Súmula n°
especifica nas razões recursais. 331 do TST:
É o relatório. (?)
Decido. Ainda que se analise a quaestio à luz da Lei n° 8.666/93, não se
Consta do acórdão recorrido: autoriza concluir que qualquer contrato de prestação de serviço
(...) firmado com a Administração Pública opere efeitos nocivos perante
II - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA terceiros, em especial diante do dever que tem o ente público no
INTERPOSTO PELA SEGUNDA RECLAMADA acompanhamento da execução contratual, por incidência dos arts.
(...) 58, inciso 111, e 67 da referida Lei de licitações e contratos
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN administrativos.
VIGILANDO Ou seja, deixando a Administração Pública de efetuar a fiscalização
da execução do contrato administrativo e, em sendo o caso de
O Regional denegou seguimento ao recurso de revista com fulcro inadimplemento dos créditos dos trabalhadores, promover a
no artigo 896, § 7º, da CLT e na Súmula 333 do TST. rescisão contratual de forma unilateral, na forma dos arts. 78,
A segunda reclamada impugna a decisão denegatória e reitera suas incisos I e VII, e 79, inciso I, da Lei n° 8.666/93, age de maneira
alegações de divergência jurisprudencial, má aplicação da Súmula omissivamente culposa, obrigando-se a reparar os danos
331, V, do TST e violação do artigo 71, § 1º, da Lei 8.666/1993. patrimoniais causados aos empregados da empresa contratada.
Alega, ainda, ofensa aos artigos 5º, II e XLV, 37, caput, II, §§ 2º e Contudo, no caso específico dos autos, diante do objeto do contrato
6º, e 100 da Constituição Federal e contrariedade à Súmula de prestação de serviços e das atividades desenvolvidas pela parte
Vinculante 10 do STF. autora, vinculadas à atividade-fim da Administração Pública, trata-se
Sustenta que não restou demonstrada a falha de fiscalização do de terceirização ilícita, como fundamentado supra, de modo que
contrato de prestação de serviços. Pugna pelo afastamento da restaria incidente a responsabilidade solidária do ente público, por
responsabilidade subsidiária que lhe foi imposta. aplicação do §6º do art. 37 da CF/88 e do art. 942 do CC.
Sem razão. Considere-se, todavia, que, observados os limites da lide impostos
O Regional, em relação ao tema, consignou: pela petição inicial (há, tão-somente, pedido de
corresponsabilização subsidiária do ente publico, o que, na prática,
"A sentença dispõe: apenas conduz à observância de um benefício de ordem em relação
O exame do processo revela que a reclamada FATEC mantém ao devedor principal, não obstante a possível verificação de
relação jurídica com a UFSM, tendo por objeto a prestação de responsabilidade solidária, declaro apenas a responsabilização
serviços junto ao Hospital Universitário de Santa Maria, restando subsidiária da UFSM quanto ao cumprimento - de todas obrigações
evidenciado que o ente público se beneficiou diretamente do decorrentes dessa decisão, atribuídas à reclamada FATEC.
trabalho prestado pela parte autora. A segunda reclamada refere que a contratação da primeira
Tal forma de relação trilateral de trabalho somente se afigura lícita reclamada não seguiu as normas da Lei 8.666/93, pois se trata de
quando envolver contrato temporário (Lei n° 6.019174), serviços de contrato de cooperação, firmado nos termos do art. 199, §1º, da
vigilância (Lei n° 7. 1 02/83), atividades ligadas ao asseio e CF/88. Assevera que as reclamadas possuem personalidades
conservação de estabelecimentos ou labor vinculado à atividade- jurídicas distintas e que a prestação de serviços hospitalares não
meio do tomador, dos serviços, desde que, todavia, não se constate constitui atividade-fim da recorrente. Considera inaplicável a OJ 383
pessoalidade e subordinação direta em relação ao trabalhador da SDI-1 do TST. Refere a decisão proferida pelo STF na ADC 16,
"terceirizado". a qual reconheceu a constitucionalidade do art. 71, §1°, .da Lei
Como regra, deve-se atribuir responsabilidade subsidiária e objetiva 8.666/.93. Entende superada a Súmula 331, IV, do TST. Afirma que
ao tomador dos serviços, independentemente da idoneidade e/ou a responsabilidade civil do Estado deve diferenciar atos omissivos
condição patrimonial da empresa contratada, entendimento que se de atos comissivos. Sustenta que a inadimplência do contratado
baseia na normatividade constitucional, notadamente no valor social constitui fato de terceiro e afasta a responsabilidade do contratante.
do trabalho, na função social da propriedade e na dignidade da Argumenta que cumpriu a lei, o que afasta qualquer ilicitude, nos
pessoa humana (artigos 1°, inciso IV, e 170 da Constituição termos do· art. 188, I, do Código. Civil. Refere que a reclamante é
Federal). Assegura-se, dessa forma, que a parte mais vulnerável na enfermeira e a atividade principal da ora recorrente é o ensino. Cita
relação trilateral possa cobrar seus créditos daqueles que se a OJ 18 da SDI-1 do TST e o art. 25 do Código Civil.
beneficiaram da força de trabalho, tornando-se garantidores da Analisa-se.
satisfação das obrigações devidas em razão do contrato de É incontroverso que a segunda reclamada firmou contrato de
trabalho, caso a empregadora se revele inadimplente com relação a prestação de serviços com a primeira reclamada, tendo por objetivo
tais créditos de natureza alimentar. a prestação de serviços no hospital da tomadora.
Nesse sentido, registre-se, é a previsão contida no item IV da Embora denominada de "'cooperação" pela segunda ré, a relação
Súmula n° 331 do TST, verbis: jurídica firmada com a primeira ré caracteriza terceirização de
(?) serviços, na medida em que seu objeto é a prestação de serviços
Entretanto, em relação aos órgãos que compõem a Administração em estabelecimento de propriedade da contratante, não se tratando
Pública, não obstante eventual regularidade na contratação da de exploração de serviços de saúde pela iniciativa privada, hipótese
empresa prestadora de serviços, por meio de licitação e/ou contrato prevista no art. 199, § 1°, da Constituição, mas sim de prestação de
administrativo, é possível atribuir-lhes responsabilidade pelas serviços terceirizados à segunda ré, a qual explora serviços de
parcelas trabalhistas impagas, desde que, como assentou o saúde em nome próprio. Esta Turma já se manifestou no mesmo
sentido em caso análoga, · envolvendo a mesma recorrente mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
(0000017-43.2014.5.04.0702 _ RO, em 28/09/2016, encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Desembargador José Felipe Ledur). automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
É dever do ente público fiscalizar o cumprimento das obrigações pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
trabalhistas relativas à relação de emprego havida entre a empresa termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
que contrata para a prestação de serviços e o empregado que Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
realiza o trabalho objeto de tal negócio jurídico, de sorte a garantir a cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
liquidez de tais direitos e bem assim a plena observância dos pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e dos autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
valores sociais do trabalho. Ademais, o Supremo Tribunal Federal, autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
no julgamento da ADC n°16, firmou entendimento de que a CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
constitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/93 não impede a retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
responsabilização de ente público tomador dos serviços quando Publique-se.
comprovada a sua culpa in vigilando por descumprimento do dever Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
de fiscalização do contrato, conforme art. 67 da Lei 8.666/93.
Em face disso, o Tribunal Superior do Trabalho alterou a redação da
sua Súmula 331, passando a constar o seguinte: Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta RENATO DE LACERDA PAIVA
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, Ministro Vice-Presidente do TST
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na Processo Nº Ag-AIRR-0001601-42.2012.5.01.0204
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da Complemento Processo Eletrônico
prestadora de serviço como empregadora. A aludida Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das Agravante PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A.
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente Advogado Dr. Nelson Wilians Fratoni Rodrigues
contratada. Agravado PETROBRAS TRANSPORTE S.A. -
TRANSPETRO
(...)
Advogado Dr. Fernando Morelli Alvarenga(OAB:
No caso dos autos, não restou demonstrado que o tomador dos 86424/RJ)
serviços tenha fiscalizado o correto cumprimento das obrigações Advogado Dr. Rui Meier(OAB: 65637/RJ)
trabalhistas assumidas pela empresa contratada." (fls. 1.748/1.754 - Agravado LEONARDO GOMES DA SILVA DE
g. n.). ASSIS
Advogado Dr. Denilson Prata da Silva(OAB:
174155/RJ)
De plano, afastam-se as alegações de ofensa aos artigos 5º, II e
Agravado CONDUTO - COMPANHIA NACIONAL
XLV, 37, caput, II, §§ 2º e 6º, e 100 da Constituição Federal e de DE DUTOS
contrariedade à Súmula Vinculante 10 do STF, porquanto Advogado Dr. Romeu de Oliveira e Silva
inovatórias. Junior(OAB: 144186/SP)
Igualmente, afasta-se a alegação de divergência jurisprudencial a
respeito do tema, porquanto a segunda reclamada não renovou, no Intimado(s)/Citado(s):
presente apelo, a transcrição dos arestos que entende divergentes. - CONDUTO - COMPANHIA NACIONAL DE DUTOS
Logo, ante a autonomia do agravo de instrumento e os princípios da - LEONARDO GOMES DA SILVA DE ASSIS
devolutividade e da delimitação recursal, tem-se por inviável o - PETROBRAS DISTRIBUIDORA S.A.
pretendido cotejo de teses. - PETROBRAS TRANSPORTE S.A. - TRANSPETRO
Como se verifica, o Regional, analisando soberanamente o conjunto
fático-probatório dos autos, entendeu que não restou comprovada a Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
fiscalização por parte da segunda reclamada sobre o contrato, de Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
modo que reconheceu sua responsabilidade subsidiária. agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
Com efeito, a declaração de constitucionalidade do artigo 71, § 1º, A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
da Lei nº 8.666/1993 pelo STF, nos autos da ADC nº 16, não violação aos dispositivos da Constituição da República que
impede a responsabilização subsidiária do ente público quando especifica nas razões recursais.
restar evidenciada, como na presente hipótese, a sua omissão em É o relatório.
fiscalizar o cumprimento do contrato de prestação de serviços Decido.
(culpa in vigilando). Consta do acórdão recorrido:
Constata-se, ademais, a consonância do acórdão regional com a AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM
Súmula 331, V, do TST, incidindo sobre o presente caso o óbice da RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
Súmula 333 deste Tribunal, a afastar a denúncia de violação do SETOR PÚBLICO. FATOS E PROVAS. A comprovação da culpa in
artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993. vigilando constitui elemento essencial para que seja reconhecida a
Nego provimento. responsabilidade subsidiária da Administração Pública quanto às
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da obrigações trabalhistas inadimplidas pela empresa contratada (Lei
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo n.º 8.666/93), conclusão essa que se extrai do entendimento
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja esposado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADC n.º
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). 16/2010, ao declarar a constitucionalidade do art. 71, § 1.º, da Lei
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de n.º 8.666/93. Recentemente, esse posicionamento foi referendado
por aquela Suprema Corte ao julgar o Tema 246 da Repercussão RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
Geral (RE 760.931/DF - DJE de 12/9/2017). No caso dos autos, PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
como bem pontuado na decisão monocrática, fixada pelo Regional a controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
tese jurídica de que a responsabilidade da Administração Pública foi Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
pautada na culpa e na análise dos elementos fáticos apresentados 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
nos autos, o reexame da controvérsia, e, por conseguinte, a fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
possível não responsabilização da Petrobras encontra óbice na serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
Súmula n.º 126 do TST. Agravo conhecido e não provido. tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo regularmente a seu empregado as verbas trabalhistas que lhe eram
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). da CF ou à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem desrespeito à
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da declaração de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas da
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere definição do alcance das normas inscritas nessa Lei, com base na
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade interpretação sistemática. Agravo de instrumento conhecido e não
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos provido.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Publique-se. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
RENATO DE LACERDA PAIVA autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Ministro Vice-Presidente do TST autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Processo Nº AIRR-0101964-85.2016.5.01.0078 retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Complemento Processo Eletrônico Intime-se.
Relator Min. Dora Maria da Costa Publique-se.
Agravante UNIÃO (PGU) Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Procuradora Dra. Giovanna Maciel Fortes do Paço
Borges
Agravado ALEXANDER DE DEUS SANTOS
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogada Dra. Luciana Gomes Machado(OAB:
95836/RJ) RENATO DE LACERDA PAIVA
Agravado ANGEL'S SERVIÇOS TÉCNICOS Ministro Vice-Presidente do TST
EIRELI
Advogado Dr. Marcelo Duarte(OAB: 142797/RJ) Processo Nº ED-Ag-AIRR-0001467-08.2010.5.02.0026
Advogado Dr. Alexandre da Silva Vieira(OAB: Complemento Processo Eletrônico
141130/RJ) Relator Min. Renato de Lacerda Paiva
Embargante JOCIMEIRE GONÇALVES ARAÚJO
Intimado(s)/Citado(s):
Advogada Dra. Andréa Carneiro Alencar(OAB:
- ALEXANDER DE DEUS SANTOS 256821/SP)
- ANGEL'S SERVIÇOS TÉCNICOS EIRELI Embargado MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
- UNIÃO (PGU) Procurador Dr. Renato Spaggiari
Procurador Dr. Fabio Fernando Jacob
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Embargado TB SERVIÇOS, TRANSPORTE,
LIMPEZA, GERENCIAMENTO E
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de RECURSOS HUMANOS LTDA.
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. Advogado Dr. Renê Guilherme Koerner
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Neto(OAB: 187158/SP)
violação aos dispositivos da Constituição da República que Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves
Teixeira(OAB: 18855-A/PE)
especifica nas razões recursais.
É o relatório.
Intimado(s)/Citado(s):
Decido.
- JOCIMEIRE GONÇALVES ARAÚJO
Consta do acórdão recorrido:
- MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
Trata-se de embargos de declaração opostos pela reclamante Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
JOCIMEIRE GONÇALVES ARAÚJO com pleito de esclarecimentos Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de
acerca da questão jurídica classificada como Tema 246 no revista da FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
ementário de repercussão geral do STF. A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Pois bem. violação aos dispositivos da Constituição da República que
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da especifica nas razões recursais.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo É o relatório.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço", matéria cuja Decido.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Consta da ementa do acórdão recorrido:
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere VIGILANDO. COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA. SÚMULA Nº 331, V,
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade DO TST. CONTRARIEDADE CONFIGURADA. Ao julgar o
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos precedente vinculante constituído pelo Tema 246 da Repercussão
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". Geral (RE nº 760.931), o Supremo Tribunal Federal fixou a tese
Considerando-se a oposição de embargos declaratórios pendentes jurídica segundo a qual "inadimplemento dos encargos trabalhistas
de julgamento no processo erigido à condição de leading case, e dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao
cujo resultado poderia influenciar diretamente na abrangência da Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento,
tese fixada, determinou-se o sobrestamento dos recursos seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º,
extraordinários pendentes de juízo de admissibilidade até o trânsito da Lei nº 8.666/93." Com isso, o Pretório Excelso deixou claro que a
em julgado do tema de repercussão geral em comento, já que dicção do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993, apesar de
eventual acolhimento dos aclaratórios poderia ser objeto de novo constitucional,
questionamento. como delimitado por ocasião do julgamento da ADC nº 16, não
Contudo, a rejeição dos embargos de declaração, na sessão representa o afastamento total da responsabilidade civil do Estado
plenária de 01/08/19, fez com que tal fundamento à manutenção do em contratos de terceirização, mas, ao revés, indica a existência de
sobrestamento não mais subsistisse, uma vez mantida a tese tal responsabilidade em caso de haver elementos de comprovação
anteriormente fixada em seu inteiro teor. da culpa do ente público pelo inadimplemento dos encargos
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema trabalhistas da empresa terceirizada. Por ser a ausência de
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada fiscalização uma omissão culposa constitutiva do direito do
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o dessobrestamento dos reclamante, não cabe aqui presumir a culpa, seja pela simples
autos e o seu encaminhamento ao órgão fracionário prolator da ausência de provas da fiscalização por parte da entidade pública,
decisão recorrida nestes autos, a fim de que se manifeste, nos seja pela inversão do ônus probatório, ou, ainda, pela atribuição da
termos do art. 1.030, II, do CPC, sobre a necessidade ou não de teoria da aptidão para a produção da prova. Isso porque, é
exercer eventual juízo de retratação da decisão então proferida por necessário que o reclamante traga aos autos, no mínimo, elementos
aquele Colegiado. indiciários da verossimilhança da alegação de omissão culposa, tais
Julgo prejudicado os presentes embargos de declaração. como atrasos e/ou descumprimento de obrigações gerais atinentes
Publique-se. a verbas elementares de um contrato de trabalho ordinário, o que,
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. em concreto, daria ensejo à constatação da culpa in vigilando por
elementos de prova contidos nos autos, e não pela simples
transferência do ônus probatório àquele cujo encargo processual é
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) tão somente de defesa, sob a perspectiva dos fatos desconstitutivos
RENATO DE LACERDA PAIVA da pretensão inicial. Na hipótese, o acórdão recorrido transferiu o
Ministro Vice-Presidente do TST encargo processual de comprovar a ausência de omissão na
fiscalização dos encargos trabalhistas da empresa terceirizada ao
Processo Nº RR-0010297-21.2017.5.15.0069 ente público, em completa inversão da lógica ordinária de
Complemento Processo Eletrônico
distribuição do ônus probatório, contida nos artigos 818 da CLT e
Relator Min. Emmanoel Pereira
373, I e II, do CPC (correspondente ao artigo 333, I e II, do
Recorrente FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO CPC/1973), o que não se sustenta em face da ratio decidendi do
Procuradora Dra. Vera Fernanda Medeiros Martins precedente vinculante acima citado, o qual prevê a atribuição do
Recorrido NOÊMIA COELHO FERREIRA DIAS ônus original ao reclamante. Assim, a decisão em exame encontra-
Advogado Dr. Eduardo Massaru Doná Kino(OAB: se em dissonância com o entendimento consolidado no item V da
216352/SP) Súmula nº 331 do TST, à luz do que contido no precedente
Recorrido AGA COMÉRCIO DE REFEIÇÕES vinculante do Tema 246 da Repercussão Geral do STF, o que
LTDA.
viabiliza o conhecimento do recurso de revista. Recurso de revista
Advogada Dra. Sandra Mara Chequin
Canônico(OAB: 68365/PR) conhecido e provido.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). 331, V, desta Corte e do decidido na ADC 16 pelo Supremo Tribunal
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Federal.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Diante do exposto, demonstrada a contrariedade à Súmula 331,
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere V, do TST, resta caracterizada a transcendência política do debate
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade proposto, o que viabiliza o conhecimento do recurso de revista.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos (...)
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". Conhecido o recurso de revista por violação do artigo 71, § 1º, da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Lei 8.666/93, DOU-LHE PROVIMENTO para, reformando o acórdão
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada regional, afastar a responsabilidade subsidiária do Município pelos
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos créditos trabalhistas deferidos à Reclamante, e, assim, quanto ao
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Ente Público, julgar improcedentes os pedidos iniciais. Prejudicada
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do a análise do tema remanescente.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Intime-se. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Publique-se. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
RENATO DE LACERDA PAIVA pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Ministro Vice-Presidente do TST termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Processo Nº RR-1001570-85.2016.5.02.0608 cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Complemento Processo Eletrônico pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Relator Min. Douglas Alencar Rodrigues autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Recorrente MUNICÍPIO DE SÃO PAULO autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Procurador Dr. Sílvio Dias CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Recorrido MARIA JOSÉ DA SILVA GOMES retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
MAZETO
Intime-se.
Advogado Dr. Flávio Roberto Rizzi(OAB:
213410/SP) Publique-se.
Recorrido QUALITÉCNICA EMPRESA Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
NACIONAL DE SERVIÇOS LTDA.
Advogada Dra. Glaucilene Vítor Gorgonha(OAB:
273830/SP)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA
Intimado(s)/Citado(s):
Ministro Vice-Presidente do TST
- MARIA JOSÉ DA SILVA GOMES MAZETO
- MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Processo Nº AIRR-0001439-34.2016.5.05.0612
- QUALITÉCNICA EMPRESA NACIONAL DE SERVIÇOS LTDA. Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Agravante ESTADO DA BAHIA
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de Procurador Dr. Igor Veiga Carvalho Pinto Teixeira
revista do MUNICÍPIO DE SÃO PAULO em todos os seus temas e Agravado PEDRO AUGUSTO FERREIRA DE
desdobramentos. SOUZA
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Advogado Dr. Fábio Carvalho Brito(OAB:
22393/BA)
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Agravado TECHSERV SERVIÇOS PREDIAIS
especifica nas razões recursais. LTDA.
É o relatório. Advogado Dr. Bruno Sampaio de Oliveira(OAB:
Decido. 327278-A/SP)
Consta do acórdão recorrido:
(...) Intimado(s)/Citado(s):
No caso dos autos, o Tribunal Regional, mantendo a sentença - ESTADO DA BAHIA
quanto ao reconhecimento da responsabilidade subsidiária, - PEDRO AUGUSTO FERREIRA DE SOUZA
reconheceu a existência da culpa in vigilando, tão somente, com - TECHSERV SERVIÇOS PREDIAIS LTDA.
base na presunção de ausência de fiscalização do contrato de
prestação de serviços. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Nesse contexto, diante da inexistência no acórdão regional de Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
premissa fática indispensável para caracterizar a conduta culposa intrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
do tomador, quanto à comprovada ausência de fiscalização do A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
contrato de trabalho, inviável a manutenção da condenação violação aos dispositivos da Constituição da República que
subsidiária proclamada, nos termos da nova redação da Súmula especifica nas razões recursais.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos de licitação, não era suficiente para elidir a responsabilidade
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere subsidiária do ente público, quanto aos débitos trabalhistas da
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade empresa contratada, à luz das normas aplicáveis, inclusive da Lei nº
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos 8.666/93, cuja constitucionalidade e incidência foram reconhecidas
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". em inúmeras decisões.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Instado a se manifestar sobre a questão, o Supremo Tribunal
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Federal, no julgamento da ADC nº 16/DF, declarou a
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos constitucionalidade do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes admitiu a possibilidade de se atribuir responsabilidade trabalhista
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do subsidiária ao ente público, nas hipóteses em que tenha agido com
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de culpa in vigilando, por não fiscalizar o cumprimento das obrigações
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. trabalhistas da empresa prestadora.
Intime-se. Alterada a Súmula nº 331 deste Tribunal, para inclusão do item V,
Publique-se. novamente a discussão foi levada à Corte Suprema que,
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. reconhecendo a repercussão geral do tema, proferiu decisão no RE
760.931 e firmou a seguinte tese jurídica:
"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) contratado não transfere automaticamente ao Poder Público
RENATO DE LACERDA PAIVA contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em
Ministro Vice-Presidente do TST caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
8.666/93". (destaquei)
Processo Nº AIRR-0000651-84.2015.5.05.0311 Como salientei em decisões anteriores, a tese fixada, por si só, não
Complemento Processo Eletrônico evidenciava mudança na posição até então definida, uma vez que a
Relator Min. Cláudio Mascarenhas Brandão jurisprudência aqui sedimentada já rechaçava, claramente, a
Agravante ESTADO DA BAHIA responsabilização objetiva do ente público ou a transferência
Procurador Dr. Bruno Sampaio Peres Fagundes automática da responsabilidade pelos débitos trabalhistas da
Agravado SIMONE REIS DOS SANTOS prestadora.
Advogada Dra. Maiana da Silva Santana(OAB: Por esse motivo, no lapso compreendido entre a divulgação da tese
36615/BA)
(26/04/2017) e a publicação do inteiro teor do acórdão (12/09/2017),
Agravado ASSEMP GESTÃO EMPRESARIAL
LTDA. mantive a aplicação do verbete consolidado nesta Corte,
ressaltando que, quando o quadro fático registrado pelo Tribunal
Intimado(s)/Citado(s): Regional revelava a culpa in vigilando do ente público, não se
verificava desrespeito à tese de repercussão geral.
- ASSEMP GESTÃO EMPRESARIAL LTDA.
Publicado o acórdão, outra solução se impõe, uma vez que é
- ESTADO DA BAHIA
possível perquirir, nos fundamentos da decisão, subsídios que
- SIMONE REIS DOS SANTOS
permitem extrair a verdadeira extensão da tese fixada - a ratio
decidendi do julgado.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Com efeito, no sistema de precedentes de força vinculante, o
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
trabalho do julgador não se limita a reproduzir a decisão, como se
instrumento do recorrente.
estivesse exercendo atividade meramente burocrática. A tarefa é
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
mais profunda. É preciso extrair, com precisão, a essência do
violação aos dispositivos da Constituição da República que
precedente, além de analisar, caso a caso, se a situação concreta a
especifica nas razões recursais.
ele se amolda ou se há distinção que justifique outra solução a ser
É o relatório.
adotada.
Decido.
(...)
Consta do acórdão recorrido:
Quanto ao tema em discussão, a tese fixada não é suficiente para
(...)
externar, com precisão, a decisão da Corte Suprema, já que
enuncia, de forma genérica, a impossibilidade de condenação
MÉRITO
automática do ente público e, como já dito, não é esse o conteúdo
da Súmula nº 331, V, do TST, que norteava a jurisdição trabalhista.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - RESPONSABILIDADE
(...)
SUBSIDIÁRIA - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -
Por todo o exposto, depreende-se que a ratio decidendi da decisão
LICITAÇÃO - DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL
proferida pelo STF no julgamento do RE 760.931 é: a condenação
FEDERAL NO RE 760.931 - REPERCUSSÃO GERAL - SÚMULA
subsidiária do ente público tomador de serviços, em relação às
Nº 331, IV E V, DO TST - RATIO DECIDENDI
empresas contratadas por meio de licitação, depende de prova
O ente público sustenta a inexistência de responsabilidade pelos
robusta e inequívoca da ausência sistemática de fiscalização,
créditos trabalhistas da parte autora, empregada de empresa
quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas pela
prestadora de serviços contratada por meio de regular licitação.
prestadora, ônus que incumbe ao empregado.
Aponta violação do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, dentre outros.
No caso, o Tribunal Regional foi taxativo ao afirmar a omissão
(...)
contumaz do ente público, quanto ao dever de fiscalizar o contrato
A jurisprudência desta Corte Superior sempre se inclinou a
de prestação de serviços, ressaltando que "o instrumento contratual
reconhecer que a contratação de prestadora de serviços, por meio
firmado com a primeira reclamada reza, expressamente, que a
contratada se obriga, por exemplo, a "comprovar mensalmente o - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS -
ECT
fornecimento de vale transporte, alimentação, guias de
- M. C. A. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS LTDA. - ME
Contribuições Social Previdenciária (INSS, FGTS e PIS), sob pena
de, em caso de recusa ou falta de exibição dos mesmos, inclusive
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
da folha de pagamento, ser sustado o pagamento de quaisquer
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de
faturas que lhes forem devidas até o cumprimento desta obrigação"
revista da EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
e "apresentar cópia autenticada da quitação da Rescisão
TELÉGRAFOS - ECT em todos os seus temas e desdobramentos.
Contratual..." (id. 2e83faa, p. 2), o que evidencia a possibilidade real
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
de fiscalização, comprovadamente não exercida, das obrigações
violação aos dispositivos da Constituição da República que
trabalhistas diretamente pelo tomador dos serviços". Também
especifica nas razões recursais.
destacou que, segundo as provas produzidas, mesmo ciente do
É o relatório.
descumprimento de obrigações trabalhistas pela empresa
Decido.
prestadora de serviços, o tomador não lhe aplicou qualquer das
Consta do acórdão recorrido:
penalidades contratualmente previstas, tendo sido necessária a
(...)
intervenção do Ministério Público do Trabalho para que fossem
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE DA ADMINISTRAÇÃO
adotadas medidas capazes de garantir o atendimento dos direitos
PÚBLICA. CONDUTA CULPOSA. ÔNUS DA PROVA.
trabalhistas dos empregados terceirizados.
TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA.
Nesse contexto, a condenação subsidiária se amolda à
(...)
jurisprudência vinculante do Supremo Tribunal Federal, o que
No caso dos autos, o Tribunal Regional, mantendo a sentença
impede o processamento do recurso de revista.
quanto ao tema responsabilidade subsidiária, reconheceu a
Nego provimento.
existência de culpa in vigilando da segunda Reclamada por
entender que competia à tomadora de serviços comprovar a efetiva
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
fiscalização do contrato administrativo.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Consignou que "a recorrente não apresentou um único documento
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
que demonstrasse uma atuação vigilante, nem mesmo os
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
comprovantes dos recolhimentos ao FGTS e ao INSS." (fl. 295).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Embora a constitucionalidade do artigo 71 da Lei 8.666/93 tenha
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
sido declarada em definitivo pela Excelsa Corte Suprema no
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
julgamento proferido na ADC 16/DF, não há óbice para a
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
condenação subsidiária dos entes jurídicos integrantes da
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Administração nas situações em que configurada a omissão no
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
regular acompanhamento e fiscalização da execução dos contratos
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
de terceirização celebrados, particularmente em relação ao
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
cumprimento das obrigações trabalhistas (legais e contratuais) por
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
parte das empresas contratadas.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Inegavelmente, a dinâmica das relações produtivas e o
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
desenvolvimento da sociedade capitalista, fomentados pela busca
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
incessante da redução de custos e de maior produtividade, fizeram
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
com que determinadas atividades meio do processo produtivo
Intime-se.
passassem a ser delegadas a outras empresas, no que se
Publique-se.
convencionou chamar de "terceirização".
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
A situação posta nos autos envolve, sem sombra de dúvidas, o
fenômeno da terceirização lícita de atividades-meio, concebida
como forma de melhor realizar tarefas, com redução dos custos.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Essa situação está disciplinada na Súmula 331, IV e V, do TST.
RENATO DE LACERDA PAIVA
(...)
Ministro Vice-Presidente do TST
Conhecido o recurso de revista por contrariedade à Súmula 331, V,
do TST, DOU-LHE PROVIMENTO para afastar a responsabilidade
Processo Nº RR-0010245-78.2018.5.03.0148
subsidiária da segunda Reclamada pelos créditos trabalhistas
Complemento Processo Eletrônico
devidos à Reclamante, julgando, quanto ao ente público,
Relator Min. Douglas Alencar Rodrigues
improcedentes os pedidos iniciais.
Recorrente EMPRESA BRASILEIRA DE
CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Advogado Dr. Alexandre Reybmm de Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Menezes(OAB: 23534/BA) inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Recorrido DIANA DA CONCEIÇÃO BARBOSA repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Advogado Dr. Márcio Alécson da Silva(OAB: Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
148075/MG)
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Recorrido M. C. A. SERVIÇOS TERCEIRIZADOS
LTDA. - ME encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Intimado(s)/Citado(s): pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
- DIANA DA CONCEIÇÃO BARBOSA termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema negligenciou o seu dever de fiscalizar.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Assinalo, outrossim, que, quando do julgamento final da ADC n. 16,
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos o Supremo Tribunal Federal efetivamente declarou que a mera
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes inadimplência do contratado, em relação às verbas trabalhistas
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do devidas aos seus empregados, não transfere à Administração
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Pública a responsabilidade pelo pagamento desses encargos
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. (responsabilidade objetiva), mas ressalvou o entendimento de que a
Intime-se. responsabilidade subsidiária da Administração subsiste quando
Publique-se. houver omissão no dever de fiscalizar as obrigações do contratado
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. (culpa in vigilando), tal como na hipótese dos autos.
(..)
Por fim, assinalo que esse modo de julgar não significa afronta a
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) quaisquer dispositivos do ordenamento jurídico invocados pela parte
RENATO DE LACERDA PAIVA e que o entendimento contido na Súmula nº 363 do TST versa sobre
Ministro Vice-Presidente do TST hipótese diversa da presente, pois s e está tratando apenas de
responsabilidade subsidiária e não de contratação direta pela
Processo Nº ED-AIRR-0001479-40.2014.5.12.0014 Administração.
Complemento Processo Eletrônico Pelo exposto, nego provimento ao recurso do 4º réu."
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
Insurge-se o Estado de Santa Catarina, requerendo, em síntese, a
Embargante ESTADO DE SANTA CATARINA
exclusão da responsabilidade subsidiária que lhe foi atribuída.
Procuradora Dra. Isabel Parente Mendes Gomes
Afirma que não há culpa in vigilando, pois não foi omisso quanto à
Embargado DANIELE LOTTERMANN
fiscalização da execução do contrato, prevista na Lei nº 8.666/93.
Advogado Dr. Nilton da Silva Correia(OAB:
1291/DF) Sustenta a impossibilidade da condenação imposta, em razão do
Embargado LUCIMAR GONZATTO julgamento da ADC nº 16 pelo STF. Indica violação dos arts. 5º, II,
FRANCESCHINI e 37, caput, § 6º, da Constituição Federal, 626 da CLT e 58, III, 67,
Advogado Dr. André Tealdi Meurer(OAB: e 71, § 1º, da Lei n° 8.666/93, além de contrariedade à Súmula nº
28406/SC)
331/TST. Colaciona arestos para confronto de teses.
Embargado PERFIL BRASILEIRO PRODUTOS E
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO Sem razão.
LTDA. - ME Diante da salvaguarda inscrita no art. 71 da Lei nº 8.666/1993, a
Embargado EDUARDO FRANCISCO responsabilidade subjetiva e subsidiária da Administração Pública
COMERLATTO - EPP
Direta ou Indireta encontra lastro em caracterizadas ação ou
omissão culposa na fiscalização e adoção de medidas preventivas
Intimado(s)/Citado(s):
ou sancionatórias ao inadimplemento de obrigações trabalhistas por
- DANIELE LOTTERMANN parte de empresas prestadoras de serviços contratadas (arts. 58, III,
- EDUARDO FRANCISCO COMERLATTO - EPP e 67 da Lei nº 8.666/1993).
- ESTADO DE SANTA CATARINA Não se está em campo de cogitação do adimplemento das
- LUCIMAR GONZATTO FRANCESCHINI obrigações regulares e ínsitas ao contrato administrativo decorrente
- PERFIL BRASILEIRO PRODUTOS E SERVIÇOS DE de licitação, mas, com olhos também postos no quanto dispõem os
COMUNICAÇÃO LTDA. - ME
arts. 1º, incisos III e IV, e 170, da Constituição Federal, na trilha de
evidência de culpa "in vigilando" e da consequente responsabilidade
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
civil, pela omissão no poder-dever de fiscalizar.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Ressalte-se que o julgamento da ADC nº 16-DF pelo STF não
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
consagrou a impossibilidade jurídica de reconhecimento da
É o relatório.
responsabilidade subsidiária da Administração Pública. Apenas
Examino.
ressalvou que a responsabilidade não é objetiva, decorrente do
Consta do acórdão recorrido:
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas pela empresa
(...)
prestadora dos serviços.
MÉRITO.
Concluiu o Regional, com base no conjunto probatório, que ficou
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA OU INDIRETA.
caracterizada a culpa "in vigilando".
TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
Nesse contexto, para se concluir como pretende o recorrente, seria
O Regional negou provimento ao recurso ordinário do quarto
imprescindível o revolvimento de fatos e provas, procedimento
reclamado, sob os seguintes fundamentos, assim reproduzidos nas
vedado nesta instância recursal, a teor da Súmula 126 do TST.
razões de recurso de revista a fls. 1.045/1.049-PE (art. 896, § 1º-A,
A decisão, ao que se tem, está em conformidade com a Súmula
I, da CLT):
331, V, do TST, esbarrando a revista no óbice do art. 896, § 7º, da
"[...]
CLT.
Daí exsurge a ilação de que, em nome do princípio da legalidade,
Em consequência, não se cogita de violação dos dispositivos de
só será possível ao tomador fugir da responsabilização quando
Leis evocados ou de divergência jurisprudencial, tampouco
fiscalizar adequadamente os contratados, obrigação que não pode
contrariedade a súmula deste Tribunal.
ser afastada por meio de disposição contratual em contrário.
Mantenho o r. despacho agravado.
(...)
Em síntese e pelo exposto, conheço do agravo de instrumento e, no
Portanto, entendo demonstrado que a Administração Pública
mérito, nego-lhe provimento.
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da contratuais e legais da prestadora dos serviços.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo (...)
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Na hipótese, a Eg. Corte de origem responsabilizou
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). subsidiariamente a tomadora de serviços, por entender
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de concretamente caracterizada a culpa in vigilando, decorrente da
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos fiscalização deficiente no cumprimento das obrigações contratuais e
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere legais da prestadora de serviços como empregadora, e a culpa in
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade eligendo. Registrou-se no acórdão regional que "restou patente que
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos houve falha na gestão do contrato firmado, na medida em que não
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". cuidou de fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema relativas aos serviços de que era beneficiária, gerando um passivo
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada trabalhista imenso. Não se tratou, portanto, de um simples
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos descumprimento pontual de cláusulas, mas, sim, de reiterado
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes desrespeito ao conteúdo mínimo do contrato de trabalho que se
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do prolongou por meses, sem que a administração tomasse as
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de providências cabíveis" (fls. 167/168)
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. (...)
Intime-se. O Tribunal Regional decidiu conforme à jurisprudência desta Corte,
Publique-se. consubstanciada na Súmula nº 331, V. Não diviso as violações
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. apontadas.
Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada
foi proferida em observância aos artigos 896, § 5º, da CLT; 557,
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) caput, do CPC e 5º, LXXVIII, da Constituição da República.
RENATO DE LACERDA PAIVA Nego provimento ao Agravo.
Ministro Vice-Presidente do TST O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Processo Nº ED-Ag-AIRR-0130243-95.2015.5.13.0009 inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Complemento Processo Eletrônico repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Embargante UNIVERSIDADE FEDERAL DE mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
CAMPINA GRANDE
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Procuradora Dra. Luciana Hoff
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Procurador Dr. Cássio Marcelo Arruda Ericeira
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Embargado JONIBERG DA SILVA
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Advogada Dra. Gilvânia Maciel Silva Virgínio
Pequeno(OAB: 9328/PB) Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Embargado ELFORT SEGURANÇA DE VALORES cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
LTDA. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Intimado(s)/Citado(s): autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
- ELFORT SEGURANÇA DE VALORES LTDA. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
- JONIBERG DA SILVA retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE Intime-se.
Publique-se.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
violação aos dispositivos da Constituição da República que RENATO DE LACERDA PAIVA
especifica nas razões recursais. Ministro Vice-Presidente do TST
É o relatório.
Decido. Processo Nº AIRR-0100484-02.2017.5.01.0284
Consta do acórdão recorrido: Complemento Processo Eletrônico
(...) Relator Min. Dora Maria da Costa
O Eg. Tribunal Regional decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Agravante MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA
BARRA
Corte, consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
Advogado Dr. Antônio José Cabral de
No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E. Oliveira(OAB: 77575/RJ)
Supremo Tribunal Federal ao declarar a constitucionalidade do art. Agravado JOCIMARA DOS SANTOS SILVA
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera Advogado Dr. Rodrigo da Silva Pessanha(OAB:
inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas, 153416/RJ)
não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da Agravado ATRIO-RIO SERVICE TECNOLOGIA
E SERVIÇOS LTDA.
Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
Advogada Dra. Elisabete de Mesquita Cuim Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Nunes(OAB: 100008/RJ)
RENATO DE LACERDA PAIVA
Intimado(s)/Citado(s): Ministro Vice-Presidente do TST
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema igualmente transcendência política quando demonstrado o
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada desrespeito à jurisprudência pacífica e notória do Tribunal Superior
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos do Trabalho sedimentada em Orientação Jurisprudencial ou a partir
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes da fixação de tese no julgamento, entre outros, de incidentes de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do resolução de recursos repetitivos ou de assunção de competência,
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de bem como, na hipótese do Supremo Tribunal Federal, no
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. julgamento de recurso extraordinário com repercussão geral ou das
Intime-se. ações de constitucionalidade.
Publique-se. Trata-se de extensão normativa do conceito de transcendência
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. política, prevista no art. 896-A, § 1º, II, da CLT, a partir, sobretudo,
da sua integração com o novo sistema de resolução de demandas
repetitivas inaugurado pelo Código de Processo Civil de 2015, cujas
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) decisões possuam caráter vinculante (exegese dos arts. 489, § 1º,
RENATO DE LACERDA PAIVA 926, 928 do CPC/2015).
Ministro Vice-Presidente do TST Ademais, ainda que assim não fosse, o próprio § 1º do art. 896-A da
CLT estabelece que os indicadores de transcendência nele
Processo Nº RR-1001262-53.2015.5.02.0715 nominados não constituem cláusula legal exaustiva, mas possibilita
Complemento Processo Eletrônico o reconhecimento de indicadores "entre outros".
Relator Min. Alexandre Luiz Ramos (...)
Recorrente EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA- Em razão do conhecimento do recurso de revista por violação do
ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA -
INFRAERO art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, seu provimento é medida que se
Advogado Dr. Ivan Reis Santos(OAB: 190226/SP) impõe, para julgar improcedente o pedido de responsabilização
Recorrido IVANI ROCHA RAMOS DA SILVA subsidiária da EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA
Advogado Dr. Hedy Lamarr Vieira de AEROPORTUÁRIA - INFRAERO pelo adimplemento das parcelas
Almeida(OAB: 93953-B/SP) trabalhistas deferidas à Reclamante.
Recorrido AIR SPECIAL SERVIÇOS O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
AUXILIARES DE TRANSPORTES
AÉREOS EIRELI Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Advogado Dr. André Fernando Pretto Paim(OAB: inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
39405/RS) repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Intimado(s)/Citado(s): mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
- AIR SPECIAL SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTES encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
AÉREOS EIRELI automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
- EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
AEROPORTUÁRIA - INFRAERO
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
- IVANI ROCHA RAMOS DA SILVA
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
revista da EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
AEROPORTUÁRIA - INFRAERO em todos os seus temas e
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
desdobramentos.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Intime-se.
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Publique-se.
especifica nas razões recursais.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
É o relatório.
Decido.
Consta do acórdão recorrido:
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
(...)
RENATO DE LACERDA PAIVA
No presente caso, conforme se observa do acórdão recorrido, a
Ministro Vice-Presidente do TST
Corte Regional reconheceu a responsabilidade subsidiária sem que
fosse especificamente demonstrado o nexo de causalidade entre o
Processo Nº AIRR-0000644-36.2015.5.02.0001
dano ao empregado terceirizado e a conduta negligente do ente
Complemento Processo Eletrônico
público no tocante à fiscalização da empresa prestadora de serviços
Relator Min. José Roberto Freire Pimenta
quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas.
Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
Ao assim decidir, a Corte Regional divergiu da jurisprudência SÃO PAULO
consolidada pelo Supremo Tribunal Federal e por esta Corte Procurador Dr. Rodrigo Peixoto Medeiros
Superior e violou o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, como bem Agravado RITA COQUEIRO BATISTA
demonstrado pela parte ora Agravante. Advogado Dr. Renan Valmeida do
Cabe ressaltar que o reconhecimento de que a causa oferece Nascimento(OAB: 344332/SP)
transcendência política (art. 896-A, § 1º, II, da CLT) não se limita à Agravado L. P. BORGES CIMINO LIMPEZA -
EPP
hipótese em que haja verbete sumular sobre a matéria; haverá
Intimado(s)/Citado(s): decidendi.
- FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Dessa leitura, pode-se deduzir que, ao final de acirrado e profundo
- L. P. BORGES CIMINO LIMPEZA - EPP debate, firmou-se o entendimento de que é ônus da prova do
- RITA COQUEIRO BATISTA trabalhador reclamante a demonstração concreta e específica de
que o ente público, tomador de seus serviços, incorreu em culpa
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo omissiva ao não fiscalizar o adimplemento das obrigações
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de trabalhistas em seu favor. Porém, a douta maioria que se formou a
instrumento da recorrente em todos os seus temas e esse respeito também consagrou, naquela ocasião, o entendimento
desdobramentos. de que a questão de haver ou não, em cada caso concreto, prova
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta específica da existência de culpa do ente público reclamado, será
violação aos dispositivos da Constituição da República que definida nas instâncias ordinárias, cujo pronunciamento é soberano
especifica nas razões recursais. em matéria fático-probatória.
É o relatório. Trata-se, portanto, de matéria a ser esgotada nas instâncias
Decido. ordinárias, após o exame circunstanciado de cada caso concreto e
Consta do acórdão recorrido: infensa à revaloração das instâncias extraordinárias. Foi o que
(...) afirmaram, de forma expressa, os Ministros Luiz Fux e Dias Toffoli,
Ao exame. quando se discutiu essa matéria, e como se demonstrará a seguir.
Salienta-se, inicialmente, que não se cogita nenhuma possibilidade No tocante à responsabilidade subsidiária da Administração Pública
de vício no despacho ora agravado, pois o ordenamento jurídico pelos débitos trabalhistas do contratado que lhe forneceu mão de
vigente confere ao Presidente do Tribunal prolator da decisão obra terceirizada, o artigo 71, caput e § 1º, da Lei nº 8.666/93 (na
recorrida a incumbência de exercer o primeiro Juízo de redação que lhe deu o artigo 4º da Lei nº 9.032/95) preceitua que o
admissibilidade do recurso de revista interposto, sendo suficiente, contratado é responsável pelos encargos trabalhistas resultantes da
para tanto, que aponte os fundamentos que o levaram a admitir ou a execução do contrato administrativo e que sua inadimplência não
denegar seguimento ao apelo, conforme o artigo 896, § 1º, da CLT. transfere à Administração Pública a responsabilização por seu
Esclarece-se, ainda, que o agravo de instrumento tem por finalidade pagamento.
exatamente viabilizar o reexame dos fundamentos do despacho Prevalecia nesta Corte o entendimento de que, apesar do artigo da
denegatório de seguimento ao recurso, de modo a afastar eventual Lei de Licitações expressamente citado, a responsabilidade
equívoco nele perpetrado, com vistas a possibilitar, se for o caso, o subsidiária da Administração Pública subsistiria em caso de
processamento do apelo trancado. Razão pela qual não há falar em inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do
violação dos artigos 2º, 5º, incisos II e LV, 37, caput e § 6º, e 173, § empregador, desde que o ente público participasse da relação
1º, da Constituição Federal, 896 da CLT e 1º-F da Lei nº 9.494/97 processual e estivesse incluído no título executivo judicial (item IV
nem em contrariedade à Orientação Jurisprudencial nº 7 do Tribunal da Súmula nº 331 do TST).
Pleno do TST. No entanto, o Supremo Tribunal Federal, ao julgar a Ação
(...) Declaratória de Constitucionalidade nº 16-DF, em sessão de
Discute-se a possibilidade de atribuição de responsabilidade 24/11/2010, houve por bem, por maioria (vencido em parte o
subsidiária a entes públicos por dívidas trabalhistas surgidas em Ministro Carlos Ayres Britto), considerar constitucional o citado
contratos de terceirização de serviços. artigo 71 da Lei nº 8.666/93, de modo que vedasse, expressamente,
No julgamento do Recurso Extraordinário nº 760.931-DF, em debate a automática responsabilização do ente público contratante pelos
representativo do Tema nº 246 de repercussão geral reconhecida, débitos trabalhistas devidos pela empresa fornecedora de mão de
os Ministros da Suprema Corte reafirmaram a constitucionalidade obra, nos casos de mero inadimplemento dessas obrigações pelo
do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, já declarada no julgamento da vencedor da licitação.
Ação Declaratória de Constitucionalidade n° 16-DF, obstaculizando, Porém, esse julgamento não impediu que, em determinados casos
de uma vez por todas, a possibilidade de responsabilização e sob certas circunstâncias, a Administração Pública contratante
subsidiária automática da Administração Pública, tomadora dos continuasse a ser condenada a responder subsidiariamente pelo
serviços terceirizados. pagamento das obrigações trabalhistas do empregador por ela
Na ocasião, por maioria de votos (vencidos os Ministros Rosa contratado, mesmo após regular licitação e nas terceirizações
Weber, Relatora original, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, lícitas.
Roberto Barroso e Edson Fachin) e nos termos do voto do Ministro Isso porque o Supremo Tribunal Federal, ao se referir aos casos de
Luiz Fux, Redator do acórdão, fixou-se a seguinte tese de terceirização lícita das atividades-meio da Administração Pública,
repercussão geral: "O inadimplemento dos encargos trabalhistas também deixou expresso seu entendimento de que o § 1º do artigo
dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao 71 da Lei nº 8.666/93 não afastaria a possibilidade de a Justiça do
Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, Trabalho, no julgamento de cada caso concreto e com base nos
seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, fatos da causa, responsabilizar subsidiariamente o ente público
da Lei nº 8.666/93". contratante pelo pagamento daquelas obrigações trabalhistas, caso
A ementa do voto vencedor do Redator para o acórdão e a tese de ficasse comprovado que agiu com culpa in vigilando, ao não
repercussão geral aprovada pelos Ministros do Supremo Tribunal fiscalizar o adimplemento daqueles direitos pelo seu devedor
Federal no verbete que foi redigido ao seu final não enfrentaram, de principal - o empregador contratado.
forma expressa, a questão do ônus da prova, a respeito da qual os Em outras palavras, o puro e simples inadimplemento das
votos dos ilustres integrantes da Corte Suprema se dividiram, razão obrigações trabalhistas pelo empregador contratado pelo ente
pela qual se torna indispensável consultar os fundamentos dos público não ensejaria a responsabilidade deste último por seu
votos dos seis Ministros que integraram a maioria que prevaleceu pagamento, mesmo que de forma subsidiária, sem que fosse
naquele julgamento, de forma que deles se extraia a sua ratio verificada a existência, em cada caso concreto, de quaisquer outros
procedimentos específicos e adequados ali descritos, o dever de que recebeu o número 760.931-DF e foi eleito como processo
fiscalizar o adimplemento das obrigações trabalhistas pelas representativo da controvérsia no Tema nº 246 de Repercussão
empresas contratadas em relação a seus trabalhadores Geral no Supremo Tribunal Federal (responsabilidade subsidiária da
terceirizados, desde as fases de abertura e desenvolvimento do Administração Pública na terceirização de serviços).
procedimento licitatório, incluindo a celebração do contrato Concretamente, o citado recurso extraordinário externou a
administrativo. inconformidade da União contra acórdão da Segunda Turma do
Do conjunto de normas legais e regulamentares ora exposto e em Tribunal Superior do Trabalho, da lavra deste Relator, Processo nº
face do que decidiu o Supremo Tribunal Federal no julgamento da TST-AIRR-100700-72.2008.5.02.0373, em que se manteve a
ADC nº 16, esta Corte firmou posicionamento de que, uma vez responsabilidade subsidiária da Administração Pública, tomadora de
tenha sido constatado e comprovado, em determinada ação, o serviços terceirizados, pelo inadimplemento das verbas trabalhistas
inadimplemento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato em razão de sua culpa in vigilando, caracterizada pela omissão em
administrativo pelo empregador contratado, à Administração Pública fiscalizar adequadamente o contrato de prestação de serviços.
contratante caberá, com exclusividade, para evitar que sua conduta No recurso interposto, a União aduziu que o Tribunal Superior do
seja considerada omissa e ilícita, nos termos e para os efeitos dos Trabalho não observou o que sedimentou a Suprema Corte no
artigos 186 e 927, caput, do Código Civil, alegar e comprovar, julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) n°
cabalmente, no curso da instrução processual, que praticou todos 16, em que se julgou constitucional o artigo 71, § 1º, da Lei nº
os atos administrativos detalhadamente estabelecidos nos 8.666/1993 (Lei de Licitações). Defendeu que a única exegese
apontados preceitos da Lei nº 8.666/93 e na Instrução Normativa nº viável remeteve à total exclusão da responsabilidade das entidades
2/2008, alterada pela Instrução Normativa nº 3/2009, do Ministério públicas contratantes, independente de qualquer modalidade de
do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), no sentido de culpa.
fiscalizar, no curso e no encerramento daquele contrato Assim, em 2/2/2017, o Supremo Tribunal Federal deu início ao
administrativo, a plena observância dos direitos trabalhistas do julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº 760.931-DF, com
correspondente reclamante; e de que, uma vez constatado o seu repercussão geral reconhecida, no qual se ressuscitou a temática
inadimplemento, tomou todas as medidas e as providências da responsabilidade subsidiária da Administração Pública na
legalmente previstas para prevenir ou ressarcir o trabalhador terceirização de serviços, cuja jurisprudência já havia se pacificado
terceirizado vítima daqueles atos ilícitos. no âmbito desta Corte superior trabalhista, por meio da nova
Trata-se, neste caso em exame, de fato impeditivo da pretensão do redação da Súmula nº 331 do TST, em decorrência do julgamento
autor de que a Administração Pública seja condenada a responder, da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16-DF.
ainda que subsidiariamente, pelo pagamento daqueles direitos No julgamento do citado recurso extraordinário, a Ministra Rosa
trabalhistas, nos termos dos artigos 333, inciso II, do CPC/73 (373, Weber, Relatora, voto vencido, posicionou-se no sentido do
inciso II do CPC/2015) e 818 da CLT. desprovimento do recurso interposto pela União, mediante os
À falta da demonstração de que os atos de fiscalização foram fundamentos ora sintetizados: a) reiterou os fundamentos do
mesmo praticados, como era dever legal do ente público acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, de relatoria do Ministro
contratante, só se poderá concluir que este, por omissão voluntária, José Roberto Freire Pimenta, no entendimento de que deve a
violou os direitos daqueles empregados terceirizados pelo Administração Pública comprovar, no curso da instrução processual,
contratado e lhes causou dano, pelo qual deve responder civilmente que praticou todos os atos administrativos detalhadamente
(ainda que de forma subsidiária), nesta Justiça do Trabalho, por sua prescritos na Lei nº 8.666/93; b) considerou que essa prova cabe,
manifesta culpa in vigilando. com exclusividade, à Administração Pública, diante do princípio da
Assim, o Tribunal Superior do Trabalho pacificou entendimento de aptidão para a prova, por tratar-se de fato impeditivo da pretensão
que o ônus da prova acerca da efetiva fiscalização permaneceria a do autor; c) na falta da demonstração de que os atos de fiscalização
cargo da Administração Pública, por representar fato impeditivo, foram mesmo praticados, necessário se concluir por omissão
modificativo ou extintivo do alegado direito do trabalhador, já que voluntária da Administração Pública, que deve responder civilmente
seria prova de natureza verdadeiramente "diabólica", de produção pelos danos causados (ainda que de forma subsidiária), por culpa in
praticamente impossível pela parte hipossuficiente. vigilando.
A evolução jurisprudencial no âmbito do Tribunal Superior do Consignou a Relatora que a nova redação da Súmula nº 331, item
Trabalho acerca da distribuição do onus probandi da efetiva V, do TST não mais autoriza a mera responsabilização do ente
fiscalização nos contratos terceirizados continuou a render público de forma automática. Assim, entendeu que não feriu a
questionamentos, já que, para o Poder Público, a declaração de Constituição Federal de 1988 a imputação de responsabilidade
constitucionalidade do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 pelo subsidiária à Administração Pública em relação aos deveres legais
Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação Declaratória de de acompanhar e fiscalizar o contrato administrativo de prestação
Constitucionalidade n° 16, por si só, obstaria qualquer atribuição de de serviços terceirizados.
responsabilidade subsidiária à Administração Pública. À luz da aptidão do ônus para a prova, da inversão dinâmica desse
Diante da já reconhecida constitucionalidade do artigo 71, § 1º, da ônus e da necessidade de cooperação processual, defendeu que a
Lei nº 8.666/93 pela Suprema Corte nos autos da Ação Declaratória parte que detivesse melhores condições de produzir a prova e que
de Constitucionalidade n° 16, em caráter erga omnes e vinculante, a possuísse maior facilidade em sua demonstração deveria assumir
União passou a defender a necessidade de se afastar a tendência esse encargo. Assim, concluiu a Relatora que o ônus probatório
da jurisprudência trabalhista em continuar admitindo a acerca das medidas fiscalizatórias empreendidas deveria ser da
responsabilidade da Administração Pública, mesmo nos casos de Administração Pública, que teria a guarda dos documentos
culpa in vigilando. referentes ao contrato administrativo firmado. Remeteu à
Ainda resistente às inúmeras ações trabalhistas interpostas na impossibilidade de se admitir o pesado encargo probatório ao
Justiça do Trabalho relacionadas à responsabilidade subsidiária em trabalhador terceirizado.
contratações terceirizadas, a União interpôs recurso extraordinário Nesses termos, seja pelo princípio da culpa presumida, seja pelo
princípio da aptidão do ônus da prova, seja pela impossibilidade de de resolução de demandas repetitivas e no julgamento dos recursos
se imputar prova "diabólica" ao empregado, defendeu a Ministra de natureza extraordinária pelos Tribunais Superiores (...) quanto
Rosa Weber, em voto vencido, que o encargo probatório da efetiva nos casos em que forem aplicáveis as súmulas do STF, em matéria
fiscalização devia ser da Administração Pública. constitucional, e dos Tribunais Superiores, em matéria
Ressaltou que, no julgamento da ADC 16, em que foi declarada a infraconstitucional (...), os demais juízes deverão observar as suas
constitucionalidade do artigo 71 da Lei nº 8.666/93, o Supremo rationes decidendi. Mas o que é tão ou mais importante é que o
Tribunal Federal não adentrou a questão da distribuição do ônus mesmo efeito obrigatório alcançará também a orientação (isto é, a
probatório da culpa e tampouco estabeleceu balizas na apreciação ratio decidendi) das decisões que configurarem precedentes do
da prova pelo julgador. Plenário ou do órgão especial, que terão o mesmo efeito obrigatório
(...) em relação aos demais juízes que lhes estiverem vinculados (...)"
O sistema de precedentes judiciais previsto no novo CPC (Lei nº (PIMENTA, José Roberto Freire. O sistema dos precedentes
13.015/2015) elegeu a ratio decidendi do precedente como judiciais obrigatórios e o microssistema de litigiosidade repetitiva no
elemento primordial na determinação da solução das decisões processo do trabalho. Rev. TST, Brasília, vol. 82, nº 2, abr/jun
futuras que tivessem por objeto a mesma questão controvertida. 2 0 1 6 . I n
A ratio decidendi constitui a parte da decisão efetivamente https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/1939/93959/2016_pimen
vinculante; a proposição jurídica, explícita ou implícita, necessária à ta_jose_sistema_precedentes.pdf?sequence=1&isAllowed=n
decisão; é o núcleo do precedente, cujas teses jurídicas devem ser Acesso 7/11/2017)
seguidas pelos julgadores dos casos futuros em um sistema de
precedentes vinculantes ou obrigatórios. Mediante análise da fundamentação que constitui o precedente
Dessa tese jurídica fixada, extraem-se os motivos vinculantes e judicial, é possível extrair seus motivos determinantes ou sua ratio
determinantes do precedente eleito, afastando-se, assim, o risco de decidendi, que terão efeitos vinculantes, afetando, em especial, o
se eleger trecho isolado do julgado que represente apenas regime da coisa julgada e a eficácia erga omnes das decisões
argumentação marginal (obiter dictum). paradigmáticas.
Sobre a necessidade de motivação da decisão judicial e a fusão de Assim, em observância aos fundamentos que nortearam o
horizontes na atividade interpretativa para se avaliar a adequação julgamento do tema representativo da controvérsia, extrai-se da
da situação concreta à decisão paradigmática, é necessário tese jurídica fixada pelo Supremo Tribunal Federal:
salientar: Persiste a vedação à responsabilidade automática da Administração
Pública, não obstante essa mesma responsabilidade possa ser
"Lembrando que o limite mais importante das decisões judiciais reconhecida nos casos concretos em que comprovada a omissão
reside precisamente na necessidade da motivação ou de fiscalizatória do ente público, circunstância essa a ser
justificação do que foi dito, Lenio Streck e Georges Abboud peremptoriamente afirmada nas instâncias inferiores, responsáveis
afirmam, incisivamente, que o juiz não pode considerar que é a pelo exame do contexto fático-probatório.
súmula que resolve o litígio - até porque as palavras não refletem as Reiterou-se, portanto, a necessidade de o comportamento culposo
essências das coisas, assim como as palavras não são as coisas, estar devidamente registrado nas instâncias ordinárias.
mas, sim, que é ele mesmo juiz, o intérprete, que faz uma fusão de Por sua vez, ante a ausência de prova do nexo de causalidade
horizontes para dirimir o conflito. Também para esses autores a entre a conduta da Administração Pública e o dano sofrido pelo
aplicação de um precedente é um ato hermenêutico e não trabalhador, subsiste o ato administrativo, hipótese em que a
mecânico: nenhum provimento vinculante elencado no art. 927 do Administração Pública se exime da responsabilidade por obrigações
novo CPC e no art. 15, I, da IN nº 39/2016 do TST dispensa a trabalhistas em relação àqueles que não compõem os seus
atividade interpretativa para sua aplicação, sendo indispensável a quadros.
superação da ideia simplista e incorreta de que isso seria possível Nesses termos, acordaram os Ministros da Suprema Corte que o
por meio da aplicação de um mero silogismo. Assim como o juiz artigo 71, § 1º, da Lei 8.666/93 é constitucional, conforme já
precisa interpretar a lei para verificar se os casos concretos se declarado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADC nº
conformam à sua hipótese normativa, cumpre-lhe também 16, e somente a demonstração de um comportamento culposo
interpretar o precedente para verificar a adequação da situação permitiria a responsabilização da Administração Pública, havendo a
concreta do novo caso a ser julgado à ratio decidendi do primeiro." necessidade de prova cabal do nexo de causalidade entre a
(PIMENTA, José Roberto Freire. O sistema dos precedentes conduta comissiva ou omissiva da Administração Pública e o dano
judiciais obrigatórios e o microssistema de litigiosidade repetitiva no sofrido pelo trabalhador.
processo do trabalho. Rev. TST, Brasília, vol. 82, nº 2, abr/jun 2016. Por oportuno, os recentes precedentes de Turmas desta Corte já
I n expressam a observância à tese de repercussão geral fixada no
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/1939/93959/2016_pimen Tema nº 246 pelo Supremo Tribunal Federal:
ta_jose_sistema_precedentes.pdf?sequence=1&isAllowed=n
Acesso 7/11/2017) "AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.015/2014.
No excerto transcrito, a despeito da referência específica à Justiça RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO.
do Trabalho, vale a mesma solução para a aplicação do precedente TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS. CULPA IN VIGILANDO. NÃO
originário de tese de repercussão geral no Supremo Tribunal CONFIGURAÇÃO. Diante da ofensa ao art. 71, § 1.º, da Lei n.º
Federal, qual seja o comando de uma decisão paradigmática não 8.666/93, determina-se o processamento do Recurso de Revista.
pode ser entendido na sua literalidade. Agravo de Instrumento conhecido e provido. RECURSO DE
REVISTA. APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º
"(...) tanto nos casos das decisões paradigmáticas proferidas pelos 13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE
Tribunais em geral, nos incidentes de assunção de competência ou PÚBLICO. TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS. CULPA IN
VIGILANDO. NÃO CONFIGURAÇÃO. Para que seja autorizada a esgotamento do exame desta questão fático-probatória nas
responsabilidade subsidiária da Administração Pública pelo instâncias jurisdicionais ordinárias, concernente à aferição de culpa
inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da empresa do ente público.
contratada conforme o disposto na Lei n.º 8.666/93, deve ser Em relação às alegações de violação do artigo 71, § 1º, da Lei
demonstrada a sua conduta omissiva no que refere à fiscalização 8.666/93, estas não prosperam, pois o entendimento extraído do
do cumprimento das obrigações relativas aos encargos trabalhistas. julgamento da ADC nº 16 pelo Supremo Tribunal Federal é no
Esse, aliás, foi o entendimento esposado pelo Supremo Tribunal sentido de que somente a demonstração de um comportamento
Federal, quando do julgamento da ADC n.º 16 , no qual declarou a culposo permitiria a responsabilização da Administração Pública,
constitucionalidade do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93, havendo a necessidade de prova cabal do nexo de causalidade
asseverando que a constatação da culpa in vigilando gera a entre a conduta comissiva ou omissiva da Administração Pública e o
responsabilidade subsidiária da Administração Pública. Esse dano sofrido pelo trabalhador. Assim, não há violação aos referidos
posicionamento foi recentemente confirmado pela Suprema Corte, dispositivos, pois no caso dos autos ficou registrada no acórdão
ao julgar o Tema 246 da Repercussão Geral (RE 760.931/DF). Não regional a conduta culposa da segunda reclamada.
estando, no caso, comprovada a omissão culposa do ente público Impertinente, por seu turno, a alegação de violação do artigo 2º da
em relação à fiscalização do cumprimento das obrigações Constituição Federal, visto não traduzir a hipótese dos autos
trabalhistas, não há de se falar em responsabilidade subsidiária. nenhuma possibilidade de violação direta do seu conteúdo
Recurso de Revista conhecido e provido." (Processo: RR - 10338- normativo, que visa resguardar, como princípio fundamental do
35.2013.5.01.0063, data de julgamento: 4/10/2017, Relatora Estado Brasileiro, a tripartição independente e harmônica dos
Ministra: Maria de Assis Calsing, 4ª Turma, data de publicação: Poderes.
DEJT 6/10/2017) Ademais, quanto à invocação de ofensa ao artigo 37, § 6º, da
(...) Constituição Federal, há que se destacar que o Regional não
fundamentou a responsabilidade subsidiária do ente público na
Certo é que a responsabilidade da Administração Pública, em razão responsabilidade objetiva, prevista no referido dispositivo, e sim na
da inadimplência da empresa contratada, não pode ser automática, culpa in vigilando daquele.
nos exatos termos da Súmula nº 331, item V, do TST, "a aludida Esclarece-se, ainda, que não existiu desrespeito à decisão do STF,
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das na medida em que não se declarou a inconstitucionalidade do artigo
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas o alcance desse dispositivo foi
contratada". sopesado em face de outras normas também aplicáveis à hipótese.
Se a mera inadimplência da prestadora de serviços não caracteriza, Cumpre esclarecer, ainda, que a invocação genérica de violação do
por si só, culpa da Administração Pública e se o Tribunal Regional artigo 5º, caput e incisos II e LV, da Constituição Federal de 1988,
do Trabalho é a última instância apta a analisar e a valorar a prova em regra e como ocorre neste caso, não é suficiente para autorizar
a esse respeito (Súmulas nºs 279 do Supremo Tribunal Federal e o conhecimento de recurso de revista com base na previsão do
126 do Tribunal Superior do Trabalho, a contrario sensu), como bem artigo 896 da CLT, visto que, para sua constatação, seria
acentuado pelos Ministros Dias Toffoli e Luiz Fux na Suprema necessário concluir, previamente, ter havido ofensa a preceito
Corte, ao votarem no sentido da corrente vencedora, a infraconstitucional.
responsabilização do ente público em tais casos depende do A alegação de afronta ao artigo 37, caput, da Constituição Federal e
registro expresso e específico da existência de sua culpa omissiva de contrariedade à Súmula nº 363 do TST é impertinente na
após a análise da instância regional do quadro fático-probatório dos hipótese, visto que não se discute a investidura de servidor público
autos, matéria não sujeita a reexame pelas instâncias sem aprovação prévia em concurso público, e sim a
extraordinárias. responsabilidade subsidiária do ente público, tendo em vista a sua
(...) conduta culposa na fiscalização da execução do contrato.
Na hipótese, verifica-se que o Tribunal Regional de origem, com Por estar a decisão do Regional em consonância com a notória,
base na sua soberana valoração do conjunto probatório constante reiterada e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho,
dos autos (insuscetível de reexame nas instâncias recursais esgotada se encontra a função uniformizadora desta Corte, o que
extraordinárias, como consagrado nas Súmulas nºs 279 do STF e afasta a possibilidade de eventual divergência jurisprudencial ante a
126 do TST), concluiu de forma expressa ter havido culpa do ente aplicação do teor da Súmula 333 do TST e do § 7º do artigo 896 da
público, o que determina a manutenção da decisão em que foi CLT.
condenado a responder, de forma subsidiária, pela satisfação das (...)
verbas e dos demais direitos objeto da condenação. Pelo exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.
Diante do quadro narrado no acórdão recorrido, cumpre reiterar que
qualquer rediscussão acerca da existência ou não de culpa neste O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
caso concreto para adoção de entendimento contrário àquele Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
sustentado pelo Regional, implicaria, inevitavelmente, o reexame inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
dos fatos e elementos de prova produzidos e já valorados pelas repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
instâncias ordinárias, o que é vedado a esta instância recursal de Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
natureza extraordinária, conforme preconizam as Súmulas nºs 279 mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
do STF e 126 do TST. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Esse entendimento resultou consagrado nos fundamentos automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
determinantes que prevaleceram na última sessão de julgamento do pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Supremo Tribunal Federal no processo representativo do Tema nº termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
246 da repercussão geral, quando se discutiu a redação da Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
respectiva tese de repercussão geral acerca da necessidade de cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos PROVA. O ônus da prova da fiscalização do contrato de
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes terceirização de serviços é do ente público, seja por se tratar de fato
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do impeditivo do direito postulado, seja em razão do princípio da
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de aptidão para a prova. Recurso de revista não conhecido.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intime-se. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Publique-se. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
RENATO DE LACERDA PAIVA encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Ministro Vice-Presidente do TST automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Processo Nº ARR-0100254-71.2016.5.01.0226 termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Complemento Processo Eletrônico Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Agravante e Recorrente ESTADO DO RIO DE JANEIRO pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Procuradora Dra. Renata Ruffo Rodrigues Pereira autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Rezende
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Agravado e Recorrido MARIZE GAMA DE LIMA
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Advogado Dr. Igor Maisano da Silva(OAB:
140438/RJ) retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Advogada Dra. Jordana Martins(OAB: Intime-se.
138026/MG) Publique-se.
Agravado e Recorrido INSTITUTO BRASILEIRO DE Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E APOIO
UNIVERSITÁRIO DO RIO DE
JANEIRO - IBAP-RJ
Advogada Dra. Cíntia Possas Machado(OAB: Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
120066/RJ)
RENATO DE LACERDA PAIVA
Advogado Dr. Michel Castro Ferreira(OAB:
161799/RJ) Ministro Vice-Presidente do TST
Advogada Dra. Marília Soares Ferri(OAB:
188048/RJ) Processo Nº Ag-RR-0010273-88.2014.5.18.0012
Complemento Processo Eletrônico
Intimado(s)/Citado(s): Relator Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO Agravante SIMONE MARIA PINTO DE CASTRO
- INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E Advogada Dra. Pollyanna de Sousa Vidal
APOIO UNIVERSITÁRIO DO RIO DE JANEIRO - IBAP-RJ Teodoro Araújo(OAB: 27376/GO)
- MARIZE GAMA DE LIMA Agravado EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-
ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA -
INFRAERO
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Advogada Dra. Eliane Cíntia Lacerda
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de Grande(OAB: 23560/GO)
instrumento e não conheceu do recurso de revista. Agravado VALVER SERVIÇOS AUXILIARES DE
TRANSPORTES AÉREO LTDA.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Advogado Dr. Alan de Azevedo Maia(OAB:
violação aos dispositivos da Constituição da República que 23947/GO)
especifica nas razões recursais.
É o relatório. Intimado(s)/Citado(s):
Decido. - EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA
Consta na ementa do acórdão recorrido: AEROPORTUÁRIA - INFRAERO
- SIMONE MARIA PINTO DE CASTRO
(...) - VALVER SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTES
AÉREO LTDA.
2 - MÉRITO arts. 58, III, e 67, caput e § 1º, da Lei nº 8.666/1993, que impõem à
Administração Pública o ônus de fiscalizar o cumprimento de todas
2.2 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - ADMINISTRAÇÃO as obrigações assumidas pelo vencedor da licitação (entre elas, por
PÚBLICA óbvio, as decorrentes da legislação laboral), por meio de condutas
(...) comissivas e objetivas, razão pela qual caberá ao Poder Judiciário,
Por meio da decisão agravada foi dado provimento ao recurso de ante cada caso concreto, aferir, a partir da prova dos autos, o
revista da segunda reclamada, sob o fundamento de que o Tribunal cumprimento ou não dos mencionados deveres vinculantes.
Regional não indicou prova concreta acerca da culpa in vigilando do (...)
tomador do serviço, o que não se coaduna com a jurisprudência do Certo é que o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993, como regra, isenta
TST e do STF a respeito da matéria. Consignou que "A Corte de de responsabilidade o ente público que realiza contrato de
origem efetivamente não adentrou no conjunto fático-probatório dos terceirização de serviços com ente idôneo.
autos para verificar se na situação vertente houve real omissão da Todavia, como em todo e qualquer ato administrativo praticado, a
Administração Pública na vigilância - culpa in vigilando - do pacto atribuição de consequências jurídicas passa pela prática do ato em
administrativo firmado com a empresa prestadora dos serviços." plena conformidade com o princípio da legalidade administrativa,
Nas razões de agravo sustenta que a conclusão diversa daquela com expressa previsão no art. 37, caput, da Carta Magna:
adotada pelo Tribunal Regional contraria a Súmula nº 126, pois não (...)
há como se chegar a uma nova interpretação do caso sem reexame Não se pode perder de vista que a Administração Pública está
da matéria fática, e sem a ela conferir valor probatório diverso adstrita ao princípio da legalidade (art. 5º, II, da Constituição
daquele que foi conferido pelas instâncias inferiores quando do Federal).
exame da matéria. (...)
Argumenta que não há que se falar em violação do art. 71, § 1º, da A incidência do referido art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993 parte de
Lei 8.666/1993, sendo certo que a responsabilidade subsidiária da uma série de pressupostos, dentre os quais, que a terceirização
empresa tomadora de serviços deve ser confirmada. seja lícita, que haja regular procedimento de licitação (único
Defende que foi a própria segunda reclamada quem produziu procedimento apto a legitimar a contratação de particulares por
provas contra si, ao admitir que a primeira reclamada não cumpria entes públicos) e, igualmente, que a condução do contrato
com suas obrigações contratuais, tanto administrativas quanto administrativo seja realizada em conformidade com a legislação
trabalhistas, e ao juntar documentos que comprovaram que, mesmo vigente e com os princípios constitucionais que regem a
tendo ciência da inadimplência, ainda assim prorrogou o contrato de Administração Pública.
prestação de serviços de mão de obra terceirizada, demonstrando, O próprio ordenamento jurídico criou parâmetros e condições para a
concretamente, sua ineficácia em supervisionar o cumprimento efetiva fiscalização das empresas prestadoras de serviços,
contratual pela empresa interposta. estabelecendo que, caso o prestador dos serviços permaneça
Indica divergência jurisprudencial. renitente no cumprimento das obrigações laborais, caberá à
A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços decorre Administração Pública, além de reter os valores correspondentes a
principalmente do benefício auferido com o labor prestado pelo eventuais salários atrasados, aplicar as penalidades previstas no
trabalhador. Fundamenta-se no dever de cuidado na escolha da art. 87 da Lei nº 8.666/1993 (advertência, multa, suspensão
prestadora temporária de participação em licitação e declaração de
dos serviços, assim como no zelo pela boa e correta execução do inidoneidade) ou, em último caso, rescindir o liame administrativo,
contrato nos termos dos arts. 77 e 78 do referido diploma legal.
por parte da empresa escolhida. Logo, se a Administração não fiscalizou a fiel execução do pacto,
O § 1º do art. 71 da Lei nº 8.666/1993 teve sua constitucionalidade não zelando pela solvência das obrigações trabalhistas pela
declarada no julgamento da ADC 16, o que levou o TST a alterar a empresa contratada, embora detivesse plenas condições para tanto,
redação do item IV da Súmula nº 331 e a inserir os itens V e VI. inclusive ante a possibilidade de rescisão unilateral que caracteriza
No entanto, tal declaração não isentou a Administração Pública da os contratos pactuados por entes públicos, deve arcar com as
responsabilidade subsidiária no caso de inadimplemento do contrato consequências jurídicas pelo cometimento desse ato ilícito.
por parte da empresa prestadora de serviços. Esta apenas não Por isso a possibilidade de excepcionar a aplicação do art. 71, § 1º,
pode mais ser decretada com base tão somente no inadimplemento, da Lei nº 8.666/1993, devidamente resguardada pela decisão
fazendo-se necessária a prova da má-escolha da empresa vinculante proferida pelo Supremo Tribunal Federal, não só se
prestadora ou da omissão da Administração Pública em seu dever afigura como garantia do adimplemento dos direitos trabalhistas dos
de fiscalizar o bom andamento do contrato. trabalhadores terceirizados que prestam serviços a entes públicos,
Embora reste atenuada a culpa in eligendo atribuída ao ente público em uma concretização necessária ao princípio da dignidade da
em face da adoção de procedimento licitatório, deve haver a pessoa humana, mas também se traduz em relevante medida de
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da controle e fomento à legalidade e à probidade administrativas.
prestadora de serviços como empregadora. Longe de incitar "a transferência para a Administração Pública, por
Vale lembrar que a obrigação contratual não se exaure no presunção de culpa, da responsabilidade pelo pagamento dos
adimplemento do seu objeto imediato, havendo outros deveres encargos trabalhistas, fiscais e previdenciários devidos ao
anexos ao contrato e, dentre eles, o de fiscalizar se a prestadora de empregado de empresa terceirizada" (Rcl 23.867/DF, Rel. Min.
serviços contratada cumpre o contrato celebrado dentro do que Cármen Lúcia, DJ de 31/8/2016), estimula-se o manejo de todos os
determina o ordenamento jurídico - no caso, se efetuava recursos disponíveis para a fiscalização das empresas contratadas,
corretamente o pagamento de com aplicação de medidas administrativas e prestação de contas,
suas obrigações trabalhistas. como salvaguarda de que os custos com os contratos
Salienta-se que não se está negando vigência ao art. 71, § 1º, da administrativos não se desdobrem na assunção de obrigações
Lei de Licitações. A questão poderia ser equacionada a partir dos trabalhistas das contratadas.
É certo que, embora não possa ser imputada a responsabilidade Nesse julgamento, o STF, por maioria, de acordo com o voto do
objetiva à Administração Pública quando houver passivo trabalhista Ministro Luiz Fux, firmou a seguinte tese: O inadimplemento dos
das empresas prestadoras de serviços contratadas por meio de encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
regular procedimento licitatório, igualmente não há automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
irresponsabilidade objetiva. Deve ser analisada, em cada caso, a pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
existência de culpa atribuída ao ente público a fim de lhe imputar a termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93.
responsabilidade pelos débitos trabalhistas. Não houve definição de tese específica acerca do ônus da prova.
A conduta estimulada, portanto, para além de assegurar os direitos Entretanto, para fins de elucidar a questão, é essencial que sejam
fundamentais sociais dos trabalhadores terceirizados que foram citados trechos dos votos exarados pelos ministros daquela Corte a
lesados - finalidade à qual certamente se presta um Estado respeito da responsabilidade da Administração, ônus da prova e
Democrático de Direito - é a conduta de lisura, transparência, parâmetros para tanto.
eficiência e probidade na condução dos contratos administrativos. (...)
Nesse sentido foi consolidado o entendimento desta Corte na nova Após intenso debate, o Plenário do STF inseriu a expressão
redação do item V da Súmula nº 331: "automaticamente" na tese, a fim de estabelecer, em síntese, que:
(...) a) o inadimplemento dos encargos trabalhistas não gera a
Nessa esteira, a Administração Pública somente se desincumbe de responsabilidade da Administração Pública e b) se houver
sua responsabilidade para com a contratação de prestação de comprovada culpa atribuída ao ente público, demonstrada nos
serviços prevista na Lei nº 8.666/1993 quando cumpre os deveres autos, por negligência ou ausência de fiscalização, incide a
positivos ali descritos de fiscalização, documentação e guarda das responsabilidade subsidiária subjetiva.
provas materiais da prática de tais atos. Dos fundamentos do voto vencedor e dos demais proferidos em
Observada essa compreensão jurídica da questão e da extensão sessão, extrai-se que atribuir o ônus da prova à Administração
dos deveres atribuídos ao ente público, no sentido de atender ao Pública ou deixar de considerar os documentos apresentados e as
princípio republicano e aos princípios administrativos da eficiência, provas efetivamente produzidas é o mesmo que lhe impor a
da legalidade e da publicidade, não se poderia cogitar da responsabilidade pelo simples inadimplemento e de forma objetiva,
exoneração de uma responsabilidade de tal forma que não se o que contraria o disposto na ADC 16.
viabilizasse o posterior controle, na melhor semântica do sistema de Não obstante meu posicionamento, no debate travado por ocasião
freios e contrapesos. do referido julgamento, por diversas vezes foram feitas
Se o ente público, curador da documentação dos atos admoestações à Justiça do Trabalho por tornar inócua a decisão
administrativos por ele praticados no acompanhamento do contrato proferida na ADC 16, ao impor à Administração Pública um ônus
administrativo, omite-se em apresentá-la, a culpa se evidencia. equivalente ao do próprio empregador ante a atribuição de
Este relator compreende que, ante o princípio da aptidão para a responsabilidade pela ausência de fiscalização ou de provas de que
prova, o ônus de comprovar a efetiva fiscalização do contrato entre fiscalizou.
a prestadora e o empregado é do tomador de serviços, por se Dessa forma, a ratio decidendi da decisão proferida pela Suprema
revelar desproporcional impor aos empregados o dever probatório Corte no julgamento do tema de Repercussão Geral nº 246 é no
quanto ao descumprimento da fiscalização por parte da sentido de que, em regra, a Administração Pública não responde
Administração Pública, quando é ela que tem melhores condições pelos encargos trabalhistas inadimplidos pela empresa prestadora
de demonstrar que cumpriu com de serviços, consoante os termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
seu dever. 8.666/1993.
O CPC/2015, atento à concretização do direito material em A exceção, resguardada por ocasião do julgamento da ADC 16, se
detrimento da via processual, considerando o processo como um restringe às situações em que haja prova concreta de que a
meio, e não um fim em si mesmo, consagra a teoria dinâmica do Administração Pública foi negligente na fiscalização ou conivente
ônus da prova quando incorpora o devido processo substancial (art. com o descumprimento das obrigações contratuais pela contratada,
7º do CPC/2015) e a flexibilização da regra rígida de distribuição do incorrendo em culpa in vigilando, não se admitindo a assertiva
encargo probatório (art. 373, § 1º, do CPC/2015). Confira-se: genérica nesse sentido.
(...) De igual modo, apesar de a tese fixada pela Suprema Corte não
A leitura que faço do ordenamento jurídico e do posicionamento tratar expressamente da distribuição do ônus da prova (matéria
inicialmente adotado pelo Supremo Tribunal Federal é no sentido de infraconstitucional), a questão integrou a ratio decidendi do tema de
que a Administração Pública, para se eximir da responsabilidade Repercussão Geral nº 246. Ficou também definido que não se
subsidiária, deve apresentar indícios ou documentos que atestem admite nenhum tipo de presunção em desfavor da Administração
minimamente que atuou de forma diligente ou que, de alguma Pública e que a obrigação de comprovar a culpa atribuída ao ente
forma, cumpriu com seu dever de fiscalização imposto no art. 67 da público é do trabalhador, sendo descabida a aplicação do princípio
Lei nº 8.666/1993. Entendo que tal exigência não implica que a da aptidão para a prova.
Administração Pública analise verba por verba inadimplida ou Com a ressalva de meu entendimento, o ônus da prova acerca dos
contrato por contrato firmado entre a prestadora de serviços e seus fatos constitutivos do direito (inexistência de fiscalização) é do
empregados. Ela deve ter ciência das condições em que se trabalhador e a culpa da Administração Pública deve estar
encontram os trabalhadores que lhe prestam serviço e não pode inequivocamente comprovada nos autos.
ignorar a existência de irregularidades, deixando de tomar (...)
providências a respeito. Assim, curvando-me à decisão vinculante do STF, por disciplina
Ocorre que, no julgamento pelo Plenário do Supremo Tribunal judiciária, no caso, a Administração Pública não pode ser
Federal, em 30/3/2017, do tema de Repercussão Geral nº 246, responsabilizada subsidiariamente pela dívida trabalhista, pois o
representado pelo RE 760.931, foram traçados novos limites para a ônus da prova da culpa in vigilando recai sobre o trabalhador e não
aferição da responsabilização subjetiva atribuída ao ente público. basta o simples inadimplemento das obrigações laborais assumidas
pela empresa terceirizada. A segunda reclamada interpõe agravo às págs. 403-412 contra a
Não tem viabilidade o agravo da reclamante, pois a tese recursal decisão monocrática (págs. 392-399), por meio da qual, na forma
está superada pelo entendimento adotado pelo STF e acolhido pelo dos artigos 932, inciso IV, alínea "a", do CPC/2015 e 255, inciso III,
TST. alínea "b", do Regimento Interno do Tribunal Superior do Trabalho,
Visto que acertada a decisão monocrática, nego provimento ao foi negado provimento ao seu agravo de instrumento, sob a
agravo. consideração de a decisão regional ter sido proferida em
consonância com a jurisprudência predominante no Tribunal
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da Superior do Trabalho.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo A segunda reclamada, nas razões do agravo, requer que seja
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja analisado o caso, de forma que seja aplicado o artigo 71, § 1º, da
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Lei n° 8.666/93.
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Não foi apresentada contraminuta.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Os autos não foram remetidos ao Ministério Público do Trabalho,
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere ante o disposto no artigo 95 do Regimento Interno do Tribunal
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Superior do Trabalho.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos É o relatório.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". (...)
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema A segunda reclamada alega que a decisão recorrida não analisou o
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada caso dos autos de forma correta, uma vez que manteve a
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos responsabilidade subsidiária sem a devida comprovação da conduta
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes culposa.
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Aduz que o Supremo Tribunal Federal, na ADC n° 16-DF, firmou o
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de entendimento de que somente é possível a responsabilização
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. subsidiária do ente público quando ficar demonstrada a conduta
Publique-se. culposa, o que não ocorreu nos autos.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Sustenta que "para se concluir que há omissão é imprescindível que
antes se defina qual a ação ou conduta positiva eram exigidas da
União por lei. Em outras palavras, deve-se verificar antes se o fiscal
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) do contrato administrativo tinha ciência da irregularidade (ou se era
RENATO DE LACERDA PAIVA exigível que tivesse) e se, cumulativamente, possuía à sua
Ministro Vice-Presidente do TST disposição um mecanismo sancionador a ser utilizado contra a
empresa. E não se trata de qualquer obrigação a cargo do fiscal do
Processo Nº Ag-AIRR-0010266-44.2015.5.01.0074 contrato, mas aquela contida na Lei nº 8.666/1993, que rege as
Complemento Processo Eletrônico licitações e fiscalização dos contratos administrativos. No entanto,
Relator Min. José Roberto Freire Pimenta tanto o v. acórdão regional quanto a r. decisão recorrida limitam-se
Agravante UNIÃO (PGU) a analisar o fato "inadimplência", ou seja, não fazem menção às
Procuradora Dra. Leila Emília Mendes Nogueira ações ou condutas específicas que a União deveria ter adotado no
Rodrigues
caso concreto" (pág. 406).
Agravado LILIA OLIVEIRA SODRÉ
Reforça as violações dos artigos 93, inciso IX, 97 e 102, § 2º, da
Advogado Dr. Luiz André de Barros
Vasserstein(OAB: 64379/RJ) Constituição Federal e 71, § 1º da Lei nº 8.666/93 e contrariedade à
Advogada Dra. Andréa Eni Duque Sampaio Súmula n° 331 do TST, à Súmula Vinculante n° 10 do STF e à
Turcatto(OAB: 101193/RJ) decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADC n° 16-DF.
Agravado CTO SERVIÇOS EMPRESARIAIS Reforça a divergência jurisprudencial.
LTDA.
Sem razão.
De outra parte, não merece provimento o agravo regimental que
Intimado(s)/Citado(s):
não desconstitui os fundamentos da decisão monocrática, pela qual
- CTO SERVIÇOS EMPRESARIAIS LTDA. foi denegado seguimento ao agravo de instrumento em face da
- LILIA OLIVEIRA SODRÉ conformidade do acórdão regional com a Súmula n° 331, item V, do
- UNIÃO (PGU) TST.
Verifica-se, na hipótese, que a decisão agravada - em que se
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo entendeu pela manutenção da decisão regional, na qual, por sua
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em vez, se concluiu que ficou comprovada a falta de fiscalização do
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. contrato administrativo, e, em razão disso, lhe imputou a
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta responsabilidade subsidiária em relação às verbas trabalhistas
violação aos dispositivos da Constituição da República que deferidas na demanda - foi proferida em estrita conformidade com a
especifica nas razões recursais. jurisprudência já amplamente consolidada no âmbito desta Corte
É o relatório. superior, consubstanciada na Súmula nº 331, item V, deste Tribunal.
Decido. Ainda nessa esteira, depreende-se da decisão regional, que o juiz
Consta do acórdão recorrido: na busca da verdade real e levando em consideração o princípio da
boa fé processual, por intermédio do depoimento das partes e
inquirição das testemunhas, ao valorar a prova, assentou que
"houve flagrante deficiência do Recorrente ao fiscalizar as
(...)
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto ao despacho que
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da negou seguimento ao Recurso de Revista, aos seguintes
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo fundamentos:
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Tempestivo o recurso.
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Regular a representação processual (nos termos da Súmula 436, I e
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos II do TST).
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Isento de preparo (CLT, art. 790-A e DL 779/69, art. 1º, IV).
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA / TOMADOR DE
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". SERVIÇOS/TERCEIRIZAÇÃO / ENTE PÚBLICO.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / PROCESSO E
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada PROCEDIMENTO / PROVAS / ÔNUS DA PROVA.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Alegação(ões):
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes - contrariedade à(s) Súmula(s) nº 331 do Tribunal Superior do
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Trabalho.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de - violação do(s) artigo 37, §6º; artigo 102, §2º, da Constituição
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Federal.
Intime-se. - violação d(a,o)(s) Lei nº 8666/93, artigo 71, §1º; Código Civil,
Publique-se. artigo 186; artigo 927; Código de Processo Civil, artigo 2º; artigo
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. 141; artigo 492.
- divergência jurisprudencial: .
O v. acórdão revela que, em relação ao tema recorrido, o
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) entendimento adotado pela Turma, de acordo com a prova
RENATO DE LACERDA PAIVA produzida (Súmula 126 do TST), encontra-se em consonância com
Ministro Vice-Presidente do TST a notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho e
consubstanciada, in casu , na Súmula 331, V, eis que o acórdão
Processo Nº Ag-AIRR-0011308-66.2014.5.01.0009 reconheceu a existência de culpa in vigilando . Não seria razoável
Complemento Processo Eletrônico supor que o Regional, ao entender dessa forma, estaria violando os
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi dispositivos apontados. Em razão dessa adequação (acórdão-
Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO jurisprudência iterativa do TST), o recurso não merece
Procurador Dr. Ricardo Almeida Ribeiro da Silva processamento, a teor do artigo 896, alínea "c" e § 7º, da CLT c/c a
Agravado MICHELLE DE CASTRO PEREIRA Súmula 333 do TST.
Advogado Dr. Antônio Carlos Rodrigues(OAB: Salienta-se, por oportuno, que, nos termos em que prolatada a
68527/RJ)
decisão, não se vislumbra no julgado qualquer vulneração às regras
Advogada Dra. Geisa Carvalho Marinho de
Almeida Mesquita(OAB: 169132/RJ) de distribuição do ônus probatório, tratando-se de mera
Agravado VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA interpretação dos dispositivos apontados.
E SERVIÇOS LTDA. CONCLUSÃO
NEGO seguimento ao recurso de revista.
O Agravo de Instrumento, na hipótese, renova, em essência, os autos qualquer documento comprobatório quanto à fiscalização do
argumentos trazidos no Recurso de Revista denegado, não cumprimento das obrigações sociais e trabalhistas pela empresa
logrando desconstituir os termos do despacho agravado. que contrataram, o que evidencia o descumprimento na totalidade
Permanecem hígidos os fundamentos do despacho denegatório, das disposições contidas tanto na Lei das Licitações, como na
que enfrentou os argumentos deduzidos pela parte e manifestou Instrução Normativa 02/2008 supra citada. Nesse contexto,
com clareza as razões que inviabilizam o processamento do recurso imperioso reconhecer a responsabilidade subsidiária do ente
(art. 489 do NCPC, Lei nº 13.105/2015). público, PETROBRAS BRASILEIRO S/A - PETROBRAS, pelas
Assim, ainda que reconhecida a transcendência das questões obrigações."(fls. 363). Quanto ao ônus da prova o Supremo Tribunal
articuladas, nega-se seguimento ao Agravo de Instrumento, forte Federal registrou, nos autos da Reclamação nº 13901, que "Como o
nos arts. 932, III, IV, VIII, do NCPC, 896, §§ 1º, 1º-A, 12, da CLT c/c controle de regularidade da execução dos contratos firmados com a
art. 118, X, do RITST, que instrumentalizam o princípio da duração administração deve ser feito por dever de ofício, é densa a
razoável do processo (art. 5º, inciso LXXVIII, da Constituição da fundamentação do acórdão-reclamado ao atribuir ao Estado o dever
República), pelas razões contidas no despacho denegatório, ora de provar não ter agido com tolerância ou desídia incompatíveis
transcritas e a este incorporadas, uma vez que enfrentam com o respeito ao erário". Nesse contexto, inviável a admissibilidade
satisfatoriamente as questões deduzidas pela parte. do recurso de revista ou do agravo de instrumento, pois a decisão
A excepcional utilização da fundamentação per relationem se recorrida encontra-se em consonância com o item V da Súmula
justifica em virtude do devido enfrentamento, pela decisão 331/TST. Agravo conhecido e desprovido. (Ag-AIRR-427-
agravada, dos argumentos deduzidos no recurso e está em 48.2013.5.02.0361, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra
harmonia com o precedente de repercussão geral AI-QO nº 791.292 Belmonte, 3ª Turma, DEJT 11/11/2016)
-PE, no qual o E. Supremo Tribunal Federal considerou
suficientemente fundamentada decisão que "endossou os AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
fundamentos do despacho de inadmissibilidade do recurso de APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.015/2014.
revista, integrando-os ao julgamento do agravo de instrumento" RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO.
(Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe - 13/08/2010). COMPROVAÇÃO DA CULPA IN VIGILANDO. ÔNUS DA PROVA.
Nego seguimento ao Agravo de Instrumento. PRINCÍPIO DA APTIDÃO PARA A PROVA. Nos termos do item V
(...) (fls. 582/583) da Súmula n.º 331 desta Corte: "Os entes integrantes da
Administração Pública direta e indireta respondem
Esse entendimento não implica afronta ao art. 97 da Constituição da subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
República ou à Súmula Vinculante nº 10 do E. STF, nem evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações
desrespeito à decisão proferida na ADC nº 16, pois não se trata de da Lei n.º 8.666, de 21/6/1993; especialmente na fiscalização do
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
8.666/93, mas da definição concreta do alcance das normas nela serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre
inscritas, de acordo com os próprios balizamentos estabelecidos de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas
pela Suprema Corte em controle abstrato de constitucionalidade. pela empresa regularmente contratada". Sendo a efetiva
[...] fiscalização da execução do contrato encargo do ente integrante da
Administração Pública, compete a ele provar que cumpriu com o
Compete ao ente público o ônus da prova, na medida em que a seu dever legal, sobretudo porque eventuais documentos que
obrigação de fiscalizar a execução do contrato decorre da lei (arts. demonstram a fiscalização estão em seu poder. Outrossim, pelo
58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93) e não se pode exigir do trabalhador princípio da aptidão para a prova, deve ser atribuída ao ente
a prova de fato negativo ou que apresente documentos aos quais integrante da Administração Pública a comprovação da efetiva
não tenha acesso, em atenção ao princípio da aptidão para a prova. fiscalização do contrato, sendo caso, portanto, de inversão do ônus
Nesse sentido: da prova. Precedentes. Agravo de Instrumento conhecido e não
provido. (AIRR-86-76.2015.5.11.0401, Relatora Ministra Maria de
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N° Assis Calsing, 4ª Turma, DEJT 11/11/2016)
13.015/2014 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ÔNUS DA PROVA. Nos termos do AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM
princípio da aptidão para aprova, o ônus de demonstrar a regular FACE DE DECISÃO PUBLICADA A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI
fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas por parte Nº 13.015/2014. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
da prestadora de serviços pertence ao próprio ente público tomador RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE
dos serviços. Precedentes. Recurso de revista conhecido e provido. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. ÔNUS DA PROVA. A contratação de
(RR-845800-60.2012.5.16.0023, Relator Ministro Márcio Eurico empresa prestadora de serviços, por meio de regular licitação, não
Vitral Amaro, 8ª Turma, DEJT 11/11/2016) basta para excluir a responsabilidade do ente público. Nos termos
do item V da Súmula nº 331 do TST, editado à luz da decisão
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADC nº 16/DF, em se
REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. tratando de terceirização de serviços, os entes integrantes da
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CARACTERIZAÇÃO DE CULPA IN Administração Pública direta e indireta responderão
VIGILANDO. ÔNUS DA PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 331, V, subsidiariamente pelas dívidas trabalhistas das empresas
DO TST. Do quadro fático delineado pelo Regional extrai-se que a prestadoras, quando forem negligentes em relação ao dever de
condenação decorre de culpa in vigilando do ente público tomador fiscalizar o cumprimento das obrigações contratuais e legais da
de serviços. Com efeito, consta do acórdão regional que: "O ônus contratada. No presente caso, o Tribunal Regional, soberano na
da prova da fiscalização compete à empresa tomadora de serviços análise do conjunto probatório, registrou que o ente público não se
diante de sua aptidão probatória. As reclamadas não trouxeram aos desincumbiu do ônus de comprovar a correta fiscalização do
cumprimento do contrato com a empresa prestadora. Assim, ao Administração comprovar que houve adequada fiscalização. 3 - O
atribuir responsabilidade subsidiária à agravante, decidiu em plena dever de fiscalização da Administração acerca do cumprimento de
sintonia com o verbete acima mencionado. Agravo de instrumento a obrigações trabalhistas pelas empresas contratadas constitui
que se nega provimento. (AIRR-1859-45.2013.5.10.0017, Relator obrigação de meio, e não de resultado, e pode ser realizado através
Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, 7ª Turma, DEJT 29/4/2016) de fiscalização por amostragem, estruturada pelo próprio ente
público, com apoio técnico de órgão de controle externo, caso em
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA que gozará de presunção juris tantum de razoabilidade. 4 -
REGIDO PELA LEI 13.015/2014. RESPONSABILIDADE Constatada, pelo Poder Público, a ocorrência de inadimplemento
SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ÔNUS DA PROVA trabalhista pela contratada, as seguintes providências devem ser
QUANTO À FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO. Demonstrada a tomadas: (i) notificar a empresa contratada, assinando-lhe prazo
possível violação dos arts. 818 da CLT e 333, II, do CPC, impõe-se para sanar a irregularidade; (ii) em caso de não atendimento,
o provimento do agravo de instrumento para determinar o ingressar com ação judicial para promover o depósito, a liquidação
processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento do valor e o pagamento em juízo das importâncias devidas,
provido. II - RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI abatendo tais importâncias do valor devido à contratada. 5 - Não é
13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. válida a responsabilização subsidiária da Administração Pública: (i)
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ÔNUS DA PROVA QUANTO À com afirmação genérica de culpa in vigilando, sem indicar, com rigor
FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO. 1. Na hipótese, o Tribunal e precisão, os fatos e as circunstâncias que configuram a sua culpa
Regional afastou a responsabilidade subsidiária da Infraero pelo in vigilando ou (ii) se for comprovada, pela Administração, a
fato de o autor não ter provado a efetiva culpa ou dolo da empresa realização de fiscalização por amostragem e a adoção das medidas
na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas pela mitigadoras antes indicadas. (RE 760931, fls. 182/183 do acórdão)
prestadora de serviços. 2. Ocorre que, segundo a jurisprudência
desta Corte, o ônus da prova quanto à referida fiscalização é da Concluiu-se no julgamento do caso concreto, que não estava
Administração Pública tomadora dos serviços. Com efeito, por ser a demonstrada a culpa da Administração Pública, por omissão de
natural detentora dos meios de prova sobre a fiscalização das fiscalização, a autorizar sua responsabilização.
obrigações contratuais, bem como da manutenção pelo contratado A situação foi assim resumida pelo Exmo. Ministro Alexandre de
das condições originais de habilitação e qualificação exigidas na Moraes:
licitação (art. 55, XIII, da Lei 8.666/93), inclusive sua idoneidade
financeira (art. 27, III), pertence à Administração o ônus de Os densos votos até aqui proferidos, embora com algumas
comprovar que desempenhou a contento tal encargo. 3. Nesse variações de fundamentação, buscaram solucionar o dissídio pelo
contexto, a decisão proferida pela Corte de origem, no sentido de acréscimo de duas coordenadas de decisão, ambas excludentes
atribuir ao autor o encargo probatório, acabou contrariando as entre si. A primeira, balizada pelo exauriente voto da Ministra ROSA
regras processuais relativas à distribuição do ônus probatório. WEBER, com os complementos do Ministro ROBERTO BARROSO,
Recurso de revista conhecido e provido. (RR-1000672- postula que o ônus de comprovar a fiscalização dos contratos recaia
55.2014.5.02.0313, Relatora Ministra Delaíde Miranda Arantes, 2ª sobre a Administração Pública, podendo o seu cumprimento
Turma, DEJT 11/11/2016) adequado ser demonstrado inclusive por aplicação de metodologias
de amostragem. Linha interpretativa antagônica, defendida por igual
O E. STF, ao julgar o Tema nº 246 de Repercussão Geral - número de Ministros, rejeita a possibilidade de que a Administração
responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos Pública venha a responder por verbas trabalhistas de terceiros a
trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora partir de qualquer tipo de presunção, somente admitindo que isso
de serviços, RE 760931 -, não fixou tese específica sobre a ocorra caso a condenação esteja inequivocamente lastreada em
distribuição do ônus da prova pertinente à fiscalização do elementos concretos de prova da falha na fiscalização do contrato.
cumprimento das obrigações trabalhistas. O meu convencimento se associa à última corrente, somando-se
Os Exmos. Ministros vencidos no julgamento do caso concreto àqueles que concluem pelo provimento do recurso da União. (RE
aderiram integralmente ao voto da Exma. Ministra Rosa Weber, 760931, fl. 320 do acórdão)
Relatora, que invocou o princípio da aptidão para a prova
(positivado nos arts. 7º c/c 373, § 1º, do CPC de 2015) e o Os votos que referiram o tema do ônus da prova foram os da Exma.
poder/dever de fiscalização do cumprimento das obrigações Ministra Cármen Lúcia e do Exmo. Ministro Alexandre de Moraes:
trabalhistas (previsto no art. 67 da própria Lei nº 8.666/93, renovado
e detalhado na Instrução Normativa nº 2/2008 do MPOG) como A Senhora Ministra Cármen Lúcia (Vogal): (...) A alegada ausência
fundamentos para atribuir o ônus à Administração Pública. de comprovação, em juízo, pela União, da efetiva fiscalização do
O Exmo. Ministro Roberto Barroso sugeriu a adoção de teses de contrato administrativo não substitui a necessidade de "prova
repercussão geral que evidenciassem o ônus da prova da taxativa no nexo de causalidade entre a conduta da Administração e
Administração Pública e a forma de demonstração do cumprimento o dano sofrido pelo trabalhador". Foi o que afirmei no julgamento da
de sua obrigação de fiscalizar, nestes termos: Reclamação 15342. (RE 760931, fl. 314 do acórdão)
1 - Em caso de terceirização, a Administração Pública responde O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: (...) A meu ver,
subsidiariamente pelo inadimplemento de obrigações trabalhistas da portanto, a consolidação da responsabilidade do Estado por débitos
empresa contratada, no que respeita aos profissionais que tenham trabalhistas de terceiros, alavancada pela premissa da inversão do
atuado em seu benefício, se restar comprovada falha do Poder ônus da prova em favor do trabalhador, representa claro risco de
Público em seu dever de fiscalizá-la (culpa in vigilando) ou em desestímulo à colaboração da iniciativa privada com a
adotar as medidas cabíveis em relação ao inadimplemento. Administração Pública, estratégia essencial para que o Estado
Precedente: ADC 16, rel. Min. Cezar Peluso. 2 - Compete à brasileiro consiga se modernizar. (RE 760931, fl. 320 do acórdão)
Advogada Dra. Janaína Leal da Silva demonstrar a fiscalização do cumprimento das obrigações
Cavalcante(OAB: 147940/MG)
trabalhistas, conforme se depreende do seguinte trecho do acórdão
Agravado PH SERVIÇOS E ADMINISTRAÇÃO
LTDA. regional:
A responsabilidade subsidiária do ente público, tomador de No caso, o Tribunal a quo, ao manter a responsabilidade do
serviços, tem por fundamento a responsabilidade civil subjetiva, segundo reclamado pelos créditos deferidos na presente demanda,
prevista nos artigos 186 e 927 do Código Civil. Eis o que preceituam consignou que, "a constatação de inadimplemento de títulos
os citados dispositivos legais: trabalhistas por parte do contratado revela que houve falha na
fiscalização e na execução dos serviços contratados" (fl. 621 - seq.
"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência nº 3).
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que Constata-se, pois, que o reconhecimento da responsabilidade
exclusivamente moral, comete ato ilícito." subsidiária do ente público se fundamentou genericamente apenas
na presunção da ocorrência de culpa in vigilando em razão do
"Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
a outrem, fica obrigado a repará-lo." empresa prestadora dos serviços contratada, sem demonstração
concreta da inobservância, por parte daquele, do dever legal de
Dos dispositivos transcritos extrai-se que a verificação de culpa do fiscalizar o contrato de terceirização.
agente é um dos requisitos essenciais à atribuição de Portanto, foi presumida a conduta culposa do ente público na
responsabilidade civil subjetiva. Com efeito, uma das modalidades fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
de culpa hábil a justificar a responsabilização é a chamada culpa in prestadora de serviços como empregadora em razão da mera
vigilando, a qual ocorre quando o agente se omite quanto ao dever inadimplência da empresa terceirizada contratada, o que, todavia,
de vigiar e fiscalizar a ação de terceiros. não transfere a responsabilidade dos débitos trabalhistas ao ente
Especificamente no tocante à terceirização de serviços pelos entes público tomador dos serviços, nos termos da fundamentação
da Administração Pública, os artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 expendida.
assim preceituam: Por conseguinte, não há como afirmar que ficou configurada a culpa
in vigilando, hábil a justificar a atribuição de responsabilidade
"Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído subsidiária, nos termos da Súmula nº 331, V, do TST.
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a Nesse contexto, a inadimplência da empresa terceirizada não
prerrogativa de: transfere a responsabilidade dos débitos trabalhistas ao ente
[...] público, tomador de serviços.
III - fiscalizar-lhes a execução." Assim, a revista tem trânsito garantido pela violação do art. 71, § 1º,
da Lei nº 8.666/93, razão pela qual dela conheço.
"Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e II - MÉRITO
fiscalizada por um representante da Administração especialmente TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição." VIGILANDO. NÃO CONFIGURAÇÃO. PRESUNÇÃO DE
AUSÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO PELO MERO INADIMPLEMENTO
art. 5º, LVII, da Lei Fundamental, não se qualifica como obstáculo prestação jurisdicional por carência de fundamentos, nem violação
jurídico à decretação da privação cautelar da liberdade do acusado. dos princípios da ampla defesa e do contraditório, a adoção, pelo
A efetivação da prisão processual decorrente de sentença decisum ad quem, dos próprios e jurídicos fundamentos constantes
condenatória meramente recorrível não transgride o princípio de julgado de instância recorrida. Nessa seara encontra-se o
constitucional da não-culpabilidade do réu, eis que, em tal hipótese, entendimento jurisprudencial do Excelso STF de que resta cumprida
a privação da liberdade do sentenciado - por revestir-se de a exigência constitucional da necessidade de fundamentação
cautelaridade - não importa em execução definitiva da "sanctio quando as decisões do Poder Judiciário lançarem mão da
juris". - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal orienta-se no motivação referenciada (per relationem). Precedentes. Agravo a que
sentido de reconhecer a plena validade constitucional da motivação se nega provimento. (TST-Ag-AIRR-157040-93.2007.5.15.0022,
"per relationem". Em conseqüência, o acórdão do Tribunal, ao Relator Ministro Horácio Raymundo de Senna Pires, 3ª Turma,
adotar os fundamentos de ordem fático-jurídica mencionados nas DEJT de 24/06/2011).
contra-razões recursais da Promotoria de Justiça - e ao invocá-los EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
como expressa razão de decidir - revela-se fiel à exigência jurídico- DESPACHO DENEGATÓRIO DO RECURSO DE REVISTA
constitucional de motivação que se impõe ao Poder Judiciário na MANTIDO PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. ENTREGA DA
formulação de seus atos decisórios. Precedentes." (STF-HC PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. MOTIVAÇÃO REFERENCIADA
72009/RS, Primeira Turma, Relator Ministro Celso de Mello, DJ (PER RELATIONEM). NULIDADE AFASTADA. 1 - O STF, no
01.12.1994 - destaquei). julgamento do AI-791292 QO-RG/PE, reconheceu a repercussão
No mesmo diapasão os seguintes precedentes desta Corte geral da matéria e decidiu manter a jurisprudência reiterada daquela
Superior: Corte, cujo entendimento é de que não implica negativa de
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE prestação jurisdicional a motivação referenciada (per relationem). 2
REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ABRANGÊNCIA. - No acórdão embargado houve a transcrição do teor do despacho
HORAS EXTRAS. CARTÕES DE PONTO. HORÁRIOS DE denegatório do recurso de revista que foi mantido pelos próprios
ENTRADA E SAÍDA UNIFORMES. HORAS -IN ITINERE-. fundamentos, os quais, por si mesmos, foram suficientes para
INCOMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. TRANSPORTE PÚBLICO explicitar os motivos de decidir da Quinta Turma, estando atendida
REGULAR NÃO COMPROVADO. Segundo já proclamou o a exigência constitucional da devida fundamentação, conforme
Supremo Tribunal Federal no julgamento do Mandado de decidido pelo STF. 3 - Embargos de declaração rejeitados. (TST-ED
Segurança nº 27350/DF, reitere-se que a adoção, como expressa -AIRR-4331-27.2010.5.01.0000, Relatora Ministra Kátia Magalhães
razão de decidir, dos fundamentos constantes do despacho Arruda, 5ª Turma, DEJT de 12/08/2011).
denegatório (per relationem) atende à exigência constitucional da AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
motivação das decisões proferidas pelo Poder Judiciário. No caso REVISTA. NULIDADE DO DESPACHO, POR NEGATIVA DE
concreto, reafirma-se a consonância do acórdão regional com as PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. A negativa de seguimento ao
Súmulas nº 331, VI, nº 338, III, e nº 90, II e IV, todas do TST, bem agravo de instrumento, mediante decisão monocrática que mantém
assim o óbice concorrente da Súmula nº 126 do TST e a incidência o despacho proferido pelo Tribunal Regional, por motivação
do art. 896, § 4º, da CLT. Agravo a que se nega provimento. (TST- referenciada per relationem, incorpora essas razões e, portanto,
Ag-AIRR-26940-74.2008.5.09.0671, Relator Ministro Walmir Oliveira cumpre integralmente os ditames contidos nos arts. 93, IX, da
da Costa, 1ª Turma, DEJT de 16/12/2011). Constituição Federal, 458 do CPC e 832 da CLT. [...]. (TST-AgR-
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. AIRR-59740-41.2006.5.18.0101, Relator Ministro Pedro Paulo
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. ENQUADRAMENTO SINDICAL Manus, 7ª Turma, DEJT 04/02/2011).
- FINANCEIRA. GESTANTE - ESTABILIDADE PROVISÓRIA - AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. FUNDAMENTAÇÃO PER
REQUISITOS. Recurso de revista que não merece admissibilidade RELATIONEM. VALIDADE. A decisão que incorpora, como razões
em face da aplicação das Súmulas nos 55, 126 e 244, item I, desta de decidir, a fundamentação adotada no despacho denegatório de
Corte, bem como porque não restou configurada, de forma direta e Recurso de Revista cumpre com a exigência constitucional de
literal, nos termos em que estabelece o § 6º do artigo 896 da CLT, a motivação dos atos decisórios. Agravo a que se nega provimento.
alegada ofensa aos artigos 5º, inciso II, 8º, inciso I, 21, inciso VIII, e (TST-Ag-AIRR-4941-54.2010.5.06.0000, Relator Ministro Carlos
192, incisos I e IV, da Constituição Federal e 10, inciso II, alínea -b-, Alberto Reis de Paula, 8ª Turma, DEJT de 16/05/2011).
do ADCT, também da Carta Magna, pelo que, não infirmados os No mais, frise-se que o art. 1.021, § 3º, do CPC/2015 aplica-se aos
fundamentos do despacho denegatório do recurso de revista, agravos internos interpostos a partir de sua vigência, e não ao
mantém-se a decisão agravada por seus próprios fundamentos. agravo de instrumento.
Ressalta-se que, conforme entendimento pacificado da Suprema Neste contexto, têm-se por absolutamente frágeis os argumentos
Corte (MS-27.350/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 04/06/2008), recursais, em ordem a justificar a manutenção da decisão agravada.
não configura negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de Ante o exposto, com amparo no art. 118, X, do Regimento Interno,
motivação a decisão do Juízo ad quem pela qual se adotam, como NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento.
razões de decidir, os próprios fundamentos constantes da decisão Sinale-se que a análise do agravo restringe-se às matérias, às
da instância recorrida (motivação per relationem), uma vez que violações de dispositivos de lei federal e da Constituição da
atendida a exigência constitucional e legal da motivação das República, às súmulas e/ou orientações jurisprudenciais e aos
decisões emanadas do Poder Judiciário. Agravo de instrumento arestos expressamente devolvidos à apreciação pela parte
desprovido. (TST-AIRR-118300-75.2008.5.15.0137, Relator Ministro agravante, ante a ocorrência de preclusão quanto à fundamentação
José Roberto Freire Pimenta, 2ª Turma, DEJT de 02/03/2012). jurídica veiculada no recurso de revista denegado e reiterada no
AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO DENEGADO COM agravo de instrumento, mas não renovada na fundamentação do
ADOÇÃO DOS FUNDAMENTOS DO DESPACHO DE presente agravo, somando-se à ineficácia de eventuais alegações
ADMISSIBILIDADE DO RECURSO DE REVISTA. POSSIBILIDADE. inovatórias.
Esta Corte Superior tem entendido que não configura negativa da No mais, na minuta do presente agravo, tem-se que a parte
agravante não apresenta argumentos capazes de desconstituir os prestadoras de serviço, também no que diz respeito às obrigações
fundamentos da decisão agravada, no sentido de que o recurso de trabalhistas referentes aos empregados vinculados ao contrato
revista não comprovou pressuposto intrínseco insculpido no art. 896 celebrado, sob pena de atuar com culpa in eligendo ou in vigilando.
da CLT. 3. A aplicação do art. 71 , § P , da Lei 8.666/93, declarado
Trata-se de hipótese em que a Corte Regional, valorando fatos e constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da
provas, firmou convicção de que o órgão público, tomador do ADC 16, não exime a entidade da Administração Pública do dever
serviço, deixou de fiscalizar o cumprimento das obrigações de observar os princípios constitucionais a ela referentes, entre os
trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de serviços, quais os da legalidade e da moralidade administrativa. 4. A decisão
implicando em culpa por negligência. A controvérsia, portanto, foi que reconhece a responsabilidade do ente público com fulcro no
dirimida na instância ordinária ao rés da prova produzida, o que contexto fático-probatório carreado aos autos não pode ser alterada
atrai a incidência da Súmula nº 126 do TST, inexistindo terreno pelo manejo da reclamação constitucional. Precedentes: Rei 11985-
processual fértil ao reconhecimento da alegação de falta de prova AgR, Rei. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 15/03/2013.
de culpa do órgão público tomador do serviço. 5. Agravo interno desprovido. (Rei 24581 AgR, Relator(a): Min. LUIZ
Nesse sentido, releva-se ilustrativo o seguinte trecho do acórdão FUX, Primeira Turma, julgado em 18/1112016, PROCESSO
recorrido: ELETRÔNICO DJe-257 DIVULG 01-12-2016 PUBLIC 02-12-2016)
(...) Anote-se que este Tribunal Superior, diante da declaração de
In casu, o Estado do Rio de Janeiro foi beneficiário direto da força constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, no
de trabalho despendida pelo autor e deve responder integralmente, julgamento da ADC 16/DF, pelo Supremo Tribunal Federal, na
de forma subsidiária, pelas parcelas inadimplidas durante o sessão do Tribunal Pleno realizada em 24/5/2011, promoveu a
contrato, bem como pelas decorrentes de sua extinção, uma vez alteração da redação da Súmula n° 331 desta Corte Superior, para
que sua responsabilidade decorre da culpa , em outras palavras, da explicitar o alcance da responsabilidade subsidiária de ente ou
má in eligendo e in vigilando escolha daquele a quem autorizou a entidade da Administração Pública, nos seguintes termos:
prática de determinado ato, bem como da negligência no tocante à CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
fiscalização do cumprimento do contrato, pois, na medida em que (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
contrata empresa prestadora de serviço inidônea e não demonstra Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.
ter acompanhado a execução do contrato, não há que se questionar [...]
quanto à omissão no que diz respeito ao dever de zelo pelo efetivo V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
cumprimento dos deveres legais da primeira reclamada e, respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
consequentemente, do emprego do dinheiro público. caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
Acrescento que não há falar em ônus do reclamante em provar a obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
culpa atribuída ao recorrente. Com esteio no princípio da aptidão fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
para a prova, evidencia-se que incumbe ao ente público a prova de prestadora de serviço como empregadora. A aludida
que cumpriu os procedimentos fiscalizatórios que lhe competiam, a responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
fim de comprovar a efetiva fiscalização da execução do contrato e obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
do cumprimento das obrigações devidas pela empresa contratada. contratada.
Seria impossível que um trabalhador terceirizado, que não tem VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange
acesso aos documentos atinentes ao contrato celebrado entre a todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período
tomadora e a prestadora, pudesse produzir a prova de regular da prestação laboral.
fiscalização pelo segundo réu. Nesse sentido, a Súmula nº 41 deste Assim, consagrou-se o entendimento de que a declaração de
Regional. constitucionalidade do art. 71, § 1°, da Lei nº 8.666/93, pelo
(...) Supremo Tribunal Federal, não é incompatível com a
Insubsistente, em tal cenário, a indicação de ofensa a dispositivos responsabilização subsidiária da Administração Pública, quando
de lei federal e da Constituição da República, bem como a suposta constatado ter incorrido em culpa in vigilando, por resultar da
existência de divergência pretoriana, pela simples razão de que o interpretação sistêmica do dispositivo mencionado, em conjunto
acórdão regional foi proferido nos estritos termos da Súmula nº 331, com o art. 67 do mesmo diploma legal, e com as regras da
V e VI, do TST e nos limites da decisão proferida pelo STF na ADC responsabilidade civil - da qual a Administração Pública não está
16/DF. excepcionada - e dos direitos fundamentais expressos na
Nesse sentido, julgado do STF: Constituição da República, consagradores da valorização do
EMENTA: AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. DIREITO trabalho como o meio mais eficaz de imprimir efetividade ao
PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. princípio da dignidade da pessoa humana.
ARTIGO 71, § 1°, DA LEI 8.666/1993. CONSTITUCIONALIDADE. Repare que, no exame da temática atinente à responsabilidade
ADC 16. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DEVER DE FISCALIZAÇÃO. subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas
RESPONSABILIDADE DO ENTE PÚBLICO. AUSÊNCIA DE gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, o
OFENSA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. A impugnação Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso
específica da decisão agravada, quando ausente, conduz ao Extraordinário nº 760.931/DF (leading case), DJe 12/09/2017,
desprovimento do agravo interno. Súmula 287 do STF. submetido à sistemática da repercussão geral, fixou a tese de que
Precedentes: Rei no 5.684/PE-AgR, Tribunal Pleno, Rei. Min. "O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
Ricardo Lewandowski, DJe de 152 de 15/8/08, ARE 665.255- contratado não transfere automaticamente ao Poder Público
AgR/PR, Rei. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em
22/5/2013, e AI 763.915-AgR/RJ, Rei. Min. Dias Toffoli, Primeira caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
Turma, DJe de 7/5/2013. 2. A Administração tem o dever de 8.666/93".
fiscalizar o fiel cumprimento do contrato pelas empresas Na hipótese, depreende-se que a condenação subsidiária não
ocorreu de forma automática, em razão do mero inadimplemento Em decorrência da responsabilidade subsidiária pelas verbas
contratual da empregadora contratada, mas sim por força do trabalhistas devidas, cuja abrangência alcança todas as verbas
descumprimento das obrigações quanto à fiscalização do contrato. decorrentes da condenação, na forma da Súmula nº 331, V e VI, do
No tocante à alegada afronta da decisão proferida na ADC/16, em TST, com a qual, pois, converge o acórdão regional refutam-se
relação à distribuição do ônus da prova, ressalte-se que o registro todas as assertivas recursais, ante a inexistência de violação literal
da ausência de prova quanto ao fiel cumprimento do dever de e direta de lei federal ou da Constituição Federal, assim como de
fiscalização pela Administração Pública não caracteriza afronta à dissenso pretoriano, porquanto já atingido o objetivo precípuo do
referida decisão. recurso de revista, qual seja a pacificação da jurisprudência.
Nesse sentido, destacam-se os recentes precedentes provenientes Pontua-se que o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal,
de órgão colegiado do Supremo Tribunal Federal, proferidos em de a questão constitucional versada em recurso extraordinário
sede de reclamação: implicar repercussão geral, não interfere, diretamente, no recurso de
EMENTA AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. revista e no agravo de instrumento em trâmite perante as Turmas
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO. do TST, não havendo falar em sobrestamento do feito. Sem contar
DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS que a edição, a revisão ou o cancelamento das súmulas são
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA formalizados pelo Pleno do Tribunal Superior do Trabalho, razão
PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA pela qual o entendimento sedimentado na Súmula nº 331 do TST
ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da atende à exigência da reserva de plenário a que aludem o art. 97 da
Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o Constituição Federal e a Súmula Vinculante.
adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe Depreende-se, pois, que a parte agravante não expende argumento
incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova jurídico capaz de infirmar os fundamentos da decisão agravada, a
acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de qual deve ser mantida, ficando, por ora, advertida das penalidades
observância obrigatória -, não caracteriza afronta à ADC 16. 2. previstas em lei à parte que se utiliza abusivamente dos meios
Impossibilidade do pedido de sobrestamento do feito até o recursais disponíveis.
julgamento do RE 760.931-RG (Tema 246). 3. Inviável o uso da NEGO PROVIMENTO ao agravo.
reclamação para reexame de conjunto probatório. Precedentes. 4. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Agravo interno conhecido e não provido. (Rcl 23435 AgR/PE, Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Relatora Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 17/11/2017). inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
observância obrigatória-, não caracteriza afronta à ADC 16. 2. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Inviável o uso da reclamação para reexame de conjunto probatório. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. (Rcl CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
23458 AgR/DF, Relatora Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma, retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
DJe 03/03/2017). Publique-se.
Impende destacar o seguinte excerto da fundamentação dos Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
referidos precedentes, verbis:
[...]
4. Limitado a obstaculizar a responsabilização subsidiária Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
automática da Administração Pública - como mera decorrência do RENATO DE LACERDA PAIVA
inadimplemento da prestadora de serviços-, no julgamento da ADC Ministro Vice-Presidente do TST
16, não resultou enfrentada a questão da distribuição do ônus
probatório, tampouco estabelecidas balizas para a apreciação da Processo Nº ARR-0011393-26.2014.5.03.0032
prova ao julgador - hipóteses, portanto, que não viabilizam o uso do Complemento Processo Eletrônico
instituto da reclamação com espeque em alegada afronta à ADC 16, Relator Min. Alexandre de Souza Agra
Belmonte
conforme já decidido em várias reclamações: Rcl 14832/RS, Rel.
Agravante e Recorrido MUNICÍPIO DE CONTAGEM
Min. Joaquim Barbosa, DJe 19.11.2012 , Rcl 15194/DF, Rel. Min.
Advogado Dr. Fernando Guerra(OAB: 37945/MG)
Teori Zavascki, DJe 18.3.2013, Rcl 15385/MG, Rel. Min. Cármen
Agravado e Recorrente ESTADO DE MINAS GERAIS
Lúcia, DJe 15.3.2013.
Procurador Dr. Geraldo Ildebrando de Andrade
5. Consignada a omissão da Administração pública quanto ao poder
Agravado e Recorrido GILDETE BARBOSA DE OLIVEIRA
-dever de fiscalizar o adimplemento, pela contratada, das
Advogado Dr. Bianca Reis de Souza(OAB:
obrigações legais que lhe incumbiam - a caracterizar a culpa in 90353/MG)
vigilando-, ou a falta de prova acerca do cumprimento dos deveres Advogado Dr. Cássia Maria de Freitas(OAB:
de fiscalização - de observância obrigatória-, não há falar em 69337/MG)
afronta à ADC 16.
Advogada Dra. Jéssica Ariana da Silva(OAB: termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
136544/MG)
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Agravado e Recorrido FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA
MÉDICA E DE URGÊNCIA DE cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
CONTAGEM - FAMUC pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Advogado Dr. Bárbara Alessandra Gomes(OAB: autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
97757/MG)
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Agravado e Recorrido SETSYS SERVIÇOS GERAIS LTDA.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Intimado(s)/Citado(s): retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Publique-se.
- ESTADO DE MINAS GERAIS
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
- FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E DE URGÊNCIA DE
CONTAGEM - FAMUC
- GILDETE BARBOSA DE OLIVEIRA
- MUNICÍPIO DE CONTAGEM Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- SETSYS SERVIÇOS GERAIS LTDA. RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de Processo Nº ED-AIRR-0011886-31.2015.5.01.0482
revista para "afastar a responsabilidade subsidiária do Estado de Complemento Processo Eletrônico
Minas Gerais". Relator Min. Maria Helena Mallmann
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
especifica nas razões recursais. 16538/GO)
É o relatório. Embargado VALCIMAR BRAGA DA SILVEIRA
Decido. Advogado Dr. Gustavo Pinheiro Ribeiro(OAB:
Consta do acórdão recorrido: 161331/RJ)
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO Embargado BSM ENGENHARIA S.A. (EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
MUNICÍPIO DE CONTAGEM. RESPONSABILIDADE
Advogado Dr. João Pedro Eyler Póvoa(OAB:
SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. AUSÊNCIA DE 88922/RJ)
CARACTERIZAÇÃO DA CULPA IN VIGILANDO. NECESSIDADE
DE OBSERVÂNCIA DOS PRESSUPOSTOS INSERTOS NO ART. Intimado(s)/Citado(s):
896, §1º-A, DA CLT. TRANSCRIÇÃO DE TRECHO INSUFICIENTE. - BSM ENGENHARIA S.A. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
Ao transcrever trecho insuficiente da decisão recorrida, que não - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
satisfaz a exigência inserta no art. 896, §1º-A, I, da CLT, porque não - VALCIMAR BRAGA DA SILVEIRA
contém todos os fundamentos a serem combatidos, a agravante
não procede ao adequado e necessário confronto analítico de que Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
trata o inciso III do mesmo dispositivo, tornando inviável a Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
apreciação das alegações de violação de dispositivos de lei e da instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
Constituição Federal e de divergência jurisprudencial sobre o tema. A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Agravo de instrumento conhecido e provido. violação aos dispositivos da Constituição da República que
II - RECURSO DE REVISTA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. especifica nas razões recursais.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. AUSÊNCIA É o relatório.
DE CARACTERIZAÇÃO DA CULPA IN VIGILANDO. No caso, não Decido.
é possível extrair do acórdão recorrido a configuração da ausência Consta do acórdão recorrido:
ou falha na fiscalização pelo ente público em relação às obrigações (...)
contratuais firmadas pela prestadora de serviços para com a autora, RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADOR DE SERVIÇOS.
pressuposto que o Supremo Tribunal Federal entende ser ENTE PÚBLICO
necessário a fim de configurar a culpa in vigilando, justificadora da O Tribunal Regional, no que concerne à responsabilização
condenação subsidiária. Registre-se, ainda, a recente decisão do subsidiária do ente público, assim decidiu, in verbis:
STF no RE nº 760.931, com repercussão geral, que atribuiu o ônus "PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
da prova da ausência de fiscalização ao trabalhador. Assim deve Responsabilidade Solidária/Subsidiária / Tomador de
ser excluída a responsabilidade subsidiária do Município de Serviços/Terceirização / Ente Público.
Contagem. Recurso de revista conhecido por violação do art. 71, § Alegação(ões):
1º, da Lei nº 8.666/93 e provido. - contrariedade à(s) Súmula(s) nº 331, item V do Tribunal Superior
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da do Trabalho.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo - violação do(s) artigo 5º, inciso II; artigo 5º, inciso XLV; artigo 37;
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja artigo 37, inciso II; artigo 37, inciso XXI; artigo 173, §1º, inciso II, da
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Constituição Federal.
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de - violação d(a,o)(s) Lei nº 8666/1993, artigo 67; artigo 71, §1º;
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 455; artigo 467; artigo
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 477.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade - divergência jurisprudencial: .
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº 760.931, com
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos repercussão geral, o ônus de provar a ausência de fiscalização da
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere execução do contrato pertence ao trabalhador. Assim, tendo em
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade vista a decisão do STF e diante da inexistência de elementos que
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos demonstrem a culpa "in vigilando", não se cogita de
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". responsabilidade subsidiária do ente público. Recurso de revista
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema conhecido e provido.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Publique-se. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
RENATO DE LACERDA PAIVA cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Ministro Vice-Presidente do TST pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Processo Nº RR-0010806-18.2015.5.15.0005 autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Complemento Processo Eletrônico CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Pereira
Publique-se.
Recorrente ESTADO DE SÃO PAULO
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Procurador Dr. Fábio Alexandre Coelho
Recorrido ROSELI APARECIDA DA SILVA
Advogado Dr. Francisco Ferreira da Silva
Filho(OAB: 292761/SP) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Franco Genovese Gomes(OAB: RENATO DE LACERDA PAIVA
193885/SP) Ministro Vice-Presidente do TST
Advogado Dr. Marcus Vinícius Gebara
Casalecchi(OAB: 183634/SP)
Processo Nº AIRR-0101050-67.2016.5.01.0483
Recorrido KIP - SERVIÇOS E COMÉRCIO LTDA. Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Dora Maria da Costa
Intimado(s)/Citado(s):
Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO
- ESTADO DE SÃO PAULO Procurador Dr. Luiz César Vianna Marques
- KIP - SERVIÇOS E COMÉRCIO LTDA. Agravado EDILMA DE FREITAS NASCIMENTO
- ROSELI APARECIDA DA SILVA BASTOS
Advogado Dr. Robson Rosado Feijó(OAB:
68033/RJ)
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Agravado BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de LTDA.
revista do Estado de São Paulo "para excluir a responsabilidade do Advogado Dr. Arthur Lontra Costa(OAB:
Estado de São Paulo, julgando, quanto a ele, improcedente a 114638/RJ)
reclamação trabalhista".
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Intimado(s)/Citado(s):
violação aos dispositivos da Constituição da República que - BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA.
especifica nas razões recursais. - EDILMA DE FREITAS NASCIMENTO BASTOS
É o relatório. - ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Decido.
Consta do acórdão recorrido: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS LEIS Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Nos 13. 015/2014, 13.105/2015 E 13.467/2017. ADMINISTRAÇÃO instrumento do recorrente.
PÚBLICA DIRETA OU INDIRETA. TERCEIRIZAÇÃO. A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Diante da salvaguarda violação aos dispositivos da Constituição da República que
inscrita no art. 71 da Lei nº 8.666/1993, a responsabilidade subjetiva especifica nas razões recursais.
e subsidiária da Administração Pública Direta ou Indireta encontra É o relatório.
lastro em caracterizadas ação ou omissão culposa na fiscalização e Decido.
adoção de medidas preventivas ou sancionatórias ao Consta do acórdão recorrido:
inadimplemento de obrigações trabalhistas por parte de empresas
prestadoras de serviços contratadas (arts. 58, III, e 67 da Lei nº (...)
8.666/1993). Nos termos da decisão proferida pelo excelso 1. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". pela Corte Máxima, quanto ao ônus da prova, entende que é do
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema empregado o encargo de comprovar a conduta omissiva ou
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada comissiva na fiscalização dos contratos; fica ressalvado o
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos entendimento deste Relator, que aplicaria, ao invés, a teoria da
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes inversão do ônus probatório prevista nos preceitos da legislação
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do processual civil e da lei de proteção ao consumidor, prevista no art.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de 6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que, manifestamente, afirmou o
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. TRT que houve culpa in vigilando da entidade estatal quanto ao
Intime-se. cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora
Publique-se. de serviços terceirizados.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. A configuração da culpa in vigilando, caso afirmada pela Instância
Ordinária (como ocorreu nos presentes autos), autoriza a incidência
da responsabilidade subsidiária da entidade tomadora de serviços
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) (arts. 58 e 67 da Lei 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil).
RENATO DE LACERDA PAIVA De outra face, decidida a matéria com base no conjunto probatório
Ministro Vice-Presidente do TST produzido nos autos, o processamento do recurso de revista fica
obstado, por depender do reexame de fatos e provas (Súmula 126
Processo Nº Ag-RR-1001595-20.2016.5.02.0052 do TST).
Complemento Processo Eletrônico Tratando-se, portanto, de decisão proferida em estrita observância
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado às normas processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e
Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE 932, IV, "a", do CPC/2015), é insuscetível de reforma ou
SÃO PAULO
reconsideração.
Procurador Dr. Pedro Fabris de Oliveira
Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo.
Agravado ALZIRA LOURENÇO LEANDRO
Advogado Dr. Jeferson Chinche(OAB: 76481/SP)
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Agravado SUPER SERVIÇOS EIRELI - EPP E
OUTRO Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Advogado Dr. Daniella Romano Possebon(OAB: inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
188443/SP) repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Intimado(s)/Citado(s): mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
- ALZIRA LOURENÇO LEANDRO encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
- FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
- SUPER SERVIÇOS EIRELI - EPP E OUTRO pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
violação aos dispositivos da Constituição da República que autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
especifica nas razões recursais. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
É o relatório. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Decido. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Consta do acórdão recorrido: Intime-se.
(...) Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Do cotejo da decisão agravada com as razões do agravo, verifica-se
que a Parte não logra êxito em desconstituir os fundamentos da
decisão monocrática que não conheceu do seu recurso de revista. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Como salientado na decisão agravada, o STF, ao julgar com RENATO DE LACERDA PAIVA
repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou a tese já explicitada Ministro Vice-Presidente do TST
na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a responsabilidade da
Administração Pública não pode ser automática, cabendo a sua Processo Nº RR-1001050-88.2017.5.02.0706
condenação apenas se houver prova inequívoca de sua conduta Complemento Processo Eletrônico
omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos, bem como Relator Min. Dora Maria da Costa
atribuiu o ônus de provar o descumprimento desse dever legal ao Recorrente ESTADO DE SÃO PAULO
trabalhador. Procuradora Dra. Giselle Cristina Nassif Elias
No caso concreto, o TRT manteve a responsabilidade subsidiária da Recorrido ADRIANA POSSIDONIO DA SILVA
entidade estatal, delineando a sua culpa in vigilando, nos termos do Advogado Dr. José Arthur Di Prospero
Júnior(OAB: 181183/SP)
item V da Súmula 331 do TST.
Recorrido PVB SERVIÇOS DE LIMPEZA EIRELI
Conforme já mencionado, ainda que a Instância Ordinária
eventualmente mencione fundamentos não acolhidos pela decisão
Intimado(s)/Citado(s):
do STF na ADC nº 16-DF e no RE nº 760.931, bem como pela
- ADRIANA POSSIDONIO DA SILVA
maioria da Terceira Turma (que, a partir das decisões proferidas
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". INSOLVÊNCIA da empresa terceirizada - contrariedade à súmula
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema 331, v, do tst - provimento.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada 1. Após a decisão do STF na ADC 16 (Rel. Min. Cezar Peluso, DJe
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos de 08/09/11), no sentido da constitucionalidade do art. 71, § 1º, da
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Lei 8.666/93, que exime a administração pública de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do responsabilidade nos casos de terceirização de serviços, o TST
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de inseriu o inciso V na Súmula 331, afastando essa responsabilidade
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. nos casos de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas pela
Intime-se. empresa terceirizada.
Publique-se. 2. No caso, o Regional impôs a responsabilidade subsidiária da
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. administração pública com base nas regras de distribuição do ônus
da prova e em culpa presumida, em face da insolvência da empresa
terceirizada, o que atrita com o verbete sumulado em comento,
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) esgrimido pelo Reclamado em seu recurso de revista trancado.
RENATO DE LACERDA PAIVA Agravo de instrumento provido.
Ministro Vice-Presidente do TST III) RECURSO DE REVISTA DO 2º RECLAMADO, MUNICÍPIO DO
RIO DE JANEIRO - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA -
Processo Nº RR-0011221-96.2015.5.01.0067 SÚMULA 331, V, DO TST E PRECEDENTES DO STF NA ADC 16
Complemento Processo Eletrônico E NO RE 760.931 - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ABSOLVIDA.
Relator Min. Ives Gandra Martins Filho 1. O Supremo Tribunal Federal, ao revisitar o tema específico da
Recorrente MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO responsabilidade subsidiária, após o reconhecimento da
Procurador Dr. Alberto Guimarães Júnior constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93 na ADC 16,
Procurador Dr. Giovanna Porchéra Garcia da reafirmou o entendimento anterior, que veda a responsabilização
Costa
automática da administração pública, só cabendo sua condenação
Recorrido SANDRA REGINA ANTÔNIA DE LIMA
se houver prova inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva
Advogada Dra. Gisela Feltrim Júlio(OAB:
103562/RJ) na fiscalização dos contratos (STF-RE 760.931, Red. Min. Luiz Fux,
Advogada Dra. Daniela Guimarães Soares(OAB: julgado em 30/03/17). Na ocasião, ficou vencida a relatora
117171/RJ) originária, Min. Rosa Weber, que sustentava que caberia à
Recorrido FIBRA INSTITUTO DE GESTÃO E administração pública comprovar que fiscalizou devidamente o
SAÚDE
cumprimento do contrato, pois não se poderia exigir dos
terceirizados o ônus de provar o descumprimento desse dever legal
Intimado(s)/Citado(s):
por parte da administração pública, beneficiada diretamente pela
- FIBRA INSTITUTO DE GESTÃO E SAÚDE força de trabalho.
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2. Assim, apenas nas hipóteses em que fique claro na decisão
- SANDRA REGINA ANTÔNIA DE LIMA regional que foi comprovada a culpa in eligendo ou in vigilando da
administração pública é que se poderia condená-la
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo subsidiariamente. As hipóteses de culpa presumida ou decorrente
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de de inversão do ônus da prova, como na de atribuição da
revista do Município para "afastar a condenação subsidiária que lhe responsabilidade por mero inadimplemento das obrigações
foi imposta". trabalhistas por parte da prestadora de serviços, foram descartadas
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta pelo Pretório Excelso neste último julgamento.
violação aos dispositivos da Constituição da República que 3. Portanto, em face dos termos da decisão regional recorrida, tem-
especifica nas razões recursais. se por contrariada a Súmula 331, V, do TST, devendo ser absolvido
É o relatório. o 2º Reclamado da responsabilidade subsidiária que lhe foi imposta.
Decido. Recurso de revista provido.
Consta do acórdão recorrido: O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
I) AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
REVISTA DO 2º RECLAMADO, MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
PÚBLICA - INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA E culpa presumida Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
em face da INSOLVÊNCIA da empresa terceirizada - mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
CUMPRIMENTO DO ART. 896, § 1°-A, I e III, DA CLT - encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
PROVIMENTO. Considerando que o agravo do 2º Reclamado, que automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
versa sobre a responsabilidade subsidiária da administração pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
pública, conseguiu demover o óbice erigido no despacho agravado, termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
referente ao não cumprimento do art. 896, § 1°-A, I e III, da CLT, Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
seu provimento é medida que se impõe. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Agravo provido. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
II) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
2º RECLAMADO, MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA da administração pública - CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA E culpa presumida em face da retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Vinculante nº 10 do STF, nem desrespeito à decisão do STF na instrumento da recorrente em todos os seus temas e
ADC nº 16, porque não parte da declaração de inconstitucionalidade desdobramentos.
do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas da definição do alcance das A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
normas inscritas nessa Lei, com base na interpretação sistemática. violação aos dispositivos da Constituição da República que
Agravos de instrumento conhecidos e não providos. B) AGRAVO especifica nas razões recursais.
DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO É o relatório.
PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. LIMITES DA Decido.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. A decisão regional está em Consta da ementa do acórdão recorrido:
consonância com a Súmula nº 331, VI, do TST, segundo a qual "A I - AGRAVO DE INSTRUMENTO DO RECLAMADO. RECURSO DE
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014 E DA
as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da INSTRUÇÃO NORMATIVA 40 DO TST.
prestação laboral". Óbice da Súmula nº 333 do TST. Agravo de RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. TOMADOR
instrumento conhecido e não provido. DE SERVIÇOS. CULPA CARACTERIZADA. Na hipótese, o Tribunal
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da Regional, instância soberana na análise do conjunto fático-
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo probatório dos autos, declarou a culpa do ente público. Logo, o
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja acolhimento das alegações da agravante, no sentido de que não
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). teria agido com culpa e, por consequência, não poderia ser
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de responsabilizado, demandaria nova análise de todo o conjunto fático
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos -probatório dos autos, o que encontra óbice na Súmula 126 desta
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Corte. Diante deste contexto, a atribuição de responsabilidade
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade subsidiária ao ente público está em consonância com a
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (Súmula 331, V) e
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". também do Supremo Tribunal Federal (ADC 16 e RE 760.931/DF),
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema inviabilizando o presente agravo de instrumento, nos termos da
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Súmula 333 do TST e artigo 896, §7º, da CLT.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Agravo de instrumento de que não se conhece.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Publique-se. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
RENATO DE LACERDA PAIVA termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Ministro Vice-Presidente do TST Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Processo Nº ARR-0012712-10.2016.5.15.0037 pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Complemento Processo Eletrônico autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Relator Min. Maria Helena Mallmann autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Agravante e Recorrente FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
SÃO PAULO
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Procurador Dr. Fernando Henrique Medici
Intime-se.
Agravado e Recorrido EDSON AMARILDO GIRARDI E
OUTROS Publique-se.
Advogado Dr. Vandir José Aniceto de Lima(OAB: Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
220713-D/SP)
Agravado e Recorrido ZOCCAL - SEGURANCA
PATRIMONIAL - EIRELI
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Andrey Marcel Grecco(OAB:
214247/SP) RENATO DE LACERDA PAIVA
Advogado Dr. Fausto José da Rocha(OAB: Ministro Vice-Presidente do TST
217740/SP)
Advogado Dr. Ana Carolina Marson Rocha(OAB: Processo Nº RR-1001320-65.2016.5.02.0054
205421-A/SP) Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Dora Maria da Costa
Intimado(s)/Citado(s):
Recorrente MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
- EDSON AMARILDO GIRARDI E OUTROS Procurador Dr. Luiz Álvaro Fernandes Galhanone
- FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Recorrido ANDRÉIA MARIA DE ASSIS LIMA
- ZOCCAL - SEGURANCA PATRIMONIAL - EIRELI Advogado Dr. Edson da Silva Ferreira(OAB:
187121/SP)
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema procedimento adotado na decisão agravada.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Agravo desprovido.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Intime-se. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Publique-se. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
RENATO DE LACERDA PAIVA cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Ministro Vice-Presidente do TST pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Processo Nº Ag-AIRR-0020718-04.2016.5.04.0751 autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Complemento Processo Eletrônico CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Relator Min. José Roberto Freire Pimenta retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Agravante EMPRESA BRASILEIRA DE Intime-se.
CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT
Publique-se.
Advogada Dra. Ana Virgínia Batista Lopes de
Souza(OAB: 16660/DF) Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Agravado ROSANA RIBEIRO
Advogado Dr. José Adail Catunda Gondim
Júnior(OAB: 184231/RJ) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Agravado EXTRALIMP MEPRESA DE RENATO DE LACERDA PAIVA
SERVIÇOS LTDA.
Ministro Vice-Presidente do TST
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº Ag-AIRR-0000161-51.2015.5.02.0083
- EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - Complemento Processo Eletrônico
ECT
Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann
- EXTRALIMP MEPRESA DE SERVIÇOS LTDA.
Agravante FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT
- ROSANA RIBEIRO FIGUEIREDO DE SEGURANÇA E
MEDICINA DO TRABALHO -
FUNDACENTRO
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Procurador Dr. Francisco de Assis Spagnuolo
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da Júnior
recorrente em todos os seus temas e desdobramentos. Agravado SILVIA DOS SANTOS SILVA
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Advogada Dra. Marina Flora Arakelian(OAB:
violação aos dispositivos da Constituição da República que 93276/SP)
especifica nas razões recursais. Advogada Dra. Rita de Cássia Pauli de
Oliveira(OAB: 123039/SP)
É o relatório.
Agravado CR5 BRASIL SEGURANÇA LTDA.
Decido.
Agravado MINISTÉRIO PÚBLICO DO
Consta da ementa do acórdão recorrido: TRABALHO
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
REVISTA. Intimado(s)/Citado(s):
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. - CR5 BRASIL SEGURANÇA LTDA.
CARACTERIZADA A CULPA. DECISÃO MONOCRÁTICA COM - FUNDAÇÃO JORGE DUPRAT FIGUEIREDO DE SEGURANÇA
FUNDAMENTO NO ARTIGO 255, INCISO III, ALÍNEA "B", DO E MEDICINA DO TRABALHO - FUNDACENTRO
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO - MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
TRABALHO. - SILVIA DOS SANTOS SILVA
Não merece provimento o agravo regimental que não desconstitui
os fundamentos da decisão monocrática. Verifica-se que a decisão Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
agravada - em que se entendeu pela manutenção da decisão Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da
regional, na qual, por sua vez, se concluiu que ficou comprovada a recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
conduta culposa do segundo reclamado e, em razão disso, lhe A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
imputou a responsabilidade subsidiária em relação às verbas violação aos dispositivos da Constituição da República que
trabalhistas deferidas na demanda - foi proferida em estrita especifica nas razões recursais.
conformidade com a jurisprudência já amplamente consolidada no É o relatório.
âmbito desta Corte superior, consubstanciada na Súmula nº 331, Decido.
item V, deste Tribunal. Não há, portanto, que se cogitar na ausência Consta do acórdão recorrido:
da inequívoca incidência do estabelecido no verbete sumular de nº (...)
333, também, desta Corte e no artigo 896, § 7º, da CLT, O Tribunal Regional, ao exame do caso concreto, concluiu pela
responsabilização do ente público face à sua omissão em fiscalizar - RPM FACILITIES SERVICE - TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS
LTDA. - EPP
o cumprimento das obrigações contratuais e legais por parte da
empresa contratada, caracterizadora da culpa in vigilando.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Tal aspecto restou devidamente ressaltado a partir do seguinte
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da
trecho da decisão regional, também transcrito na decisão
recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
monocrática:
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
No caso concreto, a recorrente não apresentou qualquer documento
violação aos dispositivos da Constituição da República que
capaz de comprovar que efetivamente fiscalizava o contrato de
especifica nas razões recursais.
trabalho mantido entre a 1ª reclamada e seus empregados, estando
É o relatório.
configurada a culpa in vigdando exigida pelo C. STF e pelo C. TST
Decido.
para a caracterização da responsabilidade subsidiária da
Consta do acórdão recorrido:
Administração direta e indireta.
(...)
Ressalto ainda que entendimento diverso demandaria o reexame do
A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente a tomadora
acervo probatório constante nos autos, o que não encontra guarida
de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in
nesta instância extraordinária, a teor da Súmula 126 do TST.
vigilando, aos seguintes fundamentos:
Assim, a decisão encontra-se em harmonia com as orientações da
(...)
Súmula 331, V, do TST, o que atrai a incidência dos óbices do
Embora a recorrente argumente ter juntado documentação
artigo 896, §7º, da CLT e da Súmula nº 333/TST.
comprovando a fiscalização do contrato com a 1ª reclamada, não a
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
apontou objetivamente. Os documentos colacionados ( v.g., ID.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
09645a8 - Pág. 9 e segs.), são insuficientes para provar o efetivo e
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
eficiente desempenho da prerrogativa de fiscalização pela entidade
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
de direito público (artigos 58, III, e 67 da Lei de Licitações) de modo
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
a evitar o dano à trabalhadora, notadamente no que se refere à
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
ausência de quitação dos haveres rescisórios.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Vê-se, pois, que as provas dos autos revelaram que a recorrente
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
deixou de fiscalizar a execução do contrato celebrado com a
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
empregadora da reclamante, poder que detinha por expressa
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
disposição inserta na pactuação, o que faz desnudar a culpa in
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
vigilando, atraindo a incidência do entendimento reunido em torno
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
do item V da Súmula nº 331 do C. TST. (...) (fl. 315)
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
indicadas. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Intime-se.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Publique-se.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
RENATO DE LACERDA PAIVA
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Ministro Vice-Presidente do TST
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Processo Nº Ag-AIRR-0010100-91.2017.5.15.0093
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Complemento Processo Eletrônico
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Procuradora Dra. Manoela Regina Queiroz Correa CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Lima Bianchini retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Procuradora Dra. Amanda De Nardi Duran Intime-se.
Carbinatto
Publique-se.
Agravado LETICIA DE ALMEIDA LEOPOLDO
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Advogada Dra. Ketley Fernanda Braghetti
Piovezan(OAB: 214554/SP)
Agravado RPM FACILITIES SERVICE -
TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
LTDA. - EPP
RENATO DE LACERDA PAIVA
Intimado(s)/Citado(s): Ministro Vice-Presidente do TST
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado subsidiária da entidade tomadora de serviços (arts. 58 e 67 da Lei
Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil). Assim sendo, a decisão
SÃO PAULO
agravada foi proferida em estrita observância às normas
Advogado Dr. Denner Pereira(OAB: 227881/SP)
processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a",
Agravado ELIANA AUGUSTO DE SIQUEIRA E
OUTROS do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou
Advogado Dr. Fábio Galdi Capello(OAB: reconsideração. Agravo desprovido.
268924/SP)
(...)
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
2. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
recorrente.
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
violação aos dispositivos da Constituição da República que
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
especifica nas razões recursais.
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
É o relatório.
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público,
Decido.
tomador dos serviços, não cumpriu adequadamente essa obrigação,
Consta do acórdão recorrido:
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
regularmente à sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
(...)
devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
No Agravo, o Estado-Reclamado insurge-se contra a
desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
responsabilidade subsidiária que lhe foi imputada. Alega que o ônus
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
da prova de eventual culpa da Administração é sempre do
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
Reclamante. Afirma que a condenação foi mantida sem indicação
Lei, com base na interpretação sistemática. Agravo de instrumento
das provas produzidas pela Reclamante que evidenciariam a
conhecido e não provido.
omissão do ente público quanto ao dever de fiscalizar o contrato
firmado pela empresa prestadora de serviços. Sustenta má
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
aplicação da Súmula nº 331 do TST. Invoca os artigos 71, § 1º, da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Lei nº 8.666/93; 932 do NCPC; e 896, §§ 1º-A e 7º da CLT.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Transcreve arestos.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Corte,
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas,
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
contratuais e legais da prestadora de serviços.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
(...)
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
indicadas. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT.
(...) Intimado(s)/Citado(s):
- BANCO DO BRASIL S.A.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema (NOVA REDAÇÃO DO ITEM IV E INSERIDOS OS ITENS V E VI À
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada REDAÇÃO) - RES. 174/2011, DEJT DIVULGADO EM 27, 30 E
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos 31.05.2011.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes (...)
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
Intime-se. obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
Publique-se. fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. prestadora de serviço como empregadora. A aludida
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) contratada.
RENATO DE LACERDA PAIVA (...)
Ministro Vice-Presidente do TST Na hipótese, a Eg. Corte de origem responsabilizou
subsidiariamente a tomadora de serviços, por entender
Processo Nº Ag-AIRR-0011202-16.2014.5.01.0006 concretamente caracterizada a culpa in eligendo e in vigilando,
Complemento Processo Eletrônico decorrente da fiscalização deficiente no cumprimento das
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi obrigações contratuais e legais da prestadora de serviços como
Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO empregadora. Ressaltou que "o ente público não logrou demonstrar
Procuradora Dra. Deborah Pereira Pinto dos Santos que fiscalizou o cumprimento das obrigações trabalhistas pela
Agravado VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA prestadora de serviços, nos termos dos dispositivos legais acima"
E SERVIÇOS LTDA.
(fl. 224).
Advogada Dra. Alessandra Pinto de
Queiroz(OAB: 147730/RJ) Esse entendimento não implica afronta ao art. 97 da Constituição
Agravado SANDRA MARIA RIBEIRO LEANDRO Federal ou à Súmula Vinculante nº 10 do E. STF, nem desrespeito à
Advogado Dr. Eunice Teixeira Leitão(OAB: decisão proferida na ADC nº 16, uma vez que não se trata de
83058/RJ) declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
8.666/93, mas tão somente da definição concreta do alcance das
Intimado(s)/Citado(s): normas inscritas no aludido diploma, de acordo com os próprios
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO balizamentos estabelecidos pelo E. STF em controle abstrato de
- SANDRA MARIA RIBEIRO LEANDRO constitucionalidade.
- VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS LTDA. (...)
Ao negar seguimento a recurso inadmissível, a decisão agravada foi
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo proferida em observância aos artigos 932, III, do NCPC e 5º,
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do LXXVIII, da Constituição da República.
recorrente. Nego provimento ao Agravo.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
especifica nas razões recursais. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
É o relatório. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Decido. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Consta do acórdão recorrido: Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
(...) encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
No Agravo, o segundo Reclamado aduz que "o C. TRT não aponta, pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
especificamente, qual(is) atos(s) da Administração Pública teria(m) termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
sido eivado(s) de culpa, tampouco o suposto nexo causal entre Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
eventuais condutas municipais e a inadimplência da 1ª Reclamada." cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
(fl. 306). Afirma que "o ônus de comprovar suposta conduta culposa pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
da Administração incumbia ao Reclamante." (fl. 308). autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas, Intime-se.
não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da Publique-se.
Administração Pública, tomador de serviços. É necessário Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
contratuais e legais da prestadora dos serviços.
Com base nesse entendimento, o Eg. TST acrescentou o item V à Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Súmula nº 331, nestes termos: RENATO DE LACERDA PAIVA
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE Ministro Vice-Presidente do TST
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". 3. No caso, o Tribunal a Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
quo reconheceu a responsabilidade subsidiária do ente público recorrente.
ancorado na caracterização da culpa in vigilando, uma vez que a A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
segunda reclamada não se desvencilhou do encargo de comprovar violação aos dispositivos da Constituição da República que
o cumprimento da obrigação de fiscalizar a empresa terceirizada, na especifica nas razões recursais.
medida em que não juntou nenhum documento que comprovasse a É o relatório.
efetiva fiscalização da prestadora dos serviços. 4. Por conseguinte, Decido.
ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar a atribuição Consta do acórdão recorrido:
de responsabilidade subsidiária, nos termos dos arts. 186 e 927 do
CC e da Lei nº 8.666/93, conforme a diretriz perfilhada pelo item V (...)
da Súmula nº 331 desta Corte e pelas decisões proferidas pelo STF
na ADC nº 16 e no RE nº 760.931. Agravo de instrumento Por despacho, negou-se seguimento ao Agravo de Instrumento,
conhecido e não provido. com fundamento no artigo 932, III, IV e VIII, do CPC. Foram
incorporadas as razões do despacho agravado.
No Agravo, o Recorrente sustenta que o Recurso de Revista
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da comportava processamento quanto à responsabilidade subsidiária.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo Aduz que o E. STF reconheceu a repercussão geral do tema e a
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. Afirma que o
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). mero inadimplemento das obrigações trabalhistas pela prestadora
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de de serviços não transfere à Administração Pública a
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos responsabilidade pelo pagamento. Alega não restar comprovada a
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere culpa da Administração Pública. Defende que o ônus da prova é da
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Autora. Invoca a Súmula nº 331 do TST e os arts. 5º, II, 21, XXIV,
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos 37, § 6º, e 102 da Constituição da República; 818 da CLT.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". Colaciona arestos.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema O despacho agravado é insuscetível de reconsideração ou reforma.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Supremo Tribunal Federal, declarando a constitucionalidade do art.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas,
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Administração Pública, tomador dos serviços. É necessário
Intime-se. evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
Publique-se. contratuais e legais da prestadora dos serviços.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. (...)
Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada
foi proferida em observância aos artigos 932, III, do NCPC e 5º,
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) LXXVIII, da Constituição da República.
RENATO DE LACERDA PAIVA Nego provimento ao Agravo.
Ministro Vice-Presidente do TST
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Processo Nº Ag-AIRR-0011179-46.2014.5.01.0014 Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Complemento Processo Eletrônico inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Procuradora Dra. Deborah Pereira Pinto dos Santos mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Procurador Dr. Dárcio Augusto Chaves Faria encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Agravado KÁTIA REGINA COSTA automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Advogado Dr. Fernando Peterson Magnago(OAB: pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
171981/RJ)
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Agravado VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA
E SERVIÇOS LTDA. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Advogada Dra. Alessandra Pinto de cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Queiroz(OAB: 147730-D/RJ) pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Advogado Dr. Roberto Carvalho de Castro(OAB: autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
169752-A/RJ)
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Intimado(s)/Citado(s):
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
- KÁTIA REGINA COSTA Publique-se.
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
- VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS LTDA.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
dissenso pretoriano, porquanto já atingido o objetivo precípuo do - CARLOS ALBERTO SOUZA VILLAR FILHO
recurso de revista, qual seja a pacificação da jurisprudência. - CÉLIA REGINA BATISTA DA SILVA MONTEIRO
Pontua-se que o reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal, - MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
de a questão constitucional versada em recurso extraordinário - NEIDE DE OLIVEIRA NASCIMENTO CORADO
implicar repercussão geral, não interfere, diretamente, no recurso de - VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS LTDA.
revista e no agravo de instrumento em trâmite perante as Turmas
do TST, não havendo falar em sobrestamento do feito. Sem contar Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
que a edição, a revisão ou o cancelamento das súmulas são Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
formalizados pelo Pleno do Tribunal Superior do Trabalho, razão recorrente.
pela qual o entendimento sedimentado na Súmula nº 331 do TST A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
atende à exigência da reserva de plenário a que aludem o art. 97 da violação aos dispositivos da Constituição da República que
Constituição Federal e a Súmula Vinculante. especifica nas razões recursais.
Depreende-se, pois, que a parte agravante não expende argumento É o relatório.
jurídico capaz de infirmar os fundamentos da decisão agravada, a Decido.
qual deve ser mantida, ficando, por ora, advertida das penalidades Consta do acórdão recorrido:
previstas em lei à parte que se utiliza abusivamente dos meios
recursais disponíveis. (...)
NEGO PROVIMENTO ao agravo.
No Agravo, o Município-Reclamado insurge-se contra a
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da responsabilidade subsidiária que lhe foi imputada. Alega que "o C.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo TRT não aponta, especificamente, qual(is) atos(s) da Administração
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Pública teria(m) sido eivado(s) de culpa, tampouco o suposto nexo
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). causal entre eventuais condutas municipais e a inadimplência da 1ª
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Reclamada" (fl. 610). Sustenta ser da Reclamante o ônus da prova.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Aponta violação aos artigos 5º, II, 21, XXIV, e 37, § 6º, da
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Constituição da República. Invoca a ADC nº 16. Transcreve arestos.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Não renova os demais temas, que restam preclusos.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte,
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas,
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
Intime-se. contratuais e legais da prestadora de serviços.
Publique-se. Com base nesse entendimento, o Eg. TST acrescentou o item V à
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Súmula nº 331, nestes termos:
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
(NOVA REDAÇÃO DO ITEM IV E INSERIDOS OS ITENS V E VI À
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) REDAÇÃO) - RES. 174/2011, DEJT DIVULGADO EM 27, 30 E
RENATO DE LACERDA PAIVA 31.05.2011.
Ministro Vice-Presidente do TST (...)
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
Processo Nº Ag-AIRR-0011052-47.2014.5.01.0002 respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
Complemento Processo Eletrônico caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
Procurador Dr. Rodrigo Meireles Bosisio prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Agravado NEIDE DE OLIVEIRA NASCIMENTO responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
CORADO obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
Advogado Dr. Alexandra Radicetti Riendlinger contratada.
Scofano(OAB: 60787/RJ)
(...)
Agravado VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA
E SERVIÇOS LTDA. Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
Advogada Dra. Alessandra Pinto de nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades
Queiroz(OAB: 147730/RJ) indicadas. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT.
Agravado CÉLIA REGINA BATISTA DA SILVA Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada
MONTEIRO
foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC
Agravado CARLOS ALBERTO SOUZA VILLAR
FILHO e 5º, LXXVIII, da Constituição da República.
Nego provimento ao Agravo.
Intimado(s)/Citado(s):
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Sem razão.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada (...)
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos De plano, afasta-se a alegação de contrariedade à Súmula
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Vinculante 10 do STF, porquanto inovatória.
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Ademais, afastam-se as alegações de ofensa aos artigos 5º, LIV,
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de 22, XXIV e XXVII, 37, caput e XXI, 102, § 2º, e 173, § 1º, III, da
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Constituição Federal, por não disporem especificamente sobre a
Intime-se. controvérsia, de modo que sua eventual violação somente poderia
Publique-se. ocorrer de modo indireto, o que não se enquadraria na alínea "c" do
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. artigo 896 da CLT.
Ainda, afasta-se a alegação de ofensa ao artigo 5º, II, da
Constituição da República, uma vez que o referido dispositivo trata
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) de princípio geral do ordenamento jurídico, razão por que sua
RENATO DE LACERDA PAIVA eventual violação, em regra e no caso dos autos, não seria direta e
Ministro Vice-Presidente do TST literal, como exigido pela alínea "c" do artigo 896 da CLT, pois
pressuporia a revisão da interpretação dada a normas
Processo Nº AIRR-0011725-38.2014.5.01.0035 infraconstitucionais pelo Colegiado Regional. Inteligência da Súmula
Complemento Processo Eletrônico 636 do STF.
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro Quanto ao mais, restou evidenciada a culpa in vigilando do segundo
Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO reclamado, ante a falta de demonstração da fiscalização do
Procuradora Dra. Isabela Coelho Baptista cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
Agravado LUIZ CLÁUDIO PORTUGAL serviços. Logo, o acórdão regional está em consonância com a
Advogado Dr. Felipe Luciano Alves(OAB: Súmula 331, V, do TST, o que torna inviável o processamento do
146696/RJ)
apelo, nos termos da Súmula 333, também deste Tribunal.
Agravado VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA
E SERVIÇOS LTDA. Para se chegar, eventualmente, a conclusão diversa, seria
necessário o reexame de fatos e provas, o que encontra óbice na
Intimado(s)/Citado(s): Súmula 126 do TST. Incólumes, portanto, os artigos 37, § 6º, da
Constituição da República e 186 e 927 do Código Civil.
- LUIZ CLÁUDIO PORTUGAL
Ademais, embora seja constitucional o artigo 71 da Lei nº
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
8.666/1993 (ADC 16), tal conclusão não obsta o exame da culpa na
- VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS LTDA.
fiscalização do contrato de terceirização de serviços.
(...)
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Diante do exposto, nego provimento ao presente apelo.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
2.2 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. MULTAS PREVISTAS
instrumento do recorrente.
NOS ARTIGOS 467 E 477, § 8º, DA CLT
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
O Regional denegou seguimento ao recurso de revista com fulcro
violação aos dispositivos da Constituição da República que
no artigo 896, "c" e § 7º, da CLT e nas Súmulas 126 e 333 do TST.
especifica nas razões recursais.
O segundo reclamado impugna a decisão denegatória e reitera suas
É o relatório.
alegações de violação dos artigos 437 e 477 da CLT.
Decido.
Sustenta que não pode "(...) ser responsabilizado pelo pagamento
Consta do acórdão recorrido:
das multas previstas nos artigos 467 e 477, ambos da CLT, todas
exclusivamente de responsabilidade da 1ª Reclamada, pois apenas
(...)
se configurou hipótese de aplicação por atividade exclusiva da 1ª
2.1 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO
Ré" (fls. 413).
Sem razão.
O Regional denegou seguimento ao recurso de revista com fulcro
(...)
no artigo 896, "c" e § 7º, da CLT e nas Súmulas 126 e 333 do TST.
Como se verifica, o Regional, diante da configuração da culpa in
O segundo reclamado impugna a decisão denegatória e reitera suas
vigilando, condenou o segundo reclamado, subsidiariamente, ao
alegações de má aplicação da Súmula 331, V, do TST e violação
pagamento de todas as verbas decorrentes do contrato, conforme
dos artigos 5º, II e LIV, 22, XXIV e XXVII, 37, caput, XXI e § 6º, 102,
dispõe a Súmula 331, VI, do TST.
§ 2º, e 173, § 1º, III, da Constituição Federal, 186 e 927 do Código
Assim, incide o óbice da Súmula 333 do TST, a inviabilizar o
Civil, 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993, 818 da CLT e 373, I, do CPC.
destrancamento do recurso de revista.
Alega, ainda, contrariedade à Súmula Vinculante 10 do STF.
Nego provimento.
Sustenta que não houve indicação de quais condutas foram
consideradas para a conclusão de que agiu com culpa, havendo
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
condenação com base em alegações genéricas. Argumenta que
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
fiscalizou o contrato com a primeira reclamada, não havendo nexo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
causal entre suas condutas e a inadimplência da primeira
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
reclamada. Assevera que era ônus do reclamante comprovar sua
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
conduta culposa, encargo do qual não se desincumbiu. Invoca a
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
decisão proferida pelo STF na ADC nº 16. Pugna pelo afastamento
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
da responsabilidade subsidiária que lhe foi atribuída.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". contratada, enquanto beneficiário direto dos serviços prestados
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema pelos empregados terceirizados.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Em tal perspectiva, para infirmar a conclusão regional e aferir as
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos teses recursais no sentido de que a parte reclamada não se omitiu
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes quanto ao dever de fiscalizar, seria imprescindível o reexame de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do fatos e provas, o que não se admite nesta fase recursal
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de extraordinária, a teor da Súmula nº 126 do TST.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Insubsistente, em tal cenário, a indicação de ofensa a dispositivos
Intime-se. de lei federal e da Constituição da República, bem como a suposta
Publique-se. existência de divergência pretoriana, pela simples razão de que o
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. acórdão regional foi proferido nos estritos termos da Súmula nº 331,
V e VI, do TST e nos limites da decisão proferida pelo STF na ADC
16/DF.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Nesse sentido, confira-se o seguinte julgado do STF:
RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST EMENTA: AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. DIREITO
PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
Processo Nº ED-Ag-RR-0010648-36.2015.5.03.0024 ARTIGO 71, § 1º, DA LEI 8.666/1993. CONSTITUCIONALIDADE.
Complemento Processo Eletrônico ADC 16. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DEVER DE FISCALIZAÇÃO.
Relator Min. Walmir Oliveira da Costa RESPONSABILIDADE DO ENTE PÚBLICO. AUSÊNCIA DE
Embargante EMPRESA BRASILEIRA DE OFENSA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. A impugnação
CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT.
específica da decisão agravada, quando ausente, conduz ao
Advogada Dra. Lucelaine da Silva Ribeiro(OAB:
227335/SP) desprovimento do agravo interno. Súmula 287 do STF.
Embargado DELMI COSTA CEZÁRIO Precedentes: Rcl nº 5.684/PE-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min.
Advogado Dr. Humberto Accioly Domingues(OAB: Ricardo Lewandowski, DJe de 152 de 15/8/08, ARE 665.255-
113265/MG) AgR/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de
Advogado Dr. Fábio Henrique Corrêa(OAB: 22/5/2013, e AI 763.915-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira
137619/MG)
Turma, DJe de 7/5/2013. 2. A Administração tem o dever de
Advogada Dra. Lorena da Silva Rocha(OAB:
136312/MG) fiscalizar o fiel cumprimento do contrato pelas empresas
Embargado TRANSPORTES GERAIS BOTAFOGO prestadoras de serviço, também no que diz respeito às obrigações
LTDA. trabalhistas referentes aos empregados vinculados ao contrato
Advogado Dr. Renato Manuel Duarte Costa(OAB: celebrado, sob pena de atuar com culpa in eligendo ou in vigilando.
5060/DF)
3. A aplicação do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, declarado
Advogado Dr. Rafael de Avila Vieira(OAB: 30692-
A/DF) constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da
ADC 16, não exime a entidade da Administração Pública do dever
Intimado(s)/Citado(s): de observar os princípios constitucionais a ela referentes, entre os
quais os da legalidade e da moralidade administrativa. 4. A decisão
- DELMI COSTA CEZÁRIO
que reconhece a responsabilidade do ente público com fulcro no
- EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS -
ECT. contexto fático-probatório carreado aos autos não pode ser alterada
- TRANSPORTES GERAIS BOTAFOGO LTDA. pelo manejo da reclamação constitucional. Precedentes: Rcl 11985-
AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 15/03/2013.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo 5. Agravo interno desprovido. (Rcl 24581 AgR, Relator(a): Min.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 18/11/2016, PROCESSO
recorrente. ELETRÔNICO DJe-257 DIVULG 01-12-2016 PUBLIC 02-12-2016)
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que Anote-se que este Tribunal Superior, diante da declaração de
especifica nas razões recursais. constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, no
É o relatório. julgamento da ADC 16/DF, pelo Supremo Tribunal Federal, na
Decido. sessão do Tribunal Pleno realizada em 24/5/2011, promoveu a
Consta do acórdão recorrido: alteração da redação da Súmula n° 331 desta Corte Superior, para
(...) explicitar o alcance da responsabilidade subsidiária de ente ou
Na minuta do presente agravo, a segunda reclamada requer seja entidade da Administração Pública, nos seguintes termos:
proferido novo julgamento do recurso de revista, por entender que,
no caso, inviável a responsabilização subsidiária da administração. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
Repete os argumentos constantes daquele recurso. (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
Razão não lhe assiste. Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.
Na hipótese, o Tribunal Regional do Trabalho, ao manter a [...]
condenação da Administração Pública, valorando fatos e provas, V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
fundamentou-se na culpa in vigilando do administrador público na respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
fiscalização da execução do contrato de terceirização de serviços, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
visto que não resultou comprovada a observância do dever de obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova
contratada. acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de
observância obrigatória-, não caracteriza afronta à ADC 16. 2.
Assim, consagrou-se o entendimento de que a declaração de Inviável o uso da reclamação para reexame de conjunto probatório.
constitucionalidade do art. 71, § 1°, da Lei nº 8.666/93, pelo Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. (Rcl
Supremo Tribunal Federal, não é incompatível com a 23458 AgR/DF, Relatora Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma,
responsabilização subsidiária da Administração Pública, quando DJe 03/03/2017).
constatado ter incorrido em culpa in vigilando, por resultar da
interpretação sistêmica do dispositivo mencionado, em conjunto Impende destacar o seguinte excerto da fundamentação dos
com o art. 67 do mesmo diploma legal, e com as regras da referidos precedentes, verbis:
responsabilidade civil - da qual a Administração Pública não está
excepcionada - e dos direitos fundamentais expressos na [...]
Constituição da República, consagradores da valorização do 4. Limitado a obstaculizar a responsabilização subsidiária
trabalho como o meio mais eficaz de imprimir efetividade ao automática da Administração Pública - como mera decorrência do
princípio da dignidade da pessoa humana. inadimplemento da prestadora de serviços-, no julgamento da ADC
Repare que, no exame da temática atinente à responsabilidade 16, não resultou enfrentada a questão da distribuição do ônus
subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas probatório, tampouco estabelecidas balizas para a apreciação da
gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, o prova ao julgador - hipóteses, portanto, que não viabilizam o uso do
Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso instituto da reclamação com espeque em alegada afronta à ADC 16,
Extraordinário 760.931/DF (leading case), DJe 12/09/2017, conforme já decidido em várias reclamações: Rcl 14832/RS, Rel.
submetido à sistemática da repercussão geral, fixou a tese de que Min. Joaquim Barbosa, DJe 19.11.2012 , Rcl 15194/DF, Rel. Min.
"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do Teori Zavascki, DJe 18.3.2013, Rcl 15385/MG, Rel. Min. Cármen
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público Lúcia, DJe 15.3.2013.
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em 5. Consignada a omissão da Administração pública quanto ao poder
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº -dever de fiscalizar o adimplemento, pela contratada, das
8.666/93". obrigações legais que lhe incumbiam - a caracterizar a culpa in
Na hipótese, depreende-se que a condenação subsidiária não vigilando-, ou a falta de prova acerca do cumprimento dos deveres
ocorreu de forma automática, em razão do mero inadimplemento de fiscalização - de observância obrigatória-, não há falar em
contratual da empregadora contratada, mas sim por força do afronta à ADC 16.
descumprimento das obrigações quanto à fiscalização do contrato.
Ressalte-se que a responsabilização subsidiária da Administração Assim, em decorrência da responsabilidade subsidiária pelas verbas
Pública em face do registro da ausência de prova quanto ao trabalhistas devidas, na forma da Súmula nº 331, V, do TST, com a
cumprimento do dever de fiscalização não caracteriza afronta à qual, pois, converge o acórdão regional, refutam-se todas as
ADC 16/DF. assertivas recursais, ante a inexistência de violação literal e direta
Nesse sentido, destacam-se os recentes precedentes provenientes de lei federal ou da Constituição Federal, assim como de dissenso
de órgão colegiado do Supremo Tribunal Federal, proferidos em pretoriano, porquanto já atingido o objetivo precípuo do recurso de
sede de reclamação: revista, qual seja a pacificação da jurisprudência.
Pontue-se, por fim, que a aplicação da Súmula nº 331, V, do TST
EMENTA AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. não está sujeita às regras de direito intertemporal, por não se tratar
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO. de lei, mas de consolidação jurisprudencial e que a edição, a
DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS revisão ou o cancelamento das súmulas são formalizados pelo
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA Pleno do Tribunal Superior do Trabalho, razão pela qual o
PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA entendimento sedimentado na referida Súmula atende à exigência
ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da da reserva de plenário a que aludem o art. 97 da Constituição
Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o Federal e a Súmula Vinculante 10 do STF.
adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe Logo, revelando a decisão do Tribunal de origem consonância com
incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova a jurisprudência pacífica desta Corte Superior, a pretensão recursal
acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de não se viabiliza, ante os termos do art. 896, § 7º, da CLT.
observância obrigatória -, não caracteriza afronta à ADC 16. 2. Nesse contexto, impõe-se confirmar a decisão agravada, uma vez
Impossibilidade do pedido de sobrestamento do feito até o que as razões expendidas pela agravante não logram demonstrar
julgamento do RE 760.931-RG (Tema 246). 3. Inviável o uso da equívoco em relação à conclusão adotada.
reclamação para reexame de conjunto probatório. Precedentes. 4. Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo.
Agravo interno conhecido e não provido. (Rcl 23435 AgR/PE,
Relatora Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 17/11/2017). O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 97 da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". 8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Lei, com base na interpretação sistemática. 2. LIMITES DA
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Decisão regional em sintonia
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos com a Súmula nº 331, VI, desta Corte, segundo a qual a
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de prestação laboral. Agravo de instrumento conhecido e não provido.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Publique-se. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
RENATO DE LACERDA PAIVA mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Ministro Vice-Presidente do TST encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Processo Nº AIRR-0011503-65.2014.5.01.0069 pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Complemento Processo Eletrônico termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Relator Min. Dora Maria da Costa Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Procurador Dr. Ricardo Almeida Ribeiro da Silva pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Agravado VIVIANE TEIXEIRA DE OLIVEIRA autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Advogado Dr. Beroaldo Alves Santana(OAB: autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
40039/RJ)
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Agravado CRYSTAL SERVICE CONSERVAÇÃO
EIRELI retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Advogado Dr. Ronaldo Ferreira Aragao Intime-se.
Sardinha(OAB: 83506-A/RJ) Publique-se.
Advogado Dr. Luiz Claudio Bravo Coelho(OAB: Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
150811-A/RJ)
Intimado(s)/Citado(s):
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- CRYSTAL SERVICE CONSERVAÇÃO EIRELI RENATO DE LACERDA PAIVA
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Ministro Vice-Presidente do TST
- VIVIANE TEIXEIRA DE OLIVEIRA
Processo Nº AIRR-0011517-57.2014.5.01.0034
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Complemento Processo Eletrônico
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
instrumento do recorrente. Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Procurador Dr. Ricardo Almeida Ribeiro da Silva
violação aos dispositivos da Constituição da República que Agravado MÁRCIA CARLA DE OLIVEIRA
especifica nas razões recursais. CUNHA
É o relatório. Advogado Dr. Valdo Bretas Valadão(OAB:
68914/RJ)
Decido.
Agravado VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Consta na ementa do acórdão recorrido: E SERVIÇOS LTDA.
Advogada Dra. Alessandra Pinto de
(...) Queiroz(OAB: 147730/RJ)
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do realizada pelo ente público nos termos da legislação vigente. Indica
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de violação dos artigos 5º, II, 37, caput, II, §§ 2º e 6º e 97, da
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Constituição da República, e 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, bem como
Intime-se. contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF e à Súmula 331,
Publique-se. V, do TST.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Não tem razão o segundo reclamado.
(...)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Verifica-se que a decisão regional está em consonância com a
RENATO DE LACERDA PAIVA Súmula 331, V, do TST, porquanto evidenciada nos autos a culpa in
Ministro Vice-Presidente do TST vigilando do segundo reclamado (IFETG), tendo em vista a
demonstração de sua conduta culposa na fiscalização do contrato
Processo Nº AIRR-0020237-51.2016.5.04.0101 firmado com a empresa prestadora de serviços.
Complemento Processo Eletrônico Desse modo, restando evidenciada essa culpa nos autos, incide a
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro responsabilidade subjetiva prevista nos artigos 186 e 927, caput, do
Agravante INSTITUTO FEDERAL DE Código Civil.
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA SUL RIOGRANDENSE Assim, nos estritos limites do recurso de revista, não é viável
- IFETG reexaminar a prova dos autos a respeito da efetiva conduta
Procurador Dr. Marcelo Horta Sanábio fiscalizatória do ente estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST.
Agravado GERSON JESUS PEREIRA Nesse contexto, inviável o processamento do apelo sob a alegação
Advogada Dra. Larissa Pereira Brião(OAB: de ofensa aos dispositivos legais e constitucionais invocados, ante o
63397/RS)
óbice da Súmula 333 do TST.
Advogada Dra. Berenice Ribeiro Dias(OAB:
90059/RS) Não se cogita de contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF e
Agravado BH PRODUÇÕES E SERVIÇOS de afronta ao art. 97 da Constituição da República, porquanto a
LTDA. E OUTROS declaração de constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
Advogado Dr. Mário Antônio Hubenthal Pellegrini 8.666/93 pelo STF, nos autos da ADC nº 16, não impede a
Filho(OAB: 76108/RS)
responsabilização subsidiária do ente público, com base na Súmula
331, V, do TST, quando restar evidenciado no caso concreto, como
Intimado(s)/Citado(s):
na hipótese, a sua omissão em fiscalizar o cumprimento do contrato
- BH PRODUÇÕES E SERVIÇOS LTDA. E OUTROS de prestação de serviços (culpa in vigilando).
- GERSON JESUS PEREIRA Nego provimento.
- INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA SUL RIOGRANDENSE - IFETG
2.2 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ABRANGÊNCIA
Como se vê, o Regional decidiu em consonância com a Súmula responsabilidade subsidiária do Reclamado. Defende que cabe à
331, VI, do TST, segundo a qual "A responsabilidade subsidiária do entidade pública o ônus de comprovar a efetiva fiscalização do
tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da contrato de trabalho. Salienta que restou demonstrado no acórdão
condenação referentes ao período da prestação laboral", razão pela regional que houve culpa in vigilando por parte da entidade pública,
qual incide o óbice da Súmula 333 do TST. quanto às obrigações do contrato de trabalho.
Nego provimento. Ao exame.
Inicialmente, nos termos da tese fixada pelo Supremo Tribunal
Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário com repercussão
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da geral 760931/DF, "o inadimplemento dos encargos trabalhistas dos
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Lei nº 8.666/93".
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Assim, admite-se, em regra, o reconhecimento da responsabilidade
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere subsidiária da entidade pública, tomadora de serviços, na hipótese
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade de caracterização cabal do nexo de causalidade entre o
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos inadimplemento das obrigações trabalhistas e a conduta negligente
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". dos integrantes da Administração Pública na fiscalização da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema prestadora de serviços.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada No caso dos autos, a decisão agravada registra que "o acórdão
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos regional manteve a condenação subsidiária sem delimitar a culpa do
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Município Reclamado na fiscalização e na vigilância do contrato de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do trabalho, assim como entendeu que o ônus de comprovar a
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhista era do
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Município Reclamado. Tais fundamentos contrariam a atual
Publique-se. jurisprudência do STF e do TST sobre a questão" (fl. 390). Destaca,
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. que a decisão recorrida atribuiu a responsabilidade subsidiária ao
Município Reclamado apenas pela inadimplência das obrigações
trabalhistas pela prestadora dos serviços.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Sob essas perspectivas, revela-se que a responsabilidade
RENATO DE LACERDA PAIVA subsidiária foi declarada sem a comprovação efetiva da conduta
Ministro Vice-Presidente do TST culposa da Administração Pública, na vigilância do contrato de
trabalho mantido com a prestadora dos serviços.
Processo Nº Ag-RR-0021672-73.2015.5.04.0011 Sobre o ônus probatório, a decisão agravada reflete entendimento
Complemento Processo Eletrônico desta Sétima Turma que, por disciplina judiciária à posição
Relator Desemb. Convocado Roberto Nobrega consolidada pelo STF no RE 760.931, cristalizou o entendimento
de Almeida Filho
segundo o qual cabe ao empregado comprovar a ausência de
Agravante RODRIGO RANGEL
fiscalização do contrato de trabalho pelo tomador dos serviços, para
Advogado Dr. Stephen Körting(OAB: 53184/RS)
se caracterizar a responsabilidade subsidiária, consoante se
Agravado MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE
percebe do seguinte julgado:
Procuradora Dra. Márcia Moura Lameira
Agravado COOPERATIVA DE TRABALHO
RIOGRANDENSE LTDA. AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA A PARTIR DA
Intimado(s)/Citado(s): VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE
- COOPERATIVA DE TRABALHO RIOGRANDENSE LTDA.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LICITAÇÃO. DECISÃO PROFERIDA
- MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE
PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO RE 760.931.
- RODRIGO RANGEL
REPERCUSSÃO GERAL. SÚMULA Nº 331, IV E V, DO TST.
RATIO DECIDENDI. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
EFETIVO PREQUESTIONAMENTO. REQUISITO PREVISTO NO
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo
ARTIGO 896, § 1º - A, DA CLT. Analisando novamente as razões
interno do recorrente.
do recurso de revista, percebe-se que o trecho destacado atende ao
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
pressuposto previsto no artigo 896, § 1º-A, I, da CLT. Constatado
violação aos dispositivos da Constituição da República que
equívoco na decisão agravada, dá-se provimento ao agravo para
especifica nas razões recursais.
determinar o processamento do agravo de instrumento. AGRAVO
É o relatório.
DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE
Decido.
DECISÃO PUBLICADA A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI Nº
Consta do acórdão recorrido:
13.015/2014. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE
SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
SERVIÇOS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
LICITAÇÃO. DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL
(...)
FEDERAL NO RE 760.931. REPERCUSSÃO GERAL. SÚMULA Nº
No agravo interno, o Reclamante se insurge quanto à exclusão da
331, IV E V, DO TST. RATIO DECIDENDI. Agravo de instrumento a
que se dá provimento para determinar o processamento do recurso Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
de revista, em face de haver sido demonstrada possível afronta ao cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. RECURSO DE REVISTA EM pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
FACE DE DECISÃO PUBLICADA A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Nº 13.015/2014. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LICITAÇÃO. DECISÃO PROFERIDA retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO RE 760.931. Intime-se.
REPERCUSSÃO GERAL. SÚMULA Nº 331, IV E V, DO TST. Publique-se.
RATIO DECIDENDI. No julgamento do RE 760.931, o Supremo Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Tribunal Federal firmou a seguinte tese, com repercussão geral: "O
inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em RENATO DE LACERDA PAIVA
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº Ministro Vice-Presidente do TST
8.666/93". É certo, porém, que no sistema de precedentes de força
vinculante, o trabalho do julgador não se limita a reproduzir a Processo Nº AIRR-0000622-39.2014.5.09.0026
decisão, como se estivesse exercendo atividade meramente Complemento Processo Eletrônico
burocrática. A tarefa é mais profunda. É preciso extrair, com Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
precisão, a essência do julgado, além de analisar, caso a caso, se a Agravante UNIÃO (PGU)
situação concreta a ele se amolda ou se há distinção que justifique Procurador Dr. Sidnei Di Bacco
outra solução a ser adotada. Quanto ao tema em discussão, a tese Agravado CLÁUDIO WILKUS
fixada não é suficiente para externar, com precisão, a decisão da Advogado Dr. Willian dos Santos(OAB:
51290/PR)
Corte Suprema, já que enuncia, de forma genérica, a
Agravado KRAFT SEGURANÇA E VIGILÂNCIA
impossibilidade de condenação automática do ente público, e não é LTDA.
esse o conteúdo da Súmula nº 331, V, do TST, que norteava a
jurisdição trabalhista. Nesse contexto, depreende-se que a ratio Intimado(s)/Citado(s):
decidendi da decisão proferida pelo STF no julgamento do RE - CLÁUDIO WILKUS
760.931 é: a condenação subsidiária do ente público tomador de - KRAFT SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.
serviços, em relação às empresas contratadas por meio de licitação, - UNIÃO (PGU)
depende de prova robusta e inequívoca da ausência sistemática de
fiscalização, quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
pela prestadora, ônus que incumbe ao empregado. No caso,
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
considerando que o quadro fático delineado na decisão regional não
instrumento em recurso de revista em todos os seus temas e
evidencia essa prova, deve ser excluída a responsabilidade
desdobramentos.
trabalhista subsidiária. Recurso de revista de que se conhece e a
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
que se dá provimento. (RR - 10147-47.2014.5.01.0065, Relator
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, 7ª Turma, Data de
especifica nas razões recursais.
Publicação: DEJT 26/10/2018) (grifos nossos)
É o relatório.
Decido.
Saliente-se que as premissas fáticas, que autorizaram a exclusão
Consta do acórdão recorrido:
da responsabilidade subsidiária do Reclamado, constam do acórdão
(...)
regional, não se exigindo o revolvimento de contexto probatório para
2 - MÉRITO
examinar a tese jurídica esposada pelo acórdão regional, a manter
2.1 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. ÔNUS
incólume a Súmula 126/TST.
DA PROVA
Importa frisar, outrossim, que não se discute nos autos fraude da
Inicialmente, é de se frisar que o recurso de revista obstaculizado é
formação de cooperativa de serviços.
regido pela Lei 13.015/14; logo, o reexame de sua admissibilidade
Desse modo, incensurável a decisão agravada que afastou a
torna necessário analisar o cumprimento dos requisitos do art. 896,
responsabilidade subsidiária do Reclamado sobre os débitos
§ 1º-A, incisos I, II e III, da CLT, inseridos pela aludida lei.
trabalhistas inadimplidos pela prestadora dos serviços.
No caso em tela, o recorrente indicou o trecho do acórdão regional
Diante do exposto, nego provimento ao agravo interno.
que consubstancia o prequestionamento da controvérsia (fls. 205);
apresentou impugnação fundamentada mediante cotejo analítico
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
entre a decisão recorrida e o teor da violação dos dispositivos de lei
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
e da Constituição da República que defende (fls. 214, 224), bem
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
como quanto aos arestos transcritos para demonstrar divergência
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
jurisprudencial (fls. 216-223). Satisfeitos, portanto, os requisitos do
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei 13.015/14.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Ficou consignado no acórdão regional
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
(...)
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
A União interpôs recurso de revista às fls. 203-225, ao qual se
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
negou seguimento às fls. 229-235.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora Consta do acórdão recorrido:
de serviços terceirizados. A configuração da culpa in vigilando, caso
afirmada pela Instância Ordinária (como ocorreu nos presentes (...)
autos), reitere-se, autoriza a incidência da responsabilidade
subsidiária da entidade tomadora de serviços (arts. 58 e 67 da Lei No Agravo, o Município insurge-se contra a responsabilidade
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil). Assim sendo, a decisão subsidiária que lhe foi imputada. Sustenta que a referida
agravada foi proferida em estrita observância às normas responsabilidade baseou-se no mero inadimplemento de obrigações
processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a", trabalhistas por parte da primeira Reclamada e presunção da
do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou existência de culpa in vigilando do ente público, não encontrando
reconsideração. Agravo desprovido. fundamento nas provas dos autos. Alega que apresentou
documentos demonstrando que fiscalizou o serviço e o
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da cumprimento das obrigações trabalhistas da empresa. Aponta
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo violação aos artigos 37, § 6º, da Constituição da República; 818 da
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja CLT e 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte,
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade 71 e § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas,
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos contratuais e legais da prestadora de serviços.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes (...)
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. indicadas. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT.
Intime-se. Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada
Publique-se. foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. e 5º, LXXVIII, da Constituição da República.
Nego provimento ao Agravo.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
RENATO DE LACERDA PAIVA Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Ministro Vice-Presidente do TST inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Processo Nº ED-Ag-AIRR-0011077-79.2015.5.15.0117 Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Complemento Processo Eletrônico mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Embargante MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM DA automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
BARRA
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Procurador Dr. Wanderley Matheus Garcia
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Embargado RENATO PIRES DE OLIVEIRA
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Advogado Dr. Fabiano José Saad Manoel(OAB:
208636/SP) cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Embargado D MATIAS SÃO CARLOS - ME pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Advogado Dr. Samuel Augusto Brunelli autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Benedicto(OAB: 283821/SP) autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Intimado(s)/Citado(s): retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
- D MATIAS SÃO CARLOS - ME Intime-se.
- MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM DA BARRA Publique-se.
- RENATO PIRES DE OLIVEIRA Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro consignado nos autos que o segundo reclamado (ESTADO DE SÃO
Agravante ESTADO DE SÃO PAULO PAULO) não se desincumbiu do ônus de provar que fiscalizou o
Procuradora Dra. Daniela Rodrigues Valentim cumprimento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato
Angelotti
de prestação de serviços, restando assente a ocorrência da sua
Procurador Dr. Rodrigo Trindade Castanheira
Menicucci culpa in vigilando.
Agravado MARIA DE FÁTIMA GALINA GUZÃO Com efeito, evidenciada essa culpa nos autos, incide a
Advogado Dr. Luciana Nunes de Souza(OAB: responsabilidade subjetiva, prevista nos artigos 186 e 927, caput, do
280322/SP) Código Civil.
Agravado MANFRINATO & MANFRINATO Nos estritos limites do recurso de revista, não é viável reexaminar a
LTDA. - EPP
prova dos autos a respeito da efetiva conduta fiscalizatória do ente
Advogado Dr. Vitor Antônio Zani Furlan(OAB:
305747/SP) estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST.
Nesse contexto, inviável a admissão do recurso de revista, ante a
Intimado(s)/Citado(s): incidência dos óbices previstos nas Súmulas 126 e 333 do TST.
- ESTADO DE SÃO PAULO Resta mantida, assim, a decisão monocrática, embora por
- MANFRINATO & MANFRINATO LTDA. - EPP fundamento diverso do ali registrado.
- MARIA DE FÁTIMA GALINA GUZÃO Nego provimento.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo 2.2 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ABRANGÊNCIA
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
recorrente. Este Relator denegou seguimento ao recurso de revista interposto
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta pelo segundo reclamado,com fulcro no artigo 896, § 1º-A, I, da CLT
violação aos dispositivos da Constituição da República que (fls. 519).
especifica nas razões recursais. O segundo reclamado impugna a decisão denegatória e reitera suas
É o relatório. alegações de divergência jurisprudencial, contrariedade à Súmula
Decido. 363 do TST e violação dos artigos 5°, caput, da Constituição da
Consta do acórdão recorrido: República e 467 e 477 da CLT. Sustenta, em síntese, que a
responsabilidade subsidiária não abrange o pagamento de multas,
(...) que são de exclusiva responsabilidade do infrator.
Sem razão.
2 - MÉRITO O Regional consignou:
"Das multas celetistas e multa fundiária
2.1 - RESPOSANBILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. Com relação às multas dos artigos 467 e 477 da Consolidação das
CULPA IN VIGILANDO Leis do Trabalho e multa fundiária, considerando que a recorrente
se beneficiou do trabalho da reclamante, estas devem ser mantidas,
Mediante decisão monocrática (fls. 519), este Relator denegou caso o devedor principal não as quite.
seguimento ao recurso de revista interposto pelo segundo Isso porque, em face da responsabilidade subsidiária que lhe foi
reclamado,com fulcro no artigo 896, § 1º-A, I, da CLT. imposta, todas as parcelas trabalhistas foram abrangidas, pois a
O segundo reclamado impugna a decisão denegatória e reitera suas tomadora de serviços também responde pelas verbas não pagas
alegações de divergência jurisprudencial, contrariedade à Súmula durante o contrato e devidas na dispensa.
331, V, do TST e violação dos artigos 2°, 5°, II, 7°, XXXIII, e 37, Nego provimento." (fls. 451 - g. n.).
caput e XXXIII, da Constituição da República e 71, § 1°, da Lei n° A questão relativa ao alcance da responsabilidade subsidiária
8.666/1993. Insurge-se contra a responsabilidade subsidiária que encontra-se pacificada no âmbito desta Corte por meio da Súmula
lhe foi atribuída. Argumenta que o artigo 71, § 1º, da Lei nº 331, VI, do TST, segundo a qual "A responsabilidade subsidiária do
8.666/1993, cuja constitucionalidade foi reconhecida pelo STF no tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da
julgamento da ADC nº 16/DF, o exime de qualquer condenação referentes ao período da prestação laboral".
responsabilização com base no mero inadimplemento dos haveres Constata-se, portanto, a consonância do acórdão regional com a
trabalhistas, devendo a comprovação da culpa ser aferida caso a jurisprudência consolidada desta Corte, o que revela a inviabilidade
caso. Alega que não há nos autos elementos concretos que da admissão do recurso de revista, nos termos do artigo 896, § 7º,
demonstrem falha na fiscalização do cumprimento das obrigações da CLT e da Súmula 333 do TST.
decorrentes do contrato de prestação de serviços pela prestadora, Mantida a decisão monocrática, novamente por fundamento diverso.
não podendo ser presumida sua culpa in vigilando. Nego provimento.
Sem razão.
(...) O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Incólume o artigo 5º, II, da Constituição da República, pois referido Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
dispositivo trata de princípio geral do ordenamento jurídico, razão inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
por que sua eventual violação, em regra e no caso dos autos, não repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
seria direta e literal, como exigido pela alínea "c" do artigo 896 da Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
CLT, pois pressuporia a revisão de interpretação dada a normas mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
infraconstitucionais pela decisão recorrida. Inteligência da Súmula encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
636 do STF. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Quanto ao mais, verifica-se que o acórdão regional está em pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
consonância com a Súmula 331, V, do TST, na medida em que termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Intime-se.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Publique-se.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Intime-se.
Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA Processo Nº AIRR-1000064-12.2016.5.02.0467
Ministro Vice-Presidente do TST Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
Processo Nº ED-Ag-AIRR-0020478-16.2016.5.04.0104 Agravante MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO
CAMPO
Complemento Processo Eletrônico
Procurador Dr. Erci Maria dos Santos
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
Agravado ADSON MIGUEL DA SILVA
Embargante UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS - UFPEL Advogado Dr. Cristian Ribeiro da Silva(OAB:
213520/SP)
Procurador Dr. Juliano De Angelis
Agravado STG PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
Embargado LUDIELEN PAULA MACKEDANZ PORTARIA E LIMPEZA LTDA.
Advogado Dr. Maurício Raupp Martins(OAB: Advogado Dr. Adriana Soares Simões Lima(OAB:
33225/RS) 189412/SP)
Embargado PRESTADORA DE SERVIÇOS ROTA
DO SOL LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere TST - ÔNUS DA PROVA 1. O acórdão regional está em harmonia
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade com a Súmula nº 331, itens V e VI, do Eg. TST, porquanto a
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos responsabilização subsidiária dos entes públicos decorreu do
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". reconhecimento de conduta culposa na fiscalização da empresa
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema prestadora. 2. Compete à Administração Pública o ônus da prova
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada quanto à fiscalização, considerando que: (i) a existência de
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos fiscalização do contrato é fato impeditivo, modificativo ou extintivo
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes do direito da Reclamante; (ii) a obrigação de fiscalizar a execução
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do do contrato decorre da lei (artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93); e
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de (iii) não se pode exigir do trabalhador a prova de fato negativo ou
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. que apresente documentos aos quais não tenha acesso, em
Intime-se. atenção ao princípio da aptidão para a prova. Julgados. 3. O E.
Publique-se. STF, ao julgar o Tema nº 246 de Repercussão Geral -
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos
trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora
de serviço, RE 760931, não fixou tese específica sobre a
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) distribuição do ônus da prova pertinente à fiscalização do
RENATO DE LACERDA PAIVA cumprimento das obrigações trabalhistas. Agravos de Instrumento a
Ministro Vice-Presidente do TST que se nega provimento
II - RECURSO DE REVISTA DO INSTITUTO FEDERAL DE
Processo Nº ARR-0021034-18.2016.5.04.0104 EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE
Complemento Processo Eletrônico INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 E DO NCPC -
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Os honorários de assistência
Agravante, Agravado e INSTITUTO FEDERAL DE judiciária são devidos desde que preenchidos os requisitos dos
Recorrente EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA SUL-RIO- artigos 14 e 16 da Lei nº 5.584/1970, o que não ocorre neste caso,
GRANDENSE pois a parte não está assistida por sindicato da categoria
Procurador Dr. Juliano de Angelis profissional. Súmulas nos 219 e 329 do TST. Recurso de Revista
Agravante, Agravado e MUNICÍPIO DE PELOTAS conhecido e provido..
Recorrido
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Procuradora Dra. Simone Doubrawa
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Agravado e Recorrido GRACIELA INAJARA SOUZA BOEIRA
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Advogado Dr. Carlos Alberto Starke(OAB:
34929/RS) repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Agravado e Recorrido TRADIÇÃO PRESTADORA DE Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
SERVIÇOS LTDA. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Advogado Dr. Marcos Leandro Moreira encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Trindade(OAB: 76835/RS)
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Advogado Dr. Mário Antônio Hubenthal Pellegrini
Filho(OAB: 76108/RS) pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Intimado(s)/Citado(s): Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
- GRACIELA INAJARA SOUZA BOEIRA
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
- INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E
TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
- MUNICÍPIO DE PELOTAS autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
- TRADIÇÃO PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Trata-se de recursos extraordinários contra acórdão proferido pelo Intime-se.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento aos agravos Publique-se.
de instrumento em relação ao tema "responsabilidade subsidiária do Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
ente público".
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
especifica nas razões recursais. RENATO DE LACERDA PAIVA
É o relatório. Ministro Vice-Presidente do TST
Decido.
Consta na ementa do acórdão recorrido: Processo Nº Ag-AIRR-0020198-61.2015.5.04.0013
Complemento Processo Eletrônico
I - AGRAVOS DE INSTRUMENTO DO INSTITUTO FEDERAL DE Relator Min. Delaíde Miranda Arantes
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE E Agravante EMPRESA BRASILEIRA DE
CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT
DO MUNICÍPIO DE PELOTAS - ANÁLISE CONJUNTA -
Advogada Dra. Emilia Maria B. dos S. Silva(OAB:
RECURSOS DE REVISTA INTERPOSTOS SOB A ÉGIDE DA LEI 7460/DF)
Nº 13.015/2014 E NCPC - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - Agravante UNIÃO (PGU)
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - SÚMULA Nº 331, ITENS V E VI, DO
Procuradora Dra. Liége Varallo Dalpiaz pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Agravado ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Procurador Dr. Lourenço Floriani Orlandini Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Agravado TRAET TIVIDADES FÍSICAS LTDA. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Agravado LISA DE OLIVEIRA GONÇALVES pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Advogado Dr. Maria de Fátima Bertolla autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Afonso(OAB: 50228/RS)
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Advogada Dra. Luana Karrow Pitroski(OAB:
92511/RS) CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intimado(s)/Citado(s): Intime-se.
- EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - Publique-se.
ECT Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
- LISA DE OLIVEIRA GONÇALVES
- TRAET TIVIDADES FÍSICAS LTDA. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- UNIÃO (PGU) RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST
Trata-se de recursos extraordinários contra acórdão proferido pelo
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento aos agravos Processo Nº Ag-AIRR-0100333-28.2016.5.01.0201
em agravos de instrumento em recursos de revista dos entes Complemento Processo Eletrônico
públicos ora recorrentes em todos os seus temas e Relator Min. Kátia Magalhães Arruda
desdobramentos. Agravante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
As partes suscitam preliminar de repercussão geral da matéria e PETROBRAS
apontam violação aos dispositivos da Constituição da República que Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
16538/GO)
especificam nas razões recursais.
Agravado OTÁVIO LAURENTINO GOMES
É o relatório.
Advogado Dr. Valtécio Duarte do
Decido. Nascimento(OAB: 158123/RJ)
Consta do acórdão recorrido: Agravado FRASOPI - PINTURAS,
AGRAVOS EM AGRAVOS DE INSTRUMENTO EM RECURSOS REFRATAMENTO E ISOLAMENTO
TÉRMICO LTDA.
DE REVISTA DAS RECLAMADAS UNIÃO (PGU) E EMPRESA
Advogado Dr. Aristeu Garcia(OAB: 58532/RJ)
BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT. RECURSOS
REGIDOS PELA LEI 13.015/2014. MATÉRIA COMUM. ANÁLISE Intimado(s)/Citado(s):
CONJUNTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE
- FRASOPI - PINTURAS, REFRATAMENTO E ISOLAMENTO
PÚBLICO. RECONHECIMENTO DA CULPA NO CASO TÉRMICO LTDA.
CONCRETO (DECISÃO AGRAVADA QUE SE HARMONIZA COM - OTÁVIO LAURENTINO GOMES
O JULGAMENTO DA ADC 16 PELO STF E COM A SÚMULA 331, - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
V, DO TST; SÚMULA 126 DO TST). As razões recursais não
desconstituem os fundamentos da decisão agravada. Agravos não Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
providos. Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
(...) agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
Trata-se de agravos interposto à decisão que denegou seguimento A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
aos agravos de instrumento em recurso de revista interpostos pelas violação aos dispositivos da Constituição da República que
reclamadas União e ECT, na forma dos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do especifica nas razões recursais.
CPC de 2015 e 106, X, do RITST. É o relatório.
Inconformados, os entes públicos alegam que seus recursos Decido.
reuniam condições de admissibilidade. Pugnam pela Consta do acórdão recorrido, na fração de interesse:
reconsideração da decisão agravada. Nas razões do agravo, a parte sustenta que "não se trata de
(...) hipótese de negativa de seguimento ao recurso interposto, mas sim
Diante dos elementos de fato registrados no acórdão a quo, ficou cabível o provimento imediato". Afirma que "os fundamentos
comprovada a culpa dos entes públicos pela má fiscalização do utilizados na r. Decisão impugnada não estão de acordo com a
contrato. jurisprudência dominante na Corte Superior Trabalhista, bem assim
(...) divergem do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal,
ACORDAM os Ministros da Segunda Turma do Tribunal Superior do ao menos no que se refere à questão relativa à impossibilidade
Trabalho, por unanimidade, negar provimento aos agravos. jurídica do pedido de responsabilidade subsidiária com base na
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da Súmula 331 do TST, ante a declarada constitucionalidade do §1º,
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo do art. 71, da Lei n.º 8.666/93 na ADC 16-DF".
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Alega que "não há o que se falar em rever fatos e provas dos autos
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). nos moldes da Súmula 126, visto que a legislação é clara quanto à
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de obrigatoriedade de licitação nos contratos com o ente publico e este
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos tem presunção de veracidade em todos os seus atos praticados,
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere não cabendo portanto, quaisquer alegações de descumprimento
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade das normas legais por distribuição do ônus probatório". Sustenta
que "é necessária a verificação sim da culpa pelo inadimplemento Daí o rigor da previsão expressa do art. 1.021, §§ 4º e 5º, do CPC
da tomadora, em face desta empresa, mesmo no procedimento de 2015:
licitatório simplificado e isto não ocorreu, portanto, a decisão afronta (...)
a jurisprudência desta Casa e do próprio STF". Renova as Não é demais lembrar a Súmula nº 435 do TST:
alegações do agravo de instrumento no sentido de que inexiste Conforme a jurisprudência do STF: "Há referências na concepção
comprovação de sua responsabilidade, de forma subjetiva, pela constitucional presente, que prevê a ampla defesa (art. 5º, LV,
falta de provas que demonstrem a culpa. Afirma que o ônus da CF/1988), sopesada com a garantia de uma razoável duração do
prova quanto à comprovação de eventual omissão na fiscalização processo (art. 5º, LXXVIII, redação da EC 45, de 8-12-2004)" (AI
era do reclamante. Por fim, assevera que não há como se 529.733, voto do Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em
reconhecer a responsabilidade subsidiária, em vista do disposto no 17/10/2006, Segunda Turma, DJ de 1º/12/2006); "A prestação
art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 e da decisão proferida pelo STF no jurisdicional é uma das formas de se concretizar o princípio da
julgamento da ADC nº 16/DF e da tese de repercussão geral dignidade humana, o que torna imprescindível seja ela realizada de
firmada no tema 246. forma célere, plena e eficaz" (Rcl 5.758, Rel.ª Min.ª Cármen Lúcia,
Ao exame. julgamento em 13/5/2009, Plenário, DJE de 7/8/2009); "O direito de
Verifica-se que os argumentos invocados pela parte foram petição e o acesso ao Poder Judiciário para reparar lesão ou
devidamente analisados na decisão monocrática. ameaça a direito são garantias previstas na CF. Contudo, o
Observa-se que o caso não foi resolvido por meio da distribuição do exercício abusivo desses direitos acaba por atrapalhar o bom
ônus da prova, mas com a aplicação da legislação pertinente à andamento de ações que deveriam ser ininterruptas e mais céleres
empresa pública. Foi registrado na decisão que a incidência da Lei possíveis, justamente para garantir ao jurisdicionado a efetiva
nº 8.666/93 "é contrária à pretensão da própria PETROBRAS em prestação da tutela pretendida" (HC 94.170, Rel. Min. Menezes
ações e recursos apresentados no STF, nas quais pede que seja Direito, julgamento em 10/6/2008, Primeira Turma, DJE de
aplicada a Lei nº 9.478/1997 regulamentada pelo Decreto nº 8/8/2008); "A possibilidade de imposição de multa (...) encontra
2.745/1998". fundamento em razões de caráter ético-jurídico, pois, além de
Considerou, ainda, a decisão monocrática, que "ao tempo da privilegiar o postulado da lealdade processual, busca imprimir maior
contratação eram aplicáveis o art. 67 da Lei nº 9.478/1997 e o celeridade ao processo de administração da justiça, atribuindo-lhe
Decreto nº 2.745/1998, que autorizaram a contratação de empresa um coeficiente de maior racionalidade, em ordem a conferir
prestadora de serviços sem os ditames da Lei nº 8.666/1993 efetividade à resposta jurisdicional do Estado. (...) O ordenamento
(Súmula nº 126 do TST)" e "aplica-se à PETROBRAS a Súmula nº jurídico brasileiro repele práticas incompatíveis com o postulado
331, IV, do TST (terceirização sob o regime da iniciativa privada) e ético-jurídico da lealdade processual. O processo não pode ser
não a Súmula nº 331, V, do TST (terceirização sob o regime próprio manipulado para viabilizar o abuso de direito, pois essa é uma ideia
de ente público)". que se revela frontalmente contrária ao dever de probidade que se
A atribuição de competência ao relator, para decidir impõe à observância das partes. O litigante de má-fé - trate-se de
monocraticamente, nas hipóteses em que não subsiste razão parte pública ou de parte privada - deve ter a sua conduta
relevante para levar o debate ao colegiado (recurso inadmissível, sumariamente repelida pela atuação jurisdicional dos juízes e dos
prejudicado, sem impugnação específica ou no qual se discutem tribunais, que não podem tolerar o abuso processual como prática
matérias tranquilas, pacíficas ou reiteradamente decididas no descaracterizadora da essência ética do processo. (...)" (AI 567.171-
mesmo sentido), tem fundamento não apenas no CPC de 2015 AgR-ED-EDv-ED, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em
(Súmula nº 435 do TST) e no Regimento Interno do TST, mas na 3/12/2008, Plenário, DJE de 6/2/2009). No mesmo sentido: AI
Emenda Constitucional nº 45/2004, que inseriu o inciso LXXVIII no 801.247-AgR-AgR-AgR-AgR-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
art. 5º da Constituição Federal de 1988, consagrando o princípio da julgamento em 22/11/2011, Segunda Turma, DJE de 6/12/2011.
razoável duração do processo, mandado de otimização segundo o A multa não é mera consequência da interposição do agravo contra
qual "a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a a decisão monocrática; é necessário que o julgador explicite qual
razoável duração do processo e os meios que garantam a conduta processual da parte autoriza a aplicação da multa, seja por
celeridade de sua tramitação". aplicação do princípio contido no art. 93, IX, da Constituição Federal
O art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal, ao fixar a baliza da (regra matriz da exigência de fundamentação da decisão judicial),
razoável duração do processo, atribuiu aos jurisdicionados não seja por aplicação do princípio positivado no art. 1.021, § 4º, do
apenas o direito à resolução célere da lide como também o dever de CPC/2015, segundo o qual a multa será aplicada "em decisão
conduta processual que contribua para a finalidade pretendida. É fundamentada".
dizer: a efetivação do princípio da razoável duração do processo No caso concreto, cabível a aplicação da multa, pois no agravo a
não é tarefa exclusiva dos julgadores, devendo atentar os parte nem sequer impugna de maneira específica os fundamentos
jurisdicionados para a utilização dos meios recursais nos precisos da decisão monocrática, o que não se admite.
limites estabelecidos pelas normas processuais de regência. O art. Pelo exposto, nego provimento ao agravo e aplico multa de 2%
5º, LXXVIII, da Constituição Federal foi inserido no capítulo dos sobre o valor atualizado da causa, como previsto no art. 1.021, § 4º,
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, significando isso que há do CPC de 2015.
interesse público na razoável duração do processo, ou seja, o ISTO POSTO
interesse na resolução célere do litígio não é só das partes, mas da ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do Tribunal Superior do
coletividade e do Estado-Juiz. Trabalho, por unanimidade, negar provimento ao agravo e aplicar
Assim, não é absoluto o direito da parte à interposição de agravo multa de 2% sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art.
para obter a manifestação do colegiado; diferentemente, o agravo 1.021, § 4º, do CPC de 2015.
contra decisão monocrática somente se justifica quando for fundada O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
a insurgência, o que não ocorre quando a parte apresenta Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
impugnação manifestamente inadmissível ou improcedente. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). prestadora de serviços sem os ditames da Lei nº 8.666/1993
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de (Súmula nº 126 do TST). 3 - São fatos incontroversos que o
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos reclamante foi contratado em 2015 e a ação foi ajuizada em Maio de
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 2016. 4 - O art. 67 da Lei nº 9.478/1997 dispunha que os contratos
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade firmados pela PETROBRAS para a aquisição de bens e serviços
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos seriam precedidos de procedimento licitatório simplificado, a ser
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". definido pelo Presidente da República, o que ocorreu por meio do
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Decreto nº 2.745/1998, segundo o qual: "7.1 A execução de obras e
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada serviços e a aquisição ou alienação de materiais, na PETROBRÁS,
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos serão contratados com o concorrente classificado em primeiro lugar
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes na licitação correspondente, ressalvados os casos de dispensa
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do desta, estabelecidos neste Regulamento. 7.1.1 Os contratos da
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de PETROBRÁS reger-se-ão pelas normas de direito privado e pelo
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. princípio da autonomia da vontade, ressalvados os casos especiais,
Publique-se. obedecerão a minutas padronizadas, elaboradas com a orientação
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. do órgão jurídico e aprovadas pela Diretoria. 5 - O art. 67 da Lei nº
9.478/1997 somente foi revogado pela Lei nº 13.303/2016, a qual
tem a seguinte previsão: "Art. 77. O contratado é responsável pelos
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) encargos trabalhistas, fiscais e comerciais resultantes da execução
RENATO DE LACERDA PAIVA do contrato. § 1o A inadimplência do contratado quanto aos
Ministro Vice-Presidente do TST encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à empresa
pública ou à sociedade de economia mista a responsabilidade por
Processo Nº ED-AIRR-0100934-61.2016.5.01.0483 seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou
Complemento Processo Eletrônico restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive
Relator Min. Kátia Magalhães Arruda perante o Registro de Imóveis." 6 - Registra-se que a pretensão da
Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS, de que nesta ação trabalhista seja aplicada a Lei nº
PETROBRAS
8.666/1993, é contrária à pretensão da própria PETROBRAS em
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
16538/GO) ações e recursos apresentados no STF, nas quais pede que seja
Embargado WILLIAN CARVALHO DA aplicada a Lei nº 9.478/1997 regulamentada pelo Decreto nº
CONCEICAO 2.745/1998. 7 - Em conclusão, no caso concreto, aplica-se à
Advogada Dra. Eunice Martins de Lana PETROBRAS a Súmula nº 331, IV, do TST (terceirização sob o
Marinho(OAB: 1006/RJ)
regime da iniciativa privada) e não a Súmula nº 331, V, do TST
Advogada Dra. Janaina Soares Amarante(OAB:
79844/RJ) (terceirização sob o regime próprio de ente público). 8 - Agravo de
Embargado BANDEIRANTE COMÉRCIO DE instrumento a que se nega provimento.
PEÇAS E EQUIPAMENTOS DE O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
REFRIGERAÇÃO LTDA.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Intimado(s)/Citado(s):
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
- BANDEIRANTE COMÉRCIO DE PEÇAS E EQUIPAMENTOS Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
DE REFRIGERAÇÃO LTDA.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
- WILLIAN CARVALHO DA CONCEICAO
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
violação aos dispositivos da Constituição da República que
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
especifica nas razões recursais.
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
É o relatório.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Decido.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Consta na ementa do acórdão recorrido:
Publique-se.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. LEI Nº
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
13.015/2014. ANTERIOR À LEI N.º 13.467/2017. INSTRUÇÃO
NORMATIVA Nº 40 DO TST. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. LEI Nº
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
9.478/1997 E DECRETO Nº 2.745/1998. 1 - Estão atendidas as
RENATO DE LACERDA PAIVA
exigências do art. 896, § 1º-A, da CLT. 2 - No caso concreto, o TRT
Ministro Vice-Presidente do TST
decidiu a matéria assentando os seguintes fundamentos: a) o ente
público não observou a Lei nº 8.666/1993; b) ao tempo da
Processo Nº Ag-AIRR-0093800-30.2013.5.17.0131
contratação eram aplicáveis o art. 67 da Lei nº 9.478/1997 e o
Complemento Processo Eletrônico
Decreto nº 2.745/1998, que autorizaram a contratação de empresa
Relator Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho Ministro Vice-Presidente do TST
Agravante JORGE LUIZ ANGELO DA ROCHA
Advogado Dr. Jose Eymard Loguercio(OAB: 1441
-A/DF) Processo Nº Ag-RR-1000235-67.2015.5.02.0381
Complemento Processo Eletrônico
Agravado PREMAX ENGENHARIA LTDA.
Relator Desemb. Convocado Roberto Nobrega
Agravado CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF de Almeida Filho
Advogado Dr. João Batista Muylaert de Araújo Agravante CLÁUDIO JOSÉ ARAÚJO DOURADO
Júnior(OAB: 11491/ES)
Advogada Dra. Tatiane Cristina Ventre Gil(OAB:
336376/SP)
Intimado(s)/Citado(s): Agravado PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
- CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF PETROBRAS
- JORGE LUIZ ANGELO DA ROCHA Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
16538/GO)
- PREMAX ENGENHARIA LTDA.
Agravado RETAM DIESEL ENGENHARIA,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Advogado Dr. Tadeu de Sousa Ferreira
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em Júnior(OAB: 188623/SP)
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. Agravado PAULO DE TARSO MUNIZ FERRAZ
SAMPAIO
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Agravado SONIA MARIA DA SILVA PRADO
violação aos dispositivos da Constituição da República que SAMPAIO
especifica nas razões recursais.
É o relatório. Intimado(s)/Citado(s):
Decido. - CLÁUDIO JOSÉ ARAÚJO DOURADO
Consta na ementa do acórdão recorrido: - PAULO DE TARSO MUNIZ FERRAZ SAMPAIO
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
REVISTA - PROCESSO SOB A VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014 - RETAM DIESEL ENGENHARIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO
- CEF - FUNDO DE ARRENDAMENTO RESIDENCIAL - LTDA.
PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA - RESPONSABILIDADE - SONIA MARIA DA SILVA PRADO SAMPAIO
SUBSIDIÁRIA - DESCABIMENTO. Coube à Caixa Econômica
Federal, por força da Lei nº 10.188/2001, operacionalizar o Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Programa de Arrendamento Residencial para suprir a necessidade Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo
de moradia da população de baixa renda. Para viabilizar esse interno em todos os seus temas e desdobramentos.
programa, assegurou-se um fundo financeiro específico (Fundo de A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Arrendamento Residencial - FAR), cuja criação e gerenciamento violação aos dispositivos da Constituição da República que
ficaram a cargo da CEF, dissociado de seu patrimônio. Logo, a CEF especifica nas razões recursais.
não pode ser responsabilizada subsidiariamente pelo pagamento de É o relatório.
créditos trabalhistas não adimplidos pelas empresas construtoras Decido.
integrantes do Programa de Arrendamento Residencial. Não se Consta na ementa do acórdão recorrido:
trata de terceirização de mão de obra e a CEF efetivamente não foi AGRAVO INTERNO. RECURSO DE REVISTA.
tomadora dos serviços prestados pelo reclamante. Inaplicável ao RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ARTIGO 896, § 7º, DA CLT E
caso a Súmula nº 331, IV e V, do TST. Agravo desprovido. SÚMULA Nº 333 DO TST. Depreende-se dos fundamentos que
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da alicerçaram a decisão impugnada que, no caso, o contexto
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo probatório dos autos evidenciou que a Agravada, tomadora dos
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja serviços, comprovou haver realizado a fiscalização do cumprimento
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). das obrigações trabalhistas pela prestadora de serviços, de forma a
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de afastar a responsabilização subsidiária a si atribuída pelos créditos
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos originários da presente reclamação trabalhista. Concluiu-se,
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere portanto, que a Corte Regional responsabilizou supletivamente a
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Administração Pública, a despeito da ausência, na hipótese, da
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos caracterização de culpa in vigilando (artigo 71, § 1º, da Lei
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". 8.666/1993) prevista no item IV da Súmula 331 do TST. Dessa
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema forma, constata-se, assim, que a Decisão impugnada, na realidade,
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada está em sintonia com o referido verbete, razão pela qual em
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos consonância com a iterativa e notória jurisprudência desta Corte.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Emergem, portanto, os óbices previstos no art. 896, § 7º, da CLT e
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do na Súmula nº 333 do TST, circunstância esta que obsta o
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de seguimento do Recurso de Revista interposto pela, ora, Agravante,
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. sob quaisquer alegações. Agravo interno de que se conhece e a
Publique-se. que se nega provimento.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
RENATO DE LACERDA PAIVA Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Corte,
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas,
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do contratuais e legais da prestadora de serviços.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de O Eg. TST acrescentou o item V à Súmula nº 331, nestes termos:
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Publique-se. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. (NOVA REDAÇÃO DO ITEM IV E INSERIDOS OS ITENS V E VI À
REDAÇÃO) - RES. 174/2011, DEJT DIVULGADO EM 27, 30 E
31.05.2011.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) (...)
RENATO DE LACERDA PAIVA V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
Ministro Vice-Presidente do TST respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
Processo Nº Ag-AIRR-0010891-51.2014.5.15.0033 obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
Complemento Processo Eletrônico fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Agravante ESTADO DE SÃO PAULO responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
Procuradora Dra. Flávia Regina Valença obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
Procurador Dr. Ricardo Pinha Alonso contratada.
Agravado DENISE RODRIGUES DE SOUZA (...)
Advogada Dra. Carla Silva Aurani Bellinetti(OAB:
154470-A/SP)
A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente a tomadora
Agravado EMPASERV - EMPRESA
PAULISTANA DE SERVIÇOS LTDA. de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in
vigilando, aos seguintes fundamentos:
Intimado(s)/Citado(s):
(...)
- DENISE RODRIGUES DE SOUZA
Na situação em apreço, a culpa in eligendo resta afastada porque o
- EMPASERV - EMPRESA PAULISTANA DE SERVIÇOS LTDA.
segundo reclamado contratou a empresa Empaserv - Empresa
- ESTADO DE SÃO PAULO
Paulistana De Serviços Ltda. de acordo com o procedimento
licitatório estabelecido na Lei n.º 8.666/1993, conforme contrato de
Por meio da Petição nº 224951/2018-9, seq. 19, é encaminhado
prestação de serviços de ID 29ed6f0, apresentado pela segunda
despacho da Vice-Presidência Judicial do TRT da 15ª Região
reclamada juntamente com a contestação.
informando que "a reclamante requer expedição de alvará de
Observa-se, in casu, que, a despeito da regular contratação da
levantamento dos valores depositados, sob o fundamento de que a
primeira reclamada, decorrente de processo licitatório, que afasta a
matéria levada ao conhecimento das Instâncias Superiores, pela 2ª
possibilidade de imputação de eventual culpa in eligendo, a ora
Reclamada FPESP/TJ-SP, não influencia ao direito do Reclamante
recorrente não comprovou a realização de qualquer ato
em receber os valores já depositados, pois o montante satisfaz a
fiscalizatório, não trazendo qualquer documento aos autos aptos a
condenação e foram debitados da 1ª Reclamada EMPASERV -
sustentarem eventual - e efetiva - fiscalização do cumprimento, por
Empresa Paulistana de Serviços, que é Revel no processo".
parte da primeira ré (prestadora), das obrigações trabalhistas,
Tendo por norte que o pleito deduzido pela reclamante integra o
sendo, em verdade, desrespeitados diversos direitos trabalhistas da
âmbito de apuração do sentido e alcance do título exequendo, o
reclamante, pois, não foram quitados os salários dos meses de
qual incumbe ao Juízo de Vara de origem, em atividade cognitiva
abril, maio e junho de 2014.
complementar própria da execução, não há nada a deferir, no
Evidencia-se a culpa in vigilando da reclamado, pois faltou com o
particular, nesta Vice-Presidência.
dever que lhe cabia.
Feito esse registro, passo ao exame da admissibilidade do recurso
Ainda que afirme que cumpriu sua obrigação fiscalizatória, se
extraordinário.
alguma fiscalização houve, não foi suficiente para resguardar os
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
encargos trabalhistas em questão, na medida que cabia ao
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
contratante - no momento da confecção do edital de contratação (e
agravo de instrumento.
mesmo na execução do contrato) - velar pelo disposto no artigo 55
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
da Lei 8.666/1993, exigindo, dentre outras, garantias contratuais
violação aos dispositivos da Constituição da República que
robustas que atestassem que o patrimônio da empresa e até
especifica nas razões recursais.
mesmo dos sócios, poderia suportar eventuais direitos trabalhistas
É o relatório.
que pudessem ser lesados. Ressalte-se, por oportuno, que a
Decido.
eficiência é um dos princípios basilares da administração pública
Consta do acórdão recorrido:
consagrado no "caput" do artigo 37 da Constituição Federal.
Diante desse panorama, resta patente a configuração da culpa in público, com apoio técnico de órgão de controle externo, caso em
vigilando, ante a inexistência de fiscalização concreta sobre a que gozará de presunção juris tantum de razoabilidade. 4 -
execução integral do contrato, em total afronta ao disposto nos Constatada, pelo Poder Público, a ocorrência de inadimplemento
artigos 58 e 67 da Lei de Licitações. trabalhista pela contratada, as seguintes providências devem ser
Desse modo, não pode o recorrente pretender a isenção prevista no tomadas: (i) notificar a empresa contratada, assinando-lhe prazo
artigo 71 da Lei n.º 8.666/1993 se ele próprio não produziu provas para sanar a irregularidade; (ii) em caso de não atendimento,
de que tenha efetivamente fiscalizado o cumprimento das ingressar com ação judicial para promover o depósito, a liquidação
obrigações contratuais por parte da primeira ré. Todavia, a Súmula do valor e o pagamento em juízo das importâncias devidas,
n.º 331, V, do C. TST, não prevê a responsabilidade solidária da abatendo tais importâncias do valor devido à contratada. 5 - Não é
Administração Pública, incidindo, na hipótese, o disposto no item IV válida a responsabilização subsidiária da Administração Pública: (i)
da Súmula n.º 331 do C. TST, devendo, por esta razão, responder com afirmação genérica de culpa in vigilando, sem indicar, com rigor
subsidiariamente pelo inadimplemento das verbas deferidas, sendo- e precisão, os fatos e as circunstâncias que configuram a sua culpa
lhe facultado exercer, no foro apropriado, o direito de regresso. (fl. in vigilando ou (ii) se for comprovada, pela Administração, a
234) realização de fiscalização por amostragem e a adoção das medidas
mitigadoras antes indicadas. (RE 760931, fls. 182/183 do acórdão)
Esse entendimento não implica afronta ao art. 97 da Constituição da
República ou à Súmula Vinculante nº 10 do E. STF, nem Concluiu-se no julgamento do caso concreto, que não estava
desrespeito à decisão proferida na ADC nº 16, pois não se trata de demonstrada a culpa da Administração Pública, por omissão de
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº fiscalização, a autorizar sua responsabilização.
8.666/93, mas da definição concreta do alcance das normas nela A situação foi assim resumida pelo Exmo. Ministro Alexandre de
inscritas, de acordo com os próprios balizamentos estabelecidos Moraes:
pela Suprema Corte em controle abstrato de constitucionalidade.
Cito julgados desta C. Turma que acolhem o entendimento exposto: Os densos votos até aqui proferidos, embora com algumas
(...) variações de fundamentação, buscaram solucionar o dissídio pelo
Compete ao ente público o ônus da prova, na medida em que a acréscimo de duas coordenadas de decisão, ambas excludentes
obrigação de fiscalizar a execução do contrato decorre da lei (arts. entre si. A primeira, balizada pelo exauriente voto da Ministra ROSA
58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93) e não se pode exigir do trabalhador WEBER, com os complementos do Ministro ROBERTO BARROSO,
a prova de fato negativo ou que apresente documentos aos quais postula que o ônus de comprovar a fiscalização dos contratos recaia
não tenha acesso, em atenção ao princípio da aptidão para a prova. sobre a Administração Pública, podendo o seu cumprimento
Nesse sentido: adequado ser demonstrado inclusive por aplicação de metodologias
(...) de amostragem. Linha interpretativa antagônica, defendida por igual
O E. STF, ao julgar o Tema nº 246 de Repercussão Geral - número de Ministros, rejeita a possibilidade de que a Administração
responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos Pública venha a responder por verbas trabalhistas de terceiros a
trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora partir de qualquer tipo de presunção, somente admitindo que isso
de serviço, RE 760931 -, não fixou tese específica sobre a ocorra caso a condenação esteja inequivocamente lastreada em
distribuição do ônus da prova pertinente à fiscalização do elementos concretos de prova da falha na fiscalização do contrato.
cumprimento das obrigações trabalhistas. O meu convencimento se associa à última corrente, somando-se
Os Exmos. Ministros vencidos no julgamento do caso concreto àqueles que concluem pelo provimento do recurso da União. (RE
aderiram integralmente ao voto da Exma. Ministra Rosa Weber, 760931, fl. 320 do acórdão)
Relatora, que invocou o princípio da aptidão para a prova
(positivado nos arts. 7º c/c 373, § 1º, do CPC de 2015) e o Os votos que referiram o tema do ônus da prova foram os da Exma.
poder/dever de fiscalização do cumprimento das obrigações Ministra Cármen Lúcia e os do Exmo. Ministro Alexandre de
trabalhistas (previsto no art. 67 da própria Lei nº 8.666/93, renovado Moraes:
e detalhado na Instrução Normativa nº 2/2008 do MPOG) como
fundamentos para atribuir o ônus à Administração Pública. A Senhora Ministra Cármen Lúcia (Vogal): (...) A alegada ausência
O Exmo. Ministro Roberto Barroso sugeriu a adoção de teses de de comprovação, em juízo, pela União, da efetiva fiscalização do
repercussão geral que evidenciassem o ônus da prova da contrato administrativo não substitui a necessidade de "prova
Administração Pública e a forma de demonstração do cumprimento taxativa no nexo de causalidade entre a conduta da Administração e
de sua obrigação de fiscalizar, nestes termos: o dano sofrido pelo trabalhador". Foi o que afirmei no julgamento da
Reclamação 15342. (RE 760931, fl. 314 do acórdão)
1 - Em caso de terceirização, a Administração Pública responde
subsidiariamente pelo inadimplemento de obrigações trabalhistas da O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: (...) A meu ver,
empresa contratada, no que respeita aos profissionais que tenham portanto, a consolidação da responsabilidade do Estado por débitos
atuado em seu benefício, se restar comprovada falha do Poder trabalhistas de terceiros, alavancada pela premissa da inversão do
Público em seu dever de fiscalizá-la (culpa in vigilando) ou em ônus da prova em favor do trabalhador, representa claro risco de
adotar as medidas cabíveis em relação ao inadimplemento. desestímulo à colaboração da iniciativa privada com a
Precedente: ADC 16, rel. Min. Cezar Peluso. 2 - Compete à Administração Pública, estratégia essencial para que o Estado
Administração comprovar que houve adequada fiscalização. 3 - O brasileiro consiga se modernizar. (RE 760931, fl. 320 do acórdão)
dever de fiscalização da Administração acerca do cumprimento de
obrigações trabalhistas pelas empresas contratadas constitui O entendimento do Exmo. Ministro Gilmar Mendes, a princípio,
obrigação de meio, e não de resultado, e pode ser realizado através convergia para o da Exma. Ministra Rosa Weber e do Exmo.
de fiscalização por amostragem, estruturada pelo próprio ente Ministro Roberto Barroso, afirmando ser "fundamental que se tenha
presente que estamos falando, de fato, de responsabilidade termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93" (destaque acrescido).
subjetiva com a inversão do ônus da prova, quer dizer, cabe ao O quórum referido aplicou-se apenas ao julgamento do caso
poder público contratante fazer a prova de que fez a fiscalização" concreto, em que foi provido o Recurso Extraordinário da União, por
(RE 760931, fl. 217 do acórdão). se entender que, naquela hipótese, não fora demonstrada a culpa
Após, reformulou seu voto, nestes termos: "Eu temo - e já havia dito na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas.
isto - que um julgamento nosso que não traduza uma decisão que Na fixação da tese de repercussão geral, ficou vencido apenas o
reforce e sinalize que não nos estamos afastando do decisum da Exmo. Ministro Marco Aurélio, parcialmente, por discordar da
ADC 16 venha a propiciar aquilo que vimos com a edição do inserção do advérbio "automaticamente", que, segundo seu
segundo enunciado, que notoriamente destinou-se a contornar entendimento, poderia gerar a mesma dúvida decorrente do
nosso entendimento. De modo que vou pedir todas as vênias à julgamento da ADC 16, sobre o que seria a "responsabilização
ministra Rosa, já o havia feito antes, para rever meu voto e somar automática", como se daria a demonstração de culpa etc.
ao dos ministros Fux, Marco Aurélio e ao de Vossa Excelência" (RE A maioria dos Exmos. Ministros concordou com a inserção da
760931, fl. 256 do acórdão). palavra "automaticamente", por considerar possível a
O Exmo. Ministro Dias Toffoli, que vinha alinhado à divergência do responsabilização da Administração, se demonstrada a culpa,
Exmo. Ministro Luiz Fux, ponderou, ao final do julgamento, que o embora não tenha explicitado de que forma se daria essa
ônus da prova seria da Administração. O Exmo. Ministro Luiz Fux, demonstração, nem de quem seria o ônus da prova.
sugeriu, então, que a Administração alegasse em defesa a correta Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
fiscalização e apresentasse os boletins correspondentes: nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades
indicadas. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: (...) penso que nós temos Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada
os obiter dicta, porque vários de nós, sejam os vencidos, sejam os foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC
vencedores, quanto à parte dispositiva, em muito da e 5º, LXXVIII, da Constituição da República.
fundamentação, colocaram-se de acordo. E uma das questões Nego provimento ao Agravo.
relevantes é: a quem cabe o ônus da prova? Cabe ao reclamante O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
provar que a Administração falhou, ou à Administração provar que Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
ela diligenciou na fiscalização do contrato? (...) Eu mesmo inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
acompanhei o Ministro Redator para o acórdão - agora Relator para repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
o acórdão -, o Ministro Luiz Fux, divergindo da Ministra Relatora Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
original, Ministra Rosa Weber, mas entendendo que é muito difícil mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
ao reclamante fazer a prova de que a fiscalização do agente público encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
não se operou, e que essa prova é uma prova da qual cabe à automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Administração Pública se desincumbir caso ela seja colocada no pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
polo passivo da reclamação trabalhista, porque, muitas vezes, esse termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
dado, o reclamante não tem. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Mas veja o seguinte, Ministro cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Toffoli, só uma breve observação. Suponhamos que o reclamante pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
promova uma demanda alegando isso. Então, ele tem que provar o autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
fato constitutivo do seu direito: deixei de receber, porque a autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Administração largou o contratado para lá, e eu fiquei sem receber. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Na defesa, caberá... Porque propor a ação é inerente ao acesso à retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Justiça. O fato constitutivo, é preciso comprovar na propositura da Intime-se.
ação. E cabe ao réu comprovar fatos impeditivos, extintivos ou Publique-se.
modificativos do direito do autor. Então, a Administração vai ter que Brasília, 17 de fevereiro de 2020.
chegar e dizer: "Claro, olha aqui, eu fiscalizei e tenho esses
boletins". E tudo isso vai se passar lá embaixo, porque aqui nós não
vamos mais examinar provas. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Concordo, mas é RENATO DE LACERDA PAIVA
importante esta sinalização, seja no obiter dictum que agora faço, Ministro Vice-Presidente do TST
seja nos obiter dicta ou na fundamentação do voto que já fizera
anteriormente, e que fez agora o Ministro Luís Roberto Barroso , Processo Nº RR-0100130-02.2016.5.01.0481
assim como a Ministra Rosa Weber: a Administração Pública, ao ser Complemento Processo Eletrônico
acionada, tem que trazer aos autos elementos de que diligenciou no Relator Min. Alexandre de Souza Agra
Belmonte
acompanhamento do contrato. (RE 760931, fls. 349/350 do
Recorrente FUNDAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS
acórdão) E EDUCAÇÃO SUPERIOR A
DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
Ao firmarem a tese de repercussão geral, não indicaram exceções
Procuradora Dra. Maria Beatriz Freitas de Oliveira
que possibilitariam a responsabilização da Administração Pública
Recorrido WLLY KARLA FIGUEIREDO CELSO
(especialmente a demonstração de culpa).
Advogada Dra. Lyad Cleveland Martins de Barros
A tese foi assim fixada: "O inadimplemento dos encargos Proença(OAB: 183094/RJ)
trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Recorrido PRO-NORTE SOLUÇÕES EM
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade SERVIÇOS EIRELI
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Advogado Dr. Francisco Aristeu Melo Alves(OAB: Ao julgar a ADC 16, o STF decidiu que o art. 71, § 1º, da Lei nº
122000/RJ)
8.666/93 é constitucional, mas que isso não impede a
Intimado(s)/Citado(s): responsabilidade subsidiária da Administração Pública, desde que
constatado que o ente público agiu com culpa in vigilando.
- FUNDAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO
SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Acompanhando o entendimento do Supremo Tribunal Federal, o
- PRO-NORTE SOLUÇÕES EM SERVIÇOS EIRELI Tribunal Superior do Trabalho alterou a redação da Súmula nº 331,
- WLLY KARLA FIGUEIREDO CELSO incluindo o item V, que estabelece:
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
revista para afastar a responsabilidade subsidiáriada entidade I a IV -Omissis
pública. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do
violação aos dispositivos da Constituição da República que item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento
especifica nas razões recursais. das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
É o relatório. fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
Decido. prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Consta do acórdão recorrido: responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
(...) obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
2 - MÉRITO contratada.
(...)
Por meio das razões recursais, o ente público pretende se ver Conforme se observa da transcrição do acórdão regional, não é
exonerado da responsabilidade subsidiária com fundamento na possível extrair do acórdão daquela decisão a configuração da
ausência de comprovação de conduta culposa na fiscalização do ausência ou falha na fiscalização peloente públicoem relação às
contrato de prestação de serviços. Alega que a isenção de sua obrigações contratuais firmadas pela prestadora de serviços para
responsabilidade encontra justificativa simples e objetiva no fato de com o autor, pressuposto que o Supremo Tribunal Federal entende
ter a Administração observado regularmente as suas obrigações necessário a fim de configurar a "culpa in vigilando", justificadora da
contratuais, não havendo prova de que sua conduta resultou no condenação subsidiária.
inadimplemento do encargo, hipótese fundamental para a Registre-se ainda, por oportuno, a recente decisão do STF no RE nº
manutenção da responsabilidade. Denuncia violação dos art. 71, § 760.931, com repercussão geral, que atribuiu o ônus da prova da
1º, da Lei 8.666/93, contrariedade à Súmula nº 331 do TST e ausência de fiscalização ao trabalhador.
divergência jurisprudencial. Assim, uma vez que a condenação subsidiária da entidade pública
Vejamos. não está amparada na prova efetivamente produzida nos autos, de
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADC nº 16/DF, decidiu que que incorreu em culpain vigilando, ante a ausência de fiscalização
a responsabilização subsidiária da Administração Pública está dos direitos trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de
vinculada à demonstração de ausência/falha na fiscalização por serviços,mas sim em mera presunção, pela atribuição do ônus da
parte desta, em relação ao cumprimento das obrigações contratuais prova aoente público, inviável a condenação subsidiária da
da prestadora de serviços para com o empregado. tomadora de serviços, pois em desacordo com o atual entendimento
Com efeito, fundada a condenação subsidiária da administração do Supremo Tribunal Federal.
pública na presunção de culpa, DOU PROVIMENTO ao agravo de Portanto, considera-se que em nenhum momento a Corte Regional
instrumento para determinar a conversão prevista nos §§ 5º e 7º do explicitouconcretamentea ausência/falha na fiscalização peloente
artigo 897 da CLT. público.
Dessa forma, diante da impossibilidade de se aferir a ausência/falha
II - RECURSO DE REVISTA na fiscalização da administração pública, a fim de configurar a culpa
in vigilando,CONHEÇOdo recurso de revista, por violação do art.
(...) 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade deixa-se de analisar a transcendência do apelo denegado, nos
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 246 do RITST.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". Quanto à reponsabilidade subsidiária da entidade pública, o
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Regional registrou que:
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada "Não é discutida, no caso, a licitude, ou não, da contratação da
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos empresa terceirizada pela Administração Pública,
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes independentemente de tratar-se de contrato de gestão, de convênio
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do ou simplesmente de prestação de serviços cabendo, apenas e tão
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de somente, apurar se o contrato é fiscalizado de forma plena, eficiente
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. e suficiente, em consonância com os artigos 58, incisos II, III e V, 67
Intime-se. e 78, incisos I e II da Lei nº 8.666/93 e 19-A, incisos I e V, da
Publique-se. Instrução Normativa do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Gestão - MPOG nº 3/2009 quanto ao cumprimento, pela empresa
contratada, das obrigações trabalhistas, contratuais e rescisórias,
em relação aos empregados ativados na execução do serviço e se
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) está configurada, ou não, a culpa in vigilando do tomador de
RENATO DE LACERDA PAIVA serviços, cujo o ônus da prova é da Administração Pública, que
Ministro Vice-Presidente do TST contrata com terceiros a prestação de serviços nas mais diversas
áreas.
Processo Nº Ag-AIRR-0100540-95.2016.5.01.0049 [...]
Complemento Processo Eletrônico O 2º Réu, ao negar o dever legal de fiscalizar o contrato, no tocante
Relator Min. Ives Gandra Martins Filho ao cumprimento, pela contratada, das obrigações trabalhistas,
Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO contratuais e rescisórias, em relação aos prestadores de serviços,
Procuradora Dra. Deborah Pereira Pinto dos Santos contribui, após o exame de todo o conjunto fático probatório, para a
Agravado PRISCILA DA SILVA convicção da inequívoca culpa in vigilando do tomador de serviços"
Advogado Dr. Luiz Guilherme Alves de (págs. 203-207, grifamos).
Oliveira(OAB: 140404/RJ)
Como é cediço, o Supremo Tribunal Federal, ao revisitar o tema
Agravado ASSOCIAÇÃO DE PARENTES E
AMIGOS DOS PACIENTES DO específico da responsabilidade subsidiária, após o reconhecimento
COMPLEXO JULIANO MOREIRA - da constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, que exime a
APACOJUM
administração pública nos casos de terceirização de serviços (STF-
Advogado Dr. Armando Luiz Gomes
Fernandes(OAB: 94266/RJ) ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe de 08/09/11), reafirmou o
entendimento anterior, que veda a responsabilização automática da
Intimado(s)/Citado(s): administração pública, só cabendo sua condenação se houver
prova inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na
- ASSOCIAÇÃO DE PARENTES E AMIGOS DOS PACIENTES
DO COMPLEXO JULIANO MOREIRA - APACOJUM fiscalização dos contratos (STF-RE 760931, Red. Min. Luiz Fux,
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO julgado em 30/03/17). Na ocasião, ficou vencida a relatora
- PRISCILA DA SILVA originária, Min. Rosa Weber, que sustentava que caberia à
administração pública comprovar que fiscalizou devidamente o
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo cumprimento do contrato, pois não se poderia exigir dos
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em terceirizados o ônus de provar o descumprimento desse dever legal
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. por parte da administração pública, beneficiada diretamente pela
É o relatório. força de trabalho.
Examino. In casu, o 2º Reclamado, Município do Rio de Janeiro, renova o
Consta do acórdão recorrido: argumento de que não tem nenhuma obrigação de fiscalizar o
(...) cumprimento das obrigações trabalhistas pelo Contratado,
MÉRITO confessando a ausência de fiscalização. Com efeito, no recurso de
revista, a Parte aduz que:
A decisão agravada foi vazada nos seguintes termos, verbis: "É de se frisar que a obrigação do Poder Público de fiscalizar os
"I) RELATÓRIO contratos administrativos celebrados só pode derivar de lei em
Contra o despacho da Presidência do 1º TRT, que denegou sentido formal, pois, de acordo com o Princípio da Legalidade, à
seguimento ao seu recurso de revista (págs. 261-262), o 2º Administração Pública somente é permitido agir conforme a lei, não
Reclamado, Município do Rio de Janeiro, interpõe o presente podendo atuar em sua ausência ou contra a lei.
agravo de instrumento, pedindo o reexame do julgado no tocante à Por força do Princípio da Legalidade, não pode o Judiciário impor à
sua responsabilidade subsidiária (págs. 264-273). Administração uma obrigação decorrente de responsabilidade por
Foram apresentadas contrarrazões ao recurso de revista e fato de terceiro quando inexistente a lei que a preveja
contraminuta ao agravo de instrumento pela Reclamante (págs. 277 expressamente.
-283), tendo o Ministério Público do Trabalho, em parecer da lavra Diversamente do que vem se entendendo nos Tribunais
da Dra. Evany de Oliveira Selva, opinado pelo prosseguimento do Trabalhistas, a Lei n. 8.666/93 NÃO ESTABELECE O DEVER (ou
feito (pág. 348). mesmo a possibilidade) DE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
II) FUNDAMENTAÇÃO FISCALIZAR O CUMPRIMENTO DE TODAS AS OBRIGAÇÕES
Tratando-se de agravo de instrumento em recurso de revista TRABALHISTAS DAS PESSOAS COM QUEM CELEBRA PACTOS
interposto contra acórdão publicado anteriormente à Lei 13.467/17, ADMINISTRATIVOS.
competência legal específica. Com tais afirmativas, o recorrente o cumprimento do objeto do contrato pactuado com a Empresa
confirma a efetiva falta de fiscalização do cumprimento das prestadora de serviços, o recolhimento do FGTS e a retenção da
obrigações trabalhistas pela empresa prestadora de serviços (culpa contribuição social dos empregados terceirizados (pág. 372), o que,
in vigilando), e é cabível o reconhecimento da no seu entender, não incluiria outras obrigações trabalhistas
responsabilidadesubsidiáriado ente público. 5 - Incidência dos devidas pela Contratada, alegação que implicou o reconhecimento
itens IV e V da Súmula nº 331 do TST. 6 - Agravo de instrumento a de que houve confissão municipal quanto à culpa in vigilando, passa
que se nega provimento" (TST-AIRR-233-50.2016.5.11.0019, Rel. -se à análise do presente recurso.
Min. Kátia Arruda, 6ª Turma, DEJT de 24/04/17, grifos nossos). A decisão agravada não merece reforma.
Assim, emerge como obstáculo à revisão pretendida os termos da Com efeito, tal como registrado no despacho impugnado, em que
Súmula 331, V, do TST, que estabelece a responsabilidade pese a profissão de fé do TRT quanto a ser do Reclamado o ônus
subsidiária dos entes integrantes da Administração Pública, caso da prova da fiscalização do cumprimento das obrigações
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações trabalhistas, as alegações tecidas pelo Município do Rio de Janeiro
da Lei 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das na revista, e repisadas no presente agravo, no sentido de que a
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviços como Administração Pública somente tem a obrigação de fiscalizar o
empregadora. recolhimento do FGTS e a retenção da contribuição social, importou
Por outro lado, o reconhecimento da responsabilidade subsidiária a confissão no tocante à ausência de fiscalização em relação às
da Administração Pública não permite ilação de afronta literal ao obrigações objeto da condenação, no particular.
texto constitucional, mas, pelo contrário, compatibiliza-se com a Acrescente-se que a decisão recorrida foi clara ao detalhar que o
autoridade do julgado na ADC 16, sobretudo quando o próprio reconhecimento da responsabilidade subsidiária da Administração
Município Reclamado confessa a eventual ausência de fiscalização. se deu com base na culpa in vigilando municipal, extraída da própria
Ademais, a confissão "constitui uma das modalidades de prova com fala do Município Reclamado, compatibilizando-se com a autoridade
maior efeito de convencimento judicial" (OLIVEIRA, Eugênio do julgado na ADC 16. Afinal, a confissão constitui-se na rainha das
Pacelli.Curso de Processo Penal. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2015, p. provas, porque ninguém melhor do que o acusado pode saber se é,
411), gozando do título de rainha das provas, porque ninguém ou não, efetivamente culpado.
melhor do que o acusado pode saber se é, ou não, efetivamente Assim, conclui-se que o Agravante não trouxe nenhum argumento
culpado. que demovesse os óbices indicados na decisão agravada, razão
Ressalte-se, ainda, que não houve nenhuma declaração de pela qual não merece reparos.
inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, mas apenas a Do exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo, aplicando ao 2º
correta aplicação de acordo com os estritos parâmetros definidos Reclamado, nos termos do art. 1.021, § 4º, do CPC, multa de 2%
pelo Supremo Tribunal na sua jurisprudência, a qual afasta a tese (dois por cento) sobre o valor corrigido da causa, no importe de R$
de irresponsabilidade irrestrita da Administração Pública, hipótese 720,65 (setecentos e vinte reais e sessenta e cinco centavos), em
distinta do caso em análise. Nesse contexto, a decisão recorrida face do caráter manifestamente infundado do apelo, a ser revertida
não viola o art. 97 da CF, tampouco contraria a Súmula Vinculante em prol da Reclamante.
10 do STF. Oportuno ressaltar que foi utilizada a Taxa Referencial (TR) para
Por fim, cumpre registrar que a responsabilização subsidiária da atualização do valor da causa, nos termos do que dispõe o art. 879,
administração pública pelos créditos trabalhistas inadimplidos pelas § 7º, da CLT.
contratadas alcança os contratos de convênio (cfr. AR-13381- O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
07.2010.5.00.0000,Red. Min.Emmanoel Pereira, SBDI,DEJT Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
de05/08/2011; TST-E-RR-66500-47.2008.5.16.0018, Rel. Min. João inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Batista Brito Pereira, SBDI-1, DEJT de 01/07/2013; E-RR-31200- repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
52.2006.5.04.0301, Rel. Min. Augusto César Leite de Carvalho, Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
SBDI-1, DEJT 25/11/2011; TST-RR-130840-46.2007.5.17.0005, mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Rel. Min. Guilherme Augusto Caputo Bastos, 4ª Turma, DEJT de encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
23/11/2018). automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
III) CONCLUSÃO pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Do exposto, com fundamento no art. 932, IV, "a", do CPC, denego termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
seguimento ao agravo de instrumento, com base na Súmula 331, V, Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
do TST" (págs. 349-354, grifos originais). cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
O ora Agravante considera que a sua condenação subsidiária, no pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
presente caso, deu-se de forma objetiva, com base na inversão do autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
ônus da prova, bem como alega que não detinha a obrigação de autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
fiscalizar o adimplemento dos créditos trabalhistas deferidos nos CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
autos, pelo que pretende a reforma da decisão recorrida com base retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
em contrariedade aos termos da Súmula 331, V, do TST e do Intime-se.
entendimento firmado na ADC 16. Também aponta violação dos Publique-se.
arts. 5º, II, 21, XXIV, 37, § 6º, e 102, § 2º, da CF e 818 da CLT. Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Inicialmente, convém destacar que, à luz da Súmula 422, I, do TST,
em nenhum momento o Agravante se insurge diretamente contra a
confissão detectada pela decisão agravada, limitando-se a reiterar o Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
seu inconformismo quanto à matéria de fundo exposta na revista. RENATO DE LACERDA PAIVA
Todavia, considerando que, no presente agravo, o Demandado Ministro Vice-Presidente do TST
renova as alegações de que teria a obrigação de fiscalizar somente
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. vencedor, nos moldes da Lei nº 8.666/93 e do art. 37, XXI, da
CF/88.
Requer o recebimento e provimento do seu recurso de revista, para
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) reconhecer a inexistência de sua responsabilidade subsidiária,
RENATO DE LACERDA PAIVA culpa in eligendo ou culpa in vigilando.
Ministro Vice-Presidente do TST Aponta violação dos arts. 5º, II, 37, II, XXI e § 6º, 97, 173 e 177 da
CF/88, 3º, § 1º e I, e 71, caput e § 1º, da Lei nº 8.666/93 e 1.521 do
Processo Nº ED-AIRR-0001445-56.2016.5.05.0122 CC/2002 e contrariedade à ADC nº 16 do STF, à Súmula nº 331, V,
Complemento Processo Eletrônico do TST e à Súmula Vinculante nº 10 do STF. Traz divergência
Relator Min. Dora Maria da Costa jurisprudencial e arestos para cotejo de teses.
Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - Sem razão.
PETROBRAS
Cabe registrar que a alegação de afronta ao artigo 5º, II, da
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
16538/GO) Constituição Federal não impulsiona o conhecimento do recurso de
Embargado DANIEL BITENCOURT DE ALMEIDA revista, porque esse dispositivo trata de princípio genérico cuja
Advogado Dr. Gilsonei Moura Silva(OAB: 659/BA) violação só se perfaz, quando muito, de forma reflexa ou indireta.
Advogada Dra. Sônia Rodrigues da Silva(OAB: Inteligência da Súmula nº 636 do STF.
685-A/BA) Tampouco se vislumbra ofensa ao artigo 37, II, da Constituição
Embargado MASSA FALIDA de CEMON Federal, porquanto não há falar em reconhecimento de vínculo
SERVIÇOS E CONSTRUÇÕES LTDA.
empregatício com a Administração Pública sem concurso público,
Advogado Dr. Manoel Joaquim Pinto Rodrigues
da Costa(OAB: 11024/BA) mas em responsabilidade subsidiária do ente público tomador de
Advogada Dra. Emilia Roters Ribeiro(OAB: 11008 serviços, nos termos da Súmula nº 331, IV e V, do TST.
-A/BA) A questão referente aos arts. 173 e 177 da CF/88 e 1.521 do
Embargado LINDOSO E ARAÚJO CONSULTORIA CC/2002 sequer foi analisada pelo Regional, tampouco foi instado a
EMPRESARIAL LTDA.
se manifestar por meio de embargos de declaração, o que afasta as
alegações de violação. Assim, a matéria padece do devido
Intimado(s)/Citado(s):
prequestionamento, nos termos da Súmula n° 297 do TST.
- DANIEL BITENCOURT DE ALMEIDA Verifica-se que a responsabilidade subsidiária dos entes públicos
- LINDOSO E ARAÚJO CONSULTORIA EMPRESARIAL LTDA. tomadores de serviços teve por fundamento, principalmente, a
- MASSA FALIDA de CEMON SERVIÇOS E CONSTRUÇÕES responsabilidade civil subjetiva, prevista nos arts. 186 e 927 do
LTDA.
Código Civil. Eis o que preceituam os citados dispositivos legais:
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
que o ente público tomador dos serviços não cumpriu responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE 9/9/11).
adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em
prestadora contratada deixasse de pagar regularmente a seu consonância com a jurisprudência pacificada desta Corte Superior,
empregado as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Por descabe cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição
conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar ou divergência jurisprudencial, uma vez que já foi atingido o fim
a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos dos arts. precípuo do recurso de revista, incidindo, assim, o óbice previsto na
186 e 927 do Código Civil. Súmula 333 do TST e no art. 896, § 7º, da CLT.
Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste Nego provimento.
Tribunal Superior, em revisão de sua jurisprudência, por meio da (...)
Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT 27/5/2011), alterou a
redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº 331, com a 3. LIMITES DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. MULTAS
seguinte redação: DOS ARTIGOS 467 E 477 DA CLT.
Complemento Processo Eletrônico pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
PETROBRAS
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
16538/GO) retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Embargado GILSON DOS SANTOS AZEVEDO Publique-se.
Advogado Dr. Gustavo Pinheiro Ribeiro(OAB: Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
161331/RJ)
Embargado BSM ENGENHARIA S.A. (EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. João Pedro Eyler Póvoa(OAB:
88922-A/RJ) RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST
Intimado(s)/Citado(s):
- BSM ENGENHARIA S.A. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL) Processo Nº Ag-AIRR-0011979-33.2016.5.03.0181
- GILSON DOS SANTOS AZEVEDO Complemento Processo Eletrônico
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS Relator Min. José Roberto Freire Pimenta
Agravante SERVIÇO FEDERAL DE
PROCESSAMENTO DE DADOS -
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo SERPRO
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de Advogado Dr. Osmar Reis Lima Júnior(OAB:
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. 94418/MG)
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Agravado LUCAS BRUNO DA SILVA
violação aos dispositivos da Constituição da República que Advogado Dr. Wagner Coelho de Oliveira(OAB:
88940/MG)
especifica nas razões recursais.
Advogado Dr. Carlos Leandro Eustaquio da
É o relatório. Costa(OAB: 148549/MG)
Decido. Agravado MG-SERVICE TERCEIRIZAÇÃO
Consta na ementa do acórdão recorrido: LTDA. - EPP
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
Intimado(s)/Citado(s):
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO.
CONFIGURAÇÃO. Para que seja autorizada a responsabilidade - LUCAS BRUNO DA SILVA
subsidiária da Administração Pública pelo inadimplemento das - MG-SERVICE TERCEIRIZAÇÃO LTDA. - EPP
obrigações trabalhistas por parte da empresa contratada, conforme - SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS -
SERPRO
o disposto na Lei n.º 8.666/93, deve ser demonstrada, por meio de
prova inequívoca, a sua conduta omissiva no que se refere à
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
fiscalização do cumprimento das obrigações relativas aos encargos
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
trabalhistas. Esse, aliás, foi o entendimento esposado pelo Supremo
recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
Tribunal Federal, quando do julgamento da ADC n.º 16, no qual
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
declarou a constitucionalidade do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93,
violação aos dispositivos da Constituição da República que
asseverando que a constatação da culpa in vigilando gera a
especifica nas razões recursais.
responsabilidade subsidiária da Administração Pública. Esse
É o relatório.
posicionamento foi recentemente confirmado pela Suprema Corte,
Decido.
ao julgar o Tema 246 da Repercussão Geral (RE 760.931/DF).
Consta da ementa do acórdão recorrido:
Consignado pelo Regional que o Ente Público não comprovou a
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
fiscalização quanto ao pagamento do salário de junho/2015 e
REVISTA.
recolhimento dos depósitos do FGTS, não colacionando aos autos
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO.
nenhum documento que demonstre atuação positiva de inibição do
CARACTERIZADA A INEFICIÊNCIA DA FISCALIZAÇÃO DA
inadimplemento por parte da empresa prestadora dos serviços, para
TOMADORA DE SERVIÇOS. DECISÃO MONOCRÁTICA COM
se afastar a responsabilidade subsidiária do Ente Público seria
FUNDAMENTO NO ARTIGO 255, INCISO III, alínea "b", DO
necessário o revolvimento de fatos e provas, medida obstada nesta
REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL SUPERIOR DO
esfera recursal, por força da Súmula n.º 126 do TST. Ressalva de
TRABALHO.
entendimento. Agravo de Instrumento conhecido e não provido.
Não merece provimento o agravo que não desconstitui os
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
fundamentos da decisão monocrática. Verifica-se que a decisão
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
agravada - em que se entendeu pela manutenção da decisão
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
regional, na qual, por sua vez, se concluiu que ficou comprovada a
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
ineficiência da fiscalização realizada pela tomadora de serviços e,
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
em razão disso, lhe imputou a responsabilidade subsidiária em
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
relação às verbas trabalhistas deferidas na demanda - foi proferida
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
em estrita conformidade com a jurisprudência já amplamente
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
consolidada no âmbito desta Corte superior, consubstanciada na
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Súmula nº 331, item V, deste Tribunal. Não há, portanto, que se
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
cogitar na ausência da inequívoca incidência do estabelecido no
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
verbete sumular de nº 333, também, desta Corte e no artigo 896, §
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
7º, da CLT, procedimento adotado na decisão agravada. infirmasse os fundamentos do despacho hostilizado, motivo pelo
Agravo desprovido. qual este merece ser mantido.
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da Agravo desprovido.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Publique-se. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Publique-se. Intime-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Para o STF, é necessária a efetiva presença de culpa in vigilando
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do da entidade estatal ao longo da prestação de serviços (STF, ADC nº
recorrente 16-DF).
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Observados tais parâmetros, é preciso perceber, no caso concreto,
violação aos dispositivos da Constituição da República que se o ente público agiu com culpa para a ocorrência do
especifica nas razões recursais. inadimplemento dos débitos trabalhistas. Essa é a direção
É o relatório. interpretativa apontada pelo STF ao julgar a ADC nº 16-DF. Se não
Decido. resultar claramente evidenciada a ação ou omissão, direta ou
Consta do acórdão recorrido: indireta, na modalidade culposa, do agente público em detrimento
(...) do contrato administrativo para a prestação de serviços
terceirizados, não há como identificar a responsabilidade da
II) MÉRITO Administração Pública em relação às obrigações trabalhistas da
prestadora de serviços, à luz do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993.
TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA. ENTIDADES ESTATAIS. Repita-se: essa é a linha do entendimento atual do Supremo
ENTENDIMENTO FIXADO PELO STF NA ADC Nº 16-DF. SÚMULA Tribunal Federal, em vista do decidido na ADC nº 16-DF.
331, V, DO TST. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Em observância a esse entendimento, o TST alinhou-se à tese de
NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE CONDUTA CULPOSA que a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da
NO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES DA LEI 8.666/93 Administração Pública direta e indireta não decorre de mero
EXPLICITADA NO ACÓRDÃO REGIONAL. inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
O agravo de instrumento interposto teve o seguimento denegado, empresa regularmente contratada, mas apenas quando explicitada
nos seguintes termos: no acórdão regional a sua conduta culposa no cumprimento das
(...) obrigações da Lei 8.666, de 21.6.1993, especialmente na
O primeiro juízo de admissibilidade do recurso de revista, ao exame fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
do tema "terceirização trabalhista - responsabilidade subsidiária - prestadora de serviço como empregadora (artigos 58 e 67, Lei
ente público", denegou-lhe seguimento. Inconformada, a segunda 8.666/93) - novo item V da Súmula 331 do TST.
Reclamada interpõe o presente agravo de instrumento, sustentando Nesse quadro, a mera culpa in eligendo não autoriza, por si só,
que o seu apelo reunia condições de admissibilidade. Dispensada a deduzir a responsabilidade do Poder Público pelos débitos
remessa dos autos ao MPT, nos termos do art. 95, § 2º, do RITST. inadimplidos pela empregadora, segundo o STF. A propósito,
PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À segundo a Corte Máxima, tendo sido seguido o procedimento
LEI 13.467/2017. licitatório, nem sequer se pode falar em culpa in eligendo.
(...) Também não há que se falar, em tais casos de terceirização, em
A Parte, em suas razões recursais, pugna pela reforma do acórdão responsabilidade objetiva, a teor da jurisprudência advinda da Corte
regional. Máxima.
Sem razão. Porém, naturalmente, se houver clara, inquestionável culpa da
A proteção da sociedade, incluída a defesa do trabalhador, e a entidade estatal tomadora de serviços quanto à fiscalização da
presunção de legalidade de que se revestem os atos administrativos conduta da empresa terceirizante relativamente ao cumprimento de
- que são, inclusive, em regra, aspectos elementares na atuação da suas obrigações trabalhistas, incidirá a responsabilidade subsidiária,
Administração Pública, como guardiã do cumprimento de direitos por força de outros preceitos legais, além do art. 71, caput e § 1º, da
garantidos pelo Texto Constitucional - exigem rigor ao se interpretar Lei de Licitações. Havendo manifesta ou demonstrada culpa in
e adequar a hipótese de incidência à previsão legislativa e vigilando, incidem preceitos responsabilizatórios concorrentes, tais
jurisprudencial no caso de se reconhecer, ou não, a como os artigos 58, III, 67, "caput" e § 1º, da Lei 8.666/93; e os
responsabilidade subsidiária da entidade estatal por eventuais artigos 186 e 927 do Código Civil.
débitos trabalhistas inadimplidos pela empresa prestadora dos E o STF, ao julgar, com repercussão geral reconhecida, o RE nº
serviços. 760.931, confirmou a tese já explicitada na anterior ADC nº 16-DF,
Essa proteção constitui-se de um conjunto de direitos e deveres no sentido de que a responsabilidade da Administração Pública não
laborais de larga envergadura, que têm implicações sociais, pode ser automática, cabendo a sua condenação apenas se houver
políticas e econômicas, a exemplo dos princípios constitucionais prova inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na
fundamentais listados na Constituição da República de 1988, como fiscalização dos contratos, bem como atribuiu o ônus de provar o
no art. 1º (dignidade da pessoa humana, valor social do trabalho e descumprimento desse dever legal ao trabalhador.
da livre iniciativa), bem como os direitos fundamentais que se No caso concreto, o TRT manteve a condenação subsidiária, por
consolidam por meio de princípios ligados aos direitos sociais (arts. delinear a culpa in vigilando da entidade estatal, nos termos do item
6º e 7º), à ordem econômica (art. 170), à seguridade social (art. V da Súmula 331 do TST.
194), à saúde (art. 196), à assistência social (art. 203), à cultura (art. Ainda que a Instância Ordinária eventualmente mencione
215), entre outros dispositivos constitucionais. fundamentos não acolhidos pela decisão do STF na ADC nº 16-DF
O Supremo Tribunal Federal, ao decidir a ADC nº 16-DF, reverteu a e no RE nº 760.931, bem como pela maioria da Terceira Turma
interpretação sedimentada há duas décadas na jurisprudência (que, a partir das decisões proferidas pela Corte Máxima, quanto ao
trabalhista no sentido de que as entidades estatais - a exemplo das ônus da prova, entende que é do empregado o encargo de
demais pessoas físicas e jurídicas - eram firmemente responsáveis comprovar a conduta omissiva ou comissiva na fiscalização dos
por verbas contratuais e legais trabalhistas dos trabalhadores contratos; fica ressalvado o entendimento deste Relator, que
terceirizados na área estatal, caso houvesse inadimplemento por aplicaria, ao invés, a teoria da inversão do ônus probatório prevista
parte do empregador terceirizante (Súmula 331, antigo item IV, nos preceitos da legislação processual civil e da lei de proteção ao
TST). consumidor, prevista no art. 6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que,
no caso concreto, afirmou expressamente que houve culpa in omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos, bem como
vigilando da entidade estatal quanto ao cumprimento das atribuiu o ônus de provar o descumprimento desse dever legal ao
obrigações trabalhistas pela empresa prestadora de serviços trabalhador.
terceirizados. No caso concreto, o TRT manteve a responsabilidade subsidiária da
A configuração da culpa in vigilando, caso afirmada pela Instância entidade estatal, delineando a sua culpa in vigilando, nos termos do
Ordinária (como ocorreu nos presentes autos), reitere-se, autoriza a item V da Súmula 331 do TST.
incidência da responsabilidade subsidiária da entidade tomadora de Conforme já mencionado, ainda que a Instância Ordinária
serviços (arts. 58 e 67 da Lei 8.666/93; e 186 e 927 do Código eventualmente mencione fundamentos não acolhidos pela decisão
Civil). do STF na ADC nº 16-DF e no RE nº 760.931, bem como pela
A decisão regional se encontra, portanto, em consonância com o maioria da Terceira Turma (que, a partir das decisões proferidas
fundamento acolhido pelo STF no julgamento da ADC da entidade pela Corte Máxima, quanto ao ônus da prova, entende que é do
pública: a demonstração de omissão no dever de fiscalizar. empregado o encargo de comprovar a conduta omissiva ou
Inclusive, em diversas oportunidades em que o tema foi levado a comissiva na fiscalização dos contratos; fica ressalvado o
debate naquela Corte, posteriormente ao julgamento da citada ação entendimento deste Relator, que aplicaria, ao invés, a teoria da
declaratória de constitucionalidade, a compreensão que se extraiu inversão do ônus probatório prevista nos preceitos da legislação
da matéria foi no sentido de que, se demonstrada a ocorrência de processual civil e da lei de proteção ao consumidor, prevista no art.
conduta culposa na fiscalização da execução dos contratos 6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que, manifestamente, afirmou o
celebrados, a Administração Pública se sujeitará ao reconhecimento TRT que houve culpa in vigilando da entidade estatal quanto ao
de sua responsabilidade subsidiária pela Justiça do Trabalho. cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora
Confiram-se, a propósito, as seguintes decisões: Rcl 13941 MC / de serviços terceirizados.
MG, Relator Ministros Cezar Peluso, DJE 31/08/2012; Rcl 13272 A configuração da culpa in vigilando, caso afirmada pela Instância
MC/ MG, Relatora Ministra Rosa Weber, DJE 03/09/2012; Rcl Ordinária (como ocorreu nos presentes autos), autoriza a incidência
14672 MC / SP, Relator Ministro Luiz Fux, DJE 17/10/2012; Rcl da responsabilidade subsidiária da entidade tomadora de serviços
14683 MC / SP, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJE 23/10/2012; (arts. 58 e 67 da Lei 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil).
Rcl 14801 MC / SP, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, DJE De outra face, decidida a matéria com base no conjunto probatório
05/11/2012. produzido nos autos, o processamento do recurso de revista fica
Frise-se que não se afasta, em nenhum momento, a aplicação do obstado, por depender do reexame de fatos e provas (Súmula 126
art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, mas apenas interpreta-se o dispositivo do TST).
legal à luz da jurisprudência sumulada desta Corte. Esse Tratando-se, portanto, de decisão proferida em estrita observância
entendimento não contraria o disposto na Súmula Vinculante nº 10 às normas processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e
do STF, tampouco viola o art. 97 da CF. 932, IV, "a", do CPC/2015), é insuscetível de reforma ou
Assim, a decisão se apresenta em conformidade com a reconsideração.
jurisprudência consolidada do TST, o que torna inviável o exame Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo.
das indicadas violações de dispositivo legal e/ou constitucional, bem
como superada a eventual divergência jurisprudencial (Súmula 333 O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
do TST e art. 896, § 7º, da CLT). Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
De outra face, decidida a matéria com base no conjunto probatório inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
produzido nos autos, o processamento do recurso de revista fica repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
obstado, por depender do reexame de fatos e provas (Súmula 126 Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
do TST). mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Ressalte-se, por fim, que as vias recursais extraordinárias para os encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
tribunais superiores (STF, STJ, TST) não traduzem terceiro grau de automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
jurisdição; existem para assegurar a imperatividade da ordem pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
jurídica constitucional e federal, visando à uniformização termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
jurisprudencial na Federação. Por isso seu acesso é notoriamente Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
restrito, não permitindo cognição ampla. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Pelo exposto, com arrimo no art. 932, III e IV, do CPC/2015 (art. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
557, caput, do CPC/1973), NEGO PROVIMENTO ao agravo de autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
instrumento. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Nas razões do agravo, a Agravante pugna pelo provimento do retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
agravo de instrumento. Publique-se.
Sem razão, contudo. Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Do cotejo da decisão agravada com as razões do agravo, verifica-se
que a Parte não logra êxito em desconstituir os fundamentos da
decisão monocrática que negou provimento ao seu agravo de Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
instrumento. RENATO DE LACERDA PAIVA
Como salientado na decisão agravada, o STF, ao julgar com Ministro Vice-Presidente do TST
repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou a tese já explicitada
na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a responsabilidade da Processo Nº AIRR-0011332-47.2013.5.01.0036
Administração Pública não pode ser automática, cabendo a sua Complemento Processo Eletrônico
condenação apenas se houver prova inequívoca de sua conduta
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Procurador Dr. André Rodrigues Cyrino autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Agravado CATIA SOARES OLIVEIRA autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Advogado Dr. Antônio Vanderler de Lima(OAB: CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
35211/RJ)
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Agravado SCMM SERVIÇOS DE LIMPEZA E
CONSERVAÇÃO LTDA. Publique-se.
Advogado Dr. Danielle Oliveira Soares(OAB: Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
152974-A/RJ)
Intimado(s)/Citado(s):
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- CATIA SOARES OLIVEIRA RENATO DE LACERDA PAIVA
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO Ministro Vice-Presidente do TST
- SCMM SERVIÇOS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA.
Processo Nº RR-0021181-60.2015.5.04.0013
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Complemento Processo Eletrônico
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de Relator Min. Dora Maria da Costa
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. Recorrente ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Procurador Dr. Luiz Alberto Corrêa de Borba
violação aos dispositivos da Constituição da República que Procuradora Dra. Luciana Garcia Vegini
especifica nas razões recursais. Recorrente GISELLE PACHECO MARSHALL
É o relatório. Advogada Dra. Amanda Salvini Dallagnol(OAB:
Decido. 91063/RS)
Consta do acórdão recorrido: Recorrido CONSOLIDAÇÃO SERVIÇOS
ADMINISTRATIVOS LTDA. - ME
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
Advogado Dr. Guilherme Henrique Almada
INTERPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.015/2014. Lermen(OAB: 65906/RS)
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. PODER PÚBLICO. A
comprovação da culpa in vigilando constitui elemento essencial para Intimado(s)/Citado(s):
que seja reconhecida a responsabilidade subsidiária da - CONSOLIDAÇÃO SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS LTDA. - ME
Administração Pública quanto às obrigações trabalhistas - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
inadimplidas pela empresa contratada (Lei n.º 8.666/93), conclusão - GISELLE PACHECO MARSHALL
essa que se extrai do entendimento esposado pelo Supremo
Tribunal Federal no julgamento da ADC n.º 16/2010, ao declarar a Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
constitucionalidade do artigo 71, § 1.º, da Lei 8.666/93. Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de
Recentemente, esse posicionamento foi referendado por aquela revista do Estado do Rio Grande do Sul.
Suprema Corte ao julgar o Tema 246 da Repercussão Geral (RE A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
760.931/DF - DJE de 12/9/2017). No caso dos autos, fixada pelo violação aos dispositivos da Constituição da República que
Regional a tese jurídica de que a responsabilidade da especifica nas razões recursais.
Administração Pública se pautou na culpa e na análise dos É o relatório.
elementos fáticos apresentados nos autos, o reexame da Decido.
controvérsia, e, por conseguinte, a possível não responsabilização Consta do acórdão recorrido:
da segunda reclamada, encontra óbice na Súmula n.º 126 do TST.
Quanto à discussão condenação subsidiária da Administração (...)
Pública ao pagamento das verbas relacionadas ao FGTS e as TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE
oriundas da rescisão contratual, a decisão regional está em sintonia INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN
com o item VI da Súmula nº 331 do TST. Aplicação da Súmula nº VIGILANDO. NÃO CONFIGURAÇÃO. PRESUNÇÃO DE
333 do TST. Agravo de Instrumento conhecido e não provido. AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO PELO MERO INADIMPLEMENTO
JUROS DE MORA. ART. 1º-F DA LEI Nº 9.494/77. Decisão regional DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS.
proferida em consonância com a OJ nº 382 da SBDI-1. Aplicação da (...)
Súmula nº 333 do TST. Agravo de Instrumento conhecido e não Com razão.
provido. A responsabilidade subsidiária do ente público, tomador de
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da serviços, tem por fundamento a responsabilidade civil subjetiva,
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo prevista nos artigos 186 e 927 do Código Civil. Eis o que preceituam
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja os citados dispositivos legais:
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). "Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos exclusivamente moral, comete ato ilícito."
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere "Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade a outrem, fica obrigado a repará-lo."
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Dos dispositivos transcritos extrai-se que a verificação de culpa do
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". agente é um dos requisitos essenciais à atribuição de
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema responsabilidade civil subjetiva. Com efeito, uma das modalidades
de culpa hábil a justificar a responsabilização é a chamada culpa in considerando-se a ausência de quitação dos últimos salários do
vigilando, a qual ocorre quando o agente se omite quanto ao dever contrato e também das rescisórias da autora. Destarte, tem-se que
de vigiar e fiscalizar a ação de terceiros. o segundo reclamado é responsável, de forma subsidiária, por todos
Especificamente no tocante à terceirização de serviços pelos entes os créditos deferidos nesta ação, na forma da Súmula nº 331, inciso
da Administração Pública, os artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 V, do TST, jurisprudência estabilizada que constitui fundamento
assim preceituam: jurídico para decisões judiciais, por sedimentar a interpretação da
"Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído ordem jurídica." (fl. 166).
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a Constata-se, pois, que o reconhecimento da responsabilidade
prerrogativa de: subsidiária do ente público se fundamentou genericamente apenas
[...] na presunção da ocorrência de culpa in vigilando em razão do
III - fiscalizar-lhes a execução." inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
"Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e empresa prestadora dos serviços contratada, sem demonstração
fiscalizada por um representante da Administração especialmente concreta da inobservância, por parte daquele, do dever legal de
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e fiscalizar o contrato de terceirização.
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição." Portanto, foi presumida a conduta culposa do ente público na
Dos citados dispositivos legais emerge expressamente a obrigação fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
dos entes da Administração Pública de acompanhar e fiscalizar a prestadora de serviços como empregadora em razão da mera
execução dos contratos administrativos de prestação de serviços. inadimplência da empresa terceirizada contratada, o que, todavia,
Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste não transfere a responsabilidade dos débitos trabalhistas ao ente
Tribunal Superior do Trabalho, em revisão de sua jurisprudência, público, tomador dos serviços, nos termos da fundamentação
por meio da Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT de 27/5/2011), expendida.
alterou a redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº Por conseguinte, não há como afirmar que ficou configurada a culpa
331, com o seguinte teor: in vigilando, hábil a justificar a atribuição de responsabilidade
"CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE subsidiária, nos termos da Súmula nº 331, V, do TST.
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Nesse contexto, o acórdão regional aparentemente viola o art. 71, §
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. 1º, da Lei nº 8.666/93.
[?] Ante o exposto, em face da possível violação do art. 71, § 1º, da Lei
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do nº 8.666/93, dou provimento ao agravo de instrumento para
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos determinar o processamento do recurso de revista.
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da B) RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO ESTADO DO
relação processual e conste também do título executivo judicial. RIO GRANDE DO SUL.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta I - CONHECIMENTO
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, Atendidos os pressupostos comuns de admissibilidade, examinam-
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das se os específicos do recurso de revista.
obrigações da Lei nº 8.666, de 21.06.1993, especialmente na TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN
prestadora de serviço como empregadora. A aludida VIGILANDO. NÃO CONFIGURAÇÃO. PRESUNÇÃO DE
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO PELO MERO INADIMPLEMENTO
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS.
contratada." Conforme consignado por ocasião da análise do agravo de
Nesse sentido, aliás, decidiu o STF no julgamento da ADC nº 16, instrumento, o recurso de revista tem trânsito garantido pela
ocasião na qual se entendeu que "a mera inadimplência do demonstração de violação do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, razão
contratado não poderia transferir à Administração Pública a pela qual dele conheço.
responsabilidade pelo pagamento dos encargos, mas se II - MÉRITO
reconheceu que isso não significaria que eventual omissão da TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE
Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as obrigações do INTEGRANTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN
contratado, não viesse a gerar essa responsabilidade" (Rel. Min. VIGILANDO. NÃO CONFIGURAÇÃO. PRESUNÇÃO DE
Cezar Peluso, DJE de 9/9/2011). AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO PELO MERO INADIMPLEMENTO
Outrossim, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS.
repercussão geral da questão constitucional, suscitada no Recurso Como consequência lógica do conhecimento do recurso de revista
Extraordinário nº 760.931, referente à responsabilidade dos entes por violação do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, dou-lhe provimento
integrantes da Administração Pública em caso de terceirização, para afastar a responsabilidade subsidiária atribuída ao Estado do
fixando, em 26/4/2017, a seguinte tese: Rio Grande do Sul.
"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
8.666/93." repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Eis a ementa do referido acórdão: Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
(...) mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
No caso, verifica-se que o Tribunal a quo assim concluiu: "As encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
alegações centradas na efetiva fiscalização não impressionam, automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Na minuta do presente agravo, tem-se que a parte agravante não
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". apresenta argumentos capazes de desconstituir os fundamentos da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema decisão agravada, no sentido de que o recurso de revista não
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada comprovou pressuposto intrínseco insculpido no art. 896 da CLT.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Trata-se de hipótese em que a Corte Regional, valorando fatos e
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes provas, firmou convicção de que o órgão público, tomador do
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do serviço, deixou de fiscalizar o cumprimento das obrigações
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de serviços,
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. implicando em culpa por negligência. A controvérsia, portanto, foi
Publique-se. dirimida na instância ordinária ao rés da prova produzida, o que
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. atrai a incidência da Súmula nº 126 do TST, inexistindo terreno
processual fértil ao reconhecimento da alegação de falta de prova
de culpa do órgão público tomador do serviço.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Nesse sentido, releva-se ilustrativo o seguinte trecho do acórdão
RENATO DE LACERDA PAIVA recorrido:
Ministro Vice-Presidente do TST
(...)
Processo Nº ED-Ag-AIRR-0020223-64.2016.5.04.0102 O segundo reclamado deixou de apresentar provas de que
Complemento Processo Eletrônico fiscalizava os contratos de trabalho firmados entre a primeira
Relator Min. Walmir Oliveira da Costa reclamada e seus empregados, de modo a evitar o prejuízo sofrido
Embargante INSTITUTO FEDERAL DE pela reclamante. Não há prova de que o segundo reclamado tenha
EDUCACAO, CIENCIA E
TECNOLOGIA SUL-RIO- sequer averiguado, no âmbito administrativo, as irregularidades
GRANDENSE - RS noticiadas na inicial. Ademais, limita-se a juntar aos autos os
Procurador Dr. Guilherme Mazzoleni contratos de prestação de serviços firmados com a primeira
Procuradora Dra. Renata de Carvalho Accioly Lima reclamada e seus aditivos (id 3cca69a). Soma-se a isso o fato de
Embargado ALMERINDA GONÇALVES OLIVEIRA que não foram pagas à reclamante as parcelas rescisórias a que
Advogada Dra. Marleni Souza Bederode(OAB: fazia jus com a extinção do contrato de trabalho firmado com a
45829/RS)
primeira reclamada.
Embargado TRADIÇÃO PRESTADORA DE
SERVIÇOS LTDA. Assim, não se desincumbindo de seu ônus probatório, tem-se pela
Advogado Dr. Marcos Leandro Moreira existência de culpa in vigilando do ente público.
Trindade(OAB: 76835/RS) (...)
Advogado Dr. Mário Antônio Hubenthal Pellegrini
Filho(OAB: 76108/RS)
Insubsistente, em tal cenário, a indicação de ofensa a dispositivos
de lei federal e da Constituição da República, bem como a suposta
Intimado(s)/Citado(s):
existência de divergência pretoriana, pela simples razão de
- ALMERINDA GONÇALVES OLIVEIRA que o acórdão regional foi proferido nos estritos termos da Súmula
- INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO, CIENCIA E nº 331, V e VI, do TST e nos limites da decisão proferida pelo STF
TECNOLOGIA SUL-RIO-GRANDENSE - RS
na ADC 16/DF.
- TRADIÇÃO PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA.
Nesse sentido, julgado do STF:
que reconhece a responsabilidade do ente público com fulcro no da ausência de prova quanto ao fiel cumprimento do dever de
contexto fático-probatório carreado aos autos não pode ser alterada fiscalização pela Administração Pública não caracteriza afronta à
pelo manejo da reclamação constitucional. Precedentes: Rei 11985- referida decisão.
AgR, Rei. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 15/03/2013. Nesse sentido, destacam-se os recentes precedentes provenientes
5. Agravo interno desprovido. (Rei 24581 AgR, Relator(a): Min. LUIZ de órgão colegiado do Supremo Tribunal Federal, proferidos em
FUX, Primeira Turma, julgado em 18/1112016, PROCESSO sede de reclamação:
ELETRÔNICO DJe-257 DIVULG 01-12-2016 PUBLIC 02-12-2016)
EMENTA AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO.
Anote-se que este Tribunal Superior, diante da declaração de RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO.
constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, no DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
julgamento da ADC 16/DF, pelo Supremo Tribunal Federal, na OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA
sessão do Tribunal Pleno realizada em 24/5/2011, promoveu a PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA
alteração da redação da Súmula n° 331 desta Corte Superior, para ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da
explicitar o alcance da responsabilidade subsidiária de ente ou Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o
entidade da Administração Pública, nos seguintes termos: adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe
incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - observância obrigatória -, não caracteriza afronta à ADC 16. 2.
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. Impossibilidade do pedido de sobrestamento do feito até o
[...] julgamento do RE 760.931-RG (Tema 246). 3. Inviável o uso da
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta reclamação para reexame de conjunto probatório. Precedentes. 4.
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, Agravo interno conhecido e não provido. (Rcl 23435 AgR/PE,
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das Relatora Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 17/11/2017).
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO.
prestadora de serviço como empregadora. A aludida DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA
contratada. ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da
VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o
todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe
da prestação laboral. incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova
acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de
Assim, consagrou-se o entendimento de que a declaração de observância obrigatória-, não caracteriza afronta à ADC 16. 2.
constitucionalidade do art. 71, § 1°, da Lei nº 8.666/93, pelo Inviável o uso da reclamação para reexame de conjunto probatório.
Supremo Tribunal Federal, não é incompatível com a Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. (Rcl
responsabilização subsidiária da Administração Pública, quando 23458 AgR/DF, Relatora Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma,
constatado ter incorrido em culpa in vigilando, por resultar da DJe 03/03/2017).
interpretação sistêmica do dispositivo mencionado, em conjunto
com o art. 67 do mesmo diploma legal, e com as regras da Impende destacar o seguinte excerto da fundamentação dos
responsabilidade civil - da qual a Administração Pública não está referidos precedentes, verbis:
excepcionada - e dos direitos fundamentais expressos na
Constituição da República, consagradores da valorização do [...]
trabalho como o meio mais eficaz de imprimir efetividade ao 4. Limitado a obstaculizar a responsabilização subsidiária
princípio da dignidade da pessoa humana. automática da Administração Pública - como mera decorrência do
Repare que, no exame da temática atinente à responsabilidade inadimplemento da prestadora de serviços-, no julgamento da ADC
subsidiária da Administração Pública por encargos trabalhistas 16, não resultou enfrentada a questão da distribuição do ônus
gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, o probatório, tampouco estabelecidas balizas para a apreciação da
Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso prova ao julgador - hipóteses, portanto, que não viabilizam o uso do
Extraordinário nº 760.931/DF (leading case), DJe 12/09/2017, instituto da reclamação com espeque em alegada afronta à ADC 16,
submetido à sistemática da repercussão geral, fixou a tese de que conforme já decidido em várias reclamações: Rcl 14832/RS, Rel.
"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do Min. Joaquim Barbosa, DJe 19.11.2012 , Rcl 15194/DF, Rel. Min.
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público Teori Zavascki, DJe 18.3.2013, Rcl 15385/MG, Rel. Min. Cármen
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em Lúcia, DJe 15.3.2013.
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 5. Consignada a omissão da Administração pública quanto ao poder
8.666/93". -dever de fiscalizar o adimplemento, pela contratada, das
Na hipótese, depreende-se que a condenação subsidiária não obrigações legais que lhe incumbiam - a caracterizar a culpa in
ocorreu de forma automática, em razão do mero inadimplemento vigilando-, ou a falta de prova acerca do cumprimento dos deveres
contratual da empregadora contratada, mas sim por força do de fiscalização - de observância obrigatória-, não há falar em
descumprimento das obrigações quanto à fiscalização do contrato. afronta à ADC 16.
No tocante à alegada afronta da decisão proferida na ADC/16, em
relação à distribuição do ônus da prova, ressalte-se que o registro Em decorrência da responsabilidade subsidiária pelas verbas
pela parte contrária, revela que a acionante laborou nas TST, que por interpretar a lei não ofende o princípio da legalidade.
dependências do "CIEP BRIZOLÃO 417 JOSÉ DO PATROCÍNIO". Sequer há falar em violação aos dispositivos constitucionais e
Este Relator sempre manifestou o entendimento de que a infraconstitucionais invocados.
jurisprudência consolidada na Súmula nº 331, IV, do colendo A responsabilidade subsidiária reconhecida no caso abarca a
Tribunal Superior do Trabalho, nada mais fez do que aplicar, às totalidade das parcelas pecuniárias devidas pelo empregador
hipóteses de terceirização, onde o beneficiário (tomador) dos (devedor principal), não havendo nenhuma relevância acerca da
serviços integra a Administração Direta ou Indireta, a disposição natureza jurídica de cada parcela componente da condenação para
contida no artigo 37, § 6º, da Constituição da República Federativa efeito de fixação da responsabilidade do devedor subsidiário, que
do Brasil de 1988. funciona apenas como "garante" da relação. Este é o sentido do
A responsabilização subsidiária decorre da teoria das culpas in item VI da Súmula nº 331/TST:
eligendo e in vigilando, porquanto escolhida empresa não idônea (?)
para intermediar o fornecimento de mão de obra, e não unicamente Assim, não merece reparo a sentença neste particular.
da ilicitude, ou não, da contratação considerada em si mesma. A Nego provimento." (fls. 263/267 - g. n.).
ausência de idoneidade da empresa contratada (intermediadora de De plano, afasta-se a alegação de ofensa ao artigo 2° da
mão de obra) decorre do não cumprimento da legislação do Constituição da República, porquanto inovatória.
trabalho, como constatado nos autos. Registre-se que o aresto trazido a cotejo mostra-se imprestável ao
Na ótica deste magistrado, a conduta culposa do ente público é fim colimado, porquanto oriundo do STF, não se enquadrando,
configurada pela má escolha da empresa prestadora de serviços e assim, na alínea "a" do artigo 896 da CLT.
pela ausência de fiscalização do cumprimento das normas Quanto ao mais, restou evidenciada a culpa in vigilando do segundo
trabalhistas pertinentes o que, por si só, já ensejaria a condenação reclamado, ante a falta de demonstração da fiscalização do
subsidiária, em consonância com o disposto no artigo 186 do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
Código Civil. serviços. Logo, o acórdão regional está em consonância com a
Com efeito, no tocante à decisão proferida nos autos da Ação Súmula 331, V, do TST, o que torna inviável o processamento do
Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 16/DF pelo Excelso apelo, nos termos da Súmula 333, também deste Tribunal.
Supremo Tribunal Federal, o venerando acórdão afasta, em parte, o Para se chegar, eventualmente, a conclusão diversa, seria
posicionamento supra. necessário o reexame de fatos e provas, o que encontra óbice na
Eis a ementa do acórdão da Suprema Corte: Súmula 126 do TST.
(?) Ademais, embora seja constitucional o artigo 71 da Lei nº
Assim como se observa na Súmula 331 do C. TST deve-se analisar 8.666/1993 (ADC 16), tal conclusão não obsta o exame da culpa na
a possível ocorrência de culpa in vigilando do ente público fiscalização do contrato de terceirização de serviços.
contratante/tomador dos serviços. Incide o disposto nos artigos 58, Vale frisar, por fim, que, no entender desta Turma, o ônus da prova
II, e 67, caput e § 1º, da Lei nº 8.666/93, independentemente de ter da fiscalização do contrato de terceirização de serviços é do ente
havido processo licitatório. público, seja por se tratar de fato impeditivo do direito postulado,
Na hipótese dos autos, os direitos trabalhistas da parte autora foram seja em razão do princípio da aptidão para a prova. Logo, tem-se
sonegados pelo seu empregador, a exemplo das parcelas por ilesos os artigos 818 da CLT e 373, I, do CPC. Nesse sentido,
constantes da sentença, dentre eles, os salários em atraso e as os seguintes julgados:
verbas rescisórias. (...)
Compete ao tomador dos serviços a prova de que promoveu a Diante do exposto, nego provimento ao presente apelo.
devida fiscalização do contrato e, no caso, o Estado do Rio de
Janeiro deste encargo processual não se desonerou. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Registro que os documentos acostados aos autos (Id. e6a0553 e Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
seguintes) se referem apenas a certidões obrigatórias para a inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
participação em licitação pública. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
No caso em tela, o recorrente não produziu nenhuma prova de Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
efetiva fiscalização do contrato no que tange às verbas trabalhistas, mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
tampouco quanto à forma de seu desenvolvimento. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Acerca do ônus da prova da culpa do tomador, aplico a Súmula n. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
41 deste Regional: pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
"Recai sobre o ente da Administração Pública que se beneficiou da termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
mão de obra terceirizada a prova da efetiva fiscalização do contrato Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
de prestação de serviços". cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
A propósito, veja-se a seguinte decisão Tribunal Superior do pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Trabalho sobre o tema em questão: autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
(?) autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Esclareça-se, por oportuno que os entendimentos consolidados pelo CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
C. TST nas Súmulas 331 e 363 expressam tratamentos para retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
situações diferentes, quais sejam, responsabilidade subsidiária da Intime-se.
Administração Pública e declaração de nulidade de contratação de Publique-se.
servidor público sem prévia aprovação em concurso público, daí Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
não haver ofensa ao princípio da isonomia, conforme alegado em
razões recursais. Como se trata de terceirização, com consequente
condenação subsidiária, incide tão somente a Súmula 331 do C. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
políticas e econômicas, a exemplo dos princípios constitucionais inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na fiscalização
fundamentais listados na Constituição da República de 1988, como dos contratos, bem como atribuiu o ônus de provar o
no art. 1º (dignidade da pessoa humana, valor social do trabalho e descumprimento desse dever legal ao trabalhador.
da livre iniciativa), bem como os direitos fundamentais que se No caso concreto, o TRT manteve a condenação subsidiária, por
consolidam por meio de princípios ligados aos direitos sociais (arts. delinear a culpa in vigilando da entidade estatal, nos termos do item
6º e 7º), à ordem econômica (art. 170), à seguridade social (art. V da Súmula 331 do TST.
194), à saúde (art. 196), à assistência social (art. 203), à cultura (art. Ainda que a Instância Ordinária eventualmente mencione
215), entre outros dispositivos constitucionais. fundamentos não acolhidos pela decisão do STF na ADC nº 16-DF
O Supremo Tribunal Federal, ao decidir a ADC nº 16-DF, reverteu a e no RE nº 760.931, bem como pela maioria da Terceira Turma
interpretação sedimentada há duas décadas na jurisprudência (que, a partir das decisões proferidas pela Corte Máxima, quanto ao
trabalhista no sentido de que as entidades estatais - a exemplo das ônus da prova, entende que é do empregado o encargo de
demais pessoas físicas e jurídicas - eram firmemente responsáveis comprovar a conduta omissiva ou comissiva na fiscalização dos
por verbas contratuais e legais trabalhistas dos trabalhadores contratos; fica ressalvado o entendimento deste Relator, que
terceirizados na área estatal, caso houvesse inadimplemento por aplicaria, ao invés, a teoria da inversão do ônus probatório prevista
parte do empregador terceirizante (Súmula 331, antigo item IV, nos preceitos da legislação processual civil e da lei de proteção ao
TST). consumidor, prevista no art. 6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que,
Para o STF, é necessária a efetiva presença de culpa in vigilando no caso concreto, afirmou expressamente o TRT que houve culpa in
da entidade estatal ao longo da prestação de serviços (STF, ADC nº vigilando da entidade estatal quanto ao cumprimento das
16-DF). obrigações trabalhistas pela empresa prestadora de serviços
Observados tais parâmetros, é preciso perceber, no caso concreto, terceirizados.
se o ente público agiu com culpa para a ocorrência do A configuração da culpa in vigilando, caso afirmada pela Instância
inadimplemento dos débitos trabalhistas. Essa é a direção Ordinária (como ocorreu nos presentes autos), reitere-se, autoriza a
interpretativa apontada pelo STF ao julgar a ADC nº 16-DF. Se não incidência da responsabilidade subsidiária da entidade tomadora de
resultar claramente evidenciada a ação ou omissão, direta ou serviços (arts. 58 e 67 da Lei 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil).
indireta, na modalidade culposa, do agente público em detrimento A decisão regional encontra-se, portanto, em consonância com o
do contrato administrativo para a prestação de serviços fundamento acolhido pelo STF no julgamento da ADC da entidade
terceirizados, não há como identificar a responsabilidade da pública: a demonstração de omissão no dever de fiscalizar.
Administração Pública em relação às obrigações trabalhistas da Inclusive, em diversas oportunidades em que o tema foi levado a
prestadora de serviços, à luz do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993. debate naquela Corte, posteriormente ao julgamento da citada ação
Repita-se: essa é a linha do entendimento atual do Supremo declaratória de constitucionalidade, a compreensão que se extraiu
Tribunal Federal, em vista do decidido na ADC nº 16-DF. da matéria foi no sentido de que, se demonstrada a ocorrência de
Em observância a esse entendimento, o TST alinhou-se à tese de conduta culposa na fiscalização da execução dos contratos
que a responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da celebrados, a Administração Pública se sujeitará ao reconhecimento
Administração Pública direta e indireta não decorre de mero de sua responsabilidade subsidiária pela Justiça do Trabalho.
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela Confiram-se, a propósito, as seguintes decisões: Rcl 13941 MC /
empresa regularmente contratada, mas apenas quando explicitada MG, Relator Ministros Cezar Peluso, DJE 31/08/2012; Rcl 13272
no acórdão regional a sua conduta culposa no cumprimento das MC/ MG, Relatora Ministra Rosa Weber, DJE 03/09/2012; Rcl
obrigações da Lei 8.666, de 21.6.1993, especialmente na 14672 MC / SP, Relator Ministro Luiz Fux, DJE 17/10/2012; Rcl
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da 14683 MC / SP, Relator Ministro Joaquim Barbosa, DJE 23/10/2012;
prestadora de serviço como empregadora (artigos 58 e 67, Lei Rcl 14801 MC / SP, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, DJE
8.666/93) - novo item V da Súmula 331 do TST. 05/11/2012.
Nesse quadro, a mera culpa in eligendo não autoriza, por si só, Frise-se que, em nenhum momento, afasta-se a aplicação do art.
deduzir a responsabilidade do Poder Público pelos débitos 71, § 1º, da Lei 8.666/93, mas apenas interpreta-se o dispositivo
inadimplidos pela empregadora, segundo o STF. A propósito, legal à luz da jurisprudência sumulada desta Corte.
segundo a Corte Máxima, tendo sido seguido o procedimento De outra face, decidida a matéria com base no conjunto probatório
licitatório, nem sequer se pode falar em culpa in eligendo. produzido nos autos, o processamento do recurso de revista fica
Também não há que se falar, em tais casos de terceirização, em obstado, por depender do reexame de fatos e provas (Súmula 126
responsabilidade objetiva, a teor da jurisprudência advinda da Corte do TST).
Máxima. Assim, a decisão apresenta-se em conformidade com a
Porém, naturalmente, se houver clara, inquestionável culpa da jurisprudência consolidada do TST, o que torna inviável o exame
entidade estatal tomadora de serviços quanto à fiscalização da das indicadas violações de dispositivo legal e/ou constitucional, bem
conduta da empresa terceirizante relativamente ao cumprimento de como superada a eventual divergência jurisprudencial (Súmula 333
suas obrigações trabalhistas, incidirá a responsabilidade subsidiária, do TST e art. 896, §7º, da CLT).
por força de outros preceitos legais, além do art. 71, caput e § 1º, da Ressalte-se que as vias recursais extraordinárias para os tribunais
Lei de Licitações. Havendo manifesta ou demonstrada culpa in superiores (STF, STJ, TST) não traduzem terceiro grau de
vigilando, incidem preceitos responsabilizatórios concorrentes, tais jurisdição; existem para assegurar a imperatividade da ordem
como os artigos 58, III, 67, caput e § 1º, da Lei 8.666/93 e os artigos jurídica constitucional e federal, visando à uniformização
186 e 927 do Código Civil. jurisprudencial na Federação. Por isso seu acesso é notoriamente
E o STF, ao julgar com repercussão geral o RE nº 760.931, restrito, não permitindo cognição ampla.
confirmou a tese já explicitada na anterior ADC nº 16-DF, no sentido Pelo exposto, NÃO CONHEÇO do recurso de revista.
de que a responsabilidade da Administração Pública não pode ser
automática, cabendo a sua condenação apenas se houver prova O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
as obrigações trabalhistas, devem responder subsidiariamente os responsabilidade solidária do Município, persiste a responsabilidade
Reclamados pelos créditos pendentes dos trabalhadores que lhe subsidiária, conforme vem entendendo esta Turma em casos
serviram. similares. Precedentes. Recurso de revista conhecido por violação
Cita-se os seguintes julgados desta Corte Superior, inclusive desta do art. 265 do CCB e parcialmente provido. (RR - 11369-
da 3ª Turma, com grifos nossos: 54.2015.5.15.0088, Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra
Belmonte, Data de Julgamento: 04/10/2017, 3ª Turma, Data de
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. Publicação: DEJT 06/10/2017)
PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À
LEI 13.467/2017. MUNICÍPIO DE CACHOEIRA PAULISTA. Registra-se, por fim, que segundo a jurisprudência que se tornou
INTERVENÇÃO MUNICIPAL EM HOSPITAL. dominante no TST, não configura sucessão trabalhista (arts. 10 e
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO 448, CLT) a intervenção temporária de entidade estatal em empresa
INTERVENTOR RECONHECIDA PELO TRT SOMENTE QUANTO privada, visando a manter a prestação de serviços essenciais.
AO PERÍODO DE INTERVENÇÃO. A intervenção do Poder Público Assim sendo, a discussão trazida à baila não viola os artigos 30, 31
em ente privado, com a assunção plena da administração e gestão, e 38, §6º da Lei nº 8.987/1995, bem como a OJ Transitória nº 66 da
mesmo que temporariamente, implica a responsabilização SBDI - 1 desta Corte, tendo em vista que, no presente caso, a
subsidiária do ente público em relação ao período em que perdurar responsabilização subsidiária do ente público pelas obrigações
a intervenção. Verifica-se que, na hipótese dos autos, o regime de trabalhistas, decorreu de expressa previsão legal, inclusive sendo
intervenção ocorreu por determinação legal, imputando ao firmado um Termo de Ajustamento de Conduta com atribuição
Município o encargo de interventor na instituição. Assim, o ente expressa da responsabilidade das entidades estatais, em razão do
público passou a administrar o hospital, do qual a Reclamante era benefício direto dos serviços do Obreiro, conforme já determinado
empregada, e, na condição de gestor, passou a ser corresponsável no acórdão recorrido.
pelos atos praticados no período de intervenção. De fato, essa Portanto, a decisão apresenta-se em conformidade com a
espécie de intervenção encontra-se prevista na Constituição jurisprudência consolidada do TST, o que torna inviável o exame
Federal (art. 5º, XXV), segundo a qual, no caso de iminente perigo das indicadas violações de dispositivo legal e/ou constitucional.
público, a autoridade competente poderá usar de propriedade De outra face, decidida a matéria com base no conjunto probatório
particular, como se verifica na hipótese sob exame, em que ocorreu produzido nos autos, o processamento do recurso de revista fica
a intervenção do Município no hospital. Todavia, não há dúvidas de obstado, por depender do reexame de fatos e provas (Súmula 126
que, no caso concreto, se o Município assumiu a gestão do do TST).
Hospital, mesmo que temporariamente, evidentemente deverá ser Ressalte-se que as vias recursais extraordinárias para os tribunais
responsabilizado pelas obrigações trabalhistas em relação ao superiores (STF, STJ, TST) não traduzem terceiro grau de
período em que perdurou a intervenção. Com efeito, nessas jurisdição; existem para assegurar a imperatividade da ordem
circunstâncias, inadimplindo a real empregadora as obrigações jurídica constitucional e federal, visando à uniformização
trabalhistas, deve responder subsidiariamente o ora Reclamado jurisprudencial na Federação. Por isso seu acesso é notoriamente
pelos créditos pendentes dos trabalhadores que lhe serviram. restrito, não permitindo cognição ampla.
Julgados desta Corte. Agravo de instrumento desprovido. (AIRR - Ante o exposto, NÃO CONHEÇO do recurso de revista.
10857-71.2015.5.15.0088 , Relator Ministro: Mauricio Godinho
Delgado, Data de Julgamento: 29/11/2017, 3ª Turma, Data de O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Publicação: DEJT 11/12/2017) Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
INTERVENÇÃO DO MUNICÍPIO EM HOSPITAL PRIVADO. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
RESPONSABILIDADE. Demonstrada a divergência jurisprudencial, mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
dá-se provimento ao agravo de instrumento a fim de determinar o encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
conhecido e provido. II - RECURSO DE REVISTA. INTERVENÇÃO pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
DO MUNICÍPIO EM HOSPITAL PRIVADO. RESPONSABILIDADE. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
No caso, a lide versa sobre a responsabilidade do município Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
referente ao período em que interveio na administração do hospital cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
privado. O Tribunal Regional manteve a condenação solidária do pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
município, ao fundamento de que "o recorrente detém o poder de autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
gestão da entidade, atraindo sua responsabilidade pela fiscalização autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
e cumprimento das obrigações trabalhistas pelo período respectivo CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
de intervenção.". Não há previsão legal, no caso, para o retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
reconhecimento da responsabilidade solidária, tampouco existe Intime-se.
notícia nos autos sobre o ajuste entre as partes prevendo tal Publique-se.
modalidade de responsabilização. Assim, não há como manter a Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
responsabilidade solidária, nos termos do art. 265 do CCB. No caso
concreto, o Município assumiu a gestão do hospital, mesmo que
temporariamente, devendo ser responsabilizado pelas obrigações Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
trabalhistas em relação ao período em que perdurou a intervenção, RENATO DE LACERDA PAIVA
incidindo na espécie a responsabilidade do § 6º do artigo 37 da Ministro Vice-Presidente do TST
Constituição Federal. Nesse contexto, embora excluída a
conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar segunda reclamada provar a existência de fiscalização efetiva, bem
a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos dos arts. como desconstituir a pretensão do reclamante, nos termos do art.
186 e 927 do Código Civil. 373, II, do NCPC.
Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em
Tribunal Superior, em revisão de sua jurisprudência, por meio da consonância com a atual jurisprudência pacificada desta Corte
Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT de 27/5/2011), alterou a Superior, notadamente na Súmula 331, V, do TST, descabe cogitar
redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº 331, com o de violação de dispositivos de lei e da Constituição Federal ou
seguinte teor: divergência jurisprudencial, uma vez que já foi atingido o fim
"CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE precípuo do recurso de revista, incidindo, assim, o óbice previsto na
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Súmula 333 do TST e no art. 896, § 7º, da CLT.
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. Nego provimento.
[?]
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
relação processual e conste também do título executivo judicial. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
prestadora de serviço como empregadora. A aludida pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
contratada." cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Registre-se que esse entendimento não implica violação do art. 71, pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
§ 1º, da Lei nº 8.666/93. A interpretação sistemática desse autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por Publique-se.
ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
tomador não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do
contrato pelo prestador.
Saliente-se, por oportuno, que não há falar em violação do art. 97 Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
da Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº RENATO DE LACERDA PAIVA
10 do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à Ministro Vice-Presidente do TST
decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento
da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão Processo Nº ED-AIRR-0002168-70.2013.5.02.0023
realizada no dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº Complemento Processo Eletrônico
8.666/93 compatível com a ordem constitucional vigente, Relator Min. João Batista Brito Pereira
notadamente com o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988. Embargante STEFANY ROBERTA ALMEIDA DE
OLIVEIRA
Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do
Advogado Dr. Kelly Cristina Sacamoto
citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo- Uyemura(OAB: 173226/SP)
se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação Embargado BANCO DO BRASIL S.A.
sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face Advogado Dr. Marcelo Lima Corrêa(OAB:
dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que 12064/DF)
possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente Embargado ASSEMP GESTÃO EMPRESARIAL
LTDA.
público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando.
Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da
Intimado(s)/Citado(s):
referida ADC nº 16 (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu
- ASSEMP GESTÃO EMPRESARIAL LTDA.
que "a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à
- BANCO DO BRASIL S.A.
Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos
- STEFANY ROBERTA ALMEIDA DE OLIVEIRA
encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual
omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as
obrigações do contratado, não viesse a gerar essa Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 9/9/11). Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Quanto à alegação de que cabia ao reclamante comprovar a instrumento da recorrente.
conduta culposa da segunda reclamada, não é o que se verifica. A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Isso porque o ônus da prova recai sobre o tomador dos serviços, o violação aos dispositivos da Constituição da República que
qual, como visto, tem obrigação legal de fiscalizar a execução do especifica nas razões recursais.
contrato (arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, incumbia à É o relatório.
violação aos dispositivos da Constituição da República que ressalva de entendimento do Relator, julgar improcedente o pedido
especifica nas razões recursais. de rescisão, firmando o entendimento pela responsabilidade
É o relatório. subsidiária do Município. Com efeito, prevaleceu a tese de que a
Decido. celebração de convênio de prestação de serviços na área de saúde,
Consta do acórdão recorrido: em razão de interesse comum às partes, implica a responsabilidade
da Administração Pública pelas consequências jurídicas dele
(...) decorrentes, devendo, pois, o Município responder subsidiariamente
RESPONSABILIDADESUBSIDIÁRIA. CONVÊNIO. ENTE pelos direitos trabalhistas inadimplidos pela parte conveniada.
PÚBLICO. CULPAIN VIGILANDO Recurso de revista não conhecido(...)".Processo: RR - 410-
(...) 06.2011.5.04.0303 Data de Julgamento: 10/12/2014, Relator
Sem razão. Ministro: José Roberto Freire Pimenta, 2ª Turma, Data de
O Regional, em relação ao tema, consignou: Publicação: DEJT 19/12/2014.
"RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA O Município, em verdade, não fez qualquer prova de efetiva
Admitida em 19.09.2014, na função de cuidadora, e dispensada fiscalização da 1ª reclamada, o que acabou resultando nas lesões
imotivadamente em 29.07.2015, quando recebia remuneração de reconhecidas no presente julgado. Os documentos colacionados
R$ 1.057,62 (um mil e cinquenta e sete reais e sessenta e dois com a defesa são insuficientes neste aspecto. Neste item em
centavos), buscou a autora, através da presente ação, direitos particular, o c. TST já fixou entendimento de que é ônus do Ente
trabalhistas oriundos de relação de emprego mantida com a Público demonstrar a efetiva fiscalização do contrato, in verbis:
primeira ré, aduzindo a responsabilidade subsidiária do Município, "RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
tomador dos serviços, pelos créditos a ela devidos, com amparo no ENTE PÚBLICO. CULPA -IN VIGILANDO- FISCALIZAÇÃO DO
entendimento consubstanciado na Súmula 331, IV do Colendo CONTRATO. ÔNUS DA PROVA. PROVIMENTO. RECURSO DE
Tribunal Superior do Trabalho. REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO.
A primeira ré, em defesa (ID f17297d), asseverou que as verbas CULPA -INVIGILANDO-. FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO. ÔNUS
rescisórias devidas não foram pagas, visto que o convênio firmado DA PROVA. PROVIMENTO. É certo que a terceirização tem sido
com o Município não foi renovado e até agora não foram feitos amplamente adotada com o fim de proporcionar maior economia e
repasses de verbas para tais pagamentos, já tendo sido eficiência na prestação de serviços especializados. Conforme
determinado, pelo MM. Juízo da 1ª Vara do Trabalho do Rio de determina a Lei de Licitações, os contratos devem ser fiscalizados,
Janeiro, bloqueio de créditos que tem a receber do ente público. como também já determinado pela administração pública, por meio
O Município, em defesa (ID ca122f1), sustentou, em síntese, a da Instrução Normativa nº 2/2008. A ausência de fiscalização pelo
inaplicabilidade da jurisprudência contida na mencionada Súmula ente público determina a sua responsabilidade subsidiária pelas
331 aos convênios, firmados em regime de cooperação, que não verbas inadimplidas no contrato de trabalho. Após a decisão do
caracterizam contrato, tampouco prestação de serviços, mas visam Pretório Excelso no julgamento da ADC 16, não mais se vislumbra a
a assistência qualificada à população beneficiada. Asseverou que a possibilidade de declaração de responsabilidade subsidiária do
autora sequer aponta a conduta culposa do ente público no dever tomador de serviços por mero inadimplemento pelo prestador. É de
de fiscalização ou mesmo indica as provas da efetiva ocorrência de se reconhecer que o ônus da prova quanto à fiscalização do
tal conduta. contrato administrativo de prestação de serviços é do ente público
O MM. Julgador sentenciante acolheu parcialmente os pedidos, contratante. (...) Recurso de revista conhecido e parcialmente
declarando a responsabilidade subsidiária do ente público, sob os provido". (TST, RR 17213320115020062, 6ª Turma, relator Ministro
seguintes fundamentos: Aloysio Corrêa da Veiga, DEJT 10/10/2014).
Quanto ao Município réu, que alega ter celebrado convênio Note-se que neste particular, e considerando que a 2ª ré não
administrativo com a 1ª ré, este fato específico não impede sua demonstrou de nenhuma forma a fiscalização da 1ª ré, adotamos o
responsabilidade subsidiária. Neste particular, já pacificou o c. TST, entendimento da Súmula 41 do TRT da 1ª Região, para fins do
em decisão da SDI-1, que transcrevo exemplificativamente: disposto no artigo 489, §1º, V do CPC, que transcrevemos:
"EMPREGADO CONTRATADO POR ENTIDADE PARTICULAR "Responsabilidade subsidiária do ente da Administração Pública.
QUE FIRMOU CONVÊNIO COM O MUNICÍPIO DE BELÉM PARA Prova da culpa. (artigos 29, VII, 58, 67 e 78, VII, da lei 8.666/93.)
IMPLEMENTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE. Recai sobre o ente da Administração Pública que se beneficiou da
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO PELAS mão de obra terceirizada a prova da efetiva fiscalização do contrato
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS DO EMPREGADOR MUNICÍPIO de prestação de serviços".
DE BELÉM. Cumpre registrar, de início, que esta Corte resolveu Ante à ausência de comprovação da fiscalização da contratada,
suspender o julgamento do processo TST-AR 13381- acolho o pedido de responsabilidade subsidiária do Município, por
07.2010.5.00.0000, em sessão realizada no dia 26 de outubro de todos os pleitos acima reconhecidos (ante o disposto no item VI da
2010, pela Subseção II Especializada em Dissídios Individuais para Súmula 331, do TST).
remetê-lo à Seção Especializada em Dissídios Individuais em sua Requer o Município a reforma da sentença, argumentando, em
composição plena, em virtude do estabelecimento de divergência síntese, que a autora não fez prova da prestação de serviços em
entre julgados da Subseção I e da Subseção II Especializadas em seu benefício (artigos 818 da CLT e 373, I, do CPC), sendo que
Dissídios Individuais relativa à possibilidade de caracterização de esta não se pode presumir pela mera existência de convênio com a
violação direta do art. 199, § 1º, da Constituição Federal em matéria empregadora, e reafirmando a inaplicabilidade da Súmula 331 do
envolvendo a responsabilidade subsidiária do Município pelas Colendo Tribunal Superior do Trabalho aos convênios celebrados
obrigações trabalhistas decorrentes de celebração de convênio de para melhor atendimento da população.
prestação de serviços na área de saúde. A Subseção Especializada Impõe-se, em primeiro lugar, analisar a natureza ou a legalidade da
em Dissídios Individuais do TST, em Sessão Extraordinária, relação mantida entre os réus.
realizada no dia 27 de junho de 2011, decidiu, por sua maioria, com Com vistas a atender o programa de descentralização da
Administração Pública, foram editados os Decretos-lei nº 200/67 e, Visando a conferir efetividade à sentença transitada em julgado, o
posteriormente (para o que interessa à hipótese), nº 2.300/86, que direito positivo do trabalho previu inúmeras hipóteses específicas de
estabeleceram a forma de contratação de pessoas jurídicas para a responsabilidade solidária (artigos 2°, § 2º, e 455 da Consolidação
prestação de serviços não essenciais à finalidade pública, ou das Leis do Trabalho), fonte da qual partiram a doutrina e a
apenas de manutenção. jurisprudência, Súmula 331, IV, do Colendo Tribunal Superior do
Assim, estabelece o § 7º do artigo 10 do Decreto-lei nº 200/67 que: Trabalho, para construir a chamada responsabilidade subsidiária,
Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, que também se extrai do princípio geral emanado do artigo 9° da
coordenação, supervisão e controle, com o objetivo de impedir o Consolidação das Leis do Trabalho.
crescimento desmesurado da máquina administrativa, a A teoria geral das obrigações também consagra a tese da
administração procurará desobrigar-se da realização material de responsabilidade subsidiária, com fincas no princípio da culpa in
tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução eligendo e culpa in vigilando, aplicável no caso concreto, eis que o
indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa Município do Rio de Janeiro, contratante, tinha o dever de bem
privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar escolher e fiscalizar a empresa contratada ou conveniada.
os encargos de execução. A negligência na eleição e na fiscalização acarreta a
Por outro lado, tampouco se pode olvidar da necessidade da responsabilidade subsidiária do segundo réu, sendo irrelevante o
participação da sociedade como um todo na realização dos fato de que o contrato de prestação de serviços (de natureza civil)
objetivos da Ordem Social, como preconizado na Constituição ou de convênio nomeie a primeira ré responsável pelo pagamento
Federal. Isto, no entanto, não afasta a responsabilidade dos das obrigações trabalhistas porque, in casu, não se pretende a
participantes não voluntários das obrigações decorrentes da declaração do vínculo de emprego com o ente público, mas a mera
legislação em vigor. declaração de responsabilidade deste.
No que diz respeito à presente demanda, o Município firmou, por Tampouco se diga que o artigo 71, da Lei nº 8666/93 estabelece
intermédio da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil, que é da empresa contratada ou conveniada (e somente dela) a
convênios com a primeira ré, com fulcro na Lei Federal nº 8.666/93 responsabilidade pelos créditos trabalhistas. O Texto Legal diz o
e na Lei Municipal nº 207/80, para cooperação técnica com vistas à óbvio: que quem contrata tem que pagar suas dívidas; a
ampliação de oferta de serviços de residências terapêuticas e responsabilidade pelo crédito trabalhista e fiscal dele decorrente é
moradias assistidas, dando suporte também a usuários egressos de da empresa contratada. Por força da Lei nº 9.032/95, foi
hospitais psiquiátricos que retornarem para as família, nos anos de acrescentado o § segundo, estabelecendo a responsabilidade
2011 e 2014 (IDs 5a0d112, fd405bd e fd405bd). solidária para com os débitos previdenciários. Não está dito em
Em virtude dos referidos convênios, a autora foi admitida pela lugar nenhum que é somente dela (contratada) a responsabilidade,
primeira acionada, para exercer a função de cuidadora (ID 6c3def1), ou que não se possa considerar a Administração Pública
sendo difícil supor, à vista da denominação e dos objetivos da responsável por algum dano ou prejuízo decorrente desse contrato.
Associação em questão e do convênio firmado, que a prestação de Se esse fosse o entendimento a prevalecer, estaria ele em total
serviços se desse em local alheio ao Instituto Municipal de desacordo com a norma constitucional que emana do artigo 37, §
Assistência à Saúde Juliano Moreira. 6°.
Portanto, diante dos fatos, figura o Município como verdadeiro É de se reconhecer tal responsabilidade do tomador de serviços
tomador dos serviços da trabalhadora. ainda que, em princípio, não responda pelos créditos trabalhistas
Frise-se que descabe a alegação de inaplicabilidade do dos empregados da empresa prestadora de serviços ou
entendimento contido na Súmula 331 do Colendo Tribunal Superior conveniada, porque partícipe (culpa in eligendo e in vigilando) e real
do Trabalho aos convênios firmados em regime de cooperação, beneficiário das violações dos direitos trabalhistas. Em ordem a
visto que estes equivalem à terceirização, cabendo à Administração garanti-los, a jurisprudência consolida entendimentos como o da
Pública fiscalizar o cumprimento das normas trabalhistas pela Súmula 331 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, que nada
organização social com a qual pactuou a prestação de atividades e tem de inconstitucional.
serviços complementares de saúde pública. Nesse sentido já se pronunciou a Corte Superior do Trabalho:
Por força da legislação previdenciária, o tomador de serviços será CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -
sempre responsável pelas contribuições sociais não recolhidas pela RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO TOMADOR DE
prestadora de serviços, devendo ser destacado o constante do § 3º SERVIÇOS - A inidoneidade da prestadora dos serviços, em
do artigo 31 da Lei nº 8.212/91: relação às obrigações trabalhistas para com seus empregados, atrai
§ 3º - Para os fins desta lei, entende-se como cessão de mão de a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, seja
obra a colocação à disposição do contratante, em suas empresa privada ou entidade da Administração Direta ou Indireta.
dependências ou nas de terceiros, de segurados que realizem (T.S.T. - RR 235.604/95.3 - Ac. 3ª T. 7.110/97 - Rel. Min. Manoel
serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da Mendes de Freitas - DJU 10.10.1997).
empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação. Não se trata de qualquer invasão de competência, de maneira a dar
Se de um lado é certo que solidariedade não se presume, respaldo à alegada violação ao disposto no item III do § 4º do artigo
decorrendo de lei ou contrato, menos correto não é que a 60 da Constituição Federal, mas de adequação do equilíbrio na
responsabilidade subsidiária decorre de reflexo do dano causado a distribuição dos Poderes da República, dentro do legítimo controle
terceiro pelo contratado para a prestação de serviços, nos termos dos atos legislativos e executivos. Em momento algum o Colendo
do artigo 159 do Código Civil, por culpa in eligendo, in contrahendo Tribunal Superior do Trabalho se arvorou da competência
e in vigilando. legislativa, limitando-se a dar interpretação da norma aos fatos,
O tomador de serviços pode reter o pagamento à empresa infelizmente repetitivos dentro da administração pública municipal,
contratada ou conveniada, enquanto não comprovado o estadual e federal.
cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais. Se assim não Por consequência, não há que se falar em violação ao disposto nos
agiu, deve responder por sua omissão. artigos 5º, II, 22, I, ou 48 da Constituição Federal. Justamente por
gozarem os atos praticados pela Administração Pública da 2011, e ao estatuto da mesma, não se prestando a comprovar o
presunção de legalidade e legitimidade que cabe ao Poder cumprimento do dever de fiscalizar.
Judiciário, quando provocado, o seu controle. Por fim, a responsabilidade subsidiária abrange todas as parcelas
O fato de a autora não pretender a declaração da existência da decorrentes do contrato celebrado com o trabalhador, já que o
relação de emprego com o Município do Rio de Janeiro ou de maior beneficiado pelo trabalho prestado foi, justamente, o tomador
buscar sua responsabilização subsidiária não afronta o princípio de de serviços, que, por isso, estava obrigado a fiscalizar o
igualdade de participação pública. Ao contrário, tivesse o ente cumprimento das obrigações.
público providenciado a admissão de trabalhadores pelos meios Logo, existindo diferenças salariais, aviso prévio, 13º salário, férias
normais, sem se utilizar de fornecedora de mão de obra acrescidas de um terço, FGTS com indenização compensatória de
permanente, não estaria agora respondendo à presente ação. 40% (quarente por cento), etc, presume-se tenham decorrido,
Nesta ordem, não cabe qualquer argumento com vistas à dentre outros motivos, de falta de fiscalização pela tomadora da
declaração de ofensa aos artigos 37, II, e § 6º, da Constituição mão de obra.
Federal; 2º e 3º da Lei de Introdução ao Código Civil; 896 do Código Nos termos da Súmula 331 do Colendo Tribunal Superior do
Civil ou 71 da Lei nº 8.666/93. Trabalho, in verbis:
As pessoas jurídicas de direito público são responsáveis pelos [...] VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços
prejuízos que possam causar a terceiros, como já reconhecido na abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao
Súmula 331, IV, do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, que período da prestação laboral.
nada tem de inconstitucional. Nego provimento." (fls. 209/216 - g. n.).
Por oportuno, registre-se que o julgamento da ADC nº 16 pelo De plano, afasta-se a alegação de ofensa ao artigo 5°, LIV e LV, da
Pretório Excelso, declarando a constitucionalidade do disposto no Constituição da República, porquanto inovatória.
artigo71, §1º, da Lei nº 8.666/93, não eximiu a Administração de Registre-se que os arestos transcritos às fls. 286/287 mostram-se
responsabilidade, como dispõe a jurisprudência pacificada deste imprestáveis ao fim colimado, porquanto oriundos de Turmas do
Regional: TST, não se enquadrando, assim, na alínea "a" do artigo 896 da
SÚMULA Nº 43 DO TRT - PRIMEIRA REGIÃO - CLT.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO Quanto ao mais, verifica-se que o acórdão regional está em
PÚBLICA. A constitucionalidade do parágrafo primeiro do artigo 71 consonância com a Súmula 331, V, do TST, na medida em que
da Lei 8.666/93, declarada pelo STF no julgamento da ADC nº 16, consignado que o segundo reclamado não comprovou que
por si só, não afasta a responsabilidade subsidiária da houvesse fiscalizado o cumprimento das obrigações trabalhistas
Administração Pública, quando esta decorre da falta de fiscalização. decorrentes do contrato de prestação de serviços firmado com a
Em que pese o Excelso Supremo Tribunal Federal tenha declarado primeira reclamada, restando assente a ocorrência da sua culpa in
a constitucionalidade do § 1º do artigo 71 da Lei nº 8.666/93 nos vigilando.
autos da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16 movida pelo Evidenciada essa culpa nos autos, incide a responsabilidade
Governo do Distrito Federal, o caso em tela não se enquadra nessa subjetiva, prevista nos artigos 186 e 927,caput, do Código Civil.
hipótese, uma vez que a condenação subsidiária do segundo réu Nos estritos limites do recurso de revista, não é viável reexaminar a
não se funda em responsabilidade objetiva pelo descumprimento de prova dos autos a respeito da efetiva conduta fiscalizatória do ente
cláusulas contratuais pelo empregador, mas no descumprimento de estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST.
seu dever de fiscalização relativamente aos deveres trabalhistas da Nesse contexto, à luz da Súmula 333 do TST, tem-se por inviável o
organização conveniada. Agindo com negligência, verificou-se, processamento do recurso de revista interposto pelo segundo
portanto, sua responsabilidade subjetiva, razão pela qual procede o reclamado.
pedido de condenação subsidiária do segundo réu. Ademais, vale ressaltar que, no entender desta Turma, o ônus da
Como dispõe a Súmula 41 deste Regional: prova da fiscalização do contrato de terceirização de serviços é do
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE DA ente público, seja por se tratar de fato impeditivo do direito
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PROVA DA CULPA. (ARTIGOS 29, postulado, seja em razão do princípio da aptidão para a prova.
VII, 58, 67 e 78, VII, DA LEI 8.666/93.) Recai sobre o ente da Logo, têm-se por ilesos os artigos 818 da CLT e 373, I, do CPC.
Administração Pública que se beneficiou da mão de obra Nesse sentido, os seguintes julgados:
terceirizada a prova da efetiva fiscalização do contrato de prestação (...)
de serviços. Consigne-se, ainda, que, no entender deste Tribunal, o ente público,
Neste sentido, também, a jurisprudência do Colendo Tribunal ao celebrar convênios, ajustes e outros instrumentos congêneres,
Superior do Trabalho: nos termos do artigo 116 da Lei nº 8.666/1993, também está sujeito
(...) às disposições concernentes ao dever de fiscalizar o cumprimento
No caso, não há qualquer prova da efetiva e regular fiscalização do das obrigações legais e contratuais assumidas pela empresa
cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais da organização conveniada, conforme preveem os artigos 58, III, e 67 da referida
social, durante a vigência contratual, visto que nenhum documento Lei de Licitações, não prosperando a tese recursal, sequer sob tal
com este fim foi apresentado pelo Município do Rio de Janeiro, ônus enfoque.
que lhe cabia. Nego provimento.
Assim, não tendo o ora recorrente se desincumbido do seu encargo
probatório, de se declarar sua responsabilidade subsidiária, O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
mantendo-se a r. sentença, no aspecto. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
De se esclarecer, por oportuno, que os documentos juntados com a inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
contestação, sob os IDs 830d38f e seguintes, referem-se tão- repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
somente aos contratos firmados, às certidões negativas Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
apresentadas pela Associação quando da primeira contratação, em mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011), que exige
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade transcrição:
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". "CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal,
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços,
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. CF/1988).
Intime-se. III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de
Publique-se. serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados
ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a
pessoalidade e a subordinação direta.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
RENATO DE LACERDA PAIVA empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
Ministro Vice-Presidente do TST serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da
relação processual e conste também do título executivo judicial.
Processo Nº ED-AIRR-0101454-34.2016.5.01.0026 V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
Complemento Processo Eletrônico respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
Relator Min. Dora Maria da Costa caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
PETROBRAS
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
16538/GO) prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Embargado ANNE CAROLINE GOULART DA responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
SILVA DA ROCHA obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
Advogado Dr. Arlindo Fiks(OAB: 162192/RJ) contratada.
Embargado INSTITUTO PERSONAL SERVICE VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange
Advogado Dr. Bruno de Medeiros Tocantins(OAB: todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período
92718/RJ)
da prestação laboral."
É incontroverso que a reclamante foi admitida pela primeira ré em
Intimado(s)/Citado(s):
1/10/2014 mediante contrato por tempo determinado para exercer a
- ANNE CAROLINE GOULART DA SILVA DA ROCHA função de aprendiz de recepcionista, sendo dispensada
- INSTITUTO PERSONAL SERVICE imotivadamente em 24/2/2016, não obstante a estabilidade
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS provisória, conforme apurado nos presentes autos.
A 2ª demandada reconheceu a existência de contrato de prestação
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo de serviços entre as rés e não negou que tenha sido beneficiário
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de dos serviços executados pela parte autora. Postulou o afastamento
instrumento da recorrente. da responsabilidade subsidiária, invocando a decisão do Supremo
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta nos autos da ADC 16 e alegando ausência de culpa.
violação aos dispositivos da Constituição da República que Este Relator sempre manifestou o entendimento de que a
especifica nas razões recursais. jurisprudência consolidada na Súmula nº 331, IV, do colendo
É o relatório. Tribunal Superior do Trabalho, nada mais fez do que aplicar a
Decido. disposição contida no artigo 37, § 6º, da Constituição da República
Consta do acórdão recorrido: Federativa do Brasil de 1988, às hipóteses de terceirização, onde o
beneficiário (tomador) dos serviços integra a Administração Direta
(...) ou Indireta.
3. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO A responsabilização subsidiária decorre da teoria das culpas in
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. eligendo e in vigilando, porquanto escolhida empresa não idônea
Sobre o tema, assim consignou o Regional: para intermediar o fornecimento de mão de obra, e não unicamente
"RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA da ilicitude, ou não, da contratação considerada em si mesma. A
A autora afirmou que, embora contratada pela 1ª ré - Personal ausência de idoneidade da empresa contratada (intermediadora de
sempre prestou serviços para a 2ª ré - Petrobras. Por tal razão mão de obra) decorre do não cumprimento da legislação do
pleiteou a declaração de sua responsabilidade subsidiária com base trabalho, como constatado nos autos.
na Súmula nº 331/TST. Na ótica deste magistrado, a conduta culposa do ente público é
Em matéria de terceirização e, consequentemente, de definição configurada pela má escolha da empresa prestadora de serviços e
quanto à responsabilidade solidária ou subsidiária, ou até mesmo pela ausência de fiscalização do cumprimento das normas
no que diz respeito à formalização de vínculo de emprego, o trabalhistas pertinentes o que, por si só, já ensejaria a condenação
Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula nº 331, observada a subsidiária, em consonância com o disposto no artigo 186 do
nova redação do item IV e a inserção dos itens V e VI (Res. Código Civil.
Com efeito, no tocante à decisão proferida nos autos da Ação 24/05/2011 (decisão publicada no Diário Eletrônico da Justiça do
Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 16/DF pelo excelso Trabalho de 27/05/2011, fls. 14 e 15), atribuindo nova redação ao
Supremo Tribunal Federal, o venerando acórdão afasta, em parte, o seu item IV e inserindo-lhe o novo item V, nos seguintes e
posicionamento supra. expressivos termos: -SÚMULA Nº 331. CONTRATO DE
(...) PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE. (...)IV - O
A propósito, veja-se a seguinte decisão Tribunal Superior do inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
Trabalho sobre o tema em questão: empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
"TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA NO ÂMBITO DA serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ART. 71, § 1º, DA LEI Nº 8.666/93 E relação processual e conste também do título executivo judicial. V -
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO PELAS Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS DO EMPREGADOR respondem subsidiariamente nas mesmas condições do item IV,
CONTRATADO. POSSIBILIDADE, EM CASO DE CULPA IN caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
VIGILANDO DO ENTE OU ÓRGÃO PÚBLICO CONTRATANTE, obrigações da Lei nº 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
NOS TERMOS DA DECISÃO DO STF PROFERIDA NA ADC Nº 16- fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
DF E POR INCIDÊNCIA DOS ARTS. 58, INCISO III, E 67, CAPUT prestadora de serviço como empregadora. A aludida
E § 1º, DA MESMA LEI DE LICITAÇÕES E DOS ARTS. 186 E 927, responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
CAPUT, DO CÓDIGO CIVIL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
E PLENA OBSERVÂNCIA DA SÚMULA VINCULANTE Nº 10 E DA contratada-. Na hipótese dos autos, constata-se não haver, no
DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL acórdão regional, nenhuma referência ao fato de que o ente público
NA ADC Nº 16-DF. SÚMULA Nº 331, ITENS IV E V, DO TRIBUNAL demandado praticou os atos de fiscalização do cumprimento, pelo
SUPERIOR DO TRABALHO. Conforme ficou decidido pelo empregador contratado, das obrigações trabalhistas referentes aos
Supremo Tribunal Federal, com eficácia contra todos e efeito trabalhadores terceirizados, o que era de seu exclusivo onus
vinculante (art. 102, § 2º, da Constituição Federal), ao julgar a Ação probandi e é suficiente, por si só, para configurar a presença, no
Declaratória de Constitucionalidade nº 16-DF, é constitucional o art. quadro fático delineado nos autos, da conduta omissiva da
71, § 1º, da Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93), na redação que lhe Administração configuradora de sua culpa in vigilando, o que é
deu o art. 4º da Lei nº 9.032/95, com a consequência de que o mero suficiente para a manutenção da decisão em que se o condenou a
inadimplemento de obrigações trabalhistas causado pelo responder, de forma subsidiária, pela satisfação das verbas e
empregador de trabalhadores terceirizados, contratados pela demais direitos objeto da condenação. Agravo de instrumento
Administração Pública, após regular licitação, para lhe prestar desprovido. (...)" (AIRR - 215-13.2010.5.18.0191, Data de
serviços de natureza contínua, não acarreta a esta última, de forma Julgamento: 23/05/2012, Relator Ministro: José Roberto Freire
automática e em qualquer hipótese, sua responsabilidade principal Pimenta, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 01/06/2012)
e contratual pela satisfação daqueles direitos. No entanto, segundo Regulamentando o artigo 67 da Lei nº 8.666/93, que prevê que a
também expressamente decidido naquela mesma sessão de execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
julgamento pelo STF, isso não significa que, em determinado caso representante da Administração especialmente designado, o artigo
concreto, com base nos elementos fático-probatórios delineados 34 da Instrução Normativa n. 2/2008 do Ministério do Planejamento,
nos autos e em decorrência da interpretação sistemática daquele Orçamento e Gestão determina que a execução dos contratos
preceito legal em combinação com outras normas deverá ser fiscalizada por meio de instrumentos de controle, que
infraconstitucionais igualmente aplicáveis à controvérsia compreendam a mensuração dos seguintes aspectos, quando for o
(especialmente os arts. 54, § 1º, 55, inciso XIII, 58, inciso III, 66, 67, caso:
caput e seu § 1º, 77 e 78 da mesma Lei nº 8.666/93 e os arts. 186 e "§ 5º Na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas e
927 do Código Civil, todos subsidiariamente aplicáveis no âmbito sociais nas contratações continuadas com dedicação exclusiva dos
trabalhista por força do parágrafo único do art. 8º da CLT), não se trabalhadores da contratada, exigir-se-á, dentre outras, as seguintes
possa identificar a presença de culpa in vigilando na conduta comprovações:
omissiva do ente público contratante, ao não se desincumbir I - no caso de empresas regidas pela Consolidação das Leis
satisfatoriamente de seu ônus de comprovar ter fiscalizado o cabal Trabalhistas:
cumprimento, pelo empregador, daquelas obrigações trabalhistas, a) a prova de regularidade para com a Seguridade Social, conforme
como estabelecem aquelas normas da Lei de Licitações e também, dispõe o art. 195, § 3º da Constituição federal sob pena de rescisão
no âmbito da Administração Pública federal, a Instrução Normativa contratual;
nº 2/2008 do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão b) recolhimento do FGTS, referente ao mês anterior, caso a
(MPOG), alterada por sua Instrução Normativa nº 03/2009. Nesses Administração não esteja realizando os depósitos diretamente,
casos, sem nenhum desrespeito aos efeitos vinculantes da decisão conforme estabelecido no instrumento convocatório;
proferida na ADC nº 16-DF e da própria Súmula Vinculante nº 10 do c) pagamento de salários no prazo previsto em Lei, referente ao
STF, continua perfeitamente possível, à luz das circunstâncias mês anterior;
fáticas da causa e do conjunto das normas infraconstitucionais que d) fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando
regem a matéria, que se reconheça a responsabilidade cabível;
extracontratual, patrimonial ou aquiliana do ente público contratante e) pagamento do 13º salário;
autorizadora de sua condenação, ainda que de forma subsidiária, a f) concessão de férias e correspondente pagamento do adicional de
responder pelo adimplemento dos direitos trabalhistas de natureza férias, na forma da Lei;
alimentar dos trabalhadores terceirizados que colocaram sua força g) realização de exames admissionais e demissionais e periódicos,
de trabalho em seu benefício. Tudo isso acabou de ser consagrado quando for o caso;
pelo Pleno deste Tribunal Superior do Trabalho, ao revisar sua h) eventuais cursos de treinamento e reciclagem que forem exigidos
Súmula nº 331, em sua sessão extraordinária realizada em por lei;
i) comprovação do encaminhamento ao Ministério do Trabalho e Aduz que o Tribunal Regional impôs-lhe condenação sumária, em
Emprego das informações trabalhistas exigidas pela legislação, tais franca contrariedade à Súmula nº 331 do TST. Argumenta que a
como: a RAIS e a CAGED; reclamante não se desincumbiu do ônus da prova para demonstrar
j) cumprimento das obrigações contidas em convenção coletiva, a conduta culposa do ente público, nos moldes dos arts. 818 da
acordo coletivo ou sentença normativa em dissídio coletivo de CLT e 373, I, do NCPC.
trabalho; e Assevera que é uma sociedade de economia mista integrante da
k) cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em Administração Pública Federal Indireta, sendo submetida a
relação aos empregados vinculados ao contrato." regramento próprio, Decreto nº 2.745/98 e, mesmo que se apliquem
Dispõe ainda a referida Instrução Normativa: os procedimentos específicos da lei geral, não há falar em
"Art. 34-A O descumprimento das obrigações trabalhistas ou a não responsabilidade objetiva, como fez o acórdão regional.
manutenção das condições de habilitação pelo contratado deverá Requer o recebimento e provimento do seu recurso de revista, para
dar ensejo à rescisão contratual, sem prejuízo das demais sanções, reconhecer a inexistência de sua responsabilidade subsidiária,
sendo vedada a retenção de pagamento se o contratado não culpa in eligendo ou culpa in vigilando.
incorrer em qualquer inexecução do serviço ou não o tiver prestado Aponta violação dos arts. 5º, II, e 102, § 2º, da CF/88, 71, § 1º, da
a contento. Lei 8.666/93, 818 da CLT e 373, I, do NCPC e do Decreto nº
Parágrafo único. A Administração poderá conceder um prazo para 2.745/98 e contrariedade à ADC nº 16 do STF, à Súmula nº 331, V,
que a contratada regularize suas obrigações trabalhistas ou suas do TST e à Súmula Vinculante nº 10 do STF. Traz divergência
condições de habilitação, sob pena de rescisão contratual, quando jurisprudencial e arestos para cotejo de teses.
não identificar má-fé ou a incapacidade da empresa de corrigir a Sem razão.
situação Cabe registrar que a alegação de afronta ao artigo 5º, II, da
Art. 35. Quando da rescisão contratual, o fiscal deve verificar o Constituição Federal não impulsiona o conhecimento do recurso de
pagamento pela contratada das verbas rescisórias ou a revista, porque esse dispositivo trata de princípio genérico cuja
comprovação de que os empregados serão realocados em outra violação só se perfaz, quando muito, de forma reflexa ou indireta.
atividade de prestação de serviços, sem que ocorra a interrupção do Inteligência da Súmula nº 636 do STF.
contrato de trabalho. Verifica-se que a responsabilidade subsidiária dos entes públicos
Parágrafo único. Até que a contratada comprove o disposto no tomadores de serviços teve por fundamento, principalmente, a
caput, o órgão ou entidade contratante deverá reter a garantia responsabilidade civil subjetiva, prevista nos arts. 186 e 927 do
prestada, podendo ainda utilizá-la para o pagamento direto aos Código Civil. Eis o que preceituam os citados dispositivos legais:
trabalhadores no caso da empresa não efetuar os pagamentos em "Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
até 2 (dois) meses do encerramento da vigência contratual, ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
conforme previsto no instrumento convocatório e no art. 19-A, inciso exclusivamente moral, comete ato ilícito."
IV desta Instrução Normativa." "Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
Acompanhando o pronunciamento do Tribunal Superior do a outrem, fica obrigado a repará-lo."
Trabalho, e considerando que a parte ré não promoveu a efetiva Dos dispositivos transcritos, extrai-se que a verificação de culpa do
fiscalização contratual segundo os critérios estabelecidos na agente é um dos requisitos essenciais à atribuição de
Instrução Normativa, entendo pela confirmação da responsabilidade responsabilidade civil subjetiva. Com efeito, uma das modalidades
subsidiária, passando o tomador dos serviços à condição de de culpa hábil a justificar a responsabilização é a chamada culpa in
devedor subsidiário. vigilando, que ocorre quando o agente se omite quanto ao dever de
Como se trata de terceirização, com consequente condenação vigiar e fiscalizar a ação de terceiros. Especificamente no tocante à
subsidiária, incide tão somente a Súmula 331 do C. TST, que por terceirização de serviços pelos entes da Administração Pública, os
interpretar a lei não ofende o princípio da legalidade. Sequer há arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 assim preceituam:
falar em violação aos dispositivos constitucionais e "Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído
infraconstitucionais invocados. por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a
A responsabilidade subsidiária reconhecida no caso abarca a prerrogativa de:
totalidade das parcelas pecuniárias devidas pelo empregador [...]
(devedor principal), não havendo nenhuma relevância acerca da III - fiscalizar-lhes a execução."
natureza jurídica de cada parcela componente da condenação para "Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
efeito de fixação da responsabilidade do devedor subsidiário, que fiscalizada por um representante da Administração especialmente
funciona apenas como "garante" da relação. Este é o sentido do designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
item VI da Súmula nº 331/TST: subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição."
"A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange Dos citados dispositivos legais emerge expressamente a obrigação
todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período dos entes da Administração Pública de acompanhar e fiscalizar a
da prestação laboral." execução dos contratos administrativos de prestação de serviços.
Dou provimento ao apelo para declarar a responsabilidade No presente caso, todavia, é possível extrair do acórdão regional
subsidiária da 2ª reclamada." (fls. 586/592) que o ente público tomador dos serviços não cumpriu
Nas razões do recurso de revista, às fls. 599/627, a Petrobras adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa
insurge-se contra sua condenação subsidiária ao pagamento das prestadora contratada deixasse de pagar regularmente a sua
verbas trabalhistas reconhecidas na presente demanda. Sustenta empregada as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Por
que o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, declarado constitucional pelo conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar
STF, no julgamento da ADC nº 16, expressamente proíbe a a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos dos arts.
transferência dos encargos trabalhistas assumidos pela empresa 186 e 927 do Código Civil.
contratada à Administração Pública. Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste
Tribunal Superior, em revisão de sua jurisprudência, por meio da Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em
Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT 27/5/2011), alterou a consonância com a jurisprudência pacificada desta Corte Superior,
redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº 331, com a descabe cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição
seguinte redação: ou divergência jurisprudencial, uma vez que já foi atingido o fim
precípuo do recurso de revista, incidindo, assim, o óbice previsto na
"CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE Súmula 333 do TST e no art. 896, § 7º, da CLT.
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Nego provimento.
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.
[?] O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
relação processual e conste também do título executivo judicial. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
prestadora de serviço como empregadora. A aludida Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
contratada." autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Registre-se que esse entendimento não implica violação do art. 71, autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
§ 1º, da Lei nº 8.666/93. A interpretação sistemática desse CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele Publique-se.
inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por
ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público
tomador não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
contrato pelo prestador. RENATO DE LACERDA PAIVA
Saliente-se, por oportuno, que não há falar em violação do art. 97 Ministro Vice-Presidente do TST
da Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº
10 do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à Processo Nº AIRR-0101548-06.2016.5.01.0018
decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento Complemento Processo Eletrônico
da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
realizada no dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº Agravante UNIÃO (PGU)
8.666/93 compatível com a ordem constitucional vigente, Procuradora Dra. Giovanna De Piro Vianna
notadamente com o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988. Agravado MARCIA YASMIN DA SILVA
WENCESLAU
Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do
Advogado Dr. Artur Ribeiro da Costa e Sá(OAB:
citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo- 112559/RJ)
se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação Agravado BEQUEST GESTÃO AMBIENTAL
sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face LTDA.
dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que Advogado Dr. Fabiano Gomes Netto(OAB:
97453/RJ)
possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente
Advogada Dra. Kariny Oliveira Loures(OAB:
público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando. 109345/RJ)
Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da Advogada Dra. Karla Cabizuca Bernardes
referida ADC (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu que Netto(OAB: 93931/RJ)
"a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à Advogado Dr. Paula Coelho Hermsdorff(OAB:
99225/RJ)
Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos
encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual
Intimado(s)/Citado(s):
omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as
- BEQUEST GESTÃO AMBIENTAL LTDA.
obrigações do contratado, não viesse a gerar essa
- MARCIA YASMIN DA SILVA WENCESLAU
responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE 9/9/11).
- UNIÃO (PGU)
Quanto à alegação de que cabia à reclamante comprovar a conduta
culposa da 2ª reclamada, não é o que se verifica. Isso porque o
ônus da prova recai sobre o tomador dos serviços, o qual, como Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
visto, tem obrigação legal de fiscalizar a execução do contrato (arts. Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, incumbia à segunda instrumento da recorrente.
reclamada provar a existência de fiscalização efetiva, bem como A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
desconstituir a pretensão do reclamante, nos termos do art. 373, II, violação aos dispositivos da Constituição da República que
do NCPC. especifica nas razões recursais.
Trabalhistas - CNDT; c) entrega, quando solicitado pela em fiscalizar o contrato, decorrendo daí uma típica culpa in
Administração, de quaisquer dos seguintes documentos: 1. extrato vigilando.
da conta do INSS e do FGTS de qualquer empregado, a critério da A solvabilidade dos créditos trabalhistas dos empregados de
Administração contratante; 2. cópia da folha de pagamento analítica empresas contratadas por tomadores de serviço, que atuaram em
de qualquer mês da prestação dos serviços, em que conste como contratos de terceirização lícita de atividade-meio, é garantida pela
tomador o órgão ou entidade contratante; 3. cópia dos responsabilização subsidiária deste tomador do serviço, como
contracheques dos empregados relativos a qualquer mês da descrito no inciso IV da Súmula n° 331 do C. TST.
prestação dos serviços ou, ainda, quando necessário, cópia de Todavia, no caso de contrato de terceirização firmado pela
recibos de depósitos bancários; 4. comprovantes de entrega de Administração Pública, direta ou indireta, derivado de licitação
benefícios suplementares (vale-transporte, vale alimentação, entre pública prevista na Lei Federal nº 8.666/93, §1° do art. 71, é
outros), a que estiver obrigada por força de lei ou de convenção ou expressamente vedada a transferência à Administração Pública da
acordo coletivo de trabalho, relativos a qualquer mês da prestação responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas
dos serviços e de qualquer empregado; e 5. comprovantes de inadimplidos pelo contratado.
realização de eventuais cursos de treinamento e reciclagem que O aparente conflito entre a jurisprudência trabalhista e a norma legal
forem exigidos por lei ou pelo contrato; d) entrega da documentação foi levado ao Supremo Tribunal Federal, que, julgando a ADC-16,
abaixo relacionada, quando da extinção ou rescisão do contrato, considerou constitucional tal dispositivo legal com a tese de que a
após o último mês de prestação dos serviços, no prazo definido no mera inadimplência do contratado em processo licitatório, previsto
contrato: 1. termos de rescisão dos contratos de trabalho dos na Lei nº 8.666/93, não teria o condão de transferir à Administração
empregados prestadores de serviço, devidamente homologados, Pública contratante qualquer responsabilidade pelos créditos
quando exigível pelo sindicato da categoria; 2. guias de trabalhistas não observados pelo contratado.
recolhimento da contribuição previdenciária e do FGTS, referentes No corpo do próprio Acórdão do E. STF, restou configurada,
às rescisões contratuais; 3. extratos dos depósitos efetuados nas entretanto, que, nos casos em que ficar demonstrada a culpa in
contas vinculadas individuais do FGTS de cada empregado vigilando da Administração Pública, viável se torna a sua
dispensado; e 4. exames médicos demissionais dos empregados responsabilização pelos encargos devidos ao trabalhador, tendo em
dispensados." vista que, nessa situação, responderia pela sua própria incúria
Essa Instrução Normativa regulamenta de maneira específica toda a (Súmula nº 43, TRT 1ª Região).
procedimentalização da fiscalização dos contratos de terceirização O que resta mais do que evidenciado é que não pode a
no âmbito da Administração Pública Federal e, expressamente, Administração Pública ficar isenta de responsabilidade pelo
prevê a garantia do pagamento das verbas rescisórias trabalhistas inadimplemento da prestadora de serviços, real empregadora, em
(cf arts. 19 e 19-A). Ademais, deve tal Instrução Normativa deve relação aos direitos reconhecidos judicialmente, diante do
nortear não só os contratos de terceirização celebrados pela preenchimento dos requisitos firmados pelo Excelso Supremo
Administração Pública Federal, como também todos aqueles Tribunal Federal na ADC nº 16.
pactuados no âmbito das demais esferas federativas, por força do Por todo o acima exposto, em se tratando de contratos de
art. 22, XXVII, da Constituição da República e do princípio da terceirização firmados com a Administração Pública (direta ou
simetria. indireta), primeiramente, há de estar devidamente comprovado pelo
Além disso, o artigo 19-A dessa Instrução prevê a possibilidade de ente da Administração Pública, que tal contrato efetivamente
constar no edital e no decorrente contrato de serviços, continuados derivou de licitação pública, o que se pode verificar por meio dos
ou não, celebrado pela Administração Pública, que esta poderá documentos exigidos pela Lei nº 8.666/93, em seu art. 38, como,
reter o preço do contrato para pagar direitos de remuneração de por exemplo, a publicação de Edital e ata comprovando a entrega
férias, gratificação natalina, verbas rescisórias e depósitos de FGTS de propostas, além do próprio contrato de prestação de serviços.
dos empregados da terceirizada; realizar descontos nas faturas; A inexistência de prova de que o contrato de terceirização derivou
bem como proceder o pagamento direto aos trabalhadores dos de uma licitação pública, afasta a aplicação do §1° do art. 71 da Lei
direitos trabalhistas inadimplidos pela contratada. nº 8.666/93, não havendo que se falar, portanto, em vedação à
In casu, tais providências não foram tomadas pela quinta reclamada responsabilização subsidiária do ente da Administração Pública.
que, como visto, promoveu a rescisão contratual com a contratada Caso comprovado que houve a fiscalização das obrigações
sem garantir o pagamento dos direitos trabalhistas e rescisórios trabalhistas da contratada, aplicável o §1° do art. 71 da Lei nº
devidos aos empregados da terceirizada. Ressalta-se que a 8.666/93, não havendo qualquer responsabilização subsidiária para
atividade de fiscalização não se resume à simples verificação de com os créditos devidos à parte autora. Inexistindo tal
irregularidades, mas também à aplicação de providências quando comprovação, há culpa in vigilando da Administração Pública,
estas ocorrem, determinando o que for necessário à regularização ensejadora de sua responsabilização subsidiária.
das faltas ou defeitos observados, conforme art. 67, § 1º, da Lei nº No caso em exame, não restou evidenciado pelo conjunto
8.666/93. probatório existente nos autos, que a Administração Pública
Pois bem, frise-se que não está em discussão (i) a procedeu à adequada fiscalização da empresa prestadora de
constitucionalidade da lei que instituiu normas para licitações e serviços, no que tange às obrigações desta perante seus
contratos da Administração Pública (Lei nº 8.666/93) ou (ii) qualquer trabalhadores.
responsabilização objetiva do Estado (art. 37, § 6º, da Constituição Assim, por não comprovada a devida fiscalização por parte da
da República). A questão é atinente exclusivamente ao fato de que Administração Pública, configura-se a culpa in vigilando, devendo-
deve ocorrer a devida fiscalização da empresa contratante se manter a responsabilidade subsidiária que lhe foi atribuída.
(Administração Pública) sobre as suas contratadas, ainda que tenha Acresça-se que todo o entendimento construído acima está em
ocorrido o processo licitatório. consonância com a revisão feita pelo C. Tribunal Superior do
O que ficou verdadeiramente evidenciado no caso em julgamento Trabalho à Súmula nº 331, itens IV, V e VI, do C. TST:
foi o notório descumprimento, por parte da Administração Pública, "IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos empregados vinculados ao contrato celebrado (Lei nº 8.666/93, art.
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da 67)" Recl 14.947 RS.
relação processual e conste também do título executivo judicial. Pelos elementos dos autos, observo que não houve a fiscalização
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta da idoneidade para a contratação e não houve controle
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, concomitante à execução contratual das obrigações contratuais e
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das legais. Não se trata de responsabilidade objetiva sem apuração de
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na culpa. Não há culpa presumida, mas culpa in vigilando e in eligendo
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da comprovada, e o descumprimento dos deveres legais pelo ente
prestadora de serviço como empregadora. A aludida público foi examinado.
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das A mensagem que se extrai do Excelso Supremo Tribunal Federal é
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente sempre no sentido da necessidade da Administração Pública
contratada. fiscalizar seus contratos administrativos para que não haja possível
VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange violação dos direitos dos trabalhadores envolvidos e,
todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período consequentemente, da responsabilidade subsidiária do Estado, o
da prestação laboral." que, por óbvio, gerará prejuízo ao erário.
A matéria fática é apreciada de modo adequado para concluir que o Verificado que a conduta omissiva permitiu o inadimplemento das
poder público violou seu dever legal de fiscalização. obrigações trabalhistas, há causalidade mais do que o suficiente
A premissa constitucional assentada pelo Supremo Tribunal Federal para a Administração Pública ser responsabilizada
no julgamento da ADC 16 indica que a previsão legal de subsidiariamente.
inexistência de responsabilidade dos entes públicos trazida pelo Nego provimento." (fls. 371/377 - g. n.).
artigo 71 da Lei 8.666/93 não obsta a condenação subsidiária da
administração quando houver comprovada culpa do contratante De plano, afastam-se as alegações de violação dos artigos 2°, 22, I
pelo inadimplemento dos direitos trabalhistas dos empregados. e XXVI, 37, caput e XXI, e 48 da Constituição Federal, pois referidos
No caso dos autos, a culpa foi comprovada , não havendo que se dispositivos constitucionais não tratam especificamente da
falar em presunção, inexistência de demonstração de culpa ou controvérsia em tela.
silêncio sobre culpabilidade. Quanto ao mais, verifica-se que o acórdão regional está em
Cumpre-se a decisão judicial proferida pelo Supremo Tribunal consonância com a Súmula 331, V, do TST, na medida em que
Federal, com a observação importante do ministro Gilmar Mendes consignado que a quinta reclamada não fiscalizou o cumprimento
no sentido de que os órgãos de controle da União, dos Estados e das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato de prestação
dos Municípios devem exigir a fiscalização "porque realmente o pior de serviços firmado com a primeira reclamada, restando assente a
dos mundos pode ocorrer para o empregado que prestou o serviço, ocorrência da sua culpa in vigilando.
a empresa recebeu da Administração mas não cumpriu os deveres Evidenciada essa culpa nos autos, incide a responsabilidade
elementares." (ADC 16). A matéria infraconstitucional, observe-se, subjetiva, prevista nos artigos 186 e 927,caput, do Código Civil.
deve ser decidida no caso concreto, sendo que esta turma o fez Nos estritos limites do recurso de revista, não é viável reexaminar a
examinando os fatos e as provas, nos exatos termos da atual prova dos autos a respeito da efetiva conduta fiscalizatória do ente
redação do inciso V da Súmula 331 do TST que admite estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST.
responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da administração Nesse contexto, à luz do artigo 896, § 7º, da CLT e da Súmula 333
direta e indireta, "caso evidenciada a sua conduta culposa", e do TST, tem-se por inviável o processamento do recurso de revista
"especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações interposto pela quinta reclamada.
contratuais e legais da prestadora de serviços como empregadora" Por fim, não há falar em contrariedade à cláusula de reserva de
(grifei). plenário, pois não foi declarada a inconstitucionalidade do artigo 71,
Como bem decidiu por unanimidade dos votos, o Supremo Tribunal § 1º, da Lei nº 8.666/1993, mas apenas se concluiu, em harmonia
Federal, no julgamento da Reclamação Constitucional 14.947 RS de com o entendimento manifestado pelo próprio STF (ADC nº 16), que
Relatoria do Ministro Celso de Mello, DJe 01/08/2013, que a tal preceito legal não impede a responsabilização subsidiária do
declaração de constitucionalidade não impede, em cada situação, o ente público quando restar evidenciada, no caso concreto - como na
reconhecimento das cultas in omlttendo e in vigilando do poder presente hipótese -, a sua omissão em fiscalizar o cumprimento do
público, diante da existência de um dever legal das entidades de contrato de prestação de serviços (culpain vigilando).
fiscalizar a idoneidade das empresas que lhes prestam serviços. Nego provimento.
E o que se extrai de tal dever legal de fiscalização? Segundo o
Ministro Celso de Mello, no importante julgado, acompanhado por O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
nove outros ministros presentes àquela sessão plenária, foi que "o Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
dever legal das entidades públicas contratantes de fiscalizar a inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
idoneidade das empresas que lhes prestam serviços abrange não repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
apenas o controle prévio à contratação - consistente em exigir, das Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
empresas licitantes, a apresentação dos documentos aptos a mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
demonstrar a habilitação jurídica, a qualificação técnica, a situação encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
econômico-financeira, a regularidade fiscal e o cumprimento do automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
disposto no inciso XXXIII do artigo 7º da Constituição Federal (Lei nº pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
8.666/93, art. 27), mas compreende, também, o controle termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
concomitante à execução contratual, viabilizador, dentre outras Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
medidas, da vigilância efetiva e da adequada fiscalização do cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
cumprimento das obrigações trabalhistas em relação dos pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Administração Pública a prerrogativa de fiscalizar a execução dos
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do contratos administrativos resultantes de certame licitatório,
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de consoante se extrai do disposto no artigo 58, III, da Lei n.º 8.666/93,
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. de seguinte teor (os grifos não são do original):
Intime-se.
Publique-se. Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituídos
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a
prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
RENATO DE LACERDA PAIVA contratado;
Ministro Vice-Presidente do TST II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I
do art. 79 desta Lei;
Processo Nº ED-AIRR-0000792-75.2015.5.14.0401 III - fiscalizar-lhes a execução;
Complemento Processo Eletrônico IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do
Relator Min. Lelio Bentes Corrêa ajuste;
Embargante ESTADO DO ACRE V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens
Procurador Dr. Tanaela Elwanger Muller móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do
Procuradora Dra. Rosana Fernandes Magalhães contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
Biancardi
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na
Embargado MARIUZA BELO PEREIRA
hipótese de rescisão do contrato administrativo.
Advogado Dr. Faíma Jinkins Gomes(OAB:
3021/AC) § 1º As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos
Embargado W A DE ALMEIDA - EIRELI - ME administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância
do contratado.
Intimado(s)/Citado(s): § 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-
financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha
- ESTADO DO ACRE
o equilíbrio contratual.
- MARIUZA BELO PEREIRA
- W A DE ALMEIDA - EIRELI - ME
No mesmo diapasão, e dando consequência à prerrogativa
estabelecida no dispositivo legal anteriormente citado, estabelece o
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
artigo 67 da Lei n.º 8.666/93 o dever da Administração Pública de
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
acompanhar e fiscalizar a execução do contrato (os grifos foram
instrumento do recorrente.
acrescidos):
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
especifica nas razões recursais.
fiscalizada por um representante da Administração especialmente
É o relatório.
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
Decido.
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Consta do acórdão recorrido:
§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio
todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato,
(...)
determinando o que for necessário à regularização das faltas ou
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO
defeitos observados.
PÚBLICA.
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência
(...)
do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em
Ao exame.
tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
Controverte-se nos autos acerca da caracterização da
responsabilidade subsidiária da Administração Pública, na condição
O artigo 71 da Lei n.º 8.666/93, a seu turno, estabelece que os
de tomadora de serviços, em caso de inadimplemento da empresa
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais resultantes da execução
contratada como prestadora de serviços quanto aos direitos
do contrato são suportados pela empresa contratada, não se
trabalhistas de seus empregados, sob o enfoque dos critérios
transferindo à administração pública a responsabilidade por seu
estabelecidos na Lei n.º 8.666/93, que dispõe sobre licitações e
pagamento, em caso de inadimplência da empresa contratada. Eis
contratos administrativos no âmbito da Administração Pública.
o teor do referido dispositivo de lei (grifos acrescidos):
Para a habilitação no procedimento licitatório exige-se dos
interessados a documentação relativa à habilitação jurídica, à
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,
qualificação técnica, à qualificação econômico-financeira, à
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do
regularidade fiscal e ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII
contrato.
do artigo 7º da Constituição da República, nos termos do artigo 27
§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos
da Lei n.º 8.666/93. Cumpre à Administração Pública, portanto, na
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração
escolha da melhor proposta, por força de expressa previsão legal,
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar
contratar empresa que demonstre, dentre outros requisitos, a sua
o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras
idoneidade financeira.
e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis.
O legislador infraconstitucional, de igual forma, conferiu à
§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o
contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução 2ª Turma, DJe de 18/08/2011), com maior razão não se haverá de
do contrato, nos termos do art. 31 da Lei n.º 8.212, de 24 de julho admitir que o particular, contratado pela Administração Pública,
de 1991. enriqueça ilicitamente, a partir da sonegação de direitos
§ 3º (Vetado). fundamentais consagrados constitucionalmente ao trabalhador.
Ademais, o artigo 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93 não pode ser
Num tal contexto, observa-se que o legislador atribuiu à interpretado isoladamente de todo o arcabouço erigido na própria lei
Administração Pública prerrogativas peculiares no âmbito do regime em que se insere - indicativo, como já visto, do dever estatal de
jurídico dos contratos administrativos. Impôs, ainda, ao ente público fiscalizar o fiel cumprimento das obrigações contratuais e legais
contratante, o dever de fiscalizar a execução desses contratos, resultantes do contrato administrativo. Tampouco é dado à
podendo, até, proceder à sua alteração ou mesmo rescisão Administração Pública valer-se de mão de obra ofertada por
unilateral. Exsurge nítida, daí, a natureza de poder-dever da empresas inidôneas, ainda que contratadas mediante procedimento
Administração Pública que a lei atribui à fiscalização da execução licitatório, beneficiando-se da própria descura em fiscalizar o
dos contratos mantidos com terceiros, de cujo exercício não se cumprimento do contrato administrativo. Inegavelmente, referido
pode escusar a Administração, a fim de resguardar o interesse artigo deve ser interpretado sistemicamente, em consonância com
público. os artigos 58, III, e 67 da Lei n.º 8.666/93, que estabelecem de
Na condição de tomadora de serviços, portanto, cabe à forma inequívoca o poder-dever da Administração Pública de
Administração Pública fiscalizar atentamente, e de forma acompanhar e fiscalizar a execução do contrato.
permanente, o desempenho da empresa contratante, na medida em Vale agregar, por fim, que esse é o único entendimento compatível
que atribui ao particular a prestação de serviços no interesse do com as obrigações internacionalmente assumidas pelo Brasil, que
Estado, a quem compete respeitar, assegurar e promover os ratificou a Convenção n.º 94 da Organização Internacional do
direitos fundamentais previstos na Constituição da República. Trabalho sobre cláusulas laborais nos contratos públicos. Referida
Forçoso concluir, daí, a partir da interpretação teleológica e norma internacional, internalizada por meio do Decreto Legislativo
sistêmica do disposto no § 1º do artigo 71 da Lei n.º 8.666/93, que n.º 20, de 1965, estabelece, em seus artigos 1º e 2º, a obrigação do
tal dispositivo coíbe a transferência para a Administração Pública da Estado membro de assegurar que os trabalhadores contratados por
responsabilidade pessoal da empresa contratada, por força do mero particulares, para execução de contratos firmados com a
inadimplemento das obrigações trabalhistas, fiscais e comerciais Administração Pública ou custeados com recursos públicos,
resultantes do contrato administrativo. Não impede, porém, seja a desfrutem de condições de trabalho não menos favoráveis do que
administração pública responsabilizada, de forma subsidiária, aquelas estabelecidas pela legislação nacional, laudo arbitral,
quando caracterizada a sua conduta irregular e omissiva na convenção ou acordo coletivos para trabalho da mesma natureza,
vigilância do cumprimento das obrigações contratuais e legais no mesmo ramo de atividade e localidade em que executado. O
assumidas pela empresa contratada perante o empregado, afastamento do dever de vigilância, pela Administração Pública, do
recrutado em razão do contrato administrativo celebrado. fiel cumprimento das obrigações trabalhistas resultantes do contrato
Fosse intenção do legislador excluir totalmente a hipótese de administrativo faria letra morta a norma internacional, cujo escopo é
caracterização da responsabilidade subsidiária da Administração assegurar que as contratações pelo Poder Público contribuam para
Pública, em caso de culpa in vigilando - hipótese improvável e de a dignificação do trabalho, e não para o seu aviltamento
constitucionalidade duvidosa, na medida em que o instituto tem (consequência inexorável da adjudicação de contratos públicos para
como fundamento norma hipotética de validade do próprio prestação de serviços pelo critério do menor preço).
ordenamento jurídico -, assim o teria feito expressamente. Cumpre ressaltar que, no mesmo sentido da tese ora sufragada,
Num tal contexto, uma vez demonstrado inequivocamente o posicionou-se o Supremo Tribunal Federal, na sessão Plenária de
inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da empresa 24/11/2010, ocasião em que julgada a Ação Declaratória de
contratada, bem assim a conduta omissiva da Administração Constitucionalidade n.º 16/DF, ajuizada pelo Exmo. Governador do
Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar a execução do contrato Distrito Federal, cujo acórdão foi publicado no Dje de 09/09/2011.
administrativo, deve o ente público responder de forma subsidiária Decidiu a Corte Suprema, na ocasião, pela constitucionalidade do
pela lesão ao patrimônio jurídico do empregado. artigo 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93, tendo asseverado que o mero
Cumpre ressaltar, ainda, que, ante a premissa já registrada inadimplemento das obrigações trabalhistas pela empresa
anteriormente, no sentido de que compete ao Estado respeitar, contratada não transfere automaticamente para a Administração
assegurar e promover os direitos fundamentais previstos na Pública a responsabilidade pelo débito daí decorrente. É o que
Constituição da República - destacando-se, entre eles, os da consta da ementa do referido julgado, de seguinte teor:
dignidade humana e do valor social do trabalho -, bem assim em
face do princípio da legalidade, afigura-se impróprio pressupor que RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a
o legislador, ao adotar o artigo 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93, tenha administração pública. Inadimplência negocial do outro contratante.
pretendido eximir a Administração Pública de qualquer Transferência consequente e automática dos seus encargos
responsabilidade, em qualquer hipótese, pelo inadimplemento das trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do
obrigações trabalhistas derivadas do contrato, da lei e da contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência
Constituição da República, de responsabilidade primária da proibida pelo art. 71, § 1º, da Lei Federal n.º 8.666/93.
empresa contratada. Admitir tal raciocínio implicaria em anular a Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de
proteção outorgada pelo legislador constituinte a valores constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto
fundamentais e estruturantes da República Federativa do Brasil - vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei
esses sim, revestidos do caráter de interesse público em sentido Federal n.º 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada
estrito e original. pela Lei n.º 9.032, 1995. (ADC. 16/DF, Relator Exmo. Ministro Cezar
Se a ordem jurídica pátria rechaça a hipótese do enriquecimento Peluso, Dje. 09/09/2011).
estatal sem causa (RE 339.852-AgR, Relator Ministro Ayres Britto,
Consta, todavia, do referido acórdão, ressalva expressa do Relator, contrato administrativo em vigor com a primeira reclamada, inclusive
no que foi secundado pela maioria dos integrantes da Corte, no exigindo mês a mês, para liberação do pagamento todas as
sentido de excepcionar de tal regra a hipótese de descura do ente certidões exigidas por lei" (ID 9734c18 - pág. 6), na verdade não
público em fiscalizar o cumprimento do contrato administrativo. teve o cuidado de juntar nenhum documento que comprovasse sua
Com efeito, exsurge clara, da leitura do acórdão já referido, a alegação. Inclusive, pelo extrato do FGTS da reclamante juntado
conclusão de que, enquanto a mera inadimplência do contratado aos autos sob o ID 5d4c48f, constate-se que desde o início do
não enseja a transferência automática à Administração Pública da contrato de trabalho da reclamante, a empresa prestadora de
responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas serviços vinha atrasando constantemente os depósitos, não tendo o
decorrentes, daí não segue a impossibilidade de reconhecimento Estado do Acre tomada nenhuma providência capaz de evitar que
dessa responsabilidade, em caráter subsidiário, na hipótese de as irregularidades se perpetuassem. Logo, não há como afastar a
eventual omissão da Administração Pública no cumprimento da conclusão quanto à culpa do ente público em relação à contratada,
obrigação de fiscalizar o fiel adimplemento, pelo contratado, das na medida que se tivesse agido com diligência e realizado um
obrigações a que submetido, por força de lei ou do contrato. Tais acompanhamento contínuo da satisfação dos direitos dos
premissas constam do debate travado em sessão de julgamento, trabalhadores terceirizados que agiram em seu benefício, por certo,
registrado no acórdão prolatado na Ação Declaratória de não teriam sido inadimplidos os direitos reivindicados pela
Constitucionalidade n.º 16/DF, a seguir transcrito: reclamante. Assim, não procede a insurgência do recorrente de que
(...) o juízo de primeiro grau se utilizou de fatos genérico para
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - Na verdade, apresenta reconhecer a existência de culpa, pois foram observados vários
quitação em relação à Previdência, aos débitos anteriores. aspectos que comprovam a falta de fiscalização do ente público" -
O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E pp. 146/147 do eSIJ - grifos acrescidos.
RELATOR) - Dela. Isso é que gera responsabilidade que vem sendo Frise-se, por oportuno, que em sede de Recurso de Revista, em
reconhecida pela Justiça do Trabalho. Não é a inconstitucionalidade face de sua natureza extraordinária, apenas se admite o
da norma. A norma é sábia. Ela diz que o mero inadimplemento não reenquadramento jurídico da questão, o que deve ocorrer a partir
transfere a responsabilidade. O mero inadimplemento deveras não das premissas fáticas consignadas no acórdão prolatado pelo
transfere, mas a inadimplência da obrigação da Administração é Tribunal Regional, sendo inviável o revolvimento do substrato fático-
que lhe traz como consequência uma responsabilidade que a probatório dos autos. Destaque-se, ademais, que a SBDI-I desta
Justiça do Trabalho eventualmente pode reconhecer a despeito da Corte superior se posicionou no sentido da impossibilidade de, em
constitucionalidade da lei. instância extraordinária, alterar a conclusão do Tribunal Regional
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - O que estava acerca da valoração da prova produzida nos autos, ainda que
acontecendo, Presidente, é que, na quadra que se desenhou, a transcrita na decisão recorrida (TST-E-ED-RR-1007-
Justiça do Trabalho estava aceitando, de forma irrestrita, a 13.2011.5.09.0892, SBDI-I, Relator Ministro Aloysio Corrêa da
responsabilidade do ente estatal. Veiga, publicado no DEJT de 29/4/2016).
O SENHOR MINISTRO CEZAR PELUSO (PRESIDENTE E Impende salientar, por oportuno, que o Supremo Tribunal Federal,
RELATOR) - Agora há de ser no sentido de que ela vai ter de em situações similares, vem confirmando, em sede de reclamação,
examinar os fatos. Estou de acordo. Vai ter de examinar os fatos. a responsabilidade subsidiária da administração pública, quando
evidenciada, no caso concreto, a culpa in vigilando do ente público.
Nesse exato sentido passou a orientar-se a jurisprudência desta Atente-se, nesse sentido, para os seguintes precedentes da Corte
Corte superior, a partir da edição, pelo Tribunal Pleno, da Suprema (destaques acrescidos):
Resolução n.º 174, de 24/05/2011, de que resultou a inserção do
item V na Súmula n.º 331, cujo teor é o seguinte: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA
caso evidenciada sua conduta culposa no cumprimento das PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o
prestadora de serviço como empregadora. A aludida adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe
responsabilidade não decorre do mero inadimplemento das incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de
contratada. observância obrigatória-, não caracteriza afronta à ADC 16. 2.
Inviável o uso da reclamação para reexame de conjunto probatório.
Num tal contexto, resulta incensurável a decisão proferida pelo Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. (Rcl
egrégio Tribunal Regional, que, examinando a situação concreta 23458 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma,
dos autos, constatou a omissão da Administração Pública quanto ao julgado em 16/12/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-047
poder-dever de fiscalizar o cumprimento, pela contratada, das DIVULG 10-03-2017 PUBLIC 13-03-2017)
obrigações legais que lhe incumbiam, visto que não se desincumbiu (...)
de seu ônus de comprovar a efetiva fiscalização das obrigações
contratuais e trabalhistas. Correta, no caso, a imposição ao ente Saliente-se, por oportuno, que se afigura infrutífera a alegação de
público da obrigação de arcar, de forma subsidiária, com o afronta aos artigos 818 da Consolidação das Leis do Trabalho e
pagamento dos créditos trabalhistas reconhecidos à obreira. 373, I, do Código de Processo Civil de 2015, sob o enfoque da
Consignou a Corte de origem que "Apesar do ente público afirmar distribuição do ônus da prova. O Supremo Tribunal Federal, ao
em seu recurso que "comprovou documentalmente que fiscalizava o examinar a Reclamação n.º 13.272, Relatora Ministra Rosa Weber,
331 do Tribunal Superior do Trabalho à Administração Pública a decisão produz efeitos a partir da publicação da ata de
Direta representaria a prática de algo glosado pela Súmula julgamento, nos seguintes termos:
Vinculante n.º 10 da Suprema Corte; "EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
c) assentou-se, ainda, que, relativamente ao mesmo Supremo PROCESSAMENTO DA RECLAMAÇÃO CONDICIONADO À
Tribunal Federal, com base no que restou decidido na Rcl 3.632- JUNTADA DA ÍNTEGRA DO ACÓRDÃO DITO VIOLADO.
AgR (Redator para o acórdão o Ministro Eros Grau, Plenário, DJ PUBLICAÇÃO DA ATA DE JULGAMENTO DA AÇÃO DIRETA DE
18/08/2006), o entendimento daquela Corte no sentido de que "a INCONSTITUCIONALIDADE NO DIÁRIO DE JUSTIÇA. REFORMA
decisão de inconstitucionalidade produz efeito vinculante e eficácia DO ATO QUE NEGOU SEGUIMENTO À RECLAMAÇÃO 1. O
erga omnes desde a publicação da ata de julgamento e não da cabimento da reclamação não está condicionado a publicação do
publicação do acórdão" e que "a ata de julgamento publicada impõe acórdão supostamente inobservado. 2. A decisão de
autoridade aos pronunciamentos oriundos" daquela Corte. inconstitucionalidade produz efeito vinculante e eficácia erga omnes
Entretanto, torna-se importante transcrever, sobre a matéria, a desde a publicação da ata de julgamento e não da publicação do
manifestação do Ministro Cezar Peluso (Presidente e Relator da acórdão. 3. A ata de julgamento publicada impõe autoridade aos
ADC nº 16), in verbis: pronunciamentos oriundos desta Corte. 4. Agravo regimental
"Em relação a isso não tenho dúvida, nenhuma, eu reconheço a provido. (Rcl 3632 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO,
plena constitucionalidade da norma e, se o Tribunal a reconhecer, Relator(a) p/ Acórdão: Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado
como eventualmente poderá fazê-lo, a mim me parece que o em 02/02/2006, DJ 18-08-2006 PP-00018 EMENT VOL-02243-01
Tribunal não pode, neste julgamento, impedir que a Justiça PP-00116 RTJ VOL-00199-01 PP-00218 LEXSTF v. 28, n. 333,
Trabalhista, com base em outras normas, em outros princípios e à 2006, p. 247-249)"
luz dos fatos de cada causa, reconheça a responsabilidade da Entretanto, no presente caso não se trata de hipótese do
Administração." reconhecimento da responsabilidade de sociedade integrante da
Atualmente, o Colendo Tribunal Superior do Trabalho, e em razão Administração Indireta pelo mero inadimplemento de verbas
desta decisão, reviu os seus fundamentos, passando a reconhecer trabalhistas devidas pela prestadora de serviços, matéria que foi
a responsabilidade subsidiária, com fulcro nos artigos 58, III e 67, discutida nos autos do RE 760931, em sede de Repercussão Geral.
ambos da Lei n.º 8.666/93, nos termos constantes da ementa que In casu, observa-se a culpa in vigilando da Administração Pública
ora se transcreve, e cujo entendimento adota-se na íntegra: Indireta, uma vez que a segunda reclamada deixou de comprovar a
"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1. fiscalização no que diz respeito ao pagamento do saldo de salário
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO (16 dias de março de 2015), férias proporcionais (5/12), acrescidas
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a de 1/3 e 13º salário proporcional (3/12), bem como do FGTS relativo
controvérsia em consonância com a Súmula nº 331, IV, desta Corte ao mês de fevereiro de 2015, deixando, ainda, de comprovar que
Superior, que tem por fundamento, principalmente, a tivesse implementado qualquer medida no sentido de coibir o
responsabilidade subjetiva, decorrente da culpa in vigilando (arts. inadimplemento pela prestadora de serviços, seja por meio de
186 e 927 do Código Civil). Isso porque os arts. 58, III, e 67 da Lei aplicação de sanções ou retenção de valores.
nº 8.666/93 impõem à administração pública o dever de fiscalizar a A culpa in vigilando está caracterizada pela omissão da segunda ré
execução dos contratos administrativos de prestação de serviços quanto às providências que poderiam funcionar como inibidoras ou
por ela celebrados. No presente caso, o ente público tomador dos ressarcitórias no que concerne ao inadimplemento aqui perpetrado.
serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação, permitindo Pois se a segunda reclamada tivesse bem vigiado o cumprimento
que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar do contrato que celebrou, relativamente à empresa terceirizada, no
regularmente a seus empregados as verbas trabalhistas que lhes que se refere aos adimplementos obrigacionais aos quais estava
eram devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao sujeita a prestadora em decorrência do negócio entabulado pelas
art. 97 da CF e à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem desrespeito partes que ora integram o polo passivo, o pedido autoral não teria
à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da declaração de procedência. Não quitando, pois, a principal devedora, os créditos
inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas da da autora, responde o tomador também por todas as verbas
definição do alcance da norma inscrita no citado dispositivo com advindas dos contratos de trabalho de cujos serviços se beneficiou.
base na interpretação sistemática, em conjunto com as normas In casu, o autor foi contratado, em 21/10/2014, pela primeira ré
infraconstitucionais citadas acima. Processo: AIRR - 4900- (BSM Engenharia S/A), para prestar serviços em benefício da
04.2009.5.09.0303 Data de Julgamento: 23/03/2011, Relatora Petrobras, conforme se verifica no depoimento pessoal do
Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT representante legal da própria Petrobrás, constante do Id nº
25/03/2011" (Grifei) 9f34d3a, perdurando o contrato de trabalho até 14/02/2015, tendo a
Revela-se importante, aqui, mencionar a recente decisão proferida Petrobras juntado apenas o contrato n° 2050.0070195.11.2, firmado
pelo STF nos autos do RE 760931, a seguir transcrita: em 20/11/2011 e válido pelo prazo de cinco anos (Id n° aeb5917),
"O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Ministro Luiz Fux, sem qualquer evidência de efetiva fiscalização.
que redigirá o acórdão, vencido, em parte, o Ministro Marco Aurélio, A ação cautelar nº 0011654-16.2015.5.01.0483 foi ajuizada, pelo
fixou a seguinte tese de repercussão geral: "O inadimplemento dos Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Portuários em face da
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere BSM, para garantir a quitação das verbas rescisórias dos
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade empregados da BSM, não tendo sido o bloqueio realizado em razão
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos da fiscalização da segunda reclamada.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". Ausente, Assim, considerando-se que não foi trazido aos autos qualquer
justificadamente, o Ministro Celso de Mello. Presidiu o julgamento a documento, no sentido de comprovar a efetiva fiscalização, por
Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 26.4.2017." parte da Petrobras, quanto à execução do contrato firmado com a
Embora a mencionada decisão ainda não tenha sido publicada, o primeira ré, resta inafastável a declaração de sua responsabilidade
Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento no sentido de que subsidiária pelo adimplemento dos créditos deferidos em sentença.
Registre-se, ainda, que a exclusividade na prestação de serviços invocada a exceção de não cumprimento do contrato pela parte a
não é requisito para a responsabilização subsidiária. quem caiba a primeira providência para o cumprimento do contrato,
Destaque-se que o fato de os órgãos da Administração Pública in casu o prestador de serviços. No entanto, quem tem o direito de
valerem-se de procedimentos licitatórios para obterem a melhor realizar a última prestação pode procrastiná-la até mesmo a um
proposta para a celebração de contratos de prestação de serviços momento em que o outro contratante satisfaça a sua própria
não justifica a precarização dos direitos trabalhistas, uma vez que obrigação. Aliás, o atual artigo 477 do Código Civil, que
impostos a toda a sociedade, inclusive à Administração Pública, corresponde à segunda parte do que estabelecia o artigo 1092 do
constituindo direitos fundamentais do trabalhador. O risco da Código Civil anterior, dispõe que, uma vez concluído o contrato, se
terceirização deve ser arcado por aqueles que tentam se beneficiar sobrevier a alguma das partes a diminuição do seu patrimônio,
do referido instituto, em razão da impossibilidade da transferência capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação devida, pode
do risco do negócio para o trabalhador. Assim, o tomador de a parte credora recusar-se a cumprir a sua obrigação até que seja
serviços, incorrendo em culpa na fiscalização, deve arcar com as satisfeita a obrigação por parte de quem está na situação
obrigações trabalhistas não adimplidas, nos termos em que anteriormente referida, ou que a mesma lhe dê garantias de
discorridos nesta decisão. cumprimento, o que também não ocorreu in casu.
É importante, aqui, ressaltar o entendimento recentemente Cabe, ainda, reafirmar que a responsabilidade subsidiária do
sumulado por esta Corte Regional, nos verbetes de Súmulas n.º 41 tomador de serviços alcança a todas as parcelas de natureza
e 43, no sentido de que a constitucionalidade do §1º do artigo 71 da pecuniária não adimplidas pelo empregador, inclusive verbas
Lei n.º 8.666/93, declarada pelo STF no julgamento da ADC n.º 16, rescisórias, indenizações, benefícios decorrentes de normas
por si só não afasta a responsabilidade subsidiária da coletivas, depósitos do FGTS e multas, já que tudo decorre do
Administração Pública, quando esta decorre da falta de fiscalização, descumprimento de obrigações trabalhistas, conforme item VI da
recaindo sobre o ente da Administração Pública, que se beneficiou Súmula n.º 331 do C. TST, não sendo aplicável o disposto na
da mão de obra terceirizada, a prova da efetiva fiscalização do Súmula n.º 363, por não se tratar de contratação direta sem
contrato de prestação de serviços, situação que não se vislumbra concurso público pela Administração Pública.
nos presentes autos. Neste sentido, e a título de reforço, cite-se a Súmula n.º 13, deste E.
A fiscalização, neste caso, não se limita à execução do serviço TRT da 1ª Região:
contratado. É necessário que, durante todo período contratual, a "COMINAÇÕES DOS ARTIGOS 467 E 477 DA CLT.
Administração Pública observe a idoneidade da licitante, inclusive TERCEIRIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Nos
quanto às obrigações de natureza trabalhista, financeira, fiscal ou casos de terceirização de mão de obra, inserem-se na
técnica. responsabilidade subsidiária do tomador de serviços, ainda que se
Vale destacar que mais do que uma obrigação legal ou tratando de ente da Administração Pública Direta ou Indireta, as
constitucional, o ente público tem obrigação moral e social de cominações dos artigos 467 e 477 da CLT."
exercer a fiscalização dos contratos de prestação de serviços Registre-se que o pagamento do FGTS e da sua respectiva multa
firmados, por ser este o real beneficiário do labor prestado pelos de 40%, bem como das demais verbas rescisórias, a exemplo da
empregados da empresa terceirizada, não havendo, por este multa prevista no art. 477, §8º, da CLT, não decorre de "punição"
motivo, de se falar em violação aos dispositivos que definem a imposta à segunda reclamada, sendo mera decorrência da sua
competência para legislar e o processo legislativo. condenação subsidiária, a qual alcança a todas as obrigações de
Aduza-se, ainda, que em uma linha sequer está se afastando a pagar decorrentes da relação de trabalho, sem exceção, advenham
aplicação do art. 71 da Lei n.º 8.666/93, sendo reconhecida a ou não de culpa do tomador dos serviços, restando incólume o
responsabilidade subsidiária do ente público com base nos artigos inciso XLV do art. 5º da Constituição Federal, até porque sua
58, III, e 67, ambos da Lei n.º 8.666/93. invocação é imprópria, já que a disposição ali contida é aplicável em
Consoante tem o C. TST ressaltado, o art. 34 da Instrução âmbito penal.
Normativa n.º 2/2008 do MPOG, que dispõe sobre as regras e Não há qualquer violação ao princípio da legalidade, uma vez que a
diretrizes para a contratação de serviços, continuados ou não, por responsabilidade está sendo reconhecida com base na Súmula nº
parte dos órgãos ou entidades integrantes do Sistema de Serviços 331 do TST, que indica a consolidação de entendimento quanto à
Gerais - SISG, prevê que a fiscalização deve compreender a interpretação que deve ser dada à aos dispositivos legais, inclusive
verificação: de regularidade para com a Seguridade Social; do no que diz respeito à terceirização de atividade-meio.
recolhimento do FGTS; do pagamento de salários no prazo previsto Assim sendo, não merece reforma a sentença e não há qualquer
em lei; do fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação violação aos dispositivos suscitados no recurso.
quando cabível; do pagamento do 13º salário; da concessão de Nego provimento." (fls. 565/571 - g. n.).
férias e correspondente pagamento do adicional de férias, na forma Inicialmente, cumpre ressaltar que,embora a reclamada tenha
da lei; da realização de exames admissionais e demissionais e reiterado sua alegação de dissenso jurisprudencial, não logrou
periódicos, quando for o caso; de eventuais cursos de treinamento e demonstrar o enquadramento do seu recurso de revista no artigo
reciclagem que forem exigidos por lei; da comprovação do 896, "a", da CLT, pois não reproduziu, no presente agravo de
encaminhamento ao Ministério do Trabalho e Emprego das instrumento, os arestos que reputa divergentes.
informações trabalhistas exigidas pela legislação, tais como: a RAIS Quanto ao mais, verifica-se que o acórdão regional está em
e a CAGED; do cumprimento das obrigações contidas em consonância com a Súmula 331, V, do TST, na medida em que
convenção coletiva, acordo coletivo ou sentença normativa em consignado que a segunda reclamada não se desincumbiu do ônus
dissídio coletivo de trabalho e do cumprimento das demais de provar que fiscalizou o cumprimento das obrigações trabalhistas
obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados decorrentes do contrato de prestação de serviços firmado com a
vinculados ao contrato. primeira reclamada, restando assente a ocorrência da sua culpa in
E, na teoria geral dos contratos, tem-se também que quando as vigilando.
prestações não são simultâneas, mas sucessivas, não pode ser Evidenciada essa culpa nos autos, incide a responsabilidade
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência anteriormente, no sentido de que compete ao Estado respeitar,
do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em assegurar e promover os direitos fundamentais previstos na
tempo hábil para a adoção das medidas convenientes. Constituição da República - destacando-se, entre eles, os da
O artigo 71 da Lei n.º 8.666/93, a seu turno, estabelece que os dignidade humana e do valor social do trabalho -, bem assim em
encargos trabalhistas, fiscais e comerciais resultantes da execução face do princípio da legalidade, afigura-se impróprio pressupor que
do contrato são suportados pela empresa contratada, não se o legislador, ao adotar o artigo 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93, tenha
transferindo à administração pública a responsabilidade por seu pretendido eximir a Administração Pública de qualquer
pagamento, em caso de inadimplência da empresa contratada. Eis responsabilidade, em qualquer hipótese, pelo inadimplemento das
o teor do referido dispositivo de lei (grifos acrescidos): obrigações trabalhistas derivadas do contrato, da lei e da
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, Constituição da República, de responsabilidade primária da
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do empresa contratada. Admitir tal raciocínio implicaria em anular a
contrato. proteção outorgada pelo legislador constituinte a valores
§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos fundamentais e estruturantes da República Federativa do Brasil -
trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração esses sim, revestidos do caráter de interesse público em sentido
Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar estrito e original.
o objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras Se a ordem jurídica pátria rechaça a hipótese do enriquecimento
e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. estatal sem causa (RE 339.852-AgR, Relator Ministro Ayres Britto,
§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o 2ª. Turma, DJe de 18/08/2011), com maior razão não se haverá de
contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução admitir que o particular, contratado pela Administração Pública,
do contrato, nos termos do art. 31 da Lei n.º 8.212, de 24 de julho enriqueça ilicitamente, a partir da sonegação de direitos
de 1991. fundamentais consagrados constitucionalmente ao trabalhador.
§ 3º (Vetado). Ademais, o artigo 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93 não pode ser
Num tal contexto, observa-se que o legislador atribuiu à interpretado isoladamente de todo o arcabouço erigido na própria lei
Administração Pública prerrogativas peculiares no âmbito do regime em que se insere - indicativo, como já visto, do dever estatal de
jurídico dos contratos administrativos. Impôs, ainda, ao ente público fiscalizar o fiel cumprimento das obrigações contratuais e legais
contratante, o dever de fiscalizar a execução desses contratos, resultantes do contrato administrativo. Tampouco é dado à
podendo, até, proceder à sua alteração ou mesmo rescisão Administração Pública valer-se de mão de obra ofertada por
unilateral. Exsurge nítida, daí, a natureza de poder-dever da empresas inidôneas, ainda que contratadas mediante procedimento
Administração Pública que a lei atribui à fiscalização da execução licitatório, beneficiando-se da própria descura em fiscalizar o
dos contratos mantidos com terceiros, de cujo exercício não se cumprimento do contrato administrativo. Inegavelmente, referido
pode escusar a Administração, a fim de resguardar o interesse artigo deve ser interpretado sistemicamente, em consonância com
público. os artigos 58, III, e 67 da Lei n.º 8.666/93, que estabelecem de
Na condição de tomadora de serviços, portanto, cabe à forma inequívoca o poder-dever da Administração Pública de
Administração Pública fiscalizar atentamente, e de forma acompanhar e fiscalizar a execução do contrato.
permanente, o desempenho da empresa contratante, na medida em Vale agregar, por fim, que esse é o único entendimento compatível
que atribui ao particular a prestação de serviços no interesse do com as obrigações internacionalmente assumidas pelo Brasil, que
Estado, a quem compete respeitar, assegurar e promover os ratificou a Convenção n.º 94 da Organização Internacional do
direitos fundamentais previstos na Constituição da República. Trabalho sobre cláusulas laborais nos contratos públicos. Referida
Forçoso concluir, daí, a partir da interpretação teleológica e norma internacional, internalizada por meio do Decreto Legislativo
sistêmica do disposto no § 1º do artigo 71 da Lei n.º 8.666/93, que n.º 20, de 1965, estabelece, em seus artigos 1º e 2º, a obrigação do
tal dispositivo coíbe a transferência para a Administração Pública da Estado membro de assegurar que os trabalhadores contratados por
responsabilidade pessoal da empresa contratada, por força do mero particulares, para execução de contratos firmados com a
inadimplemento das obrigações trabalhistas, fiscais e comerciais Administração Pública ou custeados com recursos públicos,
resultantes do contrato administrativo. Não impede, porém, seja a desfrutem de condições de trabalho não menos favoráveis do que
administração pública responsabilizada, de forma subsidiária, aquelas estabelecidas pela legislação nacional, laudo arbitral,
quando caracterizada a sua conduta irregular e omissiva na convenção ou acordo coletivos para trabalho da mesma natureza,
vigilância do cumprimento das obrigações contratuais e legais no mesmo ramo de atividade e localidade em que executado. O
assumidas pela empresa contratada perante o empregado, afastamento do dever de vigilância, pela Administração Pública, do
recrutado em razão do contrato administrativo celebrado. fiel cumprimento das obrigações trabalhistas resultantes do contrato
Fosse intenção do legislador excluir totalmente a hipótese de administrativo faria letra morta a norma internacional, cujo escopo é
caracterização da responsabilidade subsidiária da Administração assegurar que as contratações pelo Poder Público contribuam para
Pública, em caso de culpa in vigilando - hipótese improvável e de a dignificação do trabalho, e não para o seu aviltamento
constitucionalidade duvidosa, na medida em que o instituto tem (consequência inexorável da adjudicação de contratos públicos para
como fundamento norma hipotética de validade do próprio prestação de serviços pelo critério do menor preço).
ordenamento jurídico -, assim o teria feito expressamente. Cumpre ressaltar que, no mesmo sentido da tese ora sufragada,
Num tal contexto, uma vez demonstrado inequivocamente o posicionou-se o Supremo Tribunal Federal, na sessão Plenária de
inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da empresa 24/11/2010, ocasião em que julgada a Ação Declaratória de
contratada, bem assim a conduta omissiva da Administração Constitucionalidade n.º16/DF, ajuizada pelo Exmo. Governador do
Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar a execução do contrato Distrito Federal, cujo acórdão foi publicado no Dje de 09/09/2011.
administrativo, deve o ente público responder de forma subsidiária Decidiu a Corte Suprema, na ocasião, pela constitucionalidade do
pela lesão ao patrimônio jurídico do empregado. artigo 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93, tendo asseverado que o mero
Cumpre ressaltar, ainda, que, ante a premissa já registrada inadimplemento das obrigações trabalhistas pela empresa
contratada não transfere automaticamente para a Administração cumprimento das normas trabalhistas, e em nenhum momento o
Pública a responsabilidade pelo débito daí decorrente. É o que Estado do Acre comprovou que fiscalizava as condições de trabalho
consta da ementa do referido julgado, de seguinte teor: ou a quitação individualizada dos compromissos trabalhistas da 1ª
reclamada, para com seus empregados, cujo ônus era seu.
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a Portanto, não há nos autos, seja por prova suficiente ou presunção
administração pública. Inadimplência negocial do outro contratante. legal, demonstração de efetiva fiscalização do contrato de prestação
Transferência consequente e automática dos seus encargos dos serviços pelo Ente Público tomador dos serviços" - p. 235 do
trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do eSIJ (grifos acrescidos).
contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência Impende salientar, por oportuno, que o Supremo Tribunal Federal,
proibida pelo art. 71, § 1º, da Lei Federal n.º 8.666/93. em situações similares, vem confirmando, em sede de reclamação,
Constitucionalidade reconhecida dessa norma. Ação direta de a responsabilidade subsidiária da administração pública, quando
constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto evidenciada, no caso concreto, a culpa in vigilando do ente público.
vencido. É constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei Atente-se, nesse sentido, para os seguintes precedentes da Corte
Federal n.º 8.666, de 26 de junho de 1993, com a redação dada Suprema (destaques acrescidos):
pela Lei n.º 9.032, 1995. (ADC. 16/DF, Relator Exmo. Ministro Cezar
Peluso, Dje. 09/09/2011). EMENTA AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO.
Consta, todavia, do referido acórdão, ressalva expressa do Relator, DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
no que foi secundado pela maioria dos integrantes da Corte, no OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA
sentido de excepcionar de tal regra a hipótese de descura do ente PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA
público em fiscalizar o cumprimento do contrato administrativo. ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da
Com efeito, exsurge clara, da leitura do acórdão já referido, a Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o
conclusão de que, enquanto a mera inadimplência do contratado adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe
não enseja a transferência automática à Administração Pública da incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova
responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de
decorrentes, daí não segue a impossibilidade de reconhecimento observância obrigatória-, não caracteriza afronta à ADC 16. 2.
dessa responsabilidade, em caráter subsidiário, na hipótese de Inviável o uso da reclamação para reexame de conjunto probatório.
eventual omissão da Administração Pública no cumprimento da Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. (Rcl
obrigação de fiscalizar o fiel adimplemento, pelo contratado, das 23458 AgR, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma,
obrigações a que submetido, por força de lei ou do contrato. Tais julgado em 16/12/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-047
premissas constam do debate travado em sessão de julgamento, DIVULG 10-03-2017 PUBLIC 13-03-2017).
registrado no acórdão prolatado na Ação Declaratória de (...)
Constitucionalidade n.º 16/DF, a seguir transcrito: Saliente-se, por oportuno, que se afigura infrutífera a alegação de
(...) afronta aos artigos 818 da Consolidação das Leis do Trabalho e
Nesse exato sentido passou a orientar-se a jurisprudência desta 373, I, do Código de Processo Civil de 2015, sob o enfoque da
Corte superior, a partir da edição, pelo Tribunal Pleno, da distribuição do ônus da prova. O Supremo Tribunal Federal, ao
Resolução n.º 174, de 24/05/2011, de que resultou a inserção do examinar a Reclamação n.º 13.272, Relatora Ministra Rosa Weber,
item V na Súmula n.º 331, cujo teor é o seguinte: Dje 03/09/2012, em sede liminar, sufragou entendimento no sentido
de que incumbe à Administração Pública o ônus da prova de sua
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta conduta comissiva. Nesse sentido, registrou-se que "O TRT da 3ª
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, Região embasou-se em aspectos fáticos do caso concreto,
caso evidenciada sua conduta culposa no cumprimento das indicativos de culpa in vigilando do ente público, ao registro, além
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na da inobservância do disposto no art. 67 da Lei 8.666/1993, do fato
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da de que "a recorrente não comprova ter fiscalizado, por qualquer
prestadora de serviço como empregadora. A aludida meio, a execução do contrato, especialmente quanto ao
responsabilidade não decorre do mero inadimplemento das cumprimento das obrigações contratuais devidas ao reclamante,
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente notadamente quanto às garantias previstas no art. 56 da Lei
contratada. 8.666/93, evidenciando-se a inércia do tomador na fiscalização
Num tal contexto, resulta incensurável a decisão proferida pelo Num quanto aos encargos trabalhistas e sociais referentes aos
tal contexto, resulta incensurável a decisão proferida pelo egrégio empregados que despenderam força de trabalho em seu favor"".
Tribunal Regional, que, examinando a situação concreta dos autos, Vale ressaltar, por derradeiro, que à Administração Pública
constatou a omissão da Administração Pública quanto ao poder- incumbia adotar medidas corretivas (podendo chegar até mesmo à
dever de fiscalizar o cumprimento, pela contratada, das obrigações rescisão do negócio jurídico) ao primeiro indício de inadimplência da
legais que lhe incumbiam, visto que não se desincumbiu de seu empresa contratada, constatado a partir da diligente fiscalização da
ônus de comprovar a efetiva fiscalização das obrigações contratuais execução do contrato administrativo firmado. A tanto estava
e trabalhistas. Correta, no caso, a imposição ao ente público da autorizada por força do disposto no artigo 78, I, da Lei n.º 8.666/93.
obrigação de arcar, de forma subsidiária, com o pagamento dos Não há falar, assim, em ônus excessivo para o ente público, que
créditos trabalhistas reconhecidos ao obreiro. dispunha de meios para desincumbir-se de sua obrigação legal,
Consignou a Corte de origem que "Não obstante a afirmação prevenindo a formação do passivo pelo qual é agora chamado a
recorrente no sentido de ter observado a legislação pertinente, o responder, de forma subsidiária.
fato é que não há prova de que havia adequada fiscalização com o Nesses termos, tendo em vista que a decisão proferida revela
objetivo de evitar irregularidades da 1ª reclamada, quanto ao estrita consonância com a jurisprudência cediça desta Corte
fiscalizava o cumprimento das obrigações contratuais e legais da independentemente de ter havido licitação, a possibilidade de
prestadora de serviço como empregadora. responsabilizar subsidiariamente os entes públicos pelas obrigações
Insurge-se o 2.º reclamado, ora recorrente, contra a trabalhistas inadimplidas pelas empresas que lhes prestam
responsabilidade subsidiária que lhe foi imposta, suscitando afronta serviços.
ao §1.º do art. 71 da Lei n.º 8.666/93, com base na ADC 16 do STF. Do acima exposto, não vislumbro a hipótese de violação do art. 71,
Sustenta, também, a ausência de prova da culpa in vigilando e in caput e § 1.º da Lei 8.666/93, assim como a necessidade de
eligendo, em relação às exigências da Lei n.º 8.666/93. apuração do nexo causal entre a conduta omissiva e o dano.
Suscita, ainda, a tese de nulidade da Decisão Colegiada por Descabe, ainda, eventual arguição de violação do inciso II, § 2.º do
violação da cláusula de reserva de plenário e por inobservância da art. 37 da Constituição Federal, na medida em que a alegação
correta distribuição do ônus probatório, não estando comprovada obreira concerne a responsabilidade subsidiária e não à hipótese de
sua conduta culposa. vínculo direto com o recorrente.
Segue o posicionamento adotado (destaque no original e Deve ser ressaltado, ainda, que a responsabilidade objetiva do
acrescido): Estado diz respeito ao dano causado por seus agentes, enquanto
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - (...) que a responsabilidade subjetiva deriva da culpa in vigilando,
(...) obviamente dos seus agentes, uma vez que lhes competia fiscalizar
Dessarte, em relação à responsabilidade subsidiária, ainda que não o correto cumprimento das obrigações trabalhistas devidas aos
exista vínculo empregatício direto entre o empregado e a tomadora seus empregados pelos prestadores de serviço.
dos serviços, hipótese dos autos, não há como se eximir esta última O Acórdão Regional encontra-se em perfeita sintonia com a
da responsabilidade supletiva pelas obrigações trabalhistas jurisprudência atual da Superior Corte Laboral, cristalizada na
inadimplidas pelas empresas prestadoras de serviços, verdadeiras Súmula n.º 331, item V, aspecto que obsta o seguimento do
empregadoras. Recurso de Revista sob quaisquer alegações, inclusive por
Ressalte-se que tal entendimento tem por primordial finalidade dissenso pretoriano, consoante regra do art. 896, §7.º, da CLT e
conferir ao trabalhador a garantia de seus direitos, tudo em Súmula n.º 333, também daquela Corte.
conformidade com os princípios adotados pela Constituição Federal, Verifica-se, ainda, que a revisão da matéria em comento exigiria a
de assegurar a dignidade da pessoa e os valores sociais do incursão no contexto fático-probatório dos autos, a fim de afastar a
trabalho (art. 1.º , III e IV). culpa in vigilando da parte Recorrente reconhecida no Aresto
Relativamente às alegações de que a responsabilização subsidiária impugnado, o que é incompatível com a natureza extraordinária do
com base na Súmula n.º 331 do TST importa em violação de Recurso, segundo Súmula n.º 126 do Excelso Trabalhista.
normas constitucionais e legais, não merece prosperar a Cabe enfatizar que os fundamentos lançados no Julgado guardam
insurgência estatal. Com efeito, a responsabilidade subsidiária do perfeita sintonia com as diretrizes atinentes à distribuição do ônus
tomador dos serviços encontra amparo no art. 37, parágrafo 6.º, da da prova - artigos 818 da CLT e 373 do CPC.
Carta Magna, que não pode se afastar dos princípios da moralidade De outro modo, observa-se que o entendimento proferido pela
e legalidade administrativos. Tampouco cabe alegação de que tal Turma Regional não traduz qualquer violação dos dispositivos
dispositivo seria inaplicável ao caso, por referir-se a constitucionais e legais invocados, inviabilizando a admissibilidade
responsabilidade objetiva extracontratual, pois não se pode do Recurso de Revista.
esquecer que a reclamante (trabalhadora da empresa terceirizada) Registre-se, por fim, que arestos provenientes do Supremo Tribunal
não se vincula contratualmente a administração, mas sofreu dano Federal, de Turma do TST ou de Órgão não especificado no art.
em função da omissão do representante da administração em 896, "a", da CLT, são inservíveis ao confronto de teses - Orientação
fiscalizar o contrato em tela. Jurisprudencial n.º 111 da SDI-I da Corte Revisora.
(...) Desatendidos, nessas circunstâncias, os requisitos de
No caso dos presentes autos, o Estado da Bahia não logrou êxito admissibilidade, encontra-se desaparelhado o Recurso de Revista,
em demonstrar que efetivamente fiscalizou o cumprimento do nos termos do art. 896 da CLT.
contrato de prestação de serviços celebrado com a primeira CONCLUSÃO
reclamada META TERCEIRIZAÇÕES E SERVIÇOS LTDA. (antiga DENEGO seguimento ao Recurso de Revista." (Grifos acrescidos)
AML SERVIÇOS E EMPREENDIMENTOS LTDA. - ME), obrigação A agravante não se conforma.
que encontra expressa previsão na Lei de Licitações. Ficou Afirma que, quanto à responsabilidade subsidiária da Administração
caracterizada, portanto, a conduta culposa do Ente Público, por Pública, exige-se a comprovação da culpa in vigilando, o que não foi
omissão, razão pela qual se impõe a sua responsabilização feito nos autos. Renova a alegação de violação dos arts. 97 da
subsidiária em razão da . E nem se alegue que culpa in vigilando o Constituição Federal e 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93, bem como
ônus de provar a conduta omissiva do Estado seria do obreiro ou contrariedade à Súmula Vinculante n.º 10.
que deveria haver demonstração cabal da sua desídia desde o Ao exame.
ajuizamento da inicial. Isso porque a simples leitura dos fatos Cinge-se a questão controvertida a examinar a possibilidade de
narrados na peça incoativa, associada ao exame das provas responsabilização subsidiária do integrante da Administração
produzidas nos autos, já demonstra a celebração de contrato de Pública, nos casos em que se discute a terceirização de serviços
prestação de serviços entre as reclamadas e o fato de que o labor pelo Poder Público, à luz do art. 71, § 1.º, da Lei n.º 8.666/93, da
se deu em favor do ente público. Tais elementos são suficientes ADC 16 e do Tema n.º 246 de Repercussão Geral.
para deflagrar a obrigação legal da autarquia federal em fiscalizar o A princípio, cumpre registrar que a atribuição de responsabilidade
cumprimento do contrato pela prestadora, sendo desta o ônus de subsidiária ao Poder Públicos não se contrapõe aos termos do art.
provar que se desonerou do seu encargo legal de vigiar a execução 71 da Lei n.º 8.666/93, quando constatada, por meio de prova
do contrato administrativo. inequívoca, a culpa in vigilando. Esse, aliás, foi o entendimento
Ademais, a atual redação dada ao item IV, da Súmula n.º 331 do esposado pelo Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento da
TST fez incluir, sem distinção de qualquer espécie e ADC n.º 16, no qual declarou a constitucionalidade do art. 71, § 1.º,
da Lei n.º 8.666/93, asseverando que a constatação da culpa in omissão, razão pela qual se impõe a sua responsabilização
vigilando, isto é, da omissão culposa da Administração Pública em subsidiária em razão da . E nem se alegue que culpa in vigilando o
relação à fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas ônus de provar a conduta omissiva do Estado seria do obreiro ou
pelas empresas contratadas, gera a responsabilidade do integrante que deveria haver demonstração cabal da sua desídia desde o
da administração pública. ajuizamento da inicial. Isso porque a simples leitura dos fatos
Tal posicionamento foi recentemente confirmado pela Suprema narrados na peça incoativa, associada ao exame das provas
Corte, ao julgar o Tema 246 da Repercussão Geral (RE produzidas nos autos, já demonstra a celebração de contrato de
760.931/DF), no qual foi fixada a seguinte tese: prestação de serviços entre as reclamadas e o fato de que o labor
"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do se deu em favor do ente público. Tais elementos são suficientes
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público para deflagrar a obrigação legal da autarquia federal em fiscalizar o
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em cumprimento do contrato pela prestadora, sendo desta o ônus de
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1.º, da Lei provar que se desonerou do seu encargo legal de vigiar a execução
n.º 8.666/93." (ATA DE JULGAMENTO N.º 10, de 26/4/2017, do contrato administrativo"
publicada no DJE de 2/5/2017.) Assim, no caso em tela, a questão esbarra no óbice da Súmula n.º
A expressão "automaticamente", utilizada na tese jurídica fixada na 126 do TST. Isso porque, o acórdão do regional consigna que a
Repercussão Geral, conforme se infere dos termos dos votos entidade pública, tomadora dos serviços, não adotou medidas
proferidos pelos ministros do STF, no julgamento do RE fiscalizatórias contra a empresa prestadora, inclusive quanto à
760.931/DF, não tem o condão de atrair a tese da situação dos contratos celebrados com seus empregados,
irresponsabilidade do integrante da Administração Pública pelos caracterizando, desta forma, a sua culpa in vigilando. Para a adoção
encargos trabalhistas devidos pela empresa prestadora de serviços, de tese contrária seria imprescindível o revolvimento de fatos e
mas apenas de confirmar o entendimento exarado na ADC 16, de provas, medida, contudo, obstada nesta fase recursal, por força do
que deve haver prova inequívoca da ausência de fiscalização do mencionado verbete sumular.
contrato para fins de autorizar a responsabilização subsidiária da Assim, não há falar-se na exclusão da responsabilidade subsidiária
Administração Pública. do ora agravante.
Ademais, há de se considerar igualmente a redação conferida à Nego provimento ao Agravo de Instrumento.
Súmula n.º 331 do TST, que, diante dos termos do julgamento do O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
STF, na ADC 16, regulou, especificamente, as questões relativas à Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
responsabilidade subsidiária, in verbis: inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
"SÚMULA N.º 331. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
LEGALIDADE. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
............................................................................................................. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
... encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
relação processual e conste também do título executivo judicial. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas Intime-se.
pela empresa regularmente contratada. Publique-se.
VI - A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
todas as verbas decorrentes da condenação, referentes ao período
da prestação laboral." (Grifos nossos.)
Esse verbete sumular, conquanto tenha sido editado em momento Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
anterior ao julgamento do Tema n.º 246 de Repercussão Geral pelo RENATO DE LACERDA PAIVA
STF, não se encontra em descompasso com o entendimento nele Ministro Vice-Presidente do TST
firmado, porquanto ressalta a necessidade de ser efetivamente
comprovada a culpa in vigilando para autorizar a sua Processo Nº Ag-AIRR-0020393-55.2015.5.04.0204
responsabilidade subsidiária pelas obrigações trabalhistas devidas Complemento Processo Eletrônico
pela empresa prestadora de serviços. Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
Quanto ao tema, assim registrou o Regional: Agravante ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
"No caso dos presentes autos, o Estado da Bahia não logrou êxito Procurador Dr. Daniel Homrich Schneider
em demonstrar que efetivamente fiscalizou o cumprimento do Agravado ESPÓLIO de NARA REJANE DE
BARCELOS NAIBERT
contrato de prestação de serviços celebrado com a primeira
Advogada Dra. Fabiane Henrich(OAB: 33102/RS)
reclamada META TERCEIRIZAÇÕES E SERVIÇOS LTDA. (antiga
Agravado GUSSIL PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
AML SERVIÇOS E EMPREENDIMENTOS LTDA. - ME), obrigação EIRELI - EPP
que encontra expressa previsão na Lei de Licitações. Ficou
caracterizada, portanto, a conduta culposa do Ente Público, por
RENATO DE LACERDA PAIVA julgado do tema de repercussão geral em comento, já que eventual
Ministro Vice-Presidente do TST acolhimento dos aclaratórios poderia ser objeto de novo
questionamento.
Processo Nº RE-A-AIRR-0216541-61.2005.5.09.0071 Contudo, a rejeição dos embargos declaratórios, na sessão Plenária
Processo Nº RE-A-AIRR-02165/2005-071-09-41.4 de 01/08/19, fez com que tal fundamento à manutenção do
sobrestamento não mais subsistisse, uma vez mantida a tese
Complemento Processo Eletrônico anteriormente fixada em seu inteiro teor.
Relator Relator do processo não cadastrado Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Recorrente CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Advogado Dr. José Linhares Prado Neto(OAB: pelo Supremo Tribunal Federal, determino o dessobrestamento dos
18806/DF)
autos e o seu encaminhamento ao órgão fracionário prolator da
Recorrido DIGIDATA CONSULTORIA E
SERVIÇOS DE PROCESSAMENTO decisão recorrida nestes autos, a fim de que se manifeste, nos
DE DADOS LTDA. termos do art. 1.030, II, do CPC, sobre a necessidade ou não de
Advogado Dr. Luiz Felipe Haj Mussi(OAB: exercer eventual juízo de retratação da decisão então proferida por
28707/PR)
aquele Colegiado.
Advogada Dra. Fabiana Cristina Violato Martins
Publique-se.
Recorrido PROBANK S.A.
Brasília, 17 de fevereiro de 2020.
Advogada Dra. Elionora Harumi Takeshiro(OAB:
2838/PR)
Advogado Dr. Luiz Francisco Lopes(OAB:
21302/RS) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Recorrido FABIANA LUNARDI RENATO DE LACERDA PAIVA
Advogado Dr. Laercion Antônio Wrubel(OAB: Ministro Vice-Presidente do TST
18923/PR)
do ente público, na modalidade in vigilando e in eligendo, sendo tão recurso que "Não há qualquer obrigação de a administração
somente presumida sua responsabilização (subjetiva) pelo fiscalizar os procedimentos do departamento de pessoal da
inadimplemento das verbas trabalhistas. Indica violação aos artigos empresa contratada" (ID 7b968d4 - Pág. 3), com o que permite
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93; e 97 da Constituição da República. concluir que não adotou com mais rapidez e efetividade as medidas
Invoca a ADC nº 16. Não renova o tema "adicional de previstas no contrato de prestação de serviços (por exemplo,
insalubridade", que resta precluso. Transcreve arestos. cláusula 17ª, ID 7c9e7df - Pág. 9-10).
Analisando o teor do Recurso de Revista, verifica-se que foram Nesse caminho, o art. 71 da Lei 8.666/93 é inaplicável ao caso dos
preenchidos os requisitos do artigo 896, § 1º-A, da CLT. Isso porque autos, porquanto houve culpa do segundo reclamado, já que a
foi transcrito o trecho do acórdão regional objeto de primeira reclamada, devedora principal, sonegou direitos básicos
prequestionamento, bem como foram demonstradas, de forma trabalhistas, e o recorrente não exerceu satisfatoriamente a
analítica, a contrariedade e as violações apontadas, não havendo fiscalização prevista no contrato, nem a de que trata o art. 67 da
falar em inobservância dos requisitos formais do art. 896, § 1º-A, da citada Lei. Na realidade, qualquer dispositivo de legislação ordinária
CLT. tendente a excluir a responsabilidade do ente público, contrário ao
Superado o óbice estabelecido no despacho agravado, prossigo no citado art. 37, § 6º, da Constituição, não se aplica frente à previsão
exame de admissibilidade do Recurso de Revista quanto às demais constitucional direcionada à responsabilização do ente pelos danos
questões (Orientação Jurisprudencial nº 282 da SBDI-1). causados, assim como disposições do contrato de prestação de
O Eg. TRT decidiu conforme a jurisprudência desta Eg. Corte, serviços, que têm efeito entre as partes signatárias, e não em
consubstanciada na Súmula nº 331, item V. relação a terceiros, como a reclamante.
No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E. (...)(fl. 540)
Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art. Esse entendimento não implica afronta ao art. 97 da Constituição da
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera República ou à Súmula Vinculante nº 10 do E. STF, nem
inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas, desrespeito à decisão proferida na ADC nº 16, pois não se trata de
não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
Administração Pública, tomadora de serviços. É necessário 8.666/93, mas da definição concreta do alcance das normas nela
evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações inscritas, de acordo com os próprios balizamentos estabelecidos
contratuais e legais da prestadora de serviços. pela E. Suprema Corte em controle abstrato de constitucionalidade.
Com base nesse entendimento, o Eg. TST acrescentou o item V à Cito julgados desta C. Turma que acolhem o entendimento exposto:
Súmula nº 331, nestes termos: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
(NOVA REDAÇÃO DO ITEM IV E INSERIDOS OS ITENS V E VI À PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. A decisão recorrida revela
REDAÇÃO) - RES. 174/2011, DEJT DIVULGADO EM 27, 30 E sintonia com a Súmula nº 331, V, desta Corte e com a diretriz
31.05.2011. perfilhada pelo STF no julgamento da ADC nº 16, tendo em vista
(...) que o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 veda apenas a transferência
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta de responsabilidade ao ente público pelo mero inadimplemento,
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, mas não constitui óbice à imposição de responsabilidade subsidiária
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das à Administração Pública pelos encargos trabalhistas quando
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na demonstrada sua omissão na fiscalização do contrato, restando
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da configurada a culpa in vigilando, hipótese dos autos. Agravo de
prestadora de serviço como empregadora. A aludida instrumento conhecido e não provido. (AIRR-687-
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das 79.2011.5.03.0099, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente 21/2/2014 - destaquei)
contratada. RECURSO DE REVISTA - PROCESSO ELETRÔNICO -
(...) ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. RESPONSABILIDADE
A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente a tomadora SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO
de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in DEMONSTRADA. O acórdão recorrido está em consonância com a
eligendo e in vigilando, aos seguintes fundamentos: Súmula 331, V, do TST, na medida em que o Regional manteve a
(...) responsabilidade subsidiária do ente da Administração Pública por
No caso, houve culpa do ente público, pois a empregadora ter sido demonstrada, no caso concreto, a culpa decorrente de
descumpriu obrigações trabalhistas básicas, tendo sido condenada conduta omissiva na fiscalização do cumprimento do contrato
ao pagamento, além das parcelas resilitórias, do adicional de firmado com o instituto prestador dos serviços. Logo, o
insalubridade em grau médio, horas extras, intervalos (previstos no conhecimento do Recurso de Revista esbarra no óbice da Súmula
Anexo II da NR-17 e intervalo do art. 384 da CLT), reflexos 333 do TST e do § 4º do art. 896 da CLT. Recurso de Revista não
decorrentes do reconhecimento da natureza salarial do auxílio- conhecido. (RR-2028-21.2012.5.03.0095, Relator Ministro Márcio
alimentação e indenização por dano moral, não tendo o recorrente Eurico Vitral Amaro, DEJT 21/2/2014 - destaquei)
trazido aos autos documentação que evidenciasse sua atuação Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
proativa e de forma eficiente no exercício da fiscalização do nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades
cumprimento das normas trabalhistas pela primeira reclamada, ônus indicadas. Incidem a Súmula nº 333; e o art. 896, § 7º, da CLT.
que lhe incumbia, já que, embora tenha constatado irregularidades Ao negar seguimento a Recurso improcedente, a decisão agravada
em relação às obrigações da primeira reclamada como foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC;
empregadora (como exemplificam as notificações do ID 705c32e e e 5º, LXXVIII, da Constituição da República.
seguintes), demorou para tomar medidas mais efetivas para evitar Nego provimento ao Agravo.
descumprimentos. Saliento que o próprio reclamado afirma em seu
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da responsabilidade da Administração decorre de sua conduta
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo negligente e essa só se caracteriza quando demonstrado pelo Autor
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja que foi a ausência de fiscalização, ou fiscalização deficiente, que
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). gerou o inadimplemento da prestadora dos serviços. É necessário
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de demonstrar o nexo de causalidade já referido". II. Dessa forma, a
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos decisão encontra-se em consonância com a ADC16 e tema 246 (RE
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 760931-DF), julgada pelo STF. III. Agravo interno de que se
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade conhece e a que se nega provimento.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Intime-se. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Publique-se. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
RENATO DE LACERDA PAIVA CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Ministro Vice-Presidente do TST retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Publique-se.
Processo Nº Ag-RR-0011302-65.2014.5.01.0007 Intime-se.
Complemento Processo Eletrônico Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Relator Desemb. Convocado Roberto Nobrega
de Almeida Filho
Agravante LEANDRO DA SILVA GOMES
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Luciano José Santana
Vasconcellos(OAB: 170108-A/RJ) RENATO DE LACERDA PAIVA
Advogada Dra. Priscila de Souza Paes da Ministro Vice-Presidente do TST
Rocha(OAB: 140312/RJ)
Agravado MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Processo Nº RR-0021324-98.2015.5.04.0029
Procuradora Dra. Karen Fernandes Saraiva Complemento Processo Eletrônico
Agravado VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
E SERVIÇOS LTDA. Recorrente ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Advogada Dra. Alessandra Pinto de Procuradora Dra. Paula Ferreira Krieger
Queiroz(OAB: 147730-D/RJ)
Recorrido ROBERTA NUNES GONÇALVES
Agravado MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO Advogada Dra. Amanda Salvini Dallagnol(OAB:
91063/RS)
Procuradora Dra. Eliane Araque dos Santos
Recorrido COMPENSE SERVIÇOS
EMPRESARIAIS LTDA. - ME
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado Dr. Baiar de Moraes Soares
- LEANDRO DA SILVA GOMES Filho(OAB: 77481/RS)
- MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Intimado(s)/Citado(s):
- VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS LTDA. - COMPENSE SERVIÇOS EMPRESARIAIS LTDA. - ME
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Trata-se de recursos extraordinários contra acórdão proferido pelo - ROBERTA NUNES GONÇALVES
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
recurso de revista em todos os seus temas e desdobramentos. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de
violação aos dispositivos da Constituição da República que revista do Estado do Rio grande do Sul.
especifica nas razões recursais. A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
É o relatório. violação aos dispositivos da Constituição da República que
Decido. especifica nas razões recursais.
Consta do acórdão recorrido: É o relatório.
AGRAVO INTERNO. RECURSO DE REVISTA. ACORDÃO Decido.
REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.2015/2014. Consta do acórdão recorrido:
ENTE PÚBLICO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO
TOMADOR DE SERVIÇOS. I. O despacho registrou que "a (...)
efeito jurídico de tal cláusula assegurar o direito do tomador de mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
serviços de eventual ajuizamento de ação regressiva), não encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
produzindo efeitos contra terceiros. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
(...) pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Por fim, a responsabilização subsidiária abrange todas as verbas e termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
vantagens devidas ao empregado pelo empregador, referentes ao Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
período em que o tomador se beneficiou dos serviços prestados cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
pelo trabalhador (no caso, todo contrato de trabalho), sejam elas de pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
natureza salarial ou indenizatória, até mesmo multas (inclusive a autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
multa de 40% do FGTS) e verbas rescisórias, e todos os ônus autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
decorrentes da condenação judicial, nos termos do item VI da CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
súmula 331 do TST e da orientação jurisprudencial 9 da SEEX retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
deste TRT4ª. Intime-se.
Nego provimento." (fls. 378/386 - g. n.) Publique-se.
Nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, a inadimplência da Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
empresa prestadora de serviços não transfere ao ente público a
responsabilidade pelo pagamento dos encargos trabalhistas e
fiscais. Exceção a tal regra apenas se verifica quando evidenciada Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
sua culpa in vigilando, o que acarreta a incidência da RENATO DE LACERDA PAIVA
responsabilidade subjetiva prevista nos artigos 186 e 927, caput, do Ministro Vice-Presidente do TST
Código Civil. Nesse sentido, aliás, dispõe o item V da Súmula 331
do TST, a seguir transcrito: Processo Nº ARR-0020958-61.2015.5.04.0384
"Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta Complemento Processo Eletrônico
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das Agravante e Recorrente UNIÃO (PGU)
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na Procurador Dr. Marcelo Alexandre Salles
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da Agravado e Recorrente ACN - SERVIÇOS DE LIMPEZA E
PORTARIA LTDA.
prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Advogada Dra. Roberta Schneider
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das Westphal(OAB: 16363/SC)
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente Agravado e Recorrido ELIETE MORAES REIS PEIXOTO
contratada." Advogado Dr. Amilton Paulo Bonaldo(OAB:
No caso em exame, o Regional afirmou a existência de culpa in 29580/RS)
vigilando, fundada no exercício deficiente do dever de fiscalização
do contrato de terceirização de serviços pela agravante. Intimado(s)/Citado(s):
Entretanto, a referida deficiência foi vinculada ao inadimplemento de - ACN - SERVIÇOS DE LIMPEZA E PORTARIA LTDA.
parcelas trabalhistas devidas ao reclamante. - ELIETE MORAES REIS PEIXOTO
Presumida a culpa, restou violado o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. - UNIÃO (PGU)
Ante o exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para
determinar o processamento do recurso de revista. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
II - RECURSO DE REVISTA Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
a) Conhecimento instrumento da recorrente.
Regular a representação processual (Súmula 436 do TST), A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
tempestivo o recurso de revista (fls. 403 e seq. 1, a08a624) e isento violação aos dispositivos da Constituição da República que
o segundo reclamado do preparo. especifica nas razões recursais.
Preenchidos, portanto, os pressupostos extrínsecos de É o relatório.
admissibilidade do recurso. Decido.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO Consta do acórdão recorrido:
PÚBLICA. CULPA PRESUMIDA
Conforme consignado no exame do agravo de instrumento, o (...)
recorrente logrou demonstrar violação do art. 71, § 1º, da Lei nº 2 - MÉRITO
8.666/93. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TERCEIRIZAÇÃO DE
Conheço do recurso de revista, com fulcro no art. 896, "c", da CLT. SERVIÇOS. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO
b) Mérito O Regional denegou seguimento ao recurso de revista com fulcro
Conhecido o recurso de revista por violação do art. 71, § 1º, da Lei no artigo 896, § 7°, da CLT e na Súmula 333 do TST.
nº 8.666/93, dou-lhe provimento para absolver o segundo reclamado A segunda reclamada impugna a decisão denegatória e reitera suas
da responsabilidade subsidiária que lhe foi imposta. alegações de contrariedade à Súmula 331, IV e V, do TST e
violação dos artigos 5°, II, e 37, caput e § 6°, da Constituição da
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da República. Alega, ainda, divergência jurisprudencial a respeito do
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo tema, contrariedade à Súmula 331, VI, do TST e violação dos
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja artigos 102, § 2°, da Constituição da República e 28, parágrafo
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). único, da Lei n° 9.868/1999. Sustenta que a Fazenda Pública não
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de responde de forma objetiva por eventual inadimplemento das
empresas terceirizadas e que a condenação está embasada no Assim, se não observado esse pressuposto legal, não há como
mero inadimplemento, sem caracterização de conduta culposa. aplicar, isoladamente, o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93 para isentar o
Sem razão. ente público da responsabilização subsidiária por créditos
O Regional consignou: trabalhistas. O cumprimento integral da Lei de Licitações é
pressuposto de incidência do referido dispositivo.
"1. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA É necessário destacar esse aspecto: o dever legal da administração
A reclamante não se conforma com a sentença que não reconheceu não se exaure com a observância de procedimento licitatório para
a responsabilização subsidiária da União, segunda reclamada, contratação de empresa prestadora de serviços. Isto porque o ente
pelos créditos decorrentes desta ação. público deve fiscalizar a execução do contrato e o respeito à
O juízo de origem, verificando a existência de contrato de prestação legislação trabalhista, sob pena de responder por créditos
de serviços, entendeu comprovado que havia fiscalização do sonegados aos trabalhadores. No caso, diversamente do juízo de
contrato laboral, ao fundamento de que "o segundo Reclamado origem, entende-se que a contratante, ente da administração
trouxe aos autos toda a documentação atinente ao contrato entre a pública, não provou a fiscalização do efetivo cumprimento da
Reclamante e o primeiro Reclamado, bem assim o contrato de legislação trabalhista pela prestadora. Registre-se que os
prestação de serviços a partir do Id. ea7bd13 - Pág. 5 e ss (...)". documentos trazidos a cotejo, correspondentes ao contrato de
E assim concluiu: prestação de serviços ajustado pelas reclamadas, CTPS, extratos
Neste contexto, considero que não houve culpa in vigilando , até do FGTS, contracheques e registros de ponto, não são suficientes
porque, as únicas verbas reconhecidas na presente reclamatória para demonstrar a efetiva fiscalização.
dizem respeito a controvérsia envolvendo o grau do adicional de Assim, a segunda reclamada - UNIÃO - agiu de forma negligente na
insalubridade pago à obreira e as diferenças de FGTS, ante a fiscalização do contrato, situação evidenciada inclusive pela
ausência de apresentação integral do extrato, circunstâncias que existência dos créditos reconhecidos na presente demanda, em que
não autorizam o reconhecimento de culpa quanto a fiscalização dos foram deferidas à autora diferenças do adicional de insalubridade,
encargos trabalhistas por parte do ente público. do grau médio para o grau máximo e também deferidas diferenças
Gize-se que tampouco há indícios nos autos de que a primeira do FGTS decorrentes do pacto laboral. Ressalta-se que restaram
Reclamada seja empresa inidônea financeiramente, restando reconhecidas em sentença justamente verbas devidas ao longo do
afastado a hipótese de culpa in eligendo. contrato de prestação de serviços, porém sem qualquer documento
Dessarte, não reconheço que o caso dos autos se amolda a que comprove a fiscaliz ação do mesmo.
situação prevista na Súmula 331, do E. TST, em especial seu item Não incide, no caso, a norma do art. 71, §1º, da Lei 8.666/93, que
V (...). pressupõe o integral cumprimento das demais disposições desse
Examino. diploma legal.
A reclamante foi admitida pela primeira reclamada, ACN - Ademais, importa referir que o art. 37, § 6º, da Constituição da
SERVICOS DE LIMPEZA E PORTARIA LTDA - ME, em República é expresso ao impor à administração pública o dever de
24/07/2012, para prestar serviços gerais de limpeza, tendo responder pelos danos que causar a terceiros, consolidando a
trabalhado em favor da segunda reclamada - UNIÃO, em razão de responsabilidade dos entes públicos.
contrato de prestação de serviços firmado entre as reclamadas, Tem-se, portanto, que a ausência de fiscalização do cumprimento
prestando atividades nas dependências do Foro Trabalhista de das obrigações trabalhistas (durante a integralidade do período em
Taquara. A rescisão contratual ocorreu em 01/07/2015. que vigente o contrato de prestação de serviços) implicou prejuízo à
Em contestação, as reclamadas defendem a legalidade da trabalhadora, que não pode ficar desamparada após ter despendido
contratação celebrada e a observância das obrigações trabalhistas. sua força de trabalho em favor do tomador de serviços.
Consta dos autos contratos de prestação de serviços de limpeza e Ainda, como visto, não se nega validade ao art. 71, § 1º, da Lei
conservação interna, no qual figura como parte contratante o 8.666/93, e nem se está a declarar sua inconstitucionalidade, mas
Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e como contratada a condiciona-se sua aplicação à observância dos demais requisitos
reclamada ACN - Serviços de Limpeza e Portaria Ltda. (ID. 0eb1c03 exigidos por essa lei, entendendo-se não ter incidência neste caso
- Pág. 1), os quais foram sendo renovados nos períodos concreto por ter o ente público sido negligente na fiscalização do
subsequentes, atingindo o lapso contratual da reclamante. contrato.
À evidência, a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços Assim, pelos fundamentos expendidos, dá-se provimento ao recurso
decorre justamente do benefício auferido com o labor prestado, da reclamante para declarar a segunda reclamada subsidiariamente
independendo da legalidade da contratação havida entre o tomador responsável pelos créditos reconhecidos na presente ação." (fls.
e prestador de serviços. 1.356/1.358 - g. n.).
No caso, é incontroversa a prestação de serviços pela reclamante De plano, afastam-se as alegações de divergência jurisprudencial,
nas dependências do Foro Trabalhista de Taquara. Assim, face ao contrariedade à Súmula 331, VI, do TST e violação dos artigos 102,
incontestável proveito obtido, cabe à segunda reclamada garantir, § 2°, da Constituição da República e 28, parágrafo único, da Lei n°
subsidiariamente, a satisfação do crédito trabalhista da empregada, 9.868/1999, porquanto inovatórias.
nos termos da Súmula 331, IV e V, do TST: Quanto aos mais, verifica-se que a controvérsia gira em torno da
(?) responsabilidade subsidiária do ente público.
A previsão contida no art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, dispositivo do Registre-se que as entidades estatais têm responsabilidade
qual se serve o ente público para pretender fugir à subsidiária pelos encargos trabalhistas e previdenciários das
responsabilização subsidiária, deve ser interpretada em empresas terceirizadas que contratam quando revelada sua culpa in
consonância com as demais disposições da Lei, especialmente o vigilando no que concerne ao cumprimento das legislações
art. 67, caput e § 1º, que prevê o dever de a administração pública trabalhista e previdenciária por parte da empresa contratada.
fiscalizar a execução dos contratos e determinar a regularização Nesse sentido, aliás, dispõe o item V da Súmula 331 do TST, a
das faltas ou defeitos. seguir reproduzido:
"Os entes integrantes da administração pública direta e indireta - VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS LTDA.
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas violação aos dispositivos da Constituição da República que
pela empresa regularmente contratada." especifica nas razões recursais.
No presente caso, verifica-se que o Regional entendeu haver É o relatório.
restado evidenciada a conduta culposa do segundo reclamado no Decido.
cumprimento das obrigações previstas na Lei nº 8.666/1993. Consta do acórdão recorrido:
Evidenciada essa culpa nos autos, incide a responsabilidade AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
subjetiva, prevista nos artigos 186 e 927, caput, do Código Civil. INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014.
Nos estritos limites do recurso de revista (artigo 896 da CLT), não é RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN
viável reexaminar a prova dos autos a respeito da efetiva conduta VIGILANDO. ÔNUS DA PROVA. DECISÃO EM CONSONÂNCIA
fiscalizatória do ente estatal (Súmula 126 do TST). COM A SÚMULA 331, V, DO TST. SÚMULAS 126, E 333 DO TST
Dessa forma, estando o acórdão regional em harmonia com a E ART. 896, "A", DA CLT. Nega-se provimento ao agravo de
Súmula 331, V, desta Corte, resta superada qualquer possibilidade instrumento que não logra desconstituir os fundamentos do
de processamento do recurso de revista, nos termos da Súmula 333 despacho que denegou seguimento ao recurso de revista. Agravo
do TST. de instrumento a que se nega provimento.
Nego provimento. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Publique-se.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Intime-se.
Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA Processo Nº AIRR-0100776-30.2016.5.01.0281
Ministro Vice-Presidente do TST Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
Processo Nº AIRR-0011185-71.2014.5.01.0008 Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Complemento Processo Eletrônico Procuradora Dra. Maria Beatriz Freitas de Oliveira
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro Procuradora Dra. Raquel do Nascimento Ramos
Rohr
Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Agravado ANA CLAUDIA MACEDO DA SILVA
Procurador Dr. Dárcio Augusto Chaves Faria
Advogado Dr. Paulo Fernandes Soares
Agravado MARIA DE LOURDES FERREIRA Júnior(OAB: 136506/RJ)
JORGE
Agravado BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS
Advogado Dr. Rômulo Lício da Silva(OAB: LTDA.
128865/RJ)
Advogado Dr. Arthur Lontra Costa(OAB:
Agravado VPAR LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA 114638/RJ)
E SERVIÇOS LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- ANA CLAUDIA MACEDO DA SILVA
- MARIA DE LOURDES FERREIRA JORGE
- BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA.
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO quanto à idoneidade da empresa prestadora, pois, caso contrário,
responderá pelos débitos contraídos pela contratada, ainda que
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo indiretamente, quando não verificada a fiscalização do cumprimento
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como
instrumento do recorrente. empregadora. Nesse sentido, o entendimento cristalizado no item V,
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta da Súmula n. 331, do c. TST, introduzido pelo Pleno do Tribunal
violação aos dispositivos da Constituição da República que Superior do Trabalho, por meio da Resolução n. 174 de 24/05/2011.
especifica nas razões recursais. A prestação de serviços por interposta pessoa, porém - e isso deve
É o relatório. ser ressaltado - continua sendo exceção à regra, ao menos à luz do
Decido. direito posto.
O Egrégio Pleno do Tribunal Superior do Trabalho, por meio da
(...) Resolução n. 174 de 24.05.2011, em seu artigo 2º, decidiu revisar o
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.TERCEIRIZAÇÃO DE teor da sua Súmula n. 331, alterando a redação do inciso IV e
SERVIÇOS. ENTE PÚBLICO. CULPAIN VIGILANDO acrescentando os incisos V e VI, nos seguintes termos:
O Regional denegou seguimento ao recurso de revista com fulcro (...)
no artigo 896, "a" e "c", da CLT e nas Súmulas 23, 296, I, e 337, I, A respeito dessa subsidiariedade, bastante elucidativas as palavras
"a", do TST. do Ministro VANTUIL ABDALA, verbis:
O segundo reclamado impugna a decisão denegatória e reitera suas (?)
alegações de divergência jurisprudencial, contrariedade à Súmula Quanto aos fundamentos doutrinários para a determinação da
331, V, do TST e violação dos artigos 5º, II, da Constituição Federal, responsabilidade subsidiária, lembrando CAIO MÁRIO DA SILVA
818 da CLT, 373, I, do CPC e 71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993. Alega, PEREIRA, arremata o insigne jurista:
ainda, contrariedade à Súmula 331, VI, do TST e ofensa aos artigos (...)
2º da Constituição Federal e 374, IV, do CPC. Insurge-se contra a Note-se que o aludido enunciado não consigna reconhecimento de
responsabilidade subsidiária que lhe foi imposta. Alega que o inconstitucionalidade de qualquer dispositivo legal, pelo que sua
Regional o condenou em razão do mero inadimplemento das aplicação prescinde da observância da cláusula de reserva de
obrigações trabalhistas pela primeira reclamada, sem averiguar o plenário.
descumprimento das obrigações previstas na Lei nº 8.666/1993. Destarte, é de se reconhecer a responsabilidade do tomador de
Assevera que o STF declarou a constitucionalidade do artigo 71, § serviços ainda que, em princípio, não responda pelos créditos
1º, da Lei nº 8.666/1993 em julgamento de ADC. Argumenta que trabalhistas dos empregados da empresa prestadora de serviços,
cabia à reclamante provar a ausência de fiscalização, ônus do qual porquanto presente culpa in eligendo. A terceirização permitida se
não se desincumbiu. revela uma tentativa global de redução dos índices de desemprego.
Sem razão. Entretanto, isto não se traduz em afastamento do trabalhador dos
O Regional consignou: seus direitos assegurados pela ordem jurídica. Nesse sentido, a
"Argumenta o recorrente que, na forma prevista no artigo 71 da Lei jurisprudência consolida entendimentos como o da Súmula n. 331,
n. 8.666/93, cuja constitucionalidade já foi reconhecida pelo do C. TST, supracitada.
Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Declaratória de É importante esclarecer, ainda, que a responsabilidade subsidiária
Constitucionalidade n. 16, não poderia se responsabilizar pelos do tomador dos serviços atinge toda a condenação imposta, nos
créditos devidos pela contratada em relação ao acionante. Afirma termos do item VI da Súmula n. 331 do C. TST, introduzido
que, na esteira decisão do Pretório Excelso e da Súmula n. 331 do recentemente por meio da resolução do Pleno do Tribunal Superior
C. TST, sua responsabilização dependeria da comprovação de dolo do Trabalho n. 174, de 24/05/2011 (DEJT de 27, 30 e 31.05.2011),
ou culpa, ônus que seria do autor e do qual ele não teria se acima transcrito.
desincumbido. Acrescenta que qualquer despesa pública O Supremo Tribunal Federal, em decisão proferida em 24.11.2010,
dependeria de previsão orçamentária e que a condenação julgou procedente a Ação Declaratória de Constitucionalidade n.
representaria burla às limitações constitucionais para o gasto com 16/2007, declarando a compatibilidade do § 1º do artigo 71 da Lei
pessoal. Sucessivamente, requer que a condenação se limite às 8.666/93 com a ordem constitucional vigente (Constituição Federal
verbas salariais, impugnando especificamente a indenização de 1988).
compensatória de 40% sobre o FGTS e a multa do art. 477, § 8º da E assim a recente decisão do E. STF, in verbis:
CLT, além de sustentar que não poderia ser condenada ao "AGRAVO REGIMENTAL NA RECLAMAÇÃO.
pagamento de verbas baseadas em normas coletivas. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ARTIGO 71, §1º, DA LEI
O Juízo de origem reconheceu sua responsabilidade subsidiária sob 8.666/93. CONSTITUCIONALIDADE. ADC N° 16.
o fundamento de que o réu teria agido com culpa in vigilando. IADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DEVER DE FISCALIZAÇÃO.
Não prospera o inconformismo. RESPONSABILIZAÇÃO DO ENTE PÚBLICO NOS CASOS DE
Inicialmente, deve-se pontuar ser incontroverso o fato de que o CULPA "IN ELIGENDO" E DE CULPA "IN VIGILANDO". REEXAME
recorrente era o tomador dos serviços da reclamante, ante a DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE.
inexistência de impugnação recursal específica. Além disso, os AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A
demonstrativos de pagamento coligidos ao feito (Id 2a8ddeb) aplicação do artigo 71, §1º, da Lei n° 8.666/93, declarado
registram que o local de trabalho da obreira era uma unidade constitucional pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da
educacional do recorrente. ADC Nº 16, não exime a entidade da Administração Pública do
Superada essa questão, passa-se à análise da responsabilidade dever de observar os princípios constitucionais a ela referentes,
propriamente dita. entre os quais os da legalidade e da moralidade administrativa. 2.
O tomador, ao escolher o caminho da terceirização, ainda quando As entidades públicas contratantes devem fiscalizar o cumprimento,
não viole as normas de tutela do trabalhador, deve diligenciar por parte das empresas contratadas, das obrigações trabalhistas
Nos estritos limites do recurso de revista (artigo 896 da CLT), não é reclamado não se desincumbiu do ônus de provar que fiscalizou o
viável reexaminar a prova dos autos a respeito da efetiva conduta cumprimento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato
fiscalizatória do ente estatal (Súmula 126 do TST). de prestação de serviços firmado pela prestadora, deixando assente
Dessa forma, estando o acórdão regional em harmonia com a a ocorrência da sua culpain vigilando. Recurso de revista não
Súmula 331, V, desta Corte, resta superada qualquer possibilidade conhecido." (TST-RR-10783-30.2016.5.15.0137, 8ª Turma, Rel. Min.
de processamento do recurso de revista, nos termos da Súmula 333 Márcio Eurico Vitral Amaro, DEJT 15/06/2018).
do TST. Nego provimento.
Ademais, vale ressaltar que, no entender desta Turma, o ônus da
prova da fiscalização do contrato de terceirização de serviços é do O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
ente público, seja por se tratar de fato impeditivo do direito Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
postulado, seja em razão do princípio da aptidão para a prova. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Logo, têm-se por ilesos os artigos 818 da CLT e 373, I, do CPC. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Nesse sentido, os seguintes julgados: Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
13.015/2014 E DO NCPC -RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA- encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ÔNUS DA PROVA- SÚMULA Nº automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
331, V E VI, DO TST 1. O acórdão regional está em harmonia com pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
o entendimento firmado na Súmula nº 331, itens V e VI, do TST, termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
uma vez que a responsabilização subsidiária do ente público Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
decorreu do reconhecimento de conduta culposa na fiscalização da cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
empresa prestadora. 2. Compete à Administração Pública o ônus da pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
prova quanto à fiscalização, considerando que: (i) a existência de autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
fiscalização do contrato é fato impeditivo, modificativo ou extintivo autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
do direito do reclamante; (ii) a obrigação de fiscalizar a execução do CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
contrato decorre da lei (artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93); e (iii) retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
não se pode exigir do trabalhador a prova de fato negativo ou que Intime-se.
apresente documentos aos quais não tenha acesso, em atenção ao Publique-se.
princípio da aptidão para a prova. Julgados. 3. O E. STF, ao julgar o Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Tema nº 246 de Repercussão Geral -responsabilidade
subsidiáriada Administração Pública por encargos trabalhistas
gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora de serviço, Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RE 760931 -, não fixou tese específica sobre a distribuição do ônus RENATO DE LACERDA PAIVA
da prova pertinente à fiscalização do cumprimento das obrigações Ministro Vice-Presidente do TST
trabalhistas. Recurso de Revista não conhecido." (TST-RR-12625-
80.2014.5.15.0051, 8ª Turma, Rel.ª Min.ª Maria Cristina Irigoyen Processo Nº Ag-AIRR-0001195-35.2013.5.02.0082
Peduzzi, DEJT de 14/12/2018) Complemento Processo Eletrônico
"RECURSO DE REVISTA.RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPAIN VIGILANDO. ÔNUS DA Agravante ESTADO DE SÃO PAULO
PROVA. A teor do artigo 373, II, do CPC/2015 (artigo 333, II, do Procuradora Dra. Claudia Helena Destefani Lacerda
CPC/1973), cabe ao ente integrante da Administração Pública Procuradora Dra. Renata Daniela Polli
comprovar que fiscalizou devidamente o cumprimento do contrato Agravado ABONA PARTICIPAÇÕES LTDA. E
OUTROS
administrativo de prestação de serviço, não se podendo exigir do
Advogada Dra. Cristina Mancuso Figueiredo
empregado terceirizado o ônus de provar o descumprimento desse Sacone(OAB: 162876/SP)
dever legal. De outra forma, os artigos 58, III, e 67 da Lei nº Advogado Dr. Antonio Carlos da Silva
8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de fiscalizar a Dueñas(OAB: 99584-D/SP)
execução dos contratos administrativos de prestação de serviços Advogado Dr. Vanessa Alves da Silva(OAB:
334735/SP)
por ela celebrados. No presente caso, o ente público tomador dos
Agravado JLA ALIMENTACAO LTDA
serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação, permitindo
Advogado Dr. Eduardo Tadeu Salazar(OAB:
que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar 204273-A/SP)
regularmente a sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram Agravado EDILEUZA DOS SANTOS VECESLAU
devidas. Por conseguinte, ficou configurada a culpain vigilando, DOMINGOS
hábil a justificar a atribuição deresponsabilidade subsidiária, nos Advogada Dra. Simone Pacheco Cirino de
Almeida(OAB: 291627/SP)
termos da Lei nº 8.666/93, dos artigos 186 e 927 do Código Civil, da
Agravado LE BAROM ALIMENTAÇÃO LTDA.
Súmula nº 331, V, do TST e das decisões proferidas pelo STF na
Agravado TERRA AZUL ALIMENTAÇÃO
ADC nº 16 e no RE nº 760.931. Recurso de revista não conhecido." COLETIVA E SERVIÇOS LTDA.
(TST-RR-449-77.2017.5.11.0018, 8ª Turma, Rel.ª Min.ª Dora Maria
da Costa, DEJT de 29/06/2018) Intimado(s)/Citado(s):
- ABONA PARTICIPAÇÕES LTDA. E OUTROS
"(...)RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIAENTE PÚBLICO. - EDILEUZA DOS SANTOS VECESLAU DOMINGOS
CULPAIN VIGILANDO. ÔNUS DA PROVA. SÚMULA 331, V, DO - ESTADO DE SÃO PAULO
TST. A decisão regional está em consonância com a Súmula 331, - JLA ALIMENTACAO LTDA
V, do TST, na medida em que consignado nos autos que o segundo
- LE BAROM ALIMENTAÇÃO LTDA. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
- TERRA AZUL ALIMENTAÇÃO COLETIVA E SERVIÇOS LTDA. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
violação aos dispositivos da Constituição da República que pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
especifica nas razões recursais. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
É o relatório. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Decido. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Consta da ementa do acórdão recorrido: pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
ANTERIOR À LEI 13.467/2017. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
ENTIDADES ESTATAIS. ENTENDIMENTO FIXADO PELO STF NA Publique-se.
ADC Nº 16-DF. SÚMULA 331, V, DO TST. RESPONSABILIDADE Intime-se.
SUBSIDIÁRIA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
CONDUTA CULPOSA NO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES
DA LEI 8.666/93 EXPLICITADA NO ACÓRDÃO REGIONAL. Em
observância ao entendimento fixado pelo STF na ADC nº 16-DF, Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
passou a prevalecer a tese de que a responsabilidade subsidiária RENATO DE LACERDA PAIVA
dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta não Ministro Vice-Presidente do TST
decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
assumidas pela empresa regularmente contratada, mas apenas Processo Nº Ag-AIRR-0010068-87.2018.5.03.0060
quando explicitada no acórdão regional a sua conduta culposa no Complemento Processo Eletrônico
cumprimento das obrigações da Lei 8.666, de 21.6.1993, Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações Agravante EMPRESA BRASILEIRA DE
CORREIOS E TELÉGRAFOS
contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. E
Advogada Dra. Ana Virgínia Batista Lopes de
o STF, ao julgar com repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou Souza(OAB: 16660/DF)
a tese já explicitada na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a Agravado ANILDA SILVA BARBOSA DE
responsabilidade da Administração Pública não pode ser OLIVEIRA
automática, cabendo a sua condenação apenas se houver prova Advogado Dr. Samuel Raimundo Rodrigues(OAB:
147539/MG)
inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na fiscalização
Agravado EMPREZA GESTÃO DE PESSOAS E
dos contratos, bem como atribuiu o ônus de provar o SERVIÇOS LTDA.
descumprimento desse dever legal ao trabalhador. No caso Advogada Dra. Carin Regina Martins Aguiar(OAB:
concreto, o TRT manteve a condenação subsidiária, delineando a 221579/SP)
culpa in vigilando da entidade estatal. Ainda que a Instância Advogado Dr. Nelson Wilians Fratoni
Rodrigues(OAB: 107878/MG)
Ordinária eventualmente mencione fundamentos não acolhidos pela
decisão do STF na ADC nº 16-DF e no RE nº 760.931, bem como
Intimado(s)/Citado(s):
pela maioria da Terceira Turma (que, a partir das decisões
proferidas pela Corte Máxima, quanto ao ônus da prova, entende - ANILDA SILVA BARBOSA DE OLIVEIRA
que é do empregado o encargo de comprovar a conduta omissiva - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS
ou comissiva na fiscalização dos contratos; fica ressalvado o - EMPREZA GESTÃO DE PESSOAS E SERVIÇOS LTDA.
entendimento deste Relator, que aplicaria, ao invés, a teoria da
inversão do ônus probatório prevista nos preceitos da legislação Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
processual civil e da lei de proteção ao consumidor, prevista no art. Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que, manifestamente, afirmou o agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
TRT que houve culpa in vigilando da entidade estatal quanto ao A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora violação aos dispositivos da Constituição da República que
de serviços terceirizados. A configuração da culpa in vigilando, caso especifica nas razões recursais.
afirmada pela Instância Ordinária (como ocorreu nos presentes É o relatório.
autos), reitere-se, autoriza a incidência da responsabilidade Decido.
subsidiária da entidade tomadora de serviços (arts. 58 e 67 da Lei Consta da ementa do acórdão recorrido:
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil). Assim sendo, a decisão
agravada foi proferida em estrita observância às normas AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE
processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a", REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E
do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou ANTERIOR À LEI 13.467/2017. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA.
reconsideração. Agravo desprovido. ENTIDADES ESTATAIS. ENTENDIMENTO FIXADO PELO STF NA
ADC Nº 16-DF. SÚMULA 331, V, DO TST. RESPONSABILIDADE
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da SUBSIDIÁRIA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE
CONDUTA CULPOSA NO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
DA LEI 8.666/93 EXPLICITADA NO ACÓRDÃO REGIONAL. Em RENATO DE LACERDA PAIVA
observância ao entendimento fixado pelo STF na ADC nº 16-DF, Ministro Vice-Presidente do TST
passou a prevalecer a tese de que a responsabilidade subsidiária
dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta não Processo Nº Ag-RR-0002127-70.2016.5.11.0016
decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas Complemento Processo Eletrônico
assumidas pela empresa regularmente contratada, mas apenas Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
quando explicitada no acórdão regional a sua conduta culposa no Agravante ESTADO DO AMAZONAS
cumprimento das obrigações da Lei 8.666, de 21.6.1993, Procurador Dr. Thiago Oliveira Costa
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações Agravado JOSEFA PINHEIRO MONTEIRO
contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. E Advogado Dr. Wiston Feitosa de Sousa(OAB:
6596/AM)
o STF, ao julgar com repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou
Advogado Dr. Ademário do Rosário
a tese já explicitada na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a Azevedo(OAB: 2926/AM)
responsabilidade da Administração Pública não pode ser Agravado TOTAL SAÚDE SERVIÇOS MÉDICOS
automática, cabendo a sua condenação apenas se houver prova E ENFERMAGEM LTDA.
inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na fiscalização
dos contratos, bem como atribuiu o ônus de provar o Intimado(s)/Citado(s):
descumprimento desse dever legal ao trabalhador. No caso - ESTADO DO AMAZONAS
concreto, o TRT manteve a condenação subsidiária, delineando a - JOSEFA PINHEIRO MONTEIRO
culpa in vigilando da entidade estatal. Ainda que a Instância - TOTAL SAÚDE SERVIÇOS MÉDICOS E ENFERMAGEM
LTDA.
Ordinária eventualmente mencione fundamentos não acolhidos pela
decisão do STF na ADC nº 16-DF e no RE nº 760.931, bem como
pela maioria da Terceira Turma (que, a partir das decisões Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
proferidas pela Corte Máxima, quanto ao ônus da prova, entende Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
que é do empregado o encargo de comprovar a conduta omissiva agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
ou comissiva na fiscalização dos contratos; fica ressalvado o A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
entendimento deste Relator, que aplicaria, ao invés, a teoria da violação aos dispositivos da Constituição da República que
inversão do ônus probatório prevista nos preceitos da legislação especifica nas razões recursais.
processual civil e da lei de proteção ao consumidor, prevista no art. É o relatório.
6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que, manifestamente, afirmou o Decido.
TRT que houve culpa in vigilando da entidade estatal quanto ao Consta da ementa do acórdão recorrido:
cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora AGRAVO. RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE
de serviços terceirizados. A configuração da culpa in vigilando, caso DA LEI 13.015/2014 E ANTERIOR À LEI 13.467/2017.
afirmada pela Instância Ordinária (como ocorreu nos presentes TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA. ENTIDADES ESTATAIS.
autos), reitere-se, autoriza a incidência da responsabilidade ENTENDIMENTO FIXADO PELO STF NA ADC Nº 16-DF. SÚMULA
subsidiária da entidade tomadora de serviços (arts. 58 e 67 da Lei 331, V, DO TST. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil). Assim sendo, a decisão NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE CONDUTA CULPOSA
agravada foi proferida em estrita observância às normas NO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES DA LEI 8.666/93
processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a", EXPLICITADA NO ACÓRDÃO REGIONAL. Em observância ao
do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou entendimento fixado pelo STF na ADC nº 16-DF, passou a
reconsideração. Agravo desprovido. prevalecer a tese de que a responsabilidade subsidiária dos entes
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da integrantes da Administração Pública direta e indireta não decorre
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja pela empresa regularmente contratada, mas apenas quando
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). explicitada no acórdão regional a sua conduta culposa no
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de cumprimento das obrigações da Lei 8.666, de 21.6.1993,
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. E
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade o STF, ao julgar com repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos a tese já explicitada na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". responsabilidade da Administração Pública não pode ser
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema automática, cabendo a sua condenação apenas se houver prova
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na fiscalização
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos dos contratos, bem como atribuiu o ônus de provar o
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes descumprimento desse dever legal ao trabalhador. No caso
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do concreto, o TRT manteve a condenação subsidiária, delineando a
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de culpa in vigilando da entidade estatal. Ainda que a Instância
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Ordinária eventualmente mencione fundamentos não acolhidos pela
Publique-se. decisão do STF na ADC nº 16-DF e no RE nº 760.931, bem como
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. pela maioria da Terceira Turma (que, a partir das decisões
proferidas pela Corte Máxima, quanto ao ônus da prova, entende
que é do empregado o encargo de comprovar a conduta omissiva
ou comissiva na fiscalização dos contratos; fica ressalvado o Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
entendimento deste Relator, que aplicaria, ao invés, a teoria da instrumento do recorrente.
inversão do ônus probatório prevista nos preceitos da legislação A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
processual civil e da lei de proteção ao consumidor, prevista no art. violação aos dispositivos da Constituição da República que
6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que, manifestamente, afirmou o especifica nas razões recursais.
TRT que houve culpa in vigilando da entidade estatal quanto ao É o relatório.
cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora Decido.
de serviços terceirizados. A configuração da culpa in vigilando, caso Consta do acórdão recorrido:
afirmada pela Instância Ordinária (como ocorreu nos presentes
autos), reitere-se, autoriza a incidência da responsabilidade (...)
subsidiária da entidade tomadora de serviços (arts. 58 e 67 da Lei RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - ADMINISTRAÇÃO
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil). Assim sendo, a decisão PÚBLICA - CULPA IN VIGILANDO COMPROVADA
agravada foi proferida em estrita observância às normas O Eg. Tribunal Regional manteve os fundamentos da sentença que
processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a", condenara subsidiariamente o Estado do Rio Grande do Sul pelos
do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou débitos trabalhistas, aos seguintes fundamentos:
reconsideração. Agravo desprovido. (...)
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da Relevante observar no caso em exame que o Estado do Rio Grande
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo do Sul como tomador dos serviços do autor falhou nos deveres de
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja fiscalização e cuidado, na medida em que não comprovou ter agido
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). de forma suficientemente vigilante, pois sonegados direitos como o
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de adicional de insalubridade e depósitos no FGTS na vigência do
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos contrato. Tais elementos evidenciam que o tomador desconsiderou
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere o direito à saúde e segurança do trabalhador durante a prestação, o
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade que remete à existência de culpa (negligência) e, portanto, nos
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos dos artigos 186 e 927 do Código Civil, o tomador dos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". serviços deve responder pelos prejuízos causados.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Reafirmo que a responsabilidade subsidiária atribuída ao recorrente
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada nestes autos, assim, não decorre do mero inadimplemento das
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos obrigações assumidas mediante licitação - ainda que encontre
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes autorização no Decreto-Lei n. 200/67 -, mas deriva de atuação
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do negligente do réu enquanto tomador que não fiscalizou
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de regularmente as obrigações da prestadora de serviços, o que difere
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. da aplicação da teoria da responsabilidade objetiva, entendimento
Publique-se. que não viola a obrigatoriedade da Administração Pública em
Intime-se. respeitar os princípios presentes no artigo 37, caput da CF, ou
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. mesmo o artigo 5º, II, também da CF.
(...)(fl. 539)
O Estado-Reclamado insurgiu-se contra a responsabilidade
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) subsidiária que lhe fora imputada. Afirmou que, no presente caso,
RENATO DE LACERDA PAIVA não existe hipótese para configurar a subsidiariedade, eis que tanto
Ministro Vice-Presidente do TST o contrato, como a legislação, dispõem expressamente no sentido
contrário. Alegou que não há culpa in vigilando, eis que a
Processo Nº ARR-0020957-89.2015.5.04.0024 fiscalização foi realizada pelo ente público quanto aos
Complemento Processo Eletrônico procedimentos trabalhistas da empresa contratada na forma e
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi alcance em que lhe é possível realizar, nos termos da legislação
Agravante, Recorrente e ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL vigente. Aponta violação ao art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93; e
Recorrido
afronta a Súmula Vinculante n° 10 do STF.
Procuradora Dra. Adriana Menezes de Simão Kuhn
No Agravo de Instrumento, renova os argumentos do Recurso
Procuradora Dra. Paula Ferreira Krieger
negado.
Agravado, Recorrente e LIDERANÇA LIMPEZA E
Recorrido CONSERVAÇÃO LTDA. O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte,
Advogada Dra. Eloísa Gomes Pazini(OAB: consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
26008/RS) No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o
Agravado e Recorrido MIGUEL PEIXOTO GOULART Excelso Supremo Tribunal Federal, declarando a
Advogado Dr. Gilnei Miguel Soares(OAB: constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o
52051/RS)
entendimento de que a mera inadimplência do contratado, em
relação às parcelas trabalhistas, não autoriza a responsabilização
Intimado(s)/Citado(s):
subsidiária do ente da Administração Pública, tomador de serviços.
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL É necessário evidenciar a conduta culposa na fiscalização das
- LIDERANÇA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA. obrigações contratuais e legais da prestadora de serviços.
- MIGUEL PEIXOTO GOULART Com base nesse entendimento, esta Eg. Corte acrescentou o item
V à Súmula nº 331, nestes termos:
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Não diviso as violações e contrariedades invocadas.
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 Nego provimento.
(...) O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
prestadora de serviço como empregadora. A aludida encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
contratada. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
(...) Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Na hipótese, a Eg. Corte de origem responsabilizou cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
subsidiariamente o tomador de serviços, por entender pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
concretamente caracterizada a culpa in vigilando, decorrente da autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
fiscalização deficiente no cumprimento das obrigações contratuais e autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
legais da prestadora de serviços como empregadora, conforme CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
acima transcrito. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Esse entendimento não implica afronta ao art. 97 da Constituição da Intime-se.
República ou à Súmula Vinculante nº 10 do E. STF, nem Publique-se.
desrespeito à decisão proferida na ADC nº 16, pois não se trata de Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
8.666/93, mas da definição concreta do alcance das normas nela
inscritas, de acordo com os próprios balizamentos estabelecidos Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
pela Suprema Corte em controle abstrato de constitucionalidade. RENATO DE LACERDA PAIVA
Cito julgados desta C. Turma que acolhem o entendimento ora Ministro Vice-Presidente do TST
exposto:
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. Processo Nº RR-0102077-87.2017.5.01.0471
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO Complemento Processo Eletrônico
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a Relator Min. Dora Maria da Costa
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código Recorrente ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e Procuradora Dra. Renata Cotrim Nacif
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de Recorrido ROSIMAR DA SILVA VELASCO
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de Advogada Dra. Mariana Seabra Ferreira(OAB:
155416/RJ)
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público,
Recorrido BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS
tomador dos serviços, não cumpriu adequadamente essa obrigação, LTDA.
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar Advogado Dr. Thiago Brock(OAB: 166794/RJ)
regularmente à sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
devidas. Saliente-se que referida conclusão não implica afronta ao Intimado(s)/Citado(s):
art. 97 da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, - BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA.
nem desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte - ESTADO DO RIO DE JANEIRO
da declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº - ROSIMAR DA SILVA VELASCO
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
Lei, com base na interpretação sistemática. Óbice da Súmula n° 333
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
do TST e do art. 896, § 7º, da CLT. Agravo de instrumento
Tribunal Superior do Trabalho que não conheceu do recurso de
conhecido e não provido. (AIRR-10008-49.2015.5.15.0137, 8ª
revista do recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, 9/3/2018)
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
II - RECURSO DE REVISTA DO MUNICÍPIO DE BELO
violação aos dispositivos da Constituição da República que
HORIZONTE - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA . ENTE
especifica nas razões recursais.
PÚBLICO.
É o relatório.
CULPA IN VIGILANDO DEMONSTRADA. A decisão do Regional
Decido.
está em consonância com a Súmula 331, V, do TST, na medida em
Consta da ementa do acórdão recorrido:
que o Regional declarou a responsabilidade subsidiária do ente da
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
Administração Pública , por ter sido demonstrada, no caso concreto,
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
a culpa decorrente de conduta omissiva na fiscalização do
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
cumprimento do contrato firmado com a empresa prestadora dos
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
serviços. Logo, o conhecimento do recurso de revista esbarra no
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
óbice da Súmula 333 desta Corte e do § 7º do art. 896 da CLT.
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
Recurso de revista não conhecido. (ARR-143400-
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público,
06.2009.5.03.0113, 8ª Turma, Relator Ministro Márcio Eurico Vitral
tomador dos serviços, não cumpriu adequadamente essa obrigação,
Amaro, DEJT 19/5/2017)
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE
regularmente à sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E
devidas. Saliente-se que essa conclusão não implica afronta ao art. ANTERIOR À LEI 13.467/2017. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA.
97 da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem ENTIDADES ESTATAIS. ENTENDIMENTO FIXADO PELO STF NA
desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da ADC Nº 16-DF. SÚMULA 331, V, DO TST. RESPONSABILIDADE
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº SUBSIDIÁRIA. NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa CONDUTA CULPOSA NO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES
Lei, com base na interpretação sistemática. Óbice da Súmula nº 333 DA LEI 8.666/93 EXPLICITADA NO ACÓRDÃO REGIONAL. Em
do TST e do art. 896, § 7º, da CLT. Recurso de revista não observância ao entendimento fixado pelo STF na ADC nº 16-DF,
conhecido. passou a prevalecer a tese de que a responsabilidade subsidiária
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da dos entes integrantes da Administração Pública direta e indireta não
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja assumidas pela empresa regularmente contratada, mas apenas
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). quando explicitada no acórdão regional a sua conduta culposa no
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de cumprimento das obrigações da Lei 8.666, de 21.6.1993,
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. E
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade o STF, ao julgar com repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos a tese já explicitada na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". responsabilidade da Administração Pública não pode ser
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema automática, cabendo a sua condenação apenas se houver prova
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na fiscalização
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos dos contratos, bem como atribuiu o ônus de provar o
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes descumprimento desse dever legal ao trabalhador. No caso
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do concreto, o TRT manteve a condenação subsidiária, delineando a
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de culpa in vigilando da entidade estatal. Ainda que a Instância
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Ordinária eventualmente mencione fundamentos não acolhidos pela
Intime-se. decisão do STF na ADC nº 16-DF e no RE nº 760.931, bem como
Publique-se. pela maioria da Terceira Turma (que, a partir das decisões
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. proferidas pela Corte Máxima, quanto ao ônus da prova, entende
que é do empregado o encargo de comprovar a conduta omissiva
ou comissiva na fiscalização dos contratos; fica ressalvado o
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) entendimento deste Relator, que aplicaria, ao invés, a teoria da
RENATO DE LACERDA PAIVA inversão do ônus probatório prevista nos preceitos da legislação
Ministro Vice-Presidente do TST processual civil e da lei de proteção ao consumidor, prevista no art.
6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que, manifestamente, afirmou o
Processo Nº Ag-AIRR-0001673-48.2017.5.09.0651 TRT que houve culpa in vigilando da entidade estatal quanto ao
Complemento Processo Eletrônico cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado de serviços terceirizados. A configuração da culpa in vigilando, caso
Agravante UNIÃO (PGU) afirmada pela Instância Ordinária (como ocorreu nos presentes
Procuradora Dra. Gisele Hatschbach Bittencourt autos), reitere-se, autoriza a incidência da responsabilidade
Agravado ROSICLEIA MARIA ALIONCO subsidiária da entidade tomadora de serviços (arts. 58 e 67 da Lei
CORREA
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil). Assim sendo, a decisão
Advogado Dr. Patricia Lazaretti Bosquiroli(OAB:
36482/PR) agravada foi proferida em estrita observância às normas
Agravado LABOR OBRAS EIRELI processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a",
Advogado Dr. Elaine Cyloá Carvalho do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou
Marques(OAB: 51679/PR) reconsideração. Agravo desprovido.
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Intimado(s)/Citado(s): Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
- LABOR OBRAS EIRELI inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
- ROSICLEIA MARIA ALIONCO CORREA repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
- UNIÃO (PGU) Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
violação aos dispositivos da Constituição da República que Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
especifica nas razões recursais. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
É o relatório. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Decido. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Consta na ementa do acórdão recorrido: autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Publique-se. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Intime-se. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
RENATO DE LACERDA PAIVA autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Ministro Vice-Presidente do TST autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Processo Nº AIRR-0102693-96.2016.5.01.0471 retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Complemento Processo Eletrônico Intime-se.
Relator Min. Dora Maria da Costa Publique-se.
Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Procuradora Dra. Maria Beatriz Freitas de Oliveira
Agravado MARIA DE LOURDES DE OLIVEIRA
CANTARINI PEREIRA
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Cláudia Tostes de Sá(OAB:
119271/RJ) RENATO DE LACERDA PAIVA
Agravado BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS Ministro Vice-Presidente do TST
LTDA.
Advogado Dr. Antonio Carlos Magalhães Processo Nº ED-AIRR-0002865-64.2016.5.11.0014
Furtado(OAB: 137614/RJ) Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Dora Maria da Costa
Intimado(s)/Citado(s):
Embargante AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE
- BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA. ENERGIA S.A.
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO Advogada Dra. Audrey Martins Magalhaes(OAB:
1231-A/PI)
- MARIA DE LOURDES DE OLIVEIRA CANTARINI PEREIRA
Embargado CARLOS ALBERTO MATOS
MARTINS
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Advogada Dra. Marly Gomes Capote(OAB: 7067-
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de B/AM)
instrumento do recorrente em todos os seus temas e Embargado D5 ASSESSORIAS E SERVIÇOS
EIRELI - EPP
desdobramentos.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Intimado(s)/Citado(s):
violação aos dispositivos da Constituição da República que
- AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A.
especifica nas razões recursais.
- CARLOS ALBERTO MATOS MARTINS
É o relatório.
- D5 ASSESSORIAS E SERVIÇOS EIRELI - EPP
Decido.
Consta da ementa do acórdão recorrido:
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
instrumento da recorrente em todos os seus temas e
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
desdobramentos.
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
violação aos dispositivos da Constituição da República que
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
especifica nas razões recursais.
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
É o relatório.
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
Decido.
tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
Consta da ementa do acórdão recorrido:
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
regularmente a sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
devidas. Saliente-se que essa conclusão não implica afronta ao art.
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
97 da CF ou à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem desrespeito à
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da declaração de
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas da
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
definição do alcance das normas inscritas nessa Lei, com base na
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
interpretação sistemática. Agravo de instrumento conhecido e não
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
provido.
tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
regularmente a seu empregado as verbas trabalhistas que lhe eram
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da vigilando, aos seguintes fundamentos:
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº (...)
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nesta No caso, ainda que se admita diligência na escolha da empresa
Lei, com base na interpretação sistemática. Agravo de instrumento prestadora de serviços, ou mesmo que tenham sido observados
conhecido e não provido. todos os procedimentos exigidos pela Lei de Licitações, nos termos
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da do art. 37, XXI, da Constituição da República, é certo que a
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo recorrente não cumpriu com a obrigação legal de fiscalizar o
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja adimplemento dos encargos assumidos pela empresa contratada.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Tanto assim é que, ao reclamante, foram deferidos direitos
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de sonegados, como indenização relativa aos tíquetes alimentação,
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos FGTS não depositados e verbas rescisórias, não tendo sido
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere apresentado qualquer documento que indique a aplicação de
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade penalidade à contratada em decorrência destas irregularidades.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Evidencia-se, pois, a culpa in vigilando da tomadora de serviços,
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". que é o bastante para justificar a manutenção da condenação
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema imposta em primeiro grau, com amparo nos arts. 186 e 927 do
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Código Civil. Ressalte-se, por fim, que a decisão proferida pelo
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Supremo Tribunal Federal na ADC 16 não invalida o entendimento
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes contido na Súmula 331/TST, pois ali apenas se reconheceu a
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do constitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/93, o que não impede a
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de imputação de responsabilidade subsidiária ao ente público quando
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. este concorrer com culpa in vigilando, como no caso.
Publique-se. (...)(fl. 530)
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
RENATO DE LACERDA PAIVA Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Ministro Vice-Presidente do TST mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Processo Nº Ag-AIRR-0011891-33.2016.5.03.0136 automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Complemento Processo Eletrônico pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Agravante CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Advogado Dr. Sérvio Túlio de Barcelos(OAB: cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
44698/MG)
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Advogado Dr. Alex Campos Barcelos(OAB:
117084/MG) autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Agravado EDVALDO BONJARDIM ROCHA autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Advogada Dra. Magda Ângela Ferreira CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Arantes(OAB: 85478/MG) retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Agravado TERCEIRIZA SERVIÇOS LTDA. Publique-se.
Advogado Dr. Luis Paulo Pereira da Silva(OAB: Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
163536-A/MG)
Intimado(s)/Citado(s):
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A RENATO DE LACERDA PAIVA
- EDVALDO BONJARDIM ROCHA Ministro Vice-Presidente do TST
- TERCEIRIZA SERVIÇOS LTDA.
Processo Nº AIRR-0012305-33.2016.5.15.0092
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Complemento Processo Eletrônico
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da Relator Min. Dora Maria da Costa
recorrente em todos os seus temas e desdobramentos. Agravante JORGE ANTONIO DE FREITAS
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Advogada Dra. Noemi Fernanda Alves
violação aos dispositivos da Constituição da República que Gaya(OAB: 272176/SP)
especifica nas razões recursais. Agravado RCM SERVIÇOS AUXILIARES DE
TRANSPORTE AÉREO EIRELI
É o relatório.
Agravado EMPRESA BRASILEIRA DE
Decido. INFRAESTRUTURA
Consta do acórdão recorrido: AEROPORTUÁRIA - INFRAERO
O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte, Advogada Dra. Cláudia Luiza Barbosa
Neves(OAB: 90911/SP)
consubstanciada na Súmula nº 331, item V, do TST.
A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente a tomadora
Intimado(s)/Citado(s):
de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in
- EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
AEROPORTUÁRIA - INFRAERO
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
- JORGE ANTONIO DE FREITAS
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
- RCM SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTE AÉREO
EIRELI Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
instrumento do recorrente em todos os seus temas e Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
desdobramentos. RENATO DE LACERDA PAIVA
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Ministro Vice-Presidente do TST
violação aos dispositivos da Constituição da República que
especifica nas razões recursais. Processo Nº RR-0012202-70.2016.5.15.0045
Complemento Processo Eletrônico
É o relatório.
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Decido.
Recorrente FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
Consta da ementa do acórdão recorrido: SÃO PAULO
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. Procuradora Dra. Ana Karina Silveira D'Elboux
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE INTEGRANTE DA Recorrido FRANCISCA OLIVIA DOS SANTOS
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. NÃO Advogado Dr. Andressa Ramos de Lima(OAB:
CONFIGURAÇÃO. JUNTADA DE DOCUMENTAÇÃO 351800/SP)
COMPROBATÓRIA DA FISCALIZAÇÃO. 1. Nos termos da Lei nº Recorrido OFICINA 3D TERCEIRIZAÇÃO DE
MÃO-DE-OBRA LTDA.
8.666/1993 e dos artigos 186 e 927 do CC, da decisão proferida
pelo STF na ADC nº 16 e do item V da Súmula nº 331 deste TST,
Intimado(s)/Citado(s):
para o reconhecimento da responsabilidade subsidiária do ente
público, é necessária a comprovação da sua conduta omissiva na - FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
fiscalização do cumprimento das obrigações decorrentes do - FRANCISCA OLIVIA DOS SANTOS
contrato entre tomador e prestador de serviços quanto às verbas - OFICINA 3D TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA LTDA.
trabalhistas. 2. Outrossim, em 30/3/2017, o STF reconheceu a
existência de repercussão geral da questão constitucional, Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
suscitada no RE nº 760.931, referente à responsabilidade dos entes Tribunal Superior do Trabalho que não conheceu do recurso de
integrantes da Administração Pública em caso de terceirização, revista em todos os seus temas e desdobramentos.
fixando, em 26/4/2017, a seguinte tese: "O inadimplemento dos A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere violação aos dispositivos da Constituição da República que
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade especifica nas razões recursais.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos É o relatório.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". 3. No presente caso, o Decido.
Tribunal Regional consignou que a segunda reclamada juntou farta Consta do acórdão recorrido:
documentação comprovando que, efetivamente, fiscalizava o RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI
cumprimento das obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias 13.015/2014 E ANTERIOR À LEI 13.467/2017. 1. TERCEIRIZAÇÃO
da primeira ré. 4. Dessa forma, não é possível extrair do acórdão TRABALHISTA. ENTIDADES ESTATAIS. ENTENDIMENTO
regional que o ente público, tomador dos serviços, não cumpriu FIXADO PELO STF NA ADC Nº 16-DF. SÚMULA 331, V, DO TST.
adequadamente essa obrigação. Não houve comprovação da RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. NECESSIDADE DE
inobservância, por parte do ente público, do dever de acompanhar e COMPROVAÇÃO DE CONDUTA CULPOSA NO CUMPRIMENTO
fiscalizar a execução dos contratos celebrados com a empresa DAS OBRIGAÇÕES DA LEI 8.666/93 EXPLICITADA NO
prestadora de serviços. 5. Por conseguinte, não há como afirmar ACÓRDÃO REGIONAL. 2. ALCANCE DA CONDENAÇÃO
que ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar a SUBSIDIÁRIA. SÚMULA 331, VI/TST. 3. JUROS DE MORA E
atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente público. Agravo CORREÇÃO MONETÁRIA. OJ 382/SBDI-1/TST E SÚMULA
de instrumento conhecido e não provido. 381/TST. Em observância ao entendimento fixado pelo STF na
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da ADC nº 16-DF, passou a prevalecer a tese de que a
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Administração Pública direta e indireta não decorre de mero
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de empresa regularmente contratada, mas apenas quando explicitada
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos no acórdão regional a sua conduta culposa no cumprimento das
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere obrigações da Lei 8.666, de 21.6.1993, especialmente na
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos prestadora de serviço como empregadora. E o STF, ao julgar com
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou a tese já explicitada
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a responsabilidade da
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Administração Pública não pode ser automática, cabendo a sua
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos condenação apenas se houver prova inequívoca de sua conduta
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos, bem como
atribuiu o ônus de provar o descumprimento desse dever legal ao
dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público, autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
tomador, não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
contrato pelo prestador. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Saliente-se, por oportuno, não haver falar em violação do art. 97 da retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 Intime-se.
do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à decisão Publique-se.
do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento da Ação Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão realizada no
dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93
compatível com a ordem constitucional vigente, notadamente com o Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988. RENATO DE LACERDA PAIVA
Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do Ministro Vice-Presidente do TST
citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo-
se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação Processo Nº ED-RR-0020826-20.2015.5.04.0023
sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face Complemento Processo Eletrônico
dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que Relator Min. Walmir Oliveira da Costa
possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente Embargante CRISTIANA VIEIRA MACIEL
público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando. Advogada Dra. Sandra Regina Andreatta(OAB:
40149/RS)
Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da
Embargado FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
referida ADC nº 16 (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
que "a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à DE PORTO ALEGRE
Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos Procurador Dr. Juliano de Angelis
encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual Embargado HAMIRISI SERVIÇOS DE
CONSERVAÇÃO E LIMPEZA LTDA.
omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as
Advogado Dr. Crystian Petterson Galante(OAB:
obrigações do contratado, não viesse a gerar essa 41295/PR)
responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 9/9/2011).
Ademais, não se cogita em violação do art. 818 da CLT, já que o Intimado(s)/Citado(s):
ônus da prova recai sobre o tomador dos serviços, o qual, como - CRISTIANA VIEIRA MACIEL
visto, tem obrigação legal de fiscalizar a execução do contrato (arts. - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA
58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, incumbia à Administração SAÚDE DE PORTO ALEGRE
Pública provar a existência de fiscalização efetiva, bem como - HAMIRISI SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO E LIMPEZA LTDA.
desconstituir a pretensão do reclamante.
Por outro lado, a decisão recorrida revela perfeita harmonia com a Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
jurisprudência pacífica desta Corte Superior, consubstanciada no Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de
item IV da Súmula nº 331, segundo o qual "a responsabilidade revista para absolver da condenação como responsável subsidiário
subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas a Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto
decorrentes da condenação referentes ao período da prestação Alegre.
laboral". Logo, despicienda é a argumentação recursal de que a A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
responsabilidade subsidiária não abrange as multas dos arts. 467 e violação aos dispositivos da Constituição da República que
477 da CLT e a multa de 40% do FGTS. especifica nas razões recursais.
Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em É o relatório.
consonância com a atual jurisprudência pacificada desta Corte Decido.
Superior, notadamente na Súmula nº 331, V, do TST, descabe Consta do acórdão recorrido:
cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição Federal (...)
ou de divergência jurisprudencial, porquanto já foi atingido o fim
precípuo do recurso de revista, incidindo, assim, o óbice previsto na CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.
Súmula nº 333 do TST e no art. 896, § 7º, da CLT. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO
Ante o exposto, nego provimento. PÚBLICA. NÃO CARACTERIZAÇÃO DE CULPA "IN VIGILANDO"
E "IN ELIGENDO". CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 71, § 1º,
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da DA LEI Nº 8.666/93. ADC 16-DF
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja (...)
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Nas razões do recurso de revista, a Fundação reclamada sustenta
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de que deve ser afastada a sua condenação como responsável
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos subsidiário pelos débitos trabalhistas não adimplidos pela
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere prestadora de serviços, ao argumento de que essa responsabilidade
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade não lhe pode ser imputada com amparo no mero inadimplemento
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos das obrigações trabalhistas de responsabilidade da empresa
prestadora de serviços. Indica violação do art. 71, § 1º, da Lei nº 4. A Teoria da Administração qualifica a terceirização (outsourcing)
8.666/93, além de contrariedade à Súmula 331, V, do TST. como modelo organizacional de desintegração vertical, destinado ao
O recurso alcança conhecimento. alcance de ganhos de performance por meio da transferência para
No exame da temática atinente à responsabilidade subsidiária da outros do fornecimento de bens e serviços anteriormente providos
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo pela própria firma, a fim de que esta se concentre somente
inadimplemento de empresa prestadora de serviço, o Plenário do naquelas atividades em que pode gerar o maior valor, adotando a
Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário função de "arquiteto vertical" ou "organizador da cadeia de valor".
760.931/DF (leading case), submetido à sistemática da repercussão 5. A terceirização apresenta os seguintes benefícios: (i)
geral, fixou a tese de que "O inadimplemento dos encargos aprimoramento de tarefas pelo aprendizado especializado; (ii)
trabalhistas dos empregados do contratado não transfere economias de escala e de escopo; (iii) redução da complexidade
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade organizacional; (iv) redução de problemas de cálculo e atribuição,
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos facilitando a provisão de incentivos mais fortes a empregados; (v)
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". precificação mais precisa de custos e maior transparência; (vi)
Vejamos a ementa da referida decisão: estímulo à competição de fornecedores externos; (vii) maior
facilidade de adaptação a necessidades de modificações
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO REPRESENTATIVO DE estruturais; (viii) eliminação de problemas de possíveis excessos de
CONTROVÉRSIA COM REPERCUSSÃO GERAL. DIREITO produção; (ix) maior eficiência pelo fim de subsídios cruzados entre
CONSTITUCIONAL. DIREITO DO TRABALHO. TERCEIRIZAÇÃO departamentos com desempenhos diferentes; (x) redução dos
NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SÚMULA 331, IV E custos iniciais de entrada no mercado, facilitando o surgimento de
V, DO TST. CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 71, § 1º, DA LEI novos concorrentes; (xi) superação de eventuais limitações de
Nº 8.666/93. TERCEIRIZAÇÃO COMO MECANISMO ESSENCIAL acesso a tecnologias ou matérias-primas; (xii) menor alavancagem
PARA A PRESERVAÇÃO DE POSTOS DE TRABALHO E operacional, diminuindo a exposição da companhia a riscos e
ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DOS CIDADÃOS. HISTÓRICO oscilações de balanço, pela redução de seus custos fixos; (xiii)
CIENTÍFICO. LITERATURA: ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO. maior flexibilidade para adaptação ao mercado; (xiii) não
INEXISTÊNCIA DE PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO HUMANO. comprometimento de recursos que poderiam ser utilizados em
RESPEITO ÀS ESCOLHAS LEGÍTIMAS DO LEGISLADOR. setores estratégicos; (xiv) diminuição da possibilidade de falhas de
PRECEDENTE: ADC 16. EFEITOS VINCULANTES. RECURSO um setor se comunicarem a outros; e (xv) melhor adaptação a
PARCIALMENTE CONHECIDO E PROVIDO. FIXAÇÃO DE TESE diferentes requerimentos de administração, know-how e estrutura,
PARA APLICAÇÃO EM CASOS SEMELHANTES. para setores e atividades distintas.
1. A dicotomia entre "atividade-fim" e "atividade-meio" é imprecisa, 6. A Administração Pública, pautada pelo dever de eficiência (art.
artificial e ignora a dinâmica da economia moderna, caracterizada 37, caput, da Constituição), deve empregar as soluções de mercado
pela especialização e divisão de tarefas com vistas à maior adequadas à prestação de serviços de excelência à população com
eficiência possível, de modo que frequentemente o produto ou os recursos disponíveis, mormente quando demonstrado, pela
serviço final comercializado por uma entidade comercial é fabricado teoria e pela prática internacional, que a terceirização não importa
ou prestado por agente distinto, sendo também comum a mutação precarização às condições dos trabalhadores.
constante do objeto social das empresas para atender a 7. O art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, ao definir que a inadimplência
necessidades da sociedade, como revelam as mais valiosas do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, não
empresas do mundo. É que a doutrina no campo econômico é transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu
uníssona no sentido de que as "Firmas mudaram o escopo de suas pagamento, representa legítima escolha do legislador, máxime
atividades, tipicamente reconcentrando em seus negócios principais porque a Lei nº 9.032/95 incluiu no dispositivo exceção à regra de
e terceirizando muitas das atividades que previamente não responsabilização com referência a encargos trabalhistas.
consideravam como centrais" (ROBERTS, John. The Modern Firm: 8. Constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 já
Organizational Design for Performance and Growth. Oxford: Oxford reconhecida por esta Corte em caráter erga omnes e vinculante:
University Press, 2007). ADC 16, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado
2. A cisão de atividades entre pessoas jurídicas distintas não revela em 24/11/2010.
qualquer intuito fraudulento, consubstanciando estratégia, garantida 9. Recurso Extraordinário parcialmente conhecido e, na parte
pelos artigos 1º, IV, e 170 da Constituição brasileira, de admitida, julgado procedente para fixar a seguinte tese para casos
configuração das empresas, incorporada à Administração Pública semelhantes: "O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos
por imperativo de eficiência (art. 37, caput, CRFB), para fazer frente empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder
às exigências dos consumidores e cidadãos em geral, justamente Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja
porque a perda de eficiência representa ameaça à sobrevivência da em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da
empresa e ao emprego dos trabalhadores. Lei nº 8.666/93".
3. Histórico científico: Ronald H. Coase, "The Nature of The Firm",
Econômica (new series), Vol. 4, Issue 16, p. 386-405, 1937. O Na hipótese, o Colegiado Regional manteve a responsabilidade da
objetivo de uma organização empresarial é o de reproduzir a segunda reclamada, com fundamento na redação da Súmula nº
distribuição de fatores sob competição atomística dentro da firma, 331, IV e V, do TST.
apenas fazendo sentido a produção de um bem ou serviço Todavia, da leitura dos fundamentos do acórdão regional, não há
internamente em sua estrutura quando os custos disso não como aferir se a reclamada, ora recorrente, na condição de
ultrapassarem os custos de obtenção perante terceiros no mercado, tomadora de serviços, incorreu concretamente em conduta culposa
estes denominados "custos de transação", método segundo o qual na contratação e fiscalização das obrigações previstas na Lei nº
firma e sociedade desfrutam de maior produção e menor 8.666/93, conforme orientação emanada da Súmula nº 331, V,
desperdício. desta Corte Superior, que consagra o seguinte entendimento,
verbis: Publique-se.
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 [...]
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, RENATO DE LACERDA PAIVA
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das Ministro Vice-Presidente do TST
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da Processo Nº ED-Ag-ARR-0020183-68.2015.5.04.0021
prestadora de serviço como empregadora. A aludida Complemento Processo Eletrônico
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente Embargado e Agravado EDISON LUIZ CHAGAS DA ROSA
contratada. Advogada Dra. Débora de Martini Callegaro(OAB:
69900/RS)
Advogado Dr. Eduardo Echevenguá
Com efeito, a Corte Regional registra que a tomadora de serviços Toscani(OAB: 66655/RS)
juntou documentação com vistas a demonstrar a fiscalização das Embargado e Agravado VIGILÂNCIA ASGARRAS S.S. LTDA.
obrigações contratuais; Conclui, todavia, que "dita fiscalização não Embargante e Agravado ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
se mostrou efetiva, considerando-se o inadimplemento de parcelas Procuradora Dra. Andréia Wagner
trabalhistas pela prestadora de serviços". Logo, a tese adotada pela Procuradora Dra. Paula Ferreira Krieger
Corte Regional não permite a caracterização da conduta culposa Embargante e Agravado DEPARTAMENTO ESTADUAL DE
em que teria incorrido a reclamada e promove direta correlação TRÂNSITO DO RIO GRANDE DO SUL
- DETRAN/RS
entre o mero inadimplemento das obrigações trabalhistas
Procuradora Dra. Andréia Wagner
assumidas pela empresa empregadora (prestadora de serviços) e a
Procuradora Dra. Paula Ferreira Krieger
apontada culpa in vigilando.
Embargado e Agravante SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO -
Dessarte, não evidenciada de forma inequívoca a conduta culposa SESC
da tomadora dos serviços no cumprimento das obrigações da Lei nº Advogado Dr. Eduardo Griguc(OAB: 92741/RS)
8.666/93, por força da tese fixada em repercussão geral no RE Advogada Dra. Cinara Fernanda Feijó
760.931/DF e em razão da decisão proferida pelo STF na ADC 16- Audibert(OAB: 30542/RS)
DF, que declarou a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
8.666/93, ambas de caráter vinculante, não pode subsistir a Intimado(s)/Citado(s):
condenação da reclamada, ora recorrente, como responsável - DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO RIO
GRANDE DO SUL - DETRAN/RS
subsidiário pelas obrigações trabalhistas inadimplidas pela empresa
- EDISON LUIZ CHAGAS DA ROSA
prestadora dos serviços.
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Ante o exposto, CONHEÇO do recurso de revista por violação do
- SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESC
art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, na forma prevista na alínea c do art.
- VIGILÂNCIA ASGARRAS S.S. LTDA.
896 da CLT.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere negou seguimento a recurso de revista da parte agravante.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Na minuta de agravo, a parte agravante argumenta com o
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos prosseguimento do seu recurso de revista, relativamente ao tema
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". "responsabilidade subsidiária", sustentando, em síntese, ter
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema demonstrado o preenchimento dos requisitos contidos no art. 896
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada da CLT.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos O d. representante do Ministério Público do Trabalho oficiou no
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes feito.
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Destaco, de início, que a parte cuidou de indicar, no recurso de
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de revista, o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. prequestionamento da controvérsia objeto da insurgência,
Publique-se. atendendo ao disposto no art. 896, § 1º-A, I, da CLT. (fls. 679 seq.3)
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Com esse breve relatório, decido.
As Turmas desta Corte têm se posicionado no sentido de atribuir ao
empregado o encargo de comprovar a ausência de fiscalização por
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) parte do integrante da Administração Pública em relação às
RENATO DE LACERDA PAIVA obrigações trabalhistas devidas pela prestadora de serviços que
Ministro Vice-Presidente do TST contratou, bem como que o mero descumprimento de tais
obrigações não enseja a imposição de responsabilidade subsidiária.
Processo Nº Ag-RR-0020399-33.2015.5.04.0731 Nesse sentido, precedente da 5ª Turma do TST, da lavra deste
Complemento Processo Eletrônico relator: "AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
Relator Min. Breno Medeiros REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
Agravante ANA ALINE DA ROSA BARRETO 13.015/2014. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RESPONSABILIDADE
Advogado Dr. Daniela Nelson de Lemos(OAB: SUBSIDIÁRIA. CULPA IN VIGILANDO NÃO DEMONSTRADA.
77218/RS)
ÔNUS DA PROVA DO EMPREGADO. O Supremo Tribunal Federal,
Custos Legis MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO após declarar a constitucionalidade do artigo 71, § 1º, da Lei nº
Procurador Dr. Ronaldo Curado Fleury 8.666/93 nos autos da ADC 16/DF, alertou ser possível o
Agravado MUNICÍPIO DE CANDELÁRIA reconhecimento da responsabilidade subsidiária quando constatada
Procuradora Dra. Tanaela Ellwanger Muller omissão do ente público na fiscalização do cumprimento das
Procuradora Dra. Franciéle Schröder obrigações trabalhistas por parte da prestadora de serviços. Em
Agravado ASSOCIAÇÃO PRÓ- sede de repercussão geral, julgou o mérito do RE 760931/DF, mas
DESENVOLVIMENTO DA CIDADANIA deixou de fixar tese acerca do ônus da prova do dever de
DE CANDELÁRIA - ADECAN
fiscalização.
Para sua definição, é imprópria a adoção da teoria da aptidão da
Intimado(s)/Citado(s):
prova ou mesmo o enquadramento na exceção do artigo 373, § 1º,
- ANA ALINE DA ROSA BARRETO do CPC de 2015.
- ASSOCIAÇÃO PRÓ-DESENVOLVIMENTO DA CIDADANIA DE Isso não só em razão da ausência de maiores dificuldades para
CANDELÁRIA - ADECAN
obtenção do substrato probatório, amenizadas, aliás, com a
- MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
superveniência da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/11),
- MUNICÍPIO DE CANDELÁRIA
mas, sobretudo, por conta da presunção relativa de legitimidade das
informações oficiais de agentes públicos. Impor ao Poder Público o
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
ônus da prova significa, ao revés, presumir sua culpa in vigilando,
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da
presunção cuja resultante natural é a "transferência automática" da
recorrente.
responsabilidade pelo pagamento dos haveres trabalhistas, na
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
contramão da ratio decidendi firmada no RE 760931/DF, erigido à
violação aos dispositivos da Constituição da República que
condição de leading case. Na hipótese dos autos, conforme se
especifica nas razões recursais.
verifica do acórdão regional, a reclamante não comprovou que a
É o relatório.
ECT deixou de fiscalizar o cumprimento das obrigações contratuais
Decido.
e legais da prestadora de serviço, ou seja, a culpa in vigilando da
Consta do acórdão recorrido:
Administração Pública não fora demonstrada. Assim, tal como
proferido, o acórdão regional está em consonância com a
(...)
jurisprudência desta Corte, consubstanciada na Súmula nº 331, V.
Agravo de instrumento não provido." (AIRR - 589-
2 - MÉRITO
94.2013.5.02.0053, Relator Ministro: Breno Medeiros, Data de
Julgamento: 04/04/2018, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
06/04/2018)
(...)
A decisão agravada deu provimento ao agravo de instrumento e ao
Na hipótese dos autos, conforme se verifica do acórdão regional, o
recurso de revista da parte ora agravada, com fulcro no art. 118, X,
e. TRT acabou por transferir automaticamente à Administração
do RITST, sob o fundamento de que:
Pública a responsabilidade subsidiária, à míngua de prova robusta
da caracterização de culpa in vigilando.
"Trata-se de agravo de instrumento interposto contra despacho que
Do exposto, sendo do empregado o encargo de comprovar, de
forma cabal, a ausência de fiscalização das obrigações trabalhistas, pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
verifica-se que o e. TRT decidiu em desconformidade com a autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
jurisprudência desta Corte, incorrendo em ofensa ao art. 71, § 1º, da autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Lei nº 8.666/1993. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Ante o exposto, com fulcro nos arts. 932, V, "a", do CPC e 118, X, retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
do RITST: a) conheço do agravo de instrumento e, no mérito, dou- Intime-se.
lhe provimento para convertê-lo em recurso de revista; b) conheço Publique-se.
do recurso de revista, por ofensa ao art. 71, § 1º, da Lei nº Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
8.666/1993 e, no mérito, dou-lhe provimento para excluir a
responsabilidade subsidiária atribuída à parte recorrente.
Prejudicado o exame do recurso de revista, quanto aos demais Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
temas." (destaques acrescidos) RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST
Nas razões de embargos de declaração, oportunamente convertidos
em agravo, a reclamante afirma que o agravo de instrumento e o Processo Nº AIRR-1000772-44.2017.5.02.0009
recurso de revista do ora agravado não ostentavam condições de Complemento Processo Eletrônico
provimento, uma vez que, segundo afirma, o valor arbitrado à Relator Min. Dora Maria da Costa
condenação apresenta-se compatível com os respectivos títulos, Agravante ESTADO DE SÃO PAULO
não sendo o caso de reexame necessário, conforme art. 496, §3º, Procurador Dr. Daisy Rossini de Moraes
III, do CPC e Súmula 303 desta Corte. Agravado ROSELI MARIA DE CAMPOS
MOREIRA
Alega, quanto ao tema "responsabilidade subsidiária", que o
Advogado Dr. Pablo Cabral Cardozo(OAB:
conjunto probatório deve ser levado em consideração desde a 242857/SP)
origem porquanto teria sido juntada farta prova documental quando Agravado COMATIC COMÉRCIO E SERVIÇOS
da propositura da reclamação trabalhista. LTDA.
Não merece reforma a decisão agravada.
(...) Intimado(s)/Citado(s):
De início, cabe esclarecer que, neste momento, se mostra inócua a - COMATIC COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.
discussão acerca do tópico "reexame necessário", uma vez que o - ESTADO DE SÃO PAULO
ente público apresentou recurso e obteve manifestação em relação - ROSELI MARIA DE CAMPOS MOREIRA
ao tema "responsabilidade subsidiária", nos termos da decisão
agravada. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Por outro lado, conforme mencionado na decisão agravada, o e. Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
TRT acabou por transferir automaticamente à Administração Pública instrumento do recorrente em todos os seus temas e
a responsabilidade subsidiária, à míngua de prova robusta da desdobramentos.
caracterização de culpa in vigilando, contrariando a firme A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
jurisprudência desta Corte, que imputa ao reclamante o encargo de violação aos dispositivos da Constituição da República que
comprovar a falha na fiscalização dos encargos trabalhistas devidos especifica nas razões recursais.
pela prestadora de serviços e, por consequência, o item V da É o relatório.
Súmula nº 331 do TST, conforme precedentes mencionados. Decido.
Nesse contexto, não tendo sido apresentados argumentos Consta da ementa do acórdão recorrido:
suficientes à reforma da r. decisão que excluiu a responsabilidade AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.
subsidiária, deve ser desprovido o agravo. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
Considerando a improcedência do recurso, aplica-se à parte PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
agravante a multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC, no importe controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
de R$ 400,00 - quatrocentos reais, equivalente a 1% do valor da Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
causa - R$ 40.000,00, em favor da parte agravada. 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
Ante o exposto, nego provimento ao agravo, com aplicação de fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
multa. serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da regularmente a sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos 8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Lei, com base na interpretação sistemática.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade (...)
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Agravo de instrumento conhecido e não provido.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas da
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de definição do alcance das normas inscritas nessa Lei, com base na
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos interpretação sistemática. Ademais, segundo o princípio da aptidão
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere para a prova e as regras estabelecidas no art. 373, II e § 1º, do
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade CPC, cabe ao ente integrante da Administração Pública comprovar
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos que fiscalizou devidamente o cumprimento do contrato
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". administrativo de prestação de serviço, não sendo possível exigir do
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema empregado terceirizado o ônus de provar o descumprimento desse
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada dever legal, decorrente dos arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93, os
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos quais impõem à Administração Pública o dever de fiscalizar a
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes execução dos contratos administrativos de prestação de serviços
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do por ela celebrados. Recurso de revista não conhecido.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Intime-se. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Publique-se. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
RENATO DE LACERDA PAIVA pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Ministro Vice-Presidente do TST termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Processo Nº RR-1000113-65.2016.5.02.0075 cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Complemento Processo Eletrônico pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Relator Min. Dora Maria da Costa autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Recorrente ESTADO DE SÃO PAULO autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Procurador Dr. Pedro Fabris de Oliveira CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Recorrido EUDES BRUNO DA SILVA retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Advogada Dra. Cristina Paranhos Olmos(OAB: Intime-se.
172323/SP)
Publique-se.
Recorrido AVISEG SEGURANÇA E VIGILÂNCIA
EIRELI Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s):
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- AVISEG SEGURANÇA E VIGILÂNCIA EIRELI
RENATO DE LACERDA PAIVA
- ESTADO DE SÃO PAULO
Ministro Vice-Presidente do TST
- EUDES BRUNO DA SILVA
Processo Nº Ag-AIRR-0020449-37.2015.5.04.0512
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Complemento Processo Eletrônico
Tribunal Superior do Trabalho que não conheceu o recurso de
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
revista do recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
Agravante ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Advogado Dr. Paula Ferreira Krieger(OAB: 57189
violação aos dispositivos da Constituição da República que -A/RS)
especifica nas razões recursais. Procurador Dr. Daniel Homrich Schneider
É o relatório. Procuradora Dra. Paula Ferreira Krieger
Decido. Agravado ANGELA MARIA BANDEIRA
Consta da ementa do acórdão recorrido: Advogada Dra. Janete Clair Mezzomo
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO Zonatto(OAB: 37999/RS)
PÚBLICA. CONDUTA CULPOSA. ÔNUS DA PROVA. O Tribunal Agravado PRESENÇA ADMINISTRAÇÃO DE
PESSOAL E ASSESSORIA
Regional decidiu a controvérsia em consonância com os artigos 186 CONTÁBIL LTDA. - ME
e 927 do Código Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, Advogado Dr. Régis Cristiano Graef(OAB:
os artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração 85718/RS)
Pública o dever de fiscalizar a execução dos contratos
administrativos de prestação de serviços por ela celebrados. No Intimado(s)/Citado(s):
presente caso, o ente público tomador dos serviços não cumpriu - ANGELA MARIA BANDEIRA
adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
prestadora contratada deixasse de pagar regularmente a seu - PRESENÇA ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL E ASSESSORIA
CONTÁBIL LTDA. - ME
empregado as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Saliente-
se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97 da CF e
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem desrespeito
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da declaração de
recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
violação aos dispositivos da Constituição da República que instrumento do recorrente em todos os seus temas e
especifica nas razões recursais. desdobramentos.
É o relatório. A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Decido. violação aos dispositivos da Constituição da República que
Consta da ementa do acórdão recorrido: especifica nas razões recursais.
AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO É o relatório.
DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º Decido.
13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Consta da ementa do acórdão recorrido:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. Mantém-se a AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.
decisão agravada, pois não demonstrado o desacerto do decisum RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
pelo qual foi negado provimento ao Agravo de Instrumento, com PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
fundamento na Súmula n.º 331, V, do TST. No caso, o Regional, controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
analisando os elementos fáticos apresentados nos autos, concluiu Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
que a responsabilidade atribuída à Administração Pública foi 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
pautada na culpa (ausência de fiscalização), premissa fática fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
insuscetível de revisão nos exatos termos da Súmula n.º 126 do serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
TST. Logo, não há como admitir o trânsito do Recurso de Revista. tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
Agravo conhecido e não provido. permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da regularmente à sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos 8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Lei, com base na interpretação sistemática.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade (...)
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Agravo de instrumento conhecido e não provido.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Intime-se. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Publique-se. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
RENATO DE LACERDA PAIVA autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Ministro Vice-Presidente do TST CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Processo Nº AIRR-1000603-84.2017.5.02.0291 Intime-se.
Complemento Processo Eletrônico Publique-se.
Relator Min. Dora Maria da Costa Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Agravante ESTADO DE SÃO PAULO
Procuradora Dra. Isabelle Maria Verza de Castro
Agravado SOLANGE DIAS CORREIA DA SILVA Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogada Dra. Fabiana dos Santos Borges(OAB: RENATO DE LACERDA PAIVA
168548/SP)
Ministro Vice-Presidente do TST
Agravado HYPERTOP TERCEIRIZAÇÕES
LTDA. - ME
Processo Nº AIRR-1002023-15.2016.5.02.0080
Intimado(s)/Citado(s): Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Dora Maria da Costa
- ESTADO DE SÃO PAULO
Agravante INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA
- HYPERTOP TERCEIRIZAÇÕES LTDA. - ME MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO
- SOLANGE DIAS CORREIA DA SILVA ESTADUAL - IAMSPE
Procuradora Dra. Juliana Maria Della Pellicani
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Agravado MARIA DE FÁTIMA SANTANA
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de prestadora de serviço como empregadora. E o STF, ao julgar com
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou a tese já explicitada
Intime-se. na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a responsabilidade da
Publique-se. Administração Pública não pode ser automática, cabendo a sua
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. condenação apenas se houver prova inequívoca de sua conduta
omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos, bem como
atribuiu o ônus de provar o descumprimento desse dever legal ao
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) trabalhador. No caso concreto, o TRT manteve a condenação
RENATO DE LACERDA PAIVA subsidiária, delineando a culpa in vigilando da entidade estatal.
Ministro Vice-Presidente do TST Ainda que a Instância Ordinária eventualmente mencione
fundamentos não acolhidos pela decisão do STF na ADC nº 16-DF
Processo Nº ED-Ag-AIRR-0011348-46.2014.5.01.0042 e no RE nº 760.931, bem como pela maioria da Terceira Turma
Complemento Processo Eletrônico (que, a partir das decisões proferidas pela Corte Máxima, quanto ao
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado ônus da prova, entende que é do empregado o encargo de
Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - comprovar a conduta omissiva ou comissiva na fiscalização dos
PETROBRAS
contratos; fica ressalvado o entendimento deste Relator, que
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
16538/GO) aplicaria, ao invés, a teoria da inversão do ônus probatório prevista
Embargado TELECOMUNICACOES nos preceitos da legislação processual civil e da lei de proteção ao
BRASILEIRAS SA TELEBRAS consumidor, prevista no art. 6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que,
Advogada Dra. Isabel Luiza Rafael Machado dos manifestamente, afirmou o TRT que houve culpa in vigilando da
Santos(OAB: 28583/DF)
entidade estatal quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas
Embargado JONATHAN FERREIRA DA SILVA
pela empresa prestadora de serviços terceirizados. Assim sendo, a
Advogado Dr. Alex Sandre Nunes Cordeiro(OAB:
179805/RJ) decisão agravada foi proferida em estrita observância às normas
Advogada Dra. Elena Aparecida Ferreira(OAB: processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e 932, IV, "a",
155006/RJ) do CPC/2015), razão pela qual é insuscetível de reforma ou
Embargado PETCOM TELECOMUNICACOES E reconsideração. Agravos desprovidos.
ENGENHARIA LTDA
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Advogada Dra. Fabiana Diniz Alves(OAB:
98771/MG) Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Intimado(s)/Citado(s): repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
- JONATHAN FERREIRA DA SILVA
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
- PETCOM TELECOMUNICACOES E ENGENHARIA LTDA
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
- TELECOMUNICACOES BRASILEIRAS SA TELEBRAS
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
todos os seus temas e desdobramentos.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
violação aos dispositivos da Constituição da República que
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
especifica nas razões recursais.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
É o relatório.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Decido.
Publique-se.
Consta do acórdão recorrido:
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
AGRAVOS. AGRAVOS DE INSTRUMENTO EM RECURSOS DE
REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 E
ANTERIOR À LEI Nº 13.467/2017. TERCEIRIZAÇÃO
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
TRABALHISTA. ENTIDADES ESTATAIS. ENTENDIMENTO
RENATO DE LACERDA PAIVA
FIXADO PELO STF NA ADC Nº 16-DF. SÚMULA 331, V, DO TST.
Ministro Vice-Presidente do TST
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. NECESSIDADE DE
COMPROVAÇÃO DE CONDUTA CULPOSA NO CUMPRIMENTO
Processo Nº Ag-AIRR-0020197-26.2013.5.04.0020
DAS OBRIGAÇÕES DA LEI 8.666/93 EXPLICITADA NO
Complemento Processo Eletrônico
ACÓRDÃO REGIONAL. Em observância ao entendimento fixado
Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann
pelo STF na ADC nº 16-DF, passou a prevalecer a tese de que a
Agravante ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
responsabilidade subsidiária dos entes integrantes da
Procuradora Dra. Rebeca Santos Machado
Administração Pública direta e indireta não decorre de mero
Agravado MOBRA SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela LTDA.
empresa regularmente contratada, mas apenas quando explicitada Advogado Dr. Henrique Cusinato Hermann(OAB:
no acórdão regional a sua conduta culposa no cumprimento das 46523/RS)
obrigações da Lei 8.666, de 21.6.1993, especialmente na Advogado Dr. Luciana Hoerlle Bitencourt
Tópor(OAB: 57485/RS)
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
Agravado ADRIANO AGUIRRE NUNES obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
Advogado Dr. Paulo dos Santos Maria(OAB: contratada".
23627/RS)
Na hipótese, depreende-se do acórdão regional que a
Agravado CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
responsabilidade subsidiária imputada ao ente público não decorreu
Advogada Dra. Patrícia de Queiroz Giusti(OAB:
39127/RS) do mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas
Advogado Dr. Gilberto Antônio Panizzi Filho(OAB: pela prestadora de serviços, hipótese rechaçada pelo Supremo
47284/RS) Tribunal Federal no julgamento da ADC 16.
Advogado Dr. Mateus Haeser Pellegrini(OAB: Com efeito, ao exame do caso concreto, o Tribunal Regional
57114/RS)
concluiu pela responsabilidade subsidiária do tomador de serviços
Advogado Dr. Fabiano Zouvi(OAB: 55186/RS)
face à ausência de prova da fiscalização do cumprimento das
Intimado(s)/Citado(s): obrigações contratuais e legais por parte da empresa contratada,
caracterizadora da culpa in vigilando, consoante se depreende do
- ADRIANO AGUIRRE NUNES
seguinte excerto do acórdão recorrido:
- CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
"(...) os 2° e 3° reclamados não juntaram aos autos sequer um
- MOBRA SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA LTDA.
documento que demonstre o controle quanto ao cumprimento das
obrigações trabalhistas por parte da prestadora de serviços. Não se
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
trata, portanto, de hipótese de fiscalização insatisfatória, mas de
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
absoluta ausência de fiscalização.
recorrente.
(...)" (fl. 505)
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que
De outra parte, registro que o excelso STF nada dispôs acerca da
especifica nas razões recursais.
distribuição do ônus da prova da fiscalização dos contratos
É o relatório.
administrativos de prestação de serviços para efeito da
caracterização de eventual culpa in vigilando e consequente
Decido.
condenação subsidiária do ente público tomador de serviços; e,
Consta do acórdão recorrido:
nesse contexto, a distribuição daquele ônus segue a regra ordinária
de aptidão para a prova e vedação da exigência de prova chamada
(...)
"diabólica", assim considerada aquela alusiva ao fato "negativo" da
No agravo, o ente público sustenta que "a decisão do eminente
ausência de fiscalização.
Ministro Relator vai de encontro ao que esse colendo Tribunal
Nesse sentido, a jurisprudência predominante nesta Turma,
Superior vem entendendo em seus julgamentos, porquanto resta
exemplificada pelos seguintes julgados:
claro que compete ao autor da ação o ônus probatório quanto à
conduta culposa do tomador de serviços". Alega que "em nenhum
"AGRAVO DE INSTRUMENTO DO MUNICÍPIO DO RIO DE
momento é explanada, concretamente, a forma como se deu a
JANEIRO. RECURSO DE REVISTA. (...) ENTE PÚBLICO.
responsabilidade subsidiária (de caráter subjetivo) do ente público
CELEBRAÇÃO DE CONVÊNIO. RESPONSABILIDADE
na modalidade in vigilando, sendo tão somente presumida sua
SUBSIDIÁRIA. CULPA IN VIGILANDO. AUSÊNCIA DE PROVA
responsabilização (subjetiva)", o que "contraria frontalmente a
QUANTO À FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
repercussão geral atribuída ao RE 760931". Pontua que "não há
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. ÔNUS DA PROVA DA
necessidade de revolvimento do conjunto fático probatório dos
ADMINISTRAÇÃO. 1. No julgamento da ADC 16, o STF pronunciou
autos para perceber que houve na origem a presunção de culpa do
a constitucionalidade do art. 71, caput e § 1º, da Lei 8.666/93, mas
Estado, providência, como visto, vedada pelo Supremo Tribunal
não excluiu a possibilidade de a Justiça do Trabalho, com base nos
Federal no caso da apuração da responsabilidade subsidiária dos
fatos da causa, determinar a responsabilidade do sujeito público
entes públicos". Indica violação dos arts. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93
tomador de serviços continuados em cadeia de terceirização
e 97 da Constituição Federal e atrito com a Súmula Vinculante nº
quando constatada a culpa in vigilando, pronúncia dotada de efeito
10/STF.
vinculante e eficácia contra todos. 2. Nesse sentido foi editado o
Sem razão.
item V da Súmula 331/TST, segundo o qual "os entes integrantes da
No julgamento da ADC 16, o STF pronunciou a constitucionalidade
Administração Pública direta e indireta respondem
do art. 71, caput e § 1º, da Lei 8.666/93, mas não excluiu a
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso
possibilidade de a Justiça do Trabalho, com base nos fatos da
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações
causa, determinar a responsabilidade do sujeito público tomador de
da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do
serviços continuados em cadeia de terceirização quando constatada
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de
a culpa in vigilando, pronúncia dotada de efeito vinculante e eficácia
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre
contra todos.
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas
Nesse sentido foi editado o item V da Súmula 331/TST, segundo o
pela empresa regularmente contratada". 3. Na hipótese, depreende-
qual "os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
se do acórdão regional que a responsabilidade subsidiária imputada
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
ao ente público não decorreu do mero inadimplemento das
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
obrigações trabalhistas assumidas pela prestadora de serviços,
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
hipótese rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
da ADC 16. Com efeito, ao exame do caso concreto, o Tribunal
prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Regional concluiu pela responsabilidade subsidiária do tomador de
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
serviços face à ausência de prova da fiscalização do cumprimento
das obrigações contratuais e legais por parte da empresa pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
contratada, caracterizadora da culpa in vigilando. 4. Registro que o termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
excelso STF nada dispôs acerca da distribuição do ônus da prova Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
da fiscalização dos contratos administrativos de prestação de cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
serviços para efeito da caracterização de eventual culpa in vigilando pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
e consequente condenação subsidiária do ente público tomador de autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
serviços; e, nesse contexto, a distribuição daquele ônus segue a autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
regra ordinária de aptidão para a prova e vedação da exigência de CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
prova chamada "diabólica", assim considerada aquela alusiva ao retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
fato "negativo" da ausência de fiscalização. 5. Além disso, a Intime-se.
jurisprudência assente nesta Corte segue no sentido de que a Publique-se.
celebração de convênio visando à prestação de serviços públicos, Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
enseja a incidência da Súmula 331, V, do TST. Precedentes. 6.
Nesse contexto, a decisão regional está em harmonia com o
verbete sumular transcrito, a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
CLT e a aplicação da Súmula 333/TST como óbices ao RENATO DE LACERDA PAIVA
processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento Ministro Vice-Presidente do TST
conhecido e não provido." (AIRR - 100414-71.2016.5.01.0008 ,
Relator Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, Data de Julgamento: Processo Nº Ag-AIRR-0010795-32.2014.5.01.0322
27/03/2019, 1ª Turma, Data de Publicação: DEJT 29/03/2019) Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
"RECURSO DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO
N.º 13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA Procurador Dr. Waldir Zagaglia
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. ÔNUS DA Agravado JOSIMAR COUTINHO XAVIER LIMA
PROVA. O entendimento que prevalece no âmbito desta Primeira Advogado Dr. Sérgio Ricardo Fonseca
Rêgo(OAB: 116828/RJ)
Turma é no sentido de que compete ao ente público, tomador de
serviços, o ônus da prova quanto à fiscalização do contrato firmado
Intimado(s)/Citado(s):
com a prestadora. Importa destacar que, de acordo com a
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO
interpretação desta Turma, tanto no julgamento da ADC n.º 16
- JOSIMAR COUTINHO XAVIER LIMA
quanto do RE-760.931, não foi fixada a tese da distribuição do ônus
da prova, razão pela qual não haveria óbice para a adoção da regra
de aptidão para prova. Recurso de Revista não conhecido." (RR - Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
1061-28.2015.5.21.0011 , Relator Ministro: Luiz José Dezena da Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo
Silva, Data de Julgamento: 27/02/2019, 1ª Turma, Data de interno do recorrente.
Publicação: DEJT 01/03/2019) A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Assim, ao manter a responsabilidade subsidiária do reclamado, a especifica nas razões recursais.
partir da premissa de que restou caracterizada a culpa in vigilando - É o relatório.
haja vista a ausência de prova da fiscalização do contrato de Decido.
trabalho -, o Tribunal Regional dirimiu a controvérsia em harmonia Consta do acórdão recorrido:
com a jurisprudência desta Corte Superior, especialmente quanto à
recomendação do item V da Súmula 331. (...)
Plenamente observado, portanto, o comando contido no art. 71, § RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - ADMINISTRAÇÃO
1º, da Lei nº 8.666/93, não havendo falar em aplicação do art. 97 da PÚBLICA - CULPA IN VIGILANDO
Lei Maior ou atrito com na Súmula Vinculante nº 10/STF, uma vez (...)
não declarada inconstitucionalidade daquele primeiro preceito legal. O Estado alega que a decisão Recorrida viola o art. 71, § 1.º, da Lei
Nesse contexto, impõe-se confirmar a decisão agravada, mediante n.º 8.666/93 e contraria o item V da Súmula n.º 331 do TST. Afirma
a qual denegado seguimento ao recurso da parte, uma vez que as que em nenhum momento, as instâncias ordinárias ou o próprio
razões expendidas pelo agravante não logram demonstrar o TST apontaram fato concreto que evidencie a culpa in vigilando,
apontado equívoco em relação a tal conclusão. que justificaria o afastamento da aplicação da norma declarada
Nego provimento. constitucional pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da
ADC n.º 16. Afirma que o acórdão proferido pelo TRT condenou o
Poder Público de forma objetiva, pelo mero inadimplemento das
verbas trabalhistas devidas por entidade empregadora que lhe
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da prestava serviços, presumindo a existência de culpa in elegendo e
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo in vigilando. Sustenta que o STF já consolidou entendimento no
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja sentido de que, em razão da presunção de legitimidade dos atos
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). administrativos, não há falar-se em inversão do ônus da prova na
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de presente hipótese. Transcreve arestos desta Corte para demonstrar
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos o posicionamento das outras Turmas desta Corte.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Ao exame.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade O Regional negou provimento ao Recurso Ordinário do Estado
reclamado, sob os seguintes fundamentos (fls. 241): item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento
"(...) das obrigações trabalhistas da Lei n.º 8.666/93, especialmente na
No caso dos autos, a 1.ª Demandada (A.A. SERVIÇOS DE fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
INFORMAÇÃO E APOIO ADMINISTRATIVO LTDA. EPP), não prestadora de serviço como empregadora. A aludida
quitou as verbas rescisórias e demais haveres trabalhistas; o que responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
deveria ter sido apurado e fiscalizado pelo recorrente, como exige o obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
disposto no art. 58, III, da Lei n.º 8.666/93, não tendo o ente público contratada".
realizado a efetiva fiscalização ou nem sequer retido qualquer Registra-se que a Súmula n.º 331 do TST, apesar de ter sido
importância devida à 1.ª Ré, para fins de cumprimento das editada antes do julgamento do Tema n.º 246 de Repercussão
obrigações trabalhistas na vigência do pacto laboral. Geral pelo STF, não se encontra em descompasso com o
Não prosperam as alegações do recorrente no que se refere à entendimento nele firmado, porquanto ressalta a possibilidade de
ausência de culpa por ter efetuado a fiscalização no curso do responsabilização do Poder Público no caso de ausência de
contrato, sob a alegação de se tratar a presente demanda de verbas fiscalização, ou seja, culpa in vigilando.
rescisórias inadimplidas, uma vez que a autora foi dispensada em Assim, a decisão regional foi proferida em consonância com o
12 de julho de 2013, conforme aviso prévio de ID. f0f7da3, e o conjunto fático-probatório dos autos, nos exatos termos da Súmula
contrato celebrado entre as Demandadas foi rompido somente em n.º 126 do TST. Dessa forma, não há como admitir o trânsito do
data posterior (09 de dezembro de 2013) - ID. fad636c. Recurso de Revista.
Sendo assim, comprovada a conduta culposa do ente público no Nego provimento ao Agravo Interno.
que tange à ineficácia da fiscalização, impõe-se a responsabilização
subsidiária do tomador dos serviços, nos termos dos artigos 186,
927 e 942 do Código Civil, uma vez que este incorreu em culpa in
vigilando, conforme o entendimento jurisprudencial pacificado na O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Súmula n.º 331, V, do TST. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
De toda sorte, conforme entendimento desse Tribunal, a prova da inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
culpa recai sobre a Administração Pública, conforme previsão repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
contida na Súmula n.º 41,in verbis: Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
(...) mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Logo, comprovada a conduta culposa do ente público no que tange encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
à ausência da fiscalização, impõe-se a responsabilização automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
subsidiária do tomador dos serviços, nos termos dos artigos 186, pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
927 e 942 do Código Civil, uma vez que este incorreu em culpa in termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
vigilando, conforme o entendimento jurisprudencial pacificado na Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Súmula n.º 331, V, do TST. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Frise-se, ainda que a contratação tenha ocorrido por meio de pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
licitação, o Recorrente não teria cumprido o disposto no art. 67, da autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Lei n.º 8.666/93, incorrendo, portanto, em culpa in vigilando, autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
descumprindo as determinações contidas na Lei Licitações, pelo CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
que responde de forma subsidiária, nos termos dos artigos 186, 927 retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
e 942, do Código Civil, conforme o entendimento jurisprudencial Intime-se.
pacificado na Súmula 331, V, do TST." Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
No caso dos autos, constata-se que o reconhecimento da
responsabilidade subsidiária do Poder Público decorreu da ausência
de fiscalização no cumprimento do contrato de trabalho firmado Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
entre o empregado e a empresa prestadora de serviços. RENATO DE LACERDA PAIVA
O Regional, analisando os elementos fáticos apresentados nos Ministro Vice-Presidente do TST
autos, concluiu que a responsabilidade atribuída à Administração
Pública foi pautada na culpa (ausência de fiscalização), premissa Processo Nº Ag-AIRR-0001390-97.2013.5.01.0421
fática insuscetível de revisão nesta fase recursal, nos termos da Complemento Processo Eletrônico
Súmula n.º 126 do TST. Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
Ademais, verifica-se que a responsabilidade subsidiária do Poder Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Público não decorreu de mero inadimplemento das obrigações Procurador Dr. Waldir Zagaglia
trabalhistas assumidas pela empresa prestadora de serviços, mas Agravado DELMA DE ASSIS E OUTROS
na omissão da fiscalização do cumprimento das referidas Advogada Dra. Stella Maris Vitale(OAB:
63123/RJ)
obrigações. Logo, a culpa in vigilando da Administração Pública, na
Agravado EXCELLENCE RH SERVIÇOS EIRELI
hipótese, ficou caracterizada pela não fiscalização da prestadora de
Advogado Dr. Douglas Pedrosa de Andrade(OAB:
serviços. 131930/RJ)
Nesse contexto, a decisão regional está em consonância com o
entendimento do STF no julgamento da ADC n.º 16 e com o Intimado(s)/Citado(s):
estabelecido no item V da Súmula n.º 331 desta Corte Superior, - DELMA DE ASSIS E OUTROS
visto que "os entes integrantes da Administração Pública direta e - ESTADO DO RIO DE JANEIRO
indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Intime-se. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Publique-se. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intime-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Publique-se.
RENATO DE LACERDA PAIVA Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Ministro Vice-Presidente do TST
regional que, além de não ter havido fiscalização das obrigações Consta do acórdão recorrido:
contratuais da empresa contratada, ficou evidenciada a culpa in II) MÉRITO
eligendo do ente público, visto que nem sequer comprovou a
existência de regular processo licitatório para a contratação da TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA. ENTIDADES ESTATAIS.
empresa prestadora de serviços. A matéria debatida não possui ENTENDIMENTO FIXADO PELO STF NA ADC Nº 16-DF. SÚMULA
transcendência econômica, política, jurídica ou social. Agravo de 331, V, DO TST. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
instrumento de que se conhece e a que se nega provimento, porque NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DE CONDUTA CULPOSA
não reconhecida a transcendência. NO CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES DA LEI 8.666/93
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da EXPLICITADA NO ACÓRDÃO REGIONAL
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja (...)
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). No agravo, a Agravante pugna pelo provimento do agravo de
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de instrumento.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Sem razão, contudo.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Do cotejo da decisão agravada com as razões do agravo, verifica-se
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos que a Parte não logra êxito em desconstituir os fundamentos da
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". decisão monocrática que negou provimento ao seu agravo de
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema instrumento.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Como salientado na decisão agravada, o STF, ao julgar com
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos repercussão geral o RE nº 760.931, confirmou a tese já explicitada
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes na anterior ADC nº 16-DF, no sentido de que a responsabilidade da
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Administração Pública não pode ser automática, cabendo a sua
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de condenação apenas se houver prova inequívoca de sua conduta
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos, bem como
Intime-se. atribuiu o ônus de provar o descumprimento desse dever legal ao
Publique-se. trabalhador.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. No caso concreto, o TRT manteve a responsabilidade subsidiária da
entidade estatal, delineando a sua culpa in vigilando, nos termos do
item V da Súmula 331 do TST.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Conforme já mencionado, ainda que a Instância Ordinária
RENATO DE LACERDA PAIVA eventualmente mencione fundamentos não acolhidos pela decisão
Ministro Vice-Presidente do TST do STF na ADC nº 16-DF e no RE nº 760.931, bem como pela
maioria da Terceira Turma (que, a partir das decisões proferidas
Processo Nº Ag-AIRR-1001399-29.2016.5.02.0059 pela Corte Máxima, quanto ao ônus da prova, entende que é do
Complemento Processo Eletrônico empregado o encargo de comprovar a conduta omissiva ou
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado comissiva na fiscalização dos contratos; fica ressalvado o
Agravante MUNICÍPIO DE SÃO PAULO entendimento deste Relator, que aplicaria, ao invés, a teoria da
Procurador Dr. Renato Spaggiari inversão do ônus probatório prevista nos preceitos da legislação
Procurador Dr. Fábio Fernando Jacob processual civil e da lei de proteção ao consumidor, prevista no art.
Agravado RODRIGO COSME DE SOUZA 6º, VIII, da Lei 8.079/90), o fato é que, manifestamente, afirmou o
Advogada Dra. Camila Juliani Pereira Cruz(OAB: TRT que houve culpa in vigilando da entidade estatal quanto ao
279723/SP)
cumprimento das obrigações trabalhistas pela empresa prestadora
Agravado CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS
HOSPITALEIRAS DO SAGRADO de serviços terceirizados.
CORAÇÃO DE JESUS A configuração da culpa in vigilando, caso afirmada pela Instância
Advogado Dr. Luiz Guilherme Gomes Ordinária (como ocorreu nos presentes autos), autoriza a incidência
Primos(OAB: 118747/SP)
da responsabilidade subsidiária da entidade tomadora de serviços
(arts. 58 e 67 da Lei 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil).
Intimado(s)/Citado(s):
De outra face, decidida a matéria com base no conjunto probatório
- CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS HOSPITALEIRAS DO produzido nos autos, o processamento do recurso de revista fica
SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
obstado, por depender do reexame de fatos e provas (Súmula 126
- MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
do TST).
- RODRIGO COSME DE SOUZA
Tratando-se, portanto, de decisão proferida em estrita observância
às normas processuais (art. 557, caput, do CPC/1973; arts. 14 e
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
932, IV, "a", do CPC/2015), é insuscetível de reforma ou
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
reconsideração.
recorrente.
Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
especifica nas razões recursais.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
É o relatório.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Decido.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas da
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos definição do alcance das normas inscritas nessa Lei, com base na
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere interpretação sistemática. Óbice da Súmula nº 333 do TST e do art.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade 896, § 7º, da CLT. Recurso de revista não conhecido.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Intime-se. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Publique-se. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
RENATO DE LACERDA PAIVA CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Ministro Vice-Presidente do TST retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intime-se.
Processo Nº RR-1000237-73.2017.5.02.0411 Publique-se.
Complemento Processo Eletrônico Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Relator Min. Dora Maria da Costa
Recorrente ESTADO DE SÃO PAULO
Procurador Dr. Gabriel Alves Bueno Pereira Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Recorrido MIRIAM CONDE DA SILVA RENATO DE LACERDA PAIVA
Advogado Dr. Francisco Xavier da Silva Ministro Vice-Presidente do TST
Junior(OAB: 324898/SP)
Recorrido QUALITÉCNICA EMPRESA
NACIONAL DE SERVIÇOS LTDA. Processo Nº Ag-AIRR-0011252-39.2014.5.04.0271
Complemento Processo Eletrônico
Advogada Dra. Regina Tedéia Sapia(OAB:
100339/SP) Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Intimado(s)/Citado(s): Procuradora Dra. Rebeca Santos Machado
- ESTADO DE SÃO PAULO Agravado FUNDAÇÃO HOSPITAL MUNICIPAL
GETÚLIO VARGAS
- MIRIAM CONDE DA SILVA
Procurador Dr. Joaquim Viana Cardinal
- QUALITÉCNICA EMPRESA NACIONAL DE SERVIÇOS LTDA.
Procuradora Dra. Roberta Meinhardt Flach
Agravado LUCIANA SANTOS VAZ
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Advogada Dra. Luciana Meireles de
Tribunal Superior do Trabalho que não conheceu do recurso de Andrade(OAB: 61849/RS)
revista do recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Intimado(s)/Citado(s):
violação aos dispositivos da Constituição da República que - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
especifica nas razões recursais. - FUNDAÇÃO HOSPITAL MUNICIPAL GETÚLIO VARGAS
É o relatório. - LUCIANA SANTOS VAZ
Decido.
Consta da ementa do acórdão recorrido: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
Regional decidiu a controvérsia em consonância com os artigos 186 A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
e 927 do Código Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, violação aos dispositivos da Constituição da República que
os artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração especifica nas razões recursais.
Pública o dever de fiscalizar a execução dos contratos É o relatório.
administrativos de prestação de serviços por ela celebrados. No Decido.
presente caso, o ente público, tomador dos serviços, não cumpriu Consta do acórdão recorrido:
adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
prestadora contratada deixasse de pagar regularmente a sua REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E
empregada as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Saliente- ANTERIOR À LEI 13.467/2017. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA.
se que essa conclusão não implica afronta ao art. 97 da CF e ENTIDADES ESTATAIS. ENTENDIMENTO FIXADO PELO STF NA
contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem desrespeito ADC Nº 16-DF. SÚMULA 331, V, DO TST. RESPONSABILIDADE
à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da declaração de
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". SEGUNDO RECLAMADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 1.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. CONFIGURAÇÃO. 1. Nos
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos termos da Lei nº 8.666/1993 e dos artigos 186 e 927 do Código
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Civil, da decisão proferida pelo STF na ADC nº 16 e do item V da
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do Súmula nº 331 deste TST, para o reconhecimento da
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de responsabilidade subsidiária do ente público, é necessária a
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. comprovação da sua conduta omissiva na fiscalização do
Intime-se. cumprimento das obrigações decorrentes do contrato entre tomador
Publique-se. e prestador de serviços quanto às verbas trabalhistas. 2. Outrossim,
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. o STF reconheceu a existência de repercussão geral da questão
constitucional, suscitada no RE nº 760.931, referente à
responsabilidade dos entes integrantes da Administração Pública
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) em caso de terceirização, fixando, em 26/4/2017, a seguinte tese:
RENATO DE LACERDA PAIVA "O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
Ministro Vice-Presidente do TST contratado não transfere automaticamente ao Poder Público
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em
Processo Nº ARR-0011318-53.2013.5.01.0007 caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
Complemento Processo Eletrônico 8.666/93". 3. No caso, o ente público, tomador dos serviços, não
Relator Min. Dora Maria da Costa cumpriu a obrigação de fiscalizar o contrato de terceirização,
Agravante e Recorrente ESTADO DO RIO DE JANEIRO permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
Procurador Dr. André Rodrigues Cyrino regularmente ao seu empregado as verbas trabalhistas que lhe
Procuradora Dra. Raquel do Nascimento Ramos eram devidas. 4. Por conseguinte, ficou configurada a culpa in
Rohr
vigilando, hábil a justificar a atribuição de responsabilidade
Agravado e Recorrido EDUARDO RODRIGUES
subsidiária, nos termos da Lei nº 8.666/93, dos artigos 186 e 927 do
Advogado Dr. Antônio Vanderler de Lima(OAB:
35211/RJ) Código Civil, da Súmula nº 331, V, do TST e das decisões
Advogada Dra. Sandra Regina Oliveira Pinto de proferidas pelo STF na ADC nº 16 e no RE nº 760.931. 2. LIMITES
Lima(OAB: 57799/RJ) DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. O Tribunal a quo dirimiu
Agravado e Recorrido SCMM SERVIÇOS DE LIMPEZA E a controvérsia em sintonia com a Súmula nº 331, VI, do TST. 3.
CONSERVAÇÃO LTDA.
JUROS DE MORA. O acórdão regional foi prolatado em
Advogada Dra. Isabela Porto Ribeiro
Martins(OAB: 188398/RJ) consonância com a OJ nº 382 da SDI-1 do TST, o que inviabiliza o
processamento do recurso de revista, nos termos do artigo 896, §
Intimado(s)/Citado(s): 7º, da CLT e da Súmula nº 333 do TST. Agravo de instrumento
conhecido e não provido.
- EDUARDO RODRIGUES
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
- SCMM SERVIÇOS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao recurso de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
revista e ao agravo de instrumento do Estado do Rio de Janeiro.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
violação aos dispositivos da Constituição da República que
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
especifica nas razões recursais.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
É o relatório.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Decido.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Consta do acórdão recorrido:
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
A) RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO SEGUNDO
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
RECLAMADO, ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
PÚBLICA. CONDUTA CULPOSA. ÔNUS DA PROVA. Segundo o
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
princípio da aptidão para a prova e as regras estabelecidas no
Publique-se.
artigo 373, II e § 1º, do CPC/2015, cabe ao ente integrante da
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Administração Pública comprovar que fiscalizou devidamente o
cumprimento do contrato administrativo de prestação de serviço,
não sendo possível exigir do empregado terceirizado o ônus de
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
provar o descumprimento desse dever legal, decorrente dos artigos
RENATO DE LACERDA PAIVA
58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93, os quais impõem à Administração
Ministro Vice-Presidente do TST
Pública o dever de fiscalizar a execução dos contratos
administrativos de prestação de serviços por ela celebrados.
Processo Nº AIRR-1002021-94.2015.5.02.0463
Recurso de revista conhecido e não provido. B) AGRAVO DE
Complemento Processo Eletrônico
INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO
Relator Min. Dora Maria da Costa pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Agravante MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
CAMPO
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Procuradora Dra. Teresa Cristina da Cruz Camelo
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Agravado MILTON TEIXEIRA DA SILVA
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Advogado Dr. Fernanda Pedroso Cintra de
Souza(OAB: 306781/SP) autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Agravado AUTOPLAN LOCADORA DE autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
VEÍCULOS LTDA. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intimado(s)/Citado(s):
Intime-se.
- AUTOPLAN LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA. Publique-se.
- MILTON TEIXEIRA DA SILVA Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
- MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de RENATO DE LACERDA PAIVA
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. Ministro Vice-Presidente do TST
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que Processo Nº Ag-AIRR-0010411-29.2016.5.03.0036
especifica nas razões recursais. Complemento Processo Eletrônico
É o relatório. Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
Decido. Agravante UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
Consta na ementa do acórdão recorrido: DE FORA - UFJF
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1. Procurador Dr. Gabriel Santana Mônaco
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO Procurador Dr. Davi Monteiro Diniz
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a Agravado MARIA DA CONSOLACAO DO
AMARAL ANTUNES
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
Advogado Dr. Maria Alice Martins de
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e Almeida(OAB: 140988/MG)
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de Advogado Dr. Raphaela Vieira Marques
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de Stehling(OAB: 136018/MG)
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público Agravado FUNDAÇÃO DE APOIO AO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA
tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação, UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar DE FORA
regularmente a seu empregado as verbas trabalhistas que lhe eram Advogado Dr. Luiz Fernando Sirimarco
Júnior(OAB: 88449/MG)
devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
Advogado Dr. Natália Mendonça Pizelli(OAB:
da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem 126947/MG)
desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº Intimado(s)/Citado(s):
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa - FUNDAÇÃO DE APOIO AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA
Lei, com base na interpretação sistemática. 2. LIMITES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. INDICAÇÃO DO TRECHO - MARIA DA CONSOLACAO DO AMARAL ANTUNES
DA DECISÃO RECORRIDA QUE CONSUBSTANCIA O - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF
PREQUESTIONAMENTO DA CONTROVÉRSIA OBJETO DO
RECURSO DE REVISTA. ARTIGO 896, § 1º-A, I, DA CLT. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
ARGUIÇÃO DE OFÍCIO. Nos termos do artigo 896, § 1º-A, I, da Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da
CLT, incluído pela Lei nº 13.015/2014, é ônus da parte, sob pena de recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
não conhecimento, "indicar o trecho da decisão recorrida que A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do violação aos dispositivos da Constituição da República que
recurso de revista". No caso, não há falar em observância do especifica nas razões recursais.
requisito previsto no artigo 896, § 1º-A, I, da CLT, porque se verifica É o relatório.
que a parte recorrente, nas razões do seu recurso de revista, não Decido.
transcreveu o trecho pertinente da decisão atacada que Consta do acórdão recorrido:
consubstancia o prequestionamento da matéria recorrida. Agravo de (...)
instrumento conhecido e não provido. O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte,
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas,
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da Nos estritos limites do recurso de revista, não é viável reexaminar a
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo prova dos autos a respeito da efetiva conduta fiscalizatória do ente
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Nesse contexto, à luz da Súmula 333 do TST, tem-se por inviável o
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de processamento do referido apelo.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos (...)
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Por fim, diga-se que a declaração de constitucionalidade do artigo
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 pelo STF, nos autos da ADC nº 16, não
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos impede a responsabilização subsidiária do ente público, com base
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". na Súmula 331, V, do TST, quando restar evidenciada no caso
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema concreto, como na presente hipótese, a sua omissão em fiscalizar o
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada cumprimento do contrato de prestação de serviços (culpain
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos vigilando).
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Nego provimento.
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Intime-se. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Publique-se. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
RENATO DE LACERDA PAIVA termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Ministro Vice-Presidente do TST Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Processo Nº AIRR-1001259-60.2016.5.02.0005 pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Complemento Processo Eletrônico autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Agravante UNIÃO (PGU) CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Procurador Dr. Márcio Otávio Lucas Padula retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Agravado JOÃO HENRIQUE DA SILVA Intime-se.
Advogado Dr. Mauro Tavares Cerdeira(OAB: Publique-se.
117756/SP)
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Agravado DIVISA SEGURANÇA PRIVADA
LTDA.
É o relatório.
Decido. Processo Nº Ag-E-ED-RR-0000324-56.2013.5.05.0038
Consta da ementa do acórdão recorrido: Complemento Processo Eletrônico
2 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA Relator Min. Alexandre Luiz Ramos
IN VIGILANDO RECONHECIDA PELO TRIBUNAL REGIONAL. Agravante CLEBER JESUS DIAS
DECISÃO EM CONFORMIDADE COM O ENTENDIMENTO Advogado Dr. José Eymard Loguercio(OAB: 1441
-B/DF)
FIXADO PELO STF NA ADC 16 (SÚMULA 331, V, DO TST). O
Agravado BANCO DO BRASIL S.A.
STF, no julgamento da ADC 16, considerou constitucional o art. 71,
Advogada Dra. Ana Regina Marques
§ 1º, da Lei 8.666/93. Afirmou que a simples inadimplência da Brandão(OAB: 4891/AL)
empresa contratada não transfere, automaticamente, a Advogado Dr. Tárcio Franklin Lustosa
responsabilidade pelas verbas trabalhistas para a entidade pública. Novais(OAB: 20956/BA)
No mesmo passo, a Corte Suprema concluiu que continua Agravado MULTIPAG TI COMÉRCIO E
SERVIÇOS LTDA.
plenamente possível a imputação de responsabilidade subsidiária
Advogado Dr. Isabel Santos Castro(OAB:
ao Ente Público quando constatada, no caso concreto, a violação do 30799/BA)
dever de licitar e de fiscalizar de forma eficaz a execução do
contrato. O art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93 deve ser interpretado em Intimado(s)/Citado(s):
harmonia com outros dispositivos dessa lei que imputam às - BANCO DO BRASIL S.A.
entidades estatais o dever de fiscalização da execução dos seus - CLEBER JESUS DIAS
contratos de terceirização (art. 57, III). Constatando-se o - MULTIPAG TI COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.
descumprimento de direitos trabalhistas pela empresa contratada, a
Administração Pública tem a obrigação de aplicar sanções como
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
advertência, multa, suspensão temporária de participação em
Tribunal Superior do Trabalho que não conheceu do recurso de
licitação, declaração de inidoneidade para licitar ou contratar (art.
revista do Banco do Brasil no tema "responsabilidade subsidiária -
87, I, II, III e IV), ou, ainda, rescindir unilateralmente o contrato (arts.
administração pública - culpa in vigilando caracterizada - súmula
78 e 79). Esse entendimento confere maior eficácia aos preceitos
331 do TST".
constitucionais que consagram a dignidade da pessoa humana e os
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, III e IV), que
violação aos dispositivos da Constituição da República que
estabelecem como objetivo da República construir uma sociedade
especifica nas razões recursais.
livre, justa e solidária (art. 3º, I) de modo a garantir os direitos
É o relatório.
fundamentais dos trabalhadores (art. 7º) como forma de valorizar o
Decido.
trabalho humano e assegurar a todos existência digna (art. 170).
Consta do acórdão recorrido no tema suscitado:
Assim, o reconhecimento pelo Tribunal Regional da
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N°
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços em
13.015/2014 - PRELIMINAR DE NULIDADE POR NEGATIVA DE
decorrência da constatação de ausência de fiscalização pelo Ente
PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. O Eg. Tribunal Regional solucionou
Público, enseja a aplicação da Súmula 331, V, do TST. Óbice do
a controvérsia de maneira fundamentada, não havendo falar em
art. 896, § 7º, da CLT e da Súmula 333 do TST. Recurso de revista
negativa de prestação jurisdicional. RESPONSABILIDADE
não conhecido.
SUBSIDIÁRIA - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - CULPA IN
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
VIGILANDO CARACTERIZADA - SÚMULA Nº 331, V, DO TST. O
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
acórdão regional está em harmonia com o entendimento firmado na
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Súmula nº 331, item V, do TST, uma vez que a responsabilização
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
subsidiária do ente público decorreu do reconhecimento de conduta
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
culposa na fiscalização do cumprimento do contrato.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
(...)
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
2 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - ADMINISTRAÇÃO
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
PÚBLICA - CULPA IN VIGILANDO CARACTERIZADA - SÚMULA
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Nº 331, V, DO TST
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
(...)
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
No Recurso de Revista, o Banco-Reclamado insurge-se contra a
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
imputação de responsabilidade subsidiária. Alega que não houve
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
negligência no procedimento de fiscalização. Indica violação ao
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. Aponta contrariedade à Súmula
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
nº 331, IV e V, do TST. Colaciona julgado.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte,
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
Intime-se.
(...)
Publique-se.
A Eg. Corte a quo responsabilizou subsidiariamente o tomador de
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in
vigilando, decorrente da fiscalização deficiente no cumprimento das
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviços como
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Empregadora.
RENATO DE LACERDA PAIVA
Esse entendimento não implica afronta ao art. 97 da Constituição ou
Ministro Vice-Presidente do TST
incidem preceitos responsabilizatórios concorrentes, tais como os Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo de instrumento.
artigos 58, III, 67, caput e § 1º, da Lei 8.666/93; e os artigos 186 e
927, caput, do Código Civil. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Nesse contexto, o STF, ao julgar com repercussão geral o RE nº Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
760.931, confirmou a tese já explicitada na anterior ADC nº 16-DF, inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
no sentido de que a responsabilidade da Administração Pública não repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
pode ser automática, cabendo a sua condenação apenas se houver Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
prova inequívoca de sua conduta omissiva ou comissiva na mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
fiscalização dos contratos, bem como atribuiu o ônus de provar o encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
descumprimento desse dever legal ao trabalhador. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
No caso concreto, o TRT manteve a condenação subsidiária, por pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
delinear a culpa in vigilando da entidade estatal, nos termos do item termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
V da Súmula 331 do TST. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Ainda que a Instância Ordinária eventualmente mencione cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
fundamentos não acolhidos pela decisão do STF na ADC nº 16-DF, pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
no RE nº 760.931 e pela maioria da Terceira Turma (que, a partir autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
das decisões proferidas pela Corte Máxima, quanto ao ônus da autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
prova, entende que é do empregado o encargo de comprovar a CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
conduta omissiva ou comissiva na fiscalização dos contratos; este retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Ministro Relator, porém, aplicaria a teoria da inversão do ônus Publique-se.
probatório prevista nos preceitos da legislação processual civil e da Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
lei de proteção ao consumidor, prevista no art. 6º, VIII, da Lei
8.079/90, ressalvando, assim, o seu entendimento), o fato é que, no
caso concreto, afirmou expressamente o TRT que houve culpa in Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
vigilando da entidade estatal quanto ao cumprimento das RENATO DE LACERDA PAIVA
obrigações trabalhistas pela empresa prestadora de serviços Ministro Vice-Presidente do TST
terceirizados.
A configuração da culpa in vigilando, caso afirmada pela Instância Processo Nº Ag-AIRR-1001474-57.2015.5.02.0462
Ordinária (como ocorreu nos presentes autos), reitere-se, autoriza a Complemento Processo Eletrônico
incidência da responsabilidade subsidiária da entidade tomadora de Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
serviços (arts. 58 e 67, Lei 8.666/93; 186 e 927 do Código Civil). Agravante MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO
CAMPO
A decisão regional encontra-se, portanto, em consonância com o
Procurador Dr. Erci Maria dos Santos
fundamento acolhido pelo STF no julgamento da ADC da entidade
Agravado KELI CRISTINA MATEUS
pública: a demonstração de omissão no dever de fiscalizar.
Advogada Dra. Maria do Carmo Silva
Inclusive, em diversas oportunidades em que o tema foi levado a Bezerra(OAB: 229843/SP)
debate naquela Corte, posteriormente ao julgamento da citada ação Agravado ERJ ADMINISTRAÇÃO E
declaratória de constitucionalidade, a compreensão que se extraiu RESTAURANTES DE EMPRESAS
LTDA.
da matéria foi no sentido de que, se demonstrada a ocorrência de
Advogado Dr. Ruy Octávio Zanelatti(OAB:
conduta culposa na fiscalização da execução dos contratos 223196/SP)
celebrados, a Administração Pública se sujeitará ao reconhecimento Advogado Dr. Ivan Furlan(OAB: 222755/SP)
de sua responsabilidade subsidiária pela Justiça do Trabalho. Agravado GERALDO J. COAN & CIA. LTDA.
(...) Advogada Dra. Renata Cristina Gois(OAB:
Frise-se, por cautela, que em nenhum momento afasta-se a 270108/SP)
aplicação do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, mas apenas interpreta-se
o dispositivo legal à luz da jurisprudência sumulada desta Corte. Intimado(s)/Citado(s):
Esse entendimento não contraria o disposto na Súmula Vinculante - ERJ ADMINISTRAÇÃO E RESTAURANTES DE EMPRESAS
LTDA.
nº 10 do STF, tampouco viola o art. 97 da CF.
- GERALDO J. COAN & CIA. LTDA.
Assim, a decisão apresenta-se em conformidade com a
- KELI CRISTINA MATEUS
jurisprudência consolidada do TST, o que torna inviável o exame
- MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO
das indicadas violações de dispositivo legal e/ou constitucional, bem
como superada a eventual divergência jurisprudencial (Súmula 333
do TST; e o art. 896, §7º, da CLT). Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
De outra face, decidida a matéria com base no conjunto probatório Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
produzido nos autos, o processamento do recurso de revista fica recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
obstado, por depender do reexame de fatos e provas (Súmula 126 A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
do TST). violação aos dispositivos da Constituição da República que
As vias recursais extraordinárias para os tribunais superiores (STF, especifica nas razões recursais.
STJ, TST) não traduzem terceiro grau de jurisdição; existem para É o relatório.
assegurar a imperatividade da ordem jurídica constitucional e Decido.
federal, visando à uniformização jurisprudencial na Federação. Por Consta do acórdão recorrido:
isso seu acesso é notoriamente restrito, não permitindo cognição (...)
ampla. O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Corte,
consubstanciada na Súmula nº 331, item V. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E. RENATO DE LACERDA PAIVA
Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art. Ministro Vice-Presidente do TST
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas, Processo Nº Ag-AIRR-1001142-98.2016.5.02.0060
não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da Complemento Processo Eletrônico
Administração Pública, tomadora de serviços. É necessário Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann
evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações Agravante ESTADO DE SÃO PAULO
contratuais e legais da prestadora de serviços. Procuradora Dra. Cláudia Helena Destefani de
Lacerda
(...)
Agravado MARIA CLAUDIANE GONDIM
A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente a tomadora SANÇÃO
de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in Advogado Dr. Nório Ota(OAB: 117773/SP)
vigilando, aos seguintes fundamentos: Advogado Dr. Carolina Pavan Pousa(OAB:
289508/SP)
(...) Advogado Dr. Vanusa de Freitas(OAB: 160424-
A/SP)
No presente caso, entretanto, depreende-se dos elementos
Agravado HIGILIMP LIMPEZA AMBIENTAL
constantes dos autos que o 3º reclamado não exerceu efetivamente LTDA.
seu dever de fiscalização, porquanto não produziu provas orais a Advogado Dr. Matheus Bonaroti(OAB:
respeito e encartou à defesa apenas documentação relativa aos 325531/SP)
contratos celebrados com a 1ª ré e um julgado. Ressalto que o
Município não apresentou certidões de regularidade fiscal e Intimado(s)/Citado(s):
trabalhista e tampouco quaisquer provas da verificação do - ESTADO DE SÃO PAULO
cumprimento de obrigações mínimas pela 1ª demandada, como - HIGILIMP LIMPEZA AMBIENTAL LTDA.
recolhimentos de FGTS e INSS. - MARIA CLAUDIANE GONDIM SANÇÃO
Nesse contexto, tendo sido apurado nesta ação o inadimplemento
de diferentes parcelas, dentre as quais, meses de depósitos de Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
FGTS, concluo estar caracterizada a ocorrência de conduta culposa Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
do 3º demandado nas modalidades "in vigilando" e "in omitendo", agravo de instrumento da recorrente.
impondo-se seja responsabilizado subsidiariamente pelos créditos A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
deferidos, com amparo nos artigos 186 e 927, caput do Código Civil. violação aos dispositivos da Constituição da República que
(...)(fl. 342) especifica nas razões recursais.
É o relatório.
(...) Decido.
Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula Consta da ementa do acórdão recorrido:
nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
indicadas. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT. REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014.
Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada DECISÃO MONOCRÁTICA DENEGATÓRIA DE SEGUIMENTO.
foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADOR DOS
e 5º, LXXVIII, da Constituição da República. SERVIÇOS. ENTE PÚBLICO. ADC 16. OMISSÃO NA
Nego provimento ao Agravo. FISCALIZAÇÃO. CULPA IN VIGILANDO. As razões expendidas
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da pela parte não se mostram suficientes a demonstrar o apontado
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo equívoco em relação à decisão agravada, segundo a qual
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja constatada a culpa da Administração Pública decorrente da omissão
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas, de
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de modo a autorizar a sua responsabilização subsidiária, com
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos fundamento na Súmula 331/TST.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Agravo conhecido e não provido.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Intime-se. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Publique-se. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de de modo a garantir os direitos fundamentais dos trabalhadores (art.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. 7.º) como forma de valorizar o trabalho humano e assegurar a todos
Intime-se. existência digna (art. 170).
Publique-se. Nesse contexto, esta Corte conferiu nova redação à Súmula 331,
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. fixando a orientação de que subsiste a responsabilidade subsidiária
da Administração Pública pela inadimplência dos créditos
trabalhistas da empresa por ela contratada, na hipótese em que
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) fique comprovada a culpa in vigilando do Ente Público. Nesse
RENATO DE LACERDA PAIVA sentido, dispõe o item V do mencionado verbete:
Ministro Vice-Presidente do TST (...)
Na hipótese dos autos, o Tribunal Regional manteve a
Processo Nº AIRR-0100498-76.2016.5.01.0039 responsabilidade subsidiária do tomador de serviços em vista da
Complemento Processo Eletrônico verificação em concreto da omissão culposa do Ente Público.
Relator Min. Delaíde Miranda Arantes Consta expressamente no acórdão recorrido que:
Agravante UNIÃO (PGU) "[...] In casu, observa-se a culpa da Administração in vigilando
Procuradora Dra. Giovanna Maciel Fortes do Paço Pública, uma vez que a segunda ré deixou de comprovar a
Borges
fiscalização no que diz respeito ao pagamento das verbas
Agravado CARMELITA TIMOTEO DOS SANTOS
rescisórias da reclamante, depósitos de FGTS, adicional de
Advogada Dra. Sandra Moura Brasil(OAB:
34274/RJ) insalubridade, deixando, ainda, de comprovar que tivesse
Agravado BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS implementado qualquer medida no sentido de coibir o
LTDA. inadimplemento pela prestadora de serviços, seja por meio de
Advogada Dra. Karla Cabizuca Bernardes aplicação de sanções ou retenção de valores.
Netto(OAB: 93931/RJ)
A culpa in vigilando está caracterizada pela omissão da segunda
reclamada quanto às providências que poderiam funcionar como
Intimado(s)/Citado(s):
inibidoras ou ressarcitórias no que concerne ao inadimplemento
- BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA. aqui perpetrado.
- CARMELITA TIMOTEO DOS SANTOS Pois se a União Federal tivesse bem vigiado o cumprimento do
- UNIÃO (PGU) contrato que celebrou, relativamente à empresa terceirizada, no que
se refere aos adimplementos obrigacionais aos quais estava sujeita
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo a prestadora em decorrência do negócio entabulado pelas partes
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de que ora integram o polo passivo, o pedido autoral não teria
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. procedência. Não quitando, pois, a principal devedora, os créditos
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta do autor, responde o tomador também por todas as verbas advindas
violação aos dispositivos da Constituição da República que dos contratos de trabalho de cujos serviços se beneficiou.
especifica nas razões recursais. (...)
É o relatório. No que se refere às diferenças do adicional de insalubridade, as
Decido. fichas financeiras da autora, contidas no Id nº 23fbfb5, deixam claro
Consta do acórdão recorrido, na fração de interesse: que a primeira reclamada não efetuava o pagamento do percentual
O STF, no julgamento da ADC 16, ajuizada pelo governo do Distrito de 20%, conforme previsto em norma coletiva (cláusula 17ª - Id nº
Federal, considerou constitucional o art. 71, § 1.º, da Lei 8.666/93. a128694), de maneira que são devidas as diferenças deferidas em
Afirmou que a simples inadimplência da empresa contratada não sentença.
transfere, automaticamente, a responsabilidade pelas verbas (...)"
trabalhistas para a entidade pública. Conforme se observa, a decisão que manteve a responsabilidade
No mesmo passo, a Corte Suprema concluiu que continua subsidiária da UNIÃO não decorreu de mera presunção da culpa in
plenamente possível a imputação de responsabilidade subsidiária vigilando, mas sim de sua verificação in concreto a partir das provas
ao Ente Público quando constatada, no caso concreto, a violação do constantes dos autos.
dever de licitar e de fiscalizar de forma eficaz a execução do Com efeito, a atribuição de responsabilidade subsidiária ao Ente
contrato. Público ocorreu nos moldes da decisão proferida pelo STF no
O art. 71, § 1.º, da Lei 8.666/93 deve ser interpretado em harmonia julgamento da ADC 16 e da Súmula 331, V, do TST.
com outros dispositivos dessa lei que imputam às entidades estatais Incólumes, portanto, os dispositivos apontados como violados.
o dever de fiscalização da execução dos seus contratos de Incide, pois os óbices da Súmula 333 do TST e do art. 896, §7º, da
terceirização (art. 57, III). Constatando-se o descumprimento de CLT.
direitos trabalhistas pela empresa contratada, a Administração O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Pública tem a obrigação de aplicar sanções como advertência, Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
multa, suspensão temporária de participação em licitação, inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
declaração de inidoneidade para licitar ou contratar (art. 87, I, II, III e repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
IV), ou, ainda, rescindir unilateralmente o contrato (arts. 78 e 79). Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
A fiscalização do exato cumprimento das obrigações laborais mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
coaduna-se com preceitos constitucionais que consagram a encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
livre iniciativa (art. 1.º, III e IV), que instituem como objetivo da pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
República construir uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3.º, I) termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema com o fito de atribuir responsabilidade subsidiária do Ente Público
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada pelas consequências jurídicas dele decorrentes, caso evidenciada a
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes 8.666/1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de empregadora. Recurso de Embargos de que se conhece e a que se
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. nega provimento." (E-RR-66500-47.2008.5.16.0018, Relator
Intime-se. Ministro João Batista Brito Pereira, Subseção I Especializada em
Publique-se. Dissídios Individuais, DEJT 1º/7/2013)
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. "[?] II - RECURSO DE REVISTA - RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA. CONVÊNIO. ENTE PÚBLICO. AUSÊNCIA DE
REPASSE. CULPA IN VIGILANDO. A jurisprudência desta Corte se
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) delineia no sentido de imputar a responsabilidade subsidiária
RENATO DE LACERDA PAIVA mesmo nas hipóteses de termo de parceria ou de convênios
Ministro Vice-Presidente do TST celebrados pelos entes públicos, caso constatada sua culpa in
vigilando. Nesse contexto, tendo o Regional registrado que o INCRA
Processo Nº AIRR-0021451-42.2014.5.04.0006 agiu de forma culposa, uma vez que ficou evidenciado que o
Complemento Processo Eletrônico inadimplemento das obrigações trabalhistas ocorreu pela falta de
Relator Min. Dora Maria da Costa repasse das verbas destinadas ao assentado, empregador do
Agravante FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO reclamante, o terceiro reclamado - INCRA - deve ser
SÓCIO-EDUCATIVO DO RIO
GRANDE DO SUL - FASE responsabilizado de forma subsidiária, nos moldes da Súmula 331,
Procuradora Dra. Paula Ferreira Krieger V, do TST. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido."
Agravado LAR ESPERANÇA DE PORTO (ARR-1279-87.2015.5.10.0811, Relator Ministro Márcio Eurico Vitral
ALEGRE Amaro, 8ª Turma, DEJT 24/11/2017)
Advogado Dr. Fernando Roberto Bottega(OAB: (...)
58606/RS)
Por outro lado, verifica-se que a responsabilidade subsidiária do
Agravado ANDRIUS ALVES DIAS
ente público tomador de serviços teve por fundamento,
Advogado Dr. Celso Giovani Masutti(OAB:
31576/RS) principalmente, a responsabilidade civil subjetiva, prevista nos arts.
186 e 927 do Código Civil. Eis o que preceituam os citados
Intimado(s)/Citado(s): dispositivos legais:
"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
- ANDRIUS ALVES DIAS
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
- FUNDAÇÃO DE ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO DO RIO
GRANDE DO SUL - FASE exclusivamente moral, comete ato ilícito."
- LAR ESPERANÇA DE PORTO ALEGRE "Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
a outrem, fica obrigado a repará-lo."
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Dos dispositivos transcritos, extrai-se que a verificação de culpa do
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de agente é um dos requisitos essenciais à atribuição de
instrumento da recorrente. responsabilidade civil subjetiva. Com efeito, uma das modalidades
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta de culpa hábil a justificar a responsabilização é a chamada culpa in
violação aos dispositivos da Constituição da República que vigilando, que ocorre quando o agente se omite quanto ao dever de
especifica nas razões recursais. vigiar e fiscalizar a ação de terceiros. Especificamente no tocante à
É o relatório. terceirização de serviços pelos entes da Administração Pública, os
Decido. arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 assim preceituam:
Consta do acórdão recorrido: "Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a
(...) prerrogativa de:
1. CONVÊNIO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. [...]
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. III - fiscalizar-lhes a execução."
(...) "Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
Ao exame. fiscalizada por um representante da Administração especialmente
Não prospera a alegação recursal de que inexiste responsabilidade designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiária diante da celebração de convênio entre as reclamadas, subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição."
porque a jurisprudência deste TST é a de que cabe a Dos citados dispositivos legais emerge expressamente a obrigação
responsabilização subsidiária dos entes públicos quanto aos dos entes da Administração Pública de acompanhar e fiscalizar a
convênios por eles celebrados, desde que configurada a culpa in execução dos contratos administrativos de prestação de serviços.
vigilando. No presente caso, todavia, é possível extrair do acórdão regional
A corroborar esse posicionamento, citam-se julgados deste TST: que o ente público tomador dos serviços não cumpriu
"RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa
CONVÊNIO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE. prestadora contratada deixasse de pagar regularmente ao seu
APLICABILIDADE DA SÚMULA 331 DESTA CORTE. A celebração empregado as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Por
de convênio, objetivando a execução de programa de saúde à conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar
comunidade não afasta a aplicabilidade da Súmula 331 desta Corte, a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos dos artigos
186 e 927 do Código Civil. Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em
Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste consonância com a jurisprudência pacificada desta Corte Superior,
Tribunal Superior, em revisão de sua jurisprudência, por meio da descabe cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição,
Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT de 27/5/2011), alterou a e de divergência jurisprudencial, uma vez que já foi atingido o fim
redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº 331, com o precípuo do recurso de revista, incidindo, assim, o óbice previsto na
seguinte teor: Súmula nº 333 do TST e no art. 896, § 7º, da CLT.
"CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE Nego provimento.
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
[...] Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
relação processual e conste também do título executivo judicial. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
prestadora de serviço como empregadora. A aludida cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
contratada." autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Registre-se que esse entendimento não implica violação do art. 71, CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
§ 1º, da Lei nº 8.666/93. A interpretação sistemática desse retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº Intime-se.
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele Publique-se.
inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por
ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público
tomador não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
contrato pelo prestador. RENATO DE LACERDA PAIVA
Saliente-se, por oportuno, que não há falar em violação do art. 97 Ministro Vice-Presidente do TST
da Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº
10 do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à Processo Nº AIRR-0101215-27.2016.5.01.0512
decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento Complemento Processo Eletrônico
da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
realizada no dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO
8.666/93 compatível com a ordem constitucional vigente, Procuradora Dra. Renata Cotrim Nacif
notadamente com o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988. Agravado SABATA DA LUZ PIMENTA
Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do Advogado Dr. José Guilherme de Vasconceilos
Corrêa Pimenta(OAB: 143592/RJ)
citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo-
Agravado PROL STAFF LTDA.
se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação
Advogado Dr. Thiago Brock(OAB: 166794/RJ)
sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face
dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que
Intimado(s)/Citado(s):
possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO
público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando.
- PROL STAFF LTDA.
Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da
- SABATA DA LUZ PIMENTA
referida ADC (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu que
"a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à
Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as instrumento do recorrente.
obrigações do contratado, não viesse a gerar essa A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 9/9/11). violação aos dispositivos da Constituição da República que
Outrossim, registre-se que o ônus da prova quanto à efetiva especifica nas razões recursais.
fiscalização da prestação de serviço recai sobre o tomador dos É o relatório.
serviços, o qual, como visto, tem obrigação legal de fiscalizar a Decido.
execução do contrato (arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, Consta do acórdão recorrido:
incumbia à segunda reclamada provar a existência de fiscalização
efetiva, bem como desconstituir a pretensão do reclamante, nos (...)
termos do art. 373, II, do NCPC. 2.1 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.TERCEIRIZAÇÃO DE
SERVIÇOS. ENTE PÚBLICO. CULPAIN VIGILANDO.ÔNUS DA administrativo de prestação de serviço, não se podendo exigir do
PROVA empregado terceirizado o ônus de provar o descumprimento desse
O Regional denegou seguimento ao recurso de revista com fulcro dever legal. De outra forma, os artigos 58, III, e 67 da Lei nº
no artigo 896, "c" e §§ 1º-A, II e III, e 7º, da CLT e nas Súmulas 126 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de fiscalizar a
e 333 do TST. execução dos contratos administrativos de prestação de serviços
O segundo reclamado impugna a decisão denegatória e reitera suas por ela celebrados. No presente caso, o ente público tomador dos
alegações de contrariedade à Súmula 331, V, do TST e violação serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação, permitindo
dos artigos 2º, 5º, II, e 37, § 6º, da Constituição Federal, 818 da que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
CLT, 333, I, do CPC/1973 e 71, §§ 1º e 2º, da Lei nº 8.666/1993. regularmente a sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
Sustenta que, ausente prova acerca da inexistência de fiscalização devidas. Por conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando,
do contrato de terceirização de serviços por parte do ente público, é hábil a justificar a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos
incabível a condenação subsidiária. Argumenta que o ônus da prova termos da Lei nº 8.666/93, dos artigos 186 e 927 do Código Civil, da
caberia à reclamante. Súmula nº 331, V, do TST e das decisões proferidas pelo STF na
Sem razão. ADC nº 16 e no RE nº 760.931. Recurso de revista não conhecido."
(...) (TST-RR-449-77.2017.5.11.0018, 8ª Turma, Rel.ª Min.ª Dora Maria
Verifica-se que o acórdão regional está em consonância com a da Costa, DEJT de 29/06/2018)
Súmula 331, V, do TST, na medida em que consignado que o "(...) RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA ENTE PÚBLICO. CULPA
segundo reclamado não fiscalizou o cumprimento das obrigações IN VIGILANDO. ÔNUS DA PROVA. SÚMULA 331, V, DO TST. A
trabalhistas decorrentes do contrato de prestação de serviços, decisão regional está em consonância com a Súmula 331, V, do
restando evidenciada a ocorrência da sua culpain vigilando. TST, na medida em que consignado nos autos que o segundo
Desse modo, incide sobre a hipótese a responsabilidade reclamado não se desincumbiu do ônus de provar que fiscalizou o
subjetiva,prevista nos artigos 186 e 927,caput, do Código Civil. cumprimento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato
Nos estritos limites do recurso de revista, não é viável reexaminar a de prestação de serviços firmado pela prestadora, deixando assente
prova dos autos a respeito da efetiva conduta fiscalizatória do ente a ocorrência da sua culpa in vigilando. Recurso de revista não
estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST. conhecido." (TST-RR-10783-30.2016.5.15.0137, 8ª Turma, Rel. Min.
Nesse contexto, à luz da Súmula 333 do TST, tem-se por inviável o Márcio Eurico Vitral Amaro, DEJT 15/06/2018).
processamento do recurso de revista interposto pelo quarto Nego provimento.
reclamado.
Vale acrescentar que, no entender desta Turma, o ônus da prova da O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
fiscalização do contrato de terceirização de serviços é do ente Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
público, seja por se tratar de fato impeditivo do direito postulado, inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
seja em razão do princípio da aptidão para a prova. Logo, não há repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
falar em violação do artigo 818 da CLT e 373, I, do CPC. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Nesse sentido, os seguintes julgados: mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
13.015/2014 E DO NCPC - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ÔNUS DA PROVA- SÚMULA Nº pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
331, V E VI, DO TST 1. O acórdão regional está em harmonia com termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
o entendimento firmado na Súmula nº 331, itens V e VI, do TST, Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
uma vez que a responsabilização subsidiária do ente público cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
decorreu do reconhecimento de conduta culposa na fiscalização da pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
empresa prestadora. 2. Compete à Administração Pública o ônus da autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
prova quanto à fiscalização, considerando que: (i) a existência de autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
fiscalização do contrato é fato impeditivo, modificativo ou extintivo CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
do direito do reclamante; (ii) a obrigação de fiscalizar a execução do retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
contrato decorre da lei (artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93); e (iii) Intime-se.
não se pode exigir do trabalhador a prova de fato negativo ou que Publique-se.
apresente documentos aos quais não tenha acesso, em atenção ao Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
princípio da aptidão para a prova. Julgados. 3. O E. STF, ao julgar o
Tema nº 246 de Repercussão Geral - responsabilidade subsidiária
da Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
inadimplemento de empresa prestadora de serviço, RE 760931 -, RENATO DE LACERDA PAIVA
não fixou tese específica sobre a distribuição do ônus da prova Ministro Vice-Presidente do TST
pertinente à fiscalização do cumprimento das obrigações
trabalhistas. Recurso de Revista não conhecido." (TST-RR-12625- Processo Nº ED-AIRR-0101830-96.2016.5.01.0421
80.2014.5.15.0051, 8ª Turma, Rel.ª Min.ª Maria Cristina Irigoyen Complemento Processo Eletrônico
Peduzzi, DEJT de 14/12/2018) Relator Min. Dora Maria da Costa
"RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Embargante ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. ÔNUS DA Procuradora Dra. Renata Cotrim Nacif
PROVA. A teor do artigo 373, II, do CPC/2015 (artigo 333, II, do Embargado ELAINE FRANCISCO DA SILVA
ROSA
CPC/1973), cabe ao ente integrante da Administração Pública
comprovar que fiscalizou devidamente o cumprimento do contrato
Advogado Dr. Márcio Luciano da Silva(OAB: Código Civil. Eis o que preceituam os citados dispositivos legais:
71005/RJ)
"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
Embargado CUIDAR EMPRESA DE SERVIÇOS
TÉCNICOS LTDA. - EPP ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito."
Intimado(s)/Citado(s): "Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
- CUIDAR EMPRESA DE SERVIÇOS TÉCNICOS LTDA. - EPP a outrem, fica obrigado a repará-lo."
- ELAINE FRANCISCO DA SILVA ROSA Dos dispositivos transcritos, extrai-se que a verificação de culpa do
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO agente é um dos requisitos essenciais à atribuição de
responsabilidade civil subjetiva. Com efeito, uma das modalidades
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo de culpa hábil a justificar a responsabilização é a chamada culpa in
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de vigilando, que ocorre quando o agente se omite quanto ao dever de
instrumento do recorrente. vigiar e fiscalizar a ação de terceiros. Especificamente no tocante à
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta terceirização de serviços pelos entes da Administração Pública, os
violação aos dispositivos da Constituição da República que arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 assim preceituam:
especifica nas razões recursais. "Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído
É o relatório. por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a
Decido. prerrogativa de:
Consta do acórdão recorrido: [...]
III - fiscalizar-lhes a execução."
(...) "Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
2. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO fiscalizada por um representante da Administração especialmente
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
(...) subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição."
Nas razões do recurso de revista, às fls. 127/137, o 2º reclamado Dos citados dispositivos legais emerge expressamente a obrigação
insurge-se contra sua condenação subsidiária ao pagamento das dos entes da Administração Pública de acompanhar e fiscalizar a
verbas trabalhistas reconhecidas na presente demanda. Argumenta execução dos contratos administrativos de prestação de serviços.
que o Regional inverteu a distribuição do ônus da prova quanto à No presente caso, todavia, é possível extrair do acórdão regional
demonstração da falha na fiscalização, uma vez que este incumbia que o ente público tomador dos serviços não cumpriu
à reclamante, por se tratar de fato constitutivo do seu direito, adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa
violando os arts. 373, I, do CPC e 818 da CLT e contrariando o prestadora contratada deixasse de pagar regularmente a sua
entendimento do STF no RE nº 760.931. empregada as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Por
Sustenta que o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, declarado conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar
constitucional pelo STF no julgamento da ADC nº 16, a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos dos arts.
expressamente proíbe a transferência dos encargos trabalhistas 186 e 927 do Código Civil.
assumidos pela empresa contratada à Administração Pública. Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste
Salienta que houve equivoco do acórdão regional, ao aplicar-lhe a Tribunal Superior, em revisão de sua jurisprudência, por meio da
responsabilidade objetiva extracontratual, nos termos do art. 37, § Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT de 27/5/2011), alterou a
6º, da CF/88, apenas pelos débitos trabalhistas decorrentes da redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº 331, com o
terceirização dos serviços. seguinte teor:
Requer o conhecimento e provimento do seu recurso de revista, "CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
para afastar sua responsabilidade subsidiária, culpa in eligendo ou (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
culpa in vigilando, nos termos do art. 896, "a" e "c", da CLT. Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.
Fundamenta seu recurso em violação dos arts. 2º, 5º, II, e 37, § 6º, [?]
da CF/88, 71, §§ 1° e 2º, da Lei n° 8.666/93, 373, I, do CPC e 818 IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
da CLT e da Lei nº 9.032/95 e contrariedade à ADC n° 16 do STF, à empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
Súmula Vinculante n° 10 do STF, à Súmula nº 331 do TST e ao RE serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da
nº 760.931 do STF. Traz divergência jurisprudencial e arestos para relação processual e conste também do título executivo judicial.
cotejo de teses. V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
Sem razão. respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
Cabe registrar que a alegação de afronta ao artigo 5º, II, da caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
Constituição Federal não impulsiona o conhecimento do recurso de obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
revista, porque esse dispositivo trata de princípio genérico cuja fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
violação só se perfaz, quando muito, de forma reflexa ou indireta. prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Inteligência da Súmula nº 636 do STF. responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
A questão referente ao artigo 2º da CF/88 e à Lei nº 9.032/95, obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
sequer foi analisada pelo Regional, que tampouco foi instado a se contratada."
manifestar por meio de embargos de declaração, o que afasta as Registre-se que esse entendimento não implica violação do art. 71,
alegações de violação. Assim, a matéria padece do devido § 1º, da Lei nº 8.666/93. A interpretação sistemática desse
prequestionamento, nos termos da Súmula n° 297 do TST. dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº
Verifica-se que a responsabilidade subsidiária dos entes públicos 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele
tomadores de serviços teve por fundamento, principalmente, a inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações
responsabilidade civil subjetiva, prevista nos arts. 186 e 927 do trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por
ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
tomador não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
contrato pelo prestador. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Saliente-se, por oportuno, que não há falar em violação do art. 97 Intime-se.
da Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº Publique-se.
10 do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento
da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão
realizada no dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
8.666/93 compatível com a ordem constitucional vigente, RENATO DE LACERDA PAIVA
notadamente com o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988. Ministro Vice-Presidente do TST
Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do
citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo- Processo Nº AIRR-0101470-10.2016.5.01.0245
se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação Complemento Processo Eletrônico
sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face Relator Min. Dora Maria da Costa
dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO
possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente Procurador Dr. Ricardo Mathias Soares Pontes
público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando. Procuradora Dra. Raquel Ramos
Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da Procuradora Dra. Renata Ruffo Rodrigues Pereira
Rezende
referida ADC nº 16 (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu
Agravado GABRIELLA CHRISTYAN DOS
que "a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à SANTOS SOUZA
Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos Advogado Dr. Carlos Alberto Costa Filho(OAB:
encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual 37836/RJ)
omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as Advogado Dr. Michelle Avelar Vargas(OAB:
157152/RJ)
obrigações do contratado, não viesse a gerar essa
Agravado BEQUEST SOLUÇÕES LTDA. E
responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 9/9/11). OUTRA
Quanto à alegação de que cabia à reclamante comprovar a conduta Advogado Dr. Fabiano Gomes Netto(OAB:
culposa do 2º reclamado, não é o que se verifica. Isso porque o 97453/RJ)
ônus da prova recai sobre o tomador dos serviços, o qual, como Advogada Dra. Karla Cabizuca Bernardes
Netto(OAB: 93931/RJ)
visto, tem obrigação legal de fiscalizar a execução do contrato (arts.
Advogado Dr. Paula Coelho Hermsdorff(OAB:
58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, incumbia à segunda 99225/RJ)
reclamada provar a existência de fiscalização efetiva, bem como
desconstituir a pretensão do reclamante, nos termos do art. 373, II, Intimado(s)/Citado(s):
do NCPC. - BEQUEST SOLUÇÕES LTDA. E OUTRA
Considerando as premissas fáticas delineadas pelo Regional para - ESTADO DO RIO DE JANEIRO
configurar a responsabilidade subsidiária do Estado do Rio de - GABRIELLA CHRISTYAN DOS SANTOS SOUZA
Janeiro, a pretensão recursal esbarra no óbice da Súmula nº 126 do
TST, uma vez que demandaria revolvimento de fatos e provas,
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
vedado nesta instância extraordinária.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em
instrumento do recorrente.
consonância com a atual jurisprudência pacificada desta Corte
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Superior, notadamente na Súmula nº 331, V, do TST, descabe
violação aos dispositivos da Constituição da República que
cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição Federal
especifica nas razões recursais.
ou de divergência jurisprudencial, uma vez que já foi atingido o fim
É o relatório.
precípuo do recurso de revista, incidindo, assim, o óbice previsto na
Decido.
Súmula nº 333 do TST e no art. 896, § 7º, da CLT.
Consta do acórdão recorrido:
Nego provimento.
(...)
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
(...)
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Sem razão.
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Verifica-se que a responsabilidade subsidiária do ente público
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
tomador de serviços teve por fundamento, principalmente, a
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
responsabilidade civil subjetiva, prevista nos arts. 186 e 927 do
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Código Civil. Eis o que preceituam os citados dispositivos legais:
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
exclusivamente moral, comete ato ilícito."
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
"Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
a outrem, fica obrigado a repará-lo."
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Dos dispositivos transcritos, extrai-se que a verificação de culpa do realizada no dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº
agente é um dos requisitos essenciais à atribuição de 8.666/93 compatível com a ordem constitucional vigente,
responsabilidade civil subjetiva. Com efeito, uma das modalidades notadamente com o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988.
de culpa hábil a justificar a responsabilização é a chamada culpa in Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do
vigilando, que ocorre quando o agente se omite quanto ao dever de citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo-
vigiar e fiscalizar a ação de terceiros. Especificamente no tocante à se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação
terceirização de serviços pelos entes da Administração Pública, os sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face
arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 assim preceituam: dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que
"Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando.
prerrogativa de: [...] III - fiscalizar-lhes a execução." Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da
"Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e referida ADC (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu que
fiscalizada por um representante da Administração especialmente "a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição." encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual
Dos citados dispositivos legais emerge expressamente a obrigação omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as
dos entes da Administração Pública de acompanhar e fiscalizar a obrigações do contratado, não viesse a gerar essa
execução dos contratos administrativos de prestação de serviços. responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 9/9/11).
No presente caso, todavia, é possível extrair do acórdão regional Quanto à alegação de que cabia à parte reclamante comprovar a
que o ente público tomador dos serviços não cumpriu conduta culposa do ente público, não é o que se verifica. Isso
adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa porque o ônus da prova recai sobre o tomador dos serviços, o qual,
prestadora contratada deixasse de pagar regularmente a sua como visto, tem obrigação legal de fiscalizar a execução do contrato
empregada as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Por (arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, incumbia ao ente
conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar público provar a existência de fiscalização efetiva, bem como
a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos dos arts. desconstituir a pretensão da parte reclamante, nos termos do art.
186 e 927 do Código Civil. 373, II, do CPC/2015 (art. 333, II, do CPC/73).
Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em
Tribunal Superior, em revisão de sua jurisprudência, por meio da consonância com a jurisprudência pacificada desta Corte Superior,
Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT de 27/5/2011), alterou a descabe cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição,
redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº 331, com o uma vez que já foi atingido o fim precípuo do recurso de revista,
seguinte teor: incidindo, assim, o óbice previsto na Súmula n° 333 do TST e no art.
"CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE 896, § 7º, da CLT.
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.
[?] O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
relação processual e conste também do título executivo judicial. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
prestadora de serviço como empregadora. A aludida Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
contratada." autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Registre-se que esse entendimento não implica violação do art. 71, autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
§ 1º, da Lei nº 8.666/93. A interpretação sistemática desse CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele Intime-se.
inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações Publique-se.
trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público
tomador não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do
contrato pelo prestador. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Saliente-se, por oportuno, que não há falar em violação do art. 97 RENATO DE LACERDA PAIVA
da Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº Ministro Vice-Presidente do TST
10 do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à
decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento Processo Nº AIRR-0101245-62.2016.5.01.0027
da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão
da energia de trabalho, por parte da 2º ré, cabia-lhe tanto eleger negativo ou que apresente documentos aos quais não tenha
uma empresa idônea, com capacidade financeira para contratar, acesso, em atenção ao princípio da aptidão para a prova. Julgados.
como também a fiscalização no cumprimento do contrato civil, no 3. O E. STF, ao julgar o Tema nº 246 de Repercussão Geral -
sentido de verificar os pagamentos dos direitos trabalhistas aos responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos
obreiros. trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora
Cumpre-nos ressaltar que o fundamento da responsabilidade de serviço, RE 760931 -, não fixou tese específica sobre a
subsidiária é justamente o dever de fiscalizar do tomador de serviço distribuição do ônus da prova pertinente à fiscalização do
em relação a prestadora dos serviços, seja no momento em que a cumprimento das obrigações trabalhistas. Recurso de Revista não
escolhe para contratar, verificando a idoneidade da mesma, seja na conhecido." (TST-RR- 12088-07.2014.5.15.0012, 8ª
execução do contrato, sob pena de incorrer nas culpas in eligendo e Turma,Relatora Ministra:Maria Cristina Irigoyen Peduzzi,
in vigilando. DEJT19/10/2018)
Assim, deveria o 2º réu comprovar que fiscalizou o cumprimento do Deixo de analisar a alegação de violação dos artigos 373, I, do
contrato, como beneficiário da energia de trabalho do autor, que CPC, 888 da CLT, por inovatória, já que não aduzida nas razões do
assim demonstraria a inexistência de culpa in vigilando, ônus do recurso de revista.
qual não se desincumbiu, uma vez que não apresentou qualquer Por fim, aresto oriundo do STF não atende ao comando do art. 896,
documento. Nesse sentido é a súmula nº 41 dessa Egrégia corte "a", da CLT.
Regional: Nego provimento.
"SÚMULA Nº 41: Responsabilidade subsidiária do ente da
Administração Pública. Prova da culpa. (artigos 29, VII, 58, 67 e 78, O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
VII, da lei 8.666/93.) Recai sobre o ente da Administração Pública Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
que se beneficiou da mão de obra terceirizada a prova da efetiva inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
fiscalização do contrato de prestação de serviços." repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Diante do exposto, resta demonstrada a ausência de fiscalização do Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
2º réu, conforme alegado na inicial, pelo que não há que se falar em mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
impossibilidade de responsabilização do recorrente, ou sua isenção. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Dou provimento ao recurso para julgar procedente o pedido de automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
responsabilidade subsidiária do segundo réu." (fls. 560/562 - g.n) pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
A decisão regional está em consonância com a Súmula 331, V, do termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
TST, na medida em que consignado nos autos que o segundo Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
reclamado não se desincumbiu do ônus de provar que fiscalizou o cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
cumprimento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
de prestação de serviços firmado, deixando assente a ocorrência da autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
sua culpa in vigilando. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Desse modo, restando evidenciada essa culpa nos autos, incide a CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
responsabilidade subjetiva prevista nos artigos 186 e 927, caput, do retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Código Civil. Intime-se.
Assim, nos estritos limites do recurso de revista, não é viável Publique-se.
reexaminar a prova dos autos a respeito da efetiva conduta Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
fiscalizatória do ente estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST.
Nesse contexto, inviável o processamento do apelo sob a alegação
de ofensa aos dispositivos legais e constitucionais invocados, ante o Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
óbice da Súmula 333 do TST. RENATO DE LACERDA PAIVA
Vale ressaltar, em observância ao princípio da aptidão para prova, Ministro Vice-Presidente do TST
que, em se tratando de fato impeditivo e/ou extintivo do direito do
reclamante, o ônus quanto à prova da fiscalização do contrato Processo Nº AIRR-0101605-06.2016.5.01.0024
celebrado com a prestadora de serviços é do ente público, segundo Complemento Processo Eletrônico
entendimento desta Oitava Turma: Relator Min. Dora Maria da Costa
"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N° Agravante UNIÃO (PGU)
13.015/2014 E DO NCPC - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - Procuradora Dra. Leila Emília Mendes Nogueira
Rodrigues
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - CULPA IN VIGILANDO
Procurador Dr. Luiz Alexandre Gonçalves Mello
CARACTERIZADA - ÔNUS DA PROVA DA FISCALIZAÇÃO DO
Agravado PROL ALIMENTAÇÃO LTDA.
CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS - SÚMULA
Advogado Dr. Fabiano Gomes Netto(OAB:
Nº 331, V, DO TST 1. O acórdão regional está em harmonia com a 97453/RJ)
jurisprudência consolidada na Súmula nº 331, V, do TST, uma vez Advogada Dra. Karla Cabizuca Bernardes
que a responsabilização subsidiária do ente público decorreu do Netto(OAB: 93931/RJ)
reconhecimento de conduta culposa na fiscalização do Agravado MARCOS ANTÔNIO DA SILVA
cumprimento do contrato. 2. Compete à Administração Pública o Advogado Dr. Beroaldo Alves Santana(OAB:
40039/RJ)
ônus da prova quanto à fiscalização, considerando que, (i) a
existência de fiscalização do contrato é fato impeditivo, modificativo
Intimado(s)/Citado(s):
ou extintivo do direito do Reclamante; (ii) a obrigação de fiscalizar a
- MARCOS ANTÔNIO DA SILVA
execução do contrato decorre da lei (artigos 58, III, e 67 da Lei nº
- PROL ALIMENTAÇÃO LTDA.
8.666/93); e (iii) não se pode exigir do trabalhador a prova de fato
sobre a recorrente, do qual não se desvencilhou. prestadora dos serviços nos casos de mero inadimplemento das
Pelo exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. obrigações por parte do vencedor de certame licitatório (ADC nº 16).
2. No julgamento da mencionada ação declaratória de
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da constitucionalidade, a Suprema Corte firmou o entendimento de
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo que, nos casos em que restar demonstrada a culpa in eligendo ou in
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja vigilando da Administração Pública, e apenas nesses, viável se
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). torna a sua responsabilização pelos encargos devidos ao
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de trabalhador, tendo em vista que, nessa situação, responde o ente
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos público pela sua própria incúria.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 3. Em 30/3/2017, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade julgamento do tema de Repercussão Geral nº 246 (RE 760.931),
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos definiu ser impossível a condenação fundada apenas no
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". inadimplemento contratual, sendo imperiosa a existência de prova
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema concreta da culpa da tomadora dos serviços.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada 4. A ratio decidendi da decisão proferida pela Suprema Corte
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos evidencia que a responsabilidade subsidiária pelos encargos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes trabalhistas inadimplidos pela empresa prestadora de serviços só
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do poderá ser imputada à Administração Pública quando houver prova
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de real e específica de que esta foi negligente na fiscalização ou
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. conivente com o descumprimento das obrigações contratuais pela
Intime-se. contratada, incorrendo em culpa in vigilando. Ficou assentado que
Publique-se. não se admite a assertiva genérica nesse sentido, uma vez que os
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. atos administrativos gozam de presunção de legalidade e de
legitimidade.
5. Considerando que a decisão regional não indicou prova concreta
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) que tenha demonstrado ter o ente público faltado com o seu dever
RENATO DE LACERDA PAIVA de vigilância, é impossível a manutenção da responsabilização
Ministro Vice-Presidente do TST subsidiária.
Agravo desprovido.
Processo Nº Ag-RR-0001192-89.2015.5.14.0401 O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Complemento Processo Eletrônico Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Relator Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Agravante JAIR FERREIRA DE SOUSA repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Advogada Dra. Josiane do Couto Spada(OAB: Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
3805/AC)
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Agravado ESTADO DO ACRE
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Procurador Dr. Thiago Torres Almeida
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Procurador Dr. Daniel Gurgel Linard
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Agravado TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Intimado(s)/Citado(s):
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
- ESTADO DO ACRE pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
- JAIR FERREIRA DE SOUSA autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
- TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em Intime-se.
recurso de revista em todos os seus temas e desdobramentos. Publique-se.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
violação aos dispositivos da Constituição da República que
especifica nas razões recursais.
É o relatório. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Decido. RENATO DE LACERDA PAIVA
Consta do acórdão recorrido: Ministro Vice-Presidente do TST
AGRAVO EM RECURSO DE REVISTA - TERCEIRIZAÇÃO -
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - RESPONSABILIDADE Processo Nº AIRR-1002283-44.2015.5.02.0463
SUBSIDIÁRIA - DECISÃO REGIONAL CONDENATÓRIA NÃO Complemento Processo Eletrônico
FUNDADA EM PROVA CONCRETA DA CULPA IN VIGILANDO - Relator Min. Maria Helena Mallmann
REPERCUSSÃO GERAL Nº 246 DO STF. Agravante FUNDAÇÃO CENTRO DE
1. O Supremo Tribunal Federal considerou o art. 71 da Lei nº ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
8.666/93 constitucional, de forma a afastar a responsabilização da CASA
Administração Pública pelos encargos trabalhistas devidos pela
Processo Nº AIRR-0000935-16.2010.5.01.0041
Intimado(s)/Citado(s): Complemento Processo Eletrônico
- AVISEG SEGURANÇA E VIGILÂNCIA EIRELI Relator Min. Dora Maria da Costa
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO Agravante COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA E ESGOTOS - CEDAE
- MARIA LUCIVALDA DA SILVA Advogado Dr. Luiz Paulo Pieruccetti
Marques(OAB: 89203/RJ)
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Agravado ANTONIO JOSÉ FERREIRA DA
SILVA
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Advogado Dr. André Porto Romero(OAB:
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. 52015/RJ)
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Agravado EMPRESA DE SERVIÇOS DINÂMICA
violação aos dispositivos da Constituição da República que LTDA.
especifica nas razões recursais. Advogada Dra. Juliana Nunes Vieira Leite(OAB:
171926/RJ)
É o relatório.
Decido. Intimado(s)/Citado(s):
Consta na ementa do acórdão recorrido:
- ANTONIO JOSÉ FERREIRA DA SILVA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. LEI
- COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS - CEDAE
13.015/2014. CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS DO ART. 896, §
- EMPRESA DE SERVIÇOS DINÂMICA LTDA.
1º-A, INCISO I, DA CLT. OJ 282 DA SBDI-I DO TST. Mediante a
transcrição do trecho do acórdão que entende consubstanciar o
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
prequestionamento da controvérsia referente ao tema
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
"responsabilidade subsidiária", às fls. 413-414, a parte recorrente
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
cumpriu o requisito do art. 896, § 1º-A, inciso I, da CLT. Superado o
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
óbice apontado no despacho denegatório, passa-se a analisar os
violação aos dispositivos da Constituição da República que
demais pressupostos do recurso de revista, nos termos da OJ 282
especifica nas razões recursais.
da SBDI-I do TST. TERCEIRIZAÇÃO. ENTE PÚBLICO.
É o relatório.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CULPA IN VIGILANDO
Decido.
CARACTERIZADA. A norma do art. 71, § 1º, da Lei n. 8.666/1993,
Consta do acórdão recorrido:
por si só, não afasta a responsabilidade subsidiária da
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.
Administração Pública tomadora dos serviços. Uma vez
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
caracterizada, no quadro fático constante dos autos, a culpa da
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
Administração na efetiva fiscalização do cumprimento do contrato
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
formalizado com a prestadora de serviços e o inadimplemento de
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
direitos decorrentes do contrato de trabalho, é possível a
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
responsabilização subsidiária do ente público, nos termos da ADC
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
n. 16 do STF e da Súmula 331 do TST. Agravo de instrumento não
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
provido.
tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
regularmente a seu empregado as verbas trabalhistas que lhe eram
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
devidas. Saliente-se que essa conclusão não implica afronta ao art.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
97 da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Lei, com base na interpretação sistemática. (...) Agravo de
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
instrumento conhecido e não provido.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Publique-se.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema hipótese, ficou caracterizada pela não fiscalização da prestadora de
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada serviços.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Nesse contexto, a decisão regional está em consonância com o
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes entendimento do STF no julgamento da ADC n.º 16 e com o
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do estabelecido no item V da Súmula n.º 331 desta Corte Superior,
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de visto que "os entes integrantes da Administração Pública direta e
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do
Publique-se. item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. das obrigações trabalhistas da Lei n.º 8.666/93, especialmente na
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
RENATO DE LACERDA PAIVA obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
Ministro Vice-Presidente do TST contratada".
(...)
Processo Nº Ag-AIRR-0001194-18.2016.5.05.0161 ACORDAM os Ministros da Primeira Turma do Tribunal Superior do
Complemento Processo Eletrônico Trabalho, à unanimidade, conhecer do Agravo Interno e, no mérito,
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva negar-lhe provimento.
Agravante ESTADO DA BAHIA O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Procurador Dr. Marco Aurélio de Castro Júnior Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Agravado MARIA FRANCISCA DE SOUZA inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
PADILHA
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Advogado Dr. Fabrício Luís Nogueira de
Britto(OAB: 15025/BA) Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Agravado CONTRATE GESTÃO EMPRESARIAL mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
EIRELI - EPP encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Advogado Dr. Washington Luiz Dias Pimentel automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Júnior(OAB: 32788/BA)
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Intimado(s)/Citado(s):
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
- CONTRATE GESTÃO EMPRESARIAL EIRELI - EPP cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
- ESTADO DA BAHIA pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
- MARIA FRANCISCA DE SOUZA PADILHA autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
agravo de instrumento em recurso de revista em todos os seus Intime-se.
temas e desdobramentos. Publique-se.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
violação aos dispositivos da Constituição da República que
especifica nas razões recursais.
É o relatório. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Decido. RENATO DE LACERDA PAIVA
Consta do acórdão recorrido: Ministro Vice-Presidente do TST
AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO
DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º Processo Nº ED-AIRR-0100242-80.2016.5.01.0283
13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Complemento Processo Eletrônico
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. Mantém-se a Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann
decisão agravada, pois não demonstrado o desacerto do decisum Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
pelo qual foi negado provimento ao Agravo de Instrumento, com PETROBRAS
fundamento na Súmula n.º 331, V, do TST. No caso, o Regional, Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
2124-A/DF)
analisando os elementos fáticos apresentados nos autos, concluiu
Embargado MARCO ANTÔNIO DE ALMEIDA
que a responsabilidade atribuída à Administração Pública foi FREITAS
pautada na culpa (ausência de fiscalização), premissa fática Advogado Dr. Frederico Barreto Riscado
insuscetível de revisão nos exatos termos da Súmula n.º 126 do Bahiense(OAB: 149269/RJ)
TST. Logo, não há como admitir o trânsito do Recurso de Revista. Embargado MONTAGENS E PROJETOS
ESPECIAIS S.A. - MPE
Agravo conhecido e não provido.
Advogado Dr. Marco Aurelio de Souza
(...) Rodrigues(OAB: 55266-A/RJ)
Ademais, verifica-se que a responsabilidade subsidiária do Poder
Público não decorreu de mero inadimplemento das obrigações Intimado(s)/Citado(s):
trabalhistas assumidas pela empresa prestadora de serviços, mas - MARCO ANTÔNIO DE ALMEIDA FREITAS
na omissão da fiscalização do cumprimento das referidas - MONTAGENS E PROJETOS ESPECIAIS S.A. - MPE
obrigações. Logo, a culpa in vigilando da Administração Pública, na - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de RENATO DE LACERDA PAIVA
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. Ministro Vice-Presidente do TST
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que Processo Nº AIRR-0011176-46.2014.5.01.0223
especifica nas razões recursais. Complemento Processo Eletrônico
É o relatório. Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
Decido. Agravante EMPRESA BRASILEIRA DE
CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT
Consta na ementa do acórdão recorrido:
Advogado Dr. Rafael Araújo Vieira(OAB:
AGRAVO DE INSTRUMENTO DA PETROBRAS. RECURSO DE 29481/DF)
REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADOR DOS Agravado EDSON CARLOS DA SILVA SANTOS
SERVIÇOS. ENTE PÚBLICO. ADC 16. NÃO COMPROVADA Advogado Dr. Bianca Daher da Silva Berriel(OAB:
EFETIVA FISCALIZAÇÃO POR PARTE DO TOMADOR DOS 138268/RJ)
SERVIÇOS. CULPA IN VIGILANDO. 1. No julgamento da ADC 16, Agravado AFEQUE SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA
EIRELI
o STF pronunciou a constitucionalidade do art. 71, caput e § 1º, da
Lei 8.666/93, mas não excluiu a possibilidade de a Justiça do
Intimado(s)/Citado(s):
Trabalho, com base nos fatos da causa, determinar a
responsabilidade do sujeito público tomador de serviços - AFEQUE SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA EIRELI
continuados em cadeia de terceirização quando constatada a culpa - EDSON CARLOS DA SILVA SANTOS
in eligendo e in vigilando, pronúncia dotada de efeito vinculante e - EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS -
ECT
eficácia contra todos. 2. Na hipótese, depreende-se do acórdão
regional que a responsabilidade subsidiária imputada ao ente
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
público não decorreu do mero inadimplemento das obrigações
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
trabalhistas assumidas pela prestadora de serviços, hipótese
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADC
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
16. 3. Ao exame do caso concreto, o Tribunal Regional, em
violação aos dispositivos da Constituição da República que
harmonia com o verbete transcrito, concluiu pela responsabilidade
especifica nas razões recursais.
subsidiária do tomador dos serviços face à ausência de prova da
É o relatório.
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais por
Decido.
parte da empresa contratada, caracterizadora da culpa in vigilando.
Consta do acórdão recorrido:
4. Ileso o art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93 e não contrariada a Súmula
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
331, V/TST. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ABRANGÊNCIA
INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014.
DA CONDENAÇÃO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO TRECHO DA
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN
DECISÃO RECORRIDA QUE CONSUBSTANCIA O
VIGILANDO DEMONSTRADA. DECISÃO EM CONSONÂNCIA
PREQUESTIONAMENTO DA CONTROVÉRSIA
COM A SÚMULA 331, V, DO TST. ÓBICES DAS SÚMULAS 126 E
DESCUMPRIMENTO DO INCISO I, DO § 1º-A, DO ARTIGO 896
333 DO TST. ART. 896, "C", DA CLT. Nega-se provimento ao
DA CLT. Não havendo no recurso de revista denegado a transcrição
agravo de instrumento que não logra desconstituir os fundamentos
do trecho do v. acórdão recorrido que caracterizaria o
do despacho que denegou seguimento ao recurso de revista.
prequestionamento da matéria trazida no recurso de revista, inviável
Agravo de instrumento a que se nega provimento.
o provimento do agravo de instrumento, nos termos do art. 896, § 1º
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
-A, I, da CLT. Agravo de instrumento conhecido e não provido.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Publique-se.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
contratuais e legais da prestadora de serviços. violação aos dispositivos da Constituição da República que
(...) especifica nas razões recursais.
A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente a tomadora É o relatório.
de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in Decido.
vigilando, conforme acima destacado. Consta do acórdão recorrido:
(...) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 -
nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. DECISÃO EM
indicadas. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT. CONSONÂNCIA COM A SÚMULA 331, V, DO TST. ÓBICES DA
Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada SÚMULA 333 DO TST E DO ART. 896, § 7º, DA CLT. Nega-se
foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC; provimento ao agravo de instrumento que não logra desconstituir os
e 5º, LXXVIII, da Constituição da República. fundamentos do despacho que denegou seguimento ao recurso de
Nego provimento ao Agravo. revista. Agravo de instrumento a que se nega provimento.
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intime-se. Publique-se.
Publique-se. Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
É o relatório.
Decido. Processo Nº Ag-AIRR-1000235-91.2014.5.02.0255
Consta da ementa do acórdão recorrido: Complemento Processo Eletrônico
2 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
IN VIGILANDO RECONHECIDA PELO TRIBUNAL REGIONAL. Agravante COMPANHIA DE
DESENVOLVIMENTO
DECISÃO EM CONFORMIDADE COM O ENTENDIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO
FIXADO PELO STF NA ADC 16 (SÚMULA 331, V, DO TST). O ESTADO DE SÃO PAULO - CDHU
STF, no julgamento da ADC 16, considerou constitucional o art. 71, Advogado Dr. Douglas Tadeu Coronado
Bogaz(OAB: 146005/SP)
§ 1º, da Lei 8.666/93. Afirmou que a simples inadimplência da
Agravado JOSÉ MARIA DA SILVA
empresa contratada não transfere, automaticamente, a
Advogado Dr. Jefferson Renor Domingos(OAB:
responsabilidade pelas verbas trabalhistas para a entidade pública. 335369-D/SP)
No mesmo passo, a Corte Suprema concluiu que continua Agravado SERVI - SEGURANÇA E VIGILÂNCIA
plenamente possível a imputação de responsabilidade subsidiária DE INSTALAÇÕES LTDA.
ao Ente Público quando constatada, no caso concreto, a violação do Advogado Dr. Diego Silva Camilo(OAB:
29562/GO)
dever de licitar e de fiscalizar de forma eficaz a execução do
contrato. O art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93 deve ser interpretado em
Intimado(s)/Citado(s):
harmonia com outros dispositivos dessa lei que imputam às
- COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E
entidades estatais o dever de fiscalização da execução dos seus URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CDHU
contratos de terceirização (art. 57, III). Constatando-se o - JOSÉ MARIA DA SILVA
descumprimento de direitos trabalhistas pela empresa contratada, a - SERVI - SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DE INSTALAÇÕES
Administração Pública tem a obrigação de aplicar sanções como LTDA.
advertência, multa, suspensão temporária de participação em
licitação, declaração de inidoneidade para licitar ou contratar (art. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
87, I, II, III e IV), ou, ainda, rescindir unilateralmente o contrato (arts. Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
78 e 79). Esse entendimento confere maior eficácia aos preceitos instrumento da recorrente em todos os seus temas e
constitucionais que consagram a dignidade da pessoa humana e os desdobramentos.
valores sociais do trabalho e da livre iniciativa (art. 1º, III e IV), que A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
estabelecem como objetivo da República construir uma sociedade violação aos dispositivos da Constituição da República que
livre, justa e solidária (art. 3º, I) de modo a garantir os direitos especifica nas razões recursais.
fundamentais dos trabalhadores (art. 7º) como forma de valorizar o É o relatório.
trabalho humano e assegurar a todos existência digna (art. 170). Decido.
Assim, o reconhecimento pelo Tribunal Regional da Consta do acórdão recorrido:
responsabilidade subsidiária do tomador de serviços em (...)
decorrência da constatação de ausência de fiscalização pelo Ente O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Corte,
Público, enseja a aplicação da Súmula 331, V, do TST. Óbice do consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
art. 896, § 7º, da CLT e da Súmula 333 do TST. Recurso de revista No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E.
não conhecido. Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art.
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas,
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos contratuais e legais da prestadora de serviços.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere (...)
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente a tomadora
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". vigilando, nestes termos:
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada (...)
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos A culpa in vigilando da segunda reclamada residiu na omissão dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes atos de diligência em relação a se certificar quanto ao
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do adimplemento dos títulos do contrato de trabalho objeto de sua
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de condenação subsidiária em Juízo. Assim é que em sua contestação
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. (id 3720292 - Pág. 1) limitou-se à abordagem meramente jurídico
Intime-se. formal do instituto da responsabilidade subsidiária na intermediação
Publique-se. de mão de obra no contrato de trabalho, somente juntando o
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. contrato de prestação de serviço como prova documental em seu
socorro (id 9411efb - Pág. 1). Não trouxe aos autos cópia dos
registros de ponto e recibo de pagamentos mensais, à comprovação
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) de que diligenciou ao efetivo cumprimento das horas extras,
RENATO DE LACERDA PAIVA intervalo intrajornada, adicional noturno, dobra dos domingos e
Ministro Vice-Presidente do TST feriados e reflexos, objeto da condenação. Nem juntou cópia de
notificação, comunicado, intimação ou ofício à prestadora, violação aos dispositivos da Constituição da República que
instigando-a ao cumprimento dos inadimplementos dos direitos especifica nas razões recursais.
consolidados. É o relatório.
(...)(fls. 854/855) Decido.
Consta do acórdão recorrido:
(...) AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 -
nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. ÓBICE DA SÚMULA 296,
indicadas. Incidem a Súmula nº 333; e o art. 896, § 7º, da CLT. I, DO TST. ART. 896, "C", DA CLT - IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA
Ao negar seguimento a Recurso improcedente, a decisão agravada DO PEDIDO. ART. 896, "C", DA CLT - RESPONSABILIDADE
foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO
e 5º, LXXVIII, da Constituição da República. DEMONSTRADA. SÚMULA 331, V, DO TST. ÓBICE DA SÚMULA
Nego provimento ao Agravo. 333 DO TST. Nega-se provimento ao agravo de instrumento que
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da não logra desconstituir os fundamentos do despacho que denegou
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo seguimento ao recurso de revista. Agravo de instrumento a que se
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja nega provimento.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Intime-se. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Publique-se. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Publique-se.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA
Processo Nº ED-AIRR-0011189-07.2015.5.01.0483 Ministro Vice-Presidente do TST
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro Processo Nº Ag-AIRR-0011403-73.2014.5.03.0031
Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S A Complemento Processo Eletrônico
PETROBRAS Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB: Agravante MUNICÍPIO DE CONTAGEM
16538/GO)
Procurador Dr. Bernardo Vassalle de Castro
Embargado GERRY ADRIANY RANGEL
Agravado YURI ALVES BARBOSA
Advogada Dra. Rhuana Alves Pena(OAB:
175295/RJ) Advogado Dr. Edwânio Santos(OAB: 120570/MG)
Embargado CONNECT SERVIÇOS DE Agravado FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA
MONTAGENS INDUSTRIAIS LTDA. MÉDICA E DE URGÊNCIA DE
CONTAGEM
Advogado Dr. Filipe José de Souza Brito(OAB:
157718/RJ) Advogado Dr. Bárbara Alessandra Gomes(OAB:
97757/MG)
Intimado(s)/Citado(s): Agravado NASCER & NASCER COMÉRCIO DE
MATERIAIS DE SEGURANÇA,
- CONNECT SERVIÇOS DE MONTAGENS INDUSTRIAIS LTDA. SERVIÇOS DE PORTARIA E
LIMPEZA LTDA.
- GERRY ADRIANY RANGEL
- PETRÓLEO BRASILEIRO S A PETROBRAS
Intimado(s)/Citado(s):
- FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E DE URGÊNCIA DE
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo CONTAGEM
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de - MUNICÍPIO DE CONTAGEM
instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. - NASCER & NASCER COMÉRCIO DE MATERIAIS DE
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta SEGURANÇA, SERVIÇOS DE PORTARIA E LIMPEZA LTDA.
- YURI ALVES BARBOSA dos contratos de trabalho de terceirização, para que não lhe seja
imputada a responsabilidade subsidiária, está em sintonia com a
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Súmula 331, item V do Colendo TST, e com a jurisprudência
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em iterativa, notória e atual do C. TST (AgR-E-AIRR - 308-
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. 83.2015.5.07.0036 , Relator Ministro: João Batista Brito Pereira,
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta SBDI-I, DEJT 09/03/2018; ARR - 10671-44.2015.5.01.0571 , Relator
violação aos dispositivos da Constituição da República que Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, 5ª Turma, DEJT 09/02/2018;
especifica nas razões recursais. TST- RR - 10474-87.2014.5.01.0001, 8ª Turma, Relatora Ministra:
É o relatório. Dora Maria da Costa, DEJT 10/11/2017), de forma a atrair a
Decido. incidência do § 7º do art. 896 da CLT e da Súmula 333 do TST.
Consta do acórdão recorrido: O acórdão recorrido está lastreado em provas. Incabível, portanto, o
(...) recurso de revista para reexame de fatos e provas, nos termos da
II - MÉRITO Súmula 126 do C. TST.
Não há ofensas ao art. 818 da CLT e ao art. 373, I, do CPC. A d.
Por despacho, negou-se seguimento ao Agravo de Instrumento, Turma adentrou o cerne da prova, valorando-a de forma contrária
com fundamento no artigo 932, III, IV e VIII, do NCPC. Foram aos interesses da parte recorrente.
incorporadas as razões do despacho agravado. É imprópria a alegada afronta ao princípio da legalidade (inciso II do
O despacho que negou seguimento ao Agravo de Instrumento é art. 5º da CR) quando a sua verificação implica rever a interpretação
insuscetível de reconsideração ou reforma. Nestes termos: dada pela decisão recorrida às normas infraconstitucionais (Súmula
636 do STF).
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto ao despacho que Não existem as ofensas constitucionais apontadas, pois a análise
negou seguimento ao Recurso de Revista, aos seguintes da matéria suscitada no recurso não se exaure na Constituição,
fundamentos: exigindo que se interprete o conteúdo da legislação
PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS infraconstitucional. Por isso, ainda que se considerasse a
O recurso é próprio, tempestivo (acórdão publicado em 29/08/2018; possibilidade de ter havido violação ao texto constitucional, esta
recurso de revista interposto em 04/09/2018), isento de preparo (art. seria meramente reflexa, o que não justifica o manejo do recurso de
790-A da CLT e inciso IV do art. 1º do DL 779/69), sendo regular a revista, conforme reiteradas decisões da SBDI-I do C. TST.
representação processual. CONCLUSÃO
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS DENEGO seguimento ao recurso de revista.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / RECURSO / O Agravo de Instrumento, na hipótese, renova, em essência, os
TRANSCENDÊNCIA. argumentos trazidos no Recurso de Revista denegado, não
Nos termos do art. 896-A, § 6º da CLT, não compete aos Tribunais logrando desconstituir os termos do despacho agravado.
Regionais, mas exclusivamente ao C. TST, examinar se a causa Permanecem hígidos os fundamentos do despacho denegatório,
oferece transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza que enfrentou os argumentos deduzidos pela parte e manifestou
econômica, política, social ou jurídica. com clareza as razões que inviabilizam o processamento do recurso
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / RECURSO / (art. 489 do NCPC, Lei nº 13.105/2015).
REPERCUSSÃO GERAL. Assim, ainda que reconhecida a transcendência das questões
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA / TOMADOR DE articuladas, nega-se seguimento ao Agravo de Instrumento, forte
SERVIÇOS/TERCEIRIZAÇÃO / LICITUDE / ILICITUDE DA nos arts. 932, III, IV, VIII, do NCPC, 896, §§ 1º, 1º-A, 12, da CLT c/c
TERCEIRIZAÇÃO. art. 118, X, do RITST, que instrumentalizam o princípio da duração
Examinados os fundamentos do acórdão, constato que o recurso, razoável do processo (art. 5º, inciso LXXVIII, da Constituição da
em seus temas e desdobramentos, não demonstra divergência República), pelas razões contidas no despacho denegatório, ora
jurisprudencial válida e específica, nem contrariedade com Súmula transcritas e a este incorporadas, uma vez que enfrentam
de jurisprudência uniforme do C. TST ou Súmula Vinculante do E. satisfatoriamente as questões deduzidas pela parte.
STF, tampouco violação literal e direta de qualquer dispositivo de lei A excepcional utilização da fundamentação per relationem se
federal e/ou da Constituição da República, como exigem as alíneas justifica em virtude do devido enfrentamento, pela decisão
"a" e "c" do art. 896 da CLT. agravada, dos argumentos deduzidos no recurso e está em
Ressalto, a princípio, que o reconhecimento da repercussão geral harmonia com o precedente de repercussão geral AI-QO nº 791.292
relativa à responsabilidade subsidiária do ente público, tratada no -PE, no qual o E. Supremo Tribunal Federal considerou
RE 760.931 (Tema 246), implica apenas a suspensão dos recursos suficientemente fundamentada decisão que "endossou os
extraordinários que versem sobre a mesma matéria, em nada fundamentos do despacho de inadmissibilidade do recurso de
afetando o julgamento de recurso de revista pelo C. TST (art. 1035, revista, integrando-os ao julgamento do agravo de instrumento"
§ 5º do CPC e art. 328 do RISTF). (Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe - 13/08/2010).
A d. Turma julgadora decidiu em sintonia com a Súmula 331, itens Nego seguimento ao Agravo de Instrumento. (fls. 784/786)
IV, V e VI, do C. TST (responsabilidade subsidiária atribuída ao ente
público), de forma a afastar as contrariedades apontadas e os No Agravo, o Município-Reclamado insurge-se contra a
arestos válidos que adotam tese diversa. responsabilidade subsidiária que lhe fora imputada. Alega que não
Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, há nos autos qualquer prova da conduta culposa do Município na
notória e atual jurisprudência do C. Tribunal Superior do Trabalho (§ execução do contrato de prestação de serviços. Sustenta ser o ônus
7º do art. 896 da CLT e Súmula 333 do TST). da prova do Reclamante. Aponta violação aos artigos 71, § 1º, da
A tese adotada no acórdão recorrido, no sentido de que é do ente Lei nº 8.666/93; 5º, II, 22, I, 37, caput e § 6º, 44, 46, 48, § 2º, 170 e
público o ônus da prova quanto à existência de efetiva fiscalização 193 da Constituição da República; e 818 da CLT. Transcreve
fundamentação do acórdão-reclamado ao atribuir ao Estado o dever o provimento do agravo de instrumento para determinar o
de provar não ter agido com tolerância ou desídia incompatíveis processamento do recurso de revista. Agravo de instrumento
com o respeito ao erário". Nesse contexto, inviável a admissibilidade provido. II - RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI
do recurso de revista ou do agravo de instrumento, pois a decisão 13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
recorrida encontra-se em consonância com o item V da Súmula ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ÔNUS DA PROVA QUANTO À
331/TST. Agravo conhecido e desprovido. (Ag-AIRR-427- FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO. 1. Na hipótese, o Tribunal
48.2013.5.02.0361, Relator Ministro Alexandre de Souza Agra Regional afastou a responsabilidade subsidiária da Infraero pelo
Belmonte, 3ª Turma, DEJT 11/11/2016) fato de o autor não ter provado a efetiva culpa ou dolo da empresa
na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas pela
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. prestadora de serviços. 2. Ocorre que, segundo a jurisprudência
APELO INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º 13.015/2014. desta Corte, o ônus da prova quanto à referida fiscalização é da
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. Administração Pública tomadora dos serviços. Com efeito, por ser a
COMPROVAÇÃO DA CULPA IN VIGILANDO. ÔNUS DA PROVA. natural detentora dos meios de prova sobre a fiscalização das
PRINCÍPIO DA APTIDÃO PARA A PROVA. Nos termos do item V obrigações contratuais, bem como da manutenção pelo contratado
da Súmula n.º 331 desta Corte: "Os entes integrantes da das condições originais de habilitação e qualificação exigidas na
Administração Pública direta e indireta respondem licitação (art. 55, XIII, da Lei 8.666/93), inclusive sua idoneidade
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso financeira (art. 27, III), pertence à Administração o ônus de
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações comprovar que desempenhou a contento tal encargo. 3. Nesse
da Lei n.º 8.666, de 21/6/1993; especialmente na fiscalização do contexto, a decisão proferida pela Corte de origem, no sentido de
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de atribuir ao autor o encargo probatório, acabou contrariando as
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre regras processuais relativas à distribuição do ônus probatório.
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas Recurso de revista conhecido e provido. (RR-1000672-
pela empresa regularmente contratada". Sendo a efetiva 55.2014.5.02.0313, Relatora Ministra Delaíde Miranda Arantes, 2ª
fiscalização da execução do contrato encargo do ente integrante da Turma, DEJT 11/11/2016)
Administração Pública, compete a ele provar que cumpriu com o
seu dever legal, sobretudo porque eventuais documentos que O E. STF, ao julgar o Tema nº 246 de Repercussão Geral -
demonstram a fiscalização estão em seu poder. Outrossim, pelo responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos
princípio da aptidão para a prova, deve ser atribuída ao ente trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora
integrante da Administração Pública a comprovação da efetiva de serviços, RE 760931 -, não fixou tese específica sobre a
fiscalização do contrato, sendo caso, portanto, de inversão do ônus distribuição do ônus da prova pertinente à fiscalização do
da prova. Precedentes. Agravo de Instrumento conhecido e não cumprimento das obrigações trabalhistas.
provido. (AIRR-86-76.2015.5.11.0401, Relatora Ministra Maria de Os Exmos. Ministros vencidos no julgamento do caso concreto
Assis Calsing, 4ª Turma, DEJT 11/11/2016) aderiram integralmente ao voto da Exma. Ministra Rosa Weber,
Relatora, que invocou o princípio da aptidão para a prova
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM (positivado nos arts. 7º c/c 373, § 1º, do CPC de 2015) e o
FACE DE DECISÃO PUBLICADA A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI poder/dever de fiscalização do cumprimento das obrigações
Nº 13.015/2014. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. trabalhistas (previsto no art. 67 da própria Lei nº 8.666/93, renovado
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CONTRATO DE e detalhado na Instrução Normativa nº 2/2008 do MPOG) como
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. ÔNUS DA PROVA. A contratação de fundamentos para atribuir o ônus à Administração Pública.
empresa prestadora de serviços, por meio de regular licitação, não O Exmo. Ministro Roberto Barroso sugeriu a adoção de teses de
basta para excluir a responsabilidade do ente público. Nos termos repercussão geral que evidenciassem o ônus da prova da
do item V da Súmula nº 331 do TST, editado à luz da decisão Administração Pública e a forma de demonstração do cumprimento
proferida pelo Supremo Tribunal Federal na ADC nº 16/DF, em se de sua obrigação de fiscalizar, nestes termos:
tratando de terceirização de serviços, os entes integrantes da
Administração Pública direta e indireta responderão 1 - Em caso de terceirização, a Administração Pública responde
subsidiariamente pelas dívidas trabalhistas das empresas subsidiariamente pelo inadimplemento de obrigações trabalhistas da
prestadoras, quando forem negligentes em relação ao dever de empresa contratada, no que respeita aos profissionais que tenham
fiscalizar o cumprimento das obrigações contratuais e legais da atuado em seu benefício, se restar comprovada falha do Poder
contratada. No presente caso, o Tribunal Regional, soberano na Público em seu dever de fiscalizá-la (culpa in vigilando) ou em
análise do conjunto probatório, registrou que o ente público não se adotar as medidas cabíveis em relação ao inadimplemento.
desincumbiu do ônus de comprovar a correta fiscalização do Precedente: ADC 16, rel. Min. Cezar Peluso. 2 - Compete à
cumprimento do contrato com a empresa prestadora. Assim, ao Administração comprovar que houve adequada fiscalização. 3 - O
atribuir responsabilidade subsidiária à agravante, decidiu em plena dever de fiscalização da Administração acerca do cumprimento de
sintonia com o verbete acima mencionado. Agravo de instrumento a obrigações trabalhistas pelas empresas contratadas constitui
que se nega provimento. (AIRR-1859-45.2013.5.10.0017, Relator obrigação de meio, e não de resultado, e pode ser realizado através
Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão, 7ª Turma, DEJT 29/4/2016) de fiscalização por amostragem, estruturada pelo próprio ente
público, com apoio técnico de órgão de controle externo, caso em
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA que gozará de presunção juris tantum de razoabilidade. 4 -
REGIDO PELA LEI 13.015/2014. RESPONSABILIDADE Constatada, pelo Poder Público, a ocorrência de inadimplemento
SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ÔNUS DA PROVA trabalhista pela contratada, as seguintes providências devem ser
QUANTO À FISCALIZAÇÃO DO CONTRATO. Demonstrada a tomadas: (i) notificar a empresa contratada, assinando-lhe prazo
possível violação dos arts. 818 da CLT e 333, II, do CPC, impõe-se para sanar a irregularidade; (ii) em caso de não atendimento,
ingressar com ação judicial para promover o depósito, a liquidação reforce e sinalize que não nos estamos afastando do decisum da
do valor e o pagamento em juízo das importâncias devidas, ADC 16 venha a propiciar aquilo que vimos com a edição do
abatendo tais importâncias do valor devido à contratada. 5 - Não é segundo enunciado, que notoriamente destinou-se a contornar
válida a responsabilização subsidiária da Administração Pública: (i) nosso entendimento. De modo que vou pedir todas as vênias à
com afirmação genérica de culpa in vigilando, sem indicar, com rigor ministra Rosa, já o havia feito antes, para rever meu voto e somar
e precisão, os fatos e as circunstâncias que configuram a sua culpa ao dos ministros Fux, Marco Aurélio e ao de Vossa Excelência" (RE
in vigilando ou (ii) se for comprovada, pela Administração, a 760931, fl. 256 do acórdão).
realização de fiscalização por amostragem e a adoção das medidas O Exmo. Ministro Dias Toffoli, que vinha alinhado à divergência do
mitigadoras antes indicadas. (RE 760931, fls. 182/183 do acórdão) Exmo. Ministro Luiz Fux, ponderou, ao final do julgamento, que o
ônus da prova seria da Administração. O Exmo. Ministro Luiz Fux,
Concluiu-se no julgamento do caso concreto, que não estava sugeriu, então, que a Administração alegasse em defesa a correta
demonstrada a culpa da Administração Pública, por omissão de fiscalização e apresentasse os boletins correspondentes:
fiscalização, a autorizar sua responsabilização.
A situação foi assim resumida pelo Exmo. Ministro Alexandre de O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: (...) penso que nós temos
Moraes: os obiter dicta, porque vários de nós, sejam os vencidos, sejam os
vencedores, quanto à parte dispositiva, em muito da
Os densos votos até aqui proferidos, embora com algumas fundamentação, colocaram-se de acordo. E uma das questões
variações de fundamentação, buscaram solucionar o dissídio pelo relevantes é: a quem cabe o ônus da prova? Cabe ao reclamante
acréscimo de duas coordenadas de decisão, ambas excludentes provar que a Administração falhou, ou à Administração provar que
entre si. A primeira, balizada pelo exauriente voto da Ministra ROSA ela diligenciou na fiscalização do contrato? (...) Eu mesmo
WEBER, com os complementos do Ministro ROBERTO BARROSO, acompanhei o Ministro Redator para o acórdão - agora Relator para
postula que o ônus de comprovar a fiscalização dos contratos recaia o acórdão -, o Ministro Luiz Fux, divergindo da Ministra Relatora
sobre a Administração Pública, podendo o seu cumprimento original, Ministra Rosa Weber, mas entendendo que é muito difícil
adequado ser demonstrado inclusive por aplicação de metodologias ao reclamante fazer a prova de que a fiscalização do agente público
de amostragem. Linha interpretativa antagônica, defendida por igual não se operou, e que essa prova é uma prova da qual cabe à
número de Ministros, rejeita a possibilidade de que a Administração Administração Pública se desincumbir caso ela seja colocada no
Pública venha a responder por verbas trabalhistas de terceiros a polo passivo da reclamação trabalhista, porque, muitas vezes, esse
partir de qualquer tipo de presunção, somente admitindo que isso dado, o reclamante não tem.
ocorra caso a condenação esteja inequivocamente lastreada em O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Mas veja o seguinte, Ministro
elementos concretos de prova da falha na fiscalização do contrato. Toffoli, só uma breve observação. Suponhamos que o reclamante
O meu convencimento se associa à última corrente, somando-se promova uma demanda alegando isso. Então, ele tem que provar o
àqueles que concluem pelo provimento do recurso da União. (RE fato constitutivo do seu direito: deixei de receber, porque a
760931, fl. 320 do acórdão) Administração largou o contratado para lá, e eu fiquei sem receber.
Na defesa, caberá... Porque propor a ação é inerente ao acesso à
Os votos que referiram o tema do ônus da prova foram os da Exma. Justiça. O fato constitutivo, é preciso comprovar na propositura da
Ministra Cármen Lúcia e os do Exmo. Ministro Alexandre de ação. E cabe ao réu comprovar fatos impeditivos, extintivos ou
Moraes: modificativos do direito do autor. Então, a Administração vai ter que
chegar e dizer: "Claro, olha aqui, eu fiscalizei e tenho esses
A Senhora Ministra Cármen Lúcia (Vogal): (...) A alegada ausência boletins". E tudo isso vai se passar lá embaixo, porque aqui nós não
de comprovação, em juízo, pela União, da efetiva fiscalização do vamos mais examinar provas.
contrato administrativo não substitui a necessidade de "prova O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI: Concordo, mas é
taxativa no nexo de causalidade entre a conduta da Administração e importante esta sinalização, seja no obiter dictum que agora faço,
o dano sofrido pelo trabalhador". Foi o que afirmei no julgamento da seja nos obiter dicta ou na fundamentação do voto que já fizera
Reclamação 15342. (RE 760931, fl. 314 do acórdão) anteriormente, e que fez agora o Ministro Luís Roberto Barroso ,
assim como a Ministra Rosa Weber: a Administração Pública, ao ser
O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES: (...) A meu ver, acionada, tem que trazer aos autos elementos de que diligenciou no
portanto, a consolidação da responsabilidade do Estado por débitos acompanhamento do contrato. (RE 760931, fls. 349/350 do
trabalhistas de terceiros, alavancada pela premissa da inversão do acórdão)
ônus da prova em favor do trabalhador, representa claro risco de
desestímulo à colaboração da iniciativa privada com a Ao firmarem a tese de repercussão geral, não indicaram exceções
Administração Pública, estratégia essencial para que o Estado que possibilitariam a responsabilização da Administração Pública
brasileiro consiga se modernizar. (RE 760931, fl. 320 do acórdão) (especialmente a demonstração de culpa).
A tese foi assim fixada: "O inadimplemento dos encargos
O entendimento do Exmo. Ministro Gilmar Mendes, a princípio, trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
convergia para o da Exma. Ministra Rosa Weber e o do Exmo. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Ministro Roberto Barroso, afirmando ser "fundamental que se tenha pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
presente que estamos falando, de fato, de responsabilidade termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93" (destaque acrescido).
subjetiva com a inversão do ônus da prova, quer dizer, cabe ao O quórum referido aplicou-se apenas ao julgamento do caso
poder público contratante fazer a prova de que fez a fiscalização" concreto, em que foi provido o Recurso Extraordinário da União, por
(RE 760931, fl. 217 do acórdão). se entender que, naquela hipótese, não fora demonstrada a culpa
Após, reformulou seu voto, nestes termos: "Eu temo - e já havia dito na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas.
isto - que um julgamento nosso que não traduza uma decisão que Na fixação da tese de repercussão geral, ficou vencido apenas o
Exmo. Ministro Marco Aurélio, parcialmente, por discordar da recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
inserção do advérbio "automaticamente", que, segundo seu A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
entendimento, poderia gerar a mesma dúvida decorrente do violação aos dispositivos da Constituição da República que
julgamento da ADC 16, sobre o que seria a "responsabilização especifica nas razões recursais.
automática", como se daria a demonstração de culpa etc. É o relatório.
A maioria dos Exmos. Ministros concordou com a inserção da Decido.
palavra "automaticamente", por considerar possível a Consta do acórdão recorrido:
responsabilização da Administração, se demonstrada a culpa, (...)
embora não tenha explicitado de que forma se daria essa O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte,
demonstração, nem de quem seria o ônus da prova. consubstanciada na Súmula nº 331, item V.
Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E.
nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art.
indicadas. Incidem a Súmula nº 333; e o art. 896, § 7º, da CLT. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas,
foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC; não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
e 5º, LXXVIII, da Constituição da República. Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
Nego provimento ao Agravo. evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da contratuais e legais da prestadora de serviços.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo (...)
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente o tomador
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de eligendo e in vigilando, aos seguintes fundamentos:
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere (...)
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade 19 - Nada obstante tudo isso, in casu, observo que o MUNICÍPIO
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos não cumpriu com suas obrigações no decorrer do contrato
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". administrativo, quais sejam, as de acompanhar e fiscalizar a
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema execução dos serviços (art. 67), porquanto os documentos juntados
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada não comprovam a efetiva fiscalização no que tange às verbas
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos pleiteadas.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes 20 - Ademais, diante do descumprimento parcial da avença pela
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do contratada ante o inadimplemento de obrigações trabalhistas (art.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de 71), o réu não aplicou as sanções administrativas cabíveis e
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. tampouco rescindiu o pacto, competindo-lhe - portanto - responder
Intime-se. subsidiariamente por sua conduta negligente (culpa in vigilando)
Publique-se. com base na responsabilidade civil daquele que causa dano a
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. outrem (arts. 186 e 927 do Código Civil), eis que não satisfez o seu
dever legal de agir.
(...) (fl. 806 - destaques no original)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA (...)
Ministro Vice-Presidente do TST Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades
Processo Nº Ag-AIRR-1000854-50.2016.5.02.0255 indicadas. Incidem a Súmula nº 333 do TST e o art. 896, § 7º, da
Complemento Processo Eletrônico CLT.
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada
Agravante MUNICÍPIO DE CUBATÃO foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC;
Procurador Dr. Victor Augusto Lovecchio e 5º, LXXVIII, da Constituição da República.
Agravado GILMAR HIPÓLITO SOARES Nego provimento ao Agravo.
Advogada Dra. Daniela Alves Barbosa(OAB: O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
337235/SP)
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Agravado MARVIN - SEGURANCA
PATRIMONIAL LTDA. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Advogado Dr. Ricardo Wehba Esteves(OAB: repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
98344/SP) Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Intimado(s)/Citado(s): encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
- GILMAR HIPÓLITO SOARES automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
- MARVIN - SEGURANCA PATRIMONIAL LTDA. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
- MUNICÍPIO DE CUBATÃO termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes A simples juntada do contrato estabelecido entre as partes, bem
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do como os comprovantes de recolhimento de FGTS (ID a48defb) não
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de se mostram suficientes para demonstrar, de modo efetivo e
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. concreto, que o órgão público se ativou em fiscalização e controle,
Intime-se. sobretudo, no caso, em que houve o deferimento de verbas
Publique-se. rescisórias, multas e horas extras.
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. A omissão da recorrente em fiscalizar a execução do contrato,
obrigação legal e contratual é suficiente para gerar sua
responsabilidade trabalhista subsidiária, até mesmo porque constou
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) expressamente do contrato, como já assinalado. Nesse sentido, o
RENATO DE LACERDA PAIVA seguinte aresto de jurisprudência do C. TST:
Ministro Vice-Presidente do TST (...)
Evidenciada, portanto, a ausência de fiscalização efetiva e
Processo Nº Ag-AIRR-1002123-95.2016.5.02.0006 tempestiva por parte da Administração, com a adoção, em tempo
Complemento Processo Eletrônico hábil, de medidas necessárias à regularização das condições
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi laborais (artigo 67 da Lei nº 8.666/93), em prejuízo ao reclamante
Agravante EMPRESA BRASILEIRA DE que, indubitavelmente, dispensou sua força de trabalho em
CORREIOS E TELÉGRAFOS - ECT
benefício do ente público.
Advogada Dra. Aline Martins Lima(OAB:
15923/DF) (...) (fl. 259)
Advogado Dr. Daniel Sousa Isaías Pereira(OAB:
27253/DF) (...)
Agravado ADRIANA CAVALCANTI DA SILVA Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
Advogado Dr. Afonso Paciléo Neto(OAB: nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades
239824/SP)
indicadas. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT.
Agravado X MANUTENÇÃO EM MÁQUINAS
INDUSTRIAIS LTDA. - EPP Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada
foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC
Intimado(s)/Citado(s): e 5º, LXXVIII, da Constituição da República.
Nego provimento ao Agravo.
- ADRIANA CAVALCANTI DA SILVA
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
- EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS -
ECT Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
- X MANUTENÇÃO EM MÁQUINAS INDUSTRIAIS LTDA. - EPP inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
recorrente em todos os seus temas e desdobramentos. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
violação aos dispositivos da Constituição da República que pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
especifica nas razões recursais. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
É o relatório. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Decido. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Consta do acórdão recorrido: pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
(...) autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte, autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
consubstanciada na Súmula nº 331, item V. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art. Intime-se.
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera Publique-se.
inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas, Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da
Administração Pública, tomador de serviços. É necessário
evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
contratuais e legais da prestadora de serviços. RENATO DE LACERDA PAIVA
(...) Ministro Vice-Presidente do TST
A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente a tomadora
de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in Processo Nº Ag-RR-0001408-29.2015.5.05.0004
eligendo e in vigilando, aos seguintes fundamentos: Complemento Processo Eletrônico
(...) Relator Min. Luiz Philippe Vieira de Mello Filho
Da detida análise dos documentos constantes dos autos, não restou Agravante IA MAIRA FONSECA DE SAO
BERNARDO
demonstrado que a recorrente fiscalizou a contento o cumprimento
Advogado Dr. Raimundo Cezar Britto
das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como Aragao(OAB: 32147/DF)
empregadora, função esta que constitui um dever-poder instituído
legalmente.
Advogado Dr. Humberto Costa Júnior(OAB: ônus da prova da culpa in vigilando recai sobre o trabalhador e não
16006-A/BA)
basta o simples inadimplemento das obrigações laborais assumidas
Agravado PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS pela empresa terceirizada.
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB: (...)
16538/GO) ACORDAM os Ministros da 7ª Turma do Tribunal Superior do
Agravado WORKTIME ASSESSORIA Trabalho, por unanimidade, conhecer do agravo e, no mérito, negar-
EMPRESARIAL LTDA.
lhe provimento.
Advogada Dra. Daniele Cristina Oliveira
Padilha(OAB: 28961/BA) O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Intimado(s)/Citado(s): inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
- IA MAIRA FONSECA DE SAO BERNARDO repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
- WORKTIME ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
recurso de revista em todos os seus temas e desdobramentos. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
violação aos dispositivos da Constituição da República que cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
especifica nas razões recursais. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
É o relatório. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Decido. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Consta do acórdão recorrido: CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
AGRAVO EM RECURSO DE REVISTA - TERCEIRIZAÇÃO - ENTE retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
PÚBLICO - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA - FISCALIZAÇÃO Publique-se.
- ÔNUS DA PROVA - CULPA IN VIGILANDO - REPERCUSSÃO Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
GERAL Nº 246 DO STF - RATIO DECIDENDI. 1. O Supremo
Tribunal Federal considerou o art. 71 da Lei nº 8.666/1993
constitucional, de forma a afastar a responsabilização da Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Administração Pública pelos encargos trabalhistas devidos pela RENATO DE LACERDA PAIVA
prestadora dos serviços nos casos de mero inadimplemento das Ministro Vice-Presidente do TST
obrigações por parte do vencedor de certame licitatório (ADC 16). 2.
No julgamento da mencionada ação declaratória de Processo Nº Ag-AIRR-1000613-42.2017.5.02.0255
constitucionalidade, a Suprema Corte firmou o entendimento de Complemento Processo Eletrônico
que, nos casos em que restar demonstrada a culpa in eligendo ou in Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
vigilando da Administração Pública, e apenas nesses, viável se Agravante MUNICÍPIO DE CUBATÃO
torna a sua responsabilização pelos encargos devidos ao Procurador Dr. Victor Augusto Lovecchio
trabalhador, tendo em vista que, nessa situação, responde o ente Agravado MARIA LENILDA BARBOSA DOS
SANTOS
público pela sua própria incúria. 3. Em 30/3/2017, o Plenário do
Advogada Dra. Débora Cristina O. C.
Supremo Tribunal Federal, no julgamento do tema de Repercussão Matias(OAB: 259085/SP)
Geral nº 246 (RE 760.931), definiu que a responsabilidade Agravado CURSAN - COMPANHIA
subsidiária pelos encargos trabalhistas inadimplidos pela empresa CUBATENSE DE URBANIZAÇÃO E
SANEAMENTO
prestadora de serviços só poderá ser imputada à Administração
Advogado Dr. Rodrigo de Souza Freire(OAB:
Pública quando houver prova real e específica de que esta foi 370605/SP)
negligente na fiscalização ou conivente com o descumprimento das
obrigações contratuais pela contratada, incorrendo em culpa in Intimado(s)/Citado(s):
vigilando. Ficou definido que não se admite a assertiva genérica - CURSAN - COMPANHIA CUBATENSE DE URBANIZAÇÃO E
nesse sentido, uma vez que os atos administrativos gozam de SANEAMENTO
presunção de legalidade e de legitimidade. 4. A despeito de a tese - MARIA LENILDA BARBOSA DOS SANTOS
fixada pela Suprema Corte não tratar expressamente da distribuição - MUNICÍPIO DE CUBATÃO
do ônus probatório, a ratio decidendi da decisão proferida pelo STF
evidencia que o ônus da prova da culpa in vigilando recai sobre o Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
trabalhador, ressalvado o entendimento deste relator. Agravo Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
desprovido. recorrente em todos os seus temas e desdobramentos.
(...) A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Trata-se de agravo interposto pela reclamante contra decisão violação aos dispositivos da Constituição da República que
monocrática que deu provimento ao recurso de revista da segunda especifica nas razões recursais.
reclamada para excluir a responsabilidade subsidiária. É o relatório.
(...) Decido.
Assim, curvando-me à decisão vinculante do STF, por disciplina Consta do acórdão recorrido:
judiciária, no caso, a Administração Pública não pode ser (...)
responsabilizada subsidiariamente pela dívida trabalhista, pois o O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Eg. Corte,
consubstanciada na Súmula nº 331, item V. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E. RENATO DE LACERDA PAIVA
Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art. Ministro Vice-Presidente do TST
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera
inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas, Processo Nº AIRR-1001285-89.2016.5.02.0706
não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da Complemento Processo Eletrônico
Administração Pública, tomador de serviços. É necessário Relator Min. Dora Maria da Costa
evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
contratuais e legais da prestadora de serviços.
Procuradora Dra. Cláudia Helena Destefani de
(...) Lacerda
A Eg. Corte Regional responsabilizou subsidiariamente o tomador Agravado KELLI CRISTINA COSTA
de serviços, por entender concretamente caracterizada a culpa in Advogado Dr. César Augusto de Mello(OAB:
eligendo e in vigilando, aos seguintes fundamentos: 92187/SP)
Advogado Dr. Amílcar Albieri Pacheco(OAB:
119655/SP)
(...)
Advogado Dr. Fernando Peres(OAB: 138159/SP)
Por primeiro é de se dizer que o recorrente não trouxe aos autos o
Advogado Dr. Fernando Carlos de Mello(OAB:
processo de licitação, a demonstrar que a fornecedora de mão de 189241/SP)
obra ré fora contratada sob o manto da Lei 8.666/93, o que, por si Agravado MOURA & MOURA COZINHA
só, já afastaria a aplicabilidade do referido Diploma Legal. INDUSTRIAL LTDA. - EPP
(...)
No caso em concreto (fatos da causa), é evidente que a recorrente Intimado(s)/Citado(s):
não cumpriu integralmente tal obrigação, tendo em vista que foi - FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
reconhecida por Decreto Municipal a inviabilidade financeira da 1ª - KELLI CRISTINA COSTA
reclamada decorrente da má administração. - MOURA & MOURA COZINHA INDUSTRIAL LTDA. - EPP
Logo, o Município deve responder pelos valores devidos. É preciso
cumprir integralmente a Lei de licitações para que se possa aplicar Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
a excludente do art. 71, § 1º da Lei 8.666. Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Posto isto, agiu bem o MM. Juízo a quo ao manter a recorrente no instrumento da recorrente em todos os seus temas e
pólo passivo da ação como responsável subsidiária pelos débitos desdobramentos.
trabalhistas da empregadora (primeira reclamada). Mantenho. (fls. A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
290/291) violação aos dispositivos da Constituição da República que
(...) especifica nas razões recursais.
Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula É o relatório.
nº 331 do TST, não há falar nas violações e contrariedades Decido.
indicadas. Incidem a Súmula nº 333 do TST e o art. 896, § 7º, da Consta da ementa do acórdão recorrido:
CLT. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.
Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
e 5º, LXXVIII, da Constituição da República. controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
Nego provimento ao Agravo. Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos regularmente à sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema 8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Lei, com base na interpretação sistemática.
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos (...)
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Agravo de instrumento conhecido e não provido.
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Intime-se. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Publique-se. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Lei, com base na interpretação sistemática.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". (...)
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Agravo de instrumento conhecido e não provido.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Intime-se. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Publique-se. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
RENATO DE LACERDA PAIVA pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Ministro Vice-Presidente do TST autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Processo Nº AIRR-1000693-40.2016.5.02.0255 CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Complemento Processo Eletrônico retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Relator Min. Dora Maria da Costa Intime-se.
Agravante MUNICÍPIO DE CUBATÃO Publique-se.
Procurador Dr. Victor Augusto Lovecchio Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Agravado ORGANIZAÇÃO SOCIAL SAÚDE
REVOLUÇÃO
Advogado Dr. Paulo de Toledo Ribeiro(OAB:
164256/SP) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Agravado NATÁLIA UDI ARAÚJO CARVALHO RENATO DE LACERDA PAIVA
FANTON Ministro Vice-Presidente do TST
Advogado Dr. Marcelo Henrique Papis
Ferreira(OAB: 317555/SP)
Processo Nº AIRR-1000347-64.2016.5.02.0716
Complemento Processo Eletrônico
Intimado(s)/Citado(s):
Relator Min. Dora Maria da Costa
- MUNICÍPIO DE CUBATÃO Agravante ESTADO DE SÃO PAULO
- NATÁLIA UDI ARAÚJO CARVALHO FANTON Procurador Dr. Pedro Fabris de Oliveira
- ORGANIZAÇÃO SOCIAL SAÚDE REVOLUÇÃO Agravado KÁTIA SILVA CORDEIRO
Advogado Dr. Evandro Magnus Faria Dias(OAB:
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo 288619/SP)
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de Agravado HIGILIMP LIMPEZA AMBIENTAL
LTDA.
instrumento do recorrente em todos os seus temas e
desdobramentos.
Intimado(s)/Citado(s):
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
- ESTADO DE SÃO PAULO
violação aos dispositivos da Constituição da República que
- HIGILIMP LIMPEZA AMBIENTAL LTDA.
especifica nas razões recursais.
- KÁTIA SILVA CORDEIRO
É o relatório.
Decido.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Consta da ementa do acórdão recorrido:
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.
instrumento do recorrente em todos os seus temas e
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
desdobramentos.
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
especifica nas razões recursais.
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
É o relatório.
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
Decido.
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
Consta da ementa do acórdão recorrido:
tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
regularmente a sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
devidas. Saliente-se que essa conclusão não implica afronta ao art.
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
97 da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da "Resta incontroverso que o autor foi contratado em 14/7/2014 pela
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo 1ª ré, PROL CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA (atual denominação
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja de FACILITY SEGURANÇA LTDA), tendo trabalhado em benefício
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). do segundo reclamado, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, na função
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de de 'vigilante', mediante contrato de prestação de serviços celebrado
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos pelos réus.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere Da leitura da inicial constata-se que o autor pretende a
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade responsabilidade subsidiária do 2º réu/ESTADO pelo
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da 1ª
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". ré/PROL, consubstanciado na Súmula 331, IV, do C. TST.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema O E. STF estabeleceu que os Tribunais Trabalhistas devem apurar
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada a responsabilidade subjetiva do Ente Público envolvido em
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos demanda trabalhista, não estando isenta de repercussão a atuação
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes incorreta do Ente Público. Apesar de ter declarado a
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do constitucionalidade do §1º do art. 71 da Lei 8.66/93, o E. STF não
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de afastou dos tribunais pátrios a averiguação de qualquer
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. irregularidade na atuação estatal, deixando evidente que a
Intime-se. aplicação do dispositivo em questão somente pode ser absoluta nas
Publique-se. hipóteses em que a Administração Pública agiu em perfeita
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. conformidade com os ditames legais. E assim procedeu o MM.
Juízo de 1º grau no caso em exame.
A contratação de prestação de serviços relacionada à atividade-
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) meio do tomador acarretou na jurisprudência trabalhista significativa
RENATO DE LACERDA PAIVA alteração de seu posicionamento, evoluindo do exposto na Súmula
Ministro Vice-Presidente do TST nº 256, há muito cancelada, para o entendimento constante na de nº
331 do C. TST, com suas sucessivas alterações redacionais. Assim,
Processo Nº AIRR-0101180-28.2016.5.01.0040 por força do comando constitucional (art. 37, II da Carta) afastou-se
Complemento Processo Eletrônico a hipótese de vínculo jurídico direto em relação aos órgãos da
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro Administração Pública Direta, Indireta ou Fundacional, consagrada,
Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO contudo, a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços. Tal
Procuradora Dra. Maria Beatriz Freitas de Oliveira posicionamento vem amparado na responsabilidade civil legalmente
Procuradora Dra. Renata Cotrim Nacif prevista e naquela de responsabilidade do empreiteiro principal, de
Agravado JOSUÉ DIONÍSIO AMAZONAS que cuida o artigo 455 da CLT, não se tratando, portanto, de
Advogado Dr. Marcelo Moura Rodrigues(OAB: hipótese de usurpação de função legislativa. Também se baseia no
107908/RJ)
princípio do valor social do trabalho, a resguardar a respectiva
Agravado SPEED SERVIÇOS DE LIMPEZA E
TERCEIRIZAÇÃO LTDA. contraprestação, consagrado na Constituição Federal (art. 1º, IV).
Advogado Dr. Fabiano Gomes Netto(OAB: Não se questiona, in casu, a legalidade do pactuado com o
97453/RJ) empregador do autor, pois, como acima exposto, a licitude da
Advogada Dra. Karla Cabizuca Bernardes terceirização não afasta a responsabilidade subsidiária do tomador
Netto(OAB: 93931/RJ)
dos serviços, porquanto se ilícita fosse poderia ser reconhecida
como de natureza solidária.
Intimado(s)/Citado(s):
No âmbito da Administração Pública, o parágrafo 1º, do artigo 71,
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO da Lei nº 8.666/93 tem por escopo exonerar a responsabilidade
- JOSUÉ DIONÍSIO AMAZONAS direta do contratante, não impedindo que esta subsista de forma
- SPEED SERVIÇOS DE LIMPEZA E TERCEIRIZAÇÃO LTDA. subsidiária quando evidenciada a culpa in vigilando da
Administração Pública, conforme entendimento consolidado no item
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo V, da Súmula 331 do C. TST, em sua nova redação. A posição
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de jurisprudencial, reitere-se, tem sede na importância conferida aos
instrumento do recorrente. direitos laborais, decorrente de seu caráter alimentar, destacando-
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta se os seguintes dispositivos constitucionais (artigo 1º, inciso IV,
violação aos dispositivos da Constituição da República que artigo 6º, caput, artigo 7º, inciso X, este referente à proteção do
especifica nas razões recursais. salário).
É o relatório. Assim, não se trata de inconstitucionalidade ou de se afastar a
Decido. aplicação de tal dispositivo, mas em se constatar de que ele cuida
Consta do acórdão recorrido: de hipótese diversa. Sobre a questão, o Plenário do STF, no
julgamento da ADC nº 16, ocorrido em 24 de novembro de 2010,
(...) declarou a constitucionalidade do artigo 71, parágrafo 1º da Lei
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. ÔNUS DA 8.666/93. A decisão, contudo, reafirma a possibilidade da Justiça do
PROVA. CULPA IN VIGILANDO Trabalho imputar à Administração Pública, mediante análise dos
(...) fatos de cada causa, sua responsabilidade subsidiária pelos
Sem razão. créditos reconhecidos a favor do trabalhador, uma vez evidenciado
O Regional, sobre o tema, decidiu: o seu inadimplemento obrigacional concernente à fiscalização do
objeto do contrato. Neste sentido, a Súmula n. 43 deste Eg. TRT/ 1ª O autor esclareceu no mesmo depoimento citado que "prestou
Região, verbis: serviços para o PAM de Coelho Neto, através do ERJ, de janeiro a
julho de 2016. "
(...) Assim, limita-se a responsabilidade subsidiária do Estado do Rio de
De igual modo, restou ratificado nos debates que nortearam o Janeiro ao período de janeiro a julho de 2016 - como confessado
julgamento da ADC 16 a impossibilidade de se "impedir que a pelo autor.
Justiça trabalhista, com base em outras normas, em outros Ao recorrente restará, contudo, a faculdade de ajuizar a competente
princípios e à luz dos fatos de cada causa, reconheça a ação de regresso contra a primeira reclamada, no intuito de reaver
responsabilidade da Administração", desde que haja expresso os prejuízos decorrentes da presente demanda.
enfrentamento da ocorrência de culpa in eligendo ou in vigilando. Ressalto não ser aplicável ao caso em exame a previsão da Súmula
Os fundamentos jurídicos acima reproduzidos são, portanto, nº 363 do C. TST, porquanto não reconhecida a nulidade do
vinculantes ao juízo trabalhista (§ 2º, do art. 102 da CF). Ademais, contrato de trabalho a justificar apenas o pagamento da
refletem a regra inserta no art. 67 da Lei 8.666/93, pela qual se contraprestação ajustada.
imputa à Administração Pública o dever de fiscalização do Diga-se, para finalizar, que não há ofensa, na presente decisão, aos
cumprimento das obrigações contratuais assumidas pela empresa artigos 165 e 169 da CRFB/88: acaso deva fazer o pagamento o
contratada - no que se incluem, por evidente, as relacionadas ao recorrente, tal dar-se-á por precatório, com prévia dotação
Direito do Trabalho. orçamentária (art. 100 e seus parágrafos da CRFB/88)." (fls.
Ressalte-se que, por força da obrigação inserta no referido preceito 293/296)
legal e do princípio da aptidão para a prova, ao contrário do que A decisão regional está em consonância com a Súmula 331, V, do
afirma o recorrente, incumbe à Administração Pública o encargo TST, na medida em que consignado nos autos que o segundo
probatório acerca da estrita observância do processo licitatório, bem reclamado não se desincumbiu do ônus de provar que fiscalizou o
como da efetiva fiscalização das obrigações trabalhistas pela cumprimento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato
contratada, porquanto fatos impeditivos à responsabilização de prestação de serviços firmado, deixando assente a ocorrência da
subsidiária pretendida pelo trabalhador (art. 373, II do CPC). Neste sua culpa in vigilando.
sentido, o entendimento deste Eg. TRT/1ª Região, consubstanciado Desse modo, restando evidenciada a culpa nos autos, incide a
na Súmula nº 41, que dispõe, verbis: responsabilidade subjetiva prevista nos artigos 186 e 927, caput, do
"SÚMULA Nº 41. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE Código Civil.
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PROVA DA CULPA. (ARTIGOS Assim, nos estritos limites do recurso de revista, não é viável
29, VII, 58, 67 e 78, VII, DA LEI 8.666/93). Recai sobre o ente da reexaminar a prova dos autos a respeito da efetiva conduta
Administração Pública que sebeneficiou da mão de obra fiscalizatória do ente estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST.
terceirizada a prova da efetiva fiscalização do contrato de prestação Nesse contexto, inviável o processamento do apelo sob a alegação
de serviços." de ofensa aos dispositivos legais e constitucionais invocados, ante o
No caso concreto, resta induvidosa a relação contratual entre os óbice da Súmula 333 do TST.
réus, conforme se verifica dos contratos de prestação de serviços nº Vale ressaltar, em observância ao princípio da aptidão para prova,
04/2009 (Id. 2da0e2a) e nº 30/2015 (Id. 52f38d0 - pág. 11 e que, em se tratando de fato impeditivo e/ou extintivo do direito da
seguintes) com fundamento nos Processos Administrativos nº E- reclamante, o ônus quanto à prova da fiscalização do contrato
08/090.442/2007 e nº E-08/001/1251/2015, o que afasta o celebrado com a prestadora de serviços é do ente público. Logo,
reconhecimento da culpa in eligendo do recorrente. ilesos, os artigos 818 da CLT, 373, I, e 374, IV, do CPC, segundo
Contudo, do exame dos autos, não se constata qualquer entendimento desta Oitava Turma:
comprovação do cumprimento da obrigação de efetiva fiscalização "RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N°
por parte da Administração Pública, atraindo, por conseguinte, o 13.015/2014 E DO NCPC - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA -
reconhecimento da sua culpa in vigilando, com arrimo no inciso V ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - CULPA IN VIGILANDO
da Súmula 331 do C. TST. CARACTERIZADA - ÔNUS DA PROVA DA FISCALIZAÇÃO DO
Dessarte, ainda que se deva afastar, nos casos em que observado CUMPRIMENTO DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS - SÚMULA
o disposto no art. 71 da Lei nº 8.666/93, a atribuição da Nº 331, V, DO TST 1. O acórdão regional está em harmonia com a
responsabilidade objetiva do ente público contratante, não há razão jurisprudência consolidada na Súmula nº 331, V, do TST, uma vez
para afastar a responsabilidade por culpa, tipicamente subjetiva, que a responsabilização subsidiária do ente público decorreu do
decorrente da omissão em verificar o devido cumprimento das reconhecimento de conduta culposa na fiscalização do
obrigações contratuais da empresa prestadora contratada, cumprimento do contrato. 2. Compete à Administração Pública o
autorizando a condenação subsidiária, conforme entendimento ônus da prova quanto à fiscalização, considerando que, (i) a
consolidado no item V, da Súmula 331 do C. TST, em sua atual existência de fiscalização do contrato é fato impeditivo, modificativo
redação. ou extintivo do direito do Reclamante; (ii) a obrigação de fiscalizar a
Destaco que a responsabilidade subsidiária do tomador dos execução do contrato decorre da lei (artigos 58, III, e 67 da Lei nº
serviços alcança todo e qualquer crédito trabalhista devido pelo 8.666/93); e (iii) não se pode exigir do trabalhador a prova de fato
devedor principal e reconhecido na sentença, porquanto beneficiário negativo ou que apresente documentos aos quais não tenha
da prestação de serviços, em sua integralidade (Súmula 331, VI do acesso, em atenção ao princípio da aptidão para a prova. Julgados.
C. TST e Súmula 13 deste Eg. TRT). 3. O E. STF, ao julgar o Tema nº 246 de Repercussão Geral -
A questão que se coloca, ainda, é no que se refere à limitação da responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos
responsabilidade imputada ao ente público que argumenta, como já trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora
dito, que o autor, em depoimento pessoal, afirma que prestava de serviço, RE 760931 -, não fixou tese específica sobre a
serviços tanto em prol do PAM de Coelho Neto como em favor da distribuição do ônus da prova pertinente à fiscalização do
EMBRAPA, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura. cumprimento das obrigações trabalhistas. Recurso de Revista não
contratada." autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Registre-se que esse entendimento não implica violação do art. 71, CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
§ 1º, da Lei nº 8.666/93. A interpretação sistemática desse retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº Publique-se.
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações
trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por
ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
tomador não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do RENATO DE LACERDA PAIVA
contrato pelo prestador. Ministro Vice-Presidente do TST
Saliente-se, por oportuno, que não há falar em violação do art. 97
da Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº Processo Nº AIRR-1000050-87.2015.5.02.0006
10 do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à Complemento Processo Eletrônico
decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento Relator Min. Dora Maria da Costa
da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão Agravante INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
realizada no dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº
Procurador Dr. Francisco de Assis Spagnuolo
8.666/93 compatível com a ordem constitucional vigente, Júnior
notadamente com o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988. Agravado VALDECIO BARBOSA DO
Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do NASCIMENTO
citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo- Advogado Dr. Flávio Roberto Rizzi(OAB:
213410/SP)
se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação
Advogada Dra. Angela Edilena da Silva(OAB:
sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face 275383/SP)
dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que Agravado PREMIER VIGILÂNCIA E
possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente SEGURANÇA LTDA.
público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando.
Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da Intimado(s)/Citado(s):
referida ADC (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu que - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
"a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à - PREMIER VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA.
Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos - VALDECIO BARBOSA DO NASCIMENTO
encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual
omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
obrigações do contratado, não viesse a gerar essa Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 9/9/11). instrumento do recorrente em todos os seus temas e
Outrossim, registre-se que o ônus da prova quanto à efetiva desdobramentos.
fiscalização da prestação de serviço recai sobre o tomador dos A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
serviços, o qual, como visto, tem obrigação legal de fiscalizar a violação aos dispositivos da Constituição da República que
execução do contrato (arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, especifica nas razões recursais.
incumbia ao ente público provar a existência de fiscalização efetiva, É o relatório.
bem como desconstituir a pretensão do reclamante, nos termos do Decido.
art. 373, II, do NCPC. Consta do acórdão recorrido:
Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em (...)
consonância com a jurisprudência pacificada desta Corte Superior, RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
descabe cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição, PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
uma vez que já foi atingido o fim precípuo do recurso de revista, controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
incidindo, assim, o óbice previsto na Súmula 333 do TST e no art. Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
896, § 7º, da CLT. 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja regularmente a seu empregado as verbas trabalhistas que lhe eram
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade 8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nesta
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Lei, com base na interpretação sistemática.
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". (...)
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Agravo de instrumento conhecido e não provido.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). coibir o descumprimento da legislação trabalhistas, conforme
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de pacífica jurisprudência deste Regional (fls. 440)
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Esse entendimento não implica afronta ao art. 97 da Constituição da
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere República ou à Súmula Vinculante nº 10 do E. STF, nem
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade desrespeito à decisão proferida na ADC nº 16, pois não se trata de
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". 8.666/93, mas somente da definição concreta do alcance das
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema normas inscritas no aludido diploma, de acordo com os próprios
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada balizamentos estabelecidos pelo E. STF em controle abstrato de
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos constitucionalidade.
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Cito, a propósito, julgados desta C. Turma que acolhem o
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do entendimento ora exposto:
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
Intime-se. PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. A decisão recorrida revela
Publique-se. sintonia com a Súmula nº 331, V, desta Corte e com a diretriz
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. perfilhada pelo STF no julgamento da ADC nº 16, tendo em vista
que o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 veda apenas a transferência
de responsabilidade ao ente público pelo mero inadimplemento,
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) mas não constitui óbice à imposição de responsabilidade subsidiária
RENATO DE LACERDA PAIVA à Administração Pública pelos encargos trabalhistas quando
Ministro Vice-Presidente do TST demonstrada sua omissão na fiscalização do contrato, restando
configurada a culpa in vigilando, hipótese dos autos. Agravo de
Processo Nº Ag-AIRR-0100949-71.2016.5.01.0243 instrumento conhecido e não provido. (AIRR-687-
Complemento Processo Eletrônico 79.2011.5.03.0099, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT -
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi 21/2/2014 - original sem destaque)
Agravante ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECURSO DE REVISTA - PROCESSO ELETRÔNICO -
Procuradora Dra. Renata Cotrim Nacif ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. RESPONSABILIDADE
Agravado ANA CLÁUDIA RIBEIRO DA SILVA SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO
Advogada Dra. Eliana Gomes da Silva(OAB: DEMONSTRADA. O acórdão recorrido está em consonância com a
162167/RJ)
Súmula 331, V, do TST, na medida em que o Regional manteve a
Agravado BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS
LTDA. responsabilidade subsidiária do ente da Administração Pública por
Advogado Dr. Thiago Brock(OAB: 166794/RJ) ter sido demonstrada, no caso concreto, a culpa decorrente de
conduta omissiva na fiscalização do cumprimento do contrato
Intimado(s)/Citado(s): firmado com o instituto prestador dos serviços. Logo, o
conhecimento do Recurso de Revista esbarra no óbice da Súmula
- ANA CLÁUDIA RIBEIRO DA SILVA
333 do TST e do § 4º do art. 896 da CLT. Recurso de Revista não
- BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA.
conhecido. (RR-2028-21.2012.5.03.0095, Relator Ministro Márcio
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Eurico Vitral Amaro, DEJT - 21/2/2014 - original sem destaque)
Compete ao ente público o ônus da prova, na medida em que a
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
obrigação de fiscalizar a execução do contrato decorre de lei (arts.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo do
58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93), e não se pode exigir do trabalhador
recorrente.
a prova de fato negativo ou que apresente documentos aos quais
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
não tenha acesso, em atenção ao princípio da aptidão para a prova.
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Nesse sentido:
especifica nas razões recursais.
(...)
É o relatório.
O E. STF, ao julgar o Tema nº 246 de Repercussão Geral -
Decido.
responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos
Consta do acórdão recorrido:
trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora
de serviço, RE 760931 -, não fixou tese específica sobre a
(...)
distribuição do ônus da prova pertinente à fiscalização do
A Eg. Corte de origem responsabilizou subsidiariamente o tomador
cumprimento das obrigações trabalhistas.
de serviços, por entender caracterizada a culpa in vigilando,
Os Exmos. Ministros vencidos no julgamento do caso concreto
decorrente da fiscalização deficiente no cumprimento das
aderiram integralmente ao voto da Exma. Ministra Rosa Weber,
obrigações contratuais e legais da prestadora de serviços como
Relatora, que invocou o princípio da aptidão para a prova
empregadora. Acresceu que é ônus da Administração Pública a
(positivado nos arts. 7º c/c 373, § 1º, do CPC de 2015) e o
prova da efetiva fiscalização:
poder/dever de fiscalização do cumprimento das obrigações
DIREITO DO TRABALHO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
trabalhistas (previsto no art. 67 da própria Lei nº 8.666/93, renovado
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. A responsabilidade subsidiária da
e detalhado na Instrução Normativa nº 2/2008 do MPOG) como
Administração decorre da má escolha e da omissão dos agentes
fundamentos para atribuir o ônus à Administração Pública.
públicos na fiscalização de seus contratados, recaindo sobre ela o
O Exmo. Ministro Roberto Barroso sugeriu a adoção de teses de
ônus de provar que foram empreendidas diligências eficazes para
repercussão geral que evidenciassem o ônus da prova da
Administração Pública e a forma de demonstração do cumprimento se entender que, naquela hipótese, não fora demonstrada a culpa
de sua obrigação de fiscalizar, nestes termos: na fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas.
1 - Em caso de terceirização, a Administração Pública responde Na fixação da tese de repercussão geral, ficou vencido apenas o
subsidiariamente pelo inadimplemento de obrigações trabalhistas da Exmo. Ministro Marco Aurélio, parcialmente, por discordar da
empresa contratada, no que respeita aos profissionais que tenham inserção do advérbio "automaticamente", que, segundo seu
atuado em seu benefício, se restar comprovada falha do Poder entendimento, poderia gerar a mesma dúvida decorrente do
Público em seu dever de fiscalizá-la (culpa in vigilando) ou em julgamento da ADC 16, sobre o que seria a "responsabilização
adotar as medidas cabíveis em relação ao inadimplemento. automática", como se daria a demonstração de culpa etc.
Precedente: ADC 16, rel. Min. Cezar Peluso. 2 - Compete à A maioria dos Ministros concordou com a inserção da palavra
Administração comprovar que houve adequada fiscalização. 3 - O "automaticamente", por considerar possível a responsabilização da
dever de fiscalização da Administração acerca do cumprimento de Administração, se demonstrada a culpa, embora não tenha
obrigações trabalhistas pelas empresas contratadas constitui explicitado de que forma se daria essa demonstração, nem de quem
obrigação de meio, e não de resultado, e pode ser realizado através seria o ônus da prova.
de fiscalização por amostragem, estruturada pelo próprio ente Nesses termos, estando o acórdão recorrido em harmonia com os
público, com apoio técnico de órgão de controle externo, caso em itens V e VI da Súmula nº 331 do TST, não há falar nas demais
que gozará de presunção juris tantum de razoabilidade. 4 - violações apontadas.
Constatada, pelo Poder Público, a ocorrência de inadimplemento Nego provimento ao Agravo.
trabalhista pela contratada, as seguintes providências devem ser
tomadas: (i) notificar a empresa contratada, assinando-lhe prazo O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
para sanar a irregularidade; (ii) em caso de não atendimento, Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
ingressar com ação judicial para promover o depósito, a liquidação inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
do valor e o pagamento em juízo das importâncias devidas, repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
abatendo tais importâncias do valor devido à contratada. 5 - Não é Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
válida a responsabilização subsidiária da Administração Pública: (i) mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
com afirmação genérica de culpa in vigilando, sem indicar, com rigor encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
e precisão, os fatos e as circunstâncias que configuram a sua culpa automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
in vigilando ou (ii) se for comprovada, pela Administração, a pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
realização de fiscalização por amostragem e a adoção das medidas termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
mitigadoras antes indicadas. (RE 760931, fls. 182/183 do acórdão) Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Concluiu-se, no julgamento do caso concreto, que não estava cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
demonstrada a culpa da Administração Pública, por omissão de pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
fiscalização, a autorizar sua responsabilização. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
A situação foi assim resumida pelo Exmo. Ministro Alexandre de autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Moraes: CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Os densos votos até aqui proferidos, embora com algumas retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
variações de fundamentação, buscaram solucionar o dissídio pelo Intime-se.
acréscimo de duas coordenadas de decisão, ambas excludentes Publique-se.
entre si. A primeira, balizada pelo exauriente voto da Ministra ROSA Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
WEBER, com os complementos do Ministro ROBERTO BARROSO,
postula que o ônus de comprovar a fiscalização dos contratos recaia
sobre a Administração Pública, podendo o seu cumprimento Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
adequado ser demonstrado inclusive por aplicação de metodologias RENATO DE LACERDA PAIVA
de amostragem. Linha interpretativa antagônica, defendida por igual Ministro Vice-Presidente do TST
número de Ministros, rejeita a possibilidade de que a Administração
Pública venha a responder por verbas trabalhistas de terceiros a Processo Nº AIRR-1001824-67.2016.5.02.0605
partir de qualquer tipo de presunção, somente admitindo que isso Complemento Processo Eletrônico
ocorra caso a condenação esteja inequivocamente lastreada em Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
elementos concretos de prova da falha na fiscalização do contrato. Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
O meu convencimento se associa à última corrente, somando-se
Procurador Dr. Luísa Baran de Mello Alvarenga
àqueles que concluem pelo provimento do recurso da União. (RE
Agravado MARIA DE FÁTIMA FELIPE
760931, fl. 320 do acórdão) AZEVEDO
(...) Advogado Dr. Fábio Gomes de Paula(OAB:
Ao firmarem a tese de repercussão geral, não entraram em detalhes 329066/SP)
sobre exceções que possibilitariam a responsabilização da Advogado Dr. Alex Rodrigo Martins Quirino(OAB:
360806/SP)
Administração Pública (especialmente a demonstração de culpa).
Agravado LARMED SERVIÇOS DE
A tese foi assim fixada: "O inadimplemento dos encargos ENFERMAGEM LTDA.
trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Intimado(s)/Citado(s):
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos - FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93" (destaque acrescido). - LARMED SERVIÇOS DE ENFERMAGEM LTDA.
O quórum referido aplicou-se apenas ao julgamento do caso - MARIA DE FÁTIMA FELIPE AZEVEDO
concreto, em que foi provido o Recurso Extraordinário da União, por
ordinárias da prestadora de serviços, sobre as quais deveria incidir prestadora contratada deixasse de pagar regularmente à sua
fiscalização pela tomadora. empregada as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Por
Dessa forma, verifica-se que houve falha na escolha e na conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar
fiscalização da prestadora de serviços, incidindo, portanto, culpa in a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos dos arts.
eligendo e in vigilando, por parte do 2º réu. 186 e 927 do Código Civil.
E, como o trabalho executado pelo Reclamante poderia ser Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste
desenvolvido pelo seu quadro permanente de funcionários, não se Tribunal Superior, em revisão de sua jurisprudência, por meio da
justifica a aplicação do art.71 da Lei 8.666/93, que se destina à Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT de 27/5/2011), alterou a
contratação de serviço consistente de trabalhos técnicos redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº 331, com a
profissionais, conforme o também citado inc. II, do art. 5º da lei seguinte redação:
8.666/93. "CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE
Por fim, as demais matérias do recurso se fundamentam nessa (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) -
mesma questão de direito, razão pela qual seguem a mesma sorte. Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011.
Por tudo isso, mantenho incólume a sentença recorrida. [?]
Nego provimento." (fls. 465/466) IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do
(...) empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos
Ao exame. serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da
Inicialmente, registre-se que a indicação de violação de legislação relação processual e conste também do título executivo judicial.
Municipal e de contrariedade à Súmula de Tribunal Regional não V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta
impulsiona o conhecimento do recurso de revista, nos termos do art. respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV,
896 da CLT. caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das
Quanto à alegação de que cabia à parte reclamante comprovar a obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na
conduta culposa do ente público, não é o que se verifica. Isso fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
porque o ônus da prova recai sobre o tomador dos serviços, o qual, prestadora de serviço como empregadora. A aludida
como visto, tem obrigação legal de fiscalizar a execução do contrato responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
(arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, incumbia ao ente obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
público provar a existência de fiscalização efetiva, bem como contratada."
desconstituir a pretensão da parte reclamante, nos termos do art. Registre-se que esse entendimento não implica violação do art. 71,
818 da CLT, 373, I, do CPC. § 1º, da Lei nº 8.666/93. A interpretação sistemática desse
Verifica-se que a responsabilidade subsidiária do ente público, dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº
tomador de serviços, teve por fundamento, principalmente, a 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele
responsabilidade civil subjetiva, prevista nos arts. 186 e 927 do inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações
Código Civil. Eis o que preceituam os citados dispositivos legais: trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por
ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público,
"Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência tomador, não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que contrato pelo prestador.
exclusivamente moral, comete ato ilícito." Saliente-se, por oportuno, que não há falar em violação do art. 97
"Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano da Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº
a outrem, fica obrigado a repará-lo." 10 do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à
Dos dispositivos transcritos, extrai-se que a verificação de culpa do decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento
agente é um dos requisitos essenciais à atribuição de da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão
responsabilidade civil subjetiva. Com efeito, uma das modalidades realizada no dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº
de culpa hábil a justificar a responsabilização é a chamada culpa in 8.666/93 compatível com a ordem constitucional vigente,
vigilando, que ocorre quando o agente se omite quanto ao dever de notadamente com o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988.
vigiar e fiscalizar a ação de terceiros. Especificamente no tocante à Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do
terceirização de serviços pelos entes da Administração Pública, os citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo-
arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 assim preceituam: se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação
"Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que
prerrogativa de: possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente
[...] público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando.
III - fiscalizar-lhes a execução." Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da
"Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e referida ADC (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu que
fiscalizada por um representante da Administração especialmente "a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição." encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual
Dos citados dispositivos legais emerge expressamente a obrigação omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as
dos entes da Administração Pública de acompanhar e fiscalizar a obrigações do contratado, não viesse a gerar essa
execução dos contratos administrativos de prestação de serviços. responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE de 9/9/2011).
No presente caso, todavia, é possível extrair do acórdão regional Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em
que o ente público, tomador dos serviços, não cumpriu consonância com a jurisprudência pacificada desta Corte Superior,
adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa descabe cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição,
visto que já foi atingido o fim precípuo do recurso de revista, ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. Mantém-se a
incidindo, assim, o óbice previsto na Súmula n° 333 do TST e no art. decisão agravada, pois não demonstrado o desacerto do decisum
896, § 7º, da CLT. pelo qual foi negado provimento ao Agravo de Instrumento, com
Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. fundamento na Súmula n.º 331, V, do TST. No caso, o Regional,
analisando os elementos fáticos apresentados nos autos, concluiu
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da que a responsabilidade atribuída à Administração Pública foi
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo pautada na culpa (ausência de fiscalização), premissa fática
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja insuscetível de revisão nos exatos termos da Súmula n.º 126 do
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). TST. Logo, não há como admitir o trânsito do Recurso de Revista.
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Agravo conhecido e não provido.
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos (...)
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere O Regional, analisando os elementos fáticos apresentados nos
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade autos, concluiu que a responsabilidade atribuída à Administração
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Pública foi pautada na culpa (ausência de fiscalização), premissa
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". fática insuscetível de revisão nesta fase recursal, nos termos da
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Súmula n.º 126 do TST.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada Ademais, verifica-se que a responsabilidade subsidiária do Poder
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos Público não decorreu de mero inadimplemento das obrigações
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes trabalhistas assumidas pela empresa prestadora de serviços, mas
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do na omissão da fiscalização do cumprimento das referidas
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de obrigações. Logo, a culpa in vigilando da Administração Pública, na
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. hipótese, ficou caracterizada pela não fiscalização da prestadora de
Intime-se. serviços.
Publique-se. Nesse contexto, a decisão regional está em consonância com o
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. entendimento do STF no julgamento da ADC n.º 16 e com o
estabelecido no item V da Súmula n.º 331 desta Corte Superior,
visto que "os entes integrantes da Administração Pública direta e
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do
RENATO DE LACERDA PAIVA item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento
Ministro Vice-Presidente do TST das obrigações trabalhistas da Lei n.º 8.666/93, especialmente na
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
Processo Nº Ag-AIRR-0001192-83.2015.5.05.0193 prestadora de serviço como empregadora. A aludida
Complemento Processo Eletrônico responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente
Agravante ESTADO DA BAHIA contratada".
Procurador Dr. Gustavo Lanat Filho (...)
Agravado ANDREIA DA PAIXAO SENA ACORDAM os Ministros da Primeira Turma do Tribunal Superior do
Advogada Dra. Nayane do Nascimento Trabalho, à unanimidade, conhecer do Agravo Interno e, no mérito,
Pereira(OAB: 41374/BA)
negar-lhe provimento.
Agravado DELTA LOCAÇÃO DE SERVIÇOS E
EMPREENDIMENTOS LTDA. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Advogado Dr. Washington Luiz Dias Pimentel Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Júnior(OAB: 32788/BA) inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Intimado(s)/Citado(s): Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
- ANDREIA DA PAIXAO SENA mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
- DELTA LOCAÇÃO DE SERVIÇOS E EMPREENDIMENTOS encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
LTDA. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
- ESTADO DA BAHIA pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
agravo de instrumento em recurso de revista em todos os seus pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
temas e desdobramentos. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
violação aos dispositivos da Constituição da República que CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
especifica nas razões recursais. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
É o relatório. Intime-se.
Decido. Publique-se.
Consta do acórdão recorrido: Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
AGRAVO INTERNO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO
DE REVISTA. INTERPOSIÇÃO NA VIGÊNCIA DA LEI N.º
13.015/2014. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Pleno do STF em 26/03/2017, com fixação da tese de mérito, e que, - SEI CONSULTORIA DE PROJETOS LTDA.
em 01/08/2019, foram rejeitados os embargos de declaração
interpostos (conforme certidão de julgamento disponibilizada no sítio Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
eletrônico do Supremo Tribunal Federal), passo ao exame de Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
admissibilidade do recurso sobrestado. agravo de instrumento da recorrente.
É o relatório. A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Decido. violação aos dispositivos da Constituição da República que
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da especifica nas razões recursais.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo É o relatório.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Decido.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). Consta da ementa do acórdão recorrido:
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos REVISTA. PETROBRÁS. PROCEDIMENTO LICITATÓRIO
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere SIMPLIFICADO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADOR
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade DOS SERVIÇOS. ADC/16. AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO. CULPA
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos IN VIGILANDO CONFIGURADA. Ao exame do caso concreto,
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". constata-se ser possível, em harmonia com a Súmula 331, V/TST,
Considerando-se a interposição de embargos declaratórios imputar a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços face
pendentes de julgamento, e cujo resultado do julgamento poderia à ausência de prova da fiscalização do cumprimento das obrigações
influenciar diretamente na abrangência da tese fixada, determinou- contratuais e legais por parte da empresa contratada,
se o sobrestamento do recurso extraordinário até o trânsito em caracterizadora da culpa in vigilando. Assim, impõe-se confirmar a
julgado do tema de repercussão geral em comento, já que eventual decisão agravada, mediante a qual denegado seguimento ao
acolhimento dos aclaratórios poderia ser objeto de novo recurso da parte, uma vez que as razões expendidas pela
questionamento. agravante não logram demonstrar o apontado equívoco em relação
Contudo, a rejeição dos embargos declaratórios, na sessão Plenária a tal conclusão.
de 01/08/19, fez com que tal fundamento à manutenção do Agravo conhecido e não provido.
sobrestamento não mais subsistisse, uma vez mantida a tese O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
anteriormente fixada em seu inteiro teor. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o dessobrestamento dos Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
autos e o seu encaminhamento ao órgão fracionário prolator da mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
decisão recorrida nestes autos, a fim de que se manifeste, nos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
termos do art. 1.030, II, do CPC, sobre a necessidade ou não de automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
exercer eventual juízo de retratação da decisão então proferida por pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
aquele Colegiado. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Publique-se. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Brasília, 17 de fevereiro de 2020. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
RENATO DE LACERDA PAIVA CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Ministro Vice-Presidente do TST retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Publique-se.
Processo Nº Ag-AIRR-0101735-74.2016.5.01.0483 Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann
Agravante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
PETROBRAS RENATO DE LACERDA PAIVA
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB: Ministro Vice-Presidente do TST
16538/GO)
Agravado ANDRÉ DE OLIVEIRA LEITÃO
Advogado Dr. Camila de Castro Barbosa Bissoli Processo Nº ED-RR-0038900-61.2011.5.17.0004
do Bem(OAB: 169667/RJ) Complemento Processo Eletrônico
Agravado SEI CONSULTORIA DE PROJETOS Relator Min. Cláudio Mascarenhas Brandão
LTDA. Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
Advogado Dr. Lucas de Almeida Moura(OAB: PETROBRAS
136919-A/MG) Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
Advogado Dr. Marcos Bittencourt Rangel(OAB: 2124-A/DF)
138575-A/RJ) Embargado CONSTRUTORA NORBERTO
ODEBRECHT S.A.
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Rodrigo Carneiro Leão de
Moura(OAB: 15139/PE)
- ANDRÉ DE OLIVEIRA LEITÃO
Embargado WESLEN CARVALHO DA SILVA
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
Advogada Dra. Luciene de Oliveira(OAB: verificadas, tarefa a qual, todavia, não foi detidamente cumprida
6081/ES)
pela recorrente.
Intimado(s)/Citado(s): Por fim, quanto à alegação da reclamada de ser dona da obra, é
certo que, ante as peculiaridades da contratação entre as rés, a
- CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S.A.
segunda se assemelha à dona de obra. Contudo, este raciocínio
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
não a absolve, ainda se assim fosse considerada.
- WESLEN CARVALHO DA SILVA
A melhor doutrina tem excluído a incolumidade do dono da obra
porque a este também incumbe averiguar a idoneidade de quem
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
contrata. Seria condenado, portanto, por culpa in eligendo e in
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento parcial ao
vigilando, sendo que a culpa neste caso é presumida porque dispõe
recurso de revista.
de todos os meios de verificar o adimplemento de haveres
A recorrente suscita preliminar de repercussão geral da matéria e
trabalhistas.
aponta violação aos dispositivos da Constituição da República que
Com efeito, não tendo a 2ª reclamada logrado êxito em colacionar
especifica nas razões recursais.
provas do estrito cumprimento do seu dever de vigilância, impende-
Examino.
se sua responsabilização, para que não reste frustrado o princípio
Consta do acórdão recorrido, na fração de interesse:
protetivo que informa o Direito do Trabalho.
[...]
Registra-se que, de acordo com o novel item VI da Súmula nº 331
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA SEGUNDA RÉ
do TST, incluído pela Resolução nº. 175/2011, a responsabilidade
"PETROBRAS - PETRÓLEO BRASILEIRO S/A"
do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da
Presentes os pressupostos extrínsecos de admissibilidade, passo
condenação referentes ao período da prestação laboral, não
ao exame do apelo.
fazendo qualquer ressalva quanto à natureza das verbas (parcelas
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - RESPONSABILIDADE
rescisórias, multas e etc.).
SUBSIDIÁRIA - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS -
No caso, entretanto, a responsabilidade do tomador não derivou de
LICITAÇÃO - DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL
terceirização irregular, razão pela qual a responsabilidade é apenas
FEDERAL NO RE 760.931 - REPERCUSSÃO GERAL - SÚMULA
subsidiária, ou seja, executa-se a recorrente somente se frustrada a
Nº 331, IV E V, DO TST - RATIO DECIDENDI
execução em face da primeira reclamada.
ABRANGÊNCIA DA CONDENAÇÃO - CARACTERIZAÇÃO DA
Portanto, nego provimento." (destaquei - fls. 643/644) Inicialmente,
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ENTE PÚBLICO - INDENIZAÇÃO
registre-se que o quadro fático registrado pelo Tribunal Regional
POR DANOS MORAIS
não permite concluir pela existência de contrato de empreitada, a
CONHECIMENTO
ensejar o reconhecimento da recorrente como dona da obra.
O ente público sustenta a inexistência de responsabilidade pelos
De outra parte, no que tange à responsabilidade subsidiária das
créditos trabalhistas da parte reclamante, empregado de empresa
verbas trabalhistas deferidas nesta ação, é cediço que a
prestadora de serviços contratada por meio de regular licitação.
jurisprudência desta Corte Superior sempre se inclinou a
Aponta violação do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93. Transcreve
reconhecer que a contratação de prestadora de serviços, por meio
arestos para o confronto de teses. Indica contrariedade à Súmula nº
de licitação, não era suficiente para elidir a responsabilidade
331 do TST e à Orientação Jurisprudencial nº 191 da SBDI-1 do
subsidiária do ente público, quanto aos débitos trabalhistas da
TST.
empresa contratada, à luz das normas aplicáveis, inclusive da Lei nº
Eis a decisão recorrida:
8.666/93, cuja constitucionalidade e incidência foram reconhecidas
"[...] Imprescindível, assim, averiguar no caso concreto se ocorreu
em inúmeras decisões.
falha na fiscalização do contrato realizado com o prestador de
Instado a se manifestar sobre a questão, o Supremo Tribunal
serviços ensejadora da responsabilização subsidiária da Petrobrás.
Federal, no julgamento da ADC nº 16/DF, declarou a
No caso em exame, é incontroverso que o reclamante exercia suas
constitucionalidade do artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, mas
atividades laborais nas dependências da própria 2ª reclamada, de
admitiu a possibilidade de se atribuir responsabilidade trabalhista
maneira que não haveria dificuldade desta no sentido de fiscalizar a
subsidiária ao ente público, nas hipóteses em que tenha agido com
conduta da 1ª reclamada no cumprimento de suas obrigações
culpa in vigilando, por não fiscalizar o cumprimento das obrigações
trabalhistas, inclusive no que diz respeito à correta anotação das
trabalhistas da empresa prestadora.
carteiras de trabalho, bem como quanto ao integral pagamento dos
Alterada a Súmula nº 331 deste Tribunal, para inclusão do item V,
gastos hauridos com o deslocamento. No entanto, não foi o que
novamente a discussão foi levada à Corte Suprema que,
ocorreu.
reconhecendo a repercussão geral do tema, proferiu decisão no RE
Nestes termos, a 2ª ré não cumpriu com seu dever legal de
760.931 e firmou a seguinte tese jurídica:
vigilância, registrada sua omissão culposa, ante a inadimplência da
"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
contratada no pagamento de diversos haveres de direito do
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público
reclamante, em ofensa ao princípio constitucional que protege o
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em
trabalho como direito social indisponível, a determinar a sua
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº
responsabilidade subsidiária, em face da culpa in vigilando.
8.666/93". (destaquei)
Ressalta-se que a 2ª ré sequer apresentou documentos relativos à
Como salientei em decisões anteriores, a tese fixada, por si só, não
licitação que resultou na contratação da 1ª ré, não sendo possível
evidenciava mudança na posição até então definida, uma vez que a
também afastar a existência de culpa in eligendo.
jurisprudência aqui sedimentada já rechaçava, claramente, a
Vale lembrar que o art. 67 da Lei n.º 8.666-93 impõe à
responsabilização objetiva do ente público ou a transferência
Administração-contratante o dever (note que não se trata de mero
automática da responsabilidade pelos débitos trabalhistas da
poder) de acompanhar e fiscalizar a execução do contrato,
prestadora.
determinando o que for necessário à regularização das faltas
Por esse motivo, no lapso compreendido entre a divulgação da tese
(26/04/2017) e a publicação do inteiro teor do acórdão (12/09/2017), fim de melhor orientar o enquadramento dos fatos e a própria
mantive a aplicação do verbete consolidado nesta Corte, conduta do administrador.
ressaltando que, quando o quadro fático registrado pelo Tribunal Especificamente sobre os limites da fiscalização, merece destaque
Regional revelava a culpa in vigilando do ente público, não se a crítica feita pelo Exmo. Ministro Edson Fachin, no sentido de que
verificava desrespeito à tese de repercussão geral. as portarias editadas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e
Publicado o acórdão, outra solução se impõe, uma vez que é Gestão, a respeito do tema, são excessivamente detalhadas e, por
possível perquirir, nos fundamentos da decisão, subsídios que isso, praticamente inexequíveis, diante do volume de empresas
permitem extrair a verdadeira extensão da tese fixada - a ratio contratadas pela Administração Pública:
decidendi do julgado. [...]
Com efeito, no sistema de precedentes de força vinculante, o A divergência foi inaugurada pelo Exmo. Ministro Luiz Fux, ao
trabalho do julgador não se limita a reproduzir a decisão, como se defender que a Lei nº 9.032/95, quando previu a possibilidade de
estivesse exercendo atividade meramente burocrática. A tarefa é responsabilizar o ente público, solidariamente, pelos débitos
mais profunda. É preciso extrair, com precisão, a essência do previdenciários da empresa contratada, e nada mencionou acerca
precedente, além de analisar, caso a caso, se a situação concreta a das dívidas trabalhistas, foi mensageira do que se costuma chamar
ele se amolda ou se há distinção que justifique outra solução a ser de "silêncio eloquente", ou, em outras palavras, sustentou que só
adotada. caberia a responsabilização nos estreitos limites expressos na lei,
[...] nada além disso.
Quanto ao tema em discussão, a tese fixada não é suficiente para Foi seguido, em seu voto, pelos Exmos. Ministros Dias Toffoli,
externar, com precisão, a decisão da Corte Suprema, já que Marco Aurélio e Gilmar Mendes. A propósito, permito-me tecer
enuncia, de forma genérica, a impossibilidade de condenação breves considerações, diante de algumas observações feitas quanto
automática do ente público e, como já dito, não é esse o conteúdo à realidade dos julgados trabalhistas.
da Súmula nº 331, V, do TST, que norteava a jurisdição trabalhista. Ainda que haja decisões no âmbito desta Justiça Especializada,
A ementa da decisão também não basta para a correta que, de forma equivocada, tenham, em alguns casos, atribuído
compreensão do precedente, uma vez que, além de enunciar condenação indevida à Administração Pública, é certo que são
premissas alheias aos debates travados ao longo das sessões de passíveis de reforma, pelos meios cabíveis, dentro dos preceitos
julgamento, e que nem sequer foram objeto de discussão nos autos, inerentes ao devido processo legal.
apenas repetiu a tese genérica já mencionada. Mas, com o devido respeito, distante se encontra esse fato da
[...] afirmação de que a Justiça do Trabalho "passou a bater carimbo, a
A leitura do inteiro teor do acórdão revela que não se debateu a assentar, de forma linear, pouco importando a comprovação, ou
respeito da extensão, possibilidade, vantagens e desvantagens da não, a culpa da Administração Pública, ante a ausência de vigilância
terceirização, razão pela qual as assertivas postas na ementa, na satisfação de direitos trabalhistas".
sobre tal assunto, não têm aplicação, por absoluta dissociação com A posição consolidada na Súmula nº 331, V, do TST, que orientou,
o julgamento e com a matéria afetada. Pertinente, no particular, a apenas de forma persuasiva, como, aliás, é a característica dos
observação feita, desde o início, pela eminente Ministra Rosa verbetes anteriores ao atual sistema de precedentes, foi fruto de
Weber, ao definir que o objeto do debate se restringiria ao Tema nº amplos debates nesta Corte, a partir da experiência reiterada em
246 de Repercussão Geral - Responsabilidade subsidiária da dezenas de milhares de processos trazidos à apreciação de seus
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo membros.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço - ressaltando Em regra, nessas ações, os trabalhadores reivindicavam direitos
que não se confundia com o objeto da ADPF 324/DF, do ARE nº básicos descumpridos pela contratante, sob as vistas do tomador
713.211 (substituído pelo RE 958.252) e do ARE 791.932/DF: que, por lei, tem o dever de fiscalização. Em sua grande maioria,
"Os referidos recursos e a ação de descumprimento de preceito postulam as verbas rescisórias previstas na CLT, que, inclusive,
fundamental versam, em linhas gerais, sobre a possibilidade, ou estabelece prazo exíguo para seu pagamento, a partir da ruptura do
não, de terceirização de qualquer atividade da empresa, inclusive contrato, considerando a natureza alimentar das parcelas e a
daquela denominada atividade-fim, bem como sobre os parâmetros provável situação de desemprego do trabalhador que, apesar de ter
para a identificação do que representa, no âmbito da terceirização, cumprido com a sua obrigação de prestar os serviços, foi
tal atividade, o que não guarda relação com o objeto do presente dispensado sem nada receber.
feito, em que se busca definir se "a Administração Pública responde Por esses mesmos fundamentos, parece-me de igual modo
subsidiariamente pelos encargos trabalhistas gerados pelo equivocada, com a devida vênia, a afirmação feita de que "não tem
inadimplemento de empresa prestadora de serviço"." (destaquei) um caso em que não se reconhece a responsabilidade do Estado,
Feito esse primeiro esclarecimento, S. Exa., em brilhante voto, portanto, a rigor, estão fazendo, de nossa decisão, algo lítero-
demonstrou que, não obstante ser vedada a transferência poético-recreativo - por isso, esse amontoado de reclamações"
automática da responsabilidade trabalhista da empresa contratada (destaquei).
ao ente público contratante, consoante dicção expressa do artigo Sempre houve, neste ramo da Justiça, como também em todos os
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, caberia a imputação de outros, grande respeito, além da devida obediência às decisões
responsabilidade subsidiária à Administração Pública, se ficasse emanadas da Corte Suprema, a quem incumbe dar a última palavra
comprovada a culpa desta, em relação aos deveres legais de sobre as matérias constitucionais. Todavia, não se pode imaginar,
acompanhamento e fiscalização do contrato de prestação de numa sociedade tão complexa e num Estado Democrático de
serviços. Direito, a possibilidade de que um julgado, mesmo com efeito
A princípio, convergiram os Exmos. Ministros Edson Fachin, Ricardo vinculante e erga omnes, como aquele oriundo de ação declaratória
Lewandowski e Celso de Mello. Igualmente seguiu o Exmo. Ministro de constitucionalidade, seja capaz de se subsumir automaticamente
Roberto Barroso, que sugeriu abordagem mais minuciosa a respeito a quaisquer fatos, sem nenhum espaço para o cotejo sistemático
do que se consideraria "fiscalização adequada" pelo ente público, a com outras normas e princípios do ordenamento jurídico.
Nesse contexto, quando o Supremo Tribunal Federal definiu, no pela eminente Relatora e outros cinco no sentido da divergência.
julgamento da ADC nº 16, a constitucionalidade do artigo 71, § 1º da Na última sessão de julgamento, realizada em 30/03/2017, o Exmo.
Lei nº 8.666/93, não significou a vedação absoluta ao Ministro Alexandre de Moraes, recém empossado na Corte, ao
reconhecimento da responsabilidade subsidiária do ente público. traçar o histórico do processo, ressaltou o que chamou de
Aliás, a ementa do julgado foi expressa ao consignar que a vedação "desencontro hermenêutico" surgido com a ADC nº 16, sob a
dizia respeito à transferência automática da responsabilidade, o que perspectiva da "extensão do dever de fiscalização contratual
não alcança e não se confunde com a condenação fundamentada imputável ao Estado (tomador de serviços)" e sobre "como a desídia
na culpa in vigilando. no cumprimento desse dever poderia ser apurada em juízo".
Ademais, uma simples pesquisa na jurisprudência desta Corte Abordou, em postura crítica, as "plataformas da culpa presumida e
permite constatar a existência de inúmeras decisões isentando o da culpa in vigilando" e resumiu:
ente público de qualquer responsabilidade trabalhista, a partir da "Os densos votos até aqui proferidos, embora com algumas
tese consagrada na mencionada ação direta de constitucionalidade. variações de fundamentação, buscaram solucionar o dissídio pelo
Para encerrar esse aparte, entendo pertinente mais um acréscimo de duas coordenadas de decisão, ambas excludentes
esclarecimento, acerca do dever de fiscalizar atribuído ao Estado, entre si. A primeira, balizada pelo exauriente voto da Ministra ROSA
no sentido de que este não teria condições de analisar "se houve WEBER, com os complementos do Ministro ROBERTO BARROSO,
justa causa ou se não houve justa causa, se a multa é devida ou se postula que o ônus de comprovar a fiscalização dos contratos recaia
a multa não é devida". sobre a Administração Pública, podendo o seu cumprimento
Ora, nunca se exigiu do ente público tal minúcia na fiscalização. A adequado ser demonstrado inclusive por aplicação de metodologias
definição da modalidade de rescisão contratual, quando há dúvida de amostragem. Linha interpretativa antagônica, defendida por igual
(o que, aliás, é raro, já que em quase a totalidade das ações número de Ministros, rejeita a possibilidade de que a Administração
trabalhistas é incontroversa a dispensa sem justa causa), sempre Pública venha a responder por verbas trabalhistas de terceiros a
coube ao Judiciário. O acompanhamento que se esperava da partir de qualquer tipo de presunção, somente admitindo que isso
Administração Pública, com base na própria Lei de Licitações, é o ocorra caso a condenação esteja inequivocamente lastreada em
do cumprimento das obrigações trabalhistas rotineiras, como elementos concretos de prova da falha na fiscalização do contrato."
pagamento dos salários, recolhimentos previdenciários e de FGTS, E, considerando esse panorama, afirmou:
além da quitação das verbas rescisórias descritas no TRCT, o que "O meu convencimento se associa à última corrente".
poderia ser feito mediante a exigência de apresentação, e Ou seja, ao desempatar o julgamento, disse, claramente, que a
conferência regular, dos documentos obrigatórios relacionados a razão estaria com a corrente que propôs restringir a
essas parcelas, ainda que por amostragem. responsabilidade do ente público em que houvesse prova
Feitos tais esclarecimentos, retomo o exame do precedente. inequívoca e concreta do descumprimento do dever de fiscalizar.
Na sessão de 15/02/2017, a Exma. Ministra Carmem Lúcia, então Na sequência do raciocínio, complementou:
Presidente da Corte, proferiu voto alinhado à divergência e "No tocante às verbas trabalhistas devidas por terceiros, o art. 71, §
destacou: 1º, da Lei 8.666/93 é mais do que claro ao exonerar o Poder Público
"13. A alegada ausência de comprovação, em juízo, pela União, da da responsabilidade por pagamentos em caso de inadimplência, e o
efetiva fiscalização do contrato administrativo não substitui a silêncio da Lei 9.032/95 sobre isso apenas confirmou a mensagem
necessidade de "prova taxativa no nexo de causalidade entre a legal que já existia anteriormente.
conduta da Administração e o dano sofrido pelo trabalhador". Foi o (...)
que afirmei no julgamento da Reclamação 15342: A meu ver, portanto, a consolidação da responsabilidade do Estado
"para se afirmar a responsabilidade subsidiária da Administração por débitos trabalhistas de terceiros, alavancada pela premissa da
Pública por aqueles encargos, é imprescindível a prova taxativa do inversão do ônus da prova em favor do trabalhador, representa
nexo de causalidade entre a conduta da Administração e o dano claro risco de desestímulo à colaboração da iniciativa privada com a
sofrido pelo trabalhador, a dizer, que se tenha comprovado Administração Pública, estratégia essencial para que o Estado
peremptoriamente no processo tal circunstância. Sem a produção brasileiro consiga se modernizar.
dessa prova subsiste o ato administrativo e a Administração Pública (...)
exime-se da responsabilidade por obrigações trabalhistas em Não me parece que seja automaticamente dedutível, da conclusão
relação àqueles que não compõem os seus quadros." deste julgamento, um dever estatal de fiscalização do pagamento
Enfatizei que, "no julgamento da Ação Declaratória de de toda e qualquer parcela, rubrica por rubrica, verba por verba,
Constitucionalidade n. 16/DF, a imputação de responsabilidade devida aos trabalhadores. O que pode induzir à responsabilização
subsidiária à Administração Pública desacompanhada da do Poder Público é a comprovação de um comportamento
demonstração efetiva e suficiente da irregularidade de seu sistematicamente negligente em relação aos terceirizados; ou seja,
comportamento, comissivo ou omissivo, quanto à fiscalização do a necessidade de prova do nexo de causalidade entre a conduta
contrato de prestação de serviços, é "rigorosamente, comissiva ou omissiva do Poder Público e o dano sofrido pelo
fragorosamente e exemplarmente contrário à Constituição, porque o trabalhador. Se não houver essa fixação expressa, clara e taxativa
artigo 37, § 6º, trata de responsabilidade objetiva patrimonial ou por esta Corte, estaremos possibilitando, novamente, outras
extracontratual. Aqui é responsabilidade contratual"" (DJ 9.9.2011). interpretações que acabem por afastar o entendimento definitivo
14. Anoto, como o fiz na divergência inaugurada pelo Ministro Luiz sobre a responsabilização da Administração Pública nas
Fux, a previsão da Lei n. 9.032/1995 que, alterando o § 2º do art. 71 terceirizações, com a possibilidade de novas condenações do
da Lei n. 8.666/93, restringiu a solidariedade entre a Administração Estado por mero inadimplemento e, consequentemente a
Pública e o contratado, tão somente aos "encargos previdenciários manutenção do desrespeito à decisão desta Corte na ADC 16."
resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei nº (destaquei)
8.212, de 24 de julho de 1991"". (destaquei) Voltando-se, então, para o caso concreto analisado naquela
Somaram-se, portanto, cinco votos a favor da proposta apresentada oportunidade, concluiu:
"O caso concreto não tem elementos suficientes para permitir a alegava, em suma, que o acórdão recorrido, ao condenar
caracterização dessa responsabilidade. Não houve a comprovação subsidiariamente o ente público, com base no art. 37, § 6º, da
real de um comportamento sistematicamente negligente em relação Constituição Federal (CF), teria desobedecido ao conteúdo da
aos terceirizados; não há prova do nexo de causalidade entre a decisão proferida no julgamento da ADC 16/DF (DJE de 9.9.2011)
conduta comissiva ou omissiva do Poder Público e o dano sofrido e, consequentemente, ao disposto no art. 102, § 2º, da CF. Afirmava
pelo trabalhadora. que o acórdão recorrido teria declarado a inconstitucionalidade do
Voto, portanto, pedindo vênias a eminente Relatora, com a art. 71, § 1º, da Lei 8.666/1993, embora a norma tenha sido
divergência inaugurada pelo Min. LUIZ FUX, conheço parcialmente declarada constitucional no julgamento da ADC 16/DF. Sustentava
do recurso extraordinário da União e voto pelo seu provimento." violação dos arts. 5º, II, e 37, "caput", da CF, por ter o TST inserido
Encerrado o julgamento, pelos fundamentos acima expostos, no item IV do Enunciado 331 da sua Súmula obrigação frontalmente
passou-se à discussão da tese de repercussão geral que seria contrária ao previsto no art. 71, § 1º, da Lei de Licitações. Defendia,
fixada. por fim, que a culpa "in vigilando" deveria ser provada pela parte
Após alguns debates, houve opção expressa por não vedar interessada, e não ser presumida - v. Informativos 852, 853, 854 e
totalmente a possibilidade de responsabilização do ente público, 859. Prevaleceu o voto do ministro Luiz Fux, que foi acompanhado
mas apenas restringi-la aos casos em que se constatasse, como já pelos ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Cármen
demonstrado anteriormente, prova concreta e inequívoca da Lúcia (Presidente) e Alexandre de Moraes. A Corte entendeu que
ausência sistemática de fiscalização. Para tanto, recorreu-se, uma interpretação conforme do art. 71 da Lei 8.666/1993, com o
novamente, ao conceito indeterminado de transferência reconhecimento da responsabilidade subsidiária da Administração
"automática" da reponsabilidade, a reforçar a necessidade de se Pública, infirma a decisão tomada no julgamento da ADC 16/DF
extrair dos fundamentos da decisão, sua real extensão. (DJE de 9.9.2011), nulificando, por conseguinte, a coisa julgada
Finalmente, o Exmo. Ministro Roberto Barroso propôs fixar, apenas formada sobre a declaração de constitucionalidade do dispositivo
como obiter dictum, que a fiscalização por amostragem já atenderia legal. Observou que, com o advento da Lei 9.032/1995, o legislador
à exigência legal: buscou excluir a responsabilidade subsidiária da Administração,
"Portanto, eu diria, pelo menos em obiter dictum, que a fiscalização exatamente para evitar o descumprimento do disposto no art. 71 da
adequada por amostragem satisfaz o dever de fiscalização e eu Lei 8.666/1993, declarado constitucional pela Corte. Anotou que a
diria que a inércia diante de inequívoca denúncia de violação de imputação da culpa "in vigilando" ou "in elegendo" à Administração
deveres trabalhistas gera responsabilidade. Diria isso como obiter Pública, por suposta deficiência na fiscalização da fiel observância
dictum, para que nós sinalizemos para a Justiça do Trabalho o que das normas trabalhistas pela empresa contratada, somente pode
nós achamos que é comportamento inadequado." acontecer nos casos em que se tenha a efetiva comprovação da
Não houve votação, quanto a essa proposta específica. ausência de fiscalização. Nesse ponto, asseverou que a alegada
Por todo o exposto, depreende-se que a ratio decidendi da decisão ausência de comprovação em juízo da efetiva fiscalização do
proferida pelo STF no julgamento do RE 760.931 é: a condenação contrato não substitui a necessidade de prova taxativa do nexo de
subsidiária do ente público tomador de serviços, em relação às causalidade entre a conduta da Administração e o dano sofrido. Ao
empresas contratadas por meio de licitação, depende de prova final, pontuou que a Lei 9.032/1995 (art. 4º), que alterou o disposto
robusta e inequívoca da ausência sistemática de fiscalização, no § 2º do art. 71 da Lei 8.666/1993, restringiu a solidariedade entre
quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas pela contratante e contratado apenas quanto aos encargos
prestadora, ônus que incumbe ao empregado. previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do
No caso, considerando que o quadro fático delineado na decisão art. 31 da Lei 8.212/1991. Vencida a ministra Rosa Weber (relatora),
regional não evidencia essa prova, deve ser excluída a acompanhada pelos ministros Edson Fachin, Roberto Barroso,
responsabilidade trabalhista subsidiária. Ricardo Lewandowski e Celso de Mello, que negavam provimento
Acrescento, por oportuno, trecho do Informativo nº 862 do Supremo ao recurso. Concluíam: a) pela impossibilidade de transferência
Tribunal Federal, de abril de 2017, que esclarece a questão do ônus automática para a Administração Pública da responsabilidade
da prova e confirma pertencer ao empregado, a partir de decisão do subsidiária pelo descumprimento das obrigações trabalhistas pela
Plenário da Corte: empresa terceirizada; b) pela viabilidade de responsabilização do
"O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do ente público, em caso de culpa comprovada em fiscalizar o
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público cumprimento dessas obrigações; e c) pela competência da
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em Administração Pública em comprovar ter fiscalizado
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei adequadamente o cumprimento das obrigações trabalhistas pelo
8.666/1993. Com esse entendimento, o Plenário, em conclusão de contratado. RE 760931/DF, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o ac.
julgamento e por maioria, conheceu em parte e, na parte conhecida, Min. Luiz Fux, julgamento em 26.4.2017. (RE-760931)
deu provimento a recurso extraordinário em que discutida a Já em relação à abrangência da condenação subsidiária, embora
responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos não tenha o ente público, em suas razões recursais, mencionado
trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora absolutamente nada a respeito, certo é que houve, no presente
de serviço. Na origem, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) caso, reconhecimento da responsabilidade civil da ora recorrente
manteve a responsabilidade subsidiária de entidade da pelos danos morais sofridos pelo empregado, em razão de
Administração Pública tomadora de serviços terceirizados pelo tratamento desrespeitoso do encarregado da empresa tomadora
pagamento de verbas trabalhistas não adimplidas pela empresa dos serviços -, que ensejou o pagamento de indenização no importe
contratante. Isso ocorreu em razão da existência de culpa "in de R$ 3.000,00.
vigilando" do órgão público, caracterizada pela falta de Diante disso, e, considerando que a ratio decidendi da decisão
acompanhamento e fiscalização da execução de contrato de proferida pelo STF no julgamento do RE 760.931 está atrelada à
prestação de serviços, em conformidade com a nova redação dos ausência de sistemática fiscalização, quanto ao cumprimento das
itens IV e V do Enunciado 331 da Súmula do TST. A recorrente obrigações trabalhistas pela prestadora, com base na própria Lei de
especifica nas razões recursais. de responsabilidade ao ente público pelo mero inadimplemento,
É o relatório. mas não constitui óbice à imposição de responsabilidade subsidiária
Decido. à Administração Pública pelos encargos trabalhistas quando
Consta do acórdão recorrido: demonstrada sua omissão na fiscalização do contrato, restando
[...] configurada a culpa in vigilando, hipótese dos autos. Agravo de
No Agravo, a ECT insurge-se contra a responsabilização subsidiária instrumento conhecido e não provido. (AIRR-687-
que lhe foi imputada. Alega que "se decidiu nos autos contra legem, 79.2011.5.03.0099, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT
quando se imputou responsabilidade à ECT com fundamento 21/2/2014 - destaquei)
alicerçado no enunciado da Súmula nº 331, IV, V e VI, do TST, à RECURSO DE REVISTA - PROCESSO ELETRÔNICO -
margem, portanto, do que preceitua o texto da Lei nº 8.666/93, ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. RESPONSABILIDADE
editada em conformidade com a CRFB" (fl. 353). Aduz que "apesar SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO
de o acórdão vergastado registrar que com base nas premissas DEMONSTRADA. O acórdão recorrido está em consonância com a
fático-probatórias assentadas no acórdão regional, no sentido de Súmula 331, V, do TST, na medida em que o Regional manteve a
que não promovendo o efetivo acompanhamento e fiscalização, o responsabilidade subsidiária do ente da Administração Pública por
ente público estaria a incorrer em culpa in vigilando, não é suficiente ter sido demonstrada, no caso concreto, a culpa decorrente de
para atribuir responsabilidade" (fl. 359). Nada refere acerca do ônus conduta omissiva na fiscalização do cumprimento do contrato
de comprovar a falha na fiscalização do contrato ou da abrangência firmado com o instituto prestador dos serviços. Logo, o
da condenação subsidiária. Invoca os artigos 2º, 5º, II, XXXV e LIV, conhecimento do Recurso de Revista esbarra no óbice da Súmula
22, I e XXVII, 37, caput, II, IX e XXI, 44, 48, 61, 62, 84, XXVI, 97, 333 do TST e do § 4º do art. 896 da CLT. Recurso de Revista não
102, I, "a", § 2º, 103-A, 173, § 1º, III, da Constituição da República; conhecido. (RR-2028-21.2012.5.03.0095, Relator Ministro Márcio
71, § 1º, da Lei nº 8.666/1993 e a ADC nº 16. Eurico Vitral Amaro, DEJT 21/2/2014 - destaquei)
O Eg. TRT decidiu conforme à jurisprudência desta Corte, Estando o acórdão recorrido em harmonia com o item V da Súmula
consubstanciada na Súmula nº 331, item V. nº 331, não há falar nas violações e contrariedades indicadas.
No julgamento da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o E. Incidem a Súmula nº 333 e o art. 896, § 7º, da CLT.
Supremo Tribunal Federal, ao declarar a constitucionalidade do art. Ao negar seguimento a recurso improcedente, a decisão agravada
71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, firmou o entendimento de que a mera foi proferida em observância aos artigos 932, III, IV e VIII, do NCPC
inadimplência do contratado, em relação às parcelas trabalhistas, e 5º, LXXVIII, da Constituição da República.
não autoriza a responsabilização subsidiária do ente da Nego provimento ao Agravo.
Administração Pública, tomadora de serviços. É necessário
evidenciar a conduta culposa na fiscalização das obrigações O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
contratuais e legais da prestadora de serviços. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Com base nesse entendimento, o Eg. TST acrescentou o item V à inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Súmula nº 331, nestes termos: repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
(NOVA REDAÇÃO DO ITEM IV E INSERIDOS OS ITENS V E VI À mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
REDAÇÃO) - RES. 174/2011, DEJT DIVULGADO EM 27, 30 E encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
31.05.2011. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
(...) pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
prestadora de serviço como empregadora. A aludida autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
contratada. Publique-se.
(...) Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Esse entendimento não implica afronta ao art. 97 da Constituição da
República ou à Súmula Vinculante nº 10 do E. STF, nem
desrespeito à decisão proferida na ADC nº 16, pois não se trata de Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº RENATO DE LACERDA PAIVA
8.666/93, mas da definição concreta do alcance das normas nela Ministro Vice-Presidente do TST
inscritas, de acordo com os próprios balizamentos estabelecidos
pela Suprema Corte em controle abstrato de constitucionalidade. Processo Nº Ag-AIRR-0010395-81.2016.5.03.0131
Cito julgados desta C. Turma: Complemento Processo Eletrônico
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. Relator Min. José Roberto Freire Pimenta
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO Agravante MUNICÍPIO DE CONTAGEM
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. A decisão recorrida revela Procuradora Dra. Lúcia Helena Melato Cordoval
sintonia com a Súmula nº 331, V, desta Corte e com a diretriz Agravado DENILSON DE OLIVEIRA MORAIS
perfilhada pelo STF no julgamento da ADC nº 16, tendo em vista Advogado Dr. Jorge Antônio de Oliveira(OAB:
45272/MG)
que o art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 veda apenas a transferência
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº Ag-AIRR-0010559-51.2015.5.01.0482
- DENILSON DE OLIVEIRA MORAIS Complemento Processo Eletrônico
- FUNDAÇÃO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA E DE URGÊNCIA DE Relator Min. Kátia Magalhães Arruda
CONTAGEM
Agravante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
- MUNICÍPIO DE CONTAGEM PETROBRAS
- NASCER & NASCER COMÉRCIO DE MATERIAIS DE Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
SEGURANÇA, SERVIÇOS DE PORTARIA E LIMPEZA LTDA. 16538/GO)
Agravado SELMO DA ROCHA MARTINS NETO
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Advogada Dra. Juliana de Moura Silva(OAB:
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em 145777/RJ)
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos. Agravado MPE- MONTAGENS E PROJETOS
ESPECIAIS S.A.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Advogado Dr. Marco Aurélio de Souza
violação aos dispositivos da Constituição da República que Rodrigues(OAB: 55266/RJ)
especifica nas razões recursais.
É o relatório. Intimado(s)/Citado(s):
Decido. - MPE- MONTAGENS E PROJETOS ESPECIAIS S.A.
Consta do acórdão recorrido: - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE - SELMO DA ROCHA MARTINS NETO
REVISTA.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
CARACTERIZADA A CONDUTA CULPOSA DO TOMADOR DE Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
SERVIÇOS. DECISÃO MONOCRÁTICA COM FUNDAMENTO NO agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
ARTIGO 255, INCISO III, alínea "b", DO REGIMENTO INTERNO A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. violação aos dispositivos da Constituição da República que
Não merece provimento o agravo que não desconstitui os especifica nas razões recursais.
fundamentos da decisão monocrática. Verifica-se que a decisão É o relatório.
agravada - em que se entendeu pela manutenção da decisão Decido.
regional, na qual, por sua vez, se concluiu que ficou caracterizada a Consta do acórdão recorrido:
conduta culposa do tomador de serviços e, em razão disso, 2. MÉRITO
manteve a responsabilidade subsidiária em relação às verbas 2.1. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS.
trabalhistas deferidas na demanda - foi proferida em estrita RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. LEI Nº 9.478/1997 E
conformidade com a jurisprudência já amplamente consolidada no DECRETO Nº 2.745/1998
âmbito desta Corte superior, consubstanciada na Súmula nº 331, Conforme relatado, foi negado provimento ao agravo de
item V, deste Tribunal. Não há, portanto, que se cogitar na ausência instrumento, nos seguintes termos:
da inequívoca incidência do estabelecido no verbete sumular de nº "(I) LEI Nº 13.015/2014. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40 DO TST.
333, também, desta Corte e no artigo 896, § 7º, da CLT, ANTERIOR À LEI 13.467/2017. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
procedimento adotado na decisão agravada. PETROBRAS. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. LEI Nº
Agravo desprovido. 9.478/1997 E DECRETO Nº 2.745/1998
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da O Tribunal Regional, juízo primeiro de admissibilidade do recurso de
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo revista (art. 682, IX, da CLT), denegou-lhe seguimento, adotando os
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja seguintes fundamentos, in verbis:
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). [...]
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de A fim de demonstrar o prequestionamento da matéria impugnada, a
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos parte transcreveu, no recurso de revista, os seguintes trechos do
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere acórdão do Regional (fl. 243/244):
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade "Observe que a tese de defesa da segunda reclamada em relação
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos aos limites da responsabilidade subsidiária foi a aplicação do artigo
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". 71 da Lei nº 8.666/93. Nesse ponto, pede-se vênia, por medida de
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema economia e celeridade processual, para adotar-se, também, como
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada razões de decidir, os bens lançados fundamentos esposados em
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos voto da Exmo. Juiz Bruno Lousada Albuquerque Lopes nos autos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes do recurso ordinário de número 0012401-95.2013.5.01.0204, para o
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do qual foi designado relator, cujos termos amoldam-se ao presente
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de caso".
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
"Inafastável a conclusão, portanto, de que a responsabilidade 7.1 A execução de obras e serviços e a aquisição ou alienação de
subsidiária da Petrobrás não pode ser afastada de plano, materiais, na PETROBRÁS, serão contratados com o concorrente
simplesmente à vista da limitação genérica da Lei de Licitações, classificado em primeiro lugar na licitação correspondente,
seja porque ela não se aplica em relação à referida empresa, seja ressalvados os casos de dispensa desta, estabelecidos neste
porque a norma em comento não impede que, do exame das Regulamento.
circunstâncias e os elementos dos autos, extraia-se a co- 7.1.1 Os contratos da PETROBRÁS reger-se-ão pelas normas de
responsabilização". direito privado e pelo princípio da autonomia da vontade,
"Assim sendo, compete à segunda reclamada provar que não agiu ressalvados os casos especiais, obedecerão a minutas
com culpa, de modo a demonstrar que procedeu à efetiva padronizadas, elaboradas com a orientação do órgão jurídico e
fiscalização das obrigações in vigilando contratuais trabalhistas por aprovadas pela Diretoria.
parte da empresa contratada (primeira reclamada), devendo exigir O art. 67 da Lei nº 9.478/1997 somente foi revogado pela Lei nº
da empresa que lhe oferece a mão-de-obra que comprove 13.303/2016 (publicada no DOU de 1º de julho de 2016), a qual tem
mensalmente que registrou seus empregados e que vem cumprindo a seguinte previsão:
as obrigações trabalhistas e previdenciárias, ou seja, que fiscaliza a Art. 77. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,
fornecedora dos serviços". fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
"In casu, a segunda reclamada alega que procedeu a efetiva § 1o A inadimplência do contratado quanto aos encargos
fiscalização do contrato, notificando a primeira reclamada ante as trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à empresa pública ou
irregularidades fiscais constatadas pela não comprovação de à sociedade de economia mista a responsabilidade por seu
recolhimento do FGTS e INSS e aplicando-lhe multa (Id. 5f6e4df)". pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a
"Todavia, as referidas notificações, por si só, não cumprem o papel regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o
de comprovação de efetiva fiscalização, haja vista o induvidoso Registro de Imóveis.
inadimplemento das verbas rescisórias". Registra-se que a pretensão da PETROBRAS, de que nesta ação
"É cediço que o dever de fiscalizar da tomadora de serviços incide trabalhista seja aplicada a Lei nº 8.666/1993, é contrária à
também com relação ao pagamento de encargos trabalhistas pelo pretensão da própria PETROBRAS em ações e recursos
empregador decorrentes do término do contrato de trabalho, o que apresentados no STF, nas quais pede que seja aplicada a Lei nº
ficou demonstrado que não ocorreu no presente caso". 9.478/1997 regulamentada pelo Decreto nº 2.745/1998, conforme
"A responsabilidade da segunda reclamada resta evidenciada, no os seguintes julgados:
caso sub examine, da culpa, que se caracteriza pela má escolha da EMENTA: Ação Cautelar. 2. Efeito suspensivo a recurso
empresa prestadora in eligendo de serviços, contratando- extraordinário admitido no Superior Tribunal de Justiça. 3.
se/subcontratando-se prestadora de serviços sem reais condições Plausibilidade jurídica do pedido. Licitações realizadas pela
econômico-financeiras de suportar os custos trabalhistas Petrobrás com base no Regulamento do Procedimento Licitatório
decorrentes da contratação de pessoal, e in vigilando, a quem cabia Simplificado (Decreto n° 2.745/98 e Lei n° 9.478/97). 4. Perigo de
zelar pela boa realização dos serviços e o bom cumprimento do dano irreparável. A suspensão das licitações pode inviabilizar a
estipulado no contrato". própria atividade da Petrobrás e comprometer o processo de
No agravo de instrumento, a parte insurge-se contra o despacho exploração e distribuição de petróleo em todo o país, com reflexos
agravado. Sustenta que o recurso de revista cumpriu todos os imediatos para a indústria, comércio e, enfim, para toda a
requisitos legais de admissibilidade. Alega que o acórdão do população. 5. Medida cautelar deferida para conceder efeito
Regional incorrera em equívoco ao fundamentar que a agravante suspensivo ao recurso extraordinário (AC 1193 MC-QO/RJ, 2ª
não se submeteria à Lei nº 8.666/93, mas sim a regramento Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, DE 30/6/2006).
específico, motivo pelo qual seria aplicado o entendimento da INFORMATIVO DO STF Nº 426 (...) AC - 1193 (...) A Turma,
Súmula nº 331, IV, do TST. Argumenta, ainda, pela inexistência de resolvendo questão de ordem, deferiu medida cautelar para
comprovação de sua responsabilidade, de forma subjetiva, pela emprestar efeito suspensivo a recurso extraordinário interposto pela
falta de provas que demonstrem a culpa. Aponta violação dos arts. Petróleo Brasileiro S/A - Petrobrás contra acórdão do STJ que,
5º, II, da Constituição Federal e 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93; Indica também em medida cautelar, restabelecera a eficácia de tutela
contrariedade a Súmula nº 331, V, do TST. antecipada que suspendera as suas licitações, as quais utilizavam
Ao exame. procedimento licitatório simplificado, previsto na Lei 9.478/97 e
Recurso de revista sob a vigência da Lei nº 13.015/2014 e foram regulamentado pelo Decreto 2.745/98. Consideraram-se presentes
atendidas no particular as exigências do art. 896, § 1º-A, da CLT. os requisitos necessários à pleiteada concessão. Quanto à
No caso concreto, o TRT decidiu a matéria assentando os seguintes plausibilidade jurídica do pedido, asseverou-se que a submissão da
fundamentos: Petrobrás a regime diferenciado de licitação estaria, à primeira vista,
a) o ente público não observou a Lei nº 8.666/1993; justificado, tendo em conta que, com o advento da EC 9/95, que
b) ao tempo da contratação eram aplicáveis o art. 67 da Lei nº flexibilizara a execução do monopólio da atividade do petróleo, a ora
9.478/1997 e o Decreto nº 2.745/1998, que autorizaram a requerente passara a competir livremente com empresas privadas,
contratação de empresa prestadora de serviços sem os ditames da não sujeitas à Lei 8.666/93. Nesse sentido, ressaltaram-se as
Lei nº 8.666/1993 (Súmula nº 126 do TST). conseqüências de ordem econômica e política que adviriam com o
São fatos incontroversos que o reclamante foi contratado em 2013 e cumprimento da decisão impugnada, caso a Petrobrás tivesse que
a ação foi ajuizada em 2015. aguardar o julgamento definitivo do recurso extraordinário, já
O art. 67 da Lei nº 9.478/1997 dispunha que os contratos firmados admitido, mas ainda não distribuído no STF, a caracterizar perigo de
pela PETROBRAS para a aquisição de bens e serviços seriam dano irreparável. Entendeu-se, no ponto, que a suspensão das
precedidos de procedimento licitatório simplificado, a ser definido licitações realizadas com base no Regulamento do Procedimento
pelo Presidente da República, o que ocorreu por meio do Decreto nº Licitatório Simplificado (Decreto 2.745/98 e Lei 9.478/97) poderia
2.745/1998, segundo o qual: tornar inviável a atividade da Petrobrás e comprometer o processo
de exploração e distribuição do petróleo em todo país, com reflexos que "é necessária a verificação sim da culpa pelo inadimplemento
imediatos para a indústria, comércio e, enfim, para toda a da tomadora, em face desta empresa, mesmo no procedimento
população. AC 1193 QO-MC/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 9.5.2006. licitatório simplificado e isto não ocorreu, portanto, a decisão afronta
(AC-1193) a jurisprudência desta Casa e do próprio STF". Renova as
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO alegações do agravo de instrumento no sentido de que inexiste
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. comprovação de sua responsabilidade, de forma subjetiva, pela
LICITAÇÃO. 1) AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. falta de provas que demonstrem a culpa. Afirma que o ônus da
SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) prova quanto à comprovação de eventual omissão na fiscalização
CONTROVÉRSIA SOBRE A NORMA APLICÁVEL: LEI N. era do reclamante.
8.666/1993 OU DECRETO N. 2.745/1998. MATÉRIA Ao exame.
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL Verifica-se que os argumentos invocados pela parte foram
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA devidamente analisados na decisão monocrática.
PROVIMENTO. (ARE 767997 AgR/RN, 2ª Turma, Rel.ª Min.ª Observa-se que o caso não foi resolvido por meio da distribuição do
Cármen Lúcia, DJe 02/12/2013); ônus da prova, mas com a aplicação da legislação pertinente à
Em conclusão, no caso concreto, aplica-se à PETROBRAS a empresa pública. Foi registrado na decisão que a incidência da Lei
Súmula nº 331, IV, do TST (terceirização sob o regime da iniciativa nº 8.666/93 "é contrária à pretensão da própria PETROBRAS em
privada) e não a Súmula nº 331, V, do TST (terceirização sob o ações e recursos apresentados no STF, nas quais pede que seja
regime próprio de ente público): aplicada a Lei nº 9.478/1997 regulamentada pelo Decreto nº
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 2.745/1998".
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos Considerou, ainda, a decisão monocrática, que "ao tempo da
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da contratação eram aplicáveis o art. 67 da Lei nº 9.478/1997 e o
relação processual e conste também do título executivo judicial. Decreto nº 2.745/1998, que autorizaram a contratação de empresa
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta prestadora de serviços sem os ditames da Lei nº 8.666/1993
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, (Súmula nº 126 do TST)" e "aplica-se à PETROBRAS a Súmula nº
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das 331, IV, do TST (terceirização sob o regime da iniciativa privada) e
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na não a Súmula nº 331, V, do TST (terceirização sob o regime próprio
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da de ente público)".
prestadora de serviço como empregadora. A aludida [...]
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das Pelo exposto, nego provimento ao agravo e aplico multa de 2%
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente sobre o valor atualizado da causa, como previsto no art. 1.021, § 4º,
contratada. do CPC de 2015.
Estando a decisão do Regional em consonância com a O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
jurisprudência desta Corte, o conhecimento do recurso de revista Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
encontra óbice no § 7º do artigo 896 da CLT. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Com relação ao tema "abrangência da condenação" a agravante repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
não renovou as alegações das razões do recurso de revista, o que Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
pressupõe concordância tácita com os termos da decisão mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
denegatória. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Ressalto que esta decisão observa o disposto no art. 489, § 1º, do automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
CPC de 2015, na medida em que se encontra devidamente pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
fundamentada, ao mesmo tempo em que atende aos princípios da termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
economia e celeridade processuais, esse último alçado a garantia Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
constitucional, nos termos do art. 5º, LXXVIII, da Constituição cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Federal. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Nego provimento" autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Nas razões do agravo, a parte sustenta que "não se trata de autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
hipótese de negativa de seguimento ao recurso interposto, mas sim CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
cabível o provimento imediato". Afirma que "os fundamentos retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
utilizados na r. Decisão impugnada não estão de acordo com a Publique-se.
jurisprudência dominante na Corte Superior Trabalhista, bem assim Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
divergem do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal,
ao menos no que se refere à questão relativa à impossibilidade
jurídica do pedido de responsabilidade subsidiária com base na Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Súmula 331 do TST, ante a declarada constitucionalidade do §1º, RENATO DE LACERDA PAIVA
do art. 71, da Lei n.º 8.666/93 na ADC 16-DF". Aduz que os "atos da Ministro Vice-Presidente do TST
entidade publica, são resguardados pela presunção de veracidade".
Alega que "não há o que se falar em rever fatos e provas dos autos Processo Nº RR-0010081-29.2015.5.15.0102
nos moldes da Súmula 126, visto que a legislação é clara quanto à Complemento Processo Eletrônico
obrigatoriedade de licitação nos contratos com o ente publico e este Relator Min. Dora Maria da Costa
tem presunção de veracidade em todos os seus atos praticados, Recorrente MUNICÍPIO DE TAUBATÉ
não cabendo portanto, quaisquer alegações de descumprimento Advogada Dra. Luciley de Paula Nogueira
Shaher(OAB: 150210/SP)
das normas legais por distribuição do ônus probatório". Sustenta
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do revista, efetivamente, não ultrapassa o conhecimento. Incólumes,
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de portanto, os dispositivos de lei e o verbete sumular invocados.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intime-se. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Publique-se. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
RENATO DE LACERDA PAIVA encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Ministro Vice-Presidente do TST automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Processo Nº ARR-0010504-05.2015.5.15.0032 termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Complemento Processo Eletrônico Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Relator Min. Alexandre de Souza Agra cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Belmonte
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Agravante e Recorrente UNIÃO (PGU)
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Procurador Dr. Luciano Pereira Vieira
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Agravado e Recorrido SILVANA SOARES SILVA
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Advogado Dr. Dmitri Montanar Franco(OAB:
159117/SP) retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Agravado e Recorrido AEROPARK SERVIÇOS LTDA. Publique-se.
Agravado e Recorrido TAM LINHAS AÉREAS S.A. Brasília, 14 de fevereiro de 2020.
Advogado Dr. Fábio Rivelli(OAB: 297608/SP)
Ministro Vice-Presidente do TST modo eficaz, de forma a coibir o descumprimento das obrigações
trabalhistas pela prestadora dos serviços, incorreu na culpa in
Processo Nº Ag-AIRR-0010304-48.2016.5.03.0112 vigilando, suficiente à sua responsabilização subsidiária, nos termos
Complemento Processo Eletrônico da Súmula 331, V, do C. TST.
Relator Min. José Roberto Freire Pimenta Segundo vem se manifestando esta d. Turma, a declaração de
Agravante COMPANHIA ENERGÉTICA DE constitucionalidade proferida pelo Excelso STF na ADC n. 16 não
MINAS GERAIS - CEMIG
altera o entendimento jurisprudencial quanto à responsabilidade
Advogado Dr. Paulo Dimas de Araújo(OAB:
55420/MG) subsidiária do tomador dos serviços, sempre que comprovada,
Agravado GERALDO CONRADO DOS SANTOS como no caso dos autos, a culpa in vigilando do ente da
Advogado Dr. Joaquim Martins Pinheiro Administração.
Filho(OAB: 72218/MG) Assim, ao revés do que tenta fazer crer a segunda demandada, ela
Agravado MEG SEGURANÇA PATRIMONIAL deve ser responsabilizada, sim, subsidiariamente, pelas parcelas
EIRELI
deferidas ao reclamante, por não ter fiscalizado com eficácia a
Advogado Dr. Maurílio Ramos de Sá(OAB:
95196/MG) primeira reclamada no cumprimento da legislação trabalhista."
(págs. 450-452, grifou-se)
Intimado(s)/Citado(s): Em que pese a afirmação do Regional de que a Administração
Pública não trouxe aos autos prova da sua atuação fiscalizatória, no
- COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS - CEMIG
direcionamento de que seria do poder público o ônus de demonstrar
- GERALDO CONRADO DOS SANTOS
a efetiva fiscalização, certo é que a Corte a quo, com respaldo no
- MEG SEGURANÇA PATRIMONIAL EIRELI
contexto fático analisado, também relatou que o reclamante
laborava diretamente nas instalações físicas da CEMIG e essa
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
presenciou o descumprimento habitual das obrigações trabalhistas
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
pela empresa prestadora de serviços, quedando-se inerte, o que
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
demonstrou a ausência de fiscalização.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Diante do quadro narrado no acórdão recorrido, cumpre reiterar que
violação aos dispositivos da Constituição da República que
qualquer rediscussão acerca da existência ou não de culpa neste
especifica nas razões recursais.
caso concreto para adoção de entendimento contrário àquele
É o relatório.
sustentado pelo Regional implicaria, inevitavelmente, o reexame
Decido.
dos fatos e elementos de prova produzidos e já valorados pelas
Consta do acórdão recorrido:
instâncias ordinárias, o que é vedado a esta instância recursal de
[...]
natureza extraordinária, conforme preconizam as Súmulas nos 279
Mediante a decisão monocrática de seq. 6, na forma dos artigos
do STF 126 do TST.
255, inciso III, alínea "b", do Regimento Interno do Tribunal Superior
Assim, não há falar contrariedade à Súmula nº 331, itens IV e V, do
do Trabalho e 932, inciso IV, alínea "a", do CPC/2015, o agravo de
TST. A responsabilidade subsidiária do ente público foi reconhecida
instrumento interposto pela CEMIG foi desprovido.
em conformidade ao que ficou decidido na ADC nº 16 e porque
Na fração de interesse, a decisão agravada foi amparada nos
comprovada a culpa in vigilando.
seguintes fundamentos:
Por outro lado, no que concerne à alegação de violação do artigo 97
"In casu, o Regional expressamente registrou:
da Carta Magna e de contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do
Na hipótese dos autos evidenciou-se a não mais poder a ausência
STF, porque não respeitado o princípio da reserva de plenário,
de fiscalização.
observa-se que o Regional não fundamentou sua decisão na
O ente público não fiscalizou o pagamento do adicional noturno, o
declaração de inconstitucionalidade do artigo 71, § 1º, da Lei nº
labor durante o período de férias do reclamante e o pagamento da
8.666/93, tampouco declarou sua inconstitucionalidade no caso,
indenização adicional prevista no art. 9º das Leis 7.238/84 e
mas apenas o interpretou com outros dispositivos do ordenamento
6.708/79. Ora, o fato de o reclamante atuar diariamente nas
jurídico pátrio, também aplicáveis à hipótese, conforme exposto
instalações físicas da Cemig/Barreiro deixa às vistas da 2ª ré o
anteriormente.
descumprimento habitual das obrigações contratuais,
Salienta-se, ademais, que a invocação genérica de violação do
principalmente quanto ao labor durante o período de férias, pelo
artigo 5º, incisos II, LIV e LV, da Constituição Federal de 1988, em
que, conforme verificado, se quedou inerte.
regra e como ocorre neste caso, não é suficiente para autorizar o
Veja-se que a recorrente não trouxe aos autos qualquer prova que
processamento do recurso de revista com base na previsão da
confirmasse a sua atuação fiscalizatória junto à empresa prestadora
alínea "c" do artigo 896 da CLT, na medida em que, para sua
de serviços, a fim de que não houvesse descumprimentos ou
constatação, seria necessário concluir, previamente, ter havido
inadimplência de parcelas trabalhistas.
ofensa a preceito infraconstitucional.
(...)
Diante do exposto, nego provimento ao agravo de instrumento da
Ademais, para invocar, em seu benefício, a Lei n. 8.666/93, a
reclamada, com fulcro nos artigos 932, inciso IV, alínea "a", e 255,
recorrente deveria tê-la cumprido integralmente, vigiando e
inciso III, alínea "b", do Regimento Interno do Tribunal Superior do
acompanhando a execução do contrato por ele firmado com a
Trabalho." (seq. 6, págs. 29-31)
primeira reclamada.
No caso, não merece provimento o agravo regimental, haja vista
Não o fez, contudo, como ressaltado supra.
que não desconstitui os fundamentos da decisão monocrática pela
Assim, como se percebe, a pretensão da recorrente de ser
qual foi confirmada a responsabilização subsidiária do ente público,
absolvida da condenação, amparando-se no art. 71 da Lei n.
ante a constatação de sua culpa in vigilando.
8.666/93, não tem cabimento no caso em tela, porquanto, detendo o
Havendo, na decisão monocrática, as razões de decidir deste
poder de fiscalizar a prestadora de serviços e não o fazendo de
Relator, tem-se por atendida a exigência da prestação jurisdicional,
ainda que o resultado do julgamento seja contrário ao interesse da De início, registre-se que, a teor do que dispõe o art. 896, § 9º, da
parte. Para que se tenha por atendido o dever constitucional de CLT, segundo o qual, "Nas causas sujeitas ao procedimento
fundamentação de todas as decisões judiciais, basta que nessas se sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por
enfrentem, de forma completa e suficiente, todas as questões contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal
necessárias ao deslinde da controvérsia. Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal
Portanto, não restam dúvidas de que foi prestada a devida Federal e por violação direta da Constituição Federal", com a
jurisdição à parte. redação dada pela Lei nº 13.015/2014.
Diante desses fundamentos, nego provimento ao agravo. Na minuta do presente agravo, infere-se que a parte agravante não
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da consegue desconstituir os fundamentos da decisão agravada, no
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo sentido de que o acórdão regional encontra-se em sintonia com a
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Súmula nº 331, V e VI, do TST, porquanto a responsabilidade
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). subsidiária do tomador dos serviços, por culpa in vigilando, foi
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de aferida mediante a valoração de fatos e provas, e não com base em
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos mera presunção de culpa decorrente do inadimplemento das
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere obrigações contratuais e legais da empresa prestadora dos serviços
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade como empregadora.
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Para melhor compreensão da controvérsia, impende transcrever, na
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". fração de interesse, os fundamentos adotados pela Corte Regional:
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema (...)
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada No caso em tela, a recorrente não comprovou que fiscalizou o
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos cumprimento das obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias,
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes pela prestadora de serviços, de forma eficaz, ônus que lhe competia
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do (artigo 373, II, do CPC). Note-se que a recorrente não colacionou
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de aos autos os documentos relativos ao contrato de trabalho do
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. reclamante, o que, por si só, demonstra a ineficiência na
Publique-se. fiscalização do cumprimento do contrato pela prestadora de
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. serviços. Os documentos colacionados às f. 137/415, dizem
respeito ao contrato firmado com a 1ª ré, sendo os documentos
trabalhistas juntados (holerites, folhas de ponto, TRCT) referentes a
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) pessoas estranhas ao feito (Jorge, Nilton, Joel, Júlio, Creonis, Diego
RENATO DE LACERDA PAIVA etc). E, ao contrário do que foi alegado em recurso, o ônus da prova
Ministro Vice-Presidente do TST da efetiva fiscalização pertencia à recorrente, devendo demonstrar o
que alegou (art. 818 da CLT), isto é, que exigiu toda a
Processo Nº Ag-AIRR-0010625-36.2017.5.03.0084 documentação necessária para averiguação da regularidade no
Complemento Processo Eletrônico adimplemento das verbas trabalhistas pela empresa contratada.
Relator Min. Walmir Oliveira da Costa Aliás, tal ônus lhe pertence, também, em virtude do que dita o
Agravante FURNAS - CENTRAIS ELÉTRICAS princípio da aptidão para a prova. Do contrário, estar-se-ia a exigir
S.A.
do autor prova de fato negativo. Por conseguinte, conclui-se que a
Advogada Dra. Tereza Cristina Nascimento dos
Santos(OAB: 141680-A/MG) ré incorreu em omissão fiscalizatória, já que sem a documentação
Advogada Dra. Juliana Mello Vieira(OAB: mencionada é impossível acompanhar o cumprimento, pela
114747/MG) prestadora de serviços, das obrigações que lhes são próprias
Agravado ELTON GOMES DE FARIA perante o empregado. Assim, detectada a culpa in vigilando da
Advogado Dr. Carlitos Cordeiro Ferreira(OAB: tomadora pela sua omissão e negligência quanto ao dever de
111325/MG)
fiscalizar a fiel execução e o cumprimento do contrato celebrado,
Agravado APERPHIL VIGILÂNCIA EIRELI
torna-se responsável pelo dever de indenizar os trabalhadores que
Advogado Dr. Renan Diniz Vaz(OAB:
143528/MG) tiveram seus direitos trabalhistas não adimplidos, chegando-se a
esta ilação pela interpretação sistêmica dos artigos 58, II e III, 67,
Intimado(s)/Citado(s): §1º, 78, II, VII e VIII e 79, I, da Lei n. 8.666/91 e, ainda, dos artigos
186 e 942, parágrafo único, do Código Civil. Isso tudo, sem contar,
- APERPHIL VIGILÂNCIA EIRELI
também, o que preveem os preceitos constitucionais que
- ELTON GOMES DE FARIA
consagram a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do
- FURNAS - CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
trabalho e da livre iniciativa como fundamentos da República (artigo
1º, III e IV), além daqueles que instituem como objetivo da
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
República construir uma sociedade livre, justa e solidária (artigo 3º,
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo em
I) e que fundam a ordem econômica na valorização do trabalho
agravo de instrumento em todos os seus temas e desdobramentos.
humano (artigo 170) e alicerçam a ordem social no primado do
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
trabalho (artigo 193). Logo, diante de todo o exposto, é indubitável,
violação aos dispositivos da Constituição da República que
que, no caso em tela, incide o dever de indenizar da recorrente,
especifica nas razões recursais.
porquanto caracterizadas sua omissão e negligência, as quais
É o relatório.
ocasionaram lesão a direito do trabalhador cuja mão de obra foi
Decido.
colocada à sua disposição. Assim, tendo sido co-autora da lesão,
Consta do acórdão recorrido:
deve, portanto, ser condenada a repará-la, sendo que a sua
responsabilidade subsidiária abrange todas as parcelas que sejam 5. Agravo interno desprovido. (STF-Rcl 24581 AgR, Relator
inicialmente de responsabilidade do devedor principal, com exceção Ministro LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 18/11/2016,
das obrigações personalíssimas, nos termos do item VI da Súmula publicado no DJe de 02/12/2016).
331 do TST, não sendo, para tanto, exigível que se esgotem todos Frise-se que este Tribunal Superior consagrou o entendimento de
os meios executórios em face da devedora principal, vez que que a declaração de constitucionalidade do art. 71, § 1°, da Lei nº
inexistente responsabilidade de 3º grau. 8.666/93, pelo Supremo Tribunal Federal, não é incompatível com a
Da leitura do acórdão recorrido, depreende-se que o Tribunal de responsabilização subsidiária da Administração Pública, quando
origem não reputou a ora agravante como responsável subsidiário constatado ter incorrido em culpa in vigilando, por resultar da
com base no mero inadimplemento das obrigações trabalhistas da interpretação sistêmica do dispositivo mencionado, em conjunto
empresa contratada, mas a partir da incidência do dever legal com o art. 67 do mesmo diploma legal, e com as regras da
atribuído à administração pública de fiscalizar a execução do responsabilidade civil - da qual a Administração Pública não está
contrato celebrado com a empresa prestadora dos serviços como excepcionada - e dos direitos fundamentais expressos na
empregadora, nos moldes do disposto nos arts. 58 e 67 da Lei nº Constituição da República, consagradores da valorização do
8.666/93. trabalho como o meio mais eficaz de imprimir efetividade ao
Em tal perspectiva, para infirmar a conclusão regional e aferir as princípio da dignidade humana.
teses recursais em sentido contrário, seria imprescindível o De outra parte, anote-se que, no exame da temática atinente à
reexame de fatos e provas, o que não se admite nesta fase recursal responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos
extraordinária, a teor da Súmula nº 126 do TST. trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora
Insubsistente, em tal cenário, a indicação de ofensa a dispositivos de serviço, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento
da Constituição da República, bem como de contrariedade a do Recurso Extraordinário 760.931/DF (leading case), DJe
verbete sumular desta Corte Superior, sendo forçoso reconhecer 12/09/2017, submetido à sistemática da repercussão geral, fixou a
que o acórdão recorrido, ao contrário do que argumenta a tese de que "O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos
agravante, foi proferido em perfeita consonância com a Súmula nº empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder
331, V e VI, do TST e nos limites da decisão proferida pelo STF na Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja
ADC 16/DF, alinhando-se à jurisprudência do STF, segundo a qual, em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da
"Consignada a omissão da Administração pública quanto ao poder- Lei nº 8.666/93".
dever de fiscalizar o adimplemento, pela contratada, das obrigações Na espécie, contudo, o Tribunal Regional não aplicou a
legais que lhe incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando-, ou a responsabilidade objetiva da Administração Pública, mas, sim, a
falta de prova acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - subjetiva, derivada da culpa em deixar de fiscalizar o cumprimento
de observância obrigatória-, não há falar em afronta à ADC 16" (Rcl das obrigações contratuais e legais da empresa prestadora dos
23458 AgR/DF, Relatora Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma, serviços. Não se trata, portanto, de transferência automática de
DJe 03/03/2017); Rcl 4832/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe responsabilidade subsidiária à administração pública.
19.11.2012, Rcl 15194/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, DJe No tocante à alegada afronta da decisão proferida na ADC/16, em
18/03/2013, Rcl 15385/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe relação à distribuição do ônus da prova, ressalte-se que o registro
15/03/2013). da ausência de prova quanto ao fiel cumprimento do dever de
A propósito, confira-se o seguinte julgado do STF: fiscalização pela Administração Pública não caracteriza afronta à
EMENTA: AGRAVO INTERNO NA RECLAMAÇÃO. DIREITO referida decisão.
PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. Nesse sentido, destaca-se o seguinte precedente proveniente de
ARTIGO 71, § 1º, DA LEI 8.666/1993. CONSTITUCIONALIDADE. órgão colegiado do Supremo Tribunal Federal, proferido em sede de
ADC 16. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DEVER DE FISCALIZAÇÃO. reclamação:
RESPONSABILIDADE DO ENTE PÚBLICO. AUSÊNCIA DE EMENTA AGRAVO INTERNO EM RECLAMAÇÃO.
OFENSA. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. A impugnação RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO.
específica da decisão agravada, quando ausente, conduz ao DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
desprovimento do agravo interno. Súmula 287 do STF. OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA
Precedentes: Rcl nº 5.684/PE-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Min. PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA
Ricardo Lewandowski, DJe de 152 de 15/8/08, ARE 665.255- ADC 16. PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da
AgR/PR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de Administração Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o
22/5/2013, e AI 763.915-AgR/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira adimplemento, pela contratada, das obrigações legais que lhe
Turma, DJe de 7/5/2013. 2. A Administração tem o dever de incumbiam - a caracterizar a culpa in vigilando -, ou da falta de
fiscalizar o fiel cumprimento do contrato pelas empresas prova acerca do cumprimento dos deveres de fiscalização - de
prestadoras de serviço, também no que diz respeito às obrigações observância obrigatória -, não caracteriza afronta à ADC 16. 2.
trabalhistas referentes aos empregados vinculados ao contrato Inviável o uso da reclamação para reexame de conjunto probatório.
celebrado, sob pena de atuar com culpa in eligendo ou in vigilando. Precedentes. 3. Agravo interno conhecido e não provido. (Rcl 26252
3. A aplicação do art. 71, § 1º, da Lei 8.666/93, declarado AgR/BA, Relatora Ministra ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da 06/02/2019).
ADC 16, não exime a entidade da Administração Pública do dever Impende destacar o seguinte excerto da fundamentação do referido
de observar os princípios constitucionais a ela referentes, entre os precedente, verbis:
quais os da legalidade e da moralidade administrativa. 4. A decisão [...]
que reconhece a responsabilidade do ente público com fulcro no 4. Limitado a obstaculizar a responsabilização subsidiária
contexto fático-probatório carreado aos autos não pode ser alterada automática da Administração Pública - como mera decorrência do
pelo manejo da reclamação constitucional. Precedentes: Rcl 11985- inadimplemento da prestadora de serviços-, no julgamento da ADC
AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de 15/03/2013. 16, não resultou enfrentada a questão da distribuição do ônus
probatório, tampouco estabelecidas balizas para a apreciação da - CONFIDERE INFORMÁTICA E SERVIÇOS LTDA.
prova ao julgador - hipóteses, portanto, que não viabilizam o uso do - META CONSULTORIA SERVIÇOS & EVENTOS LTDA.
instituto da reclamação com espeque em alegada afronta à ADC 16, - RENATO BUENO DA COSTA JUNIOR
conforme já decidido em várias reclamações: Rcl 14832/RS, Rel. - UNIÃO (PGU)
Min. Joaquim Barbosa, DJe 19.11.2012 , Rcl 15194/DF, Rel. Min.
Teori Zavascki, DJe 18.3.2013, Rcl 15385/MG, Rel. Min. Cármen Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão
Lúcia, DJe 15.3.2013. proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho.
5. Consignada a omissão da Administração pública quanto ao poder A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
-dever de fiscalizar o adimplemento, pela contratada, das violação aos dispositivos da Constituição da República que
obrigações legais que lhe incumbiam - a caracterizar a culpa in especifica nas razões recursais.
vigilando-, ou a falta de prova acerca do cumprimento dos deveres A Vice-Presidência deste Tribunal Superior, por despacho,
de fiscalização - de observância obrigatória-, não há falar em determinou o sobrestamento do recurso extraordinário no Tema nº
afronta à ADC 16. 246 do ementário de Repercussão Geral do Supremo Tribunal
6. Na espécie, a decisão reclamada, além de apresentar tese em Federal.
harmonia com a decisão desta Corte Suprema, evidencia que a Considerando que a matéria foi julgada na Sessão do Tribunal
condenação resultou lastreada em aspectos fáticos - com destaque Pleno do STF em 26/03/2017, com fixação da tese de mérito, e que,
para a inobservância do dever de fiscalização imposto pela Lei nº em 01/08/2019, foram rejeitados os embargos de declaração
8.666/1993 - cujo reexame, em sede de reclamação, se mostra interpostos (conforme certidão de julgamento disponibilizada no sítio
inviável. eletrônico do Supremo Tribunal Federal), passo ao exame de
Inviável, portanto, o trânsito do recurso de revista, impondo-se a admissibilidade do recurso sobrestado.
confirmação da decisão que negou seguimento ao agravo de É o relatório.
instrumento. Decido.
Ante o exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo. O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos Considerando-se a interposição de embargos declaratórios
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". pendentes de julgamento, e cujo resultado do julgamento poderia
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema influenciar diretamente na abrangência da tese fixada, determinou-
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada se o sobrestamento do recurso extraordinário até o trânsito em
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos julgado do tema de repercussão geral em comento, já que eventual
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes acolhimento dos aclaratórios poderia ser objeto de novo
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do questionamento.
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de Contudo, a rejeição dos embargos declaratórios, na sessão Plenária
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. de 01/08/19, fez com que tal fundamento à manutenção do
Publique-se. sobrestamento não mais subsistisse, uma vez mantida a tese
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. anteriormente fixada em seu inteiro teor.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) pelo Supremo Tribunal Federal, determino o dessobrestamento dos
RENATO DE LACERDA PAIVA autos e o seu encaminhamento ao órgão fracionário prolator da
Ministro Vice-Presidente do TST decisão recorrida nestes autos, a fim de que se manifeste, nos
termos do art. 1.030, II, do CPC, sobre a necessidade ou não de
Processo Nº AIRR-0001755-45.2011.5.10.0010 exercer eventual juízo de retratação da decisão então proferida por
Complemento Processo Eletrônico aquele Colegiado.
Relator Min. Fernando Eizo Ono Publique-se.
Agravante UNIÃO (PGU) Brasília, 17 de fevereiro de 2020.
Procuradora Dra. Helia Maria de Oliveira Bettero
Agravado RENATO BUENO DA COSTA JUNIOR
Advogado Dr. Juliano Avelar Ximenes Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Rodrigues(OAB: 23560/DF) RENATO DE LACERDA PAIVA
Agravado META CONSULTORIA SERVIÇOS & Ministro Vice-Presidente do TST
EVENTOS LTDA.
Agravado CONFIDERE INFORMÁTICA E
SERVIÇOS LTDA. Processo Nº AIRR-0011190-07.2015.5.18.0131
Complemento Processo Eletrônico
Intimado(s)/Citado(s): Relator Min. José Roberto Freire Pimenta
acolhimento dos aclaratórios poderia ser objeto de novo Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
questionamento. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Contudo, a rejeição dos embargos declaratórios, na sessão Plenária encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
de 01/08/19, fez com que tal fundamento à manutenção do automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
sobrestamento não mais subsistisse, uma vez mantida a tese pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
anteriormente fixada em seu inteiro teor. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Considerando-se a interposição de embargos declaratórios
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada pendentes de julgamento, e cujo resultado do julgamento poderia
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o dessobrestamento dos influenciar diretamente na abrangência da tese fixada, determinou-
autos e o seu encaminhamento ao órgão fracionário prolator da se o sobrestamento do recurso extraordinário até o trânsito em
decisão recorrida nestes autos, a fim de que se manifeste, nos julgado do tema de repercussão geral em comento, já que eventual
termos do art. 1.030, II, do CPC, sobre a necessidade ou não de acolhimento dos aclaratórios poderia ser objeto de novo
exercer eventual juízo de retratação da decisão então proferida por questionamento.
aquele Colegiado. Contudo, a rejeição dos embargos declaratórios, na sessão Plenária
Publique-se. de 01/08/19, fez com que tal fundamento à manutenção do
Brasília, 17 de fevereiro de 2020. sobrestamento não mais subsistisse, uma vez mantida a tese
anteriormente fixada em seu inteiro teor.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
RENATO DE LACERDA PAIVA pelo Supremo Tribunal Federal, determino o dessobrestamento dos
Ministro Vice-Presidente do TST autos e o seu encaminhamento ao órgão fracionário prolator da
decisão recorrida nestes autos, a fim de que se manifeste, nos
Processo Nº AIRR-0052600-83.2008.5.02.0471 termos do art. 1.030, II, do CPC, sobre a necessidade ou não de
Complemento Processo Eletrônico exercer eventual juízo de retratação da decisão então proferida por
Relator Desemb. Convocado Paulo Américo aquele Colegiado.
Maia de Vasconcelos Filho
Publique-se.
Agravante PETROBRAS TRANSPORTE S.A. -
TRANSPETRO Brasília, 17 de fevereiro de 2020.
Advogado Dr. André Luiz Teixeira Perdiz
Pinheiro(OAB: 183805/SP)
Agravado MARISA RIBEIRO DA SILVA Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Fernanda de Cássia Moretti(OAB: RENATO DE LACERDA PAIVA
135292/SP)
Ministro Vice-Presidente do TST
Agravado ORBRAL - ORGANIZAÇÃO
BRASILEIRA DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS LTDA. Processo Nº AIRR-0010568-70.2014.5.15.0025
Complemento Processo Eletrônico
Intimado(s)/Citado(s): Relator Desemb. Convocada Cilene Ferreira
Amaro Santos
- MARISA RIBEIRO DA SILVA
Agravante UNIÃO (PGU)
- ORBRAL - ORGANIZAÇÃO BRASILEIRA DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS LTDA. Procuradora Dra. Erica Helena Bassetto Rosique
- PETROBRAS TRANSPORTE S.A. - TRANSPETRO Agravado APARECIDA ANTÔNIA DI
DOMÊNICO ROSSI
Advogado Dr. Franco Genovese Gomes(OAB:
Trata-se de recurso extraordinário interposto em face de acórdão 193885/SP)
proferido pelo Tribunal Superior do Trabalho. Agravado ASCP ADMINISTRAÇÃO E
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta PARTICIPAÇÃO EIRELI E OUTRA
violação aos dispositivos da Constituição da República que Advogado Dr. Giuseppe Cláudio Fagotti(OAB:
149070/SP)
especifica nas razões recursais.
Agravado DINÂMICA SERVIÇOS GERAIS
A Vice-Presidência deste Tribunal Superior, por despacho, EIRELI
determinou o sobrestamento do recurso extraordinário no Tema nº Agravado CRYSTAL SERVIÇOS
246 do ementário de Repercussão Geral do Supremo Tribunal TERCEIRIZADOS EIRELI - EPP
Federal. Agravado METRÓPOLE SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA LTDA.
Considerando que a matéria foi julgada na Sessão do Tribunal
Pleno do STF em 26/03/2017, com fixação da tese de mérito, e que,
Intimado(s)/Citado(s):
em 01/08/2019, foram rejeitados os embargos de declaração
- APARECIDA ANTÔNIA DI DOMÊNICO ROSSI
interpostos (conforme certidão de julgamento disponibilizada no sítio
- ASCP ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO EIRELI E OUTRA
eletrônico do Supremo Tribunal Federal), passo ao exame de
- CRYSTAL SERVIÇOS TERCEIRIZADOS EIRELI - EPP
admissibilidade do recurso sobrestado.
- DINÂMICA SERVIÇOS GERAIS EIRELI
É o relatório.
- METRÓPOLE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.
Decido.
- UNIÃO (PGU)
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
Intime-se. mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
Publique-se. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Brasília, 14 de fevereiro de 2020. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
RENATO DE LACERDA PAIVA cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Ministro Vice-Presidente do TST pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Processo Nº ED-AIRR-0020992-69.2016.5.04.0103 autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Complemento Processo Eletrônico CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Relator Min. Dora Maria da Costa retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Embargante UNIVERSIDADE FEDERAL DE Intime-se.
PELOTAS
Publique-se.
Procurador Dr. Juliano De Angelis
Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
Embargado BEATRIZ HELENA RAMOS HAFELE
Advogado Dr. Ulisses Ferreira Pinto(OAB: 67745-
A/RS)
Embargado BH PRODUÇÕES E SERVIÇOS Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
LTDA. RENATO DE LACERDA PAIVA
Advogado Dr. Marcos Leandro Moreira Ministro Vice-Presidente do TST
Trindade(OAB: 76835-A/RS)
Processo Nº AIRR-0100528-81.2016.5.01.0049
Intimado(s)/Citado(s):
Complemento Processo Eletrônico
- BEATRIZ HELENA RAMOS HAFELE Relator Min. Maria Helena Mallmann
- BH PRODUÇÕES E SERVIÇOS LTDA. Agravante MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Procurador Dr. Ricardo Almeida Ribeiro da Silva
Agravado LUCIMERY DE MELLO SOUZA
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Advogado Dr. Willians Belmond de Moraes(OAB:
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de 80250-A/RJ)
instrumento da recorrente. Agravado BIOTECH HUMANA ORGANIZAÇÃO
SOCIAL DE SAÚDE
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Advogado Dr. Marcos Antônio de Souza
violação aos dispositivos da Constituição da República que Silveira(OAB: 99272/RJ)
especifica nas razões recursais.
É o relatório. Intimado(s)/Citado(s):
Decido. - BIOTECH HUMANA ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE SAÚDE
Consta na ementa do acórdão recorrido: - LUCIMERY DE MELLO SOUZA
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
(...)
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a instrumento do recorrente.
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e violação aos dispositivos da Constituição da República que
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de especifica nas razões recursais.
fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de É o relatório.
serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público, Decido.
tomador dos serviços, não cumpriu adequadamente essa obrigação, Consta na ementa do acórdão recorrido:
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
regularmente à sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram (...)
devidas. Saliente-se que tal conclusão não implica afronta ao art. 97
da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA
desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 13.015/2014.
declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. TOMADOR
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa DE SERVIÇOS. CULPA CARACTERIZADA. Na hipótese, o Tribunal
Lei, com base na interpretação sistemática. Agravo de instrumento Regional, instância soberana na análise do conjunto fático-
conhecido e não provido. probatório dos autos, declarou a culpa do reclamado. Logo, o
acolhimento das alegações do agravante, no sentido de que não
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da teria agido com culpa e, por consequência, não poderia ser
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-AIRR-0001552-76.2014.5.21.0041
- DH SOLUÇÕES EM SERVIÇOS LTDA. Complemento Processo Eletrônico
- ELIANE BEATRIZ LIEMOS RIBEIRO Relator Min. Maria Helena Mallmann
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Embargante ESTADO DO RIO GRANDE DO
NORTE
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Procurador Dr. Kennedy Feliciano da Silva
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de Embargado JÉSSICA FIGUEIREDO DE
MENDONÇA SILVA
instrumento do recorrente.
Advogado Dr. Roberto Fernando de Amorim
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Júnior(OAB: 7235/RN)
violação aos dispositivos da Constituição da República que Embargado SAFE LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA
especifica nas razões recursais. E SERVIÇOS LTDA.
É o relatório. Advogada Dra. Karina Ayache Pereira Reis(OAB:
9386/RN)
Decido.
Consta na ementa do acórdão recorrido:
Intimado(s)/Citado(s):
- ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
(...)
- JÉSSICA FIGUEIREDO DE MENDONÇA SILVA
- SAFE LOCAÇÃO DE MÃO DE OBRA E SERVIÇOS LTDA.
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
instrumento do recorrente.
Civil, os quais preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58,
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
III, e 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever
violação aos dispositivos da Constituição da República que
de fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação
especifica nas razões recursais.
de serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público,
É o relatório.
tomador dos serviços, não cumpriu adequadamente essa obrigação,
Decido.
permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
Consta do acórdão recorrido:
regularmente a sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
devidas. Saliente-se que referida conclusão não implica afronta ao
(...)
art. 97 da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF,
1 - ENTE PÚBLICO. TOMADOR DE SERVIÇOS.
nem desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
da declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
(...)
8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
responsabilização subsidiária, em razão do disposto no art. 71, §1.º,
Lei, com base na interpretação sistemática. Óbice da Súmula n° 333
da Lei 8.666/93. Argumenta que o mero inadimplemento não gera
do TST e do art. 896, § 7º, da CLT. Agravo de instrumento
responsabilidade subsidiária, sendo necessária a comprovação da
conhecido e não provido.
culpa in vigilando.
Aponta violação aos artigos 2º, 5º, II, 37, caput, e II e § 2º e § 6º, da
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
CF/88, 50, 55, XIII, 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, 818 da CLT e 373
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
do NCPC; contrariedade à Súmula nº 331. Transcreve arestos.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Analiso.
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Neste caso, o Tribunal Regional, após a análise do conjunto fático-
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
probatório dos autos, concluiu pela existência de culpa in vigilando, 81.2013.5.10.0010, Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta,
uma vez que a tomadora de serviços não promoveu vigilância Data de Julgamento: 05/11/2014, 2ª Turma, Data de Publicação:
efetiva sobre o cumprimento das obrigações trabalhistas. DEJT 14/11/2014; AIRR - 421-36.2013.5.18.0251, Relator Ministro:
A condenação subsidiária da reclamada tomadora de serviços, ora Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento: 17/12/2014, 3ª
agravante, resultou da relação mantida com a primeira reclamada Turma, Data de Publicação: DEJT 19/12/2014; AIRR - 1297-
prestadora de serviços e do proveito direto e continuado do labor da 15.2010.5.02.0033, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo
parte reclamante em suas dependências. Bastos, Data de Julgamento: 05/11/2014, 5ª Turma, Data de
Embora não sendo o tomador dos serviços o principal obrigado, Publicação: DEJT 14/11/2014).
deve ser responsabilizado subsidiariamente, por aplicação Quanto ao decidido pelo STF na ADC n° 16, vale repisar o
analógica do artigo 455 da CLT, pois se beneficiou do trabalho da entendimento adotado no TST, no sentido de que tal decisão não
parte reclamante. afasta, por completo, a responsabilidade do ente público tomador de
Tal entendimento está fundamentado, ainda, no Princípio da serviços terceirizados. Nesse sentido cito a decisão:
Proteção, informador do Direito do Trabalho, bem como na culpa in "RECLAMAÇÃO - ALEGAÇÃO DE DESRESPEITO À
vigilando. AUTORIDADE DA DECISÃO PROFERIDA, COM EFEITO
Com efeito, adoto o entendimento vertido no inciso V da Súmula nº VINCULANTE, NO EXAME DA ADC 16/DF - INOCORRÊNCIA -
331 do TST, em sua redação atual, litteris: RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA POR DÉBITOS TRABALHISTAS (LEI Nº 8.666/93, ART.
"(...) V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e 71, § 1º) - ATO JUDICIAL DE QUE SE RECLAMA PLENAMENTE
indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do JUSTIFICADO PELO RECONHECIMENTO, NO CASO, POR
item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento PARTE DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS, DE SITUAÇÃO
das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na CONFIGURADORA DE RESPONSABILIDADE SUBJETIVA (QUE
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da PODE DECORRER TANTO DE CULPA "IN VIGILANDO" QUANTO
prestadora de serviço como empregadora. A aludida DE CULPA "IN ELIGENDO" OU "IN OMITTENDO") - DEVER
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das JURÍDICO DAS ENTIDADES PÚBLICAS CONTRATANTES DE
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente BEM SELECIONAR E DE FISCALIZAR O CUMPRIMENTO, POR
contratada. Não se pode conceber que ao delegar suas atividades- PARTE DAS EMPRESAS CONTRATADAS, DAS OBRIGAÇÕES
meio a um terceiro contratado, o tomador de serviços, quer empresa TRABALHISTAS REFERENTES AOS EMPREGADOS
privada quer ente da administração pública, se exima das VINCULADOS AO CONTRATO CELEBRADO (LEI Nº 8.666/93,
obrigações trabalhistas." ART. 67), SOB PENA DE ENRIQUECIMENTO INDEVIDO DO
PODER PÚBLICO E DE INJUSTO EMPOBRECIMENTO DO
A Administração Pública deve ficar alerta quanto ao cumprimento do TRABALHADOR - SITUAÇÃO QUE NÃO PODE SER
contrato originalmente mantido com o empregado, sob pena de COONESTADA PELO PODER JUDICIÁRIO - ARGUIÇÃO DE
incorrer em culpa in vigilando e vir a responder por eventuais OFENSA AO POSTULADO DA RESERVA DE PLENÁRIO (CF,
omissões do empregador. ART. 97) - SÚMULA VINCULANTE Nº 10/STF -
Não se pode olvidar, ainda, que o tomador de serviços, in casu, o INAPLICABILIDADE - INEXISTÊNCIA, NA ESPÉCIE, DE JUÍZO
ente público, beneficiou-se diretamente da força de trabalho do OSTENSIVO, DISFARÇADO OU DISSIMULADO DE
empregado da prestadora de serviços. A força de trabalho do INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER ATO ESTATAL -
empregado, por evidente, não pode ser devolvida, devendo, isto CARÁTER SOBERANO DO PRONUNCIAMENTO DAS
sim, ser contraprestada a contento. INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS SOBRE MATÉRIA FÁTICO-
Dado o caráter eminentemente tutelar do Direito do Trabalho, não PROBATÓRIA - CONSEQUENTE INADEQUAÇÃO DA VIA
se pode admitir que o empregado, hipossuficiente, fique à mercê de PROCESSUAL DA RECLAMAÇÃO PARA EXAME DA
um contrato entre seu empregador e um terceiro que disponha OCORRÊNCIA, OU NÃO, DO ELEMENTO SUBJETIVO
sobre sua força de trabalho. PERTINENTE À RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPRESA OU
Tenho, assim, que a garantia subsidiária dos direitos trabalhistas DA ENTIDADE PÚBLICA TOMADORA DO SERVIÇO
pelo tomador do serviço é legítima, em virtude da responsabilidade TERCEIRIZADO - PRECEDENTES - NATUREZA JURÍDICA DA
mínima por ato de terceiro, harmonizado esse princípio à RECLAMAÇÃO - DESTINAÇÃO CONSTITUCIONAL DO
prevalência hierárquica do valor-trabalho e direitos laborais na INSTRUMENTO RECLAMATÓRIO - RECURSO DE AGRAVO
ordem jurídica. IMPROVIDO." (Rcl 16094 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO,
Dessa feita, nada mais razoável do que se responsabilizar Tribunal Pleno, julgado em 19/11/2014, PROCESSO ELETRÔNICO
subsidiariamente a tomadora de serviços no caso de DJe-021 DIVULG 30-01-2015 PUBLIC 02-02-2015)
inadimplemento por parte do empregador.
O fato de a contratação havida entre as partes reclamadas ter se Também não há que falar em afronta à decisão da Suprema Corte
dado por meio de licitação, sob a égide da Lei nº 8.666/93, não quando a instância ordinária fundamenta a existência de culpa do
afasta a responsabilidade subsidiária do ente público. ente público nas regras de distribuição do ônus da prova, porquanto
Nesse sentido, a jurisprudência consolidada no Supremo Tribunal o STF nem sequer adentrou no exame desta questão ao julgar a
Federal (Rcl 14729 AgR, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira ADC nº 16, consoante se denota do precedente abaixo transcrito:
Turma, julgado em 09/12/2014, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
025 DIVULG 05-02-2015 PUBLIC 06-02-2015) e neste Tribunal "AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO.
Superior (E-RR - 99700-88.2007.5.15.0121, Relator Ministro: RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ENTE PÚBLICO.
Horácio Raymundo de Senna Pires, Data de Julgamento: DEVERES DE FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS
02/02/2012, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS. DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS DA
Data de Publicação: DEJT 30/11/2012; AIRR - 403- PROVA. AUSÊNCIA DE AFRONTA À DECISÃO PROFERIDA NA
ADC 16 OU CONTRARIEDADE À SÚMULA VINCULANTE 10/STF. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
PRECEDENTES. 1. O registro da omissão da Administração retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Pública quanto ao poder-dever de fiscalizar o adimplemento, pela Intime-se.
contratada, das obrigações legais que lhe incumbiam - a Publique-se.
caracterizar a culpa in vigilando-, ou da falta de prova acerca do Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
cumprimento dos deveres de fiscalização - de observância
obrigatória-, não caracteriza afronta à ADC 16. 2. Inviável o uso da
reclamação para reexame de conjunto probatório. Precedentes. 3. A Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
afronta à Súmula Vinculante 10 se dá quando o sentido conferido a RENATO DE LACERDA PAIVA
determinada norma por órgão fracionário de tribunal acaba por Ministro Vice-Presidente do TST
deixá-la à margem do ordenamento jurídico, sem qualquer
aplicabilidade, de forma direta - com o reconhecimento da Processo Nº ARR-0021655-38.2014.5.04.0022
inconstitucionalidade - ou indireta - com o completo esvaziamento Complemento Processo Eletrônico
do conteúdo da norma, a eliminar suas hipóteses de incidência. A Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
violação da reserva de plenário não se configura na mera Agravante e Recorrente ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
interpretação de determinada norma à luz da Carta Política. Agravo Procurador Dr. Daniel Homrich Schneider
regimental conhecido e não provido (Rcl 15512 AgR , Rel. Min. Agravado e Recorrente LIDERANCA LIMPEZA E
CONSERVACAO LTDA
ROSA WEBER, Primeira Turma, DJe 12.4.2016)."
Advogada Dra. Eloísa Gomes Pazini(OAB:
26008/RS)
Nesses termos, o reconhecimento da responsabilidade subsidiária Agravado e Recorrido CAROLINA CAZZARTELI MACIEL
da recorrente não implica afronta a qualquer artigo constitucional e Advogado Dr. Ana Paula Telles Ferreira(OAB:
legal, na medida em que estes devem ser interpretados de forma a 34363/RS)
não conflitar com as disposições legais e princípios que regem a
prestação de trabalho, de sorte a não permitir que fiquem os Intimado(s)/Citado(s):
trabalhadores ao desamparo. Importante salientar que a relação de - CAROLINA CAZZARTELI MACIEL
emprego é tutelada por normas de índole social, que, mesmo em - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
nível constitucional, são hierarquicamente superiores àquelas - LIDERANCA LIMPEZA E CONSERVACAO LTDA
administrativas ou organizacionais.
O TRT decidiu em harmonia com a jurisprudência consolidada deste Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
Tribunal Superior do Trabalho representada pela Súmula nº 331, V, Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
do TST. instrumento do recorrente.
A responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços alcança A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
todas as parcelas decorrentes da relação de emprego havida entre violação aos dispositivos da Constituição da República que
parte reclamante e a empregadora, nos termos da Súmula nº 331, especifica nas razões recursais.
VI, do TST. É o relatório.
Estando a decisão recorrida em conformidade com a jurisprudência Decido.
pacífica do TST, não prospera a arguição de violação dos Consta na ementa do acórdão recorrido:
dispositivos legais trazidos pela parte agravante, nem de
contrariedade a entendimento jurisprudencial desta Corte ou mesmo (...)
de divergência jurisprudencial, nos termos da Súmula n.º 333 do
TST. II - AGRAVO DE INSTRUMENTO DO SEGUNDO RECLAMADO
Por fim, registro que estão preclusas todas as matérias e violações EM RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI
trazidas no recurso de revista e não renovadas no agravo de N° 13.467/2017 - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA -
instrumento. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - SÚMULA Nº 331, V, DO TST -
Nego provimento ao agravo de instrumento. ÔNUS DA PROVA
O acórdão regional está em harmonia com o entendimento firmado
na Súmula nº 331, item V, do TST, porquanto a responsabilização
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da subsidiária do ente público decorreu do reconhecimento de conduta
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo culposa na fiscalização da empresa prestadora.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja 2. Compete à Administração Pública o ônus da prova quanto à
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). fiscalização, considerando que: (i) a existência de fiscalização do
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de contrato é fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos Reclamante; (ii) a obrigação de fiscalizar a execução do contrato
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere decorre da lei (artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93) e (iii) não se
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pode exigir do trabalhador a prova de fato negativo ou que
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos apresente documentos aos quais não tenha acesso, em atenção ao
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". princípio da aptidão para a prova. Julgados.
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema 3. O E. STF, ao julgar o Tema nº 246 de Repercussão Geral -
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada responsabilidade subsidiária da Administração Pública por encargos
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa prestadora
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes de serviço, RE 760931 -, não fixou tese específica sobre a
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do distribuição do ônus da prova pertinente à fiscalização do
Processo Nº ARR-0021255-90.2015.5.04.0021
Complemento Processo Eletrônico Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro RENATO DE LACERDA PAIVA
Agravante e Recorrente HOSPITAL NOSSA SENHORA DA Ministro Vice-Presidente do TST
CONCEIÇÃO S.A.
Advogado Dr. Dante Rossi(OAB: 3161/RS)
Processo Nº ED-AgR-AIRR-0002059-29.2016.5.11.0014
Agravado e Recorrido MICHELI RITA GALVAN Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Newton Jancowski Neto(OAB: Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann
79690/RS)
Embargante AMAZONAS DISTRIBUIDORA DE
Agravado e Recorrido PREMEDIC EMERGÊNCIAS ENERGIA S.A.
MÉDICAS EIRELI
Advogada Dra. Audrey Martins Magalhães
Advogado Dr. Guilherme Carlete Gomes(OAB: Fortes(OAB: 1231-A/AM)
17791-A/ES)
Embargado RAIMUNDO DA SILVA VALETA
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Daniel Félix da Silva(OAB:
11037/AM)
- HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO S.A. Embargado D5 ASSESSORIAS E SERVIÇOS
- MICHELI RITA GALVAN EIRELI
- PREMEDIC EMERGÊNCIAS MÉDICAS EIRELI Advogado Dr. Alessandra da Silva Contente(OAB:
7091/AM)
extraordinário ante a privatização da empresa. qual isenta o ente público de responsabilidade pelo adimplemento
É o relatório. de encargos trabalhistas, fiscais ou previdenciários não pagos pelo
Decido. contratado, fez com que a Súmula 331 do C. TST, na parte afeita ao
Consta do acórdão recorrido: Poder Público, deixasse de ser aplicável, tornando-a letra morta.
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão Sem razão. Com efeito, a mais alta Corte Trabalhista, atenta aos
proferida no âmbito do TRT que denegou seguimento ao recurso de termos do julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na
revista. mencionada ADCT, conferiu nova redação ao item V da Súmula
Contudo, os argumentos do agravo de instrumento não infirmam as 331. Desde então, o entendimento firmado pelo Tribunal Superior
conclusões do despacho agravado, que se mantém pelos seus do Trabalho é reconhecer a responsabilidade subsidiária nas
próprios fundamentos, ora incorporados às presentes razões de situações em que a Administração Pública não cumpriu ou falhou
decidir, verbis: em cumprir as obrigações previstas nos termos da Lei nº 8.66/93,
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA / SUBSIDIÁRIA / TOMADOR notadamente, com relação ao dever de fiscalizar o cumprimento das
DE SERVIÇOS/TERCEIRIZAÇÃO. obrigações trabalhistas assumidas pela empresa vencedora da
Alegação(ões): licitação, que venha caracterizar conduta culposa. Portanto, o
- contrariedade à(s) Súmula(s) nº 331, item V do colendo Tribunal tomador de serviços terceirizados suporta a responsabilidade
Superior do Trabalho. subsidiária do débito trabalhista somente nas situações em que
- violação à legislação infraconstitucional: Lei nº 8666/1993, artigo resultar comprovado que se absteve de fiscalizar a observância das
71, §1º; Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 818. normas da legislação trabalhista, de modo a caracterizar
- divergência jurisprudencial: folha 6 (1 aresto); folha 7 (1 aresto); culpa in vigilando ou caso não se haja desincumbido do ônus de
folha 8 (1 aresto). provar que exerceu o dever de fiscalizar a empresa prestadora de
- Art. 373, I, do CPC. serviços no curso do contrato, o que a tese que vem sendo
- ADC nº 16 do STF. defendida desde a peça de defesa, não há outra melhor
A recorrente sustenta que ao julgar parcialmente procedente a interpretação a ser dada à matéria do que a de que o pagamento
demanda, revertendo a sentença de piso, o v. acórdão recorrido atrasado de salários e verbas rescisórias não dá ensejo a dano
violou o disposto nas Súmula 331, V, do TST, e o artigo 818 da CLT moral, devendo ser comprovado (e não presumido) o efeito negativo
e 373, I, do CPC, no que tange ao reconhecimento de sua na esfera íntima do trabalhador, o que inexiste na hipótese.
responsabilidade subsidiária pelo pagamento da indenização por Consta no v. acórdão (id. 83e3650):
danos morais, bem como no que tange ao pleito indenizatório, deu "(...)
interpretação divergente à matéria relativamente a outros Tribunais Ilegitimidade passiva. Alega a recorrente que é evidente a sua
Regionais e ao próprio Tribunal Superior do Trabalho. ilegitimidade para figurar no polo passivo da demanda. Sem
Argumenta que o reconhecimento da responsabilidade subsidiária amparo. A recorrente participou da relação processual como
da recorrente no caso vertente não pode prevalecer, pois não se tomadora de serviços prestados pelo recorrido, tendo sido, portanto,
verificou na hipótese a excepcionalidade prevista no item V da beneficiária da sua força de trabalho. Assim, não há como acolher a
Súmula 331 do C. TST, qual seja, culpa decorrente de omissão na preliminar suscitada. Rejeito. Responsabilidade subsidiária.
fiscalização da execução do contrato, haja vista a total inexistência Segundo a litisconsorte a Súmula 331, item V, do C. TST, ao regular
de prova produzida pelo recorrido no sentido de demonstrar a o fenômeno da terceirização, impôs a responsabilidade subsidiária
referida omissão. ao ente público, desde que evidenciada omissão de sua parte
Acrescenta que, do cotejo analítico da recentíssima jurisprudência quanto à fiscalização da contratada no que tange ao cumprimento
colacionada pela recorrente e o acórdão recorrido, arestos estes dos direitos trabalhistas de seus empregados, o que, segundo seu
que convergem com interpretação a ser dada à matéria do que a de entendimento não restou comprovado nos autos, razão pela qual
que o pagamento atrasado de salários e verbas rescisórias não dá pugna pela reforma da sentença, a fim de que seja afastada a sua
ensejo a dano moral, devendo ser comprovado (e não presumido) o responsabilidade subsidiária. Ademais, entende que o Supremo
efeito negativo na esfera íntima do trabalhador, o que inexiste na Tribunal Federal, ao julgar constitucional o artigo 71, §1º da Lei
hipótese. 8666/73, nos autos da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o
Consta no v. acórdão (id. 83e3650): qual isenta o ente público de responsabilidade pelo adimplemento
"(...) de encargos trabalhistas, fiscais ou previdenciários não pagos pelo
Ilegitimidade passiva. Alega a recorrente que é evidente a sua contratado, fez com que a Súmula 331 do C. TST, na parte afeita ao
ilegitimidade para figurar no polo passivo da demanda. Sem Poder Público, deixasse de ser aplicável, tornando-a letra morta.
amparo. A recorrente participou da relação processual como Sem razão. Com efeito, a mais alta Corte Trabalhista, atenta aos
tomadora de serviços prestados pelo recorrido, tendo sido, portanto, termos do julgamento proferido pelo Supremo Tribunal Federal na
beneficiária da sua força de trabalho. Assim, não há como acolher a mencionada ADCT, conferiu nova redação ao item V da Súmula
preliminar suscitada. Rejeito. Responsabilidade subsidiária. 331. Desde então, o entendimento firmado pelo Tribunal Superior
Segundo a litisconsorte a Súmula 331, item V, do C. TST, ao regular do Trabalho é reconhecer a responsabilidade subsidiária nas
o fenômeno da terceirização, impôs a responsabilidade subsidiária situações em que a Administração Pública não cumpriu ou falhou
ao ente público, desde que evidenciada omissão de sua parte em cumprir as obrigações previstas nos termos da Lei nº 8.66/93,
quanto à fiscalização da contratada no que tange ao cumprimento notadamente, com relação ao dever de fiscalizar o cumprimento das
dos direitos trabalhistas de seus empregados, o que, segundo seu obrigações trabalhistas assumidas pela empresa vencedora da
entendimento não restou comprovado nos autos, razão pela qual licitação, que venha caracterizar conduta culposa. Portanto, o
pugna pela reforma da sentença, a fim de que seja afastada a sua tomador de serviços terceirizados suporta a responsabilidade
responsabilidade subsidiária. Ademais, entende que o Supremo subsidiária do débito trabalhista somente nas situações em que
Tribunal Federal, ao julgar constitucional o artigo 71, §1º da Lei resultar comprovado que se absteve de fiscalizar a observância das
8666/73, nos autos da Ação Direta de Constitucionalidade nº 16, o normas da legislação trabalhista, de modo a caracterizar culpa in
vigilando ou caso não se haja desincumbido do ônus de provar que Tribunal Federal no julgamento da ADC 16.
exerceu o dever de fiscalizar a empresa prestadora de serviços no Ao exame do caso concreto, o Tribunal Regional, em harmonia com
curso do contrato, o que ficou configurado nos autos. De fato, o verbete transcrito, concluiu pela responsabilidade subsidiária do
consigna a sentença recorrida haver inúmeras Reclamatórias tomador dos serviços face à sua omissão em fiscalizar o
Trabalhistas em curso neste Regional que tratam do mesmo polo cumprimento das obrigações contratuais e legais por parte da
passivo, dando conta de que a litisconsorte não se utilizou de empresa contratada, caracterizadora da culpa in vigilando.
ferramentas de Ressalte-se que, para se concluir de maneira diversa, seria
fiscalização do contrato tampouco não reteve os créditos dos necessário o revolvimento fático-probatório dos autos, procedimento
obreiros por força da inadimplência da reclamada. Ademais, extrai- vedado nesta instância extraordinária, nos termos em que disposto
se do conjunto probatório que a Litisconsorte não foi eficiente na na Súmula nº 126 desta Corte.
sua fiscalização, haja vista que não atuou de forma imediata, para O Supremo Tribunal Federal, em hipóteses como a dos autos, em
evitar transtornos e assegurar o fiel cumprimento dos direitos dos que evidenciada a culpa in vigilando, tem mantido a
empregados da terceirizada, evidenciando que não cobrou da responsabilidade subsidiária imputada ao ente público tomador dos
reclamada que efetuasse o cumprimento das obrigações serviços (Rcl. 14.671/RS, Relator Ministro Ricardo Lewandowski,
trabalhistas em atraso, bem como que foi conivente com reiterada DJE 11.10.2012; Rcl. 14.419 MC/RS, Relator Ministro Celso de
inadimplência da reclamada principal quanto aos depósitos Mello, DJE 12.09.2012; Rcl. 14.346 MC/SP, Relator Ministro
fundiários do reclamante, uma vez que não há comprovação de sua Joaquim Barbosa, DJE 06.09.2012; Rcl. 13.272, Relatora Ministra
efetiva fiscalização referente às obrigações da reclamada junto a Rosa Weber, DJE 03.09.2012; Rcl. 13.204 MC/AM, Relator Ministro
seus empregados, restando tardia a propositura da Ação de Luiz Fux, DJE 03.09.2012; Rcl. 13.941 MC/MG, Relator Ministro
Consignação em Pagamento 0001716-33.2016.5.11.0014, que Cezar Peluso, DJE 31.08.2012; e Rcl. 13.219, Relator Ministro
somente foi ajuizada em agosto de 2016, após a inércia da Ayres Britto, DJE 14.03.2011).
reclamada em apresentar os comprovantes de recolhimento Ressalte-se que cumpre ao Ente Público o ônus da prova da
previdenciário e fundiário, assim como o pagamento de verbas fiscalização. Isso ocorre por força dos ditames da distribuição
rescisórias, demonstrando não ser suficiente a medida para eximi-la dinâmica, especialmente por ser o Ente Público o detentor dos
da culpa in vigilando. Portanto, tem-se como correto o entendimento meios de prova sobre tal objeto. É nessa esteira o entendimento
do Juízo de origem, razão pela qual merece ser mantido por seus pacífico desta Corte Superior, ao que cito como representativos os
próprios fundamentos e os ora expendidos neste julgado. seguintes julgados:
(...)" (...)
A decisão proferida está em consonância com a Súmula 331, V, do Consoante registrado na decisão agravada, a responsabilidade
TST, o que inviabiliza o seguimento do recurso, inclusive por subsidiária imputada à parte não decorreu do mero inadimplemento
dissenso jurisprudencial (§ 7º do art. 896 da CLT, e Súmula 333 do das obrigações trabalhistas assumidas pela prestadora de serviços,
TST). hipótese rechaçada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento
CONCLUSÃO da ADC 16, mas sim, da omissão na fiscalização do cumprimento
DENEGO seguimento ao recurso de revista. das obrigações trabalhistas.
A reclamada renova argumentos constantes nas razões do recurso Não houve, portanto, reconhecimento de responsabilidade objetiva
de revista, no sentido da impossibilidade de ser condenada de da Administração Pública com fundamento no art. 37, § 6º, da CF.
forma subsidiária pelo pagamento dos créditos trabalhistas Ressalto que, para se concluir de maneira diversa, seria necessário
deferidos na presente demanda. Aponta violação dos arts. 71, § 1º, o revolvimento fático-probatório dos autos, procedimento vedado
da Lei nº 8.666/93; 818 da CLT; e 373 do CPC; além de nesta instância extraordinária, nos termos em que disposto na
contrariedade à Súmula 331, V, do TST. Colaciona arestos. Súmula nº 126 desta Corte.
Ao exame. Vale transcrever a decisão de relatoria do Ministro Luiz Fux nos
No julgamento da ADC 16, o STF pronunciou a constitucionalidade Embargos de Declaração na Reclamação nº 18.778/RJ, publicada
do art. 71, caput e § 1º, da Lei 8.666/93, mas não excluiu a no Dje em 06/02/2015, em que consignado ser incabível o manejo
possibilidade de a Justiça do Trabalho, com base nos fatos da de reclamação constitucional nas hipóteses em que o
causa, determinar a responsabilidade do sujeito público tomador de reconhecimento da responsabilidade subsidiária está devidamente
serviços continuados em cadeia de terceirização quando constatada fundamentada no conjunto fático-probatório dos autos, verbis:
a culpa in vigilando, pronúncia dotada de efeito vinculante e eficácia EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA RECLAMAÇÃO.
contra todos. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RESPONSABILIDADE
Nesse sentido foi editado o item V da Súmula 331/TST, segundo o SUBSIDIÁRIA. ARTIGO 71, § 1º, DA LEI 8.666/93.
qual "os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta CONSTITUCIONALIDADE. ADC 16. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, DEVER DE FISCALIZAÇÃO. RESPONSABILIDADE DA
caso evidenciado a sua conduta culposa no cumprimento das SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. AFRONTA À SÚMULA
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na VINCULANTE 10. INOCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL A
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da QUE SE NEGA
prestadora de serviço como empregadora. A aludida PROVIMENTO.
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das 1. Os embargos de declaração opostos objetivando a reforma da
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos
contratada". em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do
Na hipótese, depreende-se do acórdão regional que a princípio da fungibilidade. (Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min.
responsabilidade subsidiária imputada ao ente público não decorreu Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel.
do mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel.
pela prestadora de serviços, hipótese rechaçada pelo Supremo Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min.
Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ 5.4.2011). Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos embargos de
2. A Administração tem o dever de fiscalizar o fiel cumprimento do declaração opostos objetivando reforma da decisão do relator, com
contrato pelas empresas prestadoras de serviço, também no que diz caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso cabível
respeito às obrigações trabalhistas referentes aos empregados por força do princípio da fungibilidade. Nesse sentido, colaciono os
vinculados ao contrato celebrado, sob pena de atuar com culpa in seguintes julgados, in verbis:
eligendo ou in vigilando. (...)
3. A aplicação do artigo 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93, declarado Destarte, conheço dos embargos de declaração como agravo
constitucional pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da regimental e passo a apreciá-lo.
ADC 16, não exime a entidade da Administração Pública do dever O presente agravo regimental não merece ser provido. O Plenário
de observar os princípios constitucionais a ela referentes, entre os desta Corte, no julgamento da ADC 16, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe
quais os da legalidade e da moralidade administrativa. de 09/09/2011, declarou ser constitucional o artigo 71, § 1º, da Lei
4. A decisão que reconhece a responsabilidade do ente público com Federal nº 8.666/93, que estabelece, verbis:
fulcro no contexto fático-probatório carreado aos autos não pode ser Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,
alterada pelo manejo da reclamação constitucional. Precedentes: previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do
Rcl 11985-AgR, Rel. Min. Celso De Mello, Tribunal Pleno, julgado contrato. § 1º A inadimplência do contratado com referência aos
em 21/02/2013, processo eletrônico DJe-050 Divulg 14-03-2013 encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à
Public 15-03-2013. Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem
5. A ausência de juízo de inconstitucionalidade acerca da norma poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização e o
citada na decisão impugnada afasta a violação à Súmula Vinculante uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de
10 desta Corte. Imóveis.
6. Declarada a constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei n. Não obstante o Supremo Tribunal Federal tenha declarado a
8.666/93 nos autos da ADC 16, não há falar em aplicação, ao caso, constitucionalidade do dispositivo da Lei de Licitações (Lei n.
da sistemática da repercussão geral fundamentada no RE 8.666/93, art. 71, § 1º), por entender que a transferência automática
603.397/SC (Tema 246). à Administração Pública da responsabilidade pelo pagamento dos
7. Agravo regimental a que se nega provimento. encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais seria
ACÓRDÃO juridicamente incompatível com a Constituição Federal, é inegável
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da que, em atenção ao princípio da legalidade, a Administração Pública
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do não pode anuir com o não cumprimento de deveres por entes por
Senhor Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata de ela contratados. Em voto proferido na ADC 16, a Ministra Cármen
julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em Lúcia ressaltou que a aplicação do artigo 71, § 1º da Lei n. 8.666/93
converter os embargos de declaração em agravo regimental, não exime a entidade da Administração Pública do dever de
vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Na observar os princípios constitucionais a ela referentes, entre os
sequência e, por maioria quais os da legalidade e da moralidade administrativa.
de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do Na mesma assentada, o Ministro Cezar Peluso sustentou que o
voto do relator, vencidos os Senhores Ministro Marco Aurélio e Dias mero inadimplemento deveras não transfere, mas a inadimplência
Toffoli. da obrigação da Administração é que lhe traz como consequência
RELATÓRIO uma responsabilidade que a Justiça do Trabalho eventualmente
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de pode reconhecer a despeito da constitucionalidade da lei.
embargos de declaração opostos pela Nuclebrás Equipamentos In casu, o Tribunal Superior do Trabalho, ao inadmitir o recurso de
Pesados S.A. - NUCLEP em face de decisão por mim proferida, em revista, subscreveu a aludida responsabilização subsidiária do ente
que neguei seguimento à reclamação, sob o fundamento de não público, aos seguintes fundamentos, verbis: "No caso dos autos, o
haver qualquer violação à autoridade da decisão do Supremo TRT entendeu configurada a culpa in vigilando, porquanto o ente
Tribunal Federal suscitada pela parte reclamante. A decisão foi público não zelou pelo cumprimento das obrigações trabalhistas
assim ementada, assumidas pela empresa. No acórdão do Regional foi consignado o
verbis: seguinte
"RECLAMAÇÃO. DÉBITOS TRABALHISTAS. (fl.212):
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA ADMINISTRAÇÃO "No caso dos autos, a contratação da 1ª Reclamada se deu através
PÚBLICA. ALEGAÇÃO DE AFRONTA À DECISÃO DO SUPREMO de regular processo licitatório, conforme se depreende dos
TRIBUNAL FEDERAL. ADC Nº 16 E SÚMULA VINCULANTE Nº 10. documentos de fls. 79/86, o que afasta eventual alegação de culpa
INEXISTÊNCIA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO". in eligendo. De todo modo, a Recorrente deixou de fiscalizar o
Irresignada, a embargante opôs embargos de declaração, com cumprimento das obrigações por parte da 1ª reclamada, posto que
efeito infringente, alegando omissão no julgado atinente à "petição esta deixou de efetuar os depósitos fundiários, conforme
protocolizada em 06 de outubro de 2014", por meio da qual "a comprovado pela Reclamante através do documento de fl. 09,onde
reclamante requereu a suspensão do feito (ante o fato de ter sido não consta registrado os depósitos dos valores relativos aos meses
reconhecida a repercussão geral desta lide)". de fevereiro a junho/2011. Assim, restou caracterizada a culpa in
Requer sejam conhecidos e acolhidos os presentes embargos vigilando, por parte da Recorrente".
declaratórios, para o fim de determinar a suspensão do feito até o Assim, agiu com acerto o Regional, ao concluir que a 2ª
julgamento do RE 603.397, "ante a repercussão geral e identidade Reclamada, ora Agravante, deixou de fiscalizar de maneira eficaz o
de temas daquelas lides". cumprimento das normas trabalhistas por parte da empresa
É o relatório. interposta, em razão da comprovação do não recolhimento dos
VOTO depósitos fundiários".
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Prima facie, o Sendo assim, como já defendi, na decisão ora agravada, não há
que se falar em desrespeito à autoridade da decisão proferida por configuração de divergência jurisprudencial hábil e específica, nos
esse Supremo Tribunal Federal, nos autos da ADC 16, uma vez que moldes das alíneas "a" e "c" do artigo 896 da CLT, uma vez que as
o artigo 71, § 1º, da Lei 8.666/93, declarado constitucional, não razões expendidas pela agravante não se mostram suficientes a
afasta, na apreciação dos fatos, a responsabilidade da demonstrar o apontado equívoco em relação a tal conclusão. Nego
Administração Pública. provimento.
Nesse sentido: Rcl 8.475/PE, Rel. Min. Ayres Britto; Rcl 12.388/SC,
Rel. Min. Joaquim Barbosa; Rcl 12.560/MG, Rel. Min. Ricardo O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Lewandowski; Rcl 12.519/SP, Rel. Min. Celso de Mello. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Do último precedente citado acima, colhe-se o seguinte excerto: "É inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
importante assinalar, por oportuno, que o dever legal das entidades repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
públicas contratantes de fiscalizar a idoneidade das empresas que Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
lhes prestam serviços abrange não apenas o controle prévio à mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
contratação consistente em exigir, das empresas licitantes, a encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
apresentação dos documentos aptos a demonstrar a habilitação automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
jurídica, a qualificação técnica, a qualificação econômico-financeira, pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
a regularidade fiscal e o cumprimento do disposto no inciso XXXIII termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
do artigo 7º da Constituição Federal (Lei nº 8.666/93, art. 27), mas Considerando-se o trânsito em julgado o tema em comento e o
compreende, também, o controle concomitante à execução disposto no art. 1.030, II, do CPC, não há que se falar na perda do
contratual, viabilizador, dentre outras medidas, da vigilância efetiva objeto do recurso, cabendo ao órgão fracionário, se for o caso,
e da adequada fiscalização do cumprimento das obrigações realizar a distinção entre o precedente e a hipótese em exame, com
trabalhistas em relação aos empregados vinculados ao contrato base nos elemtnos constantes dos autos.
celebrado (Lei nº 8.666/93, art. 67)". Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Com efeito, incumbe às instâncias ordinárias examinar, diante do cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
contexto fático-probatório carreado aos autos, se houve o pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
comportamento culposo (i.e., culpa in eligendo ou in vigilando) por autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
parte da entidade da Administração para, em caso afirmativo, autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
proceder à sua responsabilização subsidiária em razão do CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
inadimplemento ou insolvência do prestador de serviços. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Reitero, ainda, que a Corte Superior Trabalhista apenas considerou Publique-se.
as circunstâncias fáticas e probatórias do caso para efeito da Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
responsabilização da Municipalidade, não tecendo nenhum juízo de
inconstitucionalidade de norma, afastando-se, portanto, qualquer
alegação de violação à Súmula Vinculante 10 deste Supremo Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Tribunal Federal. RENATO DE LACERDA PAIVA
Por derradeiro, ao contrário da tese perfilhada pela parte, a Ministro Vice-Presidente do TST
declaração de constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei n.
8.666/93 nos autos da ADC 16 torna inócua a aplicação da Processo Nº ARR-0020818-46.2015.5.04.0022
sistemática da repercussão geral com fundamento no julgamento do Complemento Processo Eletrônico
RE 603.397/SC (Tema 246), cuja ementa possui a seguinte Relator Min. Dora Maria da Costa
redação: Agravante e Recorrente ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
"ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DA Procurador Dr. Marília Vieira Bueno
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA POR ENCARGOS TRABALHISTAS Agravado e Recorrido IVONE NELZA DO NASCIMENTO
AREVA
EM FACE DO INADIMPLEMENTO DE EMPRESA PRESTADORA
Advogado Dr. Rafael Davi Martins Costa(OAB:
DE SERVIÇO. EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE DO ART. 71, 44138-A/RS)
§ 1º, DA LEI 8.666/1993. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO Agravado e Recorrido SERRA DO SUDESTE RH,
GERAL". SERVIÇOS, COMÉRCIO E
INDÚSTRIA LTDA. - ME
Desse modo, definida a responsabilidade subsidiária do ente
público decorrente da verificação concreta da culpa - em absoluta
Intimado(s)/Citado(s):
consonância com entendimento desta Suprema Corte firmado no
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
julgamento da ADC 16 -, não há que se cogitar em responsabilidade
- IVONE NELZA DO NASCIMENTO AREVA
objetiva pelo mero inadimplemento das obrigações trabalhistas pela
- SERRA DO SUDESTE RH, SERVIÇOS, COMÉRCIO E
empresa prestadora de serviço. INDÚSTRIA LTDA. - ME
Com essas considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
É como voto.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Verifica-se, portanto, que a decisão recorrida foi proferida em
instrumento do recorrente.
sintonia com o entendimento cristalizado na Súmula 331, V, do TST,
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
a atrair a incidência do art. 896, § 7º, da CLT e da Súmula nº
violação aos dispositivos da Constituição da República que
333/TST.
especifica nas razões recursais.
Nesse contexto, impõe-se confirmar a decisão agravada, na qual
É o relatório.
constatada a ausência de violação direta e literal de preceito de lei
Decido.
federal ou da Constituição da República, bem como a não
Agravado BIOTECH HUMANA ORGANIZAÇÃO pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
SOCIAL DE SAÚDE
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Advogado Dr. Marcos Antônio de Souza
Silveira(OAB: 99272/RJ) autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Advogada Dra. Lívia Neves Medeiros(OAB: CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
190430/RJ) retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intime-se.
Intimado(s)/Citado(s):
Publique-se.
- BIOTECH HUMANA ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE SAÚDE Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
- CARLOS ALBERTO COSTA ARAÚJO JÚNIOR
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo RENATO DE LACERDA PAIVA
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de Ministro Vice-Presidente do TST
instrumento do recorrente.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Processo Nº Ag-ARR-0011857-77.2015.5.15.0130
violação aos dispositivos da Constituição da República que Complemento Processo Eletrônico
especifica nas razões recursais. Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
É o relatório. Agravante PETROBRAS TRANSPORTE S.A. -
Decido. TRANSPETRO
Consta na ementa do acórdão recorrido: Advogado Dr. André Luiz Teixeira Perdiz
Pinheiro(OAB: 183805/SP)
Agravado EMPRESA METROPOLITANA DE
(...) TRANSPORTES URBANOS DE SÃO
PAULO S.A. - EMTU/SP
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - Advogado Dr. Claudia Nahssen de Lacerda
Franze(OAB: 124517-A/SP)
PROCESSO SOB A ÉGIDE DA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40
Agravado OTACIANO OLIVEIRA SANTOS
DO TST - RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA -
Advogado Dr. Marco Augusto de Argenton(OAB:
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO - 163741/SP)
CULPA IN VIGILANDO - CONFISSÃO. Agravado BANCO DO BRASIL S.A.
1. Em 30/3/2017, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no Advogado Dr. Jorge Luiz Reis Fernandes(OAB:
julgamento do tema de Repercussão Geral nº 246 (RE 760.931), 220917/SP)
definiu que a responsabilidade subsidiária pelos encargos Advogada Dra. Júlia Panisson Lemos(OAB:
37732/DF)
trabalhistas inadimplidos pela empresa prestadora de serviços só
Agravado ALBATROZ SEGURANÇA E
poderá ser imputada à Administração Pública quando houver prova VIGILÂNCIA LTDA.
real e específica de que ela foi negligente na fiscalização ou Advogada Dra. Rosely Cury Sanches(OAB:
conivente com o descumprimento das obrigações contratuais pela 84504/SP)
contratada, incorrendo em culpa in vigilando. O STF definiu que não
Intimado(s)/Citado(s):
se admite a assertiva genérica nesse sentido e que o ônus da prova
da culpa recai sobre o trabalhador, ressalvado o entendimento - ALBATROZ SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.
deste relator. - BANCO DO BRASIL S.A.
2. No caso, o acórdão regional responsabilizou subsidiariamente o - EMPRESA METROPOLITANA DE TRANSPORTES URBANOS
DE SÃO PAULO S.A. - EMTU/SP
ente público, pois houve confissão real da Administração Pública,
- OTACIANO OLIVEIRA SANTOS
que reconheceu não ter fiscalizado o cumprimento das obrigações
- PETROBRAS TRANSPORTE S.A. - TRANSPETRO
trabalhistas pela prestadora de serviços.
3. Ante esse quadro fático, a condenação subsidiária não se deu de
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
forma automática, mas em razão da confissão da Administração
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo da
Pública, sendo possível a manutenção da responsabilização
recorrente.
subsidiária.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Agravo de instrumento desprovido.
violação aos dispositivos da Constituição da República que
especifica nas razões recursais.
É o relatório.
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Decido.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Consta do acórdão recorrido:
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
(...)
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA "IN
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
VIGILANDO" DEMONSTRADA
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Por decisão monocrática (fls. 1181/1183) este Relator não
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
conheceu do recurso de revista da quarta reclamada, com fulcro na
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Súmula 333 do TST.
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
No caso dos autos, constata-se que o reconhecimento da Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
responsabilidade subsidiária do Poder Público decorreu da ausência RENATO DE LACERDA PAIVA
de fiscalização no cumprimento do contrato de trabalho firmado Ministro Vice-Presidente do TST
entre o empregado e a empresa prestadora de serviços.
O Regional, analisando os elementos fáticos apresentados nos Processo Nº RR-0101036-71.2016.5.01.0002
autos, concluiu que a responsabilidade atribuída à Administração Complemento Processo Eletrônico
Pública foi pautada na culpa (ausência de fiscalização), premissa Relator Min. Dora Maria da Costa
fática insuscetível de revisão nesta fase recursal, nos termos da Recorrente ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Súmula n.º 126 do TST. Procurador Dr. Raquel do N. Ramos Rohr
Ademais, verifica-se que a responsabilidade subsidiária do Poder Recorrido MARIA DA CONCEIÇÃO DE SOUZA
Público não decorreu de mero inadimplemento das obrigações MESQUITA
trabalhistas assumidas pela empresa prestadora de serviços, mas Advogada Dra. Patrícia de Fátima Moreira da
Silva Leandro(OAB: 113910/RJ)
na omissão da fiscalização do cumprimento das referidas
Recorrido BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS
obrigações. Logo, a culpa in vigilando da Administração Pública, na LTDA.
hipótese, ficou caracterizada pela não fiscalização da prestadora de Advogado Dr. Fabiano Gomes Netto(OAB:
serviços. 97453/RJ)
Nesse contexto, a decisão regional está em consonância com o Advogada Dra. Karla Cabizuca Bernardes
Netto(OAB: 93931/RJ)
entendimento do STF no julgamento da ADC n.º 16 e com o
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de "RECURSO DE REVISTA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA.
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CULPAIN VIGILANDO.ÔNUS DA
Intime-se. PROVA.A teor do artigo 373, II, do CPC/2015 (artigo 333, II, do
Publique-se. CPC/1973), cabe ao ente integrante da Administração Pública
Brasília, 18 de fevereiro de 2020. comprovar que fiscalizou devidamente o cumprimento do contrato
administrativo de prestação de serviço, não se podendo exigir do
empregado terceirizado o ônus de provar o descumprimento desse
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) dever legal. De outra forma, os artigos 58, III, e 67 da Lei nº
RENATO DE LACERDA PAIVA 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de fiscalizar a
Ministro Vice-Presidente do TST execução dos contratos administrativos de prestação de serviços
por ela celebrados. No presente caso, o ente público tomador dos
Processo Nº ED-AIRR-0100596-93.2016.5.01.0481 serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação, permitindo
Complemento Processo Eletrônico que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro regularmente a sua empregada as verbas trabalhistas que lhe eram
Embargante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - devidas. Por conseguinte, ficou configurada a culpain vigilando,
PETROBRAS
hábil a justificar a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB:
16538/GO) termos da Lei nº 8.666/93, dos artigos 186 e 927 do Código Civil, da
Embargado ALBERTO FREDERICO DA CUNHA Súmula nº 331, V, do TST e das decisões proferidas pelo STF na
LUNANUOVA ADC nº 16 e no RE nº 760.931.Recurso de revista conhecido e
Advogado Dr. Leandro Santos Lima(OAB: 130956 provido." (TST-RR - 10474-87.2014.5.01.0001, 8ª Turma,Relatora
-D/RJ)
Ministra:Dora Maria da Costa, DEJT10/11/2017)
Advogado Dr. Washington Luiz Paes Terra(OAB:
153227/RJ) Incólume o art. 5º, II, da Constituição da República, pois referido
Embargado BRASITEST LTDA. E OUTROS dispositivo trata de princípio geral do ordenamento jurídico, pelo que
Advogado Dr. Cristóvão Tavares Macedo Soares a sua violação, em regra, não será direta e literal, como exigido pela
Guimarães(OAB: 77988/RJ) alínea "c" do art. 896 da CLT, pois pressupõe a revisão de
interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão
Intimado(s)/Citado(s): recorrida. Inteligência da Súmula 636 do STF.
- ALBERTO FREDERICO DA CUNHA LUNANUOVA Nego provimento.
- BRASITEST LTDA. E OUTROS
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
instrumento da recorrente. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
violação aos dispositivos da Constituição da República que mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
especifica nas razões recursais. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
É o relatório. automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
Decido. pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Consta do acórdão recorrido: termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
(...) cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
A decisão regional está em consonância com a Súmula 331, V, do pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
TST, na medida em que consignado nos autos que a segunda autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
reclamada (PETROBRAS) não se desincumbiu do ônus de provar autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
que fiscalizou o cumprimento das obrigações trabalhistas CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
decorrentes do contrato de prestação de serviços firmado, deixando retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
assente a ocorrência da sua culpa in vigilando. Publique-se.
Desse modo, restando evidenciada culpa nos autos, incide a Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
responsabilidade subjetiva prevista nos artigos 186 e 927, caput, do
Código Civil.
Assim, nos estritos limites do recurso de revista, não é viável Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
reexaminar a prova dos autos a respeito da efetiva conduta RENATO DE LACERDA PAIVA
fiscalizatória do ente estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST. Ministro Vice-Presidente do TST
Nesse contexto, inviável o processamento do apelo sob a alegação
de ofensa ao dispositivo legal invocado, ante o óbice da Súmula 333 Processo Nº AIRR-1001337-71.2014.5.02.0313
do TST. Complemento Processo Eletrônico
Vale ressaltar, em observância ao princípio da aptidão para prova, Relator Min. Douglas Alencar Rodrigues
que, em se tratando de fato impeditivo e/ou extintivo do direito do Agravante FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
reclamante, o ônus quanto à prova da fiscalização do contrato
Procuradora Dra. Giulia Dandara Pinheiro Martins
celebrado com a prestadora de serviços é do ente público, segundo
Agravado ANA MARIA DA SILVA
o entendimento desta Oitava Turma:
diferentes requerimentos de administração, know-how e estrutura, ineficiente fiscalização dos contratos de prestação de serviços
para setores e atividades distintas. 6. A Administração Pública, terceirizados, o Ministro Luiz Fux pontuou acerca do real sentido da
pautada pelo dever de eficiência (art. 37, caput, da Constituição), decisão prevalecente no julgamento em questão: "Agora, Senhora
deve empregar as soluções de mercado adequadas à prestação de Presidente, a minha preocupação, como eu fui autor do voto
serviços de excelência à população com os recursos disponíveis, divergente, eu gostaria que a tese tivesse fidelidade. Porque não
mormente quando demonstrado, pela teoria e pela prática adianta deliberar o Colegiado e vencer na tese, porque fica uma
internacional, que a terceirização não importa precarização às coisa dissonante. Em segundo lugar, quanto mais se acrescenta à
condições dos trabalhadores. 7. O art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93, tese, mais se abre oportunidade para que venham os acórdãos para
ao definir que a inadimplência do contratado, com referência aos dizer que, na verdade, nesse caso, se enquadra; e a repercussão
encargos trabalhistas, não transfere à Administração Pública a geral não serviu para absolutamente nada. Então, o Ministro Marco
responsabilidade por seu pagamento, representa legítima escolha Aurélio tem razão quando diz: o minimalismo nessa hora resolve.
do legislador, máxime porque a Lei nº 9.032/95 incluiu no dispositivo Por quê? Porque nós também não vamos poder conhecer matéria
exceção à regra de não responsabilização com referência a de fato, se comprovou culpa ou se não comprovou culpa. Isso é
encargos trabalhistas. 8. Constitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei matéria não cognoscível em sede de recurso extraordinário. Então,
nº 8.666/93 já reconhecida por esta Corte em caráter erga omnes e essa redação defende - não é defende no sentido genérico da
vinculante: ADC 16, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO, Tribunal jurisprudência defensiva - o instituto da repercussão geral. Aqui não
Pleno, julgado em 24/11/2010. 9. Recurso Extraordinário volta mais isso. Agora, se tiver uma prova lá, que eles próprios
parcialmente conhecido e, na parte admitida, julgado procedente avaliem e possam aferir a prova, isso é um problema que não
para fixar a seguinte tese para casos semelhantes: "O compete a nós. Eles têm que se basear que não podem mais
inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do carimbar com isso aqui. Não há transferência dessa..." (fls.
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público 339/340).
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em Essa mesma compreensão acerca da necessidade de prova foi
caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº reafirmada na subsequente manifestação do Ministro Lewandwski:
8.666/93". (g.n.). "Com a recente aprovação do projeto, agora transformado em Lei,
que ampliou muito as hipóteses de terceirização, nós temos que ser
Como se percebe, a tese jurídica consagrada pela Excelsa Corte especialmente cuidadosos nesse tema. E realmente nós
em nada difere da compreensão deste TST, inscrita no item V da poderíamos deixar o trabalhador terceirizado ao desamparo. A
Súmula 331, segundo a qual: "Os entes integrantes da Administração Pública vai ampliar muito, assim como as empresas
Administração Pública direta e indireta respondem privadas, a utilização de empregados terceirizados. É preciso que
subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso eles tenham o mínimo de garantia. Pelo que eu me lembro dos
evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações debates, da discussão nasceu um consenso e esse consenso foi
da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do fabricado na medida em que vários de nós cedemos em alguns
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de pontos de vista para que pudéssemos chegar a essa conclusão. E
serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre salvo melhor juízo, se a culpa da Administração ficar
de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas inequivocamente comprovada, ela tem que responder. Eu acho que
pela empresa regularmente contratada.". isso é que resultou dos debates." (fl. 340).
Oportuno notar que não há na tese firmada no julgamento do RE Avançando nas discussões, o Ministro Alexandre de Moraes
760931 qualquer indicação objetiva de parâmetros que possam reafirmou a convicção de que O artigo 71, § 1º, da Lei 8.666/93 é
permitir a exata compreensão acerca da possibilidade ou constitucional, conforme declarado no ADC 16, e somente a
impossibilidade de imputação da responsabilidade subjetiva aos comprovação de um comportamento culposo em relação aos
entes públicos contratantes de serviços terceirizados, com terceirizados permite a responsabilização do poder público,
fundamento no artigo 71, § 1º, da Lei 8.666/93. havendo a necessidade de prova do nexo de causalidade entre a
Com efeito, não houve, na tese jurídica fixada pela Suprema Corte, conduta comissiva ou omissiva da Administração e o dano sofrido
indicação da impossibilidade de transferência da responsabilidade pelo trabalhador. Isso porque, desta forma, a conduta comissiva ou
em qualquer circunstância aos entes públicos ou se essa omissiva também abarca o que o Ministro BARROSO mencionou
transferência dependeria da comprovação objetiva e efetiva, a cargo quanto à falta de fiscalização ou de uma providência errada. E nós
do autor da ação ou da própria Administração, do descumprimento colocaríamos, na tese, a necessidade de comprovação do
do dever legal de fiscalização dos contratos. comportamento culposo. (fl. 341).
Por conseguinte, para sanar as dúvidas suscitadas acerca do exato No voto escrito anexado aos autos, o Min. Alexandre de Moraes
alcance da decisão proferida no RE 760931, faz-se necessário assim resolveu a questão: Não me parece que seja
analisar os motivos que foram expostos ao longo dos debates automaticamente dedutível, da conclusão deste julgamento, um
travados entre os Ministros da Excelsa Corte. Aliás, nesse exato dever estatal de fiscalização do pagamento de toda e qualquer
sentido, o novo CPC de 2015 é taxativo no sentido de que se parcela, rubrica por rubrica, verba por verba, devida aos
mostra necessário considerar as circunstâncias de fato analisadas trabalhadores. O que pode induzir à responsabilização do Poder
por ocasião da construção de teses consubstanciadas em súmulas, Público é a comprovação de um comportamento sistematicamente
o que confirma a compreensão de que os fatos são relevantes para negligente em relação aos terceirizados; ou seja, a necessidade de
a apreensão do exato sentido dessas prescrições jurisprudenciais prova do nexo de causalidade entre a conduta comissiva ou
(CPC, artigo 926). omissiva do Poder Público e o dano sofrido pelo trabalhador. (...)
(...) Voto, portanto, pedindo vênias a eminente Relatora, com a
Apesar do sentido que se orientava a definição da tese, com a divergência inaugurada pelo Min. LUIZ FUX, conheço parcialmente
expressa admissão da responsabilização da Administração Pública, do recurso extraordinário da União e voto pelo seu provimento.
nas situações em que configurada a culpa, decorrente da falta ou Aponto, ainda, que acompanho, como tese com repercussão geral,
a sugerida pela Ilustre Presidente, Ministra CÁRMEN LÚCIA: "ante expressamente previsto na Lei de Licitações, inclusive com a
a ausência de prova taxativa do nexo de causalidade entre a designação de um representante da Administração:
conduta da Administração e o dano sofrido pelo trabalhador, a dizer,
que se tenha comprovado peremptoriamente no processo tal Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
circunstância, subsiste o ato administrativo e a Administração fiscalizada por um representante da Administração especialmente
Pública exime-se da responsabilidade por obrigações trabalhistas designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e
em relação àqueles que não compõem seus quadros"". subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Nada obstante, persistindo dúvidas acerca da possibilidade de § 1º O representante da Administração anotará em registro próprio
transferência da responsabilidade, à luz do § 1º do artigo 71 da Lei todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato,
8.666/93, a Ministra Carmen Lúcia reafirmou que não há determinando o que for necessário à regularização das faltas ou
possibilidade de transferência automática pelo só inadimplemento defeitos observados.
das verbas trabalhistas, sendo necessária a demonstração de que a § 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência
Administração Pública "não cumpriu seu dever de fiscalização." (fl. do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em
342). tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
No curso dos debates, em resposta à advertência de adequada
definição da compreensão da Excelsa Corte acerca do que se Nada obstante, diante dos debates travados na construção da tese
considera culpa da Administração, formulada pelo Min. Barroso (fl. jurídica em exame, resta claro que há plena possibilidade de
342), uma vez mais o Min. Marco Aurélio insistiu na tese de que imputação da responsabilidade aos entes da Administração Pública,
"não há a responsabilidade", sem embargo de que "Os casos embora em caráter excepcional, não se cogitando, porém, de
excepcionais serão demonstrados e se poderá concluir de forma responsabilidade objetiva ou de transferência automática, em razão
diversa." (fl. 343). do simples inadimplemento das obrigações trabalhistas mantidas
Ainda uma vez realçando a necessidade de que a Suprema Corte pela empresa contratada, na exata conformidade, aliás, do que se
fixasse parâmetros para balizar o exame da questão pelas demais contem no item V da Súmula 331 desta Corte.
instâncias de jurisdição, o Min. Barroso esclareceu: "(...) eu quero No caso dos autos, o Tribunal Regional, após exaustivo exame do
dizer que eu concordo também, para evitar o impasse, mas gostaria conjunto fático-probatório dos autos - inviável de reanálise nesta
de registrar que, se nós não explicitarmos, ainda que em obiter instância extraordinária (Súmula 126/TST) -, registrou estar
dictum, o tipo de comportamento que se exige da Administração cabalmente comprovada a conduta culposa da segunda Reclamada
Pública, o problema vai continuar. Portanto, eu diria, pelo menos em pelos danos sofridos pela trabalhadora.
obiter dictum , que a fiscalização adequada por amostragem Consignou que as provas carreadas aos autos revelaram que a
satisfaz o dever de fiscalização e eu diria que a inércia diante de segunda Reclamada não promoveu a fiscalização durante a
inequívoca denúncia de violação de deveres trabalhistas gera execução do contrato de prestação de serviços.
responsabilidade. Diria isso como obiter dictum, para que nós Destacou que o "Ente Público foi notificado pelo Sindicato
sinalizemos para a Justiça do Trabalho o que que nós achamos que SIEMACO acerca do atraso de salários e benefícios, sendo,
é comportamento inadequado. Eu concordo que não fique na tese, inclusive, solicitado "o bloqueio das importâncias das faturas a
mas se nós não dissermos isso, o automático significa: bom, então serem pagas para a empresa MULTIFUNCIONAL - MÃO DE OBRA
tá, não é automático; eu verifiquei que ela não fiscalizou todos os TERCEIRIZADA LTDA" (Id. 6dd5325), e não demonstrou qualquer
contratos. E eu acho que exigir a fiscalização de todos os contratos preocupação com os trabalhadores, sequer retendo valores para
é impedir a terceirização. De modo que eu procuraria explicitar, pelo repasse aos empregados da 1ª ré MULT FUNCIONAL como
menos em obiter dictum, se o Relator estiver de acordo, o que que a requerido pelo Sindicato" (fl. 303).
gente espera que o Poder Público faça. Mas à tese, em si, eu estou A conclusão da Corte Regional, portanto, encontra-se pautada nas
aderindo." (fl. 347). provas dos autos, as quais evidenciam cabalmente a culpa do Ente
Mas o punctum saliens dos debates ocorreu já ao final do Público pelos danos sofridos pela Reclamante, sendo que somente
julgamento, quando se discutiu a responsabilidade pelo ônus da com o revolvimento de fatos e provas é que se poderia chegar à
prova da fiscalização do contrato pela Administração. Suscitada a conclusão diversa, o que não se admite nesta instância
questão pelo Min. Dias Toffoli (fls. 349/350), o Min. Fux esclareceu: extraordinária, ante o óbice da Súmula 126/TST.
"Suponhamos que o reclamante promova uma demanda alegando Configurada, portanto, a culpa in vigilando da segunda Demandada,
isso. Então, ele tem que provar o fato constitutivo do seu direito: mostra-se legítima a imputação da responsabilidade subsidiária.
deixei de receber, porque a Administração largou o contratado para Incidência da Súmula 331, V, do TST, não havendo falar em
lá, e eu fiquei sem receber. Na defesa, caberá... Porque propor a violação de dispositivos da Constituição Federal e de lei, tampouco
ação é inerente ao acesso à Justiça. O fato constitutivo é preciso em dissenso de teses.
comprovar na propositura da ação. E cabe ao réu comprovar fatos NEGO PROVIMENTO.
impeditivos, extintivos ou modificativos do direito do autor. Então, a
Administração vai ter que chegar e dizer: "Claro, olha aqui, eu
fiscalizei e tenho esses boletins". E tudo isso vai se passar lá O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
embaixo, porque aqui nós não vamos mais examinar provas. Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
Como se percebe, é plenamente possível impor à Administração inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
Pública a responsabilidade por dívidas trabalhistas, embora em repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
caráter excepcional, quando configurada a culpa, compreendida Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
como a ação ou omissão de dever jurídico que cause dano a mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
outrem, de forma involuntária, por negligência, imprudência ou encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
imperícia. No caso das relações contratuais firmadas com automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
particulares, o dever da Administração de fiscalizar está pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
dos artigos 37, § 6°, 97 e 102, § 2°, da Constituição Federal e 71, § cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
1°, da Lei n° 8.666/1993. pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
Sustenta que o Regional não apontou especificamente quais de autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
seus atos foram eivados de culpa, tampouco indicou o nexo causal autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
entre sua conduta e a inadimplência da primeira reclamada. Afirma CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
que a arguição genérica de culpa resulta em responsabilização retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
automática da Administração Pública. Assevera que não foi Intime-se.
comprovada a falha na escolha ou na fiscalização da empresa Publique-se.
contratada. Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
Sem razão.
Eis os trechos do acórdão regional destacados pelo segundo
reclamado, em cumprimento ao artigo 896, § 1º-A, I, da CLT: Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
RENATO DE LACERDA PAIVA
"(...) Assevere-se que, independentemente da pactuação Ministro Vice-Presidente do TST
formalizada (contrato de gestão), o Município beneficiou-se do
trabalho da Autora. Processo Nº AIRR-0100328-43.2016.5.01.0512
Inicialmente, destaca-se que o E. STF declarou a Complemento Processo Eletrônico
constitucionalidade do art. 71 da Lei 8.666/93 (...) Relator Min. Dora Maria da Costa
(...) Agravante INSTITUTO ESTADUAL DO
AMBIENTE - INEA
Não obstante, nesta mesma Ação Declaratória, o E. STF reconhece
Procurador Dr. Alice Voronoff
que a administração pode ser responsabilizada se omissa em
Agravado JOSÉ LUIZ GOMES
fiscalizar as obrigações do contratado (...)
Advogado Dr. Vinicius Trigo Corguinha(OAB:
(...) 148752-D/RJ)
(...) Agravado BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS
Portanto, reconhecido tal dever à administração pública, temos que LTDA.
a Segunda Ré não executou a contento a fiscalização que lhe cabia. Advogado Dr. Fabiano Gomes Netto(OAB:
97453/RJ)
(...)" (fls. 558/559).
Verifica-se que o acórdão regional está em consonância com a
Intimado(s)/Citado(s):
Súmula 331, V, do TST, na medida em que consignado que o
- BEQUEST CENTRAL DE SERVIÇOS LTDA.
segundo reclamado não fiscalizou o cumprimento das obrigações
- INSTITUTO ESTADUAL DO AMBIENTE - INEA
trabalhistas decorrentes do contrato de prestação de serviços
- JOSÉ LUIZ GOMES
firmado com a primeira reclamada, deixando assente a ocorrência
da sua culpain vigilando.
Evidenciada essa culpa nos autos, incide a responsabilidade Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
subjetiva, prevista nos artigos 186 e 927,caput, do Código Civil. Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao agravo de
Nos estritos limites do recurso de revista, não é viável reexaminar a instrumento do recorrente.
prova dos autos a respeito da efetiva conduta fiscalizatória do ente A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST. violação aos dispositivos da Constituição da República que
Nesse contexto, à luz do artigo 896, § 7º, da CLT e da Súmula 333 especifica nas razões recursais.
do TST, tem-se por inviável o processamento do recurso de revista É o relatório.
interposto pelo segundo reclamado. Decido.
Ademais, não há falar em violação do artigo 97 da Constituição Consta na ementa do acórdão recorrido:
Federal, pois não foi declarada a inconstitucionalidade do artigo 71,
§ 1º, da Lei nº 8.666/1993, mas apenas se concluiu, em harmonia (...)
com o entendimento manifestado pelo próprio STF (ADC nº 16), que
tal preceito legal não impede a responsabilização subsidiária do AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.
ente público quando restar evidenciada, no caso concreto - como na RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO
presente hipótese -, a sua omissão em fiscalizar o cumprimento do PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. O Tribunal Regional decidiu a
contrato de prestação de serviços (culpain vigilando). controvérsia em consonância com os artigos 186 e 927 do Código
Nego provimento. Civil, que preveem a culpa in vigilando. Ademais, os artigos 58, III, e
67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração Pública o dever de
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da fiscalizar a execução dos contratos administrativos de prestação de
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo serviços por ela celebrados. No presente caso, o ente público
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja tomador dos serviços não cumpriu adequadamente essa obrigação,
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). permitindo que a empresa prestadora contratada deixasse de pagar
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de regularmente o seu empregado as verbas trabalhistas que lhe eram
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos devidas. Saliente-se que essa conclusão não implica afronta ao art.
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere 97 da CF e contrariedade à Súmula Vinculante nº 10 do STF, nem
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade desrespeito à decisão do STF na ADC nº 16, porque não parte da
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos declaração de inconstitucionalidade do art. 71, § 1º, da Lei nº
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". 8.666/93, mas da definição do alcance das normas inscritas nessa
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema Lei, com base na interpretação sistemática. 2. LIMITES DA
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que ela celebrados, não alcança os casos em que o ente público
exclusivamente moral, comete ato ilícito." tomador não cumpre sua obrigação de fiscalizar a execução do
"Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano contrato pelo prestador.
a outrem, fica obrigado a repará-lo." Saliente-se, por oportuno, que não há falar em violação do art. 97
Dos dispositivos transcritos, extrai-se que a verificação de culpa do da Constituição Federal, em contrariedade à Súmula Vinculante nº
agente é um dos requisitos essenciais à atribuição de 10 do Supremo Tribunal Federal, tampouco em desrespeito à
responsabilidade civil subjetiva. Com efeito, uma das modalidades decisão do Pleno do Supremo Tribunal Federal que, no julgamento
de culpa hábil a justificar a responsabilização é a chamada culpa in da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 16, em sessão
vigilando, que ocorre quando o agente se omite quanto ao dever de realizada no dia 24/11/2010, entendeu ser o art. 71, § 1º, da Lei nº
vigiar e fiscalizar a ação de terceiros. Especificamente no tocante à 8.666/93 compatível com a ordem constitucional vigente,
terceirização de serviços pelos entes da Administração Pública, os notadamente com o art. 37, § 6º, da Constituição Federal de 1988.
arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 assim preceituam: Conforme exposto, não se está declarando a incompatibilidade do
"Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído citado dispositivo com a Constituição Federal, mas, sim, definindo-
por esta Lei confere à Administração, em relação a eles, a se o alcance da norma nele inscrita mediante interpretação
prerrogativa de: sistemática de legislação infraconstitucional, notadamente em face
[...] dos arts. 67 da Lei nº 8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil, que
III - fiscalizar-lhes a execução." possibilitam a atribuição de responsabilidade subsidiária ao ente
"Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e público na hipótese de constatação de sua culpa in vigilando.
fiscalizada por um representante da Administração especialmente Nesse sentido, aliás, decidiu o próprio STF no julgamento da
designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e referida ADC (DJ de 3/12/2010), ocasião na qual se entendeu que
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição." "a mera inadimplência do contratado não poderia transferir à
Dos citados dispositivos legais emerge expressamente a obrigação Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos
dos entes da Administração Pública de acompanhar e fiscalizar a encargos, mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual
execução dos contratos administrativos de prestação de serviços. omissão da Administração Pública, na obrigação de fiscalizar as
No presente caso, todavia, é possível extrair do acórdão regional obrigações do contratado, não viesse a gerar essa
que o ente público tomador dos serviços não cumpriu responsabilidade" (Rel. Min. Cezar Peluso, DJE 9/9/11).
adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa Quanto à alegação de que cabia ao reclamante comprovar a
prestadora contratada deixasse de pagar regularmente a seu conduta culposa da segunda reclamada, não é o que se verifica.
empregado as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Por Isso porque o ônus da prova recai sobre o tomador dos serviços, o
conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar qual, como visto, tem obrigação legal de fiscalizar a execução do
a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos dos arts. contrato (arts. 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93). Logo, incumbia à
186 e 927 do Código Civil. Destacou o acórdão, à fl. 654: "A segunda reclamada provar a existência de fiscalização efetiva, bem
apelante não fez prova de que tenha fiscalizado o cumprimento das como desconstituir a pretensão do reclamante, nos termos do art.
obrigações trabalhistas pela prestadora de serviços". 373, II, do NCPC.
Acrescente-se que, partindo dessa interpretação, o Pleno deste Considerando as premissas fáticas delineadas pelo Regional para
Tribunal Superior, em revisão de sua jurisprudência, por meio da configurar a responsabilidade subsidiária da Petrobras, a pretensão
Resolução nº 174, de 24/5/2011 (DEJT 27/5/2011), alterou a recursal esbarra no óbice da Súmula nº 126 do TST, uma vez que
redação do item IV e acrescentou o item V à Súmula nº 331, com a demandaria revolvimento de fatos e provas, vedado nesta instância
seguinte redação: extraordinária.
"CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE Nesse contexto, estando a decisão proferida pelo Regional em
(nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - consonância com a jurisprudência pacificada desta Corte Superior,
Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011. descabe cogitar de violação de dispositivos de lei e da Constituição
[?] ou divergência jurisprudencial, uma vez que já foi atingido o fim
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do precípuo do recurso de revista, incidindo, assim, o óbice previsto na
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos Súmula 333 do TST e no art. 896, § 7º, da CLT.
serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da Nego provimento.
relação processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
prestadora de serviço como empregadora. A aludida mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
contratada." pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
Registre-se que esse entendimento não implica violação do art. 71, termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
§ 1º, da Lei nº 8.666/93. A interpretação sistemática desse Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
dispositivo, em conjunto com os demais artigos citados (67 da Lei nº cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
8.666/93 e 186 e 927 do Código Civil), revela que a norma nele pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
inscrita, ao isentar a Administração Pública das obrigações autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
trabalhistas decorrentes dos contratos de prestação de serviços por autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
obrigações trabalhistas, de modo a autorizar a sua PROVA. Tratando-se de fato impeditivo e/ou extintivo do direito do
responsabilização subsidiária, com fundamento na Súmula nº empregado, o ônus quanto à prova da fiscalização do contrato
331/TST. celebrado com a prestadora de serviços é do ente público tomador,
Agravo conhecido e não provido. nos termos do princípio da distribuição do ônus da prova, fundado
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da nos artigos 818 da CLT e 373, I e II, do NCPC. Recurso de revista
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo de que se conhece e a que se dá provimento.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Intime-se. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Publique-se. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Brasília, 18 de fevereiro de 2020. retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intime-se.
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
RENATO DE LACERDA PAIVA
Ministro Vice-Presidente do TST
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Processo Nº RR-1001189-20.2015.5.02.0606 RENATO DE LACERDA PAIVA
Complemento Processo Eletrônico Ministro Vice-Presidente do TST
Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
Recorrente CLARINDA GUSMÃO DE OLIVEIRA Processo Nº ARR-0100439-64.2016.5.01.0241
Advogado Dr. Claudia Teixeira da Silva Complemento Processo Eletrônico
Floriano(OAB: 195507/SP) Relator Min. Dora Maria da Costa
Advogado Dr. Jaime dos Santos Penteado(OAB: Agravante e Recorrente ESTADO DO RIO DE JANEIRO
183112/SP)
Procuradora Dra. Renata Cotrim Nacif
Recorrido MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Procuradora Dra. Tatiana Pereira Moraes Leite
Advogado Dr. Fabio Fernando Jacob(OAB:
352420-A/SP) Procuradora Dra. Renata Ruffo Rodrigues Pereira
Rezende
Procurador Dr. Renato Spaggiari
Agravado e Recorrido AFRÂNIO GOULART GARCIA
Recorrido UNIÃO SOCIAL BRASIL GIGANTE
Advogada Dra. Simone de Oliveira Antas
Gonçalves(OAB: 107139-A/RJ)
Intimado(s)/Citado(s):
Agravado e Recorrido TRADE BUILDING ENGENHARIA E
- CLARINDA GUSMÃO DE OLIVEIRA SERVIÇOS LTDA.
- MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Advogado Dr. Heloisa Guimarães
Rodrigues(OAB: 51117-A/RJ)
- UNIÃO SOCIAL BRASIL GIGANTE
Intimado(s)/Citado(s):
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
- AFRÂNIO GOULART GARCIA
Tribunal Superior do Trabalho que deu provimento ao recurso de
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO
revista de CLARINDA GUSMÃO DE OLIVEIRA.
- TRADE BUILDING ENGENHARIA E SERVIÇOS LTDA.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
violação aos dispositivos da Constituição da República que
Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão proferido pelo
especifica nas razões recursais.
Tribunal Superior do Trabalho que negou provimento ao recurso de
É o relatório.
revista e ao agravo de instrumento do recorrente.
Decido.
A parte suscita preliminar de repercussão geral da matéria e aponta
Consta na ementa do acórdão recorrido:
violação aos dispositivos da Constituição da República que
especifica nas razões recursais.
(...)
É o relatório.
Decido.
II - RECURSO DE REVISTA - RESPONSABILIDADE
Consta do acórdão recorrido:
SUBSIDIÁRIA. ENTE PÚBLICO. CULPA IN VIGILANDO. ÔNUS DA
O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da 7º, da CLT e da Súmula 333 do TST.
Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo Nego provimento.
inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10). O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado. autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
Publique-se. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Brasília, 18 de fevereiro de 2020. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
Intime-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Publique-se.
RENATO DE LACERDA PAIVA Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
Ministro Vice-Presidente do TST
nas Súmulas 126 e 333, do TST e no art. 896, "c" e § 7º, da CLT. conseguinte, ficou configurada a culpa in vigilando, hábil a justificar
O agravante sustenta não ter sido demonstrada a sua culpa in a atribuição de responsabilidade subsidiária, nos termos da Lei nº
vigilando. Alega que a conduta culposa não pode ser presumida em 8.666/93, dos artigos 186 e 927 do Código Civil, da Súmula nº 331,
decorrência do mero inadimplemento das parcelas trabalhistas V, do TST e das decisões proferidas pelo STF na ADC nº 16 e no
devidas à reclamante pela prestadora de serviços. Diz incumbir à RE nº 760.931. Agravo de instrumento conhecido e não provido."
reclamante o ônus probatório da conduta culposa. Transcreve (TST-AIRR-754-98.2016.5.11.0017, 8ª Turma, Relatora Ministra:
arestos para demonstração de divergência jurisprudencial. Indica Dora Maria da Costa, DEJT 19/12/2017).
contrariedade à Súmula 331, V, do TST e violação dos arts. 2º, 5º, Os arestos indicados não se prestação à demonstração de dissenso
II, e 37, caput e § 6º, da Constituição da República, 71, caput e § 1º, de teses, na medida em que inovatórios, pois não indicados nas
da Lei de Licitações, 818, da CLT e 373, I, do CPC/15. razões do recurso de revista.
Não tem razão o agravante. Diante do exposto, nego provimento.
O Regional consignou, no que interessa:
"Todavia, em decorrência da edição da Lei nº 13.015/2014, que O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
alterou a redação do art. 896, § 4º, da CLT, e determina a Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
uniformização da jurisprudência, e para evitar alteração na relatoria inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
do voto, este Relator verga-se ao entendimento majoritário desta repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Turma Julgadora no sentido de que incumbe ao ente público Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
tomador de serviços demonstrar que fiscalizou o adimplemento dos mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
direitos trabalhistas por parte do empregador. encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
No caso concreto, a segunda reclamada não produziu nenhuma automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
prova documental ou oral capaz de demonstrar o cumprimento do pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
dever de fiscalização. termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
Não se espera que o contratante faça as vezes do empregador, Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
mas que fiscalize, minimamente, o cumprimento de tais obrigações. cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
Não se trata, portanto, de exigir-se da recorrente nenhuma pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
obrigação extravagante ou da qual ele próprio não tivesse se autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
comprometido, por força do disposto na própria Lei 8.666/93. autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
Assim, ante a ausência de provas de que a segunda reclamada CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
tenha fiscalizado de modo efetivo o cumprimento das obrigações retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
trabalhistas pela empresa contratada, resta caracterizada na Intime-se.
hipótese a culpa "in vigilando". Publique-se.
Mantém-se." (fls. 340, seq. 3-g.n.). Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
A decisão regional está em consonância com a Súmula 331, V, do
TST, na medida em que restou evidenciada a culpa in vigilando do
agravante. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Nesse contexto, resta superada qualquer possibilidade de RENATO DE LACERDA PAIVA
processamento do apelo, ante a incidência dos óbices da Súmula Ministro Vice-Presidente do TST
333 do TST e do art. 896, § 7º, da CLT.
E nos estritos limites do recurso de revista (art. 896 da CLT) não é Processo Nº RR-0020155-94.2015.5.04.0702
viável reexaminar a prova dos autos a respeito da efetiva conduta Complemento Processo Eletrônico
fiscalizatória do ente estatal (Súmula 126 do TST). Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
Necessário acrescentar que, tratando-se de fato impeditivo/extintivo Recorrente UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA MARIA - UFSM
do direito da reclamante, o ônus quanto à prova da fiscalização do
Procurador Dr. Juliano De Angelis
contrato celebrado com a prestadora de serviços é do tomador, nos
Recorrido THIAGO VICTORINO CLAUS
termos do princípio da distribuição do ônus da prova, fundado nos
Advogado Dr. Alexandre Jaenisch Martini(OAB:
arts. 818 da CLT e 373, I e II, do CPC/15, que não se reputam 51403/RS)
violados. Nesse sentido já decidiu esta Turma: Advogado Dr. Wagner Augusto Hundertmarck
"(?) 2. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. ADMINISTRAÇÃO Pompéo(OAB: 79122/RS)
PÚBLICA. CULPA IN VIGILANDO. ÔNUS DA PROVA. A teor do Advogado Dr. Luciano José Tonel de
Medeiros(OAB: 57622/RS)
artigo 373, II, do CPC/2015 (artigo 333, II, do CPC/1973), cabe ao
Recorrido FUNDAÇÃO DE APOIO À
ente integrante da Administração Pública comprovar que fiscalizou TECNOLOGIA E CIÊNCIA - FATEC
devidamente o cumprimento do contrato administrativo de prestação Advogado Dr. Marco Antônio de Almeida
de serviço, não se podendo exigir do empregado terceirizado o ônus Maioli(OAB: 36229/RS)
de provar o descumprimento desse dever legal. De outra forma, os Recorrido EMPRESA BRASILEIRA DE
SERVIÇOS HOSPITALARES -
artigos 58, III, e 67 da Lei nº 8.666/93 impõem à Administração EBSERH
Pública o dever de fiscalizar a execução dos contratos Advogado Dr. Angelica Prevedello Sarzi(OAB:
administrativos de prestação de serviços por ela celebrados. No 70411-A/RS)
presente caso, o ente público tomador dos serviços não cumpriu Advogado Dr. Claudio Maldaner Bulawski(OAB:
78614-A/RS)
adequadamente essa obrigação, permitindo que a empresa
prestadora contratada deixasse de pagar regularmente a sua
Intimado(s)/Citado(s):
empregada as verbas trabalhistas que lhe eram devidas. Por
corrigida, cobrando-se da real empregadora os créditos pertinentes. da Autora em proveito do Município do Rio de Janeiro, tomador de
O segundo Réu, como tomador dos serviços da Reclamante, deve seus serviços, responderá ele subsidiariamente, por todo e qualquer
responder subsidiariamente pelo inadimplemento das obrigações crédito trabalhista porventura reconhecido à Demandante na
trabalhistas havidas no curso do contrato. Tal responsabilidade presente ação.
decorre da culpa in vigilando - por não fiscalizar de forma eficiente a NEGO PROVIMENTO" (fls. 748/752 - g. n.).
execução do contrato de terceirização, especialmente em relação Inicialmente, esclareça-se ser imprestável ao fim colimado a
ao adimplemento dos direitos dos trabalhadores, tendo em vista a transcrição de arestos oriundos de turmas do TST, porquanto não
sua natureza de direitos fundamentais (CRFB, art. 7º) . contemplados no rol do artigo 896, "a", da CLT.
Cumpre destacar que a fiscalização meramente formal, inadequada De igual modo, imprestável a invocação da Súmula 331 do TST,
ou insuficiente, por parte do ente público estatal ou municipal sem a indicação expressa do item supostamente contrariado (artigo
contratante, incapaz de coibir o inadimplemento dos direitos laborais 896, § 1º-A, II e III, da CLT).
de suas empresas terceirizadas, também implica inadimplência ao No mais, vale ressaltar que o ente público, ao celebrar convênios,
dever de fiscalizar eficientemente o contrato de prestação de ajustes e outros instrumentos congêneres, nos termos do artigo116
serviços. da Lei nº 8.666/1993, também está sujeito às disposições
Na hipótese presente, repita-se - e à luz do entendimento exarado concernentes ao dever de fiscalizar o cumprimento das obrigações
pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADC 16 -, o ente legais e contratuais assumidas pela empresa conveniada, conforme
público não comprovou que fiscalizou e exigiu da contratada o preveem os artigos 58, III, e 67 da referida Lei de Licitações.
cumprimento da legislação laboral, deixando de desincumbir-se do Nesse contexto, tendo o Regional registrado que o segundo
encargo que lhe competia, sendo seu o ônus da prova, no reclamado (MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO) incorreu em culpain
particular. Forçoso concluir, pois, pela culpain vigilando, a ensejar vigilando, tendo em vista a demonstração da sua conduta culposa
sua responsabilidade subsidiária pelos encargos trabalhistas na obrigação de fiscalizar o ajuste firmado com o primeiro
devidos pelo empregador. reclamado, decidiu em consonância com a Súmula 331, V, do TST.
É certo que ao declarar a constitucionalidade da norma insculpida Evidenciada essa culpa nos autos, incide a responsabilidade
no art. 71, parágrafo 1º, da Lei 8.666/93, o STF tratou de vedar a subjetiva, prevista nos artigos 186 e 927,caput, do Código Civil.
aplicação do inciso IV, da Súmula nº 331, do C. TST como Nos estritos limites do recurso de revista, não é viável reexaminar a
fundamento exclusivo para a imputação de responsabilidade prova dos autos a respeito da efetiva conduta fiscalizatória do ente
subsidiária ao Poder Público, mas deixou ao intérprete a larga estatal, ante o óbice da Súmula 126 do TST.
margem de possibilidade interpretativas desta norma, dita Nesse contexto, à luz da Súmula 333 do TST, tem-se por inviável o
constitucional, em cotejo com outras normas, à luz dos fatos do processamento do recurso de revista interposto pelo segundo
caso concreto. reclamado.
Com efeito, não se pode simplesmente afastar a responsabilidade Vale acrescentar que, no entender desta Turma, o ônus da prova da
do tomador dos serviços, com fulcro no art. 71, parágrafo 1º, da Lei fiscalização do contrato de terceirização de serviços é do ente
8.666/93, que estabelece normas gerais sobre licitações e contratos público, seja por se tratar de fato impeditivo do direito postulado,
administrativos, pertinentes a obras e serviços, aplicáveis à seja em razão do princípio da aptidão para a prova. Nesse sentido,
Administração Pública, ante a natureza alimentícia do crédito os seguintes julgados:
trabalhista, o qual se sobrepõe a qualquer outro (Lei 6.830/80), (...)
afastando a prerrogativa do referido dispositivo legal. Esclareça-se, por fim, que a declaração de constitucionalidade do
Como leciona o i. Professor e Magistrado, Sergio Pinto Martins, artigo 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93 pelo STF, nos autos da ADC nº
verbis: (?) 16, não impede a responsabilização subsidiária do ente público,
Daí resulta que a Administração Pública, Direta e Indireta, não está com base na Súmula 331, V, do TST, quando restar evidenciado no
excluída das regras sobre responsabilidade civil, exatamente como caso concreto, como na presente hipótese, a sua omissão em
alude o parágrafo 6º, do art. 37, da CRFB/1988. fiscalizar o cumprimento do contrato de prestação de serviços
A propósito, peço vênia para transcrever parte do Acórdão proferido (culpain vigilando).
pelo Órgão Especial desta Corte no julgamento do incidente de Nego provimento.
inconstitucionalidade referente ao art. 71 da Lei 8666/93: (?)
Assim, colocar a Administração Pública a salvo de toda e qualquer O Tema 246 diz respeito à "responsabilidade subsidiária da
responsabilidade, como quer o Recorrente, é negar ao trabalhador o Administração Pública por encargos trabalhistas gerados pelo
acesso ao Judiciário para garantir a satisfação de seus direitos inadimplemento de empresa prestadora de serviço.", matéria cuja
trabalhistas sonegados. repercussão geral foi reconhecida em 05/02/2010 (DJe 16/04/10).
Importa ressaltar que o Pleno do C. Tribunal Superior do Trabalho, Em acórdão publicado em 12/09/17, o Pleno do STF fixou tese de
em sessão realizada em 24 de maio de 2011, modificou a Súmula mérito no precedente, nos seguintes termos: "O inadimplemento dos
nº 331, dando-lhe a seguinte redação (in verbis): (?) encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
A hipótese, como dito anteriormente, é a de culpa do tomador automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade
derivante de má escolha da empresa prestadora de serviços e da pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos
omissão na fiscalização do cumprimento das obrigações termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93".
trabalhistas pela contratada. Logo, versando o acórdão recorrido sobre questão atinente a tema
Demonstrado o nexo de causalidade entre o contrato havido entre cuja repercussão geral foi reconhecida, com tese de mérito firmada
os Reclamados e o dano sofrido pela Empregada, é lícito a ela vir a pelo Supremo Tribunal Federal, determino o encaminhamento dos
juízo postular seja o tomador de seus serviços responsabilizado autos ao órgão fracionário prolator da decisão recorrida nestes
pelas consequências do inadimplemento de obrigações trabalhistas autos, a fim de que se manifeste, nos termos do art. 1.030, II, do
básicas. CPC, sobre a necessidade ou não de exercer eventual juízo de
Diante de todo o exposto, e considerando a prestação de serviços retratação da decisão então proferida por aquele Colegiado.
(...)
Petição nº 279908/2019-2
Processo Nº Ag-AIRR-0030900-44.2012.5.17.0002
O 3º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente Complemento Processo Eletrônico
tombado sob o nº 279908/2019-2 (seq. 23), noticia a homologação Relator Min. Márcio Eurico Vitral Amaro
de acordo firmado entre as partes nos autos do processo de nº 1063 Agravante DACASA FINANCEIRA S/A -
SOCIEDADE DE CRÉDITO,
-23.2013.5.03.0058 e solicita a baixa dos autos do processo de nº FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
ED-AIRR - 516-12.2015.5.03.0058. Advogado Dr. Robinson Neves Filho(OAB:
Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o 8067/DF)
reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente Agravado FRANCISCA OGLIARY DE OLIVEIRA
do interesse de recorrer. Advogado Dr. Rodrigo Jorge de Brito
Antunes(OAB: 15628/ES)
Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que,
atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao
Intimado(s)/Citado(s):
órgão jurisdicional de origem.
- DACASA FINANCEIRA S/A - SOCIEDADE DE CRÉDITO,
Publique-se. FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. - FRANCISCA OGLIARY DE OLIVEIRA
Petição nº 290382/2019-0
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
VIEIRA DE MELLO FILHO
O 17º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente
Ministro Vice-Presidente do TST
tombado sob o nº 290382/2019-0 (seq. 26), noticia a homologação
de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos do
Processo Nº ED-RR-0000263-36.2013.5.03.0109 processo de nº Ag-AIRR - 30900-44.2012.5.17.0002.
Complemento Processo Eletrônico
A transação posterior à interposição do recurso induz o
Relator Min. Alexandre de Souza Agra
Belmonte reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente
Embargante BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, do interesse de recorrer.
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que,
E OUTRO
atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao
Advogado Dr. Bruno Miarelli Duarte(OAB: 93776-
A/MG) órgão jurisdicional de origem.
Advogado Dr. Daniel Augusto Teixeira de Publique-se.
Miranda(OAB: 26905/DF) Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Advogado Dr. Alexandre de Almeida
Cardoso(OAB: 20095-A/DF)
Embargado FABIANA ROSA DA SILVA
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Clériston Marconi Pinheiro
Lima(OAB: 107001/MG) VIEIRA DE MELLO FILHO
Advogado Dr. Luiz Rennó Netto(OAB: 108908- Ministro Vice-Presidente do TST
A/MG)
Processo Nº AIRR-0000589-97.2013.5.14.0041
Intimado(s)/Citado(s): Complemento Processo Eletrônico
- BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E Relator Min. Dora Maria da Costa
INVESTIMENTO E OUTRO Agravante SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E
- FABIANA ROSA DA SILVA ESGOTO DE CACOAL - SAAEC
Advogado Dr. Susileine Kusano(OAB: 4478/RO)
Petição nº 305153/2019-4 Agravado JESSE SILVA FLOR
Advogado Dr. Aidevaldo Marques da Silva(OAB:
1467/RO)
O 3º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente
tombado sob o nº 305153/2019-4 (seq. 43), noticia a homologação
Intimado(s)/Citado(s):
de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos do
- JESSE SILVA FLOR
processo de nº ED-RR - 263-36.2013.5.03.0109.
- SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO DE CACOAL -
Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o SAAEC
reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente
do interesse de recorrer.
Petições nºs 173393/2019-6 e 236886/2019-2
Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que,
atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao
O reclamante JESSÉ SILVA FLOR, por meio da petição
órgão jurisdicional de origem.
protocolizada sob o nº 173393/2019-6 (seq. 55), informa a
Publique-se.
realização de acordo entre as partes.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
O 14º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente
tombado sob o nº 236886/2019-2 (seq. 58), noticia a homologação
de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos do
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
processo de nº AIRR - 589-97.2013.5.14.0041.
VIEIRA DE MELLO FILHO
Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o
Ministro Vice-Presidente do TST
reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente
Processo Nº Ag-AIRR-0094140-24.2008.5.03.0006
Complemento Processo Eletrônico Petição nº 247538/2019-7
Relator Min. Walmir Oliveira da Costa
Agravante e Agravado TNL CONTAX S.A. O 4º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB: tombado sob o nº 247538/2019-7 (seq. 31), noticia a homologação
513/DF) de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos.
Advogado Dr. Felipe Cunha Pinto Rabelo(OAB: Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o
97773/MG)
reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente
Agravante e Agravado TELEMAR NORTE LESTE S/A
do interesse de recorrer.
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB:
513/DF) Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que,
Advogado Dr. Décio Flávio Gonçalves Torres atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao
Freire(OAB: 56543/MG) órgão jurisdicional de origem.
Agravado MARLY DE JESUS SILVA Publique-se.
Advogado Dr. Carlos Henrique Otoni Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Fernandes(OAB: 70808/MG)
Intimado(s)/Citado(s):
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- MARLY DE JESUS SILVA
VIEIRA DE MELLO FILHO
- TELEMAR NORTE LESTE S/A
Ministro Vice-Presidente do TST
- TNL CONTAX S.A.
Processo Nº ED-E-RR-0028200-25.2008.5.17.0006
Petição nº 303662/2019-0 Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
O 3º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente Embargante VIACAO PRETTI LTDA
tombado sob o nº 303662/2019-0 (seq. 42), noticia a homologação Advogada Dra. Sara Dias Barros(OAB: 11337/ES)
de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos do Embargado MILTON PIRES DA COSTA
processo de nº Ag-AIRR - 94140-24.2008.5.03.0006. Advogado Dr. Jader Nogueira(OAB: 4048/ES)
Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o
reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente Intimado(s)/Citado(s):
do interesse de recorrer.
- MILTON PIRES DA COSTA
Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que,
- VIACAO PRETTI LTDA
atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao
órgão jurisdicional de origem.
Petições nºs 82102/2019-9, 85002/2019-3 e 143531/2019-0
Publique-se.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
A reclamada VIAÇÃO PRETTI LTDA, por meio da petição
protocolizada sob o nº 82102/2019-9 (seq. 48), informa a realização
de acordo entre as partes.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
O 17º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente
VIEIRA DE MELLO FILHO
tombado sob o nº 85002/2019-3 (seq. 52), noticia a homologação
Ministro Vice-Presidente do TST
de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos do
processo de ED-E-RR - 28200-25.2008.5.17.0006.
Processo Nº Ag-AIRR-0020710-57.2014.5.04.0020
A reclamada VIAÇÃO PRETTI LTDA, por meio da petição
Complemento Processo Eletrônico
protocolizada sob o nº 143531/2019-0 (seq. 54), reitera a notícia
Relator Min. Maria Cristina Irigoyen Peduzzi
existência de acordo homologado entre as partes e requer a baixa
Agravante PORTO ALEGRE DEPARTAMENTO
MUNICIPAL DE ÁGUAS E ESGOTOS dos autos.
Procurador Dr. Nelson Nemo Franchini Marisco Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o
Procurador Dr. Rafael Vicente Ramos reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente
Procurador Dr. Guilherme Faraco de Freitas do interesse de recorrer.
Agravado JEFERSON LUIS DORNELLES Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que,
Advogado Dr. Arthur Orlando Dias Filho(OAB: atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao
40806/RS) órgão jurisdicional de origem.
Agravado MASSA FALIDA de PROSERVI Publique-se.
SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA LTDA.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s):
- ADILSON SANTOS CORREA Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- ORGAO DE GESTAO DE MAO DE OBRA TRAB PORT VIEIRA DE MELLO FILHO
AVULSO DE SF
Ministro Vice-Presidente do TST
Petição nº 280416/2019-0
Processo Nº AgR-E-ED-RR-0061200-94.2012.5.17.0161
Complemento Processo Eletrônico
O 12º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente Relator Min. Alexandre de Souza Agra
tombado sob o nº 280416/2019-0 (seq. 47), noticia a homologação Belmonte
de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos do Agravante DACASA FINANCEIRA S/A -
SOCIEDADE DE CRÉDITO,
processo de nº AgR-E-RR - 990-55.2015.5.12.0050. FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o E OUTRO
reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente Advogado Dr. Robinson Neves Filho(OAB:
8067/DF)
do interesse de recorrer.
Agravado EMMILY DURAO RIGO
Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que,
Advogado Dr. Rodrigo Jorge de Brito
atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao Antunes(OAB: 15628/ES)
órgão jurisdicional de origem.
Publique-se. Intimado(s)/Citado(s):
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
- DACASA FINANCEIRA S/A - SOCIEDADE DE CRÉDITO,
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO E OUTRO
- EMMILY DURAO RIGO
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
VIEIRA DE MELLO FILHO Petição nº 311149/2019-2
Ministro Vice-Presidente do TST
O 17º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente
Processo Nº AIRR-0001598-37.2014.5.03.0180 tombado sob o nº 311149/2019-2 (seq. 54), noticia a homologação
Complemento Processo Eletrônico de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos do
Relator Min. Guilherme Augusto Caputo processo de nº AgR-E-ED-RR - 61200-94.2012.5.17.0161.
Bastos
Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o
Agravante GLOBAL TELEATENDIMENTO E
TELESSERVIÇOS DE COBRANÇAS reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente
LTDA. do interesse de recorrer.
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB: Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que,
513-A/DF)
atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao
Agravado BANCO BRADESCO S.A.
órgão jurisdicional de origem.
Advogado Dr. Evandro Mardula(OAB: 258368/SP)
Publique-se.
Advogado Dr. Rosano de Camargo(OAB:
137252/MG) Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Agravado JÉSSICA FERNANDA DE AVELAR
RODRIGUES
Advogado Dr. Juliano Pereira Nepomuceno(OAB: Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
73683/MG)
VIEIRA DE MELLO FILHO
Ministro Vice-Presidente do TST
Intimado(s)/Citado(s):
- BANCO BRADESCO S.A.
Processo Nº AIRR-0000300-52.2015.5.12.0009
- GLOBAL TELEATENDIMENTO E TELESSERVIÇOS DE
COBRANÇAS LTDA. Complemento Processo Eletrônico
- JÉSSICA FERNANDA DE AVELAR RODRIGUES Relator Min. Kátia Magalhães Arruda
Agravante e Agravado ANGÉLICA SUZANE CAVASIN
GVIADECKI
Petição nº 15282/2020-1 Advogado Dr. Patrício Pretto(OAB: 15654/SC)
Agravante e Agravado BRF S.A.
Trata-se de Petição tombada sob o nº 15282/2020-1 (seq. 39) na Advogado Dr. Luiz Antônio Ventorini(OAB: 24425-
qual é solicitada a homologação de transação celebrada entre B/MT)
GLOBAL TELEATENDIMENTO E TELESSERVIÇOS DE
COBRANÇAS LTDA. e JÉSSICA FERNANDA DE AVELAR Intimado(s)/Citado(s):
RODRIGUES. - ANGÉLICA SUZANE CAVASIN GVIADECKI
Assim sendo, baixem-se os autos para análise e eventual - BRF S.A.
homologação da avença pela Vara de origem.
Caso o acordo não prospere ou deixe de ser homologado por esse Petições nºs 173957/2019-9 e 22811/2020-3
juízo, devolvam-se os autos a esta Corte para regular
prosseguimento do feito. O 12º TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO, em expediente
À Coordenadoria de Recursos - CREC para as providências. tombado sob o nº 173957/2019-9 (seq. 21), noticia a homologação
Publique-se. de acordo firmado entre as partes e solicita a baixa dos autos do
Brasília, 02 de março de 2020. processo de nº AIRR - 300-52.2015.5.12.0009.
Por meio do expediente tombado sob o nº 22811/2020-3 (seq. 23) a
reclamada BRF S.A. reitera a informação sobre o referido acordo. Processo Nº E-ED-RR-0088700-30.2010.5.21.0021
Relator MIN. LUIZ PHILIPPE VIEIRA DE
Com efeito, a transação posterior à interposição do recurso induz o MELLO FILHO
reconhecimento da perda de objeto, ante a ausência superveniente EMBARGANTE PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
do interesse de recorrer. PETROBRAS
Dessa forma, determino à Coordenadoria de Recursos - CREC que, Advogado DR. DIRCEU MARCELO
HOFFMANN(OAB: 16538/GO)
atendidas as formalidades, providencie a remessa dos autos ao
EMBARGADO(A) MAXSUEL DAS NEVES BANDEIRA
órgão jurisdicional de origem.
Advogado DR. MÁRIO JÁCOME DE LIMA(OAB:
Publique-se. 2777/RN)
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. EMBARGADO(A) NORSERGE - NORTE SERVIÇOS
GERAIS LTDA.
Sem razão a Embargante. Em resumo, a primeira executada afirma que o inadimplemento das
Em que pese a informação de que a Embargante atue em parceria verbas rescisórias teria ocorrido em razão da ausência de repasses
com vários entes públicos, fato é que não há comprovação nos por parte do Município de Quissamã. Aduz que os valores,
autos, pela documentação anexada (notadamente o extrato existentes em sua conta bancária, seriam provenientes de repasses
bancário de id 39d2d11), de que a penhora efetuada tenha recaído de outros entes públicos com os quais manteria parcerias para
sobre a alegada conta corrente para recebimento exclusivo de prestação de serviços de saúde, sustentando que tais recursos
recurso público destinado a tais entidades, o que, por seriam impenhoráveis, com base no art. 833, IX, do CPC/15,
consequência, não comprova o potencial prejuízo à prestação dos aplicável ao processo do trabalho nos termos do art. 3º, XV, da
serviços essenciais, como alegado, razão pela qual rejeito a tutela Instrução Normativa nº 203/2016 do TST. Afirma que as contas
de urgência pleiteada, não havendo falar em verba impenhorável, bancárias seriam específicas para cada contrato de parceria
nem prevalência da justificativa de que por se constituir na forma de firmado, nos termos do Decreto n° 3.100/99, que regulamenta o art.
OSCIP, tais recursos bloqueados não lhe pertenceriam. 14 da Lei nº 9.790/99, acrescentando que os bloqueios BACENJUD
Da mesma forma, em relação à não aceitação por este Juízo da teriam recaído sobre estes valores, recebidos em virtude de
penhora no rosto dos autos no tocante às ações de cobrança convênios firmados com o Estado do Espírito Santo, e que,
interpostas pela mesma, é fato que a Embargante também não supostamente, deveriam ser aplicados, necessariamente, em
comprovou, em nenhum momento, a existência de valores já retidos serviços de saúde pública. Aduz que funcionaria como gestora de
nas referidas ações em face dos municípios indicados, que recursos públicos e que não teria recursos próprios, apenas dinheiro
pudessem garantir o pagamento do crédito devido, encontrando-se público, oriundo de repasses. Afirma que os bloqueios realizados
as mesmas ainda em fase de conhecimento, sem qualquer forma de importariam em "desvio de recursos públicos por ordem judicial".
garantia de crédito, portanto. Argumenta que a manutenção dos bloqueios faria com que os
No mais, apenas para fins de esclarecimento, o plano de empregados, que prestam serviços no Espírito Santo, sofressem
pagamento nos autos de nº 0101799-84.2016.5.01.0483 fora revisto com a inadimplência do Município de Quissamã, o qual seria,
e indeferido por este Juízo, e no presente momento a Embargante alegadamente, o único responsável pela situação.
busca junto a este E. TRT a formalização da Execução Garantia do juízo por meio dos bloqueios realizados nos termos do
Centralizada, a qual ainda não fora deferida. Id nº e4f1429.
Verifico também que não há excesso de valores bloqueados, haja Contraminuta, da reclamante, conforme Id n° 8552532 e, do
vista que o crédito devido nos presentes autos perfaz o montante de segundo réu, no documento constante do id nº add0e72.
R$ 6.217,44, da mesma forma que em todos os demais processos O feito não foi remetido à Douta Procuradoria do Trabalho, por não
em face da Embargante neste juízo, verifica-se que os bloqueios ser hipótese de intervenção legal (art. 83, II da Lei Complementar
foram feitos levando-se em conta os valores devidos, com a devida nº. 75/1993), ou regimental (art. 85 do Regimento Interno do TRT da
liberação do montante excedente, não havendo falar em excesso de 1ª Região), e/ou das situações arroladas no ofício PRT/1ª Região nº
penhora. 37/2018, de 18/01/2018, ressalvando o direito de futura
Pelo exposto, julgo IMPROCEDENTES os embargos à execução manifestação, caso entenda necessário.
interpostos." (decisão proferida em 6/11/2018, conteúdo disponível CONHECIMENTO
em https://pje.trt1.jus.br/consultaprocessual/detalhe- Conheço do agravo de petição, por terem sido preenchidos os
processo/01006658520175010483) pressupostos de admissibilidade.
MÉRITO
Tal sentença já foi reexaminada no segundo grau de jurisdição, Impenhorabilidade do valor da execução
mediante o julgamento do agravo de petição interposto pelo Em resumo, a primeira executada afirma que o inadimplemento das
Impetrante, em sessão realizada em 11/6/2019, quando o Tribunal verbas rescisórias teria ocorrido em razão da ausência de repasses
Regional externou os seguintes fundamentos: por parte do Município de Quissamã. Aduz que os valores,
existentes em sua conta bancária, seriam provenientes de repasses
"AGRAVO DE PETIÇÃO. REPASSE DE RECURSOS PÚBLICOS de outros entes públicos com os quais manteria parcerias para
PARA SAÚDE. IMPENHORABILIDADE NÃO COMPROVADA. prestação de serviços de saúde, sustentando que tais recursos
Ainda que o art. 833, IX, do CPC/15 preveja a impenhorabilidade seriam impenhoráveis, com base no art. 833, IX, do CPC/15,
dos recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicável ao processo do trabalho nos termos do art. 3º, XV, da
aplicação compulsória em saúde, o art. 854, §3º, I, do CPC/15 Instrução Normativa nº 203/2016 do TST. Afirma que as contas
estabelece que cabe ao executado comprovar a impenhorabilidade bancárias seriam específicas para cada contrato de parceria
das quantias tornadas indisponíveis em razão da penhora online, o firmado, nos termos do Decreto n° 3.100/99, que regulamenta o art.
que não ocorreu nos presentes autos. Agravo não provido. 14 da Lei nº 9.790/99, acrescentando que os bloqueios BACENJUD
teriam recaído sobre estes valores, recebidos em virtude de
RELATÓRIO convênios firmados com o Estado do Espírito Santo, e que,
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de AGRAVO DE supostamente, deveriam ser aplicados necessariamente em
PETIÇÃO, provenientes da MM. 3ª Vara do Trabalho do Município serviços de saúde pública. Aduz que funcionaria como gestora de
de Macaé, em que são partes: INVISA INSTITUTO VIDA E SAÚDE recursos públicos e que não teria recursos próprios, apenas dinheiro
(1ª ré), como agravante, e SABRINA ROSA DE SOUZA público, oriundo de repasses. Afirma que os bloqueios realizados
(reclamante) eMUNICÍPIO DE QUISSAMÃ (2º réu), como importariam em "desvio de recursos públicos por ordem judicial".
agravados. Argumenta que a manutenção dos bloqueios faria com que os
Inconformada com a r. sentença, constante do Id nº 0c8e98e, empregados, que prestam serviços no Espírito Santo, sofressem
proferida pelo Juiz Mateus Carlesso Diogo, que julgou com a inadimplência do Município de Quissamã, o qual seria,
improcedentes os embargos à execução, interpõe, a primeira ré, alegadamente, o único responsável pela situação.
Agravo de Petição consoante as razões contidas no Id nº 2150f17. Sem razão.
O art. 833, IX, do CPC/15 dispõe no seguinte sentido: CR/88 e autoriza a aplicação pedagógica e inafastável sanção
"Art. 833. São impenhoráveis: prevista no parágrafo segundo do art. 1.026 do CPC/2015."
(...) (disponível em https://pje.trt1.jus.br/consultaprocessual/detalhe-
IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para processo/01006658520175010483)
aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;"
O art. 854, §3º, I, do CPC/15 estabelece que cabe ao executado Neste contexto, verifico que a ordem impugnada no presente
comprovar a impenhorabilidade de quantias tornadas indisponíveis, mandado de segurança foi substituída pela sentença proferida em
isto em razão da penhora online. embargos à execução na 3ª Vara do Trabalho de Macaé, bem como
Nos termos do art. 3º, incisos XV e XIX, da Instrução Normativa nº pelo acórdão proferido no julgamento do agravo de petição
39 de 2016 do TST, são aplicáveis ao Processo do Trabalho, em subsequente.
virtude da omissão e da compatibilidade com as disposições A superveniência de nova decisão judicial que substituiu o ato
celetistas, o art. 833, incisos e parágrafos, (bens impenhoráveis) e o apontado como coator induz a evidente perda do interesse
art. 854 e parágrafos (BACENJUD), ambos do CPC/15. processual no provimento mandamental.
Deste modo, cabia à executada comprovar que o montante, Considerando, pois, a perda superveniente do interesse de agir, em
penhorado nestes autos, decorria de verbas repassadas para uso face da substituição do ato censurado nesta ação mandamental,
compulsório em saúde. cumpre, inclusive de ofício, denegar a segurança, nos termos do
O extrato bancário, contido no Id n° 39d2d11 além de diversas artigo 6º, § 5º, da Lei 12.016/2009 c/c artigo 485, VI, do CPC de
transferências e pagamentos não identificados, inclusive 2015.
transferências à conta-poupança, além de rendimento de aplicação Prejudicado o exame do recurso ordinário.
financeira ("rendimento de resgate"), não permite a conclusão de À luz do princípio da causalidade, as custas processuais, assim
que a conta esteja vinculada, única e exclusivamente, à parceria como as demais despesas processuais, devem ser suportadas pela
alegada pela agravante. União, de cujo pagamento fica isenta, nos termos do artigo 790-A, I,
Essas movimentações demonstram que a primeira ré está longe de da CLT.
ser uma mera gestora de recursos públicos, como alega. Comunique-se o Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Macaé.
Igualmente se evidenciou que os recursos não foram, integral e Publique-se.
compulsoriamente, aplicados nos serviços de saúde prestados, uma Brasília, 03 de março de 2020.
vez que os extratos indicam pagamento de despesas diversas.
Frise-se, também, que o valor bloqueado, de maneira alguma,
compromete o pagamento dos funcionários que prestam serviços de Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
saúde no Espírito Santo, uma vez que a referida conta apresentava DOUGLAS ALENCAR RODRIGUES
um saldo positivo de R$ 371.560,29, conforme se verifica pelo saldo Ministro Relator
constante do documento de id. 39d2d11, p. 47.
Assim, não tendo a primeira reclamada comprovado que os Processo Nº RO-0021922-37.2018.5.04.0000
valores, repassados pelos entes públicos, in casu , deveriam ser Complemento Processo Eletrônico
aplicados, compulsoriamente, em saúde, bem como que a sua Relator Min. Douglas Alencar Rodrigues
receita seria proveniente apenas de recursos públicos, não há de se Recorrente ACHÉ LABORATÓRIOS
FARMACÊUTICOS S.A.
falar em liberação dos valores bloqueados.
Advogado Dr. Fernando Rogério Peluso(OAB:
Deste modo, não merece prosperar o inconformismo da reclamada 207679/SP)
quanto à decisão que julgou improcedentes os embargos à Advogada Dra. Flávia Braga Fernandes(OAB:
execução. 369379/SP)
Nego provimento nestes termos. Recorrido RICARDO IORES DA ROSA
CONCLUSÃO Advogado Dr. Jorge Airton Brandão Young(OAB:
31684/RS)
PELO EXPOSTO, CONHEÇO do agravo interposto, e, no mérito,
Autoridade Coatora JUIZ DA 21ª VARA DO TRABALHO
NEGO-LHE PROVIMENTO, nos termos da fundamentação. DE PORTO ALEGRE - JEFFERSON
Ficam, desde já, advertidas as partes que a oposição de embargos LUIZ GAYA DE GOES
de declaração para reapreciação da prova ou para discutir pontos
sobre os quais houve expresso pronunciamento do órgão julgador, Intimado(s)/Citado(s):
ainda que contrário ao interesse das partes, configurará intuito - ACHÉ LABORATÓRIOS FARMACÊUTICOS S.A.
protelatório. Essa conduta abusiva da parte atenta contra o princípio - JUIZ DA 21ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE -
JEFFERSON LUIZ GAYA DE GOES
da celeridade processual previsto no inciso LXXVIII do art. 5º da
- RICARDO IORES DA ROSA
CR/88 e autoriza a aplicação pedagógica e inafastável sanção
prevista no parágrafo segundo do art. 1.026 do CPC/2015.
ACORDAM os Desembargadores da 5ª Turma do Tribunal Vistos, etc.
Regional do Trabalho da Primeira Região, por unanimidade, RICARDO IORES DA ROSA impetrou mandado de segurança, com
CONHECER do agravo interposto, e, no mérito, NEGAR-LHE pedido liminar (fls. 3/12), contra ato praticado pelo Juízo da 21ª
PROVIMENTO, nos termos da fundamentação. Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS, que, nos autos da
Ficam desde já advertidas as partes que a oposição de embargos reclamação trabalhista nº 0020619-10.2018.5.04.0025, indeferiu
de declaração para reapreciação da prova ou para discutir pontos pedido de tutela provisória de urgência, postulada no sentido da
sobre os quais houve expresso pronunciamento do órgão julgador, reintegração da reclamante, ora Impetrante, ao emprego, com
ainda que contrário ao interesse das partes, configurará intuito restabelecimento do plano de saúde corporativo (decisão proferida
protelatório. Essa conduta abusiva da parte atenta contra o princípio em 16/7/2018, anexada à fl. 91).
da celeridade processual previsto no inciso LXXVIII do art. 5º da O Desembargador Relator deferiu a liminar "para, concedendo a
Porto Alegre/RS, que, nos autos da reclamação trabalhista nº Custas de R$ 600,00, calculadas sobre o valor de R$ 30.000,00,
0020485-72.2016.5.04.0018, deferiu pedido de tutela provisória de ora arbitrado à condenação, sujeitas à complementação, pelo
urgência para determinar a manutenção do plano de saúde em primeiro reclamado, dispensando do pagamento por aplicação do
favor do reclamante, ora Litisconsorte (decisão proferida em art. 790-A, I, da CLT.
18/5/2016, anexada às fls. 175/176). Dispensado o reexame necessário, por aplicação da Súmula 303, I,
O TRT da 4ª Região denegou a segurança, conforme acórdão às do TST.
fls. 249/257. INTIMEM-SE as partes e a União.
Inconformado, o Impetrante interpôs recurso ordinário às fls. CUMPRA-SE. NADA MAIS."
260/264, admitido à fl. 266.
Não há contrarrazões (fl. 269). A superveniência da sentença na reclamação trabalhista em curso
O Ministério Público, em parecer da lavra do Subprocurador-geral na 18ª Vara do Trabalho de Porto Alegre/RS induz a evidente perda
do Trabalho PAULO BORGES DA FONSECA SEGER, opina pelo do interesse processual no provimento mandamental, uma vez que
conhecimento e não provimento do recurso (fls. 273/276). a discussão envolve o deferimento ou não da tutela de urgência no
Assim resumida a espécie, passo ao exame da controvérsia. processo de conhecimento.
A despeito das razões lançadas no recurso, entendo que a Nesse sentido a diretriz do item III da Súmula 414 do TST, assim
segurança deve ser denegada, em razão da perda superveniente do editado:
interesse processual.
Conforme historiado, o ato coator neste mandado de segurança "A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o
consubstancia-se no deferimento do pedido de tutela provisória de objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o
urgência para determinar a manutenção do plano de saúde indeferimento da tutela provisória."
(IPE/Saúde) em benefício do reclamante, ora Litisconsorte (decisão
proferida em 18/5/2016, anexada às fls. 175/176). Considerando, pois, a perda superveniente do interesse de agir, em
face da superveniência de sentença na reclamação trabalhista na
No entanto, em consulta ao andamento da reclamação trabalhista qual emanado o ato censurado nesta ação mandamental, cumpre,
nº0020485-72.2016.5.04.0018, no sítio eletrônico do TRT da 4ª inclusive de ofício, denegar a segurança, nos termos do artigo 6º, §
Região, verifico que, em 15/11/2019, foi proferida sentença, em que 5º, da Lei 12.016/2009 c/c artigo 485, VI, do CPC de 2015.
julgados improcedentes os pedidos (informação disponível em Portanto, de ofício, com fulcro no artigo 6º, § 5º, da Lei 12.016/2009
https://pje.trt4.jus.br/consultaprocessual/detalhe- c/c item III da Súmula 414 do TST, DENEGO a segurança
processo/00204857220165040018). impetrada, em razão da perda superveniente do interesse
Constato que restou revogada a tutela provisória antes concedida, processual.
ante o julgamento de improcedência dos pedidos deduzidos na À luz do princípio da causalidade, as custas processuais, assim
reclamação trabalhista com relação ao Impetrante. como as demais despesas processuais, devem ser suportadas pela
Confira-se o dispositivo da sentença: União, de cujo pagamento fica isenta, nos termos do artigo 790-A, I,
da CLT.
"ANTE O EXPOSTO, com base na fundamentação anteriormente Resta prejudicado o exame do recurso ordinário.
exposta, que integra o presente dispositivo, decido: Comunique-se, com urgência, o Juízo da 18ª Vara do Trabalho de
1. rejeitar as preliminares arguidas; Porto Alegre/RS e a Presidência do TRT da 4ª Região.
2. pronunciar a prescrição das parcelas vencidas e exigíveis Publique-se.
anteriormente a 05-05-2011; Brasília, 03 de março de 2020.
3. no mérito, julgar IMPROCEDENTE a ação movida por EZOIR
PEREIRA MARQUES contra INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL e julgar PARCIALMENTE Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
PROCEDENTE a ação movida por EZOIR PEREIRA MARQUES DOUGLAS ALENCAR RODRIGUES
contra ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL: Ministro Relator
a) declarando a existência de sucessão de empregadores e também
a unicidade contratual, entendendo ter o autor mantido um único Processo Nº RO-0020303-43.2016.5.04.0000
contrato de trabalho desde 23-01-1978; Complemento Processo Eletrônico
b) condenando o primeiro reclamado nas seguintes obrigações: Relator Min. Douglas Alencar Rodrigues
b.1) pagamento de diferenças de triênios e de adicional por tempo Recorrente RODOBENS NEGÓCIOS
IMOBILIÁRIOS S.A.
de serviço pelo cômputo de todo o período do contrato de trabalho
Advogado Dr. José Eduardo Duarte Saad(OAB:
do reclamante, considerando inclusive a unicidade contratual ora 36634/SP)
reconhecida, com reflexos em férias acrescidas de 1/3 e décimo Recorrido FÁBIO CARDOSO ALVES
terceiro salário; e, Advogado Dr. Rafael Davi Martins Costa(OAB:
b.2) recolhimento à conta vinculada do reclamante do FGTS 44138/RS)
incidente sobre as parcelas remuneratórias da condenação.
Os valores correspondentes às parcelas da condenação serão Intimado(s)/Citado(s):
devidamente apurados em liquidação de sentença. - FÁBIO CARDOSO ALVES
Concedo ao reclamante o benefício da justiça gratuita. - RODOBENS NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS S.A.
Fica autorizada a realização dos descontos previdenciários e fiscais
sobre os valores ora deferidos, cabendo ao primeiro reclamado o Vistos etc.
correspondente recolhimento. Junte-se o ofício encaminhado pelo TRT da 4ª Região (petição nº
Incidirão juros e correção monetária. 38490/2020-0).
As partes celebraram acordo, conforme noticiado no ofício recebido. emprego, com amparo na garantia provisória conferida ao
Devolvam-se os autos à origem, para as providências cabíveis, com trabalhador vítima de doença do trabalho, na forma art. 118 da Lei
baixa nos registros. nº 8.213/91.
Publique-se. Confira-se o teor da decisão impugnada:
Brasília, 03 de março de 2020.
"Vistos etc.
TARCÍSIO FERREIRA DE OLIVEIRA ajuizou Reclamação
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Trabalhista em face do BANCO BRADESCO S/A, alegando que fora
DOUGLAS ALENCAR RODRIGUES admitido pelo Reclamado em 14/06/2011 para exercer a função de
Ministro Relator Escriturário/Caixa, sendo que foi avisado em 27/07/2015 que seria
dispensado, mesmo de posse de atestado médico solicitando o seu
Processo Nº RO-0001180-32.2016.5.05.0000 afastamento do trabalho durante 15 dias. Apontou que no curso do
Complemento Processo Eletrônico período do aviso prévio foi emitido novo atestado médico
Relator Min. Douglas Alencar Rodrigues prorrogando a licença por mais 15 dias, sendo que posteriormente,
Recorrente BANCO BRADESCO S.A. em 27/08/2015, foi emitido outro atestado solicitando o seu
Advogado Dr. Benito Fernandez Alvarez afastamento do trabalho por mais 60 dias. Defendeu que, por estar
Neto(OAB: 32792/BA)
no gozo de atestado médico, possui nesse período a garantia de
Advogado Dr. Victor Medeiros Pimentel dos
Santos(OAB: 51712/BA) seu emprego.
Recorrido TARCÍSIO FERREIRA DE OLIVEIRA Requereu, em sede de tutela de urgência, a sua reintegração no
Advogado Dr. Martone Costa Maciel(OAB: emprego, além do pagamento dos salários vencidos, bem como o
15946/BA) pagamento dos vincendos até o trânsito em julgado da sentença
Advogado Dr. Marcos Ribeiro Andrade(OAB: condenatória.
13966/BA)
Pois bem. O artigo 300 do novo CPC dispõe que a tutela de
Autoridade Coatora JUÍZA DA 21ª VARA DO TRABALHO
DE SALVADOR urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
Intimado(s)/Citado(s): útil do processo. No caso sub examine, verifico que como já passou
o período de afastamento solicitado no atestado médico, não há
- BANCO BRADESCO S.A.
mais como reintegrar o Reclamante (o que não impende, caso
- JUÍZA DA 21ª VARA DO TRABALHO DE SALVADOR
provado os fatos apontados na inicial, a condenação da Reclamada
- TARCÍSIO FERREIRA DE OLIVEIRA
ao pagamento dos salários devidos no período em que o contrato
de trabalho ficou suspenso).
Vistos etc.
Assim, INDEFIRO o pedido de tutela de urgência, nos termos da
TARCÍSIO FERREIRA DE OLIVEIRA impetrou mandado de
fundamentação NOTIFICAR AS PARTES para ciência desta
segurança, com pedido liminar (petição inicial às fls. 6/16), contra
decisão. Após, designe-se audiência." (decisão proferida em
ato praticado pelo Juízo da 21ª Vara do Trabalho de Salvador, que,
31/8/2016, anexada à fl. 96).
nos autos da reclamação trabalhista nº 0000970-15.2016.5.05.0021,
indeferiu pedido de tutela provisória de urgência, postulado no
sentido de sua reintegração ao emprego em razão de doença
Em consulta ao andamento da reclamação trabalhista nº0000970-
ocupacional (decisão proferida em 31/8/2016, anexada à fl. 96).
15.2016.5.05.0021, no sítio eletrônico do TRT da 5ª Região, verifico
O Desembargador Relator deferiu o pedido liminar "para determinar
que, em 4/2/2020, foi proferida sentença, em que julgados
a reintegração do obreiro, com o restabelecimento do contrato de
improcedentes os pedidos.
trabalho, assegurando-lhe todas as garantias salariais e normativas
Entendeu o juízo não configurada a doença ocupacional, pelos
da categoria dos bancários. Para o caso de descumprimento dessa
seguintes fundamentos:
decisão, comino multa diária no importe de R$ 500,00 (quinhentos
reais) a ser revertida em favor do Impetrante", conforme a decisão
"4. Da doença ocupacional
monocrática às fls. 98/101.
Alega o reclamante que diante das condições de labor que estava
O TRT da 5ª Região concedeu a segurança, tornando definitiva a
submetido no reclamado, tais como digitação contínua, jornada de
liminar antes deferida, conforme acórdão às fls. 230/235,
trabalho extenuante, pressão psicológica, metas abusivas, assédio
complementado às fls. 262/264.
moral, dentre outras situações adversas, passou a sofrer diversos
Inconformado, o Litisconsorte (BANCO BRADESCO S/A) interpôs
transtornos psiquiátricos, tendo sido diagnosticado com acidente de
recurso ordinário às fls. 246/257, admitido à fl. 269.
trabalho sob a forma de doenças psiquiátricas.
O Impetrante apresentou contrarrazões, às fls. 273/280.
Com decorrência do acidente de trabalho, o reclamante afirma que
O Ministério Público, em parecer da lavra do Subprocurador-geral
tornou - se incapacitado para o labor, sendo que o quadro de
do Trabalho LUIS ANTONIO CAMARGO DE MELO, opina pelo
incapacidade permanecia quando da despedida, tanto que
conhecimento e não provimento do recurso (fls. 285/287).
apresentou atestado médico no curso do aviso prévio, onde deveria
Assim resumida a espécie, passo ao exame da controvérsia.
ser afastado das atividades laborativas por quinze dias,
A despeito das razões lançadas no recurso, entendo que a
interrompendo - se assim, a execução do contrato de emprego..
segurança deve ser denegada, em razão da perda superveniente do
Continua o reclamante dizendo que mesmo estando incapacitado
interesse processual.
para o labor e com o contrato de trabalho interrompido em razão do
Conforme historiado, o ato coator neste mandado de segurança
atestado médico, foi despedido pelo reclamado, que ignorou tais
consubstancia-se no indeferimento do pedido de tutela provisória de
circunstâncias.
urgência, postulado no sentido da reintegração do reclamante ao
Diante disso, o reclamante pugna que seja reconhecida a sua
estabilidade no emprego com base no art. 118 da Lei nº 8213/91 conclusivo, para o fim de considerar que o reclamante não sofreu
por força do acidente de trabalho, e, que seja determinada a sua acidente de trabalho, quiçá sob a forma de doença ocupacional.
reintegração no emprego, com o consequente pagamento dos De mais a mais, contrariamente ao que consta na petição inicial, o
salários vencidos e vincendos, dentre outras vantagens. reclamante não se encontrava com o contrato de trabalho suspenso
Requer também o pagamento de indenização por danos materiais, e/ou interrompido quando da despedida em razão da apresentação
além de pensão vitalícia pela incapacidade e danos morais pela de atestado médico.
despedida abusiva e condições de trabalho. Note - se que o reclamante foi despedido sem justa causa em
O reclamado insurge - se, negando os fatos descrito na vestibular, 22/07/2015, tendo o aviso prévio sido indenizado, ocasião em que o
notadamente, o acidente de trabalho sob a forma de doença mesmo também foi comunicado de que deveria comparecer no
ocupacional incapacitante. Além disso, afirma o reclamado que sindicato de classe na data de 31/07/2015 para a homologação da
quando da despedida, estava o autor plenamente capacitado para o rescisão contratual. Neste sentido a notificação de despedida de fls.
labor, inexistindo, portanto, qualquer óbice ao direito de resilir o 178 c/c TRCT de fls. 247/248.
contrato de emprego, então exercido dentro da mais estrita De outra parte, o atestado médico apresentado pelo autor encontra
legalidade. - se datado de 27/07/2015, sendo, portanto, posterior a despedida,
As provas dos autos socorrem o reclamado quanto a inexistência que já tinha se consumado como ato jurídico perfeito e acabado.
de acidente de trabalho, assim como de qualquer óbice com aptidão Em suma, quando da despedida, além de não ser portador da
para limitar e/ou restringir o direito de resilir unilateralmente o estabilidade prevista no art. 118 da Lei nº 8213/91, não estava o
contrato de emprego quando da despedida do autor. autor com o contrato de trabalho suspenso e/ou interrompido.
Incialmente, atente para a exata dicção do art. 118 da Lei nº Desta sorte, sem a ocorrência de doença ocupacional não se
8213/91, que disciplina a figura jurídica da estabilidade do reconhece a estabilidade prevista no art. 118 da Lei nº 8213/91,
empregado que sofre acidente de trabalho, nos seguintes termos: ficando indeferidos os pedidos de decretação de nulidade da
"O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo despedida, reintegração no emprego e/ou pagamento de
prazo mínimo de 12 (doze) meses, a manutenção do seu contrato indenização substitutiva, consistentes nos salários vencidos e
de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio - doença vincendos, acrescidos das demais vantagens.
acidentário, independentemente da percepção de auxílio - Com relação aos pedidos de indenização por danos morais e
acidente." materiais, temos que o princípio geral da responsabilidade civil
Analisando o referido dispositivo legal, verificamos que para que o encontra - se enunciado no art. 186 do novel CC, nos seguintes
empregado que sofre acidente de trabalho possa ser considerado termos: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência
estável, mister se faz o preenchimento dos referidos requisitos: a) ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
afastamento das atividades laborativas por período superior a exclusivamente moral, comete ato ilícito".
quinze dias; b)suspensão do contrato de trabalho para fins de gozo Verifica - se, portanto, que falecem os referidos requisitos, pois,
do benefício previdenciário da espécie auxílio - doença acidentário. além do próprio dano, não existe prova de que o reclamado,
Especificamente no caso dos autos, não há notícia de o reclamante culposamente, tenha praticado qualquer ato ilícito em face de autor,
tenha se afastado do trabalho para percepção de auxílio doença que possa ter contribuído, quiçá indiretamente, para os transtornos
acidentário, estando assim, ausentes os requisitos previstos no art. psiquiátricos que o acometeram.
118 da Lei nº 8213/91 para a caracterização da estabilidade por Observe - se que em matéria de acidente de trabalho, exige - se
acidente de trabalho. que o empregador, para que seja compelido a indenizar, tenha
Paralelo a isso, foi realizada prova pericial, cujo laudo conclusivo contribuído com culpa ou dolo para o evento que vitimou o
encontra - se às fls. 548/577, tendo a expert através de um empregado. Neste sentido é expresso o art. 7º, inc. XXVIII da
minucioso exame, constatado que o reclamante não é portador de CF/88, senão veja - se: "seguro contra acidentes de trabalho, a
patologia relacionada com o labor desenvolvido no reclamado. cargo do empregador, sem excluir a indenização a que está
Com efeito, constatou a Sra. Perita que a patologia que acometeu o obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa."
reclamante trata-se de "...patologia multicausal relacionada com Assim, a responsabilidade do empregador pelos danos causados
fatores genéticos, neuroquímicos e neuroendócrinos, caracterizada aos empregados e/ou seus dependentes em razão do acidente de
por um estado de tristeza imotivada, com lentificação do trabalho/doença ocupacional não é objetiva, mas, sim, fundada na
pensamento, sentimento de culpa, baixa autoestima, ideação de culpa.
ruína, de pessimismo e de morte e frequentemente com A responsabilidade objetiva do empregador limita-se à obrigação
manifestação somática..."(fls. 569), portanto, sem qualquer relação legal de constituir seguro contra acidente de trabalho, cujo prêmio
com o labor desenvolvido no reclamado. e/ou indenização o empregado e/ou seus dependentes recebem,
De mais a mais, a Sra. Perita também constatou que "...O exame independente de se perquirir acerca da culpa de quem quer que
clínico ortopédico da coluna lombar foi considerado dentro da seja.
normalidade, não existindo limitação funcional. No entanto No caso dos autos, não restou comprovada a culpa do reclamado
apresenta sinais de humor deprimido, causando incapacidade pelas patologias que acometeram o reclamante, que sequer guarda
laborativa total e temporária e necessidade de acompanhamento e nexo de causalidade com o labor ali desenvolvido, conforme laudo
tratamento psiquiátrico..." (fls. 569/570) conclusivo de fls. 548/577.
Sobre a inexistência de nexo de causalidade entre as patologias de Como consectário, ficam também indeferidos os pedidos de
ordem psíquica que acometeram o reclamante e o trabalho no indenização por danos morais e materiais, pensão vitalícia, assim
reclamado, o laudo foi expresso e taxativo, senão veja-se: "...Esta como reembolso e/ou indenização das despesas médicas, todos
patologia não guarda relação com as atividades laborativas, NÃO calcados na alegação de acidente de trabalho sob a forma de
SENDO ESTABELECIDO NEXO CAUSAL..." (fls. 569) doença ocupacional." (conteúdo disponível em
Assim, com base no princípio do livre convencimento motivado, https://pje.trt5.jus.br/consultaprocessual/detalhe-
acolhe-se as conclusões exaradas pela expert em seu laudo processo/00009701520165050021)
57.2019.5.00.0000
A superveniência da sentença na reclamação trabalhista em curso
na 21ª Vara do Trabalho de Salvador induz a evidente perda do
interesse processual no provimento mandamental, uma vez que a REQUERENTE: GUARARAPES CONFECCOES S/A
discussão envolve o deferimento ou não da tutela de urgência no
processo de conhecimento.
Advogado(s) do reclamante: GAUDIO RIBEIRO DE PAULA
Nesse sentido a diretriz do item III da Súmula 414 do TST, assim
editado:
PODER JUDICIÁRIO violação dos artigos 20 da Lei 8.213/91 e 927 do Código Civil, na
reclamada.
presente, pois, caso os valores bloqueados na execução sejam fomento desta, a imutabilidade da coisa julgada material -, conclui-
liberados para a ré, inexistirá meios para obter o ressarcimento, em se, forçosamente, que ainda mais restritiva deve ser a análise a
caso de provimento da ação rescisória. ensejar o pronunciamento jurisdicional precário a ocorrer no bojo de
tal conjuntura.
À análise.
A antecipação da tutela nada mais é do que a prestação jurídicos que consubstanciam a possibilidade de pronunciamento
jurisdicional cognitiva outorgante da proteção que se busca no jurisdicional oriundo de análise precária relativizar a coisa julgada. A
processo, anteposta ao momento procedimental próprio, quando cautela que emerge de tal constatação é evidente e insofismável.
Pois bem.
fundamentar-se em urgência e evidência. No que atine à probabilidade do direito (fumus boni iuris), a tese da
O artigo 300 do Código de Processo Civil estatui os pressupostos violação dos artigos 20 da Lei 8.213/91 e 927 do Código Civil, a
para o deferimento da tutela provisória de urgência, satisfativa ou ensejar o corte rescisório com fulcro no artigo 966, V, do Código de
cautelar, quais sejam, a probabilidade do direito, o perigo de dano Processo Civil de 2015, na medida em que foi responsabilizada pelo
ou o risco ao resultado útil do processo, sendo certo que a ausência pagamento de indenização por dano material (pensão mensal) e
de um desses requisitos é suficiente para o indeferimento da dano moral, decorrente de doença cuja origem não guarda relação
Outrossim, entendo imprescindível contextualizar o instituto ora em No que concerne à violação dos dispositivos invocados, o eg. TRT
comento na seara da ação rescisória, vale dizer à luz das quando do julgamento da ação rescisória consignou que os
peculiaridades deste instrumento especial impugnativo. elementos contidos nos autos não autorizam a conclusão pela
Como por demais cediço, a tutela provisória de urgência é medida em que revelam uma interpretação razoável "dos
caracterizada por cognição improfunda e sumária, resultante da dispositivos legais em comento, pois apesar do expert ter concluído
impossibilidade de se coadunar velocidade e tempo processuais pela ausência de relação da doença com o exercício da atividade
necessários à análise exauriente da demanda com a escassez laboral, o Magistrado a quo, - destinatário da prova -, levou em
temporal imanente a qualquer urgência. consideração o fato do INSS ter concedido durante certo período o
benefício na espécie 91, o que o fez concluir que, apesar de não ser
Dai porque também ser precária. de origem laboral, o trabalho na empresa contribuiu como concausa
para o gravame.".
medida, mesmo referindo juízo de probabilidade em detrimento de Assim, em uma análise superficial, não há como se verificar as
convencimento, devem ser analisados com extrema cautela pelo alegadas violações legais sem uma nova valoração das provas
quando a análise ocorre no terreno da ação rescisória. Por todo o exposto, na espécie, por não verificar a probabilidade
indubitavelmente, como instituto jurídico antagonista a uma das Isto posto, não atendido um dos requisitos exigidos no art. 300 do
condições imprescindíveis à vida em sociedade, vale dizer a CPC de 2015, indefiro a tutela cautelar incidental.
Intime-se a parte autora desta decisão. Advogado : Dr. Aurelino Ivo Dias
Junte-se cópia desta decisão no ROAR-nº. 0000383- Advogado : Dr. Diogo Jacob Rakowski
75.2017.5.21.0000
Publique-se.
GMRLP/aon
EVANDRO PEREIRA VALADÃO LOPES Trata-se de agravo interno interposto em face de decisão
- SALVIO DOUGLAS RIBEIRO TAVEIRA integrante da Seção Especializada em Dissídios Individuais II, o
Especializadas;".
CPC/2015, exerço juízo de retratação em face da decisão que ADVOGADO : Dr. JOSÉ ROBERTO MONTEIRO DOS SANTOS
Publique-se. DECISÃO
Ministro do Tribunal Superior do Trabalho Requer expressamente que "seja julgado procedente o presente
Relatado, decido.
Decisão Monocrática
Processo Nº AR-1000167-77.2020.5.00.0000
De plano, verifica-se que a parte autora ajuizou a presente Ação
Relator RENATO DE LACERDA PAIVA
AUTOR JUAREZ SOUZA SANTANA Rescisória com o propósito de rescindir a sentença proferida na
ADVOGADO JOSE ROBERTO MONTEIRO DOS Vara de origem.
SANTOS(OAB: 153958/SP)
RÉU HCA FERRAMENTARIA E USINAGEM
EIRELI
Pois bem, o art. 233 do Regimento Interno desta Corte dispõe sobre
verbis:
teor:
rescisória, o autor será intimado para emendar a petição inicial, Secretaria da Primeira Turma
a fim de adequar o objeto da ação rescisória, quando a decisão Despacho
apontada como rescindenda:
Processo Nº AIRR-0000363-41.2015.5.18.0161
Complemento Processo Eletrônico
I - não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravante CONDOMÍNIO RECANTO DAS
prevista no § 2º do art. 966; ÁGUAS QUENTES III
Advogada Dra. Patrícia Miranda Centeno(OAB:
24190/GO)
(...) Agravado IRIS SOARES DE OLIVEIRA DA
SILVA
Advogado Dr. João Paulo de Souza Vargas(OAB:
§ 6º. Na hipótese do § 5º, após a emenda da petição inicial, será 35594/GO)
Processo Nº AIRR-0020208-36.2015.5.04.0812
Complemento Processo Eletrônico
Brasília, 03 de março de 2020.
Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann norma coletiva que dispõe sobre o sistema de compensação de
Agravante HOLENCA ROSA SILVA jornada, o qual foi devidamente pactuado mediante acordo coletivo.
Advogado Dr. Lúcio Fernandes Furtado(OAB: Assim, a controvérsia gira em torno da "Validade de norma coletiva
65084/RS)
de trabalho que limita ou restringe direito trabalhista não
Advogado Dr. Dyrceu Costa Dias Andriotti(OAB:
67920-A/RS) assegurado constitucionalmente", matéria que teve reconhecida a
Advogado Dr. André Luis Soares Abreu(OAB: repercussão geral no STF - Tema 1.046. Em razão disso, o Ministro
73190-A/RS) Relator determinou a "suspensão de todos os processos pendentes
Agravado COMPANHIA DE GERAÇÃO individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no
TÉRMICA DE ENERGIA ELÉTRICA -
CGTEE território nacional" (publicação no DJE de 1.º/8/2019).
Advogado Dr. Roberto Pierri Bersch(OAB: Assim, encaminho o presente feito à Secretaria da 1.ª Turma para
24484/RS) aguardar a decisão que será proferida no julgamento do ARE-
1.121.633-GO.
Intimado(s)/Citado(s):
Publique-se.
- COMPANHIA DE GERAÇÃO TÉRMICA DE ENERGIA Brasília, 19 de fevereiro de 2020.
ELÉTRICA - CGTEE
- HOLENCA ROSA SILVA
Advogado Dr. André Henrique Mauad(OAB: Advogado Dr. Tiago de Freitas Lima Lopes(OAB:
53119/PR) 56990/RS)
Agravante e Agravado COMPANHIA PARANAENSE DE Advogada Dra. Alessandra Weber Bueno
ENERGIA Giongo(OAB: 47671/RS)
Advogado Dr. Genésio Felipe de Natividade(OAB: Agravado e Recorrido ANTONIO GONÇALVES DE
10747/PR) AZEVEDO
Advogado Dr. Luiz Carlos Pasqualini(OAB: Advogado Dr. Celso Ferrareze(OAB: 16521/RS)
22670/PR)
Advogado Dr. José Roberto dos Santos Intimado(s)/Citado(s):
Júnior(OAB: 22719/PR)
Advogado Dr. André Henrique Mauad(OAB: - ANTONIO GONÇALVES DE AZEVEDO
53119/PR) - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
Advogado Dr. Fernanda Carla Henrique - FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS - FUNCEF
Busetti(OAB: 40991-A/PR)
Agravado MARIO IAKMIU
Considerando que a matéria debatida nos autos - ÍNDICE DE
Advogado Dr. Marcius José Walhanuik(OAB:
42714/PR) CORREÇÃO MONETÁRIA APLICÁVEL NA ATUALIZAÇÃO DOS
Agravado FUNDAÇÃO COPEL DE CRÉDITOS TRABALHISTAS (IPCA-E ou TR)-, teve a análise
PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA suspensa pela SBDI-I, no julgamento do E-ED-ED-ARR-510-
SOCIAL
62.2012.5.09.0892, em observância à decisão do Supremo Tribunal
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB:
513/DF) Federal nos embargos de declaração opostos no RE 870.947
Advogado Dr. Bruno Machado Colela (Relator Exmo. Ministro Luiz Fux, DJe de 25/09/18 - Tema 810 da
Maciel(OAB: 16760/DF) Tabela de Repercussão Geral), impõe-se o sobrestamento do
Advogado Dr. Roberto Caldas Alvim de presente feito.
Oliveira(OAB: 12200/DF)
Aguarde-se em Secretaria até sobrevir decisão definitiva do excelso
Advogado Dr. Lucas Bunki Linzmayer
Otsuka(OAB: 41350/PR) Supremo Tribunal Federal no julgamento do Tema nº 810 da Tabela
Advogado Dr. Maurelio Peters(OAB: 38342/PR) de Repercussão Geral.
Advogado Dr. Alexandre Joao Barbur Neto(OAB: À Secretaria da Primeira Turma, para providências cabíveis.
22012-A/PR) Aguarde-se em Secretaria.
Advogado Dr. Andréia Belo Rosso(OAB: Publique-se.
35553/PR)
Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s):
- COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- COPEL DISTRIBUIÇÃO S.A.
HUGO CARLOS SCHEUERMANN
- FUNDAÇÃO COPEL DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA
SOCIAL Ministro Relator
- MARIO IAKMIU
Processo Nº ARR-0011849-19.2017.5.15.0005
Complemento Processo Eletrônico
Considerando que um dos temas discutidos no recurso envolve
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
análise da validade de norma coletiva que restringe ou limita direito
Agravante e Recorrente FUNDAÇÃO CENTRO DE
não assegurado constitucionalmente, matéria que se encontra ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO
suspensa em razão de decisão proferida pelo Supremo Tribunal AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
CASA-SP
Federal no ARE 1.121.633/GO, DETERMINO a remessa dos autos
Procurador Dr. Nazário Cleodon de Medeiros
à Secretaria da Primeira Turma, onde deverão aguardar o
Procuradora Dra. Ana Teresa Guazzelli Beltrami da
julgamento da Suprema Corte ou nova deliberação em sentido Fonseca
diverso. Agravado e Recorrido EDUARDO APARECIDO DE LIMA
Publique-se. Advogado Dr. Rodrigo Alonso Sanchez(OAB:
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. 152430/SP)
Agravado e Recorrido GUARDA DE ELITE SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA EIRELI - EPP
Complemento Processo Eletrônico Trata-se de processo que envolve controvérsia acerca da aplicação
Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann do índice de correção monetária dos créditos trabalhistas -
Agravante, Agravado e FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS aplicação do IPCA-E em detrimento da TR - modulação. A análise
Recorrente FEDERAIS - FUNCEF
do presente feito fica suspensa até sobrevir decisão do Supremo
Advogado Dr. Dino Araújo de Andrade(OAB:
20182/DF) Tribunal Federal no ED-RE 870947 acerca do tema 810 da
Agravado, Recorrente e CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF Repercussão Geral.
Recorrido Aguarde-se em Secretaria.
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- ADEMIR DOS SANTOS E OUTROS - ALEX ALVES RECH
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS - WMS SUPERMERCADOS DO BRASIL LTDA.
Discute-se no presente Recurso de Revista interpretação de O Julgamento do presente feito fica suspenso até sobrevir decisão
cláusula normativa que trata da base de cálculo do pagamento da no processo Incidente de Recurso Repetitivo, que trata da
complementação da RMNR. controvérsia a respeito da validade da dispensa do empregado em
Conquanto a matéria tenha sido julgada em Incidente de Recursos face de conteúdo de norma interna da empresa WMS, que previu no
Repetitivos, no Processo nº IUJ-21900-13.2011.5.21.0012 (acórdão programa denominado "Política de Orientação para Melhoria"
publicado em 20/9/2018), o STF determinou a suspensão dos procedimentos específicos que deveriam ser seguidos antes da
efeitos do julgamento do acórdão do TST (PET 7755). dispensa de seus trabalhadores.
Aguarde-se em Secretaria.
Publique-se. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Ministro Relator
Processo Nº AIRR-0258200-43.2006.5.02.0028
Complemento Processo Eletrônico
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Agravante MARIA CRISTINA LIMA MEIRA
Ministro Relator
Advogado Dr. Antonio Soares(OAB: 84035/SP)
Agravado BANCO PANAMERICANO S.A.
Processo Nº RR-0000325-26.2012.5.05.0022
Advogada Dra. Priscila Mathias de Morais Complemento Processo Eletrônico
Fichtner(OAB: 126990/RJ)
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravado CONSÓRCIO NACIONAL
PANAMERICANO S/C LTDA. Recorrente PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS
Advogada Dra. Édina Versutto(OAB: 132269/SP)
Advogado Dr. Joaquim Pinto Lapa Neto(OAB:
15659/BA)
Intimado(s)/Citado(s):
Recorrido CLÁUDIO PINTO DE ALMEIDA
- BANCO PANAMERICANO S.A. Advogado Dr. Eliasibe de Carvalho Simões(OAB:
- CONSÓRCIO NACIONAL PANAMERICANO S/C LTDA. 8296/BA)
- MARIA CRISTINA LIMA MEIRA
Intimado(s)/Citado(s):
Trata-se de processo que envolve controvérsia acerca da aplicação - CLÁUDIO PINTO DE ALMEIDA
do índice de correção monetária dos créditos trabalhistas - - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
aplicação do IPCA-E em detrimento da TR - modulação. A análise
do presente feito fica suspensa até sobrevir decisão do Supremo Discute-se no presente Recurso de Revista interpretação de
Tribunal Federal no ED-RE 870947 acerca do tema 810 da cláusula normativa que trata da base de cálculo do pagamento da
Repercussão Geral. complementação da RMNR.
Aguarde-se em Secretaria. Conquanto a matéria tenha sido julgada em Incidente de Recursos
Publique-se. Repetitivos, no Processo nº IUJ-21900-13.2011.5.21.0012 (acórdão
Brasília, 21 de fevereiro de 2020. publicado em 20/9/2018), o STF determinou a suspensão dos
efeitos do julgamento do acórdão do TST (PET 7755).
Dessa forma, em atenção à referida determinação, remeto os autos de todos os processos em curso e dos efeitos de decisões judiciais
à Secretaria, a fim de que aguarde em Secretaria a solução final da proferidas no âmbito da Justiça do Trabalho que versem sobre a
questão. aplicação da ultratividade de normas de acordos e de convenções
Publique-se. coletivas, sem prejuízo do término de sua fase instrutória, bem
Brasília, 19 de fevereiro de 2020. como das execuções já iniciadas".
Aguarde-se em Secretaria.
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Processo Nº AIRR-0000828-86.2018.5.19.0009 HUGO CARLOS SCHEUERMANN
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravante JOSE NARCISO MAIA PALMEIRA Processo Nº AIRR-0000545-84.2012.5.04.0302
Advogado Dr. Alexandre José da Trindade Meira Complemento Processo Eletrônico
Henriques(OAB: 17472/PE) Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravado THIAGO DOS SANTOS SILVA Agravante WMS SUPERMERCADOS DO
Advogado Dr. Artur Vasconcelos Cerqueira BRASIL LTDA.
Cavalcante(OAB: 11710/AL) Advogado Dr. Eduardo Caringi Raupp(OAB:
53969/RS)
Intimado(s)/Citado(s): Agravado ROBERTO MACHADO DE BASTOS
- JOSE NARCISO MAIA PALMEIRA Advogado Dr. Jair José Tatsch(OAB: 14080/RS)
- THIAGO DOS SANTOS SILVA Advogado Dr. Diego Leopoldino de Souza(OAB:
73284/RS)
Agravado UNIÃO (PGF)
Trata-se de processo que envolve controvérsia acerca da aplicação
do índice de correção monetária dos créditos trabalhistas -
Intimado(s)/Citado(s):
aplicação do IPCA-E em detrimento da TR - modulação. A análise
- ROBERTO MACHADO DE BASTOS
do presente feito fica suspensa até sobrevir decisão do Supremo
- UNIÃO (PGF)
Tribunal Federal no ED-RE 870947 acerca do tema 810 da
- WMS SUPERMERCADOS DO BRASIL LTDA.
Repercussão Geral.
Aguarde-se em Secretaria.
Trata-se de processo que envolve controvérsia acerca da aplicação
Publique-se.
do índice de correção monetária dos créditos trabalhistas -
Brasília, 20 de fevereiro de 2020.
aplicação do IPCA-E em detrimento da TR - modulação. A análise
do presente feito fica suspensa até sobrevir decisão do Supremo
Tribunal Federal no ED-RE 870947 acerca do tema 810 da
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Repercussão Geral.
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Aguarde-se em Secretaria.
Ministro Relator
Publique-se.
Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
Processo Nº AIRR-0025251-92.2015.5.24.0004
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann
Agravante ENERGISA MATO GROSSO DO SUL Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
- DISTRIBUIDORA DE ENERGIA S.A. LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Advogado Dr. Guilherme Antônio Batistoti(OAB: Ministro Relator
6756/MS)
Agravante SEBASTIÃO TEIXEIRA DE OLIVEIRA
Processo Nº AIRR-0024644-64.2015.5.24.0106
Advogado Dr. Alexandre Morais Cantero(OAB: Complemento Processo Eletrônico
8353/MS)
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravado OS MESMOS
Agravante NOVA AMÉRICA AGRÍCOLA
CAARAPÓ LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado Dr. Luís Felipe de Almeida
- ENERGISA MATO GROSSO DO SUL - DISTRIBUIDORA DE Pescada(OAB: 208670/SP)
ENERGIA S.A. Agravado ARLINDO ARAUJO
- OS MESMOS Advogada Dra. Lisie Eugenia Bosio(OAB:
- SEBASTIÃO TEIXEIRA DE OLIVEIRA 16178/MS)
Processo Nº AIRR-0000096-20.2013.5.05.0026
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Complemento Processo Eletrônico
HUGO CARLOS SCHEUERMANN
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Ministro Relator
Agravante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS
Processo Nº AIRR-0024650-67.2016.5.24.0096 Advogado Dr. Joaquim Pinto Lapa Neto(OAB:
Complemento Processo Eletrônico 15659/BA)
Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann Agravado CRISTINA MARIA DA SILVA
Agravante MFB MARFRIG FRIGORÍFICOS Advogado Dr. Antônio Salvador Lomba(OAB:
BRASIL S.A. 16805/BA)
Advogado Dr. Benedicto Celso Benício
Júnior(OAB: 131896/SP) Intimado(s)/Citado(s):
Agravado WILSON ROBERTO LOPES - CRISTINA MARIA DA SILVA
Processo Nº AIRR-0012705-18.2016.5.15.0037
Processo Nº AIRR-0011535-48.2017.5.03.0089
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Hugo Carlos Scheuermann
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravante USINA OUROESTE AÇÚCAR E
Agravante e Agravado FILIPE BATISTA DA PAZ ÁLCOOL LTDA.
Advogado Dr. Grimaldo Bruno Fernandes Advogado Dr. Marco Túlio Cardoso Porfírio(OAB:
Botelho(OAB: 120920/MG) 362580/SP)
Agravante e Agravado TELEMONT ENGENHARIA DE Agravado CHARMENY STECKER BERTOLINI
TELECOMUNICAÇÕES S.A.
Advogado Dr. Fabrício Govea da Silva(OAB:
Advogado Dr. Sérgio Carneiro Rosi(OAB: 341012/SP)
71639/MG)
Agravante e Agravado TELEMAR NORTE LESTE S/A
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado Dr. Décio Freire(OAB: 56543-A/MG)
- CHARMENY STECKER BERTOLINI
Intimado(s)/Citado(s): - USINA OUROESTE AÇÚCAR E ÁLCOOL LTDA.
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Processo Nº AIRR-0000099-31.2012.5.09.0015 LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravante AGENÁRIO COELHO DA SILVA Processo Nº ARR-0000436-76.2013.5.09.0664
Advogado Dr. Araripe Serpa Gomes Pereira(OAB: Complemento Processo Eletrônico
12162/PR) Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravado COMPANHIA DE SANEAMENTO DO Agravante e Recorrido SINDICATO DOS TRABALHADORES
PARANÁ - SANEPAR E EMPREGADOS EM
Advogado Dr. Rosaldo Jorge de Andrade(OAB: ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS
12370/PR) E SIMILARES OU CONEXOS DE
LONDRINA E REGIÃO
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. José Eymard Loguércio(OAB:
1441/DF)
- AGENÁRIO COELHO DA SILVA Agravado e Recorrente BANCO DO BRASIL S.A.
- COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ - SANEPAR Advogado Dr. Arcendino Antônio Souza
Júnior(OAB: 34657/PR)
Em razão do reconhecimento de Repercussão Geral no STF da Agravado e Recorrido OS MESMOS
matéria debatida nos autos - Tema 1.022 "EMPRESAS PÚBLICAS
E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA. DISPENSA DE SEUS Intimado(s)/Citado(s):
EMPREGADOS ADMITIDOS APÓS APROVAÇÃO EM - BANCO DO BRASIL S.A.
CONCURSO PÚBLICO. CONTROVÉRSIA A RESPEITO DA - OS MESMOS
NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DO ATO." - e da decisão do - SINDICATO DOS TRABALHADORES E EMPREGADOS EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS E SIMILARES OU
Ministro Relator, publicada no DJE de 13/6/2019, que determinou a CONEXOS DE LONDRINA E REGIÃO
"suspensão do processamento de todas as demandas pendentes
que tratam da questão em tramitação no território nacional", Trata-se de processo que envolve controvérsia acerca da aplicação
encaminho o presente feito à Secretaria para aguardar a decisão do índice de correção monetária dos créditos trabalhistas -
que será proferida no julgamento do RE-688.267/CE. aplicação do IPCA-E em detrimento da TR - modulação. A análise
Publique-se. do presente feito fica suspensa até sobrevir decisão do Supremo
Brasília, 20 de fevereiro de 2020. Tribunal Federal no ED-RE 870947 acerca do tema 810 da
Repercussão Geral.
Aguarde-se em Secretaria.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Publique-se.
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Ministro Relator
Brasília, 26 de fevereiro de 2020. presente feito à Secretaria da Turma para aguardar a decisão que
será proferida no julgamento do ARE-1.121.633-GO.
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Processo Nº AIRR-1002239-27.2017.5.02.0472 LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravante e Agravado VAGNER BARBARA RUIZ Processo Nº AIRR-0000859-12.2017.5.17.0005
Advogado Dr. Gustavo de Paula Oliveira(OAB: Complemento Processo Eletrônico
206189/SP) Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Agravante e Agravado GENERAL MOTORS DO BRASIL Agravante AZUL LINHAS AÉREAS
LTDA. BRASILEIRAS S.A.
Advogado Dr. José Pedro Pedrassani(OAB: Advogada Dra. Cláudia Al-Alam Elias
40907/RS) Fernandes(OAB: 231281/SP)
Agravado DANILO SMITH SANTOS
Intimado(s)/Citado(s): CONCEICAO
- GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA. Advogado Dr. Udno Zandonade(OAB: 9141/ES)
- VAGNER BARBARA RUIZ Advogado Dr. Gustavo Cani Gama(OAB:
10059/ES)
Agravado VIT SERVIÇOS AUXILIARES DE
Trata-se de processo que envolve controvérsia acerca da aplicação TRANSPORTES AÉREOS LTDA. (EM
do índice de correção monetária dos créditos trabalhistas - RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
aplicação do IPCA-E em detrimento da TR - modulação. A análise Agravado IFSB GH SERVIÇOS AUXILIARES DE
TRANSPORTES AÉREOS S.A.
do presente feito fica suspensa até sobrevir decisão do Supremo
Tribunal Federal no ED-RE 870947 acerca do tema 810 da
Intimado(s)/Citado(s):
Repercussão Geral.
- AZUL LINHAS AÉREAS BRASILEIRAS S.A.
Aguarde-se em Secretaria.
- DANILO SMITH SANTOS CONCEICAO
Publique-se.
- IFSB GH SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTES
Brasília, 17 de fevereiro de 2020. AÉREOS S.A.
- VIT SERVIÇOS AUXILIARES DE TRANSPORTES AÉREOS
LTDA. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA Trata-se de processo que envolve controvérsia acerca da aplicação
Ministro Relator do índice de correção monetária dos créditos trabalhistas -
aplicação do IPCA-E em detrimento da TR - modulação. A análise
Processo Nº AIRR-0024323-30.2015.5.24.0041 do presente feito fica suspensa até sobrevir decisão do Supremo
Complemento Processo Eletrônico Tribunal Federal no ED-RE 870947 acerca do tema 810 da
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva Repercussão Geral.
Agravante MINERAÇÃO CORUMBAENSE Aguarde-se em Secretaria.
REUNIDA S.A.
Publique-se.
Advogado Dr. Álvaro de Barros Guerra
Filho(OAB: 8367/MS) Brasília, 19 de fevereiro de 2020.
Advogado Dr. Nilton da Silva Correia(OAB:
1291/DF)
Advogado Dr. Roustan Magno da Silva Amarilla Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Filho(OAB: 17179-A/MS)
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Agravado NILSON RODRIGUES DA SILVA
Ministro Relator
Advogado Dr. Luís Marcos Ramires(OAB:
3314/MS)
Processo Nº RR-0125000-52.1993.5.05.0014
Intimado(s)/Citado(s): Processo Nº RR-01250/1993-014-05-00.0
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- FRANCISCO PEREIRA DOS SANTOS - ENERGÉTICA SANTA HELENA S.A. (EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL)
- FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL -
PETROS - ERNANDO DOS SANTOS PEREIRA
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
Em razão do reconhecimento da repercussão geral no STF da
Uma das matérias controvertidas nos presentes autos, interpretação matéria debatida nos autos - Tema 1.046 "VALIDADE DE NORMA
de cláusula normativa que versa sobre a base de cálculo do COLETIVA DE TRABALHO QUE LIMITA OU RESTRINGE
pagamento da complementação da RMNR, encontra-se suspensa DIREITO TRABALHISTA NÃO ASSEGURADO
de julgamento em razão da concessão de tutela antecipada pelo CONSTITUCIONALMENTE" - e da decisão do Ministro Relator,
Supremo Tribunal Federal, nos autos da Medida Cautelar na publicada no DJE de 1.º/8/2019, que determinou a "suspensão de
Petição nº 7.755, que suspendeu os efeitos da decisão proferida todos os processos pendentes individuais ou coletivos, que versem
pelo Tribunal Pleno desta Corte Superior, nos autos dos IRR"s nº sobre a questão e tramitem no território nacional", encaminho o
21900-13.2011.5.21.0012 e 118-26.2011.5.11.0012. presente feito à Secretaria da Turma para aguardar a decisão que
Portanto, determino o encaminhamento dos autos à Secretaria da será proferida no julgamento do ARE-1.121.633-GO.
Primeira Turma, onde deverão aguardar nova deliberação do Publique-se.
Supremo Tribunal Federal, quando deverão retornar conclusos ao Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Publique-se.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Ministro Relator Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Processo Nº AIRR-0024548-31.2014.5.24.0091 Ministro Relator
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva Processo Nº RR-0000836-13.2018.5.23.0022
Agravante AGRO ENERGIA SANTA LUZIA S.A. Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Marcos Renato Gelsi dos Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Santos(OAB: 151714/SP) Recorrente ROSANGELA PEREIRA DOS
Agravado JOSILEI PEREIRA MACHADO SANTOS
Advogado Dr. Adriano Robislei Gomes Advogado Dr. Nyemaier Matos da Silva(OAB:
Barbosa(OAB: 14692/MS) 19869/MT)
Recorrido SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO
Intimado(s)/Citado(s): CAMILO
Advogada Dra. Priscila Santos Raimundi Carlos
- AGRO ENERGIA SANTA LUZIA S.A. Pereira(OAB: 18022/MT)
- JOSILEI PEREIRA MACHADO
Intimado(s)/Citado(s):
Em razão do reconhecimento da repercussão geral no STF da - ROSANGELA PEREIRA DOS SANTOS
matéria debatida nos autos - Tema 1.046 "VALIDADE DE NORMA - SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO CAMILO
COLETIVA DE TRABALHO QUE LIMITA OU RESTRINGE
DIREITO TRABALHISTA NÃO ASSEGURADO Vistos.
CONSTITUCIONALMENTE" - e da decisão do Ministro Relator, Junte-se a petição 302880/2020-2.
publicada no DJE de 1.º/8/2019, que determinou a "suspensão de Em razão do reconhecimento da repercussão geral no STF da
todos os processos pendentes individuais ou coletivos, que versem matéria debatida nos autos - Tema 1.046 "VALIDADE DE NORMA
sobre a questão e tramitem no território nacional", encaminho o COLETIVA DE TRABALHO QUE LIMITA OU RESTRINGE
presente feito à Secretaria da Turma para aguardar a decisão que DIREITO TRABALHISTA NÃO ASSEGURADO
será proferida no julgamento do ARE-1.121.633-GO. CONSTITUCIONALMENTE" - e da decisão do Ministro Relator,
Publique-se. publicada no DJE de 1.º/8/2019, que determinou a "suspensão de
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. todos os processos pendentes individuais ou coletivos, que versem
sobre a questão e tramitem no território nacional", encaminho o
presente feito à Secretaria da Turma para aguardar a decisão que
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) será proferida no julgamento do ARE-1.121.633-GO.
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA Publique-se.
Ministro Relator Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
Processo Nº AIRR-0024757-18.2015.5.24.0106
Complemento Processo Eletrônico
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Agravante NOVA AMÉRICA AGRÍCOLA
CAARAPÓ LTDA. Ministro Relator
Advogado Dr. Luís Felipe de Almeida
Pescada(OAB: 208670/SP) Processo Nº RR-0010584-59.2013.5.03.0165
Agravado HELIO AQUINO Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Vítor Estevão Benitez(OAB: Relator Min. Walmir Oliveira da Costa
12362/MS) Recorrente MARIA PIEDADE DAS GRAÇAS
FERREIRA
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Daianne Carla Santos
Tavares(OAB: 126628/MG)
- HELIO AQUINO
Recorrente BIOCOR HOSPITAL DE DOENÇAS
- NOVA AMÉRICA AGRÍCOLA CAARAPÓ LTDA. CARDIOVASCULARES LTDA.
Advogado Dr. Nilton da Silva Correia(OAB:
Em razão do reconhecimento da repercussão geral no STF da 1291/DF)
matéria debatida nos autos - Tema 1.046 "VALIDADE DE NORMA Recorrido OS MESMOS
COLETIVA DE TRABALHO QUE LIMITA OU RESTRINGE
DIREITO TRABALHISTA NÃO ASSEGURADO Intimado(s)/Citado(s):
CONSTITUCIONALMENTE" - e da decisão do Ministro Relator, - BIOCOR HOSPITAL DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES
LTDA.
publicada no DJE de 1.º/8/2019, que determinou a "suspensão de
- MARIA PIEDADE DAS GRAÇAS FERREIRA
todos os processos pendentes individuais ou coletivos, que versem
- OS MESMOS
sobre a questão e tramitem no território nacional", encaminho o
presente feito à Secretaria da Turma para aguardar a decisão que
Trata-se de recurso em que se discute, dentre outras matérias, a
será proferida no julgamento do ARE-1.121.633-GO.
validade de norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista
Repercussão Geral.
Aguarde-se em Secretaria.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Publique-se.
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Ministro Relator
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA outubro de 2012, intimo a reclamante DANIELE OLINDA BENELI
Ministro Relator para, no prazo de 5 (cinco) dias, informar o seu número de inscrição
no cadastro de pessoas físicas da Secretaria da Receita Federal do
Processo Nº RR-0010300-10.2012.5.17.0161 Brasil, ou justificar a ausência do dado, conforme disposto no art. 1º
Complemento Processo Eletrônico do referido Ato.
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva Publique-se.
Recorrente PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - Brasília, 02 de março de 2020.
PETROBRAS
Advogado Dr. Vera Lúcia Silveira Peixoto(OAB:
15459/ES)
Recorrido LUIZIANA FLAVIA MORAES DO Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
CARMO ALEX ALEXANDER ABDALLAH JUNIOR
Advogado Dr. George Duarte Freitas Filho Secretário da 1ª Turma
Justiça Comum.
Processo Nº AIRR-0002128-11.2012.5.03.0148
Complemento Processo Eletrônico Publique-se.
Agravante(s) MINERAÇÃO TURMALINA LTDA. Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
Advogado José Alberto Couto Maciel(OAB:
513/DF)
Advogada Leila Azevedo Sette(OAB: 22864/MG)
Agravado(s) JHON LENON SILVA VELOSO
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
Advogado Ricardo José Rodrigues(OAB:
66909/MG) HUGO CARLOS SCHEUERMANN
Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s):
- JHON LENON SILVA VELOSO
Processo Nº AIRR-0010311-70.2018.5.03.0047
- MINERAÇÃO TURMALINA LTDA. Complemento Processo Eletrônico
Agravante(s) CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A.
Intimado(s)/Citado(s):
Cumpra-se.
Defiro tramitação preferencial. Aguarde-se julgamento, Intime-se a reclamante para que se pronuncie, no prazo de 10
Publique-se.
Intimado(s)/Citado(s):
- ELIAS GRIGORIO DE ANDRADE
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIO-
EDUCATIVO AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA-SP
Intime-se a parte contrária para se manifestar, no prazo de 10
dias.
Publique-se.
Processo Nº AIRR-0000964-62.2012.5.04.0025 pela Vara do Trabalho, uma vez que o TST já prestou a jurisdição
Complemento Processo Eletrônico
que lhe incumbia.
Agravante(s) VIA VENETO ROUPAS LTDA.
Advogado Claudio Pacheco Prates Cumpra-se.
Lamachia(OAB: 22356/RS)
Advogado Rodrigo Dorneles(OAB: 46421/RS)
Agravado(s) FERNANDA DE OLIVEIRA DUARTE Publique-se.
Advogado Milton José Munhoz Camargo(OAB: Brasília, 2 de março de 2020.
7815/RS)
Advogado Antônio Carlos Schamann
Maineri(OAB: 7558/RS)
Processo Nº RR-0011607-86.2016.5.15.0040
Complemento Processo Eletrônico
Recorrente(s) USINA PAULISTA LAVRINHAS DE
GMHCS/clr ENERGIA S.A.
GMHCS/clr
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
HCS/dft Ministro Relator
TECNOLOGIA DE MATERIAIS -EPP manifesta interesse em que se A matéria controvertida nos presentes autos (Possibilidade de
designe audiência para conciliação entre as partes. cumulação do Adicional de Atividade de Distribuição e/ou Coleta
Externa - AADC com o Adicional de Periculosidade, aos
Intime-se o reclamante para que se pronuncie, no prazo de 10
empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos -
(dez) dias, quanto ao pedido apresentado pela reclamada. ECT), encontra-se pendente de decisão pelo SbDI-1 desta Corte
À Secretaria da 1ª Turma, para as providências cabíveis. Superior, em sua composição plena, conforme afetação decidida
nos autos do processo nº IRR - 1757-68.2015.5.06.0371.
Após, voltem conclusos.
Portanto, determino o encaminhamento dos autos à Secretaria da
Publique-se. 1ª Turma, onde deverão aguardar a resolução da controvérsia ou
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. nova deliberação pelo órgão uniformizador deste Tribunal Superior,
quando deverão retornar conclusos ao Relator.
Publique-se.
Brasília, 02 de março de 2020.
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
Processo Nº AIRR-0001672-75.2015.5.10.0014
Complemento Processo Eletrônico Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Agravante BANCO DO BRASIL S.A. Ministro Relator
Advogado Dr. Rafael Sganzerla Durand(OAB:
27474/DF)
Processo Nº Ag-RR-0050700-22.2012.5.17.0014
Agravado ELIÃ PEREIRA DE BRITO Complemento Processo Eletrônico
Advogada Dra. Jorivalma Muniz de Sousa(OAB: Relator Min. Walmir Oliveira da Costa
12910/DF)
Agravante e Agravado UNIVERSIDADE FEDERAL DO
Agravado SERVICOL - SERVIÇOS DE ESPÍRITO SANTO - UFES
CONSERVAÇÃO E LIMPEZA EIRELI
Procurador Dr. Paulo Gustavo Medeiros Carvalho
Intimado(s)/Citado(s): Procuradora Dra. Raquel Mamede de Lima
Procuradora Dra. Renata de Carvalho Accioly Lima
- BANCO DO BRASIL S.A.
Agravante e Agravado UNIÃO (PGU)
- ELIÃ PEREIRA DE BRITO
Procurador Dr. Marcos Dupin Coutinho
- SERVICOL - SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO E LIMPEZA
EIRELI Procurador Dr. Carlos Inácio Prates
Agravado AUÉGIO COIMBRA DE OLIVEIRA
Compulsando os autos, verifico que o reclamante apresentou Advogado Dr. Rodrigo Ferreira Pelissari(OAB:
8625/ES)
Recurso Extraordinário contra a decisão turmária que manteve a
responsabilidade subsidiária do Banco do Brasil S.A., aplicando
Intimado(s)/Citado(s):
como razão de decidir o teor da Súmula n.º 331, V, do TST, na
- AUÉGIO COIMBRA DE OLIVEIRA
medida em que configurada a culpa in vigilando do tomador de
- UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
serviços.
- UNIÃO (PGU)
Ora, o reclamante não tem interesse para recorrer, visto que foi
negado seguimento ao Agravo de Instrumento do tomador de
Considerando que a reclamada SERVIP - RH SERVIÇOS GERAIS
serviços, mantendo a condenação subsidiária do Poder Público.
LTDA. não consta da capa dos autos, DETERMINO:
Assim, determino o retorno dos autos à Presidência desta Corte,
- a retirada de pauta do presente processo.
para que prossiga no encaminhamento do feito, como entender de
- a reautuação dos autos para que também conste como agravada
direito.
SERVIP - RH SERVIÇOS GERAIS LTDA., assim como sua
Publique-se.
intimação do teor da decisão de fls. 558-571.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Após, retornem-me conclusos.
Publique-se.
Brasília, 02 de março de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Walmir Oliveira da Costa
Processo Nº ED-AIRR-0000895-47.2013.5.03.0114
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva
Embargante TNL PCS S.A. Processo Nº AIRR-0000617-60.2012.5.15.0045
Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Décio Flávio Gonçalves Torres
Freire(OAB: 56453/MG) Relator Min. Walmir Oliveira da Costa
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB: Agravante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
513/DF) PETROBRAS
Embargado AÇÃO ASSESSORIA DE COBRANÇA Advogado Dr. Marco Aurélio Ferreira
LTDA. Martins(OAB: 194793-D/SP)
Advogado Dr. Joaquim Martins Pinheiro Agravado DANIEL EMIDIO DO NASCIMENTO E
Filho(OAB: 72218/MG) OUTRO
Embargado NATALIA BRUNA VIEIRA GARCIA Advogado Dr. José Henrique Coura da
Rocha(OAB: 232229/SP)
Advogado Dr. Fabiana Reis de Carvalho
Costa(OAB: 121007/MG)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s): - DANIEL EMIDIO DO NASCIMENTO E OUTRO
- AÇÃO ASSESSORIA DE COBRANÇA LTDA. - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
- NATALIA BRUNA VIEIRA GARCIA
- TNL PCS S.A. Uma das matérias controvertidas nos presentes autos, interpretação
de cláusula normativa que versa sobre a base de cálculo do
Assinalo o prazo de 5 (cinco) dias à(s) embargada(s)/ao(s) pagamento da complementação da RMNR, encontra-se suspensa
embargado(s) para, querendo, apresentar(em) manifestação. de julgamento em razão da concessão de tutela antecipada pelo
Após, conclusos. Supremo Tribunal Federal, nos autos da Medida Cautelar na
Publique-se. Petição nº 7.755, que suspendeu os efeitos da decisão proferida
Brasília, 02 de março de 2020. pelo Tribunal Pleno desta Corte Superior, nos autos dos IRR"s nº
Intimado(s)/Citado(s):
Tratando de recurso de revista interposto em face de acórdão
- OS MESMOS
publicado na vigência da Lei nº 13.015/2014, determino a
- USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A. - USIMINAS
reautuação para que seja incluída a informação de regência da
- WAGNER MARTINS GUERRA
referida lei.
Após, voltem-me conclusos.
Publique-se. Debate-se nos autos a possibilidade de norma coletiva elastecer os
Brasília, 18 de fevereiro de 2020. chamados "minutos residuais", previstos no art. 58, § 1.º, da CLT.
Em razão do reconhecimento da repercussão geral no STF da
matéria debatida nos autos - Tema 1.046 "VALIDADE DE NORMA
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) COLETIVA DE TRABALHO QUE LIMITA OU RESTRINGE
Walmir Oliveira da Costa DIREITO TRABALHISTA NÃO ASSEGURADO
Ministro Relator CONSTITUCIONALMENTE" - e da decisão do Ministro Relator,
publicada no DJE de 1.º/8/2019, que determinou a "suspensão de
todos os processos pendentes individuais ou coletivos, que versem
Processo Nº RR-0001494-52.2013.5.02.0004
Complemento Processo Eletrônico sobre a questão e tramitem no território nacional", encaminho o
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva presente feito à Secretaria da Turma para aguardar a decisão que
Recorrente COMPANHIA DE SANEAMENTO será proferida no julgamento do ARE-1.121.633-GO.
BÁSICO DO ESTADO DE SÃO Registro que a Vice-Presidência desta Corte tem determinado a
PAULO - SABESP
suspensão dos feitos que envolvem a mesma matéria, quando do
Advogada Dra. Mariane Vendl Craveiro(OAB:
255446/SP) exame da admissibilidade dos Recursos Extraordinários. (Ag-AIRR-
Recorrido LUIZ BONIFACIO DOS SANTOS 11996-49.2016.5.03.0026, Relator: Ministro Luiz Philippe Vieira de
Advogado Dr. José Gervásio Valete Barros(OAB: Mello Filho, DEJT 21/2/2020; E-ED-RR-1323-02.2012.5.04.0384,
254840/SP) Relator: Ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, DEJT
21/2/2020).
Intimado(s)/Citado(s): Publique-se.
- COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE Brasília, 03 de março de 2020.
SÃO PAULO - SABESP
- LUIZ BONIFACIO DOS SANTOS
Intimado(s)/Citado(s):
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA - PABLO DUTRA ABRANCHES
Ministro Relator
Por intermédio da petição às fls. 1961/1967, o embargado noticia
Processo Nº AIRR-0000196-54.2012.5.09.0654 que houve ato ilegal praticado pela Caixa Econômica Federal, quais
Complemento Processo Eletrônico sejam: preterição constitucional na ordem de classificação e
Relator Min. Luiz José Dezena da Silva violação da regra do Edital (item 13.02).
Agravante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - Intime-se a CEF para que em 05 (cinco) dias manifeste-se sobre os
PETROBRAS termos da petição apresentada pelo reclamante.
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB: Publique-se.
2124-A/DF)
Brasília, 03 de março de 2020.
Advogado Dr. Felipe Miguel Mendonça
Ferreira(OAB: 84256/PR)
Agravante FUNDAÇÃO PETROBRAS DE
SEGURIDADE SOCIAL - PETROS Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Renato Lobo Guimarães(OAB: MARIA HELENA MALLMANN
14517-A/DF)
Ministra Relatora
Advogada Dra. Gilda Russomano Gonçalves dos
Santos(OAB: 65395/RS) Pauta
Agravado MARILSE MARI GOMES
D'ASSUMPÇÃO Pauta de Julgamento
Advogada Dra. Emanuelle Silveira dos Pauta de Julgamento para a 7a. Sessão Ordinária da 2ª Turma do
Santos(OAB: 32845-A/PR) dia 01 de abril de 2020 às 09h30
Intimado(s)/Citado(s):
PROCESSOS INCLUÍDOS NO PLENÁRIO VIRTUAL
- FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL -
PETROS A sessão virtual terá início à 00:00 de 24/03/2020 e encerramento à
- MARILSE MARI GOMES D'ASSUMPÇÃO
00:00 de 31/03/2020.
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
Nos termos da RA Nº 1.860/2016, os processos em que houver
Discute-se no presente Recurso de Revista interpretação de pedido de sustentação oral ou pedido de preferência, apresentados
cláusula normativa que trata da base de cálculo do pagamento da
até 24 horas antes do início da sessão virtual, serão remetidos para
complementação da RMNR.
Conquanto a matéria tenha sido julgada em Incidente de Recursos julgamento presencial na sessão do dia 01/04/2020, às 09:30.
Repetitivos, no Processo nº IUJ-21900-13.2011.5.21.0012 (acórdão
publicado em 20/9/2018), o STF determinou a suspensão dos Processo Nº Ag-AIRR-0000010-84.2010.5.04.0025
efeitos do julgamento do acórdão do TST (PET 7755). Complemento Plenário Virtual
Dessa forma, em atenção à referida determinação, remeto os autos Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
à Secretaria, a fim de que aguarde em Secretaria a solução final da AGRAVANTE(S) ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
questão. Procurador DR. ALFREDO CROSSETTI SIMON
Publique-se. AGRAVADO(S) IDALINA MARTINS DE SOUZA
Brasília, 03 de março de 2020. Advogado DR. EVARISTO LUIZ HEIS(OAB:
28154/RS)
AGRAVADO(S) SANTOS & ALVES - SERVIÇOS
TERCEIRIZADOS LTDA.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
LUIZ JOSÉ DEZENA DA SILVA Intimado(s)/Citado(s):
Ministro Relator - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
- IDALINA MARTINS DE SOUZA
- SANTOS & ALVES - SERVIÇOS TERCEIRIZADOS LTDA.
Secretaria da Segunda Turma
Despacho Processo Nº Ag-ARR-0000010-19.2012.5.04.0024
Complemento Plenário Virtual
Processo Nº ED-Ag-AIRR-0011176-68.2015.5.03.0057 Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Processo Nº AIRR-0000010-64.2013.5.03.0136
Intimado(s)/Citado(s):
Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES - ALVES E MAGALHÃES LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA. -
ME
AGRAVANTE(S) INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCACAO CIENCIA E - CAIXA DE CONSTRUÇÃO DE CASAS PARA O PESSOAL DO
TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS MINISTÉRIO DA MARINHA
Advogado DR. JOSÉ CÂNDIDO DE CARVALHO - ROBSON LUÍS ALVES DE OLIVEIRA
JÚNIOR(OAB: 12228/DF)
Advogado DR. GABRIEL XAVIER Processo Nº Ag-AIRR-0000110-83.2018.5.08.0207
SILVEIRA(OAB: 101390/MG) Complemento Plenário Virtual
AGRAVADO(S) VANEZA SOARES DE MESQUITA Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
Advogada DRA. TEREZINHA DE JESUS AGRAVANTE(S) ESTADO DO AMAPÁ
ALVES(OAB: 54102/MG)
Procurador DR. JIMMY NEGRÃO MACIEL
AGRAVADO(S) TSG LOCADORA & SERVICOS LTDA.
- ME AGRAVADO(S) JOSÉ AQUILINO DOS SANTOS
Advogado DR. SANDRA MÁRCIA DA CRUZ Advogado DR. JEAN E SILVA DIAS(OAB:
OLIVEIRA(OAB: 115388/MG) 928/AP)
AGRAVADO(S) WESLEY LEITE BIDO Advogado DR. GERSON GERALDO DOS
SANTOS SOUSA(OAB: 1739/AP)
AGRAVADO(S) VINICIUS AUGUSTO RIBEIRO
CALDAS AGRAVADO(S) CAIXA ESCOLAR KUMARUMA
AGRAVADO(S) WILLIAM DE JESUS KIMO Advogado DR. ROBERTO SÁVIO GUEDES
FERREIRA(OAB: 277342/SP)
AGRAVADO(S) MAXIMIANO AUGUSTO DE ALMEIDA
REBELO
AGRAVADO(S) ALDALBERTO DE ALVARENGA Intimado(s)/Citado(s):
CARVALHO JUNIOR - CAIXA ESCOLAR KUMARUMA
AGRAVADO(S) ALEXANDRE MAGNO CARVALHO - ESTADO DO AMAPÁ
- JOSÉ AQUILINO DOS SANTOS
Intimado(s)/Citado(s):
- ALDALBERTO DE ALVARENGA CARVALHO JUNIOR Processo Nº AIRR-0000117-20.2015.5.10.0015
- ALEXANDRE MAGNO CARVALHO Complemento Plenário Virtual
- INSTITUTO FEDERAL DE EDUCACAO CIENCIA E Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS AGRAVANTE(S) UNIÃO (PGU)
- MAXIMIANO AUGUSTO DE ALMEIDA REBELO Procurador DR. FÁBIO TESOLIN RODRIGUES
- TSG LOCADORA & SERVICOS LTDA. - ME AGRAVADO(S) EDULCEMEIRE COSTA ALVES
- VANEZA SOARES DE MESQUITA Advogado DR. MARCELO BARBOSA
- VINICIUS AUGUSTO RIBEIRO CALDAS COELHO(OAB: 8558/DF)
- WESLEY LEITE BIDO AGRAVADO(S) ADMINAS ADMINISTRAÇÃO E
TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA
- WILLIAM DE JESUS KIMO LTDA.
- ESTADO DO ACRE
Processo Nº AIRR-0000482-88.2010.5.02.0042
- MARCELO BORGES DE MELO
Complemento Plenário Virtual
- TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
AGRAVANTE(S) MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Processo Nº Ag-AIRR-0000475-28.2015.5.02.0008
Procurador DR. AKINTOLÁ DO ROSÁRIO ASSIS
Complemento Plenário Virtual
Procurador DR. FLÁVIA CHRISTINA MARTINS
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN SILVA LAZZARINI
AGRAVANTE(S) CONCEIÇÃO APARECIDA AUGUSTO AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
DE OLIVEIRA
Procurador DR. MARLY YAMAMOTO
Advogado DR. EDUARDO DE OLIVEIRA
CERDEIRA(OAB: 234634/SP) Procurador DR. YEUN SOO CHEON
AGRAVADO(S) FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE AGRAVADO(S) EDUARDO MONTEIRO
SÃO PAULO Advogada DRA. SHEILA MAGNO DE
Procurador DR. CLÁUDIA HELENA DESTEFANI SOUSA(OAB: 275571/SP)
DE LACERDA Advogado DR. ALESSANDRO MAGNO DE
AGRAVADO(S) FUNDAÇÃO CENTRO DE SOUSA(OAB: 297585/SP)
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO AGRAVADO(S) CORPORAÇÃO GUTTY DE
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO SEGURANÇA PATRIMONIAL E
CASA/SP VIGILÂNCIA LTDA.
Procurador DR. NAZÁRIO CLEODON DE Advogado DR. MARCELO ROSENTHAL(OAB:
MEDEIROS 163855/SP)
AGRAVADO(S) ESTADO DE SÃO PAULO
Procurador DR. CLÁUDIA HELENA DESTEFANI Intimado(s)/Citado(s):
DE LACERDA
AGRAVADO(S) GRANDSEG SEGURANÇA E - CORPORAÇÃO GUTTY DE SEGURANÇA PATRIMONIAL E
VIGILÂNCIA LTDA. VIGILÂNCIA LTDA.
- EDUARDO MONTEIRO
Intimado(s)/Citado(s): - MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
- UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
- CONCEIÇÃO APARECIDA AUGUSTO DE OLIVEIRA
- ESTADO DE SÃO PAULO
Processo Nº Ag-AIRR-0000491-98.2016.5.09.0671
- FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Complemento Plenário Virtual
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA/SP Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
- GRANDSEG SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. AGRAVANTE(S) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL
Procuradora DRA. KAMILA DOS SANTOS
Processo Nº AIRR-0000477-10.2016.5.14.0402 TABAQUINI
Complemento Plenário Virtual AGRAVADO(S) LINDAMIR BORGES CORDEIRO
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Advogado DR. JULIANO CAMPOS(OAB:
AGRAVANTE(S) ESTADO DO ACRE 45570/PR)
Procurador DR. LUCIANO FLEMING LEITÃO Advogado DR. ERNANI GONÇALVES
MACHADO(OAB: 48545/PR)
AGRAVADO(S) TEIXEIRA & AGUIAR LTDA.
AGRAVADO(S) ULTRA SERVIÇOS DE LIMPEZA
AGRAVADO(S) ALUIZIO FERREIRA DE OLIVEIRA LTDA. - EPP
Advogada DRA. JOSIANE DO COUTO
SPADA(OAB: 3805/AC)
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº Ag-RR-0000680-18.2018.5.11.0003
Complemento Plenário Virtual - BANCO DO BRASIL S.A.
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES - COBRA TECNOLOGIA S.A.
AGRAVANTE(S) ESTADO DO AMAZONAS - GISELLE BEZERRA LIMA DA SILVA
Procurador DR. PROCURADORIA GERAL DO - PROBANK S.A.
ESTADO DO AMAZONAS - UNIÃO (PGF)
Procuradora DRA. MARIA HOSANA DE SOUZA
MONTEIRO
Processo Nº AIRR-0000736-87.2012.5.09.0659
AGRAVADO(S) JANILSE FRAZAO DA SILVA Complemento Plenário Virtual
Advogado DR. MAYCON SILVA DOS Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
SANTOS(OAB: 13231/AM)
AGRAVANTE(S) ESTADO DO PARANÁ
AGRAVADO(S) MAIS EMPRESARIAL EIRELI - EPP
Procurador DR. RAUL ANIZ ASSAD
Advogado DR. FABIANO VÍTOR DA CRUZ
SANTANA(OAB: 12287/AM) AGRAVADO(S) LYNX VIGILÂNCIA E SEGURANÇA
S/C LTDA.
Intimado(s)/Citado(s): Advogada DRA. MARIANA LINHARES
WATERKEMPER(OAB: 24324/SC)
- ESTADO DO AMAZONAS AGRAVADO(S) RODRIGO SKRZECZKOWSKI
- JANILSE FRAZAO DA SILVA Advogado DR. WILLIAN DOS SANTOS(OAB:
- MAIS EMPRESARIAL EIRELI - EPP 51290/PR)
Processo Nº AIRR-0000839-25.2011.5.15.0025
Complemento Plenário Virtual Intimado(s)/Citado(s):
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES - CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E REGIÃO "JAIR
AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO CENTRO DE JESUÍNO TRINDADE"
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO - FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
CASA/ SP AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
Procurador DR. NAZÁRIO CLEODON DE - GLADISLENE DA SILVA MACHADO MARTINS
MEDEIROS
AGRAVADO(S) MARILDO RAMOS RODRIGUES Processo Nº AIRR-0000895-76.2015.5.14.0403
Advogado DR. MÁRIO CÉZAR BARBOSA(OAB: Complemento Plenário Virtual
118812/SP) Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
AGRAVADO(S) SEPATRI OPERACIONAL AGRAVANTE(S) ESTADO DO ACRE
SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDA.
Procuradora DRA. ROSANA FERNANDES
MAGALHÃES BIANCARDI
Intimado(s)/Citado(s):
AGRAVADO(S) RENATO ARAÚJO PIRES
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO Advogado DR. TÂNIA MARIA FERNANDES DE
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA/ SP CARVALHO(OAB: 2371/AC)
- MARILDO RAMOS RODRIGUES AGRAVADO(S) TEIXEIRA & AGUIAR LTDA.
- SEPATRI OPERACIONAL SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº AIRR-0000860-25.2015.5.14.0401
- ESTADO DO ACRE
Complemento Plenário Virtual
- RENATO ARAÚJO PIRES
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
- TEIXEIRA & AGUIAR LTDA.
AGRAVANTE(S) ESTADO DO ACRE
Procurador DR. LUCIANO FLEMING LEITÃO
Processo Nº AIRR-0000903-45.2015.5.06.0122
AGRAVADO(S) AMANDA DE SOUZA LIMA Complemento Plenário Virtual
AGRAVADO(S) TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
AGRAVANTE(S) ESTADO DE PERNAMBUCO
Intimado(s)/Citado(s):
Procurador DR. SÉRGIO AUGUSTO SANTANA
- AMANDA DE SOUZA LIMA SILVA
- ESTADO DO ACRE Procuradora DRA. MARIA CECÍLIA MARQUES
CARTAXO
- TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP
AGRAVADO(S) JOSÉ GERALDO OLIVEIRA DE
MORAES
Processo Nº Ag-AIRR-0000881-98.2015.5.14.0401 Advogado DR. MARCOS ANTÔNIO ALMEIDA
Complemento Plenário Virtual DE SOUZA(OAB: 33276/PE)
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES AGRAVADO(S) SAAG SERVIÇOS DE ASSESSORIA
AGRAVANTE(S) ESTADO DO ACRE E ADMINISTRAÇÃO LTDA.
Procuradora DRA. ROSANA FERNANDES
MAGALHÃES BIANCARDI Intimado(s)/Citado(s):
AGRAVADO(S) MAICA FREIRE DE BRITO - ESTADO DE PERNAMBUCO
Advogado DR. RENATO ROQUE - JOSÉ GERALDO OLIVEIRA DE MORAES
TAVARES(OAB: 3343/AC)
- SAAG SERVIÇOS DE ASSESSORIA E ADMINISTRAÇÃO
AGRAVADO(S) TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP LTDA.
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
AGRAVANTE(S) ESTADO DO PARANÁ AGRAVANTE(S) ESTADO DO ACRE
Advogada DRA. LILIAM FÁTIMA MORO Procurador DR. THIAGO TORRES ALMEIDA
NOVAK(OAB: 7648/PR) AGRAVADO(S) TIAGO AMÂNCIO DE SOUZA
AGRAVANTE(S) LIDERANÇA LIMPEZA E Advogada DRA. RUTH SOUZA ARAÚJO
CONSERVAÇÃO LTDA. BARROS(OAB: 2671/AC)
Advogada DRA. ROSILENE GONÇALVES AGRAVADO(S) TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP
MONTEIRO(OAB: 15512/SC)
AGRAVADO(S) MARIA NALVES VITORINO
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado DR. WILSON LEITE DE
MORAIS(OAB: 14946/PR) - ESTADO DO ACRE
- TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP
Intimado(s)/Citado(s): - TIAGO AMÂNCIO DE SOUZA
- ESTADO DO PARANÁ
- LIDERANÇA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA. Processo Nº Ag-AIRR-0000969-95.2012.5.02.0007
- MARIA NALVES VITORINO Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Processo Nº AIRR-0000960-70.2011.5.15.0084 AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO CENTRO DE
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
Complemento Plenário Virtual AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES CASA
AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO CENTRO DE Advogado DR. NAZÁRIO CLEODON DE
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO MEDEIROS(OAB: 84809/SP)
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO AGRAVADO(S) URUBATÃO LIMA DE FREITAS
CASA
Advogada DRA. IZABEL CRISTINA DOS
Procurador DR. NAZÁRIO CLEODON DE SANTOS RUBIRA(OAB: 101373/SP)
MEDEIROS
Procurador DR. PEDRO LUIZ NEVES FREIRE
Intimado(s)/Citado(s):
Procurador DR. THIAGO CARDOSO GREGORIO
AGRAVADO(S) LUIZ GONZAGA DOS SANTOS - FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
Advogado DR. ANTÔNIO CARLOS DE
SOUZA(OAB: 94744/SP) - URUBATÃO LIMA DE FREITAS
AGRAVADO(S) MARIA DAS GRAÇAS BARROS
SANTOS LOCADORA DE VEÍCULOS Processo Nº AIRR-0000979-54.2014.5.09.0661
- ME Complemento Plenário Virtual
Advogada DRA. LUCY DE SOUZA LIMA(OAB: Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
126127/SP)
AGRAVANTE(S) UNIÃO (PGU)
AGRAVADO(S) CENTRO DE DEFESA DOS
DIREITOS DA CRIANÇA E DO Procurador DR. SIDNEI DI BACCO
ADOLESCENTE DE SÃO JOSÉ DOS AGRAVADO(S) NEIDE CAETANO PRATES ALVES
CAMPOS E REGIÃO - CEDECA
Advogada DRA. LARISSA GRIMALDI RANGEL
SOARES(OAB: 54210/PR)
Intimado(s)/Citado(s): AGRAVADO(S) ADMINAS ADMINISTRAÇÃO E
- CENTRO DE DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE OBRA
ADOLESCENTE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS E REGIÃO - LTDA.
CEDECA
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO Intimado(s)/Citado(s):
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
- ADMINAS ADMINISTRAÇÃO E TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO DE
- LUIZ GONZAGA DOS SANTOS OBRA LTDA.
- MARIA DAS GRAÇAS BARROS SANTOS LOCADORA DE - NEIDE CAETANO PRATES ALVES
VEÍCULOS - ME
- UNIÃO (PGU)
Processo Nº AIRR-0000965-26.2014.5.11.0011
Processo Nº AIRR-0000982-95.2016.5.14.0403
Complemento Plenário Virtual
Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
AGRAVANTE(S) ESTADO DO AMAZONAS
AGRAVANTE(S) ESTADO DO ACRE
Procurador DR. VITOR HUGO MOTA DE
MENEZES Procurador DR. LUCIANO FLEMING LEITÃO
AGRAVADO(S) RAIMUNDO CLEBSON MARTINS AGRAVADO(S) ANTÔNIO EDINILSON DA SILVA
FREIRE MOURA
Advogada DRA. MARIA ESPERANÇA DA Advogado DR. ANDRESSON DA SILVA
COSTA ALENCAR(OAB: 2114/AM) BOMFIM(OAB: 3364/AC)
AGRAVADO(S) FLS POMPEU AGRAVADO(S) D. M. M. TERCEIRIZAÇÃO E
CONSULTORIA LTDA. - ME
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- ESTADO DO AMAZONAS
- ANTÔNIO EDINILSON DA SILVA MOURA
- FLS POMPEU
- D. M. M. TERCEIRIZAÇÃO E CONSULTORIA LTDA. - ME
- RAIMUNDO CLEBSON MARTINS FREIRE
- ESTADO DO ACRE
Processo Nº AIRR-0000965-96.2015.5.14.0402
Processo Nº AIRR-0000987-20.2016.5.14.0403
Complemento Plenário Virtual
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº AIRR-0001001-63.2015.5.17.0012
Complemento Plenário Virtual - ANDERSON CAMPELO DE SOUZA
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN - ESTADO DO ACRE
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DO - TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP
ESPÍRITO SANTO - UFES
Procurador DR. MARCOS JOSÉ DE JESUS Processo Nº AIRR-0001009-18.2015.5.14.0402
Processo Nº AIRR-0001054-85.2016.5.14.0402
Complemento Plenário Virtual Intimado(s)/Citado(s):
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN - ADRIANA RODRIGUES DA ROCHA
AGRAVANTE(S) ESTADO DO ACRE - ESTADO DO ACRE
Procurador DR. AVELINO FERREIRA BARBOSA - TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP
FILHO
AGRAVADO(S) DORACI BARBOSA DE SOUZA Processo Nº Ag-AIRR-0001079-64.2015.5.10.0008
Advogado DR. RODRIGO MAFRA Complemento Plenário Virtual
BIANCÃO(OAB: 2822/AC) Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
AGRAVADO(S) TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP AGRAVANTE(S) INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL - INSS
Intimado(s)/Citado(s): Procurador DR. MATEUS FERREIRA ROSA
- DORACI BARBOSA DE SOUZA AGRAVADO(S) HUGO DE BRITO LISBOA
- ESTADO DO ACRE Advogado DR. ARISTÓTELES INGLEZDOLFE
DE MELLO CATRO(OAB: 41019/DF)
- TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP
AGRAVADO(S) SANTA HELENA URBANIZAÇÃO E
OBRAS S.A.
Processo Nº AIRR-0001055-28.2010.5.24.0006 AGRAVADO(S) SANTA HELENA SEGURANÇA
Complemento Plenário Virtual TOTAL S.A.
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE AGRAVADO(S) SH SERVIÇOS GERAIS S.A.
PIMENTA
AGRAVADO(S) ADHEMAR COELHO JÚNIOR
AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
FEDERAL DE MATO GROSSO DO AGRAVADO(S) RODRIGO TAUMATURGO PAVONI
SUL - FUFMS
Procurador DR. MARCELO DE SIQUEIRA Intimado(s)/Citado(s):
FREITAS
- ADHEMAR COELHO JÚNIOR
AGRAVADO(S) ELSON PEREIRA RODRIGUES
- HUGO DE BRITO LISBOA
Advogada DRA. TATIANA CURVO DE ARAÚJO
ROSSATTO(OAB: 14153/MS) - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
AGRAVADO(S) EXCLUSIVA - LIMPEZA COMERCIAL - RODRIGO TAUMATURGO PAVONI
E INDUSTRIAL LTDA - SANTA HELENA SEGURANÇA TOTAL S.A.
Advogado DR. ANA CAROLINA DE SOUZA - SANTA HELENA URBANIZAÇÃO E OBRAS S.A.
GIACCHINI(OAB: 11567/MS)
- SH SERVIÇOS GERAIS S.A.
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº AIRR-0001081-62.2012.5.01.0049
- ELSON PEREIRA RODRIGUES Complemento Plenário Virtual
- EXCLUSIVA - LIMPEZA COMERCIAL E INDUSTRIAL LTDA Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
- FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ -
DO SUL - FUFMS FIOCRUZ
Procurador DR. MARCO MAGNO MANELA
Processo Nº AIRR-0001057-30.2016.5.11.0012 AGRAVADO(S) RIVÂNIA ALVES SOUZA DE LIMA
Complemento Plenário Virtual
Advogada DRA. ANA ROCHA DE
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN OLIVEIRA(OAB: 112572/RJ)
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- DOUGLAS MAXIMILIANO EVARISTO FEITOSA - ADENILSON FERREIRA DE SOUZA
- ESTADO DO PIAUÍ - ESTADO DE PERNAMBUCO
- LOPES & TEIXEIRA LTDA. - EPP - SIMPLESTEC INFORMÁTICA LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº AIRR-0001142-58.2016.5.10.0007
- ANDRÉ LUIZ DE ALMEIDA SILVA Complemento Plenário Virtual
- ESTADO DO ACRE Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
- TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - EPP AGRAVANTE(S) DISTRITO FEDERAL
Procurador DR. ADRIANO DA SILVA ARAÚJO
Processo Nº AIRR-0001112-17.2011.5.06.0231 AGRAVADO(S) MÁRCIA CONCEIÇÃO SILVA
Complemento Plenário Virtual SANTANA
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Advogada DRA. MARÍLIA LUSTOSA
FERREIRA(OAB: 35314/DF)
Advogada DRA. JESSICA MARIA SOUSA - SANTA HELENA SEGURANÇA TOTAL S.A.
GURGEL DO AMARAL(OAB:
43781/DF) - VALMIRO RIBEIRO MEDEIROS
AGRAVADO(S) GVP CONSULTORIA E PRODUÇÃO
DE EVENTOS LTDA. - ME Processo Nº AIRR-0001155-09.2010.5.20.0001
Advogada DRA. DINAVANI DIAS VIEIRA(OAB: Complemento Plenário Virtual
45986/DF) Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
AGRAVANTE(S) PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
Intimado(s)/Citado(s): PETROBRAS
- DISTRITO FEDERAL Advogado DR. DIRCEU MARCELO
HOFFMANN(OAB: 16538/GO)
- GVP CONSULTORIA E PRODUÇÃO DE EVENTOS LTDA. -
ME Advogado DR. ANTÔNIO JOSÉ SIQUEIRA DE
SANTANA(OAB: 5823/SE)
- MÁRCIA CONCEIÇÃO SILVA SANTANA
AGRAVANTE(S) AGENCIA NACIONAL DO
PETROLEO, GAS NATURAL E
Processo Nº AIRR-0001143-52.2013.5.03.0004 BIOCOMBUSTIVEIS
Complemento Plenário Virtual Procurador DR. FÁBIO DE AZEVEDO VIANA
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN Procurador DR. GERARDO WILAMES FONSECA
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS E SILVA
GERAIS - UFMG AGRAVADO(S) REGINALDO DOS SANTOS
Procurador DR. ERIVAL ANTÔNIO DIAS FILHO Advogado DR. JHONS CARLOS SOUZA
Procurador DR. GABRIEL XAVIER SILVEIRA NETO(OAB: 1803/SE)
AGRAVADO(S) SÔNIA APARECIDA LIMA AGRAVADO(S) BRAIM TECNOLOGIA LTDA.
Advogado DR. PATRÍCIA DE FÁTIMA OLIVEIRA
GUIMARÃES(OAB: 92290/MG) Intimado(s)/Citado(s):
AGRAVADO(S) UNIRIO MANUTENÇÃO E SERVIÇOS - AGENCIA NACIONAL DO PETROLEO, GAS NATURAL E
LTDA. BIOCOMBUSTIVEIS
- BRAIM TECNOLOGIA LTDA.
Intimado(s)/Citado(s): - PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
- SÔNIA APARECIDA LIMA - REGINALDO DOS SANTOS
- UNIRIO MANUTENÇÃO E SERVIÇOS LTDA.
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG Processo Nº AIRR-0001158-65.2013.5.02.0063
Complemento Plenário Virtual
Processo Nº AIRR-0001145-83.2014.5.02.0046 Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
Complemento Plenário Virtual AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN PAULO - UNIFESP
AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO CENTRO DE Procurador DR. RODRIGO DE BARROS GODOY
ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO AGRAVADO(S) JOSEFA ALVES DA SILVA
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
CASA Advogado DR. ALESSANDRO JOSÉ SILVA
LODI(OAB: 138321/SP)
Advogado DR. NAZÁRIO CLEODON DE
MEDEIROS(OAB: 84809/SP) AGRAVADO(S) LIDERANÇA LIMPEZA E
CONSERVAÇÃO LTDA.
AGRAVADO(S) MARIA JOCILEIDE DE SOUSA SILVA
Advogada DRA. ROSILENE GONÇALVES
Advogado DR. KELLY CRISTINA SACAMOTO MONTEIRO(OAB: 15512/SC)
UYEMURA(OAB: 173226/SP)
AGRAVADO(S) ATLÂNTICO SUL SEGURANÇA E Intimado(s)/Citado(s):
VIGILÂNCIA LTDA.
- JOSEFA ALVES DA SILVA
Intimado(s)/Citado(s): - LIDERANÇA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA.
- ATLÂNTICO SUL SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO - UNIFESP
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SÓCIO-
EDUCATIVO AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA Processo Nº AIRR-0001162-08.2014.5.11.0002
- MARIA JOCILEIDE DE SOUSA SILVA Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
Processo Nº AIRR-0001151-54.2015.5.10.0007 AGRAVANTE(S) ESTADO DO AMAZONAS
Complemento Plenário Virtual Procurador DR. GIORDANO BRUNO COSTA DA
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN CRUZ
AGRAVANTE(S) INSTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA - Procuradora DRA. SÁLVIA DE SOUZA HADDAD
IFB AGRAVADO(S) ELISA COSTA DA ROCHA
Procurador DR. MATEUS FERREIRA ROSA Advogada DRA. KELMA SOUZA LIMA(OAB:
Procuradora DRA. JULIANA MARQUES DE 5470/AM)
ARAÚJO MOURA AGRAVADO(S) BRS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE
AGRAVADO(S) VALMIRO RIBEIRO MEDEIROS LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA.
Advogado DR. JONAS DUARTE JOSÉ DA
SILVA(OAB: 6083/DF) Intimado(s)/Citado(s):
AGRAVADO(S) SANTA HELENA SEGURANÇA - BRS PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA E
TOTAL S.A. CONSERVAÇÃO LTDA.
- ELISA COSTA DA ROCHA
Intimado(s)/Citado(s): - ESTADO DO AMAZONAS
- INSTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA - IFB
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº AIRR-0001607-49.2016.5.11.0004
- ESTADO DO AMAZONAS Complemento Plenário Virtual
- RAIMUNDO EDIMAR FERREIRA DOS SANTOS Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
- UNIÃO (PGU) AGRAVANTE(S) ESTADO DO AMAZONAS
Procurador DR. ALBERTO BEZERRA DE MELO
Processo Nº Ag-AIRR-0001570-72.2014.5.11.0010 AGRAVADO(S) PAULO FERNANDES TEIXEIRA
Complemento Plenário Virtual ROCHA
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Advogada DRA. ANA CAROLINA BEZERRA DE
FREITAS(OAB: 7698/AM)
AGRAVANTE(S) ESTADO DO AMAZONAS
Processo Nº Ag-AIRR-0003736-38.2010.5.15.0000
Intimado(s)/Citado(s): Complemento Plenário Virtual
- EVOLUTION ADMINISTRADORA DE SERVIÇOS Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
TERCEIRIZADOS LTDA.
AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE
- KAROLINE DOS SANTOS FEDERAL DE SÃO CARLOS -
- UNIÃO (PGU) FUFSCAR
Procurador DR. DIMITRI BRANDI DE ABREU
Processo Nº Ag-AIRR-0002706-63.2016.5.11.0001 AGRAVADO(S) MANOEL ANTONIO BORGES FILHO
Complemento Plenário Virtual Advogado DR. PAULO EMMANUEL LUNA DOS
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES ANJOS(OAB: 122396/SP)
AGRAVANTE(S) ESTADO DO AMAZONAS AGRAVADO(S) TRANSEGURO-BH TRANSPORTES
DE VALORES E VIGILÂNCIA LTDA.
Procurador DR. JANILSON DA COSTA BARROS
Advogado DR. IVÂNIA CORALI ESCOBAL(OAB:
AGRAVADO(S) LUANA FERREIRA MARINHO 112082/SP)
Advogada DRA. ISABEL LUANA DE OLIVEIRA
NOBRE PAPALÉO(OAB: 7338/AM) Intimado(s)/Citado(s):
AGRAVADO(S) TOTAL SAÚDE SERVIÇOS MÉDICOS
E ENFERMAGEM LTDA. - EPP - FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS -
FUFSCAR
- MANOEL ANTONIO BORGES FILHO
Intimado(s)/Citado(s):
- TRANSEGURO-BH TRANSPORTES DE VALORES E
- ESTADO DO AMAZONAS VIGILÂNCIA LTDA.
- LUANA FERREIRA MARINHO
- TOTAL SAÚDE SERVIÇOS MÉDICOS E ENFERMAGEM Processo Nº AIRR-0004100-98.2006.5.01.0045
LTDA. - EPP Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
Processo Nº AIRR-0002759-65.2010.5.12.0053 AGRAVANTE(S) ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Complemento Plenário Virtual
Procurador DR. WALDIR ZAGAGLIA
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTES -
FUNARTE
AGRAVANTE(S) MUNICÍPIO DE IÇARA
Procurador DR. MARCO MAGNO MANELA
Procurador DR. WALTERNEY ÂNGELO REUS
AGRAVANTE(S) UNIÃO (PGU)
AGRAVADO(S) DAIANI CLAUDINO DA SILVA
Procurador DR. CARLOS HENRIQUE DE SOUZA
Advogado DR. JAMILTO COLONETTI(OAB: VIEGAS
16158/SC)
AGRAVADO(S) GILMAR DOS SANTOS MALAQUIAS
AGRAVADO(S) ASSOCIAÇÃO FEMININA DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IÇARA - Advogado DR. CHRISTÓVÃO CELESTINO DA
AFASI SILVA(OAB: 77766/RJ)
AGRAVADO(S) UNIÃO (PGF) AGRAVADO(S) MASSA FALIDA DA FREE PORT
VIGILÂNCIA E SEGURANÇA
Procurador DR. ODAIR JOSÉ SIMON PATRIMONIAL LTDA.
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Processo Nº AIRR-0010095-33.2016.5.15.0084
Intimado(s)/Citado(s): Complemento Plenário Virtual
- CAPITAL - EMPRESA DE SERVIÇOS GERAIS LTDA. Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
- MAURO BURLAMAQUI VARGAS AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO CENTRO DE
- UNIÃO (PGU) ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
CASA
Processo Nº AIRR-0006800-89.2007.5.17.0005 Procurador DR. NAZÁRIO CLEODON DE
Complemento Plenário Virtual MEDEIROS
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE Procurador DR. PEDRO LUIZ NEVES FREIRE
PIMENTA
AGRAVADO(S) ANDRE MARCIO PEREIRA
AGRAVANTE(S) ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Advogado DR. PAULO ANDRÉ PEDROSA(OAB:
Procurador DR. MARIA MADALENA SELVATICI 127984/SP)
BALTAZAR
AGRAVADO(S) DANTAS LEITE SERVICOS GERAIS
AGRAVADO(S) NOEMIA SILVA NASCIMENTO E TRANSPORTES RODOVIARIOS DE
Advogada DRA. MARIA HELENA PLAZZI CARGA,PASSAGEIROS E
CARRARETTO ESCOLARES LTDA - EPP
AGRAVADO(S) KOMIDA CAPIXABA INDÚSTRIA,
COMÉRCIO E SERVIÇO DE Intimado(s)/Citado(s):
ALIMENTAÇÃO LTDA.
- ANDRE MARCIO PEREIRA
Advogado DR. JOSÉ AILTON BAPTISTA
JÚNIOR(OAB: 7053/ES) - DANTAS LEITE SERVICOS GERAIS E TRANSPORTES
RODOVIARIOS DE CARGA,PASSAGEIROS E ESCOLARES
LTDA - EPP
Intimado(s)/Citado(s): - FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SÓCIO-
- ESTADO DO ESPÍRITO SANTO EDUCATIVO AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
- KOMIDA CAPIXABA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇO DE
ALIMENTAÇÃO LTDA. Processo Nº AIRR-0010120-10.2014.5.04.0541
- NOEMIA SILVA NASCIMENTO Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Processo Nº Ag-AIRR-0010058-86.2015.5.18.0171 AGRAVANTE(S) ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Procurador DR. NEI GILVAN GATIBONI Advogado DR. ANTÔNIO AUGUSTO MORAIS
DE CARVALHO(OAB: 2477/MA)
AGRAVADO(S) ANDRÉIA DE FÁTIMA NUNES
GONÇALVES AGRAVADO(S) ASSOCIAÇÃO DE SAÚDE DAS
SOCIEDADES INDÍGENAS
Advogado DR. LUÍS HENRIQUE BRAGA KANEGUATIM
SOARES(OAB: 47509/RS)
AGRAVADO(S) CLINSUL - MÃO DE OBRA E
REPRESENTAÇÃO LTDA. Intimado(s)/Citado(s):
Advogada DRA. RITA KÁSSIA NESKE - ASSOCIAÇÃO DE SAÚDE DAS SOCIEDADES INDÍGENAS
UNFER(OAB: 89525/RS) KANEGUATIM
- FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA
Intimado(s)/Citado(s): - LUIS FÁBIO LIMA MORENO
- ANDRÉIA DE FÁTIMA NUNES GONÇALVES
- CLINSUL - MÃO DE OBRA E REPRESENTAÇÃO LTDA. Processo Nº Ag-AIRR-0010936-21.2015.5.18.0006
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Processo Nº AIRR-0010228-93.2014.5.18.0009 AGRAVANTE(S) ESTADO DE GOIÁS
Complemento Plenário Virtual Procurador DR. ALAN SALDANHA LUCK
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN Procurador DR. ALEXANDRE PEREIRA
PINHEIRO
AGRAVANTE(S) ESTADO DE GOIÁS
AGRAVADO(S) MARCILENE ANTONELI PIMENTA
Procurador DR. JOSE ANTONIO DE PODESTA
Advogada DRA. LILIANE VANUSA SODRÉ
AGRAVADO(S) FORTESUL - SERVIÇOS ESPECIAIS BARROSO COUTINHO(OAB:
DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA 22104/GO)
LTDA.
AGRAVADO(S) FORTESUL SERVIÇOS
Advogada DRA. JULIANA ZAFINO ISIDORO CONSTRUÇÕES E SANEAMENTO
FERREIRA MENDES(OAB: 12794- LTDA.
B/MT)
Advogado DR. SARA FRANÇA EUGÊNIA(OAB:
AGRAVADO(S) VANDETE SATIL BARBOSA 32581-A/GO)
Advogado DR. SÉRGIO ROSA(OAB: 22481/GO) AGRAVADO(S) INSTITUTO DE GESTÃO E
HUMANIZAÇÃO - IGH
Intimado(s)/Citado(s): Advogado DR. PEDRO HENRIQUE DE
OLIVEIRA BATISTA(OAB: 28845-
- ESTADO DE GOIÁS A/GO)
- FORTESUL - SERVIÇOS ESPECIAIS DE VIGILÂNCIA E
SEGURANÇA LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
- VANDETE SATIL BARBOSA
- ESTADO DE GOIÁS
Processo Nº Ag-AIRR-0010735-56.2016.5.18.0018 - FORTESUL SERVIÇOS CONSTRUÇÕES E SANEAMENTO
LTDA.
Complemento Plenário Virtual
- INSTITUTO DE GESTÃO E HUMANIZAÇÃO - IGH
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
- MARCILENE ANTONELI PIMENTA
AGRAVANTE(S) ESTADO DE GOIÁS
Procurador DR. BERNARDO MAFIA VIEIRA
Processo Nº Ag-AIRR-0011134-34.2015.5.18.0014
AGRAVADO(S) MARIA IZABEL NOIA Complemento Plenário Virtual
Advogado DR. GABRIEL GOMES Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
BARBOSA(OAB: 34570/GO)
AGRAVANTE(S) ESTADO DE GOIÁS
Advogado DR. RICK LE SENECHAL
BRAGA(OAB: 25281/GO) Procurador DR. RODRIGO GANEM
AGRAVADO(S) MASSA FALIDA DE CORAL AGRAVADO(S) MARIO DE SOUSA DINIZ
ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS Advogado DR. FABIANO RODRIGUES
LTDA. COSTA(OAB: 21529/GO)
Advogado DR. JOSÉ CARLOS COELHO DA AGRAVADO(S) FORTESUL SERVIÇOS ESPECIAIS
FONSECA(OAB: 12708/GO) DE VIGILÂNCIA E SEGURANÇA
LTDA. E OUTROS
Intimado(s)/Citado(s): Advogado DR. NELSON WILIANS FRATONI
RODRIGUES(OAB: 128341/SP)
- ESTADO DE GOIÁS
- MARIA IZABEL NOIA
Intimado(s)/Citado(s):
- MASSA FALIDA DE CORAL ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇOS
LTDA. - ESTADO DE GOIÁS
- FORTESUL SERVIÇOS ESPECIAIS DE VIGILÂNCIA E
Processo Nº AIRR-0010740-45.2005.5.16.0010 SEGURANÇA LTDA. E OUTROS
Processo Nº AIRR-00107/2005-010-16-40.5 - MARIO DE SOUSA DINIZ
Processo Nº AIRR-0090940-82.2004.5.04.0018
Intimado(s)/Citado(s):
Complemento Plenário Virtual
- JORBETEL EMPREENDIMENTOS E CONSTRUÇÕES LTDA. Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
- MURILO DOMINGOS RIBEIRO PIMENTA
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI - AGRAVANTE(S) ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
UFSJ/MG Procuradora DRA. SUZANA RAUTER
AGRAVADO(S) ILVA PERES PACHECO
Processo Nº Ag-AIRR-0080900-89.2006.5.02.0062
Advogada DRA. ALEXANDRA KLEIN(OAB:
Complemento Plenário Virtual 39577/RS)
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES AGRAVADO(S) COOPERATIVA GAÚCHA DE
AGRAVANTE(S) FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SERVIÇOS GERAIS LTDA.
SÃO PAULO Advogado DR. ANDRÉ FELKL SENGER(OAB:
Procurador DR. PAULO GONÇALVES SILVA 43027/RS)
FILHO
AGRAVADO(S) JOSÉ CARLOS DOS SANTOS Intimado(s)/Citado(s):
Advogado DR. WALTER WILIAM RIPPER(OAB: - COOPERATIVA GAÚCHA DE SERVIÇOS GERAIS LTDA.
149058/SP)
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGRAVADO(S) FORTE'S SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA LTDA. - ILVA PERES PACHECO
Advogado DR. PATRICIA DE SOUZA
ANDRADE(OAB: 203972/SP) Processo Nº AIRR-0096540-84.2006.5.10.0006
AGRAVADO(S) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Processo Nº AIRR-00965/2006-006-10-40.4
USP
Advogada DRA. MARÍLIA TOLEDO VERNIER DE Complemento Plenário Virtual
OLIVEIRA NAZAR(OAB: 106668/SP)
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
AGRAVANTE(S) INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO
Intimado(s)/Citado(s): AMBIENTE E DOS RECURSOS
- FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
- FORTE'S SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. Procurador DR. IRENE CARVALHO
- JOSÉ CARLOS DOS SANTOS AGRAVADO(S) CAPITAL EMPRESA DE SERVIÇOS
GERAIS LTDA.
- UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
Advogado DR. EZEQUIEL FLORÊNCIO
MARTINS BARBOSA(OAB: 15335/DF)
Processo Nº Ag-AIRR-0082773-71.2014.5.22.0003 AGRAVADO(S) SELMA DE ALMEIDA SANTIAGO
Complemento Plenário Virtual
Advogado DR. GERALDO ANTÔNIO DE
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES CASTRO(OAB: 15639/DF)
AGRAVANTE(S) ESTADO DO PIAUÍ
Procuradora DRA. MIRNA GRACE CASTELO Intimado(s)/Citado(s):
BRANCO DE LIMA
- CAPITAL EMPRESA DE SERVIÇOS GERAIS LTDA.
AGRAVADO(S) MARINALVA SOARES LIMA PIRES
- INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS
Advogado DR. ELMANO ZAGNER DE RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA
CARVALHO LACERDA(OAB: 8483/PI)
- SELMA DE ALMEIDA SANTIAGO
AGRAVADO(S) TEIXEIRA E ARAÚJO LTDA. - LISERV
Processo Nº AIRR-0103740-17.2006.5.14.0141
Processo Nº AIRR-01037/2006-141-14-40.0
Processo Nº AIRR-0104840-43.2008.5.10.0013
Complemento Plenário Virtual Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA PIMENTA
AGRAVANTE(S) SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA AGRAVANTE(S) DISTRITO FEDERAL
FRANCA DE MANAUS - SUFRAMA
Procuradora DRA. CAMILA BINDILATTI CARLI DE
Procurador DR. MARCELO DE SIQUEIRA MESQUITA
FREITAS
AGRAVADO(S) LUCILEIDE MORAIS DA CRUZ
AGRAVADO(S) RONNY KLEY SABINO ZONOECÊ
Advogado DR. JÚLIO CÉSAR BORGES DE
Advogado DR. CHARLTON DAILY RESENDE(OAB: 8583/DF)
GRABNER(OAB: 228/RO)
AGRAVADO(S) AÇÃO SOCIAL NOSSA SENHORA DE
AGRAVADO(S) FUNDAÇÃO CENTRO DE ANÁLISE, FÁTIMA
PESQUISA E INOVAÇÃO
TECNOLÓGICA - FUCAPI Advogado DR. TERSON RIBEIRO
CARVALHO(OAB: 11195/DF)
Advogado DR. GREICIS ANDRÉ BIAZUSSI(OAB:
1542/RO)
Intimado(s)/Citado(s):
AGRAVADO(S) PRODATEC - PROCESSAMENTO DE
DADOS E CURSOS TÉCNICOS - AÇÃO SOCIAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
LTDA.
- DISTRITO FEDERAL
- LUCILEIDE MORAIS DA CRUZ
Intimado(s)/Citado(s):
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ANÁLISE, PESQUISA E INOVAÇÃO Processo Nº AIRR-0106840-84.2008.5.16.0001
TECNOLÓGICA - FUCAPI
Complemento Plenário Virtual
- PRODATEC - PROCESSAMENTO DE DADOS E CURSOS
TÉCNICOS LTDA. Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA
- RONNY KLEY SABINO ZONOECÊ
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DO
- SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS - MARANHÃO - UFMA
SUFRAMA
Procurador DR. MARCELO DE SIQUEIRA
FREITAS
Processo Nº AIRR-0104040-07.2009.5.03.0132 AGRAVADO(S) EVOLUTION ADMINISTRADORA DE
Complemento Plenário Virtual SERVIÇOS TERCEIRIZADOS LTDA.
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE AGRAVADO(S) ELIÉZER LOARDE VASCONCELOS
PIMENTA SILVA
AGRAVANTE(S) INSTITUTO FEDERAL DE Advogado DR. ALICE MICHELINE MATOS(OAB:
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E 7502/MA)
TECNOLOGIA DO SUDESTE DE
MINAS GERAIS - IFET
Intimado(s)/Citado(s):
Procuradora DRA. LUCIANA HOFF
AGRAVADO(S) IVAN MÁRCIO DA SILVA - ELIÉZER LOARDE VASCONCELOS SILVA
Advogado DR. OTTO PEREIRA DE - EVOLUTION ADMINISTRADORA DE SERVIÇOS
CASTRO(OAB: 70747/MG) TERCEIRIZADOS LTDA.
AGRAVADO(S) ZL AMBIENTAL LTDA. - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO - UFMA
Advogado DR. GERMANO AUGUSTO SERAFIM
COTA(OAB: 98049/MG) Processo Nº AIRR-0108800-39.2008.5.04.0121
Complemento Plenário Virtual
Intimado(s)/Citado(s): Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
- INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E AGRAVANTE(S) ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS - IFET Procuradora DRA. DANIELA FERNANDA COSTA
- IVAN MÁRCIO DA SILVA AGRAVADO(S) CARLOS ALBERTO MARQUES
- ZL AMBIENTAL LTDA. Advogado DR. CARLOS ALEXANDRE
MICHAELLO MARQUES(OAB:
70084/RS)
Processo Nº AIRR-0104240-98.2007.5.09.0008
AGRAVADO(S) SANTOS & ALVES - SERVIÇOS
Processo Nº AIRR-01042/2007-008-09-40.9
TERCEIRIZADOS LTDA.
Advogado DR. MAURÍCIO ROGÉRIO
Complemento Plenário Virtual SCHNEIDER(OAB: 31233/RS)
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA
Intimado(s)/Citado(s):
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA
FEDERAL DO PARANÁ - UTFPR - CARLOS ALBERTO MARQUES
Procurador DR. SUZANA GUIMARAES - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
MARANHO - SANTOS & ALVES - SERVIÇOS TERCEIRIZADOS LTDA.
AGRAVADO(S) ROSANGELA DOS SANTOS DE
ARAÚJO
Processo Nº Ag-AIRR-0110540-53.2008.5.17.0191
Advogado DR. ÁLVARO EIJI NAKASHIMA(OAB:
9759/PR) Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Intimado(s)/Citado(s): AGRAVANTE(S) ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Procurador DR. MÁRCIO CÂNDIDO COSTA DE
- ROSANGELA DOS SANTOS DE ARAÚJO SOUZA
- UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ - AGRAVADO(S) ROZA CONCEIÇÃO
UTFPR
Processo Nº AIRR-0126100-17.2009.5.01.0071
Processo Nº AIRR-0119840-70.2009.5.21.0004
Complemento Plenário Virtual
Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA AGRAVANTE(S) MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
AGRAVANTE(S) ESTADO DO RIO GRANDE DO Procurador DR. DARCIO AUGUSTO CHAVES
NORTE FARIA
Procurador DR. FRANCISCO IVO CAVALCANTI AGRAVANTE(S) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
NETTO TECNOLÓGICA DE CAMPOS -
CEFET
Procuradora DRA. ANA CAROLINA MONTE
PROCÓPIO DE ARAÚJO Procuradora DRA. SHEILA DARDARI
CASTANHEIRA
AGRAVADO(S) CLEDIANO LINS TOMAZ
AGRAVADO(S) SEBASTIÃO MOREIRA DA SILVA
Advogado DR. SEBASTIÃO VALÉRIO DA
FONSECA Advogado DR. DELIRO BATISTA DA
SILVA(OAB: 84862/RJ)
AGRAVADO(S) A&G LOCAÇÃO DE MÃO-DE OBRA
LTDA. AGRAVADO(S) ARCA DA ALIANÇA VIGILÂNCIA E
SEGURANÇA LTDA.
Advogado DR. ANA LÚCIA DE ANDRADE
MELO(OAB: 5560/RN)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s): - ARCA DA ALIANÇA VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA.
- A&G LOCAÇÃO DE MÃO-DE OBRA LTDA. - CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE
CAMPOS - CEFET
- CLEDIANO LINS TOMAZ
- MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
- ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
- SEBASTIÃO MOREIRA DA SILVA
Processo Nº AIRR-0121300-39.2006.5.09.0002
Complemento Plenário Virtual Processo Nº Ag-AIRR-0128340-17.2006.5.01.0060
Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
AGRAVANTE(S) ESTADO DO PARANÁ
AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE -
Procurador DR. HERMÍNIO BACK FUNASA
AGRAVANTE(S) UNIÃO (PGU) Procuradora DRA. LUCIANA HOFF
Procuradora DRA. HELIA MARIA DE OLIVEIRA AGRAVADO(S) VALDOMIR RANGEL DE SALLES
BETTERO
Advogada DRA. ANGÉLICA PESTANA
AGRAVADO(S) ELIZIA DA SILVA DOS SANTOS DUARTE(OAB: 111150/RJ)
Advogado DR. LINCOLN LUIZ HERRERA AGRAVADO(S) FREE PORT VIGILÂNCIA E
ROCHA(OAB: 28368/PR) SEGURANÇA PATRIMONIAL LTDA.
AGRAVADO(S) LIDERANÇA LIMPEZA E
CONSERVAÇÃO LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- AÇÃO SOCIAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA - COOPERATIVA DE SERVIÇOS DE MÃO-DE-OBRA LTDA.
- DISTRITO FEDERAL - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
- RAUL VIEIRA DOS SANTOS - VERA TEREZINHA DOS SANTOS SERPA
Advogado DR. ANDRÉ LUIZ PONTES DE Advogado DR. CRISTIANE BELLINI TOMÁS
MENDONÇA(OAB: 2387/AL) PEREIRA(OAB: 113891/RJ)
AGRAVADO(S) CLAER SERVIÇOS GERAIS LTDA.
Advogado DR. LUIZ FELIPE COUTINHO DE Intimado(s)/Citado(s):
MELO(OAB: 6652-A/AL)
- ARCA DA ALIANÇA VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA.
- CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO
Intimado(s)/Citado(s): SUCKOW DA FONSECA - CEFET - RJ
- CLAER SERVIÇOS GERAIS LTDA. - LUÍS CLÁUDIO COUTINHO LAGO
- MARINÊS MARINETE DA SILVA BARROS - MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Processo Nº AIRR-0139200-33.2013.5.17.0013
Processo Nº Ag-AIRR-0134740-03.2004.5.01.0065 Complemento Plenário Virtual
Processo Nº Ag-AIRR-01347/2004-065-01-40.6 Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DO
Complemento Plenário Virtual ESPÍRITO SANTO - UFES
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Procuradora DRA. RAQUEL MAMEDE DE LIMA
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO AGRAVADO(S) IRACY DO CARMO DE OLIVEIRA
DE JANEIRO - UFRJ Advogada DRA. FERNANDA BORGO DE
Procuradora DRA. LUCIANA HOFF ALMEIDA(OAB: 9571/ES)
AGRAVADO(S) NÚBIA LUCIENE PEIXOTO LOPES AGRAVADO(S) PH SERVIÇOS E ADMINISTRAÇÃO
LTDA.
Advogada DRA. CARMEN DA SILVA
NEUGARTEN(OAB: 68990/RJ) Advogado DR. LAURO ANTÔNIO
CALENZANI(OAB: 48826/MG)
AGRAVADO(S) COOPERAS COOPERATIVA DOS
PROFISSIONAIS DA ÁREA DE
SAÚDE E APOIO ÀS ATIVIDADES Intimado(s)/Citado(s):
HOSPITALARES LTDA.
- IRACY DO CARMO DE OLIVEIRA
Advogado DR. WASHINGTON LUIZ
JÚNIOR(OAB: 53732/RJ) - PH SERVIÇOS E ADMINISTRAÇÃO LTDA.
- UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO - UFES
Intimado(s)/Citado(s):
- COOPERAS COOPERATIVA DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA Processo Nº AIRR-0140400-12.2010.5.03.0000
DE SAÚDE E APOIO ÀS ATIVIDADES HOSPITALARES LTDA. Complemento Plenário Virtual
- NÚBIA LUCIENE PEIXOTO LOPES Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA
- UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DE
VIÇOSA
Processo Nº AIRR-0136100-46.2008.5.03.0042 Procuradora DRA. LUCIANA HOFF
Complemento Plenário Virtual
AGRAVADO(S) OTO RICARDO LEHNER
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA Advogado DR. IEDENIR SIMAS PEREIRA(OAB:
91726/MG)
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TRIÂNGULO MINEIRO - UFTM AGRAVADO(S) ZL AMBIENTAL LTDA. (EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
Procurador DR. BETSAIDA PENIDO ROSA
Advogado DR. GERMANO AUGUSTO SERAFIM
AGRAVADO(S) VERONICE PEREIRA DA PAZ SILVA COTA(OAB: 98049/MG)
Advogado DR. MURIEL VIEIRA(OAB: 54877/MG)
AGRAVADO(S) ALIANÇA ADMINISTRAÇÃO DE Intimado(s)/Citado(s):
SERVIÇOS GERAIS LTDA.
- OTO RICARDO LEHNER
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
Intimado(s)/Citado(s):
- ZL AMBIENTAL LTDA. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
- ALIANÇA ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS GERAIS LTDA.
- UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UFTM
Processo Nº Ag-AIRR-0146640-12.2005.5.01.0044
- VERONICE PEREIRA DA PAZ SILVA Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Processo Nº AIRR-0136200-29.2009.5.01.0007 AGRAVANTE(S) COLÉGIO PEDRO II
Complemento Plenário Virtual
Procuradora DRA. REJANE DIAS DA SILVA
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA AGRAVADO(S) MARCOS CÉLIO RODRIGUES DE
SOUZA
AGRAVANTE(S) CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA Advogado DR. MANOEL DIONÍSIO
FONSECA - CEFET - RJ MATOS(OAB: 38371/RJ)
Procurador DR. PAULO JOSÉ CÂNDIDO DE
SOUZA Intimado(s)/Citado(s):
AGRAVANTE(S) MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO - COLÉGIO PEDRO II
Procurador DR. RODRIGO MEIRELES BOSÍSIO - MARCOS CÉLIO RODRIGUES DE SOUZA
AGRAVADO(S) LUÍS CLÁUDIO COUTINHO LAGO
Advogado DR. LUCIANO MORAES DE Processo Nº Ag-AIRR-0147540-58.2006.5.05.0493
SOUSA(OAB: 127676/RJ)
Processo Nº Ag-AIRR-01475/2006-493-05-40.1
AGRAVADO(S) ARCA DA ALIANÇA VIGILÂNCIA E
SEGURANÇA LTDA.
Complemento Plenário Virtual
- SINDICATO DOS TELEFÔNICOS DO ESPÍRITO SANTO - Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
SINTTEUES PIMENTA
AGRAVANTE(S) MUNICÍPIO DE IÇARA
Processo Nº AIRR-0193200-95.2009.5.06.0411 Procurador DR. GIOVANNI BROGNI
Complemento Plenário Virtual AGRAVADO(S) GIZELE WNEDHAUSEM GOULART
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Advogado DR. MILTON MENDES DE
AGRAVANTE(S) ESTADO DE PERNAMBUCO OLIVEIRA(OAB: 2908/SC)
Procuradora DRA. MARIA CECÍLIA MARQUES AGRAVADO(S) ASSOCIAÇÃO FEMININA DE
CARTAXO ASSISTÊNCIA SOCIAL DE IÇARA -
AFASI
AGRAVADO(S) CÍCERO MARQUES DA SILVA
AGRAVADO(S) UNIÃO (PGF)
Advogado DR. MARK SANDER DE ARAÚJO
FALCÃO(OAB: 14444/PE) Procurador DR. MARCELO DE SIQUEIRA
FREITAS
AGRAVADO(S) GUARDIÕES VIGILÂNCIA E
TRANSPORTES DE VALORES LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado DR. JAIRO CAVALCANTI DE
AQUINO(OAB: 1623/PE) - ASSOCIAÇÃO FEMININA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE
IÇARA - AFASI
Intimado(s)/Citado(s): - GIZELE WNEDHAUSEM GOULART
- CÍCERO MARQUES DA SILVA - MUNICÍPIO DE IÇARA
- ESTADO DE PERNAMBUCO - UNIÃO (PGF)
- GUARDIÕES VIGILÂNCIA E TRANSPORTES DE VALORES
LTDA. Processo Nº Ag-RR-0568085-66.2009.5.12.0014
Complemento Plenário Virtual
Processo Nº Ag-AIRR-0209840-49.2002.5.15.0095 Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Processo Nº Ag-AIRR-02098/2002-095-15-40.0 AGRAVANTE(S) PAQUETÁ CALÇADOS LTDA.
Advogado DR. FERNANDO SCARPELLINI
Complemento Plenário Virtual MATTOS(OAB: 12680/RS)
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Advogado DR. ARTURO FREITAS ZURITA(OAB:
58821/RS)
AGRAVANTE(S) UNIÃO (PGU)
Advogado DR. NELSON WILIANS FRATONI
Procuradora DRA. HELIA MARIA DE OLIVEIRA RODRIGUES(OAB: 80025/RS)
BETTERO
AGRAVADO(S) JULIANA DOS ANJOS
AGRAVADO(S) RITO DA SILVA SOUZA
Advogado DR. MAICOM ARNALDO NILES(OAB:
Advogado DR. WASHINGTON SHAMISTHER 25698/SC)
HEITOR PELICERI REBELLATO(OAB:
144557/SP) AGRAVADO(S) UNIÃO (PGF)
AGRAVADO(S) SGE SERVIÇOS GERAIS DE
ENGENHARIA LTDA. Intimado(s)/Citado(s):
Advogada DRA. RENATA ROCHA - JULIANA DOS ANJOS
BOMFIM(OAB: 133855/SP)
- PAQUETÁ CALÇADOS LTDA.
Intimado(s)/Citado(s): - UNIÃO (PGF)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- AEVERSON FERREIRA SORRENTINO
- ATLÂNTICO SUL SEGURANÇA E VIGILANCIA EIRELI
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
- CLEVERTON SILVA PINHEIRO DA HORA AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
- FUNDAÇÃO CASA - CENTRO DE ATENDIMENTO
SOCIOEDUCATIVO AO ADOLESCENTE
Processo Nº AIRR-1484400-86.2009.5.09.0028
Complemento Plenário Virtual
Processo Nº AIRR-1000715-37.2015.5.02.0610
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Complemento Plenário Virtual
AGRAVANTE(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DO
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN PARANÁ - UFPR
AGRAVANTE(S) FUNDAÇÃO CENTRO DE Procurador DR. MARCELO DE SIQUEIRA
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO FREITAS
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
CASA AGRAVADO(S) MARIA LUCILENE ALVES FREITAS
AGRAVADO(S) DARIO LUIZ BARBOSA Advogada DRA. ERYKA FARIAS DE
NEGRI(OAB: 13372/DF)
Advogado DR. FÁBIO BARÃO DA SILVA(OAB:
249992/SP) Advogado DR. BRUNO BARATA BERG(OAB:
25145/DF)
AGRAVADO(S) ATLÂNTICO SUL SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA EIRELI Advogado DR. ANDRÉ FRANCO DE OLIVEIRA
PASSOS(OAB: 27535/PR)
AGRAVADO(S) CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA PAULA SOUZA - Advogado DR. ALEXANDRE SIMÕES
CEETEPS LINDOSO(OAB: 12067/DF)
Procurador DR. RODRIGO PEIXOTO MEDEIROS Advogado DR. ALMIR ANTONIO FABRÍCIO DE
CARVALHO(OAB: 44770/PR)
Intimado(s)/Citado(s): AGRAVADO(S) PROVIBRAS LIMPEZA E
CONSERVAÇÃO LTDA.
- ATLÂNTICO SUL SEGURANÇA E VIGILÂNCIA EIRELI
- CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA Intimado(s)/Citado(s):
SOUZA - CEETEPS
- MARIA LUCILENE ALVES FREITAS
- DARIO LUIZ BARBOSA
- PROVIBRAS LIMPEZA E CONSERVAÇÃO LTDA.
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº RR-0001969-45.2016.5.11.0006
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Complemento Plenário Virtual
- LUÍS FERNANDO PIRES Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
- MOBRA - SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA LTDA. RECORRENTE(S) ESTADO DO AMAZONAS
Procurador DR. THIAGO OLIVEIRA COSTA
Processo Nº RR-0001167-70.2015.5.14.0403 RECORRIDO(S) MARIA DO SOCORRO DOS SANTOS
Complemento Plenário Virtual
Advogada DRA. ZAIRA MANOELA FREITAS DE
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES SIQUEIRA LUSTOSA(OAB: 7274/AM)
RECORRENTE(S) ESTADO DO ACRE RECORRIDO(S) D DE AZEVEDO FLORES - ME
Procuradora DRA. ROSANA FERNANDES Advogado DR. RICARDO PENHA DE
MAGALHÃES BIANCARDI SOUZA(OAB: 9415/AM)
RECORRIDO(S) RAIMUNDO NONATO DA SILVA
NETO
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado DR. FAÍMA JINKINS GOMES(OAB:
3021/AC) - D DE AZEVEDO FLORES - ME
RECORRIDO(S) TEIXEIRA & AGUIAR LTDA. - ESTADO DO AMAZONAS
- MARIA DO SOCORRO DOS SANTOS
Intimado(s)/Citado(s):
- ESTADO DO ACRE Processo Nº RR-0011300-47.2004.5.04.0271
Processo Nº RR-00113/2004-271-04-00.9
- RAIMUNDO NONATO DA SILVA NETO
- TEIXEIRA & AGUIAR LTDA.
Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Processo Nº RR-0001215-04.2011.5.03.0103
- SINDICATO DOS EMPREGADOS DE EMPRESAS DE - EMPRESA SUL AMERICANA DE MONTAGENS LTDA. - EMSA
SEGURANÇA E VIGILÂNCIA DO ESTADO DA BAHIA - - JACKSON SOARES DA SILVA
SINDIVIGILANTES/BA
- ROCDRILL COMÉRCIO E SERVIÇOS LTDA.
Processo Nº ARR-0001322-60.2013.5.15.0033 - TRANSNORDESTINA LOGÍSTICA S.A.
Complemento Plenário Virtual - UNIÃO (PGF)
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
AGRAVANTE(S) E FUNDAÇÃO CENTRO DE Processo Nº ARR-0011666-26.2015.5.15.0132
RECORRIDO(S) ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO Complemento Plenário Virtual
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
CASA
AGRAVANTE(S) E FUNDAÇÃO CENTRO DE
Advogado DR. NAZÁRIO CLEODON DE RECORRENTE(S) ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
MEDEIROS(OAB: 84809/SP) AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
AGRAVADO(S) E CÍNTIA MARA DE OLIVEIRA CASA
RECORRENTE(S) CREPALDI Advogado DR. PEDRO LUIZ NEVES
Advogado DR. MARCO ANTÔNIO DE MACEDO FREIRE(OAB: 254942/SP)
MARÇAL(OAB: 128631-D/SP) AGRAVADO(S) E EDIMAR PEREIRA MATOS
RECORRIDO(S)
Intimado(s)/Citado(s): Advogado DR. PAULO ANDRÉ PEDROSA(OAB:
127984/SP)
- CÍNTIA MARA DE OLIVEIRA CREPALDI
AGRAVADO(S) E REAK SEGURANÇA E VIGILÂNCIA
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO RECORRIDO(S) PATRIMONIAL LTDA. E OUTRO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
Advogado DR. MARCELO SANCHEZ
SALVADORE(OAB: 174441/SP)
Processo Nº ARR-0001776-36.2011.5.10.0005
Complemento Plenário Virtual
Intimado(s)/Citado(s):
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
- EDIMAR PEREIRA MATOS
AGRAVANTE(S) E UNIÃO (PGU)
RECORRIDO(S) - FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
Procuradora DRA. CAROLINE DE MELO E
TORRES - REAK SEGURANÇA E VIGILÂNCIA PATRIMONIAL LTDA. E
OUTRO
Procuradora DRA. JULIANA MARISE SILVA
AGRAVADO(S) E VALDINEY CAJADO DOS SANTOS
RECORRENTE(S) Processo Nº ARR-0020338-77.2015.5.04.0019
Complemento Plenário Virtual
Advogado DR. CÉZAR ROCHA PEREIRA DOS
SANTOS(OAB: 21946/DF) Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
AGRAVANTE(S) E ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Intimado(s)/Citado(s): RECORRENTE(S)
Procurador DR. MARÍLIA VIEIRA BUENO
- UNIÃO (PGU)
AGRAVADO(S) E SINDICATO DOS TRABALHADORES
- VALDINEY CAJADO DOS SANTOS RECORRIDO(S) EM TRANSPORTES RODOVIÁRIOS
INTERMUNICIPAIS INTERESTADUAL
TURISMO E FRETAMENTO DO RIO
Processo Nº ARR-0002514-33.2013.5.06.0371 GRANDE DO SUL - SINDIRODOSUL
Complemento Plenário Virtual
Advogado DR. PAULO CEZAR LAUXEN(OAB:
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN 29160/RS)
AGRAVANTE(S) E EMPRESA SUL AMERICANA DE AGRAVADO(S) E VERSÁTIL SERVIÇOS
RECORRIDO(S) MONTAGENS LTDA. - EMSA RECORRIDO(S) EMPRESARIAIS E TEMPORÁRIOS
Advogado DR. ELIZ REGINA BATISTA DE LTDA.
MENEZES(OAB: 27763/GO)
AGRAVANTE(S) E CONSTRUTORA NORBERTO Intimado(s)/Citado(s):
RECORRIDO(S) ODEBRECHT S.A.
- ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Advogada DRA. JULIANA DE ABREU
TEIXEIRA(OAB: 13463/CE) - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM TRANSPORTES
RODOVIÁRIOS INTERMUNICIPAIS INTERESTADUAL TURISMO
AGRAVADO(S) E UNIÃO (PGF) E FRETAMENTO DO RIO GRANDE DO SUL - SINDIRODOSUL
RECORRENTE(S)
- VERSÁTIL SERVIÇOS EMPRESARIAIS E TEMPORÁRIOS
Procuradora DRA. HEBE DE SOUZA CAMPOS LTDA.
SILVEIRA
AGRAVADO(S) E JACKSON SOARES DA SILVA
RECORRIDO(S) Processo Nº ARR-0084400-16.2006.5.03.0005
Complemento Plenário Virtual
Advogado DR. CAÍO CACIANNO MENEZES
NEVES PEREIRA(OAB: 26714/PE) Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
AGRAVADO(S) E TRANSNORDESTINA LOGÍSTICA AGRAVANTE(S) E UNIÃO (PGF)
RECORRIDO(S) S.A. RECORRIDO(S)
Advogada DRA. JULIANA DE ABREU Procurador DR. AMAURI DE SOUZA
TEIXEIRA(OAB: 13463/CE) AGRAVADO(S) E ESTADO DE MINAS GERAIS
AGRAVADO(S) E ROCDRILL COMÉRCIO E SERVIÇOS RECORRENTE(S)
RECORRIDO(S) LTDA. Procurador DR. BENEDICTO FELIPPE DA SILVA
Advogado DR. JOSÉ PAULO ANTUNES FILHO
NOVAES CAVALCANTI(OAB: AGRAVADO(S) E RICARDO EUGÊNIO DA CRUZ
34630/PE) RECORRIDO(S) VITORINO
Advogado DR. GERALDO JÚNIOR DE ASSIS
Intimado(s)/Citado(s): SANTANA(OAB: 73324/MG)
- CONSTRUTORA NORBERTO ODEBRECHT S.A.
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-AIRR-0000480-86.2010.5.10.0013
- CARLOS UMBERTO VIEIRA SANTOS Complemento Plenário Virtual
- HIPERLIMPE CONSERVAÇÃO E SERVIÇOS LTDA. Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
- UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA PIMENTA
E MUCURI - UFVJM EMBARGANTE FUNDACAO UNIVERSIDADE DE
BRASILIA
Processo Nº ED-RR-0000384-44.2010.5.03.0085 Procurador DR. MAURICIO NEVES ARBACH
Complemento Plenário Virtual EMBARGADO(A) TARSIS SANTOS GUEDES
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE Advogado DR. GIORGINEI TROJAN
PIMENTA REPISO(OAB: 12225/DF)
EMBARGANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DOS EMBARGADO(A) HIGITERC HIGIENIZAÇÃO E
VALES DO JEQUITINHONHA E TERCEIRIZAÇÃO LTDA.
MUCURI
Procuradora DRA. LUCIANA HOFF Intimado(s)/Citado(s):
EMBARGADO(A) WARLISSON WARLEI SILVA
NOGUEIRA E OUTROS - FUNDACAO UNIVERSIDADE DE BRASILIA
Advogada DRA. JULIANA DE FÁTIMA SOARES - HIGITERC HIGIENIZAÇÃO E TERCEIRIZAÇÃO LTDA.
CALDEIRA GUEDES(OAB: - TARSIS SANTOS GUEDES
118937/MG)
EMBARGADO(A) HIPER LIMPE CONSERVAÇÃO E
SERVIÇOS LTDA. Processo Nº ED-AIRR-0000484-11.2010.5.10.0018
Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
Intimado(s)/Citado(s): PIMENTA
- HIPER LIMPE CONSERVAÇÃO E SERVIÇOS LTDA. EMBARGANTE FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE
- UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA BRASÍLIA - FUB
E MUCURI Procurador DR. MARCELO DE SIQUEIRA
- WARLISSON WARLEI SILVA NOGUEIRA E OUTROS FREITAS
EMBARGADO(A) FRANCISCO WELLINGTON CAFÉ DO
NASCIMENTO
Processo Nº ED-RR-0000415-92.2018.5.11.0010
Complemento Plenário Virtual Advogado DR. GIORGINEI TROJAN
REPISO(OAB: 12225/DF)
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
EMBARGADO(A) HIGIENIZAÇÃO E TERCEIRIZAÇÃO
EMBARGANTE ESTADO DO AMAZONAS LTDA. - HIGITERC
Procurador DR. JANILSON DA COSTA BARROS
EMBARGADO(A) IRLANE MARQUES AUGUSTO Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-RR-0001148-50.2014.5.17.0004
- DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO Complemento Plenário Virtual
- EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
ECT
EMBARGANTE INSTITUTO NACIONAL DE
- FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES EM ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL LTDA.
EMPRESAS DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - FENTECT
Advogado DR. RODRIGO SILVA MELLO(OAB:
- MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO 9714/ES)
- SINDICATO DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS E EMBARGADO(A) ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
TELÉGRAFOS, EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO POSTAL,
TELEGRÁFICA E LETRÔNICA, ENTREGA DE DOCUMENTOS, Procurador DR. ROBSON FORTES BORTOLINI
MALOTES E ENCOMENDAS DO DISTRITO FEDERAL E REGIÃO EMBARGADO(A) FÁBIO NASCIMENTO LOYOLA
DO ENTORNO - SINTECT/DF
Advogado DR. JAYME FERNANDES
JÚNIOR(OAB: 10999/ES)
Processo Nº ED-RR-0001093-86.2018.5.11.0017 Advogado DR. FELIPE ANDREY COIMBRA
Complemento Plenário Virtual XAVIER PINTO(OAB: 13217/ES)
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN Advogado DR. JOSÉ ALCIDES DE SOUZA
JÚNIOR(OAB: 13144/ES)
EMBARGANTE ESTADO DO AMAZONAS
Procurador DR. JANILSON DA COSTA BARROS
Intimado(s)/Citado(s):
EMBARGADO(A) MARCELA AZEVEDO DA COSTA
Advogado DR. SIMONE BATISTA DA - ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
SILVA(OAB: 5778/AM) - FÁBIO NASCIMENTO LOYOLA
EMBARGADO(A) PODIUM EMPRESARIAL EIRELI - INSTITUTO NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO PRISIONAL
Advogada DRA. JÉSSICA LAHIS SILVA BASTOS LTDA.
DE MENEZES(OAB: 10836/AM)
Processo Nº ED-AIRR-0001293-63.2017.5.11.0006
Intimado(s)/Citado(s): Complemento Plenário Virtual
- ESTADO DO AMAZONAS Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
- MARCELA AZEVEDO DA COSTA EMBARGANTE ESTADO DO AMAZONAS
- PODIUM EMPRESARIAL EIRELI Procurador DR. ALBERTO BEZERRA DE MELO
EMBARGADO(A) SIDIMAR DA SILVA MONTEIRO
Processo Nº ED-AIRR-0001111-62.2017.5.11.0011 Advogado DR. PAULO DIAS GOMES(OAB:
2337/AM)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
- ESTADO DO ACRE AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA/SP
- JAQUELINE BATISTA DA SILVA - SERGIO HENRIQUE IGUSHI BASSANI
- MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO
- O.C. OLIVEIRA - ME Processo Nº ED-AIRR-0017342-90.2016.5.16.0002
Complemento Plenário Virtual
Processo Nº ED-RR-0010185-73.2016.5.15.0041 Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
Complemento Plenário Virtual EMBARGANTE ESTADO DO MARANHÃO
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Procuradora DRA. ROSIMAR SILVA GUIMARÃES
EMBARGANTE FUNDAÇÃO CENTRO DE SALGUEIRO
ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO EMBARGADO(A) NARUNA MESQUITA FREIRE
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
CASA - SP Advogado DR. JOÃO BATISTA MUNIZ
ARAÚJO(OAB: 4086/MA)
Advogada DRA. RAQUEL EDLAINE
PRATES(OAB: 171385/SP) EMBARGADO(A) INSTITUTO CIDADANIA E
NATUREZA
Advogada DRA. ANA TERESA GUAZZELLI
BELTRAMI DA FONSECA(OAB:
247570/SP) Intimado(s)/Citado(s):
EMBARGADO(A) ELAINE COTULIO
- ESTADO DO MARANHÃO
Advogado DR. GIULIANO MARCELO DE
CASTRO VIEIRA(OAB: 186554/SP) - INSTITUTO CIDADANIA E NATUREZA
- NARUNA MESQUITA FREIRE
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-AIRR-0018600-82.2009.5.01.0040
- ELAINE COTULIO
Complemento Plenário Virtual
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA - SP Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA
EMBARGANTE FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ -
Processo Nº ED-AIRR-0011525-21.2017.5.18.0013 FIOCRUZ
Complemento Plenário Virtual Procurador DR. MARCELO DE SIQUEIRA
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE FREITAS
PIMENTA EMBARGADO(A) JOAO BATISTA JOSE RODRIGUES
EMBARGANTE ESTADO DE GOIÁS Advogado DR. ELIANE MACEDO
Procurador DR. BERNARDO MAFIA VIEIRA MARTINS(OAB: 99504/RJ)
EMBARGADO(A) VALDIVINO OLIVEIRA CARNEIRO EMBARGADO(A) ULTRA GERENCIAMENTO E
SERVIÇOS LTDA.
Advogado DR. CLÁUDIO MACEDO(OAB:
31894/GO)
EMBARGADO(A) CORAL ADMINISTRAÇÃO E Intimado(s)/Citado(s):
SERVIÇOS LTDA.
- FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - FIOCRUZ
Advogado DR. JOSÉ CARLOS COELHO DA
FONSECA(OAB: 12708/GO) - JOAO BATISTA JOSE RODRIGUES
Advogado DR. ARTHUR PENIDO BECH(OAB: - ULTRA GERENCIAMENTO E SERVIÇOS LTDA.
35558/GO)
Processo Nº ED-AIRR-0018640-46.2004.5.15.0009
Intimado(s)/Citado(s): Processo Nº ED-AIRR-00186/2004-009-15-40.9
Processo Nº ED-AIRR-0030140-56.2007.5.24.0041
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-AIRR-00301/2007-041-24-40.7
- FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Complemento Plenário Virtual - MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE - PAULO SÉRGIO DO NASCIMENTO
PIMENTA - SOLUÇÃO SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.
EMBARGANTE UNIÃO (PGU) - SUPER HOLDING GIMENES LTDA.
Procurador DR. ARLINDO ICASSATI ALMIRÃO - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
EMBARGADO(A) DYORGE LUIZ GUERREIRO DA
FONSECA DUARTE
Processo Nº ED-AIRR-0047340-95.2007.5.09.0008
Advogada DRA. MARA MARIA BALLATORE
HOLLAND LINS Processo Nº ED-AIRR-00473/2007-008-09-40.8
Intimado(s)/Citado(s):
Complemento Plenário Virtual
- CARLOS BERNARDES DE PONTES
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA - FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA
EMBARGANTE FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE
SÃO PAULO Processo Nº ED-AIRR-0049000-26.2010.5.13.0003
Procurador DR. NEWTON JORGE Complemento Plenário Virtual
Procurador DR. LUÍS GUSTAVO SANTORO Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
EMBARGADO(A) PAULO SÉRGIO DO NASCIMENTO PIMENTA
Advogado DR. EDUARDO AUGUSTO DE EMBARGANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DA
OLIVEIRA(OAB: 139954/SP) PARAÍBA - UFPB
EMBARGADO(A) UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Procurador DR. JOSÉ HAILTON DE OLIVEIRA
USP LISBOA
Advogado DR. LANES CID ROMANO(OAB: 5162 EMBARGADO(A) MARCOS DE CARVALHO ALVES
-A/DF) Advogado DR. MAURÍCIO MARQUES DE
Advogado DR. JOSÉ MARCO TAYAH(OAB: LUCENA(OAB: 8348/PB)
20802/DF) EMBARGADO(A) FUNDAÇÃO JOSÉ AMÉRICO
EMBARGADO(A) MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO Advogado DR. MARCOS ANTÔNIO LEITE
Advogada DRA. ANA MARIA SEIXAS RAMALHO JÚNIOR
PATERLINI(OAB: 125438/SP)
EMBARGADO(A) SOLUÇÃO SEGURANÇA E Intimado(s)/Citado(s):
VIGILÂNCIA LTDA.
- FUNDAÇÃO JOSÉ AMÉRICO
EMBARGADO(A) SUPER HOLDING GIMENES LTDA.
- MARCOS DE CARVALHO ALVES
- UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
Processo Nº ED-AIRR-0082040-19.2006.5.21.0002
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-AIRR-00820/2006-002-21-40.8
- EDVALDO MARTINS PEREIRA
- TALER SERVICE RECURSOS HUMANOS E SERVIÇOS LTDA. Complemento Plenário Virtual
- UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
EMBARGANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
Processo Nº ED-AIRR-0078340-35.2008.5.23.0026 GRANDE DO NORTE - UFRN
Complemento Plenário Virtual Procurador DR. PAULO GUSTAVO MEDEIROS
CARVALHO
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA EMBARGADO(A) RANGEL E FARIAS LTDA.
EMBARGANTE FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - Advogado DR. FRANCISCO DAS CHAGAS
FUNASA CASSIANO DA SILVA(OAB: 2086/RN)
EMBARGADO(A) FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE EMBARGADO(A) EDGAR SANTOS DE ARAÚJO E
BRASÍLIA - UNB OUTROS
Procurador DR. CÉSAR IRINEU OLIVEIRA DA Advogado DR. KENNEDY LAFAIETE
CONCEIÇÃO FERNANDES DIÓGENES(OAB:
5786/RN)
EMBARGADO(A) ARESTELINA MARTINS DOS
SANTOS
Advogado DR. ALCY BORGES LIRA(OAB: Intimado(s)/Citado(s):
1096/MT) - EDGAR SANTOS DE ARAÚJO E OUTROS
- RANGEL E FARIAS LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
- UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE -
- ARESTELINA MARTINS DOS SANTOS UFRN
- FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA
- FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB Processo Nº ED-AIRR-0085140-54.2000.5.04.0102
Processo Nº ED-AIRR-00851/2000-102-04-40.4
Processo Nº ED-AIRR-0078540-20.2000.5.04.0101
Complemento Plenário Virtual
Processo Nº ED-AIRR-00785/2000-101-04-40.6
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA
Complemento Plenário Virtual
EMBARGANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DE
PELOTAS - UFPEL
Procurador DR. MOACIR ANTÔNIO MACHADO Advogado DR. MAURO CÉSAR DOS SANTOS
DA SILVA FERRAZ(OAB: 124185/RJ)
Procuradora DRA. LUCIANA HOFF EMBARGADO(A) RUFOLO EMPRESA DE SERVIÇOS
TÉCNICOS E CONSTRUÇÕES LTDA.
EMBARGADO(A) GETÚLIO NEDE AIRES
Advogado DR. EDISON ANDRADE DE BARROS
Advogado DR. VILSON FARIAS(OAB: 40103/RS) FILHO(OAB: 71102/RJ)
Advogada DRA. LUCIANA LEMOS
MACHADO(OAB: 44736/RS)
Intimado(s)/Citado(s):
EMBARGADO(A) COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE
SERVIÇOS DOS TRABALHADORES - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - FIOCRUZ
AUTÔNOMOS DE PELOTAS LTDA. -
COOTRAPEL - GLAUCIA MARIA SILVA NUNES
- RUFOLO EMPRESA DE SERVIÇOS TÉCNICOS E
CONSTRUÇÕES LTDA.
Intimado(s)/Citado(s):
- COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DOS Processo Nº ED-AIRR-0097340-87.2005.5.03.0024
TRABALHADORES AUTÔNOMOS DE PELOTAS LTDA. -
COOTRAPEL Processo Nº ED-AIRR-00973/2005-024-03-40.0
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- NILZA MARIA TRIGUEIRO DA SILVA - CONSERVADORA VITÓRIA LTDA.
- RANGEL E FARIAS LTDA. - FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA
- UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - - SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EDIFÍCIOS, EMPRESAS
UFRN DE ASSEIO, CONSERVAÇÃO E CABINEIROS DE BELO
HORIZONTE - SINDEAC
Processo Nº ED-AIRR-0091540-75.2006.5.14.0141
Processo Nº ED-AIRR-00915/2006-141-14-40.0 Processo Nº ED-AIRR-0098740-55.2006.5.21.0007
Processo Nº ED-AIRR-00987/2006-007-21-40.0
Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Complemento Plenário Virtual
EMBARGANTE FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
FUNASA PIMENTA
Procuradora DRA. LUCIANA HOFF EMBARGANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO NORTE - UFRN
EMBARGADO(A) VALDIR SABANÊ
Procurador DR. PAULO GUSTAVO MEDEIROS
Advogado DR. GRASIELY TEIXEIRA CARVALHO
SOUZA(OAB: 2749/RO)
Procuradora DRA. CAMILLA MARQUES
EMBARGADO(A) PROTEÇÃO AMBIENTAL
CACOALENSE - PACA EMBARGADO(A) JURANILSON BARBOSA DA ROCHA
Advogado DR. CARLOS ALBERTO MARQUES
Intimado(s)/Citado(s): JÚNIOR(OAB: 2864/RN)
EMBARGADO(A) RANGEL E FARIAS LTDA.
- FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA
Advogado DR. ROBERTO FERREIRA
- PROTEÇÃO AMBIENTAL CACOALENSE - PACA CAMPOS(OAB: 15545/PE)
- VALDIR SABANÊ
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-AIRR-0093500-70.2008.5.01.0040
- JURANILSON BARBOSA DA ROCHA
Complemento Plenário Virtual
- RANGEL E FARIAS LTDA.
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE -
UFRN
EMBARGANTE FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ -
FIOCRUZ
Procurador DR. MARCELO DE SIQUEIRA Processo Nº ED-RR-0098800-38.2009.5.10.0004
FREITAS Complemento Plenário Virtual
EMBARGADO(A) GLAUCIA MARIA SILVA NUNES
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE EMBARGADO(A) AÇÃO SOCIAL NOSSA SENHORA DE
PIMENTA FÁTIMA
EMBARGANTE FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - Advogado DR. TERSON RIBEIRO
FUNAI CARVALHO(OAB: 11195/DF)
Procuradora DRA. LUCIANA HOFF
EMBARGADO(A) ELAINE SOUZA DE OLIVEIRA Intimado(s)/Citado(s):
Advogado DR. LUIZ ANTÔNIO DE ARAÚJO - ADNELSON DA SILVA MORAIS
LIMA(OAB: 12624/DF)
- AÇÃO SOCIAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
EMBARGADO(A) MONTESINAI LTDA.
- DISTRITO FEDERAL
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-AIRR-0106040-93.2005.5.10.0012
- ELAINE SOUZA DE OLIVEIRA Processo Nº ED-AIRR-01060/2005-012-10-40.2
- FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAI
- MONTESINAI LTDA. Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
Processo Nº ED-AIRR-0099840-26.2006.5.03.0143 EMBARGANTE FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE -
Processo Nº ED-AIRR-00998/2006-143-03-40.0 FUNASA
Procuradora DRA. LUCIANA HOFF
Complemento Plenário Virtual EMBARGADO(A) MARIA JÚLIA BARBOSA DA HORA
Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE Advogada DRA. RITA HELENA PEREIRA(OAB:
PIMENTA 7284-A/DF)
EMBARGANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ EMBARGADO(A) MATRIX SERVIÇOS
DE FORA - UFJF//MG ESPECIALIZADOS LTDA.
Procuradora DRA. LUCIANA HOFF
EMBARGADO(A) WALDETE DA SILVA RIBEIRO Intimado(s)/Citado(s):
Advogada DRA. ANDRÉA FONSECA DE - FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE - FUNASA
CASTRO WERNECK
- MARIA JÚLIA BARBOSA DA HORA
EMBARGADO(A) BEL LIMP CONSERVAÇÃO E
LIMPEZA LTDA. - MATRIX SERVIÇOS ESPECIALIZADOS LTDA.
EMBARGADO(A) FUNDAÇÃO DE APOIO AO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Processo Nº ED-AIRR-0113000-61.2009.5.01.0243
Complemento Plenário Virtual
Intimado(s)/Citado(s): Relator MIN. JOSÉ ROBERTO FREIRE
PIMENTA
- BEL LIMP CONSERVAÇÃO E LIMPEZA LTDA.
EMBARGANTE UNIVERSIDADE FEDERAL
- FUNDAÇÃO DE APOIO AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FLUMINENSE
- UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF//MG Procuradora DRA. ROZANE DIAS DA SILVA
- WALDETE DA SILVA RIBEIRO EMBARGADO(A) SÔNIA REGINA ROCHA DO
NASCIMENTO
Processo Nº ED-Ag-AIRR-0101240-32.2008.5.10.0007 Advogado DR. MAX ANTONIO PAUL(OAB:
88634/RJ)
Processo Nº ED-Ag-AIRR-01012/2008-007-10-40.1
EMBARGADO(A) ZL AMBIENTAL LTDA.
Complemento Plenário Virtual
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES Intimado(s)/Citado(s):
EMBARGANTE DISTRITO FEDERAL - SÔNIA REGINA ROCHA DO NASCIMENTO
Procurador DR. EDVALDO NILO DE ALMEIDA - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
EMBARGADO(A) ADNELSON DA SILVA MORAIS - ZL AMBIENTAL LTDA.
Advogado DR. JÚLIO CÉSAR BORGES DE
RESENDE(OAB: 8583-A/DF) Processo Nº ED-RR-0140300-75.2009.5.02.0079
EMBARGADO(A) AÇÃO SOCIAL NOSSA SENHORA DE Complemento Plenário Virtual
FÁTIMA Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
Advogado DR. TERSON RIBEIRO EMBARGANTE UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
CARVALHO(OAB: 11195/DF)
Advogado DR. DANIEL D'EMÍDIO
MARTINS(OAB: 310644/SP)
Intimado(s)/Citado(s):
EMBARGADO(A) EUNICE AUGUSTA DE JESUS
- ADNELSON DA SILVA MORAIS MENEZES
- AÇÃO SOCIAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Advogado DR. RICARDO ALEXANDRE
PEREIRA DA SILVA(OAB: 285800/SP)
- DISTRITO FEDERAL
EMBARGADO(A) HIGILIMP LIMPEZA AMBIENTAL
LTDA.
Processo Nº ED-AIRR-0101241-17.2008.5.10.0007 Advogado DR. CLÉLIA PAULA RODRIGUES
Complemento Plenário Virtual LEITE(OAB: 192195/SP)
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES
EMBARGANTE DISTRITO FEDERAL Intimado(s)/Citado(s):
Procurador DR. JOSUÉ PINHEIRO DE - EUNICE AUGUSTA DE JESUS MENEZES
MENDONÇA
- HIGILIMP LIMPEZA AMBIENTAL LTDA.
EMBARGADO(A) ADNELSON DA SILVA MORAIS
- UNIVERSIDADE DE SAO PAULO
Advogado DR. JÚLIO CÉSAR BORGES DE
RESENDE(OAB: 8583/DF)
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº ED-AIRR-0180000-44.2013.5.13.0004
- FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - FIOCRUZ Complemento Plenário Virtual
- MAURO SANDRO BATISTA BARROS Relator MIN. MARIA HELENA MALLMANN
- ULTRA GERENCIAMENTO E SERVIÇOS LTDA. EMBARGANTE VANESSA NAVARRO SERRANO DE
LIMA
Processo Nº ED-AIRR-0142600-66.2009.5.01.0037 Advogado DR. EMANUEL LUCENA NERI(OAB:
19593/PB)
Complemento Plenário Virtual
EMBARGADO(A) BANCO DO NORDESTE DO BRASIL
Relator MIN. DELAÍDE MIRANDA ARANTES S.A.
EMBARGANTE FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ - Advogado DR. DANILO DUARTE DE
FIOCRUZ QUEIROZ(OAB: 10588/PB)
Procurador DR. SÉRGIO LUIZ PINHEIRO EMBARGADO(A) UNIÃO (PGF)
SANT'ANNA
EMBARGADO(A) ADRIANA VIANA DE SOUZA
Intimado(s)/Citado(s):
Advogada DRA. ANA ROCHA DE
OLIVEIRA(OAB: 112572/RJ) - BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.
EMBARGADO(A) ZL AMBIENTAL LTDA. (EM - UNIÃO (PGF)
RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
- VANESSA NAVARRO SERRANO DE LIMA
Advogado DR. KELLY CHRISTINE DE ROMARIZ
BRAGANÇA(OAB: 96074/RJ)
Processo Nº ED-Ag-AIRR-0183340-65.2003.5.01.0073
EMBARGADO(A) HIGITERC HIGIENIZAÇÃO E
TERCEIRIZAÇÃO LTDA. Processo Nº ED-Ag-AIRR-01833/2003-073-01-40.8
Intimado(s)/Citado(s):
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
- ALBENIO FARIAS MONTEIRO
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
- COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CELPE
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
- MAJESTOSA ENGENHARIA LTDA
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Diante do incidente de arguição de inconstitucionalidade do art. 791- individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
A, § 4º, da CLT (Trabalhador beneficiário da justiça gratuita. e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Honorários de sucumbência), tema debatido neste processo, CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
encaminhem-se os autos à Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
solução final que vier a ser adotada pelo Tribunal Pleno desta Corte. Publique-se.
Publique-se. Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Brasília, 20 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Publique-se. Mauricio Godinho Delgado
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Ministro Relator
Processo Nº AIRR-0000246-50.2018.5.07.0032
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Complemento Processo Eletrônico
Mauricio Godinho Delgado Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Agravante SHEILA TOMAZ DA SILVA
Advogada Dra. Larissa Maria Araújo Gomes
Barroso(OAB: 27947/CE)
Processo Nº AIRR-0000040-77.2015.5.02.0065
Agravado COTECE S.A.
Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Daniel Cidrão Frota(OAB:
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan 19976/CE)
Pereira
Agravante ROSANGELA DOS SANTOS
Intimado(s)/Citado(s):
Advogada Dra. Eliana São Leandro
Nóbrega(OAB: 278019/SP) - COTECE S.A.
Agravado URANET PROJETOS E SISTEMAS - SHEILA TOMAZ DA SILVA
LTDA
Advogado Dr. Mauro Caramico(OAB: 111110/SP)
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
Agravado BANCO CITIBANK.S.A.
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
Advogado Dr. Jair Tavares da Silva(OAB:
46688/SP) "honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
Intimado(s)/Citado(s): qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
- BANCO CITIBANK.S.A. da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
- ROSANGELA DOS SANTOS processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
- URANET PROJETOS E SISTEMAS LTDA também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
Publique-se.
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani
Ministro Relator Processo Nº AIRR-0000425-23.2014.5.09.0014
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Processo Nº AIRR-0000347-10.2013.5.04.0012
Agravante OI S.A. (EM RECUPERAÇÃO
Complemento Processo Eletrônico JUDICIAL)
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Advogado Dr. Indalécio Gomes Neto(OAB:
Agravante NEXTEER INDÚSTRIA E COMÉRCIO 23465/PR)
DE SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA. Agravado RAQUEL DE OLIVEIRA
Advogado Dr. Roberto Pierri Bersch(OAB: Advogado Dr. Rafael Davi Martins Costa(OAB:
24484/RS) 44138/RS)
Agravado OSVALDO CORSO DA ROSA Agravado ALMAR SERVIÇOS DE TELEFONIA
JUNIOR LTDA. - ME
Advogado Dr. Leônidas Colla(OAB: 31704/RS) Advogado Dr. Emanuel Fernando Castelli
Ribas(OAB: 33431/PR)
Intimado(s)/Citado(s):
- NEXTEER INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE SISTEMAS Intimado(s)/Citado(s):
AUTOMOTIVOS LTDA. - ALMAR SERVIÇOS DE TELEFONIA LTDA. - ME
- OSVALDO CORSO DA ROSA JUNIOR - OI S.A. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
- RAQUEL DE OLIVEIRA
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED- Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
Publique-se. 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Ministro Relator
Processo Nº AIRR-0000546-28.2015.5.06.0005
Processo Nº RR-0000521-73.2015.5.06.0018 Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Agravante LIQ CORP S.A.
Recorrente DIANA DOS SANTOS LIMA Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves
Teixeira(OAB: 18855/PE)
Advogado Dr. Erwin Herbert Friedheim
Neto(OAB: 17761/PB) Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB:
513-A/DF)
Recorrido ITAÚ UNIBANCO S.A.
Agravado LILIAN BARBOSA DOS SANTOS
Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB: 12450-
A/PE) Advogado Dr. João Synval Tavares de
Carvalho(OAB: 22238/PE)
Advogado Dr. Mozart Victor Russomano
Neto(OAB: 29340-A/DF) Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A.
Recorrido PROVIDER SOLUÇÕES Advogado Dr. Wilson Belchior(OAB: 1259/PE)
TECNOLÓGICAS LTDA. (EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado Dr. Frederico da Costa Pinto
Corrêa(OAB: 8375/PE) - ITAÚ UNIBANCO S.A.
Advogado Dr. Arlindo José de Melo Filho(OAB: - LILIAN BARBOSA DOS SANTOS
28192/PE)
- LIQ CORP S.A.
Intimado(s)/Citado(s):
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
- DIANA DOS SANTOS LIMA
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
- ITAÚ UNIBANCO S.A.
Publique-se.
- PROVIDER SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS LTDA. (EM
RECUPERAÇÃO JUDICIAL) Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Processo Nº AIRR-0000342-41.2016.5.05.0016
Complemento Processo Eletrônico
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Alberto Bresciani Pereira
Ministro Relator Agravante ATENTO BRASIL S.A.
Advogado Dr. Otávio Pinto e Silva(OAB:
Processo Nº AIRR-0000533-72.2015.5.06.0023 93542/SP)
Complemento Processo Eletrônico Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB:
12450/PE)
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Advogado Dr. Caroline Silva Carvalho(OAB:
39829-A/BA)
Agravante WANNESSA LEMOS SILVA
Advogado Dr. Leonardo Santos de Souza(OAB:
Advogada Dra. Dolores Carmen Prates Buregio 14926-A/BA)
de Lima(OAB: 36377/PE)
Agravado LÚCIA MARIA CERQUEIRA
Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A. E OUTRO
Advogado Dr. Antony de Teive e Argolo(OAB:
Advogado Dr. Wilson Belchior(OAB: 1259/PE) 14988/BA)
Agravado ALLIS SOLUÇÕES EM TRADE E Advogado Dr. Dilson de Souza Alves Júnior(OAB:
PESSOAS LTDA. 20525/BA)
Advogada Dra. Renata Pereira Zanardi(OAB: Agravado BANCO ITAUCARD S.A.
33819/RS)
Advogado Dr. Leonardo Santos de Souza(OAB:
14926-A/BA)
Intimado(s)/Citado(s):
- ALLIS SOLUÇÕES EM TRADE E PESSOAS LTDA. Intimado(s)/Citado(s):
- ITAÚ UNIBANCO S.A. E OUTRO - ATENTO BRASIL S.A.
- WANNESSA LEMOS SILVA - BANCO ITAUCARD S.A.
- LÚCIA MARIA CERQUEIRA
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral. Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
Publique-se. decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s):
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
- ATENTO BRASIL S.A.
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
- BANCO ITAUCARD S.A.
Publique-se.
- GLAUCIA PESSOA DOS SANTOS
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Processo Nº AIRR-0000168-29.2015.5.03.0014
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Complemento Processo Eletrônico
Alberto Bresciani Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Ministro Relator Pereira
Agravante e Agravado BANCO BMG S.A.
Processo Nº AIRR-0000298-29.2015.5.05.0025 Advogado Dr. Paulo Dimas de Araújo(OAB:
55420/MG)
Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Mozart Victor Russomano
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Neto(OAB: 29340-A/DF)
Pereira
Agravante e Agravado BANCO CIFRA S.A.
Agravante ATENTO BRASIL S.A.
Advogado Dr. Paulo Dimas de Araújo(OAB:
Advogado Dr. Leonardo Santos de Souza(OAB: 55420/MG)
14926/BA)
Agravado MATHEUS LUIZ COELHO
Agravado BANCO ITAUCARD S.A.
Advogado Dr. Fabrício José Monteiro de Souza
Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB: Costa(OAB: 134198/MG)
25998/BA)
Agravado ATENTO BRASIL S.A.
Agravado SARA MAURICIA DE ALMEIDA
SANTOS Advogado Dr. Luiz Flávio Valle Bastos(OAB:
52529/MG)
Advogada Dra. Gabrielle Santos de
Andrade(OAB: 34903/BA) Agravado BANCO ITAÚ BMG CONSIGNADO
S.A.
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Marcos Caldas Martins
Chagas(OAB: 56526/MG)
- ATENTO BRASIL S.A.
- BANCO ITAUCARD S.A. Intimado(s)/Citado(s):
- SARA MAURICIA DE ALMEIDA SANTOS
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
Alberto Bresciani decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Ministro Relator Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Processo Nº AIRR-0000186-79.2014.5.06.0021
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Pereira
Alberto Bresciani
Agravante ROSANGELA CARNEIRO COSTA
Ministro Relator
Advogado Dr. Erwin Herbert Friedheim
Neto(OAB: 14975/PE)
Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A. Processo Nº ARR-0000494-32.2015.5.06.0005
Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB: 12450- Complemento Processo Eletrônico
A/PE) Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Advogado Dr. Mozart Victor Russomano Pereira
Neto(OAB: 29340-A/DF) Agravante e Recorrido MARILENE GOMES FERREIRA
Agravado CONTAX-MOBITEL S.A. Advogado Dr. Márcio Moisés Sperb(OAB:
Advogado Dr. Bruno Machado Colela 284/PE)
Maciel(OAB: 16760/DF) Agravado e Recorrente LIQ CORP S.A.
Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB:
Teixeira(OAB: 18855-A/PE) 513/DF)
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB: Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves
513-A/DF) Teixeira(OAB: 18855/PE)
Agravado e Recorrido BANCO ITAUCARD S.A. E OUTRO
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Wilson Sales Belchior(OAB: 1259-
- CONTAX-MOBITEL S.A. A/PE)
- ITAÚ UNIBANCO S.A.
- ROSANGELA CARNEIRO COSTA Intimado(s)/Citado(s):
- BANCO ITAUCARD S.A. E OUTRO
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da - LIQ CORP S.A.
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral. - MARILENE GOMES FERREIRA
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020. Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Alberto Bresciani
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Processo Nº AIRR-0000212-14.2013.5.06.0021 Alberto Bresciani
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
Processo Nº AIRR-0000071-96.2016.5.09.0088
Agravante LIQ CORP S.A. Complemento Processo Eletrônico
Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Teixeira(OAB: 18855/PE) Pereira
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB: Agravante e Agravado JOÃO ALTAIR ZAPCHAN
513-A/DF)
Advogado Dr. Marcelo Foggiato Licheski(OAB:
Agravado ROBERTA CRISTINA DE MELO 21121/PR)
FREIRE
Advogado Dr. Leir Tadeu de Oliveira(OAB:
Advogado Dr. João Fernando Carneiro Leão de 26774/PR)
Amorim(OAB: 26268/PE)
Agravante e Agravado CNH INDUSTRIAL LATIN AMÉRICA
Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A. LTDA.
Advogado Dr. Marco Aurélio Guimarães(OAB: Advogado Dr. Alexandre Mariano Ferreira(OAB:
22181/PR) 160/ES)
Advogado Dr. Bruna Chaffim Mariano(OAB:
Intimado(s)/Citado(s): 17185/ES)
Agravado e Recorrente SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS
- CNH INDUSTRIAL LATIN AMÉRICA LTDA. DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO -
- JOÃO ALTAIR ZAPCHAN SINFES
Advogada Dra. Simone Malek Rodrigues
Pilon(OAB: 4356/ES)
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos
Advogado Dr. Maria Helena Plazzi
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de Carrareto(OAB: 5679/ES)
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado Intimado(s)/Citado(s):
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à - HOSPITAL PRAIA DA COSTA S/A
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser - SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS DO ESTADO DO
adotada pelo Supremo Tribunal Federal. ESPÍRITO SANTO - SINFES
Publique-se.
Brasília, 20 de fevereiro de 2020. Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Alberto Bresciani determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Ministro Relator individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Processo Nº ARR-0000450-93.2018.5.12.0052 CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Complemento Processo Eletrônico autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Publique-se.
Agravante e Recorrente VANESSA HEINERT Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Advogado Dr. Bruno Giuseppe Marquetti(OAB:
38915/SC)
Agravado e Recorrido CONFECCOES ANDRITEX LTDA -
EPP Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Jonas Jacson Pereira(OAB: Mauricio Godinho Delgado
45079/SC) Ministro Relator
Agravado e Recorrido AGTEX INDUSTRIA TEXTIL EIRELI
Agravado e Recorrido ELCIO MANOEL DE SOUZA Processo Nº ED-AIRR-0000097-12.2017.5.02.0070
Complemento Processo Eletrônico
Intimado(s)/Citado(s): Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
- AGTEX INDUSTRIA TEXTIL EIRELI
Embargante ANTONIO FERNANDES FILHO E
- CONFECCOES ANDRITEX LTDA - EPP OUTROS
- ELCIO MANOEL DE SOUZA Advogado Dr. Mauro de Azevedo Menezes(OAB:
- VANESSA HEINERT 19241/DF)
Advogado Dr. Orlando Faracco Neto(OAB:
174922/RS)
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
Advogado Dr. Glênio Ohlweiler Ferreira(OAB:
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema 328901/RS)
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça Embargado INSTITUTO NACIONAL DE
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o SEGURIDADE SOCIAL - INSS
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face Procuradora Dra. Elisangela Pereira de Carvalho
Leitão Afif
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
Intimado(s)/Citado(s):
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
- ANTONIO FERNANDES FILHO E OUTROS
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
- INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL - INSS
Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Diante dos embargos de declaração opostos, nos quais se postula a
concessão de efeito modificativo ao julgado, dê-se vista ao
embargado, por cinco dias, para que ofereça suas razões,
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
querendo.
Mauricio Godinho Delgado
Decorrido o prazo, conclusos.
Ministro Relator
Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Processo Nº ARR-0000389-84.2017.5.17.0003
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Recorrido HOSPITAL PRAIA DA COSTA S/A Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani
Intimado(s)/Citado(s):
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
- BAR DO CUSCUZ PRAIA RESTAURANTE LTDA. - ME
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
- IVO FRANCISCO DA SILVA
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
Publique-se.
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Mauricio Godinho Delgado
Considerando a pretensão infringente deduzida nos presentes Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
embargos de declaração, concedo aos ora Embargados o prazo de possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
cinco (5) dias para que se manifestem sobre eles, nos termos da ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
Orientação Jurisprudencial 142 da SBDI-1. Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
Publique-se. Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
ALEXANDRE AGRA BELMONTE
Ministro Relator Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Processo Nº AIRR-0000998-62.2010.5.04.0201 Ministro Relator
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Processo Nº AIRR-0001151-11.2016.5.07.0037
Agravante e Agravado FUNDAÇÃO PETROBRAS DE Complemento Processo Eletrônico
SEGURIDADE SOCIAL - PETROS
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Advogado Dr. Carlos Roberto de Siqueira Pereira
Castro(OAB: 56888-A/RS)
Agravante CONSTRUTORA MARQUISE S.A.
Agravante e Agravado LUIZ CARLOS SALVADOR CUNHA
Advogado Dr. Mário Jorge Menescal de
Advogado Dr. André Avelino Ribeiro Neto(OAB: Oliveira(OAB: 6764/CE)
6815/RS)
Agravado CICERO RILDO COSMO
Advogado Dr. Maurício de Figueiredo Corrêa da
Veiga(OAB: 21934/DF) Advogado Dr. Cícero Lindeilson Rodrigues de
Magalhães(OAB: 24698/PE)
Agravado PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS
Advogado Dr. Dirceu Marcelo Hoffmann(OAB: Intimado(s)/Citado(s):
16538/GO)
- CICERO RILDO COSMO
- CONSTRUTORA MARQUISE S.A.
Intimado(s)/Citado(s):
- FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL -
PETROS Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos
- LUIZ CARLOS SALVADOR CUNHA autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
Publique-se.
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Alberto Bresciani
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
Alberto Bresciani decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Ministro Relator Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- ANDRÉ DE MELO RODRIGUES
- ABF ENGENHARIA, SERVIÇOS E COMÉRCIO LTDA.
- BANCO ITAUCARD S.A.
- COMPANHIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO
- CONTAX-MOBITEL S.A.
- SHEYLA FRANCA DO NASCIMENTO
- OI MÓVEL S.A.
Processo Nº RR-0000690-17.2012.5.01.0079
Processo Nº AIRR-0001100-19.2013.5.06.0009
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira
Pereira
Recorrente HALDEY LEONARDO MELLO DA
Agravante LIQ CORP S.A. SILVA
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB: Advogado Dr. Leonardo Campbell Bastos(OAB:
513/DF) 110416/RJ)
Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves Recorrido CONTAX-MOBITEL S.A.
Teixeira(OAB: 18855/PE)
Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB:
Agravado MICHELE MARIA DE LIMA 513/DF)
Advogado Dr. Erwin Herbert Friedheim Advogada Dra. Gilda Elena Brandão de Andrade
Neto(OAB: 14975/PE) D'Oliveira(OAB: 35271/RJ)
Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A. Recorrido BANCO ITAUCARD S.A.
Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB: Advogado Dr. Luiz Renato Bueno(OAB:
12450/PE) 108608/RJ)
Agravado UNIÃO (PGF) Advogado Dr. Mozart Victor Russomano
Procurador Dr. Daniel Rodrigues Barreira Neto(OAB: 29340-A/DF)
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- ITAÚ UNIBANCO S.A. - BANCO ITAUCARD S.A.
- LIQ CORP S.A. - CONTAX-MOBITEL S.A.
Processo Nº AIRR-0001161-71.2013.5.06.0010
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Complemento Processo Eletrônico
Alberto Bresciani Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
Ministro Relator
Agravante CONTAX - MOBITEL S.A.
Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves
Processo Nº AIRR-0000818-79.2016.5.06.0007 Teixeira(OAB: 18855/PE)
Complemento Processo Eletrônico
Agravado IRZA BEZERRA ANTÔNIO
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Advogado Dr. Erwin Herbert Friedheim
Neto(OAB: 14975/PE)
Agravante LIQ CORP S.A.
Agravado UNIÃO (PGF)
Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves
Teixeira(OAB: 18855/PE) Procuradora Dra. Hebe de Souza Campos Silveira
Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A. E OUTRO Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A.
Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB: Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB: 12450-
12450/PE) A/PE)
Agravado DANIELA DE SOUZA
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado Dr. Márcio Moisés Sperb(OAB:
284/PE) - CONTAX - MOBITEL S.A.
- IRZA BEZERRA ANTÔNIO
Intimado(s)/Citado(s): - ITAÚ UNIBANCO S.A.
- DANIELA DE SOUZA - UNIÃO (PGF)
- ITAÚ UNIBANCO S.A. E OUTRO
- LIQ CORP S.A. Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da Publique-se.
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral. Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Ministro Relator
Alberto Bresciani
Ministro Relator Processo Nº AIRR-0001189-91.2017.5.06.0012
Complemento Processo Eletrônico
Processo Nº AIRR-0000655-64.2015.5.05.0039 Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Complemento Processo Eletrônico Pereira
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Agravante ANNA CRISTINA DA SILVA LIMA
Pereira Advogado Dr. João Synval Tavares de
Agravante e Agravado BANCO ITAUCARD S.A. Carvalho(OAB: 22238/PE)
Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB: 25998- Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A.
A/BA) Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB:
Agravante e Agravado ATENTO BRASIL S.A. 12450/PE)
Advogado Dr. Fernando Moura Fernandes Agravado LIQ CORP S.A.
Filho(OAB: 19878/BA) Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves
Advogado Dr. Leonardo Santos de Souza(OAB: Teixeira(OAB: 18855/PE)
14926-A/BA)
Agravado SILVANA LESSA BATISTA Intimado(s)/Citado(s):
Advogada Dra. Gabrielle Santos de - ANNA CRISTINA DA SILVA LIMA
Andrade(OAB: 34903/BA)
- ITAÚ UNIBANCO S.A.
- LIQ CORP S.A.
Intimado(s)/Citado(s):
- ATENTO BRASIL S.A.
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
- BANCO ITAUCARD S.A.
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
- SILVANA LESSA BATISTA
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Publique-se.
Processo Nº AIRR-0001113-79.2013.5.04.0233
Complemento Processo Eletrônico Processo Nº AIRR-0001936-66.2017.5.09.0009
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Agravado BRUNO GUIMARAES LIMA Agravante MARCOS HENRIQUE BERTAO
Advogado Dr. Bruno Júlio Kahle Filho(OAB: Advogado Dr. Dyego Alves Cardoso(OAB:
21053/RS) 39627/PR)
Agravante e Agravado TP INDUSTRIAL DE PNEUS BRASIL Agravado EMPRESA BRASILEIRA DE
LTDA. CORREIOS E TELÉGRAFOS
Advogado Dr. Caroline Gnutzmann Clos(OAB: Advogada Dra. Bárbara Eberle(OAB: 58249/PR)
55428/RS) Advogada Dra. Marianna Stasiak(OAB:
Advogado Dr. Sérgio Roberto da Fontoura 49431/PR)
Juchem(OAB: 5269/RS)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS
- BRUNO GUIMARAES LIMA - MARCOS HENRIQUE BERTAO
- TP INDUSTRIAL DE PNEUS BRASIL LTDA.
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Publique-se. autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Processo Nº ARR-0001423-65.2017.5.08.0126
Processo Nº ARR-0002153-19.2017.5.12.0012
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira
Pereira
Agravante e Recorrente UBIRAJARA BEZERRA MEDEIROS
Agravante e Recorrente BRF S.A.
Advogado Dr. Alexandro Ferreira de
Advogado Dr. Danusa Serena Oneda(OAB: Alencar(OAB: 16436/PA)
13124-A/MT)
Agravado e Recorrido VALE S.A.
Advogado Dr. Luiz Antônio Ventorini(OAB: 24425-
B/MT) Advogado Dr. Ophir Filgueiras Cavalcante
Júnior(OAB: 3259/PA)
Agravado e Recorrido TIAGO KENEDI DA SILVA DE
OLIVEIRA Advogado Dr. Nilton Correia(OAB: 1291/DF)
Advogado Dr. Leandro Dambróz(OAB: 16757/SC) Advogado Dr. Nicolau Monteiro de Azevedo
Filho(OAB: 19710/PA)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- BRF S.A.
- UBIRAJARA BEZERRA MEDEIROS
- TIAGO KENEDI DA SILVA DE OLIVEIRA
- VALE S.A.
Processo Nº ARR-0001369-81.2017.5.10.0017
Complemento Processo Eletrônico Processo Nº AIRR-0001426-62.2016.5.09.0567
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
Agravante e Recorrido CIA URBANIZADORA DA NOVA
CAPITAL DO BRASIL - NOVACAP Agravante CONSORCIO DE PRODUTORES
RURAIS CARLOS ORLANDO
Advogado Dr. Kleber Borges de Moura(OAB: CAVALLI E OUTROS
14012/DF)
Advogado Dr. Fabiano Nuud de Souza(OAB:
Agravado e Recorrente JOAO BATISTA DE BARROS 23151/PR)
Advogado Dr. Ricardo Pinto do Amaral(OAB: Advogada Dra. Luzia de Barros Ferreira
21269/DF) Gaio(OAB: 52630/PR)
Agravado PAULO SÉRGIO VIUDES
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado Dr. Wanderson Lago Vaz(OAB: Advogado Dr. Ney José Campos(OAB:
25243/PR) 44243/MG)
Agravado e Recorrente CARLOS ALEXANDRE MARTINS
Intimado(s)/Citado(s): FERREIRA
Advogado Dr. Saulo Ricardo Albuquerque Reis
- CONSORCIO DE PRODUTORES RURAIS CARLOS Neto(OAB: 142841/MG)
ORLANDO CAVALLI E OUTROS
- PAULO SÉRGIO VIUDES
Intimado(s)/Citado(s):
- CARLOS ALEXANDRE MARTINS FERREIRA
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos
- GERDAU AÇOMINAS S.A.
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à
Publique-se.
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani
Processo Nº AIRR-0002997-49.2017.5.09.0562
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Processo Nº ARR-0001360-75.2017.5.09.0073
Agravante USINA ALTO ALEGRE S/A - ACUCAR Complemento Processo Eletrônico
E ALCOOL Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Advogada Dra. Márcia Regina Rodacoski(OAB: Pereira
13601/PR) Agravante e Recorrente IVAICANA AGROPECUÁRIA LTDA.
Advogado Dr. César Eduardo Misael de Advogada Dra. Rosângela Cristina Barboza
Andrade(OAB: 17523/PR) Sleder(OAB: 36441/PR)
Agravado ANTONIO APARECIDO MARQUES Agravado e Recorrido VALDIR PEREIRA PEDRO
Advogado Dr. Alberto Chedid Filho(OAB: Advogado Dr. Elizângela Miranda(OAB:
50248/PR) 60746/PR)
Advogado Dr. Ismail Chukr Neto(OAB: 24141/PR)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- IVAICANA AGROPECUÁRIA LTDA.
- ANTONIO APARECIDO MARQUES - VALDIR PEREIRA PEDRO
- USINA ALTO ALEGRE S/A - ACUCAR E ALCOOL
Processo Nº ED-RR-0002223-70.2013.5.12.0046
Processo Nº ARR-0010007-55.2015.5.03.0054 Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico Relator Min. Alexandre de Souza Agra
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Belmonte
Pereira Embargante WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
Agravante e Recorrido GERDAU AÇOMINAS S.A. S.A.
Advogada Dra. Leila Azevedo Sette(OAB: Advogado Dr. Jackson da Costa Bastos(OAB:
22864/MG) 11433/SC)
Embargado CARLA ROSANGELA NEVES
Advogado Dr. Luís Fernando Ballock(OAB: Advogado Dr. José Paulo Dias(OAB: 70398/SP)
18205/SC)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- INTELSERV INTELIGÊNCIA EM SERVIÇOS S/S LTDA.
- CARLA ROSANGELA NEVES - ITAÚ UNIBANCO S.A.
- WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A. - LIDIANE FAGUNDES DOS SANTOS
Considerando a pretensão infringente deduzida nos presentes Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
embargos de declaração, concedo à ora Embargada o prazo de decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
cinco (5) dias para que se manifeste sobre eles, nos termos da Publique-se.
Orientação Jurisprudencial 142 da SBDI-1. Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Publique-se.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral. decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Publique-se. Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020. Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
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Alberto Bresciani Alberto Bresciani
Ministro Relator Ministro Relator
Processo Nº AIRR-0001512-92.2014.5.05.0024
Complemento Processo Eletrônico Processo Nº AIRR-0001476-74.2017.5.12.0016
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante CONTAX-MOBITEL S.A. Agravante FERNANDO KOEHNTOPP
Advogado Dr. Urbano Vitalino de Melo Neto(OAB: Advogado Dr. Roque Forner(OAB: 59089/RS)
17700/PE) Agravado BANCO BRADESCO S.A.
Advogada Dra. Carla Elisângela Ferreira Alves Advogada Dra. Marina D´Amico Pedriali(OAB:
Teixeira(OAB: 18855/PE) 17744/PR)
Agravado ANE CATARINE AMORIM CABRAL
Advogado Dr. Ricardo Raimundo de Mello Intimado(s)/Citado(s):
Paranaguá(OAB: 25982/BA)
Agravado BANCO ITAUCARD S.A. - BANCO BRADESCO S.A.
Advogado Dr. Antônio Braz da Silva(OAB: - FERNANDO KOEHNTOPP
25998/BA)
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
Intimado(s)/Citado(s): possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
- ANE CATARINE AMORIM CABRAL ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
- BANCO ITAUCARD S.A. Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
- CONTAX-MOBITEL S.A. Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Publique-se. autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
adotada pelo Supremo Tribunal Federal. Publique-se.
Publique-se. Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos Intimado(s)/Citado(s):
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de - ARCH QUÍMICA BRASIL LTDA.
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva - JOAO AGUIAR BARBOSA
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à Publique-se.
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani Processo Nº AIRR-0010725-24.2017.5.03.0073
Ministro Relator Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
Processo Nº AIRR-0010417-54.2014.5.01.0491
Agravante RICARDO DE OLIVEIRA
Complemento Processo Eletrônico
Advogada Dra. Elaine Cristina Carvalho
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan Ferreira(OAB: 131946/MG)
Pereira
Advogada Dra. Isabela Paixão(OAB: 175644/MG)
Agravante EXPRESSO RIO DE JANEIRO LTDA
Agravado ID DO BRASIL LOGÍSTICA LTDA.
Advogado Dr. José Juarez Gusmão Bonelli(OAB:
41820/RJ) Advogada Dra. Márcia Martins Miguel(OAB:
109676/SP)
Agravado WALTER DE BARROS POZZI FILHO
Agravado DANONE LTDA
Advogado Dr. Rosana Esteves da Silva(OAB:
60041/RJ) Advogado Dr. Roberto Trigueiro Fontes(OAB:
116632/MG)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- EXPRESSO RIO DE JANEIRO LTDA
- DANONE LTDA
- WALTER DE BARROS POZZI FILHO
- ID DO BRASIL LOGÍSTICA LTDA.
- RICARDO DE OLIVEIRA
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à
adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser
Publique-se.
adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
Publique-se. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Alberto Bresciani
Ministro Relator Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- AGROTERENAS S.A. - CANA
- DIONAS VINICIUS VIEIRA NUNES
- JOSE LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA FRANCISCO
- S&M TRANSPORTES S.A.
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à Publique-se.
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani Processo Nº AIRR-0010255-29.2019.5.03.0006
Ministro Relator Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Processo Nº RR-0010277-72.2017.5.03.0163 Agravante VALLOUREC SOLUÇÕES
TUBULARES DO BRASIL S.A.
Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Hudson Fernando Couto(OAB:
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan 63493/MG)
Pereira
Agravado JOAO CARLOS CONSTANTINO
Recorrente EVERTON DE SOUZA OLIVEIRA
Advogado Dr. Álisson Diogo Quaresma(OAB:
Advogado Dr. Leonardo Pessoa Moreira de 158534/MG)
Lellis(OAB: 129996/MG)
Recorrido FCA FIAT CHRYSLER AUTOMÓVEIS
BRASIL LTDA. Intimado(s)/Citado(s):
Advogado Dr. José Eduardo Duarte Saad(OAB: - JOAO CARLOS CONSTANTINO
36634/SP)
- VALLOUREC SOLUÇÕES TUBULARES DO BRASIL S.A.
Intimado(s)/Citado(s):
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
- EVERTON DE SOUZA OLIVEIRA
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
- FCA FIAT CHRYSLER AUTOMÓVEIS BRASIL LTDA.
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser Publique-se.
adotada pelo Supremo Tribunal Federal. Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- JOSIMAR VIEIRA DOS SANTOS - EMPRESA GONTIJO DE TRANSPORTES LTDA.
- MAGNA DO BRASIL PRODUTOS E SERVIÇOS - VALTER COSTA PEREIRA
AUTOMOTIVOS LTDA.
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) Publique-se.
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Processo Nº ARR-0010557-28.2018.5.03.0092
Processo Nº AIRR-0010202-65.2017.5.03.0023
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Agravante, Recorrente e ASTEC DO BRASIL FABRICACAO DE
Recorrido EQUIPAMENTOS LTDA
Agravante BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO,
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Advogado Dr. Thales Poubel Catta Preta
Leal(OAB: 80500/MG)
Advogado Dr. Milton Flávio de Almeida Camargo
Lautenschläger(OAB: 162676/SP) Advogado Dr. Pedro Henrique Bengtsson
Bernardes(OAB: 183500/MG)
Agravado ISABELLA SANTOS MACIEL
VALADARES Agravado, Recorrente e MDE- MANUFATURA E
Recorrido DESENVOLVIMENTO DE
Advogado Dr. Marcelo Esteves Lima EQUIPAMENTOS LTDA. E OUTRO
Raimundo(OAB: 112317/MG)
Advogado Dr. Tatiana Salim Ribeiro(OAB:
Agravado GLOBAL TELEATENDIMENTO E 112082/MG)
TELESSERVIÇOS DE COBRANÇAS
LTDA. Agravado e Recorrido DAVI LAGE ALVARENGA
Advogado Dr. Albert do Carmo Amorim(OAB: Advogado Dr. Marcelo Henrique Couto
72847/MG) Franca(OAB: 58185/MG)
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, FINANCIAMENTO E - ASTEC DO BRASIL FABRICACAO DE EQUIPAMENTOS LTDA
INVESTIMENTO - DAVI LAGE ALVARENGA
- GLOBAL TELEATENDIMENTO E TELESSERVIÇOS DE - MDE- MANUFATURA E DESENVOLVIMENTO DE
COBRANÇAS LTDA. EQUIPAMENTOS LTDA. E OUTRO
- ISABELLA SANTOS MACIEL VALADARES
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Publique-se. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Alberto Bresciani
Ministro Relator Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
Processo Nº ARR-0010492-21.2016.5.03.0054
Processo Nº AIRR-0010735-12.2017.5.03.0027
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Recorrido BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
Agravante FCA FIAT CRHYSLER AUTOMÓVEIS
BRASIL LTDA. Advogada Dra. Elen Cristina Gomes e
Gomes(OAB: 91053/MG)
Advogada Dra. Ana Paula Paiva de Mesquita
Barros(OAB: 113793/SP) Agravado e Recorrente GABRIELA CARDOSO FERREIRA
Advogado Dr. José Eduardo Duarte Saad(OAB: Advogado Dr. Vinícius Carvalho Brasileiro(OAB:
36634/SP) 116653/MG)
Agravado JEFFERSON BARBOSA SEVERINO
Advogado Dr. Murilo Borges Júnior(OAB: Intimado(s)/Citado(s):
105714/MG)
- BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
Advogado Dr. Magnones Araújo Borges(OAB:
110395/MG) - GABRIELA CARDOSO FERREIRA
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Processo Nº AIRR-0010495-87.2018.5.03.0156 Alberto Bresciani
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante USINA FRUTAL AÇÚCAR E ÁLCOOL Processo Nº AIRR-0010647-18.2014.5.15.0100
S.A. Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Marco Túlio Cardoso Porfírio(OAB: Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
57797/MG)
Agravante AGROTERENAS S.A. - CANA
Agravado RENATO BATISTA ROSA
Advogada Dra. Elimara Aparecida Assad
Advogado Dr. Davine Mariel Cintra de Sallum(OAB: 74970/SP)
Oliveira(OAB: 255943/SP)
Advogado Dr. Guilherme José Theodoro de
Advogado Dr. Leandro da Silveira Abdalla(OAB: Carvalho(OAB: 216553/SP)
128072/MG)
Agravado ANAIR DA SILVA
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Eduardo de Oliveira Leite(OAB:
149774/SP)
- RENATO BATISTA ROSA
- USINA FRUTAL AÇÚCAR E ÁLCOOL S.A. Intimado(s)/Citado(s):
- AGROTERENAS S.A. - CANA
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de - ANAIR DA SILVA
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Publique-se. determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Mauricio Godinho Delgado Publique-se.
Ministro Relator Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Processo Nº ARR-0010410-19.2013.5.05.0028
Complemento Processo Eletrônico
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Recorrido VALDELICE SANTANA DO Ministro Relator
NASCIMENTO
Advogada Dra. Marseili Bastos Queiroz Processo Nº AIRR-0010365-94.2018.5.03.0060
Barreto(OAB: 23240/BA) Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Marcelo Carvalho da Silva(OAB: Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
38820/BA)
Agravante ADILSON ALVARENGA ARAUJO
Agravado e Recorrente MONTE TABOR - CENTRO ÍTALO-
BRASILEIRO DE PROMOÇÃO Advogado Dr. Adriano Oliveira Duarte(OAB:
SANITÁRIA 99657/MG)
Advogada Dra. Maria da Graça Chagas Advogada Dra. Rejane Perucci(OAB: 146856-
Rangel(OAB: 4303/BA) A/MG)
Advogado Dr. Ivan Luiz Moreira de Souza Agravado ITAURB - EMPRESA DE
Bastos(OAB: 11607/BA) DESENVOLVIMENTO DE ITABIRA
LTDA.
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Jeane Aparecida Augusto(OAB:
96697/MG)
- MONTE TABOR - CENTRO ÍTALO-BRASILEIRO DE Advogado Dr. Alexandre dos Reis Elias(OAB:
PROMOÇÃO SANITÁRIA 189445/MG)
- VALDELICE SANTANA DO NASCIMENTO
Intimado(s)/Citado(s):
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos - ADILSON ALVARENGA ARAUJO
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de - ITAURB - EMPRESA DE DESENVOLVIMENTO DE ITABIRA
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva LTDA.
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
adotada pelo Supremo Tribunal Federal. "honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
Publique-se. gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
Brasília, 20 de fevereiro de 2020. qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
Ministro Relator
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral. Alberto Bresciani
Publique-se. Ministro Relator
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Processo Nº AIRR-0010906-62.2018.5.03.0017
Complemento Processo Eletrônico
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Alberto Bresciani Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do Publique-se.
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502. Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Ministro Relator
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Processo Nº AIRR-0010520-88.2017.5.03.0042
Complemento Processo Eletrônico
Processo Nº AIRR-0010253-49.2018.5.03.0150 Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
Complemento Processo Eletrônico
Agravante BANCO BRADESCO S.A. E OUTROS
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Advogada Dra. Veruska Aparecida
Agravante WALMIR BISPO DE OLIVEIRA Custódio(OAB: 63842/MG)
Advogado Dr. Thais de Oliveira Nascimento(OAB: Advogada Dra. Ana Carolina Momente
126095/MG) Rosa(OAB: 147366-A/MG)
Advogado Dr. João Adilson das Neves(OAB: Advogado Dr. Vanessa Dias Lemos Rebello(OAB:
117575/MG) 103650-A/MG)
Agravado CARLOS AMAURI SANTOS - ME E Agravado NAYANE SILVA DE FREITAS
OUTROS
Advogado Dr. Elizeu Diniz Silva(OAB: 147462-
Advogado Dr. José Jamilson da Silva(OAB: A/MG)
65493/MG)
Agravado ALGAR TECNOLOGIA E
CONSULTORIA S.A.
Intimado(s)/Citado(s):
Advogada Dra. Letícia Alves Gomes(OAB:
- CARLOS AMAURI SANTOS - ME E OUTROS 82053/MG)
- WALMIR BISPO DE OLIVEIRA Advogado Dr. Karla Santos Athayde(OAB:
167827-A/MG)
Advogado Dr. Paulo Roberto Alves Pimenta(OAB:
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que 52788-A/MG)
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça Intimado(s)/Citado(s):
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o - ALGAR TECNOLOGIA E CONSULTORIA S.A.
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face - BANCO BRADESCO S.A. E OUTROS
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no - NAYANE SILVA DE FREITAS
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502. decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Publique-se. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Alberto Bresciani
Ministro Relator Ministro Relator
revista do Reclamante quanto aos temas ''prescrição'', ''indenização Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
determino a reautuação do feito, a fim de que conste Recurso de Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
Revista com Agravo - ARR, figurando como Agravante e Recorrente Mauricio Godinho Delgado
Intimado(s)/Citado(s):
- FUNDAÇÃO ESTADUAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006) HENRIQUE LUÍS HOESSLER - FEPAM
Mauricio Godinho Delgado - SAMUEL MAYNARD BERNINI
Ministro Relator
Processo Nº AIRR-1000444-66.2017.5.02.0704
Complemento Processo Eletrônico
Agravante(s) SERVIÇO FEDERAL DE Trata-se de embargos de declaração interpostos contra
PROCESSAMENTO DE DADOS
(SERPRO) decisão monocrática, por meio da qual se denegou seguimento a
Advogado Carlos Eduardo de Andrade(OAB: agravo de instrumento, com fulcro nos arts. 896-A, §§ 1º, 2º e 5º,
238224/SP)
Advogado Marianna de Paula Mesquita(OAB: da CLT c/c arts. 247, § 2º e 248, do RITST, tendo em vista a
234747/SP)
ausência de transcendência na causa objeto do apelo.
Advogado Aurélio Mendes de Oliveira Neto(OAB:
257822/SP) Sucede que, nos termos do art. 896-A, § 5º, da CLT, tal
Agravado(s) MARCOS DA SILVA
decisão ostenta caráter irrecorrível, o que torna inadmissíveis os
Advogado Aldrim Büttner Fialdini(OAB:
187020/SP) presentes embargos de declaração.
Agravado(s) DIVISA SEGURANÇA PRIVADA
LTDA. Não conheço, pois, dos embargos de declaração.
Publique-se.
Intimado(s)/Citado(s):
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
- DIVISA SEGURANÇA PRIVADA LTDA.
- MARCOS DA SILVA
- SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS
(SERPRO)
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
Ministro Relator
Ministro Relator
Por meio de petição, a Reclamada requer a desistência do
demonstrado o efetivo recebimento da comunicação pela parte. Manifestem-se ambas as partes, no prazo de 10 dias dias,
Publique-se. sobre a alegada transação, indicando, sobretudo, os temas objeto
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. dos agravos de instrumento os quais estariam prejudicados em
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006) Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s):
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
- CEMIG DISTRIBUIÇÃO S.A.
Mauricio Godinho Delgado
- JURANDIR DA PAZ ROCHA
Ministro Relator
Processo Nº ARR-0000652-25.2015.5.02.0482
Complemento Processo Eletrônico
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que Agravante(s), JOÃO PAULO DE SOUZA SANTANA
Agravado(a)(s) e
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da ''validade de Recorrente(s)
Advogado Alessandro Felipe Jerones(OAB:
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista'', tema cuja 147763/SP)
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido Agravante(s), RUMO MALHA PAULISTA S.A.
Agravado(a) e
determinada “a suspensão de todos os processos pendentes, Recorrido(s)
Advogado Elias Marques de Medeiros Neto(OAB:
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) 196655-A/SP)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do Agravado(s) e GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS
Recorrido(s) PATRIMONIAIS LTDA. - GERSEPA
CPC”, conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos Advogado Marcos Wengerkiewicz(OAB:
24555/PR)
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se. Intimado(s)/Citado(s):
Ministro Relator
Aguarde-se o julgamento.
Processo Nº AIRR-0010351-51.2016.5.18.0129 Publique-se.
Complemento Processo Eletrônico
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Agravante(s) SJC BIOENERGIA LTDA.
Advogado Marcelo Aparecido da Ponte(OAB:
224448/SP)
Advogado Alexandre Martins Vieira(OAB:
26283/GO) Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
Advogado Marcella de Faria Paes Leme
Balduino(OAB: 144076-A/MG) Mauricio Godinho Delgado
Agravado(s) PAULO SÉRGIO MARTINS FRANCO Ministro Relator
DOS SANTOS
Advogado Rodrigo Martins da Silva(OAB:
34413/GO) Processo Nº ARR-0025770-50.2014.5.24.0021
Complemento Processo Eletrônico
Intimado(s)/Citado(s): Agravante(s) e ANTÔNIO JURACI SOARES DE
Recorrente(s) ANDRADE
- PAULO SÉRGIO MARTINS FRANCO DOS SANTOS
Advogado José Carlos Manhabusco(OAB:
- SJC BIOENERGIA LTDA. 3310/MS)
Agravado(s) e SEARA ALIMENTOS LTDA.
Recorrido(s)
Advogada Renata Mouta Pereira Pinheiro(OAB:
12324/DF)
Advogado Osmar Paixão Côrtes(OAB: 15553-
Por meio de petição, a Reclamada relata a proximidade de A/DF)
Intimado(s)/Citado(s):
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
- ANTÔNIO JURACI SOARES DE ANDRADE
- SEARA ALIMENTOS LTDA. Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Processo Nº AIRR-0002355-04.2013.5.02.0080
Complemento Processo Eletrônico
Junte-se. Agravante(s) RAFAEL VICTOR VAAMONDE
LOVIAT
Considerando que não há nos autos nenhum despacho ou
Advogado André Luiz Plácido Ferrari(OAB:
decisão, recebo os embargos de declaração como pedido de 232489/SP)
Agravado(s) BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
reconsideração da determinação de suspensão do feito.
Advogado Vinicius Bernanos(OAB: 108949/RJ)
Pois bem. Advogado Vinícius Bernanos Santos(OAB:
309214/SP)
Tendo em vista a decisão proferida pelo Supremo Tribunal
Processo Nº AIRR-0011814-04.2016.5.03.0078
Processo Nº ARR-1001445-95.2016.5.02.0292 Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico Agravante(s) e TEIXEIRA E SANT'ANA
Agravante(s) e FUNDAÇÃO CENTRO DE Agravado(s) RECICLAGEM DE MATERIAIS LTDA.
Recorrido(s) ATENDIMENTO SÓCIOEDUCATIVO Advogado Cristiano Araújo Cateb(OAB:
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO 104687/MG)
CASA
Advogada Tatiana Araújo Cateb(OAB:
Advogado Nazário Cleodon de Medeiros(OAB: 138313/MG)
84809/SP)
Agravante(s) e PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA
Agravado(s) e ALVARO SENA DE OLIVEIRA Agravado(s)
Recorrente(s)
Advogado Guilherme Corrêa de Mesquita(OAB:
Advogado Danilo Uler Corregliano(OAB: 128583/MG)
291613/SP)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- PAULO CÉSAR DE OLIVEIRA
- ALVARO SENA DE OLIVEIRA
- TEIXEIRA E SANT'ANA RECICLAGEM DE MATERIAIS LTDA.
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SÓCIOEDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
Intimado(s)/Citado(s):
- ASSOCIAÇÃO EVANGÉLICA BENEFICENTE ESPÍRITO- Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
SANTENSE - AEBES
Ministro Relator
Processo Nº ARR-0020566-82.2015.5.04.0203
Complemento Processo Eletrônico Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
Agravante(s) e INTERNACIONAL INDÚSTRIA Mauricio Godinho Delgado
Recorrente(s) AUTOMOTIVA DA AMÉRICA DO SUL
LTDA. Ministro Relator
Advogado Fernando Leichtweis(OAB: 22071-
A/RS)
Processo Nº AIRR-0020289-44.2016.5.04.0781
Agravado(s) e CRISTIANO RICARDO PEDROTTI Complemento Processo Eletrônico
Recorrido(s)
Agravante(s) LACTALIS DO BRASIL - COMÉRCIO,
Advogado Cássia Dutra Teixeira(OAB: 69678/RS) IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE
LATICÍNIOS LTDA.
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Kleber Borges de Moura(OAB:
14012/DF)
- CRISTIANO RICARDO PEDROTTI
Agravado(s) ROBERTO CARLOS MERENCE
- INTERNACIONAL INDÚSTRIA AUTOMOTIVA DA AMÉRICA
DO SUL LTDA. Advogado Débora Schneider Fernandes(OAB:
73789/RS)
Agravado(s) SANTA RITA COMÉRCIO INDÚSTRIA
E REPRESENTAÇÕES LTDA.
Advogada Gislene Manfrin Mendonça(OAB:
125770/SP)
Aguarde-se o julgamento. Advogada Marina de Castro Carvalho Cury(OAB:
237625/SP)
Publique-se.
Ministro Relator
Processo Nº AIRR-0010605-20.2017.5.03.0060
Complemento Processo Eletrônico Concedo aos advogados subscritores da petição o prazo de
Agravante(s) VALE S.A. 10 (dez) dias para que comprovem a ciência da renúncia de
Advogado Nilton Correia(OAB: 1291/DF)
mandato pela Parte, nos termos do art. 112 do CPC/2015 (art. 45 do
Advogada Marina Martins da Costa(OAB:
150332/MG) CPC/1973), desservindo a esse fim a documentação anexada à
Agravado(s) ANTONIO GERALDO LACERDA
presente petição, porquanto não demonstrado o efetivo recebimento
Advogado Guilherme Tôrres(OAB: 121445/MG)
Advogado Julio Cesar Ribeiro(OAB: 131478/MG) da comunicação.
Publique-se.
Intimado(s)/Citado(s):
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
- ANTONIO GERALDO LACERDA
- VALE S.A.
Publique-se.
Intimado(s)/Citado(s):
Trata-se de pedido de reconsideração contra decisão - ELVIO MELLO DA SILVA
monocrática, por meio da qual se denegou seguimento a agravo de - POLIMETAL METALURGIA E PLÁSTICOS LTDA.
instrumento, com fulcro nos arts. 896-A, §§ 1º, 2º e 5º, da CLT c/c
Processo Nº AIRR-0000999-60.2018.5.12.0034
Complemento Processo Eletrônico
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
Agravante(s) SANDRO PEREIRA DOS SANTOS
Advogado Eduardo Carlin Kilian(OAB: 13890/SC) Mauricio Godinho Delgado
Agravado(s) CONSORCIO CONPESA / BTN Ministro Relator
Advogado Olavo Rigon Filho(OAB: 4117/SC)
Processo Nº AIRR-0101078-57.2016.5.01.0411
Intimado(s)/Citado(s): Complemento Processo Eletrônico
- CONSORCIO CONPESA / BTN Agravante(s) AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA.
- SANDRO PEREIRA DOS SANTOS Advogado Fábio Lira da Silva(OAB: 115211/RJ)
Agravado(s) JULIO CESAR COUTINHO VIEIRA
Advogada Márcia Pantoja Maia Santana(OAB:
135558/RJ)
Intimado(s)/Citado(s):
Concedo ao advogado do Reclamado o prazo de 10 (dez)
- AUTO VIAÇÃO 1001 LTDA.
dias para que comprove a ciência da renúncia de mandato, nos
- JULIO CESAR COUTINHO VIEIRA
termos do art. 112 do CPC/2015 (art. 45 do CPC/1973), desservindo
Publique-se.
Processo Nº AIRR-0021443-43.2015.5.04.0002
Complemento Processo Eletrônico Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006) agravo de instrumento, com fulcro nos arts. 896-A, §§ 1º, 2º e 5º,
Mauricio Godinho Delgado da CLT c/c arts. 247, § 2º e 248, do RITST, tendo em vista a
Intimado(s)/Citado(s):
- CERVEJARIA PETROPOLIS DE PERNAMBUCO LTDA Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
- JOAO ALBERTO GONCALVES DOS SANTOS Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Processo Nº AIRR-0012175-43.2017.5.03.0027
Complemento Processo Eletrônico
Concedo o prazo de 10 (dez) dias, para que o Reclamante se
Agravante(s) FCA - FIAT CRHYSLER
manifeste sobre o requerimento de retificação do pólo passivo AUTOMÓVEIS BRASIL LTDA.
Advogado José Eduardo Duarte Saad(OAB:
formulado pela Reclamada, a fim de que conste "CERVEJARIA 36634/SP)
PETRÓPOLIS S.A.", ao invés de "CERVEJARIA PETRÓPOLIS DE Agravado(s) PAULLO JUNIO MENDES
Advogado Fernando Augusto Neves
PERNAMBUCO LTDA." Laperriére(OAB: 65634/MG)
No silêncio, reautue-se como se requer.
Intimado(s)/Citado(s):
Publique-se.
- FCA - FIAT CRHYSLER AUTOMÓVEIS BRASIL LTDA.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. - PAULLO JUNIO MENDES
Processo Nº AIRR-1000663-63.2014.5.02.0323
Complemento Processo Eletrônico
Intimado(s)/Citado(s):
- CONSTRUTORA E DRAGAGEM PARAOPEBA LTDA
- DENILSON PIRES DE AGUIAR
Firmado por assinatura digital (Lei nº 11.419/2006)
- VIAMIX CONCRETO LTDA - EPP
Mauricio Godinho Delgado
Processo Nº AIRR-0011427-35.2016.5.15.0084
Complemento Processo Eletrônico Processo Nº ARR-0021777-53.2015.5.04.0204
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Agravante e Agravado GENERAL MOTORS DO BRASIL Pereira
LTDA.
Agravante, Agravado e MARCIO VUADEN
Advogada Dra. Ana Paula Fernandes Recorrente
Lopes(OAB: 203606/SP)
Advogado Dr. Rafael Mariath Bassuino(OAB:
Agravante e Agravado ANTONIO CELSO GARCIA 76305/RS)
Advogado Dr. Leonardo Augusto Nogueira de Advogada Dra. Luciana Bezerra de Almeida
Oliveira(OAB: 293580/SP) Bittencourt(OAB: 49955/RS)
Advogado Dr. André Luís de Paula(OAB: Agravante, Agravado e COMPANHIA RIOGRANDENSE DE
288135/SP) Recorrido SANEAMENTO - CORSAN
Processo Nº RR-0011251-55.2017.5.15.0073
Processo Nº AIRR-0020744-13.2015.5.04.0015
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Recorrente REVATI AGROPECUÁRIA LTDA. (EM
Agravante HOSPITAL NOSSA SENHORA DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
CONCEIÇÃO
Advogada Dra. Débora Ester Sobreira
Advogado Dr. Benoni Canellas Rossi(OAB: 43026 Figueiredo(OAB: 39528/BA)
-A/RS)
Advogado Dr. Jorge Miguel Mansur Filho(OAB:
Agravado MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA 299127/SP)
CONCEIÇÃO
Processo Nº AIRR-0012007-74.2015.5.03.0168
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- AUDINETH AGUIAR DOS SANTOS - ALESSANDRO ROGERIO LEITE DA SILVA
- BRASIL TELECOM CALL CENTER S/A - GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA.
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
Intimado(s)/Citado(s):
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja - CAMPO VERDE COMERCIO DE COMBUSTIVEIS LTDA
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido - LUCIANA MOREIRA E OUTROS
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, - NATALINO HEREDIA - EPP
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Publique-se. repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Mauricio Godinho Delgado autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Ministro Relator Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Processo Nº AIRR-0012392-80.2016.5.15.0094
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Agravante DIEGO NASCIMENTO SANTOS Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Adilson de Sousa Lemos(OAB: Ministro Relator
125433/SP)
Advogada Dra. Soyane Domingues Lemos(OAB:
313151-A/SP) Processo Nº ARR-0011323-66.2016.5.09.0001
Complemento Processo Eletrônico
Agravado VALEO SISTEMAS AUTOMOTIVOS
LTDA. Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Gustavo Sartori(OAB: 220186/SP) Agravante, Recorrente e MANOEL OTAVIO GRACIA DE
Recorrido ARAUJO
Advogado Dr. Mauro José Auache(OAB:
Intimado(s)/Citado(s): 17209/PR)
- DIEGO NASCIMENTO SANTOS Agravado, Recorrente e OI S.A. (EM RECUPERAÇÃO
- VALEO SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA. Recorrido JUDICIAL)
Advogado Dr. Indalécio Gomes Neto(OAB:
23465/PR)
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de Intimado(s)/Citado(s):
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
- MANOEL OTAVIO GRACIA DE ARAUJO
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
- OI S.A. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Publique-se.
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Mauricio Godinho Delgado
Publique-se.
Ministro Relator
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Processo Nº RR-0025704-77.2015.5.24.0072
Complemento Processo Eletrônico
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Mauricio Godinho Delgado
Recorrente CAMPO VERDE COMERCIO DE
COMBUSTIVEIS LTDA Ministro Relator
Advogado Dr. Walter José Martins Galenti(OAB:
173827/SP)
Processo Nº ARR-0011882-44.2016.5.03.0048
Recorrido LUCIANA MOREIRA E OUTROS Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Irani Ottoni(OAB: 6256/MS) Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Van Hanegam Donero(OAB: Agravante e Recorrido FAGUNDES CONSTRUÇÃO E
9835/MS) MINERAÇÃO S.A. E OUTRO
Recorrido NATALINO HEREDIA - EPP Advogado Dr. Roberto Pierri Bersch(OAB:
Advogado Dr. Sérgio Yarid(OAB: 28614/SP) 24484/RS)
Agravado e Recorrente FERNANDO GUILHERME DE
CASTRO MEIRA
Advogado Dr. Leonardo Guimarães Borges(OAB: Advogado Dr. Max Welington Torres Matheus
96681/MG) Dias(OAB: 99120/MG)
Advogada Dra. Nathália Mota Borges(OAB: Agravante e Agravado ANGLO AMERICAN MINÉRIO DE
157187/MG) FERRO BRASIL S.A.
Advogado Dr. Daniel Rivorêdo Vilas Boas(OAB:
Intimado(s)/Citado(s): 74368/MG)
Agravado ADRIANA ANUNCIACAO DE
- FAGUNDES CONSTRUÇÃO E MINERAÇÃO S.A. E OUTRO MENEZES CARVALHO
- FERNANDO GUILHERME DE CASTRO MEIRA Advogada Dra. Maria Inês Vasconcelos
Rodrigues de Oliveira Tonello(OAB:
61865/MG)
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
Intimado(s)/Citado(s):
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
- ADRIANA ANUNCIACAO DE MENEZES CARVALHO
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
- ANGLO AMERICAN MINÉRIO DE FERRO BRASIL S.A.
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
- MCA AUDITORIA E GERENCIAMENTO LTDA
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
- TETRA TECH DO BRASIL MINÉRIOS E METAIS LTDA.
Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
Mauricio Godinho Delgado
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
Ministro Relator
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
Publique-se.
Processo Nº AIRR-0020032-47.2016.5.04.0028
Complemento Processo Eletrônico Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante STEMAC SA GRUPOS GERADORES
Advogado Dr. Gustavo Juchem(OAB: 34421/RS) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Agravado RENAN SILVA DA SILVA Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Paulo de Freitas Soller(OAB: Ministro Relator
31309/RS)
Processo Nº AIRR-0020033-03.2014.5.04.0028
Intimado(s)/Citado(s): Complemento Processo Eletrônico
- RENAN SILVA DA SILVA Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
- STEMAC SA GRUPOS GERADORES Agravante e Agravado ALESSANDRO ACOSTA ROCHA
Advogado Dr. Gustavo Teiga(OAB: 68034/RS)
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que Advogado Dr. Alexandre Teiga(OAB: 66148/RS)
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de Agravante e Agravado ANDRADE GUTIERREZ
ENGENHARIA S.A.
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Advogado Dr. Henrique Jose da Rocha(OAB:
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido 36568-A/RS)
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) Intimado(s)/Citado(s):
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do - ALESSANDRO ACOSTA ROCHA
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos - ANDRADE GUTIERREZ ENGENHARIA S.A.
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se. Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Mauricio Godinho Delgado individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Ministro Relator e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Processo Nº AIRR-0011388-81.2016.5.03.0113 autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Complemento Processo Eletrônico
Publique-se.
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Agravante e Agravado MCA AUDITORIA E
GERENCIAMENTO LTDA
Advogado Dr. Mariana Soares Borges(OAB:
106918/MG) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Agravante e Agravado TETRA TECH DO BRASIL MINÉRIOS Mauricio Godinho Delgado
E METAIS LTDA.
Ministro Relator
Advogado Dr. Rodrigo de Abreu Amorim(OAB:
80789/MG)
Processo Nº ARR-0012761-11.2017.5.03.0050
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Complemento Processo Eletrônico
Mauricio Godinho Delgado Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Agravado e Recorrente HEULLER SILVA
Advogado Dr. Nasser Ahmad Allan(OAB:
Processo Nº AIRR-0021451-33.2014.5.04.0203 28820/PR)
Complemento Processo Eletrônico Agravante e Recorrido BANCO DO BRASIL S.A.
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Advogado Dr. Victor Santiago Vieira Costa(OAB:
181626/MG)
Agravante MÓVEIS NOVA SANTA RITA LTDA.
Advogada Dra. Agnes da Silva Pereira(OAB:
80399/RS) Intimado(s)/Citado(s):
Agravado ELISANGELA ANTÔNIO DOS - BANCO DO BRASIL S.A.
SANTOS
- HEULLER SILVA
Advogado Dr. Jacques Vianna Xavier
Processo Nº AIRR-0024056-61.2016.5.24.0061
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Complemento Processo Eletrônico
Mauricio Godinho Delgado Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Agravante CONSTRUTORA BRASILIA GUAIBA
LTDA - EM RECUPERACAO
JUDICIAL
Processo Nº ARR-0011475-34.2017.5.03.0135
Advogado Dr. Eduardo Cassiano Garay
Complemento Processo Eletrônico Silva(OAB: 10445/MS)
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravado SIDNEY DE SOUZA AZAMBUJA Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Marcos Arouca Pereira Mauricio Godinho Delgado
Malaquias(OAB: 10786/MS)
Ministro Relator
Agravado AGÊNCIA ESTADUAL DE GESTÃO
DE EMPREENDIMENTOS
Advogado Dr. Paulo José Dietrich(OAB: Processo Nº AIRR-0011327-33.2016.5.03.0143
9634/MS) Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Jader Roberto de Freitas(OAB: Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
9751/MS) Pereira
Agravante e Agravado ITAÚ UNIBANCO S.A.
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Marcos Caldas Martins
- AGÊNCIA ESTADUAL DE GESTÃO DE EMPREENDIMENTOS Chagas(OAB: 56526/MG)
- CONSTRUTORA BRASILIA GUAIBA LTDA - EM Advogado Dr. Mozart Victor Russomano
RECUPERACAO JUDICIAL Neto(OAB: 29340-A/DF)
- SIDNEY DE SOUZA AZAMBUJA Agravante e Agravado ALMAVIVA PARTICIPAÇÕES E
SERVIÇOS LTDA.
Advogada Dra. Pollyana Resende Nogueira do
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de Pinho(OAB: 120000/MG)
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED- Agravado DANIEL TREVIZANI LEIRAS
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do Advogado Dr. Osvaldo Tavares da Silva
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de Júnior(OAB: 104644/MG)
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- Advogado Dr. Thiago Domingos de
Bragança(OAB: 138552/MG)
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
Publique-se. Intimado(s)/Citado(s):
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
- ALMAVIVA PARTICIPAÇÕES E SERVIÇOS LTDA.
- DANIEL TREVIZANI LEIRAS
- ITAÚ UNIBANCO S.A.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
Ministro Relator
decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Publique-se.
Processo Nº AIRR-0020237-19.2014.5.04.0781
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante CONSÓRCIO UNIVIAS E OUTROS
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Guilherme Guimarães(OAB:
37672/RS) Alberto Bresciani
Agravado ILSOMAR PAULO DA CUNHA Ministro Relator
Advogada Dra. Susana Soares Daitx(OAB:
25453/RS)
Processo Nº AIRR-0011436-77.2016.5.03.0036
Advogada Dra. Vanilde de Bovi Peres(OAB: Complemento Processo Eletrônico
21413/RS)
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Agravado TONIOLO, BUSNELLO S.A. - TÚNEIS, Pereira
TERRAPLENAGENS E
PAVIMENTAÇÕES Agravante ITAÚ UNIBANCO S.A.
Advogado Dr. Júlio César Capela(OAB: Advogado Dr. Marcos Caldas Martins
86305/RS) Chagas(OAB: 56526/MG)
Agravado FRANCIELEN RAFAELA DA SILVA
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Flávio de Almeida Vale(OAB:
135603/MG)
- CONSÓRCIO UNIVIAS E OUTROS
Agravado ALMAVIVA PARTICIPAÇÕES E
- ILSOMAR PAULO DA CUNHA SERVIÇOS LTDA.
- TONIOLO, BUSNELLO S.A. - TÚNEIS, TERRAPLENAGENS E Advogada Dra. Pollyana Resende Nogueira do
PAVIMENTAÇÕES Pinho(OAB: 120000/MG)
Processo Nº AIRR-0052100-40.2009.5.09.0195
Processo Nº AIRR-0011443-05.2016.5.03.0025
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Agravante HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO Pereira
MULTIPLO
Agravante ITAÚ UNIBANCO S.A.
Advogado Dr. Mozart Victor Russomano
Neto(OAB: 29340/DF) Advogada Dra. Valéria Ramos Esteves de
Oliveira(OAB: 46178/MG)
Advogada Dra. Marissol Jesus Filla(OAB:
17245/PR) Agravado CATIA SILENE DE FREITAS
OLIVEIRA
Agravado AIRTON JOAO ZINHANI
Advogado Dr. Fabrício José Monteiro de Souza
Advogado Dr. Gerson Luiz Graboski de Costa(OAB: 134198/MG)
Lima(OAB: 15782/PR)
Agravado ALMAVIVA DO BRASIL
TELEMARKETING E INFORMÁTICA
Intimado(s)/Citado(s): S/A
Advogado Dr. Lucas Mattar Rios Melo(OAB:
- AIRTON JOAO ZINHANI 118263/MG)
- HSBC BANK BRASIL S.A. - BANCO MULTIPLO
Intimado(s)/Citado(s):
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de - ALMAVIVA DO BRASIL TELEMARKETING E INFORMÁTICA
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED- S/A
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do - CATIA SILENE DE FREITAS OLIVEIRA
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de - ITAÚ UNIBANCO S.A.
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. Aguarde-se, em Secretaria, a modulação, pelo STF, dos efeitos da
Publique-se. decisão proferida no RE-958252, com repercussão geral.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Conforme dispõe o inciso V do art. 76 do CPC, é dever da parte
Mauricio Godinho Delgado "declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o
Ministro Relator endereço residencial ou profissional onde receberão intimações,
atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer
Processo Nº AIRR-0100354-35.2016.5.01.0029 modificação temporária ou definitiva".
Complemento Processo Eletrônico No presente caso, em razão da petição de fls. 511/514-PE, na qual
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado os antigos patronos dos réus comunicam a renúncia ao mandato
Agravante PAULO HENRIQUE PERALVA anteriormente outorgado, foi determinada a intimação pessoal dos
CORDEIRO agravados, para que regularizassem sua representação processual
Advogado Dr. Maximiliano Kolbe Nowshadi (art. 76, caput, do CPC), conforme despacho de fls. 522-PE.
Santos(OAB: 25548/DF)
Encaminhada intimação postal para os demandados, não foi
Agravado CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
possível o cumprimento integral do comando judicial, uma vez que o
Advogada Dra. Marta Gorini Vieira(OAB:
111581/RJ) expediente enviado ao reclamado José Roberto de Raphael foi
Advogada Dra. Karine Volpato Galvani(OAB: devolvido pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos com a
214934/RJ) observação de ausência após três tentativas.
Considerando que é dever da parte manter, nos autos, regular sua
Intimado(s)/Citado(s):
representação processual e atualizados os seus registros (arts. 76 e
- CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF 77 do CPC) e, ainda, o entendimento consolidado na Súmula
- PAULO HENRIQUE PERALVA CORDEIRO 425/TST, determino a intimação do segundo reclamado, por edital,
para adequar sua representação processual, no prazo de cinco
Tendo em vista a determinação, pelo STF, de suspensão de todos dias, sob pena de aplicação das cominações previstas nos §§1º e 2º
os processos, individuais e coletivos, que versem sobre o tema 992 do art. 76 do CPC.
(RE 960.429/RN, Rel. Min. Gilmar Mendes), abrangendo a Publique-se.
competência para exame de preterição de candidato aprovado em Brasília, 20 de fevereiro de 2020.
concurso público por trabalhadores terceirizados, conforme julgados
do STF (RCL 32986, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe
25.0.2019, ARE 1156335, Rel. Min. Edson Fachin, DJe 25/3/2019; Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Rcl 33147, Rel. Min. Alexandre de Moraes, DJe 18/2/2019; Rcl Alberto Bresciani
32831 MC, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 8/3/2019) e do TST (AIRR- Ministro Relator
1283-04.2015.5.17.0012, Rel. Min. Maria Cristina Peduzzi, DEJT
02/04/2019; Ag-AIRR-11281-93.2016.5.03.0062, Rel. Mi. Kátia Processo Nº AIRR-1001188-93.2016.5.02.0252
Arruda, DEJT de 15/05/2019; ED-Ag-RR-1238-60.2013.5.21.0011, Complemento Processo Eletrônico
Rel. Min. Renato de Lacerda Paiva, DEJT 04/04/2019). , mantenha- Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
se suspenso o presente feito, remetendo-se os autos à Secretaria Agravante USINAS SIDERURGICAS DE MINAS
da 3ª Turma, até ulterior determinação. GERAIS S/A. USIMINAS
Publique-se. Advogado Dr. Nelson Wilians Fratoni
Rodrigues(OAB: 128341/SP)
Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
Agravado ALAN PEREIRA DE CASTRO
Advogada Dra. Cristina Borges da Costa(OAB:
321021/SP)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Intimado(s)/Citado(s):
Ministro Relator - ALAN PEREIRA DE CASTRO
- USINAS SIDERURGICAS DE MINAS GERAIS S/A. USIMINAS
Processo Nº AIRR-1000460-06.2016.5.02.0720
Complemento Processo Eletrônico Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
Pereira
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Agravante THIAGO ANTUNES CAVALCA REIS
LOBO repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Advogada Dra. Sueny Andréa Oda(OAB: determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
162354/SP) individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Agravado TWICE 360 PROPAGANDA E e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
PUBLICIDADE LTDA.
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Agravado JOSE ROBERTO DE RAPHAEL
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Agravado DE RAPHAEL & ASSOCIADOS LTDA
- EPP Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s):
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema - MERCEDES-BENZ DO BRASIL LTDA.
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502. individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Publique-se. e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Brasília, 12 de fevereiro de 2020.
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Processo Nº AIRR-1000488-05.2017.5.02.0472 Mauricio Godinho Delgado
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante GENERAL MOTORS DO BRASIL Processo Nº ED-RR-1000501-63.2017.5.02.0032
LTDA. Complemento Processo Eletrônico
Advogada Dra. Clarisse de Souza Rozales(OAB: Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
389409/SP)
Embargante FUNDAÇÃO CENTRO DE
Agravado OTNIEL LEMES DO PRADO ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO
Advogado Dr. André Sandro Pedrosa(OAB: AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
219680/SP) CASA
Procuradora Dra. Angela Maria da Conceição Silva
Intimado(s)/Citado(s): Embargado MARIA DAS GRACAS GOMES
BATISTA
- GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA.
Advogado Dr. William Moura de Souza(OAB:
- OTNIEL LEMES DO PRADO 328453/SP)
Advogado Dr. Wagner Lucio Batista(OAB:
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que 287731/SP)
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
Intimado(s)/Citado(s):
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido - FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SÓCIO-
EDUCATIVO AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
- MARIA DAS GRACAS GOMES BATISTA
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Tendo em vista a interposição de embargos de declaração pela
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Reclamada, com pedido de efeito modificativo, concedo vista à
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
parte contrária, para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco)
Publique-se.
dias após a publicação.
Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
Publique-se.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- ATACADÃO - BANCO BRADESCO S.A.
- IRMÃOS PORFÍRIO LTDA. - JEFERSON DE OLIVEIRA BUENO
- ROSELI FLORIPES DA SILVA
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED- ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. Publique-se.
Publique-se. Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s):
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
- BETA CLEAN & SERVICE LTDA.
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
- MARIA EDITE DE BARROS
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) Publique-se.
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Advogada Dra. Mariana Lima Martins(OAB: Agravado e Recorrido ATENTO BRASIL S.A.
263158/SP) Advogado Dr. Ivan Carlos de Almeida(OAB:
Advogado Dr. Pedro Pezzini Siqueira de 173886/SP)
Menezes(OAB: 218656/RJ) Agravado e Recorrido BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
Advogado Dr. Bernardo Jose Normanha Advogada Dra. Maria Aparecida Alves(OAB:
Ribeiro(OAB: 23210-A/GO) 71743/SP)
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- MARCIA PRETO FORNARI LAGATTA - ATENTO BRASIL S.A.
- VOITH HYDRO LTDA - BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A.
- LUCAS GONCALVES ALVES
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED- Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
Publique-se. 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
Brasília, 21 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- MARIVALDO LOPES DOS SANTOS - SETE LAGOAS TRANSPORTES LTDA
- VOLKSWAGEN DO BRASIL INDÚSTRIA DE VEÍCULOS - TIAGO FRANCISCO PEREIRA
AUTOMOTORES LTDA.
Processo Nº AIRR-1000671-80.2018.5.02.0717
Processo Nº ARR-1000611-49.2017.5.02.0004 Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Agravante CLARO S.A.
Agravante e Recorrente LUCAS GONCALVES ALVES Advogada Dra. Alessandra Felice dos Santos
Advogada Dra. Eliana São Leandro Percequillo(OAB: 152493/SP)
Nóbrega(OAB: 278019/SP)
Processo Nº ARR-1000345-34.2018.5.02.0002
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Agravante e Recorrente CONDOMÍNIO SHOPPING CIDADE Mauricio Godinho Delgado
JARDIM Ministro Relator
Advogada Dra. Luciana Arduin Fonseca(OAB:
143634/SP)
Processo Nº ARR-1002359-19.2016.5.02.0468
Agravado e Recorrido ELISEU BATISTA DE FREITAS Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Kleber José Stocco(OAB: Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
320303/SP)
Agravante e Recorrente INTERNATIONAL INDÚSTRIA
Agravado e Recorrido EMBRASE EMPRESA BRASILEIRA AUTOMOTIVA DA AMÉRICA DO SUL
DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA.
LTDA.
Advogado Dr. Rudolf Erbert(OAB: 54070/SP)
Advogado Dr. Thiago Bressani Palmieri(OAB:
207753/SP) Advogado Dr. Alan Erbert(OAB: 192854/SP)
Agravado e Recorrido EDVALDO DE OLIVEIRA
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Gilmar Luís Castilho Cunha(OAB:
111293/SP)
- CONDOMÍNIO SHOPPING CIDADE JARDIM
- ELISEU BATISTA DE FREITAS
Intimado(s)/Citado(s):
- EMBRASE EMPRESA BRASILEIRA DE SEGURANÇA E
VIGILÂNCIA LTDA. - EDVALDO DE OLIVEIRA
- INTERNATIONAL INDÚSTRIA AUTOMOTIVA DA AMÉRICA
DO SUL LTDA.
Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Publique-se.
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Publique-se.
Mauricio Godinho Delgado
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Ministro Relator
Processo Nº RR-1000473-83.2018.5.02.0445
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogada Dra. Suzi Werson Mazzucco(OAB: Advogado Dr. Valdir da Silva Torres(OAB:
113755/SP) 321212/SP)
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- AGNALDO DIONIZIO SILVA - MARCELO DONIZETE VASCONCELOS
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO - VOLKSWAGEN DO BRASIL INDÚSTRIA DE VEÍCULOS
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA AUTOMOTORES LTDA.
Versando o recurso de revista sobre o tema "Fundação Casa - Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
adicional de periculosidade - exposição ao risco de violência física", aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
determino a suspensão do presente feito e a remessa dos autos à norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Secretaria da 3ª Turma, até deliberação, pela SBDI1 Plena, acerca repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
de matéria idêntica à constante do processo nº TST-IRR-1001796- determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
60.2014.5.02.0382, em tramitação sob o rito de Incidente de individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Recursos de Revista e Embargos à SBDI1 Repetitivos, nos termos e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
dos arts. 896-C da CLT e 5º da Instrução Normativa nº 38/2015. CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Publique-se. autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Processo Nº ARR-1001672-17.2017.5.02.0465
Complemento Processo Eletrônico Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Recorrente VOLKSWAGEN DO BRASIL Ministro Relator
INDÚSTRIA DE VEÍCULOS
AUTOMOTORES LTDA.
Processo Nº RR-1000093-19.2018.5.02.0006
Advogada Dra. Ana Cristina Grau Gameleira Complemento Processo Eletrônico
Werneck(OAB: 88982/RJ)
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Recorrido MARCELO DONIZETE
VASCONCELOS
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
Mauricio Godinho Delgado possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
Ministro Relator ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Publique-se. CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Brasília, 21 de fevereiro de 2020. autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Processo Nº ARR-1000155-45.2018.5.02.0043 Ministro Relator
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Processo Nº ARR-1000309-66.2018.5.02.0042
Agravante, Agravado e MARTA BORTOLOTO PEREIRA Complemento Processo Eletrônico
Recorrente Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Carlos Daniel Gomes Toni(OAB: Agravante e Recorrente PRICE DISTRIBUIDORA DE
187742-D/SP) VEICULOS LTDA
Advogado Dr. Kiyomori André Galvão Mori(OAB: Advogado Dr. Sergio Gonini Benicio(OAB:
170258/SP) 195470-A/SP)
Advogado Dr. Leandro Mazoca(OAB: 337633/SP) Agravado e Recorrido GERSON GOMES DOS SANTOS
Agravante, Agravado e GLOBO COMUNICAÇÃO E Advogado Dr. Raquel de Souza Trindade(OAB:
Recorrido PARTICIPAÇÕES S.A. 183204/SP)
Advogado Dr. Nelson Mannrich(OAB: 36199/SP)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- GERSON GOMES DOS SANTOS
- GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. - PRICE DISTRIBUIDORA DE VEICULOS LTDA
- MARTA BORTOLOTO PEREIRA
possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED- - ELSON DE ASSUNCAO NOVAES
ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do - GENERAL MOTORS DO BRASIL LTDA.
Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
Publique-se. norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Brasília, 21 de fevereiro de 2020. repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Mauricio Godinho Delgado CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Ministro Relator autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se.
Processo Nº AIRR-1000987-15.2016.5.02.0022 Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante MARCIA BATISTA DOS SANTOS Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogada Dra. Dejair Passerine da Silva(OAB: Mauricio Godinho Delgado
55226/SP) Ministro Relator
Agravado PRO CARE SERVICOS DE SAUDE
LTDA
Advogado Dr. Luiz Eduardo Amaral de Processo Nº RR-1002104-64.2017.5.02.0003
Mendonça(OAB: 187146/SP) Complemento Processo Eletrônico
Agravado MULTISA COOPERATIVA DE Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
TRABALHO EM SAUDE Recorrente FÁBIO DA SILVA SANTOS
Advogado Dr. Leandro de Arantes Basso(OAB: Advogado Dr. Carlos Augusto Galan
166886/SP) Kalybatas(OAB: 103577-A/SP)
Recorrido EMPREENDIMENTO RAPOSO
Intimado(s)/Citado(s): SHOPPING
- MARCIA BATISTA DOS SANTOS Recorrido EMPRESA BRASILEIRA DE
SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA. -
- MULTISA COOPERATIVA DE TRABALHO EM SAUDE EMBRASE
- PRO CARE SERVICOS DE SAUDE LTDA Advogado Dr. Thiago Bressani Palmieri(OAB:
207753-A/SP)
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que Recorrido MAIRARE RESERVA RAPOSO
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de Advogado Dr. Rodrigo de Barros Vedana(OAB:
160341-A/SP)
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Recorrido RECKITT BENCKISER (BRASIL)
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido PARTICIPAÇÕES LTDA.
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, Advogado Dr. Alexandre Lauria Dutra(OAB:
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) 157840/SP)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Intimado(s)/Citado(s):
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. - EMPREENDIMENTO RAPOSO SHOPPING
Publique-se. - EMPRESA BRASILEIRA DE SEGURANÇA E VIGILÂNCIA
LTDA. - EMBRASE
Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
- FÁBIO DA SILVA SANTOS
- MAIRARE RESERVA RAPOSO
- RECKITT BENCKISER (BRASIL) PARTICIPAÇÕES LTDA.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
Ministro Relator
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
"custas processuais - condenação - beneficiário de justiça gratuita -
Processo Nº ARR-1000055-61.2018.5.02.0473
art. 844, §§ 2º e 3º, da CLT, inseridos pela Lei 13.467/2018", haja
Complemento Processo Eletrônico
vista a tramitação de incidente de inconstitucionalidade no processo
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
nº RR-1001149-75.2018.5.02.0010 no âmbito da 3ª Turma do TST.
Agravante e Recorrente GENERAL MOTORS DO BRASIL
LTDA. Publique-se.
Advogada Dra. Ana Paula Paniagua Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
Etchalus(OAB: 37678/RS)
Advogado Dr. José Pedro Pedrassani(OAB:
40907/RS)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Agravado e Recorrido ELSON DE ASSUNCAO NOVAES
Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Giovanni César Marquez
Mileo(OAB: 298329/SP) Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
ALEXANDRE AGRA BELMONTE aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
Ministro Relator norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Processo Nº AIRR-0101813-81.2016.5.01.0026
Complemento Processo Eletrônico individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Agravante UNIÃO (PGU) CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Procuradora Dra. Giovanna De Piro Vianna autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Agravado CARLOS BERNARDO DA SILVA Publique-se.
Advogado Dr. Ricardo Argento da Costa(OAB: Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
150814/RJ)
Agravado ROTA SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA
LTDA.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogada Dra. Rogéria Reni Pinto Garcia
Menezes(OAB: 132957/RJ) Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s):
- CARLOS BERNARDO DA SILVA Processo Nº AIRR-1000823-24.2018.5.02.0008
Complemento Processo Eletrônico
- ROTA SERVIÇOS DE VIGILÂNCIA LTDA.
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
- UNIÃO (PGU)
Agravante COMPANHIA DO METROPOLITANO
DE SÃO PAULO - METRÔ
Encaminhem-se os autos ao Ministério Público do Trabalho para Advogada Dra. Alice Siqueira Peu Montans de
emissão de parecer. Sá(OAB: 268364/SP)
Publique-se. Advogado Dr. João Batista Pinheiro Júnior(OAB:
249155/SP)
Brasília, 11 de fevereiro de 2020.
Agravado SOLANGE DE MELO
Advogado Dr. Jefferson Leonardo Alves Nobile de
Gerard Rechilling e Blasmond(OAB:
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) 315314/SP)
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Intimado(s)/Citado(s):
- COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO -
METRÔ
Processo Nº ARR-1002038-95.2015.5.02.0313
Complemento Processo Eletrônico - SOLANGE DE MELO
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Recorrente Y.S.O. Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja "honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
Publique-se. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se. Publique-se.
Brasília, 21 de fevereiro de 2020. Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s):
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de - BRIDGESTONE DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja - ILDERLAN SANTANA DA SILVA
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Publique-se. individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Publique-se.
Mauricio Godinho Delgado Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Ministro Relator
Processo Nº ARR-1001475-93.2018.5.02.0605
Processo Nº ARR-1001740-54.2016.5.02.0609
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Recorrente WALLISON SILVA DE MIRANDA
Agravante e Recorrente ANGELA MARIA DE OLIVEIRA
Advogado Dr. Ricardo Sanches Guilherme(OAB:
Advogada Dra. Suzi Werson Mazzucco(OAB: 180694/SP)
113755/SP)
Advogada Dra. Renata Sanches Guilherme(OAB:
Agravado e Recorrido FUNDAÇÃO CENTRO DE 232686/SP)
ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO
AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO Agravado e Recorrido TELEMONT ENGENHARIA DE
CASA-SP TELECOMUNICAÇÕES S.A.
Advogada Dra. Priscilla Della Lakis Advogado Dr. Sérgio Carneiro Rosi(OAB:
Nóbrega(OAB: 248687/SP) 71639/MG)
Advogado Dr. Denis de Lima Sabbag(OAB: Agravado e Recorrido TELEFÔNICA BRASIL S.A.
186324/SP) Advogado Dr. Nelson Wilians Fratoni
Rodrigues(OAB: 128341/SP)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº AIRR-1000006-71.2019.5.02.0089
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Complemento Processo Eletrônico
Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Agravante COMPANHIA DO METROPOLITANO
DE SÃO PAULO - METRÔ
Advogado Dr. Joao Batista Pinheiro Junior(OAB: Processo Nº ARR-1000109-53.2017.5.02.0314
249155-A/SP) Complemento Processo Eletrônico
Agravado VALMIR LUIZ DE SOUZA Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Gerson Goncalves Amador(OAB: Agravante e Recorrente GOL LINHAS AÉREAS S.A.
263621-A/SP)
Advogado Dr. Osmar Mendes Paixão
Côrtes(OAB: 15553/DF)
Intimado(s)/Citado(s): Agravado e Recorrido MAXIMILIANO ALMEIDA ROSA
- COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO - Advogada Dra. Andréa Vianna Nogueira(OAB:
METRÔ 183299/SP)
- VALMIR LUIZ DE SOUZA
Intimado(s)/Citado(s):
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que - GOL LINHAS AÉREAS S.A.
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de - MAXIMILIANO ALMEIDA ROSA
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019. individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Publique-se. e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Processo Nº RR-1001447-85.2017.5.02.0080 Mauricio Godinho Delgado
Complemento Processo Eletrônico Ministro Relator
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Recorrente e Recorrido ÉRICA LISBOA DOS SANTOS
Processo Nº ED-RR-1000785-17.2016.5.02.0320
Advogado Dr. Paulo Roberto de Oliveira Complemento Processo Eletrônico
Conceição(OAB: 156343/SP)
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Recorrente e Recorrido UNIMED DO ESTADO DE SÃO Pereira
PAULO - FEDERAÇÃO ESTADUAL
DAS COOPERATIVAS MÉDICAS Embargante FUNDAÇÃO CENTRO DE
ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO
Advogado Dr. Renato Sauer Colauto(OAB: AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO
209981/SP) CASA
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SÓCIO- - A.P.F.
EDUCATIVO AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA - B.B.S.
- ROMULO BARBOSA GONÇALVES - C.P.F.B.B.-.P.
Diante dos embargos de declaração opostos, nos quais se postula a Ficam as partes intimadas do despacho/acórdão, o qual está à
concessão de efeito modificativo ao julgado, dê-se vista ao disposição na Unidade Publicadora.
embargado, por cinco dias, para que ofereça suas razões,
querendo.
Processo Nº AIRR-0102310-09.2017.5.01.0205
Decorrido o prazo, conclusos. Complemento Processo Eletrônico
Publique-se. Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Brasília, 13 de fevereiro de 2020. Agravante PETROBRAS TRANSPORTE S.A. -
TRANSPETRO
Advogado Dr. Fernando Morelli Alvarenga(OAB:
86424/RJ)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Agravado PAULO SERGIO CARDOSO DA
Alberto Bresciani SILVA
Ministro Relator Advogada Dra. Roberta Dumani Pessanha(OAB:
123671/RJ)
Processo Nº AIRR-0101831-07.2016.5.01.0284 Advogada Dra. Danielle da Motta Azevedo(OAB:
130147/RJ)
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Intimado(s)/Citado(s):
Agravante EXPRO DO BRASIL SERVICOS LTDA
Advogado Dr. Domingos Antonio Fortunato - PAULO SERGIO CARDOSO DA SILVA
Netto(OAB: 146310-S/RJ) - PETROBRAS TRANSPORTE S.A. - TRANSPETRO
Agravado BRUNO DE ANDRADE SIQUEIRA
MELO MAIA
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
Advogado Dr. Leandro Abdalla Miranda(OAB:
177776/RJ) aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Intimado(s)/Citado(s): repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
- BRUNO DE ANDRADE SIQUEIRA MELO MAIA determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
- EXPRO DO BRASIL SERVICOS LTDA individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
Publique-se.
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Mauricio Godinho Delgado
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Ministro Relator
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se.
Brasília, 11 de fevereiro de 2020. Processo Nº RR-0126100-38.2006.5.01.0001
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Recorrente VRG LINHAS AÉREAS S.A.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Advogado Dr. Osmar Mendes Paixão
Mauricio Godinho Delgado Côrtes(OAB: 15553/DF)
Ministro Relator Advogado Dr. Celso Luís Stevanatto(OAB:
160451/RJ)
Processo Nº AIRR-0104100-13.2009.5.04.0403 Advogada Dra. Ana Carolina de Araújo
Borges(OAB: 164174/RJ)
Complemento Processo Eletrônico
Recorrido VALERIA MEDEIROS MOREIRA
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Sebastião José da Motta(OAB:
Recorrente C.P.F.B.B.-.P. 68427/RJ)
Advogado Dr. Cláudio Dias de Castro(OAB: Recorrido VARIG LOGÍSTICA S.A. (EM
32361/RS) RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
Recorrente B.B.S. Advogado Dr. Marcelo Costa Mascaro
Nascimento(OAB: 112436/RJ)
Processo Nº ARR-1000741-30.2018.5.02.0319
Processo Nº RR-1001455-46.2018.5.02.0074
Complemento Processo Eletrônico Processo Nº RR-1000011-91.2019.5.02.0316
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Recorrente ANDRE OLIVEIRA DOS SANTOS
Recorrente JIORDANY MENDES DOS SANTOS
Advogado Dr. Karina Lemos Di Próspero(OAB:
218607/SP) Advogado Dr. José Arthur Di Prospero
Júnior(OAB: 181183/SP)
Recorrido SUPERMERCADOS MAMBO LTDA.
Advogado Dr. Karina Lemos Di Próspero(OAB:
Advogado Dr. Heraldo Jubilut Júnior(OAB: 218607/SP)
23812/SP)
Recorrido LUA NOVA IND E COMERCIO DE
PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA
Intimado(s)/Citado(s): Advogado Dr. Luiz Felício Jorge(OAB:
- ANDRE OLIVEIRA DOS SANTOS 180389/SP)
- SUPERMERCADOS MAMBO LTDA. Advogada Dra. Sílvia Rebello Monteiro(OAB:
215930/SP)
Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Processo Nº RR-1000266-67.2018.5.02.0386 Ministro Relator
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Processo Nº AIRR-1001684-71.2016.5.02.0463
Recorrente HELEN FERNANDA DE JESUS Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Sílio Alcino Jatubá(OAB: Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
88649/SP) Agravante TERMOMECÂNICA SÃO PAULO S.A.
Recorrido VIA VAREJO S.A. Advogado Dr. Gustavo Granadeiro
Advogado Dr. Décio Flávio Gonçalves Torres Guimarães(OAB: 149207/SP)
Freire(OAB: 191664/SP) Agravado ELANDIO FERREIRA LEITE
Advogado Dr. Aurélio Alexandre Steimber Pereira
Intimado(s)/Citado(s): Okada(OAB: 177014/SP)
- HELEN FERNANDA DE JESUS
- VIA VAREJO S.A. Intimado(s)/Citado(s):
- ELANDIO FERREIRA LEITE
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que - TERMOMECÂNICA SÃO PAULO S.A.
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502. e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Publique-se. CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se.
Brasília, 11 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Processo Nº RR-1000869-03.2018.5.02.0076 Ministro Relator
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Processo Nº RR-1001250-25.2018.5.02.0039
Recorrente LARISSA SILVA SANTOS Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Alberto Yerevan Chamlian Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Filho(OAB: 208323/SP) Recorrente e Recorrido VERZANI & SANDRINI
Advogado Dr. Alexandre Carlos Giancoli ADMINISTRAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
Filho(OAB: 206321/SP) EFETIVA LTDA.
Advogado Dr. Diego Augusto Silva e Advogado Dr. Marcelo Tostes de Castro
Oliveira(OAB: 210778/SP) Maia(OAB: 63440/MG)
Recorrido HIPER SORRISO - EIRELI - EPP Advogado Dr. Rafael Good God Chelotti(OAB:
139387/MG)
Advogado Dr. Paulo Belarmino Cristóvão(OAB:
130043/SP) Recorrente e Recorrido JEAN DE SOUZA SANTOS
Advogado Dr. Eduardo Tofoli(OAB: 133996/SP)
Intimado(s)/Citado(s):
- HIPER SORRISO - EIRELI - EPP Intimado(s)/Citado(s):
- LARISSA SILVA SANTOS - JEAN DE SOUZA SANTOS
- VERZANI & SANDRINI ADMINISTRAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
EFETIVA LTDA.
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502. qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
Publique-se. da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Publique-se.
Mauricio Godinho Delgado Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Ministro Relator
Processo Nº ARR-1000696-29.2018.5.02.0318
Complemento Processo Eletrônico Processo Nº RR-1001421-21.2016.5.02.0081
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Agravante e Recorrente FATIMA APARECIDA DA SILVA
Recorrente FABIANA GAMBETA AUGUSTO
Advogado Dr. Wagner de Souza Santiago(OAB: FEITOSA
272779/SP)
Advogada Dra. Marisa Regazzini dos Santos
Agravado e Recorrido FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO Faganello(OAB: 123359/SP)
POPULAR - FURP
Advogado Dr. Alexandre Ferrari Faganello(OAB:
Advogado Dr. Alexandre César Faria(OAB: 130193/SP)
144895/SP)
Recorrido CHOCOLATES GAROTO SA E
OUTRA
Intimado(s)/Citado(s):
Advogado Dr. Rui Nogueira Paes Caminha
- FATIMA APARECIDA DA SILVA Barbosa(OAB: 274876/SP)
- FUNDAÇÃO PARA O REMÉDIO POPULAR - FURP
Intimado(s)/Citado(s):
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que - CHOCOLATES GAROTO SA E OUTRA
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema - FABIANA GAMBETA AUGUSTO FEITOSA
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
"honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça "honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502. processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
Publique-se. Publique-se.
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº RR-1001248-38.2017.5.02.0444
Processo Nº AIRR-1000525-10.2017.5.02.0059
Complemento Processo Eletrônico
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Recorrente EDISON DE SOUSA
Agravante COMPANHIA DO METROPOLITANO
DE SÃO PAULO - METRÔ Advogado Dr. Miguel Ricardo Gatti Calmon
Nogueira da Gama(OAB: 68383-D/SP)
Advogada Dra. Alice Siqueira Peu Montans de
Sá(OAB: 268364/SP) Recorrido COMPANHIA PIRATININGA DE
FORÇA E LUZ
Agravado DANIELA AMORIM ROCHA
Advogado Dr. Gustavo Sartori(OAB: 220186-
Advogado Dr. Jefferson Leonardo Alves Nobile de A/SP)
Gerard Rechilling e Blasmond(OAB:
315314/SP) Advogado Dr. Veridiana Moreira Police(OAB:
155838-A/SP)
Intimado(s)/Citado(s):
Intimado(s)/Citado(s):
- COMPANHIA DO METROPOLITANO DE SÃO PAULO -
METRÔ - COMPANHIA PIRATININGA DE FORÇA E LUZ
- DANIELA AMORIM ROCHA - EDISON DE SOUSA
Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma, para que Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
determinada "a suspensão de todos os processos pendentes, Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046) 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do Publique-se.
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos Brasília, 21 de fevereiro de 2020.
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Publique-se.
Brasília, 21 de fevereiro de 2020. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator
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Mauricio Godinho Delgado Processo Nº ARR-1001386-21.2017.5.02.0083
Ministro Relator Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Alberto Luiz Bresciani de Fontan
Pereira
Processo Nº AIRR-1002199-13.2016.5.02.0009
Agravante e Recorrido JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO
Complemento Processo Eletrônico
Advogado Dr. Emmerson Ornelas Forganes(OAB:
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado 143531/SP)
Agravante BV FINANCEIRA S.A. - CRÉDITO, Agravado e Recorrente PEDRO ALEXANDRINO NETO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
E OUTRO Advogada Dra. Valéria Sabino Rossetto(OAB:
255360/SP)
Advogado Dr. Fernando Sartori Zarif(OAB:
235389/SP)
Intimado(s)/Citado(s):
- JOCKEY CLUB DE SÃO PAULO Intimado(s)/Citado(s):
- PEDRO ALEXANDRINO NETO - LEYA EDICOES EDUCACIONAL LTDA.
- THAIS HELENA FERNANDES OMETTO
Diante do despacho exarado pelo Exmº Ministro Gilmar Mendes nos
autos do ARE 1.121.633/GO, em que determinada a suspensão de Aguardem os autos na Secretaria da 3ª Turma, em função de
todos os processos que versem sobre a validade de norma coletiva possível nova interpretação do tema julgado pelo TST no ED-ED-
que restringe ou suprime direito trabalhista não assegurado ArgInc-479-60.2011.5.04.0231, a par de novos julgados do
constitucionalmente [Tema 1.046], encaminhem-se os autos à Supremo Tribunal Federal acerca da matéria, conforme certidão de
Secretaria da Eg. 3ª Turma, até a solução final que vier a ser Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156-
adotada pelo Supremo Tribunal Federal. 26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019.
Publique-se. Publique-se.
Brasília, 13 de fevereiro de 2020. Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
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Alberto Bresciani Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s):
Versando o recurso de revista sobre o tema "Fundação Casa - - ALBERIO JOSE DOS SANTOS PAIVA
adicional de periculosidade - exposição ao risco de violência física", - REQUINTE PAES E DOCES LTDA
determino a suspensão do presente feito e a remessa dos autos à
Secretaria da 3ª Turma, até deliberação, pela SBDI1 Plena, acerca Encaminhem-se os autos à Secretaria da 3ª Turma para que
de matéria idêntica à constante do processo nº TST-IRR-1001796- aguardem suspensos, porquanto o presente feito trata do tema
60.2014.5.02.0382, em tramitação sob o rito de Incidente de "honorários advocatícios sucumbenciais - beneficiário da justiça
Recursos de Revista e Embargos à SBDI1 Repetitivos, nos termos gratuita - art. 791-A, § 4º, da CLT, incluído pela Lei 13.467/2017", o
dos arts. 896-C da CLT e 5º da Instrução Normativa nº 38/2015. qual se encontra sobrestado no âmbito do Tribunal Pleno, em face
Publique-se. da arguição de inconstitucionalidade do aludido preceito de lei no
Brasília, 27 de fevereiro de 2020. processo nº TST-ArgInc-10378-28.2018.5.03. 0114, tendo sido
também suscitada no âmbito da 3ª Turma do TST, nos autos do
processo nº TST-RR-1000228-95.2018.5.02.0502.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Publique-se.
Mauricio Godinho Delgado Brasília, 27 de fevereiro de 2020.
Ministro Relator
Intimado(s)/Citado(s):
Processo Nº RR-1000081-23.2019.5.02.0603
Complemento Processo Eletrônico - DELTA SERVICE LOGISTIC LINE LTDA
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado - DELTA X TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO LTDA. - EPP
Recorrente ALBERIO JOSE DOS SANTOS PAIVA - EDITORA GLOBO S.A.
Advogada Dra. Stela Rodighiero Paciléo(OAB: - EMPRESA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E
249297/SP) COMUNICAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO - PRODAM-SP
S.A.
Advogada Dra. Sandra Rodighiero Paciléo(OAB:
205824/SP) - FUNDO DE ASSISTENCIA A CRIANCA
Recorrido REQUINTE PAES E DOCES LTDA - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS NATURA LTDA.
Advogado Dr. Francisco Manoel Gomes - MARISA LOJAS S.A.
Curi(OAB: 104981/SP) - MEIRI MASSUMI OGIHARA
Advogado Dr. Juliana Lacerda da Silva(OAB: - POSTAL MIGUEL STEFANO LTDA
228102/SP)
- PROCARTA SERVIÇOS DE INFORMÁTICA LTDA.
Sessão da 3ª Turma nos autos do TST-AIRR-156- aguardem suspensos, porquanto o recurso trata da "validade de
26.2017.5.13.0027, de 16 de outubro de 2019. norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
Publique-se. repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
Mauricio Godinho Delgado autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Ministro Relator Publique-se.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Processo Nº ED-RR-0000007-98.2016.5.17.0012
Complemento Processo Eletrônico
Relator Min. Mauricio Godinho Delgado Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Embargante MARCOSSUEL ALVES DOS REIS Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Esmeraldo Augusto Lucchesi Ministro Relator
Ramacciotti(OAB: 232/ES)
Advogado Dr. Luna Oliveira Lucchesi
Ramacciotti(OAB: 20532-A/ES) Processo Nº AIRR-0000166-91.2013.5.04.0017
Complemento Processo Eletrônico
Embargado PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
PETROBRAS Relator Min. Mauricio Godinho Delgado
Advogado Dr. Augusto Carlos Lamego Agravante LOJAS RENNER S.A.
Junior(OAB: 17514-A/ES) Advogado Dr. Ricardo Lopes Godoy(OAB:
Embargado PCP ENGENHARIA E MONTAGENS 77167/MG)
INDUSTRIAIS LTDA. Agravado VINÍCIUS MOREIRA DOMINGOS
Advogado Dr. Mariano Carvalho Morales(OAB: Advogado Dr. Leopoldo Hickenbick Silva(OAB:
107083-A/RJ) 57783/RS)
Intimado(s)/Citado(s): Intimado(s)/Citado(s):
- MARCOSSUEL ALVES DOS REIS - LOJAS RENNER S.A.
- PCP ENGENHARIA E MONTAGENS INDUSTRIAIS LTDA. - VINÍCIUS MOREIRA DOMINGOS
- PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Mauricio Godinho Delgado Mauricio Godinho Delgado
Ministro Relator Ministro Relator
Reclamado, com pedido de efeito modificativo, concedo vista à norma coletiva que limita ou restringe direito trabalhista", tema cuja
parte adversa, para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) repercussão geral foi reconhecida pelo E. STF, tendo sido
dias após a publicação. determinada "a suspensão de todos os processos pendentes,
Publique-se. individuais ou coletivos, que versem sobre a questão (Tema 1.046)
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. e tramitem no território nacional, nos termos do artigo 1035, § 5º, do
CPC", conforme decisão proferida pelo Min. Gilmar Mendes nos
autos do processo nº ARE-1121633 em 28.06.2019.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Publique-se.
Mauricio Godinho Delgado Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Ministro Relator
Publique-se.
DECISÃO Publique-se.
BRENO MEDEIROS
Ministro Relator
(Ref. Processo AIRR - 608-12.2018.5.06.0313 ) Considerando ser “ irrecorrível a decisão monocrática do relator
Agravante(s): EMPRESA BAHIA LTDA que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar
Advogada: Dra. Samara Jully de Lemos Vital(17426/PB) ausente a transcendência da matéria ” (art. 896-A, § 5º, da CLT),
Advogado: Dr. Danilo Pereira da Silva(38828/PE) indefiro o processamento da medida apresentada.
Agravado(s): DORGIVAL MOISES DA SILVA
Advogado: Dr. José Elmo da Silva Monteiro(13840/PE) Publique-se.
Considerando ser “ irrecorrível a decisão monocrática do relator PETIÇÃO TST-PET-288883/2019-6 [eDOC: 17785241]
que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar Requerente: ENERGIMP S.A.
ausente a transcendência da matéria ” (art. 896-A, § 5º, da CLT), Advogado: Dr. Tulio Claudio Ideses (95180/RJ-A)
indefiro o processamento da medida apresentada.
(Ref. Processo AIRR - 1447-43.2016.5.06.0172 )
Publique-se. Agravado(s): ICSA DO BRASIL LTDA.
Firmado por assinatura digital (Lei 11.419/2006) Agravado(s): WIND POWER ENERGIA S.A.
Publique-se.
BRENO MEDEIROS
Ministro Relator Considerando ser “ irrecorrível a decisão monocrática do relator
que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar
PETIÇÃO TST-PET-270707/2019-0 [eDOC: 17758586] ausente a transcendência da matéria ” (art. 896-A, § 5º, da CLT),
Requerente: FCA FIAT CHRYSLER AUTOMÓVEIS BRASIL LTDA. indefiro o processamento da medida apresentada.
Advogado: Dr. José Eduardo Duarte Saad (36634/SP)
Publique-se.
(Ref. Processo AIRR - 10980-76.2013.5.03.0087 )
Agravado(s): CHARLES LADEIRA DOMINGUES
Advogado: Dr. Adélcio Magno Malaquias de Araújo(117429/MG) Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
Agravante(s): FCA FIAT CHRYSLER AUTOMÓVEIS BRASIL
LTDA. Firmado por assinatura digital (Lei 11.419/2006)
Advogado: Dr. José Eduardo Duarte Saad(36634/SP)
BRENO MEDEIROS
Ministro Relator
BRENO MEDEIROS
Ministro Relator
Considerando ser “ irrecorrível a decisão monocrática do relator
PETIÇÃO TST-PET-245839/2019-7 [eDOC: 17724818] que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar
Requerente: FUNDAÇÃO CENTRO DE ATENDIMENTO SÓCIO- ausente a transcendência da matéria ” (art. 896-A, § 5º, da CLT),
EDUCATIVO AO ADOLESCENTE - FUNDAÇÃO CASA-SP indefiro o processamento da medida apresentada.
Advogado: Dr. Eduardo Lima Campos de Faria (232894/SP)
Publique-se.
(Ref. Processo AIRR - 2008-80.2015.5.02.0021 )
Agravado(s): AVISEG SEGURANÇA E VIGILÂNCIA EIRELI
Brasília, 18 de fevereiro de 2020.
Agravante (s) e Agravado (s): ESTADO DE SÃO PAULO
Procurador: Dr. Luisa Baran de Mello Alvarenga Firmado por assinatura digital (Lei 11.419/2006)
Agravado(s): FABIANO SOARES DA SILVA
Advogado: Dr. Eduardo Tofoli(133996/SP) BRENO MEDEIROS
Agravante (s) e Agravado (s): FUNDAÇÃO CENTRO DE Ministro Relator
ATENDIMENTO SÓCIO-EDUCATIVO AO ADOLESCENTE -
FUNDAÇÃO CASA-SP PETIÇÃO TST-PET-307711/2019-5
Procurador: Dr. Eduardo Lima Campos de Faria Requerente: DIVINO ALVES DOS SANTOS
(Ref. Processo AIRR - 1687-15.2017.5.10.0001 ) Firmado por assinatura digital (Lei 11.419/2006)
Agravante(s): DIVINO ALVES DOS SANTOS
Advogado: Dr. Antônio Carlos de Jesus Rodrigues(28016/GO) BRENO MEDEIROS
Advogado: Dr. Erivelton Nunes Soares(36229/GO) Ministro Relator
Agravado(s): EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
TELÉGRAFOS PETIÇÃO TST-PET-130516/2019-3 [eDOC: 17533571]
Advogada: Dra. Luciana Fonte Guimarães Padilha(19641/DF) Requerente: KARIELE ISABELA NAZARIO DA SILVA
Advogado: Dr. Fábio Ricardo Ribeiro (223374/SP)
Publique-se.
Publique-se. DESPACHO
(Ref. Processo AIRR - 100893-33.2017.5.01.0201 ) Firmado por assinatura digital (Lei 11.419/2006)
Agravado(s): PRÓ - SAÚDE ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE
ASSISTÊNCIA SOCIAL E HOSPITALAR BRENO MEDEIROS
Advogada: Dra. Alexsandra Azevedo de Fojo(155577/SP) Ministro Relator
Agravante(s): ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Procurador: Dr. Ricardo Levy Sadicoff PETIÇÃO TST-PET-216715/2019-2 [eDOC: 17679044]
Agravado(s): ERIVELTO DE MENEZES BASTOS Requerente: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
Advogada: Dra. Karina da Silva Viana de Freitas(131979/RJ) TELÉGRAFOS - ECT
Advogada: Dra. Emilia Maria B. dos S. Silva (7460/DF)
Publique-se. DESPACHO
(Ref. Processo Ag-RR - 11518-96.2015.5.03.0019 ) Firmado por assinatura digital (Lei 11.419/2006)
Agravante(s): SÔNIA DE LANA
Publique-se.
Processo Nº Ag-E-RR-0001707-06.2016.5.17.0014
Complemento Processo Eletrônico
AGRAVANTE(S) GILSON BORGES
Advogado DR. JOSÉ ROGÉRIO ALVES(OAB: GMBM/CHS
4655/ES)
Advogada DRA. MARIA BERNADETE
LAURINDO MONTEIRO(OAB:
4396/ES)
Advogada DRA. ELAINE MARIA DA SILVA(OAB:
18987/ES)
AGRAVADO(S) MUNICÍPIO DE SERRA DECISÃO
Procuradora DRA. MARIA BERNADETH
DEPIANTE
AGRAVADO(S) MOSCA GRUPO NACIONAL DE
SERVIÇOS LTDA.
Advogado DR. MARCO AURÉLIO PEREIRA DA
MOTA(OAB: 249265/SP) Trata-se deembargos de declaração em reclamação, opostos em
Secretaria da Quinta Turma Alega também que a decisão embargada é omissa quanto ao
Decisão Monocrática exame da natureza meramente declaratória do acórdão proferido no
Decisão Monocrática processo principal (TST-AIRR-0000604-60.2014.5.08.0118),
Processo Nº Rcl-1000238-50.2018.5.00.0000
Relator BRENO MEDEIROS arguindo que, “se não há condenação imposta ao STIAPA, não se
RECLAMANTE SIND DOS TRAB NA IND DA ALIM NO
E DO PA E T FED DO AP pode cogitar de execução provisória”.
ADVOGADO ALEXANDRE SIMOES
LINDOSO(OAB: 12067/DF)
RECLAMADO SINDICATO DOS TRABALHADORES Ao exame.
EM FRIGORIFICOS, MATADOUROS
E ABATEDOUROS DE REDENCAO E
REGIOES - PA
Os embargos de declaração destinam-se a sanar imperfeições
- SIND DOS TRAB NA IND DA ALIM NO E DO PA E T FED DO obscuridade, contradição ou omissão, sendo inservíveis, portanto, à
AP
reapreciação da matéria examinada (art. 897-A da CLT e 1.022 do
CPC/2015).
matéria de fundo é de natureza infringente, não tendo a parte RECLAMANTE: SIND DOS TRAB NA IND DA ALIM NO E DO PA
demonstrado vício compatível com a medida ora apresentada, E T FED DO AP
subsistindo mera contrariedade à decisão desfavorável.
devendo ser destacado que a medida apresentada não serve à RECLAMADO: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM
averiguação de correção ou não da decisão embargada, razão pela FRIGORIFICOS, MATADOUROS E ABATEDOUROS DE
qual rejeito os embargos de declaração. REDENCAO E REGIOES – PA
Publique-se.
Brasília, de de GMBM/CHS
DECISÃO
Ao exame.
CPC/2015).
verbis:
Processo Nº AIRR-0001957-45.2013.5.01.0481
Vê-se, portanto, que o requerente maneja a presente reclamação Complemento Processo Eletrônico
como sucedâneo de recurso para obter, de forma transversa, a Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
Agravante PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. -
revisão e a reforma da decisão proferida pela Vara de origem no PETROBRAS
exercício regular de sua competência. (...) (grifos acrescidos) Advogado Dr. Marco Antônio Bazhuni(OAB:
37062/RJ)
Advogado Dr. José Eduardo Pessanha da
Silva(OAB: 79163/RJ)
Agravado EDENILSON DE CASTRO FERREIRA
Advogado Dr. Joberto Luiz de Sales(OAB:
130067/RJ)
Convém ressaltar que a decisão embargada erigiu óbice processual
Advogado Dr. Dilene Fernandes Maia(OAB:
ao processamento da reclamação, consignando ser incabível tal 128202/RJ)
Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo Processo Nº AIRR-0106400-33.2003.5.01.0017
Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às Complemento Processo Eletrônico
alterações jurídico processuais dos últimos anos, estabelecendo em Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já Agravante TELEMAR NORTE LESTE S.A.
fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos Advogado Dr. José Eduardo de Almeida
Carriço(OAB: 45513/RJ)
inseridos pela Lei 13.467/2017:
Agravado LEONARDO DIAS DE SOUZA
Advogado Dr. James Vieira(OAB: 66810/RJ)
"Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos
Agravado UNIÃO (PGF)
recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente
Procurador Dr. Advocacia Geral da União
incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos
Procurador Dr. Hugo Paes Rodrigues
Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017,
Agravado SPF CONSTRUTORA LTDA
data da vigência da Lei n.º 13.467/2017."
Intimado(s)/Citado(s):
Evidente, portanto, a subsunção do presente agravo de instrumento
- LEONARDO DIAS DE SOUZA
e do recurso de revista respectivo aos termos da referida lei.
- SPF CONSTRUTORA LTDA
Frise-se, ainda, que, apesar de o art. 896-A da CLT estabelecer a
- TELEMAR NORTE LESTE S.A.
necessidade de exame prévio da transcendência do recurso de
- UNIÃO (PGF)
revista, a jurisprudência da Sexta Turma do TST tem evoluído para
entender que esta análise fica prejudicada quando o apelo carece
de pressupostos processuais extrínsecos ou intrínsecos que Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão
impedem o alcance do exame meritório do feito, como no caso em mediante a qual se denegou seguimento ao recurso de revista, sob
tela. os seguintes fundamentos:
No caso, a parte não atacou especificamente os fundamentos
utilizados pelo Regional para negar seguimento à revista. "PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Tratando-se de agravo de instrumento, a agravante deve impugnar Tempestivo o recurso.
diretamente todos os fundamentos da decisão denegatória, a cada Regular a representação processual.
matéria discutida, demonstrando a efetiva viabilidade do recurso O juízo está garantido.
trancado, por emoldurar-se nas hipóteses elencadas no art. 896 da PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
CLT. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO /
Vale salientar que a impugnação aos fundamentos lançados na LIQUIDAÇÃO/CUMPRIMENTO/EXECUÇÃO / EXECUÇÃO
decisão denegatória deve ser específica, objetiva e pontual acerca PREVIDENCIÁRIA.
das razões que ensejaram o trancamento do recurso, inclusive a fim A Lei 13.015/2014, aplicável aos recursos interpostos das decisões
de que o Julgador e a parte adversa possam aferir quais as publicadas a partir de 22/09/2014 (consoante interpretação do TST
questões foram efetivamente devolvidas à apreciação da instância estampada no artigo 1º do Ato 491/SEGJUD.GP), inseriu o §1º-A no
superior. artigo 896 da CLT, com a seguinte redação:
Consoante já aludido, isso não ocorreu no caso vertente, tendo em "Art. 896. (...)
vista que a impugnação apresentada pela recorrente foi § 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
eminentemente genérica, sem mencionar o fundamento utilizado I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
pela Corte Regional para denegar seguimento ao recurso de revista, prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
qual seja, o óbice da Súmula 218 do TST. II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
Com efeito, o agravante aduz argumentos estranhos àqueles dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
apresentados na decisão denegatória, como no seguinte excerto: Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
Aspectos Teóricos e Práticos: De acordo com o CPC/15, com a REDAÇÃO) - RES.198/2015, REPUBLICADA EM RAZÃO DE
Reforma Trabalhista e com as Súmulas, OJs e Teses Prevalecentes ERRO MATERIAL - DEJT DIVULGADO EM 12, 15 E 16.06.2015.
do TST e dos TRTs. LTr, 1ª edição. 2017, p. 216): I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de
"Em síntese conclusiva, podemos traçar o seguinte quadro: 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra
a) as pretensões referentes ao FGTS estão submetidas ao disposto o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o
no art. 7º, inciso XXIX, da CF/88; prazo de dois anos após o término do contrato;
b) FGTS como parcela acessória: com a prescrição da pretensão II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso
relativa ao principal, também estará prescrita a pretensão quanto ao em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar
acessório. Em verdade, com a decisão proferida pelo STF no ARE primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a
709.212, perde maior interesse a distinção promovida pela Sumula partir de 13.11.2014 (STFARE- 709212/DF)".
n. 206 do TST; (...)
c) FGTS como parcela principal: incidência dos parâmetros de Portanto, quando o prazo prescricional já estava em curso em data
modulação dos efeitos da decisão: de 13 de novembro de 2.014, aplica-se o que ocorrer primeiro, ou
c.1) contratos extintos até 12.11.2014: observado o biênio seja, trinta ou cinco anos. No caso da recorrida, cuja ciência da
subsequente à extinção do vínculo, o trabalhador pode postular os lesão se deu anteriormente a esta data, prevalece o prazo previsto
recolhimentos dos 30 anos anteriores ao ajuizamento da ação; no item II, da Súmula 362, como bem entendeu a r. sentença
c.2) contratos vigentes em 13.11.2014: hostilizada que afastou a prescrição em questão."
c.2.1) em relação a pretensões surgidas após 13.11.2014 (ou seja: Por todo o exposto, nego provimento."
a partir do recolhimento referente ao mês de novembro de 2014, Pelos fundamentos expostos no acórdão, vislumbra-se, na decisão
cuja exigibilidade apenas passou a existir em 07 de dezembro de da Turma, possível contrariedade ao item II, da Súmula 362do
2014), o prazo prescricional será de cinco anos, observado o biênio Tribunal Superior do Trabalho, a recomendar que se dê seguimento
posterior à (eventual) cessação do vínculo; ao recurso para melhor exame.
c.2.2) em relação a pretensões em curso em 13.11.2014 (ou seja: CONCLUSÃO
até o recolhimento referente ao mês de outubro de 2014, cuja Recebo o recurso de revista" (fls. 221-224 - numeração de fls.
exigibilidade apenas passou a existir em 07 de novembro de 2014), verificada na visualização geral do processo eletrônico - "todos os
deve ser aplicado o prazo que findar primeiro: c.2.2.1) 30 anos, PDFs" - assim como todas as indicações subsequentes).
contados do termo inicial, ou c.2.2.2) 5 anos, contados da data de
julgamento (é dizer: 13.11.2019)." Ficou consignado na decisão proferida em recurso ordinário:
Saliento que a pretensão da parcela do FGTS é mensal (art. 15,
caput, da Lei 8.036/90), e, por isso, deve ser observada a sua "Prescrição quinquenal do FGTS
exigibilidade mês a mês (o depósito do FGTS é realizado em cada Consta da decisão recorrida (ID 8ac0314 - p. 3):
mês no dia 7 do mês subsequente). "II.A - PRESCRIÇÃO PARCIAL
No presente caso, o contrato de trabalho da Autora iniciou-se em Tratando-se de pretensão de recolhimento de contribuições para o
07/02/1994 (ID f384fc2 - p. 3), tendo o Município adotado o regime FGTS, aplica-se o prazo prescricional nos moldes da Súmula 362
estatutário a partir de 21 de março de 2016. A presente ação foi do TST:
ajuizada em 10/11/2017 e as pretensões às parcelas do FGTS I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de
estavam em curso em 13/11/2014. Incide, assim, a situação descrita 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra
na letra "c.2", ou seja, pretensões surgidas após 13/11/2014 e o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o
também em curso nesse dia. prazo de dois anos após o término do contrato;
Considerando os efeitos modulatórios ex nunc da decisão do STF (a II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso
modulação se deu justamente para não surpreender aqueles que já em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar
contavam como certa a prescrição trintenária, ou seja, "tendo em primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a
vista razões de segurança jurídica", como disposto no art. 27 da Lei partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF).
9.868/99) para as pretensões ora pleiteadas não há prescrição a ser Nesse ínterim, considerando que a presente demanda foi ajuizada
declarada, conforme Súmula 362 do TST. em 10 de novembro de 2017, não há que se falar em prescrição,
No mesmo sentido, trago, por oportuno, trecho do parecer da Exma. porque: a) quanto aos depósitos devidos a partir de 13.11.2014,
Procuradora do Trabalho (ID 3a8cd6c - p. 2): ainda não decorreu o prazo quinquenal para sua cobrança; e b) os
"(...) depósitos devidos desde dezembro de 2006 até 12.11.2014 tiveram
Tratando desta questão, o artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal, seu prazo prescricional resguardado na forma do item II da Súmula
declarou a prescrição quinquenal quanto aos créditos resultantes da 362, ou seja, desde que a reclamação contra o não recolhimento
relação de trabalho, exceção feita ao FGTS não recolhido, nos fosse ajuizada até 13.11.2019.
termos do parágrafo 5º, do artigo 23, da Lei nº 8.036/1990, cuja Portanto, não há prescrição a ser pronunciada no presente caso."
prescrição deveria ser trintenária. Ocorre que a decisão do STF Insurge-se o Município contra tal decisão. Defende que deve ser
prolatada no ARE nº 709212 superou o entendimento sobre a reconhecida a prescrição quinquenal do FGTS, nos termos da
prescrição trintenária, decidindo pela inconstitucionalidade dos Súmula 362 do TST, tendo em vista a modulação dos efeitos da
artigos 23, parágrafo 5º, da Lei nº 8.036/1990 e 55 do Regulamento decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o tema.
do FGTS aprovado pelo Decreto nº 99.684/1990. No entanto, o Decido.
decidido não se aplica aos prazos prescricionais já em curso, Elucida a doutrina de Rodolfo Pamplona Filho e Leandro Fernandez
porquanto foi estabelecida a modulação dos efeitos da decisão. sobre os efeitos modulatórios da decisão do STF e a prescrição
Assim também expressa a Súmula nº 362, do C. TST, recentemente atual do FGTS (em Tratado da Prescrição Trabalhista: Aspectos
alterada, adaptando-se à decisão do STF, determinou: Teóricos e Práticos: De acordo com o CPC/15, com a Reforma
"SÚMULA Nº 362 DO TST - FGTS. PRESCRIÇÃO (NOVA Trabalhista e com as Súmulas, OJs e Teses Prevalecentes do TST
e dos TRTs. LTr, 1ª edição. 2017, p. 216): I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de
"Em síntese conclusiva, podemos traçar o seguinte quadro: 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra
a) as pretensões referentes ao FGTS estão submetidas ao disposto o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o
no art. 7º, inciso XXIX, da CF/88; prazo de dois anos após o término do contrato;
b) FGTS como parcela acessória: com a prescrição da pretensão II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso
relativa ao principal, também estará prescrita a pretensão quanto ao em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar
acessório. Em verdade, com a decisão proferida pelo STF no ARE primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a
709.212, perde maior interesse a distinção promovida pela Sumula partir de 13.11.2014 (STFARE- 709212/DF)".
n. 206 do TST; (...)
c) FGTS como parcela principal: incidência dos parâmetros de Portanto, quando o prazo prescricional já estava em curso em data
modulação dos efeitos da decisão: de 13 de novembro de 2.014, aplica-se o que ocorrer primeiro, ou
c.1) contratos extintos até 12.11.2014: observado o biênio seja, trinta ou cinco anos. No caso da recorrida, cuja ciência da
subsequente à extinção do vínculo, o trabalhador pode postular os lesão se deu anteriormente a esta data, prevalece o prazo previsto
recolhimentos dos 30 anos anteriores ao ajuizamento da ação; no item II, da Súmula 362, como bem entendeu a r. sentença
c.2) contratos vigentes em 13.11.2014: hostilizada que afastou a prescrição em questão."
c.2.1) em relação a pretensões surgidas após 13.11.2014 (ou seja: Por todo o exposto, nego provimento" (fls. 194-197).
a partir do recolhimento referente ao mês de novembro de 2014,
cuja exigibilidade apenas passou a existir em 07 de dezembro de A decisão regional foi publicada em 16/10/2018, fl. 220, após iniciar
2014), o prazo prescricional será de cinco anos, observado o biênio a eficácia da Lei 13.467/2017, em 11/11/2017, que alterou o art. 896
posterior à (eventual) cessação do vínculo; -A da CLT, passando a dispor:
c.2.2) em relação a pretensões em curso em 13.11.2014 (ou seja:
até o recolhimento referente ao mês de outubro de 2014, cuja "Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista,
exigibilidade apenas passou a existir em 07 de novembro de 2014), examinará previamente se a causa oferece transcendência com
deve ser aplicado o prazo que findar primeiro: c.2.2.1) 30 anos, relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social
contados do termo inicial, ou c.2.2.2) 5 anos, contados da data de ou jurídica.
julgamento (é dizer: 13.11.2019)." § 1º São indicadores de transcendência, entre outros:
Saliento que a pretensão da parcela do FGTS é mensal (art. 15, I - econômica, o elevado valor da causa;
caput, da Lei 8.036/90), e, por isso, deve ser observada a sua II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência
exigibilidade mês a mês (o depósito do FGTS é realizado em cada sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
mês no dia 7 do mês subsequente). Federal;
No presente caso, o contrato de trabalho da Autora iniciou-se em III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social
07/02/1994 (ID f384fc2 - p. 3), tendo o Município adotado o regime constitucionalmente assegurado;
estatutário a partir de 21 de março de 2016. A presente ação foi IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação
ajuizada em 10/11/2017 e as pretensões às parcelas do FGTS da legislação trabalhista.
estavam em curso em 13/11/2014. Incide, assim, a situação descrita § 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao
na letra "c.2", ou seja, pretensões surgidas após 13/11/2014 e recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo
também em curso nesse dia. agravo desta decisão para o colegiado.
Considerando os efeitos modulatórios ex nunc da decisão do STF (a § 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter
modulação se deu justamente para não surpreender aqueles que já transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre
contavam como certa a prescrição trintenária, ou seja, "tendo em a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão.
vista razões de segurança jurídica", como disposto no art. 27 da Lei § 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do
9.868/99) para as pretensões ora pleiteadas não há prescrição a ser recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que
declarada, conforme Súmula 362 do TST. constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal.
No mesmo sentido, trago, por oportuno, trecho do parecer da Exma. § 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo
Procuradora do Trabalho (ID 3a8cd6c - p. 2): de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a
"(...) transcendência da matéria.
Tratando desta questão, o artigo 7º, XXIX, da Constituição Federal, § 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela
declarou a prescrição quinquenal quanto aos créditos resultantes da Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise
relação de trabalho, exceção feita ao FGTS não recolhido, nos dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não
termos do parágrafo 5º, do artigo 23, da Lei nº 8.036/1990, cuja abrangendo o critério da transcendência das questões nele
prescrição deveria ser trintenária. Ocorre que a decisão do STF veiculadas."
prolatada no ARE nº 709212 superou o entendimento sobre a
prescrição trintenária, decidindo pela inconstitucionalidade dos Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo
artigos 23, parágrafo 5º, da Lei nº 8.036/1990 e 55 do Regulamento Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às
do FGTS aprovado pelo Decreto nº 99.684/1990. No entanto, o alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo em
decidido não se aplica aos prazos prescricionais já em curso, relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já
porquanto foi estabelecida a modulação dos efeitos da decisão. fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos
Assim também expressa a Súmula nº 362, do C. TST, recentemente inseridos pela Lei 13.467/2017:
alterada, adaptando-se à decisão do STF, determinou:
"SÚMULA Nº 362 DO TST - FGTS. PRESCRIÇÃO (NOVA "Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos
REDAÇÃO) - RES.198/2015, REPUBLICADA EM RAZÃO DE recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente
ERRO MATERIAL - DEJT DIVULGADO EM 12, 15 E 16.06.2015. incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos
Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017, Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
data da vigência da Lei n.º 13.467/2017." AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
Ministro Relator
Evidente, portanto, a subsunção do presente recurso de revista
respectivo aos termos da referida lei. Processo Nº RR-0002116-59.2014.5.12.0056
A insurgência do reclamado se refere à prescrição da ação no Complemento Processo Eletrônico
tocante aos depósitos do FGTS, sendo que a decisão regional está Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
em harmonia com a Súmula 362, II, do TST. Recorrente EMPRESA DE NAVEGAÇÃO SANTA
CATARINA LTDA.
Sendo apelo empresarial e não de empregado, está ausente a
Advogado Dr. Óliver Jander Costa Pereira(OAB:
transcendência social. 17076/SC)
Também, não se discute questão inédita acerca da legislação Recorrido ROSICLER LOPES
trabalhista, não havendo de se falar em transcendência jurídica. Advogado Dr. Janilto Domingos Raulino(OAB:
Não bastasse isso, não está configurada qualquer dissonância entre 13723/SC)
a decisão regional e a jurisprudência sumulada ou vinculante do Advogado Dr. Ricardo Pedro Inácio
Schubert(OAB: 11909/SC)
Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal que
Advogada Dra. Andressa dos Anjos
configure a transcendência política. Assim, a decisão recorrida Severino(OAB: 39366/SC)
encontra-se em sintonia com a Súmula 362, II, do TST.
Por fim, minha compreensão, em relação à transcendência Intimado(s)/Citado(s):
econômica, seja para o empregador ou para o empregado, é a de - EMPRESA DE NAVEGAÇÃO SANTA CATARINA LTDA.
que não deve ser estabelecido um determinado valor a partir do - ROSICLER LOPES
qual todas as causas teriam transcendência.
A transcendência concerne, por definição, a algum aspecto da
Trata-se de recurso de revista da reclamada, parcialmente recebido
causa que supera o espectro dos interesses individuais e reporta-se
pelo Regional, sob os seguintes fundamentos:
ao interesse coletivo. Mas essa coletividade não pode, por justiça,
corresponder a toda a sociedade brasileira como se empresários e
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
trabalhadores pertencessem, indistintamente, ao mesmo estrato
Tempestivo o recurso (acórdão publicado em 21/11/2016 - fl. ;
social e econômico.
recurso apresentado em 28/11/2016 - fl. ).
O interesse alimentar, ou de sobrevivência, é compartilhado por
Regular a representação processual (id. c88b45a).
toda imensa parcela da sociedade sem emprego ou renda,
Satisfeito o preparo (id. 6c154b8, id. 6c154b8 e id. bd4f594).
malgrado a ele sejam indiferentes, não raro, os trabalhadores cuja
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
sorte ou talento os fez inseridos no mercado de trabalho. Também,
Duração do Trabalho / Horas Extras.
do outro lado, as pequenas e médias empresas ocupam nicho
Duração do Trabalho / Compensação de Horário / Acordo Tácito /
econômico no qual o interesse de subsistir pode transcender mais
Expresso.
que o de ser competitiva ou de constituir monopólio, o contrário se
Alegação(ões):
dando no front em que se digladiam as grandes corporações
A ré refuta o pagamento de horas extras, ao argumento de que
econômicas.
havia acordo tácito de compensação de jornada.
São coletividades diferentes, tanto no caso dos empregadores
Contudo,a decisão proferida está em consonância com aSúmula
quanto no dos empregados.
nº85, III e IV, do TST,o que inviabiliza o seguimento do recurso,
Nada obstante esse entendimento, tais critérios precisam ser
inclusive por divergência jurisprudencial (§ 7º do art. 896 da CLT e
sopesados com a necessidade de estabelecimento de parâmetros
Súmula nº 333 da aludida Corte Superior).
objetivos, a bem de se afastar da indesejável insegurança jurídica.
Duração do Trabalho / Intervalo Intrajornada / Intervalo 15
Nesse intento, a busca de parâmetros legais, já estabelecidos,
Minutos Mulher.
ainda que para outras situações, parece-me razoável, por refletir
Alegação(ões):
imparcialidade e homenagem a estudos legislativos anteriores que
- violação do art.5º, I, da Constituição Federal.
motivaram a fixação desses marcos.
- divergência jurisprudencial.
Logo, estando ausentes tais parâmetros, a melhor prática exegética
Pretendese eximir da obrigação de pagar ointervalo de 15 minutos
sugere exercício interpretativo balizado pela coerência, praxe e
previsto no art. 384 da CLT como labor extraordinário, sob o
senso comum.
fundamento de tal dispositivo ser inconstitucional.
Entendo, em aplicação analógica do artigo 97, § 12, inc. I, do ADCT
É inviável o seguimento do recurso de revista, em se considerando
(ESTADO/DF), inc. II (MUNICÍPIOS), artigo 17, § 1º, da Lei
que a decisão recorrida se mostra em sintonia com a jurisprudência
10.259/2001 (UNIÃO), ser presumida a transcendência econômica
dominante do Tribunal Superior do Trabalho.
quando o recurso de revista é interposto por ente municipal e o
A propósito, o TST, ao apreciar o Incidente de Inconstitucionalidade
valor condenação supera trinta vezes o salário mínimo (limite para
IIN-RR-nº 1540/2005-046-12-00.5, firmou o entendimento de que o
RPV de municípios). O que não é o caso dos autos (valor da
art. 384 da CLT não ofende o princípio da isonomia, ante as
condenação de R$ 10.000,00 - dez mil reais - fl. 147).
desigualdades inerentes à jornada da trabalhadora, em relação a do
Ante o exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do CPC e
trabalhador.
118, X, do RITST, NÃO RECONHEÇO a transcendência eNÃO
Portanto, a admissibilidade do recurso de revista encontra óbice nos
CONHEÇO do recurso de revista.
termos do artigo 896, §7º, da CLT e da Súmula 333 do TST.
Publique-se.
Rescisão do Contrato de Trabalho / Reintegração/Readmissão ou
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Indenização / Membro de CIPA.
Alegação(ões):
jornada de trabalho. Ressalva de entendimento do Relator. Recurso Ministra Kátia Magalhães Arruda, 6ª Turma, DEJT 8/6/2015.)
de revista conhecido e provido." (RR-11697-20.2013.5.18.0007,
Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, Data de Julgamento: "RECURSO DE REVISTA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
23/11/2016, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 25/11/2016.) TRANSPORTE DE VALORES. Da transcrição do acórdão regional
é possível extrair que não foram observados os requisitos
"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº insculpidos no art. 3º da Lei 7.102/83, porquanto o reclamante
13.015/2014. (...) 5. DANO MORAL. TRANSPORTE DE VALORES. realizava o transporte de valores - fato incontroverso, segundo
EMPREGADO NÃO VIGILANTE. ASSALTOS. Não se pode perder registro do Tribunal Regional - embora não estivesse essa atividade
de vista que o Direito do Trabalho tem a sua gênese na reação aos inserida em suas atribuições, pois sua função era caixa bancário.
fatos e à necessidade de proteção dos trabalhadores quando Ao exigir do reclamante a tarefa de transportar valores em
aviltados pelos primeiros excessos da Revolução Industrial. É, descumprimento ao que determina a lei, a reclamada cometeu ato
assim, ramo jurídico especialmente protetivo, cunhado sobre ilícito, passível de reparação pecuniária, nos termos do art. 186 do
desigualdade essencial entre empregados e empregadores. Código Civil. É importante salientar ainda que o dano ocasionado ao
Àqueles, sem sombra de dúvidas, voltam-se os olhos do Direito do reclamante se caracteriza in re ipsa, espécie de constrangimento
Trabalho. Para os empregadores, por outra quadra, as normas que não pode ser objeto de prova, dada a sua imaterialidade. Há
trabalhistas atuam, precipuamente, no estabelecimento de limites. precedentes. Recurso de revista conhecido e provido." (RR - 1137-
Não se nega que o direito objetivo, no art. 2º, "caput", da CLT, 56.2011.5.04.0014, Relator Ministro: Augusto César Leite de
assegura o poder diretivo. Contudo, tal poder encontra limites Carvalho, Data de Julgamento: 27/5/2015, 6ª Turma, Data de
traçados, não se tolerando a prática de atos que importem violação Publicação: DEJT 29/5/2015.)
dos direitos da personalidade do empregado. Ao assumir os riscos
de seu empreendimento (CLT, art. 2º), o empregador toma a si a "RECURSO DE REVISTA. RECLAMANTE. TRANSPORTE DE
obrigação de adotar providências que garantam a segurança de seu VALORES. REQUISITOS DA LEI N.º 7.102/1983. ATIVIDADE
patrimônio, iniciativa que encontrará larga resposta por parte da RESTRITA AO PESSOAL TREINADO PARA A ATIVIDADE.
tecnologia moderna. Assumir os riscos de seu empreendimento INDENIZAÇÃO. Esta Corte, por meio de suas Turmas, tem
significa não os transferir aos trabalhadores. O poder diretivo, entendido que a Lei n.º 7.102/83 dispõe sobre o transporte de
reitere-se, não se estende a ponto de permitir ao empregador dispor valores de forma a restringir o desempenho da referida atividade a
de seus empregados, submetendo-os a situações de riscos, às pessoal devidamente treinado para tanto, tendo em vista os riscos
quais se curvem pela necessidade de conservação do emprego. A inerentes à atividade, o que justifica a percepção, por parte do
conduta do empregador de exigir do empregado o transporte de trabalhador que se ativou na referida função, de adicional em
valores, atividade para a qual não fora contratado, com exposição decorrência do risco a que foi submetido. Recurso de Revista
indevida a situação de risco, enseja o pagamento de indenização. conhecido e provido, no particular." (ARR - 664-70.2011.5.04.0402,
Precedentes. Recurso de revista não conhecido. 6. DANO MORAL. Relatora Ministra Maria de Assis Calsing, 4ª Turma, DEJT
INDENIZAÇÃO. VALOR. CRITÉRIOS PARA ARBITRAMENTO. A 22/8/2014.)
indenização por dano moral guarda conteúdo de interesse público.
O valor fixado deve observar a extensão do dano sofrido, o grau de "RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI
comprometimento dos envolvidos no evento, os perfis financeiros do N.º 11.496/2007. DANO MORAL. TRANSPORTE DE VALORES.
autor do ilícito e da vítima, além de aspectos secundários EMPREGADO DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. 1. A jurisprudência
pertinentes a cada caso. Incumbe ao juiz fixá-lo com prudência, desta Corte superior vem-se firmando no sentido de que a conduta
bom senso e razoabilidade. Recurso de revista não conhecido." (RR da instituição financeira de atribuir aos seus empregados a atividade
- 593-95.2013.5.09.0002, Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de de transporte de valores dá ensejo à compensação por danos
Fontan Pereira, Data de Julgamento: 29/6/2015, 3ª Turma, Data de morais. Leva-se em consideração, para tanto, o risco à integridade
Publicação: DEJT 6/7/2015.) física (inclusive de morte) inerente à função em exame e o desvio
funcional perpetrado pelas empresas, que, em vez de contratar
"TRANSPORTE DE VALORES. INDENIZAÇÃO POR DANOS pessoal especializado, consoante determina a Lei n.º 7.102/1983,
MORAIS. O caso é de empregado que transporta valores durante a utilizam-se de empregados comuns. 2. Precedentes da SBDI-I deste
jornada de trabalho, atividade que somente pode ser Tribunal Superior. 3. Recurso de embargos a que se nega
desempenhada por profissional habilitado, conforme dispõe a Lei n.º provimento." (E-ED-RR - 416-26.2010.5.09.0071, Relator Ministro:
7.102/83. Com efeito, entende esta Corte superior que o Lélio Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 20/2/2014, Subseção I
empregador, ao descumprir a lei (e, portanto, praticar ato ilícito), Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT
expôs o empregado a risco, sendo cabível o ressarcimento pelo 7/3/2014.)
dano causado, mediante indenização, ante o que dispõe o art. 927
do Código Civil. Na jurisprudência mais recente desta Corte superior "[...] 3. DANOS MORAIS. TRANSPORTE DE VALORES.
entende-se que é devido o pagamento de indenização quando o EMPREGADO SEM TREINAMENTO. EXPOSIÇÃO INDEVIDA A
empregado desempenha a atividade de transporte de valores, que SITUAÇÃO DE RISCO. DAMNUM IN RE IPSA. De fato, a atual
não é inerente à função normal para a qual foi contratado. No caso, jurisprudência desta Corte inclina-se no sentido de se considerar
depreende-se do acórdão do Regional que o reclamante comprovou devido o pagamento de compensação por dano moral,
que transportava valores para o seu empregador. Desse modo, independentemente de prova do dano sofrido, ao empregado que
entendo como razoável e proporcional a fixação do montante da desempenha atividades de transporte de valores, sem que isso faça
indenização por danos morais em R$ 50 mil, ante a gravidade do parte das suas atribuições e sem o necessário treinamento, porque
ato ilícito, qual seja, o transporte de valores por pessoa não se trata de atividade típica de pessoal especializado em vigilância,
habilitada. Recurso de revista de que se conhece e a que se dá que expõe indevidamente o empregado a situação de risco.
provimento parcial." (ARR - 176-27.2011.5.15.0009, Relatora Precedentes. Recurso de revista não conhecido [...]." (RR - 1261-
74.2010.5.19.0008, Data de Julgamento: 18/12/2013, Relator contendo significativa quantidade em dinheiro, cheques e outros
Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, 5ª Turma, Data de documentos, desacompanhada de qualquer segurança, fatos não
Publicação: DEJT 7/2/2014. Decisão unânime. ) negados pelo Tribunal Regional, entendo razoável fixar em R$
30.000,00 (trinta mil reais) o valor da indenização para
"TRANSPORTE DE VALORES. DESVIO DE FUNÇÃO. ressarcimento do dano moral que ora se constata." (RR - 92900-
EXPOSIÇÃO A RISCO. AUSÊNCIA DE TREINAMENTO PARA O 09.2007.5.15.0068, Data de Julgamento: 6/11/2013, Relator
EXERCÍCIO DESSA ATIVIDADE. INDENIZAÇÃO POR DANOS Ministro: Hugo Carlos Scheuermann, 1ª Turma, Data de Publicação:
MORAIS DEVIDA. Entendeu o Tribunal Regional que o reclamante DEJT 14/11/2013. Decisão unânime.)
fazia jus ao recebimento de indenização por danos morais, por
transportar consideráveis quantias em espécie, a pé, da empresa Assim, a condenação da reclamada ao pagamento de dano moral
para o banco, atividade considerada de risco. Esta Corte já está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, não havendo
pacificou o entendimento de que aquele que realiza transporte de violação aos dispositivos apontados. Os arestos colacionados estão
valores está exposto a risco, considerando que não foi contratado superados, nos termos da Súmula 333 do TST e do art. 896, § 7º,
nem treinado para isso. Assim, a conduta da reclamada, ao exigir da CLT.
do empregado o desempenho de atividade para a qual não foi No tocante ao valor da indenização, não há no acórdão recorrido
contratado, com exposição indevida a situação de risco, enseja o elementos fáticos suficientes para embasar qualquer alteração por
pagamento da indenização, independentemente, portanto, da parte desta instância ad quem.
demonstração de ocorrência de qualquer assalto ou roubo, Não há, por exemplo, a informação do valor médio transportado, ou
consoante decidiu o Tribunal a quo . Assim, estando a decisão se a empregada tinha algum tipo de escolta.
regional em consonância com a jurisprudência iterativa, notória e Nesse contexto, a pretensão recursal esbarra no óbice da Súmula
atual da SBDI-1, mostra-se impossível a demonstração de conflito 126 do TST.
de teses, nos termos do artigo 896, § 4º, da CLT e da Súmula nº Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do
333 do TST. Recurso de revista não conhecido neste particular [...]." CPC, e 118, X, do RITST,NÃO CONHEÇOdo recurso de revista.
(RR - 7317-66.2011.5.12.0014, Data de Julgamento: 11/12/2013, Publique-se.
Relator Ministro: José Roberto Freire Pimenta, 2ª Turma, Data de Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Publicação: DEJT 19/12/2013. Decisão unânime.)
"TRANSPORTE DE VALORES. DANOS MORAIS. 1. O Tribunal Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
regional, embora reconheça ter restado comprovado que o AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
transporte de valores "era realizado pela reclamante apenas uma Ministro Relator
vez por semana", indeferiu o pedido de indenização por dano moral
daí decorrente, por entender que "era da autora o ônus de Processo Nº RR-0000007-69.2017.5.02.0016
demonstrar que tal transporte de numerário tivesse afetado seus Complemento Processo Eletrônico
valores mais íntimos. Ou seja, cumpria à reclamante demonstrar a Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
efetiva ocorrência do dano. Este não pode ser indenizado, caso Recorrente MARIA DO CARMO SILVA
MEDEIROS
permaneça apenas em estado potencial". 2. Entretanto, à luz da
Advogado Dr. Pedro Ernesto Arruda Proto(OAB:
jurisprudência desta Corte, em hipóteses como a dos autos, em que 78430/SP)
a autora, empregada bancária, realizava o transporte de numerário, Advogado Dr. Hamilton Ernesto Antonino
resta caracterizada a conduta ilícita do empregador, porquanto Reynaldo Proto(OAB: 8968/SP)
permitida a execução de tarefa notoriamente arriscada, para a qual Recorrido MARLI CRISTINA BORGES
o obreiro não foi preparado, em inobservância às disposições Advogado Dr. Franz Kowatsch Júnior(OAB:
166216/SP)
contidas na Lei 7.102/83. Assim, exposto o empregado ao risco de
Recorrido QUALY LIFE PRESTAÇÃO DE
sofrer violência ou grave ameaça em face do ato ilícito praticado SERVIÇOS EM SAÚDE DOMICILIAR
pelo empregador, é devido o pagamento de indenização por dano LTDA.
moral, sendo desnecessária, para tal fim, a prova de dano efetivo, já
que, de acordo com a doutrina e a jurisprudência, o dano moral é Intimado(s)/Citado(s):
um dano in re ipsa, ou seja, é dano que prescinde de comprovação, - MARIA DO CARMO SILVA MEDEIROS
decorrendo do próprio ato lesivo praticado. 3. Quanto ao valor da - MARLI CRISTINA BORGES
indenização, a doutrina e a jurisprudência têm se louvado de alguns - QUALY LIFE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM SAÚDE
DOMICILIAR LTDA.
fatores que podem ser considerados no arbitramento da
indenização do dano moral: a) o bem jurídico danificado e a
extensão da repercussão do agravo na vida privada e social da Trata-se de recurso de revista interposto contra acordão regional
vítima, isto é, a intensidade e a duração do sofrimento que negou provimento ao agravo de petição da autora dos
experimentado, assim como a perda das chances da vida e dos embargos de terceiro.
prazeres da vida social ou da vida íntima; b) a intensidade do ânimo O juízo de admissibilidade procedeu o recebimento do recurso de
em ofender determinado pelo dolo ou culpa do ofensor; c) a revista, nos seguintes termos:
condição econômica do responsável pela lesão; d) em
determinados casos, o nível econômico e a condição particular e "PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
social do ofendido. Tanto considerado, e tendo em mira que o Tempestivo o recurso (decisão publicada em 11/02/2019 - fl. 347;
contrato de trabalho iniciou-se em 14/08/1978 e terminou em recurso apresentado em 21/02/2019 - fl. 348).
13/09/2007, perdurando por aproximadamente 29 anos e que a Regular a representação processual, fl(s). 198.
reclamante uma vez por semana realizava o transporte de malotes Desnecessário o preparo.
revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência econômica, seja para o empregador ou para o empregado, é a de
com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, que não deve ser estabelecido um determinado valor a partir do
social ou jurídica. qual todas as causas teriam transcendência.
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros: A transcendência concerne, por definição, a algum aspecto da
I - econômica, o elevado valor da causa; causa que supera o espectro dos interesses individuais e reporta-se
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência ao interesse coletivo. Mas essa coletividade não pode, por justiça,
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal corresponder a toda a sociedade brasileira como se empresários e
Federal; trabalhadores pertencessem, indistintamente, ao mesmo estrato
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social social e econômico.
constitucionalmente assegurado; O interesse alimentar, ou de sobrevivência, é compartilhado por
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação toda imensa parcela da sociedade sem emprego ou renda,
da legislação trabalhista. malgrado a ele sejam indiferentes, não raro, os trabalhadores cuja
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao sorte ou talento os fez inseridos no mercado de trabalho. Também,
recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo do outro lado, as pequenas e médias empresas ocupam nicho
agravo desta decisão para o colegiado. econômico em que o interesse de subsistir pode transcender mais
§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter que o de ser competitiva ou de constituir monopólio, o contrário se
transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre dando no front em que se digladiam as grandes corporações
a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. econômicas.
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do São coletividades diferentes, tanto no caso dos empregadores
recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que quanto no dos empregados.
constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. Nada obstante esse entendimento, tais critérios precisam ser
§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo sopesados com a necessidade de estabelecimento de parâmetros
de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a objetivos, a bem de se afastar da indesejável insegurança jurídica.
transcendência da matéria. Nesse intento, a busca de parâmetros legais já estabelecidos, ainda
§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela que para outras situações, parece-me razoável, por refletir
Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise imparcialidade e homenagem a estudos legislativos anteriores que
dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não motivaram a fixação desses marcos.
abrangendo o critério da transcendência das questões nele Ausentes tais parâmetros, a melhor prática exegética sugere
veiculadas." exercício interpretativo balizado pela coerência, praxe e senso
comum.
Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo Nesse prisma, ante a ausência de registro acerca do valor da
Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às execução, bem como a inexistência nos autos de elementos que
alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo, informem a condição econômica da recorrente não permitem aferir a
em relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já transcendência econômica, o que prejudica o exame e identificação
fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos de tal critério.
inseridos pela Lei 13.467/2017: Em vista do exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do
CPC, e 118, X, do RITST, NÃO RECONHEÇO a transcendência do
"Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos recurso de revista eNÃO CONHEÇO do recurso de revista.
recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente Publique-se.
incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017,
data da vigência da Lei n.º 13.467/2017."
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Evidente, portanto, a subsunção do presente recurso de revista AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
respectivo aos termos da referida lei. Ministro Relator
Fixadas tais premissas gerais, observa-se que o recurso de revista
que se pretende processar não está qualificado, em seus temas, Processo Nº RR-0020593-81.2016.5.04.0251
pelos indicadores de transcendência em comento. Complemento Processo Eletrônico
No caso em tela, a embargante insurge-se contra a decisão Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
proferida pelo Regional em agravo de petição, na qual o TRT, Recorrente SOUZA CRUZ LTDA
mantendo a sentença, asseverou que não existe prova robusta a Advogada Dra. Jaqueline Zanchin(OAB:
51584/RS)
descaracterizar a reconhecida dissolução da empresa. A
Advogado Dr. Monike Nobre Savi(OAB: 93623-
embargante aponta violação do art. 5º, LIV e LV, da CF. S/RS)
Tratando-se de apelo da embargante e não de empregado, está Recorrido NELSON GIOVANNI ISOPPO
ausente a transcendência social. FERREIRA
Igualmente, não se discute questão inédita acerca da legislação Advogado Dr. Márcio Lazzarotto Montanha da
Fonseca(OAB: 57986/RS)
trabalhista, não havendo de se falar em transcendência jurídica.
Não bastasse isso, não está configurada qualquer dissonância entre
Intimado(s)/Citado(s):
a decisão regional e a jurisprudência sumulada ou vinculante do
- NELSON GIOVANNI ISOPPO FERREIRA
Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal que
- SOUZA CRUZ LTDA
configure a transcendência política.
Por fim, minha compreensão, em relação à transcendência
Trata-se de recurso de revista interposto pela reclamada. prazo de dois anos após o término do contrato;
O recurso de revisa é tempestivo, regular a representação II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso
processual e custas pela reclamada. em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar
O juízo de admissibilidade procedeu o recebimento do recurso de primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a
revista, nos seguintes termos: partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF)."
Pra que se elucide a matéria, me valho de entendimento manifesto
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS pelo Des. Francisco Rossal de Araújo em julgamento do qual
Superada a apreciação dos pressupostos extrínsecos, passo à participei:
análise do recurso. Não se desconhece o recente julgamento do ARE nº 709.212 do
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS STF, com repercussão geral, no qual, por maioria, decidiu-se
Prescrição / FGTS. declarar a inconstitucionalidade do art. 23, §5º, da Lei nº
Alegação(ões): 8.036/1990, e do art. 55 do Decreto nº 99.684/1990, na parte em
- contrariedade à(s) Súmula(s) 362, II, do Tribunal Superior do que ressalvam o privilégio do FGTS à prescrição trintenária, em
Trabalho. vista que violariam o disposto no art. 7º, XXIX, da Constitucional
A Turma, vencido o relator, assim decidiu relativamente à prescrição Federal. Assim restou ementada a decisão:
do FGTS: "Adoto, como razão de decidir, a orientação contida na "Recurso extraordinário. Direito do Trabalho. Fundo de Garantia por
Súmula nº 130 deste E. TRT, assim redigida: "Não transcorridos Tempo de Serviço (FGTS). Cobrança de valores não pagos. Prazo
cinco anos após a data do julgamento do STF (ARE-709212/DF, em prescricional. Prescrição quinquenal. Art. 7º, XXIX, da Constituição.
13.11.2014), e, observado o prazo de dois anos após a extinção do Superação de entendimento anterior sobre prescrição trintenária.
contrato de trabalho para o ajuizamento da ação, aplica-se a Inconstitucionalidade dos arts. 23, § 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do
prescrição trintenária para pleitear diferenças de FGTS". Nego Regulamento do FGTS aprovado pelo Decreto 99.684/1990.
provimento."Registro, por oportuno, a fundamentação contida no Segurança jurídica. Necessidade de modulação dos efeitos da
seguinte trecho do voto vencido: "No caso dos autos, a ação foi decisão. Art. 27 da Lei 9.868/1999. Declaração de
ajuizada em 05/05/2016, sendo que o contrato perdurou de inconstitucionalidade com efeitos ex nunc. Recurso extraordinário a
07/07/2004 a 15/02/2015. Aplicando-se a fórmula acima, contando que se nega provimento. (STF, Tribunal Pleno, ARE 709.212 - DF,
30 anos a partir do termo inicial para o recolhimento do FGTS, publicado em 19/02/2015, Ministro Gilmar Mendes - Relator) "
teríamos 07/07/2034, consumando-se primeiro, portanto, os cinco Todavia, em tutela à segurança jurídica, os efeitos da decisão foram
anos a partir de 13/11/2014, ou seja 13/11/2019. Sendo assim, a modulados. Assim, tem-se a declaração de inconstitucionalidade
prescrição a ser aplicada ao caso concreto é a quinquenal, impondo com efeitos ex nunc, não devendo ser reconhecida a prescrição
-se a reforma da sentença quanto ao tema." quinquenal do FGTS no presente feito.
Admitoo recurso de revista no item. Assim, para as ações ajuizadas antes de 13/11/2014, aplica-se a
Admito o recurso, por possível contrariedade à Súmula 362, II, do prescrição trintenária do FGTS.
TST, com fulcro na alínea "a" do artigo 896 da CLT, embora a Para as ações ajuizadas após essa data, aplica-se a prescrição
decisão esteja em conformidade com a Súmula Regional 130. trintenária, contados 30 anos a partir do termo inicial para
CONCLUSÃO recolhimento do FGTS, caso essa se consume antes de
Dou seguimento" (fls. 530/531 - numeração de fls. verificada na 13/11/2019. Caso o prazo de 30 anos suplante essa data, aplica-se
visualização geral do processo eletrônico - "todos os PDFs" - assim a prescrição quinquenal (Ex: FGTS com início em 1990 + 30 anos =
como todas as indicações subsequentes). 2020, aplica-se a prescrição quinquenal).
Na hipótese, a presente ação foi ajuizada em 16/03/2016, logo se
Na decisão proferida em recurso ordinário, ficou consignado: aplica o item II da Súmula 362 do TST. O termo inicial em que o
reclamante pretende o recolhimento do FGTS é de 1987 (data da
"2. RECURSO ORDINÁRIO SOUZA CRUZ. matéria remanescente instituição do bônus alimentação). A prescrição trintenária se
2.1 PRESCRIÇÃO DO FGTS consuma em 2017, antes de 13/11/2019 (cinco anos contados do
O Juízo de primeiro grau aplicou aos depósitos incidentes sobre as julgamento do STF), aplicando-se, então, a prescrição que se
parcelas devidas durante o contrato de trabalho a prescrição consuma primeiro (a trintenária), nos termos do item II da Súmula
trintenária, nos termos da Súmula 362 do TST. Ressaltou que os 362 do TST. (TRT da 4ª Região, 8ª Turma, 0020339-
efeitos da decisão declarando a inconstitucionalidade dos arts. 23, 34.2016.5.04.0017 RO, em 19/10/2017, Desembargador Francisco
§ 5º, da Lei 8.036/1990 e 55 do Regulamento do FGTS aprovado Rossal de Araujo)
pelo Decreto 99.684/1990, foram modulados no tempo, No caso dos autos, a ação foi ajuizada em 05/05/2016, sendo que o
prospectando seu efeitos (ex nunc), a contar de 13/11/2014. contrato perdurou de 07/07/2004 a 15/02/2015. Aplicando-se a
Assevera a reclamada que a prescrição a ser aplicada quanto à fórmula acima, contando 30 anos a partir do termo inicial para o
matéria também é a quinquenal, a teor do inciso XXIX do artigo 7º recolhimento do FGTS, teríamos 07/07/2034, consumando-se
da Constituição Federal, uma vez que a presente ação foi ajuizada primeiro, portanto, os cinco anos a partir de 13/11/2014, ou seja
em 29/03/2016. 13/11/2019. Sendo assim, a prescrição a ser aplicada ao caso
Analiso. concreto é a quinquenal, impondo-se a reforma da sentença quanto
A referida Súmula 362 do TST tem a seguinte redação: ao tema.
"FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada Dou provimento ao recurso ordinário da reclamada para pronunciar
em razão de erro material - DEJT divulgado em 12, 15 e a prescrição quinquenal com relação aos depósitos devidos ao
16.06.2015. FGTS durante o contrato de trabalho" (fls. 510-511).
I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de
13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra A decisão regional foi publicada em 13/04/2018, fl. 529, após iniciar
o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o a eficácia da Lei 13.467/2017, em 11/11/2017, que alterou o art. 896
Advogado Dr. Celso Hideo Makita(OAB: Superior do Trabalho, razão porque é recomendável que se dê
18126/PR)
seguimento ao recurso para melhor exame.
Intimado(s)/Citado(s): CONCLUSÃO
Recebo o recurso de revista" (fls. 219-220 - numeração de fls.
- CLAUDETE APARECIDA BLAN DAROS
verificada na visualização geral do processo eletrônico - "todos os
- MUNICÍPIO DE CÂNDIDO DE ABREU
PDFs" - assim como todas as indicações subsequentes).
dezembro de 2035 prescreveria o depósito mais antigo reclamado tocante aos depósitos do FGTS, sendo que a decisão regional está
na inicial. Por sua vez, aplicando o prazo de 5 (cinco) anos em harmonia com a Súmula 362, II, do TST.
contados a partir de 13/11/2014, aquela pretensão da reclamante Sendo apelo empresarial e não de empregado, está ausente a
seria fulminada pela prescrição em novembro de 2019, sendo este o transcendência social.
marco prescricional a ser considerado na hipótese (prazo que se Também, não se discute questão inédita acerca da legislação
consumaria primeiro). trabalhista, não havendo de se falar em transcendência jurídica.
Nesse contexto, tendo em vista que a presente demanda foi Não bastasse isso, não está configurada qualquer dissonância entre
ajuizada em 10/11/2017, não há de fato qualquer prescrição a ser a decisão regional e a jurisprudência sumulada ou vinculante do
pronunciada no particular. Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal que
Mantenho a sentença" (fls. 193-194). configure a transcendência política. Assim, a decisão recorrida
encontra-se em sintonia com a Súmula 362, II, do TST.
A decisão regional foi publicada em 13/08/2018, fl. 218, após iniciar Por fim, minha compreensão, em relação à transcendência
a eficácia da Lei 13.467/2017, em 11/11/2017, que alterou o art. 896 econômica, seja para o empregador ou para o empregado, é a de
-A da CLT, passando a dispor: que não deve ser estabelecido um determinado valor a partir do
qual todas as causas teriam transcendência.
"Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de A transcendência concerne, por definição, a algum aspecto da
revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência causa que supera o espectro dos interesses individuais e reporta-se
com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, ao interesse coletivo. Mas essa coletividade não pode, por justiça,
social ou jurídica. corresponder a toda a sociedade brasileira como se empresários e
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros: trabalhadores pertencessem, indistintamente, ao mesmo estrato
I - econômica, o elevado valor da causa; social e econômico.
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência O interesse alimentar, ou de sobrevivência, é compartilhado por
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal toda imensa parcela da sociedade sem emprego ou renda,
Federal; malgrado a ele sejam indiferentes, não raro, os trabalhadores cuja
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social sorte ou talento os fez inseridos no mercado de trabalho. Também,
constitucionalmente assegurado; do outro lado, as pequenas e médias empresas ocupam nicho
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação econômico no qual o interesse de subsistir pode transcender mais
da legislação trabalhista. que o de ser competitiva ou de constituir monopólio, o contrário se
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao dando no front em que se digladiam as grandes corporações
recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo econômicas.
agravo desta decisão para o colegiado. São coletividades diferentes, tanto no caso dos empregadores
§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter quanto no dos empregados.
transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre Nada obstante esse entendimento, tais critérios precisam ser
a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. sopesados com a necessidade de estabelecimento de parâmetros
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do objetivos, a bem de se afastar da indesejável insegurança jurídica.
recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que Nesse intento, a busca de parâmetros legais, já estabelecidos,
constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. ainda que para outras situações, parece-me razoável, por refletir
§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo imparcialidade e homenagem a estudos legislativos anteriores que
de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a motivaram a fixação desses marcos.
transcendência da matéria. Logo, estando ausentes tais parâmetros, a melhor prática exegética
§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela sugere exercício interpretativo balizado pela coerência, praxe e
Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise senso comum.
dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não Entendo, em aplicação analógica do artigo 97, § 12, inc. I, do ADCT
abrangendo o critério da transcendência das questões nele (ESTADO/DF), inc. II (MUNICÍPIOS), artigo 17, § 1º, da Lei
veiculadas." 10.259/2001 (UNIÃO), ser presumida a transcendência econômica
quando o recurso de revista é interposto por ente municipal e o
Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo valor condenação supera trinta vezes o salário mínimo (limite para
Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às RPV de municípios). O que não é o caso dos autos (valor da
alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo em condenação de R$ 10.000,00 - dez mil reais - fl. 146).
relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já Ante o exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do CPC e
fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos 118, X, do RITST, NÃO RECONHEÇO a transcendência do recurso
inseridos pela Lei 13.467/2017: de revista eNÃO CONHEÇO do recurso de revista.
Publique-se.
"Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente
incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos
Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017, Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
data da vigência da Lei n.º 13.467/2017." AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
Ministro Relator
Evidente, portanto, a subsunção do presente recurso de revista
respectivo aos termos da referida lei. Processo Nº RR-0001094-88.2017.5.09.0073
A insurgência do reclamado se refere à prescrição da ação no
Complemento Processo Eletrônico 13.11.2014, ainda não decorreu o prazo quinquenal para sua
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho cobrança; e b) os depósitos devidos desde abril de 2009 até
Recorrente MUNICÍPIO DE CÂNDIDO DE ABREU 12.11.2014 tiveram seu prazo prescricional resguardado na forma
Procuradora Dra. Karina Rafaela Homeniuk Menjon do item II da Súmula 362, ou seja, desde que a reclamação contra o
de Oliveira
não recolhimento fosse ajuizada até 13.11.2019. Portanto, não há
Procurador Dr. Luiz Guilherme Piancastelli
prescrição a ser pronunciada no presente caso."
Recorrido ROSELI TROYNER PYTLAK
O réu requer seja "declarada a prescrição quinquenal às verbas do
Advogado Dr. Matheus Sega Filho(OAB:
74650/PR) FGTS pleiteadas pelo Reclamante, anteriores a cinco anos da data
de propositura da presente ação, por serem inexigíveis diante da
Intimado(s)/Citado(s): aplicação da Súmula 362, Inciso I, do Tribunal Superior do
- MUNICÍPIO DE CÂNDIDO DE ABREU Trabalho" (fl. 175).
- ROSELI TROYNER PYTLAK Analisa-se.
No caso em tela, a prescrição do recolhimento do FGTS é a
Trata-se de recurso de revista interposto pelo reclamado. trintenária.
Verifica-se que o recurso de revisa é tempestivo, regular a Segundo entendimento turmário, apenas para os casos cujo termo
representação processual e isento de preparo. inicial da prescrição - ou seja, a ausência de depósito no FGTS -
Por meio do parecer de fls. 238-239, o Ministério Público do ocorra após a data do julgamento pelo STF no Recurso
Trabalho opinou pelo prosseguimento normal do feito. Extraordinário nº 709.212/DF, de 13/11/2014, aplica-se, desde logo,
O juízo de admissibilidade procedeu ao recebimento do recurso de o prazo de cinco anos, o que, como visto, não é o caso dos autos.
revista, nos seguintes termos: Nesse sentido, a Súmula 362 do C. TST (Res. 198/2015):
FGTS. PRESCRIÇÃO (nova redação) - Res. 198/2015, republicada
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS em razão de erro material - DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
Recurso tempestivo (decisão publicadaem 20/09/2018 - id. I - Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de
aaba53d ; recurso apresentado em 10/10/2018 - id. 1434826). 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra
Representaçãoprocessual regular(Súmula 436, itens I e II, do o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o
Tribunal Superiordo Trabalho). prazo de dois anos após o término do contrato;
Isento de preparo (artigos 790-A da Consolidação das Leis do II - Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso
Trabalhoe 1º, inciso IV, doDecreto-lei 779/1969). em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a
Prescrição / FGTS. partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF) - negritamos.
Alegação(ões): Assim sendo, para a pretensão de pagamento do FGTS cuja
- contrariedade à(s) Súmula(s) nº 362, item I e II, do Tribunal exigibilidade é posterior a 13/11/14 (data da decisão proferida pelo
Superior do Trabalho. e. STF), é aplicável o prazo prescricional quinquenal previsto no art.
- divergência jurisprudencial. 7º, XXIX, da CF/88 (cinco anos, computados do momento em que
Orecorrente pede que seja reconhecida a prescrição quinquenal da se tornou exigível o FGTS, até o limite de dois anos após o término
pretensão de pagamento do FGTS sobre verbas pagas durante a do contrato de trabalho); para aqueles casos, todavia, em que o
vigência do contrato de trabalho. prazo prescricional já esteja em curso, cuja exigibilidade precede a
Fundamentos do acórdão recorrido: "Assim sendo, para a pretensão data de 13/11/14, aplica-se o prazo de 30 anos
de pagamento do FGTS cuja exigibilidade é posterior a 13/11/14 Ante o exposto, mantém-se" (fls. 203-204).
(data da decisão proferida pelo e. STF), é aplicável o prazo
prescricional quinquenal previsto no art. 7º, XXIX, da CF/88 (cinco A decisão regional foi publicada em 10/09/2018, fl. 227, após iniciar
anos, computados do momento em que se tornou exigível o FGTS, a eficácia da Lei 13.467/2017, em 11/11/2017, que alterou o art. 896
até o limite de dois anos após o término do contrato de trabalho); -A da CLT, passando a dispor:
para aqueles casos, todavia, em que o prazo prescricional já esteja
em curso, cuja exigibilidade precede a data de 13/11/14, aplica-se o "Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de
prazo de 30 anos" revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência
Pelos fundamentos expostos no acórdão, vislumbra-se, na decisão com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política,
da Turma, possível contrariedade àSúmula nº 362 do Tribunal social ou jurídica.
Superior do Trabalho, razão porque é recomendável que se dê § 1º São indicadores de transcendência, entre outros:
seguimento ao recurso para melhor exame.Recebo. I - econômica, o elevado valor da causa;
CONCLUSÃO II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência
Recebo o recurso de revista" (fls. 228-229 - numeração de fls. sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
verificada na visualização geral do processo eletrônico - "todos os Federal;
PDFs" - assim como todas as indicações subsequentes). III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social
constitucionalmente assegurado;
Ficou consignado na decisão proferida em recurso ordinário: IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação
da legislação trabalhista.
"FGTS § 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao
Assim constou na r. sentença (fl. 164): recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo
"[...] Nesse ínterim, considerando que a presente demanda foi agravo desta decisão para o colegiado.
ajuizada em 20 de setembro de 2017, não há que se falar em § 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter
prescrição, porque: a) quanto aos depósitos devidos a partir de transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre
a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. sopesados com a necessidade de estabelecimento de parâmetros
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do objetivos, a bem de se afastar da indesejável insegurança jurídica.
recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que Nesse intento, a busca de parâmetros legais, já estabelecidos,
constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. ainda que para outras situações, parece-me razoável, por refletir
§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo imparcialidade e homenagem a estudos legislativos anteriores que
de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a motivaram a fixação desses marcos.
transcendência da matéria. Logo, estando ausentes tais parâmetros, a melhor prática exegética
§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela sugere exercício interpretativo balizado pela coerência, praxe e
Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise senso comum.
dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não Entendo, em aplicação analógica do artigo 97, § 12, inc. I, do ADCT
abrangendo o critério da transcendência das questões nele (ESTADO/DF), inc. II (MUNICÍPIOS), artigo 17, § 1º, da Lei
veiculadas." 10.259/2001 (UNIÃO), ser presumida a transcendência econômica
quando o recurso de revista é interposto por ente municipal e o
Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo valor da condenação supera trinta vezes o salário mínimo (limite
Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às para RPV de municípios). O que não é o caso dos autos (valor da
alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo em condenação de R$ 10.000,00 - dez mil reais - fl. 163).
relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já Ante o exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do CPC e
fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos 118, X, do RITST, NÃO RECONHEÇO a transcendência eNÃO
inseridos pela Lei 13.467/2017: CONHEÇO do recurso de revista.
Publique-se.
"Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente
incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos
Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017, Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
data da vigência da Lei n.º 13.467/2017." AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
Ministro Relator
Evidente, portanto, a subsunção do presente recurso de revista
respectivo aos termos da referida lei. Processo Nº RR-0101127-06.2016.5.01.0571
A insurgência do reclamado se refere à prescrição da ação no Complemento Processo Eletrônico
tocante aos depósitos do FGTS, sendo que a decisão regional está Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
em harmonia com a Súmula 362, II, do TST. Recorrente ANA PAULA DA SILVA DE OLIVEIRA
Sendo apelo empresarial e não de empregado, está ausente a Advogado Dr. Rosângela Cacho Guimarães(OAB:
72226/RJ)
transcendência social.
Advogado Dr. Andrew Phelipe Cacho
Também, não se discute questão inédita acerca da legislação Zanette(OAB: 186619/RJ)
trabalhista, não havendo de se falar em transcendência jurídica. Recorrido VIA VAREJO S.A.
Não bastasse isso, não está configurada qualquer dissonância entre Advogado Dr. Tatiane De Cicco Nascimbem
a decisão regional e a jurisprudência sumulada ou vinculante do Chadid(OAB: 201296-A/SP)
Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal que
configure a transcendência política. Assim, a decisão recorrida Intimado(s)/Citado(s):
encontra-se em sintonia com a Súmula 362, II, do TST. - ANA PAULA DA SILVA DE OLIVEIRA
Por fim, minha compreensão, em relação à transcendência - VIA VAREJO S.A.
econômica, seja para o empregador ou para o empregado, é a de
que não deve ser estabelecido um determinado valor a partir do Trata-se de recurso de revista interposto pela reclamante.
qual todas as causas teriam transcendência. O juízo de admissibilidade procedeu ao recebimento parcial do
A transcendência concerne, por definição, a algum aspecto da recurso de revista nos seguintes termos:
causa que supera o espectro dos interesses individuais e reporta-se
ao interesse coletivo. Mas essa coletividade não pode, por justiça, "PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
corresponder a toda a sociedade brasileira como se empresários e Tempestivo o recurso.
trabalhadores pertencessem, indistintamente, ao mesmo estrato Regular a representação processual).
social e econômico. Desnecessário o preparo.
O interesse alimentar, ou de sobrevivência, é compartilhado por PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
toda imensa parcela da sociedade sem emprego ou renda, REMUNERAÇÃO, VERBAS INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS /
malgrado a ele sejam indiferentes, não raro, os trabalhadores cuja COMISSÕES.
sorte ou talento os fez inseridos no mercado de trabalho. Também, Alegação(ões):
do outro lado, as pequenas e médias empresas ocupam nicho - violação d(a,o)(s) Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 462;
econômico no qual o interesse de subsistir pode transcender mais artigo 2º.
que o de ser competitiva ou de constituir monopólio, o contrário se - divergência jurisprudencial: .
dando no front em que se digladiam as grandes corporações No tocante ao tema acima descrito, verifico que a parte recorrente
econômicas. logrouevidenciar a ocorrência de divergência jurisprudencial válida
São coletividades diferentes, tanto no caso dos empregadores e específica, o que, a teor da alínea "a", do artigo 896 da CLT,
quanto no dos empregados. autoriza o seguimento do recurso.
Nada obstante esse entendimento, tais critérios precisam ser DURAÇÃO DO TRABALHO / HORAS EXTRAS /
COMISSIONISTA / COMISSIONISTA MISTO. pela reclamante em razão das vendas realizadas a prazo
Alegação(ões): observavam o valor da mercadoria para a venda à vista, sem
- divergência jurisprudencial: . acréscimo dos juros de financiamento.
O exame detalhado dos autos revela que o v. acórdão regional, no É indevida a incidência de comissões sobre os juros e encargos de
tocante ao tema recorrido, está fundamentado no conjunto fático- financiamento, porquanto no valor das vendas a prazo já estão
probatório até então produzido. Nesse aspecto, a análise das embutidos os encargos financeiros dos financiamentos, cujo risco é
violações apontadas importaria o reexame de todo o referido exclusivo do empregador. Assim, não há falar em incidência de
conjunto, o que, na atual fase processual, encontra óbice comissão sobre tais valores, sob pena de violação do princípio da
inarredável na Súmula 126 doTST. boa-fé previsto no art. 422 do Código Civil e desrespeito à vedação
Nego seguimento. do enriquecimento sem causa (art. 884 do Código Civil).
CONCLUSÃO Nesse sentido, cito:
RECEBO o recurso de revista apenas quanto ao tema:
Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Comissões" (fls. "(...) II - RECURSO DE REVISTA SOB A ÉGIDE DA LEI
586/587 - numeração de fls. verificada na visualização geral do 13015/2014. (...) DIFERENÇAS DE COMISSÕES. JUROS DE
processo eletrônico - "todos os PDFs" - assim como todas as FINANCIAMENTO. É indevida a incidência de comissões sobre os
indicações subsequentes). juros e encargos de financiamento, porquanto no valor das vendas a
prazo já estão embutidos os encargos financeiros dos
Ficou consignado na decisão proferida em recurso ordinário: financiamentos, cujo risco é exclusivo do empregador. Assim, não
há falar em incidência de comissão sobre tais valores, esclarecendo
"RECURSO DA RECLAMANTE o Regional que o reclamante recebia comissão incidente sobre o
DIFERENÇAS DE COMISSÕES POR VENDAS A PRAZO preço à vista. Recurso de revista não conhecido." (RR-2156-
Na sentença prolatada, o Juízo monocrático indeferiu o pleito em 19.2014.5.03.0112, 6ª Turma, Relator Ministro Augusto César Leite
questão uma vez que o financiamento não faz parte da venda, de de Carvalho, DEJT 24/05/2019.)
modo que sobre o valor dos juros a ele inerentes não são devidas
comissões ou seus reflexos. "EMBARGOS REGIDOS PELA LEI Nº 13.015/2014 . DIFERENÇAS
Alega a autora que, pelo fato de a reclamada não considerar os DE COMISSÕES. REPRESENTANTE COMERCIAL AUTÔNOMO.
encargos do financiamento na base de cálculo, a reclamante, BASE DE CÁLCULO. VALOR DA VENDA À VISTA. PRINCÍPIOS
segundo fez constar na exordial, deixava de receber cerca de 20% DA BOA-FÉ E DA VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM
das comissões efetivamente devidas a ela; que a reclamada trouxe CAUSA. A controvérsia cinge-se a definir se as comissões devidas
aos autos apenas alguns poucos mapas de vendas, constando a representante comercial autônomo devem ser calculadas sobre o
apenas aquelas realizadas à vista; que a reclamada não anexou os valor da venda à vista ou acrescido dos encargos do financiamento.
relatórios completos de todos os tipos de vendas efetuadas, Importante salientar que não era a reclamada quem financiava a
devendo assim ser-lhe aplicada a confissão, conforme os artigos venda a prazo para os seus clientes, mas sim a instituição
390 c/c 400 do NCPC. Aduz que a Lei 3.207/57, que regulamenta financeira, que repassava àquela apenas o valor da mercadoria à
as atividades dos empregados vendedores, não faz distinção entre vista e recebia os juros decorrentes do financiamento. O artigo 2º,
o preço à vista e o preço a prazo para o fim de incidência de caput , da Lei nº 3.207/57, que regulamenta as atividades dos
comissões sobre vendas. empregados vendedores, assim dispõe: "Art 2º O empregado
Sem razão. vendedor terá direito à comissão avençada sobre as vendas que
Como bem ressaltou o Juiz de primeiro grau, o parcelamento do realizar. No caso de lhe ter sido reservada expressamente, com
produto, seja por carnê ou por cartão, gera juros que exclusividade, uma zona de trabalho, terá esse direito sobre as
verdadeiramente não podem compor o valor das comissões, pois vendas ali realizadas diretamente pela empresa ou por um preposto
dizem respeito a contrato de financiamento. desta.". Ainda, o artigo 32, § 4º, da Lei nº 4.886/65, que
Assim, os valores correspondentes à taxa de administração das regulamenta a atividade do representante comercial autônomo,
operadoras de cartões de crédito, bem como os juros, não deverão estabelece que as comissões deverão ser calculadas pelo valor
incidir no percentual das comissão, pois não são repassados ao total das mercadorias. Por valor total das mercadorias não se pode
empregador e sim à operadora do cartão de crédito e à financeira. entender tratar-se do preço da venda acrescido dos encargos
Deste modo, não há o que reparar na r. Sentença que a mantenho decorrentes do financiamento, como os juros, mormente em
sob seus próprios fundamentos. hipóteses como a dos autos, em que não era a tomadora dos
Nego provimento" (fls. 522-523). serviços deste representante comercial autônomo, empresa
representada, que financiava o negócio, mas sim distinta instituição
Destaco que o apelo obstaculizado é regido pela Lei 13.015/2014, financeira sem qualquer vínculo com a primeira e que entabulava
mas não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto outro negócio jurídico com o cliente comprador. Com efeito, os
contra decisão publicada em 09/05/2017, fl. 536, após iniciada a encargos decorrentes do financiamento não são revertidos à
eficácia da aludida norma, em 22/9/2014. empresa representada, que recebe apenas o valor da mercadoria.
No caso em tela, a recorrente logrou demonstrar a satisfação dos Beneficiam, pois, apenas a instituição financeira, que não possui
requisitos do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei nenhum vínculo com o representante comercial, mas sim com o
13.015/2014. Não obstante isso, o recurso de revista efetivamente cliente. Além disso, esses acréscimos não são fruto direto do
não logra processamento, como se demonstrará a seguir. trabalho prestado pelo autor, cujo esforço foi concentrado na venda
Friso que o recurso de revista interposto na vigência do CPC foi do produto pelo preço oferecido por quem ele representa. Segundo
recebido apenas no tocante ao tema "diferenças de comissões por se observa do artigo 884 do Código Civil, considera-se
vendas a prazo". enriquecimento sem causa a vantagem econômica auferida sem
O que se extrai do acórdão regional é que as comissões recebidas substrato jurídico, aumentando o patrimônio do beneficiário sem
nenhum elemento jurídico capaz de justificá-la, em detrimento do mediante a qual se denegou seguimento ao recurso de revista, sob
injustificado empobrecimento de alguém. Assim, embasado no os seguintes fundamentos:
fundamento de que não é possível se enriquecer sem uma causa
lícita, todo pagamento feito sem que seja devido deverá ser "PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
restituído. Ademais, faz-se relevante diferenciar a relação jurídica Tempestivo o recurso.
travada entre o representante comercial e a empresa representada, Regular a representação processual.
de intermediação da venda com o cliente, com o negócio firmado Satisfeito o preparo.
entre este e a instituição financeira concedente do empréstimo, da PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
qual o autor nem sequer participou nem colaborou diretamente para Responsabilidade Solidária/Subsidiária
acontecer, tratando-se, pois, de relações distintas. Desse modo, Duração do Trabalho / Horas Extras
conclui-se que atribuir ao representante comercial autônomo o A Lei 13.015/2014, aplicável aos recursos interpostos das decisões
direito a comissões apuradas sobre valores que não foram por ele publicadas a partir de 22/09/2014 (consoante interpretação do TST
conquistados nem serão recebidos pela empresa representada e estampada no artigo 1º do Ato 491/SEGJUD.GP), inseriu o §1º-A no
tomadora de seus serviços, já que se trata de pagamento oriundo artigo 896 da CLT, com a seguinte redação:
do contrato havido entre o cliente e a instituição financeira, "Art. 896. (...)
caracteriza enriquecimento sem causa, o que é vedado pelo § 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
ordenamento jurídico, conforme estabelece o artigo 884 do Código I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
Civil. Assim, considerando que os contratos em geral devem ser prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
interpretados conforme a boa-fé, nos termos do artigo 422 do II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
Código Civil, e tendo em vista a vedação ao enriquecimento sem dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
causa prevista no artigo 884 do mesmo Código, as comissões Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
devidas ao representante comercial autônomo devem ser III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
calculadas sobre o valor da venda à vista, salvo estipulação em fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
contrário. Embargos conhecidos e providos." (E-RR-1846- demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
18.2011.5.03.0015, Subseção I Especializada em Dissídios Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
Individuais, Relator Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT aponte.
06/12/2019.) IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de
nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho
Ante o exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do CPC e dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do
118, X, do RITST,NÃO CONHEÇO do recurso de revista. tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da
Publique-se. decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)".
Diante deste contexto, não podem ser admitidos recursos cujas
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) razões não indiquem o "trecho da decisão recorrida que
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO consubstancia o prequestionamento da controvérsia", que não
Ministro Relator apontem de forma "explícita e fundamentada, contrariedade a
dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do TST" que
Processo Nº AIRR-0100301-94.2016.5.01.0242 conflite com a decisão regional ou que não contenham impugnação
Complemento Processo Eletrônico de todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, com
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
Agravante SENDAS DISTRIBUIDORA S.A. Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
Advogada Dra. Ana Gabriela Burlamaqui de aponte.
Carvalho Vianna(OAB: 81690/RJ)
Quanto à responsabilidade subsidiária, a parte recorrente
Advogada Dra. Patrícia Sylvan Neves(OAB:
1671/RJ) transcreveu, nas razões recursais, a íntegra da fundamentação do
Advogada Dra. Regina Aparecida Sevilha referido tema apreciado no acórdão sem que sequer fosse
Seraphico(OAB: 147738/SP) destacado o objeto da controvérsia, o que não atende ao comando
Agravado REINALDO DA CONCEICAO legal, haja vista que transfere ao julgador o ônus de pinçar os
FERNANDES
trechos da fundamentação que contêm as teses em testilha. Quanto
Advogado Dr. William Rodrigues Monnerat(OAB:
92878/RJ) às horas extras, não cumpriu a recorrente o disposto no inciso II
Agravado EXCLUSIVA COMÉRCIO DE acima citado.
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA E Em razão do exposto, não há como se admitir o apelo, no particular,
SERVIÇOS DE TERCEIRIZAÇÃO DE
MÃO DE OBRA EIRELI face a patente deficiência de fundamentação.
CONCLUSÃO
Intimado(s)/Citado(s): NEGO seguimento ao recurso de revista" (fls. 402-403).
transcendência fica prejudicado, por ora, ante a desfundamentação porquanto a tutela coletiva não lhe aproveita se não houver
do agravo de instrumento. promovido, a tempo e modo, a suspensão do processo individual.
O agravo de instrumento é tempestivo, está subscrito por advogado A interpretação conferida pelo v. acórdão recorrido está em
habilitado nos autos, e satisfeito o preparo. consonância com iterativa, notória e atual jurisprudência do C. TST
Contudo, as razões de agravo de instrumento não atacam (RR-63100-71.2007.5.04.0025, 1ª Turma, DEJT-08/06/12, RR-
objetivamente os fundamentos lançados na decisão agravada, 40300-92.2005.5.04.0001, 2ª Turma, DEJT-06/09/12, RR-5081-
relativos ao descumprimento dos requisitos do § 1º-A do art. 896 da 27.2011.5.07.0000, 3ª Turma, DEJT-10/08/12, RR-23500-
CLT, ficando desfundamentado o apelo, na forma da Súmula 422 do 43.2006.5.04.0101, 4ª Turma, DEJT-10/08/12, RR-125000-
TST. 49.2009.5.22.0004, 6ª Turma, DEJT-31/08/12 e E-RR-18800-
Em vista do exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do 55.2008.5.22.0003, DEJT-09/01/12).
CPC, e 118, X, do RITST, JULGO PREJUDICADA a análise da Inviável, por decorrência, o apelo, de acordo com o art. 896, § 7º, da
transcendência eNÃO CONHEÇOdo agravo de instrumento. CLT, c/c a Súmula 333 do C. TST.
Publique-se. Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Adicional /
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. Adicional de Periculosidade.
A questão relativa ao adicional de periculosidade foi solucionada
com base na análise dos fatos e provas. Nessa hipótese, por não se
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) lastrear o v. julgado em tese de direito, inviável a aferição de ofensa
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO aos dispositivoslegais invocados e de divergência jurisprudencial.
Ministro Relator Incidência da Súmula 126 do C. TST.
Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Adicional /
Processo Nº RR-0001293-74.2012.5.15.0023 Adicional de Periculosidade / Tempo de exposição.
Complemento Processo Eletrônico O v. julgado não se manifestou a respeito do tempo de exposição,
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho sendo certo que a ora recorrente não cuidou de opor embargosde
Recorrente CERVEJARIAS KAISER BRASIL S.A. declaraçãopara sanar a omissão, o que inviabiliza o apelo,
Advogada Dra. Viviane Castro Neves Pascoal comfundamento na Súmula 297 do C. TST.
Maldonado Dal Mas(OAB: 136069/SP)
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Partes e
Recorrido JARDEL ANTONIO DE ALMEIDA
Procuradores / Sucumbência / Honorários Periciais.
Advogado Dr. Jânio Antonio de Almeida(OAB:
197280/SP) A recorrente não aponta violação a qualquer dispositivo
constitucional ou legal, tampouco traz dissenso interpretativo ou de
Intimado(s)/Citado(s): súmula vinculante do STF, ou aindadivergência de arestos
paradigmas, restando, assim, desfundamentado o apelo, no tocante
- CERVEJARIAS KAISER BRASIL S.A.
a tal matéria, pois não observadas as exigências do art. 896, "a", "b"
- JARDEL ANTONIO DE ALMEIDA
e "c", da CLT.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Penalidades
Trata-se de recurso de revista da reclamada, parcialmente recebido
Processuais.
pelo Regional, sob os seguintes fundamentos:
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
Não ofende os dispositivos constitucionais e legais invocados, v.
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
acórdão que mantém a multa aplicada em 1º grau, por reputar a
Tempestivo o recurso (decisão publicada em 21/10/2016; recurso
embargante litigante de má-fé.
apresentado em 03/11/2016).
Duração do Trabalho / Repouso Semanal Remunerado e Feriado.
Regular a representação processual.
REFLEXOS DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Satisfeito o preparo.
O v. acórdão manteve os reflexos de adicional de periculosidade em
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
RSR porque o reclamante é horista.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Formação,
Quanto a esta matéria, entendo prudente o seguimento do apelo,
Suspensão e Extinção do Processo / Litispendência.
por possível divergência daOrientação Jurisprudencial 103 da SDI-
O C. TST firmou o entendimento no sentido de que a existência de
1 do C. TST.
ação ajuizada pelo Sindicato, na condição de substituto processual,
CONCLUSÃO
não dá ensejo ao reconhecimento de litispendência, na hipótese de
RECEBO o recurso de revista" (fls. 786-788 - numeração de fls.
ajuizamento de ação por empregado integrante da categoria
verificada na visualização geral do processo eletrônico - "todos os
profissional objetivando o reconhecimento dos mesmos direitos,
PDFs" - assim como todas as indicações subsequentes).
ainda que coincidentes os pedidos e as causas de pedir. A nova
sistemática processual, caracterizada pela coletivização das
O recurso é tempestivo, subscrito por procurador regularmente
demandas, visando a racionalizar a atividade judicante - além de
constituído nos autos e está satisfeito o preparo.
emprestar maior efetividade e coerência à prestação jurisdicional -,
Convém destacar que o recurso é regido pela Lei 13.015/2014, mas
não se compadece com certos conceitos tradicionais, típicos do
não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
processo individual. Nesse sentido, o art. 104 do Código de Defesa
contra decisão publicada em 22/6/2016, após iniciada a eficácia da
do Consumidor exclui, expressamente, a possibilidade de se
aludida norma, em 22/9/2014.
configurar litispendência entre a ação individual e a ação coletiva.
Igualmente, considerando que a decisão de admissibilidade foi
Por consequência, se não há que se falar em litispendência entre
publicada em 19/4/2017/2017, e ante o cancelamento da Súmula
ação coletiva e ação individual, a inexistência de coisa julgada torna
285 do TST, em 15/04/2016, está preclusa a discussão quanto aos
-se mera decorrência lógica dessa conclusão. Ademais, não há a
temas "litispendência", "adicional de periculosidade" e "multa por
possibilidade de o titular do direito beneficiar-se duplamente,
litigância de má-fé", aos quais foi denegado seguimento pelo
O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014, - DOUGLAS BERTI SUSIN
que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da - MASSA FALIDA de GUERRA S.A. - IMPLEMENTOS
RODOVIÁRIOS
CLT, com a seguinte redação:
- contrariedade à(s) Súmula(s) 219, I, do Tribunal Superior do dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não
Trabalho. abrangendo o critério da transcendência das questões nele
A Turma condenou em honorários advocatícios, nestes termos: No veiculadas."
caso em apreço, não foi apresentada credencial sindical.
(...)Havendo condenação em parcelas não decorrentes da relação Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo
de emprego, mas de cunho cível, a exemplo das indenizações por Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às
danos morais ou materiais, exclusivamente sobre estas parcelas, alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo em
tenho por devidos honorários pela mera sucumbência, nos termos relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já
da IN 27 do TST. A verba honorária é devida à razão de quinze por fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos
cento, sendo este o percentual que melhor se ajusta à realidade da inseridos pela Lei 13.467/2017:
Justiça do Trabalho, a ser calculado sobre o valor bruto da
condenação, na linha da Súmula 37 deste Regional: "Súmula nº 37 - "Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos
HONORÁRIOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. BASE DE recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente
CÁLCULO. Os honorários de assistência judiciária são calculados incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos
sobre o valor bruto da condenação". (Relatora: Brígida Joaquina C. Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017,
Barcelos Toschi). Grifei. data da vigência da Lei n.º 13.467/2017."
Admitoo recurso de revista no item.
Admito o recurso, por possível contrariedade à Súmula 219, I, do Evidente, portanto, a subsunção do recurso de revista e do agravo
TST, com fulcro na alínea "a"c/c § 9ºdo artigo 896 da CLT, com a de instrumento aos termos da referida lei.
redação dada pela Lei nº 13.015/2014. Friso, ainda, que, apesar de o art. 896-A da CLT estabelecer a
Saliento que a Súmula Regional 61, referente à matéria, foi necessidade de exame prévio da transcendência do recurso de
cancelada (Resolução Administrativa nº 31/17). revista, a jurisprudência da Sexta Turma do TST tem evoluído para
CONCLUSÃO entender que esta análise fica prejudicada quando o apelo carece
Recebo parcialmente o recurso" (fls. - numeração de fls. verificada de pressupostos processuais extrínsecos ou intrínsecos que
na visualização geral do processo eletrônico - "todos os PDFs" - impedem o alcance do exame meritório do feito, como no caso em
assim como todas as indicações subsequentes). tela.
O agravo de instrumento é tempestivo e está subscrito por
Convém destacar que o apelo em exame rege-se pela Lei advogado habilitado nos autos.
13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto contra decisão Contudo, o recurso não logra êxito em ser conhecido, porquanto a
publicada em 13/6/2018, após iniciada a eficácia da aludida norma, agravante não ataca especificamente os fundamentos da decisão
em 11/11/2017. agravada, na forma da Súmula 422, I, do TST.
A decisão regional foi publicada em 13/6/2018, fl. 303, após iniciar a Percebe-se que a reclamada limitou-se a repetir as arguições
eficácia da Lei 13.467/2017, em 11/11/2017, que alterou o art. 896- trazidas no recurso de revista, relativas ao mérito do recurso, sem
A da CLT, passando a dispor: se insurgir, especificamente, ainda que de forma sintetizada, sobre
a ausência dos requisitos de admissibilidade inscritos no § 1º-A do
"Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de art. 896 da CLT.
revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência Tratando-se de agravo de instrumento, a parte agravante deve
com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, atacar diretamente os fundamentos da decisão denegatória,
social ou jurídica. demonstrando a efetiva viabilidade do recurso trancado, por
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros: emoldurar-se nos casos elencados no art. 896 da CLT.
I - econômica, o elevado valor da causa; Vale ressaltar que a impugnação aos fundamentos lançados na
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência decisão denegatória deve ser específica, objetiva e pontual acerca
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal das razões que ensejaram o trancamento do recurso, o que não
Federal; ocorreu no caso vertente.
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social Nesse sentido, aplicável a orientação emanada da Súmula 422, I,
constitucionalmente assegurado; desta Corte, com sua nova redação, que ora se transcreve:
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação
da legislação trabalhista. "RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao CONHECIMENTO (redação alterada, com inserção dos itens I, II e
recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo III) - Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.06.2015. Com
agravo desta decisão para o colegiado. errata publicado no DEJT divulgado em 01.07.2015
§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter I - Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho
transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da
a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. decisão recorrida, nos termos em que proferida.
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do II - O entendimento referido no item anterior não se aplica em
recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que relação à motivação secundária e impertinente, consubstanciada
constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão
§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo monocrática.
de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a III - Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso
transcendência da matéria. ordinário da competência de Tribunal Regional do Trabalho, exceto
§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela em caso de recurso cuja motivação é inteiramente dissociada dos
Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise fundamentos da sentença."
Sem razão.
Compulsando os espelhos de ponto (vide id fe7c732, fls. 178 e Trata-se de recurso de revista interposto pelo reclamante.
seguintes), não infirmados, extrai-se que a trabalhadora esteve em O recurso de revisa é tempestivo, regular a representação
licença maternidade até 09/06/2016, iniciando a fruição de férias a processual e custas pela reclamada.
partir desta data. Que após o término das férias, compareceu O juízo de admissibilidade procedeu o recebimento do recurso de
poucas vezes, passando a faltar injustificamente desde o dia revista, nos seguintes termos:
28/07/2016.
Assim é que, tenho por comprovada a tese empresarial de que não "PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
rescindiu o contrato de trabalho da reclamante, que passou a faltar Recurso tempestivo (decisão publicadaem 20/04/2017; ID a3fcb7b;
injustificadamente por não mais ter interesse em mantê-lo. recurso apresentado em 27/04/2017; ID eeedea0).
Correta a decisão de origem, que declarou a rescisão do contrato Representação processual regular (ID c27be9b).
de trabalho por iniciativa da trabalhadora, concedendo-lhe os Preparoinexigível.
haveres correspondentes a tal modalidade. PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Nego provimento" (fl. 380). DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / PARTES E
PROCURADORES / LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ.
Convém destacar que o apelo é regido pela Lei 13.015/2014, mas Alegação(ões):
não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto - violação do(s) artigo 5º, inciso XXXV da Constituição Federal.
contra decisão publicada em 10/11/2017, fl. 404, após iniciada a - violação da (o) Código de Processo Civil 2015, artigo 77, inciso I;
eficácia da aludida norma, em 22/9/2014. artigo 80.
No caso em tela, a recorrente logrou demonstrar a satisfação dos - divergência jurisprudencial.
requisitos do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei Orecorrente pede que seja afastada a multa por litigância de má-fé.
13.015/2014. Não obstante isso, o recurso de revista efetivamente Afirma que não houve conduta maliciosa.
não logra conhecimento, como se demonstrará a seguir. Fundamentos do acórdão recorrido:
O Regional, soberano no exame do conjunto fático-probatório dos "A parte autora requer a exclusão da multa (e honorários
autos, mantendo a sentença, consignou "assim é que, tenho por advocatícios) por litigância de má-fé, assim estabelecida na
comprovada a tese empresarial de que não rescindiu o contrato de sentença (id 239ee47 - fls. 07/08):"
trabalho da reclamante, que passou a faltar injustificadamente por Litigância de má-fé
não mais ter interesse em mantê-lo. Correta a decisão de origem, Ao alegar que nunca foi fornecido lanche antes do trabalho
que declarou a rescisão do contrato de trabalho por iniciativa da extraordinário e que o pagamento das verbas rescisórias ocorreu no
trabalhadora, concedendo-lhe os haveres correspondentes a tal dia 16.10.2015, fatos comprovadamente falsos, respectivamente
modalidade" (fl. 380). pela confissão do autor e a prova documental produzida pela ré,
Ante o quadro delineado pelo Regional não se verifica violação do não há dúvida de que o reclamante alterou a verdade dos fatos,
art. 373 do CPC, nem contrariedade à Súmula 212 do TST, na sendo elevada a probabilidade de que se beneficiaria
medida em que comprovado que a extinção do contrato de trabalho indevidamente caso ocorresse a revelia ou diante de algum deslize
decorreu de iniciativa da reclamante. da defesa.
Por fim, a aferição das alegações recursais requereria novo exame O autor conta com assistência profissional habilitada e por isso não
do quadro factual delineado na decisão regional, na medida em que pode se respaldar em pretenso informalismo do processo do
se contrapõem frontalmente à assertiva fixada no acórdão regional, trabalho para defender os pedidos desleais que formula.
hipótese que atrai a incidência da Súmula 126 do TST. Declaro o reclamante litigante de má-fé e, com base nos art. 80 e
Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do seguintes do Código de Processo Civil, o autor a pagar à reclamada
CPC e 118, X, do RITST,NÃO CONHEÇO do recurso de revista. a multa no valor condeno equivalente a 2% do valor da causa e
Publique-se. indenizar as despesas com honorários advocatícios de R$1.000,00
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. (valor arbitrado considerando as repercussões possíveis caso
acolhidos os pedidos maculados de má-fé)." (destaque pelo Relator)
Analisa-se.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) A litigância de má-fé se configura quando presente uma das
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO hipóteses do art. 80 do CPC/2015.
Ministro Relator Por evidente, as partes devem se comportar no processo com
lealdade e correção quanto à verdade dos fatos trazidos a juízo (art.
Processo Nº RR-0000293-06.2016.5.09.0657 77 do CPC/2015).
Complemento Processo Eletrônico A moral e a ética balizam o agir das partes do processo. Inaceitável
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho qualquer manobra ardilosa com o fim de encobrir a verdade ou de
Recorrente PAULO ROBERTO GIRARDI obter vantagem pessoal para si ou para outrem.
Advogado Dr. Robson Zavadniak(OAB: Por outro lado, é preciso assegurar ao interessado o direito de
61927/PR) acesso ao Poder Judiciário.
Recorrido BRASILSAT HARALD S.A. No caso, as pretensões deduzidas pelo autor quanto à 'alimentação
Advogado Dr. Rodrigo Teixeira Matos(OAB: antes da hora extra' e 'multa do artigo 477 da CLT' se revelam
41336/PR)
temerárias e manifestamente desprovidas de fundamento.
Intimado(s)/Citado(s): Veja-se que na petição inicial afirma-se quanto ao lanche que: "Em
que pese o direito garantido no instrumento coletivo, o reclamante,
- BRASILSAT HARALD S.A.
durante todo o tempo em que trabalhou para a empregadora, nunca
- PAULO ROBERTO GIRARDI
usufruiu do referido benefício" (id cd1f431 - fl. 06); mas em
depoimento em Juízo o autor confessa que "antes de começar as A litigância de má-fé se configura quando presente uma das
horas extras recebia um lanche com intervalo de 15 minutos" (id hipóteses do art. 80 do CPC/2015.
00c6ca - fl. 01). Por evidente, as partes devem se comportar no processo com
E quanto à multa do art. 477 da CLT, narra-se na petição inicial (id lealdade e correção quanto à verdade dos fatos trazidos a juízo (art.
cd1f431 - fl. 15): 77 do CPC/2015).
"As verbas rescisórias não foram pagas dentro do prazo legal A moral e a ética balizam o agir das partes do processo. Inaceitável
previsto no §6º, alínea "a", do art. 477 da CLT, tendo em vista que o qualquer manobra ardilosa com o fim de encobrir a verdade ou de
pagamento ocorreu 07 (sete) dias após a dispensa, o que torna obter vantagem pessoal para si ou para outrem.
passível a aplicação do disposto no §8º do referido artigo." Por outro lado, é preciso assegurar ao interessado o direito de
Ocorre que com a defesa veio aos autos o comprovante do depósito acesso ao Poder Judiciário.
em conta bancária do autor relativo aos valor das verbas No caso, as pretensões deduzidas pelo autor quanto à 'alimentação
rescisórias, realizado em 13/10/2015, ou seja, primeiro dia útil antes da hora extra' e 'multa do artigo 477 da CLT' se revelam
seguinte ao término do contrato (ocorrido em 09/10/2015, com temerárias e manifestamente desprovidas de fundamento.
cumprimento do aviso prévio), em conformidade com o prazo legal - Veja-se que na petição inicial afirma-se quanto ao lanche que: "Em
id 4ef779a fls. 02 e 04. que pese o direito garantido no instrumento coletivo, o reclamante,
Dessa forma, restou caracterizada a má-fé processual do autor ao durante todo o tempo em que trabalhou para a empregadora, nunca
alterar a verdade dos fatos, abusando, portanto, do seu direito de usufruiu do referido benefício" (idcd1f431 - fl. 06); mas em
ação (art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal).De outro lado, depoimento em Juízo o autor confessa que "antes de começar as
considera-se razoável limitar, no caso, a condenação apenas à horas extras recebia um lanche com intervalo de 15 minutos" (id
multa (arbitrada em 2% sobre o valor da causa - R$40.000,00), 00c6ca - fl. 01).
excluindo-se, portanto, o valor arbitrado a título de honorários E quanto à multa do art. 477 da CLT, narra-se na petição inicial (id
advocatícios, porquanto a ação trabalhista versa também sobre os cd1f431 - fl. 15):
pedidos, que foram acolhidos na sentença. "As verbas rescisórias não foram pagas dentro do prazo legal
De consequência, reforma-se apenas para limitar a condenação por previsto no §6º, alínea "a", do art. 477 da CLT, tendo em vista que o
litigância de má-fé do autor ao pagamento da multa, conforme pagamento ocorreu 07 (sete) dias após a dispensa, o que torna
estabelecido na sentença, excluindo-se, portanto, o pagamento do passível a aplicação do disposto no §8º do referido artigo."
respectivo valor a título de honorários advocatícios." Ocorre que com a defesa veio aos autos o comprovante do depósito
Presente condiçãode admissibilidade do recurso de revista,por em conta bancária do autor relativo aos valor das verbas
possível violação direta e literal aoartigo 5º, XXXV, da CF, rescisórias, realizado em 13/10/2015, ou seja, primeiro dia útil
determino seu processamento. seguinte ao término do contrato (ocorrido em 09/10/2015, com
Recebo. cumprimento do aviso prévio), em conformidade com o prazo legal -
CONCLUSÃO id 4ef779a fls. 02 e 04.
Recebo o recurso de revista" (fls. 548-550 - numeração de fls. Dessa forma, restou caracterizada a má-fé processual do autor ao
verificada na visualização geral do processo eletrônico - "todos os alterar a verdade dos fatos, abusando, portanto, do seu direito de
PDFs" - assim como todas as indicações subsequentes). ação (art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal).
De outro lado, considera-se razoável limitar, no caso, a condenação
Na decisão proferida em recurso ordinário, ficou consignado: apenas à multa (arbitrada em 2% sobre o valor da causa -
R$40.000,00), excluindo-se, portanto, o valor arbitrado a título de
"RECURSO DO RECLAMANTE honorários advocatícios, porquanto a ação trabalhista versa também
DA MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ sobre os pedidos, que foram acolhidos na sentença.
A parte autora requer a exclusão da multa (e honorários De consequência, reforma-se apenas para limitar a condenação por
advocatícios) por litigância de má-fé, assim estabelecida na litigância de má-fé do autor ao pagamento da multa, conforme
sentença (id 239ee47 - fls. 07/08): estabelecido na sentença, excluindo-se, portanto, o pagamento do
"Litigância de má-fé respectivo valor a título de honorários advocatícios" (fls. 526-528).
Ao alegar que nunca foi fornecido lanche antes do trabalho
extraordinário e que o pagamento das verbas rescisórias ocorreu no Convém destacar que o apelo é regido pela Lei 13.015/2014, mas
dia 16.10.2015, fatos comprovadamente falsos, respectivamente não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
pela confissão do autor e a prova documental produzida pela ré, contra decisão publicada em 20/04/2017, após iniciada a eficácia da
não há dúvida de que o reclamante alterou a verdade dos fatos, aludida norma, em 22/09/2014.
sendo elevada a probabilidade de que se beneficiaria No caso em tela, o recorrente logrou demonstrar a satisfação dos
indevidamente caso ocorresse a revelia ou diante de algum deslize requisitos do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei
da defesa. 13.015/2014. Não obstante isso, o recurso de revista efetivamente
O autor conta com assistência profissional habilitada e por isso não não logra conhecimento, como se demonstrará a seguir.
pode se respaldar em pretenso informalismo do processo do O Regional, soberano no exame do conjunto fático-probatório dos
trabalho para defender os pedidos desleais que formula. autos, mantendo a sentença no tocante à multa por litigância de má-
Declaro o reclamante litigante de má-fé e, com base nos art. 80 e fé de 2% sobre o valor da causa, asseverou ser devida aludida
seguintes do Código de Processo Civil, o autor a pagar à reclamada multa haja vista "restou caracterizada a má-fé processual do autor
a multa no valor condeno equivalente a 2% do valor da causa e ao alterar a verdade dos fatos, abusando, portanto, do seu direito de
indenizar as despesas com honorários advocatícios de R$1.000,00 ação (art. 5º, inciso XXXV, da Constituição Federal)" (fl. 528).
(valor arbitrado considerando as repercussões possíveis caso O art. 80, II, do CPC dispõe:
acolhidos os pedidos maculados de má-fé)." (destaque pelo Relator)
Analisa-se. "Art. 80 - Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - (...) CONCLUSÃO
II - alterar a verdade dos fatos;" RECEBO o recurso de revista" (fls. 360-361 - numeração de fls.
verificada na visualização geral do processo eletrônico - "todos os
Com efeito, o Tribunal Regional deu a correta subsunção dos fatos PDFs" - assim como todas as indicações subsequentes).
à norma pertinente, ao manter a condenação do reclamante ao
pagamento da multa de litigante de má-fé, diante do quadro de que Convém destacar que o apelo obstaculizado é regido pela Lei
o autor alterou a verdade dos fatos. Incólume os arts. 5º, XXXV, da 13.015/2014, mas não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver
CF e 80 do CPC. sido interposto contra decisão publicada em 03/08/2016, fl. 5, após
Ante o exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do CPC, e iniciada a eficácia da aludida norma, em 22/9/2014.
118, X, do RITST,NÃO CONHEÇO do recurso de revista. Dos três temas apresentados no recurso de revista, o apelo foi
Publique-se. recebido apenas no tocante à arguição de "nulidade por negativa de
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. prestação jurisdicional", sendo que em relação ao tema "confissão
da reclamante" o TRT consignou que estaria prejudicado por estar
relacionado à referida "nulidade".
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Inicialmente, por se tratar o recurso de revista obstaculizado de
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO apelo regido pela Lei 13.015/2014, necessário analisar o
Ministro Relator cumprimento dos requisitos do art. 896, § 1º-A, incisos I, II e III, da
CLT.
Processo Nº RR-0011147-09.2015.5.15.0146 A meu sentir, para a arguição de nulidade por negativa de prestação
Complemento Processo Eletrônico jurisdicional, não haveria de se exigir o cumprimento dos requisitos
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho previstos nos aludido incisos I e III, relativos à indicação do trecho
Recorrente SUPERMERCADOS MIALICH LTDA. da decisão recorrida que substancia o prequestionamento da
Advogado Dr. Marcelo Chaves Jara(OAB: controvérsia objeto do recurso de revista e ao cotejo analítico, pois
147825/SP)
o que se alega é a inexistência de tese na decisão recorrida.
Recorrido JESSICA SOUZA DE MELO LIMA
Todavia, a Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais,
Advogado Dr. Sheila Aparecida Martins
Ramos(OAB: 195291/SP) em16/03/2017, no julgamento do E-RR-1522-62.2013.5.15.0067
(relator Ministro Cláudio Mascarenhas Brandão), decidiu que o
Intimado(s)/Citado(s): cumprimento da exigência do artigo 896, § 1º-A, I, da CLT, para os
casos em que a parte busca o reconhecimento da negativa de
- JESSICA SOUZA DE MELO LIMA
prestação jurisdicional torna necessária, além da transcrição da
- SUPERMERCADOS MIALICH LTDA.
decisão que julgou os embargos de declaração, a demonstração de
provocação da Corte de origem no que se refere à matéria
Trata-se de recurso de revista interposto pela reclamada.
desprovida de fundamentação. Ou seja, a parte deverá também
O juízo de admissibilidade procedeu ao recebimento parcial do
transcrever o trecho dos embargos de declaração que comprove a
recurso de revista, nos seguintes termos:
oportuna invocação e delimitação dos pontos sobre os quais o
Tribunal Regional, supostamente, teria deixado de se manifestar.
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
No caso concreto, não houve transcrição do trecho das razões de
Tempestivo o recurso (decisão publicada em 25/11/2016; recurso
embargos de declaração e da decisão recorrida que
apresentado em 05/12/2016).
consubstanciaria o prequestionamento quanto à negativa.
Regular a representação processual.
Logo, no tema, o recurso não ultrapassa os óbices do art. 896-A da
Satisfeito o preparo.
CLT.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
Friso que o tema "confissão da reclamante" também não atende o
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / ATOS
requisito previsto no art. 896, § 1º-A, I, da CLT, na medida em que a
PROCESSUAIS / NULIDADE / NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
recorrente não indicou o trecho da decisão recorrida que
JURISDICIONAL.
consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do
A questão formulada pelo recorrente (a respeito do tempode
recurso de revista.
permanência na câmara fria) é relevante para o deslinde da
Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do
controvérsia, sobre a qual o v. julgado não se pronunciou, mesmo
CPC e 118, X, do RITST,NÃO CONHEÇO do recurso de revista.
sendo prequestionado a fazê-lo por meio dos embargos de
Publique-se.
declaração.
Brasília, 26 de fevereiro de 2020.
Assim,entendo prudente o seguimento do apelo, por possível
violaçãoao art. 93, IX, da Constituição Federal.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO /
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
PENALIDADES PROCESSUAIS / MULTA POR ED
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
PROTELATÓRIOS.
Ministro Relator
No que se refere ao tema em destaque, inviável o recurso, uma vez
que o recorrente não indicou o trecho da decisão recorrida objeto da
Processo Nº RR-0021564-81.2014.5.04.0010
insurgência, conforme exige o art. 896, § 1º-A, I, da CLT.
Complemento Processo Eletrônico
DURAÇÃO DO TRABALHO / HORAS EXTRAS.
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
Prejudicada a análise do apelo quanto ao intervalo do art. 253 da
Recorrente SERVIÇO FEDERAL DE
CLT, eis que tal tema está relacionado à alegada nulidade por PROCESSAMENTO DE DADOS
negativa de prestação jurisdicional. (SERPRO)
Advogado Dr. Rafael Vargas dos Santos(OAB: produtividade, tem-se que a Lei nº 9.649/98 a revogou, tendo
51093/RS)
suprimido o dispositivo que previa a quitação da parcela. 2. Dessa
Advogada Dra. Renata Berenice Veiga do
Amaral(OAB: 46578/RS) forma, o prêmio-produtividade deixou de ser previsto por lei, sendo
Recorrido DORALDINA DO NASCIMENTO seu pagamento suprimido por ato único do empregador, motivo pelo
GOULART qual aplica-se ao caso a prescrição total prevista na primeira parte
Advogado Dr. Roberto de Figueiredo da Súmula 294, do TST. 3. Incidência da Súmula 333, do TST e do
Caldas(OAB: 5939/DF)
art. 896, § 7º, da CLT. 4. Agravo de instrumento de que se conhece
Advogada Dra. Ana Rita Corrêa Pinto
Nakada(OAB: 40895/RS) e a que se nega provimento. (TST - AIRR - 1407-
32.2012.5.01.0078, Data de Julgamento: 03/12/2014, Relatora
Intimado(s)/Citado(s): Desembargadora Convocada: Sueli Gil El Rafihi, 4ª Turma, Data de
- DORALDINA DO NASCIMENTO GOULART Publicação: DEJT 05/12/2014). Mantém-se, portanto, a sentença
- SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS recorrida. (...) - Proc. 0011862-47.2014.5.01.0026, DJE em
(SERPRO) 22/10/2015, apontado o repositório oficial na Internet com indicação
do sítio de onde foi extraído.
Trata-se de recurso de revista do reclamado, parcialmente recebido Admito o recurso, com base no artigo 896, alínea "a", da CLT.
pelo Regional, sob os seguintes fundamentos: Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Prêmio /
Produção.
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS Contrato Individual de Trabalho / FGTS.
Recurso tempestivo. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Atos
Representação processual regular. Processuais / Nulidade / Julgamento Extra/Ultra/Citra Petita.
Preparo satisfeito. Não admito o recurso de revista nestesitens.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS A teor do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei
Prescrição / Alteração Contratual. 13.015/14, não se recebe recurso de revista que deixar de indicar o
Alegação(ões): trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento
- divergência jurisprudencial, entre outras alegações. da controvérsia objeto de inconformidade; que deixar de indicar, de
Orecorrente inconforma-se com a decisão da Turma querejeitou a forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei,
arguição de prescrição total da pretensão relativa ao prêmio- súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do
produtividade. Na forma do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação Trabalho que conflite com a decisão regional, bem como que deixar
dada pela Lei 13.015/14, transcreve o seguinte trecho da de expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
fundamentação do acórdão: (...) entendo ser inaplicável a fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
prescrição total arguida pelo reclamado, pois, de acordo com a demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
parte final da Súmula 294 do TST, quando se tratar de direito Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
assegurado por lei, a prescrição aplicável é apenas a parcial. aponte.
Mantenho, portanto, a sentença no aspecto. Por outro lado, com a O entendimento que vem se pacificando no âmbito doTST é de que
devida vênia do posicionamento adotado na origem, entendo que devem as razões recursais demonstrar de maneira explícita,
tem razão a reclamante quanto postula o reconhecimento do seu fundamentada e analítica a divergência jurisprudencial ou a violação
direito ao prêmio produtividade. Com efeito, ela foi admitida pelo legal. Dessa forma, recursos com fundamentações genéricas,
reclamado quando ainda vigente a redação original do art. 12 da Lei baseadas em meros apontamentos de dispositivos tidos como
nº 5.615/70 supracitada. Em razão disso, fazia jus ao pagamento do violados, e sem a indicação do ponto/trecho da decisão recorrida
prêmio produtividade, pois tal direito se incorporou ao seu contrato que a parte entende ser ofensivo à ordem legal ou divergente de
de trabalho, sendo irrelevante o fato de nunca ter recebido a outro julgado, não merecem seguimento. Nesse sentido: AIRR-
parcela, uma vez que isto decorreu da omissão do reclamado, 10028-85.2013.5.04.0664, 1ª Turma, DEJT 08/06/2015; AIRR-
cabendo a alteração promovida pela Lei nº 9.649/98 tão somente 130585-98.2014.5.13.0023, 2ª Turma, DEJT 22/04/2016; AIRR-
aos empregados admitidos a contar de sua publicação, por 2951-67.2013.5.22.0003, 3ª Turma, DEJT 05/06/2015; AIRR - 690-
aplicação do princípio da inalterabilidade lesiva do contrato de 53.2014.5.11.0019, 4ª Turma, DEJT 15/04/2016; AIRR-180-
trabalho, nos termos do artigo 468 da CLT. (...) - Relatora: Brígida 39.2014.5.08.0208, 5ª Turma, DEJT 02/10/2015; AIRR-307-
Joaquina C. Barcelos Toschi; grifado pelo recorrente. 78.2012.5.04.0233, 6ª Turma, DEJT 12/06/2015; AIRR-42700-
Admito o recurso de revista no item. 94.2014.5.13.0007, 7ª Turma, DEJT 12/06/2015; AIRR-309-
Inicialmente,registro que entendo satisfatoriamente atendido o 73.2011.5.04.0721, 8ª Turma, DEJT 29/05/2015; AgR-E-AIRR-1542
escopo da Lei 13.015/14,pois identificada a tese adotada pela -32.2013.5.09.0128, SDI-1, DEJT 19/02/2016.
Turma e destacado trecho doaresto paradigma que configurao Na análise do recurso, no tocanteao prêmio-produtividade (princípio
dissenso. da legalidade), à "variação estabelecida pela Deliberação nº
Dito isso, considero demonstrada a divergência jurisprudencial pelo 07/79",aos reflexosno FGTS e à arguição de julgamento extra
aresto oriundo do TRT da 1ª Região: (...) Considerando que a petita quanto às parcelas vincendas, evidencia-se
presente demanda foi ajuizada somente em 29/12/2014, ou seja, que a parte não observa a determinação legal, na medida em que
mais de 16 anos da revogação do art. 12 da Lei nº 5.615/70, há deixa de sinalar o trecho que indica o prequestionamento da
prescrição total da pretensão do reclamante à parcela prêmio controvérsia, não estabelecendo o confronto analítico entre a
produtividade, nos termos da Súmula nº 294 do TST. Nesse sentido, fundamentação adotada pela Turma e os dispositivos de lei e da
o seguinte julgado do TST: AGRAVO DE INSTRUMENTO. Constituição Federal invocados.
RECURSO DE REVISTA. SERPRO. PRÊMIO-PRODUTIVIDADE. A análise de divergência jurisprudencial, no tópico referente ao
PRESCRIÇÃO. SÚMULA 294 DO TST. 1. Em que pese o art. 12 da princípio da legalidade, se torna inviável quando a parte não
Lei nº 5.615/70 tenha previsto o pagamento do prêmio- procede ao cotejo analítico entre a tese do Tribunal Regional e o
aresto paradigma trazido à apreciação, cujos trechos destacados consubstancia a controvérsia, bem como apontando, de forma
não abordam a matéria sob o enfoque pretendido, não evidenciando explícita e fundamentada, contrariedade à Súmula 294 do TST e
a divergência alegada. violação do art. 7º, XXIX, da CF.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Partes e Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da
Procuradores / Sucumbência / Honorários na Justiça do Trabalho. satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da
Não admito o recurso de revista noitem. CLT.
Conforme o art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei O teor da decisão regional em relação ao tema foi transcrito acima
13.015/14,não se recebe recurso de revista que deixar de indicar o no despacho de admissibilidade.
trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento O reclamado defende a prescrição total do direito relativo ao prêmio
da controvérsia objeto de inconformidade. produtividade. Indica contrariedade à Súmula 294 do TST e violação
Assim, nego seguimento ao recurso no que se refere do art. 7º, XXIX, da CF. Colaciona arestos.
aoshonoráriosassistenciais. Examino.
CONCLUSÃO A SBDI-1 do TST, quando do julgamento do Incidente de Recurso
Dou seguimento" (fls. 244-246 - numeração de fls. verificada na Repetitivo IRR-2103-30.2014.5.04.011 em 22/03/2018, uniformizou
visualização geral do processo eletrônico - "todos os PDFs" - assim o entendimento de incidir a prescrição total à pretensão às
como todas as indicações subsequentes). diferenças da parcela prêmio produtividade, após a vigência da
Medida Provisória 1.549-34/97 (sucessivamente reeditada até sua
O recurso é tempestivo e subscrito por procurador regularmente conversão na Lei 9.649/98), que extinguiu o benefício previsto no
constituído nos autos. art. 12 da Lei 5.615/70.
Convém destacar que o recurso é regido pela Lei 13.015/2014, mas Foram fixadas as seguintes teses à época:
não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
contra decisão publicada em 25/9/2015, após iniciada a eficácia da "1. As leis estaduais e municipais referentes às relações trabalhistas
aludida norma, em 22/9/2014. no âmbito das empresas são equiparadas a regulamentos de
Igualmente, considerando que a decisão de admissibilidade foi empresas, em face da competência privativa da União para legislar
publicada em 10/2/2017, e ante o cancelamento da Súmula 285 do sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com leis federais de
TST, em 15/04/2016, está preclusa a discussão quanto aos temas efeitos concretos referentes à administração pública federal indireta.
"prêmio produtividade", "FGTS" e "honorários advocatícios", aos Por conseguinte, a pretensão originada em alterações nelas
quais foi denegado seguimento pelo Regional, não havendo promovidas consistentes em supressão de parcelas devidas a
interposição de agravo de instrumento pela reclamada, nos termos empregados são sujeitas à prescrição total, nos termos da Súmula
da IN 40 do TST. 294 deste Tribunal.
Logo, a análise do recurso de revista será restrita ao tema 2. A Lei 5.615/1970, em virtude de dispor sobre o Serviço Federal
"prescrição - prêmio produtividade", ao qual foi dado seguimento de Processamento de Dados (SERPRO), possui efeitos concretos.
pelo Tribunal Regional. 3. Sobre a pretensão ao recebimento do prêmio de produtividade
previsto no art. 12 da Lei 5.615/1970 incide a prescrição parcial a
que alude a ressalva constante da parte final da Súmula 294 desta
Corte até 11/9/1997, dia anterior à vigência da Medida Provisória
SERPRO. PRÊMIO PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO 1.549-34 (sucessivamente reeditada até a sua conversão na Lei
9.649/1998). Após a vigência dessa Medida Provisória, mediante a
O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014, qual foi extinta a parcela e, portanto, extinto o direito, tem incidência
que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da a prescrição total, tendo em vista que, após essa data, o direito ao
CLT, com a seguinte redação: benefício deixou de ser previsto em lei de efeitos concretos, sendo
irrelevante a circunstância de o empregado já ter recebido a parcela
"§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: na vigência da norma anterior."
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; Aludido incidente foi publicado no DEJT de 22/06/2018, com a
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a seguinte ementa:
dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; "INCIDENTE DE RECURSO REPETITIVO. TEMA RECURSOS
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os REPETITIVOS Nº 12 - SERPRO - PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE -
fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante SUPRESSÃO - PRESCRIÇÃO. FIXAÇÃO DA TESE JURÍDICA.
demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição ART. 896-C DA CLT. 1. As leis estaduais e municipais referentes às
Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade relações trabalhistas no âmbito das empresas são equiparadas a
aponte. regulamentos de empresas , em face da competência privativa da
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de União para legislar sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com
nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho leis federais de efeitos concretos referentes à administração pública
dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do federal indireta. Por conseguinte, a pretensão originada em
tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da alterações nelas promovidas consistentes em supressão de
decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para parcelas devidas a empregados são sujeitas à prescrição total, nos
cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão." termos da Súmula 294 deste Tribunal. 2. A Lei 5.615/1970, em
virtude de dispor sobre o Serviço Federal de Processamento de
O recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos Dados (SERPRO), possui efeitos concretos. 3. Sobre a pretensão
estabelecidos no referido dispositivo, destacando o trecho que ao recebimento do prêmio de produtividade previsto no art. 12 da
Lei 5.615/1970 incide a prescrição parcial a que alude a ressalva total da pretensão relativa ao prêmio de produtividade. Custas
constante da parte final da Súmula 294 desta Corte até 11/9/1997, invertidas, pela reclamante, a qual fica dispensada por ser
dia anterior à vigência da Medida Provisória 1.549-34 beneficiária da justiça gratuita.
(sucessivamente reeditada até a sua conversão na Lei 9.649/1998). Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do
Após a vigência dessa Medida Provisória, mediante a qual foi CPC, e 118, X, do RITST,CONHEÇO do recurso de revista, por
extinta a parcela e, portanto, extinto o direito, tem incidência a contrariedade à Súmula 294 do TST, e, no mérito, DOU-LHE
prescrição total, tendo em vista que, após essa data, o direito ao PROVIMENTOpara pronunciar a prescrição total da pretensão
benefício deixou de ser previsto em lei de efeitos concretos, sendo relativa ao prêmio de produtividade. Custas invertidas, pela
irrelevante a circunstância de o empregado já ter recebido a parcela reclamante, a qual fica dispensada por ser beneficiária da justiça
na vigência da norma anterior . RECURSO DE EMBARGOS gratuita.
AFETADO E-RR-21703-30.2014.5.04.0011. Conforme a tese fixada Publique-se.
do julgamento do IRR-21703-30.2014.5.04.0011, após a vigência da Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Medida Provisória 1.549-34 (sucessivamente reeditada até a sua
conversão na Lei 9.649/1998), mediante a qual foi extinta a parcela,
portanto, extinto o direito, tem incidência a prescrição total, tendo Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
em vista que, após essa data, o direito ao benefício deixou de ser AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
previsto em lei de efeitos concretos, sendo irrelevante a Ministro Relator
circunstância de o empregado já ter recebido a parcela na vigência
da norma anterior . Na hipótese dos autos, a Turma manteve a Processo Nº RR-0020867-42.2015.5.04.0522
declaração da prescrição total, porquanto a reclamação trabalhista Complemento Processo Eletrônico
foi ajuizada em 04/12/2014, quanto já expirado o prazo Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
prescricional, devendo ser mantida a decisão recorrida. Recurso de Recorrente MUNICIPIO DE CAMPINAS DO SUL
Embargos de que conhece e a que se nega provimento." (IRR - Advogado Dr. Romeu Cláudio Bernardi(OAB:
70455/RS)
21703-30.2014.5.04.0011, Relator Ministro: João Batista Brito
Recorrido FERNANDA FATIMA BALDISSERA
Pereira, Data de Julgamento: 22/03/2018, Subseção I Especializada
Advogado Dr. Márcio Luís Zahner(OAB:
em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 22/06/2018. ) 55954/RS)
estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas Trabalho que conflite com a decisão regional, bem como, que deixar
de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de de expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
acidentes e danos à saúde dos empregados (art. 166 da CLT; item fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
6.3 da NR 06). (...) Não se desconhece o fato de que o órgão demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
julgador não está adstrito ao conteúdo do laudo pericial para a Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
formação de seu convencimento, tal como prevê o art. 479 do aponte.
Código de Processo Civil. Ocorre que, nestes autos, o laudo pericial Nas alegações recursais em que devidamente transcrito o trecho do
foi produzido por auxiliar de confiança do juízo e é meio de prova acórdão e feito corretamente o cotejo analítico, não constato
das reais condições de trabalho da reclamante. Em homenagem ao violação ao dispositivo de lei invocado, circunstância que obsta a
princípio da primazia da realidade, que deve permear as decisões admissão do recurso pelo critério previsto na alínea "c" do art. 896
judiciais na apreciação dos conflitos trabalhistas, deve-se atribuir da CLT.
maior valor ao minucioso laudo exarado pelo perito de confiança do Nestes termos, nego seguimento ao recurso quanto ao tópico: Das
juízo, meio de prova não produzida de forma unilateral por nenhuma Parcelas Vincendas.
das partes, que obteve da própria trabalhadora as informações CONCLUSÃO
sobre suas atividades laborativas, em torno das quais não houve Recebo parcialmente o recurso" (fls. 366-369 - numeração de fls.
divergência dos representantes do reclamado que acompanharam a verificada na visualização geral do processo eletrônico - "todos os
inspeção. Como visto, a reclamante atende famílias da PDFs" - assim como todas as indicações subsequentes).
comunidade, presumindo-se o contato com todos os tipos de
pessoas - sãs e doentes - e com alguns portadores de doenças Convém destacar que o recurso é regido pela Lei 13.015/2014, mas
infectocontagiosas (hepatite A e B). Irrelevante para o deslinde do não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
litígio onde este contato ocorre, porque o fato de a autora contra decisão publicada em 25/10/2017, após iniciada a eficácia da
permanecer com frequência no mesmo ambiente desses pacientes aludida norma, em 22/9/2014.
configura o trabalho e as operações em contato permanente com
pacientes, de que cogita o Anexo 14 da NR-15 da Portaria nº ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. AGENTE COMUNITÁRIO DE
3.214/78 do MTE. Além disso, as tarefas realizadas pela autora, SAÚDE
ainda que não caracterize contato permanente - mas intermitente -
com pacientes portadores de doenças infectocontagiosas, ensejam O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014,
o direito à insalubridade em grau médio, nos termos do Anexo nº 14 que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da
da NR-15 da Portaria nº 3.214/78. Nesse sentido, a redação da CLT, com a seguinte redação:
Súmula 47 do TST: (...) (Relator: Francisco Rossal de Araújo).
Admitoo recurso de revista no item. "§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
Entendo demonstrada a divergência jurisprudencial pelo aresto I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
oriundo da SDI-I do TST: "EMBARGOS. ADICIONAL DE prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
INSALUBRIDADE. AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE. ANEXO II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
14 DA NORMA REGULAMENTAR 15 DA PORTARIA 3.214/78 DO dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
MTE. Nos termos do inciso I da Súmula 448 do c. TST, não basta a Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
pelo Ministério do Trabalho. O fato de o agente comunitário de Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
saúde ter a incumbência de visitar mensalmente famílias aponte.
cadastradas, com promoção e orientação de saúde, ou mesmo o IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de
acompanhamento do desenvolvimento de pessoas com doenças nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho
infectocontagiosas, em domicílios, não é suficiente para dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do
enquadramento no quadro Anexo 14 da NR da Portaria 3124/78, eis tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da
que não se pode estender o conceito de residência ao do ambiente decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para
hospitalar, nem há como definir o contato social como agente de cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão."
exposição ao agente insalubre. Recurso de embargos conhecido e
desprovido". E-RR - 207000-08.2009.5.04.0231, DEJT O recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos
29/04/2016.Admito o recurso, com base no artigo 896, alínea "a", da estabelecidos no referido dispositivo, destacando o trecho que
CLT. consubstancia a controvérsia, bem como apontando, de forma
Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Adicional. explícita e fundamentada, contrariedade à Súmula 448, I, do TST,
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Liquidação / violação do art. 190 da CLT e divergência com os arestos
Cumprimento / Execução / Preclusão / Coisa Julgada. colacionados às fls. 359 e 360.
Não admito o recurso de revista noitem. Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da
A teor do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da
13.015/14, aplicável aos acórdãos publicados a partir de 22/09/14, CLT.
não se recebe recurso de revista que deixar de indicar o trecho da O teor da decisão regional foi transcrito acima, no despacho de
decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da admissibilidade.
controvérsia objeto de inconformidade; que deixar de indicar, de O município reclamado insurge-se contra o deferimento do adicional
forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, de insalubridade. Aduz que os agentes comunitários de saúde não
súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do têm direito à referida verba, eis que suas atividades não estão
listadas no Anexo 14 da NR15 da Portaria 3.214/78 do MTE. Indica Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória
contrariedade à Súmula 448, I, do TST, violação do art. 190 da CLT jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. Agravo regimental
e divergência com os arestos colacionados às fls. 359 e 360. conhecido e não provido." (AgR-E-ED-RR-772-88.2014.5.12.0041,
Examino. Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro:
Cinge-se a controvérsia a respeito de se o agente comunitário de Breno Medeiros, DEJT 17/8/2018.)
saúde tem direito ao recebimento do adicional de insalubridade, em
razão de a atividade não estar especificada no anexo 14 da NR 15 "RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DAS
da Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho. LEIS Nos 13.015/2014 E 13.105/2015. ADICIONAL DE
A Súmula 448, I, desta Corte, tem a seguinte redação: INSALUBRIDADE. AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE.
TRABALHO REALIZADO NA COMUNIDADE. ATIVIDADE NÃO
"SUM-448 ATIVIDADE INSALUBRE. CARACTERIZAÇÃO. CLASSIFICADA COMO INSALUBRE PELO MINISTÉRIO DO
PREVISÃO NA NORMA REGULAMENTADORA Nº 15 DA TRABALHO. 1. A Eg. 4ª Turma deu provimento ao recurso de
PORTARIA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO Nº 3.214/78. revista do reclamado, para excluir da condenação o pagamento do
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS. (conversão da Orientação adicional de insalubridade. 2. Conforme entendimento sedimentado
Jurisprudencial nº 4 da SBDI-I com nova redação do item II) - Res. na Súmula nº 448, I, do TST, são dois os requisitos para a
194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 percepção do referido adicional: o trabalho em atividade nociva à
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo saúde, com a exposição a agentes biológicos constatada por meio
pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, de perícia por profissional habilitado e o enquadramento da
sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação atividade desempenhada na relação oficial elaborada pelo Ministério
oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho." do Trabalho. 3. Na hipótese, embora comprovada a exposição da
reclamante a agentes insalubres, tem-se que a atividade de agente
Por outro lado, esta Corte vem reiteradamente decidindo que o comunitário de saúde, realizada por meio de visitas domiciliares aos
agente comunitário de saúde, quando realiza atividades em pacientes, não se enquadra na relação do MTE. 4. Efetivamente,
atendimento residencial, não tem direito ao recebimento do esta Eg. Subseção, no julgamento do E-RR-207000-
adicional de insalubridade por contato com agentes biológicos, por 08.2009.5.04.0231, para o qual foi redator designado o Ministro
não se equiparar ao trabalho realizado em hospitais e outros Aloysio Corrêa da Veiga, com acórdão publicado no DEJT
estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana, na 29/04/2016, fixou tese no sentido de que "o fato de o agente
forma do disposto no anexo 14 da NR 15 da Portaria 3.214/78 do comunitário de saúde ter a incumbência de visitar mensalmente
Ministério do Trabalho. famílias cadastradas, com promoção e orientação de saúde, ou
Citem-se alguns precedentes recentes da SBDI-1 do TST: mesmo o acompanhamento do desenvolvimento de pessoas com
doenças infectocontagiosas, em domicílios, não é suficiente para
"AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS EM EMBARGOS DE enquadramento no quadro Anexo 14 da NR da Portaria 3124/78, eis
DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA. RECURSO DE que não se pode estender o conceito de residência ao do ambiente
EMBARGOS INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014. hospitalar, nem há como definir o contato social como agente de
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE. ADICIONAL DE exposição ao agente insalubre". Precedentes da SBDI-1 envolvendo
INSALUBRIDADE. A egrégia 6ª Turma do TST não conheceu do o Município reclamado. 5. Estando a decisão embargada moldada a
recurso de revista da embargante por entender que a atividade de tais parâmetros, emerge o óbice do art. 894, § 2º, da CLT,
agente comunitário de saúde nas residências dos assistidos não se impeditivo ao conhecimento do apelo. Recurso de embargos não
confunde com aquelas realizadas em estabelecimentos que conhecido." (E-RR - 760-74.2014.5.12.0041, Subseção I
possuem finalidade específica de cuidado da saúde humana, uma Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro: Alberto
vez que não possui concentração de variabilidade de agentes Luiz Bresciani de Fontan Pereira, DEJT 10/08/2018.)
biológicos num ambiente sob isolamento controlado, de forma que
apesar de realizar visitas domiciliares e de eventualmente entrar em "EMBARGOS. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. AGENTE
contato com pacientes com doenças infectocontagiosas, a atividade COMUNITÁRIO DE SAÚDE. LAUDO PERICIAL. A atividade do
não se enquadra no Anexo 14 da NR-15 do Ministério do Trabalho. Agente Comunitário de Saúde de prevenção de doenças e
Resta pacificado por esta Subseção Especializada, notadamente promoção da saúde, mediante ações domiciliares ou comunitárias,
após o julgamento do E-RR-2070008.2009.5.04.0231, de que as individuais ou coletivas, nos termos do art. 3º da Lei nº 11.350/2006,
atividades dos agentes comunitários de saúde, ao realizarem visitas não se insere na NR-15, Anexo XIV, do Ministério do Trabalho e
a pessoas eventualmente portadoras de doenças Emprego, que reconhece a insalubridade se o contato permanente
infectocontagiosas, em domicílios, não se encontram inseridas no com agentes infectocontagiosos dá-se em hospitais, serviços de
Anexo 14 da NR-15 da Portaria 3.214/72 do Ministério do Trabalho emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e
e, portanto, não rendem ensejo ao pagamento do adicional de outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde
insalubridade. Ali se definiu que a existência de laudo pericial humana, de forma que não tem direito ao adicional de
atestando a insalubridade das atividades do reclamante não é insalubridade. Incidência da Súmula 448, I, do TST. Jurisprudência
suficiente para afastar a conclusão de que a atividade de agente iterativa, notória e atual do TST que atrai o óbice do art. 894, § 2º,
comunitário de saúde não consta da relação oficial de atividades da CLT. A tese jurídica relativa à superveniência da Lei nº
insalubres elaborada pelo Ministério do Trabalho, não se podendo, 13.342/2016 influir na solução do caso concreto não constou do
mesmo por analogia, equiparar visitas domiciliares com o ambiente aresto paradigma, que, sob esse enfoque, carece de interpretação
hospitalar. É inviável o conhecimento de recurso de embargos, nos distinta de um mesmo dispositivo legal, nos termos da Súmula 296,
termos do artigo 894, § 2º, da CLT, segundo o qual a divergência I, do TST. Embargos de que não se conhece." (E-RR - 2048-
apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal 65.2014.5.12.0006, Subseção I Especializada em Dissídios
a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Individuais, Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, DEJT
de ser previsto por lei, sendo seu pagamento suprimido por ato Nestes termos, nego seguimento ao recurso quanto aos tópicos "Do
único do empregador, motivo pelo qual aplica-se ao caso a Prêmio de Produtividade - Do Princípio da Legalidade" e "Reflexos
prescrição total prevista na primeira parte da Súmula 294, do TST. em FGTS".
3. Incidência da Súmula 333, do TST e do art. 896, § 7º, da CLT. 4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Partes e
Agravo de instrumento de que se conhece e a que se nega Procuradores / Sucumbência / Honorários na Justiça do Trabalho.
provimento. (TST - AIRR - 1407-32.2012.5.01.0078, Data de Não admito o recurso de revista noitem.
Julgamento: 03/12/2014, Relatora Desembargadora Convocada: A teor do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei
Sueli Gil El Rafihi, 4ª Turma, Data de Publicação: 13.015/14, aplicável aos acórdãos publicados a partir de 22/09/14,
DEJT05/12/2014).Mantém-se, portanto, a sentença recorrida." RO não se recebe recurso de revista que deixar de indicar o trecho da
0011862-47.2014.5.01.0026, DJE 22/10/2015, apontado o decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
repositório oficial na internet com indicação do sítio de onde foi controvérsia objeto de inconformidade.
extraído (atendidas as disposições da Súmula 337, IV, do TST , Assim, nego seguimento ao recurso quanto ao tópico "Dos
com a redação do item IV alterada na sessão do Tribunal Pleno Honorários de Assistenciais".
realizada em 14.09.2012, Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 CONCLUSÃO
e 27.09.2012). Admito o recurso, com base no artigo 896, alínea "a", Dou seguimento" (fls. 234-236 - numeração de fls. verificada na
da CLT. visualização geral do processo eletrônico - "todos os PDFs" - assim
Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Prêmio / como todas as indicações subsequentes).
Produção.
Contrato Individual de Trabalho / FGTS. O recurso é tempestivo e subscrito por procurador regularmente
Não admito o recurso de revista nositens. constituído nos autos.
A teor do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei Convém destacar que o recurso é regido pela Lei 13.015/2014, mas
13.015/14, aplicável aos recursos interpostos deacórdãos não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
publicados a partir de 22/09/14, não se recebe recurso de revista contra decisão publicada em 28/10/2015, após iniciada a eficácia da
que deixar de indicar o trecho da decisão recorrida que aludida norma, em 22/9/2014.
consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto de Igualmente, considerando que a decisão de admissibilidade foi
inconformidade; que deixar de indicar, de forma explícita e publicada em 9/2/2017, e ante o cancelamento da Súmula 285 do
fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou TST, em 15/04/2016, está preclusa a discussão quanto aos temas
orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que "prêmio produtividade", "FGTS" e "honorários advocatícios", aos
conflite com a decisão regional, bem como que deixar de expor as quais foi denegado seguimento pelo Regional, não havendo
razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos interposição de agravo de instrumento pela reclamada, nos termos
jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração da IN 40 do TST.
analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de Logo, a análise do recurso de revista será restrita ao tema
súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte. "prescrição - prêmio produtividade", ao qual foi dado seguimento
Na análise do recurso, evidencia-se que a parte não observou o pelo Tribunal Regional.
ônus que lhe foi atribuído pela lei, na medida em que não
estabeleceu o confronto analítico em relação aos dispositivos de
leie da Constituição Federalinvocados. Ademais, aanálise de
divergência jurisprudencial sobre o tema se torna inviável quando a SERPRO. PRÊMIO PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO
parte não procede ao cotejo analítico entre a tese do Tribunal
Regional e o aresto paradigma trazido à apreciação. O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014,
O entendimento que vem se formando em vias de pacificidade no que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da
âmbito doTST é de que é imperioso que as razões recursais CLT, com a seguinte redação:
demonstrem de maneira explícita, fundamentada e analítica a
divergência jurisprudencial ou a violação legal. Dessa forma, "§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
recursos com fundamentações genéricas, baseadas em meros I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
apontamentos de dispositivos tidos como violados, e sem a prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
indicação do ponto/trecho da decisão recorrida que a parte entende II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
ser ofensivo à ordem legal ou divergente de outro julgado, não dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
merecem seguimento. (AIRR-10028-85.2013.5.04.0664, 1ª Turma, Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
DEJT 08/06/2015; AIRR-130585-98.2014.5.13.0023, 2ª Turma, III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
DEJT 22/04/2016; AIRR-2951-67.2013.5.22.0003, 3ª Turma, DEJT fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
05/06/2015;AIRR - 690-53.2014.5.11.0019, 4ª Turma, DEJT demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
15/04/2016; AIRR - 180-39.2014.5.08.0208, 5ª Turma, DEJT Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
02/10/2015; AIRR-307-78.2012.5.04.0233, 6ª Turma, DEJT aponte.
12/06/2015; AIRR-42700-94.2014.5.13.0007, 7ª Turma, DEJT IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de
12/06/2015; AIRR-309-73.2011.5.04.0721, 8ª Turma, DEJT nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho
29/05/2015; AgR-E-AIRR-1542-32.2013.5.09.0128, SDI-1, DEJT dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do
19/02/2016). tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da
Registro, por oportuno, que, quanto à alegação de contrariedade à decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para
Súmula 473 do STF e de violação à Deliberação nº 07/79, é ineficaz cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão."
a impulsionar recurso de revista alegação estranha aos ditames do
a r t . 8 9 6 d a C L T . O recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos
estabelecidos no referido dispositivo, destacando o trecho que ao recebimento do prêmio de produtividade previsto no art. 12 da
consubstancia a controvérsia, bem como apontando, de forma Lei 5.615/1970 incide a prescrição parcial a que alude a ressalva
explícita e fundamentada, contrariedade à Súmula 294 do TST e constante da parte final da Súmula 294 desta Corte até 11/9/1997,
violação do art. 7º, XXIX, da CF. dia anterior à vigência da Medida Provisória 1.549-34
Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da (sucessivamente reeditada até a sua conversão na Lei 9.649/1998).
satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da Após a vigência dessa Medida Provisória, mediante a qual foi
CLT. extinta a parcela e, portanto, extinto o direito, tem incidência a
O teor da decisão regional em relação ao tema foi transcrito acima prescrição total, tendo em vista que, após essa data, o direito ao
no despacho de admissibilidade. benefício deixou de ser previsto em lei de efeitos concretos, sendo
O reclamado defende a prescrição total do direito relativo ao prêmio irrelevante a circunstância de o empregado já ter recebido a parcela
produtividade. Indica contrariedade à Súmula 294 do TST e violação na vigência da norma anterior . RECURSO DE EMBARGOS
do art. 7º, XXIX, da CF. Colaciona arestos. AFETADO E-RR-21703-30.2014.5.04.0011. Conforme a tese fixada
Examino. do julgamento do IRR-21703-30.2014.5.04.0011, após a vigência da
A SBDI-1 do TST, quando do julgamento do Incidente de Recurso Medida Provisória 1.549-34 (sucessivamente reeditada até a sua
Repetitivo IRR-2103-30.2014.5.04.011 em 22/03/2018, uniformizou conversão na Lei 9.649/1998), mediante a qual foi extinta a parcela,
o entendimento de incidir a prescrição total à pretensão às portanto, extinto o direito, tem incidência a prescrição total, tendo
diferenças da parcela prêmio produtividade, após a vigência da em vista que, após essa data, o direito ao benefício deixou de ser
Medida Provisória 1.549-34/97 (sucessivamente reeditada até sua previsto em lei de efeitos concretos, sendo irrelevante a
conversão na Lei 9.649/98), que extinguiu o benefício previsto no circunstância de o empregado já ter recebido a parcela na vigência
art. 12 da Lei 5.615/70. da norma anterior . Na hipótese dos autos, a Turma manteve a
Foram fixadas as seguintes teses à época: declaração da prescrição total, porquanto a reclamação trabalhista
foi ajuizada em 04/12/2014, quanto já expirado o prazo
"1. As leis estaduais e municipais referentes às relações trabalhistas prescricional, devendo ser mantida a decisão recorrida. Recurso de
no âmbito das empresas são equiparadas a regulamentos de Embargos de que conhece e a que se nega provimento." (IRR -
empresas, em face da competência privativa da União para legislar 21703-30.2014.5.04.0011, Relator Ministro: João Batista Brito
sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com leis federais de Pereira, Data de Julgamento: 22/03/2018, Subseção I Especializada
efeitos concretos referentes à administração pública federal indireta. em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 22/06/2018. )
Por conseguinte, a pretensão originada em alterações nelas
promovidas consistentes em supressão de parcelas devidas a Além da tese jurídica fixada no citado incidente, referente à
empregados são sujeitas à prescrição total, nos termos da Súmula natureza jurídica da Lei 5.615/70, de efeitos concretos, equivalente
294 deste Tribunal. aos regulamentos de empresa, imperioso que se transcreva o
2. A Lei 5.615/1970, em virtude de dispor sobre o Serviço Federal fundamento adotado pelo Exmo. Ministro Relator para afastar a
de Processamento de Dados (SERPRO), possui efeitos concretos. aplicação da prescrição parcial de que trata a parte final da Súmula
3. Sobre a pretensão ao recebimento do prêmio de produtividade 294 desta Corte, após a publicação da Medida Provisória 1.549/34:
previsto no art. 12 da Lei 5.615/1970 incide a prescrição parcial a
que alude a ressalva constante da parte final da Súmula 294 desta "[...] a pretensão à manutenção do direito ao recebimento do prêmio
Corte até 11/9/1997, dia anterior à vigência da Medida Provisória de produtividade pressupõe a manutenção da aplicação da previsão
1.549-34 (sucessivamente reeditada até a sua conversão na Lei contida na Lei 5.615/1970 mesmo após a sua alteração. Ocorre
9.649/1998). Após a vigência dessa Medida Provisória, mediante a que, para se alcançar esse desiderato - manutenção da aplicação
qual foi extinta a parcela e, portanto, extinto o direito, tem incidência da previsão contida na Lei 5.615/1970-, seria necessária a
a prescrição total, tendo em vista que, após essa data, o direito ao obtenção, pelos empregados, de ordem judicial determinando a não
benefício deixou de ser previsto em lei de efeitos concretos, sendo incidência da Medida Provisória 1.549-34 (convertida na Lei
irrelevante a circunstância de o empregado já ter recebido a parcela 9.649/1998), providência que deveria ter sido requerida no prazo de
na vigência da norma anterior." cinco anos após a sua vigência (considerando o contrato de
trabalho ainda vigente).
Aludido incidente foi publicado no DEJT de 22/06/2018, com a A inobservância desse prazo quinquenal impõe a decretação da
seguinte ementa: prescrição total da pretensão, porque, após a vigência da referida
Medida Provisória não havia mais lei vigente prevendo o direito ao
"INCIDENTE DE RECURSO REPETITIVO. TEMA RECURSOS prêmio de produtividade.
REPETITIVOS Nº 12 - SERPRO - PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE - Corroborando a conclusão de que, para que tenha incidência a
SUPRESSÃO - PRESCRIÇÃO. FIXAÇÃO DA TESE JURÍDICA. prescrição parcial é imprescindível a existência de lei vigente que
ART. 896-C DA CLT. 1. As leis estaduais e municipais referentes às assegure o direito, registram-se alguns dos precedentes que deram
relações trabalhistas no âmbito das empresas são equiparadas a origem à Orientação Jurisprudencial 243 desta Corte ('Aplicável a
regulamentos de empresas , em face da competência privativa da prescrição total sobre o direito de reclamar diferenças salariais
União para legislar sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com resultantes de planos econômicos")" (destaquei).
leis federais de efeitos concretos referentes à administração pública
federal indireta. Por conseguinte, a pretensão originada em In casu, a presente ação trabalhista foi ajuizada em 2014, mais de
alterações nelas promovidas consistentes em supressão de cinco anos da vigência da aludida medida provisória, estando
parcelas devidas a empregados são sujeitas à prescrição total, nos fulminado pela prescrição total o direito em questão.
termos da Súmula 294 deste Tribunal. 2. A Lei 5.615/1970, em Conheço do recurso por contrariedade à Súmula 294 do TST.
virtude de dispor sobre o Serviço Federal de Processamento de Conhecido o recurso por contrariedade a súmula desta Corte, seu
Dados (SERPRO), possui efeitos concretos. 3. Sobre a pretensão provimento é consequência lógica.
Dou provimento ao recurso de revista para pronunciar a prescrição apontem de forma "explícita e fundamentada, contrariedade a
total da pretensão relativa ao prêmio de produtividade. Custas dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do TST" que
invertida, pela reclamante, a qual fica dispensada por ser conflite com a decisão regional ou que não contenham impugnação
beneficiária da justiça gratuita. de todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, com
Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
CPC, e 118, X, do RITST,CONHEÇO do recurso de revista, por Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
contrariedade à Súmula 294 do TST, e, no mérito, DOU-LHE aponte.
PROVIMENTOpara pronunciar a prescrição total da pretensão No caso em apreço, não cuidou o recorrente de "indicar o trecho da
relativa ao prêmio de produtividade. Custas invertida, pela decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
reclamante, a qual fica dispensada por ser beneficiária da justiça controvérsia objeto do recurso de revista".
gratuita. Em razão do exposto, não há como se admitir o apelo, no particular,
Publique-se. face a patente deficiência de fundamentação.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. CONCLUSÃO
NEGO seguimento aorecurso de revista" (fls. 245-246).
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) Convém destacar que o apelo obstaculizado se rege pela Lei
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO 13.015/2014, tendo em vista haver sido interposto contra decisão
Ministro Relator publicada em 23/10/2017, após iniciada a eficácia da aludida norma,
em 22/9/2014.
Processo Nº AIRR-0010622-80.2014.5.01.0007 Inicialmente, pontue-se que o recurso de revista, cuja liberação se
Complemento Processo Eletrônico persegue aqui, não merece processamento.
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho É certo, porém, que o agravo de instrumento manejado é
Agravante AQUILES JOSE CARDOSO GOMES tempestivo, estando devidamente subscrito por profissional da
Advogado Dr. Renato Lacerda dos Santos(OAB: advocacia habilitado nos autos.
177810/RJ)
Todavia, as razões expostas no agravo de instrumento não se
Agravado AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA
SANITÁRIA - ANVISA prestam a atacar, com a objetividade necessária, os fundamentos
Procuradora Dra. Deborah Abreu da decisão impugnada, razão pela qual é de ser considerado à
conta de apelo sem fundamentação consequente, segundo os
Intimado(s)/Citado(s): ditames da Súmula 422 desta Corte Superior e 1.010, II, do CPC.
Em nenhum momento o agravante investe contra a ausência de
- AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA
cumprimento do art. 896, § 1º-A, I, da CLT, nem busca demonstrar
- AQUILES JOSE CARDOSO GOMES
tê-lo cumprido, razão pela qual não deve ser conhecido o presente
recurso.
Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão
Em vista do exposto, com base no inciso III do art. 932 c/c o inciso I
mediante a qual se denegou seguimento ao recurso de revista, sob
do art. 1.011, ambos do CPC, bem assim com fulcro no inciso X do
os seguintes fundamentos:
art. 118 do RITST, NÃO CONHEÇO do agravo de instrumento.
Publique-se.
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
Tempestivo o recurso.
Regular a representação processual.
Desnecessário o preparo.
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA/SUBSIDIÁRIA.
Ministro Relator
A Lei 13.015/2014, aplicável aos recursos interpostos das decisões
publicadas a partir de 22/09/2014 (consoante interpretação do TST
Processo Nº AIRR-0001036-36.2011.5.22.0105
estampada no artigo 1º do Ato 491/SEGJUD.GP), inseriu o §1º-A no
Complemento Processo Eletrônico
artigo 896 da CLT, com a seguinte redação:
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
"Art. 896. (...)
Agravante MUNICÍPIO DE ESPERANTINA
§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
Advogada Dra. Maíra Castelo Branco Leite
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
Agravado JOSÉ MARIA DE SOUSA DOS
prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; SANTOS
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a Advogado Dr. Leonardo Augusto Raulino
dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Pereira(OAB: 6326/PI)
Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os Intimado(s)/Citado(s):
fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante - JOSÉ MARIA DE SOUSA DOS SANTOS
demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição - MUNICÍPIO DE ESPERANTINA
Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
aponte." (g.n.) Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão
Diante deste contexto, não podem ser admitidos recursos cujas mediante a qual se denegou seguimento ao recurso de revista, sob
razões não indiquem o "trecho da decisão recorrida que os seguintes fundamentos:
consubstancia o prequestionamento da controvérsia", que não
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS da lei. Neste viés, considera indispensável que a parte, nas razões
Tempestivo o recurso (decisão publicada em 26/09/2018 - do recurso de revista, indique o trecho da decisão que revela a
seq.(s)/Id(s).122; recurso apresentado em 05/11/2018 - resposta do tribunal a quo à matéria.
seq.(s)/Id(s).117). Indicar significa transcrever o trecho do pronunciamento prévio
Regular a representação processual, seq.(s)/Id(s). 119/121. sobre a temática que o recorrente almeja obter reexame pelo órgão
Isento de Preparo. ad quem.
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS Destarte, em que pesem as alegações do recorrente, percebe-se
Nos termos do art. 896, § 2º, da CLT, somente caberá recurso de que este não indicou o trecho da decisão recorrida que
revista, em processo de execução, por ofensa direta e literal de consubstanciaria o prequestionamento da matéria ( tema: excesso
norma da Constituição Federal. de execução - data do Início da Incidência dos Juros), deixando,
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Jurisdição e assim, de observar o disposto no art. 896, §1º-A, I, da CLT,
Competência / Competência / Competência da Justiça do Trabalho. conforme redação dada pela referida Lei nº 13.015/2014, razão pela
Alegação(ões): qual não merece ser conhecido o recurso.
- violação do(s) artigo 39; artigo 114, inciso I, da Constituição Destaca-se que a transcrição apenas do dispositivo do acórdão,
Federal. desacompanhado da respectiva fundamentação, não supre a
Verifica-se que o acórdão impugnado não enfrentou a matéria ora exigência legal.
revolvida (Incompetência do Juízo da execução), não tendo havido Quanto ao tema, tem-se o recente julgado do C. TST:
oposição de embargos declaratórios quanto ao referido tema, que, Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
portanto, não merece ser conhecido, por ausência de REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA A PARTIR DA
prequestionamento, conforme inteligência da súmula 297 do TST. VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. RITO SUMARÍSSIMO.
Destarte, o recurso de revista é apelo de cognição extraordinária RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. AUSÊNCIA DE
que pressupõe, além da expressa referência ao dispositivo legal e COMPROVAÇÃO DO EFETIVO PREQUESTIONAMENTO.
ou constitucional tido como violado, o prequestionamento da REQUISITO PREVISTO NO ARTIGO 896, § 1º-A, I, DA CLT. Entre
matéria (Súmula nº 297/TST e Orientações Jurisprudenciais 62, 118 as alterações promovidas à sistemática recursal pela Lei nº
e 256/SBDI-1). 13.015/2014 encontra-se a criação de pressuposto intrínseco do
A ausência de prequestionamento é elemento intrínseco que recurso de revista, consistente na indicação (transcrição) do
impossibilita o processamento da revista. Ocorre que, a rigor, nem fragmento da decisão recorrida que revele a resposta do tribunal de
mesmo poderia haver prequestionamento acerca do tema origem sobre a matéria objeto do apelo. O requisito encontra-se
Incompetência do juízo da execução, conforme o disposto na previsto no artigo 896, § 1º-A, I, da CLT, cujo teor dispõe que: 1º-A.
Súmula 297 do C. TST, uma vez que a matéria não foi objeto das Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: I - indicar o trecho
razões do agravo do então reclamado, ora recorrente, de onde da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
resultou que o TRT não emitiu tese sobre o tema ora revolvido, controvérsia objeto do recurso de revista. Logo, inviável o
ausência capaz de impedir, inclusive, sua articulação por meio de processamento do recurso de revista em que a parte não indica, de
embargos de declaração. modo específico, o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
Nesse sentido a Súmula nº 297, itens I e II, do TST: I. Diz-se prequestionamento da controvérsia pontuada em seu apelo, ante o
prequestionada a matéria ou questão quando na decisão óbice contido no referido dispositivo legal, que lhe atribui tal ônus.
impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito. II. Agravo de instrumento a que se nega provimento. TST - 7ª Turma -
Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido AIRR - 575-25.2014.5.08.0113 Data de Julgamento: 15/03/2017,
invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de
objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de Publicação: DEJT 24/03/2017.
preclusão. Pelo exposto, não admito o recurso de revista quanto ao tema.
Traz-se à lume recente julgado do C. TST sobre a matéria, verbis: CONCLUSÃO
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. DENEGO seguimento ao recurso de revista" (fls. 266-268).
COISA JULGADA. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA.
SÚMULA Nº 297 DO TST 1. Se o acórdão regional não emite tese Ficou consignado na decisão proferida em agravo de petição:
jurídica sobre a matéria veiculada nas razões recursais, inviável o
conhecimento de recurso de revista, à falta do prequestionamento, "Excesso de execução de juros de mora - Termo inicial para
excetuadas as hipóteses de prequestionamento ficto e de vício incidência
nascido no próprio julgamento. 2. Agravo de instrumento do Tem-se por descabida a pretensão do agravante no sentido de que
Reclamado de que se conhece e a que se nega provimento. TST - o termo inicial para incidência dos juros de mora haveria de ser a
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA AIRR data da citação válida, consoante o disposto no art. 240 do atual
85000320075170005 (TST) Data de publicação: 19/02/2016. CPC, e não a do ajuizamento do feito.
Pelo exposto, não admito a Revista, quanto ao tema. Sem maiores delongas, cumpre asseverar que a matéria em
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / questão encontra-se normatizada no art. 883 da CLT, bem como no
Liquidação/Cumprimento/Execução / Valor da § 1º do art. 39 da Lei 8.177/1991, que, de forma inconteste,
Execução/Cálculo/Atualização / Juros. ordenam a aplicabilidade dos juros de mora a partir da data em que
Alegação(ões): for proposta a reclamação inicial.
- violação do(s) Código de Processo Civil de 2015, artigo 219 e 240. Quanto à Súmula 204 do STJ, trata de juros de mora relativos a
- contrariedade à Súmula nº 204 do STJ. benefícios previdenciários, como se vê do seu teor transcrito na
O recurso de revista, que tramita sob a égide da Lei nº 13.015/2014, peça de agravo, matéria estranha ao presente feito.
prestigiou o rigor formal, tem natureza extraordinária e visa Assim, estando corretos os cálculos de liquidação quanto ao tópico
assegurar a validade, autoridade e a uniformidade da interpretação impugnado, nada a deferir, restando prejudicado o pedido de
realização de exame pericial para atestar o real valor devido" (fls. instrumento em recurso de revista está desfundamentado, como se
249-250). demonstrará a seguir.
O agravo de instrumento é tempestivo e regularmente representado.
A decisão regional foi publicada em 26/9/2018, após iniciada a Pelo princípio processual da dialeticidade, a fundamentação, cujo
eficácia da Lei 13.467/2017, em 11/11/2017, que alterou o art. 896- atendimento pressupõe necessariamente a argumentação lógica
A da CLT, passando a dispor: destinada a evidenciar o equívoco da decisão impugnada, é
pressuposto objetivo de admissibilidade de qualquer recurso.
"Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, Verifica-se que o agravante não investe contra os fundamentos do
examinará previamente se a causa oferece transcendência com despacho que denegou seguimento ao recurso de revista, sob o
relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social fundamento de que, quanto ao tema "incompetência", não houve
ou jurídica. prequestionamento porquanto a matéria não foi objeto das razões
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros: do agravo de petição do município reclamado bem como. Quanto ao
I - econômica, o elevado valor da causa; tema "excesso de execução", não houve transcrição do trecho da
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal controvérsia objeto do recurso de revista, na forma do artigo 896, §
Federal; 1º-A, I, da CLT.
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social Trata-se, portanto, de agravo de instrumento totalmente desprovido
constitucionalmente assegurado; de fundamento, pressuposto objetivo extrínseco de admissibilidade
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação de qualquer recurso, cujo atendimento supõe necessariamente
da legislação trabalhista. argumentação visando evidenciar o equívoco da decisão
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao impugnada.
recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo Logo, denota-se não ter o agravante atentado para os fundamentos
agravo desta decisão para o colegiado. da decisão contra os quais deveria se insurgir, razão a qual não foi
§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter observado o requisito previsto no art. 1.010, II, do CPC, é
transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre imprescindível ao conhecimento do agravo de instrumento. Nesse
a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. sentido é o entendimento da Súmula 422, I, do TST:
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do
recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que "RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO
constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. CONHECIMENTO (redação alterada, com inserção dos itens I, II e
§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo III) - Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.06.2015. Com
de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a errata publicada no DEJT divulgado em 01.07.2015
transcendência da matéria. I - Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho
§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da
Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise decisão recorrida, nos termos em que proferida".
dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não
abrangendo o critério da transcendência das questões nele Ante o exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do CPC e
veiculadas." 118, X, do RITST,JULGO PREJUDICADA a análise da
transcendência e NÃO CONHEÇOdo agravo de instrumento.
Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo Publique-se.
Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo em
relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já
fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
inseridos pela Lei 13.467/2017: AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
Ministro Relator
"Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos
recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente Processo Nº RR-0011185-03.2013.5.15.0110
incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos Complemento Processo Eletrônico
Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017, Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
data da vigência da Lei n.º 13.467/2017." Recorrente ANASTÁCIO FERREIRA DA SILVA
Advogado Dr. Tupã Montemor Pereira(OAB:
264643/SP)
Evidente, portanto, a subsunção do presente agravo de instrumento
Recorrido SANTA LUIZA AGROPECUÁRIA
e do recurso de revista respectivo aos termos da referida lei. LTDA.
Friso, ainda, que, apesar de o art. 896-A da CLT estabelecer a Advogado Dr. Antônio Luiz Sassi(OAB:
necessidade de exame prévio da transcendência do recurso de 36257/SP)
revista, a jurisprudência da Sexta Turma do TST tem evoluído para Advogado Dr. Giovana Fernanda Clemente
Sassi(OAB: 219173/SP)
entender que esta análise fica prejudicada quando o apelo carece
de pressupostos processuais extrínsecos ou intrínsecos que
Intimado(s)/Citado(s):
impedem o alcance do exame meritório do feito, como no caso em
- ANASTÁCIO FERREIRA DA SILVA
tela.
- SANTA LUIZA AGROPECUÁRIA LTDA.
A par disso, ressalto que o exame dos critérios de transcendência
fica prejudicado, no caso em tela, por se vislumbrar que o agravo de
Trata-se de recurso de revista parcialmente admitido pelo Regional, diversas da discutida nos presentes autos.
sob os seguintes fundamentos: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Partes e
Procuradores / Sucumbência / Honorários na Justiça do Trabalho.
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS No que se refere aos honorários advocatícios, o v. acórdão decidiu
Tempestivo o recurso (decisão publicada em 15/04/2016; recurso em consonância com a Súmula 219 do C. TST, o que inviabiliza o
apresentado em 20/04/2016). recurso, de acordo com o art. 896, § 7º, da CLT, c/c a Súmula 333
Regular a representação processual. do C. TST.
Desnecessário o preparo. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Processo e
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS Procedimento / Provas / Ônus da Prova / Horas Extras.
Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Adicional / O v. acórdão reconheceu que os cartões de ponto apresentavam
Adicional de Insalubridade. anotações uniformes. Por outro lado, entendeu que competia ao
A questão relativa ao não acolhimentodo adicional de reclamante o ônus da prova quanto à existência de horas extras.
insalubridadefoi solucionada com base na análise dos fatos e Quanto a esta matéria, entendo prudente o seguimento do apelo,
provas. Nessa hipótese, por não se lastrear o v. julgado em tese de por possíveldivergência da Súmula338, III,do C. TST.
direito, inviável a aferição de ofensa aos dispositivoslegais CONCLUSÃO
invocados e de divergência jurisprudencial. RECEBO o recurso de revista" (fls. 450-452 - numeração de fls.
Incidência da Súmula 126 do C. TST. verificada na visualização geral do processo eletrônico - "todos os
Duração do Trabalho / Horas in itinere / Supressão / Limitação PDFs" - assim como todas as indicações subsequentes).
por Norma Coletiva.
O C. TST firmou entendimento no sentido de considerar válida O recurso é tempestivo e subscrito por procurador regularmente
norma coletiva que fixa previamente a quantidade de horas "in constituído nos autos.
itinere" a serem pagas, tendo em vista o reconhecimento das Convém destacar que o recurso é regido pela Lei 13.015/2014, mas
convenções e acordos coletivos de trabalho consagrado no art. 7º, não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
XXVI, da Constituição Federal, desde que a quantidade de horas contra decisão publicada em 25/4/2016, após iniciada a eficácia da
fixadas no ajuste guarde razoabilidade e proporcionalidade com o aludida norma, em 22/9/2014.
tempo efetivamente gasto com o transporte. Ficou estabelecido, Igualmente, considerando que a decisão de admissibilidade foi
como razoável, o tempo que corresponda a, no mínimo, 50% publicada em 14/07/2016, e ante o cancelamento da Súmula 285 do
(cinquenta por cento) do tempo efetivamente despendido no TST, em 15/04/2016, está preclusa a discussão quanto aos temas
deslocamento. "adicional de insalubridade - base de cálculo", "horas in itinere",
Nesse sentido são os seguintes precedentes: RR-272- "auxílio-alimentação - natureza jurídica" e "honorários advocatícios",
91.2012.5.15.0143, 1ª Turma, DEJT-13/12/13, RR-394- aos quais foi denegado seguimento pelo Regional, não havendo
11.2011.5.15.0056, 2ª Turma, DEJT-28/03/14, RR-1454- interposição de agravo de instrumento pela reclamada, nos termos
13.2011.5.15.0058, 3ª Turma, DEJT-28/03/14, RR-1046- da IN 40 do TST.
24.2012.5.15.0143, 4ª Turma, DEJT-07/03/14, RR-2637- Logo, a análise do recurso de revista será restrita ao tema "horas
46.2012.5.15.0070, 5ª Turma, DEJT-07/03/14, RR-51700- extras - ônus da prova", ao qual foi dado seguimento pelo Tribunal
47.2009.5.15.0134, 6ª Turma, DEJT-28/03/14, RR-1503- Regional.
82.2011.5.15.0081, 7ª Turma, DEJT-14/02/14, RR-1058-
40.2012.5.15.0110, 8ª Turma, DEJT-21/03/14 e E-RR-137200- HORAS EXTRAS. MARCAÇÕES INVARIÁVEIS. ÔNUS DA PROVA
23.2008.5.15.0100, SDI-1, DEJT-28/03/14.
No caso ora analisado, o v. acórdão recorrido constatou que a O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014,
cláusula coletiva prefixou o tempo de percurso em 1 hora e que o que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da
reclamante não logrou demonstrar que despendia 2 horas diárias, CLT, com a seguinte redação:
tendo o Juízo de 1º grau apurado 50 minutos diários. Assim,
considerou válida a norma coletiva, indeferindo as diferenças de "§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
horas "in itinere". Inviável, por decorrência, o apelo, de acordo com I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
o art. 896, § 7º, da CLT, c/c as Súmulas 126 e 333 do C. TST. prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Ajuda/Tíquete II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
Alimentação. dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
O v. acórdão manteve a r. sentença, esclarecendo que a cláusula Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
coletiva atribuiu natureza indenizatória ao auxílio alimentação. III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
Como se depreende, o v. acórdão se fundamentou no conjunto fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
fático-probatório e não violou, de forma direta e literal, os demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
dispositivoslegais apontados. Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
Assim, inadmissível o recurso, pelo teor da Súmula 126 do C. TST e aponte.
pela ausência dos requisitos exigidos pela alínea "c" do art. 896 da IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de
CLT. nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho
Ademais,o recorrente não logrou demonstrar o pretendido dissenso dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do
interpretativo, uma vez que o aresto adequado ao confrontoé tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da
inespecífico, não preenchendo, dessa forma, os pressupostos da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para
Súmula 296, inciso I, do C. TST. cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão."
Por derradeiro, não existe dissenso da Súmula 241 e daOrientação
Jurisprudencial 133 da SDI-1 do C. TST, pois tratam de hipóteses O recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos
não atende ao disposto no inciso I do §1º-A do art. 896 da CLT, no que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da
sentido de ser ônus da parte, sob pena de não conhecimento do CLT, com a seguinte redação:
recurso, a indicação do trecho da decisão recorrida que
consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do "§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
apelo. I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
CONCLUSÃO prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
DENEGO seguimento ao recurso de revista" (fls. 487-488). II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
Convém destacar que o apelo obstaculizado rege-se pela Lei Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto contra decisão III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
publicada em 6/5/2019, após iniciada a eficácia da aludida norma, fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
em 11/11/2017. demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
No entanto, friso que, apesar de o recurso de revista obstaculizado Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
ser regido pela Lei 13.467/2017, o exame dos indicadores de aponte.
transcendência fica prejudicado, por ora, ante a desfundamentação IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de
do agravo de instrumento. nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho
O agravo de instrumento é tempestivo, está subscrito por advogado dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do
habilitado nos autos, e é dispensado o preparo. tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da
Todavia, as razões de agravo de instrumento não atacam decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para
objetivamente os fundamentos lançados na decisão agravada, cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão."
relativos ao descumprimento do § 1º-A do art. 896 da CLT, ficando
desfundamentado o apelo, na forma da Súmula 422 do TST. O recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos
Em vista do exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do estabelecidos no referido dispositivo, destacando o trecho que
CPC e 118, X, do RITST, JULGO PREJUDICADA a análise da consubstancia a controvérsia, bem como apontando, de forma
transcendência eNÃO CONHEÇOdo agravo de instrumento. explícita e fundamentada, contrariedade à Súmula 294 do TST,
Publique-se. violação do art. 7º, XXIX, da CF, e divergência com os arestos
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. colacionados.
Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da
satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) CLT.
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO Foi consignado no acórdão recorrido:
Ministro Relator
"O "prêmio de produtividade", objeto da condenação imposta à
Processo Nº RR-0021593-16.2014.5.04.0016 reclamada na origem, foi criado em conjunto com a lei que instituiu
Complemento Processo Eletrônico o estatuto do SERPRO, de acordo com o disposto no artigo 12 da
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho Lei nº 5.615/1970, que assim estabeleceu (página 04 do documento
Recorrente ANTONIO JORGE ANTONELLI de ID nº 498f516):
Advogada Dra. Roberta Mottin Possebon(OAB: Art. 12. O SERPRO realizará seu balanço geral no dia 30 de junho
47746/RS)
de cada exercício e o lucro líquido apurado, após a dedução dos
Recorrido SERVIÇO FEDERAL DE
PROCESSAMENTO DE DADOS - valores correspondentes dos diversos fundos e provisões, bem
SERPRO como do prêmio de produtividade a ser distribuído entre o pessoal
Advogada Dra. Renata Berenice Veiga do da Empresa, excluída a Administração Superior, constituirá fundo
Amaral(OAB: 46578/RS)
de reserva destinado a atender a aumento de capital da Empresa.
§ 1º O prêmio de produtividade será fixado pelo Conselho-Diretor no
Intimado(s)/Citado(s):
final de cada exercício.
- ANTONIO JORGE ANTONELLI § 2º Até 30 (trinta) de setembro de cada ano, o SERPRO enviará,
- SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS - ao Tribunal de Contas, suas contas relativas ao exercício anterior,
SERPRO
acompanhadas do relatório de atividades.
(Grifou-se).
O reclamante interpôs recurso de revista às fls. 195-2017, com
No caso ora em análise, é incontroverso, pelo que se observa dos
fulcro no artigo 896, alíneas a e c, da CLT, o qual foi admitido por
termos da inicial (ID nº cca5a66) e da defesa (ID nº b1e2047), que a
meio da decisão de fls. 219-221.
reclamada efetuou o pagamento do aludido prêmio de produtividade
O recurso é tempestivo e subscrito por procurador regularmente
de 1975 até 1979, quando o parágrafo único do art. 3º da
constituído nos autos.
Deliberação nº 07/79 excluiu da abrangência do art. 12 da Lei nº
Convém destacar que o apelo é regido pela Lei 13.015/2014, mas
5.615/1970 os empregados admitidos após março de 1979,
não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
conforme se extrai do trecho transcrito a seguir (ID nº f330886):
contra decisão publicada em 20/8/2015, após iniciada a eficácia da
Art. 3. (...)
aludida norma, em 22/9/2014.
Parágrafo Único: Não farão jus ao Prêmio de Produtividade os
empregados cuja admissão tenha se verificado depois do dia 31-03-
SERPRO. PRÊMIO PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO
1979.
(Grifou-se).
O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014,
Também é incontroverso que o autor foi admitido pela empresa ré
em 06-01-1976, estando o contrato ainda em vigor, de acordo com direito dos empregados de receberem o prêmio produtividade,
a ficha funcional do reclamante (ID nº 080db4f). evidentemente prescrito está o direito do reclamante, por manter-se
Nesse sentido, a limitação imposta pela Deliberação nº 07/79 não inerte durante todo esse período, devendo a presente demanda ser
atingiria o contrato de trabalho do reclamante, tendo em vista que extinta com resolução de mérito, nos termos do art. 267, IV, do
seu ingresso nos quadros da reclamada ocorreu no ano de 1976, CPC.
sendo presumível que tenha recebido o aludido prêmio nos anos Pelo exposto, dá-se provimento ao recurso ordinário interposto pela
anteriores a 1980, quando o prêmio deixou de ser pago pela ré. reclamada, para, pronunciando a prescrição total do direito do
Assim, a supressão do aludido prêmio constituiria em alteração reclamante, extinguir o feito com resolução do mérito, restando a
lesiva do contrato de trabalho, nos termos do art. 468 da CLT. empresa ré absolvida de toda a condenação imposta na origem"
Contudo, em 1998 a redação original do art. 12 da Lei 5.615/70 foi (fls. 164-166).
alterada pela Lei 9.649/98, que suprimiu a previsão do direito à
referida verba. Veja-se que o referido dispositivo legal passou a ter O reclamante busca afastar a prescrição total pronunciada pelo
a seguinte redação a partir de 1998: Regional. Indica contrariedade à Súmula 294 do TST e violação dos
Art. 12. O SERPRO realizará suas demonstrações financeiras no artigos 5º, XXXVI, e 7º, XXIX, da CF. Colaciona arestos.
dia 31 de dezembro de cada exercício, e do lucro líquido apurado, Examino.
após realizadas as deduções, provisões e reservas, exceto as A SBDI-1 do TST, quando do julgamento do Incidente de Recurso
estatutárias, o saldo remanescente será destinado ao pagamento Repetitivo IRR-2103-30.2014.5.04.011 em 22/03/2018, uniformizou
de dividendos, no mínimo de 25% (vinte e cinco por cento), dando- o entendimento de incidir a prescrição total à pretensão às
se ao restante a destinação determinada pelo Conselho Diretor, diferenças da parcela prêmio produtividade, após a vigência da
observado o disposto no inciso XI do art. 7º da Constituição. Medida Provisória 1.549-34/97 (sucessivamente reeditada até sua
(Redação dada pale Lei nº 9.649, de 1998). conversão na Lei 9.649/98), que extinguiu o benefício previsto no
Nesse contexto, até o ano de 1998, o alegado direito ao prêmio art. 12 da Lei 5.615/70.
produtividade era previsto em lei, não incidindo a prescrição total. Foram fixadas as seguintes teses à época:
No entanto, a partir de 27-5-1998, não mais sendo a parcela
assegurada por preceito legal, deverá ser observada a prescrição "1. As leis estaduais e municipais referentes às relações trabalhistas
total. no âmbito das empresas são equiparadas a regulamentos de
Incide, no caso, o disposto na primeira parte da Súmula 294, do empresas, em face da competência privativa da União para legislar
TST, in verbis: sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com leis federais de
Súmula nº 294 do TST. PRESCRIÇÃO. ALTERAÇÃO efeitos concretos referentes à administração pública federal indireta.
CONTRATUAL. TRABALHADOR URBANO (mantida) - Res. Por conseguinte, a pretensão originada em alterações nelas
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. Tratando-se de ação que promovidas consistentes em supressão de parcelas devidas a
envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração empregados são sujeitas à prescrição total, nos termos da Súmula
do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela 294 deste Tribunal.
esteja também assegurado por preceito de lei. 2. A Lei 5.615/1970, em virtude de dispor sobre o Serviço Federal
Nessa mesma linha, cita-se o seguinte julgado do TST: de Processamento de Dados (SERPRO), possui efeitos concretos.
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. SERPRO. 3. Sobre a pretensão ao recebimento do prêmio de produtividade
PRÊMIO-PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO. SÚMULA 294 DO previsto no art. 12 da Lei 5.615/1970 incide a prescrição parcial a
TST. 1. Em que pese o art. 12 da Lei nº 5.615/70 tenha previsto o que alude a ressalva constante da parte final da Súmula 294 desta
pagamento do prêmio-produtividade, tem-se que a Lei nº 9.649/98 a Corte até 11/9/1997, dia anterior à vigência da Medida Provisória
revogou, tendo suprimido o dispositivo que previa a quitação da 1.549-34 (sucessivamente reeditada até a sua conversão na Lei
parcela. 2. Dessa forma, o prêmio-produtividade deixou de ser 9.649/1998). Após a vigência dessa Medida Provisória, mediante a
previsto por lei, sendo seu pagamento suprimido por ato único do qual foi extinta a parcela e, portanto, extinto o direito, tem incidência
empregador, motivo pelo qual aplica-se ao caso a prescrição total a prescrição total, tendo em vista que, após essa data, o direito ao
prevista na primeira parte da Súmula 294, do TST. 3. Incidência da benefício deixou de ser previsto em lei de efeitos concretos, sendo
Súmula 333, do TST e do art. 896, § 7º, da CLT. 4. Agravo de irrelevante a circunstância de o empregado já ter recebido a parcela
instrumento de que se conhece e a que se nega provimento. (AIRR na vigência da norma anterior."
- 1407-32.2012.5.01.0078, Relatora Desembargadora Convocada:
Sueli Gil El Rafihi, Data de Julgamento: 03/12/2014, 4ª Turma, Data Aludido incidente foi publicado no DEJT de 22/06/2018, com a
de Publicação: DEJT 05/12/2014). seguinte ementa:
No caso em análise, conforme já descrito acima, o reclamante foi
admitido pelo SERPRO em 06-01-1976, tendo presumivelmente "INCIDENTE DE RECURSO REPETITIVO. TEMA RECURSOS
recebido o prêmio produtividade de 1976 a 1979. Nessa REPETITIVOS Nº 12 - SERPRO - PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE -
circunstância, ainda que não se cogite a aplicação da Súmula 294 SUPRESSÃO - PRESCRIÇÃO. FIXAÇÃO DA TESE JURÍDICA.
do TST, diante do fato do reclamante ter sido admitido em momento ART. 896-C DA CLT. 1. As leis estaduais e municipais referentes às
anterior à supressão do prêmio produtividade, não há amparo ao relações trabalhistas no âmbito das empresas são equiparadas a
deferimento do prêmio de produtividade postulado pois, observada regulamentos de empresas , em face da competência privativa da
a prescrição quinquenal, a pretensão obreira não alcançaria o União para legislar sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com
período de vigência do dispositivo que o instituiu, já que estariam leis federais de efeitos concretos referentes à administração pública
prescritas as parcelas anteriores a 17-11-2009, quando já em vigor federal indireta. Por conseguinte, a pretensão originada em
a Lei nº 9.649/98. alterações nelas promovidas consistentes em supressão de
Portanto, ajuizada a presente ação em 17-11-2014, ou seja, parcelas devidas a empregados são sujeitas à prescrição total, nos
dezesseis anos após a edição da Lei nº 9.649/98, que extinguiu o termos da Súmula 294 deste Tribunal. 2. A Lei 5.615/1970, em
virtude de dispor sobre o Serviço Federal de Processamento de desta Corte, não havendo violação direta dos dispositivos
Dados (SERPRO), possui efeitos concretos. 3. Sobre a pretensão apontados.
ao recebimento do prêmio de produtividade previsto no art. 12 da Incidem o art. 896, §7º, da CLT, e a Súmula 333 do TST.
Lei 5.615/1970 incide a prescrição parcial a que alude a ressalva Prejudicada a análise do pedido de honorários advocatícios.
constante da parte final da Súmula 294 desta Corte até 11/9/1997, Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do
dia anterior à vigência da Medida Provisória 1.549-34 CPC, e 118, X, do RITST,NÃO CONHEÇO do recurso de revista.
(sucessivamente reeditada até a sua conversão na Lei 9.649/1998). Publique-se.
Após a vigência dessa Medida Provisória, mediante a qual foi Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
extinta a parcela e, portanto, extinto o direito, tem incidência a
prescrição total, tendo em vista que, após essa data, o direito ao
benefício deixou de ser previsto em lei de efeitos concretos, sendo Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
irrelevante a circunstância de o empregado já ter recebido a parcela AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
na vigência da norma anterior . RECURSO DE EMBARGOS Ministro Relator
AFETADO E-RR-21703-30.2014.5.04.0011. Conforme a tese fixada
do julgamento do IRR-21703-30.2014.5.04.0011, após a vigência da Processo Nº RR-0021711-71.2014.5.04.0022
Medida Provisória 1.549-34 (sucessivamente reeditada até a sua Complemento Processo Eletrônico
conversão na Lei 9.649/1998), mediante a qual foi extinta a parcela, Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
portanto, extinto o direito, tem incidência a prescrição total, tendo Recorrente MARINA DA SILVA MULLER
em vista que, após essa data, o direito ao benefício deixou de ser Advogada Dra. Ana Rita Corrêa Pinto
Nakada(OAB: 40895/RS)
previsto em lei de efeitos concretos, sendo irrelevante a
Advogado Dr. Hélen Goulart Vega(OAB:
circunstância de o empregado já ter recebido a parcela na vigência 65874/RS)
da norma anterior . Na hipótese dos autos, a Turma manteve a Recorrido SERVIÇO FEDERAL DE
declaração da prescrição total, porquanto a reclamação trabalhista PROCESSAMENTO DE DADOS -
SERPRO
foi ajuizada em 04/12/2014, quanto já expirado o prazo
Advogado Dr. Rafael Vargas dos Santos(OAB:
prescricional, devendo ser mantida a decisão recorrida. Recurso de 51093/RS)
Embargos de que conhece e a que se nega provimento." (IRR -
21703-30.2014.5.04.0011, Relator Ministro: João Batista Brito Intimado(s)/Citado(s):
Pereira, Data de Julgamento: 22/03/2018, Subseção I Especializada - MARINA DA SILVA MULLER
em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 22/06/2018. ) - SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS -
SERPRO
Além da tese jurídica fixada no citado incidente, referente à
natureza jurídica da Lei 5.615/70, de efeitos concretos, equivalente A reclamante interpôs recurso de revista às fls. 191-212, com fulcro
aos regulamentos de empresa, imperioso que se transcreva o no artigo 896, alíneas a e c, da CLT, o qual foi admitido por meio da
fundamento adotado pelo Exmo. Ministro Relator para afastar a decisão de fls. 244-246.
aplicação da prescrição parcial de que trata a parte final da Súmula O recurso é tempestivo e subscrito por procurador regularmente
294 desta Corte, após a publicação da Medida Provisória 1.549/34: constituído nos autos.
Convém destacar que o apelo é regido pela Lei 13.015/2014, mas
"[...] a pretensão à manutenção do direito ao recebimento do prêmio não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
de produtividade pressupõe a manutenção da aplicação da previsão contra decisão publicada em 18/11/2015, após iniciada a eficácia da
contida na Lei 5.615/1970 mesmo após a sua alteração. Ocorre aludida norma, em 22/9/2014.
que, para se alcançar esse desiderato - manutenção da aplicação
da previsão contida na Lei 5.615/1970-, seria necessária a SERPRO. PRÊMIO PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO
obtenção, pelos empregados, de ordem judicial determinando a não
incidência da Medida Provisória 1.549-34 (convertida na Lei O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014,
9.649/1998), providência que deveria ter sido requerida no prazo de que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da
cinco anos após a sua vigência (considerando o contrato de CLT, com a seguinte redação:
trabalho ainda vigente).
A inobservância desse prazo quinquenal impõe a decretação da "§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
prescrição total da pretensão, porque, após a vigência da referida I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
Medida Provisória não havia mais lei vigente prevendo o direito ao prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
prêmio de produtividade. II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
Corroborando a conclusão de que, para que tenha incidência a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
prescrição parcial é imprescindível a existência de lei vigente que Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
assegure o direito, registram-se alguns dos precedentes que deram III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
origem à Orientação Jurisprudencial 243 desta Corte ('Aplicável a fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
prescrição total sobre o direito de reclamar diferenças salariais demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
resultantes de planos econômicos")" (destaquei). Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
aponte.
In casu, a presente ação trabalhista foi ajuizada em 2014, mais de IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de
cinco anos da vigência da aludida medida provisória, estando nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho
fulminado pela prescrição total o direito em questão. dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do
Assim, a decisão recorrida está em sintonia com a Súmula 294 tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da
decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para Região, 6ª Turma, 0021564-05.2014.5.04.0003 RO, em 20/08/2015,
cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão." Juiz Convocado Jose Cesario Figueiredo Teixeira)
Desse modo, considerando-se a admissão em 20.11.1974, a
A recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos extinção do prêmio produtividade em 28.05.1994, por força de lei, e
estabelecidos no referido dispositivo, destacando o trecho que o ajuizamento da presente demanda quando transcorridos mais de
consubstancia a controvérsia, bem como apontando, de forma 20 anos dessa revogação (17.12.2014), resta fulminada a ação pela
explícita e fundamentada, contrariedade à Súmula 294 do TST, prescrição quinquenal (inciso XXIX do art. 7º da Constituição
violação do art. 7º, XXIX, da CF, e divergência com os arestos Federal).
colacionados. Nesse sentido também o recente acórdão da lavra do Exmo. Des.
Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da Raul Zoratto Sanvicente:
satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da SERPRO. PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO
CLT. QUINQUENAL. Está prescrita a pretensão relativa ao pagamento de
Foi consignado no acórdão recorrido: prêmio anual de produtividade quando transcorridos mais de cinco
anos da revogação do dispositivo legal que previa o seu
"(...) pagamento. (TRT da 4ª Região, 6ª Turma, 0021788-
A matéria já é conhecida da Turma, motivo pelo qual transcrevo o 98.2014.5.04.0016 RO, em 10/07/2015, Desembargador Raul
precedente que segue, cujos fundamentos adoto como razões de Zoratto Sanvicente)
decidir: Dou provimento ao recurso ordinário do reclamado para pronunciar
A pretensão da autora está fundada no art. 12 da Lei nº 5.615/70, o a prescrição do direito de ação, extinguindo o processo, com
qual transcrevo: resolução do mérito, na forma do art. 269, IV, do CPC" (fls. 172-
Art 12. O SERPRO realizará seu balanço-geral no dia 30 de junho 173).
de cada exercício e o lucro líquido apurado, após a dedução dos
valores correspondentes aos diversos fundos e provisões, bem A reclamante busca afastar a prescrição total pronunciada pelo
como do prêmio de produtividade a ser distribuído entre o pessoal Regional. Indica contrariedade à Súmula 294 do TST e violação dos
da Empresa, excluída a Administração Superior, constituirá fundo artigos 5º, XXXVI, e 7º, XXIX, da CF. Colaciona arestos.
de reserva destinado a atender a aumento de capital da Empresa. Examino.
§ 1º O prêmio de produtividade será fixado pelo Conselho-Diretor no A SBDI-1 do TST, quando do julgamento do Incidente de Recurso
final de cada exercício. Repetitivo IRR-2103-30.2014.5.04.011 em 22/03/2018, uniformizou
§ 2º Até 30 (trinta) de setembro de cada ano, o SERPRO enviará, o entendimento de incidir a prescrição total à pretensão às
ao Tribunal de Contas, suas contas relativas ao exercício anterior, diferenças da parcela prêmio produtividade, após a vigência da
acompanhadas do relatório de atividades Medida Provisória 1.549-34/97 (sucessivamente reeditada até sua
A redação do dispositivo legal em comento foi alterada em razão da conversão na Lei 9.649/98), que extinguiu o benefício previsto no
edição da Lei nº 9.649/98, passando a ser a seguinte: art. 12 da Lei 5.615/70.
Art. 12. O SERPRO realizará suas demonstrações financeiras no Foram fixadas as seguintes teses à época:
dia 31 de dezembro de cada exercício, e do lucro líquido apurado,
após realizadas as deduções, provisões e reservas, exceto as "1. As leis estaduais e municipais referentes às relações trabalhistas
estatutárias, o saldo remanescente será destinado ao pagamento no âmbito das empresas são equiparadas a regulamentos de
de dividendos, no mínimo de 25% (vinte e cinco por cento), dando- empresas, em face da competência privativa da União para legislar
se ao restante a destinação determinada pelo Conselho Diretor, sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com leis federais de
observado o disposto no inciso XI do art. 7º da Constituição. efeitos concretos referentes à administração pública federal indireta.
Tratando-se de parcela instituída por lei e, sendo revogada também Por conseguinte, a pretensão originada em alterações nelas
por lei, a partir da revogação foi estabelecido o marco prescricional, promovidas consistentes em supressão de parcelas devidas a
ou seja, a partir de 1998. empregados são sujeitas à prescrição total, nos termos da Súmula
De outro lado, e ainda que se considere tratar de parcela de trato 294 deste Tribunal.
sucessivo, a Lei que modificou o art. 12 da Lei nº 5.615/70 2. A Lei 5.615/1970, em virtude de dispor sobre o Serviço Federal
extinguindo o prêmio de produtividade entrou em vigor em de Processamento de Dados (SERPRO), possui efeitos concretos.
28/05/1998, ou seja, há mais de 16 anos antes do ingresso da 3. Sobre a pretensão ao recebimento do prêmio de produtividade
presente reclamatória, restando fulminada também pela prescrição previsto no art. 12 da Lei 5.615/1970 incide a prescrição parcial a
quinquenal. Esta Turma já decidiu sobre o tema, decisão cuja que alude a ressalva constante da parte final da Súmula 294 desta
ementa transcrevo a seguir: Corte até 11/9/1997, dia anterior à vigência da Medida Provisória
SERPRO. PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO 1.549-34 (sucessivamente reeditada até a sua conversão na Lei
QUINQUENAL. Está prescrita a pretensão relativa ao pagamento de 9.649/1998). Após a vigência dessa Medida Provisória, mediante a
prêmio anual de produtividade quando transcorridos mais de cinco qual foi extinta a parcela e, portanto, extinto o direito, tem incidência
anos da revogação do dispositivo legal que previa o seu a prescrição total, tendo em vista que, após essa data, o direito ao
pagamento. (TRT da 04ª Região, 6ª Turma, 0021788- benefício deixou de ser previsto em lei de efeitos concretos, sendo
98.2014.5.04.0016 RO, em 10/07/2015, Desembargador Raul irrelevante a circunstância de o empregado já ter recebido a parcela
Zoratto Sanvicente. Participaram o Juiz Convocado José Cesário na vigência da norma anterior."
Figueiredo Teixeira e Roberto Antônio Carvalho Zonta)
Importante ressaltar, também, que a reclamante sequer percebeu O aludido incidente foi publicado no DEJT de 22/06/2018, com a
qualquer valor a título de prêmio de produtividade ao longo do seguinte ementa:
contrato de trabalho, visto que a parcela já não era paga desde
1980, enquanto a reclamante foi contratada em 1982. (TRT da 04ª "INCIDENTE DE RECURSO REPETITIVO. TEMA RECURSOS
REPETITIVOS Nº 12 - SERPRO - PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE - Corroborando a conclusão de que, para que tenha incidência a
SUPRESSÃO - PRESCRIÇÃO. FIXAÇÃO DA TESE JURÍDICA. prescrição parcial é imprescindível a existência de lei vigente que
ART. 896-C DA CLT. 1. As leis estaduais e municipais referentes às assegure o direito, registram-se alguns dos precedentes que deram
relações trabalhistas no âmbito das empresas são equiparadas a origem à Orientação Jurisprudencial 243 desta Corte ('Aplicável a
regulamentos de empresas , em face da competência privativa da prescrição total sobre o direito de reclamar diferenças salariais
União para legislar sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com resultantes de planos econômicos")" (destaquei).
leis federais de efeitos concretos referentes à administração pública
federal indireta. Por conseguinte, a pretensão originada em In casu, a presente ação trabalhista foi ajuizada em 2014, mais de
alterações nelas promovidas consistentes em supressão de cinco anos da vigência da aludida medida provisória, estando
parcelas devidas a empregados são sujeitas à prescrição total, nos fulminado pela prescrição total o direito em questão.
termos da Súmula 294 deste Tribunal. 2. A Lei 5.615/1970, em Assim, a decisão recorrida está em sintonia com a Súmula 294
virtude de dispor sobre o Serviço Federal de Processamento de desta Corte, não havendo violação direta dos dispositivos
Dados (SERPRO), possui efeitos concretos. 3. Sobre a pretensão apontados.
ao recebimento do prêmio de produtividade previsto no art. 12 da Incidem o art. 896, § 7º, da CLT, e a Súmula 333 do TST.
Lei 5.615/1970 incide a prescrição parcial a que alude a ressalva Prejudicada a análise do pedido de honorários advocatícios.
constante da parte final da Súmula 294 desta Corte até 11/9/1997, Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do
dia anterior à vigência da Medida Provisória 1.549-34 CPC, e 118, X, do RITST,NÃO CONHEÇO do recurso de revista.
(sucessivamente reeditada até a sua conversão na Lei 9.649/1998). Publique-se.
Após a vigência dessa Medida Provisória, mediante a qual foi Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
extinta a parcela e, portanto, extinto o direito, tem incidência a
prescrição total, tendo em vista que, após essa data, o direito ao
benefício deixou de ser previsto em lei de efeitos concretos, sendo Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
irrelevante a circunstância de o empregado já ter recebido a parcela AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
na vigência da norma anterior . RECURSO DE EMBARGOS Ministro Relator
AFETADO E-RR-21703-30.2014.5.04.0011. Conforme a tese fixada
do julgamento do IRR-21703-30.2014.5.04.0011, após a vigência da Processo Nº RR-0021798-45.2014.5.04.0016
Medida Provisória 1.549-34 (sucessivamente reeditada até a sua Complemento Processo Eletrônico
conversão na Lei 9.649/1998), mediante a qual foi extinta a parcela, Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
portanto, extinto o direito, tem incidência a prescrição total, tendo Recorrente MARINDIA DA SILVA SILVEIRA
em vista que, após essa data, o direito ao benefício deixou de ser Advogado Dr. Roberto de Figueiredo
Caldas(OAB: 5939/DF)
previsto em lei de efeitos concretos, sendo irrelevante a
Advogado Dr. Hélen Goulart Vega(OAB:
circunstância de o empregado já ter recebido a parcela na vigência 65874/RS)
da norma anterior. Na hipótese dos autos, a Turma manteve a Recorrido SERVIÇO FEDERAL DE
declaração da prescrição total, porquanto a reclamação trabalhista PROCESSAMENTO DE DADOS -
SERPRO
foi ajuizada em 04/12/2014, quanto já expirado o prazo
Advogado Dr. Rafael Vargas dos Santos(OAB:
prescricional, devendo ser mantida a decisão recorrida. Recurso de 51093/RS)
Embargos de que conhece e a que se nega provimento." (IRR -
21703-30.2014.5.04.0011, Relator Ministro: João Batista Brito Intimado(s)/Citado(s):
Pereira, Data de Julgamento: 22/03/2018, Subseção I Especializada - MARINDIA DA SILVA SILVEIRA
em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 22/06/2018.) - SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS -
SERPRO
Além da tese jurídica fixada no citado incidente, referente à
natureza jurídica da Lei 5.615/70, de efeitos concretos, equivalente A reclamante interpôs recurso de revista às fls. 153-177, com fulcro
aos regulamentos de empresa, imperioso que se transcreva o no artigo 896, alíneas a e c, da CLT, o qual foi admitido por meio da
fundamento adotado pelo Exmo. Ministro Relator para afastar a decisão de fls. 206-207.
aplicação da prescrição parcial de que trata a parte final da Súmula O recurso é tempestivo e subscrito por procurador regularmente
294 desta Corte, após a publicação da Medida Provisória 1.549/34: constituído nos autos.
Convém destacar que o apelo é regido pela Lei 13.015/2014, mas
"[...] a pretensão à manutenção do direito ao recebimento do prêmio não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
de produtividade pressupõe a manutenção da aplicação da previsão contra decisão publicada em 20/7/2015, após iniciada a eficácia da
contida na Lei 5.615/1970 mesmo após a sua alteração. Ocorre aludida norma, em 22/9/2014.
que, para se alcançar esse desiderato - manutenção da aplicação
da previsão contida na Lei 5.615/1970-, seria necessária a SERPRO. PRÊMIO PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO
obtenção, pelos empregados, de ordem judicial determinando a não
incidência da Medida Provisória 1.549-34 (convertida na Lei O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014,
9.649/1998), providência que deveria ter sido requerida no prazo de que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da
cinco anos após a sua vigência (considerando o contrato de CLT, com a seguinte redação:
trabalho ainda vigente).
A inobservância desse prazo quinquenal impõe a decretação da "§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
prescrição total da pretensão, porque, após a vigência da referida I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
Medida Provisória não havia mais lei vigente prevendo o direito ao prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
prêmio de produtividade. II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal após realizadas as deduções, provisões e reservas, exceto as
Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; estatutárias, o saldo remanescente será destinado ao pagamento
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os de dividendos, no mínimo de 25% (vinte e cinco por cento), dando-
fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante se ao restante a destinação determinada pelo Conselho Diretor,
demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição observado o disposto no inciso XI do art. 7º da Constituição."
Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade Sendo assim, considerando que a presente ação foi ajuizada em
aponte. 29.12.2014, encontra-se prescrito o direito de ação em relação ao
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de pedido de prêmio produtividade, restando fulminadas as
nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho consequências reparatórias que porventura emanam dessa
dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do pretensão.
tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da Nesse sentido, é o seguinte precedente do Tribunal Superior do
decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para Trabalho:
cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão." "AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA.
SERPRO. PRÊMIO-PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO. SÚMULA
A recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos 294 DO TST. 1. Em que pese o art. 12 da Lei nº 5.615/70 tenha
estabelecidos no referido dispositivo, destacando o trecho que previsto o pagamento do prêmio-produtividade, tem-se que a Lei nº
consubstancia a controvérsia, bem como apontando, de forma 9.649/98 a revogou, tendo suprimido o dispositivo que previa a
explícita e fundamentada, contrariedade à Súmula 294 do TST, quitação da parcela. 2. Dessa forma, o prêmio-produtividade deixou
violação do art. 7º, XXIX, da CF, e divergência com os arestos de ser previsto por lei, sendo seu pagamento suprimido por ato
colacionados. único do empregador, motivo pelo qual aplica-se ao caso a
Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da prescrição total prevista na primeira parte da Súmula 294, do TST.
satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da 3. Incidência da Súmula 333, do TST e do art. 896, § 7º, da CLT. 4.
CLT. Agravo de instrumento de que se conhece e a que se nega
Foi consignado no acórdão recorrido: provimento. Tribunal Superior do Trabalho." (AIRR - 1407-
32.2012.5.01.0078, Data de Julgamento: 03/12/2014, Relatora
"(...) Desembargadora Convocada: Sueli Gil El Rafihi, 4ª Turma, Data de
Na petição inicial a reclamante narrou que trabalha para o Publicação: DEJT 05/12/2014).
reclamado desde 30.05.1986, estando formalmente enquadrada no Cito, ainda, precedente da 1ª Turma do Tribunal:
cargo de auxiliar de informática. Alegou que o prêmio de "SERPRO. PRÊMIO DE PRODUTIVIDADE. PRESCRIÇÃO TOTAL.
produtividade, previsto no artigo 12 da Lei nº 5.615/70, não vem Hipótese em que a parcela postulada, prêmio de produtividade,
sendo pago aos empregados, de modo que postulou o além de jamais ter sido recebida pela empregada, deixou de ser
reconhecimento do direito ao prêmio de produtividade, bem como assegurada por preceito de lei desde 1998. Aplicação da Súmula n.
ao pagamento deste ou indenização correspondente. 294 do TST, primeira parte. Recurso ordinário da reclamante
Na defesa, o reclamado sustentou que o prêmio de produtividade desprovido." (TRT da 04ª Região, 1ª Turma, 0021549-
era realizado com base em deliberação do Conselho-Diretor, 36.2014.5.04.0003 RO, em 03/06/2015, Desembargadora Lais
deixando de ser pago desde 1979, ou seja, antes da admissão da Helena Jaeger Nicotti - Relatora).
reclamante, não havendo falar em alteração contratual lesiva. Pelo exposto, nego provimento ao recurso da reclamante. Manutida
Salientou que a lei referida pela reclamante, no tocante ao prêmio a extinção do processo, com resolução do mérito, na forma do
de produtividade, foi revogada em 1998, pela Lei nº 9.649. artigo 269, IV, do CPC, resta prejudicado o exame dos demais itens
O art. 12 da Lei nº 5.615/70 assim estabelecia: recursais" (fls. 131-133).
"Art. 12. O SERPRO realizará seu balanço-geral no dia 30 de junho
de cada exercício e o lucro líquido apurado, após a dedução dos A reclamante busca afastar a prescrição total pronunciada pelo
valores correspondentes aos diversos fundos e provisões, bem Regional. Indica contrariedade à Súmula 294 do TST e violação dos
como do prêmio de produtividade a ser distribuído entre o pessoal artigos 5º, XXXVI, e 7º, XXIX, da CF. Colaciona arestos.
da Empresa, excluída a Administração Superior, constituirá fundo Examino.
de reserva destinado a atender a aumento de capital da Empresa. A SBDI-1 do TST, quando do julgamento do Incidente de Recurso
§ 1º. O prêmio de produtividade será fixado pelo Conselho-Diretor Repetitivo IRR-2103-30.2014.5.04.011 em 22/03/2018, uniformizou
no final de cada exercício." (disponível pelo acesso ao site o entendimento de incidir a prescrição total à pretensão às
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5615.htm; consulta diferenças da parcela prêmio produtividade, após a vigência da
realizada em 22.6.2015). Medida Provisória 1.549-34/97 (sucessivamente reeditada até sua
Com efeito, restou incontroverso nos autos que a reclamante jamais conversão na Lei 9.649/98), que extinguiu o benefício previsto no
recebeu a parcela prêmio produtividade, vantagem esta que deixou art. 12 da Lei 5.615/70.
de ser paga aos empregados da reclamada em 1979, muito antes Foram fixadas as seguintes teses à época:
de iniciar o contrato de trabalho em exame, admitida que foi a
reclamante somente em 30.05.1986. Portanto, não há falar em "1. As leis estaduais e municipais referentes às relações trabalhistas
lesão de trato sucessivo, que se renova mês a mês, tampouco em no âmbito das empresas são equiparadas a regulamentos de
aplicação do disposto no art. 468 da CLT. empresas, em face da competência privativa da União para legislar
Além do mais, como referido na contestação, a norma que embasa sobre Direito do Trabalho. O mesmo ocorre com leis federais de
o pleito foi alterada em 1998, deixando de assegurar o prêmio efeitos concretos referentes à administração pública federal indireta.
produtividade, contando, atualmente, com a seguinte redação: Por conseguinte, a pretensão originada em alterações nelas
"Art. 12. O SERPRO realizará suas demonstrações financeiras no promovidas consistentes em supressão de parcelas devidas a
dia 31 de dezembro de cada exercício, e do lucro líquido apurado, empregados são sujeitas à prescrição total, nos termos da Súmula
Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, salvo na hipótese de mandato tácito ou nos casos excepcionais
se a providência couber ao recorrente, ou determinará o previstos no art. 104 do CPC. Nesse caso, não se mostra viável a
desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao intimação da parte para a regularização do instrumento de mandato,
recorrido" (art. 76, § 2º, do CPC). uma vez que a previsão contida no art. 76 do NCPC se dirige
especificamente às hipóteses de irregularidade emprocuraçãoou
Percebe-se que, nos termos da Súmula 383, I e II, deste Tribunal, substabelecimento já constante dos autos . Recurso de revista não
que se trata da representação processual em sede de recurso, com conhecido." (RR - 1563-82.2013.5.15.0114, Data de Julgamento:
exame da matéria à luz do disposto nos artigos 76, § 2º, 104, caput, 10/05/2017, Relatora Ministra: Delaíde Miranda Arantes, 2ª Turma,
e 932, parágrafo único, do CPC, o vício de representação Data de Publicação: DEJT 19/05/2017.)
processual em recurso poderá ser sanado tanto nos casos de
ausência de procuração, em caráter excepcional, como nos casos "RECURSO DE REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI
em que há defeitos no instrumento de mandato juntado aos autos, 13.015/2014 E ANTERIOR À LEI 13.467/2017. 1. NULIDADE.
tudo nos termos da lei. CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA. NÃO
In casu, o Regional consignou a interposição de recurso ordinário CONFIGURAÇÃO. 2. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO
por advogado que não juntou aos autos nenhum instrumento de PROCESSUAL DO RECURSO ORDINÁRIO INTERPOSTO SOB A
mandato, além de não se verificar a exceção do artigo 104 do CPC, ÉGIDE DO CPC DE 2015. ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS
razão pela qual é inadmissível o recurso, nos termos do inciso I da AUTOS. NÃO CONHECIMENTO. INEFICÁCIA DO ATO
Súmula 383 do TST. PRATICADO. CONCESSÃO DE PRAZO PARA REGULARIZAÇÃO.
Nesse contexto, não se verificando a hipótese de mandato tácito e IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 383, I, DO TST. Ao advogado não é
não havendo instrumento de mandato ou substabelecimento permitido atuar em Juízo sem instrumento de mandato válido, salvo
inicialmente defeituoso, dado que ausente instrumento de mandato para evitar preclusão, decadência, prescrição ou para praticar ato
conferindo poderes ao subscritor das razões recursais, mesmo após urgente, nos termos do art. 104, caput, do CPC/2015. Na hipótese,
a interposição do recurso ordinário, fica demonstrada a a advogada que enviou e assinou, eletronicamente, o recurso
irregularidade de representação processual, porquanto assinado ordinário, não detém poderes para representar a Reclamada,
digitalmente por advogado sem procuração, não havendo que se porquanto não possui procuração nem substabelecimento juntados
falar em concessão de prazo para sua regularização consoante o aos autos. Não havendo, por ocasião da interposição do recurso,
item II da Súmula 383. regular representação nos autos da patrona que o subscreveu, nem
De tal modo, citem-se os seguintes precedentes colhidos em cada sendo caso de mandato tácito, tem-se por ineficaz o ato praticado .
uma das Turmas do TST: Aplica-se à hipótese, a Súmula 383, I, do TST, em sua atual
redação . Inaplicável, aos autos, o inciso II da Súmula 383/TST,
"AGRAVO REGIMENTAL. SUBSCRITOR SEM PROCURAÇÃO. quanto à concessão de prazo para sanar o vício, visto que não foi
IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. NÃO verificada irregularidade na procuração juntada, mas sim a sua
CONHECIMENTO. Não se conhece de agravo regimental subscrito ausência. Julgados desta Corte Superior. Recurso de revista não
por advogado sem procuração nos autos. Nos termos da Súmula nº conhecido." (RR-1001837-33.2016.5.02.0034, 3ª Turma, Relator
383 desta Corte, em sua nova redação decorrente do CPC de 2015, Ministro Mauricio Godinho Delgado, DEJT 14/06/2019.)
em razão de não se tratar das hipóteses previstas no art. 104 do
CPC, tampouco de irregularidade em procuração ou "RECURSO DE REVISTA. IRREGULARIDADE DE
substabelecimento já constante dos autos, mas de ausência de REPRESENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO. Conforme
procuração outorgando poderes à subscritora do agravo regimental, entendimento sedimentado no âmbito desta Corte Superior, a
inviável cogitar de designação de prazo para saneamento do vício irregularidade de representação processual, decorrente da ausência
na representação processual. Precedentes. Agravo regimental de de procuração nos autos, enseja o não conhecimento do recurso,
que não se conhece." (AgR-AIRR-1472-68.2012.5.15.0003, 1ª não cabendo a intimação da parte para regularizar sua
Turma, Relator Ministro Walmir Oliveira da Costa, DEJT representação na forma disposta no art. 76 do novo CPC, tendo em
20/10/2017.) vista que, conforme o entendimento da Súmula n.º 383 do TST, tal
providência somente é possível na hipótese de vício em mandato
"RECURSO DE REVISTA REGIDO PELA LEI 13.015/2014. constante dos autos e não na ausência de procuração em nome do
E M B A R G O S D E D E C L A R A Ç Ã O N Ã O subscritor do apelo. Recurso de Revista não conhecido." (RR-10835
C O N H E C I D O S . I R R E G U L A R I D A D E D E -68.2015.5.03.0113, 4ª Turma, Relatora Ministra Maria de Assis
REPRESENTAÇÃOPROCESSUAL. INEXISTÊNCIA Calsing, DEJT 29/06/2018.)
DEPROCURAÇÃOOU SUBSTABELECIMENTO CONCEDENDO
PODERES À ADVOGADA SUBSCRITORA DO APELO. "RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº
IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DEPRAZOPARA 13.015/2014. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO
SANEAMENTO DO VÍCIO. NOVA REDAÇÃO DA SÚMULA383DO PROCESSUAL. RECURSO ORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE
TST. ATO PROCESSUAL REGULADO PELO CPC/20145. 1. In PROCURAÇÃO. I - Verifica-se do acórdão recorrido que o
casu, a Corte Regional, após verificar que a advogada signatária advogado subscritor do recurso ordinário não detinha procuração
dos embargos de declaração não detinha, à época de sua nos autos, tampouco se configurou a hipótese de mandato tácito,
interposição, poderes para atuar no feito, não conheceu do recurso, uma vez que o signatário do apelo não consta nas atas de
porirregularidade de representaçãoprocessual. 2. Decisão audiências dos autos eletrônicos. II - Constata-se, ainda, que não
proferida em consonância com o entendimento deste Tribunal restou evidenciada qualquer das hipóteses do art. 104 do CPC de
Superior, consubstanciado na atual Súmula383(com a nova 2015, tampouco a existência de irregularidade em instrumento de
redação decorrente do CPC/2015), segundo o qual não se admite mandato ou em substabelecimento já existente nos autos, o que
recurso apresentado por advogado semprocuraçãonos autos, ensejaria a aplicação do art. 76 do CPC de 2015. III - Dessa forma,
avulta a convicção de que o recurso ordinário, efetivamente, não as matérias relativas à nulidade da citação e ao julgamento ultra
alcançava conhecimento, por irregularidade de representação petita, verifica-se que a reclamada não opôs embargos de
processual, encontrando-se a decisão regional em consonância declaração consoante preconiza o § 1° do art. 1° da Instrução
com os termos da Súmula 383 desta Corte, em sua nova redação. Normativa n° 40 desta Corte Superior, razão pela qual a questão se
IV - Assim, emerge o óbice do artigo 896, § 7º, da CLT, em razão do encontra preclusa. 2. NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO
qual sobressai inviável a tese de violação aos artigos 5º, II e LV da ORDINÁRIO POR IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO
Constituição Federal e 76 e 104 do CPC de 2015. V - Recurso não PROCESSUAL. Nos termos da Súmula nº 383, I, do TST, é
conhecido." (RR-24169-97.2013.5.24.0003, Relator Ministro: inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada
Antonio José de Barros Levenhagen, Data de Julgamento: aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito.
08/03/2017, 5ª Turma, Data de Publicação: DEJT 10/03/2017.) Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o
advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE INSTRUMENTO prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável
DE MANDATO - IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba,
PROCESSUAL DO RECURSO DE REVISTA. O recurso de revista considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso.
foi interposto em 03/03/2017, momento em que o advogado O caso dos autos não constitui hipótese de preclusão, decadência
subscritor não possuía mandato tácito ou expresso nos autos. Não ou prescrição, ou de prática de ato considerado urgente (art. 104 do
há falar em intimação para correção do vício. Aplicação da Súmula CPC de 2015), tampouco de irregularidade de representação em
383, II, do c. TST. Agravo de instrumento de que se conhece e a procuração já existente nos autos, consoante item II do citado
que se nega provimento." (AIRR - 1002115-57.2015.5.02.0264, verbete jurisprudencial. Assim, não há como se entender pela
Relatora Desembargadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro regularidade de representação, descabendo falar, ainda, em
Santos, Data de Julgamento: 28/02/2018, 6ª Turma, Data de concessão de prazo para o saneamento do vício. Agravo de
Publicação: DEJT 02/03/2018.) instrumento conhecido e não provido." (AIRR-11762-
24.2018.5.03.0050, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. IRREGULARIDADE DE Costa, DEJT 30/08/2019.)
REPRESENTAÇÃO DO RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO
NA VIGÊNCIA DO CPC/2015. INEXISTÊNCIA DE PROCURAÇÃO Logo, o argumento de que o vício de representação identificado
OU DE SUBSTABELECIMENTO ANTERIOR NOS AUTOS. seria sanável não encontra amparo na jurisprudência desta Corte
SÚMULA 383, II, DO TST. IMPOSSIBILIDADE DE CONCESSÃO Superior.
DE PRAZO PARA SANAR O VÍCIO. DESPROVIMENTO. Deve ser Por fim, a tese recursal de mandato tácito em razão de o Poder
mantido o r. despacho de admissibilidade regional que denegou Judiciário ter direcionado todas as intimações do processo em nome
seguimento ao agravo de instrumento por irregularidade de do causídico, sem procuração nos autos, não encontra respaldo no
representação do recurso de revista. Incidência da Súmula n° 383, trecho do acórdão regional transcrito pela recorrente, a denotar a
II, do TST. Agravo de instrumento desprovido." (AIRR - 130619- ausência de prequestionamento no ponto.
33.2015.5.13.0025, Data de Julgamento: 26/04/2017, Relator Assim, reconhecida a consonância da decisão recorrida com a
Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, 6ª Turma, Data de Publicação: jurisprudência uniforme desta Corte, afasta-se a violação dos
DEJT 28/04/2017.) dispositivos legais e constitucionais apontados e ficam superados
os arestos colacionados, nos termos da Súmula 333 do TST e do
"AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE art. 896, §§ 7º e 8º, da CLT.
REVISTA - APELO SOB A VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014 E DO Isso porque a edição dos verbetes sumulares desta Corte espelha
CPC/2015 - IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO não só a jurisprudência nela predominante acerca das matérias,
PROCESSUAL - AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO NOS AUTOS mas também a análise dos aspectos legais a ela vinculados.
PARA REPRESENTAR A AGRAVANTE - INCIDÊNCIA DA Ante o exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do CPC e
SÚMULA Nº 383 DO TST. Na espécie, o advogado signatário da 118, X, do RITST, NÃO CONHEÇOdo recurso de revista.
petição de agravo regimental não dispõe de procuração nos autos Publique-se.
para representar a agravante, tampouco restou configurada a Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
hipótese de mandato tácito. Tratando-se de apelo interposto sob a
égide do CPC/2015, aplica-se a atual redação da Súmula nº 383 do
TST. Outrossim, não evidenciada nenhuma das hipóteses do art. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
104 do CPC/2015, nem a existência de irregularidade em AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
instrumento de mandato ou em substabelecimento já existente nos Ministro Relator
autos que justifique a aplicação do art. 76 do CPC/2015, não há de
se falar em concessão de prazo para saneamento da presente Processo Nº RR-0001054-58.2016.5.06.0192
irregularidade processual. Precedentes. Agravo não conhecido." Complemento Processo Eletrônico
(AgR-AIRR-10183-85.2013.5.18.0054, 7ª Turma, Relator Ministro Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, DEJT 15/09/2017 - negrito meu.) Recorrente LM WIND POWER DO BRASIL S.A.
Advogado Dr. Bruno Moury Fernandes(OAB:
18373/PE)
"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. 1.
Advogada Dra. Marsha Almeida de Oliveira(OAB:
DECISÃO DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO DE REVISTA. 19430/PE)
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 40 DO TST. OMISSÃO QUANTO A Recorrido JOSE RENATO SALVADOR DE
TEMA CONSTANTE DA REVISTA. NÃO OPOSIÇÃO DE ARRUDA
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. PRECLUSÃO. Não obstante a Advogado Dr. Maria Viviane Monteiro
Delgado(OAB: 33006/PE)
decisão proferida pela Presidência do Regional não tenha apreciado
da pesquisa quanto à insalubridade (NR 15 do MTE), com resposta Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às
aos quesitos formulados. Assim, tenho que o trabalho de alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo,
investigação levado a efeito pelo perito parece bastante consistente, em relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já
merecendo ser privilegiado principalmente porque elaborado por fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos
profissional qualificado, com conhecimento técnico na matéria. inseridos pela Lei 13.467/2017:
Ainda que o reclamante tivesse confessado o recebimento de EPIs
capazes de elidir a insalubridade, é preciso que se diga que a "Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos
comprovação deve ser documental e a averiguação depende de recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente
prova técnica. É com a juntada das fichas de EPI que o expert incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos
constata, por exemplo, se o EPI estava na validade ou se foi Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017,
observada a correta periodicidade de troca. data da vigência da Lei n.º 13.467/2017."
O laudo pericial é instrumento técnico-científico de constatação,
apto a demonstrar a veracidade de determinadas situações fáticas Evidente, portanto, a subsunção do presente recurso de revista
relacionadas às alegações das partes, e a sua conclusão somente respectivo aos termos da referida lei.
pode ser infirmada por prova robusta, em sentido contrário. A Fixadas tais premissas gerais, observa-se que o recurso de revista
reclamada, no entanto, não trouxe aos autos prova igualmente que se pretende processar não está qualificado, em seus temas,
técnica ou fato desabonador da conduta do "expert". pelos indicadores de transcendência em comento.
Embora o julgador não esteja adstrito ao laudo, ele deve ser No caso em tela, a insurgência da reclamada é no sentido de ser
prestigiado, se não há dúvida quanto à idoneidade e à capacitação indevida a condenação do pagamento do adicional de
do perito. Havendo nos autos prova pericial circunstanciada e insalubridade, haja vista a confissão do reclamante de que recebia
conclusiva acerca da existência de insalubridade nas atividades de EPI. A recorrente aponta violação do art. 389 do CPC e traz arestos
trabalho do autor, deve ser a reclamada condenada ao pagamento para o cotejo.
do adicional respectivo. Tratando-se de apelo empresarial e não de empregado, está
Desse modo, nego provimento ao recurso, quanto ao particular" (fls. ausente a transcendência social.
637-646). Igualmente, não se discute questão inédita acerca da legislação
trabalhista, não havendo de se falar em transcendência jurídica.
A decisão regional foi publicada em 03/07/2019, fl. 648, após iniciar Não bastasse isso, não está configurada qualquer dissonância entre
a eficácia da Lei 13.467/2017, em 11/11/2017, que alterou o art. 896 a decisão regional e a jurisprudência sumulada ou vinculante do
-A da CLT, passando a dispor: Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal que
configure a transcendência política.
"Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de Por fim, minha compreensão, em relação à transcendência
revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência econômica, seja para o empregador ou para o empregado, é a de
com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, que não deve ser estabelecido um determinado valor a partir do
social ou jurídica. qual todas as causas teriam transcendência.
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros: A transcendência concerne, por definição, a algum aspecto da
I - econômica, o elevado valor da causa; causa que supera o espectro dos interesses individuais e reporta-se
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência ao interesse coletivo. Mas essa coletividade não pode, por justiça,
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal corresponder a toda a sociedade brasileira como se empresários e
Federal; trabalhadores pertencessem, indistintamente, ao mesmo estrato
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social social e econômico.
constitucionalmente assegurado; O interesse alimentar, ou de sobrevivência, é compartilhado por
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação toda imensa parcela da sociedade sem emprego ou renda,
da legislação trabalhista. malgrado a ele sejam indiferentes, não raro, os trabalhadores cuja
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao sorte ou talento os fez inseridos no mercado de trabalho. Também,
recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo do outro lado, as pequenas e médias empresas ocupam nicho
agravo desta decisão para o colegiado. econômico em que o interesse de subsistir pode transcender mais
§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter que o de ser competitiva ou de constituir monopólio, o contrário se
transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre dando no front em que se digladiam as grandes corporações
a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. econômicas.
§ 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do São coletividades diferentes, tanto no caso dos empregadores
recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que quanto no dos empregados.
constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. Nada obstante esse entendimento, tais critérios precisam ser
§ 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo sopesados com a necessidade de estabelecimento de parâmetros
de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a objetivos, a bem de se afastar da indesejável insegurança jurídica.
transcendência da matéria. Nesse intento, a busca de parâmetros legais já estabelecidos, ainda
§ 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela que para outras situações, parece-me razoável, por refletir
Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise imparcialidade e homenagem a estudos legislativos anteriores que
dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não motivaram a fixação desses marcos.
abrangendo o critério da transcendência das questões nele Ausentes tais parâmetros, a melhor prática exegética sugere
veiculadas." exercício interpretativo balizado pela coerência, praxe e senso
comum.
Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo Nesse prisma, o valor da condenação arbitrado em primeiro grau
(R$ 2.000,00 - dois mil reais), bem como a inexistência nos autos de transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre
elementos que informem a condição econômica da empresa a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão.
recorrente não permitem aferir a transcendência econômica, o que § 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do
prejudica o exame e identificação de tal critério. recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que
Ante o exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do CPC, e constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal.
118, X, do RITST, NÃO RECONHEÇO a transcendência do recurso § 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo
de revista eNÃO CONHEÇO do recurso de revista. de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a
Publique-se. transcendência da matéria.
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. § 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela
Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise
dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) abrangendo o critério da transcendência das questões nele
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO veiculadas."
Ministro Relator
Insta frisar que o Tribunal Superior do Trabalho editou novo
Processo Nº RR-0021160-23.2015.5.04.0001 Regimento Interno - RITST, em 20/11/2017, adequando-o às
Complemento Processo Eletrônico alterações jurídico-processuais dos últimos anos, estabelecendo em
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho relação ao critério da transcendência, além dos parâmetros já
Recorrente WLADIMIR OURIQUE fixados em lei, o marco temporal para observância dos comandos
Advogada Dra. Ana Rita Corrêa Pinto inseridos pela Lei 13.467/2017:
Nakada(OAB: 40895/RS)
Recorrido EMPRESA DE TRENS URBANOS DE
PORTO ALEGRE S.A. - TRENSURB "Art. 246. As normas relativas ao exame da transcendência dos
Advogada Dra. Patrícia Fernandez Selistre(OAB: recursos de revista, previstas no art. 896-A da CLT, somente
57169/RS) incidirão naqueles interpostos contra decisões proferidas pelos
Tribunais Regionais do Trabalho publicadas a partir de 11/11/2017,
Intimado(s)/Citado(s): data da vigência da Lei n.º 13.467/2017."
- EMPRESA DE TRENS URBANOS DE PORTO ALEGRE S.A. -
TRENSURB Evidente, portanto, a subsunção do presente recurso de revista aos
- WLADIMIR OURIQUE termos da referida lei.
No caso, a possível contrariedade entre a decisão recorrida e a
Preliminarmente, determino que a Secretária da Sexta Turma Súmula 51, II, do TST, evidencia a transcendência política da
promova a reautuação do feito, para que conste como recorrente matéria.
EMPRESA DE TRENS URBANOS DE PORTO ALEGRE S.A. -
TRENSURB e recorrido WLADIMIR OURIQUE. REDUÇÃO DOS ADICIONAIS DE HORAS EXTRAS E
A reclamada interpôs recurso de revista às fls. 246-255, com fulcro CONGELAMENTO DOS ANUÊNIOS. ADESÃO AO NOVO
no art. 896, alíneas a e c, da CLT. REGULAMENTO. SÚMULA 51, II, DO TST
O recurso foi admitido às fls. 262-264.
Verifica-se que o apelo é tempestivo, subscrito por procurador O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014,
regularmente constituído nos autos e está satisfeito o preparo. que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da
Convém destacar que o apelo é regido pela Lei 13.467/2017, tendo CLT, com a seguinte redação:
em vista haver sido interposto contra decisão publicada em
10/7/2019, após iniciada a eficácia da aludida norma, em "§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
11/11/2017. I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
A Lei 13.467/2017 alterou o art. 896-A da CLT, passando a dispor: prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
"Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os
social ou jurídica. fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante
§ 1º São indicadores de transcendência, entre outros: demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição
I - econômica, o elevado valor da causa; Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência aponte.
sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de
Federal; nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do
constitucionalmente assegurado; tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para
da legislação trabalhista. cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão."
§ 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao
recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo A recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos
agravo desta decisão para o colegiado. estabelecidos no referido dispositivo, destacando o trecho que
§ 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter consubstancia o prequestionamento da controvérsia, bem como
apontando de forma explícita e fundamentada, mediante Nestes termos, dou provimento ao recurso do reclamante" (fls. 241-
argumentação analítica, contrariedade à Súmula 51, II, do TST. 242).
Trouxe, ainda, arestos para cotejo.
Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da Sustenta a reclamada que houve a adesão do reclamante ao novo
satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da SIRD da empresa, sendo que esse novo regramento deixou de
CLT. prever o pagamento de adicionais de 100% e 150% para o
Ficou consignado no acórdão regional: pagamento de horas extras, bem como previu o congelamento dos
anuênios, em contrapartida de outro conjunto de vantagens
"TRENSURB S.A. ADESÃO AO SISTEMA DE REMUNERAÇÃO E estipuladas no plano. Pontua que a decisão regional tratou a
DESENVOLVIMENTO DE 2009 - SIRD 2009. JUÍZO DE adesão do obreiro ao novo plano de cargos e salários como
ADEQUAÇÃO. alteração unilateral do contrato, quando houve prova inequívoca de
No julgamento do IRDR nº 0021402-14.2017.5.04.0000, em que se tratou de livre adesão ao novo plano, situação que, no seu
11.12.2018, o Tribunal Pleno do TRT4 fixou a seguinte tese jurídica, entender, atrai o disposto na súmula 51, II, do TST. Indica
revestida de observância obrigatória, nos termos do artigo 985 do contrariedade à Súmula 51, II, do TST. Trouxe arestos para cotejo.
CPC: "TRENSURB. SIRD/2009. REDUÇÃO DO ADICIONAL DE Em exame.
HORAS EXTRAS. SUPRESSÃO DE ANUÊNIOS. ALTERAÇÃO A Súmula 51, II, do TST, tem a seguinte redação, in verbis:
CONTRATUAL LESIVA. AFRONTA AO ART. 468 DA CLT. A
supressão ou o congelamento dos anuênios/quinquênios, assim "NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO
como a redução do percentual do adicional de horas extras dos REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação
empregados que aderiram ao Sistema de Remuneração e Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e
Desenvolvimento de 2009 (SIRD 2009) da Trensurb S/A constitui 25.04.2005.
alteração contratual lesiva, por violação ao art. 468 da CLT." I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem
Este Colegiado, todavia, relativamente à matéria em questão, e na vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores
linha da sentença recorrida, decidiu, por maioria, que "não há falar admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. (ex-
em ilicitude das alterações contratuais decorrentes da adesão do Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973)
reclamante ao novo plano de benefícios - SIRD 2009". Em II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a
consequência, negou provimento ao recurso do reclamante. opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia
Divergindo esta decisão da orientação contida na tese jurídica às regras do sistema do outro" (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida
acima reproduzida, impõe-se reexaminá-la. em 26.03.1999).
O Plano de Benefícios e Vantagens - PBV, integrante do SIRD
2002, previa como vantagens aos colaboradores admitidos até a In casu, ficou consignado no acórdão recorrido que o reclamante
data de 19.01.1997 a percepção de "gratificação por tempo de aderiu livremente ao novo plano - SIRD 2009, regramento que
serviço (anuênio), compreendendo a parcela paga ao colaborador, a substituiu o SIRD 2002 e ao qual o reclamante aderiu
partir do 3º ano na Empresa, a cada ano de trabalho efetivo voluntariamente, ficando congelado o valor de anuênios acumulado
prestado à TRENSURB. A gratificação é calculada na proporção de até então, passando o adicional de horas extras a ser adimplido nos
1% (um por cento) sobre o salário correspondente ao nível do cargo percentuais legais. Ademais, não consta no decisum a quo qualquer
efetivo do colaborador, até o máximo de 35 (trinta e cinco) tipo de menção a possível constrangimento, ou coação, para
anuênios, não servindo de base para a incidência de qualquer outra assinatura do termo de opção referido, muito pelo contrário, a
vantagem". adesão do obreiro ao novo SIRD/2009 foi considerada
Dispunha, também, sobre o adicional de horas extras, definido em presumidamente válida.
100% para os dias normais de trabalho e 150% para os dias Portanto, aplica-se ao caso o item II da Súmula 51 desta Corte.
destinados ao repouso semanal e feriados (Item nº 3.2, alíneas a e Nesse sentido, os seguintes julgados desta Corte que, analisando
b, Id. 95b3ca1 - Pág. 4). casos análogos ao dos presentes autos, tendo no polo passivo a
Tais vantagens, não amparadas em lei, foram suprimidas pelo SIRD mesma reclamada, assim se posicionaram:
2009, regramento que substituiu o SIRD 2002 e ao qual o
reclamante aderiu voluntariamente, ficando congelado o valor de "RECURSO DE REVISTA. LEI Nº 13.015/2014. ADICIONAIS DE
anuênios acumulado até então, e passando o adicional de horas HORAS EXTRAS. ADESÃO A NOVO REGULAMENTO. 1 - A
extras a ser adimplido nos percentuais legais. adesão do reclamante, sem vícios de consentimento, ao
Dito isto, e diante da tese jurídica fixada pelo Pleno, valendo-me de SIRD/2009, que previu adicionais menores, afasta a aplicação do
tais fundamentos como razão de decidir, e em juízo de adequação, SIRD/2002 . 2 - O pressuposto da adesão ao novo regulamento é
considero nula a alteração contratual em relação aos anuênios e de que, em contexto global, esse seja mais benéfico, justamente o
adicionais de horas extras, e defiro ao reclamante o pagamento, em que leva à adesão. Não se pode, pela via jurisprudencial, pinçar
parcelas vencidas e vincendas, de diferenças das horas extras e isoladamente as normas mais benéficas, criando terceiro regime
repousos semanais remunerados e feriados pagos a partir de não previsto pelas partes. 3 - A decisão recorrida contraria a
agosto de 2009 a serem pagos com o adicional de 100% e 150% Súmula nº 51, II, do TST: Havendo a coexistência de dois
respectivamente, incluindo as realizadas em horário noturno com regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles
integração do adicional noturno e pagamento dos reflexos em férias tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-
com 1/3, 13ºs salários e depósitos do FGTS e pagamento do OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999)". 4 - Recurso de
anuênio a ser calculado no percentual de 1% a cada ano de revista a que se dá provimento. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
trabalho, a partir do último reajuste concedido a tal título e REQUISITOS. AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SINDICAL. 1 - A
pagamento dos reflexos em férias com 1/3, 13ºs salários e Súmula nº 219, item I, do TST dispõe que: "Na Justiça do Trabalho,
depósitos ao FGTS. a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca
superiores a 15% (quinze por cento), não decorre pura e deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro",
simplesmente da sucumbência, devendo a parte, a qual foi contrariada pelo Regional . Recurso de revista conhecido
concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria e provido no aspecto. (...)." (ARR - 20618-02.2015.5.04.0002,
profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, Data de Julgamento:
do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não 16/05/2018, 3ª Turma, DEJT 18/05/2018.)
lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da
respectiva família". Dessa forma, o deferimento de honorários "RECURSO DE REVISTA. [...] ADICIONAL DE HORAS EXTRAS.
advocatícios sem a assistência do sindicato da categoria REDUÇÃO. OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO
profissional do reclamante contrariou o disposto na Súmula nº 219, EMPRESARIAL. VALIDADE. A Corte de origem externou o
item I, do TST. 2 - Recurso de revista conhecido e provido." (RR - entendimento de que os percentuais de horas extras previstos na
21034-77.2014.5.04.0010, Data de Julgamento: 21/06/2017, normatização empresarial anterior foram incorporados ao contrato
Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, 6ª Turma, Data de de trabalho do reclamante e, portanto, não poderiam ser reduzidos.
Publicação: DEJT 23/06/2017.) Entretanto, consta da decisão recorrida que a adesão ao novo
sistema de remuneração se deu de forma espontânea, inexistindo
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. IN 40 DO TST. INDENIZAÇÃO. qualquer vício na manifestação de vontade do reclamante. Nesse
PLANO DE APOIO A APOSENTADORIA - PAA. contexto, incide a Súmula nº 51, item II, do TST, o qual dispõe que,
DESPROVIMENTO. Não há como reformar a decisão regional, havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção
quando não demonstrada violação aos dispositivos indicados. do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às
Agravo de instrumento desprovido. AGRAVO DE INSTRUMENTO. regras do sistema do outro . Recurso de revista conhecido e
IN 40 DO TST. ADICIONAL DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS. provido. [...]." (RR - 1332-95.2012.5.04.0017, Data de Julgamento:
ANUÊNIOS. ADESÃO A NOVO SISTEMA DE REMUNERAÇÃO. 27/5/2015, Relatora Ministra: Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT
PROVIMENTO. Diante da provável contrariedade à Súmula 51, II, 29/5/2015.)
do TST, deve ser processado o recurso de revista para melhor
exame. Agravo de instrumento provido. RECURSO DE REVISTA. "(...) HORAS EXTRAS. ADICIONAL APLICÁVEL. OPÇÃO DO
IN 40 DO TST. ADICIONAL DE HORAS EXTRAORDINÁRIAS. EMPREGADO POR NOVO PLANO DE REMUNERAÇÃO.
ANUÊNIOS. ADESÃO A NOVO SISTEMA DE REMUNERAÇÃO. Consignado pelo TRT a existência de opção, por parte do
PROVIMENTO. Conforme entendimento consubstanciado na empregado, pelo novo Sistema de Remuneração de
Súmula 51, II, do TST, "havendo a coexistência de dois Desenvolvimento - SIRD 2009 - no âmbito da reclamada, sem
regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles evidência de vício quanto a tal escolha, opera-se a renúncia às
tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro". regras constantes do regulamento anterior. Incidência da Súmula nº
Assim, evidenciado que o autor aderiu espontaneamente a novo 51, II, do TST. Precedentes. Recurso de revista conhecido e
sistema de remuneração (SIRD 2009), houve renúncia às regras do provido." (RR - 680-91.2011.5.04.0024, Relator Ministro: Emmanoel
regulamento anterior. Recurso de revista conhecido e provido." Pereira, Data de Julgamento: 19/11/2014, 5ª Turma, DEJT
(ARR - 20679-88.2015.5.04.0024, Data de Julgamento: 28/06/2017, 28/11/2014.)
Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga, 6ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 30/06/2017.) "AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA.
ADICIONAL DE HORAS EXTRAS. OPÇÃO POR NOVO
"AGRAVO DE INSTRUMENTO DO RECLAMANTE. RECURSO DE REGULAMENTO. ALTERAÇÃO DE VANTAGENS DEFERIDAS
REVISTA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI 13.015/2014 E ANTERIORMENTE. Agravo de instrumento a que se dá provimento
ANTERIOR À LEI 13.467/2017. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. para determinar o processamento do recurso de revista, em face de
PARTICIPAÇÃO DO EMPREGADO NO CUSTEIO. NATUREZA haver sido demonstrada possível contrariedade à Súmula nº 51, II,
INDENIZATÓRIA. É entendimento desta Corte que, na hipótese em do TST. RECURSO DE REVISTA. ADICIONAL DE HORAS
que o empregado também contribui para seu custeio, mediante EXTRAS. OPÇÃO POR NOVO REGULAMENTO. ALTERAÇÃO DE
descontos salariais, ainda que em percentual reduzido, o auxílio- VANTAGENS DEFERIDAS ANTERIORMENTE. Conforme o
alimentação não ostenta natureza salarial. No caso em tela, o TRT, entendimento consubstanciando na Súmula nº 51, II, do TST,
com base no conjunto probatório produzido nos autos, concluiu que, "havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção
quando da instituição do auxílio-alimentação pela Reclamada, havia do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às
a coparticipação do empregado no custeio, afastando, por regras do sistema do outro". Na hipótese, o Tribunal Regional
conseguinte, sua natureza salarial, ante a ausência de gratuidade. consignou que o autor fez opção de adesão pelo novo regulamento
Julgados. Agravo de instrumento desprovido. B) RECURSO DE instituído na empresa. Não foi demonstrado, sequer alegado,
REVISTA DA RECLAMADA. PROCESSO SOB A ÉGIDE DA LEI qualquer vício na manifestação de vontade do reclamante quando
13.015/2014 E ANTERIOR À LEI 13.467/2017. 1. DIFERENÇAS da opção ou, ainda, registro fático no acórdão recorrido de que a
SALARIAIS. CONGELAMENTO DOS ANUÊNIOS. OPÇÃO PELO norma empresarial SIRD/2009, em detrimento da redução efetuada
NOVO SISTEMA DE REMUNERAÇÃO. SÚMULA 51/II/TST. nos adicionais de horas extras, não acarretou outros benefícios aos
Depreende-se da decisão recorrida que o Reclamante aderiu empregados optantes. Assim, é válida a opção efetuada pelo
voluntariamente às regras do novo sistema de remuneração reclamante acerca do novo regulamento, o que implica renúncia às
(SIRD/2009), que não mais contemplou o pagamento dos anuênios. regras do sistema antigo. Recurso de revista de que se conhece e a
Não foi descrito, pelo TRT, qualquer vício de consentimento do que se dá provimento." (RR - 797-82.2011.5.04.0024, Relator
Autor ao optar pelo novo regulamento. O entendimento sobre a Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento:
matéria já está pacificado nesta Corte Superior Trabalhista, por 18/3/2015, 7ª Turma, DEJT 20/3/2015.)
meio da Súmula 51, II, segundo a qual "Havendo a coexistência de
dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um Como visto, no caso em exame, é incontroversa a opção do
empregado pelo SIRD de 2009, não havendo indicação de vício de - ASSOCIACAO DO VIA VALE GARDEN SHOPPING
consentimento do reclamante quando da sua opção. Logo, é válida - ASSOCIACAO DOS PROPRIETARIOS DE LOTE DO
RESIDENCIAL GREEN PARK
a opção efetuada pelo reclamante acerca do novo regulamento, o
- CAIO VINICIUS CHAGAS
que implica renúncia às regras do sistema antigo.
- TANI MOTORS DISTRIBUIDORA DE VEICULOS LTDA
Conheço do recurso de revista, por contrariedade à Súmula 51, II,
- VERZANI & SANDRINI ADMINISTRAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
do TST. EFETIVA LTDA.
Conhecido o recurso por contrariedade à Súmula 51, II, desta Corte,
seu provimento é consectário lógico. Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão
Dou provimento ao recurso de revista para excluir da condenação o mediante a qual se denegou seguimento ao recurso de revista, sob
pagamento de diferenças de horas extras decorrentes dos os seguintes fundamentos:
adicionais previstos no SIRD de 2002 e reflexos, bem como o
pagamento de diferenças de anuênios com base no referido "PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
regulamento e reflexos, restabelecendo a sentença. Ademais, Tempestivo o recurso (decisão publicada em 08/02/2019; recurso
considerando a inversão da sucumbência no presente julgamento, apresentado em 19/02/2019).
reforma-se o acórdão regional para excluir da condenação o Regular a representação processual.
pagamento de honorários advocatícios por parte da reclamada. Satisfeito o preparo.
Custas pelo reclamante, que fica dispensado do recolhimento, PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
porquanto beneficiário da gratuidade de justiça. DURAÇÃO DO TRABALHO / ADICIONAL NOTURNO.
Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do A análise do recurso, em relação ao tema em destaque, resta
CPC e 118, X, do RITST,RECONHEÇO a transcendência política, prejudicada, uma vez que a ausência de interposição de recurso
CONHEÇO do recurso por contrariedade à Súmula 51, II, do TST, ordinário contra a r. sentença implica a aceitação tácita, pela ora
e, no mérito, DOU-LHE PROVIMENTOpara excluir da condenação recorrente, da decisão de primeiro grau que lhe foi desfavorável e
o pagamento de diferenças de horas extras decorrentes dos acarreta a preclusão absoluta do direito de recorrer.
adicionais previstos no SIRD de 2002 e reflexos, bem como o DURAÇÃO DO TRABALHO / INTERVALO INTRAJORNADA.
pagamento de diferenças de anuênios com base no referido SUPRESSÃO
regulamento e reflexos, restabelecendo a sentença. Ademais, Quanto ao tema em destaque, as razões recursais não atacam
reforma-se o acórdão regional para excluir da condenação o especificamente o fundamento exposto no v. acórdão recorrido.
pagamento de honorários advocatícios por parte da reclamada. Assim, inviável o apelo, nos termos da Súmula 422, I, do C. TST.
Custas pelo reclamante, que fica dispensado do recolhimento, Nesse sentido são os seguintes julgados do C. TST: RR-184200-
porquanto beneficiário da gratuidade de justiça. 93.2006.5.15.0001, 1ª Turma, DEJT-15/12/2017; RR-5245-
Publique-se. 07.2010.5.12.0026, 3ª Turma, DEJT-27/10/2017; RR-1519-
Brasília, 28 de fevereiro de 2020. 25.2011.5.02.0040, 5ª Turma, DEJT-16/06/2017; RR-1775-
56.2011.5.02.0043, 7ª Turma, DEJT-13/10/2017; RR-196700-
85.2008.5.02.0066, 8ª Turma, DEJT-05/05/2017; AgR-E-AIRR-
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) 57840-34.2008.5.15.0037, SBDI-1, DEJT-31/10/2017.
AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO DURAÇÃO DO TRABALHO / INTERVALO INTRAJORNADA /
Ministro Relator NATUREZA JURÍDICA DA PARCELA / REPERCUSSÃO.
No que se refere ao tema em destaque, inviável o recurso, pois a
Processo Nº AIRR-0011501-35.2016.5.15.0102 parte recorrente indica trecho do acórdão recorrido que dele não
Complemento Processo Eletrônico trata especificamente, assim deixando de atender aos requisitos
Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho exigidos pelo art. 896, § 1º, I, da CLT.
Agravante VERZANI & SANDRINI CONCLUSÃO
ADMINISTRAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
EFETIVA LTDA. DENEGO seguimento ao recurso de revista" (fls. 696-697).
Advogado Dr. Cléber Magnoler(OAB: 181462/SP)
Agravado CAIO VINICIUS CHAGAS Convém destacar que o apelo obstaculizado rege-se pela Lei
Advogada Dra. Bárbara Santander Nycz(OAB: 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto contra decisão
283709/SP) publicada em 8/2/2019, após iniciada a eficácia da aludida norma,
Agravado ASSOCIACAO DO VIA VALE em 11/11/2017.
GARDEN SHOPPING
No entanto, friso que, apesar de o recurso de revista obstaculizado
Advogado Dr. Humberto Rossetti Portela(OAB:
91263/MG) ser regido pela Lei 13.467/2017, o exame dos indicadores de
Advogado Dr. Igor Góes Lobato(OAB: transcendência fica prejudicado, por ora, ante a desfundamentação
307482/SP) do agravo de instrumento.
Agravado ASSOCIACAO DOS O agravo de instrumento é tempestivo, está subscrito por advogado
PROPRIETARIOS DE LOTE DO
RESIDENCIAL GREEN PARK habilitado nos autos, e satisfeito o preparo.
Advogado Dr. Jonas Noronha Morais(OAB: Contudo, as razões de agravo de instrumento não atacam
335083/SP) objetivamente os argumentos lançados na decisão agravada,
Agravado TANI MOTORS DISTRIBUIDORA DE ficando desfundamentado o apelo, na forma da Súmula 422 do TST.
VEICULOS LTDA
Em vista do exposto, com base nos arts. 932, III, c/c 1.011, I, do
Advogado Dr. Pedro Ernesto Arruda Proto(OAB:
78430/SP) CPC, e 118, X, do RITST, JULGO PREJUDICADA a análise da
transcendência eNÃO CONHEÇOdo agravo de instrumento.
Intimado(s)/Citado(s): Publique-se.
intervalo concedido, em todas as turmas, era de 1h diária. se com o empregador o ônus da prova relativo à jornada
Dessa forma, cada testemunha abonou a tese da parte que a empreendida no período não contemplado nos registros coligidos.
arrolou, não havendo justificativa para se dar maior valor a uma em Assim, não tendo a reclamada se desincumbido do seu onus
detrimento da outra. probandi, porquanto não juntou aos autos os registros de horário do
Sendo assim, não logrou o autor comprovar que laborava em obreiro, deve incidir a presunção de veracidade da jornada
jornada superior a 8h e tampouco que não usufruísse integralmente declinada na inicial, nos termos da Súmula 338, I, desta Corte.
o intervalo intrajornada, razão pela qual não faz jus ao pagamento Conheço, por contrariedade à Súmula 338, I, do TST.
de horas extras e reflexos e intervalo intrajornada e reflexos. Conhecido o recurso por contrariedade à Súmula 338, I, do TST,
Assim, constatada a ocorrência de contradição entre os seu provimento é consectário lógico.
depoimentos, e não existindo qualquer elemento nos autos que Dou provimento ao recurso de revista para condenar a reclamada
justifique a preponderância de um em detrimento do outro, ao pagamento de horas extras e intervalo intrajornada e seus
estabelece-se inequívoca cisão da prova, que não pode ser respectivos reflexos, observando-se a jornada informada na inicial,
considerada apta a esclarecer o cerne da controvérsia. restabelecendo a sentença em relação aos temas.
O julgador, quando não convencido quanto aos aspectos fáticos e Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do
objetivos da causa, deve decidir conforme as regras de distribuição CPC, e 118, X, do RITST,CONHEÇO do recurso de revista, por
do ônus da prova, uma vez que se entende inaplicável ao Direito contrariedade à Súmula 338, I, do TST, e, no mérito, DOU-LHE
Processual do Trabalho o "in dúbio pro operário", princípio PROVIMENTO para condenar a reclamada ao pagamento de horas
específico do Direito Material do Trabalho. extras e intervalo intrajornada e seus respectivos reflexos,
Não se pode olvidar, ademais, as peculiaridades que envolvem o observando-se a jornada informada na inicial, restabelecendo a
trabalho no campo, especialmente na lavoura de cana de açúcar, na sentença em relação aos temas.
qual os trabalhadores geralmente são conduzidos às frentes de Publique-se.
trabalho por condução fornecida pelo empregador (vide tópico Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
próprio, adiante) e a prestação de horas suplementares significaria
que TODOS os empregados daquela frente também fizessem horas
extras. E isso não ficou comprovado. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Desta feita, reforma-se a r. sentença de Origem, para afastar a AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
condenação da reclamada ao pagamento de horas extras e reflexos Ministro Relator
e intervalo intrajornada e reflexos" (fls. 146-147).
Processo Nº RR-0001091-18.2013.5.04.0234
O reclamante defende ser da reclamada o ônus da prova da jornada Complemento Processo Eletrônico
de trabalho. Aduz que a não apresentação dos controles de jornada Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
implica o reconhecimento da jornada informada na petição inicial, Recorrente EPCOS DO BRASIL LTDA.
sendo devido o pagamento de horas extras e do intervalo Advogado Dr. Marco Antônio Aparecido de
Lima(OAB: 11820/RS)
intrajornada. Aponta contrariedade à Súmula 338, I, do TST.
Recorrido ALINE APARECIDA DA ROCHA
Examino.
Advogado Dr. Diego da Veiga Lima(OAB:
Inicialmente, cumpre esclarecer ser incontroverso que a reclamada 53185/RS)
conta com mais de dez empregados, razão pela qual detinha o ônus
de coligir aos autos os controles de jornada do reclamante, relativos Intimado(s)/Citado(s):
a todo o pacto laboral. - ALINE APARECIDA DA ROCHA
Da leitura da decisão combatida, não consta ter havido justificativa - EPCOS DO BRASIL LTDA.
plausível da recorrida que pudesse amparar a não apresentação
dos controles de horário da totalidade do contrato de trabalho.
Trata-se de recurso de revista interposto pela reclamada, às fls. 320
Assim, não há substrato fático que possa a afastar a aplicação da
-340, o qual foi admitido pela decisão de fls. 346-348.
Súmula 338, I, do TST, in litteris:
O recurso é tempestivo, subscrito por procurador regularmente
constituído nos autos e está satisfeito o preparo.
"SUM-338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PRO
Convém destacar que o apelo é regido pela Lei 13.015/2014, mas
-VA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da
não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver sido interposto
SBDI-I) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
contra decisão publicada em 27/8/2015, após iniciada a eficácia da
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez)
aludida norma, em 22/9/2014.
empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, §
2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de
DESPEDIDA POR JUSTA CAUSA. REVERSÃO
frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de
trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário." (ex-
O recurso de revista foi interposto sob a égide da Lei 13.015/2014,
Súmula nº 338 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
que, dentre outras alterações, acresceu o § 1º-A ao artigo 896 da
CLT, com a seguinte redação:
Nessa senda, ressalte-se que o art. 74, § 2º, da CLT, e a
jurisprudência sedimentada desta Corte, por meio da Súmula 338, I,
"§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
do TST, exigem que a reclamada apresente os cartões de ponto,
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o
quando possuir mais de dez empregados, independentemente de
prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;
intimação, sob pena de presumir-se verdadeira a jornada declinada
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a
na peça inicial.
dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal
Ou seja, se não apresentados todos os registros de ponto, mantém-
Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; receber suas verbas rescisórias dentro dos prazos previstos no art.
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os 477, § 6º, da CLT, em face do reconhecimento da rescisão indireta
fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante judicialmente declarada, ainda mais quando a empregadora deu
demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição causa para tal rescisão.
Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade Diante disso, tem-se que não resta configurada a justa causa que
aponte. autoriza a aplicação da penalidade máxima, no caso dos autos.
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de Afasta-se a hipótese de justo motivo do empregado, revertendo-se a
nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho causa da extinção do contrato de trabalho em despedida sem justa
dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do causa, sendo devidas as parcelas rescisórias.
tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da Considerando que na data da despedida, a reclamante encontrava-
decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para se grávida e que seu filho nasceu em 31/10/13, conforme certidão
cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão." de nascimento da fl. 77 v., teria garantia no emprego até
31/03/2014, com pagamento das parcelas decorrentes.
A recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos Em consequência, dá-se provimento ao recurso da reclamante para
estabelecidos no referido dispositivo. converter a despedida por justa causa em despedida sem justa
Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da causa, declarar a garantia no emprego até 31/03/2014 e condenar a
satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da reclamada ao pagamento dos salários do período, férias com 1/3 e
CLT. 13º salário, desde a despedida até o término do período
Foi consignado no acórdão recorrido: estabilitário, aviso prévio, férias e 13º salário proporcionais,
liberação das guias do seguro-desemprego e multa do artigo 477 da
"No que pertine à justa causa aplicada ao autor, observa-se que a CLT. Não é devida a multa do artigo 467 da CLT, diante da
CLT prevê, no art. 482, que o empregado pode ser demitido por controvérsia existente" (fls. 279-282 - numeração de fls. verificada
justo motivo quando configurada qualquer das hipóteses listadas no na visualização geral do processo eletrônico - "todos os PDFs" -
dispositivo. assim como todas as indicações subsequentes).
Contudo, para a configuração da justa causa há necessidade de
apresentação de prova robusta da conduta cometida. Acrescenta- A reclamada defende que a ausência da reclamante por mais de
se, ainda, que a justa causa é medida extrema que deve ser tratada trinta dias configura abandono de emprego, devendo ser mantida a
com cautela, sob pena de causar uma dupla injustiça, quebrando a justa causa aplicada. Aponta violação dos artigos 5º, II, da CF, e
relação empregatícia, bem como afastando as indenizações e 482, i, da CLT. Colaciona arestos.
verbas devidas. Examino.
Os registros de horário nos autos, não impugnados, efetivamente, O Regional concluiu, com base no acervo probatório dos autos, que
registram faltas injustificadas da autora nos meses de março e abril em alguns dias que constam como faltas injustificadas, a
e maio de 2013. reclamante teve atendimento médico de seu filho, conforme
Verifica-se, nestes documentos, que em alguns destes dias que atestados juntados com a inicial. Aduziu que "ainda que as
constam como faltas injustificadas, a reclamante teve atendimento ausências da autora ao trabalho não tenham sido justificadas na
médico de seu filho, conforme atestados juntados com a inicial. sua integralidade, restou demonstrado que não eram todos os
Nesse sentido, os atendimentos dos dias 23/04/13 (fl. 09v e registro atestados aceitos pela empresa, presumindo-se que algumas das
da fl. 55), 015/04/13(fl. 15v e registro da fl. 54). faltas não são injustificadas, mas justificadas pela assistência à
Ainda que as ausências da autora ao trabalho não tenham sido família".
justificadas na sua integralidade, restou demonstrado que não eram Nesse contexto, a aferição das alegações recursais requereria novo
todos os atestados aceitos pela empresa, presumindo-se que exame do quadro factual delineado na decisão regional, na medida
algumas das faltas não são injustificadas, mas justificadas pela em que se contrapõem frontalmente à assertiva fixada no acórdão
assistência à família. Sobre o tema, recorde-se a Constituição: regional, hipótese que atrai a incidência da Súmula 126 do TST.
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Não conheço.
Estado.
Ademais, a testemunha ouvida, Marlon Antunes refere já ter HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DE CREDENCIAL
apresentado boletim de atendimento pelo SUS na empresa, o qual SINDICAL
não era aceito como abonatório de sua jornada.
Entende-se razoável que a empregada, na condição de mãe de um A recorrente logrou demonstrar a satisfação dos novos requisitos
filho pequeno, à época com 1 ano, necessite acompanhar o filho em estabelecidos no artigo 896, § 1º-A, da CLT, destacando o trecho
consultas médicas. Acrescente-se que a autora encontrava-se que consubstancia a controvérsia, bem como apontando, de forma
grávida, de outra criança. explícita e fundamentada, contrariedade às Súmulas 219 e 329 do
Não há nos autos prova de que a autora, de fato, tenha abandonado TST.
o emprego ou de que tenha tido esta intenção. O que se verifica, no Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da
caso, é que o reclamante se afastou do trabalho por necessidade de satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da
assistência ao filho pequeno, não se configurando a justa causa CLT.
elencada no artigo 482, "i" da CLT. Foi consignado no acórdão regional:
Em consequência, deve ser reformada a sentença, reconhecendo-
se a rescisão indireta do contrato de trabalho e condenando as "Entende-se que são devidos os honorários ao seu procurador, na
reclamadas ao pagamento das parcelas rescisórias decorrentes, base de 15% do montante da condenação, sendo cabível a
inclusive da multa pelo atraso no pagamento destas. aplicação da Lei 1.060/50, que regula, em geral, a assistência
Entende-se que não se pode afastar o direito do empregado de judiciária gratuita, ainda que sem a juntada da credencial sindical.
Medite-se que outra interpretação desta mesma Lei, com base na do TST.
Lei 5.584/70, implicaria em sustentar o monopólio sindical da defesa Conhecido o recurso, por contrariedade à Súmula 219, I, do TST,
judicial dos trabalhadores, o que seria ineficiente para muitos seu provimento é consectário lógico.
trabalhadores. Dou provimento ao recurso de revista para excluir da condenação o
Recorde-se, ainda, que ao Estado incumbe a prestação de pagamento dos honorários advocatícios.
assistência judiciária aos necessitados, nos termos do art. 5º, LXXIV Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do
da Constituição, motivo pelo qual não se pode adotar o CPC, e 118, X, do RITST,CONHEÇO do recurso de revista, apenas
entendimento expresso em diversas manifestações jurisprudenciais quanto aos honorários advocatícios, por contrariedade à Súmula
do TST, inclusive a Súmula 219. Vale, ainda, salientar que a 219, I, do TST, e, no mérito, DOU-LHE PROVIMENTOpara excluir
Instrução Normativa 27 do mesmo TST já admite o cabimento de da condenação o pagamento dos honorários advocatícios.
honorários para as demais ações, sobre relações de "trabalho". Publique-se.
Ademais, em setembro de 2005, o Pleno do TRT-RS cancelou sua Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
anterior súmula 20 no sentido do descabimento dos honorários
buscados. Ademais, recorde-se o art. 389 do Código Civil sobre a
reparação integral. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
Note-se que o art. 133 da Constituição Federal, apesar da sua AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
relevância, não foi o exato embasamento legal desta atual decisão. Ministro Relator
De qualquer modo, é regra que não pode deixar de ser observada.
Hoje, nesta 4ª Região, nos julgamentos trazidos a esta 3ª Turma, Processo Nº RR-0001272-60.2017.5.23.0101
percebe-se um número expressivo de trabalhadores, superior a Complemento Processo Eletrônico
metade, que vem a juízo sem a assistência de seu sindicato. Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
Neste quadro estadual, que se acredita possa ser superado, Recorrente EVERSON SILVA DE MOURA
condicionar o reconhecimento ao direito de assistência judiciária à Advogado Dr. Luiz Carlos Venturini(OAB:
13839/MT)
juntada de credencial sindical seria limitar tal beneficio a alguns
Recorrido TELEMONT ENGENHARIA DE
poucos. TELECOMUNICAÇÕES S.A.
Mais ainda, nesta 4ª Região, é próximo a zero o número de Advogado Dr. José Alberto Couto Maciel(OAB:
processos ajuizados diretamente pela parte, por meio do jus 513/DF)
postulandi" (fls. 283-284). Recorrido OI S.A. (EM RECUPERAÇÃO
JUDICIAL)
Advogado Dr. Denner de Barros e Mascarenhas
A reclamada insurge-se contra o deferimento dos honorários Barbosa(OAB: 13245-A/MT)
advocatícios, ao argumento de o reclamante não estar assistido por
sindicato. Indica contrariedade às Súmulas 219 e 329 do TST e Intimado(s)/Citado(s):
violação do art. 14 da Lei 5.584/70. Colaciona arestos. - EVERSON SILVA DE MOURA
Examino. - OI S.A. (EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL)
Malgrado seja outro o entendimento deste relator, conforme a - TELEMONT ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES S.A.
jurisprudência desta Corte, permanece válido o entendimento de
que, nos termos do art. 14, caput e § 1º, da Lei 5.584/70, a
Trata-se de recurso de revista interposto pelo reclamante, contra
sucumbência, por si só, não justifica a condenação ao pagamento
decisão publicada em 22/7/2019 (fl. 943), já sob a égide da Lei
de honorários pelo patrocínio da causa, mesmo frente à legislação
13.467/2017 e da IN 40 do TST.
civilista que inclui expressamente os honorários advocatícios na
O recurso é tempestivo, subscrito por procurador regularmente
recomposição de perdas e danos (CC, artigos 389 e 404).
constituído nos autos e é dispensado o preparo.
Entende-se que não foram revogadas as disposições especiais
O juízo de admissibilidade procedeu ao recebimento do recurso
contidas na aludida Lei 5.584/70, aplicada ao processo do trabalho,
apenas quanto a um dos temas recorridos, qual seja, "adicional de
consoante o art. 2º, § 2º, da LINDB. E, no âmbito do processo do
periculosidade - eletricitário - base de cálculo", in verbis:
trabalho, os honorários revertem-se para o sindicato da categoria do
empregado, conforme previsto no art. 16 desta Lei.
"PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS
Portanto, a condenação aos honorários tem natureza
Tempestivo o recurso (decisão publicada em 22.07.2019 - Id
contraprestativa da assistência judiciária, a qual, por sua vez,
8103db0; recurso apresentado em 1º.08.2019 - Id 998f541).
somente beneficia a parte que atender, cumulativamente, aos
Regular a representação processual (Id ea08dc8).
seguintes requisitos: estar assistida por seu sindicato de classe e
Desnecessário o preparo (Ids 9e12549 e 35475e1).
comprovar a percepção mensal de importância inferior ao salário
PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de
REMUNERAÇÃO, VERBAS INDENIZATÓRIAS E BENEFÍCIOS /
maior salário, desde que comprove não lhe permitir sua situação
ADICIONAL / ADICIONAL DE PERICULOSIDADE / BASE DE
econômica demandar sem prejuízo do sustento próprio ou de sua
CÁLCULO
família.
Alegações:
Desse modo, se o trabalhador não está assistido por advogado
- contrariedade à Súmula n. 191, item III, do col. TST.
credenciado pelo sindicato profissional ou não declara a
- contrariedade às OJs n. 279 e 347, da SbDI-I, do col. TST.
insuficiência econômica, na forma preconizada no item I da Súmula
- violação ao art. 193 da CLT.
463 do TST, conforme recomenda a Súmula 219, I, do TST,
O autor, ora recorrente, devolve no presente recurso de revista o
indevidos os honorários advocatícios.
reexame da matéria afeta à definição da base de cálculo do
No caso concreto, não há assistência pelo sindicato de classe.
pagamento do adicional de periculosidade.
Conheço do recurso de revista, por contrariedade à Súmula 219, I,
Afirma que, diversamente do que restou estabelecido no acórdão operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo
recorrido, a alteração legislativa implementada pela Lei n. Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos
12.740/2012 não alcança o pacto laboral examinado nestes autos, de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição
uma vez que firmado antes da sua vigência. permanente do trabalhador a inflamáveis, explosivos ou energia
Sustenta que "(...) possui direito adquirido ao adicional de elétrica; ou roubos ou outras espécies de violência física nas
periculosidade de 30% sobre a totalidade das verbas com natureza atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial.
salarial, tendo a prova emprestada comprovado a equiparação do Ainda, preceitua a norma consolidada, em seu art. 195, que a
Reclamante a eletricitário. A edição da lei 12.740/2012 (que revogou caracterização e a classificação da insalubridade e da
a Lei n 7.369 e alterou a redação do artigo 193 da CLT) não produz periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-
efeitos sobre os contratos a ela anteriores, face à irredutibilidade se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou
salarial e ao direito adquirido." (sic, Id 998f541- pág. 8, sem Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
destaques no original). Além disso, § 2º do supracitado dispositivo consolidado estabelece
Enfatiza que "O adicional de periculosidade deve incidir sobre a que, uma vez arguida em juízo a insalubridade e/ou periculosidade
totalidade das verbas de natureza salarial (OJ 279) e, para os "o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não
contratos de trabalho firmados anteriormente à vigência da lei nº houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do
12.740/2012, a alteração legislativa possui nenhum efeito. É o que Trabalho".
determina a Súmula nº 191, III, do TST." (Id 998f541- pág. 8). Desse dispositivo deflui que somente o profissional devidamente
Obtempera que o entendimento adotado na sentença e ratificado habilitado (médico ou engenheiro do trabalho) possui
em sede recursal "(...) afronta diretamente a súmula 191, III, do conhecimentos técnicos necessários à consecução da tarefa de
TST, que claramente considera a vedação do retrocesso e da aferição das atividades desenvolvidas pelo trabalhador para fins de
alteração lesiva ao empregado, bem como a irredutibilidade caracterização da periculosidade, acaso existente no ambiente de
salarial." (Id 998f541- pág. 4). trabalho. Por conseguinte, a realização de prova pericial, nesta
Com respaldo nos argumentos acima alinhavados, o autor postula hipótese, constitui uma imposição legal para apuração do direito ao
"(...) a reforma da decisão regional para afastar a incidência da lei nº referido adicional.
12.740/2012, de modo que o adicional de periculosidade seja Em audiência, a magistrada de origem determinou a juntada do
calculado sobre o total das verbas de natureza salarial durante todo laudo pericial produzido no processo 0001158-92.2015.5.23.0101
o vínculo de emprego." (Id 998f541- pág. 9, sem destaques no como prova emprestada, sem qualquer protesto da Ré (ID.
original). 1cb12db), ao contrário do que alega em recurso.
Consta do acórdão: Extrai-se da perícia as seguintes características (ID. cada0f1):
"O Juízo de origem, com base no laudo pericial produzido nos autos (...)
n. 0001158-92.2015.2015.5.23.0101, carreados aos autos como (...)
prova emprestada (ID. cada0f1), concluiu pela existência de Colhe-se dos autos que o Autor exerceu a atividade de 'instalador e
periculosidade na prestação dos serviços, pelo que condenou as reparador de ADSL', na cidade de Lucas do Rio Verde, entre outros
Rés ao pagamento de adicional de insalubridade no percentual de municípios, de 21/11/2012 até 01/03/2015, quando passou a
30%, calculado sobre a totalidade da remuneração, de 21/11/2012 exercer a atividade de supervisor de produção.
até 09/12/2012, e desta data até fevereiro de 2015 sobre o salário Verifico, assim, haver certa contemporaneidade entre a perícia
sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou realizada no feito 0001158-92.2015.5.23.0101, mesma função
participações nos lucros da empresa. exercida pelo reclamante no processo paradigma com a do Autor
A 1ª Ré pugna pela reforma, neste particular, sob os fundamentos nestes autos, e na mesma localidade, pelo que se demonstra prova
de que a perícia utilizada como prova emprestada foi produzida sob hígida a demonstrar a periculosidade da atividade, de modo que
protestos, e que, desde a admissão até maio de 2014, o trabalhador não merece prosperar a irresignação da 1ª Ré, neste particular.
não esteve exposto de forma contínua, mas apenas esporádica, a Ademais, com relação à afirmação da 1ª Ré, de que o Autor não
contato com energia elétrica. estava exposto de forma contínua à atividade perigosa até maio de
Alega ainda que, quando o Autor passou a exercer atividade de 2014, importa salientar que não foi esta a conclusão a que chegou o
risco, passou a receber o respectivo adicional de periculosidade, perito (ID. cada0f1), senão vejamos: '(...) o reclamante trabalhou na
afirmando que o próprio Demandante assim confirmou nos autos do zona de risco em proximidades de redes energizadas não
processo n. 0002009- 34.2015.5.23.0101. respeitando as distancias estabelecidas em normas e sem a devida
Sucessivamente, pede ainda que o adicional de periculosidade seja proteção'.
calculado sobre o salário-base, fundamentando que a Súmula n. Posto isto, não procede o argumento trazido pela Demandada de
191, segunda parte, do c. TST contraria o art. 193, §1º, da CLT, e, que o empregado não estava exposto à ambiente perigoso, de
portanto, o princípio da legalidade. forma contínua, no período anterior a abril de 2014.
Ainda em caso de não acolhimento dos argumentos acima, a 1ª Ré Com relação ao pedido de condenação da Ré ao pagamento do
pede que o adicional de periculosidade seja calculado sobre o adicional de periculosidade no período em que trabalhou como
salário base, em consonância com a negociação coletiva da supervisor, constato que as provas testemunhais produzidas em
categoria. audiência (Ata de ID. 1cb12db, estão dividas, senão vejamos:
O Autor, por sua vez, pugna que seja utilizada a totalidade da (...)
remuneração como base de cálculo do adicional de periculosidade, Em razão deste aparente conflito dos testemunhos produzidos,
invocando a OJ 347 da SDI-1 e Súmula n. 191, III, do C. TST, sob o acertadamente a magistrada de origem concluiu, quando da análise
argumento de que seu contrato de trabalho se iniciou antes da do pedido de acúmulo de função, que '(...) Competia ao reclamante
vigência da Lei n. 12.740/2012. o ônus de comprovar, de forma robusta, o acúmulo de função,
Analiso. porém deste não se desincumbiu. (...)'. A conclusão da magistrada
Dispõe o art. 193 da CLT que são consideradas atividades ou está em conformidade com a jurisprudência deste tribunal, in verbis:
satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da ordem pública e seu conteúdo, por não ser suscetível de disposição
CLT. por atos de vontade, têm natureza estatutária, vinculando de forma
Ficou consignado no acórdão regional: necessariamente semelhante a todos os destinatários. Dada essa
natureza institucional (estatutária), não há inconstitucionalidade na
"(...) sua aplicação imediata (que não se confunde com aplicação
Acerca da base de cálculo do adicional de insalubridade, com retroativa) para disciplinar as cláusulas de correção monetária de
relação aos contratos em curso quando da entrada em vigência da contratos em curso. 4. Recurso extraordinário a que se nega
Lei nº 12.740/2012, entendia pela aplicação da Súmula n. 191, II, do provimento. (RE 211304, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO,
C.TST, in verbis: Relator(a) p/ Acórdão: Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno,
I - O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário julgado em 29/04/2015, DJe-151 DIVULG 31-07-2015 PUBLIC 03-
básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. 08-2015 EMENT VOL-03992-02 PP-00339)
II - O adicional de periculosidade do empregado eletricitário, Em igual sentido, a jurisprudência do C. TST já vem se alinhando ao
contratado sob a égide da Lei nº 7.369/1985, deve ser calculado posicionamento da mais alta Corte, senão vejamos:
sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial. Não é válida EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO
norma coletiva mediante a qual se determina a incidência do EM RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS. TRAJETO
referido adicional sobre o salário básico. INTERNO. PERCURSO ENTRE A PORTARIA DA EMPRESA E O
III - A alteração da base de cálculo do adicional de periculosidade LOCAL DE TRABALHO. PARCELAS VINCENDAS. EFEITO
do eletricitário promovida pela Lei nº 12.740/2012 atinge somente MODIFICATIVO. Em relação à matéria, o reclamante pretende
contrato de trabalho firmado a partir de sua vigência, de modo que, esclarecimentos sobre o deferimento das parcelas vincendas
nesse caso, o cálculo será realizado exclusivamente sobre o salário quanto à condenação ao pagamento de horas extras decorrentes do
básico, conforme determina o § 1º do art. 193 da CLT. trajeto interno. Efetivamente, embora esta Turma tenha deferido os
Todavia, revendo meu posicionamento, em sintonia com as pedidos do reclamante quanto às horas extras em debate, não se
diretrizes que estão sendo traçadas pela jurisprudência do STF, no pronunciou acerca das parcelas vincendas. Nesse contexto, uma
sentido de que não há direito adquirido a determinado regime vez que permanece em vigor o contrato de trabalho, são devidas as
jurídico, a exemplo do que fora decidido no RE 211304 (2015), parcelas vincendas, limitadas a 11/11/2017, data da entrada em
comungo da conclusão exposta pela Corte Constitucional, que vigor da Lei nº 13.467/2017, em homenagem ao princípio do tempus
assim decidiu no mencionado julgado: regit actum. Assim, acrescente-se à condenação o pagamento das
CONSTITUCIONAL E ECONÔMICO. SISTEMA MONETÁRIO. parcelas vincendas relativas às horas extras decorrentes do trajeto
PLANO REAL. NORMAS DE TRANSPOSIÇÃO DAS interno, limitadas a 11/11/2017, ficando mantidos os demais
OBRIGAÇÕES MONETÁRIAS ANTERIORES. INCIDÊNCIA parâmetros da condenação constantes na decisão recorrida.
IMEDIATA, INCLUSIVE SOBRE CONTRATOS EM CURSO DE Embargos de declaração conhecidos e providos no particular.
EXECUÇÃO. ART. 21 DA MP 542/94. INEXISTÊNCIA DE DIREITO Embargos de declaração conhecidos e parcialmente providos. (ED-
ADQUIRIDO À MANUTENÇÃO DOS TERMOS ORIGINAIS DAS ARR - 227300-69.2002.5.02.0464 Data de Julgamento: 15/08/2018,
CLÁUSULAS DE CORREÇÃO MONETÁRIA. 1. A aplicação da Relator Ministro: Alexandre de Souza Agra Belmonte, 3ª Turma,
cláusula constitucional que assegura, em face da lei nova, a Data de Publicação: DEJT 17/08/2018.);
preservação do direito adquirido e do ato jurídico perfeito (CF, art. DIREITO DE ARENA. ATLETA PROFISSIONAL DE FUTEBOL.
5º, XXXVI) impõe distinguir duas diferentes espécies de situações DIFERENÇAS SALARIAIS. ACORDO. REDUÇÃO DO
jurídicas: (a) as situações jurídicas individuais, que são formadas PERCENTUAL PREVISTO EM LEI. PROVIMENTO. (...) Assim,
por ato de vontade (especialmente os contratos), cuja celebração, imperioso que o recurso seja provido para conceder as diferenças
quando legítima, já lhes outorga a condição de ato jurídico perfeito, relativas ao período em que o direito de arena tinha por força legal o
inibindo, desde então, a incidência de modificações legislativas percentual de 20%. Após a alteração, mister que seja respeitado a
supervenientes; e (b) as situações jurídicas institucionais ou porcentagem de 5% a fim de respeitar o princípio do tempus regit
estatutárias, que são formadas segundo normas gerais e abstratas, actum. (RR 3284-38.2013.5.02.0015 Data de Julgamento:
de natureza cogente, em cujo âmbito os direitos somente podem ser 29/03/2017, Relator Ministro: Guilherme Augusto Caputo Bastos, 5ª
considerados adquiridos quando inteiramente formado o suporte Turma).;
fático previsto na lei como necessário à sua incidência. Nessas AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA
situações, as normas supervenientes, embora não comportem REGIDO PELAS LEIS 13.015/2014 E 13.467/2017. 1 (...) . 2 -
aplicação retroativa, podem ter aplicação imediata. 2. Segundo JORNADA 12x36. PRESTAÇÃO HABITUAL DE HORAS EXTRAS.
reiterada jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, as normas INVALIDADE. 2.1. Não há mais controvérsia nesta Corte acerca da
que tratam do regime monetário - inclusive, portanto, as de correção possibilidade de celebração de acordo de compensação de jornada,
monetária -, têm natureza institucional e estatutária, insuscetíveis de prevendo o regime 12x36, consoante entendimento sedimentado na
disposição por ato de vontade, razão pela qual sua incidência é Súmula 444 do TST. Não obstante, prevalece neste Tribunal
imediata, alcançando as situações jurídicas em curso de formação Superior o entendimento de que a extrapolação habitual da jornada
ou de execução. É irrelevante, para esse efeito, que a cláusula prevista no regime de trabalho 12x36 horas, como ficou evidenciado
estatutária esteja reproduzida em ato negocial (contrato), eis que no caso concreto, descaracteriza o regime. Precedentes. 2.2.
essa não é circunstância juridicamente apta a modificar a sua Inaplicável à hipótese dos autos os arts. 59-A e 59-B da CLT, uma
natureza. 3. As disposições do art. 21 da Lei 9.069/95, resultante da vez que as alterações promovidas pela Lei 13.467/2017 somente
conversão da MP 542/94, formam um dos mais importantes atingem os atos jurídicos praticados após a data de sua entrada em
conjuntos de preceitos normativos do Plano REAL, um dos seus vigor (11/11/2017), haja vista o princípio do "tempus regit actum",
pilares essenciais, justamente o que fixa os critérios para a segundo o qual os fatos são regidos pela lei da época em que
transposição das obrigações monetárias, inclusive contratuais, do ocorreram. Agravo de instrumento não provido. (AIRR 1610-
antigo para o novo sistema monetário. São, portanto, preceitos de 89.2015.5.09.0005 Data de Julgamento: 13/02/2019, Relatora
violação do art. 193 da CLT e divergência com os arestos contrariedade à Súmula 364, I, do TST. Colaciona arestos.
colacionados. Examino.
Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da A jurisprudência desta Corte é no sentido de que a permanência
satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da habitual em área de risco, ainda que por período de tempo reduzido,
CLT. não consubstancia contato eventual, mas, sim, contato intermitente,
Foi consignado no acórdão recorrido: com risco potencial de dano efetivo ao trabalhador.
Nesse sentido, os seguintes precedentes:
"No que pertine a essa matéria, o Sr. Perito concluiu que "O Autor
laborou em condições de Periculosidade durante o abastecimento "RECURSO DE EMBARGOS - INTERPOSIÇÃO SOB A REGÊNCIA
de empilhadeira movida a Óleo Diesel, conforme determina a NR- DA LEI Nº 13.015/2014 - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE -
16" (fl. 510). MANUSEIO DE INFLAMÁVEL - GLP - HABITUALIDADE 1. Esta
Todavia, a NR-16 que embasou a conclusão pericial trata do Corte firmou o entendimento de que nas operações de
adicional de periculosidade devido aos empregados submetidos às abastecimento de empilhadeira, por meio da troca de cilindros de
atividades de transporte e abastecimento de combustíveis, o que gás liquefeito de petróleo (GLP), a exposição diária e habitual a
não é o caso dos autos. agente inflamável em condições de risco acentuado, ainda que por
Na situação sob exame, conforme descrito no laudo pericial "o Autor apenas cinco minutos, enseja o direito ao pagamento do adicional
abasteceu empilhadeira no período compreendido entre 30/08/1988 de periculosidade, uma vez que não se configura o " tempo
a aproximadamente 28/07/2008, após essa data a empresa extremamente reduzido " , mas contato intermitente, nos termos da
contratou um abastecedor. O tempo de abastecimento era de Súmula nº 364 do TST . 2. Estando o acórdão embargado em
aproximadamente 10 minutos, por abastecimento, e ocorria no início sintonia com esse entendimento, inviável o conhecimento dos
e no final do seu turno de trabalho." (fl. 492). Embargos (art. 894, II, e § 2º, da CLT). Embargos não conhecidos."
Logo, forçoso concluir que o reclamante não ingressava e (E-RR-11638-70.2013.5.15.0086, Subseção I Especializada em
permanecia em área de risco e suas atividades não envolviam a Dissídios Individuais, Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen
produção, transporte, processamento e armazenagem de Peduzzi, DEJT 22/03/2019.)
inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos; tampouco abrangiam o
enchimento de vasilhames com esses produtos. Ou seja, não ficava "AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS EM EMBARGOS DE
sujeito a condições periculosas, nos termos da Norma DECLARAÇÃO EM RECURSO DE REVISTA. REGÊNCIA DA LEI
Regulamentadora nº 16 do Ministério do Trabalho e art. 193 da CLT. Nº 13.015/2014. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. OPERADOR
Assim, diante dos elementos de prova carreados aos autos o DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS. CONTATO HABITUAL COM
contato com substâncias inflamáveis ocorria quando o autor LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS. TEMPO DE EXPOSIÇÃO. SEIS
permanecia ao lado da bomba, abastecendo a empilhadeira, e se MINUTOS. SÚMULA Nº 364 , I, DO TST. 1. A eg. Sexta Turma
dava de forma eventual. decidiu de acordo com a Súmula nº 364, I, deste Tribunal Superior,
Além disso, conforme entendimento desta Câmara, a exposição a ao dar provimento ao recurso de revista para deferir o adicional de
agentes perigosos pelo período de até 30 minutos diários é periculosidade, porquanto constatada a habitualidade da exposição
considerado tempo extremamente reduzido, atraindo a aplicação da a líquidos inflamáveis, por seis minutos. Precedentes. 2. O
Súmula 364, item I, do C. TST, "in verbis": cabimento de recurso de embargos contra acórdão de Turma se
"ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, restringe às hipóteses previstas no art. 894, II, da CLT, não se
PERMANENTE E INTERMITENTE. considerando aptos ao cotejo arestos sem o requisito da identidade
I - Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto fática previsto na Súmula nº 296, I, do TST, uma vez que o acórdão
permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a embargado não analisou o tema sob o prisma do abastecimento
condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de realizado por terceiro, tese recursal. Agravo regimental a que se
forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo nega provimento." (AgR-E-ED-RR-1235-87.2011.5.15.0029,
habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido." Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Relator Ministro
Por todo o exposto e verificando que os demais elementos Walmir Oliveira da Costa, DEJT 23/03/2018.)
constantes dos autos são suficientes para elidir a prova técnica, à
qual o Juízo não está vinculado ou adstrito (art. 436, do CPC), "AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA
reputo que o reclamante não desempenhava atividades ou INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/2014 -
operações perigosas e que a pequena exposição ao risco, DESCABIMENTO. 1. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. TEMPO
acontecia de forma eventual e por tempo extremamente reduzido, DE EXPOSIÇÃO. O trabalho em condições intermitentes não afasta
motivo por que não faz jus ao adicional pretendido. o convívio com as condições perigosas, ainda que tanto possa
Cumpre destacar, por oportuno, que tal ilação não afasta as ocorrer em alguns minutos da jornada ou da semana. No presente
conclusões do Sr. Perito no sentido de que o reclamante esteve caso, o contato do trabalhador com o agente perigoso não foi
exposto a situação de risco, apenas conclui ser indevido o adicional considerado eventual ou fortuito. O risco é de consequências
de periculosidade, uma vez que a exposição não se dava de forma graves, podendo alcançar resultado letal em uma fração de
permanente e intermitente. segundo. (...)" (AIRR-20184-23.2014.5.04.0204, Relator Ministro:
Nesse contexto, reforma-se a sentença recorrida para excluir da Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3ª Turma, DEJT
condenação o pagamento do adicional de periculosidade e reflexos" 10/02/2017.)
(fls. 1.283-1.285)
"(...) ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. TEMPO DE EXPOSIÇÃO
O reclamante alega que o contato por vinte minutos diários não é A INFLAMÁVEIS. O tempo de exposição de trinta minutos
tempo "extremamente reduzido", sendo devido o pagamento do ininterruptos, duas vezes por mês, não pode ser considerado
adicional de periculosidade. Indica violação do art. 193 da CLT e extremamente reduzido, pois diante de risco manifesto o infortúnio
abordada, com sua transcrição e cotejamento analítico nas razões INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.467/2017 -
recursais, a teor do que dispõe o art. 896, § 1º-A, I e III, da CLT, DOCUMENTO NOVO - EFEITO DEVOLUTIVO EM
obsta o processamento do recurso de revista. Acrescenta-se que a PROFUNDIDADE - DANOS MORAIS - MULTA POR EMBARGOS
transcrição integral (ou quase integral) do capítulo do acórdão DE DECLARAÇÃO PROTELATÓRIOS Com ressalva do meu
recorrido referente ao tema debatido em seu arrazoado recursal, entendimento, a mera transcrição integral do acórdão regional ou do
sem qualquer destaque ou elemento identificador do trecho que capítulo impugnado, sem o destaque da tese jurídica controvertida,
consubstancia o prequestionamento da matéria em exame, não não atende ao disposto no art. 896, § 1º-A, I, da CLT. Julgados da
cumpre com exatidão o requisito insculpido no art. 896, § 1º-A, I e C. SBDI-1. Agravo de Instrumento a que se nega provimento."
III, da CLT, dado que não demonstra a viabilidade da discussão (AIRR - 35-30.2017.5.21.0009, Relatora Ministra: Maria Cristina
engendrada na revista por meio da adequada demonstração do Irigoyen Peduzzi, Data de Julgamento: 21/08/2019, 8ª Turma, Data
prequestionamento da matéria abordada no arrazoado recursal, o de Publicação: DEJT 23/08/2019.)
que pressupõe a transcrição e o cotejamento analítico das teses
veiculadas na decisão e no recurso, o que não ocorreu na espécie. "AGRAVO EM EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA -
Precedentes da 5ª Turma. Agravo de instrumento desprovido." RECURSO DE REVISTA QUE NÃO ATENDE AO REQUISITO DO
(AIRR-620-72.2013.5.09.0004, 5ª Turma, Relator Ministro ART. 896, § 1º-A, I, DA CLT - COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO
Emmanoel Pereira, DEJT 23/08/2019.) PRÉVIA - PRESCRIÇÃO - ADICIONAL DE INSALUBRIDADE -
HORAS IN ITINERE - ADICIONAL DE PRODUTIVIDADE -
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. LEI 13.467/2017. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DOS TRECHOS DO ACÓRDÃO
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. TOMADOR DOS REGIONAL QUE CONSUBSTANCIAM O PREQUESTIONAMENTO
SERVIÇOS. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. CONDENAÇÃO POR DAS MATÉRIAS IMPUGNADAS - TRANSCRIÇÃO NA ÍNTEGRA
MERO INADIMPLEMENTO. TRECHO INTEGRAL. DOS CAPÍTULOS OBJETO DO RECURSO. De acordo com a
TRANSCENDÊNCIA. O processamento do recurso de revista na jurisprudência consolidada nesta Subseção, após a vigência da Lei
vigência da Lei 13.467/2017 exige que a causa ofereça nº 13.015/2014, para atender ao disposto no art. 896, § 1º-A, I, da
transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza CLT, deverá a parte, no seu recurso de revista, transcrever o trecho
econômica, política, social ou jurídica, a qual deve ser analisada de da decisão recorrida que demonstra afronta a dispositivo de lei,
ofício e previamente pelo Relator (artigos 896-A, da CLT, 246 e 247 contrariedade a súmula ou orientação jurisprudencial, ou
do RITST). O reconhecimento da responsabilidade subsidiária do divergência interpretativa, procedimento que não foi cumprido pela
ente público, por mero inadimplemento, sem que tivesse sido reclamada. 2. Sublinhe-se que a transcrição integral do acórdão
atribuída e demonstrada a sua negligência no tocante à fiscalização recorrido ou dos capítulos da decisão infirmada no recurso de
da prestadora de serviços quanto ao cumprimento das obrigações revista interposto não se presta ao fim colimado, pois não cumpre a
trabalhistas, contraria a Súmula 331, V, do TST, a denotar finalidade de delimitar a matéria prequestionada, objeto de
transcendência política. No entanto, o agravo de instrumento não impugnação. Agravo desprovido." (Ag-E-RR - 694-
pode ser provido uma vez que no caso, o reclamado realizou a 57.2011.5.09.0567, Relator Ministro: Luiz Philippe Vieira de Mello
transcrição integral da decisão regional, descumprindo o art. 896, § Filho, Data de Julgamento: 16/05/2019, Subseção I Especializada
1º-A, I e III, da CLT. Agravo de instrumento de que se conhece e a em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 24/05/2019.)
que se nega provimento." (AIRR - 853-40.2016.5.07.0030, Relatora
Desembargadora Convocada: Cilene Ferreira Amaro Santos, Data Acresça-se, ainda, que a parte deve destacar o trecho específico da
de Julgamento: 21/08/2019, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da
23/08/2019.) controvérsia e indicar, de forma explícita e fundamentada, as
violações dos dispositivos (legais ou constitucionais) que veicule na
"AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE petição, evidenciando por meio de cotejo analítico em que consiste
REVISTA - PROCESSO SOB A VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.467/2017 seu entendimento de conflito com a tese regional, consubstanciada
- PRESSUPOSTOS RECURSAIS - ART. 896, § 1º-A, I, DA CLT - nos trechos transcritos no recurso.
AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO TRECHO DA DECISÃO Evidenciada a ausência de tal requisito, o recurso não alcança
RECORRIDA QUE CONSUBSTANCIA O PREQUESTIONAMENTO conhecimento, no particular.
DA CONTROVÉRSIA - REPRODUÇÃO DA ÍNTEGRA DO Não conheço.
ACÓRDÃO - INVALIDADE. Conforme entendimento sedimentado
pela SBDI-1 desta Corte, após a vigência da Lei nº 13.015/2014, HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DE CREDENCIAL
para se atender ao disposto no inciso I do § 1º-A do art. 896 da SINDICAL
CLT, no recurso de revista deve estar transcrito expressamente o
trecho da decisão recorrida que refletiria a afronta aos dispositivos, No tocante ao tema, a recorrente logrou demonstrar a satisfação
súmulas e orientações jurisprudenciais indicados pela parte, ou que dos novos requisitos estabelecidos no referido dispositivo,
comprovaria a divergência jurisprudencial, requisito que não fora destacando o trecho que consubstancia a controvérsia, bem como
cumprido pela ora agravante. Com ressalvas de entendimento do apontando, de forma explícita e fundamentada, contrariedade à
relator, a transcrição integral do acórdão recorrido não se presta ao Súmula 219 do TST e violação do art. 14 da Lei 5.584/70.
fim colimado, pois não cumpre a finalidade de delimitar a matéria Ultrapassado esse exame inicial, é necessário perquirir acerca da
prequestionada, objeto de impugnação. Agravo desprovido." (Ag- satisfação dos requisitos estabelecidos nas alíneas do artigo 896 da
AIRR - 11726-65.2017.5.03.0163, Relator Ministro: Luiz Philippe CLT.
Vieira de Mello Filho, Data de Julgamento: 14/08/2019, 7ª Turma, Consta do acórdão regional:
Data de Publicação: DEJT 16/08/2019.)
"Adoto, por política judiciária, o teor da Súmula 61 deste Regional
"AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA - como razão de decidir:
"Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa mostram-se inespecíficos na forma da Súmula 296 do TST.
exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade A propósito dos honorários advocatícios, a decisão recorrida está
de trabalho, a indenização, além das despesas do trabalho e lucros em sintonia com a OJ 421 da SBDI-1 deste TST, incidindo o óbice
cessantes até ao fim da convalescença, inclui pensão do art. 896, § 7º, da CLT.
correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou Em vista do exposto, com base nos arts. 932, IV, c/c 1.011, I, do
da depreciação que ele sofreu". CPC, e 118, X, do RITST,NEGO PROVIMENTOao agravo de
E não é só. Dispõe o artigo 944 do Código Civil que o valor da instrumento.
indenização devida ao lesado mede-se pela extensão do dano por Publique-se.
ele sofrido. Já o artigo 949 do mesmo diploma legal assevera que, Brasília, 28 de fevereiro de 2020.
em caso de lesão ou ofensa à saúde, a indenização será devida até
o fim da convalescença. Se a lesão acarretar incapacidade
permanente para o trabalho, tem direito o trabalhador à pensão Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)
correspondente à importância do trabalho para o qual se inabilitou AUGUSTO CÉSAR LEITE DE CARVALHO
(artigo 950, também do Código Civil) ou da depreciação que ele Ministro Relator
sofreu.
Dessa leitura, depreende-se que a diminuição da capacidade para o Processo Nº AIRR-0260800-69.2006.5.09.0892
labor é indenizável, o que é compreensível, posto que tal lesão Complemento Processo Eletrônico
dificultará, em muito, a reinserção deste no mercado de trabalho. Relator Min. Augusto César Leite de Carvalho
Por fim, não há que se falar em dedução ou compensação das Agravante REGIANE APARECIDA
LORENZATTO
aludidas indenizações com o benefício previdenciário recebido pelo
Advogado Dr. Valdecir Gomes Porzionato
autor, haja vista a diversidade de natureza jurídica dessas parcelas. Júnior(OAB: 273923/SP)
Portanto, mantenho a sentença de primeiro grau que condenou a ré Agravado JOSE DA PENHA DE ARRUDA
no pagamento de pensão mensal no importe de 50% da última Advogado Dr. Jair Aparecido Avansi(OAB:
remuneração mensal do autor, desde o ajuizamento da presente 18727/PR)
ação até que este complete 72 anos de idade. Nesta esteira, julgo
que estão atendidos os parâmetros da razoabilidade e Intimado(s)/Citado(s):
proporcionalidade. - JOSE DA PENHA DE ARRUDA
Nego provimento. - REGIANE APARECIDA LORENZATTO
(...)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão
Nos termos da recente alteração da Orientação Jurisprudencial no mediante a qual se denegou seguimento ao recurso de revista, sob
421 da SDI-1 do TST, andou bem o Juízo de primeiro grau quando os seguintes fundamentos:
deferiu o pagamento dos honorários advocatícios ao reclamante, na
medida em que a ação foi ajuizada inicialmente no Juízo Cível, "PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS
antes da promulgação da EC 45/2004" (fls. 1.162-1.166). De acordo com o parágrafo 2º do artigo 896 da Consolidação das
Leis do Trabalho, o recurso de revista interposto na fase de
Convém destacar que o apelo obstaculizado é regido pela Lei execução somente tem cabimento na hipótese de ofensa direta e
13.015/2014, mas não pela Lei 13.467/2017, tendo em vista haver literal de norma da Constituição Federal.
sido interposto contra decisão publicada em 6/7/2017 (fl. 1.168), TRANSCENDÊNCIA
após iniciada a eficácia da aludida norma, em 22/9/2014. Nos termos do artigo 896-A da Consolidação das Leis do Trabalho,
No caso em tela, a recorrente logrou demonstrar a satisfação dos cabe ao Tribunal Superior do Trabalho analisar se a causa oferece
requisitos do art. 896, § 1º-A, da CLT, com a redação dada pela Lei transcendência em relação aos reflexos gerais de natureza
13.015/2014. Não obstante isso, o recurso de revista efetivamente econômica, política, social ou jurídica.
não logra processamento, como se demonstrará a seguir. Art. 896-A. ..........................................................
O agravo de instrumento é tempestivo e está subscrito por § 1o São indicadores de transcendência, entre outros:
advogado habilitado nos autos. I - econômica, o elevado valor da causa;
No tocante à configuração dos danos moral e material, o Regional II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência
baseou sua decisão no laudo pericial, o qual evidenciou a perda sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal
auditiva do reclamante, em razão do trabalho na empresa, em Federal;
ambiente com ruído acima do limite legal, não havendo III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social
comprovação da aplicação dos cuidados preventivos adequados a constitucionalmente assegurado;
uma eficaz proteção auditiva do autor. IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação
Desse contexto se extrai todos os pressupostos da da legislação trabalhista.
responsabilização civil: o dano (perda auditiva permanente), o nexo § 2o Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao
causal e a culpa da reclamada (omissão no dever de manter um recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo
ambiente de trabalho seguro e saudável). agravo desta decisão para o colegiado.
Assim, a condenação ao pagamento de indenização por dano moral § 3o Em relação ao recurso que o relator considerou não ter
e material está em sintonia com os artigos 5º, X, da CF, 186, 927 e transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre
950 do CC e não viola os artigos apontados. a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão.
Por sua vez, a divergência jurisprudencial colacionada não permite § 4o Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do
inferir que a situação analisada possua contornos fáticos recurso, será lavrado ac